O Desaparecimento Dos Nossos Filhos (Ernesto Bono)

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Ernesto Bono O DESAPARECIMENTO DE NOSSOS FILHOS Porto Alegre - 2011

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Porto Alegre - 2011

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FICHA CATALOGRÁFICA Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP Bibliotecária Responsável: Dinorá Nuyt – CRB 10/1074

TODOS DIREITOS RESERVADOS – é proibida a reprodução, salvo pequenos trechos, mencionando-se a fonte. A violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/98) é crime (art.184 do Código Penal). Depósito legal no escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional, sob o número de registro 535.005, livro1017, folha144 Eventual Correspondência para o Autor: [email protected] www.blogdoernestobono.blogspot.com

B712d Bono, Ernesto. O desaparecimento de nossos filhos. / Ernesto Bono. – Porto Alegre, 2011. 132 p 14,8 cm x 21 cm.

1. Pseudociência. Ilusão científica. 2. Liberdade de pensamento. 3. Demônios. Espíritos maus. Conhecimento mítico, cientifico, intuitivo. I. Título.

CDU 001.98 342.727 291.216 165.19

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OOBBRRAASS DDOO AAUUTTOORR • É A CIÊNCIA UMA NOVA RELIGIÃO? (Ou Os Perigos do Dogma

Científico - 197l - Editora Civilização Brasileira S/A - RIO - (esgotado) Reescrito para nova Edição

• NÓS A LOUCURA E A ANTIPSIQUIATRIA - Editora Pallas S/A – Rio – EDITORA AFRONTAMENTO, Porto, Portugal - 1975 e 1976, respectivamente, (esgotados)

• CRISTO, ESSE DESCONHECIDO - 3ª Edição - Editora Record S/A - 1979 - RIO (esgotado) – Editora Renascença 2000 – Quarta Edição – Porto Alegre

• SENHOR DO YOGA E DA MENTE - Editora Record S/A - 1981 - (esgotado)

• ECOLOGIA E POLÍTICA À LUZ DO TAO - Editora Record S/A - 1982 - RIO - (esgotado)

• ANTIPSIQUIATRIA E SEXO - (A Grande Revelação) - Editora Record S/A - 1983 - RIO - (esgotado)

• OS MANIPULADORES DA FALSA FATALIDADE - Fundação Educacional e Editorial Universalista FEEU - 1994 - Cx. Postal 2931 - P. Alegre CEP 90.001-970 – Esgotado

• A GRANDE CONSPIRAÇÃO UNIVERSAL, - Bonopel Edições - 1994 - Porto Alegre (edição restrita e esgotada) - ZENDA EDITORA LTDA - 1995 - São Paulo (esgotado) – ZENDA EDITORIAL - 1999 terceira edição São Paulo

• O APOCALIPSE DESMASCARADO (Nem Anjos nem Demônios, Apenas ETs) – Editora Renascença – 1997 (edição restrita de 500 volumes) – Editora Renascença – 1999 – Segunda Edição – Porto Alegre

• AIDS, UMA HISTÓRIA MAL CONTADA (Quem Perde e quem Ganha ou ASIDS, Uma História Mal Contada) – Editora Rigel 1999 Porto Alegre –.

• UMA REVOLUÇÃO QUÂNTICA – CONSCIÊNCIA OU MATÉRIA? – Clube de Autores – 2010 - São Paulo

• SABEDORIA E FILOSOFIA DE JESUS – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

• CIÊNCIA, UMA NOVA RELIGIÃO - versão nova, ampliada e corrigida, desdobrada em quatro volumes, conforme abaixo

• A CIÊNCIA NOS ENGANA - (Ciência, a Nova Religião, Primeiro Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

• CIÊNCIA, MAGIA LOGIFICADA – (Ciência, a Nova Religião, segundo tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

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• UMA CRÍTICA CONTRA O MÉTODO OU A ANTIDIALÉTICA – (Ciência, a Nova Religião, Terceiro Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

• AS BASES INCONSISTENTES DA MEDICINA CIENTÍFICA – (Ciência, a Nova Religião, Quarto Tomo) – Clube de Autores – 2010 – São Paulo

• PARAR ESTE FALSO MUNDO - desdobrado abaixo em quatro volumes (livros nº 1, 2, 3, 4)

• O LADRÃO E SALTEADOR DA MENTE HUMANA - primeira parte do inédito Parar Este Falso Mundo – (livro 1) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo

• TRANSMUTAR ESTE FALSO MUNDO - segunda parte do inédito Parar Este Falso Mundo – (livro 2) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo

• O FOGO FÍSICO E O FOGO ESPIRITUAL - terceira parte do inédito Parar Este Falso Mundo – (livro 3) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo

• A FARSA DOS MEIOS DO CONHECIMENTO - quarta parte do inédito Parar Este Falso Mundo – (livro 4) – Clube de Autores – 2011 – São Paulo

• PRISÃO DO TEMPO – Clube de Autores – 2011 – São Paulo • MANIPULADORES DA FALSA FATALIDADE – Clube de Autores –

2011 – Segunda Edição – São Paulo • • O DESAPARECIMENTO DE NOSSOS FILHOS - Clube de Autores

– 2011 – Segunda Edição – São Paulo • (Tradução) PERCEPÇÃO INTERPESSOAL - Dr. Ronald D. Laing,

Phillipson, Cooper - Editora Eldorado - 1974 - RIO • (Tradução) KUNDALINI, A ENERGIA EVOLUTIVA DO HOMEM -

Gopi Krishna - 1980 - Editora Record S/A - RIO

OOBBRRAASS PPRROONNTTAASS EE II NNÉÉDDII TTAASS

• PARAR ESTE FALSO MUNDO - desdobrado acima em quatro volumes (livros nº 1, 2, 3, 4) • CIÊNCIA, UMA NOVA RELIGIÃO - versão nova, ampliada e corrigida, desdobrada em quatro volumes, conforme acima • UM INSTANTE DE TERNURA - Poesias • TRÊS JÓIAS DO BUDISMO • JESUS SEM CRUZ

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• JESUS CRISTO, MESSIAS OU FILHO DO HOMEM? • OS HERDEIROS DO FILHO DO HOMEM • BÍBLIA SEM VÉUS • QUANDO O PERCEBER NOS ENGANA • VIVENDO COM O ZENBUDISMO • O TAOÍSMO E SUA FILOSOFIA • O BUDISMO, SUA SABEDORIA E FILOSOFIA.

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SUMÁRIO • Introdução para as duas Apresentações

Primeira Apresentação

• Um Escritor Revolucionário, sua Forma de |Ser e de Escrever

• Introdução • Metodologia • Resultado e Discussão • Conclusão • Artigo de Luiz Carlos Maciel • Antídoto ao Cientificismo • Preâmbulo • Nelson entrevistando E.B. • Reflexões • Mas antes vejam o que me aconteceu também • Sobre Ciência e Conhecimento Científico • Sobre o Pensamento, Percepção e Conhecimento

Geral • Sobre OVNIS e seus Tripulantes • Um Conhecimento Correto para uma Nova Era, e

que Jamais Será • A Infame Nova Ordem Mundial • Uma Antiga Carta do Amigo General Moacir Uchoa • Entrevista Efetuada por Daniel Rebisso e Publicada

na Revista Realismo Fantástico, • Três Perguntas Básicas sobre a Ufologia Moderna • Os Desastres da Terra e da Humanidade –

Denúncias Terríveis • O que acontece com os homens e seus espíritos • ETs Nefastos, Espíritos Errantes e Espíritos

Obsessores • Mulheres Grávidas e Trocas de Corpo • Paranormais e Médiuns

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• Um Abuso de Crianças e Adolescentes em Sacrifícios Humanos em Geral

• Críticas e Contra Críticas • Uma Brutal Agressão • Não te Provo Nada porque o ego faz a Prova • Entrevista de Ernesto Bono efetuada pelo Instituto

Humánitas da Unisinos do R.G.Sul • Informações sobre os ETs são Sonegadas pelos

Governos

Segunda Apresentação

• Um Amigo Especial • Uma Simples Tragédia..., Será? • Lamentável Desfecho • Outra Suposição • Mais Complicações • Buscas Incansáveis • Um Quase Encontro • Mais Surpresas • A Vida Continua e as Surpresas Também • Aclarando ou Confundindo? • Amor e Poder • Um Pouco de Ficção • Sempre em Andamento • Reflexões ao Redor de Tumbas • Seres Humanos, Seres de Luz • Mortos que Assassinam Mortos • Tudo é Magia, Condicionamentos e Manipulação • A Chave do Coração • As Mentiras “dos Asthar Sheran” • A Bomba Estourou na Minha Mão • A Nossa Realidade • De Onde Certos Extraterrestres Provêm • O Símbolo Primordial que Abre e Fecha Portas • As Medusas e os Icebergs da Vida

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• Outro Contato • Outra Triste Aventura • Filhos e Filhas não Morram! • Epílogo – Poema e Ensinos do Grande Osho

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INTRODUÇÃO PARA AS DUAS APRESENTAÇÕES

Para quem tomou conhecimento de minha obra já editada em Porto Alegre e pela FEEU “Manipuladores da Falsa Fatalidade”, cuja segunda edição (2011) foi lançada pelo Clube de Autores de São Paulo, quero alertar que este livro pode ser considerado uma continuação do livro “Manipuladores”.

Tanto no livro “A Grande Conspiração Universal” como no tomo “Manipuladores da Falsa Fatalidade”, eu apenas deixo subentender o que poderia ter acontecido com alguém de minha família, que se ausentou, ou então, se quiserem, de alguém que simplesmente morreu.

Jurei para mim mesmo que não voltaria a escrever outra obra sobre ufologia, devido às agressões que se levantaram contra mim na Internet, da parte de alguém,.

E aqui, no entanto, volto a abordar o tema, devido a certos detalhes que deixei de fora, relacionados com aquilo que me sucedeu e aconteceu principalmente para alguém muito querido que lamentavelmente já se foi.

Antes de tudo, é bom enfatizar que o livro reproduz algumas entrevistas que me foram feitas por pessoas inteligentes, e que quiseram saber detalhes sobre minha vida, de como vivo e escrevo, se vivo à custa do que escrevo – (obviamente que não; porque, a não ser um Jorge Amado e Paulo Coelho, no Brasil nunca se viu um escritor viver graças ao que escreve; sobrevivo, isto sim, devido à minha própria profissão de médico). E mais, eles quiseram saber como a ufologia havia entrado na minha vida, e também o porquê do meu posicionamento anticientífico, antipsiquiátrico, anti-igrejas (ortodoxia cristã), e inclusive saber a respeito de minhas “revoluções” culturais, filosóficas, religiosas, científicas etc. De onde elas saíram. De onde brotou tanta novidade.

Em suma, esta obra é quase um mini diário de minha própria vida. Talvez interesse a alguns.

O livro faz revelações sobre o comportamento de alguns ETs nefastos, no nosso meio e inclusive no mais além, os quais geralmente se nos apresentam como espíritos de luz, anjos, arcanjos, espíritos protetores e tudo o mais. De certa maneira, tudo isso já foi abordado em outras obras de minha autoria.

Ernesto Bono

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UM ESCRITOR REVOLUCIONÁRIO: SUA FORMA DE SER E DE ESCREVER

O presente artigo apresenta alguns aspectos pertinentes à

produção literária de um escritor revolucionário e controvertido: Ernesto Bono. Médico psicoterapeuta e introdutor no Brasil de uma Antipsiquiatria própria (1970), além de crítico da ciência, dos modelos tradicionais do conhecimento, e estudioso das filosofias e religiões orientais. Aqui relatarei então seu estilo, método e dissabores relacionados à paixão de sua vida: escrever sobre os seus ideais e vivências.

INTRODUÇÃO É através da palavra que se transmite a ideologia do grupo

social, diz Lane, mas é também por meio dela que contestamos tal grupo e alcançamos transformações. Sim, pois, “a palavra é uma arma de poder.” (Lane, 1985, p.38).

Com esse intuito, Ernesto Bono tem incansavelmente procurado, através de seus livros provocar questionamentos e reflexões a um público (brasileiro) nem sempre aberto à mudanças.

Atendendo a uma solicitação da disciplina de “Socialização e Linguagem”, do Curso de Mestrado em Psicologia Social e da Personalidade, apresentarei os resultados de uma entrevista realizada com um escritor, originalmente nascido na Itália, mas naturalizado brasileiro, conhecido nos meios espirituais e alternativos, alvo de críticas, mas também de profundas reflexões. Esta entrevista objetiva seu modo de produção textual, tendo em vista sua obra sobremaneira respeitável.

Num encontro de quase duas horas, pudemos conhecer não só seu modo de escrever e traduzir em palavras seus anseios e intuições, como principalmente seu modo de pensar e agir.

Atendendo aos objetivos deste trabalho, aqui serão apresentados apenas os aspectos pertinentes ao seu estilo literário, métodos e formas de escrever, bem como algumas e opiniões a respeito do ato de expressar-se pela escrita.

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Segundo Vygotsky, “a linguagem reproduz uma visão de mundo”. (1973, p. 58); isso nos ficou muito claro ao conhecer o autor de livros revolucionários para a ciência, a psiquiatria e as religiões.

Ernesto Bono expressa em suas obras sua própria maneira de ser: contestador, irreverente, irônico, erudito, místico e idealista.

METODOLOGIA A entrevista foi realizada na casa do autor, durante

aproximadamente duas horas. Foi gravada em fita cassete e após, transcrita.

O diálogo da entrevista transcorreu de forma aberta, sendo-lhe solicitado inicialmente apenas que transmitisse como manifestava seu modo de escrever. O entrevistado enfatizou seu estilo literário e o descreveu em suas quinze obras, relatando brevemente o conteúdo das mesmas e os percalços que tem encontrado para editar suas obras inéditas. Foram-lhe solicitados maiores detalhes a respeito de sua maneira de produzir, a fim de que alcançasse mais especificamente o intuito da entrevista: conhecer como era seu modo de escrever e quais ensinos eu poderia extrair daí para o meu próprio percurso como escritora.

Apesar de não ser um escritor muito conhecido nos meios literários e acadêmicos, justamente por suas idéias antagônicas ao academicismo e à ciência materialista, decidi identificá-lo aqui, já que a compreensão de seu estilo e seu modo de produção ficou facilitado. Verifiquei que sua forma de escrever lhe é muito peculiar e está diretamente relacionada com sua maneira de ser, o que torna interessante a sua identificação.

O entrevistado foi escolhido por ter produzido diversas obras, por ser, de certo modo, reconhecido nacionalmente – principalmente nos meios espirituais e alternativos – e ser de fácil acesso à entrevistadora... Atualmente possui seis obras editadas (1986) e duas traduções, e mais treze obras inéditas à espera de um editor. Seu livro mais vendido foi Cristo, Esse Desconhecido, Editora Record, 1978. As demais obras editadas dele são: “É a Ciência uma Nova Religião? (ou Os Perigos do Dogma Científico), Editora Civilização Brasileira, 1970, esgotado. “Nós a Loucura e a Antipsiquiatria”, Editora Pallas, 1974 e Editora

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Afrontamento, Portugal, 1975, esgotados. Senhor do Yoga e da Mente, Editora Record 1980, esgotado. Ecologia e Política à Luz do Tao, Editora Record, 1981, esgotado. Antipsiquiatria e Sexo (ou A Grande Revelação), Editora Record, esgotado. Tradutor do livro Kundalini de Gopi Krishna, Editora Record e Percepção Interpessoal, de Ronald Laing, Editora Eldorado. – (Depois desses editou mais 15 livros).

Ernesto Bono chegou ao Brasil com 12 anos de idade, Formou-se em Medicina. Trabalhou no Hospital Psiquiátrico São Pedro, de Porto Alegre, por vinte e dois anos e continuou trabalhando em consultório particular, como psiquiatria, (psicoterapeuta, médico geral e medicina do trabalho). Aposentou-se recentemente de suas atividades hospitalares.

Desenvolveu vários cursos e grupos de estudos sobre Antipsiquiatria, Filosofias Orientais, Cristianismo revisado, Parapsicologia, Magia, Ufologia etc.

RESULTADOS E DISCUSSÃO O nosso entrevistado, em seus livros, possui um estilo literário

variado; Sempre se preocupa de produzir textos envolventes, criativos, com beleza e movimento, evitando causar enfado no leitor. A maioria de suas obras são consideradas ensaios. Só que estes possuem muitas partes em forma de crônicas, reportagens expositivas, ficção, poesia, colóquio e por vezes diálogos platônicos. Escreve numa linguagem psicológica, crítica, filosófica, intimista, religiosa e, por vezes, expositiva e erudita.

E.B. exprime-se com muito orgulho a respeito de seus livros, e notas-se que realmente gosta do que faz. Afirma que escrever um livro é muito desgastante. O cansa muito e por isso ele não sentaria meses e meses em frente de uma máquina de escrever – hoje computador – para registrar bobagens. Em cada livro, pretende sempre transmitir sabedoria, reflexões, meditações, questionamentos, tentando levar mais luz ao conhecimento humano sobre a vida.

Seu talento como escritor nasceu aos poucos e diz que neste aspecto foi naturalmente autodidata. Começou a redigir ainda bem jovem, e publicou seis artigos no “Correio do Povo” de Porto Alegre, na década 1950-1960. Antes de entrar na medicina, se aplicou muito ao estudo da ciência e cultura geral. Quando passou a freqüentar a

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Faculdade de Medicina, além de se aplicar às disciplinas básicas do curso, pesquisou muito também sobre os fundamentos da medicina oficial. E tentou provar para si mesmo o quanto eram falsas certas teses básicas da medicina moderna. Parece-me que esta atitude crítica perpetuou-se e constitui hoje a sua marca registrada.

Bono critica tudo o que faz parte do mundo convencional; tenta substituir dados conhecidos e consagrados, e que ele chama de “vacas sagradas”, para tentar colocar em seu lugar verdades novas, ou senão recolocar teses muito antigas trazidas pelas mensagens dos sábios de outros tempos e milenares.

Movido por esta sede transformação, sua forma de escrever reproduz esta intenção, Segundo o que o entrevistado diz, tudo começa com um impulso interno, uma “vozinha interior” que o leva a desenvolver determinado tema. “Não qualquer tema, mas temas sempre relevantes para a humanidade.”

Quando começa a escrever, ele não sabe exatamente o que vai dar, nem como vai terminar. Conta que “as palavras vão saindo aos borbotões, numa enxurrada de frases e revelações”. Geralmente parte do aprofundamento de leituras variadas, fixando-se num tema importante: e aí lhe saltam aos olhos as “falhas, mentiras e tolices desse tema consagrado”.

A partir desse novo enfoque, acaba reescrevendo tais assuntos, conforme a visão que teve, ou também conforme poderia ter sido a visão dos mestres antigos, tipo Laotsé, Chuangtsé, Cristo, Buda, Krishna, Nagarjuna, Bodhidarma, Platão, Plotino etc. No entanto, preocupa-se em não fazer críticas gratuitas. Quando se permite, as faz com toda a fundamentação necessária, buscando recolocar a “Verdade” em seu devido lugar. Diz que também costuma aproveitar de sua experiência pessoal.

Trabalhou muitos anos numa instituição psiquiátrica, lidando diariamente com a loucura humana e, por que não dizer, com a “loucura médica bem comportada”, o que lhe deu subsídios para contestar a Medicina, a Psiquiatria, a Psicanálise e a Ciência vigente.

O que nos parece inspiração, E.B. simplesmente chama de “vozinha interior” ou impulso. Essa é, pois, uma forte motivação que o leva a escrever. Esclarece inclusive que seu modo de se exprimir não tem nada a ver com psicografia espírita, com canalizações, incorporações ou coisa parecida. “E como se a Sabedoria Universal tomasse conta de mim e exigisse: “Me resgata, faze alguma coisa por

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mim, corrige o que fizeram contra mim, emenda algumas coisas que estão por aí!”

A produção de E.B. é irregular, apesar de intensa. Às vezes escreve várias horas por dia e em outras ocasiões senta-se e redige só meio parágrafo. Diz que jamais sacrifica o seu viver cotidiano para escrever. Como diz, de modo injusto não tem sido editado. Por isso que nos últimos anos tem escrito livremente, sem a pressão das editoras, e isso o deixa livre para produzir em seu ritmo próprio.

Refere que é comum interromper seu trabalho literário diário para a arrumar a casa ou fazer compras. E quando volta, retoma o assunto no ponto em que parou. Ao terminar a obra, ainda falta a montagem, a “vozinha” então lhe diz: “Isto vai no começo, isto no meio e isto no fim. O livro está pronto. É exatamente assim.” E então, de repente, surge a obra que ele reputa maravilhosa. O interessante é que nosso autor, até então, não se preocupava com a estrutura do livro; simplesmente ia escrevendo.

E.B. redige obras há mais de vinte e cinco anos (1991), e também diz que hoje conhece bem as “mandingas literárias”. Logo após ter redigido o livro bruto, começa a lapidação. “Corrijo inicialmente os erros gramaticais; depois dou os retoques literários e faço os acréscimos que cabem. Só passo o livro a limpo após umas três ou quatro buriladas, não antes!”

Uma das dificuldades deste autor, ocorre na hora de dar o título definitivo à obra. Não se satisfaz tão facilmente, pois tem que pensar na expectativa do mercado do livro. “O título tem que agradar ao ‘marketing’ e ser bem vendável. Diz ele: “Hoje se compra mais pelo título e capa que pelo conteúdo!”

Refere que quando alguém resolve utilizar um título que não agrada, que não era atraente para o público, isso se refletia negativamente nas vendas. E isso aconteceu exatamente com o seu último livro editado: Antipsiquiatria e Sexo” (A Grande Revelação), que ele considerou uma obra prima e uma verdadeira revolução em psiquiatria e psicanálise, mas que infelizmente, talvez por causa do título, passou em branca nuvens.

Após concluída a obra, gosta de mostrá-la aos amigos para coletar as informações, as opiniões e as críticas que eles possam fazer.

Nos últimos anos, sua produção tem sido intensa, mesmo sem os favorecimentos e reconhecimentos de uma editora. Escreve pelo menos um livro por ano. Sente uma grande necessidade de escrever. O

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impulso secreto que o leva a redigir é: “uma curiosidade natural por tudo o que não é acadêmico, ou senão, pelo insólito, por tudo o que não é cotidiano, corriqueiro.” É assaltado por uma insatisfação natural que lhe permite lutar contra os dogmas religiosos, contra a intolerância, contra as leis e normas científicas, contra a injustiça e a maldade, daí surgir esse impulso forte que o leva a protestar por meio da escrito e do papel.

CONCLUSÃO Pude constatar, a partir das palavras do entrevistado, que seu

modo de escrever está diretamente relacionado com sua maneira de ser e pensar. Este autor não possui uma metodologia estruturada ou uma técnica para transmitir suas idéias ao papel, o que é, de certa forma, compatível com seus posicionamentos anti-acadêmicos, totalmente contrários ao formalismo. Escreve geralmente movido por uma intuição ou inspiração que diz estar ligada a uma Sabedoria Universal inerente.

Sua fonte de produção, portanto, não é apenas o intelecto, mas sim seu ser, seu organismo como um todo. Isso, infelizmente, não pode ser ensinado numa universidade.

Seu estilo variado e seus temas ecléticos revelam uma total ausência de comprometimentos com os meios científicos ou com qualquer outra instituição. Daí ser E.B. um verdadeiro livre pensador que busca expressar suas idéias através do papel.

Por sua irreverência e criticismo, e como revolucionário que é, ele tem sido ameaçador demais para alguns grupos, e, por causa disso, tem que suportar o peso do ostracismo avassalador e do injusto descaso.

O que de mais proveitoso tiramos em sua exposição é a sua garra, a sua motivação e até mesmo a sua paixão por temas que reputa importantes para entender a vida. Pessoalmente, acredito ser este forte interesse e esta dedicação aquilo que move a ação humana e seu intento, além de E.B. ter um compromisso incondicional com seu próprio íntimo, com seus valores e seus ideais, que talvez sejam universais. Seja através da ciência, ou seja através da contracultura, o escritor deve ser, acima de tudo, livre.

É por meio da constante reflexão e da meditação que podemos ultrapassar a ideologia vigente e contestá-la com justiça. Ao que me

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parece, Bono não pretende aniquilar as ideologias dominantes, ou quem sabe substituí-las pelas suas. Seu intento maior é provocar questionamentos e abalar as verdades consagradas, tidas como absolutas e definitivas, e inclusive incentiva a que cada um busque a sua.

E tudo isso através do que? Da palavra. É esse o poderoso instrumento que possuímos e, se soubermos usá-lo com argúcia e sabedoria, sem qualquer dúvida, “removeremos montanhas”!

Porto Alegre, setembro de 1991

Gisele Monza da Silveira

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ARTIGO DE LUIZ CARLOS MACIEL Amigos, este artigo foi escrito por Luiz Carlos Maciel, no

Pasquim-Sul número 13, como uma espécie de Introdução para a nova versão do meu antigo livro Ciência, a Nova Religião. Aproveito, pois, a oportunidade para incluí-lo também neste meu “Resumo”, pois se encaixa como uma luva...

ANTÍDOTO AO CIENTIFICISMO Há uns quinze anos atrás, mais ou menos (1971), anunciei pelas

páginas do semanário Pasquim o aparecimento de uma obra que considerei extraordinária, É a Ciência uma Nova Religião? de Ernesto Bono. Era extraordinária, em primeiro lugar, porque ousava por em questão a própria Ciência, ou seja, o conhecimento científico em si.

Era o que se chama de corte epistemológico, ou um fim para a arrogância científica.

Na ocasião, escrevi sobre o autor e o livro, que foi publicado pela Editora Civilização Brasileira. Suas idéias tiveram boa penetração em círculos da cultura alternativa, de matizes diversos, em todo o Brasil, mas não obtiveram resposta no mundo universitário, isto é, na cultura oficial. Foi encarado, talvez, como um livro de contracultura, (não o sendo), o que o limitava a um gênero determinado. Em outras palavras: acabou sendo objeto de um preconceito pernóstico.

Naturalmente, o silêncio sobre o livro permitiu que se silenciasse também sobre as suas denúncias. Em nosso mundo, o endeusamento da Ciência tem conseqüências desastrosas que poderiam ser evitadas se houvesse um pouco mais de bom sendo em relação ao assunto. Tudo neste mundo, em verdade, é impreciso, indefinido, provisório, incerto, relativo etc. inclusive a ciência, que pretende não ser.

Ernesto Bono evidenciava o caráter limitado e, mesmo, ilusório do conhecimento científico. A universidade não podia tomar conhecimento dele. Sentia-se ou se sentiu ameaçada.

Na época (1970-1971), parecia que estávamos prestes a assistir a um grande despertar espiritual nos países do Ocidente. Havia – ou

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parecia haver – um interesse crescente por valores de uma natureza superior. Tudo estava sendo posto em questão. Nossa cultura passava por uma revisão radical e a perspectiva de uma nova cultura parecia aberta. Não há dúvidas de que foi uma preciosa oportunidade histórica para a libertação das cadeias internas e para o crescimento individual.

Passados todos estes anos, não houve, porém, nenhum grande despertar espiritual nos países do Ocidente. Pelo contrário: mais uma vez prevaleceram e predominaram a obsessão egocêntrica, o fanatismo egolátrico e os valores da vida vulgar. Estamos inclusive num momento em que o progresso tecnológico e a prosperidade material consolidaram sua posição como valores supremos de nossa civilização, sem que nenhuma ameaça alternativa ou libertária coloque em questão a sua supremacia. Os interesses espirituais estão em segundo plano.

É neste momento que Ernesto Bono informa ter acabado uma nova versão de seu livro, versão ampliada, corrigida, melhorada e rebatizada com o título mais sintético, CIÊNCIA, A NOVA RELIGIÃO.

Os argumentos são fundamentalmente os mesmos da antiga versão, mas formulados, agora, com mais clareza e eficiência. (E as respostas são praticamente imbatíveis).

O que marca o trabalho intelectual desse autor é o seu desconcertante bom senso. Os complexos emaranhados verbais que caracterizam o pensamento ocidental, em todos os seus confusos desdobramentos, não fazem sentido para ele que, simplesmente, os despreza. Para Bono, a mediação intelectual é um desvio (da mente), uma distorção. É uma complicação mental que ele denuncia, e não um refinamento, um requinte, uma elaboração superior, como se pretende, ingenuamente, em nossos círculos culturais mais respeitáveis. Apenas isso mesmo: uma complicação, inútil e doentia, como todas as complicações. Bono não se debate em cogitações vazias. Seus argumentos são diretos, certeiros: nascem da Intuição Pura, sem mediações inúteis ou distorcentes.

As chamadas “verdades” científicas são aceitas pela maioria das pessoas, como um dogma religioso. Trata-se de um fenômeno generalizado de crendice ou superstição

Essas pretensas “verdades” supersticiosas são inculcadas nos jovens, graças à inocência deles e falta de defesa e a tal processo monstruoso de deformação intelectual e espiritual, confere-se o nome de instrução ou educação. Através de tal processo, nossas escolas e universidades geram a estupidez em escala social.

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A verdade é que já fomos longe demais. Os males causados pela concepção cientificista do mundo parecem irremediáveis. Mas talvez nem tudo esteja perdido. Um trabalho de regeneração talvez ainda seja possível. E ele só pode começar com a administração de antídotos poderosos como este CIÊNCIA, A NOVA RELIGIÃO.

Luiz Carlos Maciel

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PREÂMBULO Embora a palavra preâmbulo possa significar também prefácio,

o que vou reproduzir a seguir, não corresponderá exatamente a um prefácio do livro, mas sim a uma espécie de sinopse, por meio da qual vou discorrer sobre meu trabalho e obra.. Neste preâmbulo, falo de tudo aquilo que já fiz até hoje, como pensador (ou “anti-lucubrador”), como palestrante e como escritor.

Pareceu-me, então, de bom alvitre incluir no começo deste livro uma entrevista que um amigo meu, Nelson Agostinho, residente em São Paulo, me fez três anos atrás (isto é, em 1988). Pelo espírito de tal entrevista, qualquer um verá como eu era e como fiquei, depois que a fatalidade me atingiu em cheio, roubando-me uma filha...

Alguns chegaram a dizer que, por causa disso, como escritor, eu piorei, quando isso não é verdade.

Por outro lado, um querido amigo, professor e mestre – e que me ajudou para que quatro dos meus livros fossem publicados pela renomada editora Record, e graças a isso, lhe sou imensamente grato – quando tomou conhecimento de meu livro Manipuladores da Falsa Fatalidade (primeira edição pela FEEU Porto Alegre), e leu tal obra, simplesmente se ressentiu ou se escandalizou, porque eu tinha ousado criticar a Lei da Carma, sacramentada na Índia, no extremo Oriente, e também pelo espiritismo e espiritualismo ocidental..

Gostaria que esse querido amigo, mestre e irmão soubesse que eu não me tornei um infiel ou um herege por ter escrito tal obra.

A Lei do Carma continua prevalecendo, sim, mesmo que o criador de tal Lei não tenha sido Deus ou o Absoluto ou Brahmán. Assim eu ouso me exprimir, aproximando-me mais do Budismo que do o Orientalismo em geral e espiritualismo Ocidental.

Por conseguinte, assim como se levantou uma Lei – a Lei da Geração Condicionada – a qual segura e rege as intromissões e recriações do Demiurgo e do ego-pensamento humano, evitando assim desvirtuar de fato a Verdadeira Natureza.

Por causa dessa Lei e por causa da própria Lei Geração Condicionada, secundária e superposta, só nas aparências, a Autonatureza, para o raciocínio pretensamente perceptor, ficou em segundo plano ou escondida. E cedeu lugar a uma falsa natureza distorcida e recriada pelo Demiurgo e pelo ego humano. Devido à

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lógica-razão, Ciência moderna só tem aumentado as distorções e as aparências que caracterizam tal falsa natureza.

Em face do pensamento errôneo, assim como teve que se levantar a Lei da Geração Condicionada, do mesmo modo também se levantou a Lei do Carma, e que prevalece toda vez que um ego ladrão e salteador se introduz na Mente do Homem e passa a atuar de modo intencional.

É bom que se saiba que a Lei do Carma vinga toda vez que o falso ente-ego se sobrepõe ao verdadeiro SER ou querido “EU”.

Não há uma Lei Divina ou cármica que dirige e castiga a mente-ego no homem, e suas maneiras de mal agir e pior pensar. Mas, há isto, sim, um ego-carma que tem que colher as conseqüências de tudo o que ele (pensa e faz ou) planta ao longo das diversas vidas impostas pela ignorância e pelo ego-desvario.

Não há uma Entidade Superior (Deus) castigando o ego por meio do Carma. Há um ego-carma que se segura e se castiga a si mesmo quando ele passa das medidas.

Nos Manipuladores da Falsa Fatalidade, escrito depois da transferência ou do falecimento de minha filha, eu inclusive ousei dizer que no além havia canalhas trevosos que, para proveito próprio, manipulam para pior as respostas cármicas dos indivíduos. Ou senão inventam uma fatalidade descabida e a aplicam em certos seres humanos, roubando-lhes Vitalidade e até mesmo o corpo (“cascão”) para que, graças à essa torpe manobra, tirarem proveito e se reforçarem. Ou senão consigam retornar ao meio terrestre, sem precisar reencarnar.

Quantos figurões do além, para não precisar reencarnar, roubam o corpo alheio, o esvaziam e penetram no mesmo como se fossem proprietários daquilo que roubaram. Os roubados e esvaziados geralmente são os jovens que, aliás, também são os que mais desaparecem. Os corpos sutis (alma, perispírito, corpo astral, mental, causal etc.) desses jovens raptados são mandados para mundos astrais especiais, que lá ficam até que se dê o retorno.

Amigos, neste livro, além de restringir-me às minhas habituais explanações, criticismos, reflexões, aprofundamentos e meditações, também denuncio aquilo que vem acontecendo à humanidade em geral, especialmente aos mais jovens, e aí vou até as últimas conseqüências.

Neste esboço de denúncia, incluo o falecimento de minha filha A.B. que, por assim dizer, “foi acidentada”, tendo sido ela incluída, sem o querer, numa gigantesca e dolorosa conspiração universal, tratada em

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outros livros já publicados. Neste resumo, também vou apelar para toda a minha argúcia e capacidade para demonstrar e deixar bem evidente que a MORTE de todos, “malgrado roube a presença de entes queridos que no nosso meio viviam”, não é exatamente aquilo que se costuma dizer.

Saliento inclusive que todos nós, inapelavelmente somos vítimas de entidades malignas do além – não necessariamente de pretensos desencarnados obsessores – e que “manipulam a falsa fatalidade”. Por conseguinte, se assim é, urge pois que tais “manipuladores sutis” sejam entendidos em profundidade, que sejam desarmados de alguma maneira, e, se possível, “desvitalizados” . Já veremos o que isso significa. Portanto, antes que continue me espraiando pelas 200 e tantas páginas do presente trabalho, parecendo um insano, côo alguns poderão (mal) pensar, é bom que alguém mais me entenda como de fato sempre fui e continuo sendo.

Meu entrevistador, Nelson Agostinho é um rapaz que leu boa parte de meus livros editados e inclusive três obras das vinte e tanto inéditas, não incluindo esta. Ele ficou sobremaneira impressionado e entusiasmado com o trabalho.

Sabendo da pouca repercussão de minhas obras vinham tendo junto ao público leitor, pensou em ajudar-me de outro modo, recorrendo inclusive ao auxílio de escritores e editores estrangeiros, na esperança de que, quem sabe, meus livros viessem a ser publicados em outros países, também, ou senão venham.

Como fora do Brasil e Portugal, dificilmente alguém fala e lê o português, N.A. resolveu fazer um resumo de tudo o que fiz. Optou por uma entrevista, um pouco extensa, é claro, mas sempre menor que qualquer outro livro que já escrevi, publicado ou inédito.

Peço desculpas se a contragosto, em momentos, me alongo demais em minhas respostas. Mas desmanchar Himalaia de mentiras não é tarefa fácil.

N.A. pretendia verter esta entrevista ao inglês, para ver se alguém, lá fora, criava um pouco de interesse pelo meu trabalho. Ele não me informou no que deu...

Desculpem se o digo, mas ouso crer que “meus” livros seriam um orgulho para qualquer outro país. Todavia, “alguns daqui”, com o descaso que me propiciaram, querem que eu próprio sinta vergonha (descabida), por escrever e pensar como escrevo. E há quase 40 anos, atiraram-me a um doloroso ostracismo, difícil de suportar. Nenhum

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criador, nenhum artista sobrevive a isso, nem consegue consolar-se com a eterna expectativa...

Bem, mas o descaso, às vezes, faz parte da Vida! Afinal, não é o refrão que diz: “Santo de casa não faz milagres!?”... Talvez esse seja o meu caso...

Espero que ao incluir esta entrevista no começo do livro, o restante da obra em nada ficará prejudicado. Bem ao contrário... Até forneço dois exemplos práticos do que vem a ser o ATO PURO – e que não resulta em Carma nem na Lei da Geração Condicionada – ato não intencional ou livre (ou magia), o que é muito importante...

Uma ressalva, na época em que N.A. me entrevistou, o doloroso acidente que envolveu minha filha, e que quase me “esmagou”, ainda não havia acontecido.

NELSON ENTREVISTANDO ALGUÉM (E.B.): Nelson: O que é que você acha falar das suas origens e situar

claramente, em termos de espaço e tempo, sua experiência transcendente? O que foi que levou você a ela? Como é que as coisas se encaminharam?

E.B: Bem, “eu” como pessoa humana não tenho grandes coisas a salientar.

Nunca pretendi ser diferente dos demais ou ser alguém muito especial.

Sou um ser humano como todos, mas acredito que, desde pequeno, uma coisa dentro de mim começou a “fervilhar”. Talvez fosse uma espécie de “minne” sanguínea, como diriam os partidários do esoterismo e arianismo hiperbóreo.

Essa “minne” (ou essa lembrança e saudade visceral) me tornava inconforme, no que diz respeito às muitas noções e conhecimentos vigentes. Dessa maneira, então, de modo espontâneo, graças a mim mesmo, ou graças a qualquer coisa mais que havia em “mim”, fui-me apercebendo de diversos fatos do Insólito, do Desconhecido.

Passei a saber de coisas, cuja difusão em tempo de juventude era proibida, pois contrariavam o dogma vigente. Coisas, digamos como

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o “Retorno ao Lar Perdido”, vidas sucessivas, Eterno Retorno, lei da retribuição (Carma).

Coisas como a não veracidade dos paraísos e infernos, católicos e protestantes. Naquele tempo cheguei inclusive a desconfiar de que as doenças pudessem ser simplesmente provocadas por germes, vírus, ou por deficiências metabólicas, como diz a medicina. Em suma, tudo isso que em “mim” se levantava era totalmente instintivo, intuitivo e, aparentemente, não possuía um fundamento lógico maior, a não ser, talvez, o da minha imaginação.

Hoje, contudo, percebo que nada foi imaginado. De certo modo, nunca me conformei com os ditames da vida cotidiana. E esta, no meu caso, não foi lá muito gentil nem camarada. Ao contrário, foi quase madrasta!...

Por exemplo, nasci na Itália em 1934 e me criei durante os anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Passei todo o período do segundo conflito mundial numa cidade chamada Torino (ou Turim), situada no norte da Itália. E esta cidade, desde as primeiras 24 horas em que Mussolini declarou guerra à França e Inglaterra sofreu as conseqüências do primeiro bombardeio aéreo. Naquela noite, alguns aviões franceses, de raiva e vingança, resolveram bombardear minha cidade, E as primeiras bombas caíram duas ou três quadras de onde eu morava.

Torino, onde se localiza a grande fábrica FIAT, LANCIA etc. sofreu ataques aéreos um atrás do outro, durante quase cinco anos ininterruptos. Horrores esses que comecei a testemunhar com quase sete anos de idade. O curioso, contudo, é que todas essas adversidades não me transformaram num neurótico de guerra. Ao contrário, digo “eu” – e por que não? – fortaleceram meu caráter.

Meu pai era de família razoavelmente rica, mas perdeu o direito à herança por ter-se ausentado da Itália de 1919 a 1934, sem dar notícias.

Quando “eu” nasci, minha família era muito pobre. Conheci a fome, doenças, medo e dissabores sem conta. Até os meus doze anos, vivi num país que passou o diabo, ou seja, crises, guerras e revoluções. Mas mesmo assim, sempre amei e amo a minha terra natal.

Em março de 1947, um pouco depois da Segunda Guerra Mundial, consegui vir para o Brasil, como imigrante, graças à mediação de parentes que por aqui moravam. E neste bendito país, mal dirigido, politicamente, e pior aproveitado, o que foi que me aconteceu? Ora, tive

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que trabalhar, precisei lutar pela minha sobrevivência, desde cedo ou com treze anos de idade.

Em minha adolescência ou dos 12 aos 18 anos não tive oportunidade de freqüentar escolas, por causa dos empregos com horários variados. Trabalhei na Western Telegraph Company de Porto Alegre. Cheguei a este maravilhoso Brasil praticamente analfabeto. Na Itália estudei até a terça série elementar ou primária, depois tive que interromper por causa dos bombardeios freqüentes. Minha mãe era viúva e genitora de sete filhos. Desde pequeno, tive, pois, que labutar pelo pão de cada dia, de alguma maneira.

Meu pai faleceu na Itália em 1943 quando recém eu tinha feito nove anos de idade. Trabalhei praticamente dos dez aos vinte anos, sem poder freqüentar escolas.

Nesse período de minha vida, contudo, comecei a me instruir por conta própria. Lia tudo o que de bom (e de ruim) que me caia nas mãos. Continuava, é verdade, a ter visões, inspirações e vivências íntimas. O discurso racional em “mim”, porém, me levava a duvidar de minha sanidade mental. Ele, ladinamente, me insinuava coisas tipo: “Estás enlouquecendo! Ninguém pensa como tu!”

Essas estúpidas insinuações se levantaram muito fortes entre os anos de 1947 a 1950, no Brasil e em plena adolescência. De fato, para mim, esse foi um tempo muito duro. Tal fase de “minha” vida esteve desligada de acontecimentos maiores.

Depois disso, menos mal, deu-se uma abertura fantástica. Tal como havia acontecido com muitos homens, eu também me voltei para o Insólito, ou senão para o espiritualismo, para a magia, o Orientalismo, para um criticismo sadio, para a parapsicologia, metapsíquica, psicotrônica, psicobioenergética etc. Naquela época, não dava para ser ou virar coisa alguma. Digamos, era muito difícil ser rosacruz, espírita, esotérico, teosófico, umbandista. E se alguém o fosse, raros o consideravam um indivíduo sério, pelo menos.

Por motivos diversos, vários livros começaram então a me aparecer. E por meio desses tomos, nem sempre de grande qualidade e revelação, comecei a entender que eu não estava sozinho em “minha” maneira de pensar (ou Sentir, Saber, Intuir). Havia outros mais que também pensavam como eu. Comecei então a criar coragem, agora pressentindo que afinal “eu não era tão louco assim”...

Portanto, sem freqüentar escolas ainda, fui-me enriquecendo de instruções e informações esotéricas, espiritualistas, teosóficas, mágicas,

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espíritas, umbandistas (ou espiritismo afro-brasileiro), de dados transcendentais orientalistas, mal assimilados, é claro. Em suma, fui travando conhecimento com toda aquela espiritualidade que na ocasião era permitida e se conhecia...

Sempre trabalhando durante o dia, comecei a freqüentar escolas noturnas, ao longo de sete anos, até completar o segundo ciclo escolar. Após a prestação de dois exames de vestibular, ingressei finalmente na Faculdade Federal de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul, aqui em Porto Alegre.

Em todos aqueles anos de preparo prévio para a faculdade, não poucas vezes (no secundário ou ginásio e científico), me conflitei com a visão científica das coisas. Devido a esse inevitável confronto, e por causa também da pretensa infalibilidade e certeza da ciência, meu drama íntimo aumentou ainda mais. Mesmo exercendo profissões diversas e comuns, meu lado espiritual estava sendo trabalhado. Por que ou por quem, não sei e também pouco importa...

Dos 20 aos 25 anos de idade, gerou-se dentro de mim um profundo conflito intelectual... Sim, pois, agora “eu” também era senhor da visão acadêmica das coisas, ponto de vista esse que tentava se sobressair a todo custo. Entrementes, “eu” também possuía o lado espiritual das coisas, porém, ainda confuso e mal acabado. Mas em “mim” algo fazia força para que tal visão espiritual não fosse suplantada e rejeitada.

Até essa fase, “as provas materiais externas não gritavam tanto”. No fundo, no fundo, esse litígio em “mim a favor de “Algo Maior”, não fazia sentido algum. Na ocasião, “eu” já sabia que o lado espiritual da Vida, se fundamentava melhor e que tinha mais sentido que as verdades científicas.

De algum modo, fui-me apercebendo que o lado científico das coisas não era tão veraz assim, malgrado as “provas”.

Mesmo que o enfoque acadêmico e científico-materialista me fosse imposto à força, pressentia-o superficial. E, portanto, não o sentia tão perigoso. E assim fui-me desdobrando, até que comecei a estudar na Faculdade de Medicina. Daí em diante, as coisas mudaram radicalmente. Foi como se se tivesse desencadeado em “mim” grandes tempestades que castigavam minha cabeça e acabaram com meu sossego.

Desta feita, os pretensos fatos da vida me eram apresentados conforme o9 enfoque científico, apenas, assessorados por mil

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artimanhas e supostas provas. Só muito mais tarde é que vim a compreender que tais eventos, “sobejamente manipulados e provados”, não passavam também de fatos aparentes.

No começo do curso de medicina tentei me defender como pude, respaldando-me no espiritualismo amplo, na parapsicologia, no espiritismo, em noções rudimentares de magia e orientalismo.

Nesse começo acadêmico, “eu” sabia que os fatos mágicos, espíritas, parapsicológicos ou metapsíquicos eram tão verdadeiros e válidos quanto verdadeiras pretendiam ser as comprovações científicas que a Faculdade me apresentava cotidianamente.

A versão médico-científica da vida que a escola de medicina me oferecia era tão definitiva e radical que não admitia qualquer dúvida e crítica. Em face de uma verdade científica nada se podia objetar. Um enfoque contrário ao da Ciência, para os donos do saber, não passava de fantasia, delírio, charlatanismo, primarismo, mentiras, imaturidade etc.

Entrementes, “eu” sabia que a Ciência não podia ser a senhora da verdade absoluta e tampouco senhora da melhor verdade.

Antes e depois de entrar para a Faculdade, “eu” freqüentava ambientes diferentes, digamos de estudos espíritas e parapsicológicos, e tinha um bom conhecimento dos fatos paranormais que lá aconteciam, além de curas fantásticas e extraordinárias como a que se deu com minha própria mãe.

Por exemplo, quatro anos antes de entrar no curso de medicina, mais de um médico especialista fez o diagnóstico fatal para minha mãe. Com exames repetidos de modo igual, disseram-lhe categoricamente e cinco vezes: “Minha senhora, tu tens um câncer gástrico! Mas se submeter logo a uma cirurgia gástrica e corretiva, poderá ter uma sobrevida de quatro a cinco anos. Agora, se a senhora se recusar a efetuar essa cirurgia, muito provavelmente falecerá em menos de seis meses.

Assim que minha mãe já havia efetuado cinco consultas com gastrenterologista, com exames, radiografias, e tudo o mais, confirmando-se infelizmente que ela tinha um carcinoma gástrico. E efetivamente ela sentia dores, não conseguia mais comer e tinha um forte mau hálito.

“Eu”, filho dela, na minha “louca intuição ou sexto sentido”, sem nada conhecer ainda sobre a medicina clássica, clamei para ela, dizendo: “Mãe, a senhor não tem câncer algum! Isso não existe! É apenas uma confusão e uma mentira que a ciência, infelizmente, mal

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configura, pior interpreta e trata de modo inadequado!” Claro que na época não me exprimi assim, mas apenas de modo aproximado.

O que falava em “mim” era algo mais forte que “eu”. Ainda bem que minha genitora acreditou na “voz maluca” que por meu intermédio se exteriorizava. Todos os meus seis irmãos restantes, solteiros ou casados, com esposas ou esposos, excomungaram-me. Uma irmã me atirou na cara: “Começas bem a tua futura atividade médica, matando a tua própria mãe!”

E como estava dizendo, na quinta consulta, o médico especialista disse então à minha mãe que, se continuasse dando ouvidos a determinado familiar que se dizia “espiritualista” – terrível crime, na época, (“eu”, no caso) – e que insistia em achar que ela não tinha nada, ao certo ela não sobreviveria além do sexto mês.

“Eu” estava presente nessa consulta, e para minha surpresa, minha mãe declarou (juro que nada induzi): “Olhe, doutor, a vida é minha e eu faço dela o que bem entender! E se só tenho seis meses de sobrevida, o problema é meu! Passe bem, e até logo!”...

Só sei dizer que depois dessa decisão, a “gastrite” dela se agudizou, e ela passou por maus bocados, com muitas dores. Foi uma fase muito delicada. Mas com ervas, remédios vegetais, homeopatias, passes magnéticos de cura, psicoterapia, doutrinação etc., ela conseguiu retornar à quase normalidade, contornando a crise. A natureza dela não agredida soube reverter a situação. Ela conseguiu viver mais 24 anos, só vindo a falecer aos 84 anos de idade. Na ocasião do diagnóstico fatal, ela tinha 60 anos. E isso que mais de um médico lhe haviam prognosticado uma sobrevivência de 6 meses, quando em verdade, fugindo da influência médica sobreviveu mais 24 anos.

Nelson: Isso que contaste foi simplesmente fantástico. Mas aconteceu mesmo?

E.B: Juro-te que sim. Longe do modo de pensar e de atuar da medicina e de alguns médicos, minha mãe e outros indivíduos mais, incluindo eu, a boa espiritualidade, ervas, chãs passes, dietas etc., conseguiram suscitar o milagre da sobrevivência por mais 24 anos. Não foi uma coisa fantástica, porque fantástica somente é a Realização ou a Iluminação do Homem, mas foi um grande feito alcançado pelo não-fazer médico e pelo não-fazer clássico. Mais tarde fiquei sabendo que esse não-fazer, em língua chinesa e taoista, se chamava “wu-wei”, ou não-fazer, fazendo.

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Nelson, abrindo um parêntese, deixa que te conte mais uma história da minha condição humana. Esta se desenrolou no dia ou a noite em que completei meu segundo ciclo de estudos oficiais. Ou simplesmente completei o curso científico, que se fazia necessário para poder entrar numa Faculdade de Medicina. Portanto. Assim que eu sequer havia entrado ainda na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Na noite de 10 de dezembro de 1960, eu saí do Colégio Estadual Julio de Castilho feliz da vida por ter completado o meu estudo secundário e que os americanos chamam de “high school”. Eram as 21,30 horas da noite e resolvi ir ao centro da cidade, para ver um filme qualquer em determinado cinema.

Vinha caminhando pela avenida central Salgado Filho de Porto Alegre, quando me deparei com um jovem de 20 anos duro, encostado na parede e que depois aparentemente desmaiou. Junto com ele havia outro jovem um pouco mais velho (22 anos) que me pediu ajuda para levar o rapaz num Pronto Socorro. Estava extremamente nervoso e ansiado. As poucas pessoas que passavam olhavam e seguiam em frente, sem dar importância. Aos poucos se formou um grupo de umas quatro pessoas e todas, eu inclusive resolvemos levar o rapaz para o Pronto Socorro. Só que na hora de entrar no taxi para levá-lo a tal hospital, ninguém se prontificou, porque cada um tinha os seus próprios afazeres. Ficamos só eu e o tal rapaz amigo que desconhecia, mais o desmaiado.

Embarcamos o rapaz problema num taxi. Eu fiquei no banco de trás e o outro suposto estranho no banco da frente. Pedimos para o motorista que fosse para o Pronto Socorro, no bairro Bom Fim Nesse ínterim o que estava na frente se revelou amigo e conhecido do desmaiado. Melhor, eu pensei comigo, pelo menos ele poderá informar os dados necessários do amigo no hospital e depois ficar junto com ele, sempre que fosse necessário.

O taxi estava andando, enquanto isso, no semi escuro do carro, resolvi encarar o rosto do jovem doente. Era bem apessoado e um rapaz bonito. Olhando-o, pareceu-me que sequer estivesse respirando, o que estranhei muito.Temia que estivesse morto.

Não gemia, não se agitava. Nada murmurava. Estava imóvel como um cadáver. Comecei a pressentir algo diferente naquela cabeça e naquele corpo. Um impulso íntimo me mandou que eu colocasse dois dedos na fronte dele, em cima da raiz do nariz. Ou seja, o dedo indicador e o médio, e fizesse uma vibraçãozinha nessa zona da

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glândula hipófise ou terceiro olho. Nunca ninguém me havia ensinado a agir assim, Fiquei, pois, quase um minuto vibrando a mão, sem que nem o amigo nem o motorista do taxi vissem alguma coisa.

De repente o rapaz começou se agitar e a murmurar coisas desconexas. Tudo começou lentamente, só que sua agitação e murmúrios foram crescendo cada vez mais. O motorista se assustou e parou o carro, faltando um quilômetro para chegar ao Pronto Socorro. Temeu que, o até então desmaiado, arrebentasse o carro. O jovem da frente aproveitou a parada e foi para o banco de trás para segurar o amigo que se agitava cada vez mais. Naturalmente, quando a agitação começou, tirei logo a minha mão da fronte do dito cujo. O amigo insistiu que o levássemos logo para o hospital. Aí eu, não sei porque, me recusei. E perguntei se ele conhecia onde o rapaz morava. Disse-me que sim e que inclusive conhecia a família. E então pedimos ao motorista que se desviasse do caminho do Pronto Socorro e seguisse para determinada rua, num morro do bairro da Glória, onde o rapaz morava. Comigo mesmo, eu pensava que a família talvez conhecesse aquelas crises e fizesse algo acertado mais do que os médicos do hospital. O motorista, agora preocupado, exigiu que nós dois no banco de trás segurássemos o suposto possesso pelo demônio. E quanto mais nos aproximávamos da casa do perturbado, mais o rapaz se agitava e gritava, querendo abrir a porta, quebrar os vidros, se atirar.

Por fim chegamos à residência do rapaz. O amigo desceu e chamou os familiares. Da casa do perturbado, saíram correndo familiares, o pai, a mãe, uma irmã e alguns outros mais. Pegaram o possesso pelas mãos e pelas pernas e o carregaram para dentro de caso. Ele continuou se agitando, se contorcendo, gritando, blasfemando, amaldiçoando.

O amigo do obsedado, possuído, incorporado pagou o taxista, agradeceu e o mandou embora. Mas curiosamente, ele ficou no pátio e não quis entrar na casa. Talvez os familiares tivessem algum ressentimento contra ele.

Dentro da casa, o nosso jovem possesso continuou se agitando, se contorcendo, esbravejando, ameaçando, amaldiçoando. O corpo do rapaz se contorcia todo, parecia que ia quebrar a coluna ou algum osso. De vez em quando, ele tinha impulsos estranhos que o atiravam contra as paredes com toda a força para que se arrebentasse. Uma voz se manifestava por meio dele gritando, “eu vou matar este desgraçado, esse filho da puta!” Isso e outras coisas mais deram a entender perfeitamente

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que ele estava incorporado por um espírito perverso ou por vários entes espirituais malévolos.

Um pouco antes que a situação se agravasse, igual aos espíritas, eu tentei dar passes na cabeça e ao longo do corpo, para ver se se acalmava. Ao contrário, passou a esbravejar ainda mais, além de se agitar e contorcer. Por meio do possuído, uma voz estranha me ameaçou e declarou em alta voz: “Estúpido, sai daqui pois não serves para nada!”

Quando os familiares viram que um pretenso espírita (eu) não conseguia dominar a situação, eles saíram correndo e foram pedir ajuda a pessoas de um centro de Umbanda (espiritismo afro-brasileiro) das proximidades. E logo a seguir, três deles vieram fardados de branco, trazendo um balde cheio de água para banho de descarga, folhas duras próprias da planta “espada de São Jorge”, galhos de arruda, velas coloridas etc. E incorporados com espíritos de índios, pretos velhos etc. começaram energicamente a fazer o ritual deles, ordenando que o exu ou mau espírito se retirasse.

Aconteceu então que o rapaz de repente se acalmou, mas uma irmã menor de 14 anos, e que estava presente, passou a gritar e a se agitar da mesma maneira que o rapaz vinha fazendo. Ou seja, o exu ou o obsessor se transferiu direto para a irmãzinha.

Tiveram que desobsedá-la à força, com água benta do balde, batendo no corpo dela com as tais espadas de são Jorge, enfiando pela boca e pelo nariz dela galhos de arruda, até quase sufocar a menina. E com essas atitudes enérgicas, o mau espírito, ou seja lá o que for, se retirou.

Por volta da meia noite finalmente tudo se acalmou. O rapaz que antes tinha sido possuído, quando viu a irmã se agitando e gritando, e também possuída, se meteu rir feito um estúpido. Essa atitude de sua parte me pareceu ofensiva e cruel. Tudo havia começado por volta das 21,30 da noite e foi terminar depois da meia noite, ainda bem.

De minha parte, eu sequer ainda havia entrado na faculdade de Medicina e muito menos era um médico e psiquiatra, e, no entanto, me deparei com um quadro como esse, que a psiquiatria teria batizado de esquizofrenia ou surto de psicose aguda com agitação psicomotora, quando em verdade tinha sido apenas – apenas esse, aliás muito grave, porque o rapaz, se tivesse ido para o Pronto Socorro, depois teria acabado fatalmente num hospital psiquiátrico e aqui teria dado começo à sua esquizofrenia quase precoce

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A seguir, eu ficando sozinho com o rapaz – o amigo dele já havia se retirado há muito tempo – ele me confessou era apaixonado pelo amigo, e que este havia brigado com ele, e rompido os laços de amizades e intimidade. Essa ruptura amoroso-afetiva lhe havia sido comunicada em plena Avenida Salgado Filho, onde, entrando num desespero agudo, quis agredir o amigo e não pôde. E aí, então se auto-agrediu, incorporando espíritos de mau caráter, e em consequência acabou perdendo os sentidos, ficando imóvel junto à parede, e depois caiu no chão. Foi assim que eu o encontrei no começo da história.

Se imaginem um relacionamento homossexual em 1960, como não era difícil e cheio de conflitos íntimos. Ser pederasta era uma vergonha, uma afronta familiar. Provavelmente alguns familiares descobriram esse relacionamento e exigiram a interrupção imediata do caso amoroso diferente. E a coisa resultou no que resultou.

Aliás, antes do advento da televisão e da facilidade de freqüentar cinemas, a quantidade de jovens (eles e elas), entre 12 a 18 anos que sofriam de surtos psicóticos agudos e agitações psicomotoras era uma coisa assombrosa. Os psiquiatras oficiais rotulavam isso com a frase de “esquizofrenia precoce ou juvenil”. Frase burra e infame, porquanto quem com ela era rotulado, acabava não tendo mais cura, por causa de certos profissionais em medicina. Os hospitais psiquiátricos e os psiquiatras davam um jeito para que não se curasse mais, pois esse era um mal químico-neuronal irremediável (mentira e burrice total)!

A causa da esquizofrenia precoce ou juvenil sempre foram as confusões mal pensadas ao redor do sexo, com seus desvios e pendores atravessados. Quem se surpreendesse ou desconfiasse que era homossexual, no ato de se masturbar, por meio de seu coração e cabeça (ou emoções negativas) se condenava eternamente. E então, por invigilância religiosa, sentimentos de culpa, desesperos, excessos de barulho mental e incriminações ou complexos de culpa qualquer jovem acabava tendo suas incorporações, possessões, agitações, confusões mentais etc.

A liberação das estórias e imagens sexuais, via cinema e televisão, para os adolescentes de hoje amenizou sobremaneira a situação. Ou seja, eles hoje constatam mais facilmente que praticar o sexo não é só uma questão de fazê-lo tipo papai-mamãe, mas é algo mais, e que a invenção do pecado mortal e pecado sexual são invenções de biblicistas canalhas, falsamente puritanos, hipócritas e vigaristas.

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Com essa ocorrência inesperada que acabei de narrar, comecei a ter minhas primeiras experiências psiquiátricas ou antipsiquiátricas.

Nelson: simplesmente notável esse teu parêntese. Mas voltemos ao que estavas dizendo antes do parêntese.

E.B: Certo... Muitos anos depois, e agora como estudante de medicina, tive que me conformar por completo com aquela visão limitadora, sufocante e dolorosa que a Medicina clássica me apresentava. Mas chegou um momento em que não deu mais para agüentar. E isso aconteceu quando entrei em contato com os doentes nos hospitais.

E o que foi que fiz? No quarto ano do curso de medicina, todo estudante entra em contato direto com o paciente, passando a aplicar em cima dele, pobre ser humano sofrido, tudo aquilo que já havia aprendido e ainda estava aprendendo de modo teórico na faculdade. Isso constituía uma espécie de treino e amadurecimento do aluno. E, no entanto, eu achava que o que havia aprendido na teoria não podia corresponder à última das verdades e tampouco podia desencadear uma conduta realmente curativa e modificadora, para melhor. Foi aqui que saltou fora minha primeira e grave crise existencial.

Por causa dessa, simplesmente desisti de fazer ou completar a quarta série de medicina, e me propus efetuar uma revisão radical nas matérias básicas do currículo médico (isto é, uma revisão na embriologia, na anatomia, citologia, histologia, patologia geral, anatomia patológica, bioquímica, biofísica, farmácia, microbiologia, parasitologia etc.

Senti pena pelo ser humano, sofrendo, e acho que essa revisão auto-imposta não era só vaidade minha! Sem o saber, estava aplicando um criticismo sadio e extremado contra os pilares essenciais da medicina. O que me impeliu a questionar as verdades científicas, acredito “eu”, foi a visão espiritualista das coisas. A favor de tal “espiritualidade” e também em busca do REAL, que “eu” julgava conformar-se melhor com o espiritualismo vigente, tanto busquei, tanto revisei, tanto cavouquei que, em busca da VERDADE, acabei caindo num oceano infinito de mentiras e acomodações.

Em minha revisão crítica, acabei entrando num verdadeiro beco sem saída, e isso após quase dois anos de revisão. Nesse impasse e terrível dilema, tipo “koan” do Zenbudismo, nem o aspecto material-energético da medicina, nem o suposto aspecto espiritual se sustentavam mais...

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Resolvi então que não voltaria a estudar mais, porque já não podia continuar compactuando com aquela falta de visão, com aquela aberração energético-material – células e bioquimismo celular, somente – que certos homens puramente racionais haviam montado.

E quando tudo estava aparentemente perdido e “eu” derrotado – pois no começo, em minha revisão, “eu” propendia para a espiritualidade dualista – deu-se em “mim”, de repente, uma espécie fulguração, de explosão interior que me abalou por completo, de cima para baixo e vice-versa. Hoje sei que isso foi um quase “Satori” (ou Iluminação), embora na ocasião não conhecesse nem Zenbudismo nem Budismo, a fundo.

Quando isso “me” aconteceu, “eu” já não sabia quem era. Vi, então, nítida e claramente, sem que houvesse certo “alguém” vendo, que o “beco sem saída” traduzia exatamente meu capcioso intelectualismo dualista.

Depois de tal fulguração, centelha, agora certa não era a tese “A” nem a antítese “B”. E a síntese hegeliana que aí poderia caber era outra mentira do intelecto. A “porca lógica-razão”, como dizia Unamuno, o grande filósofo espanhol, estava virando pó em meu íntimo.

Sucedeu-me algo igual ao que provavelmente acontece com os grandes Mestres, já sem “meu ser” EB, necessariamente. Agora o ego em “mim” havia se sumido. Agora “EU” era só Vida, era só Inteligência, Lucidez e Sensibilidade.

Superpondo-se a essa Verdade ou Vivência, feita uma máscara intrometida (ou ego-persona), surpreendi com clareza um farsante chamado Ernesto Bono, pesquisando, lutando contra uma farsa chamada materialismo, luta essa que favorecia outra farsa chamada espiritualismo dualista (ou confusão). A Verdade não estava nem em “A” nem em “B”.

Ignorando os dois extremos, a Verdade se encontrava no meio termo, como Buda sempre ensinou. Compreendi que o ser vivo não era nem corpo anatômico-fisiológico, que a medicina apresentava, nem era uma alma ou entidade espiritual emprestada e à parte, e que a teosofia, o esoterismo, o espiritismo e as correntes cristãs preconizam por aí...

Agora Via e Sentia a Vida harmonicamente feita ondas, subindo e descendo, “ondas” mudando e nunca se repetindo idênticas, nunca se manifestando do mesmo modo. Senti inclusive uma voz que dizia: – ou pelo menos, essa foi a impressão – “Isso és Tu, e não o pensador EB! Vês? Todo Homem é exatamente isso!... Pretendias lutar contra o

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demônio do materialismo, antepondo-lhe o demônio ou o pretenso anjo do espiritualismo. Compreende AGORA que ambos não passam de dois títeres, duas marionetes manipuladas por esse teu egozinho (Ernesto) que te caracteriza, e que TU não és. Porque TU (ou “EU”) és esta outra parte, és este TODO-EU, pacífico, sempre fluindo...”

Ao voltar à pretensa normalidade, e que em verdade era anormal, percebi que as lágrimas rolavam de alegria. Depois fui tomado por uma sensação de leveza, de bem-estar. Parecia estar flutuando no ar. Levei um bom tempo para caminhar como antes fazia, e para voltar a sentir o chão sob os meus pés. AGORA, “EU” era um vazio cheio de sentimentos, lucidez, inteligência e sensações plenas, vazio que me deslocava por sobre de outro vazio, ou o pretenso chão, cheio de surpresas e belezas insuspeitas.

Nelson: Foi esse um momento único e passageiro ou conseguiu persistir feito tempo?

E.B: Foi o momento mais sensacional da minha vida, foi único até certo ponto, pois ficou ressoando e inaugurou em “mim” outra maneira de ser, totalmente original.

De repente, tudo desmoronou! Naquele dia, naquele Instante, EB não era mais EB, e o mundo não era mais o mundo geográfico-astronômico.

Mudei radicalmente. Não via mais o mundo dentro dos velhos moldes e esquemas.

AGORA, “EU” era um Oceano, um Fluxo de belezas. As velhas influências da espiritualidade dualista já nada mais me diziam.

Depois daquela Vivência, modifiquei-me por completo e passei a me pautar por essa Vivência. Tanto é verdade que acabei voltando ao curso de medicina, para completar o currículo. Só que agora me sentia solto, leve, livre. Sabia e Sentia tudo de antemão e não precisava conhecer mais nada. Sabia com clareza que alguns professores à minha frente – cuidado só alguns, pelo menos – só mentiam e proferiam sandices, com empáfia e um orgulho descabido. E visto que nada podia fazer contra eles, vi-me forçado a usar a memória outra vez, um pouquinho só, para, no mínimo decorar aquele monte de descrições e depois vomitá-las na hora do exame. De qualquer modo, quando chegasse a minha vez de agir, eu agiria como bem me aprouvesse, ou como a Vida me permitisse, de acordo com aquela Vivência que tive e que continuaria tendo outras vezes mais, depois.

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O fruto daquela experiência não acabou aí. Esse “Satori” ou seja lá o que for, se repetiu em outras ocasiões, mas sempre no sentido de me propiciar um reforço e de me imprimir uma força estranha e benéfica. Naquele momento, tal vivência foi poderosíssima, mas comparada com outras experiências que tive e tenho tido, e que romperam com as barreiras do tempo,do espaço, da memória e imaginação, aquilo até que foi banal!

Foi só depois disso que “eu”, infelizmente, percebi que os seres humanos são o que são por culpa do ego-pensamento neles mesmos, e por culpa de suas complacências. Foi aí que eu descobrir a potência negativa do “cogito”. Ele, para “mim”, já não era mais um auxiliar da vida, mas sim um intrometido e acrescentador de faz-de-conta, um ladrão e salteador e deturpador das Verdades Maiores, Sentidas e Sabidas.

E, interessante, só depois de ter tido todos esses vislumbres, é que fui encontrar confirmações iguais nos ensinos de Krishna, de Buda, Laotsé, Cristo etc.

Como bem sabes, todos esses seres foram verdadeiros luminares da história e do mundo.

Nelson: É interessante notar que você seguiu um caminho diferente daquele que se costuma associar às pessoas com farta erudição, e que você também demonstra ter ao longo de seus livros. Geralmente esses indivíduos estudam muito e só depois é que passam a ter certo interesse pelo espiritualismo em geral. Exemplo disso é o famoso Aldous Huxley. Você ao contrário, começou com um espiritualismo capenga, como você mesmo diz, para depois se transferir para a aquisição da erudição escolar e acadêmica...

Primeiro virou autodidata e depois se tornou acadêmico, por causa do sua progressão nas escolas.

E.B: “Meu” interesse pela espiritualidade era uma atitude certa, mas conduziu-me a conclusões erradas. Hoje sei que não se pode tirar qualquer conclusão definitiva. Quero crer que o Senhor da Vida (“EU SOU”, Deus Vivo), no “meu” caso, “escreveu certo com linhas tortas”.

O conteúdo desse espiritualismo dualista, posteriormente, se me traduziu como sendo um tremendo empecilho. E nada tinha a ver com a verdadeira Espiritualidade Não-Dual da Vivência Perfeita.

Nelson: O que importa é que você conseguiu assimilar tal espiritualismo, sem a carga da cultura acumulada que vem com a

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formação acadêmica. Tal falso holismo, a meu entender, é um casamento maldito que só dificulta o processo do Despertar.

E.B: Escolhido por “mim” ou não, só sei dizer que essa “espiritualidade capenga” da primeira fase de “minha vida” incrementou a inconformidade que me assaltava. Não tivesse sido esse espiritualismo, depois jamais teria me proposto fazer a revisão da ciência oficial e da medicina, em seus aspectos básicos, revisão que praticamente abriu o caminho para a eclosão de uma Verdade Maior.

Nelson: O que representou essa modificação da tua vida, no que diz respeito ao relacionamento com as pessoas, com os teus colegas de trabalho? Como você se acomodou ao “CHOQUE” dessa nova visão?

E.B: Acomodando-me! Minha companheira se deu conta de “minha” modificação e não gostou. Eu nada expliquei a ela porque não ia entender. Ainda mais que ela era totalmente espírita cardecista.

Por conseguinte, “eu” tinha que viver como cidadão comum, sem sê-lo, talvez.

“Meu” desempenho, no caso, era como se fizesse parte de um grande coro, e que como os outros, cantava a mesma canção, só nas aparências. Mas na verdade, não a cantava, abria a boca, movia os lábios, apenas. Desde o começo, sempre soube que não se podia impor nada daquilo que havia Vivenciado. E mais, algo em “mim” me sugeria: “Olha, não te orgulhes da tua suposta Iluminação! – acrescento “suposta” para não me auto-intitular Iluminado, o que faz sentido. Nem te julgues diferente. Só és diferente em teu Coração e não por aquilo que poderias ostentar externamente. Portanto, sê como os demais, não o sendo. Quando a Vida permitir e favorecer, quando fatores e circunstâncias te trouxerem seres que precisem de ti, se sentires que podes agir de modo diferente, que podes ajudar, age, ajuda, modifica, cura, transforma! Mas tudo deve ser feito como se o não estivesse fazendo. Não te exaltes nem te auto-promovas. Não te coloques nas alturas!”

Nelson: Isso que você disse a respeito de trabalhar, sem se sentir como um ente especial, trabalhando, me parece importante. Na verdade, você ao trabalhar, está servindo como...

E.B: Como um instrumento, digamos... Graças àquela Vivência anterior de que falei, a impressão e convicção de que ainda eu era EB havia inclusive decaído muito. Depois de tal Vivência, passei a constatar, naturalmente, que, se não me intrometesse e se deixasse tudo

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fluir, o Insólito, o Especial ambos brotariam por si mesmos, surpreendendo até meu novo Ser.

A questão, AGORA, era não mais compactuar com aquela velha imagem do ego-Ernesto-persona aqui, e o mundo material, lá... Tanto é verdade que nunca me conflitei com meus colegas de medicina, porque nunca impingi a eles “minhas” realizações e vivências.

Por outro lado, sempre que de “mim” se aproxima alguém que quer ouvir coisas diferentes, que tem dúvidas sadias, que tem anelos sinceros, pelo não corriqueiro, não cotidiano, “eu” então busco contar a ele tudo o que se pode contar, e tudo o que a ele convenha. E se se permitir em me acompanhar, levo-o até o ponto aonde eu fui.

A propósito de doentes, “eu” sempre faço exatamente o que eles querem. E posto que me formei em medicina, ou já que aprendi a arte de, digamos, recitar missa, sabendo de antemão que essa missa não cura ninguém, mesmo assim, “eu recito a missa como o paciente quer, acrescentando, porém, um certo tempero, por conta própria, de outro ritual qualquer.

Quando sinto que o paciente está verdadeiramente necessitado, e é humilde e aberto para coisas novas e diferentes, atuo então de modo diferente, sem que ele se aperceba disso. Isto é, recito outra missa, pratico outro ritual, que é um modo de agir totalmente “meu”, individual, e que mesmo assim não deixo transparecer.

Muito amiúde os indivíduos têm se curado. No final, porém, vão achar que se curaram só porque ingeriram determinados comprimidos. Sei bem que o comprimido em si não cura coisa alguma. Ele só age como uma presença catalisadora, até mesmo como um placebo. O que torna a cura possível é o perfeito entrosamento empático médico-paciente, em que o médico está aberto para dar (Vitalidade) e o paciente está apto para receber, Na medida do possível, evito atuar como um médico absolutamente acadêmico.

Nelson: E o efeito aí é puramente psicológico. E.B: Vai além da influência meramente psicológica, porque, no

fundo, no fundo, não existe o remédio material ou a matéria salvadora e terapêutica, como também na existe, em termos absolutos, a doença material em si, reversível ou irreversível, como os pretensos tipos de câncer, de leucemias, a AIDS etc. E eles deveriam saber disso.

Nisso tudo, há apenas um Fazer, Sentir, Saber, Compreender e comungar, poderosíssimos, (= SER e que são ESPÍRITO em tudo e por tudo...)

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Efeito psicológico quer dizer que a mente material (ou o cérebro), pensando, se convence de que o placebo irá curá-lo, não tendo o placebo propriedades inerentes e terapêuticas para tal.

Em verdade o pensamento vale pouca coisa; mais atrapalha do que ajuda. E tampouco há um cérebro que se auto-ilude, nem placebo, e muito menos um remédio eficaz. Só há uma convergência de causas e condições não materiais. Há permutações puramente espirituais, por isso falei do entrosamento médico-paciente.

É por meio da assim chamada presença do comprimido material – em verdade só SENTIR, FAZER e INTUIR – que “eu” pratico minha magia, vamos dizer. Assim que, de certo modo, quando me é permitido, ponho em prática uma medicina mágica.

Aliás, os meus colegas também praticam uma medicina só mágica, mas eles acham e juram que ela é só lógica. E quanto mais insistem nessa pretensão, mais estragos eles fazem e mais prejudiciais se tornam. O agir natural da maioria é que ajuda e não o conhecimento extremamente técnico-científico.

Em última instância, o que me leva a bem atuar é a Intuição apuradíssima, tanto que, quando alguém se me apresenta, já sei, mais ou menos, que tipo de problema ele tem. Em segundo plano, sempre coloca um aconselhamento sábio, que acompanha esse comportamento, digamos mágico, e que permite a que o paciente se beneficie de algum modo, praticando ele também o ato transmutador da cura, quando acredita estar ingerindo alguma coisa.

Nelson: A respeito dos teus livros, você me contou certa vez que você é levado a escrever. Isso não teria nada a ver com “canalização”, com escrita mediúnica ou psicografia?

E.B: Tenho certeza que não. Isso de dizer que um espírito desencarnado, um residente do além toma conta da mente e do braço do médium, levando-o a escrever automática e inconscientemente, essa é uma explicação racional que os espíritas cardecistas oferecem, e que no fundo, convence pouco e está saturada de falhas.

Foi só depois daquela vivência de que falei em páginas precedentes é que pude constatar que a psicografia, finalmente, não era tão simples assim como os espíritas alegam

Ademais, nem sempre é preciso que haja um desencarnado por perto, para o médium escrever. Muito amiúde, a assim mal chamada psicografia é fruto do despertar da “Kundalini” ou do Espírito Santo – e que é uma Vitalidade importantíssima que todo homem a tem

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adormecida em seu íntimo, em seu vórtice interior (chakra muladhara) e que a ciência médica insiste em ignorar e desconhecer – Vitalidade que, ao subir, agita as águas do Lago Mental ou da Consciência-Depósito (Inconsciente verdadeiro ou “Alayavigñana”, como dizem os budistas mahayanas, faz aflorar o gênio, a criação científica e artística , a arte, o estilo e até mesmo o espírito de pessoas que aparentemente desencarnaram ou se sumiram (em verdade se transferiram).

Amigo, tudo dessa Consciência Primordial, dessa Consciência-EU ou Mente Pura tudo aflora e tudo a essa Consciência-EU retorna... Comigo deve ter-se dado um quase despertar da “Kundalini”... Antes do “meu abalo vital”, “eu” também pensava que a psicografia era exatamente aquilo que os espíritas alegam. Mas hoje sei que não é. É um fato verdadeiro, sim, mas vai muito além daquilo que eles explicam ou é dito a respeito. No meu caso, acho que não houve qualquer ente desencarnado que me influenciou – no caso dos médiuns de incorporação, há sim espíritos e ETs do além que influenciam – e muito menos esquematizações e determinações prévias, e tampouco qualquer “chips” e programação anômala.

Nelson: A tua garra em escrever veio junto com o que chamaste “Satori”

E.B: Creio que sim. Antes, porém, já havia escrito muita coisa, mas não com a fluência e criatividade que agora tenho. Quando me impus a revisar e criticar as bases da medicina e ciência, não me sentia ainda um escritor. E o que me moveu a escrever foi minha própria inconformidade e uma profunda piedade pelo sofrimento humano; este sofrimento, finalmente, também era e é meu. E tal rebeldia plasmou-se “ao Deus dará”, e, que sabe, gerou até mesmo coisas de pouco valor. Digamos duas mil e tantas páginas de puro revisionismo científico e críticas contra a medicina que não sei o que fazer com elas. Ao certo rasgarei porque não são boas para uma publicação.

Hoje, talvez, haja algo ou alguém mim que me impele de modo mais ordenado, É como se dissesse: Precisas escrever algo assim, sobre isto ou sobre aquilo!”

No começo nunca sei o que vou fazer. A suposta voz então retruca: “Vai FAZENDO que o FAZER se fará por si mesmo!” E dito feito, o impulso que me empurra, de repente, se me traduz como se estivesse trabalhando com uma equipe de seres ultra sábios super-lúcidos, e que me orientam e me dirigem sem ter nada a ver com espíritos desencarnados, suscitando psicografias,

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E por favor, não confundas meu modo de escrever com escrita mediúnica, porque não ouço vozes, tampouco alguém toma conta de mim e da minha mão. Tanto é verdade que escrevo quando quero e paro de escrever também quando quero.

Meu último livro: “Parar Este Falso Mundo”, escrito a partir da filosofia de Nagarjuna (grande Mestre e Filósofo budista do II século d.C.), quando o comecei, não tinha a mínima idéia do que ia escrever, ou o que estava escrevendo. Só tinha em mãos aqueles aforismos do mestre budista, que são quase indecifráveis, praticamente ininteligíveis e até mesmo intragáveis para o gosto do raciocínio ocidental. Mas “eu” sabia que neles se escondia uma sabedoria fantástica.

Como apóio, além desses extratos sobre Nagarjuna, “eu” só possuía alguns ensinos budistas esparso, também de difícil entendimento.

Entrementes, o impulso sugeria-me: “Agora pega este trecho e o desdobra e desenvolve. Agora, aquele, e assim por diante.” De repente, “eu” estava decifrando trecho por trecho e, à minha revelia, finalmente, consegui armar mais um livro. Aliás, levei mais de vinte anos para montar “Parar este Falso Mundo” de tão difícil que foi, e quantos impedimentos subjetivos se intrometeram, impedindo que seguisse escrevendo e acabasse com a obra.

Essa capacidade de entender o quase indecifrável e adaptar ao nosso tempo qualquer trecho antigo e consagrado é exatamente aquilo que caracteriza essa pretensa influência alheia em “mim”. É ela a que me permite escrever sobre qualquer tema filosófico e religioso antigos., como se estivesse vivendo naquele tempo.

Nelson: Em teu trabalho sobre Nagarjuna se te apresentou alguma dificuldade em aclarar aquele raciocínio dele extremamente complexo?

E.B: Todas as dificuldades do mundo. Tanto é verdade que levei mais de 20 anos para arrematar e conseguir finalmente exprimir em meus próprios termos aquilo que era uma linguagem de 1850 anos atrás. Os Sutra budistas e de Negarjuna não são raciocínios. São exposições enigmáticas, tipo aforismo, onde mais se sugere e se contraria do que se declara ou se afirma. .

Só depois de tanto insistir é que a decifração dos aforismos de Nagarjuna me saiu quase espontânea. E não foi só decifrar, como inclusive interpretar . De qualquer modo, no momento, problema já não era só aclarar aqueles “sutras” (ou versículos) incompreensíveis; Minha

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preocupação maior era fazer o quê com as passagens decifradas! Meu dilema era colocar “isto” e mais “isto” numa sequência certa. Para montar um livro, não basta só decifrar trechos, mas sim ter uma visão global. Dar continuidade. Engatar um tema com o outro, para que o livro não fique caótico.

De certo modo, não somente consegui aclarar tópico por tópico, como também consegui dar um começo, meio e fim àquilo que, aparentemente, não tinha nem começo, nem meio nem fim. O mesmo me aconteceu quando montei os livros sobre a mensagem de Jesus.

Não sei se sabes, mas os Quatro Evangelhos oficiais são uma verdadeira colcha de retalhos. É uma pouca vergonha surpreender o que os antigos escribas judeu-cristãos do I, II, III, IV e V séculos d.C. fizeram com as palavras de Jesus. Juntaram os ensinos do Mestre ao léu ou como lhes convinha, misturando com passagens esdrúxulas de autoria deles mesmos e montaram uma história que acabou sendo muito conveniente a ele e à organização que eles estavam criando e montando: a Santa Madre. No Evangelho atribuído a João ou Quarto Evangelho, e que é o mais rico em exposições doutrinárias, a manipulação dos versículos foi vergonhosa e impressionante. Parte das palavras de Jesus desse Quarto Evangelho foram deturpadas e transferidas adiante, vindo a constituir a Primeira Carta Evangélica de João que ele nunca escreveu.

Nelson: Como foi que você chegou a se aperceber de que as palavras de Jesus haviam sido manipuladas? Você fez alguma pesquisa?

E.B: Antes de mergulhar no Cristianismo propriamente dito,fiz um estudo e um aprofundamento de todas as doutrinas religiosas e místico-filosóficas do mundo e, graças a isso, me enriqueci com uma visão abrangente, bem melhor do que qualquer teólogo e exegeta de Antigo e Novo Testamentos.

Quando chegou a ocasião de apreciar os Evangelhos e meditar em cima, seguidamente me perguntava: “Mas como é que Jesus Cristo, sendo tão reverenciado e tão idolatrado, a partir dos Evangelhos – única fonte de informação de que dispomos – é em si tão contraditório? E como a mensagem dele, tendo passado por tantas vicissitudes e tendo sido manipulada por mais de 500 anos, sobrevivendo até os dias de hoje, mesmo assim, pode manter-se notável e contundente só em certas passagens? Malgrado todas as contradições que a mensagem total apresenta, como é que a Boa Nova de Cristo sobreviveu?

O motivo era que os Evangelhos, embora fossem primariamente contraditórios, havia neles grandes verdades, misturadas com mentiras

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editoriais muito maiores, como aquela “tu és Pedro e sobre esta pedra construirás a minha igreja”, pois, pois.

Diante disso, primeiramente forcei-me em fazer uma seleção de versículos, e que julguei verazes e importantes. A partir disso, montei uma espécie de evangelho particular, digamos, exclusivamente para mim e para meus filhos. Se um dia eles me perguntassem quem tinha sido Jesus e o que havia ensinado, eu responderia que, conforme essa seleção que havia feito, havia dois Jesus. O Jesus oficial do Novo Testamento canonizado, e o Jesus particular e mais veraz que “eu” havia salvado da salada russa chamada Novo Testamento.

Só fazendo essa “pesca de coisas boas” é que me dei conta de tais manipulações graves. Com meu remanejamento posterior, simplesmente coloquei no lugar certo o Jesus que era Jesus mesmo.Só depois disso, o Cristo, finalmente, começou a fazer algum sentido para mim. Desse modo, portanto, não pratiquei uma exegese, como costumam fazer os intelectuais com relação ao Novo Testamento e à Bíblia, mas sim fui movido por uma necessidade estranha de devolver a Cristo o que era de Cristo e ao diabo-organizado o que era do diabo, isto se algum diabo existisse.

Nunca me passou pela cabeça de fundar outra seita cristã só por causa daquilo que estava fazendo. A parte evangélica que expurguei e que atribui a manipulações de escribas cristãos chamei de “O Anticristo”, e isso poderá aparecer num livro à parte. Graças a esse impulso, então, reconstruir passagens inteiras dos Evangelhos, agora de modo correto, assim acredito.

Como se não bastasse, fui encontrar trechos inteiros proferidos por Jesus na boca e escritos de terceiros, como os de João, Tiago, Paulo etc.

Por exemplo, muitas partes das Epístolas de Paulo não foram escritas por ele. E a Primeira Carta Evangélica de João aos condiscípulos nunca foi uma carta. Ao lê-la você juraria que é algo que, após a morte de Jesus, João escreveu aos demais apóstolos e cristãos de seu tempo. Em verdade, porém, essa tal de primeira carta encerra apenas partes expurgadas do Quarto Evangelho. Muito provavelmente, nem a Primeira Carta de João nem o próprio Quarto Evangelho foram escritos por João, o pretenso evangelista. Seu autor anônimo, contudo, (talvez o grego ou helenista Estevão) fez um trabalho único que acabou sendo desmembrado. A parte expurgada acabou virando a tal “Primeira Carta”. Assim aconteceu porque os escribas desonestos não quiseram que o

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leitor soubesse que quem verdadeiramente havia proferido tais dizeres havia sido o Cristo e não João.

Tentaram anular o impacto que tais palavras haveriam de causar, se na boca de Jesus tivessem permanecido. O que “eu” fiz, finalmente, foi colocar de volta e inserir essa “Primeira Carta no próprio Quarto Evangelho. Graças a isso, reconstruí os magníficos discursos que Jesus proferiu, verdadeiramente, e que, sem a inclusão dessa primeira carta, no Quarto Evangelhos tais discursos se apresentavam truncados e confusos.

Nelson: A denúncia que fazes contra o ego é uma característica comum em todos os teus livros, e inclusive na mensagem de Cristo. Qual a importância dessa tua denúncia, que a doutrina posterior da Igreja encobriu totalmente.

E.B: Cristo queria que seus seguidores e discípulos se igualassem a Ele. Isto é, se livrassem desse ego-adversário, ladrão e salteador. E o curioso é que Cristo não condenava diretamente o ego das pessoas. Apenas nos dava a entender que “se prevalecer um ego “eu” em ti, estarás em pecado”. Jesus chamou o ego de “pecado”. E recomendava que seus discípulos praticassem a Justiça. Curioso, JUSTIÇA na boca do Mestre significava apenas Reta Sabedoria, Reto Entendimento e Reta Percepção. Três jóias do bom funcionamento mental.

Dizia Ele: “Se a vossa Justiça não exceder a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino de Deus...”

Nelson: Mas isso aproxima o teu cristianismo do budismo!?... E.B: Até certo ponto sim. Em outra ocasião, Jesus condenou o

ego, dizendo: “Em verdade vos digo que se não vos fizerdes simples como os meninos, - isto é, inocentes como as crianças – não entrareis no Reino de Deus.” Outra: “Todo aquele que amar seu pai e sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim!” Só que esse “mim” significa “EU SOU” OU O Absoluto em Cristo e no Homem Verdadeiro. E não são poucas as passagens em que Jesus se identifica por completo com os outros grandes Mestres!

Nelson: Tirando de cima todo o folclore que se criou nessa identidade de mensagens, o que significa para você coisas como o Reino de Deus, Nirvana, Tao etc., como se esses fossem lugares para onde se vai, após o desencarne, isto se se for bonzinho em vida, ou se se pratica a boa religião e a meditação? Que recompensa é essa que aguarda o espírito do homem?

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E.B: Por ter mergulhado fundo em todas as religiões do mundo, e também em face ao que Vivenciei, só sei dizer que todas elas dizem a mesma coisa.

Nirvana é a mesma coisa que Satori, Satori é a mesma coisa que “Nirvikalpasamadhi”, este, por sua vez, é a mesma coisa que Brahmán, Brahmán é o mesmo que TAO, Alá, “EU SOU”. E este “EU-REAL” (ou SER), por sua vez, se confunde com o Estado Absoluto, tipo Reino de Deus, Éden, Paraíso, Terra Prometida, Jardim de Alá, Hiperbórea etc.

Em última instância, mas o que significam todos esses sinônimos? Apenas isto: Transmutação da Consciência humanizada em Consciência Absoluta, transmutação da mente-ego comum em Mente Pura. Retorno. A Consciência-EU reconquista então sua condição Primeva e Absoluta, onde não prevalece o separatismo, a multiplicidade, a dualidade das coisas, tipo pessoa pensante aqui e coisa pensada, lá. Onde não vinga o pensamento infernal ou o discurso interior, com suas especulações, suas dúvidas, suas comparações, suas certezas e incertezas.

Reino de Deus ou até mesmo Nirvana, Satori, Tao etc. São apenas isto: a superação das limitações que o pensamento racional inventa, a eliminação da dor, da falsa vida, da decadência e da morte.

Em suma, a extinção de todos aqueles acréscimos desnecessários que fazem do ser humano um ser sofrido, um ser mesquinho, maldoso, carente, voraz, ganancioso, violento, ladrão, homicida etc. É a reconquista de uma Condição Absoluta que pertence a todos ou pertence a UM só, UM esse que é Todos. Todos esses que são Não-Dualidade.

Digamos, vingando o Satori, já não haverá mais ego, nem prevalecerão as forjações e as reconstruções dele próprio, nem se levantarão as enjambrações egotistas e egóicas que tanto caracterizam o vir-a-ser do homem comum. Essa é uma condição onde não vinga um “antes”, um “durante” e um “depois”, tempo esse recriado pelo ego. É um Estado em que não prevalece o tempo contínuo (pelo menos, o assim mal chamado tempo físico). Há, pois, um AGORA a respeito do qual não se pode dizer e nada se deve pensar. Não se pode dizer que seja Eterno, nem que seja Instantâneo, e muito menos que seja o próprio nada.

Há sim um espaço que não é espaço físico, mas apenas AQUI, onde, fazendo força com o pensamento enganador, se poderia dizer que cabem todas as coisas, ou talvez mesmo não caiba absolutamente nada.

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Em resumo, AQUI é um Vazio-Pleno não extensível, ou Consciência Pura, Mente Pura. E esta Mente ou Consciência e Deus se confundem e o Homem Livre (ou Deus Vivo) também.

Nelson: Acho que agora poderíamos entrar no campo da Ciência em si e da Medicina, que é onde a tua denúncia tem uma veemência maior. O que é que você tem a dizer sobre o ego, enquanto vilão na...

E.B: ...construção do edifício científico? Nelson: Exato. Até que ponto, isso que chamas de ego-

pensamento é que denuncias como sendo o grande vilão da tragicomédia humana contribui para construir o edifício da ciência e da medicina, aparentemente tão impecáveis e portentosos?

E.B: Antes de discorrer sobre a Medicina, bom seria se começássemos pela Ciência, já que a Medicina Moderna e Oficial e herdeira do pensamento científico e de sua calamitosa conduta.

Sabes muito bem que a Ciência Moderna surgiu graças a seus precursores eméritos. Nomes como Copérnico, Kepler, Galileu, Newton, Descartes, no campo da Astronomia e da Física, além dos que trabalharam no campo da Química, da Biologia, da Física moderna, da Física relativista, quântico-ondulatória, Física eletromagnética escalar etc. Todos esses sempre acreditaram piamente que se abandonassem o enfoque medieval e tradicional das coisas, iriam abrir novas fronteiras para o conhecimento. Estariam dando também um empurrão gigantesco à nova ciência, graças principalmente ao método experimental que todos eles haviam adotado. Este método corroborava ou até mesmo provava aquilo que se havia suspeitado, se havia suposto, esquematizado. Só que nenhum deles desconfiou de que o próprio Método Experimental estava forjando tudo. Ele era apenas uma faceta moderna da milenar “Lei da Geração Condicionada, a extrojetar fantasmagorias e a concretizá-las.

Inventou-se, portanto, a Ciência Moderna, com sua pretensa observação impessoal do fenômeno, com sua hipótese, com sua experimentação laboratorial, com seu equacionamento matemático do resultado alcançado e com a prova definitiva.

Todas essas famigeradas ferramentas, desta feita, diziam eles, não levariam o homem a se enganar de novo, a inventar estórias insensatas e a mentir.

Eles, contudo e infelizmente, se enganaram profundamente. Sim, pois, nisso tudo, ninguém jamais levou em consideração as trapaças da mente degradada e personificada do homem. Nossos

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sentidos ou meios do conhecimento mal observam todos esses fenômenos ditos científicos, e que são sempre engendrados e depois reconhecidos e por último corroborados. Muito menos se levou em consideração o que vinha a ser essa capacidade de pensar logicamente e de atuar em consequência, sempre e exatamente como mandava o pensamento e as normas científicas.

Afinal, eu posso efetuar experiências, sim. Mas antes de tudo, quem sou eu? O que é isso que em mim pensa? Quem é esse (ego) que em “mim” diz conhecer, conscientizar, perceber? Sou mesmo um pretenso cérebro desconhecido, que só revela farrapos de verdades? Tudo o que pode ser transformado em objeto de análise, como o próprio e pretenso cérebro fisiológico virou, isso é sempre uma mentira dependente e não revela verdade alguma, e muito menos testemunha alguma coisa diante dele.

Em primeiro lugar e em verdade, “eu” (ego) sou uma mente ladina que se esconde atrás de um falso cérebro orgânico-material e objetivado. Sim, porque a Mente Verdadeira sempre escapa de qualquer especulação e tradução científica da vida. Convém não esquecer que a mente em si é um pretenso analisador subjetivo que, ou se autoconhece e se Transmuta em Vida e Saber Puro, como acontece com certos Sábios de Verdade, ou se ego-desconhece por completo e lucubra à-toa como acontece com a maioria dos cientistas. Claro que há bons cientistas que escapam desta última colocação.

Em segundo lugar, se só penso e conscientizo, pode o pensamento pensar a Verdade e depois percebê-la tal e qual, por ser ele verdadeiro e confiável? Ou o pensamento só forja mentiras e aparências, já que o Reto Perceber ou o Ver Correto também é Reto Entender. Discernir, Intuir e bem Entender nunca é só pensar racionalmente. Que se saiba, Reto Perceber e Compreender não tem nada a ver com o mero cogitar cartesiano.

Em terceiro lugar, que ato é esse que em “mim” se exterioriza e se manifesta de modo intencional, e que consegue provar ou não provar o que penso e digo? Deverá a AÇÃO em “mim” depender forçosamente das determinações do ego-pensamento? Ou quem sabe se a Ação não eclode de outro modo, antes mesmo que o raciocínio se intrometa e, por isso mesmo, acaba sendo muito mais eficaz?

Os cientistas nunca mergulharam profundamente em suas mentes e nunca se depararam com o pensamento em si, frente a frente. Só utilizaram o ladrão e salteador (ou o pensamento), sem saber que

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estavam sendo enganados e manobrados. E principalmente, a Ciência nunca aprisionou esse impulso velhaco que se centraliza feito ego-pensamento e que se apossa do corpo, impulso esse que “eu” chamo de ego-adversário.

Sem um mínimo de autoconhecimento, sem o menor vislumbre do que vem a ser o Sentir em Si e respectivo Perceber (ou Consciência-EU, Deus Vivo, “EU SOU”), sem conhecer a fundo as potencialidades do ATO, Kepler, Copérnico, Galileu, Newton, Descartes, Bacon etc., simplesmente utilizaram a mente, que eles traduziram como cérebro trabalhando (ou até mesmo como o Tertium Organon), e aceitaram a premissa de que ele era uma ótima ferramenta, que nunca falhava e que não podia enganar e mentir. Alguns dentre eles achavam que por trás dessa ferramenta havia uma “alma divina” que, sempre atenta, não permitia o engano. Mas a tal alma divina, pensante e racional, e que eles supunham existir, não passava de um preconceito herdado das velhas filosofias e da religião cristã, preexistente.

Ninguém jamais penetrou nessa famigerada alma personificada – cuidado em não confundir essa com “EU SOU”, Deus Vivo ou o Espírito no Homem – e que Buda negou e o próprio Cristo, em momentos denunciava também.

Simplesmente se aceitou de modo gratuito que o homem estava imbuído de uma fagulha divina emprestada que lhe permitia conhecer, entender, sentir e, em consequência, atuar corretamente. E isso foi uma farsa ardilosa que o ego-pensamento montou. Um logro que se aceitou porque ninguém sabia “de que modo se pensava”, e aí todos se puseram a (mal) pensar, adoidados, elaborando mais teses, mais antíteses ou “que coisa pensar”, opiniões essas que só avassalam o mundo.

Todos confundiram Sentir Aqui e Agora (ou Intemporalidade) com pensar em Sentir, ou com pensar ao redor do SENTIR, AGORA, pensar ou mal sentir esse que é só tempo.

Assim que, ninguém entendendo a fundo seu próprio Sentir, todos se meteram a pensar em sentir, a mal sentir ou a mal ver, inventando inclusive aparelhos para ampliar incrementar esse mal ver-sentir. E os pesquisadores científicos creram que isso bastava para decifrar “as coisas”, que eles só e sempre desejavam que fossem assim, e não o contrário.

Por exemplo, quem foi que disse ao homem comum que ele está absolutamente separado do meio?

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Que bandagem foi essa de nos impingir uma “realidade pensante” (o homem, no caso), de um lado, e uma realidade que se estende ou objetiva, do outro?

Quem foi que disse que essa capciosa dualidade cartesiana é absolutamente sempre veraz e válida?

Quem foi que disse que o pensar no HOMEM é verdadeiramente o “ORGANON” da inteligência e da reta percepção ou conscientização, “Organon” esse que traduziria o que está à sua frente com honestidade, e não com interesses escusos e distorcentes?

E quem foi que disse que este mal pensar de homens desavisados – pensamento esse que “EU” julgo criminoso – pode e deve ser a testemunha fiel e pode ter tanto valor assim, mais do que o INTUIR, SABER, ENTENDER, COMPREENDER, SENTIR, ATUAR, AMAR etc.

O meio (“res extensa”) que o homem (“res cogitans”) tenta decifrar é igual a ele. O homem mal pensante é um dos pólos de uma mesma barra, o outro é o pretenso objeto (mesma barra ou Vida Indivisa).

Se tiver uma barra magnética, digamos, ela em si, como um todo, poderá ser o REAL, e tudo o que acontecer com o pólo “A” superposto, acontecerá com o pólo “B” também sobreposto. O mesmo sucede com a pessoa pensante (pólo “A”) e com o meio pensado ou com a coisa pensada (pólo “B”), os quais são acréscimos pensantes-pensados, desnecessários à VIDA NÃO-DUAL. Tudo o que desdobra num pólo, acontece também no outro, e vice-versa. Tudo o que o pólo “A” pensar, isso se reproduzirá também no pólo “B”. A própria física quântico-ondulatória descobriu isso, só que em nível atômico e subatômico. Mas o homem de todos os tempos nunca admitiu tal possibilidade. Foi mais fácil aceitar as superficialidades dualistas de Descartes e Newton, e a partir daí simplesmente se atribuiu ao pólo “A” (falso homem-ego cerebral e lógico-racional) capacidades fantásticas, e se obsequiou ao pólo “B” (pretenso objeto material) uma passividade própria de algo que pode ser analisado, esmiuçado, decomposto, decifrado, destruído (análise) e depois reconstruído (síntese).

E como se isso não bastasse, o objeto acabaria revelando ao ego mesquinho e personificado ou pólo “A” todos os segredos que ele encerasse.

Quem foi que disse que esse enfoque e conseqüentes atitudes desastradas são absolutamente válidas?

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Não poucos Mestres do Oriente, e o próprio Cristo, alertaram: “Cuidado com o pensamento no homem! Se totalmente solto, não há pior inimigo do que ele. O ego-pensamento é um ótimo servo, bom criado, mas é um péssimo Amo ou Senhor! Não deixai que se torne Senhor!”, como aconteceu com os cientistas desavisados.

Sidarta Gautama ou Buda, 2500 anos atrás, graças a uma Vivência profunda, descobriu a Lei da Geração Condicionada. Ou também em termos sânscritos descobriu o “Pratityasamutpada”. E o que vem a ser isso? Bem, o grande Mestre e Luz da Ásia, mergulhando fundo em sua própria Mente-Coração, surpreendeu o Absoluto, o REAL em Manifestação (ou “EU SOU O QUE SOU”) e até mesmo surpreendeu-se em sua condição Imanifesta (“EU SOU”). E a respeito do querido “EU” em si, Ele não disse palavra, bem ao contrário do que se costuma fazer com as nem sempre verdadeiras descobertas científicas. Aparentemente, não disse nada porque é impossível verbalizar algo dessa Maravilha Total, e que Manifesta, Ele batizou com o termo extremado de Nirvana, e Jesus com a frase “Reino de Deus”.

Buda, além de surpreender tal Maravilha, Vivenciava-A de momento a momento. Mas por sobre a Mesma, percebeu também que pairavam “nuvens negras”. Compreendeu então que estas “nuvens” equivaliam a “intromissões”, a “forças antagônicas”, a caducidades, e que sempre prevalecem em todos os demais homens. Essas forças estão sempre prontas a estruturar, a reconstruir, a forjar coisas aparentes, a mentir, a discursar, a enganar, sem no entanto conseguir afetar o Grande Céu, ou o Intangível que nenhum ego-pensamento consegue macular. Buda chamou a tais forças antagônicas e também caducas – e que traduzindo correspondem perfeitamente aos pensamentos estruturantes e pensamentos discursivos – de “Sanskharas”.

Essas nuvens ou acréscimos, “manipulados” pela ignorância-ego-pensamento redundavam então em fantasmagorias sobrepostas, tipo pessoa ego-pensante de um lado, e mundo ou coisa pensada, do outro. Ou também, em suposto olho fisiológico, vendo de um lado, e em objeto visto ou pensado, do outro; em pretensa orelha escutando, de um lado, e na não menos pretensa fonte sonora, do outro. Buda surpreendeu tudo isso e resumiu sua Vivência deste modo figurado: “Da Verdade Absoluta não há o que dizer, mas das mentiras superpostas clamo contra e aos quatro ventos. Sabei, então que “Isto sendo, aquilo é, aquilo aparece”. Ou Isto sendo em pensamento, aquilo aparece, aquilo se objetiva, se sobrepõe, se para tal se executar o ato intencional. Isto não

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sendo pensado, aquilo não aparece, não se sobrepõe, não se objetiva, não fica acrescentado!

Diante dessa revelação, teríamos uma só moeda, com face única (ou Não-Dualidade), sobre a qual apareceriam dois tipos de vida: A Verdadeira, se prevalecer a Realização e a Sabedoria, ou senão as “trevas exteriores” se prevalecer a ignorância-ego-pensamento.

O homem é enganado duas vezes. Primeiro pelo seu “avidya” ou ignorância-ego-pensamento, quando (mal pensando) pretende conhecer só de modo racional, intelectual e dualisticamente. Segundo, o que no lado externo aí percebe é só a mentira ou faz-de-conta. O mundo ou o lado objetivo – que poderia ser o Nirvana ou o Reino de Deus – quando enfocado por essa ignorância-ego-pensamento se transformas em “trevas exteriores”, em aparência, em Ilusão, em logro ou simplesmente em MAYA.

Cometendo erros e abusando do pensamento, essas duas naturezas poderiam ser vistas como duas vidas; a VERDADEIRA, que do Absoluto se Manifesta, Aqui e Agora; e mais uma FALSA ou ressonância caduca temporal, que o pensamento, ladrão e salteador, consegue remontar como lhe convém, já que ele é o próprio tempo.

Esse pensamento ladrão e salteador se objetiva, se densifica, na condição de persona-ego-pensante, de um lado e na condição de objeto pensado, do outro.

Mas fora isso, o Homem primordialmente é Saber-Sentir-Intuir-Atuar-Amar E Isto pode até mesmo fazer-se ou tornar-se Homem! Este Homem, com “H” maiúsculo, por causa do mal pensar, decai e se torna homem escravo ou homem com “h” minúsculo.

Nesse Saber-Sentir pode estar incluído o suposto ente corporificado e pode estar também incluído o suposto meio (ou “ISTO”)...

Se prevalecer um “penso, logo sou”, recriar-se-á em “mim” um falso ente e um falso objeto. E se assim é, quem foi que disse que para SER é preciso pensar?

Ao se SABER-SENTIR-INTUIR-ATUAR-AMAR já se é! Por que o “ego” em “Mim” tem que achar que “ele-eu”, fulano de tal, precisa ter um corpo para se mover? Ora, se não há um ego-agente verdadeiro que age – e sim mais provavelmente há AÇÃO (ou Vida), e que inclusive se faz ou se torna agente – por que o ego em “mim” se faz passar por agente ou ator e, finalmente, sempre “Me” rouba naquilo que deveria se desdobrar corretamente (Ação), e por si mesmo!?

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O ego-agente que acha que age é só pensamento! Quando um cientista começa a pensar, ele está se recriando e recria também situações, ou senão, está provocando a convergência de causas e condições. E tais situações só se exteriorizarão, se consubstanciarão e se materializarão se o “ego” no cientista fizer alguma coisa para tal, intencionando.

Nelson: Em outras palavras, a ação maculada só se desdobra se houver intenção e decisão naquilo que se chama pensar, pensador, ente pensante, não é assim?

E.B: Exatamente!... A intenção-decisão no cientista (e que é só ignorância-ego-pensamento) é a que vai mover o braço dele, para supostamente provar. Mas a Vida no “cientista-ego” não precisa da intenção-decisão para mover-se.

Se estivéssemos livres de ego e da tal falsa vontade, quando o “braço” fizesse o mínimo movimento, neste gesto já estaria se manifestando o ATO MÁGICO, e com ele os portentos da Vida.

Mas a intenção se apossa do braço, e o discurso acrescenta: “Toma, aqui está a prova!”, (que tu, ego, agindo, conseguiste elaborar!). Só que o cientista não se apercebe de que nesse seu agir propositado e discurso posterior se consubstancia ou se materializa toda uma farsa prévia, preconcebida, primeiro pensada pela cabeça dele e depois extrojetada e materializado pelo cumprimento do ato intencional.

Isso, em síntese, é o que preconiza a Lei da Geração Condicionada ou “Pratityasamutpada”, porque quando não se intromete a ignorância-ego-pensamento com suas intenções, decisões e execuções de atos intencionais, prevalece uma Geração Livre ou Incondicionada, denominada como Reino de Deus, como Nirvana etc. Como já disse, o enunciado da Lei da Geração Condicionada assim se resume? “Isto sendo, em pensamento, aquilo aparece, se superpõe, se torna objetivo, objeto presente, se para tal se atuar propositadamente. Isto não sendo pensado, aquilo não aparece, não se sobrepõe, não se torna objetivo, porque também nada se faz a respeito.

Nelson: Uma das nossas maiores dificuldades é compreender em profundidade que aquilo que está fora do alcance dos meus assim chamados sentidos só pode ser imaginação pura. Ou seja, se num suposto confronto, o SENTIR, Aqui e Agora, não participa, tal confronto só pode ser pensado ou imaginado, não tendo absolutamente nada de REAL por trás

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Ou ainda, é bom saber que as pessoas e os objetos não são REAIS, não são dotados de essência própria (anímica ou atômica), de existência própria e, sim, surgem e desaparecem, surgem e desaparecem, numa total interdependência entre eles, e assim por diante. Para nós, seres condicionados e pensantes, os objetos assumem uma configuração permanente. Como você esclareceria que tudo o que se reconhece, isto é, se enxerga, e se pensa a respeito, isso é sempre uma configuração. Como provar que o sujeito e o objeto são somente uma superposição? Se não se provar, como deixar isso evidente de por si?

E.B: Antes de tudo, nada existe que possa permanecer sempre da mesma maneira e com a mesma forma. É condição “sine qua non” da Vida Verdadeira, e não da vida reconstruída pelo pensamento, que nada subsiste dois momentos sempre do mesmo modo. Todavia, só há um detalhe a salientar. Quando sugiro o Momento Absoluto, estou-me referindo a um (não)-tempo e que não tem como ser medido. Esse Não-Tempo simplesmente não dura ou talvez dure eternamente, como se não durasse. Portanto, não tem nada a ver com esse outro tempo supostamente cronometrável por meio de relógios ou por meio dos supostos movimentos dos astros, tempo esse que, em verdade, foi sacramentado pela Ciência. Essa “duração” das coisas é um engodo que a nossa cabeça egóica e pretensiosa forjou, para as conveniências do próprio ego.

Aparentemente nós nos situamos num mundo em que as coisas – nunca separadas da mente, ou o pólo “A” nunca separado do pólo “B” – parecem durar. Mas elas persistem na medida em que o homem sustenta o seu discurso interior, sempre do mesmo modo, e manifesta a mesma conduta (ou magia) em relação a essas pretensas coisas iguais. As coisas transformam-se numa prisão sempre que o homem mal pensante se convence de que a prisão existe e de que o corpo, confundido com o Espírito-EU, também existe, tal e qual. E principalmente na medida em que o homem age a favor (e até mesmo contra) dessa prisão. No momento em que o homem voltar a fazer prevalecer o ATO PURO, não personificado, no momento em que ele eliminar de sua cabeça desatenta o discurso, no momento em que tu libertares o verdadeiro Sentir, sem que haja um “Nelson” sentindo – Sentir que o pensamento safado e ladrão deturpa – nesse momento então não haverá mais nada que persista. Nesse momento nada mais te segurará, te prenderá.

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Suponhamos que na Verdadeira Vida ou Autonatureza prevaleça uma doença. Se ela me atingir, ela terá que me afetar de modo descontínuo, ou de momento a momento, e aí ela perderia seu poder maligno, letal...

Nelson: Não sendo, pois, um processo contínuo, ela deixará de ser tão nefasta, não é assim?

E.B: Claro, ela deixaria de ser um processo aparente, com começo, meio e fim.

Entretanto, sempre que me enxergo ou me reconheço como homem comum, que teve começo, e que agora apenas dura, a doença pretensamente diferente de “mim” (doente), me atinge como se ela tivesse tido também um começo, um continuar doloroso e um provável futuro fim, com o qual fim, “eu” (ego) me identifico e acabarei junto.

E por que isso? Porque, sempre mal pensando, em “mim” acontece o seguinte: Começo a sentir-me mal. Sentindo-me mal, penso em cima e concluo: “Eu (ego) acho que tenho tal coisa!” Em seguida, atuo intencionalmente para ver que “coisa” tenho. E, assim agindo, para traduzir “que coisa tenho”, acabo ilusoriamente tendo “a coisa”. Não somente acabo tendo a fantasmagórica “coisa”, como inclusive sustento sua permanência, através do pensamento enganador e graças a um atuar errôneo. Esse círculo vicioso resultará outra vez em mal sentir, e isso me levará a mal pensar ainda mais, e a atuar em consequência, com uma eficácia corretiva cada vez menor.

O sentir normal e até mesmo o bom Sentir não se fazem presentes ao reconhecimento pensante; só o mal sentir ou desvirtuado. Mas este mal sentir só surge em mim exatamente porque antes penso mal ou contra “mim”.

Em síntese, sempre começo a exagerar com o meu mal pensar e por isso acabo me sentindo pior e depois, sempre mal pensando, ainda concluo que tenho tal doença. Em função desse “ter” pensado, faço coisas indevidas, de modo proposital, e esse “ter doenças” agora se transforma em aparecer ou em presença de algo ruim. Faz-se presente então o dado patológico pretensamente concreto, que é apenas um mal pensar e mal agir, meu e do médico.

Nelson: E essa “coisa” de que você fala não é um dado patológico externo, uma “coisa material”, certo? E se não o é, o que ela é, uma mera projeção?

E.B: Ela é um revestimento, uma recriação egóica que substituirá a Coisa em Si, Primordial (ou “ISTO”). É um acréscimo, um

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revestimento extrojetado que se consubstancia, que se materializa, graças à execução do ato intencional – ato este igual ao método experimental da ciência.

Essa coisa pensada e refeita também se mantém ou persiste por causa do discurso interior. Em assim sendo,, as doenças, então, não existiriam. O doente sim existe, mas não as doenças.

Essas doenças são teorias ou pensamentos que se objetivam. O doente é um fato que atua, que entende ou compreende, e que Sabe e Sente. Porém, basta ele pensar para que a (falsa) doença se origine, pois o pensar forçosamente suscita mal sentir.

Se tu começares a pensar e a abusar da atividade pensante, como já disse, no mínimo acabarás sentindo-te mal. E isso por que? Porque, frente ao Fluxo Vital, o pensamento humano é um freio perverso, maligno.

Pensando possuir alguma coisa, agirás em consequência, tentando alcançar aquela “coisa pensada”. E assim agindo, exteriorizarás e materializarás aquela “coisa”. Tal como acontece com o sonhador e seus sonhos. Essa atitude também distorcerá o Verdadeiro Objeto Primordial (“ISTO”).

No caso das pretensas doenças acontece o mesmo. Basta te sentires mal para que o “teu” “Isto”-(corpo) sofra distorções. E no caso, para piorar a situação, discursarás em cima desse teu mal sentir e, sempre pensando, sustentarás essa pretensa agressão externa (doença), como se ela fosse remediável ou irremediável, quando ela não é nem uma coisa nem outra; é apenas um terrível fantasma.

O bom médico deveria sentir mais ou menos o que o paciente sente, para depois fazer alguma coisa que ajude o enfermo, sem prejudicá-lo. Infelizmente, porém, não é bem isso que acontece. O médico busca descobrir o que “tu tens” e tenta eliminar de ti esse o que “tu tens”, em verdade por ele pensado, quando é impossível se ter seja lá o que for, porque nada dura, nada persiste, nada tem começo, meio e fim.

Portanto, não é verdade que surja um processo patológico, com começo, meio e fim, chamado doença “x” ou “y”, incurável ou curável.

Repetindo então: Pensaste ou não besteiras contra ti ou contra terceiros. Por pensar tolices, acabas sentindo-te mal. Sentindo-te mal, procuras auxílio de terceiros. Diante do médico, colocas em palavras o que tu sentes. Ele ouvindo tua narrativa, pensa e conclui que tu tens (hipoteticamente) tal coisa, tal “doença”. Mas como não tem certeza, o

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médico desencadeia o seu agir e o teu, que correspondem a efetuar exames de laboratório. Estes exames de laboratório, na verdade, não provarão coisa alguma, porque quando desencadeia a ação, graças ao pensar, na verdade estás praticando magia. O ato não apenas serve para “provar” algo. Aliás, ele não prova nada. O ato materializa pensamentos, hipóteses.

Ou seja, esses pretensos exames de laboratório simplesmente consubstanciam ou materializam uma suspeita, porque esses exames são apenas um modo de pensar e agir.

Se essa suspeita materializada for equacionada pelo pensamento do médico como algo solucionável, digamos, “tens uma disenteria, toma lá este remédio que a diarréia desaparecerá.” A mágica indutora do médico e a tua complacência, portanto, acabarão com a disenteria.

Desgraçadamente, com outros exames na mão, o médico poderá dizer que tens uma “AIDS”, ou digamos que tens um câncer no intestino, reconhecível (em verdade pensado), e que ele não pode fazer nada. E então, só porque ele te transferiu essa informação deletéria, a conduta dele mais a tua complacência ou passividade, contribuirão para que tu morras. A não ser que te desfaças de toda essa magia e fujas da influência negativa de alguns médicos. E transcendas, principalmente, teu próprio pensamento que poderá insistir em manter toda essa pantomima dolorosa.

Nelson: Pelo que já li em todos os teus trabalhos, sei perfeitamente bem que nunca foste um idealista puro. Mas se alguém fosse ler teus livros, sem aviso prévio, concluiria tranquilamente que não passas de mais um idealista balofo... Não estou certo em trazer a tona este dilema e possível mal entendido de terceiros?

E.B: Acho ótimo que tenhas colocado essa questão em pauta, porque efetivamente, o idealismo balofo e o realismo enganador (ou materialismo) vivem num eterno conflito, para ver quem tem a razão. Ainda bem que não caíste no engodo do idealismo pensado, tipo Berkeley e outros, os quais achavam que tudo era só mente, refutando por completo o pretenso realismo objetivo ou material.

O correto, porém, é que não prevaleça nem mente pensante nem matéria pensada. E o mais certo ainda, é refutar uma pretensa matéria eterna, que teria existido sempre, e que se organizou ao acaso, nem aceitar um cérebro-mente que de tal matéria teria saltado fora como um epifenômeno. E isso graças a uma complicação material em si, e graças

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à pretensa evolução e aperfeiçoamento das espécie, evolução enganadora essa que em verdade nunca se deu.

É bom perceber também que “as nuvens negras” do puro intelecto em ti estejam se diluindo

Acredito que agora estás me entendendo melhor. Asa palavras, contudo, seguidamente nos traem, como, aliás, aconteceu comigo quando, vinte anos atrás, escrevi a primeira versão do livro É a Ciência uma Nova Religião? (ou Os Perigos do Dogma Científico). Naquele então, “eu” não dominava muito bem as palavras, “essas fantasmagóricas rainhas que criam e matam a outros fantasmas, e não poucas pessoas confundiram minha exposição verbal, transcrita no livro com as idéias de Berkeley e Hegel, quando, com todo o respeito lhes cabe, nada tenho a ver com eles...

Por outro lado, estás absolutamente certo em dizer que a música que “ouves” é criada por ti mesmo e não por um Mozart, digamos... Só que não é bem criada, mas sim recriada. O Gênio da Vida, individualizando-se como Mozart, aprisionou um “ISTO”-(música) e o transformou em “ISTO”-(música)-SENTIR-FAZER-MOZART, (ou seja, uma corrente ou cadeia).

“Tu”, Nelson-Vida, captaste tal “ISTO” e o transformaste em “ISTO-SENTIR-OUVIR-REFAZER-música-Nelson, (outra cadeia). Quando as duas cadeias convergem resultam num Fato, e tu ouves a tua música de Mozart.

Não fosse o Sentir-Ouvir-Fazer em “ti”, (e isso não é uma cadeia convergente, mas sim Autonatureza Não-Dual), “ISTO”-(música)-SENTIR-FAZER-MOZART passaria despercebido. Isso seria como se não existisse. Mozart é Real quando deixa de ser ego e torna-se Fazer, Compor, Criar, Expandir “ISTO”-(música); e tu também és Real quando, quase anulando o ego, deixas prevalecer a Atenção e o Sentir e passas a comungar o que também chamo de “Isto-música-Mozart-Sentir-Nelson”... (Viste como as palavras, em momentos, só enrolam, só confundem! E “eu”, no caso pareço o pai da enrolação e da confusão, sem querer sê-lo)... E dos jogos racionais da matemática pura, então, nem se fala!...

De fato, “ISTO”-(Caminhos) sempre levam ao Infinito. Mas o caminho que tu percorres e que reconheces, sem qualquer dúvida, foi refeito por ti, reconstruído por ti, Nelson-ego. E TAC “caminho refeito” só vai levar-te àquele lugar onde determinaste ir, e que já conhecias previamente.

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Como vês, meu caro amigo, isso que te sugiro é muito mais que idealismo monista.

Se, a modo de dizer, tudo é só “ISTO”, então de fato não há diferença alguma entre, digamos ISTO-(arroz) e ISTO-(tomate), porque o que aí conta é só o “ISTO” em renovação, com as suas “dez mil coisas inerentes.

Isto-(tomate), contudo poderá prejudicar o SENTIR-(Nelson), na medida em que o Nelson pensante atribuir ao tomate os venenos e os tóxicos que nele parecem caber, ou não.

E assim será sempre que o Nelson pensante fizer alguma coisa proposital para evitar ou para suplantar tal pressuposto tóxico e veneno.

Amigo, pergunto-te: quando é que SENTIR-(Homem Primordial) não é afetado pelo ISTO-(Veneno?

Quando ‘ISTO’ for só e absolutamente “ISTO” e SENTIR for Consciência-EU, sem escorregar para o poço ego-pensar.

ISTO-SENTIR ou a Manifestação em Si se mantém como Não-Dualidade Absoluta... E não há egos mal pensantes que consigam conspurcá-la. Quando isso é tentado, a Verdadeira Consciência-EU parece sumir. E num falso tempo só passam a prevalecer as fezes do ego mal pensar, com sua ardilosa lógica-razão ou senão com seu primitivo caos e confusão, próprio de um analfabetismo também sustentado e sempre pensado.

Perguntaste-me também se se deve ou não se deve comer carne, ou ainda, se é conveniente. Cristo, por exemplo, respondeu que “Isso era uma questão de consciência própria!”... Só que tal resposta do |Mestre acabou na boca de Paulo, numa de suas pretensas cartas.

Por favor, acompanha-me em meu elucubrar aparentemente descabido. Admite, por força de expressão, um ABSOLUTO. Admite também que esse ABSOLUO, sem se saber como nem por que resolve manifestar-Se de modo Não-Dual. Digamos que o Absoluto-SOL resolva, então, emitir raios-ISTO.

No caso, então, Sol-e-Raios é exatamente “SENTIR-ISTO” ou “ISTO-SENTIR”. (Sol = Sentir, Raios = Isto).

O pretenso raio, se for tomado como algo secundário, como algo recriado, será uma coisa diferente, uma coisa à parte. Só que nada tem que ser tomado desse modo. O SOL em Si é só um SENTIR-SABER-INTUIR-ATUAR-AMAR. Ou no Absoluto não cabem todos os VERBOS possíveis, imagináveis e até inimagináveis.

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Entrementes, assim como o SOL se Manifesta de dentro para fora, na condição de Raio, e aí Sente-e-Sabe. O raio, mal pensando no caso, também quer sobressair-se e manifestar-se por conta própria, pretendendo para tal conhecer QUEM É O SOL. Só que agora tal pretensão de (mal) conhecer se dá de fora para dentro. Em sua ignorância Primeva, Isto-Raio desconhece que ele também é SENTIR-SIL, e que nada há para conhecer de modo dual, (pessoa aqui e mundo lá). Mas em pensamento Isto-raio se convence de que ele é alguém à parte (ou um ego), e que está separado do SENTIR-SOL...

No nível primordialmente Manifesto, não destorcido, não refeito, haveria somente um ISTO-SENTIR Não-Dual. Isto seria o Objeto Real e Absoluto, ou todos em UM. E SENTIR seria o Sujeito Real e Absoluto, ou UM em todos.

No nível superposto e distorcido, contudo, dar-se-ia uma bifurcação, uma separação onde prevaleceriam ISTO-(objetos pensados e SENTIR-(egos personas pensantes).

Em outros termos, uma falsa multiplicidade constituída de egos pensantes e de mundos, sistemas solares, galáxias, universos etc., pensados.

A contraparte, que tanto o demiurgo como o ego recriam, é escondida como dado acrescentado pelo ego-pensamento, graças a seus ladinos mecanismos perceptuais defasados e distorcentes. O ego em “nós” sempre nos obriga a que consideremos o mundo ou o universo como algo separado, diferente e durando.

O Absoluto ou o Real é indecifrável, impossível de (re)conhecer, mas é possível de se vivenciar. O Real Manifesto, contudo, pode ser Isto-Objeto Real e Sentir-Sujeito-Real. Este Sujeito (ou HOMEM), além de SENTIR, é também SABER-INTUIR-ATUAR-AMAR, como o próprio Absoluto. Só que em tal Indivíduo ou Sujeito “algo reverbera, ressoa” e, por puro descuido, de tal “ressonância” salta fora o (mal) pensar também.

ISTO-Objeto – (não levando em conta as pretensas atividades dos níveis celulares, cristalinos, moleculares e atômicos, as quais são invencionices da cabeça pensante observadora ou ego-persona) – em seu nível dito material, é só ISTO. Ou quando muito é Terra-Água-Fogo-Ar-Éter.

Subindo de reino, do pretenso material ao ISTO-vegetal, este último já vai identificando-se com o Sentir. O pretenso vegetal já é um ISTO-SENTIR-ATUAR.

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Em seu nível animal, ISTO é Sentir-Atuar-Entender (ou pressentir instintivamente, que é uma forma rudimentar de pensar).

Em seu nível humano (ou no meu próximo, como inclusive em “mim”), ISTO já é Atuar-Saber-Sentir-Intuir-Amar, e para desgraça nossa (minha e de todos), também é mal pensar.

Então, quanto mais “ISTO” – ou o meu Objeto-Ser – Sentir, Intuir e pensar, menos deveria ser trucidado, morto e depois comido. Um objeto-ser assim não deveria pois servir de alimento.

Mas como aparentemente quem mata as plantas e os animais não sou eu (o ego), e sim são os outros (ou egos), “eu”, em verdade, não estou ingerindo o Atuar-Saber-Sentir-Intuir-Amar dos seres vivos, mas apenas um ISTO transformado em carne.

De qualquer modo, transformar, propositadamente, o Isto-Sentir-Saber-Intuir-Atuar-Amar (ou os seres vivos) em ISTO-sangue-carne-proteínas etc. já é uma patifaria.

Cuidado, estou falando contra o ato intencional que se organiza e busca tirar proveito vital ou senão pecuniário.

Qualquer carne, contudo, também poderia equivaler a um Isto-(proteína), Isto-(veneno), Isto-(ácido sulfúrico), Isto-(soda cáustica), Isto-(matéria em decomposição), Isto-(podridão) etc. Tal carne então pode te matar ou pode te alimentar, conforme o que pensares em relação a ela, ou conforme o que fizeres.

A pior desonestidade do ego foi a de ter suscitado a impressão e convicção de multiplicidade e separatismo absolutos na mente de todos. E essa desonestidade inclusive está escrita em alguns versículos iniciais da Bíblia, o livro sagrado do Ocidente, imposto à força. Assim que, por meu intermédio (ego) e por meio dos “outros” (egos), o príncipe deste mundo, o grande farsante, enjambra tudo o que bem entender.

Pois é, Nelson, não sei até quando vou insistir em utilizar palavras para explicar o que é praticamente impossível de se explicar. Até parece que com elas mais confundo e complico do que esclareço, assim dá para pensar, o que não é bom. Sim, por que as palavras, como já disse o grande Sábio budista Nagarjuna, do século II d.C. “...são fantasmagóricas rainhas que criam e matam a outros fantasmas”...

Nelson: Tudo bem, Bono. Bem, mas que eu saiba, amigo, já tens seis livros editado e outros inéditos, totalmente prontos, afora os que não conheço. Poderias discorrer de modo resumido sobre o conteúdo dessas seis obras antigas e editadas?

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E.B; O grande problema é sempre resumir. De qualquer modo, começarei pelos livros já editados

1º) É a Ciência uma Nova Religião? (ou os Perigos do Dogma

Científico). Editora Civilização Brasileira S/A Rio 1970 – Esgotado. É m ensaio que se desdobra em diálogos instigantes. Desenvolve uma análise aguda dos postulados e axiomas científicos, criticando-os naquilo que eles possuem de relativo e falso.

É uma espécie de síntese de todo aquele criticismo que apliquei contra a Ciência e Medicina, quando ainda era estudante universitário.

Este livro foi originalmente escrito em 1965, mas só editado em 1970-1971, a caro custo.

Desendeusa os cinco pilares básicos da ciência. Ou seja, a matéria, a energia, o espaço, o tempo e o plasma, e denuncia-os como aparentes. Alerta também que a natureza não foi feita nem pelo acaso – tese científica – nem foi criada por um deus-persona, ou os Eloin e Jeová bíblicos. Portanto, com a eliminação dos começos e fins da vida, não cabem as assim chamadas descobertas científicas, porquanto nunca nada foi criado. No lugar disso, a Vida ou a Autonatureza só se Manifesta de Momento a Momento, em sua eterna novidade, não escondendo nada. Portanto, não há o que descobrir. No lugar das descobertas científicas, entram as forjações e acomodações pensadas pelos cientistas. Estes, lamento dizê-lo, nunca descobrir coisa alguma, só engendraram e superpuseram suas próprias recriações, praticando magia branca e negra.. As conquistas teóricas da ciência não têm a aplicação universal que costumam lhe obsequiar.

A ciência, de fato, não passa de outra religião, por causa de seus dogmas, radicalismos, absurdos determinismos e intrasingências. O ritual da ciência é o método experimental de laboratório; e seu latim é a aplicação da matemática na explicação do fenômeno capcioso. Denuncio também os velhos e superados mecanismos do conhecimento, preconizados por Aristóteles, Tomas de Aquino, Descartes, Bacon, Kant, Hegel etc.

2º) Parar Este Falso Mundo – 1988, editado pelo Clube de

Autores em 2011 Baseado nos aforismos de Nagarjuna, sábio budista do 2º século

d.C.. Esta obra deixa bem evidente a superficialidade de qualquer tese, antítese e síntese hegeliana.

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Nesta denúncia, o movimento físico ou o deslocamento se revela impossível e a estática ou o ficar parado também. Inclusive é negada validez ao espaço, ao tempo, à matéria, à energia e ao plasma.

O começo, o meio e o fim das coisas é uma invenção do pensamento, invenção que não pode ser levada em conta. Sem levantar ou contrapor novas teses, tento invalidar as teorias de Newton, Einstein, Stephen Hawking e outros mais, até certo ponto, mantendo, porém, o respeito que a eles todos lhes cabe.

Se criticar os deuses básicos da ciência, nem por isso anularei a Vida. Apenas mostro por “A” mais “B” que durante todo este tempo a Ciência Moderna, feliz ou infelizmente, sempre esteve praticando magia e nada mais.

3º) Prisão do Tempo – 1985 Editado Clube de Autores junho

2011 Esta obra iguala o pensamento ao próprio tempo, e alerta que a

duração físico-temporal é uma ilusão. O tempo é meramente um fruto do eterno lucubrar. Sugere uma nova plataforma para a existência, baseada no Aqui e Agora, como, aliás, o próprio Buda ensinava. Todas as coisas e seres, se enfocados e avaliados em profundidade, revelam-se vazios e intemporais.

Sem qualquer dúvida, o espaço, o tempo e o espaço-tempo einsteniano, (bem mais que a pretensa matéria) são engodos bastante capciosos que o ego utiliza para subsistir e persistir sempre. Por meio de tais engodos, ele suscita a impressão e convicção de dureza e duração das coisas, onde nada disso existe de por si. O ego-tempo-pensamento engana sempre a Pureza e Inocência Mental de qualquer Homem (“EU SOU”).

4º) Cristo Sem Cruz – 1986, Inédito Esta obra sugere e chega até mesmo a quase provar – provar em

termos definitivos e absolutos nunca foi minha intenção – que Jesus possivelmente não morreu na cruz, mas sim foi lapidado ou morto a pedradas, conforme manda castigar a TORÁ ou a Lei dos Judeus. Este último modo de morrer, a meu entender, é tão infame e doloroso como ter sido morto na cruz, decapitado, envenenado etc. Só que a morte na cruz foi a que ficou registrada nos Evangelhos e na história. O desenrolar dramática da crucificação, envolvendo a justiça dos romanos, permitiu que Jesus ficasse mundialmente famoso.

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Este livro, Cristo sem Cruz traz a tona, desta feita e de modo definitivo, boa parte da mensagem de Jesus que se havia perdido, mensagem ou doutrina que realmente Liberta o homem. Esta compilação da Verdadeira Doutrina de Jesus é mais completa que a que apresento em Cristo, Esse Desconhecido, livro que também tem seus méritos particulares e enfoques diferentes.

5º) Jesus, Messias ou Filho do Homem? – 1992 Inédito Para surpresa de muitos, atualmente suspeita-se que existiram

dois Jesus, num mesmo homem. O primeiro teria sido um Jesus, filho de Judas de Gamala – e não de José de Belém ou de Nazaré. Parece que José nunca existiu, foi inventado, e a cidade de Nazaré no tempo de Jesus ainda não existia. Só veio a ser construída no VIII século d.C., por força das circunstâncias.

Este Judas de Gamala era herdeiro direto do trono de Davi. E Jesus primogênito de Judas, influenciado por seu pai, essênio e zelota ao mesmo tempo, era o delfim e, portanto, também herdeiro do trono de Davi.

Quando ainda bem jovem, Jesus teria sido ungido Messias pelo espírito de Elias, ou por um “alien” de Jeová, que no monte Tabor se fez passar por Elias. Só que esta não passa de uma suposição bem pobre.

E enquanto seu pai, Judas de Gamala, lutava na Galiléia contra Herodes Antipas, para conquistar o poder e expulsar os romanos, Jesus, com mais de vinte anos de idade, dirigiu-se para Jerusalém, onde fez a sua entrada triunfal, (visando o PODER, sem se aperceber), dirigindo-se depois para o Templo, onde fez o que todos sabem. Não chegou a ser ungido de messias pelo sacerdote do Templo.

Com a derrota e morte do pai, o jovem Jesus teve que fugir para Tiro e Sidon, porque Herodes Antipas o queria matar, por ser primogênito e herdeiro. E depois partiu para o Egito. Neste último país, ficou mais de vinte anos. Aí sob a influência do judaísmo liberal de Alexandria, e também graças aos ensinos de Filón, o grande filósofo judeu-helenista, e graças também aos terapeutas (essênios mais ecléticos e menos racistas) se modificou por completo. Graças a todos esses e graças também a certos ensinos da Sabedoria egípcia, sabedoria órfica, oriental, e principalmente graças à Alquimia Auto-Realizou-se ou Iluminou-se, gerando de si Mesmo (“EU SOU”) o Filho do Homem, ou o Rébis (Deus Vivo), como dizem os alquimistas. Aqui então surgiu o

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segundo Jesus, o Filho do Homem, o Profeta do Amor e Sábio pacifista, e não mais o messias, visando o poder ou o reino de Israel.

6º) A Morte de Jesus – 1988 inédito. Em seu longo exílio, Jesus pode estudar a fundo os verdadeiros

ensinos de Moisés e Profetas, passando a entender a LEI e os PROFETAS como nenhum outro religioso judeu havia feito até então. Talvez só Hillel o superasse. Por isso, mais tarde, Jesus o Profeta do Amor e não Messias, proclamaria: “Se (em entendimento) não superardes os escribas e fariseus, não podereis entrar no Reino de Deus!”

Antes de retornar para Israel, Jesus escreveu as melhores partes daquilo que hoje chamamos o “Apocalipse” (ou Revelação). E esses escritos, supostamente redigidos para as sete assembléias “Chaburah” (ou igrejas, não da Ásia, mas da Palestina de então) foram enviados para João o Batista. Ou seja, para o seu provável primo e precursor Na Judéia.

João, o Evangelista, portanto, não teria escrito as melhores partes do “Apocalipse”, como tal. E sequer escreveu o “Quarto Evangelho” e a “Primeira Carta de João aos condiscípulos”. Este irmão e discípulo de Jesus morreu lapidado em Jerusalém no ano 62-63 d.C., um pouco depois da morte de seu irmão, Tiago, o menor. João nunca esteve em Roma e muito menos exilado na ilha de Patmos.Conforme Josefo, historiador judeu antigo, Pedro e Tiago, o maior, morreram crucificados em Jerusalém em 47-48 d.C., por ordem de Tibério Alexandre, o procurador de Roma.

Longos trechos das Cartas de Paulo e Tiago também foram escritos por Jesus, no exílio... Por conseguinte, com seu retorno, inúmeras foram as violações e ousadias que o Jesus da segunda fase (agora chamado Filho do Homem e não mais Messias) cometeu contra a Lei religiosa dos Judeus. Essas então foram consideradas heresias terríveis. Os sacerdotes e religiosos da Judéia deixaram de apoiar Jesus, como haviam feito na primeira fase da vida do Mestre, e não lhe perdoaram a apostasia. Ou seja, negar o PODER que a herança de Davi representava. Como todos sabem, eles eram bastante fanáticos para castigar ultrajes e heresias, mas nem todos. Tentaram envolvê-lo com a lei civil dos romanos, alegando que Jesus queria ser rei. E tentaram fazer com que a justiça romana o condenasse, sem o conseguir. Devido a tudo isso e mais devido ao fato de Jesus ter-se desligado da herança do Reino

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de David, e também dos intentos patrióticos dos zelotas – pois o pai dele Judas tinha sido zelotas e seus irmãos também o eram – a mando de Anãs e outros, Jesus foi provavelmente assassinado a pedradas em Getsêmane ou no Jardim das Oliveiras. Depois de morto, foi dependurado num madeiro, para enquadrá-lo na dupla maldição da Lei. (Ser morto a pedradas e ser dependurado num madeiro, com o corpo e o rosto voltados para o Templo.

7º) Os Herdeiros do Filho do Homem - 1987 inédito Neste tomo estão registrados os trechos que sobraram das

Cartas ou Epístolas de Paulo, trechos que de fato ele escreveu. Em meu trabalho anterior ou nos livros acima citados,

devolvemos a Jesus o que o próprio Jesus havia escrito ou proferido, e retiramos das pretensas cartas de Paulo, João e Tiago aquilo que sempre pertenceu ao Filho do Homem.

Neste livro também se encontra incluído uma espécie de QUINTO EVANGELHO, que corresponde a tudo aquilo que os escribas cristãos antigos expurgaram dos evangelhos originais (ou proto-evangelhos), conhecidos e desconhecidos nos séculos I, II, III, IV, V e VI d.C.

Aqui também temos uma nova visão dos assim chamados apóstolos de Jesus que, em verdade, alguns dentre eles, eram irmãos carnais de Jesus, como Tiago, o maior, primeiro bispo de Jerusalém, e Pedro, o qual nunca esteve em Roma, e muito menos, antes esteve em Antioquia. Como já foi dito, Tiago, o maior e Pedro foram crucificados em Jerusalém em 47-48 d.C. por ordem de Tibério Alexandre, procurador de Roma.

8º) Apocalipse Desmascarado – 1992 Editora Renascença,

P.Alegre, disponível Praticamente todos os exegetas (estudiosos) do Novo

Testamento sabem e admitem que o livro chamado Apocalipse (Revelação), e que atualmente se conhece, nunca foi escrito por João, o Evangelista, e sim talvez por um João, o presbítero, religioso cristão do fim do primeiro ou começo do segundo século d.C. Contudo, todos esses exegetas ignoram que a verdadeira REVELAÇÂO foi originalmente escrito por Jesus, quando esteve no exílio no Egito.

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Os exegetas ainda acham que fora esse presbítero compilador, houve, pelo menos, três autores para esse mesmo livro. E que, portanto, ele não seria um e sim três Apocalipses.

Ademais e como já se disse, segundo nossos estudos recentes, suspeita-se que as melhores partes do Apocalipse, exatamente as menos escatológicas – (ou preconizadoras do juízo final e do Fim do mundo) – foram escritas precisamente pelo Jesus da segunda fase, em seu exílio, ou já nas terras do Egito.

9º) Os Manipuladores da Falsa Fatalidade , FEEU, 1994 –

Segunda Edição, Clube de Autores - 2011 Nas quatro partes deste livro, denuncio aquilo que vem

acontecendo à humanidade em geral, especialmente aos mais jovens, que são sacrificados vergonhosamente em acidentes fatais e mortes descabidas, devidas, possivelmente, a ETs. malévolos ou entidades trevosas do além. Estes, sem afirmar de modo inegável, roubam dos jovens sacrificados o corpo, ou também a vitalidade ou o sangue, que é energia solar coagulada. Nesta denúncia incluo a morte de minha filha A.B., e que, por assim dizer, “foi acidentada à força, acabando ela por se incluir, sem o querer, numa gigantesca e dolorosa conspiração Universal.

Antigamente, nos campos de batalha a céu aberto, o sangue da gente jovem escorria em abundância, e isso saciava a fome dessas entidades malévolas.

Tais guerras, batalhas e revoluções eram suscitadas não somente por causa dos interesses mesquinhos de humanos nefastos, mas também pela necessidade que certas entidades do além têm de vampirizar o sangue humano e animal. É deste que os Moloch, os Golem, Demiurgos, Jeová-Molokron, o senhor dos exércitos, etc. retiram a vitalidade e o poder de que precisam para subjugar todo ser vivo que está abaixo deles.

E na falta dessas guerras, desses derramamentos de sangue coletivo e gratuito, atualmente certos reptilianos concentram suas possibilidades criminosas nos acidentes de trânsito, na venda e uso de drogas, na violência e nos crimes descabidos, que ocorrem em abundância, e que afetam sobremaneira a nossa juventude, mutilando-a ou matando-a.

Nós, humanos, depois, ignorantemente, falaremos de respostas cármicas, de destino mau, de fatalidade, de Vontade de Deus, do diabo,

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dos falsos santos e anjos, quando nada é bem assim. Homem, homem está na hora de acordar! Tornai-vos Percepção-Conscientização Viva, lucidez arguta para, quem sabe, fazer alguma coisa contra os manipuladores da falsa fatalidade.

10º) A Grande Conspiração Universal – 1993-1994, 4ª edição,

livros disponíveis. A luta entre Deuses (ETs benevolentes) e Titãs (ou os

demiurgos, os Golem, Moloch, os Jeová-Molokron ou ETs trevosos), citada na antiga religião grega ou na mitologia greco-romana continua até os dias de hoje, com outras vestimentas e aspectos. Possivelmente a presença atual dos OVNIs está ligada a isso.

Há já milhares de anos ETs trevosos ou também os senhores do tempo, do Poder roubado, totalmente contrário ao Amor Cósmico vêm tentando assumir a primazia na Terra e, aparentemente, ainda não a conseguiram... Há bom tempo também, tais ETs aliaram-se a uns poucos seres da superfície terrestre, homens aparentes sim, mas que eu chamo de A ANTI-HUMANA RAÇA. Todos estes, mancomunados com ETs perversos, estão tentando tomar conta das nações do mundo, a todo custo, para escravizar o homem e implantar a Nova Ordem deles. Uma simples monstruosidade abjeta. E que nada tem a ver com a nova ordem que arianos fanatizados, antes de durante a WW2 queriam implantar. É milhões de vezes pior. Modernamente falando, quase estão conseguindo se intento.

Atrás da história dos OVNIs e da repressão dos governos em geral, e poderes constituídos, com o beneplácito das Grandes Potências, há muito mais verdades dolorosas e arrepiantes do que se possa imaginar. Há pouco acabou de ser morto alguém que conhecia boa parte dessas verdades e tentou difundir alertas.

Os títulos que vem a seguir fazem parte de um material escrito,

mas não arrematado, necessitando, portanto, de burilação. Precisariam assumir a forma de livros, o que ainda falta muito. Os títulos que apresento também poderão sofrer modificações.

Estes trabalhos inacabados são: 1) Psicologia Budista e Evangelho de Buda”. Por meio de um apanhado dos principais ensinos de Buda e das escolas budistas posteriores, “eu” mostro que o Budismo já nos alertava de que todos os males do homem eram devidos ao uso excessivo do pensamento ou lógica-razão, ao abuso da noção de “eu”

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(ego) e “meu”, e também eram decorrentes da falta de autoconhecimento e da insuplantável impressão de espaço-tempo. Físico.

E mais, 2) ofereço outra visão do livro “Dhammapada” – 3) O Espírito do Taoísmo – 4) Zenbudismo, um Novo modo de Viver e Entender a Vida – 5) Budismo, Ciência do Real – 6) Três Jóias do Budismo – 7) A interpretação do Mito – 8) Os OVNIs ou a Superação do Modelo Científico de Universo.

Nelson: Bono, você não é um escritor, você é uma biblioteca! Bem, mas em seus trabalhos inéditos, você inclui um futuro e

eventual livro de ufologia. Pergunto, como é que você pode interessar-se também por um

tema que em nada se assemelha com tudo o que você diz e escreve? A ufologia, cheira-me mais a logro, a ficção científica que à

Verdade. O que ela tem a ver com a Busca do Real, busca da Verdade? Sendo tão contraditória, como pôde ela se manter em teu modo de conhecer ou de Saber-Sentir-Intuir, como costumas dizer?

E.B: Em verdade meu interesse pelos discos voadores, ou pelos objetos voadores não identificados (OVNIs) recua para a década de 1950 a 1960. Não tinha sequer 20 anos de idade, quando eu e meus amigos já saíamos em campo a pesquisar os tais UFOs, acompanhados pelo corajoso e honesto Prof. Felipe Machado Carrion, e que depois se tornou um ufólogo de renome.

Meu interesse pelos OVNIs sempre fez parte do meu estudo ligado ao insólito ou desconhecido. A princípio os OVNIs me cativavam pelo seu aspecto inusitado, e também por representarem uma prova remota de Vida em outros planetas. Constituíam-se também numa eventual possibilidade de que, quem sabe, um dia pudesse viajar num deles e fazer contato direto com seus tripulantes, como alguns humanos, na década de 50 já haviam feito. Só recentemente passei a conhecer coisas não muito dignas a respeito deles. No começo de minha pesquisa e estudos, os OVNIs para mim representavam surpresas e maravilhas. O Prof. Carrion, e que foi uma espécie de Mestre de ufologia para mim, já me alertava que não me entusiasse muitos com os ETs porque nem todos eram coisa boa. Curioso ele escreveu seu último livro, denunciando o perigo ou a agressividade dos ETs, e logo morreu. Malgrado o livro, até 1985 “eu” me mantive otimista e entusiasmado pela ufologia.. Depois as coisas mudaram.

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Com o passar dos anos e aprofundando-me melhor, fui me dando conta de que eles eram exatamente aquele tipo de objetividade (ou “ISTO”) de que adiante falei. E se não eram “ISTO”, se aproximavam bastante. Eles se apresentavam como coisas objetivas, aparentemente materiais, a ponto de deixarem infinitos sinais e evidências, mas só não casavam bem com as leis e normais científicas.

A conduta dos ETs e de seus veículos sempre violou e desmentiu todas as leis da física, da química, da astronomia, astronáutica, biologia e psicologia.

Posteriormente, comecei a encontrar nos OVNIs um exemplo prático de tudo aquilo que eu próprio denunciava a respeito do falso materialismo objetivado e do falso subjetivismo humano. Depois de mais de 35 anos de pesquisas e estudos, posso te garantir que se grande parte dos UFOs não coincide com as grandes verdades do ABSOLUTO, do REAL, pelo menos afronta e violenta as pretensas verdades definitivas da ciência, negando-as. É por isso que eles são tão combatidos e refutados. São sempre apontados como fantasia de gente que não anda muito bem da cabeça. Hoje sei que além do maravilhoso, os OVNIs também escondem coisas ruins, propósitos tenebrosos e metas nefastas.

Nelson: Acho que seria interessante que você colocasse, de modo bem acessível, o que pretendes com o teu trabalho, qual a tua visão de vida? Qual a importância disso para o cidadão comum?

E,B: Antes de responder, gostaria de contar uma estória zen e que os zenbudistas chamam de “mondo”.

“Havia, pois, um Mestre que acompanhado por um discípulo bem simplório, caminhava à beira de um rio caudaloso. Não havia pontes por sobre desse rio em parte alguma, e suas águas eram revoltas. Os dois andaram até que o discípulo, sem mais nem menos, tirou as sandálias e, caminhando por sobre as águas, atravessou o rio, chegando são e salvo à outra margem.

O Mestre ficou observando seu companheiro atentamente e, ao vê-lo chegar do outro lado, tranquilamente pensou consigo mesmo: ‘Se tivesse conhecido isso, certamente, te-lo-ía matado!”...

Amigo Nelson, não sei se te apercebeste, mas com esse ensino, o Mestre denuncia, de maneira sintética e irônica, todas as potencialidades negativas do pensamento, além de ressaltar também o puro negativismo do conhecimento intelectual, da sensorialidade contaminada e do ato propositado ou intencional.

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Todos esses alertas, os senhores cientistas desconhecem, e jamais os levaram em consideração.

O rapaz sem se propor nada, sem pensar, sem ser ele próprio (ou ego) atravessou espontaneamente o rio. Ou melhor, nesse Momento não havia nem rio nem rapaz atravessando, mas apenas um Todo que se renovava de momento a momento...

Evidentemente, se o Mestre, ao ver o discípulo, atravessando o rio e caminhando por sobre as águas revoltas tivesse gritado: “Fulano, pára! Volte!, senão vai-se afogar!”, com toda certeza o rapaz ter-se-ia afogado, já que o eventual pensamento do Mestre, seus condicionamentos mentais, seus alertas pretensamente salvadores, seu sacudir de mão etc. teriam criado causas e condições para que o discípulo afundasse de fato no rio (por todos reconhecível!)...

Perguntarias, “mas como o discípulo conseguiu atravessar?” Bem, provavelmente, ele foi levitando de uma margem a outra,

ou simplesmente de uma maneira não lógica foi acontecendo, porque se manteve sereno, com uma transparência mental igual a um cristal de qualidade.

O discípulo nesse Momento não era discípulo. Era Vida. As pernas do discípulo eram “Não-Pernas”, eram Vida. A água do rio, o discípulo caminhando sobre as mesmas, o Mestre observando bem sereno, eram tão-somente Vida Autêntica, não maculada pela lógica-razão. E se tudo era só Vida, como teria sido possível que a Vida prejudicasse a Si mesma, ou a Vida matasse a própria Vida?

Assim que, enquanto isso estava acontecendo, o Mestre sorriu e, depois, para nós, ignorantes, num faz-de-conta, teria dito: “Se eu tivesse conhecido isso, de modo torpe como os homens comuns costumam conhecer, eu teria gritado, teria feito coisas, no mínimo teria gesticulado. E com isso, numa situação como aquela, impelido pelo pensamento lógico – e que estava me dizendo que meu discípulo iria se afogar – eu teria tentado impedir que ele continuasse caminhando sobre as águas, e aí ele teria se afogado com toda certeza...”

Tanto o discípulo atravessando o rio como o mestre observando eram só Momentaneidade Existencial... Tudo livro do enganador espaço-tempo físico ou mero pensamento.

E já que descrevi um exemplo de sabedoria zen, deixa-me contar mais um da sabedoria taoísta. Este conto foi escrito por Liehtsé, mestre do Taoísmo e que viveu no III século a.C. Compilei-o e o

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transcrevi em meu livro “Ecologia e Política à Luz do TAO, Editado pela Editora Record Rio.

O conto chama-se “Shangch’iu K’ai, um Homem Simples e Honesto.”

“O chefe da família Fan tinha um filho que se chamava Tsehua e que, ao tentar estabelecer a sua influência pessoal, se saiu muito bem. Tsehua era, pois, admirado em todo o reino. Era amicíssimo do Reino de Chin e, ainda que tivesse recusado um cargo de confiança no governo, seu poder era maior que o dos três Ministros principais do Reino Quando a simpatia e benevolência de Tsehua desciam sobre um indivíduo, imediatamente o governo honrava tal pessoa; mas quando falava mal de alguém, tal indivíduo logo se via expulso do reino. Os eruditos que se reuniam em sua casa rivalizavam com os da corte. Em seu séquito existiam até guerreiros famosos que se desafiavam entre si, com inteligência e força, chegando a ponto de se ferirem. Quando brigavam, porém, Tsehua nunca interferiu, tentando separá-los. E assim todos eles iam se entretendo. A fama de Tsehua cresceu tanto que seu modo de ser transformou-se em exemplo para todo o país.

“Entre os ‘hóspedes’ da família Fan se encontravam Hosheng e Tsepo. Certo dia, estes últimos estavam caminhando pelo campo e pararam próximo à cabana de um humilde camponês chamado Shangch’iu K’ai; resolveram então acampar por aí.

“Hosheng e Tsepo começaram a falar do grande poder de Tsehua, de como ele conseguia favorecer ou arruinar um homem, de como a sua vontade conseguia tornar um homem rico, pobre e fazer de um pobre, rico. (Este é um exemplo de um Demiurgo corruptor). O camponês Shangch’iu K’ai que, como nenhum outro, em carne própria experimentou o que era o frio e a fome, encostando-se na parede norte de sua choupana, ouviu a conversa dos dois amigos. Depois que Hosheng e Tsepo partiram, o pobre camponês preparou um farnel, enfiando-o num cesto e colocando-o no ombro, dirigiu-se à casa de Tsehua.

Todos os que faziam parte do séquito de Tsehua provinham das mais renomadas famílias. Vestiam-se com túnicas brancas e conduziam carruagens especiais. Caminhavam com um passo característico e lento, mantendo o queixo erguido, com um ar de orgulho. Quando entre eles viram o camponês, indivíduo velho e esfarrapado, pequeno e com um rosto cor de cera, pensaram que era um torpe e retardado, e começaram logo a debochar dele. Empurravam-no e maltratavam-no e não faziam a

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mínima questão de agradá-lo. Mesmo assim, Shangch’iu K’ai não manifestou o menor sinal de ofensa e contrariedade. Quando os seguidores de Tsehua cansaram de aplicar-lhe brincadeiras de mau gosto e empurrões, subiram com ele a uma das mais altas torres do palácio e começaram a falar alto, para que o pobre camponês ouvisse bem:

-- Todo aquele que conseguir pular desta torre, o senhor Tsehua

recompensará com 100 peças de prata. “Alguns, de brincadeira, se ofereceram para experimentar, mas

desistiram, obviamente. Shangch’iu K’ai, porém, com toda a sua inocência e crendo no que eles diziam, saltou de fato. E ao assim fazer, voou como um pássaro, flutuando livremente, para por fim pousar no chão, sem ferir-se.

“Os cortesãos pensaram que havia sido por pura sobre e acaso que o camponês flutuara sem ferir-se. Não se surpreenderam, pois, com isso. Saíram daí e, caminhando, chegaram a um rio, onde havia um barranco profundo e disseram-lhe:

-- Nas águas existe uma pérola preciosa. Não queres mergulhar

e buscá-la para o teu senhor? “Shangch’iu K’ai mais uma vez acreditou na palavra deles, e

mergulhando fundo nas águas, logo voltou trazendo em suas mãos uma bonita pérola. Depois desse fato concreto, começaram a suspeitar que algo incomum existia nesse rude trabalhador dos campos.

Tsehua, sabendo disso, ordenou que Shangch’iu K’ai fosse admitido entre aqueles privilegiados que comem carne e se veste com sedas. Mais tarde, se incendiou determinada propriedade e desta vez o próprio Tsehua disse ao seu novo súdito:

-- Se conseguires passar pelo fogo e resgatar algum objeto de

valor, tudo o que trouxeres será teu. “Caminhou Shangch’iu placidamente por entre as chamas e

voltou são e salvo, sem ter sido tocado pelo fogo e brasas, e sequer enegreceu por causa do calor e da fumaça.

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“Após isso, os cortesãos da família de Fan começaram a crer que aquele camponês humilde era um homem de Deus, e todos lhe pediram desculpas pela rude maneira como o haviam tratado, dizendo:

-- Não sabíamos que eras um Homem de Deus” Por isso

abusamos de ti” Nunca desconfiamos que eras Divino e Mestre, por isso te maltratamos e debochamos! Após estas desculpas, o amigo ainda nos considera cegos e surdos? Por favor, Mestre, explica-nos a sua doutrina?

-- Não tenho nenhuma doutrina secreta – respondeu Shangch’iu

K’ai – Minha mente nunca conheceu e conhece o que fez e faz (e isso, segundo o taoísmo é ATO PURO ou “Wu-wei”). Mesmo assim, existe um ponto a respeito do qual quisera conversar. Quando Hosheng e Tsepo pararam perto de minha casa, ouvi-os falar do poder da família Fan, dizendo como podia ela favorecer um homem ou arruiná-lo, de como conseguia tornar um homem rico, pobre, e como transformavam um pobre em homem rico. Quando eles falaram sobre isso, não tinha qualquer dúvida e acreditei-os, sinceramente. Foi por isso que resolvi vir até aqui, deslocando-me de tão grande distância. Sempre julguei que tudo o que dizíeis era verdade. Somente temia de não ter fé suficiente para levar a cabo tudo o que me ordenásseis. Nunca tinha consciência do meu próprio corpo, nem do que era bom ou mau para mim. A integridade e sinceridade mental me preenchiam por completo e nada do que fosse material podia preocupar e subjugar meu espírito. Agora, contudo, fiquei sabendo que todos vós estáveis debochando de mim. Minha mente se encheu de espanto e suspeitas (ou de pensamentos ou raciocínios fúteis), e tenho que estar constantemente em alerta. Agora que me lembro e penso de como escapei de ser queimado ou de como me salvei de morrer afogado, ou de que maneira voei, tremo por dentro e me excita à toa, com a lembrança do perigo que tudo isso representou. Depois disso, como me atreverei aproximar-me do fogo ou da água?... (Aqui, portanto e aparentemente, Shangch’iu Kai acreditou nos raciocínios fúteis do ego e deixou-se subjugar pelo Demiurgo usurpador, mesmo que não o conhecesse ou na China não fosse conhecido)...

“(Mas continua Liehtsé): Desse momento em diante, nenhum membro mais da família Fan atreveu-se a abusar dos mendigos, dos médicos e veterinários que encontrassem nos caminhos. Ao contrário, desciam de suas carruagens e se inclinavam diante deles.

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“Quando Tsai Wu soube da história, contou-a a Confúcio, e Confúcio emocionado disse:

“ – Não sabeis vós que o homem absolutamente puro de mente e sincero de coração pode subjugar a matéria, pode entortá-la, pode atravessar rochas e ir através de todo o Universo, sem encontrar qualquer obstáculo? Isso que não falo de atravessar o fogo e mergulhar na água, já que não passam de obstáculos menores! Todo aquele que de fato não conhecer o que é o fogo, o que é a água e o que são as rochas, como se fossem algo separado dele, esse tem a mente ou o Espírito (“P’o”) íntegro, como um bloco não talhado. Se Shangch’iu K’ai pode sobrepor-se aos impedimentos da matéria, quando era maltratado, muito mais poderá aquele que se mantiver íntegro e for sincero. Lembra-te disso, jovem!”

Nelson: Ótimos exemplos..., nem precisam ser comentados...

Bem agora fala-me da importância do teu trabalho para o cidadão comum.

E.B: O que eu considero importantíssimo transmitir é a beleza que existe no SENTIR, no SABER-INTUIR e no ATUAR. Importante também seria denunciar quão perigoso é abusar do pensamento fútil, do conhecimento enganador (conhecimento indireto e indiretíssimo), da memória-raciocínio-imaginação e respectivo reconhecer. Importante também é surpreender o farsante que se esconde atrás do pensamento e que chamo ego ou “eu” fulano de tal

O homem pode conhecer diretamente as coisas, Sentindo-as, apenas. Sem tanto especular, sem discursar por dentro e transformar tudo em arrazoados, o Homem poderia abraçar o Cosmo. E, principalmente, Ele poderia atuar com eficácia completa, se previamente não maquinasse tanto com a cabeça.

Quando o ATO eficaz prevalece – como no caso do pobre camponês de Liehtsé – o Homem volta à condição de Vida Pura, como Vida Pura também era o discípulo do “mondo” ou da estória que em páginas anteriores narrei.

Fundamental para o Homem não é tornar-se um Buda, um Cristo, um Krishna, Laotsé. Isso seria pedir demais! Claro que a Iluminação é o destino final de todos os seres, apesar de haver por aí uma “conspiração cósmica milenar” que procura ocultar isso.

Essa “conspiração regida pelo príncipe deste mundo (Demiurgo) e por entidades nefastas do além quer que o homem pense a

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Vida e não que a Viva, somente. Quer que ele, pensando, ache que a Vida é somente aquilo que ele mal conhece e reconhece através dos seus condicionados.

Mas o Homem é muito mais. Se ele fizesse uma higiene mental e se começasse a desconfiar das coisas que ele sempre endeusou, como o próprio pensamento, o qual, aliás, não vale tanto, ele poderia reconquistar a liberdade, a felicidade, a Transcendência Divina e a espontaneidade no Poder.

Não estou aconselhando que se pare de pensar, em definitivo. Nada disso. Aparentemente residimos num mundo onde o pensamento reina absoluto, onde as brincadeiras do pensamento são o que são e valem o que valem, e o que é pior, vingam e se concretizam, convencendo os incautos,

Se em momentos é preciso fazer uso do pensamento, da lógica, do raciocínio, do pensamento mágico etc. que se os use. Mas passado esse momento, convém parar, suspender esse fluxo atormentador. Isso é possível, sim!

Tranqüiliza-te, pois! Pacifica-te! Torna-te transparente como um cristal! Reflete como um espelho! Recebe as coisas como elas vêm, sem apossar-te de nada!

Como já foi dito, a Vida não pode prejudicar a Vida. Mas o ego sim prejudica a Vida, no pretenso lado externo ou “trevas exteriores”, e nos prejudica também, intimamente. Portanto, para que haja cura ou melhora em quadros de doenças, digamos, é preciso que o indivíduo retorne à sua condição de ser Sensível, Inteligente, Capaz. Mesmo que, aparentemente “em seu organismo” apresente algum mal que acredite persistir.

Ninguém precisa ficar alimentando o mal com o seu pensamento angustiante e caótico ou com condutas inadequadas. Muito amiúde, são as terapias e as condutas desastradas as que colaboram para que determinado mal persista e acabe destruindo o homem.

Na Vida nada dura para que “algo material” nos possa destruir! Nada existe na Vida que possa permanecer e causar a nossa destruição absoluta! Se conseguíssemos fazer aflorar nosso Centro Primordial, “EU SOU”, nem mesmo uma faca penetraria em nosso corpo, porque ela não conseguiria persistir um momento sequer, na condição de faca material para poder furar, cortar, mutilar. Nenhum corpo encontraria em seu caminho, já que não haveria corpo material que persistisse para ser furado.

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O erro todo, portanto, está na nossa estúpida maneira de pensar, na nossa maneira desatenta de discursar por dentro. Foi o ego-pensamento em “nós” quem inventou persistências ou continuidades, quem inventou a matéria densa onde não existe, quem forjou uma (falsa) vida durável, quando a Vida é um suceder constante de novidades.

A VIDA é igual a um caleidoscópio e, desse modo, é muito mais que um diamante persistente. Só que nem este último dura, sim, pois, quem olhar o diamante em profundidade, poderá descobrir que ele é exatamente uma das dez mil coisas, como ensinam os taoístas chineses – “O Ser Verdadeiro contém as dez mil coisas, e estas dez mil são só o UM Verdadeiro – Um diamante não é só e sempre diamante.

Infelizmente, nós, com esta maldita mania de acharmos que somos egos duráveis, e que possuímos um corpo com forma persistente, corpo enfeitado por determinadas posses persistentes, atribuímos ao meio em que vivemos uma duração e dureza, um materialismo, uma substancialidade, um animismo que não cabem em parte alguma. A Física Quântico Ondulatória sabe disso.

Na vida condicionada e refeita pelo Demiurgo e pelo ego-pensamento do homem (ou “Trevas Exteriores”, Maya) nada tem essência própria, nem anímica nem atômico-material.

E é por causa dessa falsa continuidade, desse falso animismo – cuidado, não que a Consciência-EU, Espírito (Deus Vivo) inexista – que o viver humano se tornou tão sofrido, tão desagradável, tão decepcionante, cheio de altos e baixos, de doenças, decadências e mortes aparentes.

Vivemos numa época em que os alertas se repetem com maior freqüência. Atualmente não há somente um Mestre falando; há milhares! Porém, há também muitos falsos mestres! Inclusive há bilhões de robôs, de surdos que não querem ouvir e que são tristemente manipulados pelos nefastos (ETs), disfarçados de religiosos e salvadores como determinado bispo.

“Muitos são os chamados, mas poucos os que sabem ouvir, os que Sabem e Sentem de fato!” E como, não se pode esperar grandes curas de um curador ou de um terapeuta que, só porque pensa, infere, raciocina, age intencionalmente ou põe em prática o método experimental da ciência, depois acredita decifrar com correção aquilo que um paciente ou o seu próximo apresenta.

Aquilo que nosso próximo manifesta é exatamente aquilo que certos médicos mal pensam e deduzem, e o próprio paciente também.

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Certas doenças são apenas violências que alguns praticam contra si mesmo ou contra a própria Vida, em geral. E é esse próximo quem deveria se autocurar, automedicar, se autocorrigir. Perto dele, poderia haver um terapeuta que o Sentisse tal e qual, e o ajudasse, fazendo coisas corretas, com amor e respeito, exatamente como se não as fizesse.

Médico bom é aquele que sendo médico, pouco se importa de sê-lo. Não será o Dr. João quem curará o paciente José. Apenas será uma Vida um pouco mais lúcida a que procurará ajudar outra Vida, digamos ofuscada por nuvens negras, Vida essa que representa o paciente José.

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REFLEXÕES Terminada a entrevista do Nelson, agora vou apresentar

pensamentos e opiniões que extrai dos ensaios “Óvnis, Conhecimento Científico e Parapsicológico” e “Óvnis, nem Subjetividade Parapsicológica nem Objetividade Científica”, e que foram publicados no livro Antipsiquiatria e Sexo (A Grande Revelação), da Editora Record S/A e de minha autoria

Mas antes vejam o que me aconteceu também:

Antes dessas reflexões, deixem que eu lhe conte uma pequena

história verdadeira ou uma quase tragédia familiar. Longe ainda estava eu de suspeitar o que iria acontecer com

minha filha A.B. Vivia muito bem com ela e com a segunda filha Juliana.

Ansiava por um filho homem, e este acabou vindo, porém, teve que superar contratempos.

Já de saída nasceu atravessado ou nasceu de bunda. O mau atendimento num hospital público foi terrível. Na última hora eu não consegui um hospital melhor. Não ganhava o suficiente. Por isso que tudo se atravessou para pior.

A criança quase nasce asfixiada porque além de ter que nascer numa posição invertida, o cordão umbilical se atravessou no pescoço, quase a estrangula e morre.

Nasceu totalmente azulada, sem ser ou ter sangue nobre, ou também nasceu cianosada. Foi uma dificuldade enorme para devolver-lhe os batimentos cardíacos e a respiração normais.

Cinco ou seis dias depois o pobre do meu filho começou a apresentar uma grande tumoração no pescoço. Pensei que era uma coisa grave, alguns colegas de medicina me assustaram, mas um amigo pediatra tranquilizou-me, dizendo que esse tumor havia sido ocasionado pelo cordão umbilical e que, enrolando-se, quase estrangulara a criança. Mas que tudo isso ia passar, como aliás passou

O assunto que estou narrando não teria nenhuma importância não fossem alguns “quê” posteriores, muito desagradáveis.

Completados os dois meses, meu filho começou a apresentar prisão de ventre. E chorava quanto tinha que evacuar porque o cocô era

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muito grande para o pequenino anus dele. Chegou uma ocasião em que a situação se agravou. Ou seja, já tinham passado cinco dias sem a criança evacuar e ela chorava por causa das cólicas ou dor de barriga. Tentei fazer um enema pequeno, discreto com um pouquinho de azeite de oliva diluído na água morna . E nada feito; tentei mais uma vez com um pouquinho de glicerina, e nada. Em desespero de causa levei a criança para hospital. Fizeram uma radiografia do cólon descendente, da alça sigmóide, do reto e constataram a presença de um fecaloma ou de um grande cocô parado e obstruindo o intestino.

Tentaram purgantes leves , tentaram enemas, enfiaram o dedo médio no ânus da criança para ver se podia alcançar o fecaloma, para amassá-lo e desmanchá-lo, em parte, a fim de que se desse a evacuação restante. E nada feito. Fizeram outras radiografias e concluíram que havia se dado uma obstrução intestinal por uma inexplicável paralisia do cólon descendente.

Essa historia toda começou numa sexta feira de noite. E para começo de conversa, a conduta dos médicos, involuntária, é claro, foi terrível. No sábado a coisa piorou. No domingo continuou. E a criança não comia e não bebia desde a quarta ou quinta feira daquela semana. E no hospital, mantiveram-na em jejum total, sem comer nem beber. Não me lembro se instalaram algum soro fisiológico ou algum soro glicosado. Só sei que meu filho emagreceu e empalideceu brutalmente.

Como até o sábado não havia acontecido coisa alguma, os especialistas, cirurgiões e gastrenterologistas decidiram efetuar, na segunda feira seguinte e sem falta, uma colostomia, pois não havia outra coisa a fazer. Se não se efetuasse a colostomia, meu filho certamente morreria.

Na colostomia dá-se a abertura cirúrgica de uma alça intestinal chamada cólon descendente., com a finalidade de criar um anus artificial para a eliminação das fezes. O cirurgião junta a parte não paralisada do cólon cortado com um corte cirúrgico feito na parede abdominal interna e externa. Na parte externa é acrescentado um dispositivo para que se possa inserir uma bolsa especial, cambiável, e que venha a coletar as fezes por esse outro ânus artificial.

Os senhores doutores haviam tomado essa decisão, porque acharam que havia se dado uma paralisia intestinal no cólon descendente. O resto do colón descendente, abaixo do corte, o sigmóide, o reto, o anus original seriam anulados em sua função, sem ter que extirpá-los.

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Quando a criança completasse os sete anos de idade eles iriam tentar outra cirurgia corretiva, esticando o cólon descendente sadio, religando-o ao antigo anus que havia sido desativado, aposentado, tentando assim restaurar a função antiga e normal.

Eu estava desesperado com a decisão médico-cirúrgica, e minha esposa também estava, mas não havia o quê fazer. E a criança estava se depauperando a olhos vistos. Parecia que estava sendo vampirizada e preparada para morrer. Menos mal que meus familiares ainda não haviam se intrometido, só para criar casos ou encher lingüiças;

Até o domingo, eu e minha esposa não tínhamos tomado qualquer decisão. Ela havia ficado com a criança no hospital na sexta e no sábado de noite. Eu trabalhava e tinha plantão a fazer.

Naquela manhã de domingo bem cedo fui para o hospital e no caminho comprei um quilo de uva rosada, uma uva bem gostosa que existe aqui no Sul, boa para se comer mas não para fazer vinho. Levei tal uva ao hospital para que minha esposa a comesse e se refizesse um pouco da angustiante preocupação e estresse.

E efetivamente, a uva era bem gostosa. Minha esposa comeu e eu comi também. Só que eu fiquei comendo a uva perto do berço, onde a criança estava pálida e esfomeada. Ela me olhava, quietinha e triste e parecia implorar alguma coisa. Mas os médicos e as enfermeiras padrão haviam proibido qualquer líquido e alimentação. A criança tinha que ficar em jejum até a segunda feira, dia da cirurgia.

Sucede, porém que eu, obedecendo um estranho e abençoado impulso, comecei a espremer a casca da uva na boca do nenê. Ou seja, eu comia o miolo com semente e tudo, e espremia a casca suculenta na boca da criança. Fiz isso umas vinte ou trinta vezes, sem me preocupar com a estúpida proibição do meus colegas.

Meu filho absorvia aquele suco da casca da uva avidamente e com prazer. E eu fui dando até achar que tinha que parar.

A criança se transformou como que por milagre. O rosto voltou a ficar rosado, os lábios vermelhos, magra sim, mas irradiando um bem estar. Simplesmente não sabia se meu ato tinha sido uma loucura ou uma bênção. A seguir entrou uma enfermeira padrão, ranzinza, que notou a transformação de meu filho. E imediatamente perguntou: O que vocês fizeram com o Leonardo, deram-lhe de comer, deram-lhe de beber? Mas isso é proibido, seus inconsequentes! Eu e minha mulher tentamos negar, mas não adiantou. Ela saiu do quarto contrariada e foi fazer o seu relatório ou para um médico ou no prontuário (papeleta).

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Aí me deu outro vislumbre, foi como se fosse um golpe. E eu disse para minha esposa: Mulher, vamos tirar esta criança daqui! Vamos levá-la para casa, de qualquer maneira. Se tiver que morrer, que morra em casa. Não quero saber de cirurgia, de bolsinha abdominal para recolher as fezes. Ora, tudo isso também poderá matar a criança, ou senão instalar uma vida de inferno para o pobre do menino e para nós também. Vamos levá-la para casa.

Graças a deus minha esposa concordou plenamente, porque já havia trabalhado em hospitais, numa Santa Casa, e sabia bem que, às vezes, a medicina mais mata do que cura. E assim foi feito. Comunicamos nossa decisão ao médico de plantão, à enfermeira padrão que havia visto a criança e havia nos detestado.

Depois disso, se levantou aquele alvoroço. Foi aquele zum-zum infernal. Eles diziam: o doutor Bono e sua esposa enlouqueceram!? Eles não vêem o que vão fazer? Certamente a criança morrerá em casa!. Isso não é medicina! Isso não é justo! Cadê a justiça, cadê a polícia?

Antes de conseguir sair do hospital, nos obrigaram a assinar um (boçaloide) termo de responsabilidade e mais alguns ofícios não sei de que.

O comentário que rolava no hospital era: Bem se vê que o doutor Bono trabalha no hospital São Pedro. É totalmente louco e inconsequente!

E agora minha gente, vem “Il finale travolgente” (ou o dramático final).

Chegando em casa, duas horas depois, sem gritar nem chorar, meu filho simplesmente conseguiu expulsar o respeitável fecaloma que ia implicar numa cirurgia chata e feia.

Imaginem que sem eu saber, o suco da casca da uva rosada serviu de purgante ou laxativo, coisa que nunca suspeitei, isso que purgantes já haviam sido administrados sem efeito algum. Daí os senhores doutores diagnosticarem na criança uma paralisia do cólon descendente.

Depois disso, meu filho nunca mais sofreu da prisão de ventre. Porque tanto eu como minha esposa modificamos a alimentação para não permitir o endurecimento das fezes.

Além do mais, depois, descobri o motivo do acidente ou do aparecimento do fecaloma.

Só de vez em quando, eu costumava molhar o bico do nenê num liquido licoroso de vitamina C em gotas. E a criança adorava isso

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porque era doce e um pouquinho ácido. Com isso ela se acalmava e dormia, se fosse o caso.

Sucede que tanto eu quanto minha esposa trabalhávamos fora. A jovem criada que ficava cuidando das crianças, exagerou na dose. Isto é, toda vez que Leonardo chorava e não queria dormir, ela encharcava o bico com vitamina C em gotas.

Logo a seguir descobri que a vitamina C é boa e inócua, mas em excesso funciona como diurético, faz urinar em demasia. E com isso endurecem as fazes. Meus colegas de medicina do hospital não sabiam disso.

Quando meu filho completou cinco meses, estava bem sadio, rechonchudo e bonito. E aí me deu vontade de voltar para o Hospital e mostrar a eles o filho do mostro (eu). Mas preferi não fazer isso e ficar na minha.

Consegui salvar minha mãe aumentando em 24 anos a sua sobrevida, salvei meu filho da fatal colostomia, e continua vivendo bem até hoje, salvei um desconhecido impedindo que virasse um louco crônico. Trágica ironia, porém, não consegui salvar minha filha AB, porque o envolvimento familiar e hospitalar dela havia sido muito grande. Desta feita, os bandidaços de outras latitudes ganharam deste pobre mortal.

Sobre Ciência e Conhecimento Científico

-- Certos conhecedores científicos e outros iguais a eles não

passam de meros engendradores de fantasias lógicas, de complicações e pensamentos caducos. A natureza de tal conhecimento é igual a uma cebola. São camadas e mais camadas de aparências inúteis, que recuam até o infinito. São extrojetadas pelo próprio conhecedor mal pensante e se situam por sobre do “ISTO”. Em seu centro, essas camadas nada encerram de válido ou útil, como a cebola..

-- A Ciência materialista mata o “EU” para favorecer o “meu”,

e com isso a mentira da farsa sobreposta se reforça. A falsa espiritualidade, de sua parte, tenta matar o “meu” (isto é, o corpo, o mundo) para endeusar um falso espírito ou ego “eu”, e aí mais uma vez a farsa sobreposta se reforça.

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-- Nós forjamos nossa Física, nossa Química, nossa Matemática, nossa Biologia, nosso modelo de Universo. Este último, por sua vez, longe está da Realidade ou Cosmo Verdadeiro, porquanto, tudo o que nele se apresenta são tão-somente formas de pensamentos. E dentro desse casulo de forjações imaginárias nós nos aprisionamos. Depois alguém quer que tudo se acomode a esses modelos e representações, e exigimos que a Vida Cósmica faça parte de nosso domínio, restringindo-se ao feitio do nosso casulo de preconceitos.

-- Fazer para provar é exatamente o método experimental da

ciência, método que, em verdade, vai oprimir o homem incutindo-lhe modelos mentais ou representações que fatalmente o condicionarão a pensar muito e a pensar erroneamente.

-- A Verdadeira Ciência, quando livre desses quatro passos

limitadores e castradores – da observação intelectual, mais a hipótese, a reprodução do fenômeno, a matematização da prova e forjação da Lei geral – antes de tudo é Verdade e Entendimento.

Sobre o pensamento, Percepção e Conhecimento Geral

-- Talvez pensar em excesso não tenha sido um grande passo a

favor do aperfeiçoamento humano. Quero crer que não há ser na face da Terra que sofra tanto como o homem, exatamente por causa do seu “abnegado lucubrar”.

-- Sem querer impor nada, é fácil perceber que no Homem a

possibilidade Saber, Sentir e Intuir se dão Aqui e Agora, e é só depois que o pensamento se levanta feito tempo. Esse Saber-Sentir-Intuir-Atuar equivale ao próprio Homem Primeiro.

-- Sentir integralmente é reto conhecimento silencioso. Pensar e

discorrer a respeito de seja lá o que for equivale a engendrar um falso sujeito (“eu”) e um falso objeto. (“tu”).

-- O Discurso interior não orienta nem indica algo real; só

rouba. A Ação Pura (”wu-wei”), acasalada com a Inteligência ou mesmo

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com o Instinto, é eficácia absoluta (ou é Magia Banca).É ela que cria, no verdadeiro sentido da palavra.

Por que se manifesta tanta alegria na vida de uma criança, em

que prevalece o Sentir Puro? E por que há tanto torpor e cansaço na constatação do adulto em que só prevalece o mal pensar?

-- Se não se pensasse tanto, talvez voltasse a prevalecer aquele

Saber-Sentir-Intuir original, que também é Consciência de Ser e Estar ou Consciência-EU. Mas não necessariamente consciência de ser alguém à parte ou separado do resto.

-- Em face de um Sentir íntegro, não faz sentido falar de

faculdades extra-sensoriais. -- Da maneira como as coisas se nos tem apresentado,

ultimamente, já não se pode chegar às vias dos fatos, já não se pode chegar à Realidade Viva, contenha esta ou não OVNIs. Com o famoso conhecimento lógico-racional-científico ou até mágico-popular não se vai à parte alguma. Tal modo de (re)conhecer, infelizmente, não passa de um raciocínio limitador.

-- Da Verdadeira Vida ou do Insólito, do Desconhecido pode

provir tudo. E, ao certo, provirá tudo aquilo que jamais foi pensado, imaginado e memorizado, daí a assombrosa importância dos OVNIs e de sua conturbadora presença.

Sobre os OVNIs e seus Tripulantes

-- O fenômeno UFO seja real, isso hoje seria até absurdo

questionar. E os que resistem a tal realidade são exatamente os governos e certos radicais manipuladores do conhecimento científico, (certos astrônomos, físicos, químicos, bioquímicos, biólogos, psiquiatras, psicólogos e cientistas de araque).

-- Os discos voadores não se importam nem um pouco com as

nossas noções de matéria física e com as nossas pretensas descobertas

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físico-químicas a respeito, nem se importam com nossas noções de atomística e energia intra atômica, de validade pretensamente universal.

-- O que chamamos “nosso mundo” poderia ser algo bem

diferente, e não somente uma insignificante grande bola a girar no espaço. Poderia ser o próprio Insólito do qual inclusive os OVNIs podem provir. E é por isso que com relação aos objetos voadores não identificados, não se pode mais dizer que sejam só extraterrestres.

-- Todo homem verá os OVNIs de acordo com os

condicionamentos ou modelos culturais que prevalecerem em sua mente.

-- Que os OVNIs sejam físicos ou mentais é difícil distinguir.

Aqui as probabilidades parecem misturar-se, não porque o fenômeno observado seja uma mistura de fisicalidade, de psiquismo e magia, mas porque o seu pretenso observador pensante, o felizardo contatado e posterior conhecedor da inusitada experiência, é portador de incríveis vícios mentais e está restrito a essa “Porca Loca”, como dizia muito a propósito, Unamuno, o grande filósofo espanhol. Não obstante esse prisma mental deturpador em cada um de nós, a presença dos OVNIs é uma ruptura total em nossa maneira de conhecer, perceber e fazer ciência. UM CONHECIMENTO CORRETO PARA UMA NOVA ERA, E QUE JAMAIS SERÁ A INFAME NOVA ORDEM MUNDIAL

Para a cultura ocidental existiriam duas realidades, conforme

ensinou Descartes, o filósofo e cientista francês. Haveria, pois, uma primeira realidade que se estende, que se expande, realidade que também se densifica (matéria), que se pode quantificar ou medir, no caso, o mundo ou o universo. E esta realidade que se estende é exatamente a “RES EXTENSA” de Descartes. Esta “realidade” teria sido criada por Deus, nos primórdios dos tempos, ou senão teria sido engendrada pelo ACASO, bilhões de anos atrás, conforme as teses das leis científicas.

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Ademais dessa tal “res Extensa”, existiria uma segunda realidade pensante, o homem erudito e comum também. Esse homem é uma realidade que raciocina, que sabe,, que conhece, que se impressiona, que se convence, que percebe e que reconhece. Tal segunda realidade cartesiana ou “RES COGITANS” (pensante, no caso), corresponderia ao próprio homem, dotado de uma alma inteligente e racional.

Essa alma também teria sido criada e obsequiada previamente por Deus, um tanto e quanto pessoal.

Os materialistas científicos alegam e até mesmo “provam” que tal inexiste, e que o pensamento humano ou o cogito é só uma série de reações físico-químicas que ocorrem na massa cerebral.

A realidade pensante, portanto, seria apenas uma evolução, um aperfeiçoamento da matéria... (Bota safadeza nisso!)...

Graças então a estas duas pretensas REALIDADES que se confrontam, ficaria fundamentada a multiplicidade externa e material, e a multiplicidade interna (psiquismo) dos homens. A realidade pensante, anímica ou cerebral, tanto faz, teria então a capacidade de captar as impressões e os estímulos que de fora viriam, que viriam do mundo, do meio, apreensão que se ocorreria graças à função de pressupostos órgãos sensoriais. E tal “RES COGITANS” transformaria tais estímulos e impressões em conscientizações, em percepções biológicas corretas, ou no tornar-se cônscio de algo lá fora.

Por meio dessa dialética, desse passe de mágica, acabaram se fundamentando, material e animicamente, tanto o mundo como o cérebro pretensamente pensante... Em verdade as coisas, felizmente, não são bem assim, nem tão complicadas...

Os Mestres orientais nunca aceitaram essa dualidade ladina e superposta, e que só serviria para fundamentar a multiplicidade externa e interna, e todas as demais preciosas mentiras científicas.

Para muitas escolas orientais de pensamento, nunca houve, propriamente dito, uma criação no tempo e no espaço, gerada por um Deus-Persona, e muito menos por um deus-acaso científico.

Os orientais sugerem que há, sim, um ABSOLUTO, um TAO, um Brahmán, Purusha, Isvara, Autonatureza, “EU SOU”, Nirvana, Satori etc., em Manifestação ou não.

Até o deus Brahma do Hinduísmo não seria necessariamente um criador diferente das criaturas, mas sim apenas as manifestaria em

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seus primórdios ou “Yugas” (Idades). O Deus Vishnu as conservaria e o Deus Shiva as transformaria ou as destruiria...

Esses Mestres também dizem que essa Manifestação só pode ser Apreendida, Vivenciada ou Realizada pelo Homem Íntegro e não por um ser fragmentado ou mal pensante.

Quando o homem se mantém íntegro, com uma Mente Pura ou não dividida, seu Perceber (u “Jñana” ou “Prajña” dos orientais, no caso) se manterá íntegro, ou livre da ilusão e das aparências. Ou melhor, não dará lugar à multiplicidade enlouquecedora, tanto universal como psíquica.

Mas quando o Homem cochila, bobeia, se descuida, seu Saber-Sentir-Intuir ou sua Inteligência Primordial, cede lugar ao “AVIDYA”, que se traduz como ignorância-ego-pensante e interferente.

Externamente, a Autonatureza ou o Reino do Pai cederá lugar às Trevas Exteriores ou Maya (ou a uma falsa natureza), que traduzido quer dizer ilusão ou aparência. A “res cogitans” de Descartes infelizmente é o próprio “Avidya” e a “res Extensa” que tal cogito encara é exatamente “Maya” ou o mundo científico, (ilusão, engano),

“Eu e o Pai somos UM! (ou somos Não-Dualidade), dizia Cristo... Ora, quando o Homem Primordial, sacrificando seu Sentir-Saber-Intuir (“Prajña”) quer conhecer o Pai de modo inadequado, fica escravo de “Avidya” ou da ignorância-ego-pensamento. E a meta de seu desejo – (que é conhecer o Pai ou conhecer a Autonatureza como algo diferente, algo à parte, separado) – vira “Maya” ou vira um “ISTO” revestido com mil véus enganadores. Comungar com a Autonatureza é Conhecimento Direto. Querer conhecê-la é igual a fazer prevalecer o conhecimento indireto, separatista, e também o conhecimento indiretíssimo (próprio da microbiologia, da astronomia etc.). Já veremos o que é isso.

Os cinco pilares da ciência materialista, ou seja, a matéria, a energia, o espaço, o tempo e o plasma universal são meras aparências (ou Maya), que a ignorância-ego-pensamento (ou Avidya) acrescenta e superpõe.

A natureza externa dita material, por sua vez, não foi feita nem pelo acaso – tese científica – nem foi criada por um deus-persona ou pelos Eloin e Jeová bíblicos, muito tempo atrás.

Na Verdadeira Vida há ATUAR, sim, mas não há agentes primeiramente divinos e depois humanos. Portanto, com a eliminação dos agentes e com a superação dos começos, meios e fins da vida – mas

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pondo no lugar disso uma Manifestação Primeva e Divina, Aqui e Agora e em constante renovação – as assim chamadas descobertas científicas e médicas perdem todo o seu significado maior, porque não houve criação material e nada acabou se escondendo para depois o cientista descobrir.

Se não há nem agente divino, nem casual, nem humano, então nada foi criado previamente, nada foi enjambrado, arquitetado e depois escondido para que o homem (mal) pensante acabasse descobrindo algo. O que a ciência diz descobrir, em verdade são somente acréscimos humanos, são distorções, são engendramentos pensantes-pensados, próprios da magia branca ou negra, engendramentos esses que são regidos pela Lei da Geração Condicionada.

A Autonatureza é a própria GERAÇÃO INCONDICIONADA Manifesta pelo Absoluto, harmônica, espontânea e totalmente livre de qualquer LEI.

Nessa Autonatureza se incluí o Homem Primevo, que pode decair, porque, por descuido começa a mal pensar e aí vira homem-ego-pensamento. E nesta condição decaída, com este homem meramente pensante surge a Geração Condicionada, fruto de o seu péssimo pensar e atuar intencional. Nesta geração condicionada acrescentada e superposta, tudo é fruto do pensamento. Quem rege a orquestra da geração condicionada é o Demiurgo (falso deus) e o ego bandido no homem decaído. A Lei da Geração Condicionada tem como enunciado o seguinte: ISTO SENDO, EM PENSAMENTO, AQUILO APARECE, AQUILO SE OBJETIVA, AQUILO SE SUPERPÕE AO “ISTO REAL”, AQUILO SE COLOCA NA FRENTE DO EGO MAL PENSANTE, SE PARA TAL ESTE LADRÃO E SALTEADOR EXECUTAR O ATO INTENCIONAL. ISTO NÃO SENDO PENSADO, AQUILO NÃO APARECE, NÃO SE OBJETIVA, NÃO SE SUPERPÕE, PORQUANTO, QUANDO NÃO SE PENSA, NÃO SE AGE PROPOSITADAMENTE.

O ABSOLUTO em Si ou o REAL é indecifrável, é impossível de (re)conhecer, de se pensar, mas é possível de se VIVENCIAR , de se REALIZAR. Isso é o que faz o Homem Primevo ou não decaído.

O REAL em Manifestação, de sua parte, limita-se primordialmente a uma comunhão, à condição de “ISTO”-(Objeto Real) e “SENTIR”-(Sujeito Real ou Homem Primevo), ambos uma Não-Dualidade, uma não-multiplicidade perfeita.

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O Sujeito Real (ou o Homem, além de SENTIR, também é SABER-INTUIR-ATUAR-AMAR, como o próprio Absoluto o é.

Só que em tal Homem (Pulsátil) “algo reverbera, algo ressoa”. E por puro descuido, de tal “ressonância existencial” salta fora então o mal pensar ou o “cogito”. O pensamento é só atraso, ressonância caduca, (tempo) do SABER-SENTIR-INTUIR-ATUAR-AMAR, Intemporal. Com a intromissão do pensamento caduco ou atraso temporal, superpõe-se a dualidade (ou multiplicidade): homem-ego-pensante (res cogitans), de um lado, e mundo pensado (res extensa), do outro.

Em suma, superpõe-se a multiplicidade enlouquecedora, que pode ser tanto externa como interna.

O HOMEM ou o Ser Vivo não é nem um corpo anátomo-fisiológico, como a medicina científica costuma alegar e provar, nem é uma alma ou uma entidade à parte, totalmente isolada, como o esoterismo, o ocultismo, as teosofias, o espiritismo e as correntes religiosas judaico-cristãs e islâmicas costumam apregoar, apesar de que todas elas, em termos relativos, possam ter alguma razão. Descartes também pensou a favor da alma, só que era uma alma ego-pensada.

Livres do ego (falso ente, intruso), nós somos VIDA, Inteligência, Lucidez, Sentimentos e Sensibilidade (ou somos “EU SOU O QUE SOU”, ESPÍRITO-EU)!

O Homem Verdadeiro é um Vazio-Pleno atuante, (ou ESPÍRITO-EU... O Espírito é como o vento, dizia Cristo), cheio de sentimentos, inteligência, sensações e presença lúcida, que se apóia e se desloca sobre outro Vazio-Pleno (ou Autonatureza), cheia de surpresas e belezas infinitas. Este último Vazio-Pleno (ou Reino de Deus) é exatamente o próprio mundo ou Terra, quando bem visto ou bem percebido, mormente numa Auto-Realização.

Não há um tempo físico que continua, que aparece ou se gasta. Só há um AGORA a respeito do qual nada se pode dizer, nem que seja eterno, nem que seja só instantâneo, e muito menos que é o próprio nada.

Não há um espaço físico que se estende e que aparece, mas há apenas um AQUI ou um Ponto-Instante, a modo de dizer. Não havendo nem espaço nem tempo físicos, tampouco há movimento ou deslocamentos físicos, malgrado as velocidades, os choques e as inércias possam aparecer. Todavia, tudo o que aparece e se reconhece é só e sempre “Maya-Avidya” (Aparência-Ignorância). EXISTIR ou

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EXISTÊNCIA é outra coisa. É Vivência livre do reconhecimento, do conhecimento indireto e indiretíssimo, livre de “Maya-Avidya”

Fazendo força com o pensamento enganador, poder-se-ia dizer que em tal AQUI cabem todas as coisas, ou talvez não caiba absolutamente nada.

Resumindo, AQUI e AGORA é só Vazio-Pleno não extensível e não durável. É Consciência Pura, Mente Pura. E esta Mente ou Consciência-EU e o SER ou Deus-Pai-Mãe se confundem. O Homem Livre (ou o Deus Vivo entre os mortais) e a Consciência-EU também se confundem.

E se o tempo físico é só um acréscimo mental, uma sobreposição, nada existe objetivamente que possa persistir, permanecer, continuar sempre da mesma maneira e sempre com a mesma matéria e forma.

É condição “sine qua non” da Vida-Verdade – e não da vida refeita, reconstruída pelo pensamento (“Maya”) – que nada subsista dois momentos sempre do mesmo modo. Quando sugiro o Momento Absoluto, estou-me referindo a um Não-Tempo que não tem como ser medido. Esse Não-Tempo simplesmente não dura ou talvez dure eternamente, como se não durasse.

Portanto, tal Não-Tempo ou Autonatureza não tem nada a ver com esse outro tempo supostamente cronometrável por meio de relógios, máquinas, ou por meio dos supostos movimentos dos astros, inseridos numa “Maya-Natureza”. Essa duração das coisas é uma armadilha que a nossa mente egóica e pretensiosa forjou, para as conveniências do próprio ego-pensamento, visando o PODER.

No nível de uma Manifestação Primordial, não distorcida, não refeita, totalmente livre de superposições, haveria somente um ‘ISTO-SENTIR’, Não-Dual.

Tal Manifestação nada teria a ver com uma hipotética criação divina ou mesmo criação casual, num espaço-tempo receptáculo.

“ISTO”, então, equivaleria ao Objeto Real e Absoluto, livre dos véus de Maya, ou Todos em UM. E “SENTIR” corresponderia ao Sujeito Real e Absoluto, livre de “Avidya” (ignorância) ou UM em Todos.

Aqui e Agora, livre do tempo (ou livre de PODERES espúrios, geralmente roubados e interferentes, somos SABER-SENTIR-INTUIR-ATUAR-AMAR (= SER), que pode até mesmo fazer-se ou tornar-se Homem. Sem o prevalecimento do ATUAR impessoal, Aqui e Agora,

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depois (tempo) não haverá ego que pareça agir ou que pareça ser um agente...

O Homem, com “H” maiúsculo, infelizmente, decai e torna-se homem com “h” minúsculo, escravo do tempo e do espaço, e principalmente do PODER roubado que os adversários exercem. Este homem decaído inclusive busca alcançar poderes, senão não seria decaído ou extraviado.

No SENTIR-ATUAR Primordial pode estar incluído o suposto ente corporificado e também o suposto meio material (ou “ISTO”)...

Se prevalecer um “Penso, logo sou”, recria-se em “MIM” (ou Espírito-EU) um falso ente pensante (“res cogitans”) e um falso objeto pensado (“res extensa”).

Deverá a AÇÃO EM mim (Consciência-EU) depender forçosamente das determinações do pensamento? Ou quem sabe se o ATUAR, Aqui e Agora, simplesmente eclode de outro modo, antes mesmo que o pensamento se intrometa e, por isso mesmo, a AÇÃO seria muito mais eficaz que o mal pensar?

Quem foi que disse que para se SER É PRECISO PENSAR (“Penso, logo sou”)? Ao se SABER-SENTIR-INTUIR-ATUAR-AMAR já se é!

Por que o ego em “MIM” (Consciência-EU, Mente Pura) tem que achar que “ele-eu”, fulano de tal, precisa possuir um corpo para se mover, para agir? Ora, se não há agente, um ator verdadeiro (ego) que se move, que age, e sim, livre do tempo, há ATUAR (ou Vida) – o qual inclusive se faz ou se torna agente, e este reverte à AÇÃO – por que o ego em “MIM” se faz passar por ator ou se intitula agente?

Não será para ROUBAR PODER de Aquilo (“EU”, SER) que deveria ATUAR correta e livremente?

O agente que age é só pensamento, é mente ego-personificada que se agita! Quando um cientista começa a pensar (res cogitans), ele está se recriando (ego) e recria também situações, ou está provocando a convergência de causas e condições. E tais situações, num pretenso meio externo, só se consubstanciarão, se materializarão se o “ego” no cientista fizer alguma coisa para tal, ou se ele atuar intencionalmente no tempo, conforme ensina a Lei da Geração Condicionada, roubando o ATO PURO ou o “wu-wei”, como ensinam os taoístas.

“ISTO”-(Caminhos) sempre leva ao Infinito (Aqui e mais Aqui, e mais Aqui). Mas o caminho que como ego percorro e reconheço, sem qualquer dúvida é refeito por mim (ego), reconstruído por mim (ego). E

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tal “caminho refeito” só me levará àquele lugar onde, pensando (tempo), determinei ir, e que eu (ego) já conhecia previamente. E esse é um conhecimento indireto.

Se a modo de dizer, tudo é só “ISTO”, então efetivamente não há diferença alguma entre, digamos ISTO-(arroz) e ISTO-(cogumelo), porque o que aí conta é só o “ISTO” básico, ou o Objeto Primordial e em Renovação, com as suas “dez mil coisas inerentes”, como diz o Taoísmo.

“ISTO”-(cogumelo), contudo, poderá prejudicar o “SENTIR”-(Homem), na medida em que o ego-homem-pensante atribuir ao cogumelo aparente os venenos ou as toxinas que nele pareçam caber, ou não, pensando. E assim acontecerá sempre que o homem-ego-pensante fizer alguma coisa cheio de intenções para evitar ou para suplantar tal pressuposto tóxico ou veneno.

E a propósito, quando é que SENTIR-(Homem Primordial) não é afetado pelo ISTO-(veneno)? Quando “ISTO” for só e absolutamente “ISTO” em renovação, e o “SENTIR” for só Homem ou Consciência-EU, e nunca descambar para o ego-pensar que é uma falsa condição epístemo-psicológica ou temporal.

ISTO-SENTIR ou a Manifestação Primordial, Aqui e Agora, tem que manter-se como Não-Dualidade Absoluta. Ou seja, não ser nem só UM nem só muitos.

(Buda, em determinado dia, talvez tenha exclamado o que segue): “Da Verdade Absoluta, do “Querido Eu”, do Nirvana (ou do Reino de Deus) não se pode dizer palavra, porque o que for proferido, mentira sempre será. Mesmo assim, contudo, clamo aos quatro ventos contra as mentiras que o pensamento-raciocínio superpõe!”

E o pensamento-raciocínio consegue sobrepor mentiras, consegue sobrepor mentiras e aparências objetivadas (ou Maya), valendo-se da Lei da Geração Condicionada (ou Pratityasamutpada). Inclusive distorce a Lei do Carma.

A Lei da Geração Condicionada ou Dependente (Pratityasamutpada) assim se anuncia: “Isto sendo, em pensamento, aquilo aparece, se objetiva, se superpõe, se concretiza, se para tal o homem-ego atuar intencionalmente, roubando e distorcendo a AÇÃO IMPESSOAL. Isto não sendo pensado, aquilo não aparece, não se objetiva, não se superpõe, porque também nada é feito para tal...”

A Lei da Geração Dependente, propriamente dita, tem também este outro anunciado: “Sou eu, ego que te vejo, (ó objeto danado), e

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vendo-te, me vejo (como se fosses tu) e vendo-me te faço, para me apropriar de ti.

Estas duas Leis obsequiaram e sacramentaram todas as descobertas da ciência moderna.

Não poucos Mestres do Oriente e do Ocidente, Cristo inclusive, alertaram: “Cuidado com o pensamento intrometido no homem! Se totalmente livre, solto, não há pior inimigo do que ele. O ego-pensamento no homem é um ótimo criado, um servo perfeito, mas solto é um péssimo senhor, é cruel e homicida! E se como senhor conseguir suplantar o “Querido EU”, tirano tornar-se-á! Esta é a causa de todos os males que afetam a humanidade!...

Sem o mínimo autoconhecimento, sem o menor vislumbre do que vem a ser o SABER-SENTIR EM SI e respectivo PERCEBER (Conhecimento Direto, Consciência-EU “Prajña”, Deus Vivo, “EU SOU”), sem conhecer a fundo as fantásticas possibilidades do Ato Impessoal e Intemporal – Ato que se tocado pela intencionalidade, pelo desejo humano vira portentosa vara a consubstanciar magias brancas e negras – o homem passou a pensar freneticamente de modo mágico ou racional, e a agir adoidado, sem medir consequências.

Os grandes precur4sores da ciência simplesmente utilizaram a mente, que eles traduziram como cérebro trabalhando, e aceitaram a premissa de que ele (cérebro-alma) era uma ótima ferramenta, que nunca falhava e que não podia enganar e mentir. E como se não bastasse, ainda inventaram os tais de peptídeos milagrosos, bons para nada.

Acharam eles que atrás dessa ferramenta havia uma “alma divina”, distinta, separada, que, sempre atenta, não permitia o engano, o logro. Mas, a tal alma divina e racional, que os primeiros cientistas (Newton, Descartes etc) supunham existir, não passava de um preconceito herdado das velhas filosofias e religiões preexistentes. O Espírito-EU nada tem a ver com tal alma-persona ou ego-personagem.

Posteriormente vieram outros tolos mais, também cientistas, e que, infelizmente, rechaçaram tal alma e alegaram que o cérebro material e seu fisiologismo ou funcionamento não precisavam de tal ente divino preexistente. Bastavam as reações físico-químico-elétricas do cérebro, aperfeiçoadas por puro acaso, e numa evolução das espécies que nunca se deu, para que todo raciocínio, todo pensamento, toda lógica-razão se explicassem...Que tremenda farsa, valha-meu Deus!

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Que ego mal pensante é esse que incutiu no Homem que ele está absolutamente separado do meio? Ou seja, que o corpo-homem é algo durável e diferente do meio?

Bandidagem foi essa, a da ciência e de certas religiões de nos impingirem uma realidade pensante (“res cogitans” ou o homem, no caso), de um lado, e uma realidade objetiva, material, que se estende (“res extensa”), do outro?

Quem foi que disse que essa capciosa dualidade cartesiana (homem separado de uma multiplicidade objetivo-material aparente) é absolutamente válida e sempre veraz?

Por que a interdependência entre sujeito e o objeto dos orientais nunca foi levada em consideração?

Como foi possível que alguns pródigos lucubradores não se apercebessem de que sujeito e objeto, tomados separadamente, não são absolutamente nada, são zeros absolutos, e que tampouco possuem essência própria (material ou anímica)?

Quem foi que disse que o mero pensar no Homem é verdadeiramente o “ORGANON” da Inteligência, da reta Compreensão e reta Percepção?

Que Organon é esse que traduziria a objetividade à sua frente, com honestidade, e não com trapaças e interesses distorcedores?...

Quem foi que disse que este mal pensar de homens desavisados e confusos – pensamento esse que “EU” julgo criminoso – pode ser a testemunha fiel e pode ter tanto valor assim, ou mais valor do que o Intuir, Entender, Compreender, Sentir, Saber, Atuar e Amar?

E desde quando o totalmente dependente ego-pensamento tem mais valor que o absolutamente livre e Sábio “EU SOU”?

A falsa natureza (“res extensa”) que o homem “ou “res cogitans” tenta decifrar, por meio de um conhecimento indireto, e indiretíssimo (como o da microscopia e astronomia), é igual ao próprio ego humano.

A natureza reconstruída (Maya) é um dos pólos de uma mesma barra magnética; o outro pólo é o próprio ego-pensamento (avidya).

Essa barra ou Autonatureza, contudo, também é a própria Mente Primeva e Indivisa, presente no Homem Lúcido, Realizado e totalmente livre!

O Homem com “H” maiúsculo sempre Conhece de modo Direto. E o homem decaído ou escravizado, infelizmente, sempre mal pensa ou conhece de modo indireto e indiretíssimo.

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Por conseguinte, o Conhecimento Direto tem que voltar a prevalecer em todo Homem...

(Último lembrete): ATUAR-SABER-INTUIR-AMAR-SENTIR-ISTO é EXISTIR OU É EXISTÊNCIA PURA!

O ego-pensamento em cada um de nós só reconhece ou só pode reconhecer o que se coloca diante dele. Só reconhece o que dura, o que ele diz chamar objeto, e que no fundo não existe, separado do ego-persona. O que só aparece e se reconhece, isso não EXISTE. E o que de fato EXISTE só pode ser Sabido-e-Sentido, nunca reconhecido e possuído.

Todas as coisas em si (ISTO), ditas objetivas, até o limite em que elas possam afetar o Homem são só SENTIR ou SENSAÇÃO PURA. SÃO EXISTIR ou EXISTÊNCIA PURA, como também o próprio Homem (ou Sentir) o é.

A aparente duração ou persistência da objetividade, da coisa ou da matéria nunca corresponde a uma extensão indevida ou a um prolongamento capcioso do SENTIR.

Sim, pois, não é o SENTIR PURO em nós o que se prolonga, se estende, dura, mas sim é o PENSAR que sempre envolve o SENTIR.

O pensamento quando envolve o SENTIR, o prolonga, o estende e o deforma, e inclusive SUSTENTA tal engano, por meio do discurso. Sim, pois o pensamento, primordialmente falando, é estruturante ou engendrador e é discursivo ou sustentador.

O SENTIR é sempre momentâneo ou intemporal, como a exclamação de uma criança. Por isso ele é o próprio REAL! Pensar ao redor do SENTIR ou em cima do SENTIR é só TEMPO-PENSAMENTO!

Nenhum objeto, nenhum falso dado reconstruído (ou pensado) – e muito menos o próprio SENTIR-ISTO Primevo ou o REAL – são constantes, duradouros, persistentes. Só o discurso interior, o reconhecimento em nós, o conhecimento indireto pretendem ser constantes ou constância. Estas falsas durações e dureza da coisa e dor ser, para o ego-reconhecedor resultam então em falsa segurança, em impedimentos, em limitações e dor.

Tudo aquilo que não muda ou que parece permanecer igual, isso não tem eficácia alguma. E tudo o que é ineficaz ou não suscita transformação, isso simplesmente NÃO EXISTE, malgrado se faça presente ou apareça em nosso viver cotidiano, onde o ego reina absoluto. .

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TUDO O QUE AO SE OBJETIVAR, AO APARECERER, AO SE APRESENTAR DEPENDER DE ALGO MAIS, ISSO NÃO SERÁ NADA EM SI MESMO. ISSO SIMPLESMENTE INEXISTE, malgrado apareça. (Isso alertou Nagarjuna, Mestre e Sábio Budista do século II d.C.)...

(Todo e qualquer objeto reconhecível da natureza refeita, para ser ou aparecer, sempre depende do ego-conhecedor, de suas elucubrações e de suas explicações enganadoras. Todo ego-pensamento só se considerará pessoa se na frente dele houver um objeto ou um ser reconhecível. Todavia, este reconhecedor e dado reconhecido, tomados isoladamente, não são absolutamente nada, exatamente porque implicam uma relação enganadora; em outras palavras são interdependência pura!)... UMA ANTIGA CARTA DO AMIGO GENERAL MOACIR UCHOA

Muito Prezado amigo Ernesto Bono Muitas felicidades para o prezado amigo e sua querida família

neste 89. Sob as divinas armas de Cristo e Senhor. Nos meus atuais 82 anos de idade, jamais cometi falta igual

àquela em que me encontro em relação ao prezado amigo. Eu a explico, mas não a justifico. Sou um faltoso!... É que sou um “campeão” na desorganização; não sou nada

metódico e sou muito, muito desarrumado. Costumo dizer “pretensiosamente”, que só tenho arrumação e lógica inexorável naquilo que penso. Isto é, na ordem inexorável das minhas convicções filosóficas, científicas, todas bem arrumadas. E em consequência, minhas convicções religiosas e universalistas, e que coloco acima de qualquer dogma.

Sou super anticomunista e ferrenho antimarxista. Basta dizer então que, em 1960, na Escola Superior de Guerra (ESG), num relatório que apresentei a um grupo de estudo, juntei Marx com Jesus Cristo.

Dos 35 minutos que tinha para expor, seguidos de 1h e 30m para o debate. Em minha exposição, presentes também estavam dois generais, sendo que um era o próprio comandante da Escola. E este me autorizou que prosseguisse falando. (Acho que eu estava sendo

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inspirado por um Instrutor Invisível). Finalmente acabou o debate. Falei 2 horas e 5 minutos. Fui aplaudido de pé e fiquei feito uma “vedete”, emocionado. Até os generais sentiram-se incômodos em ficarem sentados, e também se levantaram e aplaudiram de pé!...

Meu Caro Ernesto Bono: Antes tarde do nunca, e com um atraso de anos e anos, na balbúrdia dos meus muitos e muitos livros que possuo, só hoje comecei a ler vorazmente o seu trabalho e fui dar-me conta da minha falta para com o amigo.

Sim li seu “É a Ciência uma Nova Religião” ou “Os Perigos dos Dogmas Científicos” com uma dedicatória tão expressiva, feita em 18/4//1983. Passaram-se mais de 5 anos... Mas, como o amigo já sabe, o tempo sendo tudo, na verdade, nada é perante certos valores superiores que o ser humano transmite. E então quero que o inteligente e “o espiritualmente realizado” amigo Ernesto Bono compreenda. Estes 5 anos se foram e estamos no momento presente (e só agora lhe envio) este meu clamoroso agradecimento pela sua dedicatória, e também pelo oferecimento de um livro seu, ou dessa sua magistral obra e que o amigo me presenteou em 18/4/l983...

Fico, pois, paradoxalmente em dia e espero que compreenda e aceite o fato naquele (outro) nível (atemporal) que poucos aceitam, mas que é verdadeiro.

Seu livro joga perfeitamente com tudo o que penso sobre tais assuntos; e chego a dizer que os dogmas científicos (“é a ciência uma religião?”) são mais perigosos que as religiões, pois estão calcados em raciocínios, em mente racional, e para todos os efeitos despertam grandes pretensões (de infalibilidade), ao passo que as religiões em geral são opiniões e crendices que só se ajustam à mediocridade humana. Tudo é, pois, bem explicável.

Meu caro Dr. Bono pretendo me reabilitar com as desculpas e explicações desta missiva, escrita pela mente e muito mais pelo coração, acrescentando ainda dois livros meu que estou enviando-lhe , os quais vão ser logo postados. Um é de poesias, já aceito pela editora e que será lançado na segunda quinzena de fevereiro de 1989. Aí o amigo encontrará um poema de mais de 700 versos intitulado “Busca”, em que falo firmemente dos assuntos do tema central do seu livro, relacionando-se também com outro livro meu escrito sobre o Cristo. (“Cristo para a Humanidade de Hoje). Este além de religioso é científico, social e político.

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Entrementes, estamos ainda numa época de Inquisição, o suficiente para eu ser queimado vivo, dez vezes sucessivas, isto se as cinzas da primeira queima puderem ser necessariamente outra vez queimadas.

Em resumo então: Tenho muitos livros e sou cosmicamente desorganizado e,

apesar da carinhosa solicitude de minha esposa, coisas como essas (confusões) podem acontecer e aconteceram.

Felicito-o pelas palavras de sua obra, e que eu próprio, se tivesse podido, gostaria de ter escrito. De qualquer modo, em termos e veemências, agradeço.

Ainda pediria licença à bela inteligência e ampla cultura do amigo para aconselhar-lhe – se isso couber, se não estou já muito atrasado, dado o meu avanço em idade - a estudar, não superficialmente e com leituras esporádicas, mas com amor, persistência e profundidade, a TEOSOFIA, que. não obstante minha formação matemática, professor catedrático que fui (engenheiro civil) de Mecânica Racional de AMAN (Academia Militar de Agulhas Negras), venho estudando desde os meus 20 anos de idade, depois de, desde os 17 anos haver estudado o Espiritismo de Kardec. E do século passado ter estudado também os grandes cientistas da espiritualidade como William Krocks, (este já do final do século dezenove), Charles Richet, Camille Flammarion, Cesare Lombroso, Paul Gibier, Oliver Lodge, John Crawford, Ernesto Bozzano, e tantos outros do princípio do século XX... As idéias de todos esses também estão no meu referido poema “Busca”, e que o amigo lerá. (Digo eu, infelizmente não o li nem recebi tal livro).

Estou me estendendo em demasia, mas desejo ainda terminar dizendo que venho estudando a Teosofia há mais de 60 anos e com mais de 15 anos prévios de pesquisa científicas na área das materializações espirituais efetuadas o com ectoplasma dos médiuns e a inteligência e vontade de seres vindos de outros espaços, ou senão ainda impressões espirituais que ficaram registrados em moldes de cera.

E ultimamente, há bem mais de 20 anos venho, estudando os discos voadores, tendo testemunhado fatos verdadeiramente extraordinários, contatos imediatos do terceiro, quarto e quinto grau, ocorridos até com a troca de diálogos, fatos esses que se encontram registrados em meu livro “Mergulhos no Hiperespaço, livro que talvez o amigo já conheça.

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Repito, deixe que a TEOSOFIA, transmitida inicialmente ao nosso mundo pela senhora Helena Petrovna Blavatsky, o influencie. Porque ela, em particular, agora está influenciando a nossa civilização ocidental graças a Mestres Excelsos de Sabedoria Eterna, que conversam com o Cristo Jesus, Senhor das alturas, ou senão graças também a uma Sabedoria que vem do Himalaia, de Shambala ou Terra Oca. Essas correspondem às maiores e melhores mensagens de conhecimento científico, filosófico, religioso-espiritual que o mundo tem recebido do “Altíssimo!”.

Ainda acrescento que o seu livro “É a Ciência uma Nova Religião?” ou “Os Perigos do Dogma Científico supera a essência das Divinas Mensagens da Fraternidade Branca, que até nós chegam, e que também estão aí pela mediação dos Mestres Morya e Kut Humi.

Meus parabéns honrosos, minhas desculpas pela demora da resposta, meus agradecimentos, minha profunda admiração e amizade.

Sempre do seu amigo admirador Brasília 8 de janeiro de 1989.

General Moacir Uchoa.

Nota: Para encerrar esta primeira parte do livro, acrescento

agora alguns ensaios ou artigos interessantes sobre Ufologia que escrevi e que já publiquei nas páginas da Internet ou no meu blog Faz-se necessário republicar esses ensaios e entrevista por causa da segunda parte do livro. ENTREVISTA EFETUADA POR DANIEL REBISSO E PUBLICADA NO REALISMO FANTÁSTICO – CURITIBA

Ernesto Bono, autor de A Grande Conspiração Universal, faz

incríveis revelações em entrevista concedida à revista Realismo Fantástico. Pesquisador ítalo-brasileiro, naturalizado, radicado no Rio Grande do Sul, o ufólogo Ernesto Bono é um dos pioneiros na abordagem filosófica do fenômeno OVNI. Nesta entrevista concedida ao também famoso ufólogo Daniel Rebisso, Bono fala de suas últimas

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descobertas sobre a grande conspiração dos extraterrestres que estariam dominando planeta.

Comenta ainda Daniel Rebisso Giese na tal entrevista que me fez em determinado Congresso de Ufologia efetuado em Curitiba em junho de 1991, entrevista publicada pela revista Realismo Fantástico:

Alguns pesquisadores contribuíram de forma radical para a criação de uma epistemologia diferente, e que conseguisse traduzir com felicidade os enfoques da Ufologia. Pesquisadores esses, todos eles crentes na possibilidade de encontrar uma via, um meio capaz de trazer à tona os obscuros desígnios da realidade OVNI. Dentro desse restrito círculo de analistas, está, sem dúvida, Ernesto Bono, médico e escritor de renome.

Italiano de origem, Ernesto Bono fixou suas raízes no Rio Grande do Sul, tendo-se especializado em medicina do trabalho, clínica e psiquiatria, (e tendo inclusive se interessado pela Ufologia). Os 23 anos de vivência hospitalar psiquiátrica, somado asa denúncias de outros médicos, o levaram a romper definitivamente com a Psiquiatria Oficial, destacando-se por uma respeitada postura crítica, sendo um dos intelectuais mais expressivos da cultura brasileira.

Bono não se limitou apenas a uma revisão médico-científica, dedicou-se também a uma crítica das teorias do conhecimento, buscando outros fundamentos nos milenares propósitos taoístas, budistas e da Sabedoria Oriental.

Os discos voadores, por sua vez, foram motivo de estudo e ampla reflexão desse pensador “maldito”, como diria Charles Fort... A produção literária de Bono é sem qualquer dúvida vasta e diversificada.

A presente entrevista, naturalmente, não esgota nem atinge todas as vertentes do pensamento de Ernesto Bono, sobre a Ciência, o homem e Deus. As questões básicas deste diálogo giram em torno de suas concepções sobre sua notável obra “A Grande Conspiração Universal”, e o conhecimento esclarecedor nela implícito.

Por outro lado, também desejamos manifestar o nosso agradecimento ao pesquisador e amigo Rafael Curi – Presidente do Núcleo de Pesquisa Ufológica, Curitiba/Paraná – pela oportunidade desta entrevista, realizada durante o IX Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, em Curitiba, de 30 de maio a 02 de junho de 1991.

Amigos, desejo uma boa leitura. Daniel Rebisso Giese

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Realismo Fantástico — Primeira curiosidade: como a Ufologia

entrou em sua vida? Ernesto Bono — Muitos anos antes de me tornar médico e

psiquiatra. Foi por volta dos meus 14 anos que comecei a interessar-me profundamente pelo tema e, desde então, nunca mais abandonei essa temática fantástica ou essa manifestação do insólito.

RF – Como conferencista e escritor, observamos que a sua principal preocupação em relação aos OVNIs tem-se voltado para as questões filosóficas ou, como poderíamos dizer, para o aspecto epistemológico e que envolve o conhecimento das coisas. A seu entender, o que a realidade ufológica freqüentemente impõe aos homens?

EB – Eu suspeito que a presença dos UFOs, entre outras coisas, visa modificar nosso modo de sentir, perceber e entender a Vida e o mundo. Eles estariam aí para que, de algum modo, o homem abandone seus velhos esquemas de mal conhecer, esquemas instituídos no Ocidente pela filosofia e epistemologia de Aristóteles e fortalecida por Tomás de Aquino.

Tanto esses velhos filósofos como René Descartes, também filósofo e precursor da Ciência Moderna estabeleceram a primazia da dualidade perceptual. Para eles, sem qualquer dúvida – e para nós também, condicionados pelas idéias deles – existe uma realidade material que se estende e que dura, a qual pode ser encarada por outra realidade que pensa, o corpo-ego-homem, no caso. Esse dualismo ou multiplicidade perceptual acredita, por exemplo, que o homem é um ser à parte, separado, criado por alguém – Deus bíblico ou Acaso científico –, dotado de sentidos e capaz de sentir, pensar e perceber. O homem confrontar-se-ia então com um mundo que estaria à sua frente, mundo que precisa ser bem enfocado, bem percebido, decifrado. Ou melhor, teríamos que raciocinar em cima do que se enxerga e se percebe. Malgrado a impecabilidade dessa postura, ela infelizmente é um modo de conscientizar ou perceber totalmente errôneo e que vem prevalecendo há milhares de anos. Sem qualquer dúvida é prático e cômodo ao Status Quo, mas não passa de uma safadeza e desonestidade da lógica-razão em nós. Tal gnosiologia ou epistemologia é ótima para que os donos do poder alcancem seus fins, e é ótima principalmente para subjugar e dominar os inocentes e desavisados. Os orientais há milênios deram-se conta das mentiras do pensamento comum e da

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lógica-razão. Esse é o motivo profundo de os sábios orientais nunca se terem permitido criar uma ciência moderna, por exemplo, com seu modo de mal conhecer e de atuar pior. Embora os UFOs nada tenham a ver com a Sabedoria Oriental, talvez estejam tentando romper com nosso esquema enganador de mal conhecer, perceber, senão todos os UFOs, pelo menos boa parte. A presença anômala e escorregadia dos UFOs quiçá esteja sugerindo que conhecer corretamente não é exatamente aquilo que Aristóteles, Ciência e todos os demais filósofos do Ocidente estabeleceram, porque lhes convinha.

RF – Seria então necessário ver ou interpretar o fenômeno OVNI por outro ângulo que não o científico?

EB – Aprofundando-me no tema, descobri que as humanas possibilidades de conhecer são somente duas: ou prevalece a Direta ou Sentir (do Sábio Autêntico), ou prevalece a Indireta ou pensar (do homem comum, do ignorante, do cientista confuso e conformado). Explico-me melhor: Conhecimento Direto é quando a Mente em SI – ou a Mente num Homem livre do mal pensar – não se separa do dado, ou daquilo que está à sua frente, isto é, a objetividade, que não precisa ser só e sempre material. Tal Mente Pura (ou SENTIR Primevo) comunga com a Objetividade Primordial – ou com o "ISTO" ou também com o Cosmo Verdadeiro. Em tal Saber-e-Sentir há uma interfusão, interpenetração, intercâmbio constante entre o Ser e a Coisa e que em verdade não são dois, mas sim são uma não-dualidade perfeita… No Conhecimento Direto se Sente, se Sabe e se Intui, se Comunga, mas não se rumina a respeito (raciocínio) ou não se discorre propositadamente sobre o percebido, sobre o que se conscientiza. Não existe um ego, ladrão, salteador e mentiroso para tal, e que se meta a distorcer tudo, a ocultar ou a acrescentar lorotas e enganos perceptuais. No conhecimento indireto se pretende que haja um ego-pensante aqui, que se confronta com determinada coisa, lá e que independeria dele, mas que em verdade é só e totalmente pensada. O ego-pensamento em todos nós sempre acha que sente, que sabe, que intuí, que compreende, que atua etc, quando em verdade só pensar em sentir, pensa em agir, pensa em compreender, mas mais mal conhece do que sabe de fato, mais mal lucubra do que intui; tudo raciocina e nada compreende; só pensa em agir, sem conseguir atuar e contento, livremente e alcançar fins verdadeiros. O que o ego-pensamento alcança é exatamente o fruto pensado ou aquilo que se propôs fazer. Longe porém está de usufruir daquele Saber-Sentir Puro, ou de alcançar aquele Isto Primordial, os quais não são tão

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transcendentes assim nem tão metafísicos. Os discos voadores autênticos são um ISTO Primordial que só o Saber-e-Sentir no Homem vivencia ou senão surpreende e com eles comunga. Há momentos, porém, que certos OVNIs, como uma concessão deles mesmos, transformam-se em objetos vulgares, fugazes, em aparelhos e que qualquer reconhecimento humano ou mal conhecer discursivo pode captar. Só que as experiências que a testemunha-ego tiver sempre serão precárias, confusas, enganadoras, traumatizantes ou até mesmo sofridas. E toda conclusão que de tal experiência o ego quiser retirar sempre será aparências, enganos ou mentiras.

RF – Mas esse tipo de apreensão ufológica nos parece quase um estado de Iluminação Interior. Será preciso tanto?

EB – E por que não poderia ser assim? Aristóteles, Descartes, Kant, Hegel e a ciência moderna inventaram estórias a respeito da objetividade, do viver cotidiano, do Cosmo, onde os UFOs parecem caber. E quem pode nos garantir que o mundo ou a objetividade tem que ser exatamente como eles disseram? E além de ser assim, quem pode nos garantir que uma objetividade tipo UFO tem que se acomodar às leis e dogmas que a ciência inventou, estabeleceu para resultar em PODER. Ou um UFO tem que se comportar conforme a previsibilidade dos preconceitos humanos?

RF – Mas e o conhecimento indireto de que o amigo fala seria só um fornecedor de aparências e ilusões?

EB – Ele é o pai da própria ilusão e tem como base a própria lógica-razão, mãe de todas as aparências e contradições bipolares e polivalentes! A lógica-razão sempre polariza o que nós acreditamos conhecer por meio dela, ou seja sempre resulta num certo e errado, num longe e perto, num alto e baixo, num longo e curto, num duro e mole etc. –, ou senão oculta a Verdade-Isto, ou ainda distorce o Sentir Primevo e Puro, esconde o Real e em seu lugar engendra substitutos enganadores tipo falso mundo, falso universo, falso objeto. O REAL em si, por sua vez, não é nem material nem anímico, não é nada acrescentado nem dependente, nem é algo que o pensamento comum possa decifrar. Na verdadeira VIDA, em cujo seio os OVNIs também pode caber, e com eles outros Cosmos – e não só o modelo de universo científico – não existe "um homem aqui" e "um mundo lá". O que nessa Vida talvez prevaleça é exatamente uma não-dualidade Vivenciável, indescritível para a lógica pura, mas descritível para os sentidos e emoções. Digamos, é um todo em que homem-e-meio são algo

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completo. Sol-e-Raios, Raios-e-Sol. Aí, portanto, não haveria nenhuma necessidade de o homem na condição calhorda de ego-pensante separar-se desse meio e depois tentar conhecê-lo para dele tirar ou não proveito e implantar o PODER institucionalizado. Bastaria a esse homem comungar com seu meio, reconquistando aquela unidade ou aquela não-dualidade sensorial e que sempre é uma união afetiva e inteligente.

RF – A idéia é interessante, mas como se aplicaria esse Conhecimento Direto à pesquisa ufológica, ou senão ao seu correto entendimento?

EB – Para se aplicar o Conhecimento Direto não existe nem como nem porquê. O fato é que, sempre que se levantam os "como" e os "por quê?" em seguida passa a prevalecer o conhecimento indireto, o grande enganador e distorcedor de verdades simples e imediatas, como certos UFOs, às vezes podem ser. A presença UFO não oferece um "o quê" ou um "como" pensar. De algum modo, apenas sugere que o teu modo de conhecer é precário ou está errado e que tens que te modificar. Sua realidade, quando presentes se fazem, em termos aparentemente objetivos e materiais, é sempre um desafio para um ufólogo honesto e livre de escolas. Parece que eles vivem a nos dizer: Pára de pensar tanto e tão mal e começa a Sentir-e-Saber de outro modo! Esse teu outro modo de Sentir-e-Saber pode perfeitamente transformar-se num caminho que te conduzirá até nós". E aí voltaremos a ser aquela não-dualidade, Isto-Sentir e Sentir-Isto, em que tanto os homens de boa vontade como os homens cósmicos, seus irmãos mais velhos, acabarão se confundindo e se abraçando no seio de um mesmo PAI-MÃE, de onde tudo surge, mas nada se cria.

RF – Acreditas que todos os UFOs ou melhor, os ufonautas seriam capazes de tal gesto?

EB – É claro que todos não, mas boa parte sim. E é exatamente contra esta boa parte que o Governo Invisível humano e os ETs nefastos do além estão lutando. Boa parte dos ETs devem ser positivamente neutros ou benevolentes; e quem sabe estejam inseridos nesse modo de conhecer direto ou não-dualista. Estes talvez estejam tentando atrair alguns homens inteligentes para levá-los de volta às suas origens, o centro de tudo, onde tudo converge e também desde onde tudo diverge, sem que nada nem ninguém perca aquela condição primordial de Consciência-EU.

RF – E dos demais extraterrestres, dos ETs nefastos, o que poderias no dizer?

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EB – Que são velhos aliados de humanos também nefastos daqui mesmo. Tanto a esses ETs velhacos como aos seus compadres terrestres do Governo Invisível interessa e convém que prevaleça o famoso conhecimento indireto e indiretíssimo, ou seja, o conhecimento tipo comum ou tipo científico, a moral gananciosa e mesquinha do materialismo niilista, a falsa religiosidade. Esses ETs bandidos ou até mesmo neutros negativos visam o PODER, no além e no próprio mundo, como também o Governo Invisível visa este PODER ou a hegemonia mundial. Ambos não têm qualquer emoção, amor e sentimentos. São máquinas trituradoras e destruidoras sem o emocional-cardíaco, e que é exatamente a alma humana. Eles são os famosos emissários da morte!

RF – Em seu livro A Grande Conspiração há um capítulo inteiro dedicado às revelações de John Lehar e Milton William Cooper a respeito do Majestic-12 e do governo secreto do mundo. O que te levou a crer na validade dessas denúncias?

EB – Exatamente os pormenores das denúncias que ambos fizeram. Como diz William Moore, que os contra-ataca, ambos podem ser apenas simples paranóides, fascistas, farsantes ou quem sabe agentes da CIA disfarçados. Suspeito que William Moore é muito mais do que eles. Para não ter amor à verdade e ao próximo sofrido, Milton William Cooper estaria se expondo demais, pode até correr risco de vida. Nem ele mesmo se dá conta da incrível e espantosa gravidade de suas denúncias. Põe a nu as manobras de um Governo Invisível que efetivamente existe, encabeçado por uma CIA, MJ-12, CFR, TC, Billderburger, Sociedade Jason, Alternativas l, 2 e 3 etc. como nunca ninguém o fez. John Lear é muito mais prudente e comedido. Mostra o crime, sim, mas acha que ninguém é criminoso. Só os ETs safados é que seriam. M.W.Cooper prova que a maior culpa cabe não aos ETs, mas ao Governo Invisível, que tem atormentado o mundo inteiro, visando o Poder Máximo… O que mais me deixou pasmo foi saber que desde 1947, atrás de um Truman ou de um Eisenhower, já existiam assessores presidenciais humanos, manipulando o governo norte-americano e soviético, constituindo inclusive e com toda felicidade organizações ocultas e prejudiciais aos homens e aos ETs, digamos bem intencionados, como o MJ-12 (ou melhor, projeto Grudge, Sign, Projeto Grudge, Projeto Bluebook, Projeto Yellowbook, Sociedade Jason etc. etc). O que me deixou abismado foi ver como esses humanos em absoluto nada honestos – alguns dos quais representam exatamente a

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anti-raça humana – se levantaram em bloco, tentando de todas as maneiras possíveis ocultar e bloquear toda e qualquer difusão de verdades ufológicas que não conviessem aos interesses deles. Eles não podiam deixar transparecer que sociedades secretas ou eles próprios, o Governo Invisível, já lidavam com ETs nefastos há milhares de anos. Também não podiam deixar transparecer que sempre houve uma Grande Conspiração Universal, e que, após a Segunda Guerra Mundial, ou após a Segunda Grande Derrota Mundial – pois não foi o homem quem ganhou tal guerra – outros tipos de UFOs e ETs haviam irrompido no mundo, numa tentativa desesperada de alertar os homens ou de ajeitar o que ainda podia ser ajeitado.

RF – Mas então o que tens a dizer da falsa alegação de que os governos mundiais manteriam o fenômeno UFO em sigilo a fim de manter a ordem social e perpetuar o bem estar de todos?

EB — Essa tese de manter a ordem social, malgrado as histerias que o programa radiofônico de Orson Welles em 1938 causou, é completamente falsa. Os poderosos que Milton William Cooper denuncia, e que eu julgo extremamente prejudiciais para o gênero humano, foram os que se levantaram após o segundo conflito mundial (ou derrota mundial), tentando esconder e sufocar uma coisa que havia resolvido intervir desde fora, desde o Insólito, e com o qual eles não contavam. Ou seja, as aparições em massa de OVNIs neutros e quem sabe benevolentes, não aliados de certos humanos safados e não ligados à Conspiração Universal. Esta última talvez atinja seu ápice neste fim, de século ou no novo.

RF – Acreditas realmente que seres extraterrestres tenham firmado algum pacto ultra-secreto com as grandes Potências da Terra?

EB – Não que assinaram, mas foram induzidos a firmar pelo Governo Invisível, e que manda em todas essas grandes potências aparentes. Por conseguinte, foram enganados tanto pelos ETs nefastos como por certos humanos safados daqui mesmo. Ao assim me exprimir, estou me baseando em dados históricos, filosóficos, religiosos, espirituais e ocultistas. A Grande Conspiração não abrange somente a área política e econômica, mas abrange tudo, principalmente o pretenso lado religioso, espiritual, ocultista e paranormal da humanidade.

RF – Independentemente de Cooper e Lear, de onde tiraste a tua convicção do pacto entre ETs e humanos safados?

EB – Conhecendo bastante bem um plano geral que está em andamento há milhares de anos. Tenho me apercebido dos interesses em

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jogo e que são da ordem econômica, militar, política, religiosa, filosófica, científica, mágica, ocultista, sociológica etc. A partir da manipulação disso tudo, pode-se conhecer o que o Governo Invisível pretende e sempre pretendeu: a hegemonia mundial absoluta. E para tal, nada melhor do que os alienígenas aliados deles! Sempre confundimos esse Governo Invisível ou clandestino com uma Fraternidade Branca com uma Shamballa, com Agatha, mas essas não tem nada a ver com isso. Forças ocultas nefastas do além e do aquém movem o mundo há centenas, senão há milhares de anos. E essas forças tanto pertencem aos falsos deuses, a Golem, Moloch, Molokron, a ETs tenebrosos, como pertencem a humanos, em momentos senhores e em outros servos daqueles. É a velha luta entre Deuses inseridos na Lei e Demiurgos fora da Lei, ambicionando o Poder. O homem comum, infelizmente, fica no meio, como nas duas últimas guerras mundiais, e sempre leva a pior. Não poucos humanos gananciosos são aliados dos demiurgos há já muito tempo.

RF – Mas esse acordo secreto justificaria toda uma série de fatos aterradores, supostamente causados por determinados extraterrestres, como as desaparições misteriosas de seres humanos, mutilações inexplicáveis de animais, abduções de mulheres e homens por OVNIs e que depois são devolvidos totalmente perturbados.

EB – Que o acordo propriamente dito tenha a culpa do que vem acontecendo na Ufologia, duvido; mas que ele entreabriu a porta, entreabriu. Só que os poderosos dos governos não suspeitavam – e quem sabe sequer os líderes do governo invisível suspeitavam – que com essa abertura de leve, as portas iriam se escancarar, favorecendo as patifarias de certos notórios ETs vampiros, de certas larvas, de certas "máquinas" ávidas de sangue. Muitos estudiosos do assunto sabem que esses acordos não somente permitiram que alguns ETs, e que depois se revelaram insidiosos, se instalassem no nosso meio, como inclusive lhes foi concedida certa liberdade para fazer as experiências que lhes conviessem, em troca de favores e avanços técnicos. Esses mesmos ETs, aliás, velhos aliados do Governo Invisível ou clandestino, sempre estiveram aí. O que faz pensar então que tais coisas já vinham acontecendo há muito tempo, só que de modo mais brando e bem disfarçado. As velhas bruxarias e os diabos teológicos levavam a culpa. Tais ETs nos tempos que correm, infelizmente, estão exagerando na medida. Ninguém mais os segura. Entrementes, o que o Governo Invisível está fazendo com suas Alternativas l, 2 e 3, com sua franca

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difusão das drogas, com o contrabando de armas sofisticadas, com corrupções generalizadas, com desgovernos provocados no terceiro mundo, com inflações totalmente camufladas, com recessões, com misérias agudas, com fome generalizada como as da África, com futuras leis marciais etc. etc. isso meu amigo é muito pior.

RF – Duas raças supostamente extraterrestres, os reticulianos e os rigelianos (além dos reptilianos) estariam atrás dessas operações e acordos secretos. Quem te garante que sejam elas mesmas as que estão fazendo tudo isso?

EB – As palavras reticulianos, rigelianos, reptilianos, e até mesmo procionianos (ou tipo humano, nórdicos) foram inventadas pelos homens, por certos estudiosos de Ufologia. Não sei quantas raças de ETs nefastos existem, mas um tipo cinzento, e que o homem chamou de reticuliano, é o que geralmente prevalece quando se trata de descrever horrores e circunstâncias desagradáveis na Ufologia. Suspeito que dentre as centenas de tipos de ETs já vistos – (vistos pelo conhecimento indireto e enganador do homem e, portanto, ETs mal descritos; ou quem sabe, alienígenas que nos enganam por causa de nossa precariedade perceptual) – possível seria formar três grupos, sem cair no maniqueísmo do bem e do mal, ou seja: os benevolentes, tolerantes e que talvez tentem nos ajudar (os procionianos, quem sabe!), Os neutros e que às vezes se confundem com máquinas, robôs, andróides, clones, e os nefastos que precisam nos vampirizar e sugar tudo o que fortaleça e garanta a sobrevivência deles… Temo que estes últimos sejam a maioria… O relatório Matrix aponta os reticulianos, os rigelianos e os procionianos como sendo os extraterrestres que mais nos visitam e atuam no nosso meio. Suspeita-se também que as potências mundiais do primeiro mundo foram levadas a fazer acordos com reticulianos e rigelianos,. Os procionianos ou os tipo venusino de George Adamski sempre foram rechaçados pelos governos em geral, não se sabe porque e sempre foram vistos como seres criados pela imaginação humana. (É que esses tais se confundem com os alemães, e, por conseguinte com os nazistas que fugiram após a WW2). Adamski, no caso, era o pai dessa imaginação, com propensões místicas. É claro que atrás desse rechaço forçado e imposto estava o próprio Governo Invisível… Por outro lado, levando em consideração os diversos relatos e raptos acontecidos, as vítimas geralmente ou descrevem extraterrestres tipo reticuliano, ou senão tipo rigeliano, mas estes bem menos, reforçando sobremaneira a tese das experiências terríveis que tais alienígenas estariam levando a

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cabo com homens e animais. Por outro lado, não se tem notícias de encontros com procionianos (ou tipo venusino) e que para o contatado tenha resultado em violências e traumas… Posso estar enganado, pois não é possível memorizar todos os contatos de terceiro, quarto e quinto grau que já aconteceram com ETs, no mundo inteiro.

RF – Esses reticulianos e rigelianos teriam eles entrado no cenário terrestres somente após a Segunda Guerra Mundial? Ou melhor dito, somente depois de 1947?

EB – Ai amigo, indiretamente estás me obrigando a tocar num assento delicado. Bem, lá vai, paciência! De fato, certas coisas precisam ser ditas! Como antes sugeri, muito antes de 1947, digamos milhares de anos atrás, certos membros ativos do que hoje mal se suspeita existir como governo invisível já eram aliados de certos extraterrestres. Quero crer que eram aliados de ETs nefastos. Só que estes dificilmente se faziam presentes na superfície do globo. A modo de dizer, viviam invisíveis ou semi-invisíveis em planos imediatos ao plano-Terra. Eles, tranqüilamente sempre efetuaram o comércio do troca-troca… Ou seja, certos bruxos, certos religiosos de mau caráter, sempre estiveram fazendo sacrifícios, geralmente sanguinários, sempre praticavam rituais a favor de tais ETs e que eram vistos como pretensos santos, deuses, guias, líderes de falanges, de egrégoras etc. E estes, em troca, obsequiavam favores e poderes para os seus eleitos, escolhidos ou ritualistas. Talvez alguns do Governo Invisível atuassem assim e tirassem proveito disso. Assim que os pactos ou acordos entre ETs nefastos, necessitando de sangue, hormônios, órgãos, humores, sentimentos, emoções dos seres vivos já são bem antigos. Eles sugam tudo.

RF – Por que razão esse acordo entre ETs cinzentos e grandes Potências, direcionadas por um pretenso governo invisível só foi posto em prática mais intensamente nos últimos anos, digamos, após a Segunda Guerra Mundial.

EB – Vou contar uma piada que parece verdade ou uma verdade que parece uma piada. Conforme ensina a tradição milenar e o próprio Apocalipse, milhares de anos atrás houve um terrível confronto de ETs no céu, confronto que se refletiu na superfície terrestre, de modo catastrófico. Um grupo de ETs benevolentes ou da Luz, capitaneados por alguém, e obedecendo ordens do Centro da Vida, vieram dispostos a eliminar (ou a expulsar) dos céus e da superfície da Terra o Demiurgo usurpador, e seu 1/3 de estrelas (ou ETs nefastos, asseclas, seguidores

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ou até mesmo outros demiurgos mais). Este Demiurgo usurpador, tomando o lugar do Absoluto, do Ser Primevo, do Deus Pai-Mãe, muito antes fez-se passar pelo deus único, criador do céu e da terra, e que todos deviam obedecer e temer. Em verdade sempre foi e é um farsante, um Titã inimigo dos homens. E tal como conta o Gênesis, em que Abel é atraído para fora por Caim e depois é traído e morto, esse mesmo líder e seus ETs de boa vontade, de algum modo, foram enganados pelo Demiurgo. Tiveram que parar de guerrear contra as hordas do Demiurgo, porque quem estava sendo prejudicado, como de hábito era o homem da superfície terrestre. E, bloqueados, não puderam voltar às suas origens. Para evitar o pior, "esses ETs benevolentes tombaram na superfície terrestre", em pontos especiais e se esconderam por um tempo ou Era. Esses mesmos que se esconderam em algum lugar da terra, como os tempos haviam chegado, por amor ao homem, resolveram reaparecer na superfície. Determinados extraterrestres não derrotados, mas que por força das circunstâncias se ocultaram em mundos subterrâneos e plataformas submarinas, simplesmente resolveram voltar. Juntamente com o retorno à superfície desses, também voltaram a aparecer outros ETs cósmicos, Filhos da Luz, que se situavam muito além do escudo isolador que o Demiurgo havia levantado ao redor da Terra. Com esse aparecimento repentino de ETs positivos do muito além, e os aqui escondidos, o Governo Invisível ou clandestino se apavorou, pois estes, mais, digamos os reticulianos do além, aliados destes, eram inimigos milenares de todos esses outros ETs provavelmente positivos e inclusive inimigos da própria humanidade, que por eles todos sempre foi considerada um pasto aprazível.

UFOLOGIA - TRÊS PERGUNTAS BÁSICAS DA UFOLOGIA MODERNA

1. Há acordos entre ETs e autoridades terrestres? 2. Até que ponto os governos da terra escondem os segredos da

ufologia? 3. A problemática ufológica estaria inserida numa grande

conspiração universal?

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Segunda Versão das Três Perguntas Básicas da Ufologia

(A primeira versão, praticamente igual à segunda, só se

conseguia por um email, que se perdeu. A Terceira Versão é a que saiu ou foi publicada na Revista UFO número 74, e para meu desagrado e surpresa, saiu completamente distorcida e deformada. Depois disso fiquei ressentido com a Ufologia dita oficial, porque alguns, que são “os cabeça” em tal ufologia oficial, estão com a alma vendida ao diabo (ou à anti-humana raça que tudo proíbe, ou senão tudo distorce, tudo mente e tudo deforma). Aqui então vai a segunda versão que é igual à primeira.

"Atualmente, muitos são os questionamentos e dúvidas que tem se levantado e que envolvem a problemática ufológica. Respondê-los não é tão simples quanto parece, e tampouco a resposta pode ser tão rápida, pois são necessários argumentos plausíveis e uma reflexão sistemática sobre o assunto. Um dos mais polêmicos destes questionamentos é o possível acordo entre os ETs e as autoridades terrestres do primeiro mundo. Nisso, minha resposta é totalmente intuitiva ou até mesmo instintiva, e digo sim, há e houve. E se tais acordos foram realmente realizados, eles são totalmente irregulares e inconstitucionais para qualquer país dito democrático. Ou seja, foram arquitetados em segredo por autoridades de determinados governos, digamos, russo, inglês ou o norte-americano, juntamente com certos tipos de ETs, somente, digamos os greys ou alfa-cinzentos, também conhecidos como reticulianos, rigelianos e principalmente REPTILIANOS. É por isso que esses acordos precisam ser mantidos em segredo pelos governos humanos interessados, é claro, em avanços tecnológicos, ou senão em troca de algo mais. Quem melhor tira proveito dos reptilianos atualmente é o governo invisível (ONU, Otan), mas nem tanto.

Outro dado que fundamentaria o fato de os UFOs terem se tornado segredo teria ocorrido em 1933, quando Adolf Hitler assumiu por eleição o poder na Alemanha, com maioria absoluta dos votos. Na época e naquele país, também começaram a aparecer indivíduos estranhos, peculiares, e também começaram a surgir aparelhos esquisitos, estranhos objetos, além de enigmáticas presenças individuais físicas ou psíquicas. Estas últimas eram complementadas por revelações que tipos incomuns e provindos não se sabe bem de onde forneciam. Já

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em 1935, na Alemanha, esses aparelhos bizarros começaram a assumir o aspecto de objetos voadores circulares. Tudo leva a crer que os discos voadores dessa época foram aparentemente construídos pelo gênio alemão ou senão inspirados por seres de outras latitudes, situações, dimensões e até mesmo, como diria a Astronomia, eles provinham de outras estrelas e galáxias, como Aldebaran. Atualmente, as evidências e provas a respeito desses fatos que aconteceram no domínio do Terceiro Reich não são poucas. Podemos nos informar através da Internet (há diversos livros e reportagens a respeito), ou através de uma literatura chamada revisionista e tida como maldita.

Em face da aproximação de certos nacionais socialistas com hipotéticos extraterrestres de Aldebaran, digamos, ou até mesmo com seres interdimensionais da Hiperbórea, alguns governos do mundo ocidental (USA, URSS) viram-se obrigados, vamos dizer, a aceitar a presença de outros alienígenas estranhos, outros tipos de ETs e realizar acordos secretos com eles já na década de 1930-40.

Os fortes Governos atuais escondem e esconderão as verdades ufológicas até o limite máximo que puderem, pois eles estão comprometidos com os acordos secretos que tiveram que fazer. Além disso, heresia das heresias, os aparentes vencedores da Segunda Guerra Mundial jamais quiseram admitir que uma Alemanha da época ou em plena Segunda Guerra Mundial teria alcançado um grande avanço na construção de discos voadores tipo Vrill, Haenebu I, Haenebu II, Haenebu III, VII, Andrômeda etc, isso por iniciativa própria, ou quem com a com ajuda alienígena. Os aliados tampouco se conformaram com o fato de que todos esses discos, logo após o pretenso fim desse conflito, simplesmente sumiram, desapareceram ou foram se esconder no Pólo Norte, conforme relata e indiretamente sugere o coronel e ufólogo Wendelle Stevens, em seus avistamentos da época. Só que ele jamais falou em UFO alemão, apenas estranhou que o governo norte-americano empenhasse tantos aviões de guerra na vigilância da área do Alasca, Pólo Norte, logo após o término do conflito. Tais discos voadores talvez tenham também se escondido num local secreto do território argentino (Serra de Mendonza, de Córdoba), ou até mesmo no planalto brasileiro (nos restos da antiga Civilização de Akakor). Alguém sabe que algumas pequenas tribos brasileiras foram dizimadas só porque os índios que as constituíam falavam alemão ou senão possuíam algum revólver ou metralhadora alemãs. Alguém tente me explicar os verdadeiros motivos do assassinato de Karl Brugger, autor do livro Crônicas de Akakor,

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proibido no Brasil, sempre que não sejam as desculpas forjadas pela polícia. Que me explique a morte do bispo do Acre que, a pedido de alguém, levou alguns segredos de Akakor para o Vaticano, e sem querer entrou na história. Tais pressupostos ufos nazistas ou germânicos podem também ter ido parar nos Andes (en la Ciudad de los Césares), no Pólo Sul, refugiando-se numa eventual Terra Oca e unindo-se aos sobreviventes ou remanescentes de outras antigas e secretas civilizações terrestres, atualmente escondidas nesses mundos.

Hoje todo bom historiador sabe que mais de 120 extraordinários submarinos alemães, os mais avançados e modernos possíveis da época, um pouco antes de aparentemente terminar a Segunda Guerra Mundial simplesmente desapareceram do mapa. Tais submarinos podiam carregar muita gente – muito mais que cem pessoas –, além de transportar outros aparelhos, submarinos e discos voadores desmontados. Esses submarinos do tipo U-23, serviram inclusive como cargueiros, transportando material bélico e de primeira importância da Alemanha para o Japão e vice-versa, entre 1943 e 1945. Tal debandada de submarinos moderníssimos com eventuais discos desmontados fundamenta o fato de que os vencedores; em suas conquistas das bases secretas dos germânicos, situadas no próprio território alemão, ou senão na Tchecoslováquia ou também na Noruega conquistada pelos alemães, etc. jamais se depararam com restos de discos voadores nazistas, malgrado tenham se encontrado com milhares de maquetas, plantas, desenhos, modelos, estudos, gráficos de discos. Nesse ponto, o serviço de inteligência alemão, que ainda vingava antes do término do conflito, só permitiu que americanos, ingleses e russos, pretensamente vencedores, conhecessem como se construíam as convencionais bombas voadoras, V1 e V2. Nem o tão louvado Werner Von Braun, construtor das bombas voadoras alemãs e dos primeiros foguetes espaciais americanos, conhecia nada a respeito dos discos voadores ou dos Haenebus germânicos.

Outra heresia, os alemães, pretensamente derrotados em 1945, desde 1935 ou um pouco mais tarde, já construíam discos voadores inspirados por seres estranhos, que ainda hoje seriam os habitantes da Terra Oca, cujas entradas bem disfarçadas se encontram nos pólos, como a própria Agência Espacial Norte-Americana (NASA) e demais autoridades mundiais sabem. Tudo o que estou escrevendo consta na Internet. É só saber procurar.

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Os alemães foram derrotados sim, em seu próprio território, mas é de se crer que continuaram e continuam lutando de um modo completamente diferente, nos céus e nos mares da Terra, derrubando, quem sabe, discos voadores de ETs nefastos, aliados de um Governo Invisível, ou senão até mesmo derrubando caças ou aviões de guerra norte-americanos, ingleses, russos etc, como tem acontecido.

(Heresia, heresia, que horror!) E como a Segunda Guerra Mundial pode não ter terminado, e certos alemães ainda estejam lutando nos ares e nos mares com seus discos voadores, então esta última é a mais terrível verdade que os governos dos Estados Unidos, União Soviética, Inglaterra, França, Israel tinham e tem que resguardar ou esconder a todo custo! Afinal, material e literalmente falando, eles eram vencedores daquele conflito.

Em 1947, o almirantes Richard Evelyn Bird e o contra-almirante George Dufek, com uma frota constituída por treze navios de guerra, aviões especiais, veículos armados e quatro mil e setecentos homens especiais, selecionados e preparados para tal missão foi para o Pólo Sul. A frota era constituída pelo navio capitania Mount Olympus, por um navio guarda-costas e rompe-gelo North Wind, pelo destróier Browson, por uma nave-mãe ou porta hidroaviões Pine Island, por um petroleiro Canisteeo, por um submarino Sennet, por um cargueiro, Yanksey, por outro porta hidroaviões Curituk,, pelo petroleiro Cacapon, pelo destróier Henderson, pelo rompe-gelo Burton Island, pelo porta-aviões Mar de Filipinas e pelo cargueiro Merrick.. – Todos eles invadiram a Antártida, bem na zona alvo e tentaram ir até o ponto onde os alemães presumivelmente haviam se escondido, num território que os germânicos em 1938 haviam demarcado e que chamaram Nova Suábia. No entanto, americanos, (parece que havia também ingleses, australianos, e outros mais), após uma semana de tentativas e lutas, foram derrotados e tiveram que sair de lá, correndo, depois de perderem quase todos os aviões, muitos homens e veículos. O almirante Bird, desconsolado, declarou ao jornal El Mercuryo, de Santiago do Chile, que a terceira guerra mundial poderia começar e se concretizar a partir dos pólos, devido aos estranhos veículos voadores, aviões ou discos que por lá apareciam e circulavam nos céus da Antártida e do Pólo Norte. Por causa de sua sinceridade e por causa declarações como essa e outras mais, o almirante Bird acabou seu dias num respeitável hospício (casa de saúde) norte-americano.

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O honrado e respeitável general Mac Arthur, norte-americano, e governador do Japão rendido e derrotado, na mesma época 1947-1951, depois de ser destituído do cargo pelo presidente Truman também declarou publicamente que a Terceira Guerra Mundial poderia começar não por causa dos russos, mas por causas dos discos voadores, e que na época ainda eram bastante desconhecidos... E a propósito, poucos sabem que o Ano Geofísico Internacional de 1951 e1952, com a exploração da Antártida, foi um embuste total, coroado pela explosão de três bombas atômicas americanas lançadas sobre a hipotética entrada da Terra Oca. Bombas previamente redirecionadas pelos estranhos inimigos e que explodiram depois no céu, em 1958, e resultaram no buraco da camada de ozônio.

A culpa, conforme a ciência, coube aos sprays, num ponto do globo totalmente desabitado, onde não se usava sprays. Pois sim

Atualmente, por exemplo, pôde-se suspeitar com fortes evidências que o famoso disco alienígena caído (por vingança) em Rooswell, em 2/7/1947, em verdade foi derrubado. E antes desse, caiu também outro disco voador em 6 ou 7 de junho de 1947 em Socorro, no Novo México, (ver Revista UFO número 40 de Outubro de 1995), portanto um mês antes, do qual saltou fora o pretenso cadáver do ET de Santilli, com seis dedos, e que todo o mundo foi obrigado a considerar, pela mídia enganadora, como um ET falso, como um mero boneco, uma falsa revelação, quando nenhuma dessas negações eram verdadeiras ou tinham fundamento. Santilli, sem dar-se conta, não apresentou o alienígena de Rooswell que era um tipo alfa cinzento, mas sim apresentou uma ET quase ser humana, com seis dedos nas mãos e nos pés, iguais aos habitantes de mundos subterrâneos da zona do antigo Império de Akakor, e também das bases secretas dos Anunakis, no Irak e Iran. O Governo norte-americano abafou com todo rigor a queda do UFO em Socorro, coisa que voltaria a fazer, logo após, em Rooswell. Depois todos os demais governos do mundo inteiro, e o americano em primeiro lugar, desmentiram as possibilidades de autenticidade do filme. Repito, o primeiro e pretenso ET de Santilli, projetado em todas as TVs do mundo, tinha seis dedos nas mãos e nos pés, igual aos que os ETs fundadores e habitantes de Akakor (Brasil) apresentavam, cujos cadáveres ainda estão muito bem guardados, conforme relataram Tatunca Nara e Karl Brugger em seu livro “Crônicas de Akakor”. Há um caso na casuística ufológica mundial, conhecido como O Caso Torper e relatado por Fábio Zerpa, em sua revista Cuarta Dimension, de

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Buenos Aires, em que tal revista fala de ETs atualmente escondidos no Brasil Central, completamente humanos e que apresentavam seis dedos nos pés e nas mãos. Não eram inimigos dos homens nem maltrataram a Sra. Torper, a contatada

A queda do disco voador de Rooswell veio a público sim, mas por descuido e por acaso, e foi imediatamente abafada, porque as autoridades militares da base aérea de Rooswell não sabiam nada do que havia acontecido a mais de 100 quilômetros de distância de Rooswell ou nas proximidades de Socorro. O quase histórico, mas sempre desmentido disco de Rooswell teria sido abatido por um ou mais discos voadores terrestres. Isso porque, é de se crer que segundo o ponto de vista dos habitantes da Terra Oca ou hiperbóreos, dos ETs de Aldebaran, (de ETs de Akakor?) e dos próprios alemães tal UFO era tripulado por ETs greys ou cinzentos, inimigos da Humanidade, como de fato estes últimos parecem ser. Conta um fazendeiro da região, que antes de cair tal UFO houve uma tempestade de relâmpagos ou raios secos no local.

No que se refere ao término da Segunda Guerra Mundial, algumas perguntas continuam sem resposta, como, por exemplo, saber a razão dos antigos aliados não terem concedido um tratado de paz à Alemanha atual e, grosso modo, ainda continuarem tratando esse país como se estivesse em guerra, mesmo que só algo ou alguns desse país ainda estejam guerreando e de modo secreto? (A meu entender, isto é pura especulação). Por que a República Federal Alemã, hoje unificada e totalmente submissa aos seus vencedores, tem horror à palavra Deutschland ou Grande Alemanha. (E esta Alemanha antiga incluía a Nova Suábia da Antártida em sua cartografia, e isso foi eliminado. Hoje se persegue quem sabe disso). É claro que não é a Alemanha do Mercado Comum Europeu ou da Europa atual a que continua em guerra, mas sim, abusando das palavras e exagerando, uma pequena extensão desse país, algo estranho e secreto, e que talvez tenha conseguido sobreviver ao término do segundo conflito mundial. E por incrível que pareça, esse algo secreto tinha um território próprio no Pólo Sul, chamado Neu Schwabenland, conquistado por uma expedição científica alemã em 1938. Depois da derrota do almirante BIRD, a Nova Suábia foi profundamente investigada no Ano Geofísico Internacional, e muito depois também. Mas isso não obteve resultados expressivos algum, salvo o buraco na camada de ozônio, atribuído ao gás liberado pelos sprays, no hemisfério Norte e que foi atingir o hemisfério Sul, ou

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Antártida, Terra do Fogo, Patagônia etc., quase que totalmente desabitadas. Amigos, tudo o que estou dizendo consta nas páginas da Internet, onde certos bandidos não conseguem aplicar a sua censura. É preciso saber buscar.

Quando certos seres de outras latitudes, dimensões e situações resolveram se aproximar dos alemães e, quem sabe, com eles se aliaram para a fabricação de discos voadores, muito provavelmente elementos do Governo Invisível invocaram seus aliados, seus iguais, ou seja certos ETs de outras latitudes, de outras dimensões, ETs reptilianos, cinzentos e não terrestres esses que agora já não podiam mais se disfarçar de anjos, santos e demônios, como vinham fazendo ao longo dos séculos. E já nas décadas de 1930 e 1940, tal Governo Invisível exigiu que alguns figurões do Governo norte-americanos hospedassem tais seres não humanos e agora materializados em seus próprios territórios. O objetivo era que, quando fosse o caso ou em algum momento, os reptilianos e greys fizessem frente aos avanços tecnológicos e ufológicos dos alemães e também à misteriosa ciência daqueles seres nórdicos que estavam apoiando o gênio alemão. Tais ETs de outras dimensões tipo alfa-cinzentos e reptilianos, ao que tudo indica, quando vieram para o nosso meio acabaram sendo escondidos e hospedados em bases subterrâneas secretas dos desertos dos Estados Unidos, principalmente junto a tribos indígenas norte-americanas, e isso tudo à revelia do senado e congresso norte-americano. E quem sabe até mesmo à revelia do presidente Franklin Delano Roosevelt, embora alguns entendidos acreditem que este presidente (1932-1945) sabia das coisas, malgrado suas pretensões de ingenuidade e inocência.

É neste ponto que eu encontro uma razão mais forte, e não somente artística, de um gênio tipo Orson Wells apresentar de uma maneira magnífica e até excessivamente realista a Guerra dos Mundos de H.G.Wells, numa transmissão rádio-teatral em 1938. Acredito que por meio da transmissão dessa novela rádio-teatral, certos figurões dos Estados Unidos e do Governo Invisível testaram o povo norte-americano, para ver até que ponto as pessoas estavam prontas para receber a visita de ETs e com eles conviver, e isso já em 1938. O resultado foi negativo, catastrófico, pois não poucas pessoas se mataram ou simplesmente morreram de susto. O pânico provocado daí em diante, e por tal transmissão se transformou num motivo capital para não permitir que o povo em geral conhecesse os segredos dos UFOs, supostamente provindos de outros mundos, com seus respectivos

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tripulantes horrorosos, pois assim os descreve H. G. Wells. Estes acabaram sendo vistos como uma alucinação, como alegava hipocritamente o presidente Dwight D. Eisenhower, já que ele pessoalmente havia se confrontado com os cinzentos, numa base aérea de seu próprio país.

O Governo Invisível, e que sempre mandou no mundo inteiro, além de na década de 30 obrigar os Estados Unidos a esconder e hospedar determinados seres, também induziu seus fiéis vassalos da Inglaterra, do Canadá, União Soviética, França etc. a que fizessem o mesmo, ou seja, que fizessem um tratado ou acordo secreto com tais ETs, futuros hóspedes. E logo após o segundo conflito mundial, esses acordos secretos quase vieram à tona, como aconteceu, por causa dos acidentes de OVNIs em Spitzberger, 1945, em Socorro, Roswell, Madalena, Aztec e outros mais, 1947-1948. Na época, o presidente Harry Salomon Truman ordenou a criação imediata do grupo de estudo e supervisão Majestic-12 ou MJ-12, e do Projeto Sign, Grudge e Blue Book. Foi criada também a Agência Central de Informações (CIA), que inicialmente surgiu com o objetivo exclusivo de investigar os UFOs e depois se transformou numa poderosa agência de espionagem. Além dela, surgiu também a National Security Agency (NSA) que, além de espionar todas as comunicações e interceptar todos os meios de comunicação, é o mais rico e poderoso serviço de espionagem do mundo, ironicamente chamado serviço de inteligência. Tudo isso foi criado para impedir que a verdade ufológica se tornasse evidente, transparente e claramente conhecida. Atrás de tais verdades havia muitas lebres. Além dos Estados Unidos, alguns dos países supracitados viram-se também obrigados a construir bases, quem sabe depois de 1945, além de obsequiar vantagens e permitir a ETs nem tão bonzinhos que caçassem, raptassem ou abduzissem seres humanos e animais, para fins escusos. Lamentavelmente só muito mais tarde as atividades anômalas de tais hóspedes ou ETs vieram à tona, e iriam se revelar horrendas.

Por outro lado, admitindo como verdadeira ou até mesmo válida a aliança dos alemães com ETs, (não tenho certeza nenhuma disso), não se têm notícias de que algo tão inconveniente e pavoroso; como as abduções, os raptos, as terríveis experiências laboratoriais tenham acontecido com os habitantes da Alemanha, por causa de seus eventuais aliados, os extra-dimensionais (hiperbóreos) e extraterrestres (Aldebaran).

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É claro que a hospedagem desses ETs, sejam quais forem, neutros, bonzinhos ou maus, se deu em virtude de uma troca de favores, como por exemplo, avanços tecnológicos para certos homens. Mas tal troca também resultou em liberdade de ação e de alimentação para alguns outros ETs nefastos. Assim que, enquanto os alemães e os misteriosos seres de Aldebaran ou da Hiperbórea trabalhavam em seus discos voadores tipo Vrill, Haenebu, Andrômeda etc., certos americanos, só certos, juntamente com o Governo Invisível e os ETs alfa-cinzentos, reptilianos trabalhavam de outro modo, quem sabe para pior. Por favor, tudo isso é só cogitação, pura cogitação…

Em setembro de 1939 foi deflagrada a Segunda Guerra Mundial. Essa guerra terrível e vergonhosamente sanguinária não foi somente uma guerra entre homens, mas sim também entre homens e ETs, entre ETs contra ETs. E quem sabe seja por isso que certos Governos da Terra se vêem obrigados a esconder as verdades ufológicas. Esta seria a segunda e terrível possibilidade: ter que esconder custe o que custar, o afloramento de um terrível e antigo conflito cósmico, entre ETs e homens… Por sua vez, o tal Governo Invisível, que existe de fato, nunca foi aliado nem dos eventuais habitantes da Terra Oca ou Hiperbórea, nem dos hipotéticos seres de Aldebaran. Ao contrário, possivelmente tal Governo Invisível sempre foi e é um inimigo feroz de todos aqueles seres que tentassem vir de outras latitudes, ou daqueles que não se enquadrassem dentro do establishment, dirigido por privilegiados do Primeiro Mundo, ou senão por uma ex-Sociedade das Nações, por uma Organização das Nações Unidas (ONU), nem sempre louvada, por sociedades secretas e fraternidades pretensamente brancas, mas que em verdade são mais negras que o breu da noite escura.

E assim como tal Governo Invisível nunca foi aliado de ETs benevolentes, de entes estranhos e bons respeitadores das Leis e da condição humana, tampouco eram amigos do mandatário da Alemanha e de seu povo, e muito menos de um Hitler hoje visto como monstro. De qualquer modo, e isso é história que ninguém apaga, convém salientar que, já em 1933, quando esse político e estadista ganhou as eleições por maioria absoluta e foi nomeado chanceler e depois presidente daquele país, cabeças do Governo Invisível, sediados em Nova York em 1933 declararam guerra econômico-mundial à Alemanha.. Pelo jeito, o tal monstro, com seu fantástico modelo econômico que abalou o mundo da época, não compactuava com tal Governo Invisível.

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Quanto à problemática ufológica, podemos dizer que está inserida sim numa Grande Conspiração Universal. Esta se traduz como uma subjugação e manipulação muito antiga da Humanidade em geral, e que envolve extraterrestres, extra-situacionais, seres de outras dimensões, seres humanos comuns, heróis, semideuses, deuses, além de um Demiurgo ou falso deus – deus usurpador que a maioria adora como o Altíssimo, sendo apenas um monstro – e finalmente envolve o próprio Inefável, Altíssimo, o Deus Vivo, o Absoluto, e sua Manifestação perfeita. Esta Manifestação Perfeita do Deus Vivo, a nossos olhos parece defeituosa. Mas a falha está em nós e não nela. O defeito ou a precariedade perceptual dos homens foi introduzido pelo deus abjeto (Demiurgo) sob a forma de um psicologismo distorcedor, que é o ego-pensamento. Ademais, devido à orquestração que seres nefastos da Grande Conspiração há muito tempo impuseram aos homens, todos nós acreditamos que a vida, o mundo e o Universo foram criados milhões ou bilhões de anos atrás por um pressuposto deus-persona barbudo, que se parece com o Demiurgo, mas que nada tem a ver com o Deus Vivo e Autêntico. E senão isso, tudo teria sido criado pelo deus acaso da Ciência, dando-se a seguir o tal de Big Bang, bom para nada. Este falso começo de Universo, mundo e Vida em verdade nunca aconteceu. Nem o pretensamente divino (Demiurgo) nem o torpemente casual e materialista da Ciência.

Por conseguinte, não há um Universo científico criado por um falso deus ou criado pelo acaso científico. Em seu lugar, há isto sim, um Cosmos verdadeiro que, ao invés de buracos negros, nebulosas, galáxias, sistemas solares, planetas e satélites, asteróides destruidores, apresenta situações existenciais, centros de vida, fluxos, planos vitais, que chegam até nós sob o aspecto de pontos luminosos mal interpretados, dos quais centros de vida podem perfeitamente provir os discos voadores, daí eu falar em extra-situacionais. No modelo de Universo científico a existência de UFOs não cabe, principalmente se feitos de matéria bruta ou máquinas pesadas e retrógradas do tipo Star Trek e forjadas pelos homens. A Ciência forjou um universo no qual os UFOs simplesmente não podem existir. De sua parte, os discos voadores em si não são sempre e necessariamente máquinas. Às vezes são entidades vivas, como parece já foi constatado na área 51, mas os norte-americanos não quiseram entender. Estes Seres Vivos podem perfeitamente se transmutar em máquina de todo tipo, com tripulantes aparentes e outras coisas mais. E assim, como elas parecem ser

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gigantescas naves voadoras, no momento seguinte se transformam num ser vivo arredondado ou num ponto luminoso, lá longe.

Conforme tenho exposto e denunciado em todos os meus livros, hoje já é possível desconfiar que nunca houve o começo de coisa nenhuma. Na verdadeira vida nada dura ou nada é sempre o mesmo ego-ser, permanecendo sempre igual. Em verdade, tudo pulsa e muda a todo momento. Os discos voadores têm exatamente essa natureza, têm essas peculiaridades. De sua parte, lamento dizê-lo, mas a pretensa matéria, energia, plasma, espaço e tempo do Universo e mundo científicos são um perfeito faz-de-conta, são um embuste, são uma aparência conveniente, são uma ilusão. O que existe ou aparece é uma falsa objetividade envolta por infinitos véus de Maya (aparências). E aqui, outra vez, a maneira de ser e de atuar dos discos voadores, para quem os conhece bem e em profundidade, dá-me a razão, com a qual jamais me vanglorio. Não há pasta material ou matéria bruta e organizada, por meio das quais se faria ou se montaria discos ou aparelhos voadores e seus respectivos tripulantes, com corpo biológico e tudo mais. O que há, a caro custo, é um vácuo aparente, um vazio-pleno surpreendido pela Física Quântica Ondulatória, e pela Física Eletro Magnética Escalar, vazio esse que vira um corpo denso, ou volta a ser exatamente o que era antes: Vazio-Pleno. Ele está além das aparências: ou seja, é um vazio-pleno ou uma essência espiritual.

Os discos voadores são exatamente assim. Esta não é nenhuma imposição, tampouco é um delírio, é apenas uma sugestão. Eles violam todas as Leis e pretensões e da Ciência. Em verdade, a Ufologia é um escândalo para a Ciência. E para um Governo Invisível, a Ufologia é como um espinho encravado que, mesmo que doa até os limites máximos do suportável, tem que ser arrancado e negado custe o que custar, pois os ETs nefastos e aliados desse Governo também se valem dos discos ou de naves similares. Talvez os únicos UFOs que não se apresentam tão etéreos ou abstratos assim sejam exatamente os eventuais Haenebus, Andrômedas, Vrills etc., construídos pelos alemães.

Aqui vai outro escândalo: já em 1943 os Haenebus e Andrômedas teriam conseguido chegar na Lua, em Marte e em Vênus, ou pelo menos teriam chegado naquilo que, mal pensando, acreditamos ser tais planetas e satélite. Daí também, conforme denuncia e aponta a Alternativa 3, (por causa do qual segredo ou alternativa muita gente já morreu), os três antigos compadres, ou seja, norte-americanos,

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soviéticos e ETs nefastos malignos já teriam mandado naves para a Lua em 1958, com tripulantes humanos e tudo o mais, e que foram caçar aqueles hipotéticos precursores terrestres. E isso bem antes dos americanos, a modo de dizer, chegarem oficialmente na Lua em 1969. Daí também e inclusive o empenho da NASA em querer destruir e silenciar os hipotéticos inimigos situados até fora da Terra ou situados na Lua e em Marte.

De mais a mais, nunca houve um começo da raça humana a partir do macaco ou algo parecido, nunca houve uma torpe evolução das espécies com a sobrevivência do mais forte. Em lugar disso, há apenas um Surgir da Vida em estado quase perfeito. Esses hipotéticos começos de tudo foram idealizados pelo homem primitivo, com suas manias teológicas, primeiramente e depois científicas.

Todas essas sugestões, colocações fazem parte do esconde-esconde da Grande Conspiração. Portanto, é bom que se saiba que não há tempo, e sim apenas um Agora ou Momentos em constante renovação. Não há espaço e sim apenas um Aqui ou um espaço peculiar que se estende e não se estende e que, concomitante ao tempo, também se renova a todo o momento. Não há matéria nem energia, mas há um vazio-pleno, que se torna denso e parece materializar-se. Disso o próprio Einstein e Stephen Hawking suspeitavam e suspeitam. Tudo é Consciência ou Espírito. Nada persiste, tudo se renova, por isso nada pode ser descoberto. Até a própria Ciência nada descobre; apenas engendra, forja, recria, extrojeta, materializa e faz magia. Nada é sempre a mesma coisa, tudo é sempre outra coisa, outro ser. Nada é só material ou é só espiritual. Tudo é o que é. Nunca houve criação no espaço e no tempo, graças a uma energia, matéria ou plasma, Mas há somente uma Manifestação Primeva que se dá sempre Aqui e Agora, graças ao Deus vivo, ao EU SOU e tal Manifestação é uma eterna novidade. Amigos me suportem no que digo, mas os UFOs, autênticos vêm exatamente desse outro Cosmos-Novidade; e não de planetas ou orbes do Universo científico. Os discos voadores são exatamente não materiais, não energéticos, não espaciais, não temporais, não plasmáticos. São o que são, como tudo, aliás. Por isso são tão surpreendentes, imprevisíveis, praticamente não capturáveis, indecifráveis para nosso intelecto e impossíveis de se aprisionar com garras, mãos do corpo ou armas especiais, que são extensões desse mesmo corpo ou faz-de-conta.

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Amigos, todas essas informações plausíveis se encontram na Internet e nos foram escondidas por desonestos tutores e mentores humanos e pelos cabeças do Governo Invisível.

Esse Governo manda inclusive na atual maior potência do mundo, os Estados Unidos, e é constituído por aqueles que chamo de uns poucos – bem poucos – e que constituem a anti-raça humana, os quais são também senhores de praticamente o mundo inteiro. São donos de todos os bancos, ouro, dinheiro, diamantes, matéria-prima, energia, meios de comunicação, grãos, remédios, grandes indústrias e comércios. E agora querem mercantilizar inclusive, a água e o ar que a Vida nos obsequia gratuitamente. E mesmo assim, esses tais são uma minoria, que há muito tempo, não quer que o homem comum descubra suas outras origens e seu destino verdadeiro. Não quer que o homem conheça o que é a vida, a morte, o que é a objetividade não científica, não religiosa, não filosófica das coisas e que chamamos mundo.

Há milhares de anos, ou quem sabe centena de milhares de anos, por aqui estiveram certos Filhos da Luz ou ETs positivos e benevolentes que quiseram libertar os primordiais filhos e filhas da Terra de sua triste sorte, já que a raça humana só servia de pasto ou alimento para um Demiurgo infame e seus diabólicos servos e aliados. E para tal, esses ETs ou Filhos da Luz, violando sua própria natureza superior, criaram para si mesmos um arremedo de sexo e copularam com as filhas da Terra, numa tentativa de que elas, ao receberem a semente divina, gerassem uma descendência diferente, com espírito. Uma geração que não mais continuasse sendo pasto para uma besta selvagem. De fato, tal descendência surgiu. De meros filhos da terra, primatas, muitos homens se transformaram em homens íntegros, homens com caráter, com espírito e tudo mais. Estes, por sua vez, lutando contra os demônios externos e internos, transformaram-se em heróis. Os asseclas de Demiurgo só queriam e ainda hoje querem alimentar-se com a raça humana, ou querem sugar-lhe toda vitalidade, propiciadora de transformação. E esse lamentável destino da humanidade infelizmente ainda persiste. Com tal permutação para melhor, esses heróis antigos transformaram-se em semideuses, depois se tornaram em deuses e estes, por sua vez mergulharam no Absoluto ou no Deus vivo. Esse tipo de evolução e ascensão, aos homens primitivos os ETs positivos quiseram transmitir e transferir.

Tudo o que foi sugerido e denunciado, os ETs de boa índole tentaram e tentam transmitir aos homens de boa vontade. Todavia,

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humanos pestilentos e de mau caráter, alienígenas inescrupulosos com suas máquinas da destruição, certos governos com seus serviços secretos podres, nunca deixaram que tudo isso viesse à luz. Ao contrário, manipulando alguns bobos e iludidos, e transformando-os em pretensos canalizados, em médiuns, inspirados, ficam transmitindo suas mensagens, nem sempre verazes, que só servem para subjugar e confundir ainda mais o próximo, e principalmente para desvirtuar essa coisa enigmática e escorregadia chamada Ufologia que, sem qualquer dúvida é o conhecimento mais revolucionário e inconforme que surgiu nos tempos atuais. Porém, a Ufologia deve ser entendida adequadamente, livre de um cientificismo balofo, metido a falso realista, e livre de um misticismo burróide, com canalização e tudo o mais. Só uma alta Sabedoria, científico-histórico-espiritual, é que se aproxima com mais felicidade do enigma que chamamos disco voador.

É por isso que a problemática ufológica está infelizmente inserida na Grande Conspiração Universal. E esta não quer que o aspecto positivo da Ufologia venha à luz, com medo de que o mundo, mal organizado por ela, exploda. Ou pior que isso, os tutores, os mentores da grande conspiração têm medo de perder o Poder Absoluto, que sempre tiveram em mãos. Se tal acontecer, não mais poderão dirigir ou comandar essa desafinadíssima orquestra constituída por uma Humanidade sofrida e injustiçada.

UFOLOGIA - OS DESASTRES DA TERRA E DA HUMANIDADE – DENÚNCIAS TERRÍVEIS

Amigo, o texto que lerás a seguir é meu sim, mas alguns trechos

importantes foram escritas por dois outros autores que vou manter no anonimato e que quiseram ajudar a humanidade, à sua maneira. Peguei todas essas partes soltas, as remontei, as remanejei, as reescrevi, corrigi, ampliei e comentei, para melhor, podes crer. Ernesto Bono

Diz Numa Perseu: O Demiurgo ou o Jeová-Molokron e seus alienígenas espectrais, numa desesperada e derradeira tentativa de destruir o planeta Terra, invadiram o Sistema Solar a 40.000 anos passados, invertendo o escudo plasmático e os cristais energéticos que envolvem o Sol e os Planetas.

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Naquele tempo, o Sistema Solar era binário, isto é, tinha dois sóis, por isso Molokron tomou um desses sóis, aquele que energeticamente era menos poderoso. O danado inverteu a função desse orbe e o transformou em uma antítese perigosa e punitiva, num planeta do terror. A órbita desse sol sem luz ou planeta Marduck é de 6.666 anos e se move em uma órbita elíptica, super-ultra-fechada. Teria que mover-se horizontalmente, como os demais, ou na eclíptica, porém se move em sentido vertical, em relação à trajetória da Terra, como se fosse um cometa e isso o torna super perigoso. Há 14.000 anos tal orbe do horror se aproximou muito da terra, da mesma maneira que atualmente está se aproximando. Naquela tempo afundou o continente de Karmu (ou Atlântida), que era uma faixa de terras e montanhas, que se iniciava no Caribe indo até a África. Na época desse cataclismo sucederam terremotos, maremotos, furacões, ativação de vulcões nos três continentes Americanos e distúrbios generalizados em todo o planeta, causando a morte de 700 milhões de pessoas. Quase 80 por cento dessas pessoas, vivas ou mortas, foram sugadas para o Sol negro e ali o desgraçado Demiurgo as desintegrou, com a ajuda vibracional desse sol ou planeta terrível. Nesse tempo o planeta Terra tinha 3 luas, duas delas maiores que a Lua atual, nas quais vivia muita gente, que pereceram quando elas foram sugadas, desintegradas e absorvidas pelo maldito orbe anômalo.

Nos tempos que correm, esse perigoso astro invertido tornará a passar próximo da Terra, mais próximo do que naquele tempo.Sete mil anos atrás, contudo, também fez alguma passagem pelo nosso planeta, só que passou mais distante, e mesmo assim causou dilúvios, cataclismos de toda ordem, sugando populações inteiras de muitas nações, originando a enganadora Era Adâmica. A lua atual, como é o núcleo de um planeta morto que tem ainda a força de sua pérola central, sete mil anos atrás resistiu à sugação do Sol negro. Esse astro maligno, invertido pelo Demiurgo ou Molokron-Jeová é mais escuro e tenebroso que o próprio Demiurgo-Molokron. Tal planeta que já foi um Sol, chega sempre devagar e silencioso como um ladrão na noite. Ele é tétrico como uma mortalha que cobre o que já está morto. Como dizem certas escrituras, surgirá de repente num abrir e fechar de olhos e será um salve-se quem puder. A órbita desse monstro é o Arcano 18 do Tarot, o inimigo oculto do Jeová-Molokron. A tenebrosa sombra da morte passará pela primeira vez e voltará a passar. Quando isso suceder, não restará nenhuma forma de vida orgânica para sobreviver neste velho

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mundo porque tal orbe sugará tudo para alimentar o seu Senhor, o Demiurgo e o Jeová-Molokron. Os dois são somente um, mas também são dois ou mais.

Isto sucederá nestes próximos anos, entre 2002-2012. Num fatal dia 16 de novembro, às 4 horas da tarde, ele fará sua primeira sugação, e a humanidade despreparada e descrente será sugada por esse planeta vampiro sem ter sequer uma chance de sobreviver diante deste monstro sideral. Lamentavelmente a humanidade da Terra quase nada entende das leis que regem a vida no Cosmos. Ela acha que tem livre-arbítrio, ou seja, que pode tomar água, fumar, contar piadas, torcer por um time de futebol e assim por diante. No entanto, é preciso que ocorra uma depuração nos sentimentos dela e uma melhora em sua possibilidade de entender. Explosões vibratórias positivas têm que ocorrer nas mentes-cérebros, almas e corações dos homens, por todos os meios possíveis e imagináveis, porque atualmente seus corpos estão sendo envenenados pelas bebidas de qualquer tipo, pela comida, pelos cigarros e pelos assim ditos remédios. As mentes de todos estão cheias de fezes e vômitos podres liberados pelo Demiurgo e Jeová-Molokron, graças às religiões e ciência que eles implantaram na Terra. A hiena perfeita defecou em toda humanidade, tanto ele como seu auxiliar o Molokron-Jeová. Esse Demiurgo conseguiu e consegue transformar muitos religiosos e cientistas em hienas iguais a ele. De certo modo, se pode dizer que o Demiurgo é o Jeová-Molokron do cristianismo-judaismo, é também e de certo modo é o Brahma-Vishnu-Shiva, dos indianos, é o Alá dos islâmicos, foi o Zeus-Jupiter dos gregos-romanos. Seja qual for o nome que se queira dar ao Demiurgo, ele é sempre o intruso e falso Deus-pessoa. Esse “Ele” espectral nunca foi o verdadeiro pai dos homens ou o “o Pai nosso de Jesus Cristo”, e jamais será. Esse terrível “Ele”, com ou sem máscaras (isto é com nomes de outros deuses), é homossexual por excelência, como aliás todos os alienígenas nefastos ou espectrais o são. Por isso atualmente não poucos pregam e ensinam que os homossexuais são homens superiores, transcendentes, e que todo o planeta deve ser habitado por criaturas invertidas iguais a eles. Nunca ninguém esclareceu que a Grande Sabedoria Cósmica criou apenas dois sexos: macho e fêmea, o quais podem voltar a ser UM, como o Primordial Andrógino era. Ou seja, voltar a serem Filhos do Céu ou da Luz. O terceiro e quarto sexo são apenas ilusões depravadas da mente desse Demiurgo-Molokron imbecil, que tudo quer sugar e tudo quer destruir, mormente se Divino e Verdadeiro.

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O que acontece com os homens e seus espíritos

Os homens da superfície têm uma vida atribulada. Nascem e

morrem quase como moscas. Mas é ao desencarnar que a coisa complica. Sim, pois, conforme informa o Apocalipse lamentavelmente distorcido, o Dragão lá citado ou o Demiurgo, ao aparentemente derrotar Abel-Lucibel-Miguel tornou-se senhor do Céu (astral) e da Terra. E na terra manda há muito tempo. Nesse confronto metafórico, não foi Miguel quem venceu, mas sim o Dragão-Demiurgo. Leiam atentamente o livro e verão. Por exemplo,

A pretensa luz do túnel que as almas desencarnadas encontram no astral ou mais além, na verdade é algo do próprio escudo prismático colocado pelo Demiurgo – é uma luz irreal, enganadora e de perdição. A verdadeira Luz do Espírito, esse falso Deus maldito A ocultou. Desde muito ele forçou o homem a esquecer a Verdadeira Luz do Espírito e da Verdade. Todos os espíritos, almas ou consciências do “Eu Sou”, que estão na Terra, ignoram a origem dessa Luz Verdadeira. E quando no Além com Ela ou com esse portento se deparam, se assustam e preferem enveredar por túneis constituídos de falsa luz suave e aparentemente acolhedora. Nem vivo nem morto, o homem comum não sabe de onde veio, quem de fato É, onde em verdade Agora está , e para onde vai. Todavia, qualquer homem ou mulher que se permitisse aprender com os verdadeiros Filhos da Luz – certos Mestres Sábios e abnegados, certos raros Alienígenas verdadeiramente positivos e nunca canalizáveis – acabariam se transformando e entenderiam que eles são iguais aos Filhos da Luz.

Quando o homem desencarna, sua alma-ego penetra no prisma do escudo prismático – forjado pelo Demiurgo Jeová-Molokron – o qual se lhe apresenta primeiramente como um túnel de luz agradável e a seguir como uma câmara própria onde ficará preso. E em aí passando, volta a ter consciência de muitas encarnações anteriores, mas esquece totalmente sua última. Ou seja, tudo o que na sua mente ficou registrado na última encarnação é esquecido. Isto é, tais registros, a modo de dizer, são transferidos ou são sugados pelas paredes do túnel de luz que lhe diz respeito. Com isso e a modo de dizer, ele vai entrando na “Lâmpada de Aladim” e se aprisiona num compartimento do prisma que lhe cabe. Ele então não se lembra mais onde esteve, nem quem foi, nem se rebela e

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tenta fazer uma comunicação com os que (parentes, etc.) que ficaram atrás ou no plano Terra, porque lamentavelmente se esquece de tudo e de todos que fizeram parte de sua última encarnação. Já no outro extremo do túnel, para ele tudo se apresenta diferente, se sente alheio a tudo, e não consegue entender como e onde usou seu corpo denso da última vez. Como alguns já sabem, os valores e os padrões de encarnações anteriores nunca são semelhantes ao da última. Por isso, depois de seu último desencarne, a mente espiritual, tocada pela vibração invertida do escudo prismático ou plasmático, ou senão bombardeada pelos cristais astrais também invertidos, negativados, ela se torna apática. Já não tem mais a memória de tudo o que passou. Essa alma-ego, totalmente indefesa, torna-se uma presa fácil para ser sugada pelo Demiurgo. E então, aquele ente que poderia ser imortal e livre torna-se escravo total do bilhões de vezes ser maldito, sem ter consciência disso.

Em seu aspecto primordial, toda a entidade espiritual ou fagulha divina (EU-Espírito-Alna) que vem do Deus Pai-Mãe tem poderes extraordinários, que poderiam ser armas poderosas para combater o Demiurgo e seus alienígenas espectrais. Porém o espírito, quando encarna para viver o nível cotidiano de qualquer sistema, fica bloqueado e inconsciente. Se pelo menos à humanidade sobrassem algumas chaves que os ETs espectrais ocultaram – e não irmãos do além, anjos – fariam verdadeiros prodígios, tanto para o bem como para o mal. Não foi por pouco que Jesus (ou Issa), em sua passagem pela Terra assim exclamou: “Malditos os doutores da lei, que ocultar as chaves da ciência e não permitem que as criaturas se aperfeiçoem e entrem no Reino de Deus, e tampouco eles entraram.”. Mesmo assim, se o Espírito de alguns vibrasse harmonicamente conseguiriam melhorar seu entendimento. Sim porque é preciso ter algum bom conhecimento para firmar-se em algo firme e fundamental. Valer-se só do pensamento positivo não adianta nada ou ajudará muito pouco. É sempre melhor que o pensamento negativo. O homem deve parar de pensar tanto e tem que passar a Sentir, Saber e Intuir mais para que acabe tendo uma confiança inabalável e absoluta nas autênticas Realidades Cósmicas. Só assim os homens ficarão fortes para enfrentar os alienígenas espectrais do além e do aquém ou Terra. .

Os filhos da Divina Mãe e do Pai Secreto – Homens – em seus vórtices e Espírito Santo (ou também “chakras” e “Kundalini”) têm poderes absolutos. Conscientes disso e reativando isso, poderiam fazer

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levitar ou voar qualquer objeto. Poderiam ligar a luz ou desligá-la numa casa ou em qualquer outra área, graças uma decisão e anelo mental. Da mesma maneira, poderiam fechar portas e abri-las, fazer funcionar computadores alterando sua programação. Poderiam produzir outros tantos fenômenos à vontade, apenas graças ao poder do espírito soberano. Mas para tal, o espírito terá que romper o bloqueio da camada plasmática feito pelo maldito Demiurgo e seus seguidores. Porém poucas pessoas na Terra atualmente têm poder para romper esse bloqueio. Isso porque na maioria das vezes as pessoas ditas paranormais e que conseguem manifestar grandes forças espirituais são perseguidas ou pelos alienígenas espectrais, à mando do Demiurgo, ou pelos asseclas dos tenebrosos senhores do poder da Terra, isto é, Cia. SNA, Mossad, Isis, Intelligence Service e demais serviços secretos pestilentos.

Alguns cientistas colonizadores e descarados desses serviços secretos, escravizam sensitivos, médiuns e paranormais ou qualquer pessoa que tenha boa força espiritual, e os utilizam como cobaias. Certos psicólogos se metem a fazem máquinas imprestáveis para medir e analisar a potencialidade energética dessas criaturas mencionadas. Alguns cientistas, imbecis e prepotentes, falam que são capazes de tornar o espírito visível para estudá-lo ou para dele tirar fotos. Todavia, isso é completa e humanamente impossível. Não importa qual seja o equipamento que a eletrônica computadorizada possa criar, o que esses néscios medem são as sombras fantasmagóricas que o escudo plasmático produz. Este, atuando, altera a aura humana, e nunca consegue medir ou fotografar o Espírito Real. E os doutores neurofisiologistas, que mal pensando acreditam conhecer tudo, se alguma vez se deparassem frente-a-frente com o Espírito Soberano, fugiriam enlouquecidos e suas máquinas se desintegrariam, porque eles não são nada diante dos poderes do Espírito. Estes poderes reais são impossíveis de serem medidos ou fotografados por máquinas ou pessoas negativas. O que quase anulou ou tornou negativo o poder do Espírito nesta Terra, foram certas falsas religiões, foi o materialismo científico, foi a agressividade, a violência e os desesperos que as criaturas sofreram por milhares de anos atormentadas pelo Molokron, para que se dobrassem às suas ordens e se esquecessem de quem eram e porque vieram a Existir. O maldito Demiurgo ou o falso Deus foi quem impôs à humanidade essa dura escravidão, levando-a a que em muitos povos, em suas culturas e tradição, se gerassem muitos absurdos e extremismos fanatizantes, os quais são venerados até os dias de hoje. Tudo isso

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constitui um montão de anomalias e loucuras que entristecem os Deuses quando olham para a situação terrestre. A pior de toda é a violência que os homens praticam contra si mesmo, contra o próximo, e contra os animais , vegetais e minerais da Terra Terríveis também são a mentira generalizada e os roubos indiscriminados que os grandes praticam contra os necessitados. Se alguém quer Sentir seu Espírito ou Eu maior, tem primeiro que entender o que é o Amor do Deus Mãe-Pai. Segundo tem que ter um verdadeiro guia espiritual, que pode ser um Filho da Luz ou um Deus sideral. O poder não é dado a qualquer pessoa, mas só aos que o merecem e se purificaram ao extremo. Mas se, não obstante isso, depois atraiçoarem a Lei do Amor, escravizando seus semelhantes como fizeram alguns Filhos da Luz em épocas longínquas, eles se transformarão também em Demiurgos ou em legítimas antíteses existenciais, a espalharem necessidades sem fim, dor, terror e morte.

ETs nefastos, espíritos errantes, espíritos obsessores

Às vezes, acontece também que alguns espíritos desencarnados

se recusam entrar no túnel enganador, e por isso mesmo não chegam ao compartimento do escudo plasmático que lhes cabe (lâmpada de Aladim). Por causa disso, começam a flutuar de lá para cá, para muitos lugares do além e se tornam espíritos errantes. Acham que ainda estão encarnados porque podem ver e ouvir os de lá e os de cá, mas não conseguem se comunicar nem pelo som nem pela palavra.

Deste lado, ninguém os pressente nem os ouve. Poderiam se comunicar telepaticamente, mas não sabem fazer uso da comunicação telepática. E portanto, se desesperam. Tentam conseguir um corpo, mas não conseguem. Tampouco conseguem fazer reviver seu corpo morto (cadáver), porque acham que ainda vivem. Se desesperam ainda mais e aí tentam se apossar do corpo de alguém. O residente de tal corpo, contudo resiste e não lhes permite a intromissão. Pode começar então uma guerra astral. Se o obsedado ou a vítima da agressão não tem religiosidade e em absoluto tem poder espiritual, perde o corpo para o espírito errante. A vítima, no caso, vai ficando quieta, com os olhos parados. Se aliena total e não quer saber mais de nada. Fica numa catatonia perfeita. Esquizofrenia catatônica é o rótulo que lhes põem os psiquiatras desinformados, quando as pessoas se encontram nessa situação. Eles não entendem o que se passa, não olham para além do

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corpo denso. Não levam em conta o corpo sutil (ou duplo etérico, astral, periespiritual) e o corpo causal, onde está a resposta e a realidade de tudo. Quando o ego-alma ou espírito original tenta voltar àquilo que era seu corpo denso, e que está sendo usado pelo entrante (ET nefasto, espectral ou também um espírito errante) começa uma nova guerra astral, na qual o verdadeiro dono fará de tudo para expulsar o invasor. Aí dentro dele o corpo ficará com dois espíritos lutando. Aqui o corpo possuído ou obsedado começa a manifestar agitação violenta. A vítima psicológica e obsedada pretende matar e quebrar tudo o que encontra pela frente. Mais inteligentes e perspicazes, os espíritas e os espiritualistas chamam isso de encosto obsessivo, os falsos religiosos biblicistas de posse do demônio e os psiquiatras e médicos mal informados e ignorantes chamam isso de surto psicótico ou esquizofrenia múltipla. Entrementes se o alien ou também o espírito entrante têm mais força ainda, porá definitivamente para fora o dono do corpo, e assim este espírito expulso procurará outro corpo e tentará fazer o mesmo que fizeram com ele. Porém quando um desses espíritos errantes encontra alguém forte, um humano inteligente, religioso e espiritual, se retira pois jamais poderá tomar conta daquele corpo. Em casos especiais, dois espíritos poderão conviver por certo tempo num mesmo corpo. É o falso Deus, o Demiurgo maldito que assim o quer. Todas essas confusões e maldades só poderiam sair de uma personalidade espiritual enferma ou de uma consciência depravada. Por conseguinte, todas essas situações são causadas por aqueles que chamamos espectrais ou também ETs nefastos. Estes, cumprindo as ordens do Demiurgo, do Jeová-Molocron ou seja qual for o nome, impedem a entrada de certos Espíritos de Luz no interior do escudo plasmático, para nos ajudar, escudo que constituiu o além e o aquém. Somente os perversos ficam então na superfície do planeta para criarem toda sorte de ilusão e confusão, enfraquecendo assim seus habitantes para que sejam vampirizados e sugados. Por isso o plano Terra parece realmente não ter mais solução, a não ser que “o Kalki, o senhor da Justiça, e sua orda selvagem” venham a fazer uma limpeza. .

Mulheres grávidas e trocas de corpo

Algumas mulheres grávidas, logo após passarem pelo parto, se

tornam fracas, cansadas, depressivas e apáticas. Não poucas vezes, o

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corpo delas vai definhando até morrer. Não têm a mínima disposição nem força para criarem seus bebês. E isso os obstetras e psicólogos chamam de psicose pós-partum. A medicina não encontra explicação e inventa teorias lógico-racionais, que nada esclarecem r só complicam. Estas coisas acontecem com certas mães porque a alma-ego ou também o espírito do nenê que em tal corpinho está reencarnando foi utilizado em centenas de experiências genéticas nefastas, praticadas por alienígenas do além, ou senão em tentativas de transmutação orgânica. Certos ETs desgraçados do além pegam ou o corpo denso ou o corpo sutil e os fazem cruzar com alienígenas para ver se conseguem forjar um cruzamento satisfatório de alien-humano. Bem mais adiante, o que sobra deste pobre ser, a mando do Demiurgo ou também Jeová-Molokron é obrigado a entrar em outro corpo em formação. E como sua vitalidade espiritual com tanta barbaridade praticada ficou invertida, já no ventre materno ele suga a energia da própria mãe para transferi-la ao Demiurgo. Em assim sendo, aquele que vai reaparecer no plano terrestre, guarda em sua memória etérica os efeitos da agressividade que foi padecendo no aquém e no além, efeitos que o tornam um legítimo vampiro. --- Falemos agora dos casos de troca de corpo: são inúmeros os casos de trocas de corpos no planeta. Determinada entidade do além, altamente espiritualizada (ou simplesmente não), às vezes entra em acordo com um humano terrestre. E por meio de promessas altamente gratificantes, consegue fazer com este último ceda seu corpo denso ou físico para alguém mais, convencendo-se de que a troca é altamente proveitosa e favorável. Dizem que um lama tibetano, Lobsang Rampa no caso, com seu corpo denso em péssimas condições, por causa das torturas aplicadas pelos chineses comunistas, conseguiu fazer com que determinado alguém cedesse seu corpo europeu, em troca de vantagens espirituais. E em assim acontecendo, este lama tibetano continuou sua missão – escrever livros denunciatórios e instrutivos, graças a outro corpo denso. Viveu mais certo tempo em tal corpo, até que se transferiu para outro mais. Em outras ocasiões, este espírito entrante já havia sido o conde Rochester a também escrever livros por meio de uma médium. Todavia, em muitas outras ocasiões, essas trocas de corpo ocorrem de modo violento, principalmente aos espiritualmente desprotegidos. Sucedem principalmente com pessoas que entram em estado de “coma’. Os espectrais imediatamente trocam o espírito desse corpo e que se encontra em tal estado, fazendo entrar outro alienígena espectral que está a serviço deles. Quando sai do estado de coma ou ressuscita, a

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pessoa-ego ressuscitada, não tem mais memória do que se passou. Não consegue lembrar de sua origem, de seus familiares e muitas vezes não conhece sequer seu nome. O retorno da memória antiga sempre tarda algum tempo. pelo menos um ano. Quando aparentemente recupera a consciência anterior, lembra principalmente a programação que recebeu e inicia a execução de seus trabalhos. Geralmente executa a missão que o Demiurgo lhe ordenou, seja para espionar ou seja para eliminar alguém que está atacando o falso deus com todos os seus entrantes. Os espíritos ou entrantes que penetram num corpo em estado de coma, são ETs nefastos ou são espíritos espectrais. E o que eles vem fazer no nosso meio nunca é algo bom e construtivo . Não é difícil dar-se conta quem são os alienígenas entrantes espectrais. Muitas vezes eles não se apercebem que são espectrais. Outros, contudo, falam disso abertamente. Os espectrais nefastos normalmente têm uma propensão para o fanatismo religioso em seus piores aspectos. São os que ficam falando de castigos, fim de mundo, pragas do Apocalipse, de castigos cármicos coletivos. E ainda se intitulam mensageiros de Deus, salvadores da humanidade. Causam medo e desarmonia nas criaturas em geral e se disfarçam de Santos e Profetas bem intencionados.

Paranormais e médiuns

Lamentável é dizê-lo, mas certos médiuns que habitualmente psicografam são espíritos espectrais que já vem programados para isso. Têm chaves psíquicas que ajudam abrir “os cofres das paredes” dos túneis da camada plasmática para onde se transferiram ou onde ficaram retidos os registros da memória de um ser humano qualquer em sua última encarnação.Com isso, determinados médiuns e sensitivos conseguem conhecer os segredos da “Lâmpada de Aladim” ou os registros dessa camada. Porque é na camada plasmática ou em tal túnel que fica o registro das experiências ou vivências de todos os que já viveram neste nosso velho mundo, em encarnações recentes. Poucos médiuns, portanto, são puros e inocentes. Geralmente são o séquito espectral do Demiurgo bandido ou do Jeová-Molokron. Desde o astral ou mais além, os alienígenas espectrais trabalham com os médiuns encarnados. Trabalham principalmente com os psicógrafos, convulsionando a energia do que ficou registrado, a qual via médium abre caminho como se fosse comunicação mediúnica. Tudo acontece como se fosse real, como se as mensagens estivessem sendo

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transmitidas por desencarnados. Mas como foi dito antes, todo ser terrestre que desencarna, ao entrar no pretenso túnel de luz, vai para seu lugar no escudo plasmático do além (“lâmpada de Aladim”) , de onde não pode sair. Torna-se inconsciente das vivências e experiências de sua última encarnação e dificilmente poderá vir a dar mensagens aos encarnados. Não o deixam e a vigilância é rigorosíssima. Por outro lado, os alienígenas espectrais sempre estão atentos e preparados para impedir qualquer eventual comunicação que possa denunciá-los no momento da comunicação ou do evento paranormal. Os espectrais junto com o maldito Demiurgo são os maiores desrespeitadores dos direitos cósmicos, espirituais, universais. Por isso que nas sessões espíritas alteram qualquer mensagem genuína e transcendental e deixam apenas informações mentirosas que as pessoas presentes gostam de ouvir. E mais ainda, podem falar de assuntos que são desconhecidos ou que ainda não aconteceram. Ou senão, transmitir a mensagem do familiar de alguém que está na sessão, e que, aparentemente é de grande importância para essa pessoa presente. Só não deixam transparecer que tal mensagem foi montada a partir da leitura de determinados registros, por parte do espectral, e que a transmite ao médium espírita e este a passa adiante para alguém que fica felicíssimo. Todas essa artimanhas servem para confundir as pessoas que ficam convictas de que se comunicaram com seus queridos do além. E desse modo, as entidades espectrais iludem as sofridas criaturas daqui mesmo que caem gratuitamente em suas armadilhas. De qualquer maneira, não dá para descartar por completo que eventuais comunicações mediúnicas com queridos familiares no além não ocorram de fato.

O mesmo acontece com os paranormais, que fazem maravilhas criando obras de arte como quadros e esculturas e até músicas. Até conseguem materializar qualquer coisas que esteja desmaterializada, criar matéria ectoplasmática ou desmaterializar alguma coisa sólida, são chamados médiuns de efeitos físicos, que juntos com os espectrais retiram o que necessitam da camada plasmática, prejudicando milhões de criaturas que se encontram em um diâmetro de 11 quilômetros, tirando delas energia vital através da camada plasmática para essa operações. Porém essa proezas paranormais também podem ser feitas por alguma pessoa encarnada que tenha sido programada para enganar pessoas ou multidões através disso.

Os médiuns que sem estarem preparados fazem esses trabalhos acabam enfraquecidos porque absorvem energia negativa, e esta os

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transformará em vampiros espectrais. Além do que, fazem uso de chaves psíquico-espirituais que os espectrais forneceram e não o poder positivo do Espírito e da Mente Pura. .

Aquilo que chamam o poder da mente nada mais é que a força do espírito encarnado, com sua programação harmônica e condizente emanada de um Poder Real e Superior. Existem, porém, algumas mentes poderosas enriquecidas pelas “chaves” que alguns espectrais forneceram, para depois melhor vampirizá-las. É sobre isso que agora vamos discorrer. Certos paranormais ou médiuns que fazem curas espirituais, sejam eles autênticos, ou mistificadores, foram programados para fazerem exatamente isso por certo tempo, até que acabem contaminando-se e se degradem completamente. Aí então a absorção da vitalidade negativa se torna irreversível e eles acabam virando vampiros. Qualquer pessoa pode observar as curas espirituais que quando acontecem, logo a seguir surgem outros problemas e outras doenças perigosas, que contaminam o organismo que foi curado. Sucede que a vibração dos espectros incide no médium curador e no enfermo, que recebe a cura, absorvendo a parte vital verdadeira e deixando no lugar da mesma energias negativas, que a princípio tendem a ser vitais e regeneradoras, passando algum tempo invertem as polaridades, vibrando de forma intermitente, contagiando o organismo, gerando novas enfermidades, com seus sintomas imediatos. Essa situação ocorreu a partir do mês de fevereiro de l 997, porque os espectrais perceberam que se aproxima o fim de tudo isso e estão utilizando todas as maneiras possíveis e imagináveis para sugar energias vitais, na maior quantidade possível. Mas, nem sempre as pessoas alcançam a cura e esses fracassos são atribuídos ao carma negativo da criatura, mas a verdade é outra: certos espíritos encarnados ainda possuem a luz primordial, que os originou, e se negam a serem contaminados, mais do que já estão, por estarem num planeta como a Terra, por isso não se submetem ao jogo do Demiurgo Nefasto e são perseguidos por ele, sofrendo toda espécie de infortúnio.

Homens e mulheres inocentes imaginam-se pecadores, e o Molokron-Jeová e os espectros se dizem bons e generosos. Na verdade ninguém é culpado ou pecador, os verdadeiros pecadores responsáveis por tudo de mal, que vivem existe neste velho mundo nos últimos 40.000 anos são o infame Demiurgo e seus espectrais. Assim todas as pessoas são inocentes. O falso deus persona que começou toda essa maldição invertendo a verdade ordenou aos espectrais que criassem toda

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espécie de confusão, que tentassem transformar mentiras em leis, porque as pessoas desequilibradas e desnorteadas, através desse processo, seriam mais fáceis de sugar.

Os verdadeiros sensitivos ou paranormais que tenham alguma luz, que se detenham imediatamente no trabalho de curar através da mediunidade, parem com isso enquanto é tempo, porque não haverá compensação nenhuma por esse sacrifício ou por essa dedicação, a favor dos doentes, que os buscam, porque o único que terão de pagamento por esse trabalho virá em forma de desgraça e sofrimento. Creiam neste amigo que já foi vítima inocente dos espectrais e do maldito Demiurgo Jeová Molokron.

Há muito tempo, em uma noite tranqüila, deixei meu corpo no sofá da sala de minha residência e fui ao mais além, muito além desse mundo, em um sol de uma longínqua galáxia, em busca de sábios siderais, que sabia, ali se encontravam.

Eles me transmitiram isso que estou escrevendo e que há muito eu já sabia e aguardava o momento da revelação, por isso, há pouco tempo me buscaram para avisar-me que era chegada a hora de revelar tudo a todos os povos. Passado isso, recordando minhas vivências me perguntei porque neste velho mundo não temos o direito de u m descanso tranqüilo? Porque não encontramos no astral da Terra, campos verdejantes, flores e pássaros cantantes, entoando selvagens sinfonias de amor? Porque não encontramos animais convivendo com a s pessoas em harmonia? Porque se sofre tanto neste mundo? Perguntando-me essas coisas, saí do corpo e ao final de uma longa viagem estava nos confins deste sistema solar, em um mundo tenebroso, diante de um ser de baixa vibração, que se escondia de mim. Estava rodeado de espectrais, que se dirigiram a mim dizendo que ele era o criador do mundo em que eu vivia, e pareceu-me que ele gostava de esconder-se ou ocultar-se e eu, sendo um espírito que sei quem sou e tenho toda a força e vitalidade do cosmo, conhecedor de meus direitos siderais, perguntei: “Se tu és um criador com poder,, se a ti devo minha existência, se és cósmico, amor e salvação, se és o juiz do certo e do errado, se o planeta de onde venho é criação tua, quero que me respondas: porque tanta violência, porque os animais se comem uns aos outros? Porque te divertes conservando uns comendo os outros, porque permitiste a miséria, o derramamento de sangue, o ódio, a dor e o sofrimento? Porque os aleijados físicos e os enfermos mentais, porque as pessoas têm de morrer em acidentes terríveis? Porque tem tantos mortos vivos, porque a guerra, a fome, as

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enfermidades, o egoísmo, a depravação, a exploração DO HOMEM PELO HOMEM. a podridão, os vermes que se engasgam com tudo isso? Porque enquanto uns comem e têm toda a fartura, outros morrem de fome, e padecem a humilhação da mendicância, ou roubam para não morrer de fome? Porque os ladrões, os grandes ladrões dos oligopólios, os homicidas e assassinos, porque os campos de concentração, as prisões, os hospícios públicos e os manicômios? Porque as armas? As chuvas inundando tudo? Porque a seca matando animais, plantações e humanos desesperados? Criatura nefasta e sofisticada, porque criaste o dinheiro? Porque permitiste tantas aberrações? Tenho o direito pela Lei Cósmica de saber! Aqueles que dissestes que eram seus filhos, os deixastes meditar e pensar? Porque eu refleti e pensei, por isso vim perguntar-te sobre coisas sérias e interrogar-te! Porque lhes tirastes, ou mutilastes o entendimento, porque deixaste que os meliantes materialistas, apregoassem o materialismo, as magias negras e as religiões e as mentiras que tanto aviltam a vida? Porque deixastes as criaturas que criastes se arrastassem no chão como vermes? Porque lhes cortastes os membros, por que milhares de religiões e seitas, se todas se contradizem umas com as outras, provocando guerras fratricidas? E essa ciência oficial que se diz dona da verdade, porque mente e engana tanto? Porque deixas teus filhos andarem de joelhos, porque alguns de dizem especiais e privilegiados, outorgando o direito de mando e autoridade, sobre milhões de pessoas, que são obrigados a pedir perdão por pecados que imaginam ter cometido? Porque esses usurpadores se vestem com roupas especiais, caminham sobre tapeçarias aveludadas, com atitudes empafiadas? Porque sempre os nefastos e malignos se sentam em tronos de ouro e dormem em lençóis de cetim? Quem lhe deu o direito de ter de tudo e mais que os outros? E quem lhes deu o direito de perdoar ou condenar seus semelhantes? Porque as pessoas se ajoelham beijando-lhes as mãos e os pés? Penso que são seus representantes, tuas excelências e majestade! Porque tantas falsidades, roubos e corrupções, porque os seres não têm consciência de quem são, donde vêm e para onde vão? Porque não lhes contaste a verdade, porque não disseste quem são e os direitos que tem? Porque cobres teu rosto? Porque nunca te mostras para que todos te vejam como realmente tu és? Talvez sempre te mostrastes de maneira enganosa, porque nunca ninguém teve a coragem de enfrentar-te. Reponde afinal, quem és? Porque te ocultas, de que te envergonhas, ou será que tens alguma coisa para envergonhar-te?

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Creio que te entendo, és a própria vergonha, o infinito de vergonhas! Porque utilizas outros mais tenebrosos, ou iguais a ti, para que transmitam teus recados e digam para a humanidade que deve temer-te e respeitar-te como o deus da vingança, que também é generoso”? És vingativo, não tenho dúvidas. Porque fizestes a humanidade crer por milhares de anos que só se chega adeus pela submissão e do sofrimento? Porque não alimentastes homens e mulheres com amor? Porque enaltecestes a dor, as enfermidades, a decadência, a velhice e os estertores da morte? Porque induzistes a todos a cultuar a morte em vez da vida? Querias com isso utilizar a reencarnação para que as criaturas se tornassem violentas pelas experiências astrais horrorosas, que vivem provocadas pelos espetros a teu mando? Para que tantas reencarnações, ou muitas vidas, se essas vivências são apenas tormentos? Se os filhos que escravizastes estavam contigo em paz e harmonia, com que intenção te pusestes acima de teus filhos? Quem és, Molokron, na realidade? Porque te ocultas? Mostra-me teu rosto e dizei-me: que verdade representas? Assim talvez eu te entenda e possa perdoar-te! Sou o amor e o perdão, por isso não necessito perdoar-te, estou no coração das pessoas! Agora me dizes que blasfemo e que razão tenho para criticar-te ou denunciar-te. Assim eu te dou a responda: sou um espírito soberbo, um ser cósmico, que quisestes escravizar. E posso voltar ao meu lar verdadeiro quando eu quiser, que sempre foi o cosmos infinito. Eu sou quem sou e tu quisestes aprisionar-me e não conseguiste. Não blasfemei! A prisão mundo ou a escuridão exterior, esta é uma blasfêmia! Nada fiz na terra para envergonhar-me, nunca precisei fugir, ou ocultar-me. Não matei por matar, nem mentir, não enganei ninguém, não mutilei meus filhos. não violentei os animais, nem aos meus semelhantes!

Quando a humanidade necessitou de mim, sempre a atendi, amei a todos e sofri muito por isso, também vi muitos sofrerem por amar.

Porque fizestes tanto mal e não te apiedastes, nem corrigistes teus erros? Porque deixastes tuas criações implorando em vão? Porque não impedistes a mão homicida? Porque só concedias algum benefício a alguém, pouquíssimas vezes? E só concedias algo, quando as criaturas não tinham mais palavras, nem conseguiam suplicar e estavam mortas de cansaço. Chamas isso de justiça divina? isso é amor? Agir assim é ser um deus? Quem te autorizou a proceder essa maneira? Quem te deu a vida, não pensou que te tornarias um traidor maldito, avarento,

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inescrupuloso, um falso deus? As pessoas que te desconhecem e são humanas, te apresento a elas, para que te conheçam e vejam quem és e como és, pérfido, egoísta, mesquinho, mentiroso, covarde, traidor, ladrão e assassino, capaz de qualquer patifaria. Sempre farás com que todos cumpram teus baixos desejos e se desgracem em tudo, perdendo o espírito, a alma.

Uma grande quantidade de humanos são exatamente iguais a ti, que bela criação a tua! Fazem 40.000 anos que torturas e desmoralizas os terrestres. Criastes religiões, satanismos, magias negras, feitiçarias, ocultismos, espiritismos, escolas esotéricas, maçonarias, seitas, cristianismos e outros que não vale a pena mencionar. Todas as religiões da Terra, sejam quais forem são dirigidas pelos espectrais por tua ordem.

O mesmo sucede com o narcotráfico, homossexualismo e prostituição, andam juntos com as religiões e as seitas, depravando a humanidade, e os espectrais ajudam a fomentar e a manter essa degradação, que se agiganta cada vez mais. Fazes tudo isso falso deus e eles te aceitam como um deus verdadeiro. Mas eu jamais te aceitei como um deus e nem acreditei em ti. O deus Mãe-Pai que amo e conheço é perfeito, é luz, é grandiosidade, verdade, harmonia e amor, me dá toda a paz e só a Eles reconheço como Mãe-Pai, porque juntos formam a unidade que é o verdadeiro deus, e é a esse Deus, que agradeço ter me dado a consciência e me escolhido entre milhões e ter me preparado e instruído, para que desse a esse velho mundo as verdades que sempre ocultastes. Eu as levarei e chegarei como um gigante, olhando todos de frente. As mãos infinitas de meu Deus estarão sempre estendidas para proteger-me e nelas confio a certeza de minha missão cumprida. Por isso, mentiroso e farsante, não temo enfrentar-te e nem te reconheço como um deus! Não és luz e nunca foste o pai celestial, que os justos nos mostraram. Roubaste todo o poder deste mundo e tiveste a chance de fazer dele um paraíso, onde os espíritos podiam manifestar-se sem sofrer e livres. Desgraçado, fizestes com eles, experiências horríveis e escravizastes a todos com encantos e mentiras! Obrigastes a eles se sentirem pecadores, mas quem foi o primeiro e verdadeiro pecador?

Foste tu, usurpador, que negastes o caminho, a verdade e a vida primordial, a qual é só amor, agora tal como quisestes julgar, serás julgado pela justiça cósmica universal, que sempre quisestes ocultar. Deixo-te com teus pensamentos e indagações. Mas, olha tua obra: só existem seres revoltados, confusos, desorientados e sofridos. Olha-os e

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entenderás em que tipo de deus eles acreditaram. Crêem apenas naquilo que lhes oferecestes e para o qual, lamentavelmente estão dirigidos, só olham o vil metal, o dinheiro, o poder e a corrupção.

O mesmo dinheiro que vendeu Issa, te recordas, não? e posso dizer-te que jamais atraiçoei um amigo e nunca venderia um filho meu, como vendestes alguém que não era seu filho e que mentiste que era. Olha-me e sente a energia de meu espírito que está frente a ti e entenderás que toda a loucura que fizestes neste mundo, eu não faria. Nada de tão sofrido e imperfeito, eu criaria. Por que não os ensinastes a utilizar a energia sexual, na lei? Por que os deixastes cair e perecer nos charcos da depravação? Mas eu sei. Para que se tornassem antíteses iguais a ti, para que suas almas morressem nos abismos siderais, para sugar-lhes as energias e vampirizá-las até o fim. Maldito, mil vezes maldito!

Ordenaste aos espectrais que ensinassem os homens a ter orgasmo externo para criar filhos ou mais criaturas antíteses, que iriam aumentar a orda de espectrais a teu serviço. O miserável aspecto quantitativo dos demônios prevaleceu e está prevalecendo outra vez. Ó besta selvagem, prepara-te, porque teu carma é gigantesco e a lei de causa e efeito te jogará nos infernos atômicos da natureza! Por que enganastes a todos com essas mentiras fazendo com que todos cometessem o mesmo erro que outras civilizações cometeram e, por causa dele, pereceram em espantoso sofrimento, desaparecendo milhares de espíritos na involução dos inframundos. Terás que pagar pelo carma dos transplantes e das experiências genéticas, que tantos danos causou e causa a este mundo e a outros mais, mundos que foram destruídos pelos espectrais. Por que cometestes esses crimes contra o Deus Mãe-Pai, se sabias que os transplantes aprisionam os espíritos por milhares e milhares de anos, causando ódio e involução entre o pretenso doador e receptor?

Ès um criminoso egoísta e não és nenhum deus, mas sim apenas um homicida desgraçado, um usurpador e um ladrão. Isso eu direi ao mundo inteiro, por que não sou igual a ti, ó Molokron Jeová ou falso deus.

Quem fala de ti assim e contra ti é o velho Prometeu-Jasão, teu filho inconforme.

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UFOLOGIA - O ABUSO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SACRIFÍCIOS HUMANOS EM GERAL

Este é um curto artigo escrito por David Icke, muito interessado

e descrever os reptilianos e em denunciá-los, artigo que aparece no site dele: http://www.davidicke.com/icke/temp/reptconn.html)

Por mais estarrecedor que isso possa parecer, tal vem acontecendo, ultimamente, de uma maneira abominável . De certo modo, isso vem sendo difundido veladamente no mundo inteiro. Está acontecendo dentro de sua comunidade agora, não importa onde você esteja. Eu, e outros, temos revelado isto durante anos.

Em parte, estes rituais e redes de abuso são para traumatizar pessoas, especialmente as crianças e os jovens, mas é muito mais do que isso somente. Os reptilianos se alimentam do nosso sangue e da nossa dor e agonia. Siga as linhagens genéticas dos Illuminati-reptilianos do mundo antigo, linha que se estende até os tempos atuais, e você verá que esses SEMPRE tomaram parte em cerimônias de sacrifício humano e SEMPRE beberam sangue.

Os sacrifícios para os "deuses" nos contos antigos eram literalmente sacrifícios feitos para os reptilianos e suas linhagens genéticas híbridas. A história do Drácula, o bebedor de sangue, simboliza o “vampirismo reptiliano”. Um dos habitat deste grupo reptiliano parece ser o sistema estelar conhecido como Draco (dragão), e a palavra "draconiano" certamente sintetiza a imagem dos Illuminati.

Para sustentar a sua forma humana, essas entidades precisam beber sangue humano (mamífero), além de usufruírem a vitalidade que o sangue contém a fim de poderem manter seus códigos genéticos em sua expressão "humana". Se não ingerirem sangue, eles acabarão manifestando os códigos reptilianos deles mesmos. Desse modo, então, todos nós acabaríamos vendo o aspecto que eles realmente tem. Simplesmente horroroso. "

Do que eu entendi através de informações de pessoas que já trabalharam para “pessoas” assim (ex-insiders), o sangue (Vitalidade) de bebês, de crianças pequenas e adolescentes é o mais efetivo para isso, como também é o sangue dos arianos ou de pessoas loiras e de olhos azuis. Conseqüentemente essas são as pessoas predominantemente

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raptadas e usadas em sacrifício. Mas, ao que parece, também as pessoas de cabelo vermelho são utilizadas.

É por isso que pessoas como George Bush, pai e filho, Henry Kissinger, e uma corrente de outros "grandes nomes" ou os Illuminati do mundo moderno são apresentados em meus livros e neste site como reptilianos, os quais, podem mudar de forma e tomar parte em sacrifícios humanos, bebendo inclusive o sangue. O sacrifício e o vampirismo acontecem juntos. Parece haver também uma ênfase muito significativa entre os Illuminati-reptilianos e os seus aliados, (certos da anti-humana raça), com pedofilia, que é excessiva neste planeta.

Antes de terminar aqui, eu também gostaria de enfatizar que eu estou apresentando certos GRUPOS reptilianos por trás dos Illuminati, mas não a corrente genética reptiliana em geral e que é muito grande.

Por incrível que pareça, há muitos cuja origem é reptiliana, e que estão aqui para ajudar a humanidade a se livrar de certa escravidão mental e emocional. De fato, todos nós temos um corpo e nele pode haver muitos genes próprios dos reptilianos, inclusive teríamos uma parte do cérebro chamado de complexo-R, e que seria o nosso cérebro réptil.

Eu confio que este breve resumo o ajudará a ver a relevância de todos os artigos e informações que eu escrevi e que você achará em meus livros e neste site. No fim, todas essas aparentemente desconexas "conspirações" são parte de UMA conspiração projetada para introduzir UMA agenda: O controle reptiliano do Planeta Terra e de toda a sua população.

Com amor, David Icke UFOLOGIA - CRÍTICAS E CONTRA-CRÍTICAS

Amigos, depois que escrevi o ensaio e que (de maneira

antecipada) acabaste de ler, ou seja as Três Perguntas Básicas da Ufologia, eu o enviei para o amigo Gevaerd para que eventualmente fosse publicação na revista UFO dele. Para minha surpresa, e antes de o artigo vir à luz na Revista, Gevaerd o publicou num email circular dirigido para todos os seus amigos e colaboradores de ufologia. Ele próprio justifica a sua conduta, chegando até mesmo a recomendar o

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artigo escrito e a se admirar com o teor, dizendo que ia ser publicado tal e qual. Estes, então, são os dizeres de Gevaerd:

Caros co-listeiros: Não costumo fazer isso, mas desta vez é exceção! Estou postando abaixo um texto inédito do Ernesto Bono, que será publicado na próxima UFO. Ele trata dos chamados pactos que os extraterrestres teriam com governos da Terra. Dificilmente leremos um "tratado" sobre o assunto com tamanha envergadura noutro lugar. Os que quiserem escrever para o Bono, o endereço é: [email protected] ou [email protected] Abraços, Gevaerd

Rolando então a mensagem inédita no email circular, determinado cidadão, chamado R.A.A. de uma maneira bastante desrespeitosa, e com uma sutilidade e graça de rinoceronte, escreveu o que abaixo consta, provocando-me certo mal estar e uma necessidade imperiosa de responder, de modo agressivo, como aliás fiz. Eis o texto do senhor R.A.A., escrito em 13 de agosto de 2000.

"Caríssimo Gevaerd, como fã de carteirinha da UFO, e de você próprio, não poderia deixar de dar minha opinião sobre esse texto. A meu ver, considero uma temeridade publicá-lo na revista. Em primeiro lugar, pelo óbvio perigo de ser considerado pró nazista. Os muitos boatos e histórias sobre os projetos secretos nazistas da Segunda Guerra tornam os acontecimentos daqueles anos, de 1944 a 45, bastante nebulosos, mas nunca passaram disso. Há algumas páginas na internet que tratam dos supostos nazi-ufos, algumas até bem interessantes, mas que não mostram de fato evidências sólidas de que realmente existiram. Eu também acho esse assunto fascinante, tanto é que estou escrevendo uma história de ficção científica a respeito. Mas preciso que se separe estórias de fatos concretos. O senhor Bono chega a chamar Hitler de estadista! O nome do engenheiro alemão de foguetes é Werner Von Braun. As alegações de que já nos anos quarenta os alemães com seus incríveis discos voadores estiveram na Lua e Marte são absurdas, e quanto as "hipóteses" que ele coloca no final do texto sobre o Universo, sua estrutura e origens são tão assustadoras e destituídas de comprovação e lógica que nem dá para comentar! Sabemos que os CIENTISTAS ortodoxos não acreditam em UFOs. Mas, se quisermos de fato esclarecer a população sobre o que desconfiamos esteja acontecendo desde sempre neste planeta não podemos abrir mão da CIÊNCIA. É usando o método científico que comprovamos que fotos são truncadas e outras não o são, a mesma coisa se dando em relação aos vídeos. O depoimento de profissionais altamente capacitados como

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os pilotos e controladores envolvidos com, por exemplo, o que aconteceu em maio de 1986, na Noite Oficial dos Ufos, ou até com os eventos do Caso Varginha, é que nos dá o embasamento de afirmarmos que ETs tem visitado nosso planeta.

Esse indivíduo até afirma que "não sei quantos navios foram enviados a Antártida", e "não sei quantos foram destruídos"! — (Eu, E.Bono, não falei de navios destruídos, mas sim de aviões derrubados e veículos especiais atingidos) — Quem é esse senhor Bono? Tudo bem, sei que não sou ufólogo, apesar de, como co-editor, estar auxiliando da melhor forma que posso a publicação do EBE-ET Newsletter. Aliás, quero deixar absolutamente claro que falo POR MIM, não pelo grupo do ilustríssimo Beck. Tenho plena convicção que sei muito pouco sobre os óvnis, e devo quase tudo a Ufo, as reuniões do Claudeir e conversas nas listas, somadas aí visitas a páginas da internet e mais alguns livros. Mas acredito ter embasamento suficiente para afirmar que a publicação desse texto não pode fazer qualquer bem a UFO. Mais de noite nosso amigo Cury deve dar uma entrevista ao Jô, e tenho certeza que vai se ater a aspecto científico da matéria. Como já bem afirmou o grande Claudeir em diversas reuniões do Infa das quais participei, a Ufologia (com maiúscula), é feita de fatos. E não consegui encontrar qualquer fato no texto do senhor Bono.

Por favor, Gevaerd, quero aqui deixar bem claro que estas são minhas opiniões. Estamos lutando muito para ter uma Ufologia séria, e mais uma vez temos espaço na "poderosa" Rede Globo, há poucos meses a Isto é ajudou a desbancar o charlatão Urandir, até a Veja abriu espaço, se sua matéria foi publicada carregada de ceticismo ela não afirmou, como já era hábito, que Ufologia é tudo mentira, ao contrário, até mostrou algumas conhecidas personalidades que já tiveram contatos com óvnis. Pode ser que uma porta nessa revista tenha se aberto, e temos que fazer de tudo para que a mesma continue assim. Por isso, como fã de UFO, e de você mesmo, como já afirmei no começo desta mensagem, não posso dizer que me agrada a publicação desse texto o qual, guardadas as devidas proporções, tem semelhanças com as descabidas afirmações que algumas pessoas insanas que se dizem contatadas fazem. Acho que UFO deve se ater, isso sim, a matérias como as das últimas edições, como o Dossiê Cometa e sobre a Área 51. De antemão peço desculpas se algo por mim aqui escrito o aborreceu, jamais foi minha intenção, apenas a de reforçar que devemos seguir apoiados em fatos, não em fantasias. Os maiores votos de sucesso, e um

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grande abraço a você, Geva, e toda a equipe desta extraordinária revista. R.A.A.."

Se o Sr. R. tivesse feito somente uma crítica até mesmo desfavorável eu teria ficado quieto. Mas não, ele foi bem além. Portanto, depois de ter sido agraciado com tais colocações, de certo modo tive de agredir a empáfia do senhor R.. E até exagerei, o que não é do meu feitio. Lamento se o ofendi, ofendendo-me ao mesmo tempo, para que o confronto fosse amenizado. Isto eu escrevi a ele, também colocando meus dizeres no email circular:

Minha Resposta ao Sr. R. "Antes de tudo, amigo Gevaerd, editor da Revista UFO, diz-me quem é esse senhor R.A.A? Desculpem, mas nunca vi alguém tão precário e ignorante em matéria de história, política, ufologia, ciência, sabedoria etc.. Igual a ele houve um dois ou três mais que se meteram a atiçar quem não precisava ser atiçado, e sim respeitado, e até mesmo desculpado pela não-ortodoxia dos temas inusitados que ele abordou. Não consigo entender como pessoas assim tão precárias possam ter voz ativa nas decisões daquilo que a Revista Ufo vai ou não vai a publicar.

Até certo ponto, eu EB, estou de acordo em achar que meu artigo, As Três Perguntas Básicas da Ufologia, se for publicado poderá, até se constituir num perigo para a revista, mas não necessariamente. E não porque a revista não deva ou não possa ser autêntica e verdadeira no que diz e comunica, e sim porque talvez não sejam poucos os asnos que se levantarão para criticar o que escrevi e para confundir o que lá foi exposto, como se o dito fosse uma apologia a Hitler ou algo tipo propaganda nazista. Em nenhum momento me permiti tal ou pretendi fazer isso em meu artigo. Apenas contei a mais pura verdade no que diz respeito à Ufologia antiga e atual, no que diz respeito à história secreta da humanidade e principalmente no que diz respeito à história secreta da Segunda Guerra Mundial. O prezado senhor Renato Azevedo não conhece absolutamente nada de nada. Mas também como poderia, ruminando como rumina, não se permitindo a mínima reflexão.

De modo acidental, meu artigo poderá ser considerado pró nazista pelos eternos fanáticos, eleitos e racistas que abundam por este mundo afora e que, feitos um câncer, dirigem e pesteiam a imprensa livre do mundo moderno. O problema é que tudo o que o artigo diz sobre os segredos da ufologia é a mais pura verdade, que os Governos em geral escondem a mando do Governo Invisível. O meu crítico boçal e analfabeto que se informe melhor a respeito desse Governo Invisível e

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a respeito da Grande Conspiração Universal que é exatamente aquela que esbocei sucintamente em tal artigo e em meus livros, notoriamente conhecidos, menos por ele. Ou será que o senhor R. é um figurão muito bem pago por esse Governo Invisível? De qualquer maneira, esse não botaria dinheiro fora, com qualquer um, assim sem mais nem menos,.

Quem é esse senhor Bono? Bem, para o senhor R. Bono é apenas um semi-erudito, um borra bostas, um delirante e inventor de estorietas engraçadas, com uma certa propensão para favorecer o nazismo.

Em verdade, contudo, eu sou apenas um médico, psiquiatria, cientista até as últimas conseqüências, e extremado a ponto de ousar criticar as falaciosas provas científicas. Escritor, conferencista, apresentador de rádio, que estuda e entende ufologia há mais de cinqüenta anos, e inclusive ufólogo da velha e nova escola que teve como mestre Felipe Machado Carrion e como amigo e colega José Victor Soares. Escrevi mais de 30 livros, 10 dos quais publicados por editoras tipo Civilização Brasileira, Editora Record etc. Profundo conhecedor de psicologia, psiquiatria, medicina, ciência, história, de filosofia, epistemologia, gnosiologia, religiões comparadas, teologia espiritualismo em geral, paranormalidade, orientalismo etc.etc.etc.

Só uma ignorância tamanho de um bonde, poderia alegar que os projetos secretos dos alemães (e não nazistas) do período 1943-1945 eram ou foram totalmente nebulosos. O Sr. R não sabe que o Zé-Bigode – sim, pois pronunciar o nome do dito cujo causa brotoejas no senhor R. e varicela em alguns mais – foi de fato um Estadista, eleito democraticamente tanto como chanceler ou primeiro ministro e depois como presidente da Alemanha. E que, independentemente com o que tenho acontecido com tal "zé-bigode", depois da eclosão da Segunda Guerra Mundial – WW2 essa que, por tê-la perdido, o transformaram num monstro – ele foi de fato foi um estadista incomparável, pelo menos de 1933 a 1939. Peço desculpas por ter trocado o nome de Werner von Braun por Herrmann von Braun. O Sr. R. também se enganou chamando-o de Wherner.

Prezado agressor, quero que você saiba que eu também no começo de minha carreira ufológica e científica era tão burro quanto você, pois acreditava piamente no modelo de universo científico e nas verdades científicas..

Tão burro quanto você, eu também acreditava no aspecto objetivo e material das coisas, dos discos voadores.

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Tão burro quanto você, eu também acreditava na impecabilidade da versão científica das coisas.

Tão burro quanto você, eu também acreditava que os UFOs vinham de outros planetas ou de outros sistemas solares.

Tão Burro quanto você, eu também acreditei na sinceridade e honestidade dos pretensos vencedores da Segunda Guerra Mundial; mas o vencedor, alguma vez foi honesto com o seu adversário derrotado? Ai dos vencidos disse alguém um dia!.

Tão burro quanto você, eu também acreditava na sinceridade dos governos oficiais em relação à temática ufológica.

Tão burro quanto você, eu desconhecia totalmente de que em 1947 uma gigantesca frota norte-americana com 4700 homens dirigiu-se para a Antártida para combater os pingüins, ou eventuais alemães disfarçados de pingüins.

Tão burro quanto você, eu também desconhecia completamente que entre 1943 e 1945, certos estranhos ETs (eventuais habitantes de Aldebaran?), mais alguns alemães e japoneses, graças aos seus Discos ou Haenebus VII e Andrômedas tinham partido para a Lua, para Marte e para Vênus. E os sinais de inteligência e Vida que existem na Lua e em Marte, o que é isso, meu amigo?

Tão burro quanto você eu também desconhecia que em 1956, americanos, soviéticos e alfa-cinzentos criaram o programa ou o comportamento Alternativa 3 para, por meio dele, mandar naves para a Lua com a finalidade de combater os tais hipotéticos alemães lá instalados, bem antes dos americanos supostamente ir à Lua em 1969. Só não se sabe o que foi que aconteceu.

Tão ignorante ou burro quanto você, eu jamais suspeitei que o buraco na camada de ozônio pudesse ter sido ocasionado "acidentalmente" pelos americanos com a explosão de três bombas de hidrogênio. Explosão ou fato esse estranhamente detectado pelos sismógrafos da África do Sul.

Depois de diversas tentativas, os americanos queriam apenas destruir o eventual mundo subterrâneo onde os inimigos mortais haviam se refugiado há tanto tempo.

Mas não fui tão burro quanto você que, desde o começo dessa história do buraco na camada de ozônio, deve ter acreditado na brutal mentira científica de que tal buraco havia sido provocado pela liberação de gases e spray do hemisfério norte.

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Desde o começo eu não acreditei nisso, mas não possuía outra explicação. E a propósito, como é que tais gases do spray foram provocar um buraco no hemisfério Sul e não no Norte ou no Ártico?

Tão burro quanto você, eu também sempre achei que somente a ciência poderia dar uma explicação coerente e satisfatória para a problemática ufológica. Mas por ser tão burro quanto você havia me enganado redondamente, e agradeci a Deus o ter-me dado conta disso, sem escândalos e sem escrúpulos como os seus.. Dentre este infinito mundo insólito que nos circunda, os UFOs ou OVNIs são exatamente os únicos que não se acomodam às pretensões e magias da ciência moderna.

E como os discos voadores violentam tudo o que há de mais sagrado no mundo científico, principalmente as leis físicas e químicas dela, então cientificistas ou cientificóides, iguais a você forçosamente teriam que negar que os discos voadores existem. E se cientificistas como você se permitem admitir que os UFOs existem, eles têm que ser exatamente aquilo que a ciência diz, sem que ela saiba exatamente o que diz.

Sim meu caro crítico, tens razão "e nem comentar ou criticar as hipóteses que esse senhor Bono coloca no final de seu texto sobre o Universo, sua estrutura e origens, já que são tão assustadoras e destituídas de comprovação e lógica que nem dá para comentar".

Pois é, caro R. quem és tu para me comentar ou comentar meu trabalho? Informa-te melhor, meu caro amigo. Acaso leste alguns dos meus trabalhos de revisão e crítica científica? Por acaso tomaste conhecimento de um único livro dos 30 ou 40 que já escrevi, dez dos quais, pelo menos, são acessíveis a qualquer um, como por exemplo o É a Ciência uma Nova Religião? Acaso conheces o trabalho de críticos e inovadores da ciência moderna? Ora, qualquer burro se assusta com o que não entende, com aquilo que nunca se informou a respeito, com o que escapa do seu alcance de ruminação cotidiana. Pára de ruminar mentalmente, meu irmão de espécie humana, pára de coletar as opiniões alheias tão ruins como as tuas e começa a pensar ou refletir melhor. Você diz bem meu caro R. "eu não sou ufólogo." Eu diria que você não é nada, absolutamente nada, como eu também não sou, é claro. Mas eu não me permitiria criticar alguém de uma maneira tão cruel e sarcástica como você fez, mesmo que o tal que escreveu esse artigo fosse um louco ou um desvairado. Em meus 75 anos de vida, nunca me permiti imitar um Omar Kahyan, entrevistado pelo JO, e que, dando um de falso

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sábio, em sua entrevista só mentiu de cabo a rabo. Sim, a ufologia é feita de fatos insólitos que não se enquadram no cotidiano. E no meu artigo só há fatos insólitos que escapam da asnice de qualquer ruminador banal. E os fatos ufológicos são tão gritantes e escandalosos que não há religião, nem filosofia, nem há ciência, nem há governo pretensamente bem comportado que consiga agüentar o peso das evidências tão gritantes, e mesmo assim sempre tão inexplicáveis e ilógicas. Isso sim é Ufologia e não a lógica-razão pura, ou uma burrice metida a racional.

Olha Gevaerd, se a tua decisão depender de um R.A.A. eu pulo por cima de tua eventual decisão e te peço, por favor, que não publiques o artigo, porque certos eleitos e os R. da vida poderão se incomodar e poderão te incomodar. Um abraço Ernesto Bono."

Amigos, antes do senhor R. me agraciar com as suas bondosas insinuações, via email outros leitores mais também me agrediram com poucas palavras, mas não deram ares de serem grandes entendidos no assunto, e simplesmente os ignorei, porque afinal nem todos precisam ou precisavam concordar comigo, o que é totalmente justo e cabível.

Por exemplo, o leitor amigo, Carlos Airton ([email protected]) escreveu-me o que vem abaixo e que tomo a oportunidade de reproduzir, pois o Sr. R. já havia sido imprudente em outras ocasiões. Diz o texto do amigo Carlos:

Nota de Apoio do Sr. Carlos Airton "Prezado Ernesto Bono, nota 10 — Parabéns pela reação e inteligente resposta dada ao R., criatura egocêntrica, e idiota. Certas pessoas acreditam que só porque lêem meia dúzia de livros já sabem de tudo. Isso só atesta a burrice total, pois o conhecimento é dinâmico e inclusive infinito, portanto ninguém sabe tudo!

Este camarada também se referiu a um texto meu com ironia e o fez de forma indireta, entretanto entendi o recado e lhe respondi em primeira pessoa, citando no início da mensagem o nome dele e a reprodução da sandice, ele naturalmente não me respondeu. Ele pensa que sabe, e como diz aquele ditado "que pior do que aqueles que não sabem, são aqueles que pensam que sabe…"

O dito cujo é membro da EBE-ET, e editor de um jornal eletrônico que eles publicam. O informativo é bom, segue anexo uma cópia de um texto escrito pelo R.

Aproveito a ocasião para lhe parabenizar pelo seu texto, ele deve sim ser publicado, porque não?? (E a propósito, estou escrevendo

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ao Gevaerd, pedindo que faça isso, pois também sou leitor da revista e quero ver o assunto publicado, farei esta solicitação em PVT, para evitar mais desgastes).

A Revista UFO precisa de textos como o seu, audacioso, e ele tem fundamento sim. Eu também venho coletando muito material sobre o outro lado do nazismo. É interessante notar quanta coisa deixou de ser vista durante todos estes anos por meros preconceitos e MEDO institucionalizado. É claro, existem inúmeras evidências que atestam que o espírito do nazismo ainda vive. E em termos bélicos podemos comparar as ocorrências da Iugoslávia na década de 90 à lamentável maneira que os alemães usavam contra os judeus em seus experimentos. Algo similar devem ser as ocorrências que se desdobram na base de Dulce e também na Área 51. Se você tiver interesse, o colega Esdras tem um trabalho interessante sobre este tema Nazi/UFO. Um abraço Carlos Airton."

Nota de Apoio do Sr. Lauro Caríssimo Dr. Ernesto Bono, Antes de mais nada, parabéns pela sua Homepage!—— Sou apreciador do seu trabalho, e gosto muito de seus enfoques e colocações relativos à Ufologia, Nova Ordem, "anti-humana raça", assuntos dos quais eu também me exalto e me ligo muito. —-

Pois é, amigo, somente agora tomei conhecimento das mensagens ligadas ao seu artigo As Três Perguntas Básicas e que o senhor trocou com um cidadão chamado R.A.A.. Sei bem que este tinha todo o direito de manifestar seus pareceres, mas não precisava dar ares de impecabilidade ou de manifestar ostensivamente o deus empáfia dentro de sua própria barriga. Ao acessar o seu site, tomei conhecimento das injúrias e diatribes despropositados que aquele cidadão dirigiu contra o senhor.

Mesmo que tardiamente, quero manifestar minha indignação e dizer que acho um despropósito alguém querer lhe criticar gratuitamente sem ter o mínimo conhecimento de seus trabalhos e de sua prestimosa obra a favor da Ufologia, sem contar seus trabalhos em outras áreas mais. Pois é exatamente nessas circunstâncias que, feito um Cristo, pode-se afirmar: "nunca jogue pérolas aos porcos", ou senão tampouco libere preciosidades para aqueles que são totalmente bitolados em seu modo de ver e de pensar.

Conheço seu trabalho, não posso negar que aprecio suas colocações e suas heresias e não me parece bom alvitre que um cidadão qualquer só porque conhece quatro linhas sobre temática tão extensa e

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tão contraditória como a ufologia — e seu estudo e pesquisas nessa área já abrangem os 50 anos de investigações, informações e revelações — se meta a criticá-lo sem saber exatamente como o senhor pode conhecer tanto sobre aquilo que quis comunicar.

Ademais, em seu artigo, o senhor nunca pretendeu impor coisa alguma, apenas informou liberalmente e de um modo não tão heterodoxo. Dr. Bono, acho que críticas descabidas como a do senhor R. não devem lhe abater.

Por favor, prossiga em seu louvável trabalho de esclarecimento, porque com certeza há muitos leitores e ouvintes que lhe conhecem e que sabem apreciar e reconhecer o valor de seu trabalho.

Parabéns por tudo o que o amigo tem feito e também pela sua Homepage que aliás está muito boa. – (Digo eu,EB lamentavelmente, o provedor Terra simplesmente a fez desaparecer), Um grande abraço e um feliz novo milênio.

PS. A propósito, que horror!, o que foi que fizeram com seu artigo original. O que saiu na UFO 74 não está ruim, mas é difícil saber como ou por quê mexerem nele. É totalmente distorcido e diferente àquilo que o amigo escreveu. É só comparar a sua primeira e segunda versão, com aquela ou com a terceira versão que saiu na revista. Um abraço Lauro

Em resposta à minha brutal agressão, reconheço, o senhor R. escreveu uma réplica. Afinal quem sou eu para estar brigando com alguém que sequer sei quem é? Jamais fiz isso na minha vida, e muito menos publicamente.

Sucede, porém, que a empáfia desse alguém bateu os limites do tolerável. Devido às "Três Perguntas Básicas da Ufologia", outros mais também me agrediram, via email, mas foram agressões comedidas ou despretensiosas, de alguns que efetivamente conheciam pouca coisa a respeito da boa ufologia. Mas as agressão dele continuaram

Amigos, desculpem, mas em verdade, cansei de bancar o bonzinho e humilde. São quase cinqüenta anos que escrevo e em troca só tenho recebido o ostracismo injusto, o descaso, o desprezo, humilhações e patadas por parte certos críticos e entendidos, por parte das editoras que bem poderia se interessar. É como se eu fosse o pior dos malditos… Dez livros importantíssimos rolam por aí, verdadeiras revoluções e modificações, mas poucos os leram, quase ninguém conhece nada a respeito do que digo, e se alguns me conhecem, nada podem fazer por mim.

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São quase 50 anos que venho sendo o relegado às moscas pelas editoras, e não porque não saiba escrever ou não escreva assuntos interessantes e comerciáveis. Ai amigos, o fato de vir a ser editado, é uma canalhada total. E editar por conta própria e depois tentar colocar e vender o teu trabalho é uma canalhada pior. Antigamente ainda se podia tentar editar um trabalho por conta e depois colocá-lo em livraria. Hoje a distribuição e a colocação do livro virou uma máfia total, uma canalhada completa. Poucos sabem disso.

Basta, não dá mais para agüentar! E já que a Internet ainda é uma porta aberta para o mundo dos buscadores sinceros, porta que um Wisenthal & Cia. da vida ainda não conseguiu fechar de todo com seus "forbidden", não vou mais bancar o humilde, o passivo, o babaca. Daqui por diante vou lutar com as palavras para ver se ainda salvo algo de minha própria dignidade.

Não dá mais para agüentar o fanatismo, a estultice e os crimes dos materialistas e cientificistas, e que de ciência não conhecem absolutamente nada. Não dá mais para agüentas o fanatismo de certos falsos filósofos e religiosos. Não dá mais para agüentar a intolerância e a prepotência de alguns pouquíssimos que constituem a anti-humana raça. E no que diz respeito à Ufologia, nunca fui dono da verdade nem ninguém o pode ser. Ela é totalmente livre e escorregadia e não há ninguém que a consiga aprisionar e decifrar.

Pois bem, como estava dizendo, aquele “respeitável senhor” mandou circular o que vem a seguir, e que, aliás, se justifica. Perdão, senhor R., mas a sua montanha de empáfia e vaidade sem qualquer dúvida ganhou a parada.

Meu artigo As Três Perguntas Básicas da Ufologia acabou sendo publicado da maneira como você queria, totalmente distorcido, deturpado e irreconhecível, isso que eu pedi que não o publicassem, como você, também havia recomendado que não fosse.

Meu Deus posso estar completamente enganado no que vou dizer. Perdão, perdão, mil perdões de antemão para A. Z, quem sabe — Meu parabéns R. e saúda por mim a sua prestimosa aliada, A. Z. por ter tentado me denunciar à Polícia Federal pelo terrível crime que cometi de exprimir idéias totalmente livres, ou até mesmo loucas e infundadas como você diz.

Menos mal que o prestimoso oficial da polícia foi mais comedido que a pessoa que teria tentado me denunciar. Ele lembrou-se dos dizeres de nossa Constituição: É livre a manifestação do

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pensamento, sendo vedado o anonimato de quem manifesta publicamente tal pensamento. — Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em Lei. — É Livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

Assim que, o Senhor R. A. no seu direito e com justiça, me retruca pela terceira vez: dizendo:

A Réplica do Sr. R. "Gostaria de comentar a crítica que escrevi sobre o texto do senhor Ernesto Bono, e para isso considero necessário repetir minhas palavras. (Ver o texto do senhor R. antes transcrito)":

"Como todos os amigos e colegas podem ver, apesar de ser uma crítica até dura, jamais fui desrespeitoso, jamais agredi ou insultei quem quer que fosse com esse texto.

O senhor Ernesto Bono, por outro lado, na resposta que me enviou chamou-me de boçal, ignorante, pessoa precária, burróide, analfabeto, agressor, boçal, burro, amigo burróide, — (Digo eu, Mas a maioria das vezes em todas as minhas agressões – sem qualquer dúvida exageradas – eu também me inclui. Ofendi-me e ofendi-o. Eu usei a violência verbal da emoção e da paixão. Meu opositor, com suas palavras, valeu-se da hipocrisia, da empáfia e da frieza de uma máquina trituradora. EBono) — insinuou que fico ruminando, afirmou que minha ignorância é do tamanho de um bonde, disse que não sou nada, e que minha crítica foi cruel e bombástica. Cruel, destemperada e absolutamente gratuita foi essa absurda agressão de que fui alvo, de uma maneira que até mesmo me surpreendeu, já que segundo o senhor Ernesto Bono, eu não conheço nada, e portanto não deveria incomodar tanto.

Esse ataque gratuito teve o efeito único de me dar absoluta tranqüilidade no sentido de que minha crítica foi apresentada de maneira correta, em virtude do tom absolutamente fantasioso em que o senhor Ernesto Bono faz suas bombásticas "revelações", que certamente vieram de fontes excepcionais, se verdadeiras. — (Digo eu, o Sr. R., no caso, não ofende, apenas tritura. Tem a sutileza de um trator, de um rinoceronte ou elefante. Quem é ele por achar que meu tom é absolutamente fantasioso, por eu estar fazendo bombásticas revelações? Aliás, ele até poderia achar, mas não tinha por que ofender com uma elegância tão eqüina. Era só uma questão de discordar e de intimamente

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mandar-me à merda e pronto. Sabe ele da minha vida, do meu conhecimento, de minhas vivências e de onde tiro minhas revelações que tanto mal estar lhe causam?). — Tenho plena convicção que os "poderosos" do mundo, Estados Unidos à frente, manipulam e mentem desde sempre, buscando manter sua supremacia indefinidamente. Sei que muitos enigmas persistem desde o passado próximo de algumas décadas, juntamente com os mistérios de milhares de anos atrás. Tenho certeza que, quando a verdade sobre nossos visitantes finalmente aparecer, será muito mais surpreendente e estarrecedora do que podemos imaginar. Mas atribuir às maiores potências de hoje uma tal capacidade de encobri fatos que desmentem tão completamente a História das últimas cinco ou seis décadas, e ao mesmo tempo insinuar uma tal ignorância de nossa parte que nesse caso perceberíamos uma realidade que é pura fantasia, seria imputar aos "poderosos" do mundo poderes quase divinos. O que contraria até mesmo as constatações dos mais competentes ufólogos de hoje. Sim, pois o segredos ocultos por mais de cinqüenta anos começam a aparecer, evidenciando talvez o começo do fim da política de acobertamento, como a própria Revista UFO exibiu na mais recente edição com a matéria sobre o Dossiê Cometa.

Não tenho qualquer pretensão de ser o dono da verdade, ufófilo e entusiasta da Ufologia que sou, como ninguém pode se arrolar o direito de dono da verdade. Reafirmo que apenas por meio do método científico podemos chegar aos fatos concretos de que a Ufologia é feita, fatos concretos como as fotos de Baraúna, as fotos e relatórios da Operação Prato, e os casos do vôo 169 de 1982 e da Noite Oficial dos UFOs de maio de 1986, por exemplo.

De fatos e não de fantasias é construída a Ufologia, e os resultados desse esforço de pesquisadores extraordinários como Gevaerd, Claudeir Covo, Beck, Tichetti, Ubirajara Rodrigues, Wallacy, Pacaccini, Cury e mais um monte de gente boa começar a aparecer. A revista Veja tocou no assunto de forma séria numa edição há pouco tempo, e na edição seguinte tive a grata satisfação de ver minha mensagem comentando e agradecendo pela matéria estampada na seção de cartas, e o trabalho como co-editor do EBE-ET Newsletter tem sido gratificante.

Dessa maneira, considero o assunto encerrado aqui, pois depois de haver criticado as picuinhas no meio ufológico não serei eu entrar em uma briga para prejudicar a Ufologia por um motivo absolutamente

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fútil, mas ao mesmo tempo não poderia deixar de responder à agressão de que fui alvo, claro que sem descer ao nível do senhor Ernesto Bono. --- (Não digo eu, EB, que o amigo RA é sutil como um trator! Nessa sua sutileza ele quase não ofende. Sim, não ofende, apenas esmaga, tritura!). --- Peço portanto perdão a todos os que tiveram a paciência de ler esta longa mensagem, agradeço a atenção, e me despeço, esperando continuar um diálogo produtivo para o bem de nossa pré ciência. PS. E garanto que não sou parte do famigerado hehehehe "governo invisível", podem ficar tranqüilos… R.A "

Digo eu, E.B. e por que será, minha gente, que, após a resposta indubitavelmente agressiva que fiz ao Sr. R., o artigo As Três Perguntas Básicas da Ufologia, antes de ser publicado pela Revista UFO número 74, e do modo em que saiu no email circular, foi "gentilmente" levado por alguém à Polícia Federal com a desculpa de que eu, EB, por meio dele, estava fazendo propaganda pan-germânica e pró nazista? Dizem que o inspetor o leu e discordou da prestimosa pessoa que, quem sabe tentou defender o Sr. R.A. . O inspetor teria dito a ela: Vamos deixar que o artigo saia na Revista, e se for o caso, depois veremos o que se faz. Menos mal o notável cidadão brasileiro não fez absolutamente nada. Não se deixou dominar por "certos estrangeiros" ou brasileiros disfarçados, com dupla, tripla, quádrupla nacionalidade, que dominam este país.

Afinal, amigos, a Carta Magna não nos garante uma liberdade de expressão. Não existe tal liberdade neste país? Vamos voltar aos tempos da Inquisição só porque se sugere coisas que nem sempre se enquadram no Establishment vigente dos poderosos? Ora, bolas!

Bem, mas antes do artigo ser publicado na Revista Ufo número 74, da própria secretária do Gevaerd recebi de volta o artigo, no qual, naturalmente efetuei outras pequenas correções e modificações, não suspeitando sequer o que iria acontecer com a versão final do mesmo. Gevaerd comunicou-me que se viu forçado a fazer as alterações, que constam na UFO 74. Por sua vez, Fabiana, a secretária dele, escreveu:

Caro Ernesto Bono, Estamos finalizando o texto do senhor para publicação em UFO. Entretanto, foi preciso fazer algumas alterações no mesmo e por isso o enviamos para análise. Solicitamos também que o senhor esclareça alguns trechos assinalados com a cor amarela, além de nos informar o nome completo dos almirantes Bird e Hoover. Esperamos sua resposta o mais rápido possível. Um grande abraço, Fabiana Silvestre, redatora

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UMA BRUTAL AGRESSÃO

Em 06/06/2008 alguém escreveu: Olá amigos, creio que vocês conhecem ou já ouviram falar do

ufólogo Ernesto Bono. Ele escreveu entre outras obras o livro a Grande Conspiração Universal. No dia 31 de março deste ano ele proferiu uma palestra na Assembléia Legislativa do RS num encontro Holístico aonde ele falou da teoria da Terra Oca, de Akakor e outros temas, o título desta palestra é; Ufologia Enigmas de Nosso Espaço. (Digo Eu, ver tal palestra na Internet e que afinal de contas não e tão ruim assim).

Senhores: Não querendo ser chato nem querendo desfazer de um ufólogo com 50 anos de pesquisas, achei que palestra dele como ficção científica daria um roteiro para filmes tipo C, isto é, bem ruim.Quando ele falou que é BESTEIRA dizer que viemos do homo-sapiens, que foi investigado por cientistas de todas as partes do mundo, eu acho que também posso falar que a palestra dele não passou de total BESTEIROL.

Fora dizer que a Terra é oca, que há entradas para a Terra oca no pólo norte e no pólo sul, e que a NASA esconde isso. PELO AMOR DE TODOS OS DEUSES!!!!!!!!!! Será que ninguém pode ir lá aos pólos e tirar uma foto???? Tal senhor sabe até sabe de onde vieram os tripulantes das supostas naves que caíram em Rooswell. Mas, o PIOR de tudo, é que acabou com a palestra, dizendo que ele ACREDITA na autópsia do Santilli... Ora já foi provado que era uma falsificação... Lamentável!!!!! E falar que DESCARTES estava errado, foi ótimo... Ele até sabe o que de fato aconteceu com o Sargento que sumiu na Antártica a alguns meses atrás...PELO AMOR DE TODOS OS DEUSES, DE NOVO!!!!!!!!!

Minha resposta: (Digo eu): nada do que foi dito na palestra involuntária da

Convenção Holística era bobagem. Atualmente, nos tempos das revoluções da Física quântica ondulatória, tempo do aparecimento dos universos de cordas, da anulação do espaço e do tempo ou da realidade físico-espacial, da insubstancialidade e intemporalidade de tudo - (dizem os da quântica que espaço e tempo científico, mais o seu

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conteúdo, matéria, energia, plasma não são nada) - bobagem cósmica é continuar dando validade ao modelo de universo científico, besteira é acreditar na criação casual da vida, nos átomos, nas moléculas, nas células – (tudo surgido por puro acaso e pelo acaso dirigido) – ou dar validez à estúpida e ridícula evolução darwiniana das espécies e sua luta pela sobrevivência. É claro que a criação de que a Bíblia fala é muito pior. Amigos, não é preciso destruir nada, apenas tornar tudo arte, tudo relativo de fato, e não como ensinou Einstein. É preciso higienizar a mente ou cabeça, se quiserem. Senhor contestador, você precisa tomar ciência da Verdadeira Sabedoria de todos os tempos e não somente o conhecimento científico que começou a aparecer e prevalecer 400 anos atrás, e que lamentavelmente se tornou esmagador ou uma terrível e forte ditadura.

Vou elaborar outro tópico sobre as tão endeusadas PROVAS,

tópico que escrevi como uma última tentativa para diminuir um pouco a empáfia de alguém que me criticou e me humilhou com suas colocações a respeito de uma palestra sintética e meio atravessada de 20 minutos sobre ufologia, no congresso de Holística, acontecido aqui em Porto Alegre em Março de 2008.

Naturalmente ele já respondeu dizendo que não ia ler a minha ladainha --- o dito cujo é tão grosseiro que sem ler já batiza a coisa de ladainha, quando em verdade pode ser vista como uma aula de alta sabedoria, como poucos tem tido a oportunidade de ouvir ou ler.

Bem disse o Cristo em seu tempo: "Não atires pérolas aos porcos!

"NÃO TE PROVO NADA PORQUE BEM OU MAL O EGO FAZ A PROVA

Caro SER HUMANO, seria bom que soubesses que toda prova

é uma safadeza do ego pensamento em cada um de nós.O homem não foi feito para ter diarréia mentais lógico-racionais, ou não foi feito para pensar e mais pensar. O homem veio a Existência graças a EU SOU, o SER PRIMEVO. Este, como o próprio HOMEM, é Mente ou Consciência que está aí para SENTIR-SABER-INTUIR, além de ATUAR e AMAR.

Esse maravilhoso quinteto pulsa ou vibra, e em suas vibrações reverbera, ecoa. E essas reverberações são atraso, defasagem (ou

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tempo). Esse atraso-tempo permuta-se em pensamento-tempo, a reconstruir mentiras, fantasmagorias superpostas, além de transformarem-se também em tempo, espaço, deslocamentos físicos e enganadores, e finalmente em FALSAS PROVAS.

E a propósito de provas, ou tudo é VERDADE ABSOLUTA, ou tudo é superposição do pensamento vulgar e meramente recriador, principalmente recriador do espaço e do tempo dito físico e do seu enganador conteúdo energético-material.

AQUI E AGORA , livre de tempo, se É, se Sente, se Sabe, se Intui, se Atua, se Ama. Todavia, as ressonâncias caducas disso tudo viram pensamentos sagazes e enganadores, com seus acréscimos e distorções.

O sujeito (mal) pensante e o objeto pensado são sempre um mesmo dado superposto. Só que a pretensa ego-pessoa pensante, além de pensar, também argumenta, arma teatrinhos e depois prova o que quer, feito um materialista, feito um lógico-racional convicto, feito um cientificista. A pessoa pensante, sem o objeto pensado, é absolutamente nada. E este objeto pensado, sem a pessoa-ego, também é nada.Tudo o que a pessoa-ego pensa, isso se projeta adiante feito um dado, um objeto pensado. E isso se concretiza sempre que se atuar em conseqüência e de modo proposital.Toda essa dependência e interdependência, a Física Quântica redescobriu, só que paradoxalmente, ela louva muito a intenção, sem se dar conta de que ela pode ser criminosa...

E a propósito de “prova”, é bom que se saiba que, Aqui e Agora sempre vinga uma Geração Incondicionada, totalmente livre, e que não precisa de PROVAS, própria do Absoluto em Manifestação, não sendo regida por qualquer Lei, a não ser pelas Leis da Espontaneidade, Amor e Liberdade.

E como a defasagem pensante-pensada, já fora do Aqui e Agora, se intromete, pode-se dizer, então, que de modo totalmente superposto há também uma aparência (Maya), um faz-de-conta altamente convincente e objetivo ou há uma Geração Condicionada. Esta é a geração das aparências superpostas, da geração de Maya, e regida somente por duas leis: a Lei da Interdependência e a Lei da Geração Condicionada, filhas prediletas do pensamento.

As pretensas provas ou falsas provas e todas as demais leis científicas e dogmas dependem destas duas leis.

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E a propósito, a Lei milenar da Interdependência alerta: "Sou eu que te vejo, ó prova safada, e vendo-te, me vejo, e vendo-me, te faço".

Ou melhor, Aqui e Agora “EU” Sou porque Sinto, e não porque penso.

O “penso logo sou” de Descartes é só pensamento, é só segundo momento em diante. É só acréscimo desvirtuador.

Então se deveria dizer: “Sou eu, ego intruso – e Não SER – que vos vejo, ó objetos e provas enganadoras, e vendo-vos em pensamento ou em imaginação, me vejo, por que, ó inútil prova pensada, tu e eu (ego) somos um só, eu no papel de prova, eu no papel de objeto. E vendo-te, ó prova pensada e falsa deusa, te faço, porque logo, logo, atuo intencional ou propositadamente para te concretizar, para de ti me apossar ou para te rechaçar.

-- Ou também, sou eu ego que te vejo, ó prova, e vendo-te, me vejo, porque tu és eu mesmo, disfarçado de objeto ou coisa provada, e vendo-me (feito prova), te faço, te concretizo, te sacramento, te endeuso.

ISSO A FÍSICA QUÃNTICA descobriu, só que anda num dilema; ainda não sabe se nessa interdependência, tudo é matéria, ou tudo é consciência. Os físicos-quânticos mais materialistas propendem para “o tudo é matéria”.

O meu opositor, meu crítico cientificista, o "tal sabe tudo, mas não crê em nada, se ajoelha diante das fórmulas e provas de Einstein". Só não sabe que nada do que Einstein disse, ficou provado em termos definitivos. Nem mesmo a explosão atômica, a liberar uma monstruosa energia assassina está baseada na fórmula de Einstein: E = mC2, ou tem outra origem.

Toda Manifestação de Vida, Primeva e Verdadeira, só é Presença Vital, só é Vazio-pleno, sensibilidade, inteligência, sentimento, poder criativo, mas nunca partículas subatômicas átomos, moléculas, macromoléculas, cristais e células. Estes últimos são todos filhos do pensamento.

Sem que o átomo exista, a maldita bomba infelizmente estourou assim mesmo, e que estrago fez, por causa do pensamento humano e também por causa dos criminosos atos executados pelos cientistas e políticos daquele tempo.

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Além da Lei da Interdependência, existe ainda a Lei da Geração Condicionada --- sim, porque, como disse, há UMA GERAÇÃO INCONDICIONADA OU VIDA VERDADEIRA, QUE DE NENHUMA LEI DEPENDE E QUE O SER SUPREMO MANIFESTA.

Assim que a Lei da Geração condicionada, filha da ignorância-ego-pensamento alerta: “Isto sendo, em pensamento, aquilo aparece, aquilo se objetiva, aquilo se concretiza, se materializa, se para tal eu, ego, atuar intencionalmente”, como a ciência costuma fazer em seus laboratórios de experimentação.

A ciência nunca provou nada, só armou teatrinhos convenientes, às vezes úteis, mas geralmente destruidores e poluidores. A segunda parte da lei é: “Isto não sendo pensado, aquilo não aparece, não se objetiva, não se concretiza”, não se coloca diante de mim, separadamente, porque a respeito do que eu (ego) não pensei, eu ego, nada faço, não atuo intencionalmente. Portanto, toda prova é uma brutal safadeza do ego-pensamento em cada um de nós, é uma merda dourada nas mãos dos lógicos-racionais prepotentes e estúpidos. .

O homem não foi feito para ter diarréias mentais tipo lógica-razão, a provar balelas; o Homem veio a Existir, veio para Saber-Sentir-Intuir-Atuar-Amar.

O quinteto acima só se cumpre Aqui e Agora, livre de tempo e espaço pensados. Não é atraso existencial. Por conseguinte, é absolutamente válido e autêntico.

A Verdadeira Mente em atividade – não confundir essa Intemporalidade com um cérebro bem posterior, pensado e recriado pelos biólogos-neurologista – Manifesta-se como Saber-Sentir-Intuir-Atuar-Amar.

O pensar em si não faz parte da Mente Pura. Pensar e provar são meras ressonâncias retrógradas, são freios ligados que obstaculizam as rodas do bom viver.

Pois é, amigo Carlos, esta sabedoria milenar não é ensinada nas escolas e nas faculdades. O homem precisa, pois, e urgentemente, fazer uma higiene mental. Precisa Simplificar-se e voltar a ser criança amadurecida. Ou seja, com a sabedoria e vivência do adulto.

Há muito mais magnificência e verdade em simplesmente olhar uma flor e com ela identificar-se do que arrancá-la, para esmiuçá-la, destruí-la e tentar arrancar dela os últimos segredos que nunca existiram como fez ciência moderna. Saudações.

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De alguém para alguém mais. Olá Caro Amigo Bono, suas colocações neste e-mail são um

verdadeiro show. Mas um simples mortal como eu, e que só utiliza o cérebro

vulgar, torna-se muito difícil compreender e aceitar o que o amigo escreve.

Contudo, centralizando-me um pouco mais, e sentindo-compreendendo em profundidade, acho que consigo entender melhor o exposto.

O amigo não pode ter utilizado o cérebro para redigir a profundidade desse seu texto, mas sim, deve ter buscado nos seus arquivos mais profundos, digamos de outras "vidas", ou então, o amigo mergulhou no verdadeiro SER, para colorares isso no papel. Se assim foi, tenta então buscar a resposta do por que estás na Terra, neste momento, e com qual a finalidade. Isso se o amigo já não fez esse mergulho. Sei que pode muito bem obter essas respostas. Ora, se o amigo consegue tirar do "fundo do baú" e trazer a tona conhecimentos como esses, também conseguirás outras respostas mais. ALERTA: muito cuidado, deves estar atento com pessoas que te rodeiam. Algumas estão aqui travestidas de seres humanos, amigos e amigas e não são.

Do Senhor da Verdade para alguém mais Mais uma vez (C) obrigado pela paciência. Pois é, mas, mais uma vez, baboseiras atrás de baboseiras. Esse Sr. Bono escreve muito bem, mas eu só queria dele algo

especial: PROVAS!!!!! Cadê as PROVAS?????? Escrever por escrever, rebuscadamente, qualquer louco escreve.

Ele que acusa os outros de ter diarréia mental (a diarréia em si se cura facilmente, ao contrario de loucura patológica dele).

PROVE os buracos nos Pólos!!!! PROVE a existência de Akakor!!!! PROVE que Bush destruiu seres (SIC, essa minha ironia foi horrível)! Meu Deus, para Bono até o vídeo do Santilli e real?!?!?!? SIC. SIC. SIC.

E eu é que tenho diarréia mental.... Ele não prova NADA do que diz, só joga merda no ventilador e quem quiser apare ou acredite!

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Volto a falar, depois reclamam que a ufologia é ridicularizada. CLARO que é, tendo pessoas como esse Sr Bono, ela vai

SEMPRE ser tratada como coisa de maluco. Já que você é amigo dele, peça a ele mandar alguma PROVA

daquilo que ele está falando. Pode ser até que a minha diarréia mental melhore. Mas, como ele não tem prova de NADA, obvio que ela só vai piorar para assuntos tratados por esse Sr Bono.

Afinal, quando se lê/escuta algo tipo diarréia, tem que se acabar com diarréia!... ENTREVISTA DE ERNESTO BONO EFETUADA PELO INSTITUTO HUMANITAS DA UNISINOS DO RIO GRANDE DO SUL Tema: Informações sobre os ETs são sonegadas pelos Governos.

Ernesto Bono nasceu na Itália e mora em Porto Alegre desde

março de 1947. Naturalizado brasileiro, é graduado em Medicina pela UFRGS. Trabalhou por 23 anos no Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre. É, também, escritor, conferencista, palestrante e comunicador. Em 1967 introduziu a visão antipsiquiátrica no Brasil, com um enfoque do tema totalmente próprio.

É um estudioso das filosofias e religiões do Oriente e do Ocidente, bem como exegeta do Novo e Antigo Testamento. É ufólogo há quase 50 anos. A entrevista que segue foi concedida por e-mail à IHU On-Line. Nela, com diversos argumentos, ele explica que os ETs existem e os governos sonegam essa informação do grande público. E ele avisa: “esse constante despistamento e radicalismo continuam e ninguém se iluda que a verdade um dia se tornará pública”. Confira.

IHU On-Line- Como o senhor se interessou pelo estudo da

vida inteligente em outros planetas? Ernesto Bono- Ora, eu sou um indivíduo que praticamente

vivenciou toda a Segunda Guerra Mundial. Nasci na Itália e morei em Turim, a cidade da Fiat e de outras grandes indústrias mais. Portanto,

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uma cidade estratégica. Pois bem, dos seis (1940) até os onze anos (1945), eu e minha família ficamos sujeitos aos monstruosos bombardeios dos aliados. Além disso e mais tarde, fui obrigado a presenciar uma guerra civil na Itália e em Turim, que começou em abril de 1945, onde certos italianos, comprados pelos antigos inimigos, se comportaram, como verdadeiras feras. Tudo começou com o dependurar do cadáver de Mussolini na Piazza Loreto, em Milão. A seguir, via cinema e rádio, tomei conhecimento do que estava acontecendo na Itália e do que havia acontecido em toda a Europa por causa da Segunda Guerra Mundial. Russos, americanos e ingleses (em suma, 142 países) contra alemães e estes contra todos esses. Tínhamos italianos contra ingleses, gregos, russos, iugoslavos etc e todos estes contra os italianos. Alemão contra francês e vice-versa, japonês contra americano, inglês etc. e vice-versa. Acrescenta-se a tudo isso, as ruínas das cidades inglesas, alemãs, italianas, e japonesas. A fome, a miséria, o medo, o horror e o desespero dos campos de concentração. Os exageros, as mentiras e as infâmias que os vencedores inventaram contra os perdedores. Os "gloriosos" cogumelos atômicos de Hiroshima e Nagasaki, com seus quase 300.000 mortos.

(Nota: Isto que Hitler usou a sua bomba atômica duas vezes na Rússia. Ou seja, em fim de junho de 1943, ao sudoeste de Kursk, quase sem civis por perto. Lá havia somente militares, e nessa primeira tentativa morreu todo um regimento soviético, o que deve ter sido um horror. E depois em março de 1945, em Tungunska, região desabitada da Sibéria, foi lançada uma segunda bomba, com um incrível desastre ecológico da floresta. Em Tungunska nunca foi encontrada uma cratera de asteróide tombado. Até 1946, o mundo nunca havia tomado conhecimento do desastre de Tunguska, que teria acontecido em 1908 ou 1927. Mas, Stalin, o astuto, soube manobrar muito bem essa história, falsificando as datas. Graças ao chefe russo e seus imediatos, o povo soviético não tomou conhecimento das bombas alemãs e nem se atemorizou. Com isso a tentativa de paralisar a União Soviética falhou. Afinal, o monstro soviético em 1945 já havia invadido o território alemão. Por causa dessas duas terríveis experiências, Hitler se horrorizou com a bomba e em princípio se recusou usá-las outra vez, contra ingleses ou americanos. . Em verdade, parece que faltou-lhe um meio de transporte adequado para atingir os EUA, Nova Iorque, e temeu a reação dos americanos, já que eles também estavam construindo a bomba A. .

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Em agosto de 1945, os americanos sem qualquer escrúpulo - e sabendo que os japoneses antes do desastre final estavam implorando o cessar fogo e a submissão - mesmo assim jogaram duas bombas alemãs das quais se haviam se apropriado sobre os japoneses, porque as bombas deles ainda não estavam prontas. (Amigos, todas estas revelações estão na Internet). Mas fora todas essas barbaridades que me deixaram horrorizado com o mundo e com os assim ditos vencedores, em 1947 vim para o Brasil, a terra bendita, e mais tarde me naturalizei. Tomei nojo de guerras, da derrota mundial que só hoje começamos a conhecer. Fiquei com asco da política imunda, falsa paz e principalmente da enganadora paz eterna que ia se instalar. E com 13 a 14 anos comecei a olhar para o céu, em busca de outro tipo de vida. E já em 1947-1948 começaram a aparecer as primeiras informações sobre discos voadores em jornais e revistas. Com 13-15 anos eu já estava atento e a par dos mesmos. Em meu íntimo se levantou então a esperança de que em outros mundos do nosso Sistema Solar havia outra inteligência mais benévola, havia outros tipos de vida melhores do que a nossa. Aliás, os discos voadores, começaram a aparecer logo após a Segunda Guerra Mundial, mas há muito tempo sempre estiveram aqui presentes, só apareciam discretamente e para alguns. Depois da Segunda Guerra Mundial, as coisas no céu e na terra se modificaram por completo, os portais se abriram, e eles então começaram a aparecer mais, para escândalo dos grandes Governos. .

IHU On-Line- O que abrangeria o conceito "ultra

terrestres"? Ernesto Bono – Ora, sinceramente eu não conhecia o conceito

"ultraterrestres", mas cabe muito bem, porque atualmente já não se pode mais falar só de extraterrestres, e sim de muitos outros aliens mais, malévolos e benevolentes. Discos Voadores e extraterrestres eram palavras válidas para a década 50-60, com seus famosos contatados tipo Adamski, Daniel Frey ou com planetas tipo Marte, Vênus, Ganímede (satélite de Saturno), Lua etc. supostamente habitados. Hoje os ETs proviriam das Plêiades, de Orion, de Alfa-Centauro (não o planeta), da constelação Ursa Maior etc., todos eles muito além do Sistema Solar. Em verdade os ETs e seus aparelhos podem ser extraterrestres, intra-terrestres. Podem provir de bolsões ou mundos intra montes, montanhas,. Portanto, estão espalhados pelo mundo inteiro, próximos à

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superfície, principalmente no Brasil. Podem ser inclusive submarinos, como os verdes, ou senão do Triângulo das Bermudas ou equivalente, como os almarans. . Os aliens e seus veículos inclusive podem ser extra-situacionais

Nota: Por incrível que pareça, a impressão e convicção de universo científico está pouco a pouco sendo suplantada, cedendo lugar para outro Cosmo constituído de Situações Existenciais que se estendem e que lembram ilhas e arquipélagos cósmicas. Nem Ptolomeu nem Copérnico-Galileu tinham então razão. Há também os aliens inter-dimensionais, da quarta, quinta, sexta etc. dimensão, amigos e benevolentes. Só que aqui o conceito dimensão nada tem a ver com primeiro, segunda, terceira, quarta dimensões etc. próprias das geometrias atuais.

IHU On-Line- Qual é seu principal argumento do livro A

Grande Conspiração Universal? Quais as principais críticas recebidas por parte de cientistas?

Ernesto Bono- A tese capital do livro é denunciar que foram

feitos acordos secretos entre os Governos oficiais estabelecidos, tipo americano, soviético-russo, inglês, francês etc. com os extraterrestres malévolos ou os bandidos da Federação. Estes pactos jamais vão permitir que as pessoas comuns tomem conhecimento em profundidade do por que da presença dos OVNIs. E mais, no mundo sempre existiu um poderosíssimo Governo invisível. Este há muito tempo manda em todos os países do mundo, principalmente nas grandes potências. E assim como Hitler e alguns germânicos possivelmente fizeram alianças e contatos com aliens de Aldebaran , e estes ETs levaram os alemães a construir os seus primeiros discos voadores ou Haenebus, da mesma maneira o Governo invisível obrigou a alguns cabeças dos governos americano e russos -altos figurões - a construir bases subterrâneas em seus territórios, para abrigar determinados ETs (alfa cinzento, reticuliano, rigeliano, reptiliano etc). Estes, milenarmente falando, são aliados do Governo invisível. E aqui começaram então a se assentar extra-situacionais diferentes dos de Aldebaran, Hiperbórea. Inicialmente esses outros ETs se revelaram amigos, colaboradores e aliados dos povos que os acolheram. Depois, contudo, começaram a ser vistos, por certos americanos, como vampiros, como uma calamidade e como os piores inimigos da espécie humana. A transmissão radio-teatral da

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Guerra dos Mundos de H.G.Wells e da parte Orson Welles, o futuro gênio do cinema, em 1938, sem que este o soubesse, visou por o povo americano em prova, por encomenda de alguns tipinhos do Governo. A transmissão foi excelente, mas o seu resultando não podia ter sido pior, Foi uma catástrofe. Depois disso, os governos inventarem os termos “não pode, não deve, é proibido por questão de segurança nacional". Com quase toda a certeza, na região de Rooswel, EUA, houve um enfrentamento entre um disco de nossos mundos subterrâneos, contra outro aparelho dos alfa-cinzentos, alojado na base americana. Os dois se arrebentaram. Um caiu no dia 10 de junho de 1947 em Socorro, com 4 tripulantes quase humanos com seis dedos, e o outro caiu no dia 12 em Roswell, com ETs tipo Alfa-Cinzento. (Alguns dizem que a queda do Ufo de Socorro foi 30 dias antes. A autópsia de uma ET que alguns anos atrás as TVs do mundo apresentaram era feita numa alienígena feminina com seis dedos de mundos subterrâneos daqui mesmo. A autopsia feita em Rooswel apresentava um alien tipo alfa-cinzento, com aquele rosto, olhos e boca notórios.

A partir daqui o Governo americano desencadeou uma arguta e poderosíssima vigilância a respeito da temática UFO, tentando proibir e impedir que a verdade – as duas origens – sobre os OVNIS viesse à tona. E esse constante despistamento e radicalismo continuam e ninguém se iluda que a verdade um dia se tornará pública. Estudiosos americanos que estudaram a temática da conspiração e tentaram denunciá-la morreram ou foram mortos, entre eles John Lear e M.W.Cooper, Paul Benewitz, Schneider etc . Lamentável é dizê-lo, mas os cientistas em geral, pagos e dirigidos pelos governos, acabam detestando a ufologia e os ufólogos. Convém, não é?

IHU On-Line- Como será sua participação no Curso Vida

Extraterrestre II? Ernesto Bono- Não tenho a mínima idéia do que vou dizer,

nem sei se depois do que está sendo exposto aqui ainda vão me convidar. Ainda mais que eu defendo a inegável realidade dos UFOs, de seus tripulantes. Existem milhões e milhões de provas todas elas escondidas pelos poderosos dos governos comuns e invisível. Visitem a base de Dulce, a Área 51 etc. Tomo principalmente cuidado com a eventual reação dos que não gostam dessas coisas. Não bastasse isso, em especial, ainda ouso denunciar os tabus de muitas verdades sagradas

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da ciência e da astronomia. E a propósito do tal CURSO, nunca me convidaram.

IHU On-Line- Afinal, a ufologia é uma ciência ou

pseudociência? Ernesto Bono - Eu diria que a Boa Ufologia é mais do que

simples ciência acadêmica. Ela vai muito além das cinco etapas do método que a ciência estabeleceu e que são: 1)a observação despreconcebida do fenômeno ou da ocorrência, 2) a hipótese, 3) a experimentação laboratorial, 4) a descrição matemática do fenômeno, se possível em termos matemáticos e 5) a prova final irretorquível. ---- A boa ufologia, e não essa ufologia folclórica que anda por aí, própria de congressos, é ciência sim, porque em princípio os relatos que ela faz buscam ser verdadeiros, com ou sem provas. Estas provas ufológicas, infelizmente não persistem, porque imediatamente os governos oficiais as destroem, as confiscam ou dão nelas um sumiço, obedecendo principalmente os interesses dos EUA. Eles se desculpam , alegando que o homem ainda não pode conhecer esse quebra-cabeça chamado UFO. E mesmo que na área ufológica existam pessoas que inventam mentiras, estórias e teatrinhos, o bom ufólogo, como bom cientista que também é, logo se apercebe disso. A Ufologia em si é filosofia do mais alto gabarito, é religião cósmica, pois já sabe da existência de ETs perversos e outros benevolentes. É epistemologia (ou está nos devolvendo a arte de bem conhecer). É a Ciência do Real, como a antiga Alquimia dizia, (hoje desprezada). É a Autêntica paranormalidade, é Magia branca, quando presentes estão o aliens de luz, ou é magia negra, pestilenta quando os malévolos e perversos se apresentam e se intrometem. É até bom Cristianismo, pois o grande Mestre nos alertou dizendo: “Na casa de meu Pai há muitas moradas ou situações divinamente verdadeiras. Aqui o Galileu não estava falando de planetas científicos).

IHU On-Line- Algum outro aspecto que deseje acrescentar

e que não foi perguntado?... Ernesto Bono - Devido ao teor de denúncia de meus livros, 1)

A Grande Conspiração Universal, 2) O Apocalipse Desmascarado e 3) Os Manipuladores da Falsa Fatalidade, sou considerado conspiracionista. Ou seja, eu seria um daqueles inventam conspirações

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estapafúrdias e as denunciam como se verdadeiras fossem. O grande Salvador Freixedo era o que mais denunciava isso e, no entanto, viu-se obrigado a silenciar e a sumir. Amigos, eu não inventei absolutamente nada. Apenas conheço bem os fatos. Não estou dormindo nem me iludindo com novelas, futebol e carnaval. Recomendo que se informem sobre os famosos Illuminati, saibam quem eles são, como agem, e o que querem fazer com o mundo, com seu globalismo velhaco. Conheçam certas manobras de certos indivíduos do Governo e que impediram que os ETs de Varginha, Minas Gerais, e os chupa-cabras do sul do Brasil acabassem sendo vistos e conhecidos pelos brasileiros em geral. Saibam da velhaca censura que prevalece na grande Imprensa. Conheçam o que são ou o que foram certos programas tipo Majestic-12, P-40 ou outro nome que a eles foi dado. Saibam da fantástica espionagem que o Echelon do Governo Invisível vem praticando em cima dos bons cidadãos do mundo inteiro. E por fim, sem assustar nem se desesperar, convém que fiquem precavidos, porque infelizmente, devido a essa falsa Nova Era, falsa religiosidade, globalismo e o escambau, já fomos invadidos e quase subjugados. Todavia, nem tudo está perdido. Ainda há esperanças porque os homens em si, os grandes e os bons em especial, são uma eterna surpresa e até mesmo podem ser um paiol aceso.

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SSEEGGUUNNDDAA AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO

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UM AMIGO ESPECIAL Amigo leitor, como tu bem sabes, nas trevas exteriores,

desgraçadamente, os faz-de-conta cotidianos assumem uma força incomum. Principalmente essa coisa horrorosa e acrescentada, chamada morte ou desenlace, e que deve ter sido imposta, não por Deus, mas pelos manipuladores da falsa fatalidade, como tentei explicar no meu livro já publicado (Os Manipuladores da Falsa Fatalidade).

É de se crer que esses “manipuladores” armam e dirigem o desenlace ou a morte, como foi denunciado num filme da década de 80 e que passou despercebido, “Os Ladrões de Almas”.

Amigo, agora vou contar uma história da maneira mais impessoal possível para que pareça ficção ou mera estória, não o sendo. Nela falarei daquilo que aconteceu com A.B. (minha filha) e que tem acontecido também a tantos outros jovens, eles e elas, e ainda acontece. Daí o subtítulo deste trabalho intitular-se “Filhos e Filhas, não morram!” Vamos dizer que A.B. foi arrebatada de nosso meio (ou mundo).

Por favor, não me leves muito a sério. Deixa-me apenas contar fatos que se confundem com a fantasia, e fantasias que bem poderiam ter sido fatos.

Antes de falar dessa linda moça (AB), vou falar antecipadamente de um determinado Alex que, até certo ponto tomou parte desses eventos que vou narrar.

Este Alex, bom rapaz, o conheci no Rio de Janeiro de um modo bem estranho.

Acho que foi em 1984-1985, quando a notável professora de ufologia, a Sra. Irene Granchi, me convidou para que participasse de uma palestra ufológica que diversos ufólogos – eu inclusive – iam apresentar num domingo de tarde, na cidade do Rio de Janeiro.

Quando chegou a minha vez, subi ao palco e apresentei o que tinha que apresentar. Em termos de casuísticas foi uma das mais belas palestras que efetuei. Utilizei material próprio que consegui de alguém ligado a fontes fidedignas, além de diversos casos pesquisados e registrados pelo amigo e colega José Victor Soares. Os fatos apresentados diziam respeito a aviões, aviação e FAB (Força Aérea Brasileira). O auditório não estava muito cheio. Mas acredito que aquilo que eu disse, agradou.

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Terminada minha apresentação e discurso, desci do palco e fui sentar-me na platéia onde presentes estavam alguns amigos meus do Rio. Estes me cumprimentaram. Agradeci e sentei na poltrona ao lado para ouvir o discurso do outro expositor.

De repente, um jovem de aproximadamente 24 ou 25 anos, vindo do corredor de entrada, sentou-se perto de mim. Cumprimentou-me, e dentre os exageros afetivos, declarou que eu era um dos melhores ufólogos do Brasil, senão do mundo, nunca antes conhecido no país. Achei gostosa a piada, não retruquei e fiquei com tal elogio sem acreditar nele. Meu ego tampouco inchou por causa de suas palavras. Sabia que era apenas uma gentileza da parte dele.

A seguir, baixinho, para não atrapalhar o palestrante do palco, começou a me falar de ocorrências ufológicas. Prestei bem atenção e fui-me cativando cada vez mais. Era uma sucessão de narrativas cada qual mais autêntica e mais extraordinária. Eu conhecia o tema. Não pressentia qualquer falsidade naquilo que ele dizia. Só me perguntava, de onde ele havia tirado tanta informação?

Acreditem, amigos, eu sempre fui um devorador de assuntos ufológicos. E naquela época conhecia milhares de ocorrências, mas nunca tinha ouvido falar de casos tão sensacionais, acontecidos aqui no Brasil e que o tal do Alex contava com toda a naturalidade.

Os amigos que estavam perto de mim, se aproximaram mais para ouvir também o que o Alex falava. E o rapaz não parava de contar os mais incríveis assuntos, feito um verdadeiro mestre de ufologia. Julgava-me um bom conhecedor de ovniologia, mas ele havia-me ganho por boa margem.

Resolvi pedir ao Alex e a todos que saíssemos do auditório e fôssemos para o saguão, porque talvez estivéssemos atrapalhando o expositor que me sucedeu na conferência ufológica

Fomos para o salão de entrada, e Alex continuou expondo os seus casos. Obviamente, algumas vezes era interrompido por perguntas pertinentes, que eu efetuava e os demais também. Ficamos acho que umas duas horas no saguão. Nesse meio tempo, parte das pessoas que constituía o pequeno grupo se retirou. Só ficou o Alex, eu e um amigo meu (Luiz Carlos Maciel).

Enquanto o estranho amigo não parava de falar, eu desconfiei ou pressenti que o dito cujo era um ET disfarçado. Só que nada lhe negava a forma e o aspecto humano.

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Enquanto falava, sem me propor nem raciocinar, de repente resolvi mudar o meu enfoque visual. Ou seja, continuei olhando para ele, ouvindo-o inclusive, mas agora o olhava com um ver frouxo, ou com um ver relaxado, desenfocado, um ver não tão tenso nem atento. Um suma, um ver de contemplação, sem nenhuma perquirição por trás, sem pretensões, sem esforço. Acho que era um ver próprio de criança.

Esse ver não era proposital, não era maquinado pela minha cabeça. Era apenas um Ver, Vendo, sem saber exatamente quem aí estava vendo. Melhor dito, o Ernesto, o pretenso vedor, sumiu-se, para ficar apenas um Ver Impessoal e completo, digamos.

E aí foi que aconteceu a coisa. Olhando para o rosto dele, ainda com uma expressão totalmente

humana, ela, de repente mudou e cedeu lugar a um rosto e pescoço verdes, deformados segundo meu entendimento. Era uma cabeça sem cabelos, e rosto, com pele escamosa esverdeada de lagarto, com olhos esbugalhados, com a pupila não mais redonda, mas com a íris na vertical, como um réptil gigante, ou senão feito uma serpente. O nariz se apresentou achatado e a boca deformada. Não reparei nas orelhas. E mesmo assim Alex continuou falando. Suas mãos também ficaram esverdeadas e escamosas. Os dedos não eram os mesmos. O resto do corpo continuou igual a um ser humano. Mas a cabeça e as mãos não.

Foi uma visão terrorífica que durou alguns segundos. Nesse entrementes, levei um grande susto, sacudi a cabeça, e comecei a piscar várias vezes, tentando limpar os olhos, A seguir, tudo voltou à pretensa normalidade A suposta visão (ou alucinação?) de um lagarto havia sumido. Só sei que Alex, o estranho amigo, me deu um sorrisinho irônico.

Num momento em que Alex não reparou, meu amigo que estava ao lado e comigo cutucou-me e me declarou baixinho: “Viste como ele virou lagarto?” Concordei com ele apenas com a cabeça. Até estranhei o fato de o outro também ter visto o que tinha visto.

Na ocasião Hollywood ainda não tinham feito o filme “Inimigo meu”. Mas o reptiliano que no filme aparece era praticamente idêntico àquele Alex que eu vi por um instante.

A conversa do meu estranho amigo continuou sempre dentro dos inúmeros casos que ele conhecia, (ou será que os estava inventando?).

Em outro determinado momento em que meu amigo, olhou para o lado, enfocando não sei o que, o Alex aproveitou a ocasião para dizer

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baixinho, só a mim: “Viste a minha face original, não foi? Cuidado, não julgue. Nós não somos os feios e perversos que vocês humanos acham que somos. Dentre nós há muita gente boa e bonita...”

Curioso, até o David Icke, ou seja, aquele que mais entende de reptilianos, concorda com isso e diz que dentre esses aliens reptilianos há alguns que são uma espécie boa.

A versão moderna dos filmes V Visitors também fala deles, e os chamam de “Quinta coluna”. Naturalmente esses são odiados pela rainha dos reptilianos, perversos e bandidos como ela.

Conversa vai e conversa vem, Alex alegou que no salão de conferência havia outros iguais a eles, e disse para o meu amigo: Lá vão mais dois iguais a mim. Eu tentei vê-los, mas não consegui. Já estavam descendo a escada. Meu amigo os viu e disse que eram dois rapazes comuns, tipo esportivo, elegantes e bonitos.

A seguir, Alex acrescentou: No salão ainda ficou alguém ouvindo o que está sendo dito. Tanto eu como meu amigo manifestamos interesse em ver esse alguém. Íamos pedir para que ele fosse lá dentro e trouxesse o tal amigo. Ele nos respondeu que não era preciso.

Alex simplesmente se concentrou, enrugando a fronte, e colocou dois dedos acima do nariz, Ficou imóvel e depois parou então com seu gesto telepático. Deixou passar um minuto e a seguir a porta do salão de conferências se abriu e desde dentro saiu uma mulher nada especial, simplória, digamos, como as que habitam o interior de Minas Gerais. Era outra ET disfarçada.

Caminhou ao encontro do Alex, e o cumprimentou em alta voz, quase de modo espalhafatoso e disse: “Alex, como vais, amigo? Há quanto tempo que a gente não se vê!” Como se de fato fizesse muito tempo que os dois não se viam.

Não deu a mínima importância para nós, ou os dois humanos, que estavam falando com o Alex. No caso, eu e meu amigo Maciel.

Começou a tagarelar feito uma comadre doida. O que pude entender é que ela era mineira e morava numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, e que era professora do primário ou do ginásio, e assim por diante. Só dizia coisas banais e não parava de falar. Alex sacudia a cabeça concordando com ela. Eu e meu amigo apenas ficamos olhando. E a coisa ficou por isso mesmo. Só que na tal mulher, e que apareceu por um chamado telepático evidente, não caiu a máscara, mas também não consegui reinfocá-la de outro modo. Com o seu espalhafato ela não deixou.

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Alex, mais tarde, confessou-me que essa prolixidade era uma das características de aliens disfarçados de gente. Eles, tentando ser iguais aos homens, exageram em tudo e por tudo, e em momentos, a coisa fica chata e ridícula. Exageram no falar, no comer, no atuar, com eles tudo aumenta, tudo fica meio distorcido. No nosso meio, é uma necessidade deles ficarem iguais aos humanos, e também é uma necessidade de se disfarçarem muito bem.

Depois desse primeiro encontro, não desfiz o contato com o Alex. Ele até me forneceu o telefone de sua morada no Rio.

Mais adiante, e em determinada ocasião, vieram-me às mãos, graças ao José Victor Soares, digamos, uma 30 cópias de cartas que uma senhora de Porto Alegre havia recebido de um eventual amigo ET.

Ela tinha deixado um recado na revista Planeta, correio dos leitores, onde dizia estar disposta a oferecer ajuda a qualquer ET benevolente que quisesse ser ajudado por um ser humano.

Mas, não é que a dita cuja senhora, e que posteriormente virou minha amiga, recebeu a resposta de alguém que deixava transparecer que era um ET. Só que este dito cujo, no começo foi um tanto áspero com ela e respondeu que os bons aliens não precisavam de qualquer ajuda humana. A tal senhora evidentemente replicou, e assim os dois começaram a trocar cartas e informações.

Nas cartas por ela recebidas havia muitos assuntos bons e que deixavam transparecer que isso não era conversa de humano. Em tais cartas, porém, não havia qualquer segredo de estado de vital importância. O suposto alien, amigo da senhora, se fazia passar por militar brasileiro do Norte do Brasil. Esse dito cujo amiúde alertava a senhora amiga que não fizesse amizade ou aproximações com os Almarans nem os recebesse em sua casa, porque eram ETs perigosos, raptores de seres humanos, e moravam nas profundezas do Triângulo das Bermudas. Eram loiros bem apessoados.

Alguém me informou esses Almarans eram antigos venusianos, inimigos de outros venusianos mais, talvez benevolentes. Os dois grupos antagônicos, na superfície do planeta Vênus, desencadearam uma terrível guerra atômica, que destruiu tudo e envenenou toda a vida do planeta, por causa da radioatividade.

Os sobreviventes dos dois grupos, com naves espaciais diferentes, se mudaram para o planeta Terra. Os venusianos, digamos benevolentes, ficaram na superfície do planeta, Hiperbórea, e os venusianos malévolos se refugiaram nas profundezas marítimas do

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Triângulo das Bermudas, e isso na época da destruição definitiva da Atlântida. E são estes almarans malévolos os que provocam os acidentes de navios e aviões, provocando destruições, desaparecimentos, raptos e tudo o mais.

Juntamente com alguns habitantes das Plêiades, os venusianos que ficaram na superfície terrestre originaram a raça ariana terrestre, ou aos povos loiros do Norte terrestre, e da Índia também.

Eu li o teor das cartas para minha filha Adriana; o engraçado é que ela, ainda em vida manifestou desejo de se encontrar com os almarans, mas por brincadeira, acho eu.

Em determinada ocasião, eu telefonei para o Alex, falando a respeito das cartas e dos Almarans. Ele ficou excitadíssimo quando citei os almarans e pediu que eu viajasse rapidamente para o Rio para que contasse mais a respeito dos ditos cujos, os quais almarans, depois, ele defendeu muito bem, dando a entender que além de ETs eram mágicos, sacerdotes.

Por conseguinte viajei para o Rio, bem antes do acidente da Adriana e contei tudo para ele e Alex, por sua vez, falou-me mais um pouco sobre os almarans. Não me entusiasmei muito com suas narrativas e fiquei na superfície do assunto. Estando no Rio, aproveitou a ocasião para me mostrar certos aliens fantasiados de gente e andando pelas praias do Rio, e principalmente mostrou-me quão exóticos eles são ao imitarem a natureza humana, principalmente ao comer em restaurante. Falou-me da Pedra da Gávea, de certas passagens submarinas que conduzem ao interior da Pedra. Contou-me de aliens que estariam lá escondidos e assim por diante. Lamentavelmente não me lembro mais das minúcias do Alex.

UMA SIMPLES TRAGÉDIA... SERÁ? Mas voltando ao que me havia proposto, houve então certa

jovem de 21 anos, loira e muito bonita, e que aparentemente se acidentou ou foi acidentada. Digamos foi atropelada.

No mesmo instante em que recebia a pancada fatal do veículo (micro-ônibus) – ou pelo menos isso é o que se apresentou para alguns – ETs invisíveis e nefastos, e que haviam montado propositadamente tal desastre aparente – com seus deslocamentos e velocidades físicas

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totalmente impossíveis – raptaram o corpo sadio de tal criatura, com ego-alma e tudo o mais.

Rapidamente e no local, sem que ninguém visse nada, deixaram uma cópia perfeita de carne, ou um clone que acabou morrendo no hospital, e foi enterrado pelos pais.

Mas antes disso, o corpo ou a cópia (clone) da jovem acidentada foi levado a um hospital da rede pública, semi-inconsciente e sangrando bastante.

Tendo baixado no hospital de Pronto Socorro, setor de acidentados graves, os médicos fizeram em tal corpo mil e um exames e radiografias, mas não constataram nada de grave, salvo três costelas quebradas, e um ferimento profundo no tórax, que havia lacerado os músculos, a pleura e o pulmão direito. Por conseguinte, afora os pequenos ferimentos espalhados, os hematomas, as contusões por todo o corpo,e o famoso estupor mental, com boa perda de sangue por causa do ferimento, a tal jovem (ou o clone que dela sobrou) não apresentava nada de grave.

Já no hospital e estando meio inconsciente, os doutores perguntaram-lhe qual era seu nome. A jovem conseguiu responder: ISABELLA, quando o nome dela era Adriana...

Essa foi uma coincidência estranha, porque dois meses antes, nesse mesmo hospital ou H.P.S. foi atendida outra moça, no mesmo local, também acidentada no trânsito, devido ao desgoverno de uma moto, com a mesma idade. Esta jovem morreu no segundo dia, depois de sua internação. Eu conhecia esta ISABELLA e eu era amigo do pai desta outra jovem. As duas tinham, pois, 21 anos de idade. Mas minha filha não conhecia essa Isabella, e nada sabia de sua existência e de seu falecimento repentino no H.P.S. dois meses antes...

Bem, mas voltando à história que eu estava contando, após o pretenso acidente, o corpo ou o clone da jovem de 21 anos conseguiu sobreviver ainda por mais sete dias.

Na tarde do primeiro dia de internação, já transferida para a Ala de Observação do Hospital, e não para a UTI – pois, aparentemente, com ela nada de grave havia acontecido – o corpo ou o clone da jovem se debatia na cama, como querendo falar, mas sem poder se comunicar com os pais e parentes. Parecia entender as perguntas que lhe faziam, pois mexia com a cabeça, sugerindo um sim ou um não.

Eu o pai da jovem, em minha dor e desespero, ou quem sabe em meu desvario ou loucura – diria um psiquiatra – tive a nítida impressão

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de que o espírito da filha, separado do corpo, me rogava e implorava, gritando, que eu a tirasse do hospital. Tive a nítida impressão de ouvir: “Pai, pelo amor de Deus, faz alguma coisa!... Tu és médico, tira-me daqui!...”

Em pensamento e espírito a ela eu respondi: “Filha, por favor, dá-me um ou dois dias de prazo e te levarei

para casa! Tenho medo dessa tua ferida no tórax. Teu pulmão foi afetado levemente, e levando-te para casa, tu poderás piorar!...”

Mais tarde, as únicas e últimas palavras que minha filha pôde pronunciar foram à tia dela, quando esta encostou o rosto na sobrinha, sussurando-lhe coisas no ouvido. A.B. então disse-lhe: “TIREM-ME DAQUI1 TIREM-ME DAQUI!...”

Antes disso, porém, escancarou os olhos e encarou bem a tia, mas com um olhar que não era o dela, e depois disse aquilo... A tia dela não me comunicou esse fato. Se tivesse me informado, talvez eu tivesse logo retirado ela do hospital, sei lá se era possível...

Ao anoitecer eu não pude ficar, mesmo sendo médico. Mas minha esposa pôde ficar no hospital municipal, junto ao leito da filha (corpo ou clone?), porque era funcionária pública municipal.

A.B. continuou se debatendo, mas mais espaçadamente, sem nada pronunciar.

Naquele anoitecer, antes de me retirar do hospital, sem médico por perto, avaliei os sinais vitais.da filha. Eu havia trazido a minha maletinha. Aparentemente A.B. estava bem. Não havia rigidez abdominal, aumento ou queda da pressão arterial, A respiração e os batimentos cardíacos estavam normais. Não apresentava febre nem vômitos, não sangrava mais.

LAMENTÁVEL DESFECHO Como disse, a mãe dela ficou ao lado da cama. Pela madrugada,

ela cochilou junto ao leito. De repente acordou aos sobressaltos e deparou-se com o corpo (ou clone?) da filha nos últimos estertores da morte.

Bem depois, eu suspeitei que a troca do corpo pelo clone ocorreu dentro do próprio hospital, e nessa madrugada fatal, quando a mãe cochilou.

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Estudei ufologia e sabia que ETs nefastos podem fazer isso com facilidade e com uma rapidez incrível. Eles têm tudo pronto para substituir alguém. Desmaterializam e materializam com facilidade, como acontece nas abduções ou contatos de quarto grau.

Na ala de observação onde o corpo de A.B. estava só havia uma enfermeira no plantão noturno, para atender e vigiar mais de 30 pacientes. De que modo ela iria dar-se conta de uma eventual troca de corpo?...

Aliás, eu desconfio que isso é feito muito frequentemente nos hospitais públicos e principalmente com gente jovem. A falta de religiosidade e espiritualidade desses hospitais públicos é a que propicia tal ocorrência plausível. A egrégora presente de qualquer religião sempre ajuda.

Em prantos, a mãe da jovem pediu então socorro à enfermeira e aos médicos. Estes últimos, ao invés de ajudar prontamente, só pioraram a situação.

Tal corpo ou clone teve uma parada cardíaca. Um médico de plantão aplicou ao tórax um choque elétrico, como as regras mandam, e o coração voltou a bater caoticamente. A seguir efetuaram Rx e constataram na jovem (ou no clone) uma ruptura hepática, talvez provocada pelo eletro choque.

Imediatamente submeteram A.B. a uma cirurgia corretiva do fígado, já que nada ou quase nada do mesmo havia sobrado. Ele havia virado uma massa disforme.

E aqui está o impossível da história, ou uma ficção dentro de outra ficção.

O fígado de minha filha, se tivesse sido esmagado por causa do atropelamento ou por causa da pancada do veículo, teria sangrado imediatamente e de modo abundante, e teria liberado também fluxo bilhar ou venenos irritantes para dentro da cavidade abdominal. Logo a seguir, isso teria provocado uma peritonite, um estado de coma, rigidez abdominal, dores lancinantes, vômitos biliosos e sanguinolentos, febre, cianose, alterações agudas dos sinais vitais, disfunção renal, respiratória etc.

Nada disso, porém, se constatou nas primeiras 16 horas de internação hospitalar. Só dezesseis horas depois ou de repente é que ela ou o clone dela passou a apresentar tais sintomas e sinais hepáticos agudos.

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Os corpos clonados que certos ETs deixam no lugar dos seres vivos – cuidado que há também ETs de Luz ou benevolentes e não somente trevosos – geralmente apresentam sinais corporais invertidos. Uma cicatriz que se apresentava no lado esquerdo, passa a aparecer no lado direito. Com nevos ou sinais de nascença, na pele, acontece o mesmo. No caso dela, só aconteceu uma inversão no tipo sanguíneo. Ela era “O” positivo como o pai e a mãe, mas ficou com “O” negativo. Quando precisou transfundir sangue, ela ou o clone dela apresentou tal sinal invertido, quando era ou tinha que ser “O” positivo. O eletrochoque no coração e a cirurgia corretiva do fígado foram um desastre.

Mesmo assim, tal “boneco” (ou corpo?) sobreviveu ainda seis dias em outro hospital.

Neste outro hospital, também aconteceram coisas que não podiam ter acontecido.

Eu, médico por profissão, evidentemente fui excluído, neutralizado pelos colegas super sábios, do hospital escola. Eu não passava de senhor um neurótico. Certos jovenzinhos fazendo cursos de aperfeiçoamento pós formatura em medicina são de uma insensibilidade completa e são uma merda legítima...

Nada pude fazer para ajudar alguém. Mentalmente, contudo, irradiava espiritualidade e força para que aquele corpo combalido se recuperasse de alguma maneira. Na ocasião das hospitalizações ainda não tinha desconfiado da troca do corpo dela por um clone.

Só após o enterro, eu me apercebi de que durante todo o tempo, eu tinha estado lidando com um boneco, com um clone e não com o corpo de minha filha.

No começo da segunda hospitalização, inclusive alguns exames tipo tomografias, cintilografias etc, davam sinais favoráveis de recuperação da jovem, mas no final, tudo resultou em nada... Tudo se movia ou era movido para que tal corpo ou clone fosse apagado e enterrado de vez.

Na noite do velório, eu tive outra visão – um psiquiatra, contudo, chamaria isso de alucinação, delírio, loucura, sim, pois, eu entendo a linguagem psiquiátrica – e vi a filha viva na minha frente, furiosa e esbravejando. Ela me dizia, clamando:

“Pai, que palhaçada é essa; eu não sou essa coisa que está aí, no caixão!? Por favor, pai, não acredite nisso!...

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A seguir eu tive uma crise de choro forte e um abalo nervoso. Antes disso, porém, pude ver como ela, dirigindo-se para o catafalco, tentava derrubar o caixão. Foi um choque muito forte. Acharam que tinha tido uma exagerada crise de nervos.

OUTRA SUPOSIÇÃO Só no segundo dia, após o enterro, é que eu me apercebi da

possível troca de corpo e do enterro de um clone. O noivo dela não quis assistir o final do enterro ou o enfiar do

caixão na parede do cemitério. Sua irmã mais jovem, Juliana, também se recusou assistir o enterro ou emparedamento. Ambos disseram que aquilo que estava sendo enterrado não era a verdadeira Adriana. Não sei por que exprimiram essa impressão contrária. Das minhas visões ou “alucinações” nada havia contado a eles...

Depois da pantomima do enterro, a filha morta ou quem sabe SIMPLESMENTE TRANSFERIDA pedia-me ajuda ou socorro aos gritos.

Se os sete dias de hospitalização e enterro foram um purgatório, o que se apresentou depois foi um inferno muito pior. Tinha a impressão de enlouquecer e também comecei a temer por uma morte súbita.

Perto de mim, eu sentia a filha desesperada, chorando, gritando e clamando por socorro. A.B., creio eu, com corpo original, ego-alma e tudo o mais, havia sido transferida de plano vital à força, ou foi levada para aquilo que nós, os normais, chamamos de “o mais além”.

Mais tarde, fiquei sabendo que ela havia sido posta a dormir em estado cataléptico profundo, coisa, aliás, que os ETs nefastos fazem comumente. Só que o sono profundo da jovem não durava, e ela acordava, esperneava, se rebelava e gritava por socorro. Até no estado de submissão cataléptica, ela se desdobrava e vinha em corpo astral, digamos, a falar comigo e a clamar por auxílio.

MAIS COMPLICAÇÕES Um mês depois da minha tragédia, fui a um centro espírita, o

qual misturava espiritismo com a umbanda brasileira. E em lá chegando

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com a minha outra filha Juliana, e o Rodrigo, o noivo da falecida, (transferida), uma médium incorporou e começou a esbravejar contra alguém, porque esse tal alguém estava destruindo a fé no espiritualismo em geral. A princípio não entendi o porquê daquela agitação mediúnica, mas depois me dei conta que eu era o criminoso e culpado disso. Sim, pois, sem fazer alardes nem escândalo, eu estava duvidando da benignidade do mais além, dos pretensos “espíritos de luz”, e que na ocasião da minha presença se revelaram aliens das trevas e não entidades espirituais, boas e lúcidas. Achei nojento aquele clamor, pois nada havia feito de mal. Apenas eu tinha ido para lá na esperança de que alguém do mais além, de preferência bom caráter, me contasse alguma coisa a respeito de minha filha. Ou senão, ela mesma aparecesse. Nada feito.

Não me denunciaram nominalmente. Apenas disseram que presentes estavam alguns inimigos da fé. Naturalmente, eu simplesmente me retirei, frustrado e desapontado. Isso que freqüentei sessões espíritas por mais de 20 anos.

Quatro meses depois, eu procurei Alex, o pretenso contatado do Rio de Janeiro, e que em verdade era um ET benevolente, disfarçado de homem. Contei a ele minhas impressões e dúvidas, e pedi ajuda.

Inicialmente, Alex relutou em querer me ajudar. Inclusive afirmou que ela estava morta ou tinha falecido. Depois, porém, acabou confirmando que efetivamente AB havia sido raptada, abduzida, por ETs nefastos. Até deu o nome dos raptores “Povo de Íbis”, aparentemente coisa muito ruim, povo esse que eu nunca tinha ouvido falar.

A seguir teriam interferido os Ummitas, ou os tais das famosas comunicações intelectuais da Europa. Eram ETs mais benevolentes que conseguiram resgatá-la e a entregaram aos Almarans. Mas por quê?

Alex deu-me a entender que ela estava viva e estava bem. Ele ia tentar interceder junto aos almarans para que, de algum

modo, a jovem retornasse à Terra, junto aos pais, no mínimo por certo tempo. Tal amigo ET do Rio prometeu inclusive que antes do retorno ou do reaparecimento, a própria AB iria fazer um contato telefônico comigo, ou senão mandaria uma carta para os pais.

E aí os meses foram passando e sem nada acontecer. Nesse meio tempo, entrou inclusive uma respeitável batuqueira

ou mãe-de-santo, e que jurou para um amigo meu – o qual providenciou

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tal contato – que ela, fora incumbida pelos orixás, Iansã, exus – sei lá! – de trazer de volta a nossa jovem abduzida ou falecida.

Obviamente, também aí nada aconteceu e tudo ficou restrito ao diz-que-diz.

Alguns meses mais tarde, eu, com minha ex-esposa, a mãe da jovem, voltamos a falar com o Alex, o qual nos garantiu que havia falado com ETs de alto gabarito, como, por exemplo, um “Astarsheran”, e que eles, os ETs benevolentes (almarans) já estavam com ela (a abduzida), residindo agora na Suíça.

Eu, em minha agonia, iria fazer um contato por carta ou por telefone. Após alguns meses, ou quase exatamente um ano depois do rapto aparente ou falecimento, recebi uma carta da Suíça, provinda de Zurique, sem remetente, e sem assinatura, datilografada. O teor da carta dizia assim:

“Pai e Mãe cheguei bem graças ao pedido do contactado do grande Astral. Espero breve contato com vocês, mãe e pai, não acreditem na macumbeira; minha irmã mais jovem (por que AB não a chamou de Juliana?) deve aproveitar mais a vida. Estou me juntando com um Almaran, soube do pedido da mãe de ficar no meu lugar. Mãe, estarei sempre com vocês te amo os dois, não sofram. Beijos do meu novo nome e do Almaran; ele praticamente me adotou. Visitarei o Brasil no Rio de Janeiro, breve, tento avisar.”...

O modo de escrever não era bem o estilo de AB, inclusive havia erros de português, que ela, sendo universitária e boa leitora não cometeria. De qualquer modo, se as portas da esperança estavam semi-abertas, com tal carta se escancararam, mas só num faz-de-conta, é claro.

BUSCAS INCANSÁVEIS Na minha eterna busca, resolvi fazer contato por telefone com

um renomado professor de Niterói (S.L.), que era espírita, ufólogo e havia feito notórias regressões hipnóticas a serviço da Ufologia. .

Visitei-o e recebeu a mim e a Minha filha Juliana no seu apartamento junto à praia de Niteroi. Ao nos receber, com ele, presente estava uma médium renomada

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Contei ao professor minha tragédia e eventual não-morte e sim rapto de AB.

Ao ouvir-me, escandalizou-se sobremaneira. E alegou que tal abdução não poderia ter acontecido. Que ninguém burla a justiça divina. E que os espíritos do além não teriam deixado. Ademais, AB. Estava sujeita ao carma e não iria ser qualquer ET que alteraria o carma e a inevitável transferência para o mais além, e nunca anulação, própria dos niilistas e materialistas.

Fiquei quieto e ouvi as admoestações ou reprimendas do professor, suspeitando de que ele tinha razão, e que não havia mais nada que fazer.

Curiosamente, porém, a médium que estava presente no apartamento, de repente incorporou alguém e, contrariando o professor SL disse-me claramente:

Amigo, você está com toda a razão. Ela de fato não desencarnou, foi raptada por aliens, e em menos de três anos, ela voltará. Creia no que estou dizendo. Outra vez fiquei encantado

A médium inclusive indicou um lugar no Sul do Brasil – o cânion Fortaleza, perto de Caçapava do Sul – onde talvez eu a encontrasse numa das casas daquela zona desabitada.

Não é que, com minha filha de Rodrigo eu fui para tal local, e dormi sob o céu estrelado! O cânion Fortaleza era belíssimo, mas nada encontrei em tal local nem nada apareceu durante a noite de especial. Apenas vi luzinhas se mexendo no céu, que não eram satélites com seus deslocamentos uniformes. Tais luzes em ziguezague poderiam ser inclusive Óvnis. Mas ficou por isso mesmo.

UM QUASE ENCONTRO Passaram mais seis ou sete meses e nada aconteceu... Alex

alegou que minha filha já se encontrava no Brasil, mais exatamente em Minas Gerais, e depois, iria para o Sul do Brasil no fim de 1990.

Antes disso Alex me convidou para passar dois dias no Rio. Pelo telefone, não foi muito claro, mas me deu a impressão que ele ia tentar fazer um contato com AB, no Rio mesmo. Eu viajei e me encontrei com ele. Disse-me que no dia seguinte, nós dois iríamos num determinado local isolado onde se localizava uma base secreta de aliens.

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Só sei que, na manhã seguinte, fui para Copacabana para me encontrar com ele. E aí pegamos um ônibus que passava pela Barra da Tijuca e daí a condução desviava e seguia para Jacarepaguá, ou algo parecido, por sinal bem distante.

Eu não sabia onde me encontrava, mas supostamente estava em Jacarepaguá. O que aconteceu depois, porém, desmentiu essa possibilidade.

Descemos do ônibus e começamos a caminhar a pé longo trecho. Tivemos que subir morros não muito altos, com casas e não malocas. Começou-se por ruas calçadas e depois se acabou em ruas de chão batido. .

Caminhamos até chegarmos ao alto de um morro isolado, agora sem qualquer casa. Perto havia outras elevações também isoladas. O Alex deu a entender que conhecia muito bem esses locais desabitados. Eram-lhe familiares.

Tudo era deserto, com algum matagal, sem árvores altas, mas sim muitas pedras grandes. Algumas até pareciam trabalhadas ou esculpidas. O Alex me disse que tivesse paciência porque a tal base estava próxima. Nunca tinha ouvido falar a respeito da mesma.

Apontou para algumas pedras bem grandes e um tanto e quanto esquisitas. E disse-me que muitas dessas pedras ou rochas eram sinalizações para os habitantes por ali escondidos. Algumas dessas rochas tinham traços esquisitos que não chegavam a ser desenhos.

Curiosamente tive a impressão que AB estava me esperando em alguma parte, só que o Alex não tinha falado claramente a respeito. Continuamos caminhando como se estivéssemos num topo plano de um morro.

Fomos andando, até que se chegou num local da elevação, e que se se descesse dava para uma longa e grande praia deserta. Sem qualquer dúvida, era um belo panorama. Não sei que praia deserta era aquela. Não perguntei ao Alex e também não era preciso. Inicialmente não havia ninguém

Desde o ponto em que nós estávamos, havia uma descida de duzentos metros que acabava na praia. Do lado direito havia um morro não muito alto, de uns 150 a 200 metros de altura, com mato não muito alto. Era completamente desabitado e de alguma maneira se ligava à elevação em que nós dois nos encontrávamos.

Para chegar a tal elevação, tínhamos que descer para a praia, caminhar quatrocentos metros de praia e depois tentar subir o morro.

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Olhei para a fachada do morro diante de mim, era parede pura. Estava tudo fechado. Não havia cavernas ou entradas. Apenas existia uma pedra colossal que estava dependurada na parede do morro por meio de alguma saliência. Achei estranha aquela grande pedra dependurada, mas não dei qualquer importância. Eu e o Alex vimos a parede do morro nessa condição, sem apresentar nada de excepcional.

Não passaram sequer cinco minutos, quando de repente a parede fechada do morro deu lugar a uma boca bem grande e escura de uma caverna. A enorme pedra que estava dependurada havia-se deslocado, não sei como e sem fazer barulho, deixando ver agora uma grande entrada escura, sem qualquer luz.

Chamei atenção ao Alex, e ele me disse que era exatamente isso que ele queria que eu visse. E disse-me: “Eles estão lá naquela caverna e a Adriana também”. Só não perguntei quais eles estavam lá. Nessas alturas, não tinha qualquer importância.

De minha parte, tive a impressão que AB me chamava, dizendo: “Pai, vem eu estou aqui!” Só que eu não vi a silueta de minha filha nem vi alguém na entrada da caverna, que se encontrava a 50-70 metros de altura da praia. E teria dado muito bem para ver alguém na boca da caverna, e que antes era uma parede coberta por uma grande pedra. dependura. Teria sido fácil subir o pequeno morro e entrarmos na caverna.

Propomo-nos descer até a praia, superar a distância que terminava na elevação, e depois subir o morro para entrar na caverna aberta. A pedra deslocada continuava lá, dependurada no espaço, não sei como.

Sucedeu, porém, que, antes de descer para a praia, olhando para esquerda, eu e o Alex, vimos cinco ou seis homens, mal vestidos, digamos, tipo pescador que vinham correndo em nossa direção. Eles nos viram, e não sei de onde eles saíram, assim de repente. A distância deles em relação a nós era de mais de quinhentos metros ou quase um quilômetro. O Alex se assustou e disse que eram bandidos e que, não somente nos assaltariam como inclusive nos matariam. Assustado e preocupado, exigiu que fôssemos embora correndo para salvar a pele.

Ele, então, saiu a toda velocidade, sem parar, vencendo os altos e baixos dos morros e eu atrás dele esbaforido e chateado. Ao longo do caminho de volta, eu tive a impressão que AB gritava para mim: Pai, pai! E depois começou a chorar.

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Olhamos para trás, a fim de ver se os danados estavam próximos. Nada vimos. Só paramos de correr quando voltamos a enxergar as primeiras casas. Podem se imaginar como fiquei chateado e triste. Aparentemente o Alex também ficou chateado. Por minha vez, não podia crer que o Alex tinha me enganado, com tantos empenhos e esforços da parte dele.

Como não podia deixar de ser, eu Acabei chorando. Outra vez senti a amargura do destino. Não tivemos alternativa, senão voltar para o bairro em que tínhamos chegado (Jacarepaguá?), e pegar uma condução para a Barra da Tijuca e Copacabana. Na volta de ônibus, Alex me explicou que os tais homens eram ETs nefastos, inimigos dos outros ETs que estavam enfiados dentro do morro. Vigiavam tal elevação com sua eventual base, e que estava escondida tapada por uma grande pedra dependura.

MAIS SURPRESAS Mas como estava dizendo em páginas precedentes, em janeiro

de 1991, depois das tais promessas verbais e por escrito, fiquei ansiosamente esperando o contato telefônico, da filha, e que finalmente não ia acontecer.

Mas para minha surpresa, recebi um telefonema anônimo de Minas Gerais. O misterioso interlocutor do telefonema apenas disse:

“– Alô, estou falando com EB? – Eu disse que sim: E ele acrescentou:

- Aqui quem fala é um amigo. Meu nome é Almaran. Sou amigo e companheiro de sua filha. Ela está muito bem. Estamos em Minas. Apenas quero avisá-lo que não poderemos comparecer ao encontro combinado, conforme prometido, e isso por causa da guerra... (Eram as 11,45 da manhã e a guerra começou às 22 horas da noite).

Estupefato eu perguntei: De onde Fala: - De Minas – Respondeu a voz de um jovem de no máximo 20 anos, num brasileiro castiço. E desligou...”

Eu nada sabia de que havia alguma guerra ou que um grave conflito iria começar. E naquela noite, as tropas do Bush pai, presidente do EUA, vergonhosamente atacaram o Iraque de Saddhan Hussein.

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No mês de fevereiro de 1991, sempre agoniado, eu fui convidado para fazer uma palestra ufológica em Montes Claros em Minas Gerais. Passagens e estadia tudo pago. Não soube por quem, nada contra. E nesta cidade teve realmente um congresso. Eu voltei a me encontrar com o Alex. Encontrei-me também com outro rapaz que o Alex apresentou como sendo alguém ligado aos Almarans

Tempo depois, esse mesmo rapaz de Montes Claros, e que havia se tornado meu amigo, confessou em carta escrita que havia sido ele a dar o tal telefonema de Minas, a pedido do Alex.

O rapaz de Minas não sabia o que estava fazendo. Pensou apenas em ajudar alguém. O curioso de tal telefonema, é que o rapaz, às 11,45 horas da manhã, declara que “não podia comparecer ao encontro, conforme prometido por causa da GUERRA. E a guerra asquerosa Iraque-EUA efetivamente estourou de noite, naquele mesmo dia.

Depois dessa ocorrência, passei a desconfiar de que inclusive a carta que havia recebido da Suíça era falsa. Só que, fora o texto, a missiva (papel, envelope, selos etc.) era verdadeiramente suíça e tinha sido escrita inclusive com uma máquina européia, pois nas palavras datilografadas faltavam o til e o acento circunflexo, coisas que as máquinas de escrever européias não possuem, salvo as de Portugal.

Sim, eu posso ter sido enganado, mas o que Alex ia ganhar com isso. Aparentemente não conseguiu matar um otário como eu, digamos.

Em Montes Claros, o Alex ainda me contou que AB, desde a Suíça, havia telefonado para ele, e que logo a seguir telefonaria para mim também.

Alguém mais, não me lembro quem, também contou que ela (a desaparecida) costumava viajar da Suíça para a Alemanha, da Alemanha para a Suécia, da Suécia de volta para a Suíça e daqui para os Bálcãs, para o Iraque, e isso sem nunca contatar-se comigo.

A VIDA CONTINUA E AS SURPRESAS TAMBÉM Nesse meio tempo, AB teria casado com um suposto almaran

(nome dado a um povo de ETs) e estaria grávida. Mudou inclusive de nome. Não é mais aquele que possuía antes...

Bem, mas o fato é que toda essa estória só ficou no diz-que-diz.

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Não obstante todas essas trapalhadas, uma semana antes da Páscoa de 1991, alguém desconhecido telefonou para minha vizinha do quarto andar – que era a senhora que recebia todos os telefonemas ligados ao meu problema com AB desaparecida – alguém esse que aparentemente, queria contatar-se comigo. A tal voz em verdade não citou nem seu próprio nome, porque não podia, nem o nome de alguém. Mas para meu espanto, bem mais tarde, eu me dei conta de que a voz ao telefone era exatamente a voz de AB (desaparecida ou morta).

O que gravou a chamada telefônica foi uma secretária eletrônica, porque a dona do aparelho ou a vizinha, não estava em casa. Na Sexta Feira Santa ela viajou, não ficando ninguém em casa. A vizinha fez-me ouvir o registro da voz lamuriosa dessa jovem que em princípio eu não reconheci. Falei a respeito dessa gravação para minha filha Juliana e ela imediatamente desceu para também ouvir a voz. E em seguida emocionada reconheceu a voz da Adriana. Eu gravei esse lamento numa fita cassete de antigamente.

Num tom lamentoso de choro e quase desespero, a voz dizia: “ALÔ, PELO AMOR DE DEUS, ATENDE ESSE

TELEFONE!...” Esse ser que assim se exprimiu achou que, mesmo tendo sido a

secretária eletrônica a atender o chamado, alguém poderia estar em casa, se escondendo e sem querer atender.

Trágica circunstância ou ironia fatal, tal pedido ou exclamação correspondia exatamente à voz e à entonação da filha desaparecida, abduzida ou até mesmo desencarnada em definitivo, como habitualmente se diz.

Em minhas desconfianças (ou delírios?) continuo achando que de algum modo, minha filha está viva. E está presa em algum lugar, principalmente depois do contato do famoso telefonema. E este último, nenhuma espiritualidade capenga ou parapsicologia consegue explicar como sendo o fruto de meras forças paranormais emanadas pela cabeça do pai, ou senão como sendo a voz de um espírito malévolo que deu um estúpido recado paranormal, valendo-se do telefone. E isso acontece, sei bem.

O telefonema efetivamente é conciso e com uma voz direta. A voz foi liberada por uma pessoa de corpo denso, com voz própria e estando viva. Não é uma voz de espírito desencarnado. Inclusive antes de o telefonema definir-se na gravação como uma lamúria ou uma

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queixa, há alguém junto à jovem em agonia que pergunta: “Não atende?...”

E numa gravação seguinte, talvez registrada logo depois, essa mesma pessoa do “Não atende!”, de modo muito lacônico e também sem identificar-se declara ao telefone para que ficasse gravado: “Alô dona Laura (minha vizinha), eu queria que a senhora desse um recado ao seu vizinho, o Dr. Ernesto Bono. E dissesse a ele que amanhã, entre dez e onze horas, eu telefonarei para ele daqui de Minas Gerais...”

A safada havia se dado conta de que a dolorosa queixa e lamúria de AB havia ficado registrada numa secretária eletrônica. E deixou o recado dela para confundir e fazer com que o lamento passasse despercebido.

Naturalmente tal mulher, no dia seguinte, simplesmente não telefonou.

Mas quem era essa fulana do “Não atende!”, e que assim se exprimiu antes de minha filha querer falar comigo. Essa enigmática senhora posterior ao telefonema da Adriana, em sua telefonada para a minha vizinha, dona Laura, só pronunciou meu nome e o nome da vizinha. Sim, pois, ela tomou conhecimento das duas pessoas por meio da Adriana.

Mais adiante, eu suspeitei que a tal senhora que ia telefonar desde Minas Gerais, e que também era a do “Não atende!”, finalmente era a mesma fulana que se apresentou no saguão do Rio – congresso de ufologia – falando com Alex.

De tempo em tempo, eu sinto AB por perto, chorando e pedindo ajuda. Estou convencido de que a contraparte espiritual de AB é a que se desprende do corpo onde ele estiver, e se aproxima em busca de socorro. Este socorro infelizmente não pode ser concretizado por falta de pontos de referência e maneiras de localizar em que lugar se encontra o corpo adormecido ou em catalepsia de AB. Talvez ela tente dizer onde está, mas eu não capto a mensagem espiritual, porque o ego-intelecto em mim acha que isso é besteira ou imaginação.

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ACLARANDO OU CONFUNDINDO? Agora é bom que eu repita o que antes só foi esboçado. A jovem AB ou aquele ser íntegro, com corpo-ego-alma, num

acidente faz-de-conta, foi transferido de plano existencial, à força, e foi posta a dormir, talvez em catalepsia profunda, coisa que certos ETs fazem comumente. Só que o sono profundo aí não dura, e a tal jovem (ou ser) acorda, protesta, esperneia e grita por socorro.

Certos ETs safados e nada bonzinhos – porque conforme se viu em trechos precedentes, eu simplesmente fui enganado todo o tempo – quem sabe tenham tentado fazer um acordo com ela e, talvez, lhe tenham dito que se ela permitisse que eles usassem o corpo ou o cascão – em suma, o corpo externo e raptado – ela, como alma-ego que era e é seria transferida para o “sétimo céu”, onde gozaria “as delícias do paraíso”. Até voltar a reencarnar.

AB evidentemente não deve ter aceitado em ceder o próprio corpo para que um ET intruso qualquer o viesse a utilizar.

Para quem não sabe, é bom desconfiar de que há ETs malignos – e desrespeitadores das Leis Cósmicas – que costumam fazer isso.

Se tal é plausível, ETs negativos tiveram então que submetê-la outra vez a um sono profundo, como já haviam feito logo após o primeiro rapto (ou na avenida movimentada ou no hospital). Inclusive devem ter retirado sangue, a partir do qual conseguiram forjar outro clone, ou outra cópia perfeita daquele mesmo corpo original que estava (e está) dormindo.

No cérebro daquele corpo verdadeiro da jovem dormida, os ETs inseriram dispositivos minúsculos (chips), e que interligado ao pretenso clone recém formado, graças a fios ectoplásmicos sutis – (e que constituem uma espécie de cordão umbilical) - transferem ao clone a vitalidade que ele não tem, transformando-o em corpo vivo.

Sabe-se que todo clone ou boneco de carne que os ETs safados forjam dura só dois ou três dias. Mas por meio da inserção de dispositivos no cérebro (chips), e, às custas do corpo vampirizado e adormecido, o clone consegue viver muito mais. O cordão umbilical ou os fios sutis ectoplásmicos, ligados ao pequeno dispositivo inserido no cérebro do corpo real, constituem, pois, a ponte do corpo vivo adormecido e do clone sem morador.

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Em suma, primeiramente um clone ficou no acidente e foi enterrado; ponto final.

Mas o corpo abduzido foi posto em estado de catalepsia. E outro (ou outros) clone foi feito para que, conectando-o com o corpo de carne, dormido, desse abrigo a um ENTRANTE, a um ET safado e semi-espiritual, que penetrou em tal clone já vitalizado. Por meio deste último, faz o que faz, na Suíça, na Suécia. Alemanha, Croácia, Iraque etc. Essa conecção, pelo jeito, se algo não acontecer antes, persistirá enquanto o corpo vivo e original durar dormindo, ou mesmo acordado, conforme o carma próprio.

De tempo em tempo, a adormecida é acordada para ser recondicionada, alimentada e para que apanhe sol. E aí ao invés de dormir, parecer-se-á a uma morta-viva, a um zumbi. Deve ter sido nessa condição, ou talvez um pouco mais desperta, que minha filha quase fugiu e conseguiu dar a telefonada. Depois, evidentemente, foi recapturada e levada de volta para onde estava.

Repetindo, com essa conecção e parasitando o corpo vivo adormecido – (até que morra em definitivo|) – logo a seguir, os ETs safados utilizam o clone e enfiam dentro um ET sutil e estranho qualquer. Ou melhor, enfiam um ENTRANTE ou uma ENTRANTE deles mesmos. Uma “persona” especial que vai visar o PODER e que vai exercê-lo, principalmente. Ou senão, vai se inserir nos postos de mando e vai manipulá-los ou vai eliminar todos aqueles que se levantam contra os desígnios e decisões deles. Desse modo, então, talvez tomem conta dos “postos de mando” do mundo e, por fim, acabem subjugando a humanidade...

Se por causa de certos ETs isso está acontecendo, e parece que sim, então tudo é bem pior que as obsessões e possessões denunciadas pelos católicos e pelos espíritas, principalmente.

Com essa intromissão de certos ETs, tal corpo-clone volta a viver no nosso meio, na Terra, alimentado pelo corpo original parasitado (chips) e em estado de transe.

O entrante garante inteligência, vontade e mobilidade àquilo ou àquele boneco que não poderia mover-se. E tudo isso, de certo modo, foi confirmado pelo próprio Alex, que disse que uma cópia de minha filha estava agora morando na Suíça, com outro nome, e que a dona original (ou alma-ego) do corpo adormecido, ou até mesmo do zumbi, estava num alto plano astral, hipnotizada e usufruindo ou gozando um maravilhoso faz-de-conta...

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A única coisa plausível e palpável em toda essa história foi o tal telefonema da minha filha abduzida, e que, em desespero de causa, ficou registrado na fita magnética de uma secretária eletrônica.

A filha que – em profunda dor e desespero exclamou: “Alô, pelo amor de Deus, atende esse telefone!”, quem sabe desde Minas Gerais – duvidou de que a vizinha não estivesse em casa. Por isso numa tentativa remota e sem poder identificar-se ou dizer seu nome – isso seria violar as normas dos senhores da morte ou dos manipuladores da falsa fatalidade – exclamou o que exclamou para ver se alguém (hipoteticamente) escondido na casa se comovia. – (Amigos, juro que a voz é da própria AB) – Infelizmente, porém, de fato não havia ninguém em casa. AB, quando ainda na vida cotidiana deste mundo, conhecia bem o número do telefone dessa vizinha. Tanto eu quanto minha filha Juliana reconhecemos a voz de AB, porque eu ainda tenho fitas magnéticas com a voz da AB gravada.

Digo eu, por dizer, os abdutores ou até mesmo os raptores de AB, não sei por qual motivo, acordaram-na provavelmente do sono profundo em que se encontrava, e permitiram que, estonteada, ela saísse à luz do dia e desse esse único telefonema, entre os tantos que a ela haviam prometido.

A nossa eventual abduzida vinha acompanhada por uma ET-mulher, disfarçada de gente humana, que certamente a vigiava e que tinha que levá-la de volta de onde saíra. Talvez tal mulher deu-se conta do gemido e suspiro da raptada e que haviam ficado gravados. Posteriormente, para disfarçar esse registro e tentou me enganar, e deu aquele recado de que ela no dia seguinte, entre 10 e 11 horas da manhã, me iria telefonar desde Minas Gerais, coisa que obviamente não fez.

Amigos, por favor, não me condenem e me levem a sério no que puderem. O que acabei de narrar parece ficção científica, da bem boa. E, no entanto, é a mais pura verdade! Só que um tanto e quanto mal delineada. Não é por nada que um refrão castelhano costuma dizer: “Hay cosas que parecen bolsas, y que mirandolas al revés, parecen bolsas otra vez. Escojan el lado que quieran.”

Algum tempo depois, cansado com tanta expectativa boba, eu mandei desaforada ao Alex, e inclusive lhe enviei uma cópia da fita cassete onde aparecia a voz de AB.

O dito cujo, imediatamente respondeu-me por telefone. Muito triste e magoado alegou que não era culpa dele se AB não havia voltado ainda. Disse que estava se empenhando com todas as suas possibilidades

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para que certos ETs cumprissem o que haviam prometido. Nem que tivesse que morrer, iria se empenhar até as últimas conseqüências.

Por causa disso ou de algo mais, havia inclusive sofrido atentados ou acidentes quase mortais. Estava com medo de sua própria vida e temia morrer brevemente. E de fato, alguns meses depois, simplesmente faleceu por causa de um tumor maligno, que foi aparecer em seus rins, o qual teria provocado o desenlace.Mas será sua morte foi devida ao tumor?

Perguntei-me, então, se supostos ETs não defendem ETs, o que não acontece conosco, pobres seres humanos:

O outro tal ET de Minas Gerais, ou assim suposto, simplesmente desapareceu do mapa, de um modo muito estranho. Não se sabe se morreu ou o que foi que aconteceu.

AMOR E PODER Agora vou dar um giro de 180 graus no que estava dizendo. E a propósito disse alguém: “Certos ETs – reptilianos,

reticulianos, rigelianos, alfa-cinzentos etc – não compreendem a maior parte das emoções humanas, malgrado tenham alcançado um alto grau intelectual, mas não de espiritualidade...”

Sim, essa é a mais pura verdade! Todos aqueles extraterrestres ou até mesmo extra-situacionais (ETs) que ficaram submissos ao demiurgo, formando uma federação, eles ou são criações artificiais deste último – portanto mais autômatos que autônomos – ou simplesmente não sabem o que é Sentir-Saber-Intuir. Ou também o que são as emoções, e até mesmo não sabem o que são as nem sempre louváveis paixões humanas.

Os demiurgos e seus sequazes viraram intelectualismo puro, ou são verdadeiras máquinas. São quase iguais aos computadores que parecem se mover, atuar e se determinar seu favor. Por isso que conseguem até suscitar magia negra contra os homens. E por não saberem exatamente o que são essas pretensas abstrações humanas, inclusive nos vampirizam nessas nossas possibilidades tão naturais e até mesmo espontâneas...

Visando subjugar o próximo pelo PODER, os demiurgos (falsas deuses ou um deus usurpador) e certos ETs nefastos, seus asseclas etc.

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introduziram entre os homens o intelecto frio e a razão cortante, que a justiça humana, a teologia e a ciência incrementaram ao extremo.. Infelizmente certos homens, totalmente escravizados a tais ETs sacrificam o que de melhor possuem em seus Espíritos: o ATO PURO, o SABER-SENTIR-INTUIR Primevos, as emoções, os sentimentos ou a Inteligência verdadeira, o AMOR etc., para fazerem prevalecer apenas o intelecto e a razão pura. Com isso, fortalecem o PODER que os nefastos do além e do aquém sustentam.

O que certos ETs mais gostariam, era usufruir de nossos sentimentos, sensações, emoções, sensibilidade, alegrias e dores, mas não podem. Nem todo nefasto – como certos reptilianos – gosta de ser só máquina ou um computador que anda.

De qualquer modo, a maioria jamais alcançará a condição de Consciência-SER, com todas aquelas riquezas (e até mesmo misérias, próprias do homem). Por isso esses farsantes têm raiva de nossa felicidade (ou ”ANANDA”), e são capazes até de suscitar as tais “aparições marianas” (ou equivalentes).

Nessas, eles conseguem juntar milhares de seres humanos carentes, que estão sincera e profundamente emocionados, seres que tentam desesperadamente fazer eclodir a fé, a qual, finalmente, é sentimento e emoção, puros e silenciosos.

Nessas congregações, onde as lágrimas, as preces, as esperanças e as eternas expectativas abundam, os humanos liberam a fina flor de sua existência – representada pela devoção e pelo AMOR – a Deus, à Virgem Maria, a Jesus Cristo. E tal fina flor é exatamente o SAT-CHIT-ANANDA dos orientais, ou senão é o SER-CONSCIÊNCIA-FELICIDADE, que os humanos só usufruem, às vezes...

Todo esse amor, esperança e eternas expectativas, liberadas em troca de que aconteçam algumas curas e milagres, são sugados por um exército de vampiros insensíveis ou por certos ETs safados e demiurgos do além.

Os Filhos da Luz, dentro da LEI (ou os ETs justos, benevolentes), de sua parte, sempre descem à Terra (ou melhor, involuem por puro Amor) e depois voltam a subir (isto é, Evoluem de fato e dentro da LEI).

Mas nesse vai-e-vem, alguns deuses há que ficam no meio do Caminho da Vida, (no meio do Caminho de Brahma, no meio do Caminho do Tao). E ficando, tentam dominar (ou o PODER proibido)

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aqueles outros seres que já existem abaixo deles, seres, digamos manifestos por GAIA ou pela deusa Terra.

Esta mesma GAIA representa também o primeiro dos sete vórtices ou “chakras” do Pai-Mãe ou do Absoluto, “chakra” esse que os orientais chamam de “Muladhara”...

Outrossim, o Pai-Mãe Celestial, (onde tais “chakras” ou vórtices se situam), ou seu sexto “chakra OM” (frontal) Manifesta os Filhos da Luz ou os Deuses, alguns dos quais, depois, decaem e se transmutam em demiurgos, em usurpadores e farsantes, em falsos deuses. Este sexto chakra frontal “OM” é puro amor, é pura Consciência-Ser-Felicidade (ou Sat-Chit-Ananda). O ABSOLUTO (Pai-Mãe), como o próprio Jesus alertou, é só AMOR!

Mas esses outros usurpadores e intrusos (que estacionam no “quinto céu”, ou no “terceiro chakra”, o solar, ao violarem a LEI e ao se fazerem passar pelo deus uno, perdem totalmente essa primordial Consciência-Ser-Felicidade ou AMOR e tornam-se Maquinação Mental (razão-intelecto), tornam-se PREPOTÊNCIA, POTÊNCIA, PODER (cosmicamente proibido), e por que não dizer em Injustiça e Maldade!

Todos eles usurpadores são extremamente intelectuais, são sagazes, racionalmente inteligentes e também são magos negros. São máquinas perfeitas que esmagam e trituram o próximo, mas não conhecem o BOM SENTIR nem os sentimentos e as emoções. Daí eles terem de sugar o sangue do próximo (que é de onde as emoções e o SER afloram), como também roubam todas essas maravilhas abstratas, que os humanos tão amiúde manifestam, Sim, pois, estas maravilhas são o fundamento das artes das boas religiões, da magia branca, da boa literatura, da poesia, música, e são até mesmo o melhor da ciência.

Os deuses que descem (um ELE ou uma ELA Primevos) não somente tocam ou tem que tocar os “sete chakras” do Pai Celestial, auxiliando na Manifestação, como também podem, cruzando-se com as filhas da Terra, gerar os Heróis, ou certos Gigantes Primordiais. Estes, por sua vez, originarão os homens já não mais de índole animal, e que irão subir, sem esquecermos dos humanos TOCADOS pelos próprios Deuses...

O Pai é amor... Os Deuses (Filhos da Luz) são Amor... Os heróis ou gigantes (Nefelim) são Amor e Poder, mas aqui eles transformam o Poder em Justiça. Os Filhos da Terra são Amor, Poder e Tempo. No caso, este Poder ou é Justiça ou vira prepotência ou violência...

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O Poder resulta em tempo e se exerce no tempo. O Amor, contudo, é totalmente intemporal... Os demiurgos e seus ETs pestilentos estão totalmente escravizados ao tempo-pensamento. E eles são só tempo-pensamento (Poder), eles são senhores do tempo, transformando-o em cárceres, onde aprisionam os homens. E é ao longo do tempo que eles vão tentar exercer o maldito poder. Esse poder maligno (ou maldade), portanto, quer sempre suplantar o AMOR e dominá-Lo.

O litígio, pois, não se dá entre o bem e o mal, ou entre a ignorância e a Sabedoria (trevas e luz), mas a briga se dá entre um poder e outro. O AMOR em Si sempre escapa...

A VONTADE DO PODER, de que Nietzsche fala, nunca equivaleu a subjugar, a dominar e a escravizar (ou explorar) o próximo (poder da máquina), como os nefastos daqui mesmo e do além fazem, mas corresponde àquela Vontade que o Herói, certos Santos e pouquíssimos homens manifestam para se superarem a si mesmos e a se libertarem dos limites e trevas impostos por nefastos. A vontade do poder de Nietzsche transforma o homem em Super-Homem ou em Deuses, outra vez, (e isso é Justiça ou Poder Correto).

O ATUAR-SENTIR-INTUIR-SABER-AMAR (livre do ego, mas não do “EU”) é o Reto Poder que o Homem tem para fazer frente a ETs safados.

UM POUCO DE FICÇÃO O texto que vem a seguir é pura ficção, mas com incríveis

verdades subentendidas ou escondidas. Foi originalmente escrito por Ray Bradbury, o grande mestre americano da ficção científica.

Para mim, Bradbury sempre foi muito mais do que simples ficcionista... Eu tive que refazer ou remontar este trecho de sua obra porque fazia parte dos diálogos de um filme. Se o tivesse deixado como estava, acabaria não fazendo qualquer sentido àquele que me lesse. Portanto e grosso modo, o que vem a seguir foi retirado do filme “Templo da Tentação”, de Jack Clayton. O texto do filme foi elaborado pelo próprio Ray Bradbury e meu trabalho é só uma aproximação daquilo que ele originalmente escreveu. Incluo esses dizeres em meu trabalho porque Bradbury, fazendo simples ficção, é um dos que mais se aproxima dos ensinos dos grandes Mestres, e também porque suas

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palavras, em momentos, coincidem com alguns alertas e denúncias que antes já fiz.

O personagem “Sombra” de que Bradbury fala pode ser visto como um ET nefasto, que aparece de repente e se intromete numa cidadezinha norte-americana, disfarçado de dono de um Parque de Diversões, e que, de tempo em tempo, (ou em determinados Outonos da Vida), se faz presente em tal cidade, tentando arrastar e carregar consigo o que pode, ou senão simplesmente desvirtuar o que não deve...

E então em determinado momento, o Sombra (ou nosso ET) exclama:

“ – Aqueles dois garotos, Will e Jim, aqueles dois guris, são o meu problema!. Servo meu, apenas cuida para que eles não interfiram em nosso trabalho!, (ou logro, baseado no PODER).

(Digo eu: todo adolescente, todo jovem, ele ou ela, entre 12 a 18 anos, é naturalmente uma força contrária, um freio para os nefastos daqui mesmo e para os nefastos do além, ETs, que muito amiúde se intrometem. Se as escolas, as igrejas, as panelinhas, as sociedades políticas ou esportivas, as ondas de Rock e Nova Era, os tóxicos etc. ainda não moldaram ou acomodaram a cabeça dos jovens, os nefastos de todas as latitudes – tipo Sombra – encarregar-se-ão disso. Todo adolescente é, e inclusive poderia continuar sendo um empecilho para muitos mal intencionados, se a vitalidade de seus vórtices ou “chakras” não fosse apagada ou anulada, ardilosamente...).

Na cidadezinha norte-americana em questão, se apresentou também um velhinho simpático, chamado Tom Furi (ou a Fúria da Tempestade), vendendo pára-raios. Ele os vendi praticamente a troco d nada. Queria apenas proteger os habitantes do lugar, principalmente os jovens, dos ataques do Sombra. Queria protegê-los de eventuais contratempos e dos perigos de uma futura tempestade purificado.

Tom Furi, em verdade, é a encarnação do deus Hefaísto ou Vulcano, da mitologia Greco-romana, e que de certo modo, na antiguidade clássica, protegia os humanos. Sabendo que a fúria da tempestade ou Hefaísto estava na cidade, o Sombra (ET) consegue raptá-lo, imobilizá-lo e depois o submete a um interrogatório, perguntando-lhe:

-- Quando é que vem a tempestade? E o velhinho, dando uma de desvairado, responde:

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-- Trevas, danação, morte e destruição!... (Isso é o que tu fazes, maldito!)... Quem sou eu? Eu sou Tom Furi! Eu escolhi o nome? Não, o nome é que me escolheu!

S Sombra (ET) retruca, irritado: -- Me diga, seu idiota!, quando é que vai ser a tempestade?Eu

preciso saber! Os relâmpagos (os teus relâmpagos) revelam nossos cantos escuros, (ou os nossos esconderijos), a chuva lava a nossa poeira (ou elimina as nossas distorções e acréscimos)! Me diga, quando!

Exclama Tom Furi: -- De onde vem o relâmpago? Para onde o raio vai quando

morre? Que língua o vento fala? Quem sabe? O Sombra (ET) apela então para um subterfúgio, pois sabia que

Tom Furi ou Hefaísto gostava de Vênus, a deusa, e sua esposa. -- E se eu mostrá-la a você, a sua esposa Vênus? (Ou se eu

mostrar a você aquele amor profano que vira morte, Vênus ou morte essa que é exatamente a minha melhor aliada? Posteriormente, Vênus também se tornará aquela companheira de Hefaísto que sempre o trairá). Você me dirá quando começa a tempestade?

Exclama Tom Furi, vislumbrando a sua bem-amada: -- Mais bonita, sim, mais bonita que Cleópatra, que Helena de

Tróia! -- Você vai-me dizer quando virá a tempestade, a tempestade

quando virá? -- Ah, ah, Tom Furi diz que os relâmpagos vão rodar o mundo e

fazer os homens pular e fugir! -- Imbecil! A tempestade vai fazer você pular e você vai-me

dizer quando a tempestade virá! E o Sombra (ET) suscita uma descarga energética (magia) que

faz Tom Furi ou Vulcano gemer de dor. E o velhinho exclama entre gemidos:

-- A tempestade vem e Tom Furi não sabe quando! Um pouco depois, o Sombra (ET) comenta com a sombra da

morte (ou Vênus): -- Will e Jim, aqueles garotos, já viram demais! Vá pegá-los!

Traga-os de volta par cá! Os dois meninos tinham ido ao circo a bisbilhotar o que não

deviam, e lá descobrem segredos tenebrosos. Fogem então do circo e passam pelo cemitério, carregando-se, quem sabe, de energia telúrica protetora... Uma bruma mortal começa então a perseguir os garotos,

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bruma que também tem que passar pelo cemitério, mas acaba desviando-se do mesmo. A cena é logo cortada e acaba não mostrando nada claro. A neblina se desvia do cemitério e segue em frente por outro lado... Exclama Will, ao próprio pai, já dentro de casa:

-- Eu acredito em demônios. Mas se você (pai) é uma pessoa boa, eles não podem te machucar! Eu acho que sou bom, você não acha, pai?

-- Não sei se sua mãe concorda, mas eu acho que você é bom! -- Pai, cuidado!, -- diz Will – tem alguma coisa acontecendo!

Olha, toma cuidado, ta! A bruma ou neblina da morte entra pela casa de Will. Um pára-

raios comum, não forjado por Hefaísto (ou Tom Furi) tenta defender a casa, mas não consegue. Diante do estranho fenômeno ameaçador, Will foge do próprio quarto e se refugia na casa de Jim, seu vizinho.

Na residência do amigo há um pára-raios especial, fornecido por Tom Furi. Mesmo assim a bruma penetra e o quarto de Jim se enche de aranhas, símbolo de poder, tempo e morte.

Como se fosse uma proteção do céu, de repente salta um raio que incide no pára-raios da casa de Jim, e a agonia dos dois meninos acaba. Os dois despertam nos próprios quartos e respectivas casas, como se só tivessem tido um pesadelo comum, em cabeças iguais e ao mesmo tempo.

O circo do Sombra (ET) ou o pessoal do parque desfila pela pequena cidade ao som de uma marcha fúnebre. O ET exibe ao público de cegos e desavisados o seu cortejo de criaturas hipnotizadas, subjugadas e escravizadas, o velhinho Tom Furi, inclusive. (Ou seja, é um desfile de deuses derrotados e seres humanos; ou senão de ETs benevolentes e humanos subjugados).

Will comenta para o amigo: -- Eles procuram por nós. Se eles nos vissem, nos seguiriam e

acabariam matando nossos pais. Will, então, telefona para o pai e comenta: -- Olha pai, eles estão atrás de nós! O pai retruca: -- Ouça filho, vem para casa e em silêncio! O pessoal do desfile carrega inclusive dois caixões. Will chama

a atenção do amigo e comenta com ele que os caixões são grandes, (ou seja, representam eles mesmos quando ficarem adultos, quando se

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tornarem mortos-vivos e acabarem sendo também exibidos em tal desfile.

Tom Furi é mostrado sentado numa cadeira, como se fosse um rei coroado, como se fosse o Deus Júpiter (Zeus), ou também o deus Hefaísto entronizado...

A mãe de Jim, cujo marido a abandonara quando ele era nenê, (mãe ou a eterna esperança), é convidada a visitar o parque e lhe dizem que, se for, irá encontrar-se com o marido.

Mais adiante, o Sombra (ET) que dirigia o desfile fúnebre se encontra com um senhor e pergunta-lhe se havia visto dois garotos, cujos rostos estavam desenhados em sua mão. O senhor, que é pai de Will, disfarça. O Sombra ou o ET acrescenta:

-- Ah sim, você é o bibliotecário da cidade, o pai de Will! O Sombra exige que o senhor diga onde Will e Jim estão. Nesse

meio tempo, ele fecha a mão como se esmagasse algo. A mão começa a gotejar sangue que cai no rosto de Will, qua havia-se escondido embaixo, num subsolo. Por uma grade de ferro rente ao chão e que escondia os garotos, Will pôde ouvir o que os dois estavam falando.

O pai de Will declara para o Sombra (ET): -- Eu tenho a honra de ser bibliotecário! O ET retruca: -- E a tem há muitos anos, eu presumo. Passou todo o tempo

vivendo a vida de outros homens, sonhando sonhos de outros homens! Que pena!

-- Às vezes um homem aprende mais nos sonhos dos outros do que nos seus!

Mais diante Will diz a seu pai: -- Foi por isso que fizeram o desfile. Era para poder nos achar e

nos matar! Então, nós nos escondemos, porque se gritássemos, quem acreditaria em nós!?

-- Mas eu acredito, -- diz o pai de Will. -- Acreditas? Mas nós não somos adultos! -- E é por isso mesmo que eu acredito! -- Ouçam isto, -- acrescenta o pai de Will: -- Este é o diário de meu pai, pastor desta cidade, teu avô e que

já morreu. “Outubro de 1891. Desde que o Parque de Outubro chegou, aqui temos tido mais alegria (“Ananda”). Parece estranho falar dessas coisas, nestes dias ensolarados. Mas uma pobre empregada que mancava

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foi a uma cartomante do Parque, querendo ser curada. A curaram, sim, mas ela enlouqueceu. Esses seres do parque parece que destroem as pessoas, concedendo a elas seus maiores desejos. E este tem sido o trabalho do diabo, desde que Deus criou o mundo. Os moradores antigos dizem que eles configuram o parque do mal, e que têm vindo aqui há vários outonos, naqueles outonos em que eles ainda eram jovens. Todos esses viajantes do parque juraram que voltariam em outro outono. A visita do Parque sempre termina com uma tempestade muito estranha!”

Dá-se então outro confronto entre o pai de Will e o Sombra (ET) dentro da biblioteca. Antes disso, Will e Jim se escondem. Diz o pai de Will, querendo se proteger do mau, (Sombra):

-- Bem-aventurados os mansos porque eles possuirão a terra! -- Venham e toquem os sinos, bem alto! Deus não está morto

nem está dormindo! – retruca o Sombra ou o ET. -- Os maus falharão e os bons triunfarão. Paz na terra aos

homens de boa vontade! -- Esse natal foi há mais de mil anos, meu amigo! – ironiza o

Sombra... -- Engana-se, ele está aqui nesta biblioteca e não pode ser

destruído! -- Will e Jim trouxeram-no na sola dos sapatos? Pergunta o

Sombra ou ET. -- Então terei que achá-los. -- Will, Jim, como é!, vocês deram muitas voltas lá no carrossel

de meu parque? -- O que você acha de ser o rei do parque, Jim? O dono de todas

as coisas! O que você acha de ser adulto, Jim!? Que tal ser grande? Não ser mais olhado por baixo! Não ser mais mandado embora para brincar! Ser de confiança, ser temido e saber o que os adultos fazem atrás das portas trancadas, quando as crianças estão dormindo! Apareça para mim, Jim! Eu sou o pai que tu estavas esperando, meu filho!

Exclama o pai de Will ao Sombra que se aproxima dele: -- Eu os conheço! São os demônios do outono! De onde vocês

vêm? Do pó! Para onde vocês vão? Para os túmulos! -- Sim, somos os famintos! Seus tormentos nos atraem como os

cães da noite! E nós vos alimentamos de ilusões, e muito bem! – retruca o Sombra.

Acrescenta o pai de Will:

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-- Vocês penetram nos pesadelos de outras pessoas! -- E molhamos nosso pão com imenso prazer!... -- Ah, então você nos entende um pouco! -- Vocês são conhecidos aqui! O avô de Will vos conhecia. -- Quem, seu pai? O pregador, aquele fracassado! -- Ele viveu na bondade! -- Sim, vidas tristes, funerais, maus casamentos, amores

perdidos, camas solitárias! Essa é a nossa comida! Nós sugamos essa miséria toda e a achamos doce!... Nós sempre queremos mais!... Sentimos o cheiro de garotos, implorando para serem homens há quilômetros de distância!... E ouvimos os homens velhos, como você, gemendo na calada da noite, em todas as partes do mundo! Seus livros não me atingem, seu velho! Sim, velho, porque seu coração é velho! Ouça, me diz onde os garotos se esconderam e eu o tornarei jovem de novo! Eu poderia voltar seus anos para trás, até os trinta! E aí um ano passou. Sim, você tem trinta e um. Trinta e dois, o apogeu de um homem! As mulheres loucas por você! Trinta e três, você pode aprender a nadar para salvar seu filho, já que não o salvou quando era pequeno! Trinta e cinco, e você sobe as escadas de um fôlego só, sem sentir nada!

-- Pai, não o escute! – grita Will desde o seu esconderijo, atrás de uma prateleira de livros.

Diz o Sombra ou ET: -- E essa não é a voz alegre da grama verde? Doce e jovem

criança! O inocente ruído de sua voz!... Meu velho, você agora tem 52 anos, e já está morto!

E o Sombra exclama: -- Will e Jim, onde estão? Jim, nome perfeito para um parque!

Um parque de sombras e morte! O Sombra ou o ET consegue encontrá-los e os captura. E então

diz à morte ou a Vênus, o amor carnal: -- Está na hora de silenciar estes dois diabos! Está na hora de

silenciar estes tagarelas! Cale a boca deles até minha segunda ordem! -- Quietos, seus diabinhos! Calai seus tagarelas! – diz a morte. -- Podes dar ao pai de Will o gostinho da morte, para que ele a

possa reconhecer quando você vier de novo..., -- diz o ET ou o Sombra. -- Homem velho – diz a morte – ouça seu coração bater, bem

devagar, devagar! -- Pai, -- exclama o filho tocando uma luz, e parece dizer,

enquanto o Sombra arrasta o dois – Pai, eu sou a Luz!

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-- Devagar, devagar! – insiste a morte, passando a mão no peito do velho, querendo silenciar o coração e com um brilhante no dedo que lateja cada vez mais fraco.

Diz o Sombra ou ET aos dois meninos que carrega: -- Nós vamos nos divertir muito, Jim, sombra e escuridão,

escuridão e sombra! Will, o teu amigo vai voltar atrás, não é? Vai virar um nenezinho, um brinquedinho para osso amiguinho, o anão ou o andróide que eu criei!

A tempestade então se arma, e os raios caem do céu para a terra. O pai de Will, malgrado ter sido torturado e quase morto, se recupera e passa pelo cemitério, carregando-se provavelmente de energia telúrica. Passa também pela mãe de Jim e diz:

-- Vá para casa, senhora! O homem que a senhora está esperando não é seu marido! É um farsante!

O pai de Will chega ao parque. Entra no túnel dos espelhos, ou melhor, atravessa a porta que conduz a outras dimensões-situações. Seu filho Will também está preso no túnel. A voz do ET ou o Sombra então diz: -- Cada um que caiu na minha rede está preso a um espelho especial, como o espelho da luxúria, o espelho da ganância, o espelho da vaidade, o espelho da auto-piedade, o espelho da prepotência etc. Você, meu velho, está preso ao espelho da auto-piedade e do arrependimento inútil. A essência de seu espelho é o desespero! Veja as sombras, ouça os sons! Seu fracasso como pai e como homem! Não salvou o Will quando pequeno estava quase se afogando! Seu filho o odeia! Ele é meu! E o jovem Jim, também! Mergulha meu caro, mergulha em seu próprio desespero!

O pai de Will rompe então o espelho de seu próprio desespero e salva o filho das águas do passado!, da dolorosa memória representada pelo espelho. Feito isso, os demais espelhos começam a romper-se também em mil pedaços e o pai de Will, Aqui e Agora, se reencontra com seu próprio filho, dentro do labirinto que como tal logo desaparece.

O deus Vulcano ou Hefaísto ou Tom Furi também se liberta, graças ao auxílio de uma tempestade telúrica que se levanta. Pega um pára-raios especial que usava como cetro e, lançando-o adiante, anula a deusa morte, o outro lado da deusa Vênus, a deusa daquele amor carnal que, mesmo que bom, conduz ao envelhecimento, ao esgotamento e à morte, porque nunca flui livremente e sim sempre é manipulado.

Exclama o Sombra (ET), segurando o Jim e colocando-o no carrossel do tempo:

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-- Jim, rei do parque! Meu filho! Meu parceiro para sempre! E quase consegue instalá-lo num cavalinho do carrossel do

tempo, que o faria crescer e o transformaria num adulto, num morto-vivo, num soberbo ser pensante que nada Sabe nem nada Sente!

O pai de Will arranca Jim das mãos do Sombra (ET). Mas o garoto, ao ser arrancado abruptamente da roda do tempo, cai no chão ou na Terra, morto!

Vendo isso, Will exclama: -- Jim, não, não me deixe! Jim, por favor, não vá, não morra! -- Pára, pára com isso!, -- diz o pai. – Ah, as lágrimas! É disso

que eles gostam! Deus!, como eles gostam de lágrimas! Filho, não é assim que vais salvar o Jim! Vamos pular! Pule e grite comigo! (Vamos, faz alguma coisa livre de intenções! Vamos, brinca! Vamos, Sente-e-Sabe!) Vamos! Olhe para mim! EU SOU a grande garça azul! Ua, Ua! Vamos! A NOSSA FELICIDADE FÁ-LOS MORRER! (Os ETs nefastos). (Filhos, eles não são “Sat-Chit-Ananda” e eles têm horror de “Ananda” ou da Felicidade que o homem em momentos manifesta e que poderia usufruir mais seguido, se não fosse enganado e subjugado a toda hora e tão facilmente!).

Will imita o pai e depois olha para Jim, exclamando: -- Pai, olha, Jim está bem! Will e Jim se abraçam contentes. Exclama o pai de Will: -- Vamos sair daqui! O ET nefasto ou o Sombra é destruído pela própria energia

telúrica da mãe-terra ou Gaia e pelos raios de Vulcano, daí ele tanto querer precaver-se no começo de nossa história do fatal temporal.

Antes que o tufão carregue tudo, um andróide aparece e carrega o cadáver de seu senhor, o Sombra, para ressuscitá-lo e reativá-lo em outra ocasião oportuna.

Assim o senhor do mal se perpetua, graças à sua própria criatura. O Sombra faz o andróide (ET) e o andróide ressuscita e reativa o Sombra...”

SEMPRE EM ANDAMENTO Neste nosso Brasil, em eternas crises econômicas, vergonhosos

mini salários e depressões que vampirizam todo um povo, certo alguém

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visando ele também ter fama imediata e bons lucros, pediu-me que escrevesse mais fantasias e ficções do que denúncias e temas filosóficos.

Recomendou-me também que não me preocupasse tanto com a Verdade. Meu único compromisso, de acordo com o espírito da editora dele, tinha que ser com a fantasia, apenas...

Obedecendo então o pedido desse “homem de visão”, aproveito o ensejo deste outro tópico para transformá-lo, a modo de dizer, em “fantasia e ficção”...

Todavia, se minhas “fantasias” parecerem mais reais que simples ficção, a culpa não é minha, mas da Verdade. Aliás, é o próprio refrão popular que diz: “Deus escreve bem com linhas tortas.”

Leitor amigo, faz de conta que este outro trecho que vem a seguir é imaginação minha, porquanto a Verdade nem sempre se acomoda com o que se escreve e se fala todos os dias.Aliás, muito oportunamente a sabedoria taoísta também alerta: “Aquele que fala não SABE nem SENTE e o que SENTE-e-SABE não fala, e muito menos escreve... Ou mais simplesmente: “O que sabe não fala e o que fala não sabe”.

Em assim sendo, o que vou escrever, finalmente? Vejamos:

REFLEXÕES AO REDOR DE TUMBAS

Certo dia, eu escrevi a um amigo meu de MG (ou a um ET

benevolente, disfarçado de gente). Amigo, a pedido da mãe de A.B. fui ao cemitério visitar o

túmulo daquela moça que comigo conviveu por certo tempo. Não sou de visitar defuntos enterrados. Não acredito em corpos

semi permanentes de seres vivos e seres desencarnados, corpos estes que vão se decompondo, pouco a pouco. Não aceito a continuidade ou a permanência de nada, nem viva nem morta.

O Sábio de Verdade e da Verdade, quando aparentemente abandona este plano de vida, seu corpo simplesmente se some, desaparece, para ceder lugar ao corpo de “Vrâja” e RESSURGIR EM OUTRO Aqui e Agora, e em outros Aqui e Agora mais, como foi o caso de Cristo. Com não poucos seres humanos deveria acontecer a mesma coisa. Quando se trata de um Sábio que ressurge, no lugar do corpo morto, na tumba vazia, só fica uma espada... Com a grande maioria,

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contudo, isso não acontece nem pode, por causa dos condicionamentos mentais.

O cadáver, essa grande mentira persistente e objetivada pelos familiares pensante e pelos demais (mundo), sempre persiste até se decompor. E como nos atemoriza e atormenta por causa de seu aspecto desagradável e por causa do fedor!...

Por isso, amigo, aparentemente eu fui visitar um cadáver, um corpo que já deveria ter desaparecido, como aquele SER VERDADEIRO que o movia e o vitalizava, SER que se ausentou de modo permanente, quando não podia.

Todavia, ao visitar o cemitério, uma coisa me deixou muito pensativo (ou reflexivo). Ou seja, dei-me conta de que de cada 10 enterrados, ou de cada laje relacionada a seres falecidos, 3 ou 4, no mínimo, eram de gente jovem, de adolescentes e crianças. Ou seja, só 60% dos mortos daquela parte do campo fúnebre que pude abranger era constituída por pessoas com mais de 60 anos de idade.

Extrapolando, eu suspeitei então que isso poderia significar que em todas as partes do mundo, devem falecer entre 30 a 40 por cento de jovens e crianças que não deveriam morrer e que, quem sabe, até mesmo não poderiam morrer.

Que os homens morram por decadência, doenças, velhice e morte é uma coisa – o que já é uma grande patifaria, porque como tu bem sabes, alguns ETs existem que conseguem viver mais de 2.000 anos. Tais mortes, mesmo assim, são um roubo, um assalto.

Agora que morram jovenzinho(a)s, brutalizados por desastres, crimes, diagnósticos fatais e terapias inadequadas, isso é outra coisa, ou é algo muito pior. Isso sugere então que os nefastos daqui mesmo e os de qualquer outro plano existencial continuam levando a cabo suas tarefas assassinas e trituradoras, como ladrões de almas que são...

Amigo, acredito que saibas, mas certos ETs nefastos, senhores das sombras, impedem que o clamor dos mortos e dos vivos chegue ao PAI-MÃE e resulte em força ou Poder para truncar um pouco a morte ou senão invertê-la em alguns casos.

Os safados manipuladores da falsa fatalidade simplesmente assustam e condicionam “os vivos” que aqui ficam, por meio de mentiras religiosas e científico-materialistas. Ou senão, “miniaturizam” e arquivam as “almas dos desencarnados, como, aliás, está muito bem sugerido no filme-ficção “Ladrões de Almas”. Boa parte dos falecidos é, pois, encerrada em micro-dispositivos (“lâmpadas de Aladim”?). Mas

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onde estão os Aladim do além e do aquém para esfregarem tais “lâmpadas” e libertarem essas almas-ego sofridas?

Amigo, sabes quantos morreram na Segunda Guerra Mundial? Bem mais de cem milhões de pessoas. Não foram só assassinadas pelos vencedores hipócritas ou também pelos que perderam a guerra (alemães, japoneses, italianos), mas sim foram também mortas por outros perversos daqui mesmo, uns poucos poderosíssimos da anti-humana raça, e nefastos do além. E os ETs justos e bonzinhos, o que fizeram? Nada... As entidades espirituais do além, os desencarnados bem intencionados o que fizeram também? Nada, absolutamente nada, a modo de dizer. Simplesmente deixaram que os humanos morressem, pagando pretensos carmas. Ou não foi bem assim que aconteceu? O espiritismo, como meio de atuação espiritual, deveria ter criado vergonha por não ter interferido ou nada ter feito. Quantos ETs das trevas não se locupletaram com todos esses terríveis banquetes da morte, celebrados em campos de batalha!

Grosso modo, os ETs positivos não moveram um dedo para evitar o pior, e salvar o salvável. Ou quem sabe, fazendo alusões grosseiras, certos ETs de Luz, tardiamente escandalizados, começaram a aparecer no nosso meio só depois de 1945?

E nas guerras da Coréia, do Vietnam, do Camboja, da Iugoslávia, do Afeganistão, do Iraque, da Líbia atual etc. ou também nas guerras e revoluções fratricida da África, o que certos ETs bons fizeram? (Os maus sim praticaram o seu vampirismo). E nessa estúpida guerra entre Irã e Iraque, provocada pela Cia, ou entre EUA e Iraque, e na revolução em Ruanda, o que é que os ETs positivos fizeram outra vez? Nada. Será que não puderam interferir ou simplesmente ficaram acompanhando de longe, para ver como tudo ficava. Enquanto isso os negativos sempre interferindo e sempre piorando a situação. Aparentemente, tudo ficou na pior. Ninguém segura os pestilentos do mundo e senhores da ONU, tipo EUA-UE-Israel. Que foi que aconteceu com a Europa depois que ela perdeu suas características tradicionais e foi falsamente unida pelos pestilentos?

É por isso que a pestilenta Nova Ordem e a Grande Conspiração Universal estão de vento em popa. Nunca os OUTROS ou os adversários foram tão poderosos e velhacos.

Na guerra Irã x Iraque morreu mais de um milhão de pessoas; e no ataque ao Iraque por parte dos EUA, segundo avaliações de agências de informação do Irã, mais de 200 mil pessoas civis foram

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bombardeadas. Na vergonhosa guerra Iraque x EUA, de 2003 a 2011 foram mortas quase dois milhões de pessoas, a maioria civis, e isso que Sadham Hussein e os iraquianos eram os maus e os pretensos agressores. Os americanos e aliados, contudo, são apresentados como heróis vencedores, como humaníssimos e defensores da liberdade. Não esqueçamos o milhão de pessoas mortas em Ruanda.

Eu te pergunto, meu caro amigo, até quando isso vai continuar? E por que os ETs de Luz não interferem? Ou interferem de outro modo? Qual? Por que só os perversos destruidores hão de conseguir sempre o que querem? Por que algo ou alguém, pelo menos, não segura o braço assassino dos eternos inimigos!...

SERES HUMANOS, SERES DE LUZ

Verdade ou não, meu amigo ET assim teria respondido: “Isto de eu ser um suposto ET não tem para mim a mínima

importância. Só me apresento como teu amigo e, por que não dizer, como um ‘um irmão de Luz’. Neste exato momento sou apenas um SER HUMANO (com corpo físico e tudo o mais). Sou um ser vivificado por uma Essência Cósmica (ou Conscência-Mente), que me torna igual a você e a todos os ‘Seres humanos”, que ainda tenham Essência neste planeta chamado Terra. Graças a isso, agora, estou sujeito às necessidades, aos desejos, mágoas, sofrimentos, sentimentos, limitações, frustrações etc.

“Desde que conheci você fiquei a par de todo o sofrimento que estava lhe envolvendo e um grande sentimento luminoso de irmandade se apossou de mim. Eu nunca quis mostrar a você uma fantasia qualquer ou outra realidade, e sim apenas quero lhe mostrar o que aconteceu realmente. Não tenho nenhum poder acima do que você tem ou qualquer outro Ser Humano (ou Consciência) neste planeta chamado Terra possa ter. Agora se você quer um ‘Irmão de Luz’, um amigo, aqui você me tem. Tenho amor e luz para manifestar (e não meramente para consolar). E com luz e amor escrevo estas linhas que deixarão transparecer uma profundidade que comova o seu Coração, o Portal dos Universos, como todos os Corações o são.

“Amigo, sei bem o quanto você sofre... Sei bem que seu coração ainda sangra. E dou a você todo o meu sentimento e razão para

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que não aceite essa situação, esse terrível episódio que aconteceu a você. Compreendo plenamente a agonia que você sente quando extraterrestres bons aparentemente não fazem nada em relação à situação atual do mundo, com suas guerras, injustiças e mortes. Apreciei muito suas observações a respeito da morte ou a respeito do falecimento de pessoas jovens, que são arrancadas abruptamente deste planeta da agonia chamado Terra. (Daí o título deste meu trabalho “Filhos e Filhas, não Morram!”).

“Todavia, quando falo de ‘SERES HUMANOS’, estou-me referindo aos Seres de Luz, como alguns seres existem neste planeta. Lamentavelmente, porém, a maioria das pessoas do mundo atual já está ‘MORTA’, e isso no mais profundo significado da palavra. E com o que digo, não estou imitando Cristo. A maioria é constituída apenas de ‘máscaras’ ou personas que andam, de pseudos seres que se originaram a partir do tempo. Esses já são verdadeiros ‘CADÁVERES’, que quando forem para o túmulo não terão que morrer, primeiro, pois já estão mortos. Apenas tornar-se-ão alimento para vermes, já que não passam disso. E são exatamente estes cadáveres que, além de fazerem parte do povão, estão nos postos de mando dos Governos, ou estão na ‘alta sociedade’, ou senão são os poderosos do mundo atual.

“Sem exagerar, eu diria que em todo o planeta Terra, 90% dos seres já estão mortos. Apenas 10% podem ser visto como seres humanos, como ‘SERES VIVOS’... E são exatamente esses ‘cadáveres’ que fazem parte do esquema dos ‘NEFASTOS’. E são estes ETs os que alimentam os aparentemente vivos (ou mortos) para o abate. E só através deles ou sobre eles que os ‘Nefastos’ podem agir neste mundo de agonia. Só que nessas aparências todas há um detalhe muito importante. Sim, nisso tudo também existe Eternidade, Amor, Vida, Luz, Equilíbrio Vibracional, Força Cósmica. Enfim, aí também há criação. E tudo o que é criação ou Manifestação, como você diz, isso é eterno (ou intemporal).

“Tudo o que é eterno (ou intemporal) é ‘VIVO’! E essa VIDA que não pode ser afetada nem pelo tempo, nem pelos ‘cadáveres que andam’, e muito menos pelos da anti-humana raça ou nefastos daqui mesmo. E esta é a chave que estou querendo lhe passar. (Não dizia Jesus: ‘Deixai que os mortos enterrem seus mortos!?).

“No mundo há então apenas 10% de ‘SERES VIVOS’ (ou melhor, que são VIDA; o resto pode até ser visto como uma experiência genética fracassada... (Mas será?).

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“Só 10% dos seres encerram essência cósmica, ou também são eternos, livres das influências negativas do tempo, para os quais a palavra morte não cabe.

“Aquele SER que você visitou no cemitério era e É um ‘SER VIVO’ que esteve neste planeta só de passagem. Pode você, meu amigo, outro ‘Ser Vivo’, acreditar que simples cadáveres, ou que nefastos do aquém e do além, escravos do tempo, da escuridão, das injustiças e da morte possam atingir a Vida, a Luz, a Eternidade (ou Intemporalidade), o Amor, e também se tornarem verdadeiramente Vivos?

“Meu amigo, eu pergunto a você, como pode a bondade, o amor, a vida ou um Ser Viúvo, que você chamou sua filha, ter morrido? A morte como você bem sabe não faz parte da Vida, e que nada tem a ver com o tempo. É claro sim que AB está viva em outro plano vital ou em algum lugar do Cosmo. O que você viu no cemitério foi apenas uma manifestação transmutada para o pior de um SER VIVO. AB continua bem VIVA, podes crer.

“Isto que estou dizendo para você não são simples consolações, fantasias, mas sim possibilidades totalmente fatuais. Ela, feita uma semente, se transferiu para a sua (“minha”) Grande Consciência-SER, própria de um SER VIVO. Só que Aqui e Agora ela também é árvore e fruto, além de semente.

“Querido amigo, não acredite que outras pessoas poderão colocar você em contato com ela. Como VIDA que ela é, em seu Coração, só ela poderá se manifestar a você se isso tiver que acontecer. Tente você entender que ela está viva (já que é eterna ou intemporal, já que é Vida), não importa se em outro plano existencial, em outro nível vibracional. E eu, sinceramente, acho que para um ser humano, saturado de sentimentos e de amor, conhecer isso se constitui na maior das realizações e alegria!

“Amigo, se as palavras que coloquei no papel agradam a você ou não, isso não importa. O mais importante é você saber que esta mensagem saltou fora do mais profundo de meu SER. É sim uma mensagem humana de um ‘SER VIVO’, vivo como você e que já não tem mais poderes para mudar as coisas, mas ainda tem conhecimento perfeito para que você, entendendo-me, modifique as coisas por sua própria iniciativa e dentro do amor universal... De seu amigo e irmão... Saiba você que tudo é SER-UNO-AMOR! E se assim é, nisso ambos estamos de acordo... Um abraço...”

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MORTOS QUE ASSASSINAM MORTOS

Mais uma vez eu retruquei ao meu amigo, suposto ET de MG

nos seguintes termos: Obrigado por teres te permitido responder minha primeira e

quase desaforada carta que te enviei tempo atrás. Totalmente desaforada ela não era, mas um pouco impertinente, sim.

Isso mesmo, vamos deixar de lado essa história de ETs de araque, e tratemo-nos apenas como SERES HUMANOS. Afinal, pensando (mal pensando, é claro) não me conheço de outro modo. Prefiro-te como amigo verdadeiro, ou até mesmo como um Irmão de Luz (em afeto e entendimento).

Tudo o que sugeriste em tua última carta é belo e verdadeiro. Só que sobre isso já venho escrevendo e falando há muito tempo. No mínimo, eu devo ser um perfeito santo de pau oco. E se sei em profundidade que tudo é SER-UNO-AMOR, por que me deixo angustiar tanto com o desaparecimento de minha filha, apenas em termos de objetividade?

Nada VIVO pode se anular, e ela era e É extremamente viva. Sua essência continua comigo, em meu coração, mas a sua encantadora presença objetivada ausentou-se, transferiu-se para outro plano vital.

Como citaste, Cristo também já dizia: “Deixa que os mortos enterrem seus mortos! Tu vem e segue-me!”... Ou seja, deixa que os extraviados, os adormecidos enterrem seus defuntos. Tu que és VIVO, acompanha a VIDA que EU SOU!... Uma frase como essa autentica a historicidade de Cristo. Se ele nunca existiu, graças a esses dizeres, passou a existir... O fato, porém, é que a maioria está morta, extraviada, perdida. Por causa disso sofre e faz sofrer. E não há coisa mais terrível do que constatar como certos mortos (ou falsos vivos), violentos e prepotentes, executam atos que resultam no desencarne de outros mortos ou no falecimento do próximo. E santo Deus, como os homens extraviados ou mortos sofrem ao desencarnar! E como é que podem aparecer outros safados mais só para suscitar sofrimentos assim, se eles, no final e fatalmente, acabarão sofrendo também e morrendo ou desencarnando do mesmo modo ou pior.

Quando é que um falecimento, um desencarne se dá com exaltação, alegria e alivio?

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A suprema felicidade da Auto-Realização, da Iluminação (ou “Ananda”) resulta na morte do ego (ou resulta na sua transformação) e, às vezes, inclusive resulta no desaparecimento do corpo denso, cuja constância ou continuidade é uma farsa total ou uma mentira do pensamento.

Em verdade, quando eu me desespero por causa de minha filha, é porque nesses momentos me retornam as imagens mortas de sua hospitalização, de seu sofrimento e desenlace e pretenso enterro. Curioso, fazia 25 anos que eu, como médico, vinha assistindo o falecimento dos outros, sem grandes temores e crises. E não que eu ficava indiferente ou insensível à dor alheia, mas porque, em momentos, tais desenlaces em si eram melhores que o prolongar-se da doença ou da degeneração corporal do enfermo.

O doloroso da condição humana é exatamente a tragédia da decadência, do envelhecimento, das doenças enganadoras e da morte. Todos os homens tinham de morrer de modo instantâneo, sem qualquer cerimônia fúnebre e sem nenhum lamento. Tínhamos que simplesmente ser queimados ou atirados ao mar, depois que ficasse confirmado o desenlace de alguém e sua completa transferência para outro plano vital, sem qualquer vínculo com o que está morto.

Amigo, aproveito a oportunidade para enviar-te o MELHOR das quatro primeiras partes de determinado trabalho meu. Cada frase teria que ser lida, meditada e absorvida não uma, mas mil vezes, e depois repetida e exclamada contra a MORTE! Todos os argumentos que aí utilizo só servem para “provar” que a morte ou a anulação existencial finalmente não existe. A única coisa que, em termos de entendimento e palavras não consegui alcançar foi a influência DAQUELA FRASE MILAGROSA que Cristo teria proferido no cemitério, quando ressuscitou Lázaro, se é que o ressuscitou. “A ti te digo, Lázaro, Levanta-te! E aquele que estava morto se levantou.”... Acho que essa frase atribuída a Cristo não é verdadeira. Isso não foi exatamente o que o pretenso quarto evangelista registrou em seu Quarto Evangelho. Sem qualquer dúvida, Cristo, no ATO de ressuscitar Lázaro, deve ter DITO ALGO ESPECIAL e deve TER FEITO ALGO ESPECIAL... E nesse caso, a palavra não era palavra e sim VERBO ou MANTRA, e o ATO não era ato intencional, ato vagabundo e contaminado, mas sim era ATO PURO!... A esses ATO e VERBO, a Mente em “mim” (EU) gostaria de se reintegrar. E depois, o homem

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comum, quem sabe, voltasse a se manifestar de modo totalmente eficaz e pacífico... Um abraço...

TUDO É MAGIA, CONDICIONAMENTOS E MANIPULAÇÃO

O suposto amigo ET de Minas voltou a se manifestar: “Em primeiro lugar, profundamente e de coração, quero

agradecer a você pelo esboço que você me enviou, onde as palavras diretas que ali estava registradas fundiram-se com sentimentos e verdades que há muito tempo guardo em meu próprio Ser.

“Realmente, eu e você chegamos à base, ao limite dos limites, onde se reconhece a falsidade e a ilusão de nossa própria existência material-corporal, extremamente enganadora. Sim, você está certo, tudo é magia, geometria, manipulação, condicionamentos, engrenagens, enfim aparências recriadas (como se o REAL precisasse ser recriado para EXISTIR outra vez).

“Nessas forjações mágicas ou vida fantasmagórica, é obrigatório sangrar, sofrer, ficar de joelhos, doar o sangue, a própria alma para que o nosso chamado deus (egocêntrico) passe a existir e obsequie certa estabilidade à nossa existência cotidiana. Se somos as grades de nossa própria prisão, será que conseguiremos nos libertar? Será que somos só o alimento, a energia, o sangue que faz parte da ceia de Deus (ou do Demiurgo, evidentemente)? A Verdade, o Real, o Deus Vivo, o Ser-Uno-Amor não sabe nem nunca saberá desta falsa e ilusória existência humana, ou destas formas-e-nomes acrescentados, como você. Afinal, o que são o meu e o seu nome?

“Desde o dia que ativei em mim este conhecimento, esta visão primordial e básica, as pessoas que me rodeiam, principalmente meus próprios familiares, começaram a me olhar como se eu fosse uma ameaça para as suas vidas, que não passam de ilusão. Tentam inclusive transformar-me em conflitos, em ódios gratuitos, em respostas cármicas. Isso é fruto do chamado inconsciente (comum), ou o Polvo Negro, ou as trevas exteriores, como você diz. É esse que detesta a Grande Consciência (“EU”) sempre que Ela, por meio de alguém atento, denuncia a existência da teia de tal inconsciente.

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“Talvez por causa de suas denúncias, meu caro amigo, eles tentaram atingir você ou então a forma-nome (corpo denso) de A.B. Mas eles são filhos de suas próprias limitações, e nunca poderiam alcançar o inatingível, ou seja, o SER VIVO, A.B.

“Quero também alertar você para que tenha o máximo de cuidado, porque eles (os ETs trevosos) continuam e continuarão a oferecer-lhe falsas ajudas, falsas mãos (e que na verdade são verdadeiras garras perigosas), fazendo-se passar por pessoas bondosas, só comprometidas em lhe ajudar a reencontrar-se com a ilusória forma-nome de A.B...

“Como você já está a par disso, não precisa mais procurar Aquela que sempre esteve e está em seu Coração, antes mesmo que certas engrenagens inventassem um corpo denso ou uma forma-nome para aquela você chamou de A.B.

“Quero comunicar a você que estou sempre ao seu lado, como irmão de luz, para juntos, se agigante o nosso clamor, a fim de que, em algum momento, o Deus Vivo, o Ser-Uno-Amor acolha nosso brado amoroso como uma “fonte de verdade”...

“Em todos os momentos, Deus está presente – Não se deve procurar Deus com uma Mente Coração cheia de intenções e propósitos. – e para que Deus se Manifeste só temos que calar a mente em seu barulho interior.

“Deixemos, pois, que o nosso coração seja o portal do amor. Sejamos apenas uma janela aberta para Deus. Que o homem-tempo se transforme num sulco da Eternidade. Nada há para imaginar a respeito de Deus. O homem só tem que se calar. Só assim o tempo-pensamento, Aqui e Agora, transmuta-se em presença e se abrirá como uma fonte para a eternidade.

“Do seu amigo de e da Verdade .Ser-Uno-Amor.

A CHAVE DO CORAÇÃO Por enquanto é necessário que eu, escritor, continue neste meu

jogo de ping-pong. Por conseguinte, isto escrevo ao meu amigo de MG, supostamente um ET

Sabes, amigo, estive refletindo, ou melhor, estive meditando profundamente no caso daquele que parecia ter sido teu companheiro

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(ou o Alex, outro pretenso ET), e que eu envolvi com meus problemas e minhas tragédias. Conclui que ele é sim um nefasto de primeira, mas é apenas um dos tantos e habituais nefastos que andam pelo nosso mundo. “Manipulando a falsa fatalidade”, Alex apenas se deu conta de que eu havia descoberto o que os safados de outras latitudes, que não os da superfície terrestre, fazem com os que são violentamente arrancados de um mundo, no qual mal estavam começando a engatinhar. Ou seja, o que efetivamente os falsos anjos e falsos demônios fazem com os nossos queridos desencarnados.

Com a descrição do acidente, com a minha confissão cheia de apreensões, teu suposto companheiro (ET ou Alex), sendo um dos chefões deles, sendo um dos representantes deles aqui no nosso meio, apenas tentou despistar,, tentou arrancar-me da trilha certa, tentou me desarmar em minhas possibilidades de protestar, de reivindicar e querer resgatar alguém. Tentou também silenciar alguém (AB) que lá do outro lado, no mais além, não se silenciava, e que gritava e chorava, pedindo socorro. Com a panacéia que Alex me apresentou, ou seja, de um futuro e breve retorno do ser querido, ele, a mando de seus cabeças, tranqüilizou um coração aflito, cujo único crime era exatamente Sentir-Saber que a morte era e é uma terrível trapaça.

Com o desencarne ou com a morte, nós, homens, em nossos vários corpos, apenas acabamos servindo de PASTO ou de ALIMENTO a hienas esfomeadas de outras latitudes. Toda forma externa, todo corpo exteriorizado, tudo aquilo que se acredita diferente da Consciência-EU, do Grande EU do Coração, da Mente Pura, isso acaba ou se alimentando às custas de terceiros, ou acaba virando alimento para terceiros, também! Se tudo o que suspeito é mentira, os vermes do cemitério que me desmintam!...

Vê bem, amigo, o que tu, como corpo, como forma exteriorizada e densificada fazes ao longo de tua vida, senão comer e beber, e sexo quando podes. Acontece a mesma coisa com o desenlace do homem pensante, principalmente com alguns corpos exteriorizados que nos caracterizam: viram pasto!

A MONSTRUOSIDADE TODA AÍ É EXATAMENTE A MORTE ACRESCENTADA! Esse acréscimo torna tal triste fim viável... Teu pretenso companheiro (Alex) fez-me crer que AB tinha sido resgatada das mãos de ETs nefastos. Isto é, de entidades que têm outras dimensões por morada e que por lá se escondem. E fez-me crer que ela havia sido transferida para um contexto, para uma dime3nsão

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onde só havia seres tolerantes e benevolentes. E que, mesmo que tivéssemos enterrado o clone dela – e não o corpo denso – ela, dentro de um tempo curto, voltaria ao nosso convício.

Amigo meu, não pensa não que tal retorno é totalmente impossível. Acontece e acontece comumente, desde que aquele que “morreu” e que aparentemente vai voltar por um tempo seja totalmente passivo, útil e complacente aos nefastos que manipulam os desencarnes humanos, com os seus além e aquém.

Quantos falecidos, totalmente descaracterizados e automatizados, e que de algum modo se salvaram de se transformar em pasto, voltaram a atuar e a viver no nosso meio, executando tarefas e missões a favor dos nefastos do além!

Quantos desses não retornam vampiros ou outros bichos mais! Parece que AB, em sua condição limitada e restrita de ego-

alma-corpo não quis aceitar essa manipulação safada. Por outro lado, ou o abelhudo do pai dela sabia demais. E então

o retorno simplesmente não foi efetuado porque acabou não convindo aos monstrinhos pseudos espirituais.

A tramóia que Alex montou não foi só mentira pura. Era uma remota e plausível verdade que se transformou numa dolorosa farsa e numa expectativa profundamente angustiante, tanto para aquela que quem sabe voltaria um dia e não voltou, como para aqueles idiotas que aqui ficaram esperando que isso acontecesse.

AB-ESPÍRITO-EU, AB-Consciência-EU nem encarnou como filha nem desencarnou como vítima de um atropelamento. E talvez sequer tenha sido “abduzida”

A Consciência-EU, manifesta ou não como AB, e não decaída à condição restrita de AB-EGO, essa sempre está em meu Coração. Ela sou “EU” e “EU” sou Ela!

Mas, além de uma Consciência-EU, parece haver também um EB-corpo-ego exteriorizado, e parece estar persistindo também uma AB-alma-ego, gemendo e chorando, e que não quer virar comida para aliens do além.

SEI que o SOL e o RAIO (Pai-e-Filho) SÃO TUDO! Mas a quem se pode culpar se o RAIO resolve ser diferente do SOL-PAI, e se, mal pensando, se considera algo à parte, algo isolado que tem que reencontrar o próprio PAI, sendo ELE já o próprio PAI, Aqui e Agora?

E se o Filho é também o próprio PAI, aquele filho de mentirinha, que se considera algo diferente e algo à parte (separado),

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feito um ego, forçosamente terá que recriar um falso PAI, e que acaba sendo um falso deus (ou Demiurgo), fruto e meta de suas ansiedades e buscas. Tal aberração objetivada ou demiúrgica prevalecerá até que o Filho Pródigo se aperceber que Ele e o Pai são UM e que ele nunca abandonou a casa do Pai, que também é a sua casa. Isso é o que o Verdadeiro Cristo ensinou.

Mas, enquanto essa LUZ não volta a prevalecer, as trevas exteriores vingarão absolutas, e aí, então, haverá filhos encarnando e desencarnando, e voltando a reencarnar, em vidas sucessivas, sem ter nada concreto ou substancial por trás de tudo isso. E nessa ronda (ou “Samsara”) ou nessas trevas exteriores também prevalecerão os ETs safados – bancando anjos e arcanjos – que se alimentam com o mal alheio, com a dor dos outros, com as nossas emoções, com nossas lágrimas, e até mesmo com o falso corpo denso dos outros.

Amigo, esta carta, evidentemente, é estúpida e foi escrita por um louco! Depois de lê-la, peço-te encarecidamente que a rasgues. E por favor, não me comentes mais nada a respeito de tudo isso que te disse ou que inventei.

Não tentes me consolar ou me aclarar sobre isto ou aquilo. Não tenho qualquer certeza do que digo, nem quero tê-la. Apenas acho que passei pela tortura de toda uma expectativa. Agora não quero mais saber disso.

Se tens algum dado absolutamente honesto e concreto, informa-me a respeito. Agora, se tudo o que conheces forem invenções tuas, ou dados que aquele teu suposto amigo transferiu para ti, por favor, deixa para lá.

O melhor de tudo é que me dês a Chave do Coração para que eu deixe de ser ego em definitivo, chave essa que também abre a porta para que “EU SOU” possa mergulhar nas muitas moradas do Pai ou em outros Cosmos (Universos) mais. E se isso não puderes fazer, não tem importância. Ou a Consciência-EU-EB e a Consciência-EU-AB se fundem e se Amam, deixando de ser EB e AB, ou então os enlouquecidos EB-ego e AB-ego têm que acabar com toda essa farsa, e se possível, invertê-la. Ou ainda, esses dois egos loucos, com corpo e tudo o mais, têm que se sumir, acabar, desaparecer, anularem-se, tal como os precaríssimos pensadores materialistas alegam. Bem, mas fora essas bobagens todas, continuemos amigos, se quiseres. Um grande abraço, pois...

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AS MENTIRAS “DOS ASTHAR SHERAN”

O amigo de MG. e supostamente ET respondeu o que segue: “Caro amigo, não pretendo escrever muito, pois não quero

provar e mostrar nada a você. No resto, de preferência, ficarei em silêncio, pois não vivo através de seus olhos e de sua razão. Nem busco a sua aprovação. Gostaria apenas que você RECEBESSE e SENTISSE meu Coração, pois agora sou humano, sim, malgrado também tenha sido fraco e tenha sido influenciado pelo Alex, e que já não o tens mais em muita estima. De modo inconsequente, eu apenas caí em uma das tantas armadilhas dele...

“Amigo, você realmente não compreendeu que efetivamente tal “pessoa” me influenciou e me usou com a intenção de tirar proveito próprio, tanto de mim, como de você. Isso, contudo, acabou deixando apenas evidente a verdadeira identidade dele. Ele era e é, sim, um nefasto de primeira, como você diz, ou quem sabe, um dos chefões deles!

“Pergunto, adiantou alguma coisa toda essa farsa e maldade dele? Tentando lhe prejudicar, ele apenas acabou ajudando você a ser mais verdadeiro. Ou seja, a VER o mal de perto e a descobrir os ilusionistas do mundo, em suas armadilhas mais sagazes e fortes. Essa é exatamente a última arma que eles possuem: manipular “a morte” do homem!

“Realmente, naquele primeiro dias que eu e você nos encontramos, no restaurante de Montes Claros, o nefasto já havia me influenciado tanto que conseguiu armar toda uma montagem psicológica, aproveitando-se de minha inexperiência. Esse safado que tu chamas de meu comparsa serviu-se de minha mente inocente – (os Filhos da Luz são menos sagazes que os filhos das trevas, alertava Cristo) – e levou-me a falar o que ele quisesse que eu falasse. Usou o meu ponto fraco que é aquele que todos têm a respeito de um pretenso Ashtar Sheran – coisa que até hoje nem sei quem realmente é ou o quê é...

“Amigo, não se esqueça de que eu também sou afetado pelas fraquezas e vacilações, pois agora sou um ser humano! Graças a essa fraqueza, você se libertou. Hoje você está livre da armadilha que alguém

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lhe montou. Não fosse por isso, sua escravidão mental talvez continuasse para o resto de sua vida.

Se você compreende isto ou não de modo fundamental, realmente não importa. (Desejo, contudo, que o querido amigo me tenha compreendido).

Meu Coração reside onde moram a Sinceridade, o Amor e a Verdade. Para tal, meu Coração está além das afirmações e negações. Ou seja, não é influenciado mais pelos enganos da dualidade.

“E saiba você mais que eu não acredito nessa falsidade que espalharam por aí e que chamaram de Ufologia científica, objetiva. Nem espero nada de seres de outros mundos ou ETs. As coisas só são conquistadas e compreendidas por nós mesmos, através do sentimento sincero, através da verdadeira expressão do REAL.

Enfim, todas as coisas comungam conosco, graças à simples e pura linguagem do Coração, que estabelece e governa as RELAÇÕES VERDADEIRAMENTE HUMANAS!

“E digo mais, quer você aceite ou não, considero-lhe meu amigo, meu irmão, um Ser Humano como poucos, e sempre o estimarei fraternalmente e com o Coração, meu caro amigo. Obrigado por você permitir a recepção desta mensagem... “O CORAÇÃO É O VERDADEIRO PORTAL DOS UNIVERSOS!... Um abraço de seu amigo...”

A BOMBA ESTOUROU NA MINHA MÃO Volto a me comunicar com o amigo de MG e que seria um

suposto ET. Amigo, não te aborreças com minhas histórias, nem aches que

certos ETs positivos inexistem e que todos simplesmente me enganaram. Acho que quem armou toda essa confusão fui eu mesmo, portanto, nada nem ninguém deveriam ser culpados disso ou daquilo.

Eu sim é que deveria ter dado uma de humano comum, deveria ter-me conformado com o acontecido, rezando e esquecendo, chorando de vez em quando, visitar túmulos em dias de finados e depois, tchau...

Felizmente ou infelizmente, não atuei assim. De algum modo, então, “a bomba estourou na minha mão”. No fundo não estou aborrecido com ninguém e muito menos com “aquele Alex” que

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manipulou a nós dois. Se ele recitou uma farsa, o problema é dele. Todavia, não parece. O Alex talvez só não conheça tanto quanto diz saber, nem possa fazer tudo quanto ostentava fazer. Ele também pode ser um mero instrumento inconsciente de outros mais, piores do que ele. Em seu íntimo sempre achou que ia me fazer um bem. Os fatos não coincidiram com o que ele pensou ou pensava. Acho então que não fui enganado. Apenas me deparei com “remotos acenos”, atrás dos quais eu esperava ver algo bem tangível. Mas até agora nada aconteceu. E acontecerá ainda? Depois de quatro anos, que sei eu!

Tu, provavelmente, és mesmo um ET, mas e eu, o quê sou? O que importa! De momento o que se nos apresenta é a figura humana, com todas as suas limitações e dores. Que fazer para alterar tudo isso?

Só Deus Vivo é que poderia provocar alguma modificação! Mas alguma coisa chamada ego, em mim e em ti, não deixa. Em face disso, então, externamente falando, deveria aparecer um ET de Luz, um ET verdadeiramente benevolente, um Mestre-Santo de verdade – não um panaca qualquer, como determinado escritor “Best-seller” diz que a ele apareceu - e que, por um toque mágico conseguisse modificar nosso cascão externo (corpo denso), devolvendo-nos a Natureza dAquele outro que talvez já sejamos. Mas qual natureza? O nome e a espécie aí não importam.

Em verdade, não foste usado nem me enganaste... Eu (ego) só fui enganado por aqueles que eu queria que me enganassem, isto se algum engano houve.

De qualquer maneira, ainda acho que um dia vou voltar a me deparar com aquela que tanto busco, quer ela saia de meu próprio Coração, quer eu tenha que reinventá-la com o meu próprio pensamento mórbido.

Tomara que prevaleça a primeira alternativa. Essa não é obsessão. É um pressentimento. Teve que me acontecer o que me aconteceu para eu compreender em profundidade que a MORTE É UM ESTUPRO CÓSMICO.

(Cristo e nunca Paulo) já disse (e até mesmo escreveu) que a morte era o último inimigo a ser vencido. Eu acho até que a morte é o inimigo mais imediato, e que ela logo deveria ser extirpada do nosso meio, e devolvida para os quintos dos infernos!

Amigo meu, olha só como os estrumes da Vida (gente cruel e violenta) matam por nada! A morte é uma invenção de ETs safados e de demiurgos semi-imortais, bem porcos, e nunca de Deus Pai-Mãe. Matar

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é a coisa mais fácil do mundo, ainda mais nos dias que correm. E se ela fosse verdadeira em si, não aconteceria sem mais nem menos! Isto é, o desenlace não poderia se concretizar tão facilmente como sobejamente acontece!

Não me encares como um “sofrenildo”! Tem paciência comigo! Tenho que superar-me a mim mesmo, de algum modo! Tu és muito jovem para ficar com escrúpulos, por causa de falhas involuntárias. Tudo está bem, eu inclusive, malgrado alguns momentos de bobeira. Segue em frente, guiado pela Luz da tua honestidade e sentimentos. Um abraço de um chato cósmico!...

A NOSSA REALIDADE Após longo tempo, meu amigo de MG, supostamente ET,

respondeu-me o que segue: “Hoje somos o passado de extraterrestres do futuro”, ou

também: ‘Hoje somos ETs do passado que se transmutam em alienígenas do futuro! (Ou melhor, fora o Aqui e Agora, o que em nós só aparece é o ontem-hoje-amanhã ou a Memória-Raciocínio-Imaginação)...

“É nesse esquema que todo o povo do planeta Terra está preso. E este aprisionamento se processa através do código genético – pessoalmente, eu, autor do livro, não acredito nisso, nem acho que os ETs conheçam tal código genético que a ciência humana inventou, ou que eles manipulem tal código como bem entendem. A meu ver, a subjugação humana por parte de certos ETs dá-se de outro modo. Todo esquema dos ETs (safados) funciona como se fosse equações geométricas ultra avançadas, formadas por ângulos em projeção, de onde saltam fora freqüências ou vibrações variadas, as quais constituem os famosos ‘Níveis ou Círculos do Poder”. – Esta última explicação fornecida nada tem a ver com o código genético que provavelmente nem existe, malgrado a ciência... – Repetir-se sempre é uma característica que foi implantada no sujeito-homem. OU seja, nascer, crescer, amadurecer, decair e morrer, inúmeras vezes ou inutilmente. – Isso também é conhecido como Samsara ou vidas sucessivas e não apenas como reencarnação. E nada tem a ver com código genético – A dualidade ou a multiplicidade é a base de tudo o que vem a ser mundo

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ou objetividade. Todo homem está preso nessa fantasia chamada ‘Criação”, e que em verdade nunca se deu. – Digo eu, no lugar dela, dá-se uma Manifestação, Aqui e Agora – E é por causa do pretenso físico ou denso que se estende, que a realidade objetiva – ou o mundo cotidiano – Digo eu, sem ego-pensante não há mundo pensado e sem o mundo pensado, ou seja lá o que for, em níveis micro e macro cósmicos, não há ego-pensante.

“Por motivos que ainda desconheço, lá pelas tantas eu fui envolvido em todo esse esquema extraterrestre, que agora tentarei descrever para ti, amigo meu.

“Tudo começou aos 18 anos de idade, quando tive um contato com o meu ‘Ponto Primordial’ ou com a minha fonte de origem e que também correspondia ao começo da leitura de ‘Minha Existência’. Naturalmente, o contato com o começo da ‘Série Existencial que me Caracteriza’ deu-se graças a um Estado Alterado de Consciência (EAC).

“Ao VER (Sentir) e ao participar de tal (EAC) apercebi-me de que ‘eu’ era simplesmente a presença de uma UNIDADE, onde duas forças, ‘a positiva e a negativa1’ ou ‘o Homem e a Mulher’ convergem e se encontram. – Ou seja descobriu o ELE-ELA, que é aquela androginia primeva dos deuses de que eu falei antes... – E nessa condição primordial a paz e o silêncio prevaleciam entre dois indivíduos completos. Aí não havia competição, não havia a concorrência humana, que lamentavelmente afeta os seres separados – ou o Homem e a Mulher.

“Três anos depois, ou completando 21 anos, tive outra experiência, vamos dizer com uma mulher, que identifiquei como sendo a minha contraparte feminina. Ou seja, ‘geometricamente falando’, ELA era a minha metade primordial, e de fato, ela era sim. Por coincidência, – aquelas coincidências estranhas de que Jung fala – aqui na Terra, fui encontrar aquela mesma pessoa, ou ELA-Mulher, que vislumbrara em minha primeira experiência extra-sensorial. Tal pessoa tinha os mesmos traços físicos, o mesmo rosto, e que na ocasião do EAC gravei bem, e por isso pude identificá-la com felicidade. Só que tal ELA-Mulher era ainda uma criança, e tinha apenas 8 anos de idade. Por outra coincidência, ela era filha de um ET, desses tantos que estão entre nós, disfarçados de humanos e que, por incrível que pareça, não se importava de assumir sua identidade alienígena, quando lhe convinha. Tal ET manifestava uma freqüência vibracional VERMELHA. Era como se tivesse um halo vermelho ao seu redor; e nesse esquema de

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manifestações geométricas – ou enjambrações espaço-temporais dos ETs – podia-se dizer que ele era um gênio. Por isso carecia de qualquer sentimento ou simplesmente não manifestava nenhum. Era um ser frio e radical, parecia um verdadeiro imperialista – uma majestade perfeita como certos ETs gostam de aparecer. Mas eu sentia que ele fazia parte de uma equação geométrica intrusa e em crescimento, muito maior que aquilo que a cabeça dele deixava manifestar. O tempo foi passando e, por falta de aviso e atenção, coisa própria de seres humanos, acabei ficando prisioneiro dos esquemas dele, - ou fiquei incluído em suas programações – tanto pela atração que sentia por sua filha – e que finalmente era a minha própria metade ou alma gêmea, como também através da paranormalidade que tal ET humano costumava ostentar, como inclusive pelas leituras cármicas que ele fazia a meu respeito.Poderia confundir-se com um bruxo, mas em verdade era um ET disfarçado. Com tudo isso, ele ia fortalecendo a equação que o caracterizava, também chamada PRISÃO HEREDITÁRIA EVOLUTIVA. Ele era algo programado que se alimentava de nossos descuidos e fraquezas. Depois de três anos, contudo, as teias da armadilha dele começaram a enfraquecer. O curioso é que na casa dele havia um enfeite que ele mesmo havia enjambrado e que se apresentava como uma aranha de cristal. Esse enfeite o denunciava, pois, a aranha é o símbolo do Controle do Poder.

“De repente, (eu, humano pensante e preso a um falso hoje de 24 horas, dando inclusive cabida a um ontem-amanhã, próprio de certos ETs) comecei a flagrar-me onde estava exatamente e em qual prisão havia me metido. Comecei a dar-me conta quem era realmente a pessoa (ou o ET) que me aprisionava. E, enquanto tentava me libertar, ao mesmo tempo ia descobrindo todos os segredos dos equacionamentos que ele utilizava contra mim, para subjugar-me ou manter-me ligado a ele, por meio de programações. Foi graças a filha dele que consegui me libertar dessa “fração vermelha” ou de uma pessoa aparentemente sem sentimentos. (Ou seja, libertei-me daquele ET ou vibração, programação, influência temporal, predominantemente vermelha). Aquela menina era a minha alma gêmea, mesmo que tivesse tido como pai um homem que depois virou ET, com o padrão vibratório vermelho. Por isso, desde que a encontrei, comecei a transferir-lhe AMOR e a transmitir-lhe sentimentos. Essa era a minha maneira humana e natural de ser, antes de cair na armadilha do ET, pai da menina.

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“Dentro de sua própria maneira de ser, só visando o PODER, atitude essa que também equivalia à sua própria prisão, o ET (ou mesmo o pai da menina) foi incapaz de VER ou Perceber que eu transferia sentimentos libertadores. Tendo ela nascido na família daquele homem e posteriormente ET, a menina trazia registrado em seu código genético (digo eu, ou na mente-persona-ego dela em formação e em amadurecimento) as programações dele e as posteriores influências e condutas. Não obstante as poucas esperanças que as circunstâncias me mostravam, continuei transferindo AMOR a ela, até que um dia as teias que a seguravam e também me aprisionavam cederam ou caíram. Como geneticamente ela era ligada ao pai, e fazia parte de um mesmo esquema ou programação – (esquemas e programações se fazem numa mente que vai se transmutando em tempo ou na memória-imaginação e não em genes bioquímicos e pretensamente imutáveis, e que em verdade são apenas um faz-de-conta), - romper com esse esquema ou equação equivalia romper com a ligadura do Poder que enlaçava o pai (ou ET) e a filha (ou humano virando ET), e isso provocaria uma abertura nessa prisão e que no mundo era uma programação (mental). Foi assim, pois, que eu próprio me libertei e também a arranquei do pretenso controle paterno, e que em verdade era um controle extra-terreno, ou era uma simples subjugação baseada no PODER.

“Após ter libertado a garota, e ter libertado a mim mesmo, o pai dela passou a odiar-me e queria inclusive matar-me ou anular-me. O ET perdera a aliada, uma menor de idade, uma criatura humana passiva. Depois disso, só os sentimentos continuaram ligando a filha ao pai. Mas tal ET (pai) detestava sentimentos e estes interferiam em seus intentos de um Poder cada vez maior, daí ele odiar-me mortalmente. (Estes ETs safados não têm sensações e sentimentos: só visam o poder e se comprazem em nos fazer sofrer, em nos massacrar e em nos matar, pois não conhecem a piedade que também é amor!).

“Como se fosse uma brincadeira, pouco tempo depois, deparei-me com outra pessoa, com outro ET disfarçado de gente, mas agora era um representante dos da vibração AZUL. Esta freqüência azul é tão-somente outra polaridade ou angulação de um mesmo esquema ufológico para subjugar os seres humanos, desavisados.

“E esse tal ET regido por uma freqüência AZUL, tu, meu caro amigo, conheces bem. Já no primeiro dia em que nós cruzamos, ele percebeu que eu estava tentando me libertar de alguém ou de uma freqüência vermelha, e ele me ajudou. Tal ET do padrão vibratório

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AZUL, disfarçado de homem, lançou sobre mim sua ‘leitura’ – (ou lançou sobre mim sua influência mental, psicológica emocional. Em suma, descobriu em mim a programação que os ETs do passado e pretensamente do futuro haviam me estabelecido) – leitura que dentro do esquema ufológico e extraterrestre funciona de fato... Já de saída, tal ET disfarçado de gente ou tal homem que abrigava um ENTRANTE-ET disse que eu fazia parte do grupo dele, o AZUL, e que nós éramos frações do 1º Comandantes da Frota Estelar, Asthar Sheran. – (Possivelmente este A.S. talvez seja somente um autômato ou alguém tipo um grande computador safado que anda escondido por aí, no além, ou aparentemente longe de nós, humanos. Digo eu, curioso o Alex também me falou de Asthar Sheran). – Quando ele falou assim, foi como se sentisse todo o meu futuro (ainda não concretizado, mas já programado) puxando-me para si. Tinha a quase certeza de que esse era o momento em que eu tinha que assumir o meu posto, para o controle que certos ETs manifestavam, ficasse completo. A impressão que eu tinha é que tudo (passado, presente e futuro) ia se encaixando como se fosse uma engrenagem e, em seus aspectos básicos, o meu esquema e o dos ETs acabariam se arrematando.

“Um ano antes de conhecer esse outro ET de freqüência AZUL, ou humano disfarçado, e quando ainda me encontrava sob a influência do esquema ufológico-vibratório vermelho, usufrui de outro estado alterado de consciência (EAC), graças ao qual tive um contato com minha própria identidade extraterrestre supostamente futura. Foi ela mesma quem se manifestou e me disse: ‘Eu sou você mesmo, mas agora assentada numa equação bem mais avançada. Sou uma equação muito mais complexa e elaborada do que a que você atualmente manifesta como ET do presente ou como homem comum. Quando você despertar deste transe, ou seja, quando você voltar para a sua assim dita realidade normal ou estado comum de consciência (ECC), você encontrará um ‘frequenciador’ que garantirá a você uma comunhão entre nós. Uma união entre a sua condição de ET do tempo presente e ET do tempo futuro’... No dia seguinte, ao acordar da experiência que tive, comecei a cismar sobre o acontecido, sem entender bem o tipo de contato ou comunicação que havia tido. Todavia, quando bateram as 10 horas da manhã, de modo fortuito, recebi em mão aquilo que meu ET futuro havia chamado de ‘frequenciador’. Era apenas um CRISTAL, mas que efetivamente encerrava algo de especial, (ou Instrumento do Poder). Sim, pois um dia o ouvi emitindo um ruído, mais ou menos assim:

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‘BIZZZZZZ’, ‘BIZZZZZ’. Esse encontro e descoberta fortaleceu minha crença em tudo aquilo que estava acontecendo comigo ou naquela parte de minha vida que estava se desenrolando. Sem qualquer dúvida, havia algum poder secreto naquele cristal. Facilmente eu sentia como ele me transmitia algo que vinha de muito longe, algo muito afastado no tempo e no espaço, graças a uma vibração ou freqüência toda especial.

“Após o ET de freqüência AZUL (ou humano disfarçado) também ter-me dito o que me disse, ele pôde inclusive provar-me como exercia o seu PODER na Terra. Confessou-me até que se relacionava com um grupo de pessoas especiais, e que ele chamava de ‘seu exército’. Disse-me também que se assumisse meu posto de ET do padrão vibracional AZUL, eu iria sentar-me junto a ele, no ‘comando geral da frota estelar’. Começou, pois, a mostrar-me ‘como aquele poder’ de que ele falava, como, por exemplo, manifestações paranormais, ficar fazendo previsões quanto ao futuro, efetuar outra vez leituras cármicas a meu respeito, fazer viagens sem gastar um tostão, hospedar-se gratuitamente em hotéis de luxo, penetrar em centros de estudos especiais, relacionar-se com pessoas importante de qualquer Governo etc. E tudo isso, para a razão humana e sua lógica, era um motivo forte e tentador para eu continuar ligado a ele. Só não entendia como ele conseguia todas essas facilidades materiais, fora as manifestações paranormais.

“Todavia, certo dia, o nosso amigo comum o ET da freqüência AZUL se descuidou e eu acabei descobrindo nele a sua verdadeira face. Foi quando tu, meu caro amigo, vieste para cá, para Minas Gerais, onde eu resido e efetuaste determinada palestra. Somente aí me dei conta de que ele havia-me usado para iludir e prejudicar um ser que sofria, que estava desesperado, ser que ele também havia aprisionado em seus esquemas, com seu poder e encantamentos, e esse ser eras tu, meu caro Bono!

“A partir desse da, flagrei-me do que de fato são esses acontecimentos diferentes que impressionam o homem, apercebi-me do que de fato acontecia atrás de toda essa encenação ufológica, da assim pretendida paranormalidade que alguns ostentavam. Compreendi também outros esquemas mais que sempre acabam envolvendo o homem, não importa qual a direção este última tenha dado ara a sua vida.

“Depois de te escrever esta carta, contando-te tudo o que passei, agora sei que tu também te libertaste do tal ET de freqüência AZUL e

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que te havia feito mil promessas. Não faz mal se talvez ainda não me tenhas compreendido a fundo. Agora voltei a agir em consonância com os sentimentos que estão dentro de mim, onde as palavras PODER ou SUBJUGAÇÃO não mais me movem, mas sim apenas a palavra IRMÃO. E tu, meu caro amigo, és exatamente esse meu IRMÃO CÓSMICO!

“Três meses atrás, já residindo aqui em Belo Horizonte, experienciei outro estado de Ser, mas agora totalmente aberto e livre. Pude sentir as coisas com o coração, realmente, e um verdadeiro sentimento de liberdade me invadiu por completo!... Peguei, então, o cristal que iria garantir minha futura fração extraterrestre, e que era aquela freqüência ou vibração AZUL, que talvez me levasse a um contato futuro, para executar uma nova missão do PODER, incorporando-me quem sabe, em definitivo à minha identidade futura, e entreguei tal cristal para um ‘ser humano’ que, Aqui e Agora, na minha frente havia chorado de dar pena por sentir-se infeliz e angustiado. E sabe o que tal atitude representou para mim, caro amigo? Simplesmente rompi com todas as programações temporais possíveis, presentes, passadas e futuras.

“Certos ETs, que tudo manipulam, queriam que eu assumisse o posto que no tempo presente e no futuro me cabia, pois uma das vibrações ou freqüência fundamentais estava centralizada em mim, em minha própria personificação humana (ego). Em minhas mãos se encontrava uma das chaves que desencadearia as influências do PODER extraterrestre, coisa que garantiria o futuro deles, roubando-nos a paz do momento presente. O próprio ET do padrão vibratório AZUL, determinado dia, garantiu-me que era exatamente assim o modo como eles agiam e interferiam. E sabe o que fiz, caro amigo, caro amigo? Ao não assumir a minha engrenagem passada, e que se transmuta como um ET do futuro, ou ao não assumir o meu posto e identidade extraterrestre, abri uma brecha no ‘sistema e esquema ufológico deles’, destruindo todo um futuro, onde a EXPRESSÃO DO PODER DELES iria se consubstanciar, materializar e iria imperar absoluta!...

“Hoje, após abdicar de todas essas possibilidades e PODER, fiquei desligado de todas as minhas raízes de almaran, perdi toda minha identidade extraterrestre. Agora eu posso clamar: SOU UM SER HUMANO!...

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“Graças aos sentimentos e ao amor, deu-se em mim, ex-ET, uma transformação: a máquina que visava o PODER, frio e brutal, tornou-se SER!... Aqueles que são da Verdade prevalecerão. Esses serão livres e não mais ficarão ligados a vibrações psicotrônicas, a comprimentos de onda, a freqüências alienígenas, não mais serão meros instrumentos do PODER, que tudo esmaga e subjuga.

“Hoje não possuo mais qualquer poder, nem paranormal nem ultra normal. Nem mesmo um grão de areia de poder possuo mais. (Acrescento: Disse Jesus: ‘Se tiverdes um grão de mostarda de fé direis a este monte sai daqui e atira-te no e ele se atirará!...’ A fé humana não é poder; é apenas a espontaneidade e a liberdade do próprio Pai-Mãe celestial, e que se manifesta por meio do homem, se ele deixar. Para que a fé no homem se manifeste como criação e transformação, o homem só tem que silenciar seu ego-pensamento, tem que aquietar-se mentalmente, tem que serenar-se em seu Espírito, libertar-se de qualquer noção e preocupação, para que a vida volte a manifestar-se com amor e equilíbrio total, sempre nova e milagrosamente, como costuma fazer quando os freios do poder ou do ego-pensamento não interferem)... Agora, amigo querido, posso sentir o AMOR como ele realmente é. Agora posso sentir de novo os verdadeiros sentimentos humanos! Os sentimentos e as emoções são agora a base na qual me apoio, para que o AMOR ecloda através de mim!

“Meu caro amigo, senti que precisava contar-te todas estas coisas e acontecimentos de minha vida. Não guardes rancor de certos seres que tentaram te prejudicar, iludir, ou tentaram fazer-te mal. Tais pessoas ou ETs disfarçados fazem parte de um esquema gigantesco do PODER que visa prejudicar o próximo, esquema muito maior do que elas suspeitam ou venham a descobrir. Tais pessoas (ou ETs disfarçados) são apenas instrumentos dessa força anômala e intrometida que quer virar PODER. Mas para tal, eles tem que matar o AMOR e os SENTIMENTOS, e isso é o que eles estão quase conseguindo na Terra. Espero que os homens ainda saibam reagir a tempo!.

“Amigo estimado, a maioria das pessoas deste planeta Terra (principalmente os que fazem de seu ego-pensamento e posses a coisa mais importante da existência) estão presos a esquemas ufológicos. São instrumentos de um ‘PODER MAIOR’ (usurpador, interferente e intrometido). Este PODER não conhece as palavras Coração, Sentimentos, Sensibilidade. Por isso te recomendo, não procure mais essas armadilhas! Este é apenas um conselho de amigo.

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Se um dia tu precisares de um AMIGO, de um ser humano que ama a Terra e tudo o que nela há, que ama o momento presente, que está livre de qualquer ambição de poder, que já não manifesta qualquer paranormalidade para subjugar terceiros, que evita prometer o que acaba não cumprindo, um amigo que tem sentimentos, amor e calor humano, que tem um coração que responde aos corações dos outros, lembra-te de mim e conta sempre comigo!

Estou muito feliz por ter-me compreendido e também por teres notado que, apesar de tudo, sempre fui teu amigo. Tua amizade sempre me foi muito importante. Desde o primeiro dia em que te conheci, senti que me oferecias AMOR e não PODER. Também senti que tu eras e és um SER autêntico e estas livre de esquemas e programações. Teu coração está aceso e está unido ao AMOR! Só aqueles que têm esta ‘chama viva’ é que podem falar a ‘linguagem do coração’, que é aquele sentimento silencioso que tudo abrange. Só estes são os verdadeiros Irmãos Cósmicos, Olímpicos, os Irmãos da Luz ou os ETs benevolentes, deuses etc.

DE ONDE CERTOS EXTRATERRESTRES PROVÊM Tendo recebido tal carta, assim eu respondi ao meu amigo de

MG, supostamente um ET, tentando de alguma maneira ampliar ainda mais o tema ou a confissão que ele me fez:

Querido amigo, tua última carta me impressionou sobremaneira e me deixou entrevar muitas outras verdades e revelações que tu não chegaste a esboçar totalmente.

Foram extremamente comovedoras as tuas efusões de humanismo amoroso, e teus sentimentos por tudo o que Sente, Sabe e Sofre! Falaste de um ‘PODER MAIOR’, mesquinho, cruel, distorcedor e interferente que está tentando apossar-se de nossas vidas e destinos. Em contrapartida, também falaste do AMOR e dos bons sentimentos.

Curioso, amigo, em meus mergulhos, acredito ter surpreendido o problema básica do Cosmo e da Vida.

Sem nada impor, sugiro outra vez que o ABSOLUTO ou o Pai-Mãe Primevo é Ser, Consciência e Felicidade. (ou é ‘Sat-Chit-Ananda’, como sugeria Shankaracharya, o sábio hindu).

EU-ELE ou o Pai Manifesta-se por puro Amor.

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A Vitalidade Primordial ou a Energia que do Pai-Mãe-EU surge é AMOR ou ATO PURO. Estes dois são também Sensações perfeitas, Sentimentos, Inteligência, Intuição. Por puro Amor Deus-Pai-Mãe manifesta-se, e graças a essa surgem os assim ditos Ovos Cósmicos.

Só que eu vou me restringir somente à Manifestação que resultaria em um ou em dois ovos. Um “Ovo Cósmico” encerra, digamos a entidade ELE-ELA Primeva, e por que não dizer ELA-ELE.. Ou melhor, encerra aquilo que tu mesmo, com 18 anos, vislumbraste num estado alterado de consciência (EAC).

O Absoluto e sua Manifestação androgênica (Adão-Eva) são AMOR INTEMPORAL.

Os Deuses-Deusas, os filhos diretos ou a Manifestação são também só AMOR e AÇÃO, (e por isso têm que ATUAR) por AMOR.

De sua parte, os Heróis que surgem do cruzamento das filhas da Terra com os Deuses já são Amor e são tempo. O mesmo acontece com os filhos da Terra (ou filhos da Gaia, a Deusa), ou acontece com os homens, quando tocados pelos deuses. Portanto, os homens tocados são AMOR e tempo, também.. Estes TOCADOS ou fecundados também viram heróis.

O Herói luta pelo que é justo, pela Justiça em Si, pelo que é certo, ou senão luta até as últimas conseqüências para voltar a ser um Deus, para reintegrar-se no AMOR e não ser transmutado em PODER.

O poder do Herói é só Justiça, retidão e lealdade. Alguns soldados da Segunda Guerra Mundial manifestavam essas três magníficas possibilidades.

Repetindo, então, o Absoluto e os deuses andróginos manifestos, ou até mesmo os Deuses já separados (Ele e Ela e não mais ELE-ELA), separados sim, mas ainda ETs de Luz – neste caso quando o “Ovo Primordial” se rompe libera ELE-ELA. O Amor Cósmico (ou Eros) separa esta Dupla-Una. Dando-se a separação, sucede então que, impelidos pelo Amor, ou ELE desce e ELA fica junto à FONTE, aguardando o retorno DELE, o Bem Amado. Ou ELA desce e ELE fica junto à FONTE (ou Centro), aguardando o retorno DELA, a Bem Amada – e como dizia, então, estes ETs de Luz são intemporalidade ou AMOR puro; e estão livres do tempo e dos malefícios do PODER.

Os Heróis e os filhos da Terra (tocados) são AMOR também, pois, algo do ‘Aqui e Agora’ ainda se esconde neles mesmos. Todavia e infelizmente, eles são também tempo, ou melhor, são amor-espaço-tempo. Os filhos e filhas da Gaia ou da Terra, além de serem

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sentimentos (AMOR), são também o falso hoje de 24 horas, (eventual Poder).

Dito de outro modo, os filhos da Terra são o ontem (ou o já inexistente – memória). São o “barulho interior” do falso hoje (pensamentos ou raciocínios), e são o amanhã (a imaginação ou o não-nascido, ainda).

E mais, as caducidades do ontem (memórias), ao invés de se anularem totalmente, como acontece com uma fagulha que cai e se apaga, às vezes conseguem se permutar no amanhã ou numa potência virtual...

A memória (ontem) pode muito bem transmutar-se em imaginação (ou num amanhã, num espaço) ou também numa situação virtual. Ou ainda em algo em potencial, feito uma represa que pode bloquear um imenso volume de água potencialmente poderosa.

De sua parte, o amanhã ou o pretenso futuro físico-material no Agora não existe. Portanto, em verdade, não poderá existir amanhã. O futuro é só imaginação, é somente uma invenção do discurso interior ou do pensamento.

Não se leve, pois, em consideração o futuro, considerando-o um tempo pretensamente físico, um amanhã astronômico.

Sem ego-pensamento ruminando intimamente, não há nem ontem (memória), não há nem amanhã (imaginação) e muito menos há um pretenso hoje de 24 horas, que é raciocínio.

Na Intemporalidade ou Agora se Sabe, se Sente e se Intui, nunca se pensa. De seu lado, essas três autênticas faculdades mentais pulsam e ressoam. As ressonâncias do Saber-Sentir-Intuir ou Entender, Bem Conhecer resultam no próprio pensamento que é defasagem, e que nela inclui a memória, o raciocínio e a imaginação. Este trio constitui o próprio tempo acrescentado, que nunca é físico. Sem o discurso interior não há como classificar o tempo de físico ou de psicológico.

E mais, se por pura desatenção se abre uma brecha na Intemporalidade do Aqui e Agora, tal brecha poderá muito bem transformar esse AQUI e AGORA num falso hoje contínuo de 24 horas.

De sua parte, esse pretenso hoje de 24 horas se igualará a uma represa, que sempre conterá uma potência latente, a qual, se liberada for, virará PODER. E este Poder avassalador só e sempre é exercido num enganador hoje de 24 horas ou no tempo.

Certos ETs, senhores do tempo, e inclusive não poucos homens extraviados – (90% da humanidade assim se encontra, conforme tu

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mesmo disseste, amigo) – não estão centrados no AQUI e AGORA, não fazem parte do banquete do AMOR (‘Ágape’), e que só e sempre se manifesta Aqui e Agora.

Os senhores do tempo ou a maioria dos ETs nefastos são o próprio ontem, são aquela caducidade que não se anula.

E também, por um descuido complacente do homem mal pensante – inconsciente de seu próprio Agora – esse mesmo ontem se transmuta no amanhã, se transforma em potência ou num mundo virtual.

O homem ignorante e desavisado, por ser também Aqui e Agora, serve de ponte para que seu próprio ontem e inclusive o de certos alienígenas se permutem no nosso falso hoje de 24 horas. Daí porque, amigo, disseste que no falso hoje ‘nós somos o passado de extraterrestres do futuro’. E somos mesmo!

Por sobre do Aqui e Agora (ou até mesmo fora do Aqui e Agora), intrometer-se-á tal potência virtual que tudo tentará corromper e desvirtuar, e finalmente a transmutará em PODER, sempre mal exercido no tempo.

E essa transformação se fará sempre à custa do AMOR, do ATO PURO, do SENTIR, do SABER, INTUIR (Homem-Ser) e do próprio ‘Isto’ Primordial ou objeto verdadeiro.

No ontem ou na memória, nós, homens pensantes – e os ETs nefastos também, pois eles são pensamento puro – ruminamos e remoemos nossas experiências e vivências passadas e incompletas, e que para nós resultam em frustração.

Não poucos extraterrestres seriam, portanto, máscaras que andam, seriam ‘personas virtuais’, seriam ‘a legião’, seriam seres ou imagens especulares de nossa própria memória-imaginação.

Essas imagens semi-vivas do espelho mental defasado se extrojetam e se colocam diante de nós de modo concreto.

Por conseguinte e repetindo, graças ao passado-memória, algo da mente do homem se projeta como imaginação ou como futuro. E aí, tanto os homens mal pensantes – (principalmente os entes falecidos que são quase só pensamento) – como os ETs do passado-futuro enjambram situações virtuais, forjam máquinas, artefatos, óvnis, seres, eventos etc. em estado potencial.

As águas virtuais da imaginação, como potência que são, ficam represadas pelo REAL que se Manifesta Aqui e Agora. E este REAL sempre é Sensação, Sentimentos, Ação, Inteligência e Amor. Todavia, todos eles são também INOCÊNCIA, sem defesa, e todos eles, por um

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cochilo, por descuido podem virar ignorância-ego-pensamento, própria do segundo momento em diante (atraso).

Por causa da natural vulnerabilidade do AMOR – e o Amor, no caso, precisaria se defender da ignorância ou ego-pensamento? – tais potencialidades virtuais do amanha conseguirão então se superpor ao Aqui e Agora.

Quando tal sobreposição prevalece efetivamente, aparências passadas e futuras ou fantasmas virtuais se concretizam, interferem, alteram, deturpam, destroem, introduzem a morte, para aqueles que Aqui e Agora não poderiam morrer, principalmente o homem vivo.

Por isso que nessa adulteração toda poderão se nos apresentar óvnis virtuais que conseguem se ‘materializam’ parcial ou totalmente, com seus tripulantes e tudo o mais, exteriorizando um modo de agir diferente, que abalará as ocorrências de nosso viver cotidiano e principalmente as pseudos verdades científicas.

Quero crer, pois, que certos ETs interferem no nosso meio desse modo, transmutando sua potência acumulada em Poder, e com isso podem até mesmo destruir nosso mundo, por causa de um descuido nosso, já que, fora o Aqui e Agora, nós também somos o ontem, somos o falso hoje de 24 horas e o amanhã, como eles.

O futuro físico não existe, nem como espaço nem como tempo astronômico. O futuro é apenas um ontem destinado a se extinguir, mas que por uma astúcia toda especial (ego), se transmuta em imaginação, em falsas potencialidades do amanhã, e que se reintroduzem no nosso falso hoje de 24 horas, o qual, finalmente, é apenas um reflexo caduco do AGORA, Intemporal.

Deus Vivo não é nem nunca foi TODOPODEROSO, como já disse. É, isto sim, AMOR ABSOLUTO, dádiva, entrega, comunhão, liberdade, espontaneidade, paz. A verdadeira Manifestação milagrosa Deus-Pai-Mãe baseia-se nisso. O ESPÍRITO-EU ou a MENTE-EU é totalmente livre e espontânea.

Só os demiurgos ou certos ETs safados é que pretendem ser todopoderosos e o conseguem por causa do eterno conflito entre os sentimentos e o pensamento, conflitos que reforçam o PODER. Só que os sentimentos-AMOR são Vida e o PODER é morte.

Poder virtual ou potencial, portanto, é algo que já está morto – ou é memória – ou é algo que ainda não nasceu – imaginação. Este algo represado – imaginações – depois transmuta-se em Poder por sobre do Aqui e Agora ou ao seu redor.

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Os extraterrestres de Luz vêm ou surgem do AQUI e AGORA e são Deuses legítimos.

Os ETs nefastos vêm de mundos antípodas que lembram as imagens do espelho. Vêm do que é virtual ou do que se encontra em estado potencial.

O futuro ou o mundo virtual deles é altamente organizado em termos lógicos-racionais, e nisso não pode dar-se falha alguma, como mostrou o filme “Millenium”. Esses ETs não podem suportar o imprevisível do Aqui e Agora e muito menos o Paradoxo. Estes ETs nefastos, penetrando no falso hoje de 24 horas, viram Poder e também transmitem Poder a certos safados daqui mesmo para que escravizem e massacrem os “pobres de espírito”...

Amigo, disseste que aos 18 anos de idade tiveste um estado alterado de consciência (EAC) e aí descobriste que eras simplesmente a Manifestação da Unidade que encerrava um ELE (tu-EU) e uma ELA (outro tu-EU). Depois caíste sob a influência de um humano aparente, que dentro de si abrigava um exército de ETs (‘Legião’) ou um único. Ou seja, tal ET era mais ontem-amanhã do que Amor, Aqui e Agora. Ele era uma marionete perfeita de um tipo de PODER VERMELHO, vibração ou angulação essa que faz parte do PODER MAIOR – ou angulações diferentes ou variando entre 0º a 180º. – (Nesse caso o ABSOLUTO ou o Grande Espírito-EU abrangeria praticamente os 360º - Tal pessoa quase te transforma também num ET da linha vermelha.

Pelo que entendi, tal ET quis sacrificar teu Aqui e Agora e transformar-te num veículo terrestre e manifesto do PODER VERMELHO. Mas o tiro saiu pela culatra. O Amor que transferiste para filha ou para a tua ELA rompeu o vínculo e, no teu caso, aparentemente, o AMOR prevaleceu sobre o PODER.

Num estado comum de consciência (ECC), o ego-corpo denso e o mundo que te envolve são uma coisa só, não importa a multiplicidade enlouquecedora que este mundo ou universo possa apresentar. Num estado alterado de consciência – estados alterados esses que são infinitos – eu, com um segundo corpo, e mais outro mundo que me envolve, também somos uma coisa só, somos uma mesma sobreposição. O antigo ego e seu primeiro mundo cedem lugar a outros egos e outros mundos. O primeiro ego e seu mundo desaparecem de fato.

Se quiseres, tu podes então te transferir a um terceiro estado alterado de consciência, a um quarto estado, a um quinto, sexto etc. até infinitos estados de consciência.

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Quero crer que os ETs nefastos apenas saem desses estados alterados de consciência, que são virtuais, ou saem da memória-raciocínio-imaginação (mal pensar), ou até mesmo saem do ontem-e-amanhã em potencial, e tentam se intrometer no nosso hoje ou estado comum de consciência, e que é a nossa vida cotidiana. Tentam dominar o mundo pensado por nós (egos, que é o mundo da consciência comum, do falso ‘ficar cônscio de’, como se esse mundo-consciência-ego fosse o único e o mais importante. Infelizmente é exatamente aí ou no mundo da consciência comum que as nossas sensações contaminadas e sentimentos ocorrem, e é aí que os atos propositados, intencionais também se cumprem. Por conseguinte, é também aí (mundo comum) que os ETs introduzem os seus fantasmas do ontem-hoje-amanhã; ou melhor falando, do ontem-amanhã,

Esses tipos de Óvnis e respectivos tripulantes (extraterrestres, extra-situacionais) são tão aparentemente reais quanto o são as assim chamadas verdades e descobertas científicas.

Quando minaste a teia de aranha do ET da linha vermelha, ele quis te matar, te anular, como, aliás, eles costumam fazer. E aí apareceu um salvador, outro personagem do poder (um ET da linha azul), que também acabou utilizando-te para seus próprios fins.

Vocês dois (tu e o ET azul) acabaram ficando com pena de um pobre mortal que aparentemente havia perdido a própria filha. Só que este mortal não sabe se de fato é mortal; e tampouco se importa de só sê-lo ou de não sê-lo. Agora, eu me importei, sim e muito, com o sofrimento e com o desaparecimento de AB. E considerei essa sobreposição fatal, esse desvio, esse acréscimo anulador (ou morte) tão injusto e massacrante como nada podia se lhe assemelhar.

Para mim essa foi a pior traição que pseudo entidades do PODER podiam ter desencadeado contra mim. E, como se não bastasse, ainda vieram alguns a iludir-me com promessas que nunca se cumpriram, mas não porque não poderiam ter-se cumprido e sim não quiseram cumpri-las. Todavia, ‘EU’ Sinto-e-Sei que um retorno é possível, não num estado alterado, mas sim neste mesmo estado comum de consciência.

Por favor, suporta as minhas impertinências finais. Afinal, amigo, tu, sempre foste humano com o teu ECC e,

ocasionalmente vivenciaste outros EAC, ou inicialmente eras um ET com ECC, e depois viraste humano com estados alterados de consciência?

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Foste uma máquina temporal (homem físico) desde o começo e sempre foste um escravo do Poder? Ou primeiramente vieste como homem comum, com emoções e tudo o mais, depois viraste máquina e, finalmente, voltaste outra vez à condição dos deuses, com suas emoções e amor?... Responda-me, se puderes. Um abraço...

O SÍMBOLO PRIMORDIAL QUE ABRE E FECHA PORTAS

Para finalizar este meu jogo de ping-pong, só mais duas cartas.

Esta primeira é a que o meu amigo, supostamente ET, me escreveu e que dizia:

“... Caro amigo, hoje estou freqüentando o curso de psicologia, em minha opinião é um curso que me ajudará a penetrar no esquema dos ’Nefastos’, a reconhecer os intentos deles e, principalmente a desativar alguns dos seus ‘governantes’ ou poderosos.

“Através de um esforço supremo e uma vontade fora do comum, consegui perceber (mais claramente) determinadas ‘armadilhas’ (ou teias de aranha), nas quais os seres humanos ficam presos e desse modo persistem. Graças a visões que por entre os meus ‘sonhos’ me foram revelados, pude receber informações a respeito de ‘Nefastos’ que, efetivamente estão atuando muito próximo de mim, e qual o meu papel em face dessa situação. Não é por mero acaso que estou cursando a Psicologia... sic.

“Aliás, três dessas visões vieram acompanhadas de fenômenos ou ocorrências que se desenrolaram neste nosso nível de consciência ou na nossa realidade física. A ‘Teia Simbólica”, também conhecida como ‘armadilha do inconsciente’ – (e que digo eu, autor do livro, também é aquela ilhota espúria, aquele iceberg intrometido e inserido no grande oceano da consciência real) – governa por meio de símbolos (ou arquétipos; mas estes, em verdade, são conglomerados de programações). Os seres humanos, ao longo de suas existências, ou melhor por meio de suas ações, sensações e sentimentos manifestas o ‘conteúdo’ destes símbolos, ao longo do desenrolar do tempo, criando suas próprias prisões físicas e psicológicas.

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“Todos os seres desavisados (homens) estão presos dentro desta ‘leitura simbólica’. E reativar símbolos é o ato aprisionador predominante dos seres humanos.

“Todos, porém, podem ter acesso ao chamado ‘Símbolo Primordial’ (ou Fonte de origem, Ponto Primordial). Ou seja, o primeiro símbolo que manifesta a identidade mais profunda, a essência do verdadeiro começo do homem. Este Símbolo Primordial representa também a porta de entrada no processo do tempo (que é prisão). É o ponto ou a fissura entre o ‘consciente’ das pessoas e o vasto ‘inconsciente’ impessoal. (Ou melhor, e a brecha que separa o ‘ficar cônscio de’ das pessoas comuns, ficar consciente esse que inclui o sujeito e o objeto, e a infinita e grande consciência, livre desses icebergs bipolares).

“Por algum motivo, aos 18 anos tive aquele encontro com o ponto original ou com o ‘Símbolo Primordial’ – e este, além de ser a ‘porta’ de entrada para a nossa prisão cotidiana, também pode ser a saída! – a respeito do qual já falei a você na última carta que lhe enviei. Em tal missiva, eu chamava a esse ‘símbolo primordial’ de minha ‘Fonte de Origem’.

“Nessa pretensa realidade criada (ou recriada), esta dualidade constituída de luzes-trevas, consciente-inconsciente, Deus-demônio, Vida-morte, sujeito-objeto, situa-se a prisão, na qual todos estão inseridos. “Quando, por este ou aquele motivo se atinge o ‘Símbolo Primordial”, a porta que fecha ou separa ‘o consciente do inconsciente’ se abre! – (Ou melhor, quando, de algum modo o homem mentalmente volta a se aproximar da ‘Fonte Original’, o impedimento ou a programação que sustenta tenazmente o ‘ficar cônscio de’, criador de dualidades e multiplicidades, desaparece; tal falso perceber cede, então, lugar à Grande Consciência de Ser. Isso é como se se abrisse uma porta, e essa Grande Consciência também é o Símbolo Primordial). – Em quase todos os casos que pesquisei, nos quais este fenômeno havia-se dado, o destino da maioria das pessoas que nele havia-se envolvido foi a morte física.

“Isso acontece porque o ‘conteúdo’ ou a essência do símbolo primordial’ – Consciência-EU, Consciência-Deus – é mais forte e mais profundo. E esse (EU)-Ele acaba anulando a existência egocêntrica e o conteúdo da personalidade, e que seria uma singularidade encarando uma pretensa multiplicidade.

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“No meu caso a morte não prevaleceu porque algo ou alguém ‘quebrou o esquema, anulou a programação fatal’. Nos mecanismos do próprio esquema ou nas ‘programações’ velhacas acrescentadas à natureza do homem há um processo automático regulado pelo símbolo Vida-morte. E é este símbolo ou esta programação acrescentada a que sustenta a falsa vida cotidiana, ou senão resulta inclusive numa falsa morte. No meu caso, parece que consegui ‘ fugir das normas estabelecidas’. Fui buscar a saída, o ponto de escape, movido por uma atitude ou um modo de agir que não estava ‘escrito no pretenso livro do destino’, (ou não estava escrito na programação acrescentada por ETs velhacos).

“Com toda certeza, hoje sei que o único dom que possuo realmente é o de desativar certos ‘Nefastos’. Estes não possuem poder próprio, não são autônomos como certos homens podem ser. Eles representam apenas peças de um grande esquema, de uma grande engrenagem, Ou seja, são instrumentos usados e manipulados por um Poder Maior, (que é exatamente aquele que tudo pretende ter, o Demiurgo e seu Golem, Jeová-Molokron e nada possui!). Por este motivo, por serem meros instrumentos de uma ‘grande engrenagem inconsciente acrescentada’, eles podem ser desativados. Ou também podem ‘ser acordados.’ Ou melhor ainda, podem ser apagados daquela Medusa intrometida, que no Grande Oceano Primordial ou Deus-Pai se permite sonhar tais nefastos. Essa desativação, contudo, é um trabalho que exige muito ‘cuidado’ e paciência, obviamente precisa também de muito amor para não violentar nada...

“Quanto à minha saúde, está tudo bem, e acho que já deu para você notar que a minha busca do ‘Amor’ e dos mistérios que encobrem as nossas existências como seres humanos está cada vez mais intensa e apaixonante.

“E você, amigo, como está? Tudo bem? Espero que, de coração, você já tenha amenizado o sofrimento e a agonia que acompanhava sua alma. Acho que isso depende exclusivamente de você. Só você pode ultrapassar esta fronteira, graças ao seu próprio esforço, e depois descobrir que em cada momento, uma nova vida pode recomeçar.

“O silêncio não está dentro de cada um; está fora de todos nós. Temos que calar o barulho interior e que corresponde àquilo que é conhecido por cada um, e temos que fazer prevalecer o Grande Desconhecido, que não pertence a ninguém, respeitando-O em sua maneira de Ser e de se Manifestar...”

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AS MEDUSAS E OS ICEBERGS DA VIDA Em minha última carta, eu respondi àquele meu amigo,

supostamente ET, o qual de repente silenciou e se sumiu. Caro amigo, meus parabéns por ter sido aprovado no vestibular

de psicologia. Só não entendo bem de que modo pretendes desativar determinados andróides safados que andam por aí, com essa psicologia acadêmica e capenga, psicologia que restringe tudo a atividades físico-químicas dos neurônios e a pretensos códigos genéticos.

Para um perceber mais profundo, tantos os neurônios, cérebro, nervos, como os genes são pura aparência e mentiras. As verdadeiras forças da mente personificada (ego) e do pensamento vulgar são muito fortes e ladinas para serem dominadas ou subjugadas por meio de artimanhas laboratoriais e psicológicas. Isso que não estou levando em consideração o fantástico poder da MENTE PURA, e que tu chamas SÍMBOLO PRIMORDIAL ou minha FONTE DE ORIGEM... Por outro lado, se caças ETs nefastos ou se pretendes desativá-los, isso sugeriria que tu também és um ET, ou me engano?

Amigo, vamos agora aclarar certos pontos: quando falas em Inconsciente ou em Desconhecido, acho que estás te referindo ao Oceano da Grande Consciência Primeva, e que a Psicologia acadêmica, ignorantemente, confunde com um inconsciente cerebral, inventado por Freud. E quando falas em consciente, em verdade te referes ao nosso habitual “ficar cônscio de”, no qual sempre parece prevalecer uma pessoa-ego que pensa e que reconhece, de um lado, e uma coisa pensada ou reconhecida, do outro. Em suma a dualidade cartesiana ou a multiplicidade científica.

Este modo de “ficar cônscio de”, que inclui a falsa vida e a falsa morte, o falso consciente e o falso inconsciente da psicologia vulgar, o sujeito pensante e a coisa pensada, a luz reconhecível e o ego-enxergar reconhecedor etc. é exatamente a porta de entrada (e também de saída da prisão espaço-temporal acrescentada.

Se em cada um de nós se eliminasse esse relativíssimo “ficar cônscio de”, e se se o substituísse pela Consciência Plena do SER, onde a enganadora dualidade cartesiana não prevalece, qualquer homem escaparia das programações ou símbolos acrescentados pelos ETs nefastos.

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Vejamos agora como estas programações ou pretensos símbolos são acrescentados. A VERDADE PRIMORDIAL ou Deus-Pai-Mãe é um Grande Oceano de Consciência. Aqui tudo surge e desaparece, e volta a ressurgir de momento em momento, tudo se move e se renova sem sair do lugar. Tudo é sempre novidade, harmonia pacífica e feliz. Esse Grande Oceano é essencialmente Ser-Consciência-Felicidade, como se disse. Dentro de seu próprio seio, este Oceano pode gerar ‘ilhotas’, ‘icebergs’ ou infinitas Individualidades Puras (Homens com caráter, Homens-EU) que não se perdem, e que são idênticas ao próprio Oceano do qual se originam. (Água e gelo na essência não diferem). Tais Individualidades ou Homens Incontaminados também são Ser-Consciência-Felicidade. Este Ser, Consciência e Felicidade pode ser inclusive traduzido como AMOR, como antes vimos, ou senão também como SENTIMENTOS, INTELIGÊNCIA, AÇÃO PURA, EXISTÊNCIA PERFEITA.

Alguns desses “Icebergs”, grosso modo, transformam-se em “MEDUSAS” malignas que só cabem num tempo e num espaço (trevas exteriores) refeito ou remontado e não no OCEANO PRIMEVO. Mas este OCEANO, apesar dos pesares, também pode comportar o tempo e o espaço refeitos, onde o PODER prevalece e parecerá ser exercido.

Os “Icebergs” puros ou os Homens Primordiais encerram Arquétipos ou Símbolos Primordiais que obsequiam imortalidade O Símbolo Primordial chamado PAI-MÃE é imortal, e este mesmo Símbolo, transferido ao Filho, também doa imortalidade a este último.

Primordialmente falando, os homens se comportam como Indivíduos Imortais, livres e espontâneos num OCEANO PATERNO também livre, espontâneo e imortal.

AS MEDUSAS-Demiurgo, que também são os ETs nefastos do ontem, e que se transmutam em ETs nefastos do futuro em estado potencial, sonham, e nesse sonhar em item tentáculos. Estes tentáculos são sequazes ou ETs secundários do futuro, completamente dependentes da Medusa-Demiurgo primária

Todos estes ETs-demiurgos e ETs-tentáculos – os primeiros autônomos e os segundos autômatos ou peças de engrenagens – conseguem inserir ou incluir nos “Icebergs” Primordiais e inocentes símbolos danados ou programações estranhas aos Arquétipos que esses mesmos “Icebergs já possuíam. De repente, então, esses símbolos, núcleos de programações etc. obrigam a que o Homem-Iceberg Primordial decaia e se transforme em homem comum e comece também

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a (mal) pensar e passe a ambicionar o PODER aceitando essas programações, por desaviso, é claro. E o homem fica então sujeito ao conhecido e à toda multiplicidade que esse conhecido encerra. A morte inclusive. Incluídos os símbolos espúrios, as programações caretas, mais os condicionamentos epístemo-psicológicos que o próprio homem posteriormente acrescenta, ele fica sujeito a todas as limitações e precariedades que os ETs querem que oi homem da Terra padeça. A morte é o pior acréscimo. E isso será tanto pior, quanto mais o homem ambicionar o Poder e sacrificar o seu maravilhoso antídoto, que é o AMOR-SENTIMENTOS-INTELIGÊNCIA-AÇÃO-PURA-EXISTÊNCIA, e que também corresponde à Não-Dualidade, não-multiplicidade ou ao Desconhecido.

E então, veja você meu caro amigo, que a atitude de enfiar ‘chips’ na cabeça dos abduzidos por parte de certos ETs é bastante grosseira. Tais ETs não precisam disso; eles, por causa de nosso próprio descuido, podem perfeitamente nos dominar pelo acréscimo sutil dessas programações inseridas em nossas mentes e que nos levam a viver feitos seres totalmente vulneráveis e mortais... Isso não aconteceria se fôssemos SER-UNO-AMOR... Um abraço...

OUTRO CONTATO Bem antes do que agora vou narrar, já havia recebido as cartas

do amigo acima, de MG, hipotético ET, e que nunca mais se comunicou comigo.

Em suas cartas ele havia alertado que tivesse cuidado com outros eventuais ETs e que poderiam querer falar comigo – hipotéticos ET ou até mesmo farsantes – e que não mais me relacionasse com eles, para que não se repetisse o que me havia acontecido com o Alex. Ou seja, voltassem a me mentir e a me enganar

Alguns anos depois, já me havia esquecido por completo desse amigo de MG. Ele parara de me escrever e eu também para ele. Sendo que tudo o que ele havia me escrito, e eu respondi, havia sido arquivado. Só tempo depois resolvi aproveitar nossa correspondência e inseri-la nas páginas deste um livro que o amigo tem em mãos, e que nunca veio a ser publicado, a não ser agora, pelo Clube de autores, assim eu espero.

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Assim que em 1995, muito tempo depois de nosso relacionamento, em 1984-1985 – os livros Os Manipuladores da Falsa Fatalidade e A Grande Conspiração Universal já haviam sido publicados – recebi uma bela carta estranha de alguém – um jovem chileno ou panamenho, nunca soube bem – na qual o autor contava que recentemente havia acabado de ler o livro a Grande Conspiração Universal, e que tinha achado a obra simplesmente extraordinária e maravilhosa. Isso em 1995.

Dentre outras coisas, em sua carta alegou inclusive que ele costumava desdobrar-se em corpo astral e que fazia viagens pelos mundos astrais, espirituais e pelo Universo científico. Na carta disse-me que numa determinada noite – não sabe se sonhou ou se desdobrou astralinamente – viajou pelo espaço universal e acabou entrando num gigantesco disco voador, numa espécie de nave mãe alienígena. E que lá dentro alguém de bela aparência e bem humano o levou a que visitasse as partes mais importantes do grande navio voador. Ou seja, suas instalações, artefatos e coisas que valha. Depois o apresentaram ao comandante daquele Ufo gigantesco. Este cavaleiro bem apessoado e educado o introduziu em sua cabina de comando, conversou diversas coisas com este rapaz chileno, e depois, num aparelho tipo monitor de computador, projetou a capa de um livro que tal rapaz até então desconhecia. E recomendou a viva voz que, ao voltar para a Terra, adquirisse a obra e a lesse, porque valia a pena. Teve muitas dificuldades para adquirir o livro. Esse tomo era a minha obra A Grande Conspiração Universal. Fiquei lisonjeado com o que ele escreveu e com a citação do meu livro. Pensei cá comigo, puxa um comandante de disco voador, em pleno espaço cósmico e dentro de sua nave, recomendar meu livro para alguém da Terra. Era muita honra para mim.

O rapaz chileno só me escreveu isso. Não pedia para que eu cresse, nem solicitava uma resposta para a sua missiva. Naturalmente eu acreditei e não acreditei no que ele disse. A carta mexeu com minha vaidade e principalmente com meu egozinho safado, inchando-o para valer, provando que ele continua dentro de mim, bem acomodado.

Em sua carta o jovem colocou seu nome – que vou manter no anonimato – endereço e telefone. Morava em Porto Alegre. Sua carta pareceu-me uma isca bem lançada. Mas o que fazer. Precisava saber mais.

Evidentemente, não resisti e eu telefonei a ele, o qual me atendeu prontamente, com um português acastelhanado, próprio de um

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estrangeiro. Solicitei se podia fazer-me uma visita em minha residência, para conversarmos mais a respeito de sua viagem, contato e comandante. Disse que viria e veio mesmo.

Em minha casa, falou-me de suas experiências ufológicas que eram diversas e bem variadas. Seus contos não superaram as primeiras narrativas do Alex num congresso de ufologia do Rio de Janeiro, mas mesmo assim eram intrigantes e curiosas.

Mostrou-me diversas fotografias, onde apareciam discos voadores esvoaçando no céu, vistos desde dentro de avião de passageiros terrestre e voando próximos à aeronave. Não pareciam naves metálicas e sim grandes objetos luminosos e ectoplasmáticos.

Depois fiquei sabendo que o irmão desse jovem chileno, também se desdobra astralinamente e faz viagens pelo cosmo e para dentro de naves gigantescas e pacíficas, próprias de aliens de outros do universo, benevolentes e civilizados. Este irmão dele tem-se apresentado até em Congressos de Ufologia pelo Brasil, com certa repercussão. Em Porto Alegre, mantém um curso de aprendizagens ufológicas relacionadas a essas gigantescas naves voadoras.

Mas voltando ao remetente da estranha e bela carta, ele no dia seguinte ao meu telefonema, veio para minha casa e aí aproveitamos para conversar diversos assuntos de ufologia. Contei a ele algumas poucas coisas sobre a Adriana, e que já eram públicas, pois algo já havia sido contado naqueles dois livros de que antes falei, publicados em 1994 e 1995. Mas para ele não fiz muitas confidências sobre AB porque talvez não lhe interessassem.

Conversa vai, conversa vem, o jovem amigo da carta contou-me que em São Paulo ele conhecia um verdadeiro alienígena, um possível comandante estelar, com grandes poderes paranormais e que habitualmente escrevia livros. Havia escrito muitos livros e tinha um grande círculo de relações. Todos queriam seus favores e ouvir suas revelações e ensinos. Mostrou-me até um retrato desenhado do dito cujo.

Quando vi tal desenho, algo se sacudiu dentro de mim. Reconheci-me como tendo sido tal indivíduo em vidas passadas remotíssimas. Seu rosto tinha algo a ver com o meu, quando eu era bem jovem. Claro, essa pode ter sido apenas uma bobeira de minha parte. Mas o rapaz da carta dizia que essa era a verdadeira imagem do seu amigo de São Paulo, o alien ou comandante. Só que não aquela que apresentava em público.

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Outros mais inclusive chegaram me dizer que aquele era o rosto de Asthar Sheran.

Pedi para esse rapaz se eu poderia fazer um direto contato com esse estranho indivíduo. – Continuava alimentando remotas esperanças em relação a AB. Ele me disse que sim e que, quando pudesse iria tentar fazer um contato telefônico com ele. Não quis me fornecer o nome do dito cujo, nem o telefone e muito menos o endereço.

Fiquei por isso mesmo, e nós despedimos. Agradeci a boa vontade de ter-me visitado e agradeci também a carta e seu conteúdo mais os elogios.

OUTRA TRISTE AVENTURA Após receber o amigo chileno, escritor da carta, o qual me

prometeu que, quando pudesse, ia falar com o tal “comandante-alien” de São Paulo, no dia seguinte, recebi às 11 da manhã recebi um telefonema direto de São Paulo. A pessoa da telefonada, identificou inicialmente como sendo amigo e conhecido do rapaz chileno de Porto Alegre.

Imediatamente pensei que podia ser a estranha personagem de São Paulo. E achei até curioso ele dar-se o trabalho de telefonar-me diretamente, por sua iniciativa.

Para um começo de conversa, perguntou-me se eu era EB, escritor do livro A Grande Conspiração Universal.

Respondi que sim. E aí, ele retrucou num bom português que estava admirado de que eu tivesse conseguido escrever um livro como esse.

Eu, sinceramente, nunca tinha pensado que o livro pudesse ser tão cativante e sensacional. A seguir começou a falar, quase sem interrupção por mais de meia hora, e isso num dia comum e às 11 horas da manhã. Só depois fiquei imaginando quanto não teria gasto com uma ligação como essa de São Paulo a Porto Alegre.

Antes começou dizendo que eu estava absolutamente certo de que minha filha tinha sido abduzida e que não tinha morrido necessariamente num acidente.

Estranhei de como ele tinha ficado sabendo dessas coisas, se eu não havia falado com ninguém, a não ser com amigos especiais, minha filha, Alex e o amigo de Minas.

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Supostamente dotado de uma extraordinária telepatia, conseguiu fazer uma leitura perfeita dos registros de minha mente-memória. – E isso me fez lembrar os alertas do amigo de Minas Gerais, suposto ET, e da facilidade com que certos ETs liam a mente alheia – O comunicador paulistano colocou em palavras tudo o que havia acontecido com minha filha, a hospitalização, o pretenso enterro, a desconfiança do noivo dela, de minha outra filha. Minhas próprias desconfianças, dúvidas, das vozes e lamentos que eu ouvia, de meus contatos com gente diferente, especial. Santo Deus, eram muitos detalhes e minúcias para uma pessoa só. Nem eu mesmo me lembrava mais de certas coisas. Esse senhor que eu não conhecia, deixou-me simplesmente abismado, porque nunca tinha escrito nada com tantos detalhes que só eu podia conhecer. Para me cutucar e me entusiasmar, ele inclusive acrescentou que AB continuava viva e que estava presa no Brasil Central e que havia grandes possibilidades de resgatá-la.

Falava rápido num bom português e foi tamanha a enxurrada de relatos e informações que em nenhum momento duvidei da fantástica capacidade dele. E a seguir, eu lhe disse que viajaria para São Paulo imediatamente, porque senti nele outro eventual salvador de AB. Em minha inocência, não desconfiei de nada.

Marquei o dia da viagem para São Paulo, a companhia aérea, a hora etc. Ele me forneceu o número de seu telefone para que, quando chegasse no aeroporto, telefonasse imediatamente para ele, para me encontrar no centro da cidade.

O avião desceu no aeroporto internacional de Guarulhos, em Cumbica, São Paulo, bastante longe do centro da cidade. Eu ainda tinha que me hospedar num hotel para depois me encontrar com ele.

Ao chegar à sala de recepção do aeroporto de Guarulhos não é que havia um senhor com seus 40-45 anos que me fez um sinal e perguntou-me se eu não era Ernesto Bono. Disse-lhe que sim. Estranhei que ele estivesse me esperando. Eu simplesmente não o conhecia, mas ele me reconheceu, não sei como. Talvez já me tivesse visto por meio de uma fotografia minha publicada em algum jornal ou revista de São Paulo, do Rio ou Brasil em geral. Ele tinha a aparência de cidadão comum, comuníssimo até. Longe estava de parecer um ET ou um comandante alienígena disfarçado. Estava com um carrão um pouco antigo e ofereceu-me uma carona para ir até o centro de São Paulo. Conversando e conversando, por ironia pegou uma estrada errada que se afastava do aeroporto de Guarulhos e da cidade de São Paulo. Depois de

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andar sessenta quilômetros é que se deu conta. Aí deu volta. Nesse ínterim quis saber como eu havia escrito livro. Investigou meu conhecimento sobre ufologia, sobre história, sobre minha vida, minha família, sobre a filha morta ou até mesmo abduzida. Estranhei porque finalmente era ele que conseguia ler minha mente, como se fosse um jornal aberto.

Depois certamente para me impressionar começou a falar do passado histórico da Terra, mas não da história acadêmica e sim daquela primi-história que só poucos conhecem. Atlântida, Lemúria, Hiperbórea, antigo Egito, Suméria. Falou-me também do Sistema Solar, dos planetas habitados, de Civilizações e galáxias distantes.

Após tanto andar de carro, chegamos numa zona central de São Paulo e num hotel que ele havia escolhido para mim, alegando que era econômico e bem de acordo com as minhas possibilidades. Não era um hotel de luxo. E ficava perto da Praça Quinze.

Para me convencer mais um pouco das suas estrondosas possibilidades, suscitou em mim visões de épocas distantes. Ou seja, estando acordado, provocava vidências de vidas passadas. Uma em especial, impressionou-me sobremaneira. Vi-me no alto de um monte, idoso e chorando e implorando aos deuses que não permitissem a destruição daquela terra onde vivia. Daquele belo continente sagrado e que era a Atlântida. Um velho solitário, ajoelhado, chorando e implorando piedade. Vi ondas gigantescas vindas do horizonte marítimo, e depois alcançando a praia e por fim cobrindo tudo, inclusive a elevação de onde eu estava.

Parou com isso e acrescentou que depois teríamos que falar da tentativa de resgatar Adriana, porque ela estava viva me aguardava. Podem imaginar a alegria que isso me causou. Por fim, pegamos um metrô e fomos almoçar. Aí ele se encontrou com uma porção de amigos, gente madura como ele, bancários, executivos, comerciante, e todos ficaram contentes em revê-lo e falavam efusivamente. Mais adiante ele me confessou que esse era o seu pequeno exército em São Paulo. Pois, pois. Fomos a um restaurante que tinha bufê livre e vendia a comida a peso. Eu me servi, e ele também, sendo que ele, de preferência escolheu comida vegetariana.

Mais tarde voltamos para o hotel, e aí ele disse-me que nesse mesmo hotel estava hospedada uma senhora, uma aliada dele, uma auxiliar ou uma kítara, como ele dizia. – Kitaro ou Kitara era um Elementar Superior, quase humano e com poderes paranormais, capaz

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de praticar alta magia. Geralmente atuavam como servos de Deuses ou de Filhos da Luz Especiais que se encontrassem na Terra; estavam livres das conseqüências cármicas de seus atos, mas nunca atuavam perversamente; eram excelentes aliados dos Filhos da Luz – Alan ou o amigo paulistano, pretenso comandante, disse-me que para eu poder participar do resgate de minha filha, e para eu poder entrar dentro de uma nave que se dirigisse para o local em que ela estava, eu tinha que me purificar em profundidade. Não podia praticar sexo, não podia comer carne ou alimentos carnívoros, não podia beber álcool, usar drogas, não podia matar animais domésticos etc. e isso durante 60 dias. Depois disso se tentaria viajar e ir ao encontro dos eventuais raptores de AB. A mulher que estava no hotel, a auxiliar ou a kítara teria que viajar comigo para Porto Alegre, se hospedar na minha residência e me ajudar na purificação cotidiana.

Travei então conhecimento com a tal senhora, e que era simpática, de meia idade, mais ou menos inteligente, não tanto quanto o seu senhor, e se apresentou como morando no interior do Estado de São Paulo.

Alan a instruiu a meu respeito, sobre o que tinha que fazer comigo ou como proceder, e qual a finalidade de minha pretensa purificação ao longo de 50 dias. Ela não opôs nenhuma resistência, concordou plenamente e prometeu fazer tudo o que fosse necessário. Eu estava tão enlevado e envolvido que não resisti a nada, malgrado algo intimamente me alertasse contra o que essa dona ia fazer. .

Viajamos para Porto Alegre, e ela se hospedou em meu apartamento. Na ocasião eu morava sozinho. Os dois filhos que de tempo em tempo também moravam lá não gostaram de tal presença, mas também não se opuseram por completo, porque ela era uma boa criatura. Meu filho menor não disse nada, mas minha filha Juliana achou que eu estava sendo enganado. Só que eu havia jurado que pelo amor que eu tinha por AB, que faria qualquer coisa, nem que tivesse que acabar no inferno, figuradamente falando. Eram somente 50 a 60 dias. Depois disso, Alan viria para Porto Alegre para completar a missão, foi o que me prometeu.

A senhora se chamava Inês. E descobri que ela havia sido secretária do Alan em muitas ocasiões anteriores. E inclusive no Brasil como auxiliar do Alan (pseudônimo), ela o havia ajudado a escrever quase 15 livros que ele redigiu para ela. Ele autor, aparecia com outros pseudônimos tipo Ananken, Guatama, Numa Perseu.

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“Em vidas passadas”, a Inês por sua vez havia sido médium para incorporar o espírito do conde de Rochester. Ou seja, a Inês havia sido a Wera Krijanowski que incorporando espiritualmente o Rochester psicografou quase 50 livro no século XIX-XX, na Rússia antes da revolução... E isso ela me confessou Só que o tal de Rochester e que parece ter vivido dois séculos antes na Inglaterra, em verdade não era um suposto espírito desencarnado, e sim o tal “espírito” era uma presença física palpável e que pouca gente conheceu. Mayrin ou Alan, ente espiritual, simplesmente não morria. Reaparecendo sempre encarnando diversos personagens. A Inês atual, sendo uma Kítara antiga também não morria e simplesmente voltou a aparecer. O rosto da Inês atual com a qual convivi era e é idêntico ao da Wera Krijanowski. Se quiserem conhecê-la, ver o livro O Chancheler de Ferro publicado pela FEB. Alan, ser excepcional (e não sei por que mentiroso), antes de tudo teria sido e continuava sendo Mayrin, um personagem cósmico e Filho da Luz. Eu teria sido irmão dele, Louisius, só que este Louisius, depois que atuou como Prometeu, se apagou e sumiu. Esse Mayrin que nunca morria, voltando a aparecer no nosso meio, teria sido diversos personagens históricos como, por exemplo, Hermes Trimegisto. Modernamente falando teria sido Julio Verne e inclusive o Lobsang Rampa. Isso ele me provou. Como escritor, não só se valia de sua individualidade original, como também utilizava as personalidades de seus chakras, ao todo seis ou sete, daí porque no mesmo século XIX ele apareceu como o espírito do Rochester e como Julio Verne.

Mayrin reaparece sempre como um entrante. Utiliza corpos cedidos por terceiros enganados.

Mas voltando ao tema da Inês hospedada na minha casa, ela foi boa amiga e fez comigo as “limpezas” que tinham que ser feitas, todos os dias, religiosamente. Confiava e acreditava piamente no Alan. Os trabalhos começavam, digamos às 19 horas e se prolongavam quase por duas horas. Ela se valia de mantras (palavras sagradas, cantadas), de “mudras” (de imagens sagradas), de preces numa língua que só ela entendia, evocando Hur-Mah (ou Deus, Pai-Mãe de Alan), de imposição das mãos na cabeça, de passes magnéticos e algo mais que me esqueci. No final, por minha conta, eu tinha que fazer um banho com água e ervas fervidas. Aquilo que a umbanda chama de banhos de descarga E fui fazendo isso, como manda o figurino, durante 50 dias, até ela dizer que eu estava pronto. Ou seja, o que ela tinha que fazer comigo, tinha sido feito. De minha parte, mantive todas as abstenções recomendadas.

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Estava feito um monge casto e puro. Ela era uma kítara que só obedecia ordens e acreditava fielmente no seu mestre, mas se abstinha de mostrar poderes mágicos. Todos os grandes Mestres ou Filhos da Luz que passaram pela Terra tinham seus kítaros fiéis e auxiliares perfeitos.

Esperei pelo aparecimento do Alan, que foi aparecer só 20 dias depois. E aí o fantástico dito cujo, me deu a punhalada que faltava. Não sei por que me fez uma patifaria como essa. Lamento dizê-lo, mas agiu como um canalha e mentiroso. Aliás, não poucos ETs tidos como benevolentes são assim.

Mesmo estando pronto – estupidamente isso foi o que eu achei – ele disse-me que por motivos superiores, eu não podia efetuar a tal viagem num disco, com ele, para ir a algum local do Brasil Central e resgatar minha filha. Alegou que os raptores de AB previamente ficaram sabendo do eventual resgate e que se alguém tentasse fazer isso iriam matar AB. O eventual resgate de A.B. ficaria para mais tarde. E assim terminou mais uma triste estória ou mentira.

Depois nunca mais soube do dito cujo, só fiquei sabendo muito mais tarde que ele também havia morrido de repente, ou simplesmente largou o notório cascão que utilizava e se transferiu para outra dimensão, passando, quem sabe, a utilizar outro cascão, como vinha fazendo ao longo dos séculos.

FILHOS E FILHAS, NÃO MORRAM! Sou pai de família, como tantos, e ando muito preocupado com

meus próprios filhos; mas me preocupo principalmente com os filhos do próximo...

Meus cuidados prendem-se ao fato de que atualmente estão morrendo e desaparecendo muitos jovens (tanto eles quanto elas)! Se não morrem ou desaparecem, com corpo e tudo, simplesmente são anulados para a Vida Verdadeira.

Viciam-se com drogas terríveis e mortais ou condicionam-se às futilidades e mesquinhezas de uma sociedade corrompida.

Os que superam esta fase difícil da juventude, tornam-se “yuppies” que, como todos sabem, são aqueles respeitáveis cidadãos competitivos, gananciosos, sempre lutando por uma condição existencial mais vantajosa, emporcalhando o mundo, e fazendo de seu

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próximo, de seus iguais, degraus para subir na escada do sucessos e da fama social.

Os jovens da classe baixa, menos favorecida, por sua vez – ou viram logo pai de muitos filhos, morando em casas miseráveis e, por conseguinte viram mão de obra barata, boa para explorar, pau para toda obra – ou viram mau caráter, exploradores do próximo, traficantes e bandidos, quando não se transformam em agentes da lei caolha, em mercenários, em pseudos salvadores de almas ou pastores de igrejinhas, ou também em intermediários de sabe lá Deus oi quê etc.

E são exatamente essas as imagens que as TVs de todo o mundo espalham aos quatro ventos, como um retrato da sociedade moderna.

É claro que a situação geral não é tão ruim assim, porque ainda subsiste a classe dos trabalhadores que tenta ser mais ou menos equilibrada; contudo, ela não consegue ser melhor porque o Capital, os grandes patrões são impiedosos e gananciosos. Sugam o tutano do próximo até as últimas conseqüências, salvo raras exceções.

O Estado comunistóide ou similar é bem pior. A única solução seria um nacional socialismo sadio, mas esse foi banido do mapa pelos eternos bandidos senhores do poder.

Por outro lado, antigamente, os jovens eram facilmente arregimentados por qualquer rei, príncipe, conde, duque, barão ou tirano, e morriam aos milhares em guerras estupidamente patrióticas, confrontos que eram deflagrados em campos de batalha a céu aberto.

Era triste e lamentável ver a assombrosa quantidade de belos corpos jovens, mortos, decepados, desmembrados, eviscerados, inertes, triturados pela monstruosa máquina da guerra de todos os tempos.

E que labuta infernal era depois enterrar em vala comum todos aqueles cadáveres... Poucos, porém, se apercebiam de que ao largo daqueles campos cheios de mortos, moribundos e feridos, não somente esvoaçavam as aves de rapina, deslizavam as feras da carniças, como também flutuavam vampiros invisíveis de todos os tipos, a sugarem os restos de vitalidade que pairavam no ar, junto a corpos indefesos ou inertes.

Não poucas entidades do além, ETs nefastos inclusive, retiravam do local cadáveres bem apessoados e bem conservados, deixando no lugar, quando deixavam, uma cópia boa para enterrar ou simplesmente um clone. O corpo original vivo ou já cadáver, posteriormente, eles utilizavam como um boneco, como um cascão vazio bom para dar cabida a um entrante ou a um ET safado.

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Graças a isso, alguns malévolos do além e mais sutis evitavam a necessidade de ter que reencarnar... O cadáver ou o cascão recondicionado e reavivado, com seu respectivo entrante intruso, depois, ia desempenhar um papel qualquer, ou até mesmo um papel muito importante neste nosso mundo podre e corrompido.

Contribuía assim para que o mundo se tornasse cada vez pior, como de fato sói acontecer em nossas “trevas exteriores”.

Hoje os campos de batalha a céu aberto cederam lugar aos acidentes de trânsito, aos envenenamentos por drogas, aos assassinatos descabidos e incessantes, às guerras de quadrilhas, aos suicídios de gente que sequer começou a viver, à intoxicação geral de jovens desavisados – intoxicação não só por drogas, mas por muitos outros venenos mais, do mercado de consumo, principalmente – à anulação do “EU”, já na flor da idade, ao assassinato do Caráter e, finalmente à anulação do ego, que vira peça de engrenagem.

Tal como acontecia ontem, em que certos jovens, em confrontos mortais, em duelos e em guerras estúpidas morriam por nada, hoje esses mesmos jovens se deixam matar ainda mais, quando alguns homens, bem mais velhos, corrompidos e mal intencionados lhes matam o “EU”, lhes corrompem o caráter e lhes anulam até mesmo essa calamidade pública chamada ego, para transformarem-nos em estátuas que andam, em computadores ambulantes, em preciosas engrenagens da grande máquina mundial do “big brother”, e em marionetes que não pensam, que não avaliam, que não discernem e que, quando usam a cabeça, sempre repetem as tolices e bobagens de terceiros.

Esses tolos em geral assimilam muito bem “o que pensar” ou a falsa erudição alheia, mas raramente sabem “como pensar” e quando “parar de pensar, para o bem deles mesmos.

Por favor, meus iguais, meus filhos, parem um pouco e reflitam! Se apercebam de todo o mal que fazem contra vocês, mas se apercebam, principalmente, do mal que todos vocês estão fazendo contra vocês mesmos.

Parem de ser tubos de ensaios de experiências alheias, de humanos safados e ladrões desalmados! Vejam como “eles” impuseram a calça jean. Onde está a virtude e a beleza dela? Parem de virar PASTO para vampiros desconhecidos e inclusive comida para certos alienígenas bandidos (ETs)!

Vocês não são máquinas, vocês não são CASCÕES! Vocês não nasceram para virar peça de engrenagens, para virar formas vazias e

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marionetes! Vocês são a expressão máxima da VIDA! Por isso eu clamo, tenham cuidado! Vivam e deixem viver! Amem e respeitem, mas também se defendam como puderem, quando se fizer necessário! Não é possível que os bandidos de todos os tempos, tanto os deste mundo, como os do além, façam (de e) com vocês sempre o que bem entendam.

Não aconteça com vocês o que aconteceu com alguém que mesmo que seqüestrada, conseguiu proferir um lamento comovedor e profundo: “Alô, pelo amor de Deus, atendam este telefone!”

Portanto, jovens amigos, clamem que o clamor abala e retrai os velhacos e sacode ou comove os verdadeiros.

Se flagrem, se apercebam! Filhos e filhas, por favor, vivam, amem e deixem viver tudo o que está dentro da Lei da Harmonia!

Filhos e filhas, por favor, não se deixem matar! Filhos e Filhas, por Deus, não morram! Deus Vivo no Coração de vocês é Vida e não conhece essa coisa horrendo, chamada morte acrescentada, e que parece ser tão fácil ser liberada num ato criminoso que monstros sem alma executam!...

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EPÍLOGO - POEMA E ENSINOS DO GRANDE MESTRE OSHO

Simplesmente olhe para a Existência e sua abundância. Qual a necessidade de tantas flores no mundo? Apenas as rosas bastariam! Mas a Existência é farta – milhões e milhões de flores, milhões e milhões de pássaros bilhões de animais – tudo em abundância. A Natureza não é casta e falsamente puritana. Ela é fértil. Está dançando em toda parte – no oceano, nas árvores. Está cantando em toda parte – no vento passando, através dos pinheiros, nos pássaros. Qual a necessidade de milhões de sistemas solares Qual a necessidade de cada galáxia ter milhões de estrelas, e uma desta, bem num centro, capitanear um sistema solar? Parece que não há necessidades, exceto que a abundância é a própria natureza da Existência, que a riqueza é a sua própria essência... Que a Existência não admite pobreza! Só o ser humano acredita em pobreza e a aceita, e por isso sofre. Vive na inconsciência, completamente ignorante a respeito de sua Origina Divina... Nasceu para viver na mesma abundância das flores, das plantas e dos pássaros... É filho do Infinito, mas se comporta como mendigo, encoberto pela própria escuridão. Amigo, você não existe separado da Natureza. Todos somos um só... Uma única energia! Você é aceito por todo esse Universo. DELEITE-SE NELE! Você é aceito pelo sol, você é aceito pela lua, você é aceito pelas árvores

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Você é aceito pelo oceano, você é aceito pela terra. O QUE MAIS VOCÊ QUER? Assim como tudo na Natureza, você é um ser ABSOLUTAMENTE SAGRADO! Você nasceu para as grandes alturas. Voe sem medo, porque você é o próprio INFINITO! OSHO ou Rajneesh, mestre indiano que nunca nasceu e nunca

morreu envenenado, no século passado. Apenas passou pela terra, como um perfume..., para ensinar sabedoria e amor!

Digo Eu (EB): Amigos, sabem por que da pobreza e miséria na

sociedade humana? Por causa dos eternos mentirosos, ladrões e vampiros, personificados no além pelos ETs nefastos (ou rigelianos, reticulianos, reptilianos e alfa-cinzentos), e no aquém, pelos poucos que constituem “a anti-humana raça”, a descendência deles!