O DIA ALAGOAS - Ano 2 - nº 063

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Olheiro do São Paulo acompanha peneirão em Maceió para escolher garotos bons de bola NA RETA FINAL PARA O FECHAMENTO DAS ALIANÇAS, PARTIDOS “SELAM” COMPOSIÇÕES 6 A caatinga está ameaçada pelo desmatamento e queima- das. Técnicos do IMA e policiais florestais estiveram em Traipu, constataram os crimes ambien- tais e apreenderam vários metros cúbicos de madeira. No local, as pessoas acham normal derrubar árvores. Em Traipu, madeira da vegetação nativa é usada como pagamento de diárias; trabalhadores criticaram a operação do IMA Ascom IMA Um presente: só a visita dos filhos Crimes ambientais no Sertão UMA CHANCE VESTIBULAR REGIONAIS DIA DAS MÃES Começam na próxima segunda-feira, dia 12, as inscri- ções para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O perí- odo de inscrições vai até o dia 23. As provas serão aplicadas nos dias 8 e 9 de novembro. A inscrição deverá ser confirmada por meio do pagamento de uma taxa de R$ 35 até o dia 28 de maio. Alunos de escolas públi- cas e estudantes que comprova- rem baixa renda ficam isentos da taxa. O edital para o Enem foi publicado sexta-feira, dia 9. No próximo dia 16, será lançada a pedra fundamental do polo industrial de Palmeira dos Índios. O investimento custará R$ 6,5 milhões. Dezenas de mães interna- das nas comunidades acolhe- doras espalhadas pelo Estado desejam, neste domingo, um presente simples: a visita dos filhos. Essas mulheres têm família, filhos e, por conta das drogas, pediram ajuda e estão passando pelo tratamento nas comunidades acolhedo- ras. Muitas delas já recebe- ram a visita dos filhos no Dia das Mães [em outros anos] e contam para as outras mulhe- res a importância “deste grande presente”. Inscrições para o Enem começam no dia 12 Palmeira dos Índios terá polo industrial Alagoas l 11 a 17 de maio I ano 02 I número 063 l 2014 redação 82 3023.2092 I e-mail [email protected] NA MIRA DO IMA PREFEITURAS devem apresentar documentos e laudos técnicos sobre a destinação que estão dando ao lixo hospitalar O Instituto do Meio Ambiente (IMA) quer saber o destino dado aos resíduos de serviços de saúde produzidos nas unidades hospitalares nos municípios alagoanos. Pelo menos 35 prefeituras serão inti- madas a apresentar laudos e documentos que comprovem a destinação que estão dando ao lixo hospitalar. Oito prefeituras já foram intimadas e as outras receberão a intimação esta semana. É apenas a primeira etapa da operação. 9 Alagoas vai sediar seminário regional de políticas sobre drogas e boas práticas no sistema de justiça DEBATE 6 14 DESMATAMENTO A CARA DO MAL 7 12 19 W aldir Pessoa Firmo Júnior, 34 anos, foi quem atirou os dois vasos sanitários sobre as cabeças de torcedores no Arruda, em Recife, na sexta-feira, dia 2. Um dos vasos matou, na hora, Paulo Ricardo Gomes da Silva, torcedor do Sport. Waldir Pessoa foi preso e confessou a autoria do crime. Ele disse que tentou matar o jovem Mário de Azevedo, presi- dente da torcida organizada do Sport. Waldir Pessoa integra a torcida organizada Inferno Coral, do Santa Cruz.

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Alagoas l 11 a 17 de maio | 2014. O DIA ALAGOAS é um jornal semanário, no formato berliner, com circulação aos domingos.

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Olheiro do São Paulo acompanha peneirão em Maceió para escolher garotos bonsde bola

NA RETA FINAL PARA O FECHAMENTO DAS ALIANÇAS, PARTIDOS “SELAM” COMPOSIÇÕES 6

A caatinga está ameaçada pelo desmatamento e queima-das. Técnicos do IMA e policiais

florestais estiveram em Traipu, constataram os crimes ambien-tais e apreenderam vários

metros cúbicos de madeira. No local, as pessoas acham normal derrubar árvores.

Em Traipu, madeira da vegetação nativa é usada como pagamento de diárias; trabalhadores criticaram a operação do IMA

Asco

m IM

A

Um presente: sóa visita dos filhos

Crimes ambientais no Sertão

UMA CHANCE

VESTIBULAR

REGIONAIS DIA DAS MÃES

Começam na próxima segunda-feira, dia 12, as inscri-ções para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O perí-odo de inscrições vai até o dia 23. As provas serão aplicadas nos dias 8 e 9 de novembro. A inscrição deverá ser confirmada por meio do pagamento de uma taxa de R$ 35 até o dia 28 de maio. Alunos de escolas públi-cas e estudantes que comprova-rem baixa renda ficam isentos da taxa. O edital para o Enem foi publicado sexta-feira, dia 9.

No próximo dia 16, será lançada a pedra fundamental do polo industrial de Palmeira dos Índios. O investimento custará R$ 6,5 milhões.

Dezenas de mães interna-das nas comunidades acolhe-doras espalhadas pelo Estado desejam, neste domingo, um presente simples: a visita dos filhos. Essas mulheres têm família, filhos e, por conta das drogas, pediram ajuda e estão

passando pelo tratamento nas comunidades acolhedo-ras. Muitas delas já recebe-ram a visita dos filhos no Dia das Mães [em outros anos] e contam para as outras mulhe-res a importância “deste grande presente”.

Inscriçõespara o Enem começamno dia 12

Palmeira dos Índios terá polo industrial

Alagoas l 11 a 17 de maio I ano 02 I número 063 l 2014 redação 82 3023.2092 I e-mail [email protected]

NA MIRA DO IMAPREFEITURAS devem apresentar documentos e laudos técnicos sobre a destinação que estão dando ao lixo hospitalar

O Inst i tuto do Meio Ambiente (IMA) quer saber o destino dado aos resíduos de

serviços de saúde produzidos nas unidades hospitalares nos municípios alagoanos. Pelo

menos 35 prefeituras serão inti-madas a apresentar laudos e documentos que comprovem a

destinação que estão dando ao lixo hospitalar. Oito prefeituras já foram intimadas e as outras

receberão a intimação esta semana. É apenas a primeira etapa da operação. 9

Alagoas vai sediar seminário regional de políticas sobre

drogas e boas práticas no

sistema de justiça

DEBATE

614

DESMATAMENTO

A CARA DO MAL

7

12 19

Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34 anos, foi quem atirou os dois vasos sanitários sobre as cabeças de torcedores no

Arruda, em Recife, na sexta-feira, dia 2. Um dos vasos matou, na hora, Paulo Ricardo Gomes da Silva, torcedor do Sport. Waldir Pessoa foi preso e confessou a autoria do crime. Ele disse que tentou matar o jovem Mário de Azevedo, presi-dente da torcida organizada do Sport. Waldir Pessoa integra a torcida organizada Inferno Coral, do Santa Cruz.

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redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

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Como a senhora descreve Alagoas?

Do ponto de vista econô-mico, com grande potencial. Por exemplo, percebi que aqui tem demanda para capaci-tação, qualificação e desen-volvimento profissional. No entanto, o que emperra é a lacuna da desigualdade, que cria um grande abismo social. Na mesma avenida que circula uma carroça, você vê também circulando um carro de luxo.

E os outros estados não apre-sentam cenários parecidos?

A gente vê sim em outros lugares a mesma cena. Mas aqui é muito mais acentu-ado. Aqui é generalizado. Em outros lugares, a gente vê essa situação mais na periferia.

Com esse cenário não muito agradável, por que a senhora escolheu morar em Alagoas?

Porque pretendo abrir mercado na área de responsa-bilidade social e o Estado de Alagoas tem potencial para esse trabalho.

De que forma?Embora apresente baixos

indicadores sociais, Alagoas apresenta, como já desta-quei, grande potencial. Como profissional especializada na área de gestão de pessoas, quero contribuir com as políti-cas públicas para o crescimento do Estado. Enfim, escolhi um lugar que eu pudesse contri-buir e crescer juntamente. É uma via de mão dupla.

Na sua avaliação, parece que Alagoas é o “patinho feio” dessa história de desenvolvimento e progresso. A senhora arriscaria dizer que Alagoas tem particu-laridades que o diferencia dos demais estados, mesmo quando comparados com os da região Nordeste?

Trabalhei oito anos no Recife como colaboradora contratada da Petrobras e, por compromisso profissional, conheci as diversas realidades do Nordeste, o que, em tese, me credencia avaliar aspectos sociais e econômicos da região. Baseado nessa experiência, sinto que falta em Alagoas um

sentimento mais forte de iden-tidade e independência.

A senhora poderia exemplifi-car?

Vou ser mais clara e dar como exemplo três esta-dos que têm uma economia parecida com a de Alagoas. Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte. Me parece, seguindo esse raciocínio, que os outros estados da região – incluindo os três exemplos – já carregam esse sentimento de identidade e de independência. Sergipe, com a extração de petróleo, traz sustentabilidade; no Rio Grande do Norte, a produção de sal, o petróleo e o turismo fortalecem a economia; e a Paraíba, com o polo tecnoló-gico, traz uma visão susten-tável de estado. Ainda não identifico esse sentimento de identidade e independência entre os alagoanos.

A diversificação é o segredo para atingir essa identidade e independência?

Eu diria que gestão é o termo mais adequado. Alagoas ficou atrelada há muito tempo à monocultura da cana de açúcar. E, como todo mundo percebe, uma pequena minoria se benefi-ciou dessa situação enquanto o povo poucas opções teve ao longo do tempo. A cana teve sua importância na economia

do estado e ainda tem, mas é preciso ampliar a cadeia produtiva e gerir melhor as potencialidades de Alagoas. Acredito que esse movimento já se iniciou neste governo que tem feito um bom trabalho de atração de indústrias. Eu tomei conhecimento que 100 empre-sas se estabeleceram no Estado na atual gestão. Isso é um bom termômetro desse potencial almejado e também da impor-tância da gestão em todo esse processo que fatalmente culminará com o surgimento dessa identidade alagoana.

Embora tenhamos profis-sionais capacitados, empresas antenadas com a necessidade de se atualizarem com as mais novas temáticas da gestão vão buscar fora do estado profis-sionais habilitados para treinar seus quadros, o que torna esse processo caro. A sua presença aqui parece inaugurar um novo momento.

Eu acredito que Alagoas está na rota dos profissionais de outras regiões, por tudo que destaquei. Apesar dos entraves sociais, da violência, dos índices negativos, acre-dito numa agenda positiva que está se iniciando. São as inúmeras indústrias que já se instalaram. E ainda a perspectiva do estaleiro, que pode mudar todo esse cenário econômico. Tudo isso sina-liza que fiz a escolha certa. E

as empresas que quiserem se inserir nesse contexto de forma atuante e com compe-tência terão que investir em capacitação, qualificação e formação, ou seja, gestão.

Então a senhora diria que existe um mercado de gestão potencial no estado?

Com toda certeza. E esse mercado de gestão chegou para ficar. O nosso objetivo é disponibilizar esse serviço aqui para que as empresas não precisem, como já foi colocado, buscar essa qualifi-cação profissional em outros estados. Toda capacitação envolve investimentos e quando o treinamento ocorre

em outro estado encarece os investimentos da empresa. O empresário tem que levar em conta os custos com viagem, hospedagem e transporte, por exemplo.

O que Rita Stabile tem para o mercado alagoano?

A Índigo Consultores, minha empresa com um ano de atividade no mercado alagoano, já desenvolveu cursos de gestão para algu-mas instituições locais, como SEST/SENAT, ADEMI/AL, ABIH/AL. Os treinamen-tos são focados em diversos públicos e com atuação na área de responsabilidade social, comunicação e gestão de pessoas. Também atuo como consultora do Pronatec. Enfim, o nosso objetivo prin-cipal é apoiar as instituições na construção de novas dire-trizes. O meu desejo é ampliar esse trabalho e aprofundar a minha parceria com o povo de Alagoas e continuar nesse belo Estado. Pois, ao longo desse período de pouco mais de um ano que me estabeleci aqui, me tornei uma alagoana de coração.

Pedro BarrosRepórter

Com 20 anos de experiência em gestão organizacional e 14 anos de serviços em iniciativas sociais,

a consultora Rita Stabile adotou Alagoas “de coração”, como faz questão de dizer. Graduada em Relações Públicas pela Faculdade de Comuni-cação Social Cásper Líbero, em São Paulo, possui ainda especialização em Gestão Social e extensão profissional em Tendências de RH. Com a experi-

ência de quem já atuou em outras regiões, Stabile destaca o olhar dos profissionais de fora para o mercado alagoano. Neste bate papo, Rita Stabile destaca e acredita no potencial de Alagoas e coloca seus serviços à disposição dos empresá-rios alagoanos.

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COM A PALAVRA... redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

CONSULTORA de gestão organizacional diz acreditar no mercado alagoano e quer contribuir com o crescimento do Estado

Um olhar de fora parao mercado alagoano

ServiçoÍndigo ConsultoresRua Dr. Antôn io Pedro de Mendonça, 218 - Sala A - PajuçaraFone: 82 - [email protected]

Edua

rdo

Leite

EDITAL DE CITAÇÃOMONITÓRIA COM PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS

O(a) Exmo(a) Dr(a). Gustavo Souza Lima, Juiz(a) de Direito da 12ª Vara Cível da Capital, na forma da Lei etc.

FAZ SABER a todos que o presente Edital virem ou dele tomarem conhecimento que tramita por este Juízo os autos de Monitória n.º 0032451-64.2011.8.02.0001, requerida pelo(a) JS Distribuidora de Peças S.A, em desfavor de Simone Maria Dias de Lima, este(a) atualmente em local incerto e não sabido, ficando o(a) mesmo(a) CITADO(A) para efetuar o pagamento do montante exigido ou a entrega da coisa recla-mada ou oferecer embargos, em 15 (quinze) dias, contados do transcurso do prazo deste edital. Em caso de cumprimento ficará o réu isento do pagamento de custas e honorários advocatícios (art. 1.102-c, § 1º, do CPC). ADVERTÊNCIA: Não sendo oferecidos os embargos no prazo marcado constituir-se-á de pleno direito, o título executivo judicial (art. 1.102-c, do CPC). E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, foi expedido o presente edital, o qual será afixado no local de costume e publicado na forma da lei. Eu, _________ Aline Teixeira Cassiano, Analista Judiciário, o digitei e subscrevo.

Maceió(AL), 06 de maio de 2014.

Gustavo Souza Lima Juiz(a) de Direito

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4 O DIA ALAGOAS l 11 a 17 de maio I 2014

EXPRESSÃO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 424 B - Farol - Maceió - Alagoas - E-mail: [email protected] - Fone: 3023.2092

Para anunciar,ligue 3023.2092

EXPEDIENTE Eliane PereiraDiretora-Executiva

Deraldo FranciscoEditor-Geral

Flávio NobreDiretor Comercial

Regenes Melo Jr.Gerente Comercial

Conselho Editorial Aldo Ivo Jorge Vieira José Alberto Costa

Uma ameaça s i l e n -ciosa está

levando contaminação à população alagoana. Unidades de saúde da maioria dos municípios a lagoanos não dão o destino correto ao lixo que produzem. Isso significa proliferação de doenças graves.

É comum, hoje, sacolas plásticas serem encontra-das nos lixões – geralmente no meio de canaviais – com seringas, bisturis e até partes do corpo humano, como dedos, por exemplo.

Por si só, a existência dos lixões já é uma irregula-ridade. A situação piora quando, para as monta-nhas de lixo, são levados os resíduos de saúde.

A d e n ú n c i a e s t á sendo investigada pelo IMA [Instituto do Meio Ambiente] e, no momento, a apuração está na fase da notificação das prefei-turas para que apresen-tem laudos técnicos que comprovem a destina-ção correta dos resíduos de saúde produzidos em suas unidades. Não será surpresa se todas as prefei-

turas listadas na denún-cia apresentarem laudos convincentes.

Embora o caso exija medidas imediatas, a condução parece lenta. Há que se obedecer a prazos e isso acaba engessando a ação do órgão fiscalizador. A demora favorece o infra-tor.

Mas o assunto não se esgota nas prefeituras. Isso porque nesses muni-cípios há clínicas médicas, consultórios odontológicos e laboratórios igualmente atingidos pela legislação ambiental. Estes estabeleci-

mentos também produzem lixo hospitalar e funcionam praticamente sem o rigor da fiscalização.

Dar a destinação correta ao lixo hospitalar implica em custos e boa parte do setor médico prefere burlar a lei. Todos os dias, esses estabelecimentos despejam toneladas de lixo hospitalar em locais inade-quados e sem o tratamento necessário para tornar o resíduo inerte ou de menor potencial ofensivo à saúde humana e ao meio ambiente.

Em Alagoas, as infor-

mações oficiais sobre este assunto são as mais desani-madoras possíveis. O IMA estima que cerca de 70% dos resíduos de saúde produ-zidos em Alagoas não têm a destinação correta. Isso implica em dizer que todo esse material altamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente está sendo despejado nas dezenas de lixões existentes no Estado.

Talvez, com os rigores da Lei de Resíduos Sóli-dos, que apertará o cerco a partir de agosto, esta situ-ação sofra, ao menos, um forte abalo.

Sobre lixo hospitalar

ODiaAlagoas

Tony Lucas Vieira dos Santos – aluno do curso de Administração, UFAL – Campus Arapiraca. e-mail: [email protected] Kelly Marques Rodrigues – Docente no curso de Administração – UFAL Campus Arapiraca. e-mail: [email protected]

Ap e s a r d a t e n d ê n c i a natural que

todas as coisas possuem de se renovarem com o passar do tempo, percebemos que, no decorrer da história da Administração, geralmente existiu uma forte relutância por parte dos administradores ao imprevisível e desconhe-cido. Talvez por esta razão, as teorias administrativas primordiais tinham como objeto de estudo essencial-mente os aspectos relaciona-dos ao ambiente fechado,ou seja, aquilo que acontece no interior da empresa e que pode ser definido como algo corriqueiro.

Por muito tempo, os teóri-cos da Administração não ousaram atentar para os fato-res externos à organização;

fatores estes, que têm por essência a imprevisibilidade e o dinamismo, e que, por sua vez, requerem do gestor uma grande capacidade de análise e grande poder de tomada de decisão, para correlacionar esses acontecimentos exter-nos e suas implicações para a organização como um todo.

Atualmente, muitas empre-sas ainda seguem modelos tradicionais de gestão, mode-los estes, que tiveram como base o pensamento de estu-diosos como Taylor e Fayol. Para Taylor, por exemplo, o ser humano possuía uma tendên-cia natural à acomodação e, por esta razão, se fazia extrema-mente necessária a presença de um supervisor que fosse rígido o suficiente para garan-tir que as metas para o alcance da máxima eficiência produ-

tiva fossem cumpridas; forma de trabalho esta muito similar à praticada nas organizações militares. Essa postura dema-siadamente rígida, geralmente causava tensões e irritação nos funcionários.

Vale ressaltar que já existe uma forte tendência à readap-tação das dinâmicas orga-nizacionais voltadas para processos mais dinâmicos de gestão. A cada dia que passa, a inovação passa a ser a “pala-vra chave” quando se fala de sucesso empresarial e vanta-gem competitiva no mercado. Um grande exemplo disso são as empresas das áreas de tecnologia e informação, que estimulam o potencial criativo dos seus colaboradores, apos-tando na imprevisibilidade do mercado e no ambiente infor-mal. Existem vários exemplos

de jovens empreendedores que alcançaram a liderança no mercado devido a ideias alta-mente inovadoras, como por exemplo, o norte-americano Mark Zuckerberg, que foi um dos fundadores do Facebook, uma rede social com milhões de usuários em todo o mundo e que idealizou essa oportu-nidade de negócio ainda na faculdade junto com outros amigos quase que por acaso.

Muitos aspectos das teorias tradicionais têm permanecido nas organizações modernas, talvez pelo medo de grande parte dos gestores perderem o poder absoluto que sempre lhes fora dado pelas teorias tradicionais.

Entretanto, essa valoriza-ção demasiada dos aspectos tradicionalistas da administra-ção parece não contribuir para

o sucesso das organizações modernas, dada a necessidade de uma postura flexível em meio a tantas mudanças que ocorrem na sociedade. Como afirma Chiavenato em seu livro Gerenciando Pessoas,“o mundo moderno demanda por inovação e flexibilidade, enquanto as estruturas rígi-das impõem limites e restri-ções à mudança.” A empresa que não estiver adaptada ao ambiente e que não possuir capacidade de rápido ajus-tamento às novas demandas estará fadada ao insucesso.

De fato, não existe uma fórmula “mágica” para o sucesso no mundo dos negó-cios, mas, sem dúvida, a inova-ção e o dinamismo são fatores essenciais para a permanên-cia das empresas no cenário competitivo.

Empresas Tradicionais X Empresas Flexíveis

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redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

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6 O DIA ALAGOAS l 11 a 17 de maio I 2014

PODER redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

AL será sede regional de debate sobre drogas

SEPAZ fará seminário em parceria com Ministério da Justiça, USP e Senad

Em j u n h o , A l a g o a s va i sediar o Semi-

nário Regional de Políticas sobre Drogas e Boas Práticas no Sistema de Justiça, reunindo magistrados, operadores do Direito e servidores das áreas de atenção psicossocial e de segurança de todo o Nordeste para discutir e facilitar o traba-lho junto a usuários de drogas.

A escolha foi definida na terça-feira, dia 6, em Brasília, no encontro entre o secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore Maximiano, e o secretário de Promoção da Paz de Alagoas, Adalberon Sá Júnior. O evento será uma parce-ria entre Sepaz, Senad, Ministé-rio da Justiça e Universidade de São Paulo (USP).

“Este seminário acon-tece em todo o país e trazê-lo para Alagoas facilita a troca de experiências entre nossos profissionais e os do Nordeste, permitindo avanço na aten-ção ao dependente químico enquanto prevenção social da violência”, disse Adalberon.

O visa troca de experiên-

cias entre gestores de saúde, equipes multidisciplinares de Juizados Especiais Criminais e das Varas de Infância e da Juventude, identificando boas práticas para facilitar o trabalho junto a usuários de drogas.

PROPOSTA E PÚBLICO ALVOO Seminário Regional de

Políticas sobre Drogas e Boas Práticas no Sistema de Justiça busca soluções interdisciplina-res para lidar com os aspectos legais e psicossociais do uso de drogas, em acordo com a Política Nacional sobre Drogas, especial-mente o plano “Crack é possível vencer”, e os Provimentos nºs 4 e 9 do Conselho Nacional de Justiça, que definem medidas

para o bom desempenho da atividade judiciária na implan-tação das ações de atenção e reinserção social de usuários ou dependentes de drogas.

O evento é direcionado a operadores do direito da região Nordeste (juízes, promotores, defensores, conciliadores e advo-gados), e profissionais da área de atenção psicossocial (assistentes sociais, pedagogos, psicólogos) e de segurança pública.

DIAgnósticoDa Redaçã[email protected]

Grande mobilização!

Demorou, mas parece que os movimentos sociais e sindicais de Alagoas vão se organizar contra a Assembleia Legislativa. Parece

que a coisa será grande porque até os “rivais na luta” estão se juntando e organizando uma grande manifestação em repúdio ao comportamento dos deputados em relação ao Ministério Público Estadual. Por enquanto, tudo está sendo organizado bem à boca miúda, na surdina. Data, locais e forma de mobilização não foram nem serão divulgadas nos próximos dias. A ideia é pegar os deputados de surpresa, como eles fazem com o povo em geral. E a coisa não vai ficar só por aqui. Entidades de âmbito nacional já confirmaram presença para bater na lata em Alagoas. A popu-lação alagoana espera há muito tempo pela mobilização de um povo com histórico de inquietação e de luta pelos seus direitos. Parecia que estávamos todos entorpecidos pelo ópio da arrogância e da estupidez.

Pelo pau do cantoO senador Fernando Collor entrou no Chapão na condição de candi-dato a senador passando pelo pau do canto. O principal articulador da união de partidos, senador Renan Calheiros, não tinha Collor como o seu candidato preferido. O espaço era para Luciano Barbosa. Complicada uma situação dessas para quem surge como o favorito à vaga no Senado Federal.

Salvo pela pesquisaPesou a favor de Collor uma pesquisa de intenção de votos encomendada pelo Chapão. Nela, Collor apareceu com 30%. Alguns pontinhos a mais que Heloísa Helena. Isso foi decisivo para o senador ser aceito no grupo.

E a rejeição? O grande medo do pessoal do Chapão em relação a Collor é quanto à sua rejeição. A ideia seria estabilizá-la. Quanto ao “remédio” para essa estabilização ainda não se sabe qual. Ainda sobre este assunto, dizem os mais entendidos que a situação não estaria cem por cento resolvida. Ou seja, Collor poderia levar uma rasteira do Chapão. Trairagens da década de 1990 ainda estariam repercutindo na política alagoana e poderiam mudar as peças neste tabuleiro de xadrez. Deixa a Copa passar.

Abre o olho, HH!E por falar em eleição para o Senado, a vereadora Heloísa Helena “detona” Fernando Collor em Maceió. É disparada a mais lembrada pelos eleitores pesquisados. Quando a pesquisa chega ao interior, HH despenca como um piano da janela. Há cidades importantes para a definição do processo eleitoral que ela aparece em terceiro lugar.

Biu está decididoDizem as pessoas mais próximas do senador Benedito de Lira que ele não desiste da campanha ao Governo do Estado. Estaria decidido a ir para o debate com esperança de ganhar. Biu de Lira não tem o que perder e não abre nem para um trem carregado de pólvora com o maquinista fumando cachimbo.

Um nome forteEstá definido: Omar Coêlho será candidato a deputado federal pelo Democratas. A definição saiu na semana passada, num encontro da cúpula do partido. Omar está com boas chances de ganhar este seu primeiro pleito. Na relação dos candidatos considerados fortes, há 13 nomes, inclusive todos os que hoje são deputados federais. Omar Coêlho está nesta relação e confia numa boa votação. Aliás, ele será um dos poucos candidatos ficha-limpa à Câmara Federal.

Sessões da CâmaraNa semana que passou, as sessões da Câmara Municipal de Maceió ocorreram no auditório da Casa da Indústria. A quem interessar possa, nesta semana, os vereadores vão trabalhar lá mesmo. Agora, na próxima semana, as sessões serão no auditório novinho em folha da Procuradoria Geral do Município. Enquanto isso, continuam as obras no teto no forro de gesso da Casa de Mário Guimarães, danificado pelas chuvas que caíram em Maceió.

Adalberon Sá Júnior e Vitore Maximiano tratam sobre seminário, em Brasília

ServiçoSepazR. Cap. Samuel Lins, 124 - CentroFone: [email protected]

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Desmatamento ameaça ecossistema em Traipu

USADA como moeda no Agreste, madeira é resultante de crimes ambientais que colocam em risco a rica biodiversidade da caatinga

Clarice MaiaAscom IMA

Op e r a ç õ e s c o n j u n t a s f l a g r a m

crimes ambientais no Sertão de Alagoas, onde queimadas ameaçam o que resta da vege-tação nativa. Na frente e nos quintais das casas, se acumu-lam montes de madeira resul-tantes das árvores derrubadas há pouco tempo. A vegetação destruída é a Caatinga, na zona rural do município de Traipu, região do Baixo São Francisco

alagoano. A madeira apreen-dida na operação foi levada para Maceió, onde os órgãos ambien-tais definem sua destinação.

Os crimes ambientais obser-vados na região são diversos: desmatamento, queimada, caça e captura de aves e outros animais. Essas práticas são executadas por moradores do lugar que utilizam a madeira como moeda de troca de servi-ços, parte deles sem nenhuma orientação sobre os prejuízos causados ao meio ambiente.

É o caso de Josefina Mene-zes da Silva, que reclama de

quem fez a denúncia, como se a contratação de um traba-lhador para derrubar e quei-mar 5,7 hectares de vegetação nativa, equivalente a 10.000m² de madeira, não fosse um fato relevante para fundamentar a denúncia.

“Minha própria prima, no ano passado, brocou umas 80 tarefas de terras e não acon-teceu nada, ninguém denun-ciou”, comentou a agricultora, aparentemente sem entender por que ela ou o marido pode-riam responder por crime de desmatamento. Na família, ela

e a prima não são as únicas a praticar esse tipo de atividade, comum em outros municípios da região, o que pode ser cons-tatado ao avistar as serras e morros “pelados”, também ao chegar nas margens do Rio São Francisco e avistar os grandes bancos de areias e as “novas ilhas” que só crescem.

As operações são reali-zadas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e da Polícia Militar, que cede o helicóptero para a iden-tificação das áreas.

A denúncia de que uma grande quantidade de árvores como o cedro – madeira nobre e utilizada na fabricação de móveis – estava saindo daquela área, dentro de caminhões baú, provavelmente em dire-ção a madeireiras, foi o motivo da operação, mas o resultado encontrado surpreendeu. A área localizada entre os povoa-dos de Monbaça e Priaca possui mais de quatro mil habitantes, conforme dados da Prefeitura de Traipu. Os dois povoados ficam na zona rural do muni-cípio.

7O DIA ALAGOAS l 11 a 17 de maio I 2014

ESPECIAL redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Madeira extraída ilegalmente no Agreste alagoano em áreas de conservação ambiental foi apreendida

Porto Real terá base descentralizada do IMASegundo o diretor-presi-

dente do IMA, Adriano Augusto, quando o órgão é acionado e os técnicos identifi-cam a existência do problema, a operação é desencadeada. Ele explica que os trabalhos de fiscalização serão intensifica-dos, com a instalação de uma base descentralizada do órgão no município de Porto Real do Colégio. O projeto é resultado de um acordo de cooperação técnica com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e da Para-íba (Codevasf), dentro do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco.

Adriano comenta que a nova base deverá contribuir para dar maior agilidade às ações. “Essa é uma das maio-res dificuldades: nosso tama-nho diante dos desafios que o crescimento do Estado nos impõe”. Ele afirma que não se pode aliar o desenvolvimento de determinada região à neces-

sidade de degradação ambien-tal. “Há ações, como o aumento significativo em mais de 100%, de áreas protegidas no Estado, inclusive no bioma Caatinga, que mostram ser possível cres-cer e preservar”.

Falta apenas um decreto do governo federal para que o CAR seja iniciado oficial-mente e com prazo definido de dois anos para ser conclu-ído. Segundo informações do secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, existem 5,2 milhões de imóveis rurais no País, sendo 123 mil em Alagoas.

O cadastramento será obri-gatório para donos ou posseiros. “O IMA é o órgão responsável no Estado, mas o apoio dos municípios será fundamental e, por isso, já realizou três, de sete formações previstas, para mostrar aos representantes das prefeituras como inserir infor-mações no sistema”, afirma

Adriano Augusto. Ele afirma que o cadastro

traz benefícios ao produtor rural. “O produtor cadastrado terá alguns benefícios, mas aqueles que não estiverem cadastrados poderão enfrentar algumas dificuldades, inclu-sive de acesso a crédito”.

O maior ganho com o CAR é ter uma base de dados que dará suporte ao trabalho de monitoramento e combate ao desmatamento da vegetação nativa, além do planejamento ambiental e econômico das propriedades. “Essa ordena-ção é uma das esperanças que restam para a manutenção do bioma, considerado recente, com cerca de 10 mil anos, e único no País”. C.M.

ServiçoInstituto do Meio AmbienteAvenida Major Cícero de Góes Monteiro, 2197, MutangeFone: 3315-1731www.ima.al.gov.br

Pessoas trocam trabalho por madeiraChama a atenção a forma

como o crime é praticado. A pessoa, supostamente proprietária de área ainda com alguma vegetação nativa, contrata outra pessoa para fazer o desmatamento, juntar a madeira e queimar o que resta. O trabalhador contra-tado geralmente sobrevive em condições precárias e aceita o trabalho. O pagamento não é feito em dinheiro, mas com parte da madeira reti-rada, que é usada nos fornos, em cercas ou vendida. Além disso, as duas pessoas firmam um acordo para o trabalho de ‘meia’, como é conhecido o sistema em que o trabalhador poderá ter parte da produção e da terra cedida para o plantio de agricultura de subsistên-cia, com itens como o milho e o feijão e para o pasto dos animais que ele e o dono do local possuam.

Foi isso que aconteceu com Francisco Lourenço da Silva, 63 anos, pego em flagrante queimando o que ainda restava na propriedade da família de Josefina. Ele afirma não saber que a prática é criminosa e pergunta se pode ficar com parte da madeira. “Não sabia, não senhor, mas ao menos um pouquinho da madeira a gente pode levar para servir de lenha?”, perguntou aos fiscais.

No momento da opera-ção, ele trabalhava com um cunhado na retirada dos 5,7 hectares em que eles e mais oito pessoas levaram “uns 50 dias para limpar”.

A área queimada por Francisco Lourenço abrigava

ainda uma pequena nascente, segundo informações dos moradores do entorno, uma das fontes do riacho Poção, provavelmente um pequeno fluxo de água que vai para o São Francisco. “Aquela é uma região pobre, mas é uma região com muito olho d’água, muita nascente”, explicou José Francisco Basílio, secretário de Meio Ambiente de Traipu. Ele conta sobre o hábito da gente do lugar em queimar e desma-tar. “Isso é deles, é cultural”.

O secretário admite a difi-culdade de conscientizar a população e coibir os graves problemas ambientais que aos poucos têm acabado com o bioma Caatinga. “Há muitos problemas mesmo, tem gente que quer fazer até barragem dentro de riacho, mas infeliz-mente, a secretaria não tem condições de autuar todos e por isso, já levei denúncias ao IMA e ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Reno-váveis)”, argumenta o secretá-rio. Com base em fotografias e outros relatos do secretário municipal e de outros mora-dores da região, o órgão esta-dual deu início a uma série de ações na região.

Moradores que não se iden-tificam por temer retaliações afirmam ainda que há terras de grandes produtores com o mesmo problema. Junto com o desmatamento e a queima da madeira, há a captura e a caça de pequenos animais. Na operação conjunta, mais de vinte passarinhos de diferen-tes espécies e artefatos de caça foram apreendidos. C.M.

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COTIDIANO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Deraldo Francisco - [email protected] a Dia

Muito entulho na esquina

Edua

rdo

Leite

16 bairros sem energiaNesta semana, vai faltar energia elétrica em 16 bairros de Maceió. A suspensão no fornecimento será necessá-ria por conta da operação “manutenção programada”.

Os técnicos da Eletrobras Distribuição Alagoas vão trabalhar na rede para melhorar o fornecimento de energia no bairro. A seguir, a coluna lista os bairros, horários e dias em que haverá a interrupção no fornecimento de energia em Maceió.

Domingo, dia 11 de maioDas 5h às 9h: FeitosaDas 6h às 12h: PradoDas 8h às 12h: Barro Duro

Segunda-feira, dia 12Das 8h às 12h: Santa LúciaDas 8h30 às 12h: Cruz das AlmasDas 9h às 12h: Canaã e JatiúcaDas 8h30 às 12h: Vergel do LagoDas 9h às 13h: Jacintinho Das 14h30 às 18h: Clima Bom

Terça-feira, dia 13Das 8h às 14h: Cidade UniversitáriaDas 8h30 às 12h: Mucambo e Trapiche da BarraDas 9h às 12h: Poço e Tabuleiro do Martins

Quarta-feira, dia 14Das 8h às 14h: Santa LúciaDas 8h30 às 12h30: FeitosaDas 8h30 às 12h: TabuleiroDas 9h às 12h: Serraria

Quinta-feira, dia 15Das 8h às 14h: Clima Bom e Santa LúciaDas 9h às 13h: SerrariaDas 9h às 11h: Tabuleiro do MartinsDas 14h30 às 18h: Graciliano Ramos

ServiçoEletrobras Distribuição AlagoasAv. Fernandes Lima, 3349, Farol Fone: 0800-082-0196www.ceal.com.br

A coluna denuncia este descaso que está acontecendo bem ali, no Pinheiro. No cruza-

mento das Ruas Juvino Lopes Lira com Luiz Rizzo, há um terreno baldio sem cerca e sem muro. Nele, cresceu uma pequena vegetação, dando um aspecto de abandono. Os carroceiros

de plantão se aproveitaram da situação e utili-zam o espaço como central de entulho. Fala-se nos carroceiros, mas muitos bacanas – igual-mente mal educados – são vistos despejando entulhos da caçamba de suas caminhonetes naquele local. De fato, tudo começou com uma

carroçada de entulho e depois outra, mais outra... Hoje, a situação parece totalmente fora de controle. A coluna apela mais uma vez para a Slum e para a Sempma, bem como à SMCCU para que tomem as providências e resolvam este problema.

“Lei do buraco” A Câmara de Maceió aprovou a “lei do buraco”. A partir de agora, a empresa que esburacar a rua terá que fazer os reparos logo depois de concluir o seu serviço. Obras de gás canalizado, energia elétrica, água, telefone, tv a cabo, seja o que for: furou, fechou. A lei ainda vai demorar alguns dias para pegar, mas o primeiro passo já foi dado. Hoje funciona assim: a concessionária abre o asfalto para executar o seu serviço, cumpre o trabalho e depois vai embora, deixando o buraco aberto para a prefeitura fechar. Os transtornos sobram para a população. Devido à demanda, esse buraco demora dias para ser fechado. Com a lei, a coisa deve mudar.

Tábua de pirulitoA chuva deu uma trégua em Maceió e deixou milhares de buracos na malha viária da cidade. Os buracos foram descobertos no asfalto, calçamento e nas estradas de barro. A Semin-fra alega que está esperando o tempo melhorar para colocar em prática a operação tapa-bura-cos. Aliás, esta operação deve chegar à cidade inteira. Maceió está parecendo uma tábua de pirulito.

Bandidos na UfalOs ladrões não dão trégua em Maceió. A rota deles agora é a Ufal (Universidade Federal de Alagoas). Na semana que passou, os crimi-nosos “deram dia santo” no bloco 13, onde ocorrem as aulas do curso de Serviço Social. A revolta dos estudantes ficou nas redes sociais. E só. Este assalto aconteceu logo depois das 20h. Aliás, estudar à noite na Ufal é uma aventura.

A opção do ladrãoE por falar em gatunos, a Polícia Militar prendeu uma dupla de bandidinhos que estava come-tendo assaltos na região do Pinheiro e Farol. Um ladrão de 19 anos e outro menor foram captu-rados logo depois de fazerem um “arrastão”. O bandido maior de idade disse que estava assal-tando porque tinha necessidade. Ele contou que seus pais são separados e não ligam pra ele. Então, só lhe resta assaltar o povo. Diga aí!

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35 PREFEITURAS são intimadas a apresentar seus planos de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde

IMA quer saber para ondevai o lixo hospitalar de ALDeraldo FranciscoRepórter

Seringas, bistu-ris e até peda-ços do corpo

humano estão sendo descar-tados em lixões no interior de Alagoas. Por causa disso, 35 prefeituras alagoanas serão intimadas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) para

comprovar a destinação dos resíduos dos serviços de saúde produzidos em suas unida-des. Até a última sexta-feira, oito prefeituras já tinham sido intimadas. As outras recebe-rão a intimação esta semana. Na estimativa do IMA, cerca de 70% do lixo hospitalar não tem a destinação correta e vai parar nos lixões, expondo a saúde humana e causando

impactos desastrosos ao meio ambiente.

As ações do IMA no sentido de coibir este tipo de irregu-laridade em Alagoas foram motivadas por denúncias e pelo silêncio das prefeituras. Conforme a legislação, até o dia 31 de março de cada ano, cada município deve informar – através de relatórios e laudos técnicos – tudo sobre a destina-

ção dos resíduos de serviços de saúde que produziram no ano anterior.

Ocorre que estas informa-ções não chegaram ao IMA, que, desconfiado, acionou as suas equipes técnicas para iniciar uma grande opera-ção de fiscalização. Enquanto algumas prefeituras estão rece-bendo as intimações, outras estão sendo fiscalizadas sem

muito barulho.Na intimação, o IMA cobra

aos municípios a apresenta-ção de manifesto de destina-ção final do lixo hospitalar e o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde. Após rece-berem as intimações, os muni-cípios terão o prazo de dez dias para apresentar as informações solicitadas pelo IMA. Depois disso, a canetada será pesada.

Edua

rdo

Leite

/Arq

uivoMunicípio dá uma resposta equivocada

Através de uma denúncia, o IMA havia intimado algu-mas prefeituras e uma delas respondeu da pior forma possível.

A resposta do município alagoano [a reportagem omite o nome da cidade porque ela ainda está sendo investigada] chamou a atenção dos técni-cos do IMA.

Em resposta à pergunta sobre a destinação dos resí-duos de serviços de saúde, o gestor disse que não há contrato com nenhuma empresa especializada neste tipo de serviço e que todo o lixo hospitalar produzido na cidade é levado para “um buraco bem fundo e deposi-tado lá”.

Contou o gestor que há, ainda, a incineração de parte

do lixo hospitalar da cidade.Conforme o Conama, as

duas situações estão erra-das. O lixo hospitalar deve ser autoclavado (submetido a altas temperaturas para se tornar inerte) ou ainda ser incinerado. No entanto, há critérios técnicos para o processamento destes dois tratamentos.

Além disso, nas duas situ-ações, o material deve ser levado para um aterro sani-tário autorizado a receber as cinzas deste lixo ou o próprio lixo inerte, mas triturado.

Em Alagoas, ainda não há este tipo de aterro. Todo o lixo legalmente recolhido e tratado em Maceió é, em seguida, levado para o aterro sanitário de Igarassu, na região metro-politana do Recife. D.F.

O que diz a Resolução do Conama sobre o descarte dos resíduos

A disposição correta dos resí-duos de serviços de saúde está prevista na Resolução de Nº 358 de abril de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Pelo texto da lei, a grande maioria das unidades de saúde no Estado está fazendo a coisa errada. Cole-tar, tratar e dar a destinação correta ao lixo hospitalar custa caro e, por isso, o interesse das unidades de saúde de burlar a lei. Este arrumadinho é uma grave ameaça à saúde da população.

A fiscalização da destinação do lixo hospitalar é atribuição dos órgãos ambientais. A legis-lação prevê que as prefeituras devem apresentar plano de gerenciamento dos resíduos de saúde. D.F.Em Alagoas, o lixo hospitalar tem sido descartado junto ao lixo residencial

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NA CONTRAMÃO: enquanto maioria das grávidas opta por cirurgia para não sofrer dores, outras lutam para dar à luz naturalmente

Gestantes lutam para ter parto humanizadoIracema FerroRepórter

A administra-dora Liliane Pinheiro, 30 ,

está grávida pela primeira vez. Ela seria apenas mais uma mãe em perspectiva, como milhões de mulheres em todo o Brasil, mas não é. A jovem segue na contramão do que ela chama de ‘sistema obstétrico’: quer ter sua filha, a Tannat, de parto normal na tranquilidade do seu lar.

As estatísticas levantadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Mortali-dade Materna revelam que no Sistema Único de Saúde (SUS) 62% dos partos são cesáreos e pela rede privada chegam a 98%.

Diferente da maioria esma-gadora das gestantes alago-anas, que preferem agendar um parto cesariano numa das maternidades particulares da capital ou de Arapiraca, Liliane tem medo de dar à luz seu bebê num ambiente frio e impessoal como um hospital, cercada de desconhecidos e ainda com a possibilidade de ter sua decisão do parto huma-nizado desrespeitada pela equipe médica com base em argumentos que ela considera injustificáveis.

“Sempre tive medo de ter um filho no hospital, sempre quis parto normal, mas não sabia da possibilidade de fazer meu parto em casa. Procurando a forma da minha vontade ser aceita encontrei a Juliana e a Roda Gestante”,

explica.Juliana à qual Liliane

Pinheiro se referiu é a enfer-meira Juliana Oliveira, uma das defensoras fervorosas do parto humanizado em Alagoas e com anos de experiência neste tipo de procedimento e deze-nas de assistências em nasci-mentos de bebês em Alagoas.

Liliane revela que se consultou com quatro obste-tras que atendem pelo seu plano de saúde e nenhum a deixou segura de que teria um parto normal. Somente agora, aos seis meses e meio de gravi-dez, encontrou um obstetra que aceita sua decisão e que vai assisti-la até o nascimento de Tannat. Infelizmente, todo o acompanhamento a partir de agora terá que ser particular.

“Finalmente encontrei

um obstetra que vai respeitar minha vontade de um parto normal hospitalar ou residen-cial. Outras mulheres que já foram atendidas por ele, que participam da Roda Gestante, recomendaram e agora ele será o meu médico. Tenho apoio total da minha família. Somos quatro irmãos e nascemos de parto normal, no hospital, mas normal. Minhas avós tiveram os filhos em casa e aprovam a minha ideia. Meu marido, Pablo, apoia totalmente. Para ele, é uma novidade e uma realização”, assinala.

Ela lembra que a natureza da mulher é essa: de gerar e ter seus filhos de forma natural e a exceção deveria ser a cesariana. “Mas o sistema obstétrico é prático e capitalista: pensa em quantos partos faz por dia e não

qual é melhor para a mulher e o bebê. Para o médico, é mais prático encaixar uma cesárea na agenda, fora que alguns obstetras estão cobrando por fora os partos cesáreos mesmo quando as gestantes têm plano de saúde que cobre parto e já passaram do período de carên-cia”, reclama.

“Respeito quem opta pela cesariana, mas quero meu direito de ter um parto normal. A cesariana é bem-vinda para salvar vidas, mas não quando é desnecessária, só para a mãe não sentir as dores do parto. Um parto desses é uma violên-cia, a criança é arrancada de dentro da mãe muitas vezes antes do tempo em que ela deveria nascer, por pura como-didade e um lucro maior para os profissionais”, opina.

Edua

rdo

Leite

Parto domiciliar conta com equipe especialAlém do marido e da mãe,

durante o parto humanizado, Liliane será assistida por duas enfermeiras obstetrizes e uma doula, que oferecerá um apoio psicológico e logístico para a gestante. Uma doula é uma mulher geralmente com expe-riência de maternidade, que está ao lado da mãe durante o seu parto, ajudando-a a sentir--se segura de modo a que ela consiga mais facilmente dar à luz.

De acordo com a enfermeira Juliana Oliveira, que tem sete anos de profissão e dois destes dedicados exclusivamente à área de obstetrícia, ainda é pequeno o número de mulhe-res em Maceió que optam pelo parto natural em casa, já que o sistema obstétrico incute medos na cabeça das mulheres.

“Nos casos de gravidez saudável, com um bom acom-panhamento pré-natal, e com tudo correndo bem, não tem por que a gestante ter seu filho por parto cesáreo. São casos extremos que há a indicação da cirurgia, como placentas

prévias”, esclarece.Fora os partos humani-

zados em hospitais, Juliana já assistiu seis partos na casa das pacientes e acompanha sete gestantes, uma delas com apenas 16 semanas de gesta-ção, mas que já procurou orien-tação.

Ela defende que o parto normal só traz vantagens para a mãe e o bebê. “O parto normal traz benefícios para o bebê, já que ele nasce quando estiver pronto, na hora dele, só é desligado do cordão umbili-cal quando ele para de pulsar, é logo amamentado pela mãe, não precisa aspirar o nariz. Para a mãe, a ocitocina natural ajuda a criar um vínculo bom com o bebê, liberando o leite materno, e a recuperação é muito mais rápida. Quando o parto acontece em casa, a mãe está num ambiente familiar, onde se sente segura, com a mãe e o esposo, para tudo fluir bem na hora do parto. Dor é claro que ela vai sentir, mas é só na hora, depois é só alegria”, avisa. I.F.

Parto humanizado é defendido desde a década de 1970

Na década de 1970, o obste-tra francês Fréderick Léboyer, criou um método que pode ser adotado em qualquer posição que a mulher queira dar à luz. Ele surgiu como uma crítica à forma violenta em que o bebê era recebido: pendurado de cabeça para baixo e levando palmadas nas nádegas para respirar, numa sala clara demais e cheia de médicos e assistentes.

Léboyer sustentou que o parto era um processo simples e natural, portanto deveria ser tratado como tal, ou seja, o bebê seria recebido num ambiente acolhedor e por poucas pessoas. Em vez de pendurá-lo, o médico deveria coloca-lo sobre o peito da mãe para ser acariciado e se sentir protegido. O cordão seria cortado depois desse contato, quando ele já estivesse respi-rando por si mesmo, sem palma-das e sem choros.

As mulheres que têm o desejo de ter seus filhos em parto natural têm o grupo Roda Gestante, que reúne profissio-nais de saúde de diversas áreas, como um importante aliado para esclarecer suas dúvidas.

“Em reuniões periódicas, o Roda Gestante promove conversas pautadas em evidên-cias científicas, demonstrando que existem muito mais mitos que riscos quando se fala em parto domiciliar planejado para gestantes de baixo risco”, explicam as coordenadoras da Roda no blog alagoano sobre o assunto. I.F.

Liliane Pinheiro quer que a filha Tannat nasça de parto normal em sua casa

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redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Serviço

Roda Gestantewww.rodagestante.blogspot.com.br

Juliana OliveiraFone: 8843-8820 / 91789600

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TURISMO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Alexandre Henrique Lino - [email protected]ÍMochilas

Em Alagoas

No Brasil

No mundo

Para comemorar o aniversário de nascimento do funda-dor do movimento de albergues da juventude, Richard

Schirmann, a rede Hostelling International promove no dia 15 de maio a hospedagem por apenas 1 centavo de real. No começo do século passado, o professor alemão tomou a iniciativa de acolher jovens, especialmente os mochileiros, ao descobrir que eles (que não faziam exigências de hospe-

dagem) tinham dificuldades em encontrar locais baratos durante as férias e viagens em grupo. Para se hospedar nos hostels da rede HI com essa diária fora do normal, é preciso ficar em quarto compartilhado e ter carteirinha da HI. A promoção inclui roupa de cama e café da manhã. São 25 unidades em todo o Brasil, inclusive o Maceió Hostel. Veja detalhes de como participar: www.hihostelbrasil.com.br

Foi realizada em abril mais uma edição da Viagem Cultural, projeto que é fruto da parceria, nascida em 2012, entre o professor da UFAL e advogado Fábio Lins e a Transamérica Turismo. Os roteiros idealizados por Fábio Lins (que residiu por dois anos na Europa, onde fez doutorado em Direito) têm como foco o chamado “turismo cultural”, que consiste na busca pelo conhecimento, a arte, a história e outros elementos culturais. Nas primeiras três edições da viagem cultural, mais de 200 alagoanos participaram de atividades diversas, como visitas guiadas a universida-des históricas (como Coimbra, Salamanca, Sorbonne, Oxford, Montpellier, Bolonha e Heidelberg), a instituições de referência mundial como a Corte Internacional de Justiça em Haia e o Tribunal onde ocorreram os julgamentos de Nurembergue. Ao todo, nas três viagens já realizadas, foram visitados 11 países (Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Alemanha, República Tcheca, Holanda, Bélgica, Mônaco e Vaticano) e mais de 20 cidades. Para quem acha que o alagoano não se interessa por cultura, esta iniciativa vem mostrando que o que falta muitas vezes é o devido incentivo. O próprio Fábio Lins já programa muitas novidades para 2015.

Foz do Iguaçu (PR) é um dos destinos com maior crescimento no país nos últi-mos anos. As Cataratas do Iguaçu formam um conjunto de 295 quedas d’água de 80 metros, formadas pelas águas do Rio Iguaçu e atraem milhões de turistas para acompanhar essa obra única da natureza. Porém, engana-se quem pensa que admirar as cataratas é a única atração: a cidade faz fronteira com a Argentina e o Paraguai e é o destino perfeito para praticar esportes de aventura como rafting, arvorismo, cascading, escalada, rapel e trilhas ecológicas. É preciso esticar para um passeio pelas ruas de Ciudad Del Este para fazer umas comprinhas, mas antes é quase que obrigatório no roteiro o passeio Macuco Safári. Ele apresenta as cataratas de pertinho, dentro de um bote inflável. Emocionante.

Paris é a cidade mais visitada do mundo. Com ruas charmosas reple-tas de cafés elegantes, lojas de grife e restaurantes (centenas), a Cidade Luz deixa marcas em todos que a visitam. Em um passeio rápido (de quatro dias) é necessário dedicar algumas horas passando por no mínimo oito atrações turísticas, começando pelo monumento mais famoso, a Torre Eiffel, e seguindo pela St-Germain-des-Prés, Jardim de Plantes, Louvre, Musée d’Orsay, Notre Dame, Hotel de Ville e Champs-Elysées. Air France e TAM costumam fazer boas promoções de passagens para viagens em setembro e outubro. Hospedagens: para turistas de primeira viagem o mais perto da região central.

No Nordeste

Aracaju (SE) tem chamado atenção com sua rede hoteleira, com destaque para o Aruanã Eco Praia Hotel. Combi-nando um estilo de design com arte-sanato regional, o hotel está situado à beira-mar, entre as praias de Aruanã e Mosqueiro. Sua proximidade com a vegetação nativa e dunas de areia é outro atrativo. Ambiente reservado, especial para quem pretende tirar um fim de semana para esquecer a corre-ria do dia a dia. Todos os quartos têm varanda privativa com vista e são equi-pados com Wi-Fi gratuito, ar-condi-cionado e uma TV de tela plana com canais via satélite. A piscina é extrema-mente convidativa, assim como a Praia de Atalaia. Reservas: (79) 2105-5200 ou pelo www.aruanahotel.com.br

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REGIONAIS redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Notas&FatosGrazianne [email protected]

Repasses

A prefeitura de Palmeira dos Índios decidiu e voltou atrás ao tentar cortar uma parte dos recursos no valor de R$ 150 mil reais destinados ao Hospital

Regional Santa Rita. É que esses recursos seriam destinados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Será que esse dinheiro seria utilizado para pagar o aluguel dos 15 computadores, alugados a R$ 150 (o dia). Só pode?

Árbitro PalmeirenseO professor e árbitro palmeirense, Júnior Fernandes, é o novo diretor de arbi-tragem da Federação Alagoana de Futsal. Com o pedido de afastamento do diretor anterior, José Araújo da Rocha, Fernandes, que é integrante do quadro nacional de arbitragem desde 2010, foi indicado para o cargo e será auxiliado por uma comissão.Conhecido pela maneira séria e dedicada com que trata a arbitragem, com certeza vai corresponder à altura da importância da função que lhe foi atribuída.Estudioso das regras, Fernandes também será responsável pelos cursos de formação e reciclagens de árbitros promovidos pela Federação Alagoana de Futsal.

SucessoA festa do promoter e colunista Aroldo Marques no último dia 03, no Levino’s Hall, foi um sucesso.A banda Renato e Seus Blue Caps deu um show à parte, interagindo e mostrando total sintonia com o público. Por sua vez, a banda Terapia Musical, do Dr. Walberto Santana, que abriu o evento, também não ficou atrás. A festa foi impecável. Parabéns, Aroldo!

JulgamentoApós sete anos, o julgamento do assassinato do estudante de Análise de Siste-mas, Diego Santana Florêncio, ocorrido em junho de 2007 – crime que causou muita comoção em Palmeira dos Índios –, acontece na próxima terça-feira, dia 13 de maio, no Fórum de Maceió. A população palmeirense aguarda com ansiedade o desfecho desse episódio que chocou toda sociedade.

Aumento salarialApós pedido de urgência, solicitado pelo líder do PMN, deputado Francisco Tenório, o Plenário da Câmara Federal aprovou o Projeto de Lei 7495/06 do Senado, que fixa em R$ 1.014 o piso nacional para os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, com jornada de 40 horas semanais.Os agentes de saúde são custeados pelo governo federal, que repassa aos municípios R$ 1.014,00 por agente. Atualmente, as prefeituras decidem quanto pagam a cada agente, já que podem usar parte do dinheiro repassado para custear os encargos sociais. Segundo a Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde, os salários-base (sem benefícios) podem variar de R$ 678 a R$ 950. O projeto aprovado prevê que os agentes irão receber R$ 1.014, equivalente ao total de recursos repassado pelo governo federal aos municípios.Uma vitória mais que merecida a essa classe tão sofrida.

HomenagemO vereador palmeirense Márcio Henrique homenageou sua tia Noemi Carvalho na última sessão do legislativo palmeirense, com voto de louvor, que foi apro-vado por unanimidade pelos vereadores. É que, naquele dia, Noemi comple-tava 80 anos de vida, muito bem vividos. Noemi Carvalho tem grande serviço prestado à população palmeirense. A homenageada é integrante da renomada família Simplício e Carvalho, e irmã do ex-prefeito Eneas Simplício e do empre-sário Noé Simplício.Parabéns Noemi, a homenagem foi justa e merecida.

DesrespeitoOs usuários da agência do Banco do Brasil de Palmeira dos Índios vêm passando por uma série de humilhações e distribuindo insatisfações no sentido do atendimento, seguido pelo desrespeito junto à população que depende dos serviços daquele banco. Os caixas 24h sempre estão sem disponibilidade de verbas para saques, principalmente nos fins de semana. O banco deveria arcar com as cobranças de taxas exorbitantes efetuadas nos boletos ou por atrasos em épocas que os caixas não dispõem de dinheiro. O banco deveria preservar os seus clientes e dar um atendimento mais digno. Fica a dica.

MéritoTodos os méritos ao delegado regional de Arapiraca, Mário Jorge de Barros e equipe, que participou da operação para colocar atrás das grades, na semana passada, uma quadrilha de alta periculosidade que vinha agindo em Arapiraca e região.No confronto do grupo com a Polícia Civil, na zona rural de Arapiraca, um dos marginais de apelido “Kelvinho” foi alvejado, não resistiu, e morreu a caminho da Unidade de Emergência. Inclusive, esse mesmo marginal foi um dos que estavam envolvidos na morte do empresário palmeirense, Rubinaldo Braz.Parabéns, Mário Jorge, pela brilhante atuação. Você é um dos profissionais que dignificam a polícia alagoana.

Palmeira: polo industrial vai se tornar realidade

Na próxima sexta-feira, 16 de maio,

gestores do governo do Estado e representantes do município de Palmeira dos Índios fazem a cerimônia de lançamento da pedra fundamental e início da construção do Polo Industrial Prefeito Minervo Pimentel, às margens da rodovia BR-316, antigo campo da aviação às 10h.

O projeto do Polo Indus-trial começou a ser trabalhado há três anos pelo ex-secretário de Indústria e Comércio de Palmeira, Antonio Oliveira, em parceria com a Secretaria do Planejamento e do Desenvolvi-mento Econômico (Seplande), por intermédio do secretário Luiz Otávio Gomes.

Com investimento apro-ximado de R$ R$ 6,5 milhões, o polo industrial consolidará a Cadeia Produtiva do muni-cípio e da região. Além de Palmeira dos Índios, o mercado regional atuará diretamente nos municípios de Craíbas, Igaci, Belém e Maribondo.

O Polo terá como objetivo se tornar uma incubadora dos negócios de Palmeira dos Índios. Tendo como perfil um dos empreendimentos que poderão se instalar e obter

destaque os do setor de alimen-tos, derivados de construção civil, confecções e movelaria.

Em Palmeira dos Índios existem quatro Arranjos Produtivos Locais (APLs), que são o de Horticultura, Fruti-cultura, Mandioca, Madeira e Móveis. O município tem grande atuação da Cadeia Produtuva Têxtil e de Confec-ções em Alagoas (CPTC), que também irão fazer parte do projeto.

A construção do polo será um fator relevante para a logística do empreendimento, já que contribui para maior circulação de mercadorias e de pessoas. O Polo alavan-cará o empreendedorismo na região, por meio do incentivo à descentralização, do desen-

volvimento da vocação estra-tégica da região, criando e mantendo negócios e gerando renda. Empresas locais e de outros estados consolidarão o polo e fortalecerão a econo-mia da região e, sobretudo, do município.

LOCALIZAÇÃOCom uma localização

geográfica privilegiada, o polo ficará situado na entrada do município e será composto por 22 lotes, com 3500 m² cada.

Uma parte do complexo compreende uma área externa urbanizada, que contará com espaço para realização de eventos. Outra parte abrigará empresas do segmento têxtil, metal-mecânico, madeira e móveis e agronegócio.

COM INVESTIMENTO de R$ 6,5 mi, projeto consolidará Cadeia Produtiva local

Perspectiva do projeto que sairá do papel para gerar empregos em Palmeira e região

[email protected] LAÍZA LEÃO

NOTÁVEIS

Linda e meiga, Talísia Nunes apaga mais uma velinha. Felicidades! Na foto ao lado do maridão.

Lorena Oliveira toda toda com seu novo look bland, by Wanessa Luíza do Salão Glamour. Não ficou um luxo?

O grande decorador Aldo Rodrigues é o aniversariante mais festejado do próximo dia 14. Parabéns muito espe-cial desta colunista que te adora e respeita.

O Empresário da Fantastic, Phillip Sampaio, pessoa muito querida, feste-jou idade nova no último dia 07. Na foto, com o Presidente da companhia Américo Maia, que esteve em Arapiraca fazendo o lançamento da empresa.

O colunista Aroldo Marques realizou uma linda festa dos Anos Dourados, onde reuniu a nata da sociedade Alagoana ao som de Renato e seus Blue Caps. Foi sucesso total.

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PUBLICIDADE13O DIA ALAGOAS l 11 a 17 de maio I 2014

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ESPORTES redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

DIA EsportivoJorge [email protected]

Novo presidente

O CSA, depois da renúncia de Jurandir Torres, já tem novo presidente. Trata-se de Roberto Mendes, ex-jogador, ex-treinador e dirigente do

CSA. É um nome da velha guarda, mas conseguiu unir antigos e novos conselheiros em torno do seu nome, sendo eleito por aclamação.Com a composição da diretoria, Mendes vai agora elaborar o seu projeto para administrar o CSA. Poucas mudanças serão observadas em rela-ção aos nomes atuais, mesmo que Raimundo Tavares não esteja muito disposto a continuar na vice-presidência de Futebol. Segundo ele, o desgaste é muito grande, as cobranças sempre recaem no Setor de Fute-bol, são muitas as incompreensões, e a família reclama da ausência no convívio do final de semana.Tavares chegou a dizer que pretende continuar colaborando, mas em outro setor do clube. Quanto ao planejamento para o restante de 2014, Roberto Mendes acha que deve ser elaborado um projeto com metas para 2015, 2016 e 2017, mas sempre brigando pelo título do campeonato estadual.

Balanço INa reunião de aclamação do nome de Roberto Mendes para a presidência do CSA, o dirigente Raimundo Tavares fez um balanço do trabalho realizado até agora. Segundo ele, não faltou nada ao grupo de jogadores, nem à comissão técnica, mas que a saída do treinador Oliveira Canindé mexeu muito com uma parte do grupo. As propostas foram surgindo para os jogadores e isso tirou o foco do time na competição. Tavares disse que a eliminação no campeonato foi uma ducha fria para o grupo, inclusive para a diretoria.

Balanço IIO dirigente Raimundo Tavares desabafou nos microfones do Timaço da Gazeta, ao repórter Warner Oliveira, que tinha muita coisa acontecendo nos bastidores durante o Campeonato Alagoano. Ele disse que o CSA não chegou a ser prejudicado na competição e livrou a cara dos árbitros que apitaram os jogos do CSA, achando que o clube não foi prejudicado. Mas deixou uma coisa no ar: “Se foi para ajudar o rival (CRB), não funcionou, porque quem terminou ganhando o título foi o Coruripe”. Pergunto: se não houve nada de anormal, por que a declaração agora?

Série DTudo indica que o CSA vai ficar parado mesmo até o final do ano. A possibili-dade levantada de participar da Série D não tem a aprovação do presidente Roberto Mendes, porque a ideia é que o CSA, se for chamado, participe dos jogos no Grupo do Norte. A pergunta que o presidente faz é: “Quem vai pagar as despesas com avião, hotel e ônibus?” É, realmente não compensa essa vaga. Seria um gasto desnecessário e até com a formação de um time com pouca expressão na competição. O presidente está certo.

CRB IDepois da eliminação da Copa do Brasil, O CRB vai apostar todas as suas fichas na Série C do Campeonato Brasileiro. O projeto do presidente Marcos Barbosa é deixar o comando do clube com o time na Série B em 2015. Para isso, não vem medindo esforços e contratou vários jogadores. Segundo ele, quer deixar três jogadores para cada posição. Multiplique, então, por onze, serão trinta e três contratados. Na Pajuçara, comenta-se que acontecerão algumas dispensas para a chegada dos novos reforços.

CRB IINa terceira rodada da Série C, o CRB vai enfrentar, em Coruripe, o time do Crac, de Goiás. O CRB tem um jogo a menos na competição e na estreia ficou no empate em 0 a 0 com o Paissandu. Mesmo com a derrota para o São Paulo – 3 a 0 – o grupo está motivado pelo futebol jogado. Depois do jogo da Copa do Brasil, o presidente Marcos Barbosa e o dirigente Alarcon Pacheco ficaram em São Paulo buscando reforços.

ASADepois da vitoria contra o Avaí, em Arapiraca, o ASA joga pela Série C contra o Paissandu, no Pará. Diferentemente do CRB, o time arapiraquense faz o seu segundo jogo fora de casa. O primeiro ficou no empate em 1 a 1 contra o Treze, em Campina Grande. O treinador Beto Almeida acha que o time está motivado e vai buscar uma vaga para a próxima fase da competição, mesmo que esteja apenas no começo. Amanhã, será um novo dia.

Marcelo AlvesRepórter

Nã o s e r á s u r p r e s a n e n h u m a

ouvir falar ou ver alagoanos se destacando no cenário do fute-bol nacional e do exterior. Isso porque talentos da terra de Dida, Zagalo e de Marta, são levados cada vez mais cedo pelos obser-vadores técnicos de clubes renomados. Também conheci-dos popularmente como olhei-ros (profissionais que buscam futuros craques, com DNA da bola). Para se ter uma ideia, o olheiro do São Paulo, Cícero Gomes, 45 anos, o Tupã, esteve na última segunda-feira, dia 5, em Maceió, observando crian-ças entre 10 e 13 anos em uma “peneira”.

Sem grande alarde, ou seja, nenhuma divulgação, Tupã observou dezenas de crianças de escolinhas de futebol como do Real Sports, do proprie-tário André Alves; do Gol Certo, do ex-jogador Ander-son Labamba. O caça talento do Tricolor Paulista disse que algumas crianças lhe chama-ram a atenção, mas não citou nomes.

Questionado sobre o que é avaliado nos jogadores-mirins, Tupã contou que observa técnica, velocidade e dinâ-mica de atuar em grupo. Ele se limitou a informar que toda sua avaliação é anotada, resul-tando em um relatório que será levado para São Paulo, onde será analisado por outros profissionais do clube paulista. Mas ele deixou claro que o mais

importante é o garoto gostar de estudar.

“O perfil do São Paulo exige que o garoto goste de estudar. Caso o menino não consiga vingar como jogador, encon-trará outra profissão”, disse.

Tupã disse que retorna à capital alagoana em novem-bro para fazer uma reavaliação do desempenho dos meninos. Além de Maceió, ele esteve nos municípios de Atalaia, São Luiz do Quitunde e Satuba.

O observador técnico, que jogou no Guarani, Botafogo, Náutico e fora do País, contou que foi responsável por desco-brir os jogadores do São Paulo Rodrigo Caio, Casemiro, Oscar, Boschilia e Ariel.

SANTOS E ATLÉTICO/PRA escolinha de futebol Real

Sports, cujos jogadores foram avaliados por Tupã, já exportou atletas até para a Suíça, como o centroavante Jonathan, 17 anos, natural de Satuba. André Alves, proprietário da escolinha, elen-cou ainda alguns outros joga-dores que estão espalhados por clubes do País como Bruno Leite, 14, de Marechal Deodoro, e Gabriel, 16, da Gruta, ambos no Atlético-PR; Humberto, 16, do Salvador Lyra, atua no Sport-PE, e Alisson, Emerson, Hugo e Victor, todos com 14, estão no Fragata-RS.

André Alves disse ainda que representantes da base do Santos e do Atlético-PR devem mandar olheiros nos próximos meses para vir a Maceió.

Olheiro do São Paulo caça talentos em AL

JOIAS de Alagoas saem cada vez mais cedo para clubes do País e do Exterior

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l Pode até não acontecer, mas há quem diga que, com uma nova derrota do CRB, o treinador Eduardo Souza é quem cai;l Como o técnico vive de resultado, essa possibilidade existe. O CRB não vence e nem faz um gol há três jogos;l Se depender do novo presidente do CSA, o Gerente de Futebol, Marquinhos Mossoró não fica para a próxima temporada;l Se é verdade ou mentira, a saída de Roberto Mendes do Depar-tamento de Futebol na gestão anterior teve o dedo do Mossoró. Não acredito nisso.

ALFINETADAS...

Serviço

São Paulo Futebol ClubeMorumbi, São Paulo - SP(11) 3749-8000www.saopaulofc.net

Tupã observa ao lado de André Alves jovens talentos do Estado em “peneirão” no Clube dos Trinta, no Santos Dumont

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PUBLICIDADE15O DIA ALAGOAS l 11 a 17 de maio I 2014

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Novos olharesPINACOTECA Universitária da Ufal apresenta a exposição Miragens, da artista Flora Assumpção, em cartaz até 6 de junho

Francisco RibeiroRepórter

A artista visual Flora Assumpção está à procura de olhares interessados em ver o que está além. “Ver dedi-

cado a ver”, disse a paulistana, que expõe suas obras pela primeira vez em Maceió, até o dia 06 de junho, na Pinacoteca Universitária, galeria de arte mantida pela Universidade Federal de Alagoas. “A partir do momento que nos interessamos em ver tudo o que está visível, descobrimos também a história por trás daquele objeto”, pontua.

Miragens é o título da mostra que reúne 37 peças, criadas em diferentes linguagens e suportes. Assim como uma alquimista das artes plásticas, através do seu olhar, Flora converte em altares, joias, fósseis e painéis o que antes era apenas correntes, pratas, espe-lhos e fotografias. O material exposto contempla uma

videoinstalação, peças em resina e metal, dois livros--objetos em fotografias, três séries de fotogravuras e desenhos gravados a laser sobre espelhos.

A artista empresta a sua visão de mundo aos que querem ver o mundo como ela o interpreta. “Acredito que o conhecimento visual é uma forma de lingua-gem não verbalizada”, explica. Flora também busca contextualizar seus trabalhos resgatando elemen-tos mitológicos de culturas antepassadas. É nesse espaço que percebemos as referências ao universo onírico de Jorge Luís Borges e ao realismo fantástico de Gabriel García Márquez, como pode ser visto na série Animais Simbióticos.

Inclinada, logo no início da sua carreira, para o desenho e pintura, Flora começou então a investigar outras técnicas que lhe possibilitassem traduzir seus conceitos estéticos. Foi assim que passou a extrair a poesia contida nas formas, nas cores e nas imagens de diferentes tipos de matérias, técnicas e linguagens.

Suas criações cresceram em experimentação e em dimensão, como, por exemplo, na videoinstalação Vertigem do Mar. Nela, o espectador é convidado a mergulhar na própria obra.

Flora já expôs no Paço das Artes, no CCSP, no MAC-USP, no Instituto Tomie Ohtake, na Gale-ria Emma Thomas e na Galeria Gravura Brasileira. Em 2007, recebeu o Prêmio Destaque do Júri no 16° Encontro de Artes Plásticas de Atibaia e em 2012 participou do 10° Salão Elke Hering, Blumenau-SC, no qual foi contemplada com o 1° Prêmio. No ano passado, recebeu o Prêmio ArteRef de Arte Contem-porânea e foi Selecionada pelo Edital SESI de Artes Visuais.

Em entrevista para O DIA ALAGOAS, a artista que busca provocar a imaginação dos visitantes – “uma capacidade humana tão abandonada na atua-lidade ocidental”, como dito no texto curatorial –, fala de Miragens e das suas descobertas.

Você iniciou sua produção em artes por meio do desenho e da pintura. Em seguida, passou a flertar também com outros tipos de matérias, técnicas e lingua-gens. Como se deu esse processo? Deu-se bem cedo. Eu estu-dei pintura durante um ano, por volta dos 16 anos, antes de entrar na faculdade. E ao ingressar na universidade, eu parei de pintar, apesar de gostar muito de cor, de fazer tintas; entendo bastante sobre a teoria de cor. A minha rela-ção com o desenho e a pintura foi muito importante. Eu só fui para gravura porque era uma coisa nova, talvez. A princí-pio, não conhecia nada sobre essa técnica. Naquela época, pensava que detestava escul-tura, aí eu escolhi gravura para o meu bacharelado.

O elemento natural e o fantás-tico (sobrenatural) são temáti-cas bastante presentes em suas obras. Quais reflexões você busca lançar através delas? A reflexão é que o homem precisa – e esse também é o grande desafio do século XXI – aprender a imitar a natureza. E a prova disso é o lixo. A natureza não produz resíduo. As pessoas acham que colocando a sacolinha de lixo para fora de casa, elas já se livraram do problema. Nós comemos peixes que estão

contaminados com plásti-cos espalhados pelos ocea-nos. Nós precisamos imitar o mecanismo da natureza nisso. Na natureza, tudo o que uma espécie descarta, a outra usa. E nós somos o câncer no meio disso, somos o descompasso. A água tem memória, segundo muitos estudiosos. Você pode ter uma água destilada que sempre foi pura e uma desti-lada do esgoto. Ambas quimi-camente são idênticas. Quando você analisa as duas amostras num laboratório, elas são dife-rentes e ninguém sabe expli-car o porquê. E é isso que eles chamam de memória da água.

Miragens tem a intenção de provocar a imaginação e a ficção dos visitantes, capacida-

des tão abandonadas na atua-lidade ocidental. De que forma você tenta resgatar essa sensi-bilidade? Quando o trabalho exige que você tenha calma, olhe com cuidado, queira ver os reflexos; ou seja, ter tempo para perceber as coisas que, na correria do cotidiano, não nos damos conta. Ver dedicado a ver. A partir do momento que nos interessamos em ver tudo o que está visível, desco-brimos também a história por trás daquele objeto. Não faço um trabalho para dizer que o homem não precisa criar lixo, ou para contar história de Borges, ou da arquitetura Colombiana. Percebo, anos depois, a relação que há entre eles. Acredito que o conheci-

mento visual é uma forma de linguagem não verbalizada. E é isso o que muitos artistas contemporâneos esquecem. Somos acusados e torturados por uma pergunta que odeio: O que seu trabalho tem haver com a contemporaneidade? Então, os artistas ficam procu-rando os problemas do mundo para cuidar através do trabalho deles e esquecem que existe uma beleza além disso.

Como começou sua relação com as artes visuais? Meu pai gosta e desenha muito bem. Eu sempre desenhei muito desde os 3 anos. Tem aquele dese-nho que vem desde o ombro da criança, passa para o coto-velo, para o pulso e fica uma coisa muito mais controlada. Minha mãe sempre deu lápis e papel em casa e o interesse vem daí. Na época da escola, eu não imaginava que iria fazer nada com artes. Pensei em estudar História, para ser historiadora. Após o ensino médio, com cursinhos pré--vestibulares que aplicavam provas todas as semanas, eu fiquei cansada e pensei: Vou descansar, irei fazer Artes Plás-ticas e, depois, História (risos). E logo no primeiro ano da faculdade, percebi que já não queria História. Sem querer, foi a escolha certa.

Alguns trabalhos podem ser vistos de cima, outros convidam o espectador a aproximar-se o máximo que puder para enxergar os detalhes, enquanto a instala-ção Vertigem do Mar nos insere na própria obra. Essa ideia de distância e proximidade do olhar do visitante foi proposital? O que há nesse gesto? É propo-sital. O que tem nesse gesto é uma pergunta mais difícil de responder, mas eu acho que possui uma relação com a ideia que eu quero passar na obra. Porque, por exemplo, se for uma joia, colocada numa espé-cie de altar, deve ser pequena. Se for para mostrar a nossa pequenez humana diante da natureza ou da arquitetura, a obra deve ser maior. Tem essa necessidade. Então, tem um pouco da intenção mesmo, com o que eu quero dizer.

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CULTURA redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

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Serviço:

O quê: Exposição MiragensOnde: Pinacoteca Universitária, Praça Sinimbú, s/n, CentroVisitação: até 06 de junho; seg. e qui., das 08h às 20h; ter., qua. e sex., das 08h às 18h.Aberto ao público.Mais informações: 3214-1545

Paulistana Flora Assumpção expõe suas obras pela primeira vez em Maceió

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CULTURA17O DIA ALAGOAS l 11 a 17 de maio I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

GUIA CULTURAL

CASA COR ALAGOAS. Antigo Casarão (Avenida Aristeu de Andrade, 256 , Farol). Visitação: até 11 de maio; ter. a sex., das 16h às 22h. Ingresso: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) – entrada diária; R$ 100 – passaporte para os 45 dias de evento. Reunindo 48

ambientes assinados por 78 dos melhores profissionais de arquitetura, design, deco-ração e paisagismo do estado, a primeira edição alagoana da mostra, que é a maior em toda América, funciona de terças-feiras a domingos, das 16h às 22h, até 11 de maio. Muita inovação e beleza para quem quer descobrir um gigantesco leque de opções em ambientação.

MIRAGENS. Pinacoteca Universitá-ria (Pç. Visconde de Sinimbu, 206 – Centro). Visitação: até 6 de junho; Visitação: seg. e qui., das 08h às 20h; ter., qua. e sex., das 08h às 18h. Aberto ao público. Mais informações: (82) 3214-1545. Dando continuidade às exposições programadas para 2014, a Pinacoteca Universitária da Ufal apresenta Miragens, da artista plástica paulistana Flora Assumpção. A mostra reúne obras feitas em diferentes linguagens e técnicas, entre elas, uma vídeo-instalação, peças em resina e metal, 2 livros-objetos em fotografias, 3 séries de fotogravuras. Miragens dialoga com literatura fantástica de autores como Jorge Luís Borges, Gabriel Garcia Márquez

e Júlio Cortázar, com o intuito de despertar a imaginação dos visitantes.

CARAVANA ESTAÇÃO NORDESTE. Teatro Jofre Soares – Sesc Centro (Rua Barão de Alagoas, 229, Centro). Dia 12 de maio, às 20h, 13 de maio, às 16h. Mais informações: (84) 8838-5881 ou 9986-1469. Entrada franca. No mês de maio, o Grupo Estação de Teatro, do Rio Grande do Norte, chega a Maceió com a Caravana Estação Nordeste, apre-sentando os espetáculos Guerra, Formigas e Palhaços, e o infantil Estação dos Contos. A Caravana Estação Nordeste é um projeto de circulação do grupo que conta com patro-cínio do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2013, em parceria com o SESC/Palco Giratório 2014.

12ª EDIÇÃO DA SEMANA NACIONAL DE MUSEUS. Museu Théo Brandão (Av. da Paz, 1490, Centro). Entre os dias 13 e 16 de maio. Entrada gratuita. Mais informações: (82) 3214-1710 ou 3214-1715. Palestras, abertura de exposição, exibição de filme e apresentação de coral compõem a progra-mação da 12ª edição da Semana Nacional

de Museus, uma promoção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Departamento de Museus do Ministério da Cultura (MinC). O evento, que conta com articulação local do Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore, acontece entre os dias 13 e 16 de maio, na sede da instituição. A ação é aberta a estudantes, pesquisadores e à comunidade em geral. Confira a programação completa através do site: www.bit.ly/1isAb1s

TRIBUTO A SÉRGIO SAMPAIO. Teatro de Arena (Pç. Mal Deodoro, s/n, Centro). No dia 15 de maio, às 19h30. Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Ponto de venda: bilheteria do Teatro Deodoro. Mais informações: (82) 3315-5665 e 3315-5656. Seis artistas alagoanos sobem ao palco do Teatro de Arena Sérgio Cardoso para homenagear o cantor e compositor Sérgio Sampaio, que, ao lado de Jards Macalé, Jorge Mautner, Luiz

Melodia, Tom Zé e Walter Franco, integraram o grupo denominado “Maldito”, nos anos 70. As canções de Sérgio Sampaio, entre elas, o hit carnavalesco “Eu quero botar meu bloco na rua”, serão reinterpretadas por Adriano Diamarante, Chico Torres, Emersom Padilha, Janeo Amorim, Lucas Veloso e Natalhinha Marinho. No repertório, os clássicos “Filme de terror”, “Cala boca Zé Bedeu”, “Cruel”, “Meu pobre blues” e “Todo mundo está feliz”. A noite terá ainda participações especiais de Almir Nunes, Bruno Tenório, Celso Padilha e Kel Monalisa.

TRIBUTO THE DOORS. Rex Jazzbar (Rua Dr. Antônio Mendonça, Praça do Rex, Pajuçara). Dia 16 de maio, às 21h. Couvert: R$7. Mais Infor-mações: (82) 9330.2880. Formada por Paulo Sergio MCZ (vocal), Rafael Lima (guitarra), Daianny Lima (guitarra),

Luiz Carlos (contrabaixo) e Adriano Lima (bateria), a banda alagoana Oficina 137 é a atração do Rex JazzBar nesta sexta-feira (16). O grupo fará uma homenagem à banda de rock psicodélico norte-americana, The Doors. No repertório, não faltarão os clássicos “Break on Through (To the Other Side)”, “Light My Fire”, “People Are Strange” e “Riders on the Storm”.

TE QUIERO CON LIMÓN. Orákulo Chopperia (Pç. Rayol, 717, Jaraguá). No dia 17 de maio, a partir das 23h59. Ingressos: R$ 20 (antecipados) e R$ 25 (na hora). Pontos de venda: Loja Freaks (Maceió Shopping) ou On-line (www.eventick.com.br/tequieroma-ceio). Classificação: 18 anos. Mais informações: (82) 3326-7616 ou [email protected]. Mais uma festa surge pra dar aquela “encorpada” na noite alagoana: a Te Quiero Com Limón. A badala mais festejada do Recife chega com tudo em Maceió, e traz como atrações os Djs Marcelo Câmara, Pedrins (Pe), DjFinizola e Die Momberg’s. Que tal?

TEQUILLA BOMB LANÇA CD “SEJA

LUZ!”. Kfofo Show House (Rua Barão de Jaraguá, 569, Jaraguá). No dia 17 de maio, às 22h. Ingresso: R$ 10. Pontos de venda: Rex Jazzbar (Pajuçara), Botequim Paulista (Jati-úca), Swell Skate Shopping (Centro) e Brandão Lanches (Praça Sinimbu). Após um ano do lançamento do EP “Bomb Style”, o trio alagoano Tequilla Bomb lança mais um trabalho inédito. Dessa vez o álbum intitulado “Seja Luz!”, terá oito músi-cas e, claro, está repleto de participações e parcerias especiais, como a de Dinho Zampier (músico que toca com Wado) e a de Hudson Feitosa (guitarrista da banda Abismo). Com o selo da Combo Records, o álbum teve produção de Tequilla Bomb e Ivalter Junior, mixagem de Tequilla Bomb e Diego Monteiro e masterização de Diego Monteiro.

DOMINGO

SEGUNDA

TERÇA

QUINTA

SEXTA

SÁBADO

Envie um e-mail para [email protected] divulgue seu evento

O título da exposição é uma referência aos aspectos de refra-ções, transparência e brilho; e também uma metáfora inevitável para as ilusões humanas. Gostaria que você falasse mais sobre isso. Tem algo meio autobiográfico. Depois dos meus dois primeiros trabalhos feitos com a escala da arquitetura, eu parti para dese-nhar os corrimões de ônibus. Delimitava todo o espaço de ônibus só com os corrimões, que são estruturas tubulares. E dessas estruturas, que alia-vam o movimento orgânico ao de máquina, eu cheguei às serpentes, às araucárias etc. A dificuldade de o orgânico ser aceito no tubo do corredor de ônibus é que ele é um tubo de uma máquina. Então, agora eu percebo, já estava discutindo tais questões presentes nesta exposição lá em 2004. Acho que a arte verdadeira acontece desse jeito. A miragem reside nisso: no conhecimento que está lá, sem

você saber que ele já está lá. São as nossas vivências que traze-mos para o trabalho. Percebo também que a relação entre o homem e a natureza – discutida na mostra – também está no homem com o outro. As lutas de poder, desde as grandes até as pequenas, muitas vezes, não declaradas. O poder sempre gera medo ou desconfiança. Alguém sempre está sendo subjugado pelo poder. Então, em Miragens, eu falo um pouco sobre essas ilusões. São ilusões porque são fugazes. Assim como tudo na vida é.

O texto curatorial diz que as obras expostas dialogam com a literatura fantástica de autores como Jorge Luís Borges, Gabriel Garcia Márquez e Júlio Cortázar. De que forma as artes em geral servem como referência para você? Eu gosto muito de música. Não entendo nada de teoria musical. Tenho uma irmã cantora lírica,

meu pai canta em coral também. A música faz parte da minha vida. Eu produzo ouvindo música. Tenho uma série dessas correntes que foi batizada de Tom e Mercedes, em referência à canção “Sonhos com serpen-tes”, do Milton Nascimento com a Mercedes Sosa. Nela, Nilton recorda um sonho com serpen-tes largas e transparentes, e ao matá-las aparecem outras maio-res. Isso é a vida também. Você vence uma batalha, tem outra atrás. Eu gosto muito de artes plásticas, tem vários artistas, tanto da atualidade, como os antigos, que eu gosto bastante. Se eu começar a citá-los aqui, corro o risco de ser injusta e me esquecer de alguns nomes. Gosto muito de literatura, esses trabalhos da instalação e das gravuras vêm desse conto, que se chama “Mago, tempo perdido”, do García Márquez. Queria ler mais do que o meu tempo permite hoje.

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Nota polêmica E no meio da campanha salarial 2014, os jornalistas alagoanos apareceram divididos, durante a última semana, em meio à polê-mica levantada pelo funcionário da Gazeta de Alagoas, Carlos Nealdo. Tudo isso aconteceu depois de o Sindjornal lançar uma nota de escla-recimento onde repudiou a atitude de Nealdo. Segundo a entidade, o jornalista insinuou, via mídia social, que um integrante da diretoria sindi-cal, também profissional da Gazeta, estava sendo privilegiado no recolhi-mento do seu FGTS.

EsclareceuPara esclarecer acerca dos repas-ses do FGTS, o sindicato informou que: “as Gazetas vêm recolhendo as parcelas negociadas com a Caixa em ordem crescente, ou seja, das mais antigas para as mais novas. As primeiras foram da década de 1990 e a última refere-se a dezembro de 2001, recolhida em dezembro do ano passado. Em função disso, jornalistas com contrato mais antigo têm saldo maior no FGTS, indepen-dente de serem dirigentes do Sindi-cato. Os de contrato mais recente

têm saldo menor ou zerado, inclu-sive diretores do Sindicato”.

DesmentiuVia facebook, o jornalista Carlos Nealdo classificou a nota como anti-ética, vil e covarde. Destacou que, em nenhum momento, insinuou

nada e apontou o Sindjornal como uma entidade que ataca sua base de forma ordinária e covarde. Posterior a isto, vários jornalistas começaram a manifestar apoio ao jornalista. Ataques direcionados ao Sindjornal também foram feitos. Uma campa-nha pedindo voto nulo nas próximas

eleições para a nova direção do sindicato circula pela internet.

Oscar SMAGO jornalista James Silver entregou, na última quinta-feira (9), as estatue-tas da premiação Oscar Alagoano. Em sua comemoração de 20 anos, a solenidade, que já não acontecia há seis anos, destacou os melhores da Gastronomia, Arquitetura & Decora-ção, Moda e Saúde & Business, além dos prêmios especiais. Mas para dizer que não falei dos espinhos, as redações não deixaram de comentar o fato de a maioria dos premiados serem anunciantes ou parceiros dos produtos do Grupo SMAG. Participar ativamente da campanha salarial ninguém quer, mas falar mal dos coleguinhas...

Dênis MeloE quem está de volta às ondas do rádio AM é o veterano Dênis Melo. O experiente radialista policial está nos programas de Batista Filho e Jeferson Moraes, na Rádio Gazeta. Com as notícias do mundo cão, Dênis substitui Ednelson Feitosa, que morreu há poucos dias. Na Gazeta AM, Dênis Melo deverá subst i tu i r o locutor/deputado Jeferson Moraes por exigência da legislação eleitoral. O desafio do veterano radialista é conquistar o público jovem porque, hoje, quem ouve rádio e tem entre 45 e 55 anos sabe quem é Dênis Melo. Com uma boa voz, grave acentuado e pronun-ciando as palavras com todas as sílabas, letras e acentos, Dênis Melo fez uma legião de fãs.

TELEVISÃO18 O DIA ALAGOAS l 11 a 17 de maio I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Márcio Anastácio - [email protected] da MíDIA

RESUMO DAS NOVELAS - OS RESUMOS DOS CAPÍTULOS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS EM FUNÇÃO DA EDIÇÃO DAS NOVELAS.

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

MA

LHA

ÇÃ

OG

lobo

Sofia se emociona com as atitudes de Sidney. Abelardo pede Bernar-dete em casamento. O desenho de Antônio desaparece do papel, e Anita se preocupa. A banda de Giovana é classificada para a final do festival, mas Guilherme afirma que não deso-bedecerá seu pai. Junior estranha a proximidade entre Sofia e Sidney. Anita desconfia quando Bruna pede para ir ao casarão pegar um pertence de Antônio como recordação. Kellen fica com o desenho do vestido de noiva que Sofia fez para Micaela.

Pedro sugere que um admirador de Antônio esteja perseguindo Anita. Serguei e Flaviana finalmente voltam para o salão. Caetano comunica à família de Vera que vai se entregar à polícia. Anita e Pedro desconfiam de que Bruna seja a autora do desenho. Sofia confessa para Flaviana que tem medo de ser magoada por Sidney. João Luiz e Raissa conversam com Guilherme sobre a adoção. Junior, Zureta e Giovana conseguem descartar os telefones de todos os professores para conseguirem se apresentar no festival, e Guilherme lamenta estar ausente.

Pedro, Anita e Julia chegam à conclu-são de que não é Bruna a autora dos desenhos. Micaela e Martin se incomo-dam com a cerimônia de casamento organizada por seus pais. Abelardo se entristece de não poder oferecer um casamento como Bernardete sonhou. A banda de Giovana vence o festival. Raissa afirma a Flaviana que ela precisa de um adulto responsável para se matricular na escola, e Serguei sugere que a namorada tente a emancipação. Caetano mantém seus esquemas mesmo na atrás das grades.

Os meninos aprontam uma confusão na aula de Meg. Zelândia consegue dinheiro com Caetano. Flaviana decide pagar para alguém ser seu responsá-vel. Raissa e João Luiz comunicam a Norma que decidiram adotar as duas crianças. Luciana aceita ter um salário para ser a responsável por Flaviana, e Serguei e Sofia se preocupam. Raissa, João Luiz e Guilherme recebem os novos integrantes da família. Sidney pede para voltar às aulas de Meg. Anita recebe mais um desenho misterioso.

Anita, Julia e Pedro desconfiam de que Antônio esteja vivo. Meg propõe que cada aluno prepare uma apresentação individual como teste para um show. Martin e Micaela decidem convidar mais casais para celebrar a união com eles. Vera e Ronaldo decidem adotar Flaviana e Meg, e todos se emocio-nam. Flaviana e Meg se mudam para o casarão. Um investigador de polícia revela a Vera, Anita e Sofia que o corpo dentro da cabana no dia da explosão não era de Antônio.

Não há exibição.

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Danilo se apresenta para Megan. Murphy flagra Manuela mexendo no projetor. Jonas e Verônica trocam olhares. Pamela se surpreende com a apresentação de Luene no show de calouros. Davi instala um vírus no computador de Jonas. Jonas conquista a plateia, e Davi fica apreensivo. A imagem de Manuela surge no projetor em que Jonas faria sua palestra. Megan pede para conhecer o quarto que foi de seu pai. Jonas pede para falar com Manuela. Pamela vê Herval no estúdio e fica aflita.

Sandra faz acusações sobre Jonas. Herval se oferece para ajudar Pamela a encontrar a filha. Pamela repreende Megan por procurar a família do pai. Jonas descarta o broche de Sandra, que na verdade é uma câmera. Verônica e Jonas pensam um no outro. Domênico convida Manuela para morar com ele em São Francisco. Manuela convence Igor a fazer seu show. Megan combina de se encontrar com Danilo. Davi, Rita e Herval recebem os investidores na Plugar. Manuela avisa a Igor que eles precisam pagar o advogado do pai.

Jonas se enfurece com Pamela e manda Gláucia embora de sua casa. Matias e Davi são expulsos da faculdade. Gláucia chantageia Jonas. Bóris não aceita que Ernesto coloque Elias como administrador do Ouriço. Rita pede que o reitor da faculdade readmita Davi e Matias. Manuela participa do abaixo--assinado contra a expulsão de Davi e Matias. Brian se preocupa com o estado de Maria e Dorothy se preocupa com o filho. Megan convence Jonas a conver-sar com Gláucia. Os acionistas decidem divulgar o documentário de Brian.

Jonas ameaça a mãe para mantê-la afastada de sua família. Plugar perde o apoio dos investidores, e Rita e Herval culpam Davi. Manuela invade o sistema da empresa que a contratou. Herval decide devolver a verba extra que a Plugar recebeu. Jonas manda convidar Verônica para cobrir a festa de gala em sua home-nagem. Moreira sugere que Pamela apresente um programa na Parker TV. Edna pede para Herval escrever um artigo criticando Jonas. Jonas agradece a premiação e apresenta uma palestra, sem ver que os slides foram adulterados.

Jonas não consegue interromper o protesto contra ele. Davi conta para Herval sobre o vírus que instalou e o ajuda a escrever seu artigo. Pamela questiona Murphy sobre as acusações contra o marido. Verônica afirma a Edna que escreverá uma grande matéria sobre o ocorrido e não teme represá-lia de Jonas. Manuela, Igor, Janaína e Thales vão para a Califórnia. Ernesto avisa à família que Bóris terminou a sociedade entre eles. Jonas discute com Pamela. Davi implora para Vicente não contar para Verônica que ele é Golias.

Jonas pensa em investir na Plugar, e Pamela o critica. Manuela janta com Domênico. Megan sai para dançar com Danilo. Marisa beija Vander. Danilo vê Megan beijar um rapaz em uma festa. Pamela decide fazer um programa da Parker TV. Jonas decide dar uma entrevista exclusiva para Verônica. Davi, Mosca, Vander e Matias vendem inter-net pela Gambiarra. Verônica escreve sua matéria sobre Jonas. Pamela entra em uma comunidade disfarçada e encontra Herval. Ludmila termina seu romance com Ernesto.

ME

U P

ED

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HO

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CH

ÃOG

lobo

Ferdinando confessa a Gina que sente vontade de beijá-la. Mãe Benta diz a Serelepe que sabe que foi ele quem esvaziou os pneus do carro do coronel Epaminondas. Mãe Benta esconde as balas do revólver de Zelão com medo do que o filho possa fazer. Epaminon-das diz a Catarina que ela pode chamar Ferdinando para morar com eles. Sere-lepe confessa a Pituca que foi ele quem esvaziou os pneus do carro. Pituca diz a Tuim que quer se casar com Serelepe quando crescer.

Pedro Falcão maldiz Ferdinando para Gina. Rodapé e Mãe Benta comen-tam sobre a volta de Ferdinando para a casa de Epaminondas sem entender o motivo da reconciliação entre pai e filho. Pedro Falcão sente-se traído e comenta com Giácomo que não quer mais saber de Ferdinando. Dona Tê avisa a Gina e Juliana que não permite a entrada de Ferdinando em sua casa. Epaminondas manda chamar Serelepe. Ferdinando insiste para Epaminondas deixá-lo trabalhar nas terras da fazenda.

Ferdinando comenta com Giácomo que sente por não poder ir mais à casa de Pedro Falcão e sua família. Dona Tê diz a Gina que chegou a sonhar em vê-la casada com Ferdinando. Ferdi-nando avisa a Epaminondas que ele não pode mandar Zelão embora de sua casa e nem demiti-lo sem pagar indeni-zação. Pedro Falcão chama a atenção de Marimbondo por ele ter ido à escola embriagado. Epaminondas pede para conversar com Zelão.

Epaminondas paga a Zelão o salá-rio atrasado e suas férias, avisa ao empregado que irá assinar sua carteira de trabalho e não irá mais expulsá-lo da casa onde mora com Mãe Benta. Rosinha desconfia da bondade de Epaminondas com Zelão e comenta com Izidoro que estranhou a atitude do patrão. Epaminondas diz a Catarina e a Ferdinando que não pagará Zelão pelos anos anteriores de trabalho. Ferdinando se certifica de que nenhum empregado de Epaminondas tem carteira assinada.

Ferdinando aproveita a ausência de Epaminondas e leva Serelepe para almoçar em casa com Pituca. Zelão resolve ir à cidade das Antas para tirar sua carteira de trabalho. Juliana comenta com Gina que desconfia de que Ferdinando gostava dela. Epami-nondas deixa Zelão confuso ao dizer que não precisa mais de sua carteira de trabalho. Dona Tê se desespera ao descobrir que Gina saiu armada para defender Pedro Falcão da discussão com o prefeito. Pedro Falcão consegue desarmar a filha.

Coronel Epaminondas diz a seus empre-gados que não precisam tirar carteira de trabalho e avisa que demitirá aquele que insistir. Mãe Benta avisa a Zelão que ele perderá Rosinha, pois a moça demons-tra interesse por Izidoro. Pedro Falcão repreende Gina e ela ameaça sair de casa. Epaminondas avisa a Ferdinando que ele será seu candidato a prefeito, deixando o filho irritado. Gina surpreende os pais ao colocar para dormir o vestido que Juliana lhe deu. Ferdinando diz a Catarina que seu pai não tem o direito de decidir sobre o rumo de sua vida.

EM

FA

MÍL

IAG

lobo

Em uma conversa franca, Clara diz a Chica que ama Cadu e Marina igual-mente. Laerte se chateia ao perceber que Luiza foi embora da casa de Cadu sem falar com ele. Chica admite para Clara que tem um pouco de preconceito ao ver duas mulheres juntas. Benjamin recebe na casa de repouso um rapaz mais jovem à procura de Miss Lauren. Durante a sessão de fisioterapia, Cadu reclama de dores com Gabriel. O rapaz se despede de Miss Lauren, deixando-a triste. Felipe chega totalmente embriagado a uma reunião dos Alcoolicos Anônimos.

Luiza e Laerte se beijam, mas ela freia qualquer inciativa mais ousada dele e pede um tempo. Nando vai à casa de Juliana e deixa com Guiomar uma caixa de bombons para a ex-mulher. Selma pega um bibelô da casa de leilões sem que ninguém veja. Chica diz a Ricardo que ficou arrasada ao ver Felipe embria-gado, largado na calçada. Clara e Marina conversam no bistrô. Verônica percebe o clima íntimo entre as duas. Shirley convida Laerte para jantar em sua casa. Giselle coloca Zu contra a parede e descobre a armação de Branca contra Ricardo.

Helena e Luiza falam coisas ferinas uma para a outra. Laerte e Shirley jantam sozi-nhos na casa dela. Luiza diz que Helena está com ciúme de Laerte e recebe um tapa da mãe. Clara deixa escapar que Marina está sempre no galpão e discute com Cadu por causa disso. Selma admira o bibelô que pegou da loja. Laerte e Shirley se beijam. Ricardo conta para Nando a armação de Branca. Virgílio e Helena discutem por causa de Luiza. André manda uma mensagem para o celular de Bárbara, mas ela resolve não responder logo.

Helena e Virgílio vão à casa de Juliana pedir desculpas para Jairo. Selma diz a Verônica que se decepcionou com ela por não ter tentado reconquistar Laerte. Ricardo faz uma entrada triunfal no saguão do aeroporto em seu retorno ao trabalho. Helena diz a Clara que ela precisa tomar uma decisão em relação a Marina e Cadu. Vanessa fecha outro trabalho de fotógrafa para Flavinha, sem consultar Marina. Nando, Juliana e Jairo se encontram na portaria do prédio e ficam constrangidos.

Os idosos da casa de repouso conver-sam sobre o suposto namorado miste-rioso de Miss Lauren. Giselle defende Ricardo e Chica, deixando Branca furiosa. Rafaela diz a Shirley que não gosta da maneira como Selma a trata. Neidinha diz a Alice que não quer conversar sobre o abuso com a policial. Luiza e Felipe conversam sobre o que ela sente por Laerte. André percebe que tem gostado cada vez mais da companhia de Bárbara. Marina diz a Vanessa que não aguenta mais seu ciúme de Clara.

Ivan ajuda Gabriel durante a fisiote-rapia de Cadu. Ivan e Rosa visitam Benjamin na casa de repouso. Shirley deixa Bárbara envergonhada ao fazer perguntas sobre sua vida sexual. Dulce sente-se culpada por não contar a verdade para André sobre sua mãe biológica. Branca diz a Murilo que Ricardo ainda voltará para casa um dia. Juliana diz a Jairo que ficará ao seu lado independentemente da vontade de sua família. Luiza e Laerte fazem planos para a viagem. Felipe pensa duas vezes antes de beber e desiste.

EM PRODUÇÃOA equipe do Feito para Você, comandado pela apresentadora Fabiola Aguiar, e exibido pela TV Pajuçara (canal 11), já trabalha na produção de conteúdo temático para o São João 2014. Além do concurso de comidas típicas, que este ano terá sua final transmitida ao vivo, fora do estúdio, uma série de reportagens sobre as festas juninas, também deve ocupar espaço entre as pautas tradicionais do programa durante o período festivo mais esperado pelos nordestinos.

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Mães enfrentam batalha diária contra dependência

VIVENDO nas comunidades acolhedoras, mulheres lutam pela reconquista dos vínculos e do amor dos seus filhos

Mariana Lima

“Tu não sabe quem está indo a í !

O Iago”. Maria Aparecida, ou Cida, quase não acreditou no que a mãe disse. Seu filho de 18 anos estava indo de Jundiá para Maceió, visitá-la no Projeto Sarar, comunidade acolhedora, onde morava há dois meses. Os longos anos no vício do álcool tiveram um preço amargo: Iago fora criado pela avó desde os 3 anos, a quem chamava de mãe. Cida era apenas Cida. Mas, naquele Dia das Mães de 2010, o filho estava indo visitá-la.

“Ele chegou aqui e me deu duas blusas, uma verde e essa que estou usando agora. A gente conversou, ele me deu apoio, disse que era para eu continuar o tratamento, perseverar. No final, a psicó-loga perguntou se ele não queria tirar uma foto comigo” – então a voz da mulher de 39 anos começa a embargar. “Aí ele chegou perto de mim, encostou o rosto aqui [aponta o lado direito da face] e colo-cou a mão nas minhas costas. Um abraço, assim, quase. Ele nunca tinha feito isso antes”.

As lágrimas descem, mas não conseguem desfazer o sorriso. A visita do filho

em pleno Dia das Mães foi o grande reforço que Cida precisava naqueles primeiros momentos de acolhimento. Desde então, são quatro anos longe do álcool e devotando a vida a ajudar outras mulhe-res e jovens a lutar contra a dependência química.

Cida foi uma das primei-ras alagoanas a utilizar o serviço do Acolhe Alagoas, programa do Governo do Estado, administrado pela Secretaria de Promoção da Paz (Sepaz) que oferece 1.374 vagas para tratamento – ou acolhimento – gratuito para homens e mulheres a partir dos 12 anos. Mas é preciso querer sair das drogas – o acolhimento é voluntário.

São seis meses de recupera-ção em uma das 28 comunida-des credenciadas por meio de edital público, cujo primeiro pré-requisito é o registro no Conselho Estadual de Polí-ticas sobre Drogas (Coned). Depois, as ferramentas para conduzir a recuperação: padronização de programa terapêutico, cadastro biomé-trico dos acolhidos, registro da evolução do tratamento em software gerido pela Sepaz. Tudo somado ao fator espiri-tualidade, já que quase a tota-lidade destas comunidades possui vínculo com institui-ções e igrejas cristãs.

19O DIA ALAGOAS l 11 a 17 de maio I 2014

GERAL redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Ajudando novas mães em tratamentoAo fim do tratamento,

Cida continuou na comu-nidade Projeto Sarar, traba-lhando no dia a dia da casa e atuando como conselheira das adolescentes acolhidas. Algu-mas delas, jovens mães como ela foi um dia, como Gorete* e Rosineide*, que aderiram recentemente ao acolhimento.

Prestes a completar 15 anos em julho, Gorete tem uma filhinha de 9 meses. Foi na gestação da menina o único período desde os 11 anos de idade em que não usou álcool, cigarro e maconha. Decidiu pelo acolhimento ao pesar três fatores: o marido, pai da sua filha, também está em uma comunidade acolhe-dora; o cansaço da sua mãe, que sempre lutou pela saúde de Gorete; e o futuro da filha bebê.

“Ela tem o direito de ter

uma mãe do lado dela. Eu não dava muita importância para isso, porque eu cuidava direitinho quando estava com ela, não usava droga perto da minha filha e achava que isso estava bom. Mas ela merece o pai e mãe dando uma vida melhor para ela”.

Rosineide, 16, é mais direta sobre o futuro do filho de 11 meses. “Eu quero ter o direito de dizer a ele que não use drogas, que isso não é vida pra ninguém”. A força da afirma-ção vem da sua própria histó-ria: começou a usar drogas aos 9 anos, vendo o pai fumando crack. “Ele era tão viciado que nem sabia mais o que fazia, me dava pedra para fumar. Se acabou nisso, morreu por causa da droga. Quase fui junto, demorei a aceitar que tinha que me tratar, mas agora vai dar certo”.

“Você está gorda, mãe! Está tão bonita!”O que soaria como ofensa

para quase todas as mulheres foi o troféu de Keline Cristine, 32, há quatro meses acolhida na Casa Betânia. A pérola foi profe-rida durante a visita do filho de 11 anos, impressionado com as mudanças na mãe após apenas um mês de acolhimento.

“Ele disse bem alto que eu estava gorda, que estava bonita. Quando levaram ele para o abrigo eu estava acabada da nóia, magra, só o osso”. Além da debilidade física, foi a separação forçada dos quatro filhos que despertou em Keline a necessi-dade de recuperar sua vida.

O mais velho, hoje com 14 anos, sempre viveu com sua mãe. O de 12 foi morar com o avô

e Keline chegou a morar na rua com os filhos de 11 e 9 anos. “Aí o Conselho Tutelar veio e levou os meninos para um abrigo, mas achei melhor mandar o caçula pra casa da minha mãe. Se ele fosse menorzinho, podia ficar comigo aqui na comunidade”.

Keline se refere à modalidade de acolhimento de “mães com filhos”, onde mulheres (maio-res de idade) podem ficar nas comunidades acolhedoras com os filhos de até 5 anos durante o tratamento.

“Ele não ia estranhar, ia achar bom. Mesmo com 9 anos, ele cuidava de mim, ia na boca de fumo me buscar, perguntar por mim. Eu me escondia, não queria que ele me visse daquele

jeito, mas acabava que ele me via fumando em casa. Aí espalhava as pedras [de crack], tentava jogar fora. Uma vez disse que ia ser policial quando crescesse só pra poder prender os traficantes que vendiam droga pra mãe dos outros”, conta Keline, rindo da coragem do filho mais novo.

Coragem que ela quer imitar após o período de acolhimento. “Eu espalhei meus filhos por causa da droga. Agora eles são minha força pra ficar limpa”. Seus planos para este Dia das Mães são modestos, mas o de 2015 vai ser diferente: ela, os filhos e a mãe, todos comemo-rando uma nova vida juntos.(*os nomes das meninas foram substituí-dos pelos das suas mães)

Sorriso reflete a esperança de um futuro sem as drogas Keline é uma das mães acolhidas nas comunidades

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redação 82 3023.2092e-mail [email protected]