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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por computador nas disciplinas de Teoria da Região e Regionalização e Abordagem Cultural e Teórico-Cietífica sobre o conceito de paisagem no curso de Geografia da UFPB/JP Francisco das Chagas Alves João Pessoa 2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA

DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por computador nas disciplinas de Teoria da Região e Regionalização

e Abordagem Cultural e Teórico-Cietífica sobre o conceito de paisagem no curso de Geografia da UFPB/JP

Francisco das Chagas Alves

João Pessoa 2007

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Francisco das Chagas Alves

O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por computador nas disciplinas de Teoria da Região e Regionalização

e Abordagem Cultural e Teórico-Cietífica sobre o conceito de paisagem no curso de Geografia da UFPB/JP

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Geografia da Universidade Federal da Paraíba, para obtenção do grau de bacharel no curso de Geografia.

Orientador: Prof. Ms Paulo Roberto de Oliveira Rosa

João Pessoa

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2007

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ALVES, Francisco das Chagas.

O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por computador nas disciplinas de Teoria da Região e Regionalização e Abordagem Cultural e Teórico-Cietífica sobre o conceito de paisagem no curso de Geografia da UFPB/JP

ALVES, Francisco das Chagas. João Pessoa: UFPB, 2007. XXXp. Monografia (Graduação em Geografia) Centro de Ciências Exatas e da Natureza – Universidade Federal da Paraíba.

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Francisco das Chagas Alves

O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por

computador nas disciplinas de Teoria da Região e Regionalização e Abordagem Cultural e Teórico-Cietífica sobre o conceito de

paisagem no curso de Geografia da UFPB/JP

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Geografia da Universidade Federal da Paraíba, para obtenção do grau de bacharel no curso de Geografia.

Orientador: Prof. Ms Paulo Roberto de Oliveira Rosa

João Pessoa 2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA

DGEOC

Francisco das Chagas Alves

O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por computador nas disciplinas de Teoria da Região e Regionalização e Abordagem Cultural e Teórico-Cietífica sobre o

conceito de paisagem no curso de Geografia da UFPB/JP

Aprovada em:_____/_____/_____

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA

DGEOC

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________ Prof. Ms Paulo Roberto de Oliveira Rosa

Orientador

____________________________________ Prof. Dr Umbelino de Freitas Neto

Examinador

____________________________________ Prof. Dr Lucídio Formiga

Examinador

João Pessoa 2007

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A minha família (esposa e filha), como resultado das minhas horas de

afastamento, em que por vezes não pude proporcionar a coisa mais simples do mundo:

companhia;

A minha querida mãe, pois ela me ensinou os primeiros passos para que eu

pudesse entrar nesta vida concorrida do mundo que vivemos, deu-me os conceitos morais,

apoio a minha educação, muitas vezes retirando de si as oportunidades de uma vida mais

confortável, para que eu tivesse esse conforto;

Ao meu irmão José Airton e minha irmã Ana Lúcia, pois foram seus exemplos

que me fizeram perceber que apesar da nossa origem humilde, nós éramos capazes de

chegarmos mais longe

A todos aqueles que têm coragem de ousar, que consideram que o mundo da

educação pode proporcionar as ferramentas para chegarmos a degraus que no início de nossas

vidas nem imaginamos um dia trilhar

Ao espírito empreendedor da equipe de trabalho do EAD 2006 (TRR e Estudos da

Paisagem) que não se deixou esmorecer e conseguiu conduzir, junto comigo, o trabalho até o

fim.

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Agradecimentos

Agradecer ao final de uma jornada é reconhecer que dificilmente poderíamos chegar aonde chegamos sozinhos e lembrar de todo o apoio recebido.

A minha mãe Maria Socorro,

Pela forma como me recebeu neste mundo e com todo carinho guiou meus primeiros passos.

A minha esposa Édina, Minha companheira de todas as horas, pois é você que partilha comigo as alegrias e as

dificuldades e com seu jeito especial me ajuda a seguir em frente em busca de um futuro melhor.

Minha alma gêmea.

À minha filha Clara, Que viveu comigo toda esta caminhada acadêmica, embora tão novinha, já parecia entender o

universo que apontava a nossa frente.

Ao Professor e orientador Paulo Roberto de Oliveira Rosa, Pela confiança, pois tenho certeza que este trabalho mais do que um trabalho acadêmico este

sintetiza a realização de um sonho antigo.

A Equipe de trabalho LABEMA, Pela recepção sempre a acolhedora, a amizade e o apoio. Fizeram com que eu me sentisse

parte do grupo.

A Professora e amiga Emília Maria da Trindade Prestes, Pela amizade sincera e por muitas vezes ter sido a nossa família em João Pessoa.

Aos amigos e amigas do curso de Geografia, e de toda a UFPB, Que me acompanharam nesta jornada.

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Epígrafe

Toda educação emana de alguma imagem do futuro. Se a imagem do futuro aceita por uma sociedade for de modo geral inexata, o seu sistema educacional atraiçoará os jovens. Imaginemos uma tribo índia que durante séculos singrou em pirogas o rio á frente. Todo o tempo, a economia e a acultura da tribo dependeram da pesca, preparando e cozinhando os produtos do rio, cultivando víveres em solo fertilizado pelo rio, construindo barcos e ferramentas adequados a situação. Enquanto a taxa de mudança tecnológica nessa comunidade permanecer lenta, enquanto nenhuma guerra, invasão ou epidemia ou qualquer desastre natural perturbar o ritmo regular da vida, será simples para a tribo formular uma imagem exeqüível do futuro, uma vez que o amanhã simplesmente repetirá o ontem. Ë dessa imagem que flui a educação.

(TOFFLER, 1977)

(...) a adoção de novas estratégias frente às crises tecnológicas contemporâneas (...) supõe mudanças significativas na cultura dos homens e das organizações, geralmente pouco adaptados a ação estruturada do trabalho em redes de comunicação; a um melhor conhecimento dos modos de gestão de crises (ferramentas tecnológicas, condução de grupos, esquemas de organização, em fim, o conhecimento de múltiplas experiências casos reais ou exercícios de simulação) que podem oferecer uma bagagem geral sobre este surpreendente universo das crises pós-acidente [ecológico]” (C.Gilbert, 1986)

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Resumo

O ensino a distância tem conseguido cada vez mais espaço na sociedade em que vivemos face à facilidade da administração do tempo, a mobilidade e a interação. Diversas universidades no Brasil já iniciaram há bastante tempo suas atividades nesta área e como a UFPB ainda não tinha experimentado o uso desta tecnologia, este trabalho procura analisar o processo de ensino a distância, e mais especificamente as relações entre os estudantes e os professores e tutores. Neste trabalho de análise realizado junto às turmas das disciplinas Teoria da Região e Regionalização e Abordagem Teórico-Cultural do Conceito de Paisagem onde utilizamos a Plataforma MOODLE de ensino a distância, um software open-source, ou seja, possui direitos autorais, mas esse direito é público, em resumo todos os que desejarem podem utilizá-lo. O projeto pedagógico da disciplina organizado pelo Prof. MS PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA ROSA, do curso de Geografia da UFPB, procura centrar as atividades dos estudantes na leitura e na escrita, anunciando que “pra saber ler, precisamos saber escrever”. Anunciado este oriundo de observação sistemática em sua larga experiência como professor. A interação foi mediada pelo uso do computador de forma semipresencial na disciplina TEORIA DA REGIÃO E REGIONALIZAÇÃO e totalmente on-line na disciplina ABORDAGEM CULTURAL E TEÓRICA SOBRE O CONCEITO DE PAISAGEM, tendo seu enfoque nos feedbacks entre o professor, tutores e estudantes. Foi analisado o uso das ferramentas da Plataforma MOODLE, onde verificamos a participação dos estudantes dos dois grupos de controle, anunciando os pontos fortes e os que precisam ser melhorados. Inevitavelmente o tempo todo estará nos remetendo à comparação com o ensino totalmente presencial, pois é a pratica tradicional da escola no Brasil. Pretendendo pois constituir-se em uma referência para futuras atividades em EAD na UFPB por tratar-se de trabalho pioneiro na UFPB.

Palavras chave: Ensino à distância, Plataforma MOODLE, Projeto Pedagógico

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Abstract

The teaching the distance has been getting space more and more in the society in that lived face to the easiness of the administration of the time, the mobility and the interaction. Several university in Brazil already began your plenty time activities in this area and as UFPB had not still tried the use of this technology, this work it tries to analyze the teaching process the distance, and more specifically the relationships between the students and the teachers and tutors. In this analysis work accomplished the groups of the disciplines Theory of the Area and Regionalization and Theoretical-cultural Approach of the Concept of Landscape where we used the teaching Platform MOODLE the distance, close to a free software, in other words, it doesn't possess copyrights. The pedagogic project of the discipline organized by teacher PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA ROSA, of the course of Geography of UFPB, it tries to center the students' activities in the reading and in the writing, announcing that " for knowing to read, we needed to know to write ". Announced this originating from of systematic observation in your it releases experience as teacher. The interaction was mediated by the use of the computer of form semipresencial in the discipline THEORY OF the AREA AND REGIONALIZATION and totally on-line in the discipline CULTURAL AND THEORETICAL APPROACH ON THE CONCEPT OF LANDSCAPE, tends your focus in the feedbacks among the teacher, tutors and students. The use of Plataforma MOODLE'S tools was analyzed, where we verified the students' of the two control groups participation, announcing the strong points and the one that need be improved. Intending because to constitute in a reference for future activities in EAD in UFPB for treating of pioneering work in UFPB.

Words key: Long-distance education, Plataforma MOODLE, Pedagogical Project

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Lista de Figuras

Figura 1 – Página principal da disciplina presencial TRR que está sendo assistida por computador para a turma de 2006.2

Figura 2 – Continuação da primeira página da disciplina TRR Figura 3 – Página principal da disciplina optativa virtual Estudos de Paisagem para a turma de 2006.2

Figura 4 – Mapa conceitual – arranjo produtivo didático para ambas as disciplinas Figura 5 – Informativo – orientação para a disciplina Estudos de Paisagem Figura 6 – Página inicial – Primeiro contato do estudante Figura 7 – Área de cadastramento Figura 8 – Uso da ferramenta “mensagem”. Envio de mensagem Figura 9 – Uso da ferramenta “mensagem”. Recebimento de mensagem Figura10 – Uso da ferramenta “fórun” Figura11 – Uso da ferramenta “avaliação” Figura12 – Uso da ferramenta “notas” Figura13 – Uso da ferramenta questionário Figura14 – Uso da ferramenta tarefa Figura15 – Gráfico de participações no chat por seção Figura16 – Uso da ferramenta chat Figura17 – Gráfico de distribuição por sexo Figura18 – Gráfico de distribuição por faixa etária Figura19 – Gráfico de distribuição – gosto pela escrita Figura20 – Gráfico de distribuição – acesso ao uso do computador Figura21 – Gráfico de distribuição – uso do e-mail Figura22 – Gráfico de distribuição – acesso a Internet Figura 23 – Página da disciplina TRR anunciando o PPD incluindo o Roteiro de Rotinas

Figura 24 – Intervalo de classes do número de acessos a plataforma - TRR Figura 25 – Gráfico - acessos a plataforma - TRR Figura 26 – Intervalo de classes do número de acessos a plataforma - ACTCCP Figura 27 – Gráfico - acessos a plataforma - ACTCCP Figura 28 – Gráfico da evasão na disciplina ACTCCP Figura 29 – Gráfico da evasão na disciplina TRR Figura 30 – Relatório de ultimo acesso a disciplina ACTCCP Figura 31 – Relatório de tempo utilizado para cada atividade Figura 32 – Demonstrativo de atividades de uma aluna da disciplina Figura 33 – Comentário no fórun Figura 34 – Comentário no fórun Figura 35 – Comentário no fórun

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO PRIMEIRA PARTE 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-CONCEITUAL 2 - METODOLOGIA SEGUNDA PARTE 1. O USO DAS FERRAMENTAS NA PLATAFORMA MOODLE

1.1 O uso da ferramenta “mensagem”

1.2 O uso da ferramenta “fórun”

1.3 O uso da ferramenta “avaliação”

1.4 O uso da ferramenta “notas”

1.5 O uso das ferramentas “atividades” 1.5.1 Questionário 1.5.2 Tarefa

1.6 – O chat 2. AS POTENCIALIDADES E DIFICULDADES RELATIVAS A MEIOS MATERIAIS E HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO EM MEIOS VIRTUAIS – O PERFIL DO ESTUDANTE

2.1 Distribuição dos grupos quanto ao sexo

2.2 Distribuição dos Grupos quanto à idade

2.3 O Gosto pela escrita

2.4 A disponibilidade de uso do computador

2.5 A disponibilidade do uso do e-mail e freqüência de acesso a internet

2.6 Participações anteriores em um curso on-line 3. A COERÊNCIA DO PROJETO PEDAGÓGICO DA DISCIPLINA - PPD

4 - INVENTÁRIO SOBRE O FEEDBACK

4.1 A análise da permanência

4.2 Freqüências de acesso a plataforma pelo estudante

4.3 O fórun 5 - SONDAGEM DO GRAU DE SATISFAÇÃO DO ESTUDANTE - COMPARAÇÃOO COM O SISTEMA PRESENCIAL

6- AS QUESTÕES LEGAIS NO EAD E E-LEARNING NA UFPB

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TERCEIRA PARTE

CONSIDERAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Apêndices Anexos

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INTRODUÇÃO

O Ensino a distância não é novidade, certamente que ele ganhou muito impulso com

os últimos avanços da tecnologia. Antes que a atual popularização, que reduziu em muito o

preço dos computadores, tínhamos outras formas de EAD, como exemplo pode-se citar os

cursos produzidos pelo IUB – Instituto Universal Brasileiro, que inicialmente constavam da

remessa de livros, para a formação de diversas áreas técnicas, inclusive com algumas já

próximas da informática como por exemplo a eletrônica. Forma mais recente que podemos

citar são os cursos remetidos por CD-ROM, onde de forma interativa, e já utilizando o

computador o estudante recebia este CD-ROM e passava a acompanhar seus estudos pelas

aulas que ele trazia, era um trabalho não podia sofrer qualquer ajuste, pois uma vez criado o

receptor daquele material teria que utilizá-lo daquela forma. O resultado da interação da

educação do sistema escolar com essas experiências anteriores, aliadas ao uso de tecnologia

em software faz com tenhamos chagado as plataformas de ensino a distância, uma delas da

qual pretendemos discorrer neste trabalho é o 1MOODLE.

O MOODLE é um é um LMS (Learning Management System2), ou seja, um software

projetado para atuar como sala de aula virtual, gerando assim várias possibilidades de

interações entre seus participantes.

O interesse pelo Ensino a Distância surgiu de uma experiência anterior vivida pelo

Professor Orientador Paulo Roberto de Oliveira Rosa, que sempre vislumbrando as

oportunidades do futuro e aliado a seu espírito empreendedor sugeriu o presente tema. A

informática faz parte da minha vida cotidiana e profissional pois trabalho como administrador

da rede de computadores de um órgão governamental do poder executivo, particularmente na

parte de hardware, software e redes, trabalho este já conhecido pelo professor, requisitos estes

que me possibilitaram uma visão mais ampliada do sistema de EAD. O que eu não sabia e que

a pesquisa me proporcionou foi saber que o universo do ensino a distância é ainda mais amplo

do que eu imaginava, não se trata apenas de uma fria relação homem versus máquina, existe

toda uma nova rede de relações que se estabelecem e modificam a forma de construir o

conhecimento é o que os americanos denominam 3e-learning.

1 Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment - Sistema criado por Martin Dogeamas em 1990 e mantido por ele até hoje, software open-source, ou seja, seu registro permite a livre distribuição - Ambiente de Aprendizagem Dinâmico Objeto Orientado por módulo. 2 Learning Management System – Sistema de Administração de Aprendizado 3 O termo e-learning é o fruto de uma combinação ocorrida entre o ensino com o auxílio da tecnologia e a educação a distância.

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Oportunamente e acho que com certeza o tato do professor não falhou, nesta mesma

época tem início ao programa do Governo Federal intitulado Universidade Aberta. Na

verdade ele já tinha sido instituído em junho de 2006, com decreto do presidente da república,

com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação no

país, porém agora ele começava a tomar fôlego e avançar, estando assim aberto o campo para

o desenvolvimento deste trabalho e de outros que ainda virão. A proposta do governo federal

é centrada em expandir e interiorizar o acesso ao conhecimento, mas acreditamos que o

ensino a distância é mais do que simplesmente difundir o conhecimento que existe hoje, é

uma nova forma de se construir o conhecimento.

Uma das decorrências desse decreto foi à necessidade da criação da UFPB Virtual, que

no início deste trabalho ainda não existia, e nesse ponto, me considero privilegiado, pois

participei da implantação desde o início, onde em insistentes visitas do Professor PAULO

ROSA, das quais algumas eu participei, onde ele solicitava ao Pro - reitor de Graduação,

Professor UMBELINO, a oportunidade de darmos início ao presente experimento.

Tendo que a disseminação de conteúdos de Geografia é uma das atividades exclusivas

dos Geógrafos conforme a Lei 6664/79 em seu Artigo 3 inciso II e recebendo este aval,

mergulhamos num mundo que procura aliar o conhecimento geográfico aos meios

tecnológicos e informacionais e a educação, pois o EAD é mais do que expandir e interiorizar

o conhecimento como vamos verificar no trabalho que hora é introduzido. Ele, como já

pronunciei antes, procura desvelar as novas relações professor-aluno, aluno-aluno, aluno-

conteúdo e aluno-plataforma. Essas relações são trazidas a tona na análise dos feedbacks

registrados na plataforma de ensino virtual, onde ainda percebemos alguns estudantes com o

peso da educação tradicional, mais muitos outros com a disposição e certa predisposição para

construir o conhecimento de uma forma menos bancária, vista na concepção de FREIRE

(XXXXXX), esta predisposição que relato trata-se do conhecimento informacional que já é

dominado por grande parte de estudantes, mas que encontra ainda alguns resistentes.

Participando desde a montagem do servidor de rede, passando pela escolha da

formatação do curso, a transferência do projeto pedagógico para o sistema EAD, o

acompanhamento diário das atividades e a participação e defesa do EAD em comunidades do

tipo Orkut fizeram com tivesse que estudar mais ainda o projeto para poder defendê-lo e

quando necessário corrigi-lo. Toda inovação, seja ela em qualquer campo, sofre a resistência

do sistema anterior que a aprisiona. As pessoas sentem-se temerosas com o desconhecido,

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qualquer nova alteração de hábito que fuja do cotidiano passa a constituir motivo de

apreensão e medo.

No EAD o trabalho em equipe é essencial. Sem uma equipe responsável e

comprometida com o andamento das atividades, fatalmente o qualquer curso irá “morrer”.

Neste ponto foi essencial a equipe de trabalho que denominamos de LABEMA, nome

utilizado no laboratório do professor e que significa Laboratório de Metodologia e Aplicação,

este nome traduz bem o que estamos fazendo pois estamos aplicando uma nova metodologia e

quantificando e qualificando suas atividades.

A pesquisa é desenvolvida em cinco capítulos onde procuramos analisar, a luz do

projeto de pesquisa, a consecução de uma proposta de projeto pedagógico para o EAD que

tem suas atividades centradas no pressuposto de que “para se saber ler, precisa-se saber

escrever”, sempre anunciado pelo professor PAULO ROSA. Inicialmente pode parecer

estranho, mais se torna esclarecido quando vemos pela seguinte ótica, para termos uma leitura

de mundo, precisamos vencer as barreiras da timidez e da falta de conhecimento, além de

simples leitura temos que ter a capacidade de fazermos nós mesmos a síntese e análise do que

nos propomos a viver no ambiente acadêmico e profissional, executando resumos,

comentários, criando relatórios e recensões que fortalecem o poder de observação e

comunicação de forma escrita. A visão ampliada do estudante que escreve pode ser

comprovada pela na análise dos feedbacks, onde percebemos transformações, como o

aumento do poder de crítica e de comparação entre autores, apresentado por alguns

estudantes.

Inicialmente laçamos mão de um formulário que nos possibilitou conhecer o perfil da

turma, pois se tratando de uma experiência, precisávamos saber se o universo dispunha dos

meios necessários para a execução das atividades propostas, tanto do ponto de vista material,

quanto do ponto de vista intelectual e cognitivo. A seguir relatamos os passos seguidos pelos

estudantes até o encontro com a plataforma EAD, onde pudemos registrar alguns

procedimentos que podem ser aperfeiçoados; o uso das ferramentas nas duas disciplinas

experimentais, e uma análise ao final do curso sobre o grau de satisfação do estudante com o

EAD, que nos servirá de norte para a realização de futuros trabalhos, pois temos em mente

que o EAD deverá ocupar um espaço cada vez maior na sociedade.

Finalmente temos que este trabalho pretende contribuir para a divulgação do EAD no

âmbito UFPB, mostrando o seu funcionamento a partir de análises continuadas das no curso

de Geografia, particularmente nas disciplinas Abordagem Cultural e Teórica do Conceito de

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Paisagem e Teoria da Região e Regionalização, e também a apresentação de uma metodologia

voltada para o ensino à distância, que tem seu centro no projeto pedagógico estabelecido,

servindo tanto na UFPB quanto para outras instituições podendo constituir uma referência, já

que pudemos verificar continuadamente a consecução desta atividade, pioneira na UFPB.

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PRIMEIRA PARTE

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1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-CONCEITUAL

Os caminhos do ensino podem ser vistos analogamente ao escoamento artificial e

natural das águas nas encostas das bacias hidrográficas, por isso tomamos como figura a

irrigação oriunda do ensino e a aprendizagem a drenagem. O ensino nada mais é do que a

distribuição de conteúdos de forma didática e política por isso foi considerada como sendo a

irrigação, irrigação pelo curso de conteúdos, isso posto, de maneira didática, ou seja,

distribuída de forma suave para que o terreno e os indivíduos ali instalados possam usufruir

do que lhe é fornecido. A drenagem, requer não apenas a inclinação do relevo, mas também

do solo que está estabelecido. A combinação do solo com o relevo permite a absorção e a

retenção do conteúdo, isso quando há interesse pela matéria que oriunda da irrigação.

A figura alegórica nos permite, de maneira conotativa, realizar mentalmente uma

figura combinada, oriunda das combinações dos sentidos e significados das palavras, apesar

de que as palavras “empacotam o sentido através de um tubo que é a linguagem”

(CARNEIRO E MARASCHIN, 2005, P. 116). A figura mental construída apresenta a relação

entre conteúdo, práticas e ambiente em que há um relacionamento não apenas para retenção

de conteúdos, mas, fundamentalmente para que haja interatividade entre conteúdo, práticas,

ambiente mental e tomada de decisão no momento de comunicação.

A comunicação no modelo convencional de ensino – aprendizagem é monológico,

mesmo que seja “maquiado” em certos momentos por aparentes discussões em que todos têm

o direito de se pronunciar, haja vista que os que gostam de público e conseqüentemente de

platéia, pois precisam de “show”, tomam o tempo do outro, pois o tempo é determinante no

ambiente do ensino tradicional que é voltado para a produção em tempo definido. O tempo

determina o conteúdo (CASTELLS, 1999. p. 460). Esse fato é completo quando há a forma de

medição, também maquiada pelo termo avaliação. Na realidade depois do simbólico “show”

há a medição travestida de “avaliação”. Nesse momento se estabelece o corte excludente

imposto pela educação bancária do “toma lá da cá” (FREIRE, XXX, CCC).

Vê-se, com nitidez, que o sistema convencional de ensino-aprendizagem amplia o

“tubo comunicacional” para todo um ambiente real, não mais com a mesma figura geométrica

do tubo, mas com outro ambiente, que é uma “caixa” em que confina os indivíduos de forma

adensada em intervalo de tempo para a “engorda” espiritual do sistema vigente.

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O tempo sem tempo e o espaço sem espaço que compõe o não lugar em que trafegam

as informações da cibercultura, este é o ciberespaço das redes o que permite a polifonia

(RAMAL, 2002, p. 63). Essa polifonia que se compreende por diversas vozes com sentidos e

direções peculiares ao emissor é permitida a partir das hipertextualidades nos fóruns de

discussão em que o que deve prevalecer é o questionamento e não a resposta. A rede permite

a polifonia, pois não é um tubo nem uma caixa e sim um espaço sem espaço cuja

comunicação se faz a partir da necessidade de escrever a palavra ultrapassando o nível do

empacotamento, pois há hipertextualidade e a satisfação de saciar as curiosidades.

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2 - METODOLOGIA

A análise é um caminho que se deve percorrer a partir de todo um trabalho que vai do

singular ao complexo, nesse caso foi necessário ir se verificando no dia-a-dia como é que se

encontra a disponibilidade da informação e, para complementar o conhecimento, como esta

informação pode contribuir para a formação da capacidade de decisão.

Uma atenção que foi dada em especial foi apontada pelo projeto estabelecido

previamente, não nos afastando muito dele, mas permitindo uma utilização flexível.

Os dias atuais, como anunciam um dito popular dos texanos “a vida é como no velho

oeste, os lentos morrem primeiro”, observando esse dito popular pode-se verificar que a

produção da informação e a sua distribuição são e está muito veloz, daí então a necessidade de

se estabelecer todo um novo arsenal de conhecimentos que permitam um acesso mais rápido

para o conhecimento e logo, a tomada de decisão. Todo esse complexo que permeia a análise

somente será validada quando foi experimentada com as novas tecnologias da informação e

comunicação via INTERNET, mais precisamente a Plataforma interativa MOODLE.

Para uma análise há a necessidade de dados, e como o trabalho se refere ao ensino por

meio virtual e/ou assistido por computador foi necessário uma procura de possibilidade junto

ao curso de Geografia da UFPB, mais precisamente junto ao professor Paulo Rosa, também

orientador desse trabalho, e as duas disciplinas por ele ministradas: (disciplina a) Teoria da

Região e Regionalização – TRR essa sendo uma disciplina obrigatória com carga horária de

120 horas, tendo as aulas as segundas e quintas-feiras no período matutino das 8:00hs às

12:00hs, do curso de Geografia e, a outra disciplina, b) Abordagem Cultural e Teórico-

Científica sobre o Conceito de Paisagem – ACTCCP, essa é uma disciplina optativa com

carga horária de 60 horas, foi oferecida aos estudantes como modelo experimental de aula

virtual, por isso foi feito o convite aos estudantes de maneira informal, não se estabelecendo

um pré-requisito, portanto disponível a alunos de graduação, pós-graduação e especiais.

A metodologia utilizada pelo professor em ambas às disciplinas observa que os

estudantes para lerem precisam escrever, assim sendo grande parte do trabalho fixa-se sobre

exercícios de leitura em seus três níveis e escrita, observando orientações normativas

esclarecidas anteriormente e disponibilizadas como arquivo para que todos os inscritos

pudessem ler, refletir e questionar. Assim sendo os procedimentos didáticos anunciam que o

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estudante deverá ler os textos previamente disponibilizados para poder discutir ou de maneira

presencial (disciplina a) ou de maneira virtual (disciplinas a e b).

Na disciplina Teoria da Região e Regionalização o professor teve o cuidado de

apresentar , de forma presencial, a proposta aos estudantes para que pudessem fazer uma

breve experimentação e posteriormente discutir presencialmente sobre a validade do

experimento e a possibilidade de todos os alunos participarem. Houve ainda a preocupação

por parte do professor em anunciar aos estudantes que não possuíam computador doméstico

que pudessem se dirigir ao laboratório de Informática do CCEN4, denominado LI5 onde

poderiam ter disponibilidade de acesso, caso os estudantes tivessem qualquer dificuldade

deveriam procurar a direção do Centro para que se resolvessem qualquer questão relativa ao

uso dos computadores para o ensino virtual. Nesta oportunidade realizamos a aplicação do

instrumento de sondagem constante do apêndice I, onde de antemão percebemos que o

universo avaliado pelo instrumento apresentava condições materiais e interesse para a

presente experiência.

Num outro patamar o professor anunciou que seria por demais interessante que os

alunos que não possuíssem computador e pudessem experimentar os trabalhos via lan house o

fizessem, desta forma estariam colaborando para ampliar a área de alcance do ensino via

plataforma, ou seja, estaríamos testando cada vez mais distantes da rede da universidade, ou

ainda, por fora da rede da universidade, e ainda sendo conveniente, pois aumentaria o

conhecimento sobre esse tipo de serviço que está sendo oferecido na cidade.

Essa contextualização se faz necessária para ampliar a extensão do conhecimento do

universo da pesquisa, haja vista que os estudantes farão parte de um grupo de controle em que

não haverá um professor ensinando, mas sim um facilitador da aprendizagem, acompanhado

de uma equipe de tutores, nesse caso, fiz parte desse grupo como o tutor LABEMA l. Este

grupo denominado LABEMA, pois o professor julgou mais conveniente que mantivéssemos o

anonimato para manter a impessoalidade do trabalho, contou com quatro tutores (LABEMA

1, LABEMA 2, LABEMA 3 e LABEMA 4). Esta equipe se reunia periodicamente para

discutir as atividades e o andamento do trabalho, tendo a seu encargo o assessoramento ao

professor em todas as atividades da plataforma.

Os procedimentos didáticos estão esclarecidos na plataforma MOODLE, sendo

específicos para cada disciplina (Fig. 1 e 2) . A figura 1 demonstra a página inicial da

4 Centro de Ciências Exatas e da Natureza – UFPB. 5 LI – Labóratório de Informática do Centro de Ciências Exatas e da Natureza.

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disciplina TRR e a sua continuação está na figura 2, lugar onde estão demonstradas as

atividades estabelecidas para o acompanhamento da disciplina.

Figura 1 – Página principal da disciplina presencial TRR que está sendo assistida por computador para a turma de 2006.2.

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Figura 2 – Continuação da primeira página da disciplina TRR. Nessa primeira página, na figura 2, há o Box que antecede a primeira aula onde

constam todos os procedimentos a serem adotados para que o estudante possa freqüentar a

disciplina, na realidade é o manual da disciplina, nesse tocante o professor convidou os

tutores para auxiliarem na construção dos procedimentos didáticos, excetuando-se o que se

refere ao conteúdo, onde percebemos a necessidade, e foi criado um para disciplinar o uso da

plataforma, para as disciplinas ACTCCP (apêndice 3) e TRR (apêndice 4), acompanhado de

regras consagradas para uso da Internet, denominadas “netqueta” 6(apêndice 5). O regimento

e a netqueta foram disponibilizados no primeiro tópico, antecedendo a aula 1 e permaneceram

disponíveis pra consulta durante todo o semestre.

Os procedimentos foram praticamente os mesmos para a disciplina de ACTCCP (Fig.

3), que doravante iremos chamá-la de Estudos de Paisagem, apenas diferenciando-se que essa

disciplina era totalmente virtual, e não há nenhum contato físico com os estudantes, a não ser

na última prova, esta sim será presencial, pois é uma recomendação da pró-reitoria de

graduação e está prevista no estatuto da UFPB.

6 A netqueta é um código de conduta onde prescreve o uso elegante da correspondência via Internet.

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Figura 3 – Página principal da disciplina optativa virtual Estudos de Paisagem para a turma de 2006.2.

As técnicas didáticas utilizadas nessas disciplinas já são amplamente experimentadas

pelo professor, isso já vem ocorrendo há algum tempo, baseada na construção e utilização do

Portfólio, (uma pasta que contém um porta folhas), esse equipamento guarda todos os

documentos de registro feito pelos alunos durante o curso da disciplina, sendo de

apresentação obrigatória ao final do semestre para a disciplina TRR. Para a disciplina Estudos

de Paisagem, esse equipamento não foi exigido, por se tratar de disciplina ministrada

totalmente on-line, porém foi orientado de início que os estudantes desta disciplina poderiam

e deveriam fazê-lo para que pudessem posteriormente utilizar o material como fonte de

consulta.

No tocante as técnicas didáticas utilizadas e já testadas pelo professor foram (ver Fig.

4):

1. Leitura nos seguintes níveis: a. De aproximação b. Seletiva c. Interpretativa

2. Resumo de texto lido, isso feito em formulário próprio, com seleção de recortes, incluso os comentários pessoais;

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3. Estudo Dirigido previamente elaborado a partir dos textos que foram disponibilizados para os alunos.

O mapa conceitual (Fig. 4) esquematiza as técnicas didáticas praticadas nas duas

disciplinas, sendo técnica apresentada presencialmente para a disciplina TRR na aula

inaugural e colocada na aula 1 da disciplina Estudos de Paisagem, a fim de familiarizar os

estudantes com o procedimento que seria adotado.

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Figura 4 – Mapa conceitual – arranjo produtivo didático para ambas as disciplinas

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Os procedimentos para os estudantes de TRR foram feitos de forma presencial, na aula

de quinta feira. Momento em que todos os alunos estiveram presentes e a equipe de tutores e

monitores pode se apresentar e também apresentar a disciplina. Já, os procedimentos para os

estudantes da disciplina virtual, os contatos iniciais foram feitos por e-mail, e ainda pela

coordenação do curso, que informou da existência da disciplina e das condições para

freqüentá-la. A fim de atender aos alunos que ainda não tinham o conhecimento de como

transcorreria a disciplina colocamos cartazes com um informativo (Fig. 5) que indicavam o

site da UFPB Virtual e as instruções para a matrícula on-line.

Para o cadastramento na plataforma MOODLE7 fazia-se necessário a adoção de um

código de inscrição para que pudéssemos credenciar apenas os alunos matriculados

oficialmente na disciplina Estudos de Paisagem e TRR, sendo eleito o código da disciplina,

que constava no horário individual de cada aluno matriculado, sendo 1102235 para Estudos

de Paisagem e 1102193 para TRR, esta última facilitada por termos uma aula inaugural de

forma presencial. As figuras, 6 e 7, apresentam o primeiro contato do estudante com a

disciplina e como proceder a sua matricula.

7 O Moodle é um sistema de gerenciamento de cursos (LMS) – um pacote de software de código livre projetado usando princípios pedagógicos, para ajudar educadores na criação de comunidades de aprendizado on-line.

Figura 5 – Informativo – orientação para a disciplina Estudos de Paisagem

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Figura 6 – Página inicial – Primeiro contato do estudante.

Figura 7 – Área de cadastramento

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Todos os passos anteriormente mostrados conduziam o estudante a esta página, onde

ele procederia ao seu cadastramento na plataforma MOODLE e UFPB Virtual, para

posteriormente ingressar na disciplina com o código da inscrição.

Quando se atingiu a fase do cadastramento, muitos alunos da disciplina Estudos de

Paisagem tiveram dificuldades, pois para muitos era a primeira vez que travavam contato com

uma disciplina on-line, sendo muito comum alguns estudantes nos abordarem os integrantes

da equipe ou o professor pelos corredores universidade ou no próprio ambiente do professor,

para retirar dúvidas de como proceder. Visando minimizar estas dúvidas o uso dos cartazes e

a remessa de e-mail para os estudantes desta disciplina serviu como esclarecimento e fator de

tranqüilidade para o desafio novo que se apresentava.

Após o cadastramento o estudante recebe um pedido de confirmação no seu e-mail

indicado e teria pela frente a página inicial da disciplina, onde ele teria acesso ao regimento,

roteiro de rotinas, netqueta e as aulas propriamente ditas, estabelecendo desta forma um link8

entre a plataforma MOODLE e o projeto pedagógico estabelecido pelo professor.

Outra dificuldade que de imediato tivemos que solucionar apontava para as leis de

Copyright9 dos textos que foram selecionados para serem ministrados nas disciplinas, por isso

adotamos o caderno de estudos, onde constavam os textos a serem trabalhados que possuíam

proteção de direitos autorais e o disponibilizamos numa copiadora, para que os estudantes

pudessem acompanhar as atividades.

Esta foi à metodologia utilizada para a consecução da disciplina, em resumo, pautada

na leitura e escrita de texto em ambiente computacional. A leitura dos textos e a apreensão de

um novo universo semântico colocam professor e estudante em condições de falarem a

mesma linguagem, facilitando assim a compreensão.

8 Elo de hipertexto. 9 A lei de copyright protege trabalhos originais. Os exemplos de tais trabalhos são pinturas, livros, artigos, discursos, materiais do estudo, canções, e software. As bases de dados podem também ser protegidas pelo copyright.

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SEGUNDA PARTE

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1. O USO DAS FERRAMENTAS NA PLATAFORMA MOODLE

As ferramentas aqui descritas foram utilizadas nas disciplinas Estudos de Paisagem e

Teoria da Região e Regionalização. Faz-se necessário a descrição da utilização das

ferramentas utilizadas na disciplina, pois podemos perceber no desenrolar do curso que alguns

estudantes, e certamente no futuro tutores e professores, embora em fase já avançada da

disciplina, ainda não conheciam ou não tinham se apropriado do seu uso. Percebi esta

necessidade ao me deparar com alguns estudantes solicitando informações de como enviar

suas atividades. Nos exemplos abaixo temos a solicitação de alguns estudantes a respeito do

uso de ferramentas.

Como eu faço para enviar o ED ? Não estou encontrando o lugar para

enviar, só encontro o lugar de baixar o ED. Liliane.

Não estou conseguido escrever dentro da ficha resumo por favor preciso de

ajuda. José Ailton.

Gostaria de saber como criar um tópico no fórun de discussão para tirar

dúvidas.

Dinaever.

Resolveu-se então constituir este capítulo, onde consta a descrição das ferramentas

utilizadas neste curso. Como MOODLE dispõe de várias ferramentas e não foi possível, nem

oportuno utilizar todas, estarei me restringindo a descrever as ferramentas experimentadas

especificamente nas duas disciplinas.

1.1 O uso da ferramenta “mensagem”

A ferramenta “mensagem” é utilizada para comunicação rápida entre os usuários, da

mesma disciplina, isso para os estudantes em geral. Para os tutores e professores esta

ferramenta abrange todo o universo de participantes da plataforma, tanto alunos quanto

professores e tutores. Uma característica importante é que ela pode ser usada off-line, ou seja,

o aluno não precisa estar conectado. Quando o receptor daquela mensagem se conectar, ela

aparece destacada, conforme figura abaixo (Fig. 8 e 9). Permite também o estabelecimento de

contatos, onde podemos selecionar os contatos favoritos, adicionar ou remover.

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Durante o desenrolar das duas disciplinas podemos perceber que ela foi utilizada com

freqüência, ou seja, os estudantes não a consideraram como mais importante forma de

comunicação, e quando a utilizaram foi em consultas com os tutores e professor, normalmente

sobre problemas técnicos e do transcurso da disciplina, não chegando a utilizá-la para a

produção de conteúdo. O uso desta ferramenta não pode ser medido por tratar-se de relação

pessoal entre integrantes do curso e que se torna individualizada, bastando apenas esclarecer

como foi seu funcionamento na disciplina.

Figura 8 – Uso da ferramenta “mensagem”. Envio de mensagem.

Figura 9 – Uso da ferramenta “mensagem”. Recebimento de mensagem.

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1.2 O uso da ferramenta “fórun”

É nos fóruns que acontecem as maiores interações dos cursos (Fig. 10). Eles podem

ser estruturados de formas diferentes, e podem incluir avaliações das postagens efetuadas.

Podem também exibir imagens e arquivos anexados. Os participantes podem também solicitar

assinatura dos fóruns, recebendo notificações por e-mail. Neste ponto verificamos que os

estudantes da disciplina TRR atingiram um nível de maior profundidade nos questionamentos,

se comparados com os de ACTCCP, pois embora o número de postagens no fórun seja

bastante semelhante, os da disciplina ACTCCP, em sua quase totalidade destinou-se a

assuntos técnicos sobre o funcionamento da plataforma ou sobre o andamento das atividades

da disciplina conforme veremos mais a frente na análise dos feedbacks. Maiores descrições

sobre o uso do fórun serão discorridas quando estivermos analisando os retornos dos

estudantes. Tivemos até o final um total de 68 postagens para a disciplina TRR e 99 na

disciplina ACTCCP. Embora a diferença numérica, temos a colocar que nas últimas

atividades, como o fórun de ACTCCP estava mais destinado a problemas do programa e uso

de ferramentas, resolvemos pedir que os estudantes postassem suas atividades diretamente no

fórun.

Figura10 – Uso da ferramenta “fórun”.

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1.3 O uso da ferramenta “avaliação”

A avaliação utilizada nas duas disciplinas teve um caráter formativo. Denominada de

“avaliação da aprendizagem” (Fig. 11) foram executadas três avaliações na disciplina TRR e

sete na disciplina ACTCCP sendo constituída de questionamentos de múltipla escolha com

quatro ou cinco respostas, sendo apenas uma correta. Como o maior interesse de uma

avaliação formativa é verificar a formação do estudante, algumas práticas bancárias como

“pegadinhas” não foram admitidas nesta atividade e em toda a execução das duas disciplinas.

Tudo que era planejado era divulgado em tempo oportuno aos estudantes, exceto as vezes que

por problemas técnicos da plataforma UFPB Virtuais, quando não se pode acessá-la, o que

por vezes trouxe transtornos aos estudantes, tutores e professor.

Quanto ao tempo destinado as avaliações, procuramos utilizar inicialmente o tempo de

uma semana, ou seja, o estudante tinha a semana toda para realizar esta avaliação, porém após

iniciada ele tinha o tempo previsto, de acordo com o grau de dificuldade atribuído a avaliação

podendo este ser de trinta, quarenta e cinco ou sessenta minutos. A cada resposta o estudante

tinha o retorno. Se fosse um acerto ele passaria para a próxima, caso estivesse errado, ele

recebia a mensagem de erro e poderia tentar novamente, porém a cada tentativa o valor

numérico, ou seja, quantitativo era diminuído, podendo a cada erro ser estipulado quando ele

Figura11 – Uso da ferramenta “avaliação”.

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iria perder, sendo utilizado normalmente o peso de 0,3 (zero virgula três), três décimos por

erro. E tivemos ainda para a primeira avaliação a possibilidade de ser feito duas tentativas,

pois não queríamos que por um problema técnico ou uma falta de experiência do estudante,

este perdesse sua avaliação e sentisse desmotivado.

Durante o transcorrer da disciplina percebemos que este tempo poderia ser ajustado,

pois os estudantes já estavam familiarizados com as ferramentas e a plataforma se encontrava

mais estável. Passamos então a utilizar o tempo de quatro horas para o tempo de abertura da

disciplina e mantivemos o tempo de execução ponderado pelo grau de dificuldade da

avaliação.

Outra experiência que fizemos nas duas disciplinas foi utilizar a forma de data e hora

marcada. Nesta, determinamos data e hora para a execução da avaliação, sendo o período

considerado sessenta minutos para tempo de abertura da avaliação e trinta minutos para

execução.

Embora a equipe tenha tido o cuidado de informar previamente todas as atividades, e

isto com bastante antecedência, percebemos que alguns estudantes perderam uma ou outra

avaliação. Como o sistema de avaliação proposto nas duas disciplinas permitia que uma

avaliação por si só não fosse suficiente para desabilitar o estudante a aprovação, ou seja, ele

poderia ser aprovado com as outras avaliações, resumos, comentários e portfólio, estas perdas

não foram motivo de grande preocupação, pois na maioria das vezes os estudantes que

solicitavam reposição informavam que tiveram problemas particulares que os impediram de

realizar a atividade de avaliação. Ainda assim na disciplina ACTCCP foram feitas reposição

de duas avaliações, isto ocorria, toda vez que a falha era um problema técnico da plataforma.

Isso para que o estudante não fosse prejudicado. Foram realizadas 3 avaliações em TRR e 7

em ACTCCP.

Vale ressaltar que determinar hora marcada para atividade no sistema totalmente on-

line contraria o sentido de liberdade de tempo e espaço, a experiência realizada serviu para

mostrar que de uma forma geral os estudantes gostam de organizar seu tempo. Os dados das

disciplinas ACTCCP e TRR mostram que alguns estudantes perderam esta avaliação, pois

estavam habituados a ter um horário definido para estudo. Três estudantes da disciplina TRR

perderam a avaliação. Em ACTCCP foi ainda pior, pois estes não tinham o contato com o

professor, e dezesseis estudantes perderam esta atividade. Isso nos levou sugerir que num

sistema de curso on-line o horário das atividades deve ser sempre distribuído semanalmente

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ou quinzenalmente, conforme o curso. Nunca deve ser fixo, pois isso tira a mobilidade do

sistema de ensino.

1.4 O uso da ferramenta “notas”

Cada estudante tem a possibilidade de ir acompanhando os valores obtidos nas

avaliações quantitativas no campo “notas” que a plataforma dispõe para consulta, lembrando

que cada estudante só poderá visualizar a sua nota. Isto se tornou-se particularmente

importante a medida que caso haja algum problema relativo ao lançamento da nota o

estudante pode estar acompanhando e evitar o erro (Fig. 12).

Ainda relativo à ferramenta “notas” o professor ou os tutores podem exportar as notas

obtidas por cada estudante ou por todos os estudantes da disciplina, numa determinada

atividade ou em todo o curso para um arquivo do tipo formato de planilha (.xls) ou formato de

texto (.txt), sendo esta eficiente para que o professor possa posteriormente fazer os

lançamentos no sistema de notas da UFPB. Esta ferramenta, embora muito útil, causou

algumas falhas, pois precisa ser muito bem estruturada a distribuição das atividades, para que

posteriores concertos e falhas, ou seja, retirar ou acrescentar uma atividade com avaliação não

venha a dar inconsistência de dados na tabela de notas do programa MOODLE.

Figura12 – Uso da ferramenta “notas”.

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1.5 O uso das ferramentas “atividades” 1.5.1 Questionário

As principais atividades, ou seja, o cerne do projeto pedagógico utilizava a ferramenta

questionário (Fig. 13), através dela enviávamos as atividades para os estudantes e da mesma

forma recebíamos seu retorno. Os estudos dirigidos, e os resumos e comentários eram

atividades que utilizavam esta ferramenta.

Todo o processo se dava da seguinte forma, colocávamos os questionamentos

referentes à bibliografia, resumo e comentário, em forma de um questionário, ferramenta que

mais se adaptou ao propósito destas disciplinas, eram compostos por com três campos de

preenchimento, um para cada item citado. O estudo dirigido também tinha seus

questionamentos distribuídos pela ferramenta questionário, com um número variável de

questões, pois dependia da extensão do texto que estava sendo trabalhado, chegando a ter até

Figura13 – Uso da ferramenta questionário

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um máximo de quarenta e uma questões. As questões eram distribuídas tendo as questões

distribuídas de forma que os alunos a visualizassem na plataforma e fossem respondendo.

Quanto à bibliografia, resumos e comentários não houve nenhum problema registrado que

necessitasse qualquer correção ou aperfeiçoamento. Já no estudo dirigido, a pedido de alguns

estudantes, como vimos no exemplo abaixo postado no fórun da disciplina TRR.

Gostaria que o estudo dirigido fosse disponibilizado para baixarmos para nosso computadores, pois em alguns ED mais longos, ultrapassamos o tempo de login sem atividade e somos desconectados, desta forma poderíamos fazer o ED mais longo off-line e posteriormente copiarmos e colarmos na plataforma.

Enver José

Desta forma, vimos que a solicitação poderia ser útil não só para TRR mas como a

outra disciplina ACTCCP, passamos então a colocar na página, disponível para download o

texto com as questões dos ED a partir daquele solicitado. Foi nesta hora também que notamos

que alguns estudantes já estavam se familiarizando com o universo semântico da cibercultura,

pois eles estavam usando palavras que não são normalmente utilizadas no ambiente escolar

tradicional.

O tempo utilizado para cada atividade era o de uma semana, ou seja, iniciávamos a

nova aula, após o debate das quintas-feiras para a turma de TRR, onde os estudantes poderiam

debater de forma presencial diretamente pelo professor e na turma de ACTCCP após o chat

das terças-feiras, sendo iniciado ás 07:00 h e findando-se o prazo as 23:55 h, tempo limite

estabelecido para a execução da atividade. Esta ferramenta nos proporciona ainda uma forma

de interação com o estudante, aonde se pode além de definir o valor em termos de nota para

cada questão, em nível quantitativo, teve-se também um nível qualitativo que os permite

comentar algo julgado oportuno, ou alguma observação, tanto nos resumos, quanto nos

comentários e ED, ou seja, poderíamos solicitar que o aluno informasse como construiu

aquela resposta, e assim poderíamos ajudá-lo ao posicionamento julgado mais próximo do

correto, caso o estudante se desviasse muito do conceito.

Foram realizados onze questionários em ACTCCP, sendo seis Estudos Dirigidos e

cinco resumos e comentários. Em TRR foram realizados vinte e cinco questionários, sendo

doze Estudos Dirigidos, 12 resumos e comentários e uma sinopse do filme “AS

MONTANHAS DA LUA”. Embora tenhamos utilizado o questionário, percebemos ser mais

adequado o uso da ferramenta tarefa para o caso de sinopse de um filme.

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1.5.2 Tarefa

A ferramenta tarefa (Fig. 14) foi utilizada apenas na disciplina ACTCCP, pois ela é

mais adequada em atividades que necessitamos enviar algum tipo de documento ou relatório.

Nesta ferramenta o professor propôs a observação de estereogramas e os estudantes deveriam

observar e fazer um relatório do que tinham observado em cada estereograma. Consta de uma

página simples onde acima temos a descrição da tarefa, um campo com o modelo de relatório

para ser copiado para o computador do estudante e abaixo um campo para que o estudante

faça o upload10 do seu arquivo, sendo que este não poderia ultrapassar os 2 megabytes11 de

tamanho. Para que o servidor não fique sobrecarregado, arquivos maiores que esse tamanho

não são carregados. A principal utilidade desta ferramenta, pelo que pode ser observado é

realmente a de enviar relatórios, uma vez que nas atividades do Geógrafo os relatórios são

constantes, eis que ela pode ser mais amplamente utilizada e diferente das outras atividades,

quando o estudante remete sua tarefa, um e-mail é remetido para os tutores e professor,

informando da remessa.

10 Upload – Enviar arquivo. O contrário de download. 11 Unidade de medida de informação, equivalente a 220 (i. e., 1.048.576) bytes. Equivalente a 1 milhão de bytes.

Figura14 – Uso da ferramenta tarefa

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1.6 – O chat

Um chat, que em português significa "conversação", ou "bate-papo" usado no Brasil, é

um neologismo para designar aplicações de conversação em tempo real. Esta definição inclui

programas de IRC12, conversação em sítio web (webchat) ou mensageiros instantâneos. A

plataforma MOODLE possui o chat como ferramenta de interação. No projeto pedagógico da

disciplina ACTCCP tínhamos previsto todas s terças-feiras um chat. A escolha deste dia da

semana conciliava exatamente o intervalo entre o fim de uma atividade e o início de outra, ou

seja, quando a atividade estava sendo encerrada tínhamos a execução do chat como elemento

de contato direto entre os estudantes, professor e tutores. Na disciplina TRR marcamos o chat

para as segundas-feiras, diferente da disciplina ACTCCP, pois além do chat para tiragem de

dúvidas e espaço de interação, este grupo tinha a aula presencial de quinta-feira.

Durante o transcorrer do semestre, percebemos que o chat tornou-se “banal” (Fig. 15),

pois o comparecimento já não era mais significativo (Fig. 16), passando então a ter mais

importância o fórun, como espaço para interação, pois neste não havia a necessidade do

estudante estar disponível naquele momento que ocorria, como no chat, pois o fórun é

permanente. O gráfico abaixo representa bem o que aconteceu com esta atividade, logo no

terceiro chat percebemos que ela não seria a ferramenta mais adequada e imediatamente

demos mais enfoque ao fórun, até porque a aula presencial de quinta-feira o substituía. Foi um

total de sete seções de chat, onde tivemos a presença de um número máximo de 19 estudantes

e um ponto máximo de postagem de 219 comentários e/ou respostas.

12 Internet Relay Chat (IRC), traduzindo temos Revezamento de Conversa na Internet - é um protocolo de comunicação bastante utilizado na Internet. Ele é utilizado basicamente como bate-papo (chat) e troca de arquivos, permitindo a conversa em grupo ou privada, sendo o predecessor dos mensageiros instantâneos atuais.

Figura15 – Gráfico de participações no chat por seção

-50

0

50

100

150

200

250

0 2 4 6 8

PARTICIPAÇÕES

SEÇÃO

CHAT

CHAT

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60

2. AS POTENCIALIDADES E DIFICULDADES RELATIVAS A MEIOS MATERIAIS E HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO EM MEIOS VIRTUAIS – O PERFIL DO ESTUDANTE

Com este levantamento procurou-se conhecer o perfil do aluno que possuímos hoje na

UFPB, especialmente no curso de Geografia e nas disciplinas TRR e Estudos de Paisagem e

compararmos ao perfil proposto por PALLOF e PRATT (2004. p 23) que anuncia que

Tem-se como um fato que os alunos que estudam on-line são adultos, pois essa espécie de aprendizagem, que se dá em qualquer lugar e a qualquer hora, permite-lhes continuar trabalhando em turno integral sem deixar de também dar atenção a família. O aluno on-line “típico” é geralmente descrito como alguém que tem mais de 25 anos, está empregado, preocupado com o bem-estar social da comunidade.

Podemos conhecer ainda seus antecedentes, suas potencialidades e dificuldades

iniciais relativas ao material e habilidades de comunicação em meios virtuais.

Figura16 – Uso da ferramenta chat

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A comunicação virtual é aquela que se estabelece no ciberespaço13 e é intermediada

pelo uso do computador, possibilitando a interatividade entre estudantes e estes com os

professores e tutores. Esta capacidade de comunicação não se encontra distribuída

uniformemente por todo o universo observado, nele percebemos que havia diferenças que

poderiam contribuir ou dificultar a consecução das atividades on-line.

As dificuldades são decorrentes de um processo de exclusão, que dificulta o acesso a

novas tecnologias, aliada a resistência à quebra de paradigmas relativos à necessidade do

simbolismo do professor e da sala de aula, fruto de uma educação bancária, nas palavras de

Freire (2005).

Desta maneira, a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante. Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os educandos, mera incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção bancária da educação

As potencialidades aqui relatadas podem ser apontadas como fruto da ampla

divulgação dos meios digitais e do fenômeno de expansão do uso dos meio computacionais,

notadamente a Internet, onde percebemos que um universo cada vez maior de pessoas no

mundo e isso se fez verificar inicialmente nestes grupos de controle (turmas de TRR e

Estudos de Paisagem), onde percebemos no perfil abaixo traçado que grande parte dos

estudantes fazia uso do e-mail para comunicação, eram usuários da Internet e mais de 80%

possuía computador no seu próprio domicilio.

Pretendendo pois, romper com esse paradigma bancário e percebendo os dados iniciais

dos 33 (trinta e três) alunos da turma de TRR, e partindo do pressuposto que os 51 (cinqüenta

e um) alunos matriculados na disciplina on-line Estudos de Paisagem, tinham disponibilidade

de uso do computador, pois se tratava de uma premissa básica para freqüentar a disciplina,

víamos que desta forma estava aberto o espaço para que se procedesse à disseminação da

informação em Geografia, atividade do Geógrafo na forma da Lei 6664/79, regulamentada

pelo Decreto 85.138/80 em seu inciso II do Artigo 3º que explicita:

“A organização de congressos, comissões, seminários, simpósios e outros tipos de reuniões, destinados ao estudo e à divulgação da Geografia”

13 Dimensão ou domínio virtual da realidade, constituído por entidades e ações puramente informacionais; meio, conceitualmente análogo a um espaço físico, em que seres humanos, máquinas e programas computacionais interagem.

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Para a obtenção dos dados sobre as potencialidades e dificuldades do

virtuais foi utilizado um instrumento de coleta de dados na turma de TRR

constavam 26 (vinte e seis questionamentos, voltadas a as potencialidades e dificuldades e

também possibilitou que se traçasse u

consecução da disciplina conforme

verificar os dados abaixo, const

Vale ressaltar que os dados abaixo se referem e

caráter totalmente on-line

semelhante. Embora contássemos com trinta e três estudantes na disciplina TRR apenas vinte

e oito estudantes compareceram

apenas para estes indivíduos.

2.1 Distribuição dos grupos quanto ao sexo

Na distribuição por sexo tivemos

estudantes do sexo feminino. Esta

equilíbrio entre estudantes do sexo masculino e feminino, uma vez que o perfil apontado por

PALLOF e PRATT (2004) não

comprometimento do estudante, ser

compunham os estudantes da disciplina

Figura17

Para a obtenção dos dados sobre as potencialidades e dificuldades do

instrumento de coleta de dados na turma de TRR

(vinte e seis questionamentos, voltadas a as potencialidades e dificuldades e

possibilitou que se traçasse um perfil do universo que se apresentava para a

consecução da disciplina conforme apêndice 1 nas perguntas de 01 a 06, na qual pudemos

verificar os dados abaixo, construídos nas seguintes categorias a qual passaremos a analisar.

Vale ressaltar que os dados abaixo se referem exclusivamente a disciplina TRR, pois face ao

line da disciplina ACTCCP não foi possível realizar coleta de dados

. Embora contássemos com trinta e três estudantes na disciplina TRR apenas vinte

e oito estudantes compareceram a aula inaugural e conseqüente a coleta de dados realizou

apenas para estes indivíduos.

rupos quanto ao sexo

Na distribuição por sexo tivemos quinze estudantes do sexo masculino e treze

estudantes do sexo feminino. Esta distribuição serviu apenas para mostrar que tínhamos um

equilíbrio entre estudantes do sexo masculino e feminino, uma vez que o perfil apontado por

(2004) não difere sexo masculino e feminino e sim o grau de

comprometimento do estudante, servindo apenas para ter um panorama geral dos grupos que

compunham os estudantes da disciplina (Fig.17).

Figura17 – Gráfico de distribuição por sexo

62

Para a obtenção dos dados sobre as potencialidades e dificuldades dos futuros alunos

instrumento de coleta de dados na turma de TRR (apêndice 1), onde

(vinte e seis questionamentos, voltadas a as potencialidades e dificuldades e

o que se apresentava para a

nas perguntas de 01 a 06, na qual pudemos

ruídos nas seguintes categorias a qual passaremos a analisar.

xclusivamente a disciplina TRR, pois face ao

não foi possível realizar coleta de dados

. Embora contássemos com trinta e três estudantes na disciplina TRR apenas vinte

a aula inaugural e conseqüente a coleta de dados realizou-se

quinze estudantes do sexo masculino e treze

distribuição serviu apenas para mostrar que tínhamos um

equilíbrio entre estudantes do sexo masculino e feminino, uma vez que o perfil apontado por

difere sexo masculino e feminino e sim o grau de

vindo apenas para ter um panorama geral dos grupos que

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2.2 Distribuição dos Grupos quanto

Já no que diz respeito à idade

anteriormente PALLOF e PRATT (2006. p.23) normalmente descrito como alguém com mais

de vinte e cinco anos, nesta turma tínhamos poucos estudantes que ultrapassavam esta faixa

etária. PALLOF e PRAT (2006. p.2

matrícula em cursos on-line

1999, a mais de oito anos, 65% das pessoas com menos de dezoito anos haviam ingressado

em um curso on-line. A distribuição da turma de TRR por idade é constante do gráfico

abaixo. Apesar de termos um grupo de controle muito jovem pudemos perceber, conforme

será descrito quando estivermos analisando os

pré-requisito para o estudante de sucesso no ensino

encontrava na primeira faixa etária, ou seja, de 16 a 20 anos, seguido pela segunda faixa etária

21 a 26 anos e somente dois estudantes estava na faixa acima de 26 anos

2.3 O Gosto pela escrita

Como a base do projeto pedagógico girava em torno da leitura e escrita, perguntou

se o estudante que ingressava na disciplina tinha o gosto pela escrita. O resultado

reforça uma reflexão anterior, de que o estudante tem muita dificuldade de escrever

acostumado com a educação bancária o estudante sente dificuldade na hora de passar sua

reflexão para o papel ou ambiente virtual. Esta dificuldade foi ver

alguns estudantes inicialmente não conseguiam produzir muitas linhas e com o 14 Grifo nosso.

16-20

21-26

27-35

Figura18 – Gráfico de distribuição por faixa etária

Grupos quanto à idade

Já no que diz respeito à idade tínhamos uma turma bem jovem, e como já foi dito

anteriormente PALLOF e PRATT (2006. p.23) normalmente descrito como alguém com mais

de vinte e cinco anos, nesta turma tínhamos poucos estudantes que ultrapassavam esta faixa

etária. PALLOF e PRAT (2006. p.23) que estatísticas recentes indicam que o interesse e a

line incluem todas as faixas etárias. E que já em 31 de dezembro de

1999, a mais de oito anos, 65% das pessoas com menos de dezoito anos haviam ingressado

A distribuição da turma de TRR por idade é constante do gráfico

Apesar de termos um grupo de controle muito jovem pudemos perceber, conforme

será descrito quando estivermos analisando os feedbacks que a faixa etária também não é um

ra o estudante de sucesso no ensino on-line.A maioria dos estudantes se

encontrava na primeira faixa etária, ou seja, de 16 a 20 anos, seguido pela segunda faixa etária

21 a 26 anos e somente dois estudantes estava na faixa acima de 26 anos

2.3 O Gosto pela escrita

Como a base do projeto pedagógico girava em torno da leitura e escrita, perguntou

se o estudante que ingressava na disciplina tinha o gosto pela escrita. O resultado

reforça uma reflexão anterior, de que o estudante tem muita dificuldade de escrever

acostumado com a educação bancária o estudante sente dificuldade na hora de passar sua

reflexão para o papel ou ambiente virtual. Esta dificuldade foi verificada na disciplina, pois

alguns estudantes inicialmente não conseguiam produzir muitas linhas e com o

05

1015

20

26

35

15

11

2

Gráfico de distribuição por faixa etária

63

tínhamos uma turma bem jovem, e como já foi dito

anteriormente PALLOF e PRATT (2006. p.23) normalmente descrito como alguém com mais

de vinte e cinco anos, nesta turma tínhamos poucos estudantes que ultrapassavam esta faixa

3) que estatísticas recentes indicam que o interesse e a

incluem todas as faixas etárias. E que já em 31 de dezembro de

1999, a mais de oito anos, 65% das pessoas com menos de dezoito anos haviam ingressado

A distribuição da turma de TRR por idade é constante do gráfico

Apesar de termos um grupo de controle muito jovem pudemos perceber, conforme

que a faixa etária também não é um

A maioria dos estudantes se

encontrava na primeira faixa etária, ou seja, de 16 a 20 anos, seguido pela segunda faixa etária

21 a 26 anos e somente dois estudantes estava na faixa acima de 26 anos (Fig. 18).

Como a base do projeto pedagógico girava em torno da leitura e escrita, perguntou-se

se o estudante que ingressava na disciplina tinha o gosto pela escrita. O resultado obtido

reforça uma reflexão anterior, de que o estudante tem muita dificuldade de escrever14, ou seja,

acostumado com a educação bancária o estudante sente dificuldade na hora de passar sua

ificada na disciplina, pois

alguns estudantes inicialmente não conseguiam produzir muitas linhas e com o

15

Page 50: O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por … · 2008-12-17 · Francisco das Chagas Alves O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por computador nas

64

desenvolvimento da metodologia conseguiram atingir um nível muito bom ,voltando a cair no

final. No instrumento de coleta que foi aplicado dez estudantes disseram que não gostavam de

escrever (Fig. 19).

2.4 A disponibilidade de uso do computador

Tendo conhecimento da forte exclusão digital que permeia os estudantes no Brasil,

investigou-se a disponibilidade de computador, ou seja, procurava-se saber de onde o futuro

aluno on-line, poderia fazer seus acessos. Foi perguntado então “você possui acesso ao

computador?”, sendo possível ele informar se seria em casa, trabalho ou que apontassem

outro local de acesso. Os resultados obtidos fortaleciam a decisão de experimentar o ensino

on-line com esta turma, pois a grande maioria dispunha de acesso ao computador, seja em

casa, trabalho, ou outro. Vinte e um estudantes disseram que tinham acesso ao computador em

casa, ou seja, a grande maioria, dos demais, dois disseram que tinham acesso do trabalho,

outros três de lan house15 e os outros disseram que poderiam acessar da própria UFPB, pois

não dispunham de outro acesso (Fig. 20).

15 lan house é um estabelecimento comercial onde, à semelhança de um cyber café, as pessoas podem pagar para utilizar um computador com acesso à internet e a uma rede local, com o principal fim de jogar em rede.

0 5 10 15 20

SIM

NÃO

Figura19 – Gráfico de distribuição – gosto pela escrita

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2.5 A disponibilidade do uso do

Passando para verificações mais específicas estava

turma que possui uma grande possibilidade de participar de um curso

perguntado “Você utiliza e

resultado obtido foi o seguinte: 26 estudantes disseram que utilizavam o

que acessava a Internet diariamente e nenhum deles disse que não acessava, sendo o mínimo

uma vez por semana. Esta informação aliada ao local de acesso são o

facilidade de acesso aos meios virtuais dos estudantes que ingressam no Curso de Geografia.

Retrospectos anteriores mostram que em algumas turmas muitos estudantes nunca tinham

utilizado o computador16. O gráfico abaixo faz o mapeamento de acesso a

mail.(Fig. 21 e 22).

16 Grifo nosso.

21

0

5

10

15

20

25

Casa

Figura20 – Gráfico de distribuição

2.5 A disponibilidade do uso do e-mail e freqüência de acesso a

Passando para verificações mais específicas estava-se desenhando o perfil de uma

turma que possui uma grande possibilidade de participar de um curso

e-mail?” e “Quantas vezes por semana você acessa a Internet?”

resultado obtido foi o seguinte: 26 estudantes disseram que utilizavam o

diariamente e nenhum deles disse que não acessava, sendo o mínimo

uma vez por semana. Esta informação aliada ao local de acesso são o

facilidade de acesso aos meios virtuais dos estudantes que ingressam no Curso de Geografia.

Retrospectos anteriores mostram que em algumas turmas muitos estudantes nunca tinham

. O gráfico abaixo faz o mapeamento de acesso a

23

Trabalho Lan house

Gráfico de distribuição – acesso ao uso do computador

65

e freqüência de acesso a internet

se desenhando o perfil de uma

turma que possui uma grande possibilidade de participar de um curso on-line, quando foi

?” e “Quantas vezes por semana você acessa a Internet?” o

resultado obtido foi o seguinte: 26 estudantes disseram que utilizavam o e-mail e 11 disseram

diariamente e nenhum deles disse que não acessava, sendo o mínimo

uma vez por semana. Esta informação aliada ao local de acesso são o comprovante da

facilidade de acesso aos meios virtuais dos estudantes que ingressam no Curso de Geografia.

Retrospectos anteriores mostram que em algumas turmas muitos estudantes nunca tinham

. O gráfico abaixo faz o mapeamento de acesso a Internet e uso do e-

2

UFPB

acesso ao uso do computador

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66

2.6 Participações anteriores em um curso on-line

Sobre o fato dos estudantes já terem participado anteriormente de um curso on-line,

toda a turma respondeu que nunca havia participado. Disseram ainda que a nunca tinham

participado de uma comunidade, exceto a comunidade do Orkut, em que 22 estudantes

disseram se disseram participantes. Perguntou-se também se tinham vontade de participar de

algum curso on-line, tendo respondido que sim 20 estudantes, um disse que talvez pudesse

26

20

5

10

15

20

25

30

USO DO E-MAIL SIM NÃO

Figura21 – Gráfico de distribuição – uso do e-mail

Figura22 – Gráfico de distribuição – acesso a Internet

11

7 7

3

0

2

4

6

8

10

12

DIARIAMENTE 3 VEZES P/SEMANA 2VEZES P/SEMANA 1 VEZES P/SEMANA

ACESSO A INTERNET

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67

participar e 6 disseram que não gostaria e participar. Desses 6 estudantes que disseram que

não gostariam, verificou-se que o motivo era a indisponibilidade de tempo ou o fato da

Internet utilizada ser discada, e que isso dificultaria muito.

Diante do quadro apresentado o Professor PAULO ROSA lançou a seguinte

proposição para a turma: “e se nós fizéssemos o curso da disciplina TRR, em parte a

distância, utilizando a Plataforma MOODLE da UFPB Virtual? Vocês gostariam de

participar?”. A resposta foi unânime, ou seja, os estudantes da disciplina TRR estavam

interessados, e tinham as ferramentas de um perfil de estudante que tinha tudo para dar certo.

Daí então se passou para apresentação da plataforma e os demais procedimentos que já

constam deste trabalho.

3. A COERÊNCIA DO PROJETO PEDAGÓGICO DA DISCIPLINA - PPD

O projeto pedagógico da disciplina – PPD foi cumprido atendendo às metas nele

estabelecido. O PPD foi disponibilizado na plataforma para ambas as disciplinas – TRR e

ACTCCP (Fig. 23). PPD está constituído por um caderno contendo 32 (trinta e duas) páginas,

cuja abertura é o sumário contendo: Dados técnicos da disciplina; Justificativa; Ementa

(Anexo I e II); Meta; Objetivos; Atividades didático-pedagógicas; Distribuição da carga de

trabalho; distribuição do tempo; Avaliação; Bibliografia e Anexos.

Anexado ao documento do PPD houve a disponibilização de um documento

denominado de Roteiro de Rotinas que anuncia em planilha EXCELL (anexo III e IV) todos

os passos da primeira aula até a última, permitindo assim que o aluno conseguisse ver o

caminhamento da disciplina ao longo do curso.

Todas as atividades previstas no PPD foram encaminhadas devidamente aos alunos e

eles responderam a contento às atividades estabelecidas, atingindo assim a meta inicialmente

proposta em ambas as disciplina.

O Projeto Pedagógico é o cerne das atividades propostas em meio semipresencial e on-

line, e foi fator decisivo para o sucesso das atividades. Em nossa primeira hipótese diz que ele

deve contemplar uma forma participativa. Temos que esta hipótese para ser plenamente

comprovada deve apresentar um índice de participação satisfatório. Na disciplina TRR

tivemos um total de 12.684 acessos (Fig. 24 e 25).

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68

Figura 23 – Página da disciplina TRR anunciando o PPD incluindo o Roteiro de Rotinas

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69

INTERVALO DE CLASSES

O - 49 0

50 - 99 3

100 - 149 0

150 - 199 2

200 - 249 2

250 - 299 5

300 - 349 1

350 - 399 2

400 - 449 4

450 - 499 2

500 - 549 2

550 - 599 0

600 - 649 0

650 - 699 1

700 - 749 2

750 - 799 0

800 - 849 3

850 - 899 1

O - 49 0

0

1

2

3

4

5

6

O -

49

50 -

99

100 -

149

150 -

199

200 -

249

250 -

299

300 -

349

350 -

399

400 -

449

450 -

499

500 -

549

550 -

599

600 -

649

650

- 699

700 -

749

750 -

799

800 -

849

850 -

899

Figura 24 – Intervalo de classes do número de acessos a plataforma - TRR

Figura 25 – Gráfico - acessos a plataforma - TRR

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70

As disposições claras e concisas do Projeto Pedagógico de TRR e de ACTCCP

permitiram aos estudantes entender o funcionamento de toda a disciplina e a melhor maneira

de participar dela. Foram abordados todos os detalhes da disciplina destacando a forma de

participação, como se daria a construção do conhecimento e até a preocupação com a

avaliação, para que tudo fosse feito de forma clara.

O gráfico da figura 25 mostra que 67% dos estudantes da disciplina TRR

estiveram acima da média de acessos, e ainda que a diferença dos extremos, nos dá uma

média por estudante de 474 acessos. Em termos de participação efetiva a turma de TRR

sempre esteve presente em nível de consulta, verificando-se também um nível de

preocupação. O s valores que se apresentam acima da média é maior do que o que esta abaixo

dela. A turma em geral esteve preocupada, 60% da população esteve preocupada com o que

acontecia, contra 25% que visitou a página apenas para a realização de atividades.

Na disciplina ACTCCP registramos 16.993 acessos (Fig.26 e 27). O número de

acessos mais elevado se justifica por tratar-se de uma disciplina totalmente on-line.

INTERVALO DE CLASSES

50 - 99 3 100 - 149 0 150 - 199 2 200 - 249 2 250 - 299 5 300 - 349 1 350 - 399 2 400 - 449 4 450 - 499 2 500 - 549 2 550 - 599 0 600 - 649 0 650 - 699 1 700 - 749 2 750 - 799 0 800 - 849 3 850 - 899 1 O - 49 0

Figura 26 – Intervalo de classes do número de acessos a plataforma - ACTCCP

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71

4 - INVENTÁRIO SOBRE O FEEDBACK

Conforme pronunciado anteriormente a análise é um caminho que se deve percorrer a

partir de todo um trabalho que vai do singular ao complexo, nesse caso foi necessário ir se

verificando no dia-a-dia como é que se dava, também, o retorno por parte dos estudantes nas

disciplinas ACTCCP e TRR, sendo considerados aspectos como a permanência, freqüência

com que o estudante acessava a plataforma (este é um dos seus recursos que nos dá o tempo

decorrido desde o último acesso), número de mensagens postadas nos fóruns, a quantidade de

participação nos chats, o número de mensagens postadas para o e-mail do professor e tutores

e a quantidade de estudantes que responderam de forma positiva, enviando suas atividades e

comparando esse número com o total de atividades estabelecidas.

O Feedback é o retorno, a realimentação ou a retroalimentação, ou ainda à volta, a um

sistema, de parte do que ele eliminou, de forma a obter-se algum controle sobre esta

eliminação conforme consta no dicionário de língua portuguesa Aurélio. E desta forma, com

os devidos ajustes trouxemos esta definição para as nossas atividades na disciplina onde o

sistema era a plataforma digital com todo seu aparato informacional apoiado no Projeto

Pedagógico da Disciplina, a parte que o sistema estava eliminando ou disseminando era à

informação em Geografia, particularmente os conceitos de paisagem na disciplina ACTCCP e

região na disciplina TRR, trabalhados nos diversos textos e atividades, o que esperávamos de

retorno, de retroalimentação deste sistema era a parte que cabia ao estudante, ou seja, a

Figura 27 – Gráfico - acessos a plataforma - ACTCCP

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

O -

49

50

-9

9

10

0 -

14

9

15

0 -

19

9

20

0 -

24

9

25

0 -

29

9

30

0 -

34

9

35

0 -

39

9

40

0 -

44

9

45

0 -

49

9

50

0 -

54

9

55

0 -

59

9

60

0 -

64

9

65

0 -

69

9

70

0 -

74

9

75

0 -

79

9

80

0 -

84

9

85

0 -

89

9

90

0-1

00

0

10

00

-15

00

aci

ma

de

15

00

Page 58: O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por … · 2008-12-17 · Francisco das Chagas Alves O ensino e aprendizagem on-line e presencial assistida por computador nas

72

execução das atividades propostas dentro do projeto elaborado, através da sua participação

ativa nos fóruns, chats, comentários, e outras participações que contribuíssem para a

construção do conhecimento que estava sendo socializado entre os participantes das duas

disciplinas. Desta forma ainda estaríamos exercendo certo o controle do sistema, pois a partir

de leituras e escrita das atividades conduzidas, estipuladas na proposta, teríamos as metas

atingidas nas duas disciplinas, ou seja, em TRR teríamos a elaboração de um trabalho de

cunho regional e em ACTCCP a descrição fisiográfica da paisagem, a partir de uma

abordagem empírica e racional.

Desta forma passemos para a análise dos dados obtidos no decorrer do semestre nas

duas disciplinas, onde abordaremos: a permanência; a freqüência; número de mensagens

postadas nos fóruns, a intensidade de participações nos chats, o número de mensagens

postadas para o e-mail do professor e tutores; e a quantidade de estudantes que enviaram suas

atividades, comparando com o total de atividades estabelecidas.

4.1 A análise da permanência

Para analisarmos a permanência dos alunos nas disciplinas ACTCCP e TRR foram

utilizados os resultados das atividades postadas na plataforma EAD e verificação junto à

coordenação do curso de Geografia, onde se pode perceber que a não permanência de alguns

estudantes poderia dar-se pelos seguintes motivos: trancamento, desistência, mudança de

curso, reopção de curso. Este trabalho não pretende aqui analisar se a evasão dos estudantes

foi motivada pela falta de habilidade no uso de tecnologias informacionais ou por outros

motivos alheios a vontade do estudante em termos qualitativos. Procura-se analisar de forma

generalizada o quantitativo e evasão/permanência nas duas disciplinas em termos numéricos,

podendo ser completado futuramente a partir de novas experiências e registros que enfoquem

mais diretamente este assunto.

Na disciplina ACTCCP havia inicialmente um total de 51 estudantes, sendo 38 alunos

regularmente matriculados e 13 alunos especiais que foram convidados para participar do

grupo de controle que experimentava o uso da plataforma. Deste grupo inicial, depois de

decorridas as cinco primeiras semanas de atividades, onde foi feito uma primeira medição do

total de atividades postadas por aluno, e a seguir com as informações obtidas junto à

coordenação do Curso Geografia verifica-se que houve a seguinte evasão, ou seja, a saída de

estudantes, que por motivos diversos se desligaram da disciplina e conseqüentemente do EAD

(Fig 28).

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Observando o gráfico da figura

4% de não cadastrados refere

freqüentar o EAD pela plataforma UFPB Virtual

recebidas na coordenação do curso e

matrícula e não efetuado o cadastramento na plataforma

cadastraram na plataforma, tivemos doze que efetuaram o trancamento através de solicitação

junto à coordenação, este percentual corresponde a vinte e três por cento do total

estudantes iniciais. Isso nos dá um grupo de controle de remanescente da ordem de

sete estudantes, ou seja 73% do universo inicial.

A disciplina TRR

universo de estudantes era menor e também

currículo do Curso de Geografia,

na plataforma os estudantes tivera

menos significativo, conforme observamos

universo de trinta e três estudantes

evasão tinha se dado por trancamento

permanência da ordem de 92%

Figura 28 – Gráfico da evasão na disciplina ACTCCP

Observando o gráfico da figura 28 da disciplina ACTCCP, temos que

não cadastrados refere-se a dois estudantes que não concluíram o primeiro passo para

freqüentar o EAD pela plataforma UFPB Virtual, ou seja, não seguiram as orientações

recebidas na coordenação do curso e/ou recebidas por e-mail, tendo apenas efetuado a

efetuado o cadastramento na plataforma. Dos quarenta e nove que se

cadastraram na plataforma, tivemos doze que efetuaram o trancamento através de solicitação

coordenação, este percentual corresponde a vinte e três por cento do total

estudantes iniciais. Isso nos dá um grupo de controle de remanescente da ordem de

sete estudantes, ou seja 73% do universo inicial.

apresenta um quadro com menor evasão, inicialmente porque o

universo de estudantes era menor e também por tratar-se de uma disciplina obrigatória do

o Curso de Geografia, além do fato de ser semipresencial, onde além dos trabalhos

estudantes tiveram aulas presenciais, daí temos que o

menos significativo, conforme observamos na figura XX, sendo da ordem de três para um

estudantes, na verificação junto à coordenação foi verificado que a

por trancamento, ou seja temos uma evasão da ordem de 8% e uma

permanência da ordem de 92% (Fig 29).

Gráfico da evasão na disciplina ACTCCP

73

da disciplina ACTCCP, temos que o percentual de

se a dois estudantes que não concluíram o primeiro passo para

, ou seja, não seguiram as orientações

tendo apenas efetuado a

Dos quarenta e nove que se

cadastraram na plataforma, tivemos doze que efetuaram o trancamento através de solicitação

coordenação, este percentual corresponde a vinte e três por cento do total de

estudantes iniciais. Isso nos dá um grupo de controle de remanescente da ordem de trinta e

com menor evasão, inicialmente porque o

se de uma disciplina obrigatória do

, onde além dos trabalhos

o número da evasão é

, sendo da ordem de três para um

coordenação foi verificado que a

, ou seja temos uma evasão da ordem de 8% e uma

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4.2 Freqüências de acesso a plataforma pelo

Uma das facilidades

proporciona é a possibilidade de acompanhar o estudante em suas diversas atividades. O

tempo todo estivemos utiliza

a freqüência. Esta ferramenta nos possibilita acompanhar

em cada atividade e mais ainda, nos dá o tempo do último acesso a plataforma, desta forma

podemos perceber quando um aluno está mais distante das atividades, sendo conveniente

nestes casos procurar o contato por e

se desmotive e acabe se evadindo

posto anteriormente, torna

estudante, e da sua rede de relações

verificarmos a sua freqüência (

Outra possibilidade que temos é de verificar o tempo que cada estudante utilizou para

realizar a atividade, essa informação no faz

suficiente para que todos os estudantes pudessem realizá

as adaptações necessárias (Fig

Figura 29 – Gráfico

de acesso a plataforma pelo estudante

Uma das facilidades que a plataforma MOODLE de ensino a distância

proporciona é a possibilidade de acompanhar o estudante em suas diversas atividades. O

utilizando, nas duas disciplinas. Aqui tem destaque o controle de acesso

menta nos possibilita acompanhar o número de acessos do estudante

em cada atividade e mais ainda, nos dá o tempo do último acesso a plataforma, desta forma

podemos perceber quando um aluno está mais distante das atividades, sendo conveniente

rocurar o contato por e-mail, ou mensagem na plataforma afim de que

desmotive e acabe se evadindo, fortalecendo assim a comunidade. Embora o tempo, como

posto anteriormente, torna-se flexível, e depende mais do interesse individual de cada

ante, e da sua rede de relações, ele foi acompanhado para monitorarmos o acesso, e

freqüência (Fig 30).

Outra possibilidade que temos é de verificar o tempo que cada estudante utilizou para

realizar a atividade, essa informação no faz perceber se o tempo destinado a cada atividade foi

suficiente para que todos os estudantes pudessem realizá-la proporcionando a reflexão para a

Fig 31).

Gráfico da evasão na disciplina TRR

74

que a plataforma MOODLE de ensino a distância, nos

proporciona é a possibilidade de acompanhar o estudante em suas diversas atividades. O

qui tem destaque o controle de acesso

mero de acessos do estudante

em cada atividade e mais ainda, nos dá o tempo do último acesso a plataforma, desta forma

podemos perceber quando um aluno está mais distante das atividades, sendo conveniente

mail, ou mensagem na plataforma afim de que este não

Embora o tempo, como

se flexível, e depende mais do interesse individual de cada

, ele foi acompanhado para monitorarmos o acesso, e

Outra possibilidade que temos é de verificar o tempo que cada estudante utilizou para

erceber se o tempo destinado a cada atividade foi

proporcionando a reflexão para a

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75

Não existe a necessidade de se realizar uma medição quantitativa dos acessos e do

ultimo tempo de acesso. Estes devem ser acompanhados no dia-a-dia da disciplina, conforme

a metodologia proposta pois a cada vez que percebíamos uma dificuldade de tempo ou uma

solicitação de prorrogação de prazo realizávamos uma reunião com a equipe de trabalho para

que possíveis distorções relativas ao tempo fossem corrigidas. Outra forma de

Figura 30 – Relatório de ultimo acesso a disciplina ACTCCP

Figura 31 – Relatório de tempo utilizado para cada atividade

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acompanhamento do estudante é o “relatório de atividades”, onde consta um gráfico (Fig. 32)

da freqüência com que o estudante tem verificado as atualizações na plataforma. Seria como a

freqüência do sistema presencial, pois poderemos, também, desta forma acompanhar se o

aluno anda se afastando e procurar uma forma de motivá-lo ou localizar eventuais problemas.

4.3 O fórun

No dicionário de língua portuguesa fóruns tem o mesmo sentido de foro e significa

“local para debates ou reunião para o mesmo fim” ou ainda “centro de múltiplas atividades”.

Desta forma professor e tutores procuram estimular o uso desta ferramenta pois entendemos

que pelas suas qualidades e forma como foi concebida trata-se da mais privilegiada das

atividades pois promove uma interação e tem uma possibilidade de construção do

conhecimento que supera as outras ferramentas notadamente as utilizadas nesta disciplina.

Os fóruns são uma parte importante da construção da comunidade eles representam

um local privilegiado para a informação, pois uma vez postada ela é remetida para todos os

integrantes da disciplina (TRR e ACTCCP) para seus e-mails. Porém o aspecto mais

importante se dá na construção do conhecimento de forma socializada, onde todos os

Figura 32 – Demonstrativo de atividades de uma aluna da disciplina

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estudantes, tutores e professores podem se pronunciar sobre os tópicos já postados ou podem

postar seu próprio tópico naquilo que tenha dúvida ou certeza. Os outros estudantes poderão

completar a definição ou ampliar conceitos e conhecimento. Podemos dizer que o registro da

informação é a parte mais importante dos fóruns.

A participação dos alunos de ACTCCP no fórum de notícias aparentemente foi

significativa pois houve 82 ocorrências, com algumas participações mais freqüentes, no

entanto quando se entra no conteúdo percebe-se que são solicitações de informações sobre

questões técnicas da plataforma ou mesmo para saber o andamento da disciplina em quesitos

também técnicos. Mesmo com o professor ou os monitores fazendo chamadas “provocativas”

não houve nenhuma manifestação de dialogo ou mesmo de aprofundamento dos conteúdos

expostos (ver anexo 8).

Mas por outro lado, a disciplina de TRR em que os alunos são de disciplina

obrigatória, porém a com a anuência deles e respaldado pela Pró Reitoria de Graduação e após

o convite feito, para participarem da experiência dos trabalhos assistidos por computador via

plataforma digital, a participação foi bem mais significativa, apesar de apenas 62 ocorrências,

mas exigindo tanto da monitoria como, principalmente do professor, haja vista que o nível de

questionamento ultrapassou e muito apenas o significado técnico da plataforma, pois o

alunado se manifestou em níveis de questionamentos mais profundos, gerando réplicas e

tréplicas. Questionamentos desmembrados em vários segmentos que permitiram entradas de

outros alunos para o debate efetivo e que, segundo o professor, esses debates muitas vezes

foram para o momento presencial da disciplina que era uma vez por semana.

Esse fórum de notícias da disciplina TRR permitiu que a estudante Lorena expusesse o

resumo do trabalho que ela e outra estudante, Maria Emanuella, elaboraram sobre o

desperdício de água no banheiro feminino e coletivo que atende diretamente aos usuários dos

blocos do entorno das salas de aula por elas freqüentadas. Essa exposição provocou em outra

estudante, Rebeca Aguiar, não apenas os “aplausos” pela envergadura do trabalho mas como

também algumas curiosidades que vale aqui salientar:(Fig. 33)

Primeiramente parabéns.

Agora acho que fiquei com algumas curiosidades sobre esse texto apresentado por vocês.

1- Esse texto é uma síntese do trabalho?

2- Quando vocês colocam que esse fato se tornou trivial para maioria foi à conclusão a qual vocês chegaram ou uma suposição ou constatação? Se foi uma conclusão, o que levaram vocês a

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acreditarem que a maioria viu nesse fato algo trivial? Se foi uma constatação, está foi baseada em que?

3- Quais métodos foram empregados nessa pesquisa?

4- De acordo com os textos trabalhados em sala, quais conceitos vocês empregaram? Fora o de banalidade.

5- Se como suponho esse texto é só uma síntese do trabalho, teria como o trabalho por completo ser apresentado em sala de aula?

“A conscientização perante inoperância da instituição frente à simplicidade da resolução da problemática, fez com que surgisse a necessidade da realização desta pesquisa sistemática que viesse a mostrar o enorme gasto financeiro e ambiental que ocorre em uma simples torneira vazando.”

O que mais impulsionou vocês fazerem esse trabalho, a inoperância da instituição, ou o fato de ter

se tornado trivial para a maioria (como vocês colocaram)?

“população paraibana considerada mais intelectualizada, ou seja, a população universitária, banalizar o desperdício da água em nosso estado que é um dos mais carentes nesse recurso no território brasileiro.”

Vocês constataram outros locais da universidade com o mesmo caso do CCEN? Então quer dizer que essa banalização é algo geral, em relação a UFPB? Agora feito o trabalho vocês como estudantes que se sensibilizaram com a questão pretendem tomar alguma iniciativa?

Aí vai uma sugestão, o trabalho completo poderia ser apresentado na sala e poderíamos debater as questões, como o porquê desse fato ter se tornado trivial, quando ao contrario deveríamos nos indignar, tomar uma atitude. Aí já entraríamos em outra questão será que a inoperância só foi da instituição? Será que como estudantes, como pessoas conscientes não temos uma parcela de responsabilidade diante do fato? E outras questões.

Parabéns pelo trabalho e sucesso no próximo.

Após esse rol de questionamentos enunciados de forma muito elegante e direta,

denotando o interesse real pelo conhecimento, as autores tiveram possibilidade de verificar a

repercussão do trabalho exposto numa plataforma que dá visibilidade democrática ao que está

sendo feito. Abaixo segue a resposta por Maria Emanuella.(Fig. 34)

Respostas

1- Esse texto é uma síntese do trabalho?

Esse texto é a síntese do nosso trabalho, onde o objetivo foi expor de uma forma resumida o que tínhamos elaborado no nosso estudo.

Figura 33 – Comentário no fórun

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2- Quando vocês colocam que esse fato se tornou trivial para maioria foi à conclusão a qual vocês chegaram ou uma suposição ou constatação? Se foi uma conclusão, o que levaram vocês a acreditarem que a maioria viu nesse fato algo trivial? Se foi uma constatação, está foi baseada em que?

Pudemos concluir que o fato se tornou trivial, a medida que as pessoas que vinham a utilizar o banheiro não mostravam interesse pelo ocorrido, e mesmo ao mostrar um mínimo de preocupação, não buscaram resolver a problemática.

3- Quais métodos foram empregados nessa pesquisa?

• Tempo de destinado para a coleta dos dados: 12 a 16, e, 19 a 23 de março de 2007. O objetivo ao escolher esse período de tempo, está primeiramente no fato de apenas os dias úteis na vida universitária, ou seja, de segunda a sexta, estarem englobados no estudo, pelo fato de haver uma maior movimentação e uso nos banheiros. O segundo motivo está na escolha de abranger a coleta para o intervalo de duas semanas, com isso é possível que haja uma comparação e maior visibilidade dos dados recolhidos.

• Tempo para recolhimento da amostra: 1 minuto

Foi estabelecido o tempo de um minuto como padrão para facilitar o estudo. Mas ocorreram situações em que o tempo não foi totalizado no processo da coleta, tendo como motivo o grande volume do fluxo da água em desperdício vir a ultrapassar a capacidade do recipiente em uso. Nesses casos o tempo aplicado foi então um múltiplo de 60”(um minuto), e os resultados eram, através de equações, adaptadas para um minuto.

• Horários das coletas: 08h: 00min, 12h: 00min e 16h:00min Através da escolha desses horários para se fazer às coletas, foi objetivado abranger o maior período de tempo em que o banheiro estivesse em uso durante o dia.

• Instrumentos empregados: recipiente 1, recipiente 2 e relógio analógico Recipiente 1: O recipiente utilizado durante a coleta das amostras durante a primeira semana foi uma mamadeira graduada com capacidade para 250ml. A escolha para a sua utilização foi à facilidade de manuseio, a precisão no recolhimento dos dados e o fato do seu tamanho ter se adaptado para a função, ou seja, por ter apenas 15,5cm, o recipiente não tocava na torneira e com isso não influenciava no fluxo. Anexo B Recipiente 2: Durante o decorrer da segunda semana, o uso do recipiente 1 foi em conjunto com o do recipiente 2, que no caso é uma proveta com capacidade para 1000ml. A amostra foi coletada com o recipiente 1, e despejada na proveta para ser medida. O seu uso foi estabelecido para dar um caráter mais científico a pesquisa. Anexo C

Relógio analógico: A medição do tempo empregado em cada coleta foi baseada na verificação em um relógio de pulso analógico. A sua escolha levou em consideração a facilidade de manuseio e a praticidade na verificação do tempo.

4-De acordo com os textos trabalhados em sala, quais conceitos vocês empregaram? Fora o de banalidade.

• GRIGG, D. Modelos Integrados em Geografia. Rio de Janeiro: 1974, Coordenação Editorial Chorley/Haggett, pp. 23-59

A partir do texto “Regiões, modelos e classes”, foi possível estabelecer os modelos responsáveis pela elaboração dos formulários utilizados na pesquisa quantitativa. • DOLFUSS, O. A Análise Geográfica.São Paulo:1972, pp.95-102 Através da leitura desse capítulo foi possíveis poder compreender melhor conceitos como os de densidade e intensidade.

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5- Se como suponho esse texto é só uma síntese do trabalho, teria como o trabalho por completo ser apresentado em sala de aula?

“A conscientização perante inoperância da instituição frente à simplicidade da resolução da problemática, fez com que surgisse a necessidade da realização desta pesquisa sistemática que viesse a mostrar o enorme gasto financeiro e ambiental que ocorre em uma simples torneira vazando.”

Essa questão pode ser levada em consideração e discutida juntamente com o professor Paulo Rosa.

O que mais impulsionou vocês fazerem esse trabalho, a inoperância da instituição, ou o fato de ter

se tornado trivial para a maioria (como vocês colocaram)?

“população paraibana considerada mais intelectualizada, ou seja, a população universitária, banalizar o desperdício da água em nosso estado que é um dos mais carentes nesse recurso no território brasileiro.”

O conjunto das duas questões, pois as duas são consideradas por nós, autoras do trabalho, como sendo relevantes e no mesmo grau de igualdade.

Vocês constataram outros locais da universidade com o mesmo caso do CCEN? Então quer dizer que essa banalização é algo geral, em relação a UFPB? Agora feito o trabalho vocês como estudantes que se sensibilizaram com a questão pretendem tomar alguma iniciativa?

Fizemos o estudo apenas no CCEN baixo e alto, e nesses locais foi constatado que ocorre o mesmo problema, vazamentos. Mas em nenhum foi detectado que ocorria um vazamento em proporções tão intensas como a que ocorre no banheiro feminino da Geociência, que foi o foco do nosso estudo. Ao terminar o nosso trabalho, o que ainda não ocorreu, o relatório final será apresentado para a reitoria da UFPB, para que providências sejam tomadas a respeito.

Aí vai uma sugestão, o trabalho completo poderia ser apresentado na sala e poderíamos debater as questões, como o porquê desse fato ter se tornado trivial, quando ao contrario deveríamos nos indignar, tomar uma atitude. Aí já entraríamos em outra questão será que a inoperância só foi da instituição? Será que como estudantes, como pessoas conscientes não temos uma parcela de responsabilidade diante do fato? E outras questões.

Obrigada pela sugestão.

Parabéns pelo trabalho e sucesso no próximo.

Os diálogos apresentados no fórum da plataforma da disciplina TRR, quando nesse

nível o professor também se manifesta, pois aparece não apenas como facilitador dos debates

mas também como moderador e em certos casos ele é quem fica na berlinda para os

questionamentos diretos. Como foram os questionamentos estabelecidos inicialmente por

Lenilson, nesse caso o estudante quis um maior aprofundamento das questões estabelecidas

Figura 34 – Comentário no fórun

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pelo texto que estava sendo analisado, veja figura 35: Nesse caso o professor fez uma

discussão mais profunda sobre os questionamentos estabelecidos pelo estudante.

sítios, regiões e localidades por Lenilson Fabiano Campos - Sunday, 8 April 2007, 17:37 sítios, regiões e localidades

Lenilson Fabiano Campos

Estudantes 3 0

Paulo Roberto Oliveira Rosa Wed, 18 Apr 2007, 20:0

Professor: Qual a diferença entre sítio e região? Nos textos anteriores da “apostila”, seus autores enfatizavam extensivamente a questão da região, seus limites e características que a definem. Isto podemos ver em: 1) GRIGG, David. “Regiões, Modelos e Classes”. In: Modelos Integrados em Geografia: Coordenação Editorial [por] Richard J. Chorley [e] Peter Haggett, tradução [de] Arnaldo Viriato de Medeiros. Rio de Janeiro. Livros Técnicos e Científicos. São Paulo. Ed. da USP, 1974. 2) WOOLDRIDGE, S. W.; GORDON EAST, E. W. “A Geografia Regional e a Teoria das Regiões”. In: _____. Espíritos e Propósitos da Geografia. Zahar Editores. Rio de Janeiro, 1967. Todavia, quando chegamos ao texto atual de Olivier Dolfuss (“A Análise Geográfica”), ele faz inúmeras menções ao sítio, mas não aborda nenhuma vez o que vem a ser a região. Por outro lado, abrindo os textos “O espaço regional” e “Os tipos de organização do espaço geográfico” (capítulos VI e VII, respectivamente, de seu livro “O espaço geográfico”), contidos em “nossa apostila” de estudos, Dolfuss aborda todo tipo de região em suas análises/observações, mas não menciona nenhuma vez o que vem a ser sítio. Então, a partir destas colocações: -onde é possível encontrar a diferenciação entre sítio e região na visão de Dolfuss? -há algum texto dele que faz o diálogo entre estas duas maneiras de se enxergar o espaço? qual? Ainda em relação a estas formas de leitura do espaço, o que caracteriza: a) o sítio? b) a região? c) A localidade? -a existência de limites ou limiares pode servir de caracterização de um ou outro destes elementos? -como estes limites e limiares, se for o caso, se relacionam com o sítio, a região ou a localidade? Então, é isso.

Apagar | Responder

Re: sítios, regiões e localidades por Paulo Roberto Oliveira Rosa - Wednesday, 11 April 2007, 15:18

Uffa! A bateria foi paulada. Mas vamos lá terei que fazer algumas consultas, pois não tenho de cabeça a extensão dos conceitos. Veja você quando expus textos com diversos autores, pretendi demonstrar que não há um conceito ainda definido e, para completar, eles são de escolas diferenciadas e concepções também diferenciadas.

Dolfuss se contrapõe a Wooldrdge, pois eles têm concepções bem diferentes. Enquanto Wooldridge e East apontam que a Geografia não é ciência, logo não é capaz de EXPLICAR os fatos que ocorrem no espaço, pois a Geografia deve representar o que está estabelecido no cenário, ou seja, deduz. Já Dolfuss procura apontar a Geografia como ciência, por isso a obra dele anuncia que é uma Análise.

Podemos apontar que todo fato é um fenômeno, logo algo positivo, algo que está presente, acontecendo num dado cenário, por isso ocupando um lugar, ou seja, localizado diante do panorama planetário (por isso a importância das coordenadas geográficas). Esse cenário quando visto pela menor unidade espacial, passa a ser uma entidade geográfica e quando é observada pela ordem natural, é vista a partir inicialmente da bacia hidrográfica (é a melhor maneira de visualizar o cenário natural). No entanto quando no cenário há a intervenção humana, esse cenário passa a obter

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referências exóticas à espontaneidade natural, normalmente se faz um delineamento da área, logo passa a ser denominado de sítio. Mostrar principal | Interromper | Apagar | Responder

Re: sítios, regiões e localidades por Lenilson Fabiano Campos - Sunday, 15 April 2007, 20:27

Professor, me apoiando na última frase de sua "fala": "quando no cenário há a intervenção humana, esse cenário passa a obter referências exóticas à espontaneidade natural, normalmente se faz um delineamento da área, logo passa a ser denominado de sítio", posso considerar como respondida apenas uma parte de meus questionamentos, a que se refere ao sítio. Todavia, as perguntas que fiz referente à diferenciação entre "sítio", "região" e "localidade" continuam sem respostas. Então, volto a insistir: Qual a diferença entre sítio, região e localidade? Em nossas pesquisadas de campo ou de gabinete, quando poderemos utilizar um ou outro conceito? Isto, para mim, ainda não está claro. E os textos que tomamos como referência, até o momento, não esclarecem estas questões. Por outro lado, além dos autores que existem em "nossa apostila", existem que não se encontram por lá que poderiam nos esclarecer esta questão? Quem? Quais de suas obras poderíamos consultar?

Mostrar principal | Interromper | Apagar | Responder

O dialogo entre o professor e o estudante, demonstra a capacidade de relacionamento

intelectual, haja vista nível estabelecido pelo estudante requerendo que o professor se

mantivesse a altura, buscando através da NETQUETA um diálogo elegante e fundamentando

com postulados os questionamentos enunciados.

Num outro questionamento, esse feito inicialmente pelo estudante Enver, cujo enfoque foi assim anunciado (Fig. 36):

Diferenciação espacial

por Enver José - Monday, 23 April 2007, 05:01

Na página 82 do capítulo "Diferenciação espacial",13ª linha.

"A noção de limites não acarreta obrigatoriamente a de fronteiras..."

Não compreendi bem a diferença entre limite e fronteira!Gostaria de exemplos de quando a noção de limite acarreta e não acarreta a de fronteira?

Houve a imediata participação de outra estudante, Rebeca Aguiar se manifesta

aproveitando o que foi enunciado. E, ainda nessa mesma questão o estudante Lenilson se

Figura 35 – Comentário no fórun

Figura 36 – Comentário no forun

Re: sítios, regiões e localidades por Paulo Roberto Oliveira Rosa - Wednesday, 18 April 2007, 20:08

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manifesta apresentando um elenco mais amplo de questionamento logo, o professor teve que

mediar buscando a partir de fundamentação coerente, atender aos questionamentos feitos

pelos estudantes. E, após as respostas dadas pelo professor o estudante Lenilson voltou a

questionar, pois como ele tem um trabalho temporário no IBGE, procura sempre se manter o

mais atualizado possível com as questões de ordem geográfica. Mais uma vez o professor

procurou atender aos questionamentos respondendo ao estudante e se preocupando para dar

maior visibilidade ao que foi anunciado (Fig 37).

Lenilson quem na realidade define os logradouros assim como os bairros é a Prefeitura Municipal e, quem homologa é a Câmara de Vereadores como lei, mas antes disso ocorrer a Coordenação Técnica da Prefeitura, normalmente ouve o IBGE, pois esse órgão como faz leituras técnicas sobre a população (não apenas de gente) dos lugares, o corpo técnico do IBGE tem muito a contribuir. Mas não se esqueça que essa delimitação é sempre uma arbitrariedade, mesmo quando ouvem as pessoas dos lugares.

Todavia, pelo que parece, outros órgãos ou empresas têm critérios próprios de utilização destes mapeamento. O IBGE, os utiliza para fins estatísticos. Os Correios, de outra maneira. A Saelpa, de outra, etc.

Na realidade quem tem o mapa da cidade é a prefeitura municipal, os órgãos e demais entidades precisam desse mapa como base. Veja você que a distribuição dos postes de luz seguem uma distribuição que o logradouro dos postes nem sempre coincide com o dos correios, mas a BIG TV segue o quês está determinado pela SAELPA, pois a BIG paga aluguel pelo uso do poste e, por sua vez a SAELPA paga a prefeitura o aluguel pelo uso do lugar em que o poste está estabelecido, logo cada poste tem um endereço próprio pela SAELPA e tem que coincidir com o mapeamento da prefeitura.

Porém esses mapeamentos têm mais a ver com roteamentos que com logradouros fixos. A questão das rotas tem muito a ver com os taxis, sedex, AMBEV, entrega de gás, etc. Por isso que cada um faz seu mapa de rotas.

Todavia, como estas instituições só existem porque existem pessoas em seu interior, isto é, trabalhador@s , também podemos concluir que a leitura do espaço por parte de um@ carteir@ é diferente da leitura do espaço por parte de um@ recenseador@. Por outro lado, @s habitant@s das localidades/bairros de João Pessoa, ou outra cidade, têm leituras diferentes destes respectivos órgãos/empresas.

Hoje podemos falar que dentro dos lugares há mais consumidores do que produtores (trabalhadores). Então, a pergunto que lanço é:

1) Como é possível construir mapas a partir do imaginário coletivo de uma localidade?

“Saber pensar o espaço para nele se organizar e ali combater” (Lacoste in A Geografia serve para fazer a guerra) esse é um postulado que Yves Lacoste no delega a refletir, por isso é que nos morros do Rio de Janeiro não se consegue estabelecer uma “ordem” ou um ordenamento, pois ali o que está posto para valer é a tradição. As ruas, ruelas, caminhos não seguem uma lógica, pelo contrário surgem da espontaneidade do cotidiano necessário da coletividade que ainda não se transformou em comunidade. Para se ter uma idéia, nesses lugares não há mapa ou seja uma representação, pois o que há é o mapa mental, está no imaginário coletivo. Agora nos últimos anos é que o SUS está mapeando para que o IBGE possa fazer o Censo.

2) Dolfuss, Pierre George, etc, que lemos em "nossa apostila" sempre enfatizaram a dificuldade de

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se estabelecer limites, regiões, regionalizar um espaço

Eu também concordo com eles, pois não é fácil definir limites sobre certos lugares, por isso é necessário que depois do trabalho técnico realizado é necessário ir para o legislativo. Por exemplo, hoje eu estava assistindo a TV Assembléia da PB e vi o debate sobre os espigões na orla paraibana.

O debate está vindo à tona de novo, de um lado os especuladores que julgam o espaço como objeto que possui um valor de troca e, por outro lado, há os que consideram o lugar como valor de uso. Lembremos que a troca é mediada pelo valor financeiro (dinheiro ou outro título qualquer) e na questão do uso há a necessidade, inclui-se aqui o topofílico.

3) Para proceder à esta atividade, não há como negar que há uma dinâmica entre a subjetividade d@ pesquisad@r e a objetividade da pesquisa na construção destas regiões. Então como colocar a subjetividade de uma localidade num papel?

Concordo, continuemos a tomar o exemplo anterior. A orla marítima é um cenário, isso é objetivo, no entanto cada um vê de forma que melhor lhe aprouver essa já é uma situação subjetiva.

Aqui vai minha opinião sobre esse assunto: como estou de fora, o que imagino é a relação dos espigões diante do mar, quem tiver nesses janelões, irá ver lá longe, além do horizonte. Quanto mais alto for a janela, mais longe será o horizonte. E, quem tiver atrás, não verá mais nada e o pior, os espigões servirão como barreira que impedirá a brisa marinha ir para o interior. Bem sabemos nós que essas barreiras acabarão por criar um vácuo atrás de si, isso é ótimo para o trânsito de insetos que precisam de lugares de baixa pressão para se locomover (estás imaginando como será a situação?)

4) Pergunto isto porque durante os processos de colonização da América e da África, @s colonizador@s invadiram estes continentes e os demarcaram da maneira que bem entendessem, para seus fins colonialistas, obviamente. Entretanto, como delimitaram estes territórios a partir da objetividade de seus interesses, a subjetividade destas localidades foram simplesmente atropeladas.

Devemos lembrar que a colônia era fornecedora de matéria prima para ser transformada e consumida na metrópole. As terras na colônia era propriedade da coroa, porém posse dessas terras era para quem a coroa tinha interesses. Sugiro que você assista ao filme A Missão, poderás ver como se deu a relação da posse, da propriedade e dos interesses políticos e econômicos baseados na formação do capital e não da satisfação e do prazer.

2) Por outro lado, em termos metodológicos, também pergunto como é possível conciliar subjetividade e objetividade em nossas pesquisas, em nossos critérios de regionalização, etc.?

Uma pesquisa ou uma investigação (são coisas aparentemente iguais porém são metodologicamente diferentes, pois aquela induz e essa deduz), não cabe aqui a dialética, pois esta tem mais a ver com a literatura. A indução que experimenta por isso é analítica nem sempre conclui ao final da pesquisa. Já a dedução requer uma conclusão, pois constata a partir das provas, que são sínteses, bem isso é objetivo.

No entanto, é subjetiva a escolha que se faz para a tomada de consciência de um fato real ou imaginário. Essa subjetividade é alguma coisa ligada a estética, pois é algo que se gosta ou não. Gosto é subjetivo.

Como sabemos, a ciência ocidental tem como fio condutor a objetividade, logo a supremacia da razão. Todavia, igualmente sabemos, que não somos apenas razão; carregamos, igualmente, cargas emotivas, subjetividade. Então, como podemos superar esta ditadura da razão, da objetividade, na leitura/codificação/interpretação da realidade?

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85

A razão é fruto do raciocínio e, ao final desse processo há o juízo, é necessário se decidir sobre as coisas. Normalmente esse juízo é maniqueísta: certo ou errado, bem ou mal. Sugiro que assistas ao filme o Nome da Rosa e outro Em Nome de Deus, ambos darão condições para verem como o subjetivo, pode-se tornar objetivamente a ditadura. Nada é mais ditatorial que o uso da palavra (que sempre subordina) e, nada é mais livre que o uso dos sentidos. K. Marx foi feliz quando enunciou a negação da negação. A palavra nega o real, o substitui, por isso ele aponta que é necessário usar da palavra para negar a palavra: dialética marxista.

Mas há outro caminho também, esse é utilizado pelos budistas: basta não pensar, apenas existir. Tente fazer um exercício que te ausente do mundo da razão.

Analisando os diálogos acima percebemos que a construção comunidade de

aprendizagem on-line, ou seja, estudantes construindo o conhecimento de forma independente

onde questionam, colocam seus pontos di vista e assim vão produzindo uma prática reflexiva

e colaborativa.

Uma comunidade de aprendizagem on-line na definição de RHEINGOLD, Howard

(1993) in PALLOFF e PRATT (2004, p. 38) são agregações culturais que surgem quando um

número de pessoas se encontra com freqüência suficiente no ciberespaço, desta forma temos

que a construção da comunidade de aprendizagem on-line foi diferenciada nas duas

disciplinas, enquanto em ACTCCP preocupou-se principalmente no uso das ferramentas e no

transcurso da disciplina em TRR a construção do conhecimento se deu efetivamente, ou seja,

houve construção de conhecimento socializado no ciberespaço.

5 - SONDAGEM DO GRAU DE SATISFAÇÃO DO ESTUDANTE - COMPARAÇÃOO COM O SISTEMA PRESENCIAL

Após cada atividade desenvolvida em que se utilize e teste uma metodologia, faz

necessário que se verifique os resultados de forma direta nos atores envolvidos no processo.

Como a proposta do trabalho era analisar a construção do conhecimento dos estudantes,

utilizando o projeto pedagógico estabelecido para a disciplina, apoiado na plataforma EAD –

UFPB Virtual e na equipe composta por professor e tutores, avaliando os seus feedbacks foi

necessário que se sondasse sobre o grau de satisfação deste estudante, desta forma estaríamos

avaliando o curso. ANGELO e CROSS (1993) in PALLOF e PRATT (2004, p. 118) sugerem

que se façam três perguntas quando tentam desenvolver uma boa avaliação do curso:

Quais são as habilidades e o conhecimento que tento ensinar? Como posso constatar que os

alunos estão aprendendo? Como posso ajudar os alunos a aprenderem melhor?

Figura 37 – Comentário no fórun

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A avaliação do curso, assim como a do aluno deve estar alinhada com os objetivos

propostos nas ementas das disciplinas (Anexo I e II) e projeto pedagógico, devendo esta ser

contínua e ajustada quando se fizesse necessário. E assim foi alcançado este objetivo, pois a

cada feedback, reuníamos a equipe de trabalho para discutir a profundidade ou conseqüências

do que estava exposto pelos estudantes, com o intuito do ajuste e resposta proporcionais a

velocidade dos meios digitais. BROOKFIELD (1995) in PALLOF e PRATT (2004, p. 118)

observa que

A avaliação tradicional de um curso raramente mede o que queremos medir. Em vez de avaliar se o curso, como foi preparado, dava a sustentação necessária para que os alunos atingissem seus objetivos de aprendizagem, as avaliações mediam se os alunos gostavam do professor como uma espécie de apresentador – em outras palavras, a avaliação do curso virou concurso de popularidade.

Como o intuito do professor e das duas disciplinas não foi expandir a sua popularidade e sim

efetuar a experiência de forma a construir o conhecimento, nesta pesquisa não procuramos

avaliar se os alunos gostaram da disciplina, pois ai estaríamos indo de encontro ao que fora

proposto anteriormente, portanto perguntas como esta não poderiam fazer parte do

levantamento, pois não estaríamos assim verificando a efetividade da proposta pedagógica.

Procuramos sim fazer comparações como o sistema presencial e que os estudantes

abordassem os pontos fortes e os pontos fracos que puderam perceber durante a execução das

atividades na Plataforma UFPB Virtual. Para efetuar este levantamento de dados de caráter

tão qualitativo foram realizadas entrevistas com alunos das disciplinas TRR e ACTCCP. A

entrevista nas palavras de RICHARDSON (1999. p. 207):

...é importante que as pessoas compreendam o que ocorre nos outros. A grande maioria tenta colocar-se o lugar das outras, imaginar e analisar como os demais pensam, agem e regem. A melhor situação para participar na mente de outro ser humano é a interação face a face, pois tem o caráter, inquestionável, de proximidade entre as pessoas, que proporciona as melhores possibilidades de penetrar na mente, vida e definição dos indivíduos.

Desta forma realizamos a entrevista com cinco estudantes, sendo três da disciplina

TRR e dois da disciplina ACTCCP. O conteúdo das entrevistas abaixo transcrito nos levam a

fazer algumas leituras de que os resultados obtidos na disciplina atenderam ao proposto no

projeto pedagógico e as observações conduzirão as próximas atividades em ensino à distância

no sentido de reforçar as já consagradas e corrigir eventuais distorções.

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O inicio da entrevista deu-se no intuito de saber como cada um dos entrevistados se

analisa como participante do ensino a distância, ou seja, estava sendo feita uma auto-avaliação

do estudante,

Minha participação foi à máxima que consegui, fiz todas as atividades previstas, tentei utilizar o fórum, mas não o usei como poderia, ou seja, plenamente. Embora já tivesse travado contato com as ferramentas computacionais e de ensino a distância, considero que foi um aperfeiçoamento do que já conhecia, pois pude praticar. Foi satisfatória em nível pessoal, pois aprendia a utilizar todos os recursos disponíveis. Não tive dificuldade no entendimento de nenhuma atividade. Sendo as ferramentas bem claras e objetivas. LORENA

Agora que estou terminando, sinto que gostei, pois tinha pouco conhecimento de internet, e inicialmente tive muito receio, mas o fato de ter tarefas objetivas e bem claras ficou fácil e fui me familiarizando. Conheci novas ferramentas e pude ver que o EAD pode ser muito útil não só como transmissor de conhecimento mas como um novo conhecimento. MARIA EMANUELLA

Minha avaliação pessoal me coloca como uma aluna razoável. Eu demorei um pouco para me situar no universo do EAD e entender como se desenvolvia. Depois não tive mais dificuldades pessoais e cumpri todas as atividades. FRANCIELMA

Eu acho que eu deixei a desejar devido ao tempo,como se tratava de uma disciplina optativa (ACTCCP), eu a encarei de um a forma mais “ligth”, e como agora no final do período tem muitas atividades e não consegui dar o retorno desejado. Não utilizei todas as ferramentas, como por exemplo o fórum. Não tive nenhuma dificuldade, o mecanismo é simples e claro. BERTHA

A auto-avaliação dos estudantes acima nos leva a perceber que o ensino bancário vivido por

estes estudantes, em escola do tipo tradicional, faz com que eles embora conheçam e admitam

o potencial do ensino a distância, eles não adquiram a cultura necessária a esta nova forma de

aprender e apreender o conhecimento, ou seja a cibercultura.

O questionamento seguinte tem a ver com a distribuição do material, ou seja, desejava-

se saber se o material disponibilizado para a disciplina tinha sido acessível para todos os

estudantes das disciplinas. Nas palavras das estudantes, foram unânimes em dizer que tinham

tido acesso a todo o material conforme estabelecido para TRR e ACTCCP.

Tive acesso. Apesar de que algumas vezes tive problemas, por exemplo o texto de densidade e intensidade, que deu problemas na hora do envio. Porém os problemas foram resolvidos, embora não tivesse acesso na hora não fui prejudicada, neste ponto o fórum foi muito útil, pois qualquer problema nós postávamos e tínhamos uma resposta com a solução de forma rápida. LORENA

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Tive problemas de acesso no final da disciplina, por motivos pessoais fique sem acesso a Internet, porém fazer as atividades diretamente da universidade resolveu o problema. MARIA EMANUELLA Tive acesso a todas as atividades. Algumas vezes tive problemas para envio, às vezes eu enviava o ED, e a plataforma me derrubava ou seja, caia novamente na tela de login. Seria bom que tivéssemos uma confirmação do recebimento das atividades, isso nos daria mais tranqüilidade. FRANCIELMA Também tive acesso a tudo, por vezes tivemos problemas mais foram resolvidos, e não fui prejudicada, embora não tenha postado no fórun quando tinha problemas, primeiro verificava nele se alguém já tinha tido o mesmo problema e se já havia alguma solução. BERTHA

Pelo exposto podemos perceber que os estudantes puderam acessar o material

disponível na disciplina, ou seja, desde as informações iniciais, passando pelo projeto

pedagógico, estatuto da disciplina, roteiro de rotinas (Anexo III - TRR e IV - ACTCCP), bem

como as atividades de estudo dirigido, resumo e avaliações. Alguns problemas foram

relatados de falta de acesso, ou por motivos pessoais, como no caso da estudante MARIA

EMANUELA, seja por problemas técnicos, em que por vezes não tivemos acesso ao servidor

da UFPB Virtual, sendo necessário, nestes casos, reunir a equipe e prorrogar as atividades,

para que os estudantes não e todo o processo de ensino não fosse prejudicado. Desta forma a

ação oportuna e pontual do professor e tutores é essencial para manter a credibilidade do

EAD.

Um dos principais pressupostos da correta execução do projeto, principalmente por

parte do estudante, era sustentado na leitura e na escrita, portanto, foi preciso questionar se os

estudantes realmente leram as informações colocadas a sua disposição especialmente, o

projeto pedagógico da disciplina que abordava todo o funcionamento da disciplina, o roteiro

de rotinas (Anexo III - TRR e IV – ACTCCP) que era um fluxograma da seqüência das

atividades nas disciplinas, as regras de conduta na disciplina denominadas de Estatuto da

Disciplina, as regras de NETQUETA, ou seja, procurou-se saber se o estudante tinha

realmente lido, como seria a disciplina. As respostas indicam que os estudantes, em geral,

tomaram conhecimento de tudo que transcorria em cada disciplina.

Não tudo, li a netqueta, o projeto pedagógico, principalmente na parte que se referia à avaliação. LORENA Só li o projeto pedagógico, não li tudo, apenas as informações que julgavam oportunas, e li todo o roteiro de rotinas. MARIA EMANUELLA

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Li tudo. Não faltou uma linha se quer da plataforma que eu não tivesse lido.FRANCIELMA Eu li, embora não tenha aprofundado deu uma lida geral em tudo. BERTHA

A seguir passamos a identificar, nas palavras dos estudantes, quais as dificuldades que eles haviam tido na execução das atividades via Plataforma EAD UFPB Virtual, sejam elas no campo pessoal ou técnico da plataforma.

A dificuldade foi a partir da metade do período, pois se tornou desgastante e repetitivo. Inicialmente pude me dedicar mais e do meio para frente ficou muito desgastante. Também o chat foi muito confuso, pois dificultava a leitura, e particularmente não gosto de chat. LORENA

A que a presente aluna sentiu é comum no ambiente universitário, pois como o EAD

não para, e tem sua estrutura montada para cumprir todo o conteúdo, este sofre com o peso de

outras disciplinas, pois o meio pro final do período universitário é quando se demandam a

maior quantidade de atividades avaliativas, ainda uma prática que se distancia do EAD, que

tem sua avaliação constante nas diversas atividades e de forma programada, evitando assim

“sustos” nos estudantes.

Para EMANUELA, outra estudante entrevistada

Tive dificuldade de acesso, pois o meu era discado, e também acho que as atividades ficaram repetitivas. Insegurança do aprendizado, pois os retornos dos comentários poderiam nos ajudar a ampliar o conhecimento e dar mais confiança para o prosseguimento das atividades.

Os retornos dos comentários exigem a participação integral de todos os envolvido,

estudantes, professores e tutores, desta forma estaremos construindo uma comunidade de

conhecimento, desta forma uma sugestão solucionar este problema foi adotada já para o final

do semestre, quando, devido a flexibilidade do Projeto Pedagógico das Disciplinas, fizemos

um teste com os estudantes da disciplina ACTCCP, onde os seus comentários eram postados

diretamente no forun, apresentando-se como uma solução pra a insegurança do estudante, pois

de ante-mão ele pode verificar o que os outros estudantes estão pensando e assim formar seus

próprios conceitos.

Para outro estudante, ele não sentiu qualquer dificuldade, conforme as palavras abaixo

Não tive nenhuma dificuldade. Apenas senti que os textos por vezes traziam leituras pesadas e isso dificultou um pouco.ENVER JOSÉ.

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Toda vez que analisamos o EAD aplicado nas duas disciplinas, inevitavelmente

comparamos ao sistema presencial, desta forma procuramos verificar junto aos estudantes o

que eles pensavam sobre o volume das atividades desenvolvidas se comparada ao ensino

presencial, pois sabemos que problemas como possíveis faltas dos professores, falta dos

alunos, desinteresse de alguns, dispersão de assuntos em aula, movimento de entrada e saída

de estudantes, por vezes provocam a perda de tempo e conseqüentemente de conteúdo. A

timidez de alguns estudantes se expressarem em público também pode atrapalhar o ritmo de

aula normal da forma presencial. Então percebemos que temos condicionantes que não se

aplicam ao EAD. Nas salas de aula normal o que acontece é que por vezes fica-se remoendo

em torno de um assunto que somente uma parte acha interessante e os outros não podem

avançar, ou seja, ela procura sempre nivelar o conhecimento, e sempre no ritmo do mais lento.

O EAD desprende o estudante desse ritmo e faz com ele mesmo discipline seu ritmo.

Procurando ver o quantitativo de trabalho produzido, se comparado ao sistema presencial

obtivemos as seguintes respostas:

Foi bem maior que na forma presencial, mesmo estando apenas no segundo período nunca tive uma disciplina com tanta atividade e tantas leituras. Durante aulas presenciais nós temos muita dispersão e perda de foco. LORENA Nunca escrevi tanto!EMANUELLA. Eu acho que é muito boa a plataforma. Avalia que necessita particularmente de acompanhamento do professor, portanto o regime semipresencial atendeu bem aos objetivos, pois aliava a parte de estudo à discussão também em sala. LUCIELMA O volume de atividades é superior. Estávamos produzindo muito, porém senti falta do retorno em alguns resumos.ENVER JOSÉ.

Concordo com o ponto de vista das outras colegas, para mim foi igual. BERTHA.

A produção no EAD não só é maior, quanto mais rápida e ágil. O depoimento dos

estudantes comprova esta proposição. Numa outra perspectiva, mas ainda comparativa,

procurou-se levantar quanto tempo os estudantes gastavam semanalmente para a realização

das atividades, já que inicialmente foi pensado em quatro horas de atividade. As respostas

informam que o tempo gasto por vezes ultrapassou as quatro horas de atividade pensada, o

que se comparado ao sistema presencial, onde temos que culturalmente as aulas iniciariam as

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oito horas da manhã e terminaria cerca de onze horas e trinta minutos, e ainda devemos levar

em conta os intervalos, representaria um ganho significativo de atividade.

Utilizava cerca de 4 horas.LORENA Utilizo normalmente 3 dias e vou dividindo o tempo chegando mais ou menos há 6 horas.EMANUELLA Se fosse avaliar o tempo destinado as atividades, e acho que eu gastava cerca de seis horas. Só tive um tempo de atividade maior em trabalhos de campo.LUCIELMA Passava umas seis horas realizando minhas atividades. No mínimo umas três horas nos textos menores.ENVER JOSÉ Cerca de uma hora ou duas por semana. .BERTHA

Para verificar a atuação do professor e tutores, questionou-se sobre se as dúvidas que

surgiram no decorrer da disciplina foram sanadas, tanto do ponto de vista técnico do uso das

ferramentas da plataforma, quanto as teórico-conceituais. Portanto foi percebido pelos

depoimentos que os estudantes, em sua maioria ficaram satisfeitos com as respostas que

obtiveram para seus questionamentos, e que a principal forma de contato foram as postagens

do fórun.

Na medida do possível.LORENA A maior parte.EMANUELLA A equipe conseguiu solucionar minhas dúvidas, está tudo muito bem explicadinho.LUCIELMA Sim.ENVER JOSÉ Não tive dúvidas que necessitasse contato. BERTHA

O tempo é um fator que pode ser administrado pelo estudante no curso a distância,

desta forma perguntou-e sobre o tempo disponibilizado para a realização das atividades foi

suficiente. As atividades ficavam disponíveis no período de sete dias, e as avaliações tinham

seu tempo previsto de acordo com o grau de dificuldade, podendo ser de sessenta, quarenta ou

trinta minutos. Embora a maior parte dos depoimentos tenha sugerido que o tempo foi

suficiente, uma sugestão da estudante LUCIELMA nos levou a pensar que o tempo poderia

ser flexibilizado, quando os trabalhos envolvessem um maior grau de complexidade, ficando a

cargo do professor modificar o tempo para dez dias quando necessário.

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Sim.O tempo foi suficiente.LORENA

Sim. EMANUELLA

Com certeza não. Acho que necessitaríamos mais tempo. Uma sugestão é

que poderíamos utilizar um período de 10 dias em vez de 7, face à carga de

atividades.LUCIELMA

O tempo de uma semana é suficiente. ENVER JOSÉ

6- AS QUESTÕES LEGAIS NO EAD E E-LEARNING NA UFPB

Muitos me questionaram, questionaram entre si, e com outros professores, e até

utilizaram veículos públicos de comunicação, inclusive comunidades de relacionamento como

o Orkut para saber se era legal, ou seja, se era regulamentar proceder o ensino a distância nas

disciplinas TRR e ABCTCP.

Ora toda vez que nos deparamos com um fato novo, com uma mudança que envolva a

quebra de hábitos já consagrados,principalmente no ambiente conservador da Universidade,

onde ainda impera o a educação bancária, temos reações de muitos segmentos. Isso não é de

tudo ruim, pois cada questionamento, cada crítica, nos obriga a conhecer mais e mais sobre o

que estamos tratando, para que possamos defender nosso projeto diante do público.

Oportunidade como essa foi debatida no Orkut, onde procuramos de forma elegante e com

seriedade, responder a questionamentos, até por vezes jocosos.

Com a finalidade de esclarecer a legalidade do EAD que estávamos praticando,

realizamos entrevista com o Pró reitor de Graduação, Prof. Dr. Umbelino Freitas e Che

questionamos sobre quais legislações amparavam o EAD que estávamos praticando.Ele nos

remeteu a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que tem no seu Artigo 80, que “O poder

público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em

todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. O Artigo 81 diz que

podem ser organizados cursos ou instituições de ensino experimentais, desde que obedecidas

esta lei, ou seja, a LDB. Segundo o entendimento do Pro Reitor de Graduação, 25% de

qualquer curso da UPFB pode ser realizado de forma semi-presencial ou apoiado por

computador, mas especificamente no caso do curso de Geografia, como não temo outra

atividade a distância, as aulas são perfeitamente legais.

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TERCEIRA PARTE

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CONSIDERAÇÕES

Na análise de uma pesquisa necessita que depois de percorridos todos os passos,

retome-se os objetivos inicialmente propostos, para que se possa avaliar não só a sua validade,

mas a também verificar se as hipóteses formuladas foram concretizadas ou não.

O problema a ser explorado foi analisar as relações de ensino e aprendizagem on-line e

presencial assistida por computador nas disciplinas de “Teoria da Região e Regionalização” e

“Abordagem Cultural e Teórico-Científica sobre o Conceito de Paisagem” no curso de

Geografia da UFPB/JP, utilizando a plataforma MOODLE.

Os pressupostos da referência, ou seja, as hipóteses estavam focadas no projeto

pedagógico estabelecido para a disciplina que previam:

a) O projeto pedagógico da disciplina deve contemplar uma forma regimental

que proporcione a participação responsável.

A forma regimental das disciplinas foi composta pelo Projeto Pedagógico da

Disciplina - PPD, Roteiro de Rotinas, Netqueta e Estatuto da Disciplina. Este acervo

documental preparado pelo professor de ambas as disciplinas para o período 2006.2, Paulo

Rosa, serviu de mediador em todas as relações estabelecidas na plataforma durante a

execução das atividades das disciplinas. A avaliação do feedback dos estudantes, associado ao

volume de trabalhos produzidos na plataforma (resumos, comentários, avaliações, postagens

no fórun), confirma que a participação responsável foi o caminho percorrido pelos estudantes

de ambas as disciplinas.

b) A aprendizagem só vai ser efetivada se o estudante efetuar as atividades

propostas no projeto pedagógico.

As atividades propostas no projeto pedagógico tinham suas bases na leitura e escrita

individual. A leitura do material contido no caderno textos das disciplinas e a escrita dos

diversos trabalhos propostos. O mapa conceitual proposto para a disciplina e constante da

pesquisa mostrava de forma gráfica que a proposta passava inicialmente por uma leitura de

aproximação, por uma leitura seletiva e finalmente a interpretativa. Para da seguimento e,

então, passarmos para um resumo técnico de até duzentas palavras seguida de um comentário

pessoal, que constituía a fase de produção do estudante. Num próximo passo ele, o estudante

passou para a realização do estudo dirigido, previamente instituído pelo professor como forma

didática em que se reforçou o conteúdo os conceitos já trabalhados anteriormente, e por fim

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uma avaliação somativa. A resultante final ou produto do trabalho produzido pode ser

verificado pelo volume e qualidade dos trabalhos postados na plataforma.

A vivência diária com o experimento em questão pode reforçar outras colocações

importantes para o conhecimento do EAD ou do e-learnin, termo que se passa a utilizar nos

destaques.

O trabalho em equipe – Para o sucesso de um trabalho desta envergadura é necessário

que seja constituída uma equipe coesa e comprometida com as METAS estabelecidas, no

nosso caso isso foi possível dado que os integrantes do LABEMA demonstraram que todos

estavam empenhados para que o foco da plataforma fosse o estudante.

O volume de trabalho do professor on-line é muito maior, diferente da falsa impressão

que alguns possam ter de que o professor fica com mais tempo livre. Estamos vivendo uma

época de aparente transição, em que a maioria dos estudantes já não consegue ficar presos

numa sala de aula, pois os mecanismos comunicacionais disponíveis estão tão avançados que

a linguagem da sala de aula pura e simples precisa ser muito atrativa, com características de

espetáculo (show) para compensar a velocidade da informação. Portanto o EAD e o e-

learning exigem dedicação integral, pois o tempo de questionamentos não é só o da sala de

aula, mas todo o tempo em qualquer espaço em que se encontre, no ciberespaço.

O EAD e o e-learning, por si só não constituem a panacéia da educação mas sim

constituem mecanismos modernos e eficientes que agregam valor a proposta educativa. A

proposta do governo federal centra seu foco da Universidade Aberta na interiorização e

aumento da oferta de vagas no ensino superior. Este trabalho confirma que é mais que apenas

ampliar o raio de alcance e número de vagas, e se assim fosse seria apenas o modelo

tradicional transportado para uma sala de aula no computador, e a tela seria o antigo quadro, o

teclado seria o giz. O ensino a distância e o e-learning são mais do que isso. Representam

uma nova forma de interação, mais responsável, pois neles não cabe a improvisação, necessita

do preparo constante, no que pudemos observar, no que se refere ao planejamento e prática

deste planejamento são a grande diferença em relação ao sistema convencional.

A execução deste projeto demandou a necessidade do conhecimento da parte física e

da parte de software, notadamente o sistema operacional LINUX e do pacote de MOODLE,

que constitui o módulo administrativo do ensino virtual. Esse conhecimento precisa ser

trabalhado na UFPB e outras universidades, pois temos que ela é o lócus do saber.

O hardware, ou seja a parte física do equipamento que possuímos agora, não atenderia

todo o programa da Universidade Aberta – UFPB ou UFPB Virtual, por diversas vezes foi

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necessário alterar a data de termino de atividades por problemas técnicos. Essa parte seria

certamente resolvida com a criação de um núcleo na UPFB que acompanhasse o EAD e o e-

learning, sendo este necessariamente composto por professores, técnicos e estudantes, para

que o conhecimento fosse publicado e mantido junto a comunidade universitária, não se

admite mais hoje, que sejamos apenas usuários de uma tecnologia, temos que ser também o

dono dela e ajudar a desenvolvê-la, assim como temos grandes grupos de comunidades que

mantém o aperfeiçoamento constante dos softwares livres.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARNEIRO, Maria Lucia Fernandes e Cleci MARASCHIN. Em busca de outro modelo para comunicação em rede. In. Ambientes Virtuais de aprendizagem: Rommel Melgaço Barbosa. Porto Alegre: Artmed, 2005. CASTELS, Manuel. A sociedade em rede: vol. 1. Tradução Roneide Venancio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 1999. FRANÇA, Junia Lessa e outros. Manual para normalização de publicações Técnico-cient´ficas. 4ª edição revista e ampliada. Belo horizonte: Ed. UFPMG, 1998. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, ed. Paz e Terra, 2005 LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na Era da Informática. Tradução de Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: editora 34, Coleção TRANS, 1993. PALOFF, Rena M. e PRATT Keith. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on –line. Tradução Vinicius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2004. PROJETO VIRTUS. Educação e interdisciliplinaridade no ciberespaço. Org. André Menezes Marques das Neves e outros. Recife: editora Universitária da UFPE; São Paulo: editora da Universidade nhembi / Morumbi, 2000. RAMAL, Andréa Cecília. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, ed. Paz e Terra, 2005. TOFFLER, Alvin. Aprendendo para o futuro. Traduzido por FORTES, Jorge Arnaldo. Rio de Janeiro, ed. Arte Nova, 1974. Lei 6664/79, regulamentada pelo Decreto 85.138/80

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APÊNDICES

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Apêndice 1 Instrumento de sondagem para verificar o perfil do participante e as características comunicacionais em meio digital.

Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza

Departamento de Geociências Teoria da Região e Regionalização

INSTRUMENTO DE SONDAGEM INICIAL DA TURMA Este instrumento de sondagem serve como leitura parcial do perfil da turma, pois

assim se estabelecerá um nível de conhecimento elementar e posteriormente se poderá instrumentalizar os processos didáticos com melhor qualificação. 1º - Seu vestibular foi dirigido como primeira opção para Geografia? ( ) sim ( ) Não 2º - Cite sua segunda opção__________________; 3º - Gostaria de cursar outro curso? ( ) sim ( ) Não Em caso afirmativo, cite____________________; 4º - Como se deu seu ingresso nesta Universidade, especificamente neste curso? ( ) Vestibular ( ) PEC ( ) Transferência de curso ( ) Transferência de Instituição ( ) Outro motivo 5º - Natural: ( ) Grande João Pessoa ( ) João Pessoa ( ) Interior do estado ( ) Outro estado:___________________ 6º - Faixa etária: ( ) 16 a 20 ( ) 21 a 26 ( ) 27 a 35 ( ) acima de 36 7º - Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 8º - Matérias de maior interesse no ensino médio: ( ) Português ( ) Geografia ( ) Inglês ( ) Química ( ) Física ( ) Biologia ( ) Matemática ( ) História 9º - O que espera após a conclusão do curso? ( ) Pesquisa ( ) Ensino ( ) Atuação no mercado como Geógrafo 10º - Quais os meios de comunicação de maior uso? ( ) TV ( ) Jornal escrito ( ) Rádio ( ) Cinema ( ) Internet ( ) Livros, revistas especializadas 11º - Meios de entretenimento: ( ) danceteria ( ) praia ( ) bar ( ) música ( ) cinema ( ) TV ( ) teatro ( ) Internet 12º - Tem hábito de ir à biblioteca da UFPB? ( ) Sim ( ) Não ( ) Nunca foi 13º - Com o uso de livro sabe fazer o lançamento bibliográfico? ( ) Sim ( ) Não 14º - Tem hábito de assistir filme?

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( ) Sim ( ) Não 15º - Em caso afirmativo, qual gênero de maior interesse: ( ) Terror ( ) Aventura ( ) Romance ( ) Policial ( ) Suspense ( ) Desenho animado ( ) Comédia ( ) Outros 16º - Tem acesso a computador? ( ) Não ( ) Em casa ( ) No trabalho ( ) Outros:________________ 17º - Caso afirmativo, é usuário: ( ) Word ( ) Excel ( ) Access ( ) Internet ( ) Outros Indique:______________________________________________________________________ 18º - Quantas vezes por semana normalmente você acessa a Internet? ( ) 1 vez por semana ( ) 2 por vezes semana ( ) 3 vezes por semana ( ) diariamente 19º - Você utiliza e-mail? ( ) Sim ( ) Não Caso afirmativo informe seu e-mail:________________________________________________ 20º - Você já participou de alguma comunidade ou grupo na Internet? ( ) Sim ( ) Não Caso afirmativo informe qual:_____________________________________________________ 21º - Você já realizou algum curso pela Internet? ( ) Sim ( ) Não Caso afirmativo cite o curso e a instituição de ensino: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22º - Você gosta de escrever? ( ) Sim ( ) Não 24º - Tem alguma habilidade técnica: (informática, topografia, desenho, ou alguma outra) ( ) Sim ( ) Não Caso afirmativo indique qual: _____________________________________________________________________________ 25º - Caso fosse ofertado cursar uma disciplina do ensino superior pela Internet (on-line) você estaria interessado em participar? ( ) Sim ( ) Não 26º - Levando em conta a questão anterior indique se haveria alguma dificuldade para você participar de uma disciplina pela Internet (on-line)?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Apêndice 2 Entrevista realizada para avaliar o grau de satisfação do estudante se comparado ao sistema

presencial.

Entrevista

1. Como você analisa sua participação no EAD? 1. Você teve acesso a todo o material e atividades? 2. Você leu o roteiro de rotinas, o projeto pedagógico, as regras de netqueta e regimento

da disciplina?

3. Você teve alguma dificuldade? Enumere.

4. No que diz respeito às leituras e ao volume de atividades como você qualifica o EAD se comparado comum a disciplina de forma presencial.

5. Quanto tempo você costumava dedicar semanalmente a disciplina TRR?

6. A equipe composta por professor e tutores pôde sanar todas as suas dúvidas no diz respeito ao conteúdo?

7. A equipe composta por professor e tutores pôde sanar todas as suas dúvidas no diz respeito ao funcionamento da disciplina e ao uso da plataforma?

9. O tempo para realizar as atividades propostas foi suficiente?

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ANEXOS

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Anexo 1 Ementa da disciplina Teoria da Região e Regionalização

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE CURRÍCULOS E PROGRAMAS

CURSO: GEOGRAFIA HABILITAÇÃO: BACHARELADO ÊNFASE: GESTÃO ESPACIAL E AMBIENTAL CURRÍCULO PLENO EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS E BIBLIOGRAFIA BÁSICA F.8

DEPARTAMENTO: GEOCIÊNCIAS DISCIPLINA: TEORIA DA REGIÃO E REGIONALIZAÇÃO (TRR) CARGA HORÁRIA: 120 HORAS CRÉDITOS: 8

EMENTA

A região como categoria de análise da Geografia: as principais teorias sobre região e regionalização. Técnicas de regionalização: critérios e modelos de identificação regional. O estudo das principais propostas de análise regional em Geografia. O atual debate metodológico sobre análise regional: região, regionalismo e a questão regional.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA BAPTISTA, Myrian Veras. Planejamento Introdução metodológica do planejamento Social. 4ª edição São Paulo: Editora Moraes, 1981. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos metodológicos e prático. 3ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, 1988. HILHOST, Jos G. Planejamento Regional; enfoque sobre sistemas. Tradução Haydn Coutinho Pimenta. 3ª edição Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. CUCIOS, Michael Janer e SCHILENDER, William e. Introdução a administração: elementos e ação administrativa. Tradução de Auriphebo B. Simões. 3ª edição. São Paulo, Atlas, 1972. FAISSOL, Speridião. Planejamento e geografia: exemplos da experiência brasileira in FIBGE (RBG) Rio de Janeiro ano 50, nº especial, 1988, p. 85 - 98. GEIGER, Pedro Pinchas. Geografia e Planejamento in: IBGE. Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro: nº 3 ano 29, jul/set, 1967, p. 111 - 118.

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Anexo 2 Ementa da disciplina ACTCCP

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

COORDENAÇÃO DE CURRÍCULOS E PROGRAMAS CURSO: GEOGRAFIA HABILITAÇÃO: BACHARELADO ÊNFASE: GESTÃO ESPACIAL E AMBIENTAL CURRÍCULO PLENO DEPARTAMENTO: GEOCIÊNCIAS DISCIPLINA: ABORDAGEM CULTURAL E TEÓRICA SOBRE O CONCEITO PAISAGEM CARGA HORÁRIA: 60 HORAS CRÉDITOS: 4 EMENTA Abordagem do conceito de paisagem como categoria paradigmática. O conceito cultural de paisagem. O conceito de paisagem a partir da teoria geral de sistemas: científico. Leitura descritiva da paisagem de forma sistêmica e aplicada. BIBLIOGRAFIA BÁSICA - Chiavenato, Idalberto. Teoria geral da administração, volume 2. 6ª edição. Rio de Janeiro: Campus, 1999. - DOLFUSS, Olivier. A análise geográfica. Trad. de Heloysa de Luna Dantas. Col. Saber Atual. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1973. - LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Trad. de Tânia Pellegini. Campinas: Papirus, 1989. - MARENZI, Rosemeri Carvalho. PERCEPÇÃO DA PAISAGEM. UNIVALI. http://www.cehcom.univali.br/educado/percepcao_paisagem.doc . Acessado em Dezembro de 2006. - REFOSCO, Julio César. Ecologia da paisagem e Sistema de Informações Geográficas no estudo da interferência da paisagem na concentração de Sólidos Totais no reservatório da usina de Barra Bonita, SP. Anais VIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Salvador, Brasil, 14-19 de abril de 1996. INPE, p. 343-349. www.ceg.ul.pt/finisterra/numeros/2001-72/72_04.pdf - Acessado em Dezembro de 2006. - RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. Trad. Maria C. França. São Paulo: Ática, 1993. - RICKLEFS, Robert E. A economia da natureza. Tradução de Cecilia Bueno. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1996. - SALGUEIRO, Tereza Barata. Paisagem e Geografia. Universidade de Lisboa. Finisterra, XXXVI, 72. pp37-53. www.ceg.ul.pt/finisterra/numeros/2001-72/72_04.pdf - Acessado em Dezembro de 2006. - SCHAMA, Simon. Paisagem e Memória. Tradução Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. - SCHIFF, MYRA R. Considerações teóricas sobre a percepção e a atitude. Tradução de Lúcia Helena de Oliveira Gerardi. Boletim de Geografia Teorética, Rio claro, 3 (6):47-61, 1973. - TRICART, Jean. Paisagem e ecologia. INTER-FACIES Nº 76. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – UNESP.São José do Rio Preto – SP. 1982. Internet – Links sobre estereogramas (acessado em Dezembro de 2006).

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Anexo 3 Roteiro de Rotinas TRR

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Anexo 4 Roteiro de Rotinas ACTCCP

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Anexo 5 Regimento interno da disciplina ACTCCP

6 - Regimento interno da disciplina Teoria da Região e Regionalização

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Anexo 6

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Anexo 7 REGRAS DE NETQUETA

Netqueta

“NETQUETA”

I - NOS e-mails

1.Evite abreviações;

2. Coloque sempre uma saudação (bom dia, boa tarde), um destinatário (Prezado Sr. Fulano, Cara Sra.),

uma despedida (atenciosamente, aguardo retorno) ou simplesmente o nome do remetente;

3. Defina claramente o assunto da mensagem;

4. Nunca use somente letras maiúsculas. Vai parecer que você está gritando. Para destacar algo, prefira

usar cor diferente, sublinhar ou mudar o tipo de letra;

5. É bom deixar linhas em branco entre blocos de texto. Isso dá mais organização e facilita a leitura —

mesmo que a mensagem seja longa;

6. Não demore muito para responder um e-mail. Quando isso acontecer, deixe a mensagem original do

remetente. Ele não é obrigado a lembrar de todos os e-mails que enviou;

7. Nem todo assunto pode ser tratado por e-mail. Muitas vezes o telefone é a melhor forma de contato;

8. Tome cuidado com mensagens enormes, que possam atrasar a conexão. Lembre-se que um computador

lento é motivo de muita irritação. Por isso, quando quiser dar sugestão de um site para um amigo, mande

apenas o endereço. Evite mandar a página;

9. Quem nunca recebeu um e-mail com aquelas correntes de fé, de amizade, e tantos outros temas? É

preciso tomar cuidado com este tipo mensagem. Muitas delas pedem informações pessoais, como endereço

ou telefone;

10. No envio de e-mail para diversas pessoas, a recomenda-se usar o “cco” (cópia oculta).

11. Não se deve remeter qualquer tipo de imagem para seus amigos. Pergunte antes se ele está disposto a

recebê-las. Lembre-se que se pode acessá-las em qualquer lugar, inclusive na frente de crianças.

12. Recomenda-se cautela também quando for trabalhar com os anexos. O ideal é o uso de um antivírus.

Não abra qualquer e-mail, principalmente de quem você não conhece.

II - NOS chats

1. Nunca deixe alguém esperando uma resposta. Por isso, o ideal é evitar conversar com um número

excessivo de pessoas ao mesmo tempo.

2. Lembre-se que seu Nick (apelido) representa você.

3. Tratar os outros da mesma maneira que você gostaria que o tratassem é uma das principais regras da

convivência.

4. Quando quiser dar ênfase às palavras, não se deve deve utilizar as letras maiúsculas — isso quer dizer

que você está gritando. O ideal é o uso de asteriscos antes e depois de uma palavra.

5. Não abuse das mensagens muito grandes, elas podem sobrecarregar o sistema e deixá-lo lento.

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Anexo 8 CHAMADA DO PROFESSOR PARA A DISCIPLINA ACTCCP