Revista de

ADMinistraçãoFACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ

O Desenvolvimento

do café aos dias atuais.

da EconomiaBaturiteense:

Resumo

Este artigo tem com seu objetivo relatar a cidade de Baturité como exemplo de desenvolvimento econômico municipal, apresentar os fatores que assim o favorece bem como as parcerias para tal feito. Descobrir pontos importantes na criação da cidade assim como os primeiro produtos postos no comercio local, quais os setores que mais cresce bem como a geração de emprego e renda. Explica-se também o que esse processo de desenvolvimento econômico atinge nas pessoas, entendo o porquê de cidades vizinhas encontrarem em Baturité praticamente tudo que elas não encontram em suas cidades.

Palavras-Chave: Desenvolvimento. Empreendedorismo. Economia. Café.

Mozart Pereira da Silva Neto(Especialista em Planejamento Estratégico)

Francisco Marcelo Pereira de Oliveira (Bacharel em administração)

Marcizo Veimar Cordeiro Viana Filho(Mestre em Psicologia)

O Desenvolvimentoda Economia Baturiteense:

do afé aos dias atuais

Introdução

Atualmente com uma população estimada em 33.326 habitantes (IBGE 2010), a cidade de Baturité ao longo dos seus 159 anos de fundação, vem se destacando cada vez mais como centro de desenvolvimento econômico e servindo de exemplo para cidades da região do maciço de Baturité, como uma cidade em constante desenvolvimento econômico.

A região era habitada por diversos povos como por exemplo os Potyguara, Jenipapo e Kanindé, onde a partir do século XVII recebeu inúmeras expedições militares e principalmente religiosas. Por causa do clima ameno e da abundância em água, Baturité e outras cidades que são vizinhas serviram de refúgio para populações do sertão de cidades como Quixadá e Canindé.

Mais foi a partir de 1824 que a então cidade de Baturité deu início ao seu desenvolvimento econômico, quando Manoel Felipe Castelo Branco, trouxe do Pará mudas de café, que fariam a transformação na economia na cidade e também o desenvolvimento social local.

A cidade de Baturité chegou a deter 2% de toda a produção de café brasileira na época, onde percebe-se que a principal atividade econômica durante a metade do século XIX era denitivamente o cultivo do café. Existem relatos de que os franceses apreciavam bastante o café cultivado nas terras de Baturité, sendo assim seus maiores clientes em importação.

O café trouxe em denitivo o desenvolvimento para cidade, fazendo-a assim crescer de modo rápido, obrigando os produtores a escoar o produto de forma rápida e em menos tempo para a cidade de Fortaleza, onde era exportada através do porto. As estradas na época era feitas de pedregulhos, barro e boa parte de terra pisada, o que já era difícil se tornava ainda pior em época de chuvas.

Foi ai que em 1882, foi inaugurada a estação ferroviária de Baturité, proposta essa lançada pelos comerciantes da cidade em 1870, tendo em vista que o trem era mais rápido no tratamento de escoamento do produto até o porto de Fortaleza. Mais adiante, precisamente no ano de 1921 chega mais uma estação ferroviária ligando o povoado de açudinho ao porto.

Entre os anos de 1970 e 1929 a cultura do café trouxe a cidade de Baturité grandes benefícios, grandes conquistas econômicas e também desenvolvimento cultural. No século XX Baturité seguiu adiante em seu desenvolvimento, hoje sua economia baseia-se no comércio, prestação de serviço, agricultura familiar deixando assim a cultura do café.

A cidade de Baturité hoje consta com um comércio forte e desenvolvimento, servindo de exemplos para outras cidades em especial cidades vizinhas, ainda existe sim o cultivo de café na cidade, mais este em escala familiar para consumo próprio ou até mesmo pequenas vendas locais.

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CAFÉ NO MACIÇO DE BATURITÉ.

Inicialmente, é de fundamental importância conhecer um pouco sobre a região do maciço de Baturité, para então compreender como se desenvolveu a atividade cafeeira desta região. O Maciço de Baturité é formado pelos municípios de Pacoti, Palmácia, Guaramiranga, Mulungu, Aratuba, Capistrano, Itapiúna, Baturité, Aracoiaba, Acarape, Redenção, Barreira e Ocara e ca localizado no sertão central do Ceará. Segundo PDR – Plano de Desenvolvimento Regional - Maciço de Baturité:

Uma visão geral da conguração geográca-territorial do Maciço revela a existência de três sub-regiões homogêneas, que são: A Sub-região Serrana, Sub-região dos Vales/Sertão e Sub-região de Transição.

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1.1 MACIÇO DE BATURITÉ

Sub-região Serrana Corredor VerdeTem clima e solo favoráveis além de boa pluviosidade. Essa sub-região, que poderia também ser denominada de Corredor Verde, tem sua condição ambiental ameaçada pela reduzida c a p a c i d a d e d e a r m a z e n a m e n t o d e á g u a subterrânea e de superfície, e pela devastação ambiental a que tem sido submetida. A topograa também está presente como fator limitativo para determinados usos, incluindo a agricultura em grande escala.

Sub-região dosVales/Sertão

Corredor Histórico

Ferroviário

Caracteriza-se pela razoável condição de armazenamento de água, nos Açudes Aracoiaba, Castro e Pesqueiro, e solos de qualidade, com destaque para os aluviões dos rios Pacoti, Choró e Aracoiaba, além de manchas de solos de boa qualidade ao longo da área de inuência da ferrovia.

Sub-região de Transição

Sertão/LitoralTem uma ocupação de baixíssima densidade, onde se destacam as sedes urbanas de Ocara e Barreira. O uso agrícola predominante em parte da sub-região é a cajucultura. Os estudos ambientais e a qualidade do solo revelaram grande potencialidade para o desenvolvimento dessa sub-região através da atividade agrícola apoiada na irrigação.

Tabela 1 – Sub-regiões do Maciço de BaturitéFonte: PDR - Plano de Desenvolvimento Regional Maciço de Baturité

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Os estilos de liderança são estudos que observam os inúmeros comportamentos do líder em relação aos seus seguidores, maneiras pelas quais o líder orienta quando está em campo. Essa abordagem coloca às atitudes do líder, isto é, seu estilo de comportamento para liderar.

Para se distinguir o sucesso de uma organização, é importante conhecer os estilos de liderança. A discussão sobre liderança e os tipos de líderes da atualidade surgiu da Nesta área também está localizada a uma das últimas reserva de Mata Atlântica do Nordeste que é riquíssima em Flora e Fauna. Segundo a SEMACE, esta área do Maciço de Baturité possui:

“...características climáticas únicas, a APA da Serra de Baturité abriga uma cobertura vegetal complexa, a qual serve de refúgio ecológico para uma Fauna e Flora diversicada, e se projeta como condição indispensável na formação e manutenção da bacia hidrográca, cuja importância é indiscutível tanto para região como para o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza.”

Tanto que, hoje, esta grande área está protegida. A APA da Serra de Baturité é a mais extensa Área de Proteção Ambiental, além de ser a primeira criada pelo Governo do Estado do

Além de um ambiente altamente convidativo para o turismo, as produções dos cafezais foram incorporadas as paisagens locais, passando por um processo de adaptação para o tipo de plantação que foi adotado nesta região. A transição deste processo não foi o mais fácil dos obstáculos encontrados pelos cafeicultores.

Enquanto na Região Sudeste do país, o café era plantado em terrenos desmatados, em pleno sol, na Região de Baturité os cafezais dividiram espaços com várias outras espécies de plantações, crescendo a sombra das árvores como a Inga bahiensis Benth, cujo termo não técnico é ingazeira.

Mas é importante armar, que nem sempre foi desta forma, a primeira tentativa de plantio de café na Serra de Baturité foi um total fracasso para os cafeicultores, que a princípio não se importaram em estudar a região do plantio e simplesmente tentaram seguir os padrões de outros locais.

A cultura do café, assim como para o Brasil inteiro, foi de extrema importância para a Região do Maciço de Baturité. Segundo Matos:

1.2 INÍCIO DO PLANTIO NO MACIÇO DE BATURITÉ

[...] O café alterou a sionomia física, humana, social, cultural e econômica do Estado, criando paisagens próprias, balizando o povoamento, fazendo nascer cidades, abrindo zonas pioneiras, desenvolvendo os centros urbanos, propiciando o aparecimento de ferrovias, fazendo surgir uma unidade sócio- 74 econômica bem denida como a fazenda de café, gerando um tipo social e humano, como o fazendeiro [...] (MATOS, 1990, p. 56).

No início de 1824, pequenas plantações começaram a se estabelecer na região, a princípio de forma tímida, mas com certo tempo, mais para a metade do século XIX, o Maciço de Baturité se tornaria o maior centro de produção do Ceará, detendo a produção de 2% de toda a produção de café no Brasil. Nesta época os cafezais dominavam quase que totalmente as paisagens da região, a cultura do café foi responsável pelo nascimento de vários pequenos sítios e lavouras. A condição de maior produtor do Ceará começou a gerar uma necessidade de meios de transportes para levar o café colhido até outras regiões, principalmente a capital Fortaleza.

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Através de uma sociedade formada em 1870, entre o Senador Tomás Pompeu de Sousa Brasil, Gonçalo Batista Vieira (Barão de Aquiraz), Joaquim da Cunha Freire (Barão de Ibiapaba), o negociante inglês Henrique Brocklehurst e o engenheiro civil José Pompeu de Albuquerque Cavalcante, iniciou-se a construção da Estrada de Ferro de Baturité. O intuito era o escoamento da produção serrana de Pacatuba e Maranguape para o porto de Fortaleza. O ponto nal do projeto viria a ser a cidade de Baturité, produtora de café. Transportar as sacas de café para o porto de Fortaleza tornou-se mais prático e ágil. A ferrovia não impactou apenas no aspecto econômico do transporte do café, alterou as paisagens naturais e estruturais da cidade, facilitou o desenvolvimento comercial.

Quando foi implantada a estrada de ferro que ligou a região a capital, além de realizar o transporte das sacas de café, as estações serviam como armazéns, que tinham como objetivo armazenar as sacas de café e até servir como ponto de comércio onde a moeda de troca eram as próprias sacas. Negócios eram realizados a todos os mementos. O café surpreendia cada vez mais.

1.3 TRANSPORTE E FERROVIA

O café começou a ser plantado nos quintais de casas para o consumo pessoal da família, ou seja, o café foi introduzido ao Maciço de Baturité de forma irregular. Quando chegou ao Ceará, vindo de Pernambuco, algumas sementes foram enviadas ao capitão Antônio Pereira de Queiroz e algumas mudas foram trazidas pelo Sr. Felipe Castello Branco, tais foram plantadas nos sítios em Baturité e Mulungu, não se sabe ao certo sobre as intensões comercias dos primeiros plantios, mas inegavelmente, o plantio obteve sucesso e o café, por muito tempo foi o ouro e riqueza de muitas famílias da região do Maciço.

Tais riquezas, além das condições climáticas, contribuíram para o processo de povoamento da área serrana de Baturité, principalmente imigrações vindas de áreas mais secas da região. Imigravam na esperança de encontrar trabalhos nas lavouras e um local para morar nos sítios dos cafeicultores. A riqueza formada na região do Maciço de Baturité, decorrente do cultivo do café, não fez barões como na região Sul do Brasil, mas as famílias cafeicultoras viveram muito bem. Daí começa o grande sucesso do café no Maciço de Baturité. Segundo Girão (2000), em 1846 o café entra na lista dos produtos cearenses de exportação, chegando a alguns momentos a superar o algodão, importante produto no século XIX.

Após levar vários avanços à região do Maciço de Baturité, mais ou menos no nal do século XIX, a cultura do café começou a entrar em declínio. O declínio do comércio de café começou no Brasil inteiro, nessa época o Brasil “controlava três quartas partes da oferta mundial”, o avanço foi inevitável e grande, mas o país e o mundo começaram a entrar em crise e o poder do café que o país tinha conseguiu se sustentar e sustentar a economia nacional como um todo, por certo período, porém não tardou a impactar a atividade caffeira de vez, então chegou a Região de Baturité. Existia uma superprodução, as exportações já não aconteciam, o estoque das sacas de café tomou níveis desproporcionais e simplesmente não havia mercado para tanto estoque, foi então que o

1.4 CAFÉ E ECONOMIA – SUCESSO AO DECLÍNIO

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Governo Federal iniciou o Programa de Erradicação de Cafezais, inclusive nas serras de Baturité.

A situação começou a se agravar e no início do século XX a economia cafeeira mais especicamente na região de Baturité, não representava nenhuma expressão econômica nacional. Mesmo com as tentativas de um novo plantio, inclusive com o método inicial de plantação a pleno sol, as terras já estavam degradadas e atividade não voltou a ter sucesso.

Hoje a economia do Maciço de Baturité baseia-se principalmente no setor terciário econômico e até mesmo na extração vegetal e em culturas de algodão, banana, arroz, milho, feijão, café e cana de açúcar, porém de forma bem rudimentar e com proporções insignicantes em nível de produções nacionais.

Recentemente, e em parceria com o SEBRAE Ceará, visando o desenvolvimento da cafeicultura dessa região, foi lançado no evento Viva Guará, a Rota do Café Verde.

A Rota do Café Verde, que desde 2015 tem alcançado um bom público, é um passeio pelos principais pontos de produção de café da Serra de Baturité (Baturité, Guaramiranga e Pacoti).

Durante o percurso da Rota do Café, os visitantes podem conhecer plantações de café, processos de fabricação como a moagem e torra dos grãos, conhecer as fachadas dos casarões centenários nos sítios da era do café e degustar e comprar os produtos nos sítios cafezais. Segundo o site ceará agora, os sítios e locais envolvidos no roteiro de visitação da rota do café são: Museu de Baturité – RFFSA, Mosteiro dos Jesuítas, Sítio Águas Finas, Sítio São Roque, Sítio Rio Negro, Sítio Floresta, Sítio São Luis e Chocoberry.

1.5 O RETORNO DO CAFÉ

CRIANDO NEGÓCIO E GERANDOEMPREGO E RENDA APÓS O CAFÉ.

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A nova lei do empreendedorismo SIMEI, facilitou muito a criação de novos modelos de negócios e consequentemente a geração de lucro e principalmente a criação de novas vagas de trabalho, predominando assim o comercio varejista de mercadorias em geral como por exemplo supermercados e mercadinhos, seguido pelo comércio varejistas de vestuário e acessórios (roupas, sapatos e etc).

A geração de emprego e renda está notória, ao analisar os dados anuais dos órgãos scalizadores, vejamos por exemplo o comercio de mercadorias em geral ou simplesmente a criação de supermercados e mercadinhos, que segundo a confederação nacional do comércio de bens, serviços e turismo, em 2015, 8,25% desse setor era responsável por toda a atividade econômica na cidade e hoje esse número deu um salto para 15,25%.

Isso signica impostos e encargos pago ao governo municipal, signica também a criação de novos postos de trabalho, signica o salário pago ao funcionário que quase 100% desses, gastam suas economias na própria cidade, fazendo com o dinheiro sempre circule gerando mais retorno, mais lucro principalmente fazendo com o comercio local nunca pare.

Outro seguimento que desponta na cidade, é o comercio de material de construção que hoje representa 2,57% da economia, os ocinas de manutenção de motos que é impulsionada pelo comercio de venda de motocicletas hoje representa 1,80% tendo uma média de 3 novas ocinas abertas por ano em Baturité.

Estes dados justicam o crescimento comercial que a cidade vem passando ao longo desses anos, fazendo com que parcerias para elaboração de planejamento estratégico se estabeleça e fortique-se para que o comércio não venha entrar em decadência, como algumas empresas seguindo o exemplo do restante do país, que abriram suas portas e em um curto espaço de tempo tiveram que fecha-las justamente por falta de planejamento.

Seguindo o crescimento econômico municipal, é visto o crescimento urbano da cidade, novos bairros foram criados e junto com eles seus pequenos negócios, também foram construída estradas visando ligar Baturité a cidades vizinhas da região, justamente pela força com o que o comércio da cidade vinha a ter naquela época.

Como toda essa expansão do comércio, Baturité ganhou novos tipos de empreendimentos entre eles artesanato, vendas de produtos agrícolas, produtos feitos em couro entre outros, tipos de negócios que se encontram até hoje na feira semanal que ocorre na cidade, sempre cada vez mais forte e grandiosa.

Nos dias atuais, é visível que as parcerias comerciais, venham a ser o melhor meio para o início de um negócio de sucesso, através de conhecimento operacional ou negociações estratégicas nanceiras.

Ao diferenciar crescimento econômico de desenvolvimento econômico, é possível ver:

2.1 PARCEIROS NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.

“Podemos denir crescimento econômico como o aumento da capacidade produtiva da economia (produção de bens e serviços). É denido basicamente pelo índice de crescimento anual do Produto Nacional Bruto (PNB), per capita. O crescimento de uma economia é indicado também pelo crescimento da força de trabalho, pela receita nacional poupada e investida e pelo grau de aperfeiçoamento tecnológico.Já o desenvolvimento econômico, podemos conceituá-lo como sendo o crescimento econômico (aumento do PNB per capita), acompanhado pela melhoria da qualidade de vida da população e por alterações profundas na estrutura econômica.O crescimento econômico tem uma abordagem mais direta no processo quantitativo, por exemplo quantos e não quais negócios existem na cidade, quanto ele gera de lucro, qual o seu retorno e por ai vai.”h t t p : / / c o n v e r s a f r a n c a -leonardo.blogspot.com/2011/01/qual-diferenca-entre-crescimento.html

Nesse contexto de grande importância sempre é bom puder contar com parcerias objetivas e prestativas para planejar e desenvolver a economia local, e Baturité conta com um comércio que vem se destacando pelas parcerias e envolvimento da população com o comércio. Um das parcerias de mais longa data que a cidade tem é sem dúvidas o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), sem dúvidas um dos maiores e importantes parceiro no desenvolvimento local.

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É possível observar outros parceiros, mais o destaque do SEBRAE tem um impacto com maior relevância ao setor produtivo do município, por ser um órgão completo, com grande respaldo no comércio e por ser o elo forte entre o sistema SIMEI e aquele que venha a realizar os primeiros passos de serem empreendedores individuais.

Entretanto o CDL Câmara de Dirigentes Lojistas, tem dado grande suporte no âmbito consultivo aos empreendedores associados, onde garante grande movimentação no comércio da cidade com eventos, seminários, encontros com outros empresários de grande porte, justamente para que aconteça os brainstorms junto aos empresários da cidade e que a absorção e aplique venham executar todos as inovações em seu negócio.

O DESENVOLVIMENTOTRAZ NOVAS OPORTUNIDADES

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Quando uma cidade deixa exclusivamente de pensar em crescer economicamente e passa a iniciar seu desenvolvimento econômico, maiores serão as oportunidades que a cidade irá ganhar, sejam elas no campo da saúde, da educação, transporte e empregabilidade.

Novas oportunidades se iniciam com o desenvolvimento da cidade, vejamos alguns pontos que a cidade de Baturité já conquistou durante sua emancipação.

É possível destacar por exemplo; escolas que foram abertas durante esse processo, assim como também novas empresas de pequeno porte que também geram empregos e por último nesse processo de desenvolvimento é implantado na cidade a primeira faculdade com sede própria, oferecendo cursos de graduação e pós-graduação, gerando empregos e novos horizontes para o povo de Baturité.

Os estudos sobre investimentos na região, traz a grata contemplação de que a cada dia, é gerado atrativos para a abertura de empresa, uma delas por exemplo é a rota do café que liga Baturité a cidades que se encontram na serra com Pacoti, atrativos turísticos que fazem com que mais pessoas optem por explorar esse seguimento onde vários estabelecimentos de hospedagem já se encontram em funcionamento para acolher hóspedes na cidade.

Um dos atrativos turísticos que tem como a cidade de Baturité como porta de entrada se encontra na cidade de Guaramiranga, localizada no Maciço de Baturité mais precisamente há 17,4 km de distância, onde encontra-se no período carnavalesco é um calendário internacional da cultura brasileira com o festival de Jazz e Blues sendo palco de inúmeras apresentações, ocinas, seminários e shows.

A pesquisa da demanda turística, via Fortaleza, marca sistemática realizada pela SETUR/CE, que contabiliza apenas os turistas de fora do Ceará, registrou aproximadamente 16.500 visitantes na Região em 2000 e identicou Guaramiranga como a cidade mais visitada pelos turistas de outras unidades da Federação, com crescimento aproximado de 170% entre 1998 e 2000.

Por se tratar de uma cidade pequena e com um certo alto padrão que encarece os serviços principalmente os de hospedagem, muitos turistas que vão a cidade para participar do evento preferem as hospedagens na cidade de Baturité, por terem preços mais amenos, tanto na parte de hoteleira quanto na parte alimentar, com uma variedades de POUSADAS com RESTÔ e Restaurantes temáticos, que encantam os turistas.

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O comércio baturiteense hoje conta com diversos setores e seguimentos no mercado municipal. Com o advento do Pronaf houve um considerável incremento na dinâmica de acesso ao crédito rural, entretanto dada a burocracia existente, a exemplo do Pronaf Jovem, mulher e agroorestal ainda há no Território uma demanda latente neste sentido.

Tudo isso simplica em dizer que a cidade de Baturité de tornou em um pequeno polo em desenvolvimento, onde há a ideia de que aqui é sem dúvidas um bom lugar para montar um negócio seja ele de qual natureza for. Tendo hoje como principal seguimento o comércio de produtos em geral (supermercado e mercadinhos) acompanhado de mecânica de veículos e motos.

Segundo dados do IBGE, no ano de 2014 cerca de 4 mil pessoas estavam trabalhando em empresas na cidade e os números tendem a crescer com a implantação de novas empresas que são abertas na cidade. Por se tratar de um comércio planejado isso facilita muito a oferta de produtos e serviços da cidade para outras cidades vizinhas.

Uma prova disso é o uxo de transportes alternativo, que trazem constantemente pessoas de cidades vizinhas, para resolver assuntos ou até mesmo fazer suas compras no comercio local, justamente porque a cidade oferece uma diversicação desses produtos e serviços.

Um outro fator que ajuda nessa procura ao mercado local, por circunvizinhos é que os dois maiores bancos da região estão localizados na cidade, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, fazendo a migração de outro nicho de clientes: os aposentados e pensionista, que representam um número considerável, no interior do estado do Ceará.

A imersão do município hoje se propõem a oferecer a demanda existente nas áreas que contemplam suas fronteiras com as cidades serranas e fronteiriças como ARACOIABA e CAPISTRANO.

Quanto às operações de crédito em volume total realizadas no Território temos:Aracoiaba 2.188 (em R$ mil reais); Baturité 34.126 (em R$ mil reais); Itapiúna 2.588

(em R$ mil reais); Pacoti 2.148 (em R$ mil reais); e Redenção 8.886 (em R$ mil reais). Fonte Banco Central do Brasil (BACEN)Esses dados nos mostram a concentração de volume de investimentos e rotativos

envolvendo a cidade de Baturité.

3.1 GERANDO DE EMPREGO E RENDA NA CIDADE.

A maior fatia da geração de emprego e desenvolvimento de renda da cidade de Baturité, está representada na EPM, sendo responsáveis por base de amostragem 80% da empregabilidade da cidade. (BNB – banco do nordeste do Brasil – 2014)

Ponderadamente o SEBRAE juntamente com o CDL vem buscando ferramentas para que esse uxo não “pare” com a crise que inicio no ano de 2008, o país vem sofrendo, economicamente um reexo de recessão mundial.

Por isso que eventos como o FIO MACIÇO, FESTIVAL DE JAZZ E BLUES em Guaramiranga, estão pautados no Planejamento estratégico, onde esses eventos de tamanha magnitude atraiam mais turistas para a cidade, fazendo com que o uxo de crescimento não pare.

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O PEQUENO SE DESTACA NA REGIÃO

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A cidade de Baturité assim como outras cidades vizinhas estão sempre procurando ampliar seus horizontes no quesito geração de emprego e renda, programas federais são implantados visando essa adequação e rotação de processos de desenvolvimento.

Mais o destaque de Baturité como exemplo de cidade em desenvolvimento não se iniciou nos atuais dias, mais sim a partir do plantio de café na cidade, que trouxe grande transformação para a cidade.

Exemplo disso foram as estradas abertas ao longo desse período, fazendo com que o escoamento do produto atingisse uma maior rapidez, outro fator que também favorece no destaque é o fato de cidades vizinhas como Riachão hoje chamada, Capistrano ser subordinada a ela.

A cultura do café na cidade trouxe sem dúvidas algumas grandes transformações na cidade, escolas que hoje são tradicionais foram abertas para proporcionar estudos aos lhos dos mandatários do café, fazendo com que seus herdeiros não precisassem ir a capital, a rota do café, veio como inovação logística, trazendo uidez e dinamismo no escoo dos grãos.

Com isso uma nova modalidade mais moderna foi iniciada na cidade, com o uxo de visitantes aumentando constantemente os comerciantes viram ali a oportunidade de iniciar o comércio na cidade na época com suas pequenas vendas (bodegas) que proporcionava a venda de produtos da agricultura local como arroz, feijão, o milho e a farinha.

Hoje a cidade de Baturité conta com uma melhor infraestrutura para benefício de sua população e de vizinhos que vem a cidade, o comercio precário e muito pouco desenvolvido deu espaço a supermercados de renome empregando várias pessoas da cidade, com carteira assinada e todos os benefícios trabalhistas de que tem direito, o turismo que antes estava parado por falta de incentivo está hoje ativo com grande possibilidade de maior desenvolvimento.

A hospedagem na cidade que antes contava apenas com pousadas pequenas e sem muito atrativo, conta hoje com pousadas muito mais estruturados e também com uma vasta opção de hotéis na cidade, com todos os mimos que vai do wi até a banheira de hidromassagem para agradar ainda mais o cliente e faze-lo se sentir bem acolhido e claro retornar a cidade.

Muitos fatores fazem a cidade de Baturité se destacar entre outras cidades na região principalmente no campo econômico. Algumas cidades vizinhas que observaram a gestão do desenvolvimento em Baturité, estão aplicando e vendo os resultados aparecer, é o caso da cidade vizinha de Aracoiaba, que antes tinha um comércio um tanto quanto ativo e hoje juntamente com incentivos da prefeitura estão ampliando seu desenvolvimento, possibilitando a geração de emprego.

Um outro fator que ajuda também a Baturité ser referência é o fato da cidade estar localizada quase que “no meio” das cidades vizinhas se tornando assim um centro comercial onde é possível encontrar praticamente tudo que não se encontra em suas cidades.

4.1 A CIDADE SE TORNA REFERÊNCIA NO MACIÇO.

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Considerações Finais

No nal desta pesquisa tanto historicista como mercadológica é visto com extrema importância a cafeicultura no Maciço de Baturité. A economia cafeeira tornou-se raiz de muitas características da sociedade, deixando um legado social, econômico e cultural. As histórias de muitas cidades estão relacionadas à própria história do café. As economias locais foram muito dependentes da produção e exportação dos grãos. Motivo de grande enriquecimento promovendo o crescimento de várias cidades, além de dar origem a povoados e vilas, as lavouras de café garantiram o enriquecimento e a sobrevivência de muitas famílias cearenses.

A região do Maciço de Baturité ainda conta com alguns produtores de café, que aos poucos tentam ganhar espaço na economia desta região, o método adotado, é claro, foi o sombreado, que tanto trouxe riquezas a região e que provou ser o melhor, mais rentável e saudável para as terras da região. Além disso, os cafeicultores estão preferindo adotar a plantação de cafés 100% orgânicos e esse tipo de cultivo fez com que o café do Maciço de Baturité voltasse a ter reconhecimento nacional e internacional pela sua qualidade.

As grandes propriedades do Maciço são mantidas até hoje, um legado cultural, fruto do auge da produção. Mesmo que o plantio não tenha mais um signicado expressivo na economia da região, o café não deixou de ser um dos principais meios de renda de algumas famílias, seja com cultivo, seja com turismo. Atualmente, com o objetivo de apresentar a cultura cafeeira na região, a rota do café está resgatando as lembranças da época em que o café era o grande espetáculo dessa região. Importante para economia, importante para o turismo, o café nunca deixou de ser a principal estrela do Maciço de Baturité.

E hoje Baturité se desponta como alaúde de inovações e perspectivas mercadológicas para o desenvolvimento do Turismo e de um novo nicho de mercado local, desfocando do passado áureo do café e vivenciando o microcrédito e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas que movimentam seu GIRO COMERCIAL.

Os maiores bancos estão operando na cidade, o comércio oferece um maior leque de produtos e serviços, empresários de cidades vizinhas optam por abrir suas empresas em Baturité e muitos outros fatores.

As cidades de Guaramiranga, Palmácia, Pacoti e mulungu que se encontram localizadas na serra, faz com que a cidade de Baturité seja a porta principal de acesso a essas cidades, ou seja, quem for para cidades na serra terá que passar por Baturité. Isso faz com que o turista antes de subir a serra, passe e conheça Baturité, desça do carro e consuma algo no comércio e esse uxo aumenta em época de eventos realizados na região serrana.

Fábricas estão sendo abertas, empresas estão implantando suas sedes na cidade e escolas estão proporcionando uma melhor educação.

É de fato positivo ter a cidade de Baturité como referência, na região do Maciço, sendo um PORTAL ou CORREDOR Turístico-Comercial, despontando como invólucro da participação econômica do Maciço de Baturité, ao voltar para os primeiros dias de desenvolvimento do comercio cafeeiro, onde a inchada e os cultivadores tinham em suas mãos o ouro NEGRO, hoje temos um desenvolvimento intelectual, Palatinado por nuances Marketizadas, onde os serviços vem tomando o lugar do vaqueiro, e do pecuarista, do agricultor e das parteiras, enm, a modernidade chega e Baturité caminha junto com a tendência mundial, de desenvolver o homem, desenvolver a microeconomia, sendo um destaque em sua região.

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Referências

SEMACE – APA DO MACIÇO DE BATURITÉ. Maciço de Baturité: DECRETO ESTADUAL Nº 20.956, de 18 de Setembro de 1990, 1990.

PDR – Plano de Desenvolvimento Regional - Maciço de Baturité.

DINIZ, Clécio Campolina, CROCCO, Marco; Economia regional e urbana:

contribuições teóricas recentes, Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

MATOS, Odilon Nogueira de. Café e ferrovias: a evolução ferroviária de São Paulo e o desenvolvimento da cultura cafeeira. 4. ed. Campinas: Pontes, 1990.

PAIVA, Carlos Águeno Nagel, CUNHA, André Moreira; Noções de economia, Brasilia: Fundação Alexandre de Gusmão, 2008.

SCHUMPETER, Joseph Alois; Teoria do desenvolvimento econômico: uma

investigação sobre lucros, capital, crédito, juros e o ciclo econômico, São Paulo: Editora nova cultura, 1997.

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