O EFEITO DA BANDAGEM ELASTICA FUNCIONAL NA DOR...
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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Curso de Fisioterapia
ARIELA DE JESUS CARNEIRO KARINA MARÍLIA MARQUES DE OLIVEIRA
O EFEITO DA BANDAGEM ELASTICA FUNCIONAL NA DOR LOMBAR EM GESTANTES
Bragança Paulista 2015
ARIELA DE JESUS CARNEIRO – RA: 001201100603 KARINA MARILIA MARQUES DE OLIVEIRA – RA: 001200901026
O EFEITO DA BANDAGEM ELASTICA FUNCIONAL NA DOR LOMBAR EM GESTANTES
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Fisioterapia, da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.
Orientadora: Profa. Mª. Nathalia Aiello Montoro.
Orientadora Metodológica: Profa. Ma. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa
Bragança Paulista 2015
ARIELA DE JESUS CARNEIRO KARINA MARILIA MARQUES DE OLIVEIRA
O EFEITO DA BANDAGEM ELASTICA FUNCIONAL NA DOR LOMBAR EM GESTANTES
Trabalho de conclusão de curso defendida e aprovada na Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Data de aprovação: ___/___/___
Banca examinadora:
_______________________________________________________________
Profª Mª Nathalia Aiello Montoro (Orientadora Temática)
Universidade São Francisco
_______________________________________________________________
Profª Mª Graziele Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica)
Universidade São Francisco
_______________________________________________________________
Prof. Me. Attilio Brisighelli Neto (Examinador)
Universidade São Francisco
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por me dar forças para concluir esta jornada, a minha
família que é meu porto seguro, principalmente meu pai e minha mãe, pois sem eles não poderia
estar concluindo meu sonho.
Ariela de Jesus Carneiro
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por ter
me dado força e saúde para prosseguir esta jornada, aos meus pais, irmão, família e Amor
pelo incentivo, amor e apoio incondicional, que sem eles não poderia estar concluindo meu
sonho.
Karina Marília Marques de Oliveira
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 8
2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 11
2.1 Objetivos Gerais ......................................................................................................... 11
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................. 11
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 12
4. ARTIGO CIENTIFICO ................................................................................................... 14
5. ANEXOS....................................................................................................................... 30
Anexo I ............................................................................................................................. 30
Anexo II ............................................................................................................................ 31
Anexo III ........................................................................................................................... 32
Anexo IV .......................................................................................................................... 39
6. APÊNDICES ................................................................................................................. 42
8
1. INTRODUÇÃO
A gestação é uma fase muito importante para mulher, pois representa
uma grande realização, mas apesar disso nem sempre é tranquila e sem
intercorrências. Devido aos ajustes anatômicos e fisiológicos, é possível a
queixa de dores, principalmente na região da coluna, devido ao aumento do
abdômen e mamas, levando a uma sobrecarga muscular.
Segundo Kisner (2009) existem varias alterações musculoesqueléticas
durante o período gestacional e a lombalgia é uma das grandes vilãs de dor na
mulher principalmente no ultimo trimestre de gestação. Este sintoma pode ou
não ser decorrente da gravidez, como consequência de alguma patologia ou se
desenvolver a dor durante a gestação. A anamnese e exame físico são de grande
valia para identificarmos se a paciente já relata algum problema anterior como:
hérnias de disco, osteófitos ou escoliose.
As alterações musculoesqueléticas ocorrem nos músculos abdominais,
que são distendidos no final da gestação, e diminui a capacidade de gerar forte
contração reduzindo sua eficiência. No assoalho pélvico, o ganho de peso
abdominal o faz suportar essa mudança e descer até 2,5 cm durante a gestação.
Nos tecidos conjuntivos e articulações os hormônios influenciam bastante em
relação a diminuição da força de tensão do ligamento. A fáscia toracolombar
fica em alongamento intenso, diminuindo a função de estabilidade do tronco,
tendo uma mobilidade articular excessiva predispondo a lesões, principalmente
na coluna, membros inferiores e pelve que estão sobrecarregados com o ganho
de peso (KISNER, 2009; FIRMENTO ET AL, 2012).
Como o centro de gravidade é deslocado por conta do aumento das
mamas e do útero, faz com que a postura seja alterada para manter equilíbrio e
9
estabilidade, como compensação há um aumento da lordose lombar e cervical e
os joelhos se hiperestendem (KISNER, 2009). A coluna superior e escápulas
ficam mais curvas, os membros superiores rodam internamente pelo aumento do
volume das mamas e essa postura pode persistir no pós-parto causando
encurtamento e fraqueza de músculos peitorais (KISNER, 2009; MADEIRA
2013).
Segundo Madeira (2013) a dor lombar é um fator cada vez mais
crescente entre gestantes, interferindo nas atividades da vida diária, o que pode
causar sérias consequências, sendo necessário identificar o motivo dessa dor e
tratar. Devido às alterações que ocorrem durante a gestação, principalmente na
região lombopélvica, acredita-se que a dor lombar esteja relacionada às várias
modificações da coluna vertebral durante a evolução da gravidez. O peso e a
ação de hormônios, aumento da hiperlordose lombar, o desvio do centro de
gravidade aumentam a sobrecarga das estruturas da coluna lombar gerando dor
(BARBOSA, 2011).
Atualmente discute-se muito sobre o tema, pela existência de vários
fatores de riscos associados. Para melhor identificar a causa, é preciso uma
avaliação minuciosa, verificar se a gestante já apresentava algum sinal de dor
antes da gravidez, bem como a existência de patologia prévia relacionada que
pode se agravar durante o período gestacional, tanto pela ação do hormônio
relaxina quanto pelas alterações musculoesqueléticas (GOMES, 2013).
Existem vários tratamentos fisioterapêuticos para dor lombar, incluindo
cinesioterapia, alongamentos, técnicas de Reeducação Postural Global (RPG),
Streching global, Pilates, exercícios de Core e Mackenzie, entre outros recursos
convencionais de eletrotermofototerapia. Recentemente vem sendo utilizada
10
uma nova técnica para o auxilio no tratamento da lombalgia - a Bandagem
Elástica Funcional (BEF) (GIL, 2011).
A técnica de BEF, também chamada de Kinesiotaping, foi criada a mais
ou menos 40 anos pelo quiroprata Dr. Kenzo Kase, no Japão. Sua teoria foi
embasada em que ao se aderir algum tipo de material, como uma fita, seria
possível trazer algum tipo de benefício aos vários tecidos como músculos,
fáscias, tendões e ligamentos, para a recuperação destes e melhora de sua função
(KENZO, 2003).
Na prática fisioterapêutica essa técnica vem sendo usada cada vez mais
em todas as suas áreas como ortopedia, neurologia, pediatria e também na saúde
da mulher. Apresenta benefícios como melhora da circulação sanguínea e
linfática e estimulo aos mecanoreceptores cutâneos. Quando aplicada sobre a
musculatura, tem como principio ativar ou diminuir sua ação e pode ser aplicada
para correção articular, aumento da estabilidade da articulação e melhora da
direção do movimento. Seu efeito analgésico acontece através de estímulos
sensitivos e mecânicos que se dão de maneira constante na pele, alcançando
assim os receptores sensoriais e nociceptivos. Dessa forma a analgesia se dá pela
teoria das comportas, onde há uma competição entre o estímulo nocivo e
proprioceptivo. Devido a velocidade do estimulo proprioceptivo ser maior que a
dolorosa, sua chegada ao corno posterior irá liberar substancias opióides
(GOSLING, 2013).
Em decorrência do amplo uso desta técnica na pratica clinica e da
incidência da dor lombar em gestantes somada a escassez de estudos específicos
nessa área, faz-se necessário novas pesquisas sobre o tema.
11
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Verificar a eficácia da técnica de bandagem elástica funcional em gestantes com
queixa de dor lombar no último trimestre de gestação, durante o pré-natal regular.
2.2 Objetivos Específicos
▪ Avaliar a frequência de alterações posturais em gestantes no último trimestre.
▪ Caracterizar a queixa de dor lombar em gestantes através do questionário de McGill e
sua intensidade pela Escala Visual Analógica (EVA)
▪ Comparar os resultados para dor lombar com orientação postural para gestantes e com
a aplicação da técnica de BEF associada a orientações posturais.
12
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KISNER, Carolyne COULB, Lynn Allen, Exercícios Terapeuticos –
fundamentos e técnicas, 5ª edição. Barueri; Manole, 2009, 972p.
FIRMENTO, Beatriz da Silva et al . Avaliação da lordose lombar e sua relação
com a dor lombopélvica em gestantes. Fisioter. Pesqui., São Paulo , v. 19, n.
2, p. 128-134, June 2012 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
29502012000200007&lng=en&nrm=iso>. access on 23 June 2015.
http://dx.doi.org/10.1590/S1809-29502012000200007.
GOMES, Mayra Ruana de Alencar et al . Lombalgia gestacional: prevalência e
características clínicas em um grupo de gestantes. Rev. dor, São Paulo , v.
14, n. 2, p. 114-117, June 2013 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
00132013000200008&lng=en&nrm=iso>. access on 23 June 2015.
http://dx.doi.org/10.1590/S1806-00132013000200008.
MADEIRA, Hellyne Giselle Reis et al . Incapacidade e fatores associados à
lombalgia durante a gravidez. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro , v.
35, n. 12, p. 541-548, Dec. 2013 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
72032013001200003&lng=en&nrm=iso>. access on 23 June 2015.
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032013001200003
BARBOSA, Cynthia Maria de Sousa; SILVA, José Mário Nunes da; MOURA,
Adeildes Bezerra de. Correlação entre o ganho de peso e a intensidade da dor
lombar em gestantes. Rev. dor, São Paulo , v. 12, n. 3, p. 205-208, Sept. 2011
.Availablefrom <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
00132011000300002&lng=en&nrm=iso>. access on 23 June 2015.
http://dx.doi.org/10.1590/S1806-00132011000300002
Kase K.; WallisJ.;Kase T. Clinical therapeutic applications of the Kinesio
Taping Method. 2 ed. Tokyo: Ken Ikai; 2003. p. 19-39.(1)
GOSLING, Artur Padão. Mecanismos de ação e efeitos da fisioterapia no
tratamento da dor. Rev. dor, São Paulo , v. 13, n. 1, p. 65-70, Mar. 2012 .
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
13
00132012000100012&lng=en&nrm=iso>. access on 23 June 2015.
http://dx.doi.org/10.1590/S1806-00132012000100012.
GIL, Vinicius Fernandes Barrionuevo; OSIS, Maria José Duarte; FAUNDES,
Aníbal. Lombalgia durante a gestação: eficácia do tratamento com Reeducação
Postural Global (RPG). Fisioter. Pesqui., São Paulo , v. 18, n. 2, p. 164-
170, June 2011.Availablefrom<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex
t&pid=S1809-29502011000200011&lng=en&nrm=iso>. access on 23 June
2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1809-29502011000200011.
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ARTIGO CIENTIFICO
O efeito da bandagem elástica funcional na dor lombar em gestantes
The effect of functional elastic bandage on low back pain in pregnant women
Ariela de Jesus Carneiro(a)
,Karina Marília Marques de Oliveira(b)
, ), Grazielle
Aurelina Fraga de Sousa(c),
Nathália Aiello Montoro(d)
(a) Discente do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança
Paulista, São Paulo, Brasil, [email protected] (b)
Discente do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança
Paulista, São Paulo, Brasil, [email protected] (c)
Docente do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança
Paulista, Mestre em Biologia Funcional e Molecular pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), Campinas, São Paulo, [email protected]
(d) Docente do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança
Paulista, Mestre em Tocoginecologia pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brasil, [email protected]
RESUMO
Introdução: A gestação é um período muito desejado pela mulher e também um momento de
muitas transformações no corpo, as alterações musculoesqueléticas e fisiológicas vem
acompanhadas de dores, predominantemente em região lombar. Objetivo: verificar a eficácia o
da bandagem elástica funcional (BEF) na dor lombar em gestantes. Métodos: Foi realizado um
ensaio clinico randomizado cego, nos ambulatórios de obstetrícia do Hospital Universitário São
Francisco em Bragança Paulista-SP e Pronto Atendimento da cidade de Extrema-MG, no
período de agosto de 2014 a janeiro de 2015. Resultados:Foram entrevistadas 22 gestantes,
dividida entre grupo controle (N=11) e grupo intervenção (N=11). Os dois grupos foram
semelhantes quanto à idade, idade gestacional e índice de massa corpórea. As diferenças
intragrupos foram analisadas pelo teste de Willcoxon, onde foi observada redução significativa
nos valores de EVA inicial e final em ambos os grupos (GI [p=0,03], GC [p=0,04]), porém, os
resultados do GI se mostraram mais evidentes. Na comparação entre os grupos pode se observar
pelo teste de Mann-Whitney diferença significativa na distribuição da EVA inicial (p=0,001) e
da EVA final (p=0,028). Conclusão: Verificamos que a BEF se mostrou eficiente no tratamento
da dor lombar em gestantes no último trimestre. Orientações posturais e exercícios de
relaxamento também contribuem para melhora da dor, principalmente quando conciliados a
técnica da BEF.
Palavras Chaves: Dor lombar, Gravidez, Fisioterapia, Fita Atlética.
15
ABSTRACT
Introduction: Pregnancy is a very desired period by a woman, and also a period of many body
changes, musculoskeletal and physiological changes. It is followed by pain, predominantly in
the lumbar region. Objective: Verify the effectiveness of the functional elastic bandage on low
back pain on pregnant women. Methods: We conducted a blind randomized clinical trial in
obstetrics clinics of São Francisco University Hospital in Braganca Paulista –São Paulo and on
the Emergency Department from Extrema city, Minas Gerais, from August 2014 to January
2015. Results: We interviewed 22 pregnant women that were divided into Control group (N =
11) and Intervention group (N = 11). Both groups were similar in age, gestational age and body
mass index. The volunteers’ average age on Control group was 25.54 ( ± 8.15 ) years old and
on Intervention group, it was 23.09 ( ± 5.06 ) years old. The intra-group differences were
analyzed by Willcoxon test where there was a significant initial and final reduction on EVA
values on both groups (IG [ p = 0.03 ] , CG [ p = 0.04 ] ), but the IG results were more evident.
Comparing the groups, it is possible to notice by the Mann- Whitney test a significant
distribution difference of the initial EVA ( p = 0.001 ) and final EVA ( p = 0.028 ) . Conclusion:
We verified that the Elastic Bandage Functional (BEF) was efficient on low back pain treatment
on pregnant women in their last quarter. Postural orientations and relaxing exercises also
contribute to ease the pain, mostly when reconciled with the BEF technique.
Key words: low back pain, pregnancy. Physiotherapy. Athletic Tape.
1. INTRODUÇÃO
A gestação é uma fase muito importante para mulher, pois representa uma grande
realização, mas apesar disso nem sempre é tranquila e sem intercorrências. Devido aos
ajustes anatômicos e fisiológicos, é possível a queixa de dores, principalmente na região
da coluna, devido ao aumento do abdômen e mamas, levando a uma sobrecarga
muscular.
Segundo Kisner (1) existem varias alterações musculoesqueléticas durante o
período gestacional e a lombalgia é uma das grandes vilãs de dor na mulher
principalmente no ultimo trimestre de gestação. Este sintoma pode ou não ser
decorrente da gravidez, como consequência de alguma patologia ou se desenvolver a
16
dor durante a gestação. A anamnese e exame físico são de grande valia para
identificarmos se a paciente já relata algum problema anterior como: hérnias de disco,
osteófitos ou escoliose.
As alterações musculoesqueléticas ocorrem nos músculos abdominais, que são
distendidos no final da gestação e diminui a capacidade de gerar forte contração
reduzindo sua eficiência. No assoalho pélvico, o ganho de peso abdominal o faz
suportar essa mudança e descer até 2,5 cm durante a gestação. Nos tecidos conjuntivos e
articulações os hormônios influenciam bastante em relação a diminuição da força de
tensão do ligamento. A fáscia toracolombar fica em alongamento intenso, diminuindo a
função de estabilidade do tronco, tendo uma mobilidade articular excessiva predispondo
a lesões, principalmente na coluna, membros inferiores e pelve que estão
sobrecarregados com o ganho de peso (1; 2).
Como o centro de gravidade é deslocado por conta do aumento das mamas e do
útero, faz com que a postura seja alterada para manter equilíbrio e estabilidade, como
compensação há um aumento da lordose lombar e cervical e os joelhos se
hiperestendem. (1). A coluna superior e escápulas ficam mais curvas, os membros
superiores rodam internamente pelo aumento do volume das mamas e essa postura pode
persistir no pós-parto causando encurtamento e fraqueza de músculos peitorais (1; 4).
Segundo Madeira (4) a dor lombar é um fator cada vez mais crescente entre
gestantes, interferindo nas atividades da vida diária, o que pode causar sérias
consequências, sendo necessário identificar o motivo dessa dor e tratar. Devido às
alterações que ocorrem durante a gestação, principalmente na região lombopélvica,
acredita-se que a dor lombar esteja relacionada às várias modificações da coluna
vertebral durante a evolução da gravidez. O peso e a ação de hormônios, aumento da
17
hiperlordose lombar, o desvio do centro de gravidade aumentam a sobrecarga das
estruturas da coluna lombar gerando dor (5).
Atualmente discute-se muito sobre o tema, pela existência de vários fatores de
risco associados. Para melhor identificar a causa, é preciso uma avaliação minuciosa,
verificar se a gestante já apresentava algum sinal de dor antes da gravidez, bem como a
existência de patologia prévia relacionada que pode se agravar durante o período
gestacional, tanto pela ação do hormônio relaxina quanto pelas alterações
musculoesqueléticas (3).
Existem vários tratamentos fisioterapêuticos para dor lombar, incluindo
cinesioterapia, alongamentos, técnicas de Reeducação Postural Global (RPG), streching
global, Pilates, exercícios de Core e Mackenzie, entre outros recursos convencionais de
eletrotermofototerapia. Recentemente vem sendo utilizada uma nova técnica para o
auxilio no tratamento da lombalgia - a Bandagem Elástica Funcional (20).
A técnica de Bandagem Elástica Funcional, também chamada de Kinesiotaping,
foi criada a mais ou menos 40 anos pelo quiroprata Dr. Kenzo Kase, no Japão. Sua
teoria foi embasada em que ao se aderir algum tipo de material, como uma fita, seria
possível trazer algum tipo de benefício aos vários tecidos como músculos, fáscias,
tendões e ligamentos, para a recuperação destes e melhora de sua função (6).
Na prática fisioterapêutica essa técnica vem sendo usada cada vez mais em todas
as suas áreas como ortopedia, neurologia, pediatria e também na saúde da mulher.
Apresenta benefícios como melhora da circulação sanguínea e linfática e estimula os
mecanoreceptores cutâneos. Quando aplicada sobre a musculatura, tem como principio
ativar ou diminuir sua ação e pode ser aplicada para correção articular, aumento da
estabilidade da articulação e melhora da direção do movimento. Seu efeito analgésico
acontece através de estímulos sensitivos e mecânicos que se dão de maneira constante
18
na pele, alcançando assim os receptores sensoriais e nociceptivos. Dessa forma a
analgesia se dá pela teoria das comportas, onde há uma competição entre o estímulo
nocivo e proprioceptivo. Devido à velocidade do estimulo proprioceptivo ser maior que
a dolorosa, sua chegada ao corno posterior irá liberar substancias opióides (31).
Em decorrência do amplo uso desta técnica na pratica clinica e da incidência da
dor lombar em gestantes somada a escassez de estudos específicos dessa área, faz-se
necessário novas pesquisas sobre o tema, contudo o objetivo desse estudo foi verificar a
eficácia da técnica de bandagem elástica funcional em gestantes com queixa de dor
lombar no último trimestre de gestação, durante o pré-natal regular.
METODOS
Trata-se de um ensaio clinico randomizado cego, realizado nos ambulatórios de
obstetrícia do Hospital Universitário São Francisco (HUSF) em Bragança Paulista-SP e
do Pronto Atendimento da cidade de Extrema-MG, no período de agosto de 2014 a
janeiro de 2015. Foram selecionadas 22 gestantes com idade gestacional acima de 36
semanas, sendo divididas igualmente e aleatoriamente em dois grupos. Foram incluídas
gestantes com presença de dor lombar e com acompanhamento pré-natal regular. Foram
excluídas mulheres com gestação de alto risco e com histórico de dor lombar anterior a
gestação. Todas foram submetidas à avaliação, em que responderam ao questionário de
dor de Mc Gill (32) e Escala Visual Analógica de dor (EVA) (1;2) através da pontuação
em uma linha reta, onde os números entre 0 a 10 representam ausência de dor e dor
insuportável, numa escala crescente. No grupo intervenção (GI), as voluntárias
receberam orientações posturais, exercícios de relaxamento e aplicação da BEF em
região lombar e no grupo controle (GC), foram realizadas orientações posturais e
exercícios de relaxamento. As voluntárias foram reavaliadas, no segundo atendimento
19
após uma semana. No GI as voluntárias além das orientações receberam a aplicação da
BEF em região lombar, que se deu pela técnica em “I” em região de paravertebrais. As
orientações posturais, fornecidas para ambos os grupos compreendiam informações
sobre hábitos posturais adequados nas atividades de vida diária (AVDs) e posturas de
relaxamento, bem como exercícios de alongamento de membros inferiores e membros
superiores, respiratórios como padrão respiratório diafragmático, massagem em região
de coluna lombar com auxilio de bolinhas.
As voluntárias também foram avaliadas quanto às possíveis alterações posturais
da gestação, sendo investigado o padrão postural típico esperado para a idade
gestacional ou exacerbação destas alterações. Foi aceito como modificações posturais
gestacionais o aumento da lordose lombar e cervical, hiperextensão de joelhos,
protrusão de ombros e aumento da base de sustentação.
Para analise estatística foi utilizado o programa SPSS 22.0, com nível de
significância de p ≤ 0,05. O teste de Mann-whitney e o teste de Wilcoxon foram
utilizados, respectivamente, para analisar as diferenças entre os grupos e entre as
avaliações.
2. RESULTADOS
A amostra foi constituída de 22 gestantes, dividida entre GC (N=11) e GI
(N=11). Os dois grupos foram semelhantes quanto à idade, idade gestacional e índice de
massa corpórea (IMC). A média da idade das voluntárias do grupo controle foi de 25,54
(±8,15) anos e do grupo intervenção foi de 23,09 (±5,06) anos (Tabela 1).
GC GI
Variáveis Média DP Média DP
Idade 25,5 8,1 23 5,06
20
Idade
Gestacional 37,1 0,9 37,09 1,81
IMC 31,6 9,3 27,8 4,9
A tabela 2 nos mostra as variáveis relacionadas à raça e escolaridade dos grupos
GI e GC descritas em porcentagem. Sendo observada predominância da raça branca
para o GC e parda para GI, contudo sem diferença significativa entre os grupos
(p>0,05).
Raça
N Controle N Intervenção
Branca 11 63,6% 11 27,3%
Parda 36,4% 54,5%
Negra 0,0% 18,2%
Escolaridade
Ensino Fundamental Completo
63,6% 45,5%
Ensino Médio Incompleto 9,1% 9,1%
Ensino Médio Completo 18,2% 27,3%
Ensino Superior Completo 9,1% 18,2%
Tabela 2. Características relacionadas à raça e escolaridade das voluntárias em ambos os
grupos.
Através de inspeção padronizada em vista anterior, lateral e posterior, com a
voluntária despida, as possíveis alterações foram classificadas em ausente, presente ou
acentuada. A maioria das mulheres em ambos os grupos apresentaram o padrão postural
típico da gestação, sendo representado por 90,9% do GI e 63,3% do GC. Foram também
questionadas quanto à prática de atividade física, sendo que 100% das voluntárias em
ambos os grupos relataram não praticar qualquer tipo de exercício físico durante a
gestação.
Tabela 1: Características descritivas, média e desvio padrão dos aspectos relacionados à
idade, idade gestacional e índice de massa corporal das voluntarias.
21
O questionário de dor de McGill foi utilizado para qualificar a dor das gestantes
através de seus descritores, que consistiram de 78 palavras subdivididas em grupos
componentes da dor como grupo sensorial, afetivo, avaliativos e miscelânea. Pode se
verificar que em ambos os grupos houve predomínio dos descritores na categoria
sensorial, sendo o índice médio de 23,0 (± 4,85) e 21,7 (± 4,69) para GI e GC
respectivamente. Apresentaram média dos descritores afetivos 7,18 (±1,47) no GI e 7,18
(± 1,94) no GC, Avaliativos 2,72 (± 1,84) no GI , 2,45 (± 1,50) no GC e miscelânea
8,00 (± 2,09) e 7,72 (± 3,06) no GI e GC respectivamente. O gráfico 2 expõe os
principais descritores da categoria sensorial.
A partir dos dados coletados pela EVA pode verificar-se que houve diferença
significativa da média da dor antes e após as orientações no GC e antes e após as
aplicações no GI (p<0,05). O grupo GI apresentou media de EVA inicial 6,73 (± 1,104)
e EVA final 0,73 (± 1,421), já o GC apresentou média de EVA inicial 4,45 (± 1,440) e
EVA final 2,18 (± 1,537). Foi observada redução significativa nos valores de EVA
inicial e final em ambos os grupos (GI [p=0,03], GC [p=0,04]), porém, entre os grupos,
Grafico1 demonstra os principais descritores do grupo sensorial em ambos os grupos de gestantes.
22
os resultados do GI se mostraram mais evidentes. Na comparação entre os grupos pode
se observar diferença significativa na distribuição da EVA inicial GI 6,73 e GC 4,45
(p=0,001) e da EVA final em GI 0,73 e GC 2,18 (p=0,028).
O gráfico 2 compara a média da intensidade da dor informada pelas gestantes no
primeiro atendimento e no segundo atendimento.
3. Discussão
A presença de dor lombar durante o período gestacional pode ser atribuída a
ação do hormônio relaxina que causa instabilidades das articulações e sobrecarga dos
Grafico2 Compara a intensidade da dor pela EVA das gestantes no primeiro atendimento e no
segundo atendimento com intervalo de uma semana entre eles.
4,45
6,73
0,73
2,18
23
músculos posteriores da coluna, diminuindo sua mobilidade e levando ao aumento de
dor (1;2). Com isso o aumento da lordose lombar não esta necessariamente relacionada
ao aumento da dor lombopélvica, como alguns autores relatam em seus estudos
(26;27;28;29).Gomes et al (21) relatam que 50% das gestantes apresentam dor em
região lombar durante o período gestacional, interferindo diretamente em sua qualidade
de vida. No trabalho de Jansen et al(10), os autores citam que o aumento do peso
corporal se dá principalmente no ultimo trimestre de gestação juntamente com o peso do
liquido amniótico e do feto, podendo estar relacionado ao agravo do quadro de dor
lombar apresentado pelas gestantes nesse período.
O ganho de peso ponderal em gestantes no último trimestre pode estar
correlacionado com a queixa de dor lombar. Barbosa et al (23), compararam através de
dados antropométricos e EVA, o ganho de peso e a lombalgia na gestação, apresentando
diferença estatística significativa (p<0,05) na comparação entre as variáveis. No
presente estudo, em ambos os grupos, as gestantes apresentaram-se acima do peso com
IMC de 31,6 (±9,3) no GC e 27,8 (±4,9) no GI. Este dado nos permite associar o
sobrepeso como possível fator contribuinte para a queixa de dor lombar na amostra
estudada. Além disso, devemos lembrar que todas as voluntárias deste estudo
responderem que não praticam atividade física. Sabemos que a pratica de atividades
físicas e boas orientações nutricionais contribuem para a perda de peso (22), o que pode
diminuir inúmeros prejuízos para a saúde, incluindo dores osteomusculares e alterações
na postura corporal, fatores representativos na incidência de dor lombar no período
gestacional.
Nesse estudo verificou-se a eficácia da BEF na dor lombar em gestantes no último
trimestre gestacional, visto que os resultados do GI se mostraram mais evidentes na
diminuição da dor pela escala EVA quando comparado com o GC, que também
24
apresentou resultados satisfatórios. A BEF apresenta amplo espectro de benefícios como
correção da função muscular, estímulo cutâneo que facilita ou limita o movimento e
redução da dor por vias neurais (1;3;5;10). Desta forma, foi possível observar um
importante papel da BEF que promoveu sensação de estabilidade e relaxamento na
coluna lombar, amenizando a dor de forma significativa no grupo de voluntárias que
receberam a intervenção (30).
Sabemos que a EVA é muito utilizada para mensurar a dor em diversos pacientes
por ser de fácil aplicação, confiável e adaptável às mudanças clínicas dos indivíduos (1).
Por isso vem sendo um dos instrumentos para avaliação de dor mais aplicados dentro do
âmbito da saúde por promover para ao indivíduo uma ferramenta visual na qual ele
consegue expor o quanto a dor incomoda. Por outro lado alguns autores relatam que a
EVA por ser uma escala unidimensional deixa de avaliar alguns itens importantes para
classificar a dor dos indivíduos, ficando limitada apenas a intensidade. (1;2). Esta
informação motivou a inserção do questionário de McGill para avaliação da dor lombar
em gestantes no presente estudo.
Segundo Ramos et al. (25), que avaliou a ativação do músculo transverso do
abdome em indivíduos com e sem queixa de dor lombar, existe um predomínio de
descritores sensitivos para os indivíduos com queixa de lombalgia, quando aplicado o
questionário de McGill. Os autores apresentaram como resultado uma média de 34
pontos para estes descritores dentre os indivíduos com dor lombar, o que corrobora com
o presente estudo, onde também houve predomínio de descritores sensitivos em ambos
os grupos.
O uso da BEF esta crescendo a cada dia mais dentro do campo da fisioterapia -
especialmente na área ortopédica, traumatológica e desportiva - por apresentar fácil
manuseio e bons efeitos no tratamento da dor localizada dos pacientes (30). Pudemos
25
observar resposta satisfatória também em gestantes no presente estudo. Apesar disso, os
trabalhos na área ainda são limitados, sendo instigante prosseguirmos com mais
pesquisas na área de obstetrícia.
Em seu trabalho de relato de caso, Leite (19), estudou quadro de fasceite plantar
e esporão de calcâneo, com queixa de dor intensa em região plantar e aplicação da BEF.
Neste caso, o uso da Therapy Tape® mostrou-se eficaz através de exames de
termografia clinica funcional computadorizada, antes e após uso da bandagem por um
período de 24h (9). Em outro estudo, Artioli et al (14) ressaltam também o beneficio da
técnica, mas afirmam que, quando utilizada juntamente com outras manobras
fisioterapêuticas, os resultados são ainda melhores. Em nosso estudo enfatizamos a
importância de orientar as posturas corretas durante as AVDs para mulheres grávidas, o
que pode ter contribuído para a melhora do quadro álgico das participantes (11).
Keskin et al. (24) em um estudo prospectivo randomizado, tiveram como
objetivo verificar o efeito da eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS) na
lombalgia durante a gravidez através da EVA. A amostra foi composta por 79
voluntárias que apresentavam EVA > 5 e foram dividas aleatoriamente em 4 grupos:
grupo controle, grupo tratamento com exercícios, grupo tratamento com acetaminofeno
e grupo tratamento com TENS. O grupo controle apresentou aumento de 57% da dor
lombar, no grupo tratamento com exercícios houve melhora de 95% da dor, enquanto os
grupos que faziam uso do acetaminofeno e que foram submetidos ao TENS
apresentaram completa melhora da dor lombar entre as participantes, sendo a
representação estatística mais significante relacionada ao grupo tratamento com TENS
(p< 0,001). Tanto a BEF quanto o uso da TENS apresentam seu efeito analgésico
explicado pela teoria das comportas, onde a dor é inibida pela estimulação das fibras
26
nervosas aferentes. Comparando o uso de ambas as técnicas, podemos afirmar que a
BEF representa menor custo em relação à aquisição do aparelho de TENS, o que pode
ser visto como uma vantagem para o recurso estudado neste trabalho.
Diante de tantas técnicas disponíveis no âmbito fisioterapêutico com resultados
significativos, podemos citar o trabalho realizado, por Gil et al (20), utilizando a técnica
de Reeducação Postural Global (RPG) que se mostrou eficaz no tratamento da dor
lombar em gestantes. No estudo as participantes foram divididas em dois grupos, sendo
que um recebeu somente orientações de rotina para melhora da dor e no outro grupo as
mulheres foram submetidas a sessões de RPG durante oito semanas consecutivas. Foi
avaliada a intensidade de dor durante o tratamento antes e após cada sessão e, ao final
do estudo, puderam observar que a dor lombar apresentou uma diminuição significativa
no grupo que recebeu a técnica, trazendo benefícios para aliviar quadro álgico durante o
período gestacional e melhorando as limitações funcionais. (10). No nosso estudo a
técnica de BEF, se mostrou eficaz em relação ao quadro de dor das gestantes, com
diminuição da dor em um período menor de tempo, ou seja, após uma semana da
intervenção. Além disso, a gestante submetida à aplicação da técnica, não precisa de
muito tempo para receber o tratamento, já que a aplicação é rápida e pontual. Em
contrapartida, devemos considerar o custo do material utilizado na BEF, que envolve as
fitas elásticas adesivas e sua troca após cerca de cinco dias de uso.
Desta forma, a BEF apresenta-se vantajosa comparada a outras modalidades
fisioterapêuticas, o que justifica prosseguirmos com mais pesquisas na área. Em
especial, a técnica pode ser favorecida para aplicação em gestantes, visto que houve
redução no quadro de dor em curto prazo de acompanhamento e, considerando a
limitação de algumas intervenções analgésicas no período gestacional.
27
4. CONCLUSÃO
Com esse estudo pode-se concluir que a Bandagem Elástica Funcional
(BEF) se mostrou eficiente no tratamento da dor lombar em gestantes no último
trimestre, bem como as orientações posturais e exercícios de relaxamento que
também contribuíram para melhora da dor, sugerimos continuidade dos estudos
na área associando os benefícios da BEF com diferentes técnicas de aplicação e
acompanhamento em longo prazo.
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33
ANEXO III
NORMAS DA REVISTA- FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO
INSTRUÇÕES PARA AUTORES
A Revista Fisioterapia em Movimento está alinhada com as normas de qualificação de
manuscritos estabelecidas pela OMS e pelo InternationalCommitteeof Medical
JournalEditors (ICMJE). A partir de 2009 somente são aceitos os artigos de ensaios
clínicos que tenham sido cadastrados em um dos Registros de Ensaios Clínicos
recomendados pela OMS e ICMJE. Trabalhos que contenham resultados de estudos
humanos e/ou animais somente serão aceitos para publicação se assumida a
responsabilidade no cumprimento dos princípios éticos da resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde (anexar a cópia do parecer do comitê de ética no ato da
submissão). Esses trabalhos devem obrigatoriamente incluir uma afirmação de que o
protocolo de pesquisa foi aprovado por um comitê de ética institucional. (Reporte-se à
Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, que trata do Código de Ética da
Pesquisa envolvendo Seres Humanos). Para experimentos com animais, considere as
diretrizes internacionais Pain, publicada em: PAIN, 16: 109-110, 1983.
Os pacientes têm o direito à privacidade e esclarecimento de tudo que se refere ao
estudo por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Em caso de
utilização de fotografias de pessoas/pacientes, estas não podem ser identificáveis ou as
fotografias devem estar acompanhadas de permissão específica escrita para uso e
divulgação das imagens. O uso de máscaras oculares não é considerado proteção
adequada para o anonimato.
INSTRUÇÕES GERAIS
Os manuscritos devem ser submetidos através do site na área de submissão de artigos.
Os trabalhos devem ser digitados em Word for Windows, fonte Times New Roman,
34
tamanho 12, espaçamento entre linhas de 1,5. As páginas têm como formato A4 e
devem ter a quantidade mínima de dez e máximo de quinze páginas, incluindo as
referências, ilustrações, quadros, tabelas e gráficos. O número máximo permitido de
autores por artigo é seis (6).
• As ilustrações (figuras, gráficos, quadros e tabelas) devem ser limitadas ao número
máximo de cinco (5), inseridas no corpo do texto, identificadas e numeradas
consecutivamente em algarismos arábicos. A arte final, figuras e gráficos devem estar
em formato tiff. Envio de ilustrações com baixa resolução (menos de 300 DPIs) pode
acarretar atraso na aceitação e publicação do artigo.
• Os quadros e a tabelas devem ser limitados ao mínimo indispensável e enviados
separadamente do texto em formato. DOC ou .XLS identificados e numerados
consecutivamente em algarismos arábicos. Na montagem das tabelas, seguir as normas
de apresentação tabular, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Estatística e
publicadas pelo IBGE em 1993 e o Sistema Internacional (SI) de unidades métricas para
as medidas e abreviações das unidades.
• Os trabalhos podem ser encaminhados em português ou inglês, devendo constar no
texto um resumo na língua predominante e outro no idioma inglês ou português. Uma
vez aceito para publicação, o artigo deverá obrigatoriamente ser traduzido para a língua
inglesa.
• Abreviaturas oficiais poderão ser empregadas somente após uma primeira menção
completa. Gírias, expressões e abreviaturas pouco comuns não deverão ser usadas.
• Deverão constar, no final dos trabalhos, o endereço completo de todos os autores,
afiliação (instituição de origem), telefone, fax e e-mail (atualizar sempre que necessário)
para encaminhamento de correspondência pela comissão editorial.
OUTRAS INSTRUÇÕES
• Sugere-se acessar um artigo já publicado em edição recente para verificar a
formatação dos artigos publicados pela revista;
• Todos os artigos devem ser inéditos e não devem ser submetidos para avaliação
simultânea em outros periódicos (anexar carta, assinada por todos os autores, com
exclusividade, transferindo os direitos autorais e assumindo a responsabilidade sobre
aprovação em comitê de ética, quando for o caso.);
• Afirmações, opiniões e conceitos expressados nos artigos são de responsabilidade dos
autores;
35
• Todos os artigos serão submetidos ao Conselho Científico da revista e, caso pertinente,
à área da Fisioterapia para avaliação dos pares;
• Não serão publicadas fotos coloridas, a não ser em caso de absoluta necessidade e a
critério do Conselho Científico.
No preparo do original, deverá ser observada a seguinte estrutura:
CABEÇALHO
Título do artigo em português (LETRAS MAIÚSCULAS em negrito, fonte Times New
Roman, tamanho 14, parágrafo centralizado), subtítulo em letras minúsculas (exceção
para nomes próprios) e em inglês (somente a primeira letra do título em maiúscula, –
exceção para nomes próprios), em itálico, fonte Times New Roman, tamanho 12,
parágrafo centralizado. O título deve conter no máximo 12 palavras, sendo
suficientemente específico e descritivo.
APRESENTAÇÃO DOS AUTORES DO TRABALHO
Nome completo, afiliação institucional (nome da instituição para a qual trabalha),
vínculo (se é docente, professor ou está vinculado a alguma linha de pesquisa), cidade,
estado, país e e-mail.
RESUMO ESTRUTURADO/STRUCTURED ABSTRACT
O resumo estruturado deve contemplar os tópicos apresentados na publicação. Exemplo:
Introdução, Desenvolvimento, Materiais e métodos, Discussão, Resultados,
Considerações finais. Deve conter no mínimo 150 e máximo 250 palavras, em
português/inglês, fonte Times New Roman, tamanho 11, espaçamento simples e
parágrafo justificado. Na última linha, deverão ser indicados os descritores (palavras-
chave/keywords). Para padronizar os descritores, solicitamos utilizar os Thesaurus da
área de saúde (DeCS). O número de descritores desejado é de no mínimo 3 e no
máximo 5, sendo representativos do conteúdo do trabalho.
CORPO DO TEXTO
• Introdução: deve apontar o propósito do estudo, de maneira concisa, e descrever quais
os avanços que foram alcançados com a pesquisa. A introdução não deve incluir dados
ou conclusões do trabalho em questão.
36
• Materiais e métodos: deve ofertar, de forma resumida e objetiva, informações que
permitam que o estudo seja replicado por outros pesquisadores. Referenciar as técnicas
padronizadas.
• Resultados: devem oferecer uma descrição sintética das novas descobertas, com pouco
parecer pessoal.
• Discussão: interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos existentes,
principalmente os que foram indicados anteriormente na introdução. Esta parte deve ser
apresentada separadamente dos resultados.
• Conclusão ou Considerações finais: devem limitar-se ao propósito das novas
descobertas, relacionando-as ao conhecimento já existente. Utilizar citações somente
quando forem indispensáveis para embasar o estudo.
• Agradecimentos: se houver, devem ser sintéticos e concisos.
• Referências: devem ser numeradas consecutivamente na ordem em que aparecem no
texto.
• Citações: devem ser apresentadas no texto, tabelas e legendas por números arábicos
entre parênteses.
“O caso apresentado é exceção quando comparado a relatos da prevalência das lesões
hemangiomatosas no sexo feminino (6, 7)”.
“Segundo Levy (3), há mitos a respeito dos idosos que precisam ser recuperados”.
REFERÊNCIAS
Todas as instruções estão de acordo com o Comitê Internacional de Editores de Revistas
Médicas (Vancouver), incluindo as referências. Recomenda-se fortemente o número
mínimo de referências de 30 para artigos originais e de 40 para artigos de revisão. As
referências deverão originar-se de periódicos que tenham no mínimo o Qualis desta
revista ou equivalente.
ARTIGOS EM REVISTA
- Até seis autores
Naylor CD, Williams JI, Guyatt G. Structured abstracts of proposal for clinical and
epidemiological studies. J ClinEpidemiol. 1991;44:731-737.
- Mais de seis autores: listar os seis primeiros autores seguidos de et al.
Parkin DM, Clayton D, Black RJ, Masuyer E, Friedl HP, Ivanov E, et al Childhood
leukaemia in Europe after Chernobyl: 5 year follow-up. Br J Cancer. 1996;73:1006-12.
37
- Suplemento de volume
- Suplemento de número
Payne DK, Sullivan MD, Massie MJ. Women ´s psychological reactions to breast
cancer.SeminOncol. 1996;23(1 Suppl 2):89-97.
- Artigosemformatoeletrônico
Al-Balkhi K. Orthodontic treatment planning: do orthodontists treat to cephalometric
norms. J Contemp Dent Pract. [serial on the internet] 2003 [cited 2003 Nov. 4].
Available from: URL: www.thejcdp.com.
LIVROS E MONOGRAFIAS
- Livro
Berkovitz BKB, Holland GR, Moxham BJ. Color atlas & textbook of oral
anatomy.Chicago:Year Book Medical Publishers; 1978.
- Capítulo de livro
Israel HA. Synovial fluid analysis. In: Merril RG, editor. Disorders of the
temporomandibular joint I: diagnosis and arthroscopy. Philadelphia: Saunders; 1989. p.
85-92.
- Editor, CompiladorcomoAutor
Norman IJ, Redfern SJ, editors. Mental health care for elderly people. New York:
Churchill Livingstone; 1996.
- Livros/Monografiasem CD-ROM
CDI, clinical dermatology illustrated [monograph on CD-ROM], Reeves JRT, Maibach
H. CMEA Multimedia Group, producers. 2nd ed. Version 2.0. San Diego: CMEA;
1995.
- Anais de congressos, conferências congêneres,
Damante JH, Lara VS, Ferreira Jr O, Giglio FPM. Valor das informações clínicas e
radiográficas no diagnóstico final. Anais X Congresso Brasileiro de Estomatologia; 1-5
de julho 2002; Curitiba, Brasil. Curitiba, SOBE; 2002.
Bengtsson S, Solheim BG. Enforcement of data protection, privacy and security in
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MEDINFO 92. Proceedings of the 7th World Congress of Medical Informatics;1992
Sept 6-10; Geneva, Switzerland. Amsterdam:North-Holland; 1992. p. 1561-5.
TRABALHOS ACADÊMICOS (Teses e Dissertações)
38
Kaplan SJ. Post-hospital home health care: the elderly´s access and utilization
[dissertation]. St. Louis: Washington Univ.; 1995.
TABELAS E QUADROS
Todas as Tabelas e Quadros devem seguir o padrão conforme exemplo:
TABELA 1 - Relação: estatura x peso (meninos de 13 anos)
Peso Estatura
35 128
38 140
45 140
52 150
50 130
38 110
30 140
Fonte: DUARTE, 1985, p. 19.
É importante que, durante a execução do trabalho, o autor consulte a página da revista
online e verifique a apresentação dos artigos publicados, adotando o mesmo formato.
Além de revisar cuidadosamente o trabalho com relação às normas solicitadas,
recomendamos que o autor efetue uma conferência cuidadosa dos seguintes itens ao
término do trabalho: tamanho da fonte em cada item do trabalho, numeração de página,
notas em número arábico, a legenda de tabelas e quadros, formatação da página e dos
parágrafos, citação no corpo do texto e referências conforme solicitado. Deve ser dada
especial atenção ao idioma português ou inglês utilizado no texto, pois a equipe deste
periódico não realiza correção de ortografia. Erros dessa natureza inviabilizarão a
publicação. E por fim, se todos os autores citados constam nas referências do trabalho.
Os artigos que não forem adequados conforme descrições acima não serão aceitos.
39
NOTA: Fica a critério da revista a seleção dos artigos que deverão compor os
fascículos, sem nenhuma obrigatoriedade de publicá-los, salvo os selecionados pelos
pares.
43
Apêndice
Ficha de Avaliação Pesquisa no [ ___ ]
Nome:__________________________________________________________
Endereço: __________________________________ Bairro: ______________
Cidade:___________________________________Telefone:______________
Data de Nascimento:____/____/____ Idade: ______
Estado civil:____________________ Cor ou raça: _____________________
Escolaridade:__________________ Profissão:_______________________
Peso: ________________________ Altura: _________________________
Atividade física: ( ) NÃO ( ) SIM ___________________________________
Dados obstétricos:
G ___ PN ___ PC ___ A ___ IG _______ DPP ____/____/____
Intercorrências obstétricas:__________________________________________
Avaliação da dor:
HMA:
Uso de medicamentos:
Exames Complementares:
Avaliação postural: