O DISCO RÍGIDO 1-O INÍCIO - mdkinformatica.com.br · (ou quase elimina) os problemas de...
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O DISCO RÍGIDO
1-O INÍCIO
O HD ou Disco Rígido é um sistema de armazenamento de alta capacidade que, ao contrário da
memória RAM, não perde seus dados quando desligamos o computador, sendo por isso destinado
ao armazenamento de arquivos e programas. O HD é composto por vários discos empilhados que
ficam dentro de uma caixa lacrada, pois, como os discos giram a uma velocidade muito alta,
qualquer partícula de poeira entre os discos e a cabeça de leitura causaria uma colisão que poderia
danificar gravemente o equipamento. Sem dúvida, o disco rígido foi um dos componentes que
mais evoluiu na história da computação. O primeiro disco rígido foi construído pela IBM em 1957,
e era formado por nada menos que 50 discos de 24 polegadas de diâmetro, com uma capacidade
total de 5MB, incrível para a época. Este primeiro disco rígido, foi chamado de "Winchester" termo
muito usado ainda hoje para designar HDs de qualquer espécie.
Ainda no início da década de 80, os discos rígidos eram muito caros e modelos de 10 Megabytes
custavam quase 2.000 dólares, enquanto hoje compramos modelos de 500 Gigabytes por menos de
200 dólares.
2-CONEXÕES COM A PLACA MÃE
Se você fizer uma pesquisa por modelos de Discos Rígidos, certamente vai encontrar os termos IDE,
IDE/ATA, SATA e SATA2. De uma forma geral, já é de conhecimento comum que isso tem alguma coisa
a ver com velocidade, mas nem todos sabem exatamente o que significam. Estas siglas resumem-se
a nomes de padrões para interfaces de controladores, que são responsáveis pelos dispositivos de
armazenamento de dados do computador.
Nas Interfaces antigas a controladora (que em termos simples é uma espécie de padrão que faz a
ligação e transferência de dados entre os dispositivos de armazenamento no computador) fazia
parte da interface e não do próprio HD como é atualmente. Para facilitar a visualização, abaixo vamos
falar de cada uma delas em separado.
2.1-Padrão IDE
O IDE, do inglês Integrated Drive Eletronics, foi o primeiro padrão que integrou a controladora com
o Disco Rígido. Os primeiros HDs com interface IDE foram lançados por volta de 1986 e na época isto
já foi uma grande inovação porque os cabos utilizados já eram menores e havia menos problema de
sincronismo, o que deixava os processos mais rápidos.
Inicialmente, não havia uma definição de padrão e os primeiros dispositivos IDE apresentavam
problemas de compatibilidade entre os fabricantes. O ANSI (American National Standards Institute),
em 1990, aplicou as devidas correções para padronização e foi criado o padrão ATA (Advanced
Technology Attachment). Porém com o nome IDE já estava mais conhecido, ele permaneceu, embora
algumas vezes fosse chamado de IDE/ATA.
As primeiras placas tinham apenas uma porta IDE e uma FDD (do drive de disquete) e mais tarde
passaram a ter ao menos duas (primária e secundária). Cada uma delas permite a instalação de dois
drives, ou seja que podemos instalar até quatro Discos Rígidos ou CD/DVD-ROMs na mesma placa.
Para diferenciar os drives instalados na mesma porta, existe um “jumper” para configurá-los como
master (mestre) ou slave.
Inicialmente, as interfaces IDE suportavam apenas a conexão de Discos Rígidos e é por isso que há
um tempo atrás os computadores ofereciam como diferencial os famosos "kits multimídia", que
eram compostos por uma placa de som, CD-ROM, caixinhas e microfone. O protocolo ATAPI (AT
Attachment Packet Interface) foi criado para fazer a integração deste tipo de drive com o IDE, de
forma que se tornou rapidamente o padrão
2.2- Padrão SATA
O SATA ou Serial ATA, do inglês Serial Advanced Technology Attachment, foi o sucessor do IDE. Os Discos Rígidos que utilizam o padrão SATA transferem os dados em série e não em paralelo como o ATA. Como ele utiliza dois canais separados, um para enviar e outro para receber dados, isto reduz (ou quase elimina) os problemas de sincronização e interferência, permitindo que frequências mais altas sejam usadas nas transferências.
Os cabos possuem apenas sete fios, sendo um par para transmissão e outro para recepção de dados e três fios terra. Por eles serem mais finos, permitem inclusive uma melhor ventilação no gabinete. Um cabo SATA pode ter até um metro de comprimento e cada porta SATA suporta um único dispositivo (diferente do padrão master/slave do IDE).
Existem dois padrões de controladores SATA: o SATA 150 (ou SATA 1.5 Gbit/s ou SATA 1500), o SATA 300 (SATA 3.0 Gbit/s ou SATA 3000) e o SATA 600 (ou SATA 6.0 Gbit/s). Este último é a terceira geração desta tecnologia e foi lançado em Maio de 2009 e são melhor aproveitados por Discos rígidos de Estado Sólido.
2.3-Padrão SATA II
É chamado de SATA II ou SATA 2, basicamente todos os produtos da segunda geração do SATA (aquela com especificação de 3.0Gbit/s). A diferença entre o SATA e o SATA II é a basicamente a velocidade para transferência de dados.
2.4-Pinos X Velocidade Para uma melhor visualização, organizamos uma tabela com a quantidade de pinos e a velocidade da taxa de transferência de dados destes padrões.
3-FUNCIONAMENTO DO DISCO RÍGIDO
Dentro do disco rígido, os dados são gravados em discos magnéticos, chamados em Inglês de “ Platters” Estes discos internos são compostos de duas camadas. A primeira é chamada de substrato, e nada mais é do que um disco metálico, geralmente feito de ligas de alumínio. A fim de permitir o armazenamento de dados, este disco é recoberto por uma segunda camada, agora de material magnético. Os discos são montados em um eixo que por sua vez gira graças a um motor especial. Para ler e gravar dados no disco, usamos cabeças de leitura eletromagnéticas (heads em Inglês) que são presas a um braço móvel (arm), o que permite o seu acesso a todo o disco. Um dispositivo especial, chamado de atuador, ou “ actuator”em Inglês, coordena o movimento das cabeças de leitura.
3.1-GRAVAÇÃO E LEITURA DE DADOS
O platter de um disco rígido é recoberto por uma camada magnética extremamente fina. Na
verdade, quanto mais fina for a camada de gravação, maior será sua sensibilidade, e
consequentemente maior será a densidade de gravação permitida por ela.
Os primeiros discos rígidos, assim como os discos usados no início da década de 80, utilizavam a
mesma tecnologia de mídia magnética utilizada em disquetes, chamada "coated media", que além
de permitir uma baixa densidade de gravação, não é muito durável. Os discos atuais já utilizam mídia
laminada (plated mídia); uma mídia mais densa, de qualidade muito superior, que permite a enorme
capacidade de armazenamento dos discos modernos.
A cabeça de leitura e gravação de um disco rígido funciona como um eletroímã, semelhante aos que
estudamos nas aulas de ciências do primário, sendo composta de uma bobina de fios que envolvem
um núcleo de ferro. A diferença é que num disco rígido, este eletroímã é extremamente pequeno e
preciso, a ponto de ser capaz de gravar trilhas medindo menos de um centésimo de milímetro.
Quando estão sendo gravados dados no disco, a cabeça utiliza seu campo magnético para organizar
as moléculas de óxido de ferro da superfície de gravação, fazendo com que os pólos positivos das
moléculas fiquem alinhados com o pólo negativo da cabeça e, consequentemente, com que os pólos
negativos das moléculas fiquem alinhados com o pólo positivo da cabeça. Usamos neste caso a velha
lei "os opostos de atraem".
Como a cabeça de leitura e gravação do HD é um eletroímã, sua polaridade pode ser alternada
constantemente. Com o disco girando continuamente, variando a polaridade da cabeça de gravação,
variamos também a direção dos pólos positivos e negativos das moléculas da superfície magnética.
De acordo com a direção dos pólos, temos um bit 1 ou 0.
Para gravar as seqüências de bits 1 e 0 que formam os dados, a polaridade da cabeça magnética é
mudada alguns milhões de vezes por segundo, sempre seguindo ciclos bem determinados. Cada bit
é formado no disco por uma seqüência de várias moléculas. Quanto maior for a densidade do disco,
menos moléculas serão usadas para armazenar cada bit, e teremos um sinal magnético mais fraco.
Precisamos então de uma cabeça magnética mais precisa.
Quando é preciso ler os dados gravados, a cabeça de leitura capta o campo magnético gerado pelas
moléculas alinhadas. A variação entre os sinais magnéticos positivos e negativos gera uma pequena
corrente elétrica, que caminha através dos fios da bobina. Quando o sinal chega na placa lógica do
HD, ele é interpretado como uma seqüência de bits 1 e 0.
Vendo desta maneira, o processo de armazenamento de dados em discos magnéticos parece ser
simples, e realmente era nos primeiros discos rígidos (como o Winchester da IBM), que eram
construídos de maneira praticamente artesanal. Apesar de, nos discos modernos terem sido
incorporados vários aperfeiçoamentos, o processo básico continuawww.mis-sp.org.br. sendo o
mesmo.
3.2-TRILHAS, SETORES E CILINDROS
Para organizar o processo de gravação e leitura dos dados gravados no disco rígido, a superfície dos
discos é dividida em trilhas e setores. As trilhas são círculos concêntricos, que começam no final do
disco e vão se tornando menores conforme se aproximam do centro. Cada trilha recebe um número
de endereçamento, que permite sua localização. A trilha mais externa recebe o número 0 e as
seguintes recebem os números 1, 2, 3, e assim por diante. Para facilitar ainda mais o acesso aos
dados, as trilhas se dividem em setores, que são pequenos trechos onde são armazenados os dados,
sendo que cada setor guarda 512 bytes de informações. Um disco rígido atual possui até 900 setores
em cada trilha (o número varia de acordo com a marca e modelo), possuindo sempre mais de 3000
trilhas.
Para definir o limite entre uma trilha e outra, assim como, onde termina um setor e onde começa o
próximo, são usadas marcas de endereçamento, pequenas áreas com um sinal magnético especial,
que orientam a cabeça de leitura, permitindo à controladora do disco localizar os dados desejados.
Em HDs IDE estas marcas são feitas apenas uma vez, durante a fabricação do disco, e não podem ser
apagadas via software. Existem alguns programas como o Norton Calibrate, que prometem uma
formatação física não destrutiva, regravando as marcas de orientação o que, segundo os manuais,
melhoraria a confiabilidade do disco. Entretanto, a grande maioria dos discos atuais não permite
este tipo de regravação, também por que ela não é necessária. Ao rodar estes programas, apesar de
ser mostrado um indicador de progresso, não será feito absolutamente nada.
Além das trilhas e setores, temos também as faces de disco. Um HD é formado internamente por
vários discos empilhados, sendo o mais comum o uso de 2 ou 3 discos. Em geral, apenas HDs de
grande capacidade utilizam 4 ou mais discos. Assim como num disquete, podemos usar os dois lados
do disco para gravar dados, cada lado passa então a ser chamado de face. Em um disco rígido com
2 discos por exemplo, temos 4 faces. Como uma face é isolada da outra, temos num disco rígido
várias cabeças de leitura, uma para cada face.
Apesar de possuirmos várias cabeças de leitura num disco rígido, elas não se movimentam
independentemente, pois são todas presas à mesma peça metálica, chamada braço de leitura. O
braço de leitura é uma peça triangular, que pode se mover horizontalmente. Para acessar um dado
contido na trilha 982 da face de disco 3, por exemplo, a controladora do disco ativa a cabeça de
leitura responsável pelo disco 3 e a seguir, ordena ao braço de leitura que se dirija à trilha
correspondente. Não é possível que uma cabeça de leitura esteja na trilha 982, ao mesmo tempo
que outra esteja na trilha 5631, por exemplo, justamente por seus movimentos não serem independentes.
Já que todas as cabeças de leitura sempre estarão na mesma trilha de seus respectivos discos, deixamos de chamá-las de trilhas e passamos a usar o termo "cilindro". Um cilindro nada mais é do que o conjunto de trilhas com o mesmo número nos vários discos. Por exemplo, o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de disco, o cilindro 2 é formado pela trilha 2 de cada face, e assim por diante.
3.3-Setor de Boot.
1-O setor de boot é o lugar no disco onde ficam as informações de localização do sistema operacional. É onde a BIOS procura o sistema operacional no HD No setor de boot é registrado onde o sistema operacional está instalado, com qual sistema de arquivos o disco foi formatado e quais arquivos devem ser lidos para inicializar o computador. 2-Pode ser chamado MBR ou trilha 0 – Registro de Inicialização Mestre – falar sobre virus 2.1-Bootstrap 2.2-Tabela de partição 2.2.1-Quantas partições 2.2.2-Onde estão estas partições 4-SSD
O SSD é o substituto do HD. SSD é a sigla para Solid-State Drive, em português "Unidade de Estado Sólido". Trata-se de um tipo de dispositivo para armazenamento de dados que, de certa forma, concorre com os discos rígidos. Aceita-se a ideia de que seu nome faz alusão à inexistência de peças móveis na constituição do dispositivo, o que já não acontece nos HDs, que precisam de motores, discos e cabeçotes de leitura e gravação para funcionar. Em aparelhos SSD, o armazenamento é feito em um ou mais chips de memória, dispensando totalmente o uso de sistemas mecânicos para o seu funcionamento. Como consequência desta característica, unidades do tipo acabam sendo mais econômicas no consumo de energia, afinal,
não precisam alimentar motores ou componentes semelhantes (note, no entanto, que há outras
condições que podem elevar o consumo de energia, dependendo do produto).
Esta característica também faz com que "discos SSD "(não se trata de um disco, portanto, o uso
desta denominação não é correto, mesmo assim, é um termo relativamente comum) utilizem
menos espaço físico, já que os dados são armazenados em chips especiais, de tamanho reduzido.
Graças a isso, a tecnologia SSD começou a ser empregada de forma ampla em dispositivos
portáteis, tais como notebooks ultrafinos (ultrabooks) e tablets.
As conexões do SSD com a placa mãe são as mesmas vistas para o HD, conexões IDE e SATA.
Esses drives SSD também podem contar com uma pequena quantidade de memória RAM que atua
como cache (ou buffer), não só para acelerar o acesso aos dados mais utilizados, mas também para
aumentar a vida útil do dispositivo. E é claro: também podem ter um chip controlador (muitas
vezes chamado de SoC, de System on a Chip) responsável por gerenciar o acesso aos chips de
armazenamento.
A grande desvantagem do SSD é o preço que é bem mais alto que de um HD.