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O consumo de bebidas alcoólicas e não-alcoólicas cresceu 5% neste início do ano (janeiro até o momento) ante o mesmo período do ano passado. O clima quente impulsiona as vendas nos estabelecimentos, informa o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da regional São Paulo (Abrasel-SP), Joaquim Saraiva de Almeida. "O que vimos nos bares e restaurantes do Estado foi a saída muito grande de refrigerantes, sucos (pelo conceito de saudabilidade) e de cerveja. Não foi tão sgnificativo quanto gostaríamos, porque a população, no geral, está consumindo menos por conta da inflação e da economia fraca, mas está sendo bom", disse o executivo. Almeida ressaltou que no período não houve casos de desabastecimento de nenhuma bebida e que não sente risco de falta de produtos no carnval. Já o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), Paulo de TArso Petroni, reafirmou a expectativa de que fevereiro marcará o quarto aumento mensal consecutivo na produção da cerveja no país. "Veremos o efeito do calendário do Carnaval em fevereiro e acredito que vamos ter o ritmo de produção de janeiro de 2012 neste mês, já que o evento é realizado neste ano em março, disse. Ele comentou que a sensação no mercado de que o ponto de venda no varejo superou o consumo fora do lar na comercialização da bebida neste mês. O autosserviço é responsável por cerca de 30% a 40% das vendas de cerveja no país. O recente movimento de aumento de renda da população e a ocupação das pessoas no mercado de trabalho impulsionam a procura por bebidas saudáveis e práticas. O refrigerante e as bebidas concentradas e em pó praticamente estão sendo trocadas pelos sucos prontos, chás e líquidos contendo substâncias consideradas boas pra a pele e corpo, como o colágeno. Um homem de 31 anos foi preso em flagrante com cinco tipos de comprimidos de ecstasy na tarde de anteontem na rodovia MG-010, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. A droga seria levada pra o aeroporto de Confins, onde, segundo o preso, seria entregue para um passageiro conhecido como Nem, que embarcaria com a mercadoria. Para despistar a polícia, Edmilson Reis Domingos tentou esconder os comprimidos em sua cueca, mas foi descoberto. Ele dirigia um veículo Honda Civic e estava acompanhado de Laina Cecília Lopes, 22, que também foi presa. Segundo a delegada de plantão de Venda Nova, Larissa Marçal,foram apreendidos cerca de 100g da droga, mas ela não soube precisar quantos comprimidos havia ao todo. O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) avalaia que a cada dois comprimidos de ecstasy variam entre 75mg e 150mg. De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem foi abordado durante patrulhamento de rotina dos policiais na via. Ele chegou a manter o carro atrás de um ônibus para se desvencilhar da polícia, mas não conseguiu escapar e foi parado. Em busca pessoal, foram encontrados comprimidos brancos em um saco plástico, mantido detro da cueca de Domingos. Dentro do veículo, outros sacos com outros comprimidos de cores diversas foram localizados. Domingos assumiu a propriedade do material, mas primeiro teria alegado que se tratavam de estimulantes sexuais. Porém, depois entrou em contradição, informando serem comprimidos alucinógenos. Foi feita perícia no material, que constatou ser ecstasy. Domingos afirmou ainda ter adquirido a droga no Shopping Oiapoque, no centro da capital, e que era lá também que recebia as encomendas. O suspeito revelou em depoimento aos policiais que receberia R$ 10 para cada comprimido entregue no aeroporto. O celular do Domingos também foi apreendido. Nele, a polícia encontrou mensagens como "não deu para te esperar, estou entrando no voo agora", e o suspeito disse que elas foram mandadas pela pessoa que receberia a droga. O caso vai ser investigado pela Delegacia Antidrogas, que tentará identificar o receptor da mercadoria.

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O consumo de bebidas alcoólicas e não-alcoólicas cresceu 5% neste início do ano (janeiro até o momento) ante o mesmo período do ano passado. O clima quente impulsiona as vendas nos estabelecimentos, informa o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da regional São Paulo (Abrasel-SP), Joaquim Saraiva de Almeida. "O que vimos nos bares e restaurantes do Estado foi a saída muito grande de refrigerantes, sucos (pelo conceito de saudabilidade) e de cerveja. Não foi tão sgnificativo quanto gostaríamos, porque a população, no geral, está consumindo menos por conta da inflação e da economia fraca, mas está sendo bom", disse o executivo.

Almeida ressaltou que no período não houve casos de desabastecimento de nenhuma bebida e que não sente risco de falta de produtos no carnval. Já o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), Paulo de TArso Petroni, reafirmou a expectativa de que fevereiro marcará o quarto aumento mensal consecutivo na produção da cerveja no país. "Veremos o efeito do calendário do Carnaval em fevereiro e acredito que vamos ter o ritmo de produção de janeiro de 2012 neste mês, já que o evento é realizado neste ano em março, disse.

Ele comentou que a sensação no mercado de que o ponto de venda no varejo superou o consumo fora do lar na comercialização da bebida neste mês. O autosserviço é responsável por cerca de 30% a 40% das vendas de cerveja no país.

O recente movimento de aumento de renda da população e a ocupação das pessoas no mercado de trabalho impulsionam a procura por bebidas saudáveis e práticas. O refrigerante e as bebidas concentradas e em pó praticamente estão sendo trocadas pelos sucos prontos, chás e líquidos contendo substâncias consideradas boas pra a pele e corpo, como o colágeno.

Um homem de 31 anos foi preso em flagrante com cinco tipos de comprimidos de ecstasy na tarde de anteontem na rodovia MG-010, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. A droga seria levada pra o aeroporto de Confins, onde, segundo o preso, seria entregue para um passageiro conhecido como Nem, que embarcaria com a mercadoria. Para despistar a polícia, Edmilson Reis Domingos tentou esconder os comprimidos em sua cueca, mas foi descoberto. Ele dirigia um veículo Honda Civic e estava acompanhado de Laina Cecília Lopes, 22, que também foi presa.

Segundo a delegada de plantão de Venda Nova, Larissa Marçal,foram apreendidos cerca de 100g da droga, mas ela não soube precisar quantos comprimidos havia ao todo. O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) avalaia que a cada dois comprimidos de ecstasy variam entre 75mg e 150mg.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem foi abordado durante patrulhamento de rotina dos policiais na via. Ele chegou a manter o carro atrás de um ônibus para se desvencilhar da polícia, mas não conseguiu escapar e foi parado.

Em busca pessoal, foram encontrados comprimidos brancos em um saco plástico, mantido detro da cueca de Domingos. Dentro do veículo, outros sacos com outros comprimidos de cores diversas foram localizados. Domingos assumiu a propriedade do material, mas primeiro teria alegado que se tratavam de estimulantes sexuais. Porém, depois entrou em contradição, informando serem comprimidos alucinógenos.

Foi feita perícia no material, que constatou ser ecstasy. Domingos afirmou ainda ter adquirido a droga no Shopping Oiapoque, no centro da capital, e que era lá também que recebia as encomendas. O suspeito revelou em depoimento aos policiais que receberia R$ 10 para cada comprimido entregue no aeroporto.

O celular do Domingos também foi apreendido. Nele, a polícia encontrou mensagens como "não deu para te esperar, estou entrando no voo agora", e o suspeito disse que elas foram mandadas pela pessoa que receberia a droga. O caso vai ser investigado pela Delegacia Antidrogas, que tentará identificar o receptor da mercadoria.

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Como forma de compensar o fraco desempenho da arrecadação de tributos e bancar escalada de gastos em ano eleitoral, o governo federal deve aumentar os impostos sobre bebidas frias - cerveja, refrigerante, água e isotônico - e cosméticos. SEgundo o secretário-adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, o governo está em busca de alternativas que incrementem a base de arrecadação e cubram o valor etimado de receitas. Para cumprir o compromisso firmado de poupar 1,9% do PIB este ano, o governo calcula que a arrecadação deve crescer 3,5%.

Essa elevação também serve para bancar os gastos extras com a conta de luz. foram feitos estudos para aumento de Pis/Cofins de produtos importados e de setor de cosméticos, e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) das bebidas frias. O objetivo do governo é arrecadar mais R$ 4 bilhões que serviriam para o Tesouro Nacional aumentar seus repasses para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Com isso, compensaria parte do aumento dos custos no setor elétrico neste ano, afetado pelo acionamento das termelétricas em meio à forte seca que se abateu sobre o país neste início de ano.

As medidas estão prontas, mas a decisão ainda não foi tomada, informou o secretário-adjunto da Receita, Luiz Fernando Teixeira. Segundo ele, o acerto para a implementação das medidas depende do Ministério da Fazenda e da Casa Civil e ainda há tempo hábil para que sejam adotadas.

No primeiro bimestre, a arrecadação de impostos e demais contribuições cresceu 1,9%, segundo dados divulgados pela Receita Federal. O Ministério do Planejamento eleveou em aproximadamente R$ 4 bilhões as estimativas de receita do governo, em relatório divulgado. Segundo Nunes, os cenários que foram apresentados par essa revisão incluem o aumento de impostos e a reabertura do programa de parcelamento de dívidas tributárias - o chamado Refis - para dívidas que venceram em 2013.

"Parte das medidas passarão por aumento de tributos, não sabemos ainda quais. Essa decisão ainda não foi tomada. A Receita foi demandada para construção do cenário, afirmou Nunes. "Os estudos para aumentar os tributos sobre cosméticos e bebidas frias estão finalizados", disse.

O inquérito que investiga a morte de Gabriel Fernandes Carvalho, 17, ocorrida em Outro Preto, na região Central do Estado, concluiu que o adolescente não foi vítima de espancamento ou qualquer outro tipo de agressão. Imagens disponibilizadas pela Guarda Municipal da cidade, depoimentos de testemunhas e laudo da necropsia revelaram que o rapaz sofreu um mal súbito durante o Carnaval.

Morador da cidade, o menor foi socorrido após ter sido encontrado caído, incons-ciente, na rua Direita, na segunda-feira de Carnaval. Ele foi encaminhado à Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto e ficou em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Seis dias depois, ele morreu.

Delegado responsável pelo caso, Ricardo Reis Neto, titular da 5º Delegacia Regional de Ouro Preto, informou que o menor sofreu um mal súbito.

Ainda segundo a corporação, uma das linhas de investigações é que a morte tenha sido ocasionada por alguma doença que ainda não havia se manifestado ou pela associação de bebidas alcoólicas e substâncias tóxicas. A família do estudante informou à polícia que não tinham conheci-mento de qualquer problema de saúde que pudesse ter desencadeado a morte.

Já o uso de drogas ainda não foi total-mente comprovado, já que a perícia - feita após a morte, portanto seis dias após a queda - informou não ter identificado a exis-tência das substâncias no corpo do adoles-cente.

O laudo de necropsia revelou que o corpo não tinha traumas externos que pudessem confirmar o espancamento. As lesões - co-mo fraturas em costelas, traumatismo cra-niano leve e cortes superficiais no queixo e no lábio - foram provocadas durante a que-da e as tentativas de reanimação da vítima.

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Condenados por tráfico de drogas, um dos líderes da venda de crack no Norte de Minas e um comparsa foram presos ontem na casa em que estavam morando no bairro Céu Azul, na região de Venda Nova, na capital. Os foragidos estavam agindo em Belo Horizonte há cerca de cinco meses.

Lázaro Rodrigo Fonseca Santana, 26, e Fagner Borges Santos, 32, foram detidos por suspeira de uso de documentos falsos, clo-nagem de veículos, tráfico e homicídio. Se condenados pelos crimes, cada um deles pode pegar mais de 59 anos de cadeia.

Superintendente da Polícia Civil de Minas Gerais, Jefferson Botelho informou que San-tana seria o "cabeça" do esquema e Santos, seu segurança e escudeiro. Da capital, San-tana comandava o tráfico em Bocaiuva, no Norte do Estado, e região."Há uma infor-mação de que a dupla iria ao Norte do Estado no fim de semana, para matar dois desa-fetos", afirma Botelho.

"Santana aterrorrizava a cidade há mais de quatro anos", confirmou o delegado Adalber-to Fernando Ferreira, de Bocaiuva. Segundo ele, a dupla havia mandado carregamento de drogas avaliado em R$ 7.000 para Bocaiuva há menos de um mês. O foragido é suspeito de mandar matar sete pessoas. Santos é investigado por homicídio em Montes Claros, também no Norte.

OSTENTAÇÃO. A polícia informou que a dupla planejava faer um fortaleza no imóvel que moravam. em construção, a casa já tem estrutura para ter um segundo andar.

Delegado da 2ª Delegacia de Venda Nova, Matheus Cobucci disse que ainda é preciso investigar se os suspeitos atuavam como tra-ficantes na capital. eles vão ficar detidos no Centro de Remanejamento do Sistema Pri-sional Gameleira, na região Oeste da Ca-pital.

Três mulheres, um adolescente de 16 anos e um pedreiro também foram levados para a delegacia.

Drogado e exposto a risco por causa do vício da mãe, antes mesmo de nascer. É como fica um bebê na barriga de uma depen-dente que usa crack durante a gravidez. No Brasil, apesar de as mulheres representarem um quarto do total de usuários regulares da droga, metade delas havia engravidado pelo menos uma vez depois do vício e quatro em dez não usam preservativo nas relações se-xuais.

O risco para o bebê é um dos maiores problemas enfrentados com o avanço da dro-ga no País. O prejuízo - direto e em potencial - provocado na criança é o melhor exemplo para mostrar que o crack deve ser considera-do um dano não só para a saúde do usuário. “Uso há 19 anos. Eu paro, volto. Deus foi muito grande na minha vida. Por mais que eu erre, use essa maldição de droga, acho que Ele acredita em mim. Tudo que uma mulher grávida não podia fazer eu fiz. Fui agredida, fumei, bebi, sangrei. Fumei até dois dias antes (de o bebê nascer), quando minha mãe me pegou na rua”, conta Nanci (nome fic-tício), de 32 anos, ao lembrar do nascimento de uma das duas filhas - hoje com 5 e 2 anos.Durante quatro meses, o Estado percorreu 6,6 mil quilômetros e visitou 13 cidades do interior de São Paulo que declaram ter problemas decorrentes do consumo de crack para traçar um diagnóstico do avanço da dro-ga e suas mazelas. Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o perfil dos usuários de crack no País mostra um dado preocupante: 10% das mulheres estavam grávidas na época da entrevista. E 46% ti-nham engravidado pelo menos uma vez des-de que passaram a usar crack. Vanessa, de 30 anos, na terceira gestação, é interna do primeiro hospital público de tratamento para dependentes de crack do interior paulista, aberto em novembro, em Botucatu. “Nunca fiz pré-natal”, diz.

Pouco se sabe cientificamente sobre o que o crack provoca no bebê quando a mãe faz uso da droga na gestação. Um dos estudos sobre o assunto, feito nos Estados

Unidos, aponta o baixo crescimento da criança. O problema seria decorrente da redução de oxigênio na placenta, que ocorre durante o uso da droga pela mãe. “Tanto o peso quanto o comprimento ao nascer são significativamente afetados pelo consumo de cocaína na gravidez”, apontam três pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre eles Márcio Mariano Moreira, especialistas em psicologia da infância e dependência química.

Eles tomaram como base um estudo de 2002 que indicou que, aos 7 anos, a criança de uma mãe que usou a droga na gestação tem chance duas vezes maior de apresentar baixa curva de crescimento. O fato está rela-cionado ao aumento dos batimentos cardía-cos e da pressão arterial da mãe, obrigando o corpo a mandar mais sangue para seu coração e reduzindo a quantidade mandada para o feto. O princípio ativo do crack (eritro-xilina) é um potente vasoconstritor e um problema que eleva o risco de aborto.

Outro problema envolvendo o aborto dos bebês é a confusão mental e psicológica da usuária. “Eu fazia de tudo para perder esse bebê usando droga”, conta Vanessa, que agora planeja o enxoval de Bernardo. Ela lembra que, durante uma briga com a mãe por causa da droga, subiu no telhado, foi picada por abelhas e se jogou de uma altura de 3 metros. “Fiquei toda machucada, mas não perdi o bebê.”

Outro indicativo citado pelos especialistas da Unifesp é que de 3% a 5% do crack con-sumido pela mãe pode passar para o bebê em formação na placenta. O cordão umbilical é quase um canudo que bombeia parte da química da droga direto para o feto. O que isso provoca, ainda não se sabe. Além do risco desse consumo indireto, outra preocu-pação para profissionais de saúde pública e especialistas é o “inimigo externo” que pode chegar ao bebê via contágio decorrente do padrão promíscuo de vida sexual da dependente.

Fonte:ABEAD(Associação Brasileirade Estudos do Álcool e outras Drogas)

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Quem chega à porta da Escola Municipal Ápio Cardoso, no bairro Nova Contagem, em Contagem, na região metropolitana da capi-tal, se depara com o aviso: “Devido a motivos de segurança, as aulas estão suspensas por tempo indeterminado”. O recado foi fixado ontem pela direção da instituição, que desde o início do ano convive com problemas de violência contra alunos e servidores. A situa-ção se agravou na última semana, quando cerca de 25 jovens começaram a invadir au-las, jogar pedras nos funcionários e depredar o prédio da escola. A principal motivação seria o tráfico e o consumo de drogas.

O diretor da Ápio Cardoso, Alberto Araújo, afirma que a medida radical veio em resposta à falta de segurança. “Fizemos 12 boletins de ocorrência só na semana passada. Se não podemos garantir a segurança dos alunos, é melhor fechar as portas. Já fui até ameaçado de morte”. O problema começou em março, quando um buraco foi aberto no muro da instituição. Desde então, ele é usado para que os arruaceiros tenham livre acesso ao prédio. Ele já foi aberto e fechado três vezes.Uma carta comunicando a decisão foi distribuída aos pais de alunos. A mãe de um dos estudantes, que preferiu não ter o nome revelado, confirma que o problema existe. “Estava entrando bandido. A gente não fica tranquilo em deixar nossos filhos em um lugar como esse”, conta.

Com medo de represálias, um professor não quis ser identificado, mas disse ter sido alvo de pedradas. “Desde o início do ano, somos ameaçados com pedras, palavrões. Eles batem na porta para tirar os alunos da sala de aula”, relatou.

Vizinha de uma área de mata, a escola está localizada em um local ermo, e, logo atrás da unidade de ensino, um longo e estreito beco costuma ser usado pelos alunos para matar aula e usar drogas. Na tarde de ontem, adolescentes conversavam

no beco próximo ao buraco feito no muro – já fechado com uma placa de ferro. “Sempre que saio para trabalhar, eles estão aí, matan-do aula e fumando. Rola muita droga nessa escola”, disse uma vizinha, ressaltando que brigas são comuns.

Dois alunos, de 13 e 14 anos, contam que seus pais já pensam em transferi-los de escola. Eles confirmam as brigas constantes e dizem que jovens de bairros vizinhos se juntam aos grupos para brigar e matar aula.

Outros casos. O problema não é exclusi-vo do local. Somente neste ano, outros três colégios de Contagem relataram casos de violência. Na rede estadual, segundo a Secretaria de Educação, 19 casos graves foram registrados nos últimos dois anos.

Professores de escolas da capital tam-bém sofrem com a insegurança. Jéssica Goes de Assumpção, 28, já presenciou ações violentas na sala de aula. “Teve um aluno que colocou fogo na lixeira da sala duas vezes. Outro estudante ameaçou atirar uma barra de ferro em mim”, relata ela, que leciona em Venda Nova.

Thiago Morato, 31, conta que, quando atuava na rede estadual, precisou deitar-se no chão por causa de um tiroteio. “Há um desrespeito com o professor, até pelo salário.

Já teve aluno que apontou o dedo para mim e disse que ganhava mais que eu”.

Números- Contagem. Neste ano, segundo a sub-

sede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) em Contagem, foram registrados outros três casos de vio-lência na cidade. Em uma delas, adole-scentes colocaram fogo em uma sala.

- Minas. De acordo com a presidente do Sind-UTE de Minas, Beatriz Cerqueira, fal-tam dados a respeito da violência contra professores no Estado. Entre 2011 e 2012, o número de boletins de ocorrência feitos por professores agredidos nas escolas dobrou, segundo ela.

- Denúncias. Dados do Sindicato dos Pro-fessores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), que representa as escolas particulares, mostram que, de fevereiro de 2011 a abril do ano passado, o Disque-Denúncia recebeu 131 ligações relativas à violência contra pro-fessores, 74 das quais na rede pública.

- Agressões. Entre 2011 e o ano passado, o Sinpro-MG recebeu a média de uma de-núncia de violência a cada três dias, incluin-do agressões física e verbal e dano ao patri-mônio.

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As pessoas que consumiram cannabis no início da adolescência são duas vezes mais propensas a terem problemas de sono graves mais tarde na vida, de acordo com um novo estudo.

Embora os resultados sugiram que o uso da maconha pode afetar negativamente a qualidade do sono em qualquer usuário, este malefício foi mais freqüente em pessoas que tinham usado a droga quando tinham 15 anos de idade ou menos.

Os resultados tendem a ser mais preocupantes para as pessoas que usam maco-nha para relaxar ou como uma maneira de ajudar a dormir, disse o principal autor da pesquisa Jilesh Chheda, assistente de pesquisa da Divisão de Humor e Transtornos de Ansiedade, do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Pensilvânia.

"Este último estudo descobriu que usuários de maconha são mais propensos a ter problemas de sono", disse ele.

"A descoberta mais surpreendente foi que havia uma forte relação com a idade do primeiro uso, não importando quantas vezes as pessoas tenham usado maconha”."As pessoas que começaram a usar no início da vida estavam mais propensas a ter problemas de sono quando adultas", acrescentou.

O estudo incluiu adultos com idade entre 20 e 59 anos de idade, que responderam à Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição – uma série de estudos destinados a avaliar a saúde e o estado nutricional de adultos e crianças nos Estados Unidos.

1.811 dos participantes relataram que tinham usado algum tipo de droga. Para avaliar os resultados, os cientistas definiram “usuário de cannabis” como uma pessoa com qualquer história de uso da droga. Os problemas relacionados ao sono foram considerados graves, se ocorressem pelo menos 15 dias por mês. Quando a pessoa tinha usado pela primeira vez a droga e o número de vezes que tinha usado no mês anterior também foram dados analisados.

A equipe descobriu que os usuários de maconha estão mais propensos a ter dificuldade para dormir e manter o sono, experimentando sono não reparador e sonolência durante o dia. Pessoas que usaram a droga antes dos 15 anos tinham duas vezes mais probabilidade de sofrer dessas complicações.

“É importante entender as implicações do uso da maconha sobre a saúde pública, assim como seu impacto sobre o sono, que não é bem conhecido", disse o autor sênior do estudo, Michael Grandner, PhD, professor em Psiquiatria e membro do Centro de Sono e de Neurobiologia Circadiana.

Autor: Kashmira GanderOBID Fonte: Traduzido e adaptado de The Independent

Acredita-se que os homens mais jovens são mais afetados pelos produtos químicos da droga porque são mais propensos a usar maiores quantidades.

A lista de malefícios da maconha ganhou mais um item: pode diminuir a fertilidade masculina. O estudo das Universidades de Sheffield e Manchester, ambas na Inglaterra, analisou os efeitos do estilo de vida sobre o esperma e desmentiu as teorias de que consumo de álcool, tabagismo, obesidade e roupa íntima apertada afetariam a possibili-dade de ter filhos. Os dados são do jornal Daily Mail.

Os cientistas analisaram dados de 2.249 homens que frequentam clínicas de fertilida-de no Reino Unido e comparou a história médica e hábitos pessoais de participantes com menos de 4% do esperma normal e de outros cujo esperma era de melhor qualida-de. Constatou-se que os do primeiro grupo tinham quase duas vezes mais chances de ter usado maconha nos três meses antes de fornecer a amostra, se tivessem menos de 30 anos, e de terem produzido a amostra nos meses de verão.

Acredita-se que os homens mais jovens são mais afetados pelos produtos químicos da droga simplesmente porque são mais propensos a usar maiores quantidades dela.“Não esperávamos a influência do verão”, disse um dos líderes da pesquisa, o médico Allan Pacey. “Mas pode ser um efeito da luz solar. O comprimento do dia afeta nossos hormônios e a vitamina D em todos os tipos de formas.” Outra curiosidade do estudo é que a abstenção da atividade sexual por mais de seis dias melhorou a qualidade do esperma.

Fonte:ABEAD(Associação Brasileira deEstudos do Álcool e outras Drogas)

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Duas quadrilhas de traficantes foram des-manteladas ontem pela Polícia Civil em Minas Gerais. Uma delas, com sede no Norte do Estado, era organizada aos moldes de uma grande empresa e tinha articulações em Minas e em outros quatro Estados. A ação foi parte da operação Sem Fronteiras, realizada após dois anos de investigações e que culmi-nou em 18 prisões em Montes Claros e ou-tras 18 no resto do país.

Segundo a polícia, o grupo tinha ramifica-ções na Paraíba, em São Paulo, no Paraná e no sul da Bahia, onde contava com gerentes, distribuição organizada dos entorpecentes e transportadores de maconha, crack e co-caína - há ainda a suspeita de que eles co-mercializavam drogas sintéticas.

Entre os 36 detidos, está Igor Luis Mora Soares, conhecido como Igor Perigo e apon-tado como o líder do esquema e um dos maiores traficantes de Montes Claros. Ele foi detido na cidade de Londrina, no Paraná, on-de, de acordo com a Polícia Civil, o negócio era centralizado e os suspeitos lavavam o dinheiro da comercialização dos entorpe-centes.

Segundo o delegado Jefferson Botelho, da Superintendência de Polícia Judiciária, os negócios eram centralizados em Igor Soa-res. Em Londrina, ele recebia a droga da

Bahia, de São Paulo e da Paraíba, fazia a divisão dos entorpecentes e, em seguida distribuía para seus comparsas, que faziam a revenda em várias cidades do Norte de Mi-nas.

A Polícia Civil informou também que entre os presos está Jaderson Ruas de Souza, que seria o responsável por gerenciar as chama-das mulas (pessoas que faziam o transporte da droga) e foi detido em São Paulo. Com a quadrilha, foram apreendidos 1 kg de maco-nha e 150 micropontos de LSD.

O delegado informou que o gruo contava com representantes em cda um dos cinco

Estados onde operava. "Consegiumos iden-tificar toda a hierarquia da pirâmide crimi-nosa da quadrilha", afirmou Botelho. O dele-gado informou ainda que as investigações continuam e que um dos focos da próxima fase é a possível venda de drogas sintéticas pela quadrilha.

OPERAÇÃO. Para prender os suspeitos e cumprir os mandados de prisão, 150 poli-ciais civis e 50 viaturas da corporação foram utilizados na operação. Eles contaram com o apoio aéreo e do canil da Polícia Civil de Belo Horizonte, além de policiais de São Paulo e do Paraná.