O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

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Transcript of O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

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~ O É ZA M EL

O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico:

EXPERIÊNCIA PESSOAL

Focu!Jod~ d~ M~dkina ele: P6rto Al~qre

111111 11111 111111 1111111 :::;::c.Med.UFRGS O diagnostico citologico do ca

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MEl'

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r,esso;,: . J3'.F . 11n p . : 11 .

---'-:.J DE MEOICidA I

UFRGS-t!CPA Chamada;

.gislro; 39) Jla; (~ , /l . ~2.

J ú Obra;

Page 3: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

Ao dedicado mestre,

DR. JOSÉ MARTINS JOB

pe lo apoio e estimulo, oferzce

êste trabalho, com todo o oprêço,

seu discípu lo e amigo,

N. Z.

Page 4: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico
Page 5: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

iK DI C E

IN TRODUÇ,\ 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 H IST<)RICO . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . • . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . 9

FUNDAMENTOS E DIFICULDADES DA CITOLOG IA G,\ STRICA

11 111

Fatô rcs desfavorftvcis intrínsecos . .. .......... . . .... . ... . Farô res desfavo ráve is extrínsecos . ... . .... . ..... . . . . .. . . Fa tô res favo ráve is ..... . . .. . ... . .... • . .... • . . • .. • .. • .

~ I I':'J'OOOS DE COLHEITA

l i 111

IV

Aspiração do líquido ,!-:;Ísrr ico de jejum

Lavado ~ástri co .. . .... .. .... .. ..... . ..... . ...... • .. . . I nclusiio em pH afi na .. . ... . . . ..... . ................. . Balão abrasivo ~ásrrico de Panico, Papanicolaou c Cooper ..

20 22 24

26 26 27 2R

V - Balão abras ivo anrral de Rubin c col. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

VI - Escõva ~ástrica rotató ri::t Jc i\ )•re c Orcn . . . . . . . . . . . . . . . . 30 VIl - Escõva abrasiva I'!:Ístrica Jc "n)don" de Nicbur.~~ . . . . . . . . . 32

VII I - lnstrumemo de l-lenning c Wiue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 IX - Esponja biópsia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.5

X - Papaína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31i X I - Quimmripsina .. . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

PREPARAÇÃO DOS ESFREGAÇOS . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3S

FI XAÇÃO ....... . .• .. • .. . . . • . . • .... ... . . · · · · · • · · · · · · · · · · · · · · · · .'>H

COLORAÇÃO

I - Procl'ssos de colo ração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 'ÍO 11 - Preparação c característicos dos coramcs empregados no pro·

cesso de Papanicolaou . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4' 11 1 Contaminação dos csfrcgaços durante o procc,,n de colnração

CITOLOGIA NORl\1/\ L DO EST6MAGO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 CITOLOGIA GÁST RICA ATÍPICA N ÃO M ALIG N A . . . . . . . . . . . . . . . . )0 CITOLOGIA N1\ S LES6ES MALIGN AS DO ESTOJ\IAGO . . . . . . . . . . . . 52 CLASSI FICAÇÃO DOS RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

Page 6: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 6-

EXPERI!:NCIA PESSOAL

MATERIAL E ~lfõTODOS

- Casuística . . . ... ................................ - - - - - 59 11 ~létodos de colheita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

111 ProceJimemos nos pacientes com ob>truç.io pi ló ri t.l . . . . . . . 62 IV Número de esfre~aços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . bl V Fixação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . 62

V I Co lo ração . . . .. .... . .. . ..... . ............. • . ....... . .

VI l - O bservação m icroscóp ic:t

RESUL Tt\ OOS E COJ\IEN T} .. RlOS

- Grupo no rmal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . • . . • . . . . -5 l i - Grupo de lesôes gá~tricas benig nas . . • . . . . . . . . • . . . . • . . • . -~

111 - Grupo de lesões g;Ístricas malig nas . . . . . • . . . . . . . . . . • . . . • lH

r.t iCROFOTOG RAFIAS 93

CONCLUSc)ES 103

RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . !Oi

Ull3LIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

Page 7: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

INTRODUÇÃO

O câncer gástrico conscirui um problema de: difícil solução diagnós­

rica. Deve-se:, pois, dedicar rodos os esforços no semido de ampliar o

arsenal dos recursos que possibilitem seu reconhecimento. Denrre êsces

destaca-se a c itologia gáscrica.

/\pós o avanço que Papanicolaou imprimiu it c itologia geral, sua

aplioção no diagnóscico do câncc:r gástrico vem cada vez mais sendo ob­

jeto de exaustivos r rabalhos, remando aperfci~oar métodos que sejam de

fki l execução e a lta efic iência.

Entre nós, êsse rema vem obrc:ndo um realce: cada vel( maior. j á

tm 1956 o Prof. Lopes Ponres aprescnrava uma Tese: ao Concurso de

Círcdra de Clínica Médica ( Facu ldade Naciona l de M ed icina, Rio de

.Janeiro ), versando sóbre o citodiagnósrico do cftncer gástrico.

Compreendendo a importância e a atual idade da citologia gástri ca.

é que nos dispusemos a pesquisar sua aplicabil idade c: sua eficiência no

di agnóstico do câncer gáscrico.

Várias etapas civeram que ser necc:ssàriameme dominadas. lnicial­

meme aprendemos a colhêr o material, desenvolvendo tôdas :ts técnicas

habitualrnence descritas . .t\ seguir, nos enfronhamos no problema da fix:tção

c: color:tção. Não consciru iu tarefa fácil obter bons preparados com :1 téc­

nica de Papanicolaou. Finalrnenre, o passo mais difícil foi . sem dúvida.

o da inrerpreração citológica.

Esfregaços obridos direcamence de estômagos normais. escómagos com

t;asrrite, úlceras benignas ou wmorc:s malignos, propici:tr:un sicuações es­

pe:ciais para que nos rornássemos bascanre familiarizados com os aspccros

normais e patológicos da c i rologia gástrica.

O presence rrabalho cem o propósito tlc expor nossa cxperif ncia sô­

bre: a possi bi lidade de rc::onhc:cer células malignas em pacicnres portadores

de b laswmas gásrr icos, pelo exame cicológ ito, c que cal f:tm pode conrri­

buir para o diagnóstico fina l. i\proveicamos a oportunidade par:t manifestar nosso reconheci menro

ao Dr. 1 ilo Pereira Luz, Prof. Paulo ele Q. T. Tibiriç:í, Or. Marcim G.

Graudenz, Dr. Raul Krebs, Dr. Carlos H. \XIall:w, Dr. Gnrki :Nfecking

de Lima, Dr. Jorge Velho, Vr. Narhan Roitman, Dr. Dak ir Duarte,

Dr. Sílvio Eiffler c Dr. Leo W ciss, pela valiosa col:lboraçiío que nos em­

prestaram ncsre trabalho.

Page 8: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico
Page 9: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

HISTóRICO

A primeira referência na lirer:u ura médica com respcito ao diagnós­

tico cirológico do câncer gástrico é devida a Rosenbach 1, em 1882. Pro­

curando deliberad:unemc enconuar célubs cancerosas no suco gásrrico de doentes suspeitos de carcinoma do estômago, teve oporrunidade de en­

conrr:í-las em rrês casos. J aworski 2 em 1886, Ewald a em 1893 e 13oas 1 em I 896. relataram

o achado de células cancerosas no suco gástrico recolhido p~r aspiração

e no material proveniente de vômi ros <.'Sponrâneos. Em 1897, Reincborh 5 relatou o achado de células m:tlignas em cin..:·1

de oito pacientes portadores de carcinoma gástrico que submeteu à lav.1-

gem gástricn.

As possibilidades diagnósticas do suco gástrico foram mmivo de mi­

nuciosa atenção por parre de Schmidt 6 em 1896, concluindo que o exame

citológico em material recolhido do estômago, poderia oferecer c:;celemes

perspectivas par:t o diagnóstico do câncer gásrrico.

Em 1909, Marini 7 apresenrou um eswdo de 37 casos de carci n<)ma gástrico, dos quais 32 foram correramemc diagnosticadcs pele exame das

células a fresco e sem coloração.

Zemanski 8 , em 1928, usando f ixação em formo! e inclusão em pa­

rafina, a partir do suco gástrico, diagnosticou apenas um dos cinco casos

de carcinoma gástrico que eswdou.

T.oeper e Biner 9 , em 19L l , além do inrcrêsse da identificação das

neop lasias malignas pelo exame do suco gástrico, dedicaram panicular

atenção às nlreraçõcs inflamatórias que ocorriam no estômago.

A parti r de 1922, êsse novo aspecro, o da lcucociwse gástrica, !'as­sou a apaixonar os estudiosos. Lideraram essas pesquisas Loeper e Mar­

chall li), ' ' · 12 sendo seguidos por Konjerzny t:t Mouticr H , Westcrmann 1 ~'

e Wesrphal c W eselman w, tendo os úlrimos, em 1939, elaborado récni::a

de conragem dos elementos fi gurados e csrabelecendo fórmulas cirológicas do suco gástrico normal e patológico, funtbmenradas nas variações pet ­

cenruais de leucócitos c células epiteliais. As preocupações quanro à leucopedese g:ísrrica avançaram :ué 1947.

quando Tomenius 17 apresentou exausti va monografia sôbrc a citologia

Page 10: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-lO-

gástrica quamit:triva, na qual salienr::tva a hiperleucocitosc na gasrrite, es­

rcnosc pilórica e úlcera duodenal, em contrasrc cem a normalidade obser­

vada na úlcera g:ístrio.

Em 1942 era ai nda cm pn:g:-.do t> méwdo de Ehrlich pelo qual o material era ex:uninado a f rcsco, n:io corado. Com êstc método, frischman

c Gorin 1 H, em I 942, conseguiram 44,4<;1 de positividaJc p:tra mali)!ni­

dadc em 45 pacientes portadores de c:1rcinoma gást·rico.

O advenw da co lora~ão de Papanicolaou J!t veio proptClar melhores

condições para a pesquisa de células cancerosas. dando marcado impulso à

cirologia do estômago.

Q uatro ancs após, Pap:micolaou ~n apresentou seu primeiro trabalho

com referência !t citologia gástrica, no qual corava pelo prccc:sso de sua

autoria as células do suco gástrico de 9 pacientes, dois dos quais porm­

dorcs de neopl:lsia g:íst rica maligna c que foram corrct:unemc diagnosti­

cados pelo exame: citológico.

Seguiram-se: in{uneros trabalhos visando melhorar as ptrspccrivas do

d iagnóstico cimlógico do câncer gástrico. O aperfciçoamcmo das técnicas

de colheita, desenvolvido nos últimos anos, muito comribuiu para êsse

propôsiw.

Procedemos a uma revisão da lircmrura médica que: nos foi possível

col ig ir, a rcspeiro da citologia g(isrrica c compammos os resu ltados dos

principais rrabalhos que se sucederam à publicação inicial de Papanicolaou.

Apresentamos a seguir uma mbu lação dos resu ltados consignados em

39 publicações, cs quais são expressos segundo os índices percenruais dos

exames citológico, radiológico e gasrroscópico relacionados aos grupos de

pacientes com lesões malign:ts e benignas.

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AUTORES r-.l fTODO

Papanicolaou 2n Aspiração

Papanicolaou e Cooper 2 1 Aspira~<io

r; C ITOLóG ICO r; RADIOLóG ICO I r;. GASTROSC6PICO

ANO PAC. I -, --~--1 I I -, I _ I POS. , SUSP. I NEG. POS. I SUSP. I N~G. Pos. .~~P· .~c,g.1 lns.

1946 r ;\( =- 2 : 10~. 01

o o I =I ----, - I -~- ~ I -I 13 - 7 I () () I I 00 o OI I I I ~ 25 .9 3~.0-,-~.-~-,.---194- r-.1 - T

13 - I l O 0 lUI 91. S I l I _ _ _ _ _____ I - - - - ------ - ------- -- ----

Graham, Ulfeldcr e Grcen ]r. 22 Aspiração

Block. I !:til. Polla r<1 c 13r)•anr :::; 1 Aspiração

Ulfelder, Graham e l\lei~s 2.1

Fremont·Smith. Graham e MciJ:S 2.·,

Lavado

Aspiraçãc

Pollard. Oryanr. Block e Hal l 2fl I Aspiração

Bryanr. Craig e Pollard 2í

Richardson. Qucen c Bishop 28

13otsford e Turker 2!1

Swans, Ragins, Bernstcin e Meyer:IO

Aspiração e Lavado

Parafina

Lavado

Lavado

19tfS

19tf8

191jS

19tf8

1949

19tf9

1949

1950

1950

M - 24 I 62 . 5 o . r . 5 13 - 26 i 3 . R o ' 96 o 2 I I I : I ·- --- __ -_ - - - - --------- - --- --~-- - -M- 40 B - 187

M- !? I B- - _)

M - 65 I B- 128

M - 61 B- 21 7

i\1 - 74 o - 305

M - 27 B- ) I

i\1- ')' - .J

B - Wl

M - 67 B - 99 I

53. 0 12 .0

o 47 .o; 3S .o o I ss.o. 16.0

o o

62 .OI 84 .O, ______ __ ______ ._ , __

80 o o (Í o 61 I ). 31 I I I

3.0 6.0 91.01 : I I I --- - - --- ---------53 .111 o tfG . l I I 2.2 0 I 9-.-

59.0 15.0

o -1 1.0 O ' R5 . 0

36 .0' o 13.0 o

64.0 s~ .o

33 .0 I~'~i---,--,--,----,--,-·

6 . 5 IO.S Sl.9 --- ___ 1 _ _ , ___ 1 __ 1 _ _ , _ _ _ __ , _ _ , __

66 . 7 ' o 3.9 o

33 . 3 96 .1

- - -- ----'----~----'---'---! _ __ --'- - '- --4.01 () ' 26 .0 4 .OI o 96 .0

---'---'--1---~---'--'-- - - '- - '- -44.0 0 I 56.0 lO .0' o 90.0

Page 12: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

AUTORES I M.êTOOO

Panico, Papanicolaou c Coopcr :J I 13:\liio

I ' Seybo lr, Papanícolaou e Coopcr 32 Lavado

-------Imbri,glía, Srcín e Lopusniak aa Lavado

Daíbcr, Etchaverry, Katz e Lavado Guzmán a.s

Daíber, Etchcverry, Karz e Baliio Guzm:in :J l

-·---

Aijian, Browcll :l.; ! Aspiraç:to

W'ollum, Glasscr, Bryanr c I Parafina Pollard :J6

Sicard, Pér icr. G oder c I Balão Besimcnsky :17

T raur, Rosenrhal , Harrison, Farbcr,J Papaína Grirnes 3~

Traut, Rosenrhal, Harrison, Farhcr, J bvado Grirnes :J~

Panico :w B,tliio

ANO

1950

PAC.

~I- l i B - 16

r; CJTOLOGICO r; RADIOLOGICO J r[ GASTROSCÕPICO

--..----1-Po;. lsusp. l Ncg./ lm. ros. I susr. 1 NEG. ~~sTs'usr. 1

NEG.

I I 5) IP ' I I .8 -·' o 12.5 s- .5 - --- ------ ---------- ------- - -----~-- - - --

IH.41 4S.S 10.2 87 .3 1

1951 M- 168 '? OI :>- . o B - ""07 2.5

1951 M- 23 0- "9

87 .o o : 13.o s7.o o u.a1

1

I o. 2 ' o 89. 8 21 . 5 o '5 . 5 I

- --- - - -- ---- ---- --------1951 M - 44

B- 63

1951 M- 18

30 .0 ·l.O 66.0 72 .0 . 15.0 13.01

-6.0 6.0 6 .012.0 o I 5.0 1 95.0 o I 5.:1 95.0 o 5. 0162 .0 133 .0

I I . - - - ------ ------ ----------6-.0 22.0 11.0 -8.0 11 . 0 11.0 M.o 18.0 9.0 9.0

B - 15

1951 M- 15 o- 11 3

1952 M- 91

_u- ~"'4 1 1952 M - (-

13- 12

1ml M- 42 B - 358

o I 20 . 0 SQ.O o 7. 0 93.01 o o 54 .5 145 . 5 - --' - - '-----'--' - - __ , __ 1 _ _ _ _

60.01 o I 40.0 I o o I 00. () I I I I

I I ' 26 . - ~~~ ---.--~----:--,- - ,--

1.21 -.s 91.0 1 • 1 1 ---~--~-----·--·--____ I ___ _

66.61 16.6' 16.6 ' I : i I

_o ,_o ~~-~-· _ _ _ :_ ;_ :_ "'5 .0 1 7 .5 1 17 .5 I ' I ; I 0.8 o , 99.2 • I I I I I

--1952 ~~ - (,0

B- 5tf0

------'- - !- --·- - ·------~--·--' 5·L s' 3 . 6 4 1. 9! 1 • 1 1 1 ;

o.- (l I 99. '\ ! I I I I

------'-- - - - '- -'- - --·--'- - '- -----1952 I ~~ - 10

B- 120 93.0 o I

o .., .o, O IOCl.OI

' I

Page 13: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

AUTORES ~urrooo

Cooper e Papanicolaou 4 11 Balão

Rubin , Masst)', Kirsner. Palmer, 1 Balão e Sronecypher -11 Quimotr.

Chapman, Klopp. Platt -12

8as:o~. Villaça. Teixeira. Faci, c outros 1:1

Lima-1·1

Willmer. Nieburgs c Fuchs -Ir.

Rubin, Klayman. Kirsncr -16

Zamcheck, Grable, Jnnkelson, Sma 11, Longa ri ne 17

Browne, l'"litchcll , Welch e Sorrcll 4 ~

Balão

Aspiração Lavado Balão

Escôva de

I A"' Escóva de Ayrc

Balão c Quimotr.

Lavad<> Esc. Ayre Balão

Escôv~ de Ayrc

Klayman, Massey, Plcticka, Galnm- Quimmrip-bos, Brandborg, Kirsner c I sina Palmcr •19

ANO

1953

1953

1953

I 1954

1954

1955

1955

1955

1955

1955

'

PAC.

M - 51 D- 187

I M - 42 B- 69

.M - t B- 42

~1 - 12 D- 54

M - 5 B- 9

M - 9 D - 45

J\f- 6 B- 5

M - 8 B- 50

M - 17 B- 39

1 M- 75 B- 238

"~ CITOL()G ICO "f, RADIOLóGICO 'X- GASTROSCOPICO

POS. I SUSP. , ~EG. POS. I SUSP. [ NEG. , Pm. S"P·I N<g. '"'

I I 1. I I I 74.5 13. 7 11.: , : I

I 0.5 4.8 94 .,1 : I • -;wJ-o-~~ --~----,----·--

<1.3 0 95. 7 I

o () 100.01 100.0 o I o ~~~·~ _ _ o_ . __ o_ · IO:J.o! ___ l_ l_

66.6 16.6 16.6 o o I 10:1.0 I . .

, __ ! __ ~_, _ _ I_ J_ ,_ I o o . o o I () I 00 . o I o I o ~ l j

o 1 o I 100.0 11.1 o I 88.8 I I 88.3;--o- --~-~-.1 ----~----,.-i-i-

~!_0_1~ __ 1 _ _____ . _1_ 1_

83.3 () 16.6 50.0 1 o 50 .0 25.0' o '75.01 o o IOO.o so.o1 o 1 20.0 so. or o J;o.o

- --- 1-- - -----1--- - '--1- - - -87 . 5 () 12. 5 I I I I I 2 . o o I 9R . o I I I

I I ! I - ---- - ___ , _ _ _ ------ ·--------23 .5 1 35 . 31 41.2 ' 88.41 o I 11. 61 53.1 135.3111.6' o I o 100 .0 28.6 1 o I 7 1.4 14.2142 .9 142.91

- ---'--------- - - '--80.0 O 20.0

1

5R.6 12.0 29.3 55.811.6~ 16. 3 16. 3 1. 7

1 0.4, 97.9 7.7] 32 . 0~ 60.21 4.6,11.6I69.Si l4.0

Page 14: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

AUTORES

- -- ~ -fischman c Tcrzano .;u

Ross e Crozier ;; I

Fischruan, Terzano c Rubens S2

Scybolt c Papanicol:!ou 53

Ross, McGrath, Crozier, Rchart c Middlcton 5-1

Raskin, Kirsner c Palruer :;;;

Pontes 5ti

San Juan úi, 58

I

MtTODO I - --

I Balão

.Escôv:1 de Ayre

Balão

Balão

Lavado Esc. Ayre Balão

Lavado

Lavado Esc. t\ yre B:llão Quimorr.

Quimotrip­sina

I

' I I I I ! I

I !

I I

I I I ! I

I

ANO

1955

956

1956

1957

1958

1951 a 56

1955 a 56

1958

r;õ C ITOLÓGICO % RADIOLóGICO % GASTROSCóPJCO

PAC. POS. I SUSP. I NEG.

- -SUSP. I NEG.

I Susp. l Ne~. 1

lns. POS. Pos.

---- ---

I l ,- ~--~-, -~ - -~~ . M - ~~-~ 7~ . 2 5.5 22.2 72.2 5 . 51 22 . ~ I I 13 - ;)0 ).3 6.6 90.0 0 16 .6 83.) I

M - 5Z B - 53

~I- 16 13- 19

M- 114 13-421

~I- 41 B - 151

~I - 19-B- 778

M- 82 B- 306

l\·f - 19 B - 62

UiQ.0,-0 J-0 -~-~-~-,-~,-ll.-1. :-1 1 o 98. I I

- - '--- ----- ·--- - - - -75.0 6.2 18.8 81.2 6 . 3 12.5

5. 31 10.5 84 .2 o 10.5 89.5 --'--.----~ _ _ __ , _ _ '_ l_ i_

66 .6 J 17 .61 15.8 68.5 : 17 .61 13 .9 I I I o • 3 5 • 2 94 • 5 4 . o R. 0 ss, () j I

--- - - --.- --- ------- ·-----~--~--71 .o 5.0' 24.0 67.5 20. 0 12.5 1

0 . 61 0 .61 91-1. 7 6 .0 18 . 51 75.5 1 ' I I I I I

S:U·--o-7.2 ---.---- --;--;--j- -1 . 31 o 98 . 7 I I

I I I ' I I I 95.1,--o-~---u ---~--,----~--~--,--

o. 6' O I 99. ti I I I I I - -------- ---- ·--- - --__ , __ 1 _ _

63 .21 21. 01 15.8 O 1 O 1 100.0

60.4 15.51

' 22 . 51 12. I 28 . 21 46 .9

I

8 1..1117 .5 1 1. 11 o 3.21 6 . 3175.0115.5

' I I I

----- ------- ---- '---·---- ----- ---- '--- ___ , __ , __ , __ 195S .M- 2tl

B- 58 87.51

2 .9 1

I

o I 12.5 O I 97 .I

I

79. l i 32 .8 1

0 I 20 .9 1 76 .91 0 123 .1 1 0 I 67 .2 9.5' 0 '90.51

I I I I I

PAC. - Número d<: paciente~; M - P.tcicntes com lcsões mali.~.:nas: B - Paciente> l<>nl lesücs hcn i~nas; C ITOLÓGICO - Resultados Jos exames cicoló,~.; icus; RADIOLóGICO - Resultados dos exames raJ i oló,~.;icos; GAST ROSCOPICO - R<:stdtados tios ('xames ~amoscóp i cos: POS. - Positivo; SUSP. - Suspeilo; NEG. - Ncgativo; INS. - lm:nisfmório. Result:tdo> txpresso> em pcrccnt:tgcm.

Page 15: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

rlfJreciafrio dos result11dos

Os resultados dos exames citOlógicos relatados pelas 39 publicações

anteriormente tabuladas. que abrangem o período de 1916 a 1958, fornecem

as seguintes médias percentuais ( Tabela A ) :

TABELA i\

N.'' Posirivo Suspeiro Negarivo

t;ó % t;ó I

?a c e/lesões mali~rM> 1731 63.3 ± 1.1 6 --,3 ± 0,631 29.4 ± 1.09

Pac. e/lesões bcni,l!nas 6347 2,6 ± 0.20 3.1 ± 0.221 94,3 ± 0.29

Tendo ern visra verificar a evolução do mérodo nos (Jirimos anos,

fragmenranaos o coral daquelas publicações em dois períodos: de 1946 a

1952, com 20 publicações, c de 1953 a 1958, com 19 publicações. Com­

paramos os resultados como se segue (Tabelas B c C ) :

TABELA B

Pacicnrcs com lesões g(asrricas malignas:

l N." Je Posirivo pacienrcs ?ó

Suspei to %

Negativo %

19-16- 1952 I 942 49,-1 ± l ,d I I ----- - 1- -

8,9 ± 0,93 -1 1,7 ± 1,61

1953 - 1958 789 79.9 ± 1,-12 5,-f ± 0,77 1-1 ,7 ± 1,27

- ----_,_

l' I 1-1 .11 2,86 13.24

Page 16: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- · 16 -

TABELA C

Pacientes com lesões gástricas benignas:

N.0 ele Positivo Suspeiro Ne,~;a ri vo

pacicmes % % t;f

l9tf6 - 1952 3 73 1 3,6 ± 0,351 <1.3 ± 0,36 92,1 ± O 4'r

1953 - 1958 2 6 16 1.3 ± 0,1-I

1.1 ± 0.20 9-.3 :: 0.2ú I

l ' 5,85 -.co 10.11

Comparando-se os últimos cinco anos com o período amerior, verifi­

camos um progresso na eficácia do mérodo. Assim, observamos um au­

memo do grau de positividade e uma diminuição do grau de negatividadc

e de s1rspeita no grupo de pacientes com lesões gástricas malignas. sendo

a diferença esmrlsticamenre significativa em tôdas as comparações. No grupo de.: pacientes com lesões benignas, verificamos um decréscimo dcs resultados falsos-positivos e falsos-suspeitos com conseqüeme aumento da média de negarividade, havendo também di ferença esrarlsticamenre signi­

fic:ui,·a em rôdas as comparações.

Em jJràgo de t àcnicas de cotbeita isoladas:

Uma vez certificados da melhor eficiência do exame cirológico nos

ídrimos anos, decidimos saber qual dos métodos de colheita rem-st mos­

trado o mais eficienre e se a combi nação dos diferenres processos de co -

lheita no mesmo paciente, aumema a capacidade diagnósrica do m~rodo.

Agrupamos as publicações do 2.0 período ( 1953-1958 ) de acôrdo

com o processo de colheita que foi empregado isoladamente. Scguem-s:­

as méd ins perc(muais enconrradas (Tabelas D, E, F c G ) :

Nesras rabelas, como nas demais, em que usamos o reste de Srudcnt, l - 2.5S indica que a diferença é cstatls ricamentc significariva para P = 0,0 I.

Page 17: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

Pac. c/lc ões malignas

Pac. e/ lesões benignas

P;tc. e/ lesões malig nas

-17 -

TABELA D

Lavado gástrico ( 2 publicações)

N.o Positivo <;é

279 js-.s ± 1,96

1 084 I 1. 1 ± 0. 10

TABELA E

Escôvas ( 4 publ icaçües)

Positivo

I(, IO

Su>peito t;é

o ----

o

Negativo t;é

12,2 ±

198,9 ±

I ,9(·

0.1 0

Suspeito Nc,L!ativo ~( c;c,

- .2 ± 2.851 9.6 ± 3.5~ --------- I s3 I s:u ±

- -- - - --- I Pac. e/lesões benignas 146 n 1 96.() ± 1,49

TABELA F

Químmrípsina ( 2 publicações)

N.o Positivo Su peito Negativo % ,., <;ó r

Pae. e/lesões mali.L:nas 99 S I.S ± 3,RH o I H.2 ± 3,SS

--- l ·-----

296 2,0 ± :l.S I 0.) ± 0.3 11 9i ,": ± o,s-Pac. c/ lcsõe, benignas

TABELA G

Balões (5 publicações) I

N .o Positivo Suspeito I Ne~ativo

% "n I ,., I n

Pac. e/lesões malignas 200 1 69.5 I

± 3,25 14.5 ± 2 49: 16,0 ± 2.59

P:tc e/lesões benignas 699 I

I 0.7 ± 032 5.1 ± o 831 94,2 ± O.St-i

Page 18: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

18 -

A comparação enrre os quatro mérodos, no que se rc.:fcrc aos resu l­

tados positivos, no g rupo de pacicmes com lesões gástr icas malignas, for­

neceu os ~eguimes valores de r ( Tabela H ):

TABELA H

Métodos comparados

Lavado c cscôva 1,01

Lavado e quimotripsi na 1,38

Lavado e balão 1\,82

Escôva e quimorripsina 0,35

Escôva e balão 2,61

Quimorripsina c balão 2,43

Não há d iferença significativa corre os resultados com o uso isolado

do lavado, escôva e quimorripsina. Enrrcranco, houve d iferença esrarisri ­

camenre significativa com o emprêgo do balão que se mostrou inferior

ao lavado e à escôva.

Emprégo de técnictts de colheita associadas:

Com a final idade de verificar se a associação de dois ou mais pro­

cessos foi superior ao uso isolado de um dêles, anal isamos as publicações

do segundo período ( 1953-1 958) , em número de seis e rreze, respecriva­

mcnrc ( Tabelas I e ] ) :

TABELA l

Pacientes com lesões gástricas malignas:

Processo isolado

Processos associado>

N.0 de pac ien(CS

Positivo %

Suspeito Nc)::ativo % %

I 661 I s0,9 ± 1,531 5.3 ± o.fnl 13,8 ±

---1--- --~-1---1,34

1 12S 75,0 :!: J 83 . 6,3 :!: 2 , 1 5 ~ ~---- ----- - - - ,---

1 I I o,43

18.7 :!:: 3c15

1,43 1,32

Page 19: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-19-

TABELA J Pacienres com lesões gástricas benig nas

N.0 de Positi"o Su~peito Ne,t.:ati"o pacientes ('I ,.,

(' ' .r r , rr

2 125 1.3 :i: ().2.-f r.- :i: I

o. r 9-:> ± 0.36

Pro("~>tl< associados I 1.3 ± 0,57'! ____ I ___ _

I o 1 .).5S 1,91

39 1 0.3 ± 0.2:-l 9H..'f :i: 0,63 I

Não h:'1 d i f crença esrausrJcarncnrc s ignificativa c.:nrrc os resulmdos

positivos do grupo de pacicnres com lesões gásrricas malignas. quer em­

pregando um método de colheim isoladamcnre, quer cmprcgando difercnrcs

mérodns associados.

A.t.:r.ld"cemos ao Dr. Edga r Mário \Xta.t.:nc r pcb oricn 1 ~ç:io da .111:ili~e e•ta­IÍSIÍC:I.

Page 20: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

FUNDAMENTOS E DIFICULDADES DA CITOLOGIA GÁSTRICA

1 - FATÓRES DESFAVORÁVEIS lNTRl NSECOS.

I - A d igcstão.

1\s c~lubs que descamam da parede gástrica, ganhando a luz do estÔ·

mago. mi tumm-se com o suco g:ístrico. sofrendo sua influência. Sob um

pH baixo, são submetidas à digestão pelas enzimas proreolíticas. Quando

não são digeridas, como nos casos de acloridria. d:í-se, depois de algum

tc:mpo, a :wtól ise, que cu lmina com a desintegração completa dessas cé­

hdas. A mcrfologia assumida pclas células ern fase de digestão pode

prestar-se :- perigosas inre rprerações.

as fases iniciais de nossos estudos. pr<:cedtmus ~~ digestão experi­

mental de células normais raspadas de estômagos operados, submetendo-as

à ação de suco gtls trico normal. Verificamos emão que as primeiras alre­

raç"f>c:s qut ocorriam ernm a pcrda dos limites celulan:s sc:guida de va<.:uo·

lização cir.,plasm:írica. A stguir sobrevinha crcmat61isc, desaparecimento

do ciroplasma c: desinrc:gração progressiva do m't<.:lto. Alterações seme­

lhantes foram obscn·adas, quando submeríamo~ células do epité lio pavi­

menroso Cl>tratificado da bôca e esôfago, ao conr:no com o mesmo suco.

O rempo de aparecimenro d<:ssas modificações, no <: ntanro, era maior que

com as células colunares do <:srômago.

Cu i dados especiais, porranro, convém sen:rn comados em rdação ?t d igestão celular, dirnir)tdndo ao máximo o rcmpo entre a colheita c a

fixação c: sabendo reconhecer a morfologia enganadora que as células dige­

ridas assumem.

2 - J\ necrose.

O carc inoma medu la r t o sólido, devido !t deficiente nurrição, fàt il­

menre se: ulceram. A nccruse que: sob revém nas ca madas superficiais dos rumores m;tl ig n<.:s, imp:·ssibilim o reconhecimenw dos caracteres de ma­

lignidade das células que são colhidas pelo ex'lrne citológico. R e fl exão

idêmica pode ser tomada em relação aos carcinomas muiro anapl:ísticos.

A opinião da maioria dos autores é que quanro mais avançada c extensa

a lesão maligna, menor sc:r:í sua probabilidade em ser reconhecida cirolo­

g icamcnrc. ~~.ao'' 3Z.

Page 21: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 21-

3 A barreira de muco.

O muco que revesre inceriormeme a parede gástrica desempenha um

dos mais curiosos mecanismos de aurodefcsa orgftnica. t\lém de impedir

que a própria par<.:de g:ísrr ica se exponha :. :tção de sua secreção, a prorege

das agressões mc:C:tnicas. rérmicas ou químicas. Por outro lado, dado seu

alro grau de agregaçãc, a viscosidad<: dificulm o desprendimento das célu­

las qu<: esfoliam além de dificultar consideràvelmeme a confecção dos esfregaços.

Visando contornar essas dificuldades. substâncias mucolíricas rêm sido

empregad:ts, fornecendo resultados mais animadores. As experiências ini­

ciais efewadas com a papaína ::~ .. >!• exigiam uma técn ica de execução

muito complexa. Surgiu então a quirnotripsina ·•• que se mcstrou de

manipulação muito mais s imples. Passou, então, esta última substânc ia

a polarizar a arenç~o dos eswdiosos, sendo as referências na lirer:uur:t, cada vez mais alenrador;~s .lf;, ·lfl . .-•• : . ,-,,, .-.~.

4 - ln;~c:essibilidade da lesão.

É óbvio que os tumores submucosos não poderão fornecer células

que sejam surpreendidas pelos meios usuais de col heira. Tal se passa com as neoplasias gástricas de crescimc::nro inrramural, como os linfornas

e sarcomas. Execro por oc:asião de ulce.:ração, não poderão ser diagnosti­

cados c irologicamenre. Por outro lado, rem c:onstiruíclo ponto pacífic:o na

lirerarura, o fato de que o carcinoma esquirruso do estômago é o qm:

rem menor probabilidade de ser rec:onhe.:cido pelo exame cirológico, em

contraste com o adcnocarc:inoma :l:!.

A localização da lesão suspeita constiwi, rarnbém, um problema qu::

deverá ser contornado. Assim, as lesões luc:alizadas no fórnice gástrico

serão inacessíveis à escôva, e outros métodos de colheita, por isso, devc.:rão

ser preferidos. Faro idêntico ocorre com as lesões de localização anrral,

pois que, dada a rigidez re lativa do instrumento, nem sem pre êsre sc·r:í le\'ado à zona visada.

5 - Resíduos alimenrares.

Os resíduos alimencares, bem como restos de bário que podem ficar

retidos após exame radiológico, constiruem sério obstáculo :t pesquisa

citológica.

Page 22: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

22

Além de dificult:-tr mecânicameme a obtenção de células gástricas. o

mater ial amorfo nos esfregaços pode ser de ml monta que cria sérios

embaraços ao reconhecimento celular.

Em vism d isso, tôdas as precauções deverão ser rom:tdas no sentido

de limpar ao m{tx imo D imerior do estômago, anres que a colheita cito­

lógica se j,t praticada, redobrando-se os esforços quando houver reter:ção

g:ístrica por esrenosc pilórica. Nestes casos, a lavagem gástr ica abundante

se rá feira uma ou mais vêzes, no d ia que antecede o exame c irológico e

deverá ser repetida imediatamente ances da colheita.

6 Sangramenro.

Pc:las mesmas razões exposras a respeiro dos resíduos a limenra res.

os sangramenros copiosos contribuem para dificultar :1 colhe ita e a imer­

pretação do exame ciwlógico. Também aqui a limpeza prévia do estô­

mago será uma medida vanrajcsa. Precauções mais rigorosas deverão ser

remadas por ocasião do manuseio do instrumemal. p:~ra que o processo

hemnrrági<.:o não venha a se tornar sér io.

Ctbe realçar que pequenas hemorragias são freqüentemente observadas

com o us.> da cscôva e do baliío, mas não representam, na prática. um

per igo ponderável. Não conhecemos caso publ icado em que êsses proce­

d imemos ocasionassem morre ou cirurgia de urgência.

11 - f- r\TÔRES DESFAVORA VEIS EXTR1NSECOS.

I - Impropriedade da colhe i r:~.

A demora no manuseio do mater ial consrirui um dos farôres que con­

tribuem mais marcadamente para o fracasso do mérodo. t\ influência da

d igestão j:l fui assinalada. Queremcs ressaltar, :~ i nda, o faro de qLJe a

d igestão inic iada na c:tvidade gástr ica , conrinua se pro<.:essando mesmo

após o material j:í ter g:tnho o ex~er i or c só cessará por efeito da fixação.

Urge pois, perder o mínimo de tempo enrre a colheita e a fixação.

Desde que o resíduo gástr ico contr ibui dcsfavoràvelmente para a

efi c iência do mérodo, um mau esvaziamentO ou uma defi c ienrc limpeza

do estômago acarrerarão resultados imperfeirus.

A contaminação excessiva de saliva condiciona, a lém da d iluição do

marerial, t:m aumcmo da quantidade do muco, cujos inconvenientes p foram mencionados e um exagerado número de células do epitélio bucal.

Page 23: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 23

2 - Dcssccamenro do material.

t\ permanência das células na lâmina em que sejam fixadas ocasion.1

diswrções celulares que resultarão em difícil interpretação c freqüente·

mente ser.i<; confundidas com células p:nológicas. O marerial deve ser

imergido na solução fixadora tão pronto se_ja confeccionado o esfregaço.

Fato semelhante ccorre quando o frasco que contém as lâminas e a

solução fixadora (álcool-éter ), não esr:í devid:unenrc fech:tdo, permitindo

que a solt1ção fixadora se evapore.

3 - Reduzido número de lâminas.

Um redt1zido número de esfregaços pode dar uma visão mu iro cir·

cu nscrira da parologi:1 cel ular.

Lopes Pontes, em sua Tese :~li, fêz um meticu loso cstudo a respeito do númcrc> satisfatório Jc lâminas a ser feiro para um c.:x:~me em bcas

condiçt>cs. Em seus doenres suspeitos de câ ncer execurou, em média, 27

csfrcgaços c pareceu-lhe que, pelo menos, 20 lâm inas deveriam ser fe itas

em cada C:ISO, para oferecer suficiente segurança diagnósrica. dado que.

mesmo com as mais atentas precauções, de um rêrço à metade das pre­

paraçóes apresenram-se inadequadas à investigação microscôpica.

1 - Observação microscópica apressada.

O ciwlogista que se comenr:t com a observação de .1penas algun~ c.unpos do csfregaço. incorrerá faralmenre em resultados falhos.

O di<'.gnósrico ciwlógico do câncer é um processo que requer do

técnicc, uma paciênci:t e uma ded icação rôda cspt-cial para <1uc su:t cfi·

ciênci.t seja elevada :to mais alro nÍvel.

Dado o faro de que as células cancerosas, que habirua lmenre ocorrem

nos esfregaços, são de escasso número, cabe ao cirologisra percorre:r com

mcriculosidade todos os cam pos da lâmina. N ão sú rôdas as lâm inas elevem

ser vistas, como rambém rodos os ca mpos devem scr exa usrivarnenrc ins­

pecionados.

Vin de regra o técnico se decém cerca de rr int :l m inutos no examc

de cada lâmina. À med ida que a experiência :tumenra, menor rempo é d ispend ido. Um mínimo de 10 a 15 minuros sempre é necessário p:~ra

uma revisão sisremárica da lâmina.

t\ má observação microscópica é um dos farôrcs que mais conrribui

para o :tchado de rcsulrados falsos -negativos.

Page 24: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-24-

lll - FATORES FAVORAVEIS.

- A csfoliação espontânea.

O esrômago em condições normais descama uma quantidade muito

pequena de células epiteliais. Tem s ido demonstrado que quando um

processo ma ligno se desenvolve cm seu epitélio, a csfol iação é consider?t­

,·clmcnre aumemada.

Firor c Gey r.o estudando a transformação maligna de células fibo­

blásticas d :.! r:ttos, observaram que um dos car:tcrerísticos de precoce a p:t­

rccimenro er:~ a perda de mútua coesão entre :ts célul:~s . Rubin. Palmer

e Kirsnc:r 101 afirm:1111 que essa seria :1 razão pela qual a esfnliação :tumen­

tada é obst:rvada em lesões malignas, enq uanto que é verif icada, em

menor grau, no epitélio norma l.

N os carcinomas epidermóides e adcnocarci nomas, Coman c.z consracou

também menor capacidade adesiva das células, em confronro com elemen­

tOS do cpirélio humano normal.

Lcmon c Byrnes r;:; responsabilizam ao ri rmo acelerado de crcscimt:nro

blasromaroso, pelo faro de pequenos tumores libertarem elementOs epi­

tel iais em abundância desproporcionada ao seu tamanho ou supt.:rfície c. quase sempre, em quanridade muico maior qut.: a observada no revcsti­

menro mucoso sadio.

Anon itô auibui à deficiência em cálcio das células malignas, a cap.l­

::idade de St.: separarem, umas elas uurras. mais r:tpidamcmc quc as células

epiteliais normais.

Graças a êsses faros rc lamdos, repousa nn c iw logia gástrica a grande

esperança da solução do problema do diagnósrico precoce do câncer do

estômago.

lníum·ras têm sido as rderéncias ele diagnóstico precoce do ci'tncer

gástrico pelo exame cirológico. Papnnicolnou c Cooper:! 1 reconlwcc:ram

células malignas em caso de.: úlcera g:ístrica no qual o escudo hisro­

p:uológico revelou um pequeno câncer em um dos quadrantes da úlcera.

Caso idêntico foi apresentado por G raham, U lfddcr c G reen :!2, no qual

uma restrita :írea de carc inoma pré-invasor foi reconhecida na periferia

.ie uma úlcera gástrica, diagnosticada como maligna, pelo exame cirológico.

Importante publicação foi apresentada por Panico •>~; :1 n:speiro dos

c ritérios citológicos do câncer gástrico, onde o auror faz referência a três

fases de crescimento do carcinoma gástrico:

Page 25: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-25

I: fase - esfoliação aumentada:

" As células de revesti menta do i nrcrior do csrómago, rendo seu poder

de multiplicação aumentado, não possuindo espaço sufic iente para :tco·

modação, a lcançam, por uma via de menor res ist&ncia, a luz do estômago

e assim esiol iam por tôda a superfície da :wna de rr;~nsfmmação maligna.

Essas células imaturas são indiferenciadas c: apresentam a nnior parte dos

critérios de malignidade.

1: f:tse - invasão local:

.. Prccessa-se quando o grau de irw:~são sobrepõe-se ac de dcsctnnção.

As células que se infiltram e wmam os tecidos normais, não esfoi ianclo,

têm oportu nidade de maior maturação.

).' fase - crescimento inrnunura l:

''Quando as células chegam ?ls c:tmadas mais profundas, sua prolife­

ração fica cl<:pc:ndc:nre dos mecanismos de mivid:tde muscular inrramural.

Aí a vascularização assume papel muiro importante pois é o que vai asse­

gurar a nutrição dessas células. Quando se restringe o forne:cimcnro vas­

cular, surgem crescimentos anapl:ísticos, ulcerações e as células malignas

podem alcançar a luz gástrica arra v és da ulceração.''

2 - A esfoliação provocada.

Se a descamação espontânea é capaz de oferecer suficienre qu:111cidadc

de ~.:é l u las, lógico é de pensar que a indução da esfoliação, quer por meios

mecânicos, quer por meios químicos, proporcionar:í um aumento da quan­

t idade celular, contribuindo, desta forma, para a melhor eficiência do

mérodo. Por ourro lado, a esfoliação provocada pode ser praricada por

meio de instrumentos especiais que descreveremos mais adiante, em zonas

restritas c anteci padamenre selecionadas pelas informações radiológicas ou

gasrroscópicas.

Page 26: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

M ÉTODOS DE COLHEITA

1 - ASPIRAÇÃO 00 IJQULDO GASTRICO EM .JEJ UM.

As primeiras remarivas da nova fase da cirologia gásrrica foram rea­

~.i_zadas a partir do suco gásrrico aspirado em jejum :.!'1 :! I .:!:.! . :.!:l. :!: •. :!•ô. :!~

·~·· Papanicolaou e Coopcr:.! 1 aconselhavam o uso, para êsse fim, de sond:~

de Levin, com a qual se esvaziava o estômago em jejum. Ourros amores.

como Plan íl 7, preferiam usar sondas mais g rossas, com um ccnrímerro

de lt'1111en.

Tôda a quanridade do líquido aspirado era cenrrifugada. por cêrca

de 20 minutos, como tal, ou adicionada de partes ig uais de álcool etílico

a 95 ?f :n . Sem perda de tempo, os esfreg:~ços, em número médio de seis.

eram fci ros do material sedimentado por cenrrifugação.

i:sse procedimento foi muito empregado até cêrca do ano de 1950,

quando o lav:~do gástrico c o advcnro dos meios de csfo liação provocada

começaram a desperrar maior atenção da pane dos cirologisras.

li - LAVADO GÁSTRICO.

A lavagem do esrómago foi c continua sendo o mérodo de eleição

do l.aborarório do Vinccnr Memorial Hospit:~I H~.

Ulfelder, Grahan1 c Meigs '.! 1 têm empregado na lavagem gástrica.

a sonda de Levin n.0 14, na qual fazem vários orifícios adicionais ao j:í

exisrenre, na extremidade d istai da sonda. Com isso advogam conseguir

uma lavagem mais efi c icme. Vários líquidos for.1m empregados na lavagem do estômago, com o

fim de te~rar qual seria capaz de aumentar a quantidade de células esfo­

liaclas. Com essa finalidade, foram usada.s a :ígua, o sôro fisiológico. :\ solu­

ção de bicarbonaro a 1,3 % e a solução de Ringer :12•

Entre as substâncias irritantes, foram experimentadas a solução alco­

ól ica, a suspensão oleosa, bem como a injeção parenrcml de histamina :! 1•

H ollander, H ess e Sober íl!l esrudaram a ação irritante do eugcnol a 2 c-;

Page 27: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-27

sôbrc a csfoliação g:1scrica c Campbell e G rimm 7u verif icaram semelhante

a~·ão empregando a refeição de prova de Ewald e solução alcoólica.

Com ex<.:eção da solução de Ringcr e do sôro fisiológico, nenhuma

das dcmai$ subsrâncins é empregada rOtincirameme na lavagem do esrÔ·

mago. com o fim de recolher células para o exame.

A cécnica do l:w:1do gáscri<.:o mais freqüenrernenre empregada é des­

c rita, no rexco de N ieburgs ' 1, do segui nte modo :

.. A sond:t de l.evin é introduzida pc:lo nariz de maneira usual ar~

75 cenrimcrros. O pacienre é solicicado a romar :tlguns gol<:s de :ígua para

facilita r :1 p rogressão da sonda. O esrôm:tgo é enrão evacuado canto quanro

possível e êsse maceria l consritui o primeiro espécime. Depois da intro­

dução de I 00 ml de sôro fisiológico, o cubo é fechado c o pacient<: é

sol icirado a passar por côdas as posições, qua is sej :~ m decC.biro breral

d ireito c c~querdo. dccC.biro dorsal e ventr:-~ 1 , senr:~r ou andar :~lguns p:1ssos.

t\ solu~·ão salina é p.trcialmc:me :1spirad:1 e rcinj<:rada várias vêzes. <:n­

quanro o pa<.:ic:nre passa pelos v;Ír ios dcct'tb iros. Finalmente o esrômago

i: c:svaziadt:. Os líquidos aspirados devem ser imediaramenrc m iswrados

<.:om p:mt-; iguais de álcool er ilico a 95"( , sendo colerados em rubos ~elados que atenuam a digesc:io. São enviados prontamente :10 laboratório

onde são cenrr ifugados duranrc 20 mi nuros em uma velocidade de 2 000

rmações por mi nuro. O líquido sobrenadam e é desprezado <: os esfregaços

s:io preparados, sem perda de tempo. do scdimenm, :~pós o que são mcr­

g ul hados na solução fixadora <.:on$ti ru ida por pam:s iguais de: :ílcool erí l i co a 95 r;. c úer:·

Papanicol:tou ~~ desa<.:onsclha a inrrodução da sonda pelo nariz, devido

a conramin:u,:ão de células dn nasofar ingc, cuja caracre ri za~·ão, às vêzcs, é difí<.:il. O pacie1Hc deve guardar jejum por 8 horas anrcs da prO\'a.

111 INCLUSÃO EM PARAFINA.

Os hiswparologisras, via de rc:gra, estão h:-tbiru:~dos com o ex:tmc de m:uc:ria! conct:nrr:tdo em :írc:1 res rrira da lâmi na, maneirn pela qu:1l se

aprescnram os corres histológicos incluídos em parafina.

Um dcs cbst:írulos maiores a que os récnicos treinados em hisropa­

tologia se ded iquem :10 escudo <.: irológim. deve-se ao faro de que os es fre­

gaços se .1presenmrn sob forma difereme que: os cortc:s hisrológicos. O:~do

que o marerial cirológico é espalhado sôbre rôda a lâmin:~, mais tempo

é dispendido não s<'> em percorrer rodos os campos da lâmin:~, como em

Page 28: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-28 -

;e dercndo nos grupamentos celulares, em geral disposros em vitr ios planos

e que devem ser examinados com máxima caurela.

Visando contornar essa dificuldade, Richardson, Queen c 13ishop :!'

propuseram que o material ciro!ógico existente no líquido de aspiração

>imples do estômago c o de lavagem, fôsse fixado pelo formo!, precipi­

rado pelo :ícido pícrico, incluído em parafina e manipulado como material

hismlógico. 'Wollum, Glasscr, Bryar.r c Pollard :~u preferiram, à precipi­

ração pelo ácido pícrico, cenrrifugar os espécimes c precipitar o muco

pelo (tlcool edlico a 95<'f, quando aquéle esrivesse presenrc <.-m grande

quantidade.

Usando a inclusão em parafina de materi:ll obtido por lavagem do

tsrômago com sôro fisiológico, Richardson i :l apresenra excclenrcs exem·

pios de fwgmenros de recido de varies casos, sendo possível, por êles,

Jiagnosricar gast rite aguda, gasrrirc :urófi ca, ulceração gásrrica e carcinom .t

gásrrico. Sãc verdadeiras biópsias c o escudo é denominado. pelo autor,

Je cito-histológico.

IV - BALÃO ABRASIVO GÃSTlUCO DE PAN ICO, PAPANICO· LAOU E COOPER.

O insrrumenro é assim descrim pelos scus autores a i :

.. Censisre em uma sor~da de dupla luz, tipo Miller-Abmt n." 16, com

.:omprimenro de I 00 cenrímetros <.- marcada aos 45, 60 e 75 cemímetros.

Um dos lumens, chamado aspirador, é concrado proximalmentc a uma

seringa e dismlmenre a uma oliva metálica. O ou tro. denominado agirador.

caneta-se de um lado a uma péra insufladora e de oUtro a um b:tliio insu­

flável. Na extremidade d istai, do lado do agirador, são feiros orif ícios de

.) mm de diâmcrro para permitir a passagem de ar. O balão é constituído

de um condom aberro em ambas as extremidades, as r1uais são arada.;

à sonda, deixando enrre elas um espaço de 8 em. Quando o bnliio é insu­

flado, sua capacidade deve ser de 175 ccnrímerros cúbicos e medir I O cem ímetros de comprimento por 5 de largura.

A superfície externa do balão adapra-sc uma rêdc de sêda com cérca

de 250 nós, separados um do omro por cêrca de 3 mm, com pontas dc

2 mm de comprimento, e dispostOs rcgularmcnre.

Procedimenro - O preparo do paciente é muitO imporrantc. O es­

rômago deve csmr limpo c vazio ames da insuflação do balão. Arenção

mais rigorosa deve ser dirigida aos estômagos rerencionisras. Aconselha-s<:

Jiera líquida um dia ames da prova.

Page 29: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-29-

Tôdas as dentaduras s:io removidas c o paciente lava a sua bôca. O balão vazirJ é molhado em solução Ringer c passado omlmcnrc por meio do :wxílio de alguns goles da mesma solução. Pequeno desconfóno e

experimentado qu:tndo o aparelho ganha a faringe posterior. Anestesia local pode: ser empregada. Uma vez passada a epiglore, o instrumento

nvnnça fàcilmenre ao estômago, à medida que o pacienre deglute. Quando a sonda esrá a 60 em da arca dcnrária, rodo o resíduo í: as·

pirado c desprezado. O esrômago é lavado com solução Ringer ar~ qllt: o líquido aspirado sa ia limpo. O balão {: enrão insuflado com 75 a I 00

cenrímerros cúbicos de ar. A posição apropriada do balão é apreciada. rracicnando-se suavemente a sonda até que o balão roque na c:lrdia, o qut provoc:t algumas arcndas de vômito; assim o conrrôle fluoroscópico mrna­

se desnecessário.

O cx :~me fluoroscópico revela que a insuflação moderada distcnde o

estômago vazio, basrame para excitar sua morilidadc. Esr.1 perisralsc rea­tiva, acrcsctnrada de manipulação suave da sonda, transfere o balão abra­sivo d:t cárdia ao piloro. A êsre nível o ba lão é desinsuflado para que

possa penetrar no c.111al anrral. Insuflação tenra faz com que o balão

retroceda da região pilórica par:t o amro, c daí é tracionado até a cárdia. brc prOCf·dimcnro é repetido ci nco ou mais vêzes duranre o espaço de

rempc de uma hora. de sorte que as malhas da rêde possam cnrrar em comaco com a mucosa gástrica inreira. Sução contínua suave prevint acu ­

mulação de suco gástrico que interfere com o conraro do instrumento. O paciente deve expectorar e salivar à parte. Após essas manobras o balão

é desinsuflado e o instrumento reti rado.

Qualquer fragmenro aderente às malhas da rêde é transferido, por

meio de uma pinça, p:tra uma lâm ina de vidro e alguns esfregaços são feiras a p:trtir dêsse fragmento, sendo imediatamente mergulhados na so­

lução fix<! dcra ( álccol-éter). A segui r, o balão é lavado em solução Ringer.

a gml é cemrifugada a 1 500 rotações por miemo, por 30 minuros, bem come o líquido de lavagem gástrica é misturado com partes iguais de úlcool

95 1/f c submetido à mesma cenrrifugação. O líquido sobrenadanre é des­

prez:ldo c o sedimenro coberro por álcool a 959t , daí sendo feitos os

csfregaços. prcmamcnre fixados tm álcool-éter. O insrrumemo deve ser lavado com água e sabão, deixado por 30 minuros em cloridrato de ben­zalkonium a 1 por 1 000 c depois deixado a secar."

A técnica original. bem como a própria construção do instrumento têm sido modificadas pelos seus amores.

Page 30: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-30 -

Panico 71 propôs que a superfície exterior do balão fósse cobena

por 75 a LOO pequenos fragmemos arredondados, de cêrca de 3 mm de

d iâmetro de esponja de " lacex", aderidos :1 superfície do ba lão por c imenco

próprio para borracha.

A construção do instrumenro foi simplificada por Cooper 111 , que

!>ugeriu o uso de uma rêdc de largas malhas, como envoltório do balão.

Papanicolaou, em seu Atlas 7 ~, refere três tipos de preparações a parrir

do mareria! obrido pela técnica do balão :1brasivo gástrico: I ) qualquer

fragrnenro aderente ao balão é esfregado em lâminas qu<: estão previa­

menre cobenas de delgada camada de albumina. sendo em seguida fixadas

em álcool-éter. 2) O balãG é: lavado em 200 ml de solução Ringer misna­

rada com :ilcool 80'){ em partes iguais. Cêrca de I O goms de albumina

de Mayer são :~crescencad:~s a êsse líquido que sofr<: então centr ifugação

a l 500 rotações por minuw, durante 30 minurus. Os csfregaçcs são pre­

parados do sed imento. 3) As aspirações realizadas dur:mrc as mancbr:~s

com o balão no interior do estômago. são cencrifugadas nas mesmas con­

d ições já referidas e os es fregaços são feitOs do sedimenw. Adverte o

aiiCor que o espécime mais geralmente usado para propósiros d iagnósticos

é o lavado do balão.

V - BALÃO ABRASIVO ANTRAL DE RUBir E COL.

A d ificuldade do balão abrasivo gástrico de Panico, Papanicolaou <:

Cooper em nringir o antro gástrico, sede da grnnde maiori:t das lesões

malignas. 1nccncivou Rubin c col. ·11 a criarem uma modificação no ins­

rrumenro origi nal, que melhor possibilitaria a esfoliação abrasiva do anrro.

Tal mod ificação consistiu em uma adição, na extremidade distai do

balão, de um pêso de m<.:rcúrio. Graças à ação da grav idade, não neces­

sitando que se faça a pcrisralse, o inscrumenco é dirigido ao anrro pilórico,

onde, por manobras de insuflação c desinsuflação, procede-se à abras1io

da mucosa gástrica dessa região. Além disso, a passagem do instrumento

pela faringe c esôfago é grandemenre facil itada por fss<: dispositivo. t\

manipulação poster ior elo instrumento e o preparo das lâmi nas são idên­

ticos aos já descritos a rcspeiro do balão abrasivo gástrico.

VI- ESCOVA GÁSTRiCA ROTATÓRIA DE AYRE E OREN.

Um método de rápida c simples execução foi proposro, em 1953. por

t\yre e Oren 77 . O instrum<:nm ide:~do para ral fim é: apresentado Jo

segui me modo:

Page 31: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 31-

.. A extremidade d istai do instrumento consiste em uma proteção me­

tál ica, dentro da qual estão duas cscôv:ts acol:tdas. Quando posms para

fora, :ts escôv:ts se separam por meio de uma delgada mola. Quando as escôvas são tmcionadas para denrro d:t proreção, elas se aproximam c o m:tteria l t;elular é então, protegido pelo revestimento metálico durante sua retirad:t. As escôvas estão adaptadas a um cabo de arame em espiral que passa pelo imerior de um rubo semiflexível, fciro de polietileno.

A extremidade proximal do insrrumenro consiste em um wbo de

aço conctado de: um lado ao cabo de arame <: de outro a um dispositivo circular que: permite a roração do referido cabo c, por consegu inte, a roração das escôvas. Ainda por meio dêssc mecanismo as cscôvas poderão ser projetadas para fora de sua proteção, bem como tracionadas pam o

seu interior. O dispositivo rorarório proximal , sendo ôco, permite que, pelo seu inrerior seja feira aspiração gástrica, que poderá oferecer materi:~ l

aproveidvel para pesquisa de células cancerosas.

Técn ica - O único rcquisiro para a inrrodução do insrrumenro no estômago é o jejum. A distância aproximada até o piloro é marcada no instrumento. c a extremidade mct:llica é guiada, através do dedo indicador,

pela base da língua, em direção à f:tringe. Um:t vez vencid:t a faringe. a introdução rorna-se fácil, pois dada a su:t consistência. o tubo rende a

segu ir a direção do esôfago c estômago, indo auromàticamenre ao piloro. O tubo não é regurgitado como aconrccc frcqlienremente com sondas mais

fl exíveis. Uma vez na região pilórica, as cscôvas são afl oradas por suave

pressão do dispositivo rotatório proxim:tl. Quando as escôvas j:í se encon­

tram no exterior do revestimenro, êsre é: retirado :tlguns centímetros <:

movimentos de rotação são aplicados às cscôvas, por meio do referido

dispositivo romrório. À medida que a romção se processa, o insrrumemo é gradualmente movimentado desde a região pilórica até a c:írdia. A êste

nível, as escôvas são tracionadas para o interior da proteção, anres que

o inscrumenro seja retirado do estômago. Os csfrcg:~ços são imcdiaramcnrc prepar:tdos do seguinte modo: As cscôvas abertas repousam em uma Ja. mina, enquanto outra lâm ina, pelo seu bordo, aplica uma pressão desde a base da cscôva :tré a sua cxtrcmicl:tde. O m:tterial assim despreendido é tr:tnsferido p:tra q uatro lâminas, esp:tlhando-se, de maneira apropri:tda, em

cada um:t del:ts. Segue-se fixação imcdiam em :ílcool-érer.

Os pêlos d:ts cscôvas, sendo feiros de cerdas de porco, dicoromizadas

na extremidade discai, permitem que as célul:ts c :ts secreções permaneçam

mais fi rmemenre aderidas a si."

Page 32: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

32-

V á rio~ :-tutores ·17· 1"'· .; 1• r. 1 rêm apresentado trabalhos com referência

ao empr::go lb escôva de Ayre e Oren. Seus resultados .iá foram mencio­

nados. Freqii<.ntememe os pêlos das esCÔ\'as apresentam-se tintos de sangue

quando são retirados. l::sse faro não costuma causar preocupação séria e

observaçõt:s gasrroscópicas repetidas após o uso do instrumento revelaram

não serem de monta as alterações provocadas pelo traumatismo do instru­

menn· 17• "·

N o entanro, existem afecções que comra-indicam de maneira formal

o uso d(ssc instrumento qual seja a presença de varizes esofágicas, csrcnosc

esofágica ou da cárdia, hérnia do biaro esofágico <: doença cardíaca muiro

grave:. O teste não deve: ser feito na prescnça de sangramento g:ís tr ico

copiost· .-o~ . 77.

VIl - E 'C:OV A ABRA IVA GÁSTRICA DE "NY!.ON" DE

IEI3URGS.

Visando um aperfeiçoamento do mérodo anterior, Nieburgs 71 cons­

truiu urn instrumenro cujo funcionamento mecânico é idtntico ao anccrior,

apenas que :ts escôvas são consti tuídas por fios de "nylon" de d iversos

calibres, di~posros em forma de U, cuja convcx idade é exterior. No ins­

trumento de sua criação, ieburgs suprime a proreção mer:ílica da exrre­

midadc distai, fazendo com que as escôvas sejam guarnecidas pelo próprio

tubo de polierileno.

A técuica de execução, as precauções e comra-ind icações são as m<:s­

mas j;Í descritas em relação ao insrrumenro de 1\ yre e Oren.

O mesmo autor da cscôva abrasiva gástrica de "nylon" 71 ad icionou

a êssc instrumcnro um dispositivo que permire obter biopsias gástricas sob contrôlc fluoroscópico.

Uma mc;dificação dos instrumentos de: Ayre-Oren e Nicburgs con­

siste na adaptação de um fio que permite uma melhor flexão c um:1

progressão s istemática das escôvas :1 região pilórica "7.

Vlll - INSTRUMENTO DE HENNING E \XI ITTE ( "7.ELLTUPFSONDE")

t?.ste múodo tem sido estudado exclusivamente por seus aurores, Hen­

ning e \X/ieee 7" . Referem ser menos traumatizanrc que a escôva e de exe­

cução mais rúpida que o balão.

Page 33: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-33-

"Em princípio consta o instrumento de uma esponja de borracha.

ndaptada a um cabo de arame que passa pelo interior de um tubo de

borracha flexível. Existem duas modificaçõc'S dtsse instrumento. O pri­

meiro modêlo é uma sonda grossa e mole que cont6n uma esponja de

borracha adaptada na extremidade de um cabo de arame. A extremidade

distai do tubo é fechada por uma capa de cc:lofane, ligeir:unemc amarrada

à borr:tcha. Uma vez no inrcrior do estômago, o cabt> de arame é impul­

sionado para fora do revestimento e a esponja rompe a capa do celofane.

1\ c.-sponja, com sua superfície absorvente. pode enrão ser passada várias

vêzcs sóbrc a mucosa gástrica a qualquer nível dcsejado. A calibração da

sonda em cencímetros permite avaliar a posição do instrumento. A es­

ponja é tracionada para o interior do insrrumenro :~nrcs que êsre seja

removido, evirando-se assim sua contam inação com células de outras ~ reas.

Após a retirada do insrrumenro, a esponja é lavada com sôro f is iológico.

o qual é centrifugado. O segundo modêlo é uma modificação do insrru­

menro para biopsia gástrica por sucção, no qual :1 faca de biopsia é subs­

ti t uíd:~ por urna esponja de borracha, e :1 prorc.-ção rnct:ílica d ist:ll por

11m curto rubo de borracha, para dentro do qual a esponja possa sc:r tra­cionada."

IX - ESPONJA ntóPSJA.

ldead·a c fabricada por Gladswne 7!', a esponja biúps i:-t não cem en­

contr:-tdo repercussão na literarura.

Su:-t fabricação f: relativamente fácil , consiscindo de 12 a 15 pequenos

fr:tgmenros de esponja sinrética de celulose, medindo I por 0,5 c por 0,5

cenrímerros. São amarrados, com intervalos de 2,5 cenrímctros, ao longo

de: 11111 fio de sêda o qual é firmemente arado em espiral, em volr:-t d:t

parte.- inicial de uma sonda de Lcvin, em um percurso de 30 centímetros.

i\s extremidades dos fios são fixadas à sonda :ttravés de finos orifícios

c:xccutados nesra últ ima.

i\ técnica {: de realização rápida. o paciente guarda jejum por cerca

dc 15 horas antes d:-t prova. O instrumento é imerg ido em :íg11a fria t

passado oralmente até o estômago. A inrrodução de 75 cenrímcrros sed

Slafi c icncc. Uma vez no estômago, o paciente passa por v:írias posições,

de ral mocio a permitir que as esponjas entrem em contaro com rôda a mu­

cosa gástrica, tanto quanto possível. Simulráneamencc: fazem-se massagens

no cpig~scrio do pacienrc, com o fim de coroar ainda mais íntimo o con­

raco do insrrumcnro. A seguir, o paciente :~ssume a posição sentada. O

Page 34: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

34-

.,uco g:ísrrico é :~spirado por sering:t. Rerir:t-sc o insrrumcnro e separam-se

:ts e-sponjas com o fio de sêda, bem como rodo material porvcnrura :~de­

reme. T odo êsse conjuntO assim desr:tcado, é fixado pelo formal a L0 '7f .

Deve-se perder o mín imo de rcmpo possível com essa m:~nobr:t. Posrc­riormenre ?! fixação. rodo o material, bem como as esponj:~s serão embe­

bidos em parafina e m:~nipubdos como mareri:tl histoló.gico.

X- PAPAINA.

Foi a papa ína. :1 primeira substância rnucolít ica que teve acciração

como mérodo de diagnóstico em cirologia gásrrica. Su:ts propriedades e

seu emprêgo foram muiro bem desenvolvidos por Roscnrh:tl c T raut ::..;. ~~~.

O último :tperfeiçoamenro técnico é descri to no Arlas de Papanicobou ;~ .

~egundo comunicação pesso:tl dos aurorcs do método.

"Marerial:

LI Solução r:~mpão : í: um fosfaro isorônico com p H em rôrno de 73 ;

serv·~ p:tra prevenir a digesrão ácida das células libcrradas de seu

envol tório mucoso e ai nda previne a inarivação da papaína ( em pH

de 4,5). T oma-se 750 g de fosfaro k ido dissódico c 0,4 mols de

:ícido clorídrico que são acrescenr:tdos em 400 m l de :ígua desri lad:t. lJ Papaína em pó CDifco) .

. ~) Hidrocloridraro de c isteín:t.

4 J f.iq11 i d i ficador.

5) Charco! mivado.

61 f unil grande.

7 J Papel de filtro ( Wharm.1n n.u 2) . 8) Sondas gitsrr icns.

9 J Sering:~s.

I O) Culcuras de louconosmc mescnrcróidcs em ca ldo nurrtrl\·o com su­

crose, feito com concentração a I 0"f . l i > Centrífug:t e acessórios para rubos de grande capacidade (250ml).

Cu lru ras de leuconosroc- Após remar muiros agcnres, a culrura em

caldo nurririvo de leuconosroc mesenreróides, um saprófira rnucoprodutor,

foi cida como ideal p:tr:J resrau rar a adcsividade ?ts células de revesrimcnw

que perderam sua camada de muco.

Tub03 de I O ml cada, de caldo com sucrosc em concentração a 1 0"i ão inoculados e o c rescimcnro se processa it ccmpcrarum do ambiente.

Os mbos podem ser guardados indcfinid:tmente e us:tdos quando neccs-

Page 35: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 35-

s:írio. Constarou-sc que o material não prejudica a fixação ou coloração

c o meio não se cora. Os microrganismos não obscurecem as células.

Soluç:io de papaína - Deve ser preparada fresca ou conservada •~o

refrigerador por 24 a 72 horas. Para conservação mais lon,ga deve ser

esterilizada por filtração de Seitz. A solução se dccompôe por trescimenro

bacreriano. O ar ivador. hidrocloridram de cisrcína. não de\'C: sc:r acn.:sccn ­rado até a ocasião ames do uso.

Três colheradas das de chá do pó de papaína são pnsms no liquidi ­

ficad<:r e a solução r:unpão acrcscen cada :ué cobri r as l:lm i nas agi tantes.

!\ mistura é agitada por 3 m inuros. V:írias cenrcnas d e: mili litros do

tampão são ad ic ionadas c a agiração é conrinuada por mais 2 m inuros.

Uma colher das de chá de charco! ar ivado é juntado à miswr.t e umedecido

por agitação inrcrm itenre, :;endo dc:pois a mistu ra ag irad:t por I mi num

<.:, a segu ir, filtrada em papel adequado ( \X!hatman n." 2 l. As primeiras

goras comêm charco! e devem ser retornadas ao funil. O filtrad o rcstan[(:

deve ser claro, brilhante e de côr árnbar; nenhum scd imenro ir:í finalm ente

conrarninar o sedimento celu lar c obscurecer ou diluir as células. A solu­

ção i: enrão completada para I lirro para o uso. t\ côr é de um :~mareio p;ílido, representando aproximadamente l ,)r,ç de papaína, pori:m varia­

ções moderadas na concenrração não assumem imporrância.

Logo ames do uso, I ,5 g de hidrocloridram de cisccína i- dissolvido

na solução. A solução deve ser amornada am es da insrilação.

Técnica:

Depois de ser removido o espécime de jejum. ou dc:pois de comple­

tar a análise gástrica de rorina, cêrca de um lirro da solur;ão de papaín:t

é introduzida no esrômago a qual, quantidade, é regulada para produzir

uma sensação de disrens;'ío sem desconfôrro. A lise do m11co completa-se

em I O minutOs, quando então a so lução é compk:camcnre aspirada. Em

ra ros casos maior parre da solução é perdida pela passagem d uodenal. N csrcs casos uma neva solução deve ser insti lada.

A solução, uma vez retirada do estômago, é colocada nos tubos de

C.:C il tr ifugação de 250 ml e então v<írios mil ilitros do caldo de Leuc.:onostoc

são injcrados no inrcrior da solução de papaína, a fim de formar uma

camada separada. Os tubos são cuidadosamente b:-danceados para prevenir

redemoinho e mistura da camada da solução de muco. ão postos na

ccmrífuga e levados ràpidamenre a 2 000 rotações por minuco. A parada

do moror da centrífuga deve ser progress iva.

Page 36: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-36-

O líquido sobrenadanre é desprezado e os tubos inve;:nidos para drenar

p or vários minucos. Urna pequena wrúndula de algodão é urnedecid.t

com o caldo de Leuconosroc c o sed imento celular, com o que se con ­

feccionam os c:sfregaços que são imedi:u:uncme fixados em :ílcool-éccr.

ames (.(Ue sequem.

]:rcc:wções:

f: preferível deixar o paciente, ames da pro,·a, beber :ígua à \'Onmde.

a fim de e:virar a passagem da solução para o duodeno. Tôda água rema­

nesceme no estômago, anrcs da prova, deve ser retirada. Quando h:í re­

tenção alimentar p or obstrução pilórica, o estômago deve ser rigorosamente

lavado ames da imroduçiio da solução de papaína. O pacieme deve abs­

ter-se de engolir saliva e escarro durante a lavagem, de modo a evirar a~

células dessas secreções.

Os amores da técnica não observaram efeitos nocivos em cérca de

) 000 paciences, execro moderada d iarréia quando grande parre da solução

ficwa rcrida. Não houve.: sangramcnro maior que costuma ser esperado

na incubação de grande número de paciemes com úlcera g:ísuica. Não se

constatou hemorragia maciça mesmo em paciemes corn recentes hemorr,l­

gias rn<!c iças csponráneas."

XI - QUIMOTRlPSINA.

ão h;í dúvida das vantagens que proporciona o uso de mucolícicos.

dissolvend,1 um dos grandes obsdculos ao êxito da citologia gástrica. a barreira de muco.

O método da papaína, no enranro, é de execução prática muiro com­plexa. O próprio fermento não oferece uma segurança absolura, dada sua

f:íc i I deterioração.

Visando aperfeiçoar uma técn ica mucolí tica para colhcira de células

g:ístricas, que fôsse de manipulação mais simples, Rubin e col. 11 experi ­

mentaram a quimotrips ina com grande sucesso. Seus resultados foram posn:riormeme corroborados por outros autores ~ G. •n. :;u . . -••.

A técnica é descri ta como se segue ·• 1 :

"A quimotripsina cristalizada ( Eii Lilli Co.) é estável quando con­

servada no refrigerador e a porência da solução fresca é previsível. Ace­

tato tamp3.o a 0.1 molar de pH 5,6 é usado. Aparenremcnre o grau emre

a lise de muco e a celular pode ser conrrolado em não usando a quimo­

rripsina no seu pH ótimo de 7,5. Quinhentos mililitros do tampão, con-

Page 37: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 37-

rendo 7 mg do s:~ l puro de quimorripsina são instil:ldos denrro do cstÔ·

m:~go vazio. Nos 10 minutos seguinccs o paciente fie:~ em posição

hori zonra l, movendo-se em rodos os decúbitos para assegurar o inteiro con·

caw da quimorri psina com tôdas as (m:as d~ mucosa gástrica. Tanto 1 íqu ido

quanro possível é aspirado. Depois de centri fu gação c decanração, unu

gôm de sôro sanguíneo é acresccnmdo :~o sedimento par:t garanrir a adesão

celubr nas l:imin:~s.'"

Em recente trabalho. Rubin. Kla)' l11:ln e Kirsner ltó usamm a aJf:t.

quirnorripsina que é fornecida pelo Laboratório Armour em cápsulas de

7 rng ( Cywlav). A solução rampão de acet:tro a O, L molar é prepamda

pela adição de 13.6 g de acetato de sódio a 0,6 ml d<.: ftc ido acérico glacial

em I litro de úgua des tilada, o que fornece um p H de 5,6.

Page 38: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

PREPARAÇÃO DOS ESFREGAÇOS

D.1 habi lidade em prtparar os esfregaços vai depender uma boa obser­

vação m icroscópica. O rnarerial a ser ut il izado pode ser o sedimtnto de centr ifugação.

fragmentos aderenres às malhas da rêde do balão, i1 cscôva ou fragmentes

flu tuantes no líqu ido de lavagem.

O seàintenro pode ser ret irado do tubo de centrifugação por meio

de uma alça de plati na ou uma pequena <.:urêca. Uma vez em cima da

lâmina, é espalhado sôbre sua superfície, usando-se para êsse fim a a lça

de platina ou o bordo de outra lâm ina que desl iza sôbre a p rimeira com

uma ir:cl inação ele 45 graus, ta l como nas distensões hemarológicas.

Os fragmentos devem ser espalhados sôbre a supcrfkie das lâm inas

por meio de uma del icada pinça, não devendo, no enranto, ser esmagados.

Freqüenremenre se constara que o materia l se desprende da lâm ina,

quer duranrt a fixação, qutr pelo proced imenro da coloração.

Visando atenuar essa c<.:orrên<.:ia, é habirualmenre usada a 1\lbumina

de Mayer. Sua prepa1·ação é simples, consist'indo em parrcs iguais de c lara

de ôvo c g li<.:er ina. As li\mi nas são prelim inarmcmc unradas com fin a ca­

mada de Albumina de Mayer, ames que sôbre e la se façam os esfregaços.

O mín imo de tempo deve ser dispendido na confecção dos esfregaços.

Os inwnven icnrcs do dcssecamcnto já foram refer idos anreriormnte.

FIXAÇÃO

Para a coloração segundo o processo de Papan icolaou, a fi xação deve

ser fe ira imerg indo as lâm inas em uma solução de álcool erílico a 95~

c érer, em panes iguais. Frascos com fechamento efi ciente evitarão a eva­

poração da solução f ixadora.

Não se d ispondo de éter sulfúrico, o álcool etílico a 95 % pode ser usado isoladamente. Ãkool rner ílico ou isopropílico, menos desejáveis, podem ser empregados se qulmicamenre puros 7 :! .

O tempo de permanência dos esfregaços na solução fixadora é, no

mínimo, de 15 minuros. Se necessário, poderão permanecer nessa solução

Page 39: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

por longo rempo, embora isso não seja recomendado p:tra fins de uma coloração perfeita 7 ~ .

Nieburgs 71 aconselha, com a final idade de atenuar o dcsprcndimcmo

celular das lâminas, deixar cair uma gôra da solução fixadora sôbrc o es· fregaço, deixando-se, a seguir, secar. As lâminas. ao chegarem ao labor.t·

tório, são submetidas a processo de rehidraração. Quando se pretende incluir o material em para fi na, a fixação sera

em formo I a I 0<)€ .

1\ remessa de lâminas já fixadas poderá ser feira :1 laboratórios dis· cantes, me:.mo sem que sejam coradas.

Um processo sim ples para essa rcmessa consiste cm deshidratar os

cs frcgaços logo após a fixação e monrar com bálsamo do Canadi Quando

receb idas as lâm inas, pelo laboratório, o bálsamo é dissolvido pelo xilol 7 :!.

Urna técnica d iferenre é sugerida por Ayrc c Daki n " 1• Após a fixa­

ção, antes que a lâmina seque, colocam-se algumas goras de g licerina sôbre o esfregaço; a seguir é cobeno por uma outra lâmina protetora. Ambas

são prêsas por arilhos de borracha e acondicionadas em papt:l encerado.

Quando recebidas pelo laboratório, são colocadas em solução de :íkool etí­

lico a 95 </( e éter, em pnrres iguais, até que a lâmina prorcwra se des­prenda. As duas lâminas são coradas. porque parrc do cs frcgaço freqücn­rcmcme passa à lâmina prmerora.

Page 40: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

COLORAÇÃO

PROCESSOS D E COLORAÇ ÃO.

R eferências esparsas ao uso da coloração pela hemaroxi lina-eosi na, pelo mérodo de Shorr e pelo mérodo de Giemsa :u;. ;, ,,, :ii,:,.-. 1''· ~\ não têm rido

repercussão maior na revisão da lirerawra que procedemos sôbrc a ciro· Jogia gástrica.

O mérodo mais habirualmenre empregado na coloração d:ts células

gástricas é o proposro por Papanicolaou. As pri meiras tentativas para corar os esfregaços gástricos foram feiras

com o processo de Papanicolaou para coloração da cirologia vaginal l U."~,

que consistia no scguinre:

Fixação em Mcool-éter

Lavar em álcool a 75% l.avar em álcool a 50% lavar em água desti lada Corar pela Hematoxilina de B arris por 5 a 10 minuros

Lavar em água destilada

Lavar de 3 a 4 vêzcs em solução de HCI a 0,5 ?r lavar abundantemente em água Deixar 1 minuro em solução fraca de carbonatO de lírio ( 3 goras de

solução aquosa de carbonatO de lírio para LOO ml ele água) Lavar abundantemente ern água Lavar em água desci la da Lavar em álcool a 50% Lavar em álcool a 70% Lavar em álcool a 80%

Lavar em álcool a 95 %

Corar por 1 minuto no OG 6 Lavar 5 a 10 vêzes em álcool a 95 %

Lavar 5 a 10 vêzes em álcool a 95 %

Corar no EA 36 ou EA 25 por 2 minuros

Lavar 5 a 10 vêzes em álcool a 95%

Page 41: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-ti l -

Lavar 5 a 10 vézes em álcool a 95 %

Lavar 5 a lO vézes em {tlcool a 95 %

Lavar em álcool absoluro

Lavar em xilol

Mo mar.

Em 1954, Papanicolaou ' 2 modificou a técnica de coloração para cé­

lulas vaginais, apresc:ntando-a sob a denominação de Proced imento N." 268:

Fixação em ~lcool -éter

Lavar em ~lcool :J. 80% Lavar em {dcool a 70% Lavar em álcool a 50% Lavar em água destilada

Corar pela H emaroxilina de Harris, diluída ao meio em água desti-

lada, por 6 minuros.

Lavar em água destilada

Mergulhar em HCI a 0,25 % por 6 vêzes

Lavar em :ígua correnre por 6 minuros

Lwar em ~gua destilada

Lwar em ~lcool a 50% Lavar em álcool a 80% Lnvar em álcool a 95 %

Corar no OG 6 por 1,5 minutos

Lavar em álcool a 95% Lavar em álcool a 95% Corar no EA 3G ou EA 50 por 1,5 minmos

Lavar em álcool a 95% Lavar em álcool a 95% Lavar em álcool a 95 %

Lavar em álcool absoluto

L:•var em misrura de parres iguais de álcool absoluto e xilol

Lavar em xilol

Monrar.

A coloração especial para células gástricas é apresentada por Papani­

colaou sob a denominação do "ProcedimentO N." 267 modificado para

coloração de esfregnços de sedimento gástrico c urinário" 72 c obedece à seguinte técnica:

Page 42: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

Fixação em álcool-éter

Lavar em álcool a SOCf Lavar em álcool a 70 9Ç

Lavar em {tlcool a 501)Ç Lavar em iigua destilada

-42 -

Corar pela H emaroxilina de H arris, diluída ao meio em água Jesci-

l:tda, por 2 minutOs

lavar cm :ígua destilada

Lavar em álcool a 50'}{ D cix.tr I m inuro em solução a l,s r; de NH~OH em álcool a 70r, l.a\·ar em :'tlcool a 70r; Lavar em álcool a 70"(

Lavar em :ílcool a 801){

Lavar em :ílcool a 95 l)f Com r pelo OG 6 por I ,S minutos

tavar em álcool a 95 rr l avar em :ilcool a 95 "~ Corar pelo Et\ 65 por I ,5 minutos Lavar em

Lavar em

L1var em

Lavar em

Lavar em Lavar em

Momar.

:ílcool a 95"( álcool a 95"f álcool a 95"f :íle<.;ol absoluro

miscura de panes iguais de á lcool absoluto e xi lol

xilol

Com o fito de atua li z:~ção máxima :1 respeito do processo de colora­

ção de P:tpanicolaou, escrevemos ao Professor George N. Papanicolaou,

Universidade de Corncll, pedindo a mais rccenre técnica de coloração par:t

células g<btricas em uso no seu serviço. Sua resposra, datada de I de

março de 195 7, assim se expressava:

.. 0 processo de coloração para esfregaços gástricos e outros, que esta·

mos atualmente usando em nosso laboratório {: o seguinte:

Fixaçãc - p:trtes iguais de álcool-éter Álcool :'. sorç Álcool ~- 707(

Álcool a SOl){ Água destilada

Page 43: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-43-

Hem::roxilinn de H nrr is d il uída em parrc:s igua is com :ígu:-~ dc.:sri -lada - 2 minuros

Água desri Iaei a Água destilada .Agua dcsti Iael a .A lcool a 50<'(

Solução de N H 10 H a 15r; em álcool a 7Qc; - I minuw Alcool a 70o, Alcool a 70~ Álcool a soe; Álcool ~ 95 r; OG 6 - 1,5 mi nuros Álcool a 95 ~ Álcool a 95 r; Álcool a 95c; Ei\ 65 - l ,5 minuros Álcool a 95 tj; Álcool a 95 r[ Álcool a 95 l'f Álcool absolutn Álcool absolu to

Álcool absoluto Álcool absolurc c: xilol X ilol

Xilol Xilot.· ·

li - PREPARAÇÃO E CARACT ER1STICOS DOS CORANTE EMPREGADOS NO PROCESSO D E PAPANICOLt\OU.

l - Hemawx ilina de Harris.

Nas suas descrições iniciais, Papanicc laou relata l fl . ~ 1:

.. A Hemaroxilina de H arris é preparada com hemawxilina doméstic1 c: alúmcn de amônio. Para obter resultados mais uniformes, a hcmaro­

xi lina usada não dc:vc ser desprezada, mas fi ltrada de rcmpos em rempos.

A perda por evaporação e filrraçiio é gradualmenrc restituída por adição de corante fresco."

Page 44: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

41t-

No seu Atlas, Papanicolaou 7 :! assim se refere à preparação da H ema·

roxilina de Harris: ''A H cm:uoxilina de H arr is é preparada de fórmula

"smndard" usando o sulfaro de a lúmen amoni:lcal c omitindo o ácido acérico g lac ial. Filtra-se em frascos c:scuros para depósi ro. É dilu ída em

panes iguais com água destilada antes do uso. Quando o coranre esr:í

em uso, deve ser reforçado freqüentemente pela adição de pequenas quan·

ridadcs da solução fresca, não diluída, com a finalidad e de manrcr rcsu l·

mdos un iformes na coloração."

O Laboratório do Vincenr Memorial Hospita l G>t descreve a técn ica

seguiore para a preparação da Hemaroxilina de Harris:

''H emarcxilina ......................... .... ..... .

Álcool absolutO ... . ... ... ... .. ...... .. ..... . .... .

Alúmen de amônio ou de potássio ... . .. . ..... . ... .

Água dcsrilada . . ..................... .. ........ .

Óxido de mercúrio ........ .. .................... .

l g lO rnl

20 g 200 ml

05 g

"Dissolva a hemaroxilina em álcool, o alúmen em :ígua pelo auxílio

do calor e misture as duns soluçiics. Leve a misrurn ;. fervura cão rápido

quanro po~sível e então acrescente o óxido de mercúrio. A solução assume

urna côr ~.zul escura. Tão cedo que isso ocorra, remova o recipiente con·

rendo n solução, da chama c a esfri e. mergulhando o recipienre em urna

bacia com :ígu:t fria . Desde que o resfriamento se complcrc, o coram<:

cscá pronco pnm o uso.' '

Nieburgs 71 se refere de modo diverso ao preparo di:sse corante:

"Dissolva a hemaroxilina em álcool c o sulfaro de alúmen amon i :~eal

( nas proporções idênticas ?ts anccriormenre citadas ) em água c ferva.

Quando a solução está em itindo vapor acrcsccnre lentamente a solução de

hcmacoxilina. leve ràpidamcnce a mistura à fervura e acr<:sccnce o óxido

de mercúr:o. Quando a solução adquire a côr púrpura escura, remova-a

do calor e esfrie -a ràpidamcncc.''

Como a hemacoxilin:t precipita consmncemente, a fi ltração d i ~ria se

impõe. Se o corante não é empregado todos os dias, ances de cada m io­ração far-se-:í a filtração fi~ .

A hernaroxili na não é propriamente um corancc. Sua coloração se faz graças il sua transformação em hemate ína, por oxidação"';. Cora por

excelência o núcleo das células l!l, 84 • (: o único comntt: básico no pro· cesso de Papílnicolaou.

Page 45: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-45-

2 - OG 6.

f: constituído por I!J. 7J. 72. ~< 1 :

Orange G a 0,5 '/f em álcool a 95 ~ ..... . .... .. . . . . Acido fosfo túngstico . . . ... . . .. .................. . .

100 ml

0,0 15 g

O Orange G é um coranre fon emenre ácido, um dos mais valiosos

corantes citoplasm:ír icos. Constiwi um corante de fu ndo da hemawxili­

na ~0. A adiç·ão do :ícido fosfotúngscico intensifica a côr amare lada pela

acidificação da solução corante r<::. ~·1 •

3 - EA 25":. :

Verde brilhame Sf amare lado a 0,59é em solução de

á lcool a 95% . ... ......... .. · · · · · · · · · · · · · · · · 44 ml

?\larrom de Dismarck a 0,5rf <:m solução de álcool a 95rr l2 ml

Eosina amarela a O,) Cf em solução de álcool a 95 r;. .. . 44 ml

r\ cido fosforún gstico . ... .... ........ . ... .... .... . 170 mg Carbonato de lír io, solução sawr:tda aquosa ....... . . . gôca.

Verde brilhante SF amarelado a 0,5 <( em solução de

álcool a 95 r r ... ........ .... ... . · ... · · · .. · · · tl5 ml

Marrom de llismarck a 0,5 % crn solução de álcool a 95 r;1 10 ml

Eosina amarela a 0,5 % em solução de álcool a 95 % .. . 45 ml Acido fosfotúngsrico . ...... .. . .. . . . ..... .. . .... . . 200 mg

Carbonato de lírio, solução saturada aquosa ........ - . gôra .

S<:gundo Papanicolaou 72. il:t. ~< 1, todos êsses corantes devem ser de:

procedênc i:1 da National Anil inc anel Chemical Company, execro o ácido

fosfmúngsrico, da M crck.

5 - EA 50 72 :

t preparado da mesma forma que o EA 36 empregando-se os coran­

n:s fornecidos pela Orrho Pharmaceurical Corporarion, Rariran. N. ].

6 - EA 65 7.-•:

Ve rde br ilhante Sf amarelado a o.os q;. em solução de

álcool a 95 ?f .. . . . . .. .... . . . .. . ...... . .. · · · · Marrom de Bismarck a 0,5 o/f em solução de álcool a 95q

45 ml

10 ml

Page 46: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- ·Í6-

Eosina amar<:la a 0.5 1'( em solução de :ílcool a 95 1' { • . • -15 ml

Ácido fosforúngsrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 mg

Carbonam de lítio, solução s:uurada aquosa . . . . . . . . . . gôta.

O Verde brilhante F amarelado é um corante c implasm:uico que:

, e presra muiw ?t fmogr;~fia. Sua única des,·amagem é a que enfraquece:

' luando exposro ?t luz forre ~ •;. O M::rrom de Bismarck cora o citoplasma reforçando a color:~ção dos

0utro~ corantes :ícidos. Deve-se ter o cuidauo de não ferver ;l soluçiic

.lntes do uso porque o calor alte ra o coranre "'';.

t\ eosina amarela, ramb~m chamada ensina bidrossolúvel, t um dos

w ramcs ciroplasm:íticos mais empregados em r~cnicas de coloração. Tem

sido denominada de hidrossolúvcl pela sua f:ícil dissolução em :ígu:1, porém

rambém t: solúvel em ~ l cool ,.,,; e como ml é empregada no processo d e

Pa p:m icolaou.

l ll - CONTt\MINAÇÃO DOS ESFR EGA(_:OS DU RANTE O

PROC:ê SO DE COLORAÇÃO.

ão .:: por demais raro que: um esfn:gaço negativo seja contaminado

por células de um esfregaço positivo, desde que ambos estiverem em

.:onraro cem as mesmas soluçôes coramcs.

Durante o processo de colora~·iío, pequenos fragmentos do esfregaço

podem se desprender da lâmi na e constituir o que se denom ina de "flu­

tuadorc:s"_ pois que ficam fluwando nas soluções da bateria.

Deve-se te r, pois, rodo o cuidado em evirar que t:tis dcsprendimenros

ocormm, não só como perigo de comaminaçiío, como wrnbérn porque isso

rarefaz o material a ser examinado.

O reconhecimento da contaminação de esfregaços pelos "fluruadores"

é feito pela veri ficação de sua posiçfio em plano mais :tlw que o resro do

csfregaço, pela coloração diferenre do resranrc e pela presença de: um subs­

rr.l to que carregam jumo a si, o qual constrasra com o esfregaço portador.

Papanicol:10u 72 aconselha as seguin tes precauções a fim de: reduzi r

.1 possibilidade de conr:un inação:

··1 Todo o movimenro das lâminas dentro e fora cbs soluções deve

ser fe i m devagar e genri lmeme corn a menor agitação possível.

2 T ôdas as soluções usadas no processo de coloração devem ser

trocadas freqiienremenre e os frascos lavados :1bundamememe.

Page 47: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-47 -

3 Deve:-se: evi rar o amonroamenco de: lâmi nas nos frascos de co­

loração.

4 Os corantes dcvc.:m se r fil rrados antes do uso.

5 Recomendam -se frascos de co lora~·ão amplos, que perrn iram

de ixar espaço livre entre: as lâminas.

<í - Os exudaros, que são os qu<: destacam mais "fluwadores".

deve:m ser corados em frascos se:p.trados, cujas soluçõc:s são re·

novadas mais f reqüenrcmenre."

Page 48: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

CITOLOGIA NORMAL DO ESTôMAGO

O epitélio pavimentoso estratificado que recobre a superfície inrern:t

da bôca, faringe c esôfago, {: substituído, ao nível da drdia, por um epi­

télio prismático alro, também chamado epi tél io colunar. que daí em diantl

conrinua recobrindo o restante do trato digestivo.

A mucosa gástrica é consti tuída por células altas, claras, formand o

uma só camada, c rendo seus núcleos s ituados 11:1 parr<: basal. Ao nível

das cri pra5 ou fóveas gástricas, essas células cedem lugar às célubs muco·

sas do colo, nas quais técnicas apropriadas demonstram múltiplas granu­

lações mucóidcs ciropi:lsmáticas. Logo abaixo desembocam as glândulas

gástricas.

Nas proximidades da região cardíaca enconrram-se g lându las mucos<:·

creroras denominadas g lândulas cardíacas, as qu:tis muiw sr as<cmelham

:ts glândulas csofágicas. Na região fúndica exisrcm g lândulas wbulosas.

quasc reta~. dc.:s ignad:ts de g lftndulas fúndicas. Essas glândulas estão cons­

riruídas de duas espécies de células; as células principais. rambém chama

das adelomorfas ou zimogênicas, de c itOplasma pouco cor:ível e núcleo rc­

dondo, situado na metade basal, sendo que os limi tes centrais dessas ceiulas

constiruem a cavidade glandular; o segundo ripo é representado pela

células bordeanrcs, também conhecidas como dc:lomorfas, parierais ou oxín­

ricas. são acidófilas. secretoras de ácido clorídrico c em geral não ati ngem

a luz glandular por se interporem, em forma de cu nha, entre as células

principais. Sua comunicação com o imcrior da glftndula é feira pelo capi­lar de secreção. No têrço distai do estômago localizam-se as glândula

pilóricas, muito semelhanres às cardíacas, mucossecreroras e muiro ramt­

ficaclas '"' . As c.:lulas que esfoliam da mucosa gástrica podem se aprescnr;tr

isoladas ou grupadas.

Quando isoladas <: vistas por um de seus lados, as células mostram-sl

com forma ci líndrica, rendo o núcleo situado na base; quando vista~

de cima, o ci toplasma parece menos abundanre c o núcleo é central.

Os grupamenros variam desde duas ou três células até pequeno.

fragmcnros de mucosa, verdadeiras peças de biopsia. Pode-se enrão apreciar.

dependendo da conservação celular, os lim ites das células.

Page 49: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

49-

Os núcleos apresentam pequena variação na forma e no tamanho.

São ova lados, circulares ou triangulares. A cromarina distribui-st: unifor­memente dentro do núcleo. Sua estrutura é fina e delicada. Urna ou mais p equenas condensações da cromatina são freqüentemente vistas. A membrann nuclear é bem definida e dt: fina espessura. Qunse não se ob· serva superposição nuclear, pois que os núcleos esrão separados. llllS dos ourros, por pequenas áreas de citop lasma,;~.

O ciroplasma é pouco abundante. Sua coloração pode ser aciclófila

ou basófila. Quando a célula sofre o processo de digestão, o citoplasma

perde os seus limires e vai, aos poucos, se reduzindo até desaparecer com·

pleramenre, deixando o núcleo despido.

Como a maior parre: das células g;ísrricas encontradas no líquido de

aspiração simples do estômago já perdeu o citoplasma, sua iclenti fi cação fica, entãn, enormemente prejudicada. Células do ripo parietal ou zimo­

gênico, das células gásrricas, não são observadas normalmente no fluido

gástrico. Talvez tais células estejam presenres, porém a idenrificação se rorna problemárica pela falta de critérios adequados 7:?_

As degenerações apresenradas pelas células g:ístric:ts normais vão desde

o desaparecirnenro dos limites celulares, vacuolização ciroplasm:írica, até o desaparecimentO comp!ero do ciroplasma, cariólise, picnose ou cariorrexis,

culminando com a dissolução recai ela ctlula.

Grande parre elas células encontradas nos csfregaços g:ísrricos são oriundas do cpirél ic de revesrimcnro da bôca, far inge e esôfago. São

células epitel iais semelhames às encontradas nos esfregaços vaginais. Po­dem ser identificadas células de tôdas as camad:ls do epitélio pavimt:nroso

EStt:Hificado. As células mais basais r~m o núcleo rebrivameme grandl: e o ciroplasma basófilo, pouco abundante. À medida que se rorn:t mais ~uperficial, o núcleo vai reduzindo de tamanho ao mesmo rempo que o ciroplasma aumen ta de proporções. Nas camadas mais superficiais o núcleo

é picnótico e o citoplasma é amplo e acidôfilo.

Catarro do aparel ho resp iratório pode ser deglu tido e então os esfrc·

t;aços mcs!r:lrão células epiteliais ciliadas. Seu reconheci mento, no c:1 unro, nem sempre é fkil e nãc raro são confundid.ts com cé:uhs m:t!ign:ts.

Ciliação, quar:do presenre, é um cri tério que caracteriza t:tis células.

O ducdeno, bem ccmo cs ducrcs p:tncreático e biliar, p edem. oc:~s io­

nalmenre, por refluxo, enviar células ao inrerior do esrômagc. Esr:ts têm

forma globosa, mas sua idenri fi cação nem sempre é Hei L

Page 50: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-50

Os lc:ucóciws polimorfonucleares são cnconrrados em estômagos nor­

mais em número variável, sendo panicularmenre mais proeminenres nas inflamações. Os linfócitos são mais raramente encontrados que os pol i­

morfonuck-ares. Mui ro mais raramente são visualizados monóciros e plas­

móciros. Ocasionalmenre aparecem eritrócitos em esfregaços normais, sendo

de pouca importância e devendo-se, muitas vêzes, ao rraumarisrno d.t

colheira.

Os hisriócitos são rão proeminentes consriminres do esfregaço gás­

trico normal, como o são em esfregaços de outros fluidos. Sua at ividade

aumenta em processos inflamarórios •2.

Como sói acontecer em outros órgãos, os histiócitcs são os respon­

sáveis pelo grande número de falsas interpretações na citologia gástrica.

A idenrificação dos histióci ros pulmonares não consrirui real probltma.

As inclusões de carbono que aparecem no ciroplasma bem caracterizam

essas células, que são denominadas de "dust cells". Os ourros histióciws

que aparecem nos esfregaços do estômago, via de regra exibem um mklt:o

fi namenrc granular, excêntricamente situado em um ciwplasma csptllno­

so 11~ . Em geral o núcleo é reniforme.

Panico no; assim descreve os histiócitos encontrados nos esfreg:u~os

gástricos: "Histiócitos inativos, ainda que células maiores. assemelham-se

aos monócitos. O núcleo contém um nucléolo proeminente e apresenta

invaginaçiío unipolar. O hisriócito inarivo é usualmente encontrado d is­

cretamente isolado, faro que ajuda a d iferenciar êste t ipo de célula das

células epneliais da superfície gástrica. Os histióciros ativos tornam-se

mais significantes no esfregaço porque êles :~parecem quando uma reação

infcççiosa, traumática ou tumoral estimula uma resposta fagocitária no

estômago. Apresentando uma variedade de for mas orig inais, o hisrióciro

at ivo bizarro é d ifícil de ser diferenciado ele células malignas. O hisriôcito

jovem, ativo, mostra um mkleo aumentado e hipercromático. A fagocitose

traz distorções morfológicas no núcleo a fim de que: o citoplasma possa

acomodar :•s inclusões celulares.

CITOLOGIA GÁSTRICA ATíPICA N ÃO MALIGNA

O faw de que a ciwlogia gástrica possa servir para o diagnóstico de

outras afecções gástricas diversas das malignas, é morivo de muita con ­

t rovérsia, e as bases de tais afirmações merecem mais confirmações expe­nmenra•s.

Page 51: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 51

N:~ úicem g:ístrica ou duodenal, nenhum ripo citológico individuali­z:~do permi te um diagnósrico definitivo 72.

A presença de fibras musculares lisas pode sugerir urna ulceração que renha ating ido a camada muscular. O aumento considcr:ívcl de ele­menros inflamatórios leva a pensar em g:~stritc. mas suspeita de úlcera por isso parece injustificada. Em alguns casos de gastritc hipcrrrófica crônica. podem ser observadas células de tamanho médio. redondas, fre­qiienremenre vacuol izadas. com um núcleo rclarivamenrc grande c excên­

tr ico; ta is células podem aparecer isoladas ou agrupadas 72•

Formações papilares podem ser reveladas por grupamentos cu ja arqu i­

tetura é ~ugestiva de arranjo papilomaroso ou exibindo formação em raliçada. Os pólipos podem descamar células cujo :trranjo lembra o

observado nos corres hisrológicos. T:~is diag nósticos, no entanto. n:io podem ser assegurados por êsses aspccros 72.

AlterM;ões das células epiteliais rêrn sido referidas em pacientes por­

tadores de anemia perniciosa. G raham e Rhcaulr R:l construa rarn aumento

de ramanhu das células do epité lio esomoso c colunar, cncomradas em

espécimes ~:;:ís rricos de pacientes com anemia perniciosa ames do rrara­menro. Essas alterações estavam quase ausenres em pacicnres com remissão tcrapêutic.t.

Masse>• e R ubin 1;;, esrudaram as :~lreraçõcs g:ístricas sob o lJonro de

vista citOlógico, que ocorriam na anemi:~ perniciosa. Concluíram que o

ramanhu do núcleo das células gástricas que se alteravam por ocasião da

anemia pet niciosa. era duplo do ramanho dos núcleos de células normais.

Os autores descrevem vários ripas das células por êles designadas ··p. A. cells·· ("" Pernicious anemia cells"" ) .

O ripo delicado das células da anemia perniciosa (""P. 1\ . Dland Cell

Typc·· ) apresenta o núcleo comendo pequenos agregados de cromatina

em um fundo relativamente vazio; a membrana nuclear mosrra dobras em seu conrôrno. O ripo ar ivo ("'P. A. Acrive Cel l Type··) rem o núcleo de

rarnanho aumentado, a membrana nuclear irregular, nucléolo grande, ver­melho c refr:íri l, hipercromatismo, porém não hú alteração do índ ice nl!­

cleo-ciroplasma. O ripa delgado ( "Siender cells") c o ripo ··cob lcr cells" são reconhecidos como achados freqüentes, mas não específi cos. O último

tipo, são télulas mucosas, que rêm o núcleo deslocado para a periferia pelo conteúdo em muco do ciroplasma, reflete um processo de inrestina­lização, rão comum nas gasrrires arróficas crôn icas.

Page 52: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-52-

CITOLOGIA NAS LESõES MALIGNAS DO ESTôMAGO

Os critérios gtrnis de malignidade usados no reconhecimento das cé­

lulas cane<.:rosas do <:stôrnago não dife rem substancialmente dos empre­

gados na identificação ci tológica de malignidade de outros órgãos.

Enrret.lniO, o t:tmanho pequeno das células. a pouca freqüência de

aberrações nucleares, o polimorfismo nem sempre muico evidente, fazem,

por exemplo, com que o c irolog isra, tre inado em cirolog ia genita l, encontre

um pouco de d ificuldade no reconhecimenm das células malignas gástricas.

Citamo~. a seguir, o esquema dos c rité rios gerais de malignidade dcs­

crircs por Papnnicolaou ;:!:

1 - Mo.l ificaçõts esrrururais na célula e seu núcleo.

A - Modificações nucleares:

I - Aumcmo do camanl.o nuclear desproporcionado, alte­

rando apreciitvelmem c o índice núcleo-citoplasma nor­

mal.

2 Aumenro do conteúdo de cromarin:l causand :.> hipcr­

crcmasia.

) Anormalidades estnuurais, tais como padrão crornarí­

nico aberrante, alongamento, irregu laridade na distri­

buição, profundo dcnreamenco c enrugamento, lobu­

lação, broramento.

4 Nucléolo aumenrado ou aumento de seu número além

da variação normal.

5 Multinuclcação, quando associada com aripia nuclear.

6 Atividade mirótica com fi guras mit6ticas anormais.

7 Esptssamenro accnru :~do da membrana nuclear.

l> Modificações degenerativas, tais como vacuolização

anormal, murchamenro, completa resolução do núcleo.

l3 - Mod ificações citop lasmáric:~s:

1 - A Iterações refle tidas n:t reação de colcração ( acidofi lia

ncs tumorts bronco,gênicos ou epidcrmúides) - pode

resulrar de querarinização.

2 Inclusões c itoplasmáticas tais como grfmulos de pi.c­

mcnros ( melanoma ) .

3 - Vacuolização arípica ( adenocarcinoma) .

Page 53: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-53

C - Mod ificações da célula como um rodo:

I Aumenco das células além de seu tamanho normaL

2 Aberração na forma da célula - along:unenm, fornns bizarras.

3 - Alwrações degenerativas ou necdnicas (adenocarcino­rna uterino) - critério pouco úti L

l i - Critérios baseados na inrerrelação das células ( gru p.1menros ) .

Irregularidade da amostra - p::rd.1 de uniformidade

da orientação das células e de seus núcleos.

2 - Anisocariose e anisoci rose - um dos nuis signifi can· res critérios.

3 Perda dos linúcs individuais das célubs denrro dos

grup:unen tos, cfeiro da desdiferenciaçiio celu lar.

4 - Grupamemos densvs .;: amomoados de cé:ulas e nú­cleos.

5 Englobamento de uma célula por Olltra, dando a Im­

pressão de fagoci cose.

6 - Grupamentos celulares em tipos caracrerísricos, por exemplo, em roseca ( cistadenoma ovariano).

7 - Estratificação pronunciada, principalmente quando as­

sociada com oucras anormalidades nuclc:ares ( próprio do carcinoma cervical) .

111 - Critérios indiretos:

I Presença de sangue (coagulado e v<:lho).

2 Excesso de linfócitos ( linfadenopatia ). 3 Proeminência de hisrióciros ( adenocarcinoma do en­

dométrio ) . Às vêzes apresentam um alto poder de fa·

gocitação, ativa p roliferação, formas gigames, multi­nucleadas, com hipcrcromasia e aumento do ramanho nuclear que os faz confundir com célul:ts malignas.

4 - Leucócitos polimorfonucleares - sinal de inflamação

secundária.

Evidentemente que rais caracteres só em casos excepcionais serão wdos

~ncontrados em um mesmo esfregaço.

Em se referindo aos esfregaços gástricos, Papanicolaou i~ não define

ntracreres especiais, apenas assinala a hipercromasia e irregularidades do

Page 54: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

54

núcleo como caracteres de importânc ia. Salienta que o cadrer mucoso d<:

relu las sugtsti vas de adenccarc i no ma pod<: ser evidenciado por colorações

próprias para o muco. 1\cresc<:nra que :ts ' 'êzes, as células malignas romam

arranjo coiunar, c: em om ras, :~rra njo pa pilar. Em cerras ocasiões obtêm-se:

,·erdadeiros pedaços de rumor. Faz norar que a identi ficação de células

de carci nomas anapl:ísricos rorna-se mais di fícil dado o pequeno tamanho

de r:~is CPiu l:1s.

O Laboratório do Vinccnr Memorial H osoital ,;,.. descreve como ca­

racreres malignos nucleares : hipercrornat ismo, membrana nuclear <:spessada,

condensação c romarínica perifé rica, irregu la ridade do ar ranjo crom:uínico,

condensações grossas c grumos espessos de cromari na, deixando espaços

vazios dc:nrro do núcleo; variação procminenrc no r:1manho c menos pro­

nunciada na forma. superposição e amomoamenw nuclear. nucléolo au­

menro de mmanho, formas em degeneração. Quanto ao ciroplasmas: bordes

c iroplasm:1ricos podem estar presem es, mas em geral mal definidos; são

encontradas células diferenciadas como no adenocarcinoma, as quais exi­

bem vacúolos c icoplasm:i ticos; c itoplasma mais irregular do que liso, frc­

qlicnremenre vacuelizado. aparecendo como um fu ndo. P.mico em 1953 ,;,. féz um meticuloso esrudo explorando o campo do

reconhecimemo individual das células g (lsrricas malignas, ao invés dos

grup:uncnros. Susrenca que o bom êxi ro do exame ciroparológico reside

no entendimento dos aspeccos c icológicos isolados. 1\ssim esquematiza •>S cri té rios cicológicos do câncer gúscrico :

"Critérios nucleares:

1\umenro de tamanho

H i percromarismo

Corpos cromacínicos acessórios

Conrôrno irregular

Condensação crornatínica

N ucléolos procm i nenres

13inucleaçiío

Mulrinuclcac;ão

Formação de células g igantes s incicia is

Picoreamenro

Desnudamento ci toplasm:í rico

Baloncamenro

F ragmenração

Page 55: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

Concemração polar

Projeção

Inclusões vacuolares D ivisão mirórica

Gig:mrismo.

Cri rérios ciwplasm:íricos:

Rcduc;ão de volume

-55-

Pequenas inclusões vacuolares

Grandes inclusões vacuolares

Vacuolização perinudcar

Coalesccnça dos limites

Pseudo-orangeofi I ia

Jnclusão de células degeneradas

Inclusão de célu las malignas

Inclusão de leucóci tos polimorfonucleares

Inclusão de fragmemos, resros cel ui ares

Jnclusão de linfócitos

Aspecto irregular

Critérios segundo os grupamentos celulares :

Arranjo irregular

A n i soei rose

An isocariosc

Assimetria

Colora~·iio desigual

Sobreposição

Amomoamenro

Pleomorfismo. ··

CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS

Das classificações mais empregadas na c iw logia do câncer desrncam-se

:t de Papanicolaou e de Ayre. A classificação de Papanicolaou ~•. i:l con­

s iste em ci nco g rupos:

Grupu - Ausência de células arípicas ou :tnormais

Grupo li - Cirologia arípica mas não cvidenrc de malignidade

Page 56: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

Grupo 111 Grupo IV

Grupu V

-56 -

Citologia sugestiva, mas não conclusiva. de malignidade Citologia forremente sugestiva de malignidade

Citologia conclusiva de malignidade.

Dada a dificuldade em enquad rar os resulrados fornecidos pelo examt:

dos esfregnços do estômago nesse esquema, o amor da classificação origi­

nal21, modificou-a. adaptando-a à ciwlogia gástrica. Os cinco grupos fo­

ram enrão rcd uzidos a r rês, quais sejam:

Negativo

Suspeiro Positivo

corrcspondenre ao grupo I e li correspondente ao grupo Ill

correspondente ao grupo IV e V.

Page 57: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

EXPERIÊNCIA PESSOAL

Page 58: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico
Page 59: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

MATERIAL E MÉTODOS

l - CASU!ST ICt\

Nossa experiência é fruto de 65 exames cirológicos do estômago rea­

lizados em t\8 indivíduos, dos quais 29 do sexo mascu lino e 19 do sexo

feminino. A idade no grupo variou emre 19 c 73 anos.

Noss.t c:~suística foi dividida em três grupos assim d istr ibuídos:

Normais •••••••• • • o ••••• •• ••••• lO casos

11 Lesões g{tstricas benignns . . .. ..... lO casos

lil Lesõc:s gástricas malignas ......... 28 casos

Toml . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . tiS casos

i\ especificação dos cornponemes de cada um désses grupos é feira ma is ad iante.

No primeiro grupo a comprovação de inexistência de afecção gástrica

foi feira em o ito casos por meios clínicos e radiológicos, nos outros dois

apc:nas por meios clínicos.

I o segundo grupo o diagnóstico de lesão gástrica benigna foi fir­

mado em bases hiswpatológicas em tl casos. Os restantes tiveram seus

diagnósticos fundamenrados em bases clínicas, radiológicas. gasrroscópicas

c evolução rerapêurica.

No terceiro g ru po, o d iagnóstico de mal ign idade: apoiou-se nos se­

guim<: critérios:

Dados clínicos lO casos

L·qxtrotomia exploradora __ . . . . . . . . . . . . . . 3 casos

Exame hisropatológico . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 casos

O c:xame hisroparológico foi realizado por ocasião de gasrreccomia

em lO casos, d<: bp:trocornia com biópsia em 4 casos e; de necrópsia em

1 caso.

Page 60: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 60-

Jl - MÉTODOS DE COLHEIT t\

Desenvolvemos nos 48 pacienres estudados. 7 récnicas diferentes que

esquematizamos a seguir:

Lavado gástrico ...................... . 17 vézes

Balão de Pan íco-Papanicolaou c Cooper .. 5 vêzes

B:~lik de R ubin c col. ................ . 22 vêzcs

Escôva de A yre c Oren ... . .... . .... . . . 6 vbes

Escôva de Nieburgs .................. . 7 vêzcs

Quimotripsina . .... . ..... . ... ... . . ... . 5 vêzes

lnclusãc em parafina ................. . ) vêzcs

65 vêzes

A - LíqNido p,âst1"ico e1!l jej11m.

Nossas primeiras rcnrarivas fora m real izadas com o suco gástrico as­

pirado em jejum. D tsde logo abandonamos êstc processo pela inviabili­

dade das células assim obtidas. deixando de incluí-lo nas consideraçiícs e

conclusões dêsrc trabalho.

13 - Lrn·rulo 8tÍIIrico.

Esta ndo o paciemc em jejum por LO horas, passávamos, após p révia

anesresia da garganta com neorucocaína, uma sonda gástrica de 0,5 em de

calibre externo, pela bôca. O estômago era intei ramente esvaziado c a

seguir eram insrilados I 00 ml de sôro fisiológico, por meio de uma se­

ringa de 50 m l. A introdução do sôro era feira de forma violenrn, sob

force pressão. t\ seguir, pedíamos que o paciente execurasse várias vol tas

na mesa de exame, estando dcirado; depois o paciente se levantava e andava

a lguns passos. Fazíamos massagens no cpigásrrio do paciente e aspiráva­

mos, cornnndo a reinrroduzir o líquido no estômago. Finalmente rodo o

líquido era aspirado ou drenado direramenre para tubo de centrifugação

de 50 ml de capacidade, previamente gelado ( cêrca de )° C). Conduzia­

mos ràpidamence os tubos a 2 000 rotações por minuto, na cemrífuga.

t\ cenrrifugação era manrida por lO minutos, após o que o líquido sobrc­

nadanre era desprezado e do scdirnenco preparados esfrcgaços, tentando

aproveitar rôda a quantidade do sedimentO oferecida pela centrifugação.

Page 61: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 6L-

As lâminas eram preliminarmenre untadas com :t :tlbumina de Ma)•er.

Tenrávamos perder o mínimo de tempo possível na prep:traçâo dos esfre­

gaçcs. lmediarameme o material era fixado em álcool-éter.

C - Bt~liio abrt~.riro gtÍSirico de Panico-Papmlicolt~r)lf t! Cooper.

Procedemos à técnica descrica pelos :1ucores do mécodo :11• j:í refer ida anteriormente.

1\ rêdc empregada no instrumento por nós fabric:~do, segundo as ins­truções dos autores • ~ era de rexrura mediana.

Em rodos os cases. as manobras com o inscrumenco crnm controladas por fluoroscopia.

Os esfregaços eram feitos direr:uncnrc de fr.1gmencos adcrences !t rêde, e do sedimento do líquido de lavagem do insrrumcnro ( I 00 rnl de p:~rtcs igu:1 is de álcool a SO')f e solução de Ringer). T odo o material

d&ste medo obtido era espalhado em número vari:ívcl de lfuninas. anre­riormente unradas com albumina de Maycr.

D - 8t~l1io abrasiro tmlral de Rttbin e co/.

A técnica empregada obedeceu aos preceitos aconselhados pelos auro­re:s do métcdo 11

• O instrumento por nós fabricado era feito de sonda

de luz única, que se conetava ao b:~lâo por meio de vários ori f ícios. O

csva:tiamenro gástrico e lavagem, quando necessária, eram feiws t:m tempo anrerior por meio de sonda de Faucher.

Conrrôle flu orcscópico foi pr:~ricado em rodos os casos.

Tc:dos os p:tciemes submetidos aos processos de colheita pelos balões.

tinh:un preliminarmente sua faringe anesresiada por ncotuloc:aína a 2r;..

E - r:.sco~·rt g:ístrica rotatória de Ayre e Orcn.

Utilizamos as recomendações de Ayre e Oren 77 :to empregarmos êste

proct·sso. Tôdas <!S nn nobras inrragásrricas com o insrrumcnw fo ram exc­

cur:!d ·.Ls por trás dú écran fluoroscópico.

As escôvas eram esoremidas entre duas lâminas e espalhado o material

ô!:lrc lâminas cobertas pela albumina de Mayer.

f liscÔtJtl tlbra.rirtt gá.rlrica de "u·ylon .. de NiebNrgs.

f oi executada a técnica de medo idêmico à anterior, de acôrdo com

as instruções do alllor • •.

Page 62: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-62 -

G - Quimotripsi11a.

Empregamos em nossos casos o produto fornecido pelo Laboratório

Armour (Cywlav) •. aprcsemaclo em cápsula de 7 mg. A técnica uti­

lizada seguiu a descrição, anteriormeme referida. de Rubin e col. 11 •

Ao invés de adicionar uma góta de sóro sanguíneo ao sedi•'"l<::nto.

preferimos usar a album ina de Mayer, que rem nos dado bons resultados.

H - lnrl11stio em parr~Jiua.

Esra técnica foi empregada em t rês <:Dsroes. A primeira aproveirou

um fragmenro ele tecido que flutuava no líquido de lavagem gástrica. A

segunda e a rerceira inclusão foram feiras a parrir de fragmentos aderentes

às malhas da rêde do insrru rn<.:mo ele Rubin c col.

Jli- PROCEDIMENTOS NOS PACIENT ES COM OBSTRUÇAO PILÚRLCA.

Nestes casos recomendávamos dieta líquidn por 3 a 5 dins ames dn

realizaçao da prO\·a. No d ia que ameced in n colheita procedíamos :1 lnva­

gem do estômago uma ou duas vêzes, com abu ndante quanridade de sôro

fis io logico. Após a úl rima lavagem, feira no fi m da ta rde, o paciente pcr­

manecia em jejum.

lmedi:namenrc aur::s de proceder ;. colheita, nova lava~l'm era prar i­

cada, ;Hé que o iíquido de lavagem s:tísse limpo.

IV - NÚJ\IERO DE E FREGAÇOS.

O tOtal de lâminas do prcscnrc trabalho ati ng iu o número de 600;

o número de esfrc::gaços realizados em cada caso oscilou corre ~ e 20.

V- FIXAÇÃO.

Com exceção dos fragmentos incluídos em parafina, que for:un fixa­

dos ern formo! a lO% , codos os esfregaços foram fixados em solução de

á lcool etílico a 95% c éter, em partes iguais. A solução era sempre de

preparaç1io rcceme.

Permaneciam as lâm inas na solução fixadora, ames que fôssem cora­

das, de )0 minuros a 24 horas. aproximadamente.

A,~.:radccemos ao Prof. J. P. Lopes Ponrcs pela ."emileza em nos ceder a 'ub,tilncia.

Page 63: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 63-

r

. ...J

Figur.1 I - Sonda para lavagem do csrómago.

Page 64: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico
Page 65: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-65-

Fi,t:"ra 2 - BaLio .1kasin> ,.:.Í>lriw de l'.mico. P.lp:lll!cola•>u c Coop:r.

r

I

'l I

_j

Page 66: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico
Page 67: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 67-

Fi.cur;t 1 - Escú"a .d~t nca rOI.tuír i:t de A)'re c O réu .

Fi,t.wr.l 5 - Escóv:t abra~i\'a .~-::ísrric.1 de ··n)'lon" de Nit:hur.l!'.

Page 68: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico
Page 69: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

Fi.o.:11 r:t (> - Bal:io abr:hivo arH•:tl de Rub!n c· co I .. no imcrior do esu) rn:t.<W ( cnntrúlc rad iolc'>­

_o.:ico).

1\o.:ur:t - - bcÓ\':t de Nicbnro.:~ no interior do csti>rna.!-!o ( cont rúlc ra.tiolô.o.:ico) .

Page 70: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico
Page 71: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-71-

VI - COLORt\ ÇÃO.

O processo de coloração obedeceu fielrnenrc: às instruções por nós

recebidas direrarnenre de 'The Papanicolaou Rtsearch Laborarory" em I

de março de 1957. conforme se segue:

Álcool a Süf'~

Alcool a 70%

Alcool a 50'fr Agua destilada

Hemaroxil ina de H arris diluída em panes iguais com :ígua dtslilada

- 2 minuros

Agua destilada

Agua destilada

Agua eles t i lada

Álcool a 50% Solução de NH~OH a 1,51f em álcool a 709(. - I mi nuto Álcool a 70% Álcool a 70% A lcool a l:lO'fr-

Álcool a 95 <;f

OG 6 - 1,5 minuros

Álcool a 95 9[ Álcool a 95 <"f Álcool a 95°f EA 65 - I ,5 minuros

Álcool a 951f Álcool a 95% Álcool. a 95% Alcool absolu co

.A icool absoluto

Álcool absoluto e xilol

Xilol

Xilol

Xilol

?vfonragem

( pan es iguais )

A Hemaroxilina de H arris foi preparada segundo as recomendações

do l.abora1ório do Vincenr Memorial H ospital G~ .

Page 72: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico
Page 73: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 73-

Fi.t:ura S Bate ria u ~ad:t no processo de coloraç:io de l'ap.lllicolaou.

Fi~:ura 9 - Tampa de madeira que prort:J.:C a b:m·ria, quando não e~t:Í em uso. e d iminui a evaporaç~o da< soluç(>es.

Page 74: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico
Page 75: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-75

Tóclas as precauções para cv1rar a contaminação pelos "flutuadores"

fo ram wmadas.

V li - OBSER V t\ ÇAO MICROSC:OPJC,\.

Tôdas as lâminas foram submetidas à demorada c meticulosa inves­

tigação m icroscópica. T odos os campos foram inspecionados de forma sis­

tcm~r i ca. O rcmpo gasro em examinar as lâminas inicialmenrt variava

em rôrno de 30 mi nutos para cada lâm ina.

Com o ganho dt maior experiência, êssc rcmpo foi gradativamenrc

sendo diminuído. Via de regra disptndíamos um mínimo de 15 minuros

nu c:xame de cada lâmi na.

RESULTADOS E COMENTÁRIOS

1 -· GRU PO N ORM,\L.

f:stc grupo estava composto por 10 indivíduos que não apresenravam

doença do t-srômago. Cada indivíduo foi obiero de uma única investigação

c irológica, cmpregando-st um único método de col hei ra.

Os processos empregados foram os seguinres:

Lavado g:ístricc ....................... .

Balão de R ubin e col. .... . ..... . . .... . . Escôva de t\ yrc c Oren ... .. . . ...... • . ..

Quimorripsi na .. .. ............ . ....... .

Os rcsulradc:s classificaram-se do segu inte modo:

Positivos

Suspeitos

Negativos

3

5 vêzes

vezes vez

vez

o o

lO

Todcs os casos fo rneceram sufic icm e matc ria l para o ex:unc c iroló­

g ico em buas cond ições. Não fo i vcnficado nenhum caso de falso posirivo.

Page 76: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

N .o Nome Radiologia

M. P. I Normal

2 I D. S. I Normal

3 I A. A. Normal

·1 }. D. Normal

5 I O. S. Normal

6 ! ]. F.

I Normal

7 I M. D. Normal

I s I O. L. T. Normnl

9 I O. A. S. I l -

lO I E. C. -

QUADRO

Método cito lós:ico

I Balão de Rubin e col. I

I I Balão de Rubin e col.

Balão de Rubin c col.

Balão de Rubin c col.

Balão de Rubin e col.

Escôvn de Ayrc c O ren

I Quimotripsina ! I I Lnvado g:ísrrico

I L:!vado gástrico

I L:~vado gástrico I

N .0 de làruinas

4

5

1

lO

lO

6

6

6

6

6

I I

I '

I

Rcsultado

:-.Jegativo

1'Ie.a;a tivo

Negativo -..J 0'\

Negativo

Negativo

Ne_~:ati vo

Negativo

Negativo

Negativo

Negati,•o

Page 77: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-77-

ll - GRUPO DE LESOES GÁSTRICAS BENIGNAS.

Dez raciemes fazem parte dêsrc g rupo, com a seguinte distribuição

Úlcera péptica ..... .. ...... .. ...... . 5 pacientes

Gastrite crônica . .. . . .............. . paciente

Firobczoar e úlcera gástrica benigna .. . 1 paciente

Anemia perniciosa .... . ..... ... . . .. . 2 pacienres

Acloridria histamino·resistem e . .. .. .. . pacicnrc

Justifica-se a inclusão, neste grupo, dos dois casos de anemia perni ­

ciosa c de um caso de acloridria, pois que, embora nenhum dêlcs apresen­

tasse lesão gásrrica evidenciável, são pacienrcs nos quais a incidência d<:

dncer gásrrico costuma ser maior que o h.tbiwal, e a vigilância constitui

a regra. Por essa razão foram submetidos ao exame citológico, não só

Yisando surpreender um eventual aparecimento de células cancerosas, como

rambém verif icar se apareciam células caracrcrísticas de anemia pern icios:t

ou de gasrrite :ttrófi ca.

Os seguinrcs m~rodos de colheit:t foram empregados neste grupo d<:

p:tcicnres:

Lavado gástrico ..... . . . . . ... . . . . . .. . . . . 3 vézes

.Escôv:t de Ayre e Orcn .. . .... . .. .. .... . l vez

tscôva de Nieburgs . ..... . . . .... . . .. .. . 4 vêzcs

Balão de Rubin c col. ... ..... . .. . ..... . 8 vézcs

Quimorripsina ...... . . . . .. . . .. ....... . . 2 vêzes

Inclusão em parafina . ..... . ..... . . . . . .. . vez

Dos dez pacientes que integravam êsrc grupo, 7 foram submetido~

:.~. uma só técnica de colheita; em dois usaram-se duas técnicas <: em um

caso, três métodos di f e rentes foram ernpre.gados.

Os resul rados, referidos à rnalignidadc, foram rclat:Jdos da seguim~:

fo rma:

Posiri vos . . . . . . . . . O Suspeitos . . . . . . . . . O N egativos . . . . . . . . I O

Page 78: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

N .O Nom e

A. C.

2 G. G.

3 I ). P. S.

I

4 C. E. C.

5 • M. J\1.

6 __ I J. R.

o. v_

--X t\ . P.

9 A. J.

- -A. T .

Radiologia

Likcra péptica ~ástrica

Normal

I G:•srr irc antml

I

I Úkera p~prica dstric:a

Carcinom.t g:Ís· c rico

I Normal

I Okcra .I!.Ístrica suspcit.t

Esre nmc p iló ri-ca hcni.cna

----( rln: r.l pcptica

gú!)trirol

:-.:orm.tl

Gastroscopia

úkera p~pt ica

G~srrite

Carcinoma

I Nurmal

QUADRO!.

Método cito lógico

LtvaJo g:\,rrim LavaJo .~.Í<trico

Il•tliio Rubin c col. Ilaliio R ubin c col. 8.tlão Ruhin e col.

tl:d:io Ruhin e col. !3.dão Ruhin e co l. Balão Ruhin e col. I ndusão par.tfina

Bahio RL1bin c col.

P.lliio Ruhin e col.

N .0 de Resultad'l lâminas citológico

5 Ncg:ui vo 6 Nc~rivo - - - ---5 I Negativo 5 N<:garivo

<> Ne!!arivo ---

9 Ncca:ivo J:\ "\e!!ativo 9 '\'e!!arivo

'\;cc;uivo

-------I~ \lecativo

--- - -. I ":e~!ativo

Escúva Nicbun::~ ~ ".ce: Quimorrip>ina · -

trivo

9 '\·c[-:arivo

---

Rcsulrado hiMopar.

Obser vações

úl~cra beni!-(na I Gast rccrom ia

A nemia pcrni· ~iosa tratada

E voluçiio cl i ni c a favur:ível

1 Evolução cl ínic:t f:t,·or:ível

Firobczoar c: ldc. Ga>trcctom ia

(· \leg:ui côv;~ de i\yre-Orcn (. "lecarivo - Acloridria

----- ---- ----- - ·----------L.waJo _dhtrico

EscÚv.! '\';chu r~.:s Q;~;mmrip.,in,t '

bc<i,·a :'\ H.'hu rgs

t.d\'.t l':it:hu')!~

I(}

l!l

~euativo

'-le.carivo ;\.ccativl'

i'CC.4HÍ\'O

'l'_!!.lli\0

('kcr.t ben i .~:r..t G:t,trcctumia

Lap3roto m ia a~· pcuo cicarr idal

L' I• c r.: bcni.l!na G~Mrcctomia

At•l·rnt.t perni· •; Ío"'.t não tra· t.tda

Page 79: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

- 79-

Os laudos citológicos concordar:un. pois. rnrcrramcnrc com o diagnós­

tico final c:m rodo o grupo. Nenhum dos cxamcs foi insatisf.l((irio, nem

tcm<JS a registrar resultadc:s falso-posirivos.

os c.1sos de úlcera péptica do esrômago. obsen·:unos frcqiicntcmcntc

células com forma um pouco atípica. nlkleos irregulares <: :wmcnrado~

discretamente de tamanho. com nucléolos proemincmes, conservando, no

cnran10, o índice núcleo-citoplasma nnrnul. Essa~ alter.tçõb. entretanto,

nunca foram suficiememenre marcadas. a ponto de dcspcrrar a suspeita

dc m.d ignidadc:.

O caso de J. P.S. ( N .'' _) do q uad ro 2) foi objcro d<.: crês colheitas

sucessivas. Em tôdas as ocasiões aprcsenwu :H r p ias tHrc learcs ( fig. I ti)

como nucléolo procrni nenre, irregula ridade: na d isrribuiç:io da cromatina

c discrcto pol imorfismo nuclear. O índice n{rcleo-ciroplasma n~o t·stava,

comudo, a lterado. Um dos fragmenros col hido no {tl rimo cx:-.mc foi in­

cluído em parafina e fo rneceu elemenros hisroparolc'>gicos suficientes para

r1 diagnóstico de gasrri te crônica. O pacicnrc foi :-.companhado durante

v:írios meses e a evolução clínica mostrou-sc favorável.

No caso de G. G. ( N.'' 2 elo quadro 2). porrador de ar1<:mia pe:rni­

cio a em fase de remissão terapêutica não foi C\•idcnciada nenhuma altera­

c;ão nas células do epitélio pavirnenroso estratificado d:-. bôca. faringe e

e~ôfago. nem nas cC:lulas epireliais do estômago. Sc:gundo afirmam Graham

c Rht':!ulr ... ::. é prov:ívcl que a medicação específica rcnha fcito regredir

.1~ .dterações cirológicas. se é que alguma vcz csrivcram prcscnrcs neste

c.tso. Igualmente: no caso de acloriclria ( Paciente J. R., N." <í do quadro 2),

nenhuma anormalidade celul:tr foi constatada. Procuramos. sem êxiro. as

células de muco, conhecidas como "goblcr cells ... que costum:1111 aparecer

nestes casos, devido a processo de inrestina lização da mucosa g:ístric:t.

No paciente i\. T. (N ." 10 do q uadro 2), porrador de anem ia pc:r­

niciosa não cratada, foi ev idenciado aumentO rll!clear das célul:ts do epi­

té lio pavimenroso <:s rrari fi cado da bôca, fa ringe, esôfago, nlém de mu itos

g rupamenros tÍp icos de células de anemia pern iciosa, ripo de:l ic:tdo (" P. 1\ .

131and Ccl l T ype .. ) . descr itas por Massey e R ubi n nr., ( fig. 15) .

Com a fi nalidade de aval iar as mod ifi cações celulares presemes nas

lcs<ics gflstricas benignas. procedemos r:1spagcm di r era rransopcr:uoria­

memc das lesões, em 8 pacienres que est:wam sendo submeridos it gas­

rrcccomia. Oêste grupo rrês haviam sido submetidos a cxame citológico

:lntes da cirurgia. Os rcsulrados foram os seguintes:

Page 80: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-80-

Nome Exame histopatológico Raspado da lesão . i

F. P. R. I Úlcera péptica do duodeno 1

1

1

Células gástricas normais (raspadas do estômago) .

---- I ------------ ~

O. L H. , Gasrri te crôn ica hipenrófica Cé!ulas arípicas gástricas. -- --- -- -·--- -

- 1 C. T. H. i úlcera péptica do estômago Cél. gústricas degeneradas. ----- ~ -.----- I _ _ A. M. ::_ i Ulcera péptica do estômago ; Células gásrricas normais.

F.. I. . ú lcera péptica do estômago ' Cdu!as gástricas normais. __ ] __ _ 5 M. M. · úlcem benigna do estômago Célu!.;s gástricas norma is.

--------------péptica d:> estôma3c Cél. gástricas degeneradas.

péptica do estômn,gc ·=:~1. gásuicas degeneradas.

7 O. V. ' úlcera

--~-· - -9 1\. ,1. ! úlcera

I I

Os resulmdos expressos no esquema acuna traduzem o aspecro cito­

lógico predom inante nos esfregaços. Quando enconrrúvarnos grande nú­

mero de células gástricas normais, rarnbém, em menor proporção, eram

vistas células em degeneração. Citólise e cariólise eram os aspecros mais

enconrradiços nas células degeneradas. J\ s células atípicas (fig. 14 ) obser­

vadas no caso de gastrire crônica eram muico semelhantes às mencionadas

anreriormenre nos casos de raspado d irero de lesões gástricas benignas,

especialm ente se assemelhavam muiro às células raspadas d iretamente do

estômago sede de gastrite crônica hipertrófica. Estas últimas exibiam, na

maioria da:; células, um nucléolo muiw p roem inente. Nos casos de (Jicera.

os raspado~ eram fe itos nos bordes, no fundo c nas vizin hanças do nicho.

' N." correspondente ao quadro 2.

Page 81: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-81-

111 - GRUPO DE LESOES G ÁSTRICAS MALIGNAS.

D os 28 pacientes portadores de neoplasia g:ísrrica maligna, rr&s foram

excluídos da interpretação final dos resultados, em virtude da insuficiência

e im propriedade do rnat<:rial cirológico.

Os seguintes processos foram empregados :

Lavado g;ísrrico ...................... . I l vêzts

Escôva de A yre e Oren ............... . 4 vêzes

Escôva de Nieburgs ...... .. .......... . 3 vêzes

Br.lão de Panico, Papanicolaou e Cooper .. 5 vêzes

Baliio de Rubin c co!. .......... .. ... . . 9 vêzes

lnc.:lusão em parafina ...... .. •. ........ 2 vêzes

Quimotripsina ..... .. ................ . 2 vêzes.

Em 21 pacientes realizou-se uma só técnica de colheita, enquanco

que em 5 pacientes praticaram-se 2 técnicas diferentes e em I paciente

3 métodos de colheita diversos foram efccuados.

A classificação dos resultados com os 25 pacientes selecionados dêstc

grupo foi ~l seguince:

Positivos . . . . . . . . . . . LO

Suspeitos . . . . . . . . . . . 6

Negativos . . . . . . . . . . 9

O índice geral de positividade foi de 409? , de suspeita 2t1 9f e de

falsos-negativos 36l'f . Porramo, em 649f dos casos, o diagnóstico citoló­

gico de suspeita ou de afirmação de malignidade foi levantado.

Considerando que a experiência do técnico é um faror fundamental

para o bom êxito do método, comparamos os resultados obtidos com os

10 úlrimos casos c os 18 casos iniciais. Os últimos casos são os mais con­

rc:mporâneos com nossa melhor experiência. Verificamos que os primeiros 18 pacienres, excluindo-se os que apre­

sentaram resultados insatisfatórios, exibiam um índice de positividade de: :~penas 20% c de suspeita 40% . Por ourro lado, os últimos lO pacientes

estudados revelaram um sensível aumento da cifra percentual de positivi­

dade, qual seja um índice de 70% de resultados positivos.

Page 82: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

QUADRO 3

N.O I Nome Radio logia Gastroscopia Mé todo c ito lógico

I I 1\f. V. L. I Carcinoma do Carcinoma Lavado ~ástr i co :tnrro

? A. B. 1 Carcinoma do - I a nrro I n~at isfarório Lavado gástrico

-- - - - -3 O. S. D. úlcera pt:ptica úlcera péprica Lavado gástrico

-41 gástri ca

E. V. Carcinoma do anrro

I Lavado g:ísrrico

5 I E. B. I úlcera suspeim I Úlcera benigna I Lavado gásrrico de malignidade L-tvado gásrrico

Inclusão parafina Escóva de A)•re-Oren

-T. z. A. I Carcinoma do I 6 - Lavado .t;ástrico

antro com es· rcnose

- I

I I Escóva de Ayre-Oren í I P. U. Idem -- - - -

ll I ). R. Idem - E~cóva de t\yre-Oren

I

I Escôv.a Jc- t\ )'rc-Orc-n 9 I ~t. J. ~t. Idem -I

I Bal:io Panico c co!. lo_ I J. c. Idem I -

N.O de lâminas

6

lO

I

Resultado citológico

Insatisfatório

Suspeito

Resul mdo I Observações histopac.

- Inoperável

Carcinoma sÓ· Gasrrectemia lido

4 Neg:ttivo

1

úlcera canceri· Gasrrecro mia

I p ..

zada

R I Laparotomia. OSIIIVO -Tumor inex·

i I tirpável. Fa· I leceu 3 meses I I após.

5 i s . I Adcnocarcinoma Gasrrectomia 1 uspeuo . Suspeito ulceroso ., 4 I Suspeito

I 8 Negat ivo

5 I Suspeito Inoperável

I -

I

- Faleceu 1 O dia> após o exame

5 I nsat isf.ttório~

Carcinoma sÓ· Necrópsia lido

5 Positivo I I ---·

.j Ne,g.uivo Carcinom~ es· Gastrecromia quirro>o

- -5 Suspeito - Inoperável

Page 83: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

N.o Nome I

li I ~1. P. G.

p l - I F. C.

13 :.1. T.

'" A. B. I

-15 H. f. S.

Radiologia

c~rcinonu do 1 antro com cs· tenosc I

ldr:m

Idem

Idem

Carcinoma do antro

Gastroscopia

--- ---

16 M. O. K. I Esrcnose orgâ- I nica do pilorol

I i I J. F. O. I Cnrcinoma do J antro com cs-

1 rcnosc

18 I M. B. I C a rei no ma ,lo I I corpo ,t::Í<trico

-------'

19 I N. K. I (;Jcc.ra _,.::íscrica I)Iccra péptic• pépllGl

1:_\ ]. P. l idem

QUADRO 1

Mét0d0 citológico

Dal iio Panico c col.

13alno Panico e col.

13.lliio P~nim c col.

Balão Panico c col. Lavado g:íscr ico

Baliio Rubin c col.

bvado gá<tr ico

Baliio Rubin c m l.

Balão Rubin <: col.

Balão Ruhin t: col.

Balão Rubin e col.

I I

I

!

I

I

I

I

I '

N.0 de lfu11inas

ó

(i

5

1 :>

-~

5

-------1

" 5

7

Rt.sultado citOlógico

Suspeito

Ncgacivo

Ne,~.::uivo

I Suspeiro Negat ivo

: Positivo

I

I

Hcsulrado hiswpat.

Adcnocarcinoma u lccrado I

-

-

Adcnocarcinom.1 ukcrado

Observações

Faleceu 15 dia< após o exame

Gastrectomia

La;>.trowmia. Tumor inex-tirpávcl

--Negou-se à ci-

rur."Ía ---

Gasrrccmmia

I Jnsari sfatÓriol C~rcinoma SÓ· I Lap<HOtOmia. lido Tumor ine::-

cirp:ível

I Ncgac ivo I - i Negou-se à ci-rurJ.,tia

1 Negativo I Adenocarcinomal Gastrectomia ulcerado

I Positivo I - I Laparowmia. Tu mor inex-cirp:ívtl

---Posicivo

1 AdenocarcinomaJ Gastrecromia

ulcerado

Page 84: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

N.O Nome

-;;-I J. c. I

22 I V. S.

--1-23 A. P. S. I I

Radiologia

Carcinoma do ~ntro

I Gastroscopia

Carcinoma do amro e corpo! do estôma.eo

úlcera péptica. I Carcinoma Um mês:1pós infiltração suspei ta ,.I M. F. O. I Carcinoma do -

25 I ]. C. B.

26 I M. J. M .

27 A. M.

28 A. G.

corpo gástrico

Idem

Idem

Carcinoma tio antro com estenose

Carcinoma. Úl· cera peq. cur­v:ltura

-

Carcinoma

I

-

QUr.DRO 3

MétOdo citológico _,

Baliio Rubin c col.

E~côva de Nicbur,L:5

Balão Rubin e col. Inclusão parafina

Escóva de Nicbur,l!s

L:wado gástrico Balão Rubin c col.

Lavado gástrico Ba lão Rubin c co l.

Escóva de Nieburgs Quimotrips ina

Quimmripsina

-~---

I

I I I

i

I

i I I

N.0 de lâminas

20

7

lO 'l

9

4 (J

~ 5

lO lO

lO

I I I

i

I

Resultado 1

citOlógico

Positivo

Ne,~:ativo

Positivo Posi tivo

Nc,~!ativo

Negativo Negativo

I Positivo Positivo

I

I

Resultado histopat.

Carcinoma in· di ferenciado

Observações

Gastrecromia

Adenocarcinoma Gastrectomia ulcerado

Aclenocarcinoma Biópsia por lapa· rotomia

I

I

- Negou-se 3 ci· rurg ia

AJenocarcinoma Laparoromi:1. T umor incx· tirpávcl. Biôp· sia epíploon

Carcinoma in· Laparoromia. dife renciado Tumor inex·

ti rpáve l. Bióp·

1- sia do tumor

Positivo - Negou-se :1 ci· Positivo rurgia

I

Positivo - Negou-se 3 ci· rur.~ia

- --- --

Page 85: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

ltESULTADOS INSATISFATÓRIOS

A ocorrência de resulrados insarisfarórios em rrês casos fo i devida à cunsidc:r:ivc:l presença de sangue em um c resíduo excessivo nos outros

dois. Ap<:1>ar de: lavagem gástrica preliminar, fei ra de forma meticulosa.

não conseguimos obrer esfregaços viáveis de: inrcrprctação citológica. O material mostrava-se muito escasso e profundamcnrc alwrado.

RE UL TAOOS l't\L OS-NEGt\Ti\"05

Tendo em ,·ista verificar a viabilid:~dc das células malignas passíveis

d;: csfoliac;ão, executamos raspagem dircra de lesões canceros:~s do cstô­

m:~go no decurso de inrervençõ~s cirúrgicas em nove casos. Sere dêks

h:~v iam sido submetidos ameriormenre a txamc cirológico. Em do:s casus

o exam:: ci tológico ames da inrerver.ção não pôde ser realizado.

Os rew lrados comparativos emre ns achados histoparo lógicos e ciro­

lóg icos, ésres provenientes de materia l colh ido dumnre a c irurgia, são os S(gu i mcs:

I N.O· I Nome I

I

-

2 I A. B. r

--- __ I .~ I o. S. ú.

5 I E R I

9 I M.]. M. I _I 18 I M. B.

20 J. P.

22 I V. S. I

_ 1 _ ____

E. D.

IM. S. P ..

Exame histopatOIÓ<;ÍCO

Carcinoma sólido

úlcera cancerizada

Adeno::r. rcincma ulcerado

---- -Carcincma esquirroso

--------Adenocarcinoma ulcerado

-------- --Adenocarcinoma ulcerado

----Adenocarcinoma ulc\.'rado

Adenocarcinoma ulcerado

Haspado d a lesão

Células malignas c:m bom _:_smdo de conservaç~o.

Células degeneradas i rreco-1- nhecívcis. ___ _

Células malignas em bom csrado de conservação.

Ausência de células malig-nas.

Célul:1s malignas em bom estado de conservação.

Células malignas em bom estado de conserv:~ção.

Células degeneradas irreco­nhecíveis.

Células malignas em bom esrado de cons e rvação acompanhad:~s de outras corn avançada degenera­ção.

Carcinoma sólido ulccradc· ~élulas malignas um pouco I degeneradas.

• N." rorrcspondente ao quadro 3.

Page 86: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-86 -

Nos casos falsos-ncgarivos 3, 9 e 22 ( qu:~Jro ?>), mesmo :1 rasp:~gem

da própria lesão foi incapaz de oferecer ctlulas malignas passíveis dt'

idemificaç~.o. menos poder-se-ia esperar pelo simples lavado ou pela abrasão

da escôva. O caso falso-negativo 12 ( quadro 3) tratava-se de adenocar­

cinoma extensamente ulcerado. É provável que o processo de necrose im­

pedisse a obtenção de célul:ts ínregras, que conservassem cs car:tcrercs dt­

malignidad<:. Não remos, no enranto, explicação para o caso de adeno­

carcinoma ulcerado n.• 18 ( quadro 3) que forneceu resulmdo falso-n<:ga­

rivo e, emreramo, pelo raspado di rero da lesão, inúmeras células maligna~

em bom ('Srado de conservação foram observadas. Os resranres falsCS·Il t'·

gntivos, n.'" 13, 17, 24 e 25 ( quadro 3) . eram rumores em evolução

muiw av:~nçada , localizados em estômagos com obsrrução oilórica. mzões

prov:íveis do fracasso do método nesses pacienres.

i\ltrODO DE COLHEITA

Visco lJUe não empregamos s isremàticamel1le, no mesmo paciente, os

diferenres processos de obten~·ão celular, não podemos tirar conclusões

definirivas sôbre seus valores comparativos.

D e um modo geral, observamos que os métodos abrasi,·os mecânicos

eram os que prop!Ctavam os melhores esfregaços. Lâminas mais limpas.

maior abtlndância de células foram fo rnecidas pelo uso dessas técnicas.

A conscrv~ção celular nos pareceu rambém a mais sat isfatória.

No caso de A. M. (N.• 27 do quadro 3), mnco os esfregaços pr<:pa­

rados pelo processo da quimotripsina como pela cscôva de Nieburgs, per­

miriram um diagnóstico positi vo para malignidade. No enmnro, cabe as­

sinalar, que as lâminas preparadas a partir da escôva. que graças a manobras

adicionais conseguiu, com êxito, ganhar a zo11.1 visada, comi nham uma

quanridade de células malignas significativamc.:nrl: nuior do que com a

quimorri psina 1'~.

Os laudos dos exames do grupo maligno for.un relacionados com os

métodos de· colheita empregados e esquematizados da seguinre forma:

Page 87: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-87 -

I ( Número de vêzcs)

~-Positivo-~ Ncgativ~ :-Su~cito 1-::arisf.

r_~a_v_ad_o_g_á_sr_ri_co _ _______ ! __ z __ , 3 1--4 __ : __ z _ _

1- ' - l 2 I 1--L-Escôva de A yre e Orcn

Escôva de Nieburgs

Balão de Panico, Papanicolaou c Coopcr

Ba lão de Rubin c: co!.

Qui morri psina

fnclusiic: em parafin:~

DIAG 6STICO CLINICO INCERTO

I , 1 _ _ 2_

I

'---1- 2

- 1--~ 1---() 3 I

------1---2 1

---- ---1---

"fio é raro. na clínica, deparar com sicuações nas quais :1 an:unnese,

os exames físico, radiológico, gastrnscúpico e do suco gástrico não deci­

dem da natureza benign:1 ou maligna de urna lesão gástrica. N esrcs casos.

a demonstração de: células malignas pelo exame cirológico. desfaz, na quase

rcral idadc das vêzes. a dúvida diagnósrica.

D ois casos de nossa casuística ih1str:1m bem a afirmação que acaba­

mos de fazer. Passaremos a relatá-los.

OBStRVt\Çi\0 I (c.t•o ~-" 1:.: do quadro :;,

]. P., masculino, com 57 ancs dc: idade, branco, casado. comerciante,

natural de Sanra Maria, R. G. S., residcnrc em Pôrro Alegre.

C:onsuiLcu pda primeira vez cm 20/ 2/ 5S, queixando-se desde há

:, meses. de náusc:!S qu e eram inrerprerad:ts pelo pacienre como indíc io

de fome. mas que: não passavam apesar de se alimenrar, rendo. inclusive

perdido o apetite. Emagreceu cên:a de 10 kg em 2 meses. Asrenia pro­

nun<.iada !; dispnéia de esfôrço. Rc:fcria ainda lombalgia e disúria.

O ex:~ me fís ico revelou um homem de I ,70 m de a ltura pesando

71 k~. Não apreser.rava nada de s igni ficarivt: :10 exame físico dos l_)rincipais

Page 88: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-88 -

sistemas. O exame radiológico do coração e dos pulmões foi normal. lns·

rabilidadc apofisária emre L3 c IA fo i constatada pdo exame radiológico

da coluna lombo-sacra.

Os exames rotineiros laboratoriais de unna c de sangue, inclusive

hemograma, proteinograma. lipidograma, provas de floculação do sôro c

oucros, não demonstraram anormalidades. A colecisrografia foi imeiramcnte

normal.

O exame radiológico do estômago pr:uicado em 26/ 2158. a restou lesão ulcer:~da da pequena curvarura do estômago, a qual foi considerada

pelo radiologista como provável úlcera péptica.

Um tratamc:nro dietético-medicamentoso rigoroso foi instituído e a

resposta clínica foi ins:ttisfatória.

Um r~ovo exame radiológico foi executado em 25 ) i 58, relatando

uma regressão das proporções do nicho ulceroso anrcriormecre descriro,

havendo proeminência dos bordos da úlcera, na opinião do radiologist.t

como sendo reação inflam:ttória. Ante a insistência do médico assistcnt('.

freme à ausência ele resposta cl ínica ao t<:stc: terapêutico. o radiologist.t

não afasrou a possibil idade de tratar-se de um carcinoma ou linfoma.

O ex.1me citológico foi levado a efeito em 3 I 3 '5S. Utilizou-se o balão abrasivo amral de Rubin e col. Células típicas de malignidade foram

observadas em apreciável quantidade. O citoplasma apresentava form:r· ções vacuolarcs típicas, segundo alguns amores Gfl, 7 ~, de adenocarcinoma.

Em 29 14/ 58 o paciente submeteu-se :r laparotomia. O cirurgião veri­ficou a presença de um tumor polipóide ulcerado, localizado rcsrrirameme

no corpo do estômago. A gastrecromia subtOtal realizou-se em muiro boas

condições. O laudo do exame histopatológico aresrou adenocarci nnrna

grau I do estômago com áreas de tipo g<:larinoso e gasrrite crônica.

Enquanto os exames radiológicos rotulavam a lesão como de natureza benigna, o exame citológico atestava sua malignidade. êssc faro encorajou

enormeme1•re a ind icação cirúrgica, que de ourra forma talvez só ficasse decid ida quando os aspccros radiológicos evidenciassem já uma lesão

considcràvelmenre maior, em tempo demasiadamente avançado. É bem possível, se não cerro de que o exame citológico, se empregado mais pre­

cocemente teria encurtado o intervalo entre o reconhecimento da lesão maligna c :1 c irurgia.

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- 89 -

1\t~ura I O - Aspecto rad io ló,t.; ico do paciente ). 1'. ( N." 20 do quad ro 3) , interpremdo como ú !cera péptica benigna, na extremidade distai da porçiio vertical da pequena curvatura

,t;áscrira.

OBSERVAÇÃO 2 ( caso N ." 1.9 do quadro 3)

N. K., masculino, com 57 anos de idade, branco, casado, comerciante,

natural da Polônia, residente em Pôrro Alegre.

Consulrou pela primeira vez em 18/ l0/ 1956 para uma revisão clínica

com o fim de submeter-se a uma prosratecromia por adenoma benigno.

Sua queixa principal resumia-se em discreta dor precordial de pouca

duração e sem relação com o exercício ou emoções. Dispnéia aos esforços

médios.

No seu passado referia hipertensão arterial de 160/ 130 rendo um

ECG normal. Pirose ocasional. Erucrações. Aerofagia. Intolerância às gor­

duras. No verão de 1956 teve uma hemarêmese sendo negativa a inves­

tigação clínica e radiológica nessa ocasião. Entretanto, a revisão das radio­

g rafias, mais tarde, mostrou que já havia sinais incipientes de lesão

gástrica. a ser descrita mais adiante.

Page 90: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

-90-

O exame físico revelou um homem de bom esrado gera l, pesando

70,7 kg e com 1,66 m de altura. Prótese demária superior e infer ior.

Tensão am:-rial de 150190. Nos principais sistemas, nada de anormal. O

exame rad iológico dos pu lmões e coração não relarou anormalidade. Apo:­

nas discret'l neu rrociropenia fo i surpreendida pelo hemograma. Os demais

exames laboracoriais roti nei rcs eram normais.

Em abril de 1957 um exame radiológico do esôfago, estômago <:

duodeno não ev idenciou qualquer suspeira de lesão orgânica. O hemo­

grama mostrou uma nít ida anem ia macrocítica h ipocrômica.

O pacieme apresemou em ju lho de 195 7, uma hemossed imenração

de 26 mm na 1! hora. Hanger + + +, Ti moi turvação 14 Unidades

Mac-Ciagan, floculação + 1 +. R etenção da bromo-sulfoh ale ína 45 mi­

nuros após injeção I. V. ele: 5 mg/ kg de pêso - 4,2 % . Concenrração da

prorrombir1a 100%.

O pacienrc conrinuou com sintomas dispépricos até que em dezembro

de 1957 um novo exame rad iológico do esôfago c do estômago foi feiro

revelando um pequeno di\'errículo esofágico ep ibrônquico c um grande

nicho ulceroso, sôbre a parede posterior do estômago, na porção a lra do

corpo, imed iatamente abaixo do fórn ice. A imcrpremção do radiologista

rendia mais para a natureza ben igna.

Gasrroscopia fo i levada a efeiro em janeiro de 1958. Visualizou-s<:

junco à grande curvarura. uma dobra de parede que ocul tava a lesão.

havendo htmorragia por ocasião da aspiração.

Em 24/ I / 58 um conrrôle rad iológico acusou uma redução de propor­

ções do ni.cho ulceroso.

Ourro conrrôle rad iológico executado 20 dias :t[)ÓS, demonstrou a inda

mais acentuada redução do nicho ulccroso. Nesra ocasião a pesquisa de

sangue oculto nas fezes foi negativa.

O exame cirológico fo i preced ido em 1/ 3; 58. Utilizou-se o balão

abrasivo a1~ rral de R ubi n e col. Cc mo no caso anre rior, vários grupa ­

mentos de células com caracteres inequívo::os de malignidade foram en­contrados.

Logo :!pÓs, um estudo radiológico do esôfago e estômago foi reali­

zado, evidenciando que o anrro cardía::o e o fórn ice tinham perdido a

flexibilidade. As pregas de mucosa da porção d iafragmárica do esôfago

tinham, n t ) enranro, desenho mucoso normal. Na mesma ocasião a pes­

qu isa de ácido clorídrico livre, pelo cesre do Diagnex, resul rou negariva.

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-91 -

O paciente viaJOU para São Paulo poucos dias após ingressando no

H ospital de Câncer daquela cidade. O exame radiológico, l:í praticado.

revelou zonas de defeitO de enchimemo amputando a grande curvarura

da c:írdia ( CA vegetame c infiluanrc da c:írdia c grande curvatura ).

Seguiu-se uma laparocomia rendo sido consrarado um grande wmor

invadindo a merade proximal do esrôrnago, formando um bloco com o

pâncreas. pequeno epíploon e lobo esquerdo do fígado, deixando a cárdia

pràricamenre livre. Havia ascire com disseminação no perirôn io visccral.

Não foi possível p raticar ressecção.

O paciente fa leceu poucos dias após a inrervenção.

Figura li - Aspecto raJ ioló,L:icu du paciente N . K . ( N ." 19 Jo quaJ ro 3) , i mcrprctado como ú lccra bc:n i .~.; na.

1 o presenr<: caso, se o exame ci to lógico t ivesse s ido rea lizado por

ocasião da primeira manifestação de lesão g:ísrr ica, qua l se ja a hcm:uêmes<:

aprescnc:~d ,, pelo pac iente dois anos am es, em 1956, quando a inda os

exames radiológicos pouco ou nada evidenciav:un, é mu iro provúvcl que

demonsrra:.se a existênc ia de lesão maligna inc ipicnce, ocasião em que uma c irurg ia adequada talvez, se não ccrramenre, determ inaria resu ltados

muito melhores. É de salicnmr, a inda, que a radiologia só fêz o diagnós­tico de rn:llignidade em um estádio em que a lesão já era inoperável.

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MICROFOTOGRAFIAS

Obtidas com o Microscópio Ortolux ( Ernst l citz) c o disposi tivo modêlo l\·t ykas ( Ernst Lcitz) adaptado it dmara Leica.

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Page 95: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

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Fi,c:ura 12 - Células normais d~ mucos.t ,d<!ric.t n 1r. Y l .

- •

Fi,~<ura 13 - Células normais Ja mucos.t J.:(tS!rÍC:t (500 X) .

11

Page 96: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

...

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- 97 -

F: . .:ur.1 I I - CC:Iul.ts rÚ,t r Íc-Js enconlr.t<l:l\ em J'.tcíeme i '<>r!.IJor de .t~J't r ice I)(;() X 1.

Fig ura I 5 - C.:Julas ~.bcricas encomr.tdas em paciente p<>n ador de :tnémi:t pe rnicio sa njo t r-.u :tda ( 500 X) .

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t

'

-99 -

Fi~ura 16 - C<'lulas .&-::Íslricas rnali!(nas: Anison ud<:ose. Esrnuur.t cromarínica ,cro~~ei ra ( 500 X) .

Fi.&-:ur:t 17 - C~ lubs ~ftstri cas malig nas: An isonudcosc. t3i nude<tçi"to. N udl-o los p roeminentes ( 1000 X).

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- 101-

r::,~mra IR - C.:.l~las .dstrica< mali.~.:na~: Aumemo Je t.un.mho. polimorfismo c superposição Jos núck:m

Attnwado h incrcromat i<rno C l'lC:O X 1.

Fi.&.:ura 19 - Células ~:Ístricas nuli~na<: Núci<'<>S au­mcmadm de tamanho. hipercrom:\ticos. com ):;randc<

condensações da cromati na ( I 000 X ) .

I ~

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CONCLUSõES

l - Um prosrcsso dos resultados do exame ciroló.gico do estômago,

rel:uados pelos aurores nos últimos cinco anos, em comparaç:io com

os <• nreriores, fo i consmtado pela revisão de 39 trabalhos publicados

nos doze últimos anos.

2 t\ experiência nos ensinou, confirmando o ressaltado por outros

amores, que o preparo prévio do pacienre, a técnica de colheira,

a fixação, a coloração e a investigação microscópica devem reves­

tir-se das mais meticulosas precauções para que o mérodo do diag­

nóstico c itológ ico do cftncer gástrico alcance os melhores resultados.

3 e;1hum acidente foi verificado nos 65 exames que praticamos em

48 p:tcier:res. T ()dos suportaram razoàvclmente bem a prova.

4 - O método se nos revelou roralmeme eficiente no grupo normal e

com lesôcs gástricas benignas. Nenhum rcsulrado falso-positivo foi

enC<'fltrado.

) As alterações cirológicas dc:correnrcs de processos inflamatórios e

ulccrosos do estômago não parecem levar a fal sas interpretações

de malignidade.

6 - t\ çxperiência pessoal é fator que influi dccisivamenrc na eficácia do método. O índice de 20'lt de positividade c: de 40l'f de sus­

peita, nas fases iniciais. foram levadas a um índice de p osi tividade

de 7091 quando a expl'riência pe:ssoal era maior.

1 Os pacientes com lesões infilrrativas <:xrensas, obsrrução pilórica ou

ulcerações consideráveis. são os mais diflcilmen1e diagnosticados

c i wlogicamen tt.

~ - Em crês casos falsos-negat ivos a raspagtm c\iru:1 da lesão mos­

rrou·se incapa;c de fornecer células com caracteres de malig nidade.

ó o exame hisrológico reconheceu a natureza das lesões. A ulcf'·

ração, bem como o tipo dt ncoplasia ( esquirroso em um dos casos) são farôres que influíram para a negatividade do exame ciwlógico.

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- 104

9 - A colheita do material pam exame: citológico pode ser feira de

diversas m::meiras. Julgamos que os processos abrasivos mecânicos

e mucolíticos propici:un resu ltados mais satisfatórios.

1 O - O cx:unc citológico do estômago, aliado aos outros recursos diagnós­

ticos, pode ser de grande valor no esclarecimento do diagnóstico

final do câncer gástrico.

RESUMO

Uma revisão cb literatura médica sôbre a citologia gástrica. focali ­

zando os principais aspectos concerncnces ao assunto foi apresentada.

Um grupo de ~8 indivíduos, composro por 28 pacic:nres com câncer

gásrrico, lO com lesões gástricas ben ignas e lO normais, foi objew Je es­

rudo citológico gástrico, c>mpregando-sc vários métodos p:ua colhêr o ma­teria l.

Nc:nhum resultado falso-positivo foi encontrado. Nos casos com lesões

malignas, índices iniciais de 20% de positividade e 40% de suspeira.

foram aumentados, nas fases finais, para 70% de posirividade. A aquisi ­

ção de maior experiência foi considerada como princi pai responsável por

êsse aumenro.

lncerrdações entre os exames cirológicos exccurados pelas técnicas

habiwais c raspados transoperatórios de lesões g:ístricas malignas foram

relatadas.

A presenram-se, também, os sum:írios de duas observações clínicas, nas

quais o exame cirol<Jgico desempenhou imporranre papel no esclareci ­

mento do diagnóstico.

Page 105: O Diagnóstico Citológico do Câncer Gástrico

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