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O IMORTAL JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 58 Nº 689 Julho de 2011 R$ 1,50 “A vida é imortal, não existe a morte; não adianta morrer, nem descansar, porque ninguém descansa nem morre.” Marília Barbosa “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.” Allan Kardec Agage (Hugo Gonçalves) ..... 13 Aparecido Ferreira de Souza ................................. 15 Crônicas de Além-Mar .......... 12 De coração para coração ........ 4 Divaldo responde .................. 15 Editorial .................................... 2 Emmanuel ................................. 2 Espiritismo para as crianças .14 Estudando a série André Luiz ............................... 5 Grandes vultos do Espiritismo .......................... 7 Histórias que nos ensinam ...13 Jane Martins Vilela ................ 13 Joanna de Ângelis ................... 2 José Viana Gonçalves ............ 12 Juliana Demarchi ................... 12 Passamentos .......................... 15 Seminários, palestras e outros eventos ................... 11 Ainda nesta edição Entrevista: André Trigueiro A Semana Espírita de Londrina começa no dia 9 Inicia-se no dia 9 de julho a 20ª Semana Espírita de Londrina, tendo por tema geral “Desafios em Família”. A abertura estará a car- go do confrade Emanuel Cristia- no. O evento, que será pela pri- meira vez promovido pela URE Metropolitana Londrina, contará ainda com os seguintes palestran- tes: Carlos Augusto de São José, Jamiro Santos, Orson Peter Carrara, Adeilson Salles, Francis- co Ferraz Batista, José Antônio Vieira de Paula, Márcio Cruz e Ale- xandre Camargo. No dia 10, à noite, será realiza- da a 7ª Noite Cultural e, paralela- mente aos eventos da Semana Es- pírita, realizar-se-á a tradicional Se- maninha Espírita, em sua 11ª ver- são. As atividades da Semana Espí- rita realizar-se-ão nas dependênci- as do Centro Espírita Nosso Lar, na Rua Santa Catarina, 429, região central de Londrina. Págs. 6 e 11 O conhecido jornalista fala sobre o tema Espiritismo e ecologia Uma reflexão sobre racismo e a obra de Kardec Jorge Hessen analisa a ques- tão do racismo em importante ar- tigo no qual lembra que os contraditores de Kardec valem-se de textos insertos na Revista Es- pírita e principalmente em Obras Póstumas para acusarem o Codi- ficador de ter defendido ideias que hoje em dia seriam consideradas racistas. No artigo, ele explica que o li- vro Obras Básicas foi publicado após a desencarnação do Codifi- cador do Espiritismo e diz que, para se examinar o assunto, torna- se necessário considerar o contex- to histórico em que foi discutida a temática no âmbito do Espiritismo. Incidiria, pois, em erro, sob o ponto de vista histórico, consi- derar Allan Kardec contaminado de preconceitos ou de índole ra- cista, fato completamente estra- nho ao pensamento espírita que nos diz, com meridiana clareza, que os Espíritos podem reencar- nar em qualquer condição social e em qualquer grupo étnico e em corpos de cor branca, negra ou amarela. Págs. 3 e 7 O globo em que vivemos é ainda muito jovem O episódio de Realengo e, na mesma época, a execução de Osama Bin Laden, assuntos que foram manchetes em todos os jornais, sus- citaram em muitas pessoas uma per- gunta que é difícil responder de for- ma satisfatória: – Por que a violên- cia é ainda tão marcante em nosso globo? Mas certamente ninguém ignora que a beligerância e o mal são fenômenos antigos em nosso mundo. Editorial, pág. 2 Cambé recebe no dia 6 Emanuel Cristiano O município de Cambé, assim como Rolândia e Ibiporã, integra também, com outros municípios próximos, a URE Metropolitana Londrina, que promoverá pela primeira vez a Semana Espírita de Londrina. Um dos reflexos disso é a participação de dois pales- trantes convidados para a Sema- na no ciclo de palestras mensais promovidas às quartas-feiras pelo Centro Espírita Allan Kar- dec. São eles os confrades Emanuel Cristiano e Francisco Ferraz Batista. Eis, deste modo, como ficou o programa de palestras no mês de julho na referida Casa, que fica lo- calizada na Rua Pará, 292, em Cambé: dia 6 - Emanuel Cristiano Rodrigues, de Campinas - SP dia 13 - Francisco Ferraz Batis- ta, de Curitiba dia 20 - Lannes B. Csucsuly, de Maringá dia 27 - Eurípedes Gonçalves, de Cambé. Inter-Regional Noroeste foi de novo um sucesso Cerca de 300 trabalhadores dos Centros Espíritas das 7ª, 8ª, 9ª e 11ª Uniões Regionais da FEP reuniram- se em Maringá em mais um encontro da Inter-Regional Noroeste, que se realizou nos dias 18 e 19 de junho nas dependências da AMEM – Associação Espírita de Maringá. O evento foi patrocinado pela Federação Espírita do Paraná, cujo presi- dente, Francisco Ferraz Batista (foto), falou aos presentes na manhã do dia 19. Págs. 8, 9 e 10 André Trigueiro (foto), autor do livro “Espiritismo e Ecologia”, é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela COPPE/UFRJ, criador e professor da disciplina “Jornalismo Expositor espírita que tem sido bastante requisitado em várias regiões do Brasil, atua tam- bém nas Rádios CBN e Rio de Janeiro, nas quais aborda o tema meio ambiente, que é o assunto principal da entrevista que con- cedeu ao nosso colaborador Guaraci Lima Silveira. Dentre outras declarações importantes, afirma o confrade: “Ecologia significa estudo da casa. E a gente precisa enten- der como essa ciência se resol- ve e perceber como é sinérgica, como ela guarda uma profunda identificação com uma visão do universo que o Espiritismo traz há 154 anos”. A entrevista é o principal destaque da presente edição. Pág. 16 Ambiental” no curso de Comuni- cação Social da PUC/RJ, repórter e apresentador do “Jornal das Dez” da Globo News e do programa “Ci- dades e Soluções”, da mesma emis- sora, do qual é editor-chefe.

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O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 58 Nº 689 Julho de 2011 R$ 1,50

“A vida é imortal,não existe a morte;não adianta morrer,

nem descansar,porque

ninguém descansanem morre.”

Marília Barbosa

“Nascer,morrer,renascerainda e

progredircontinuamente,

tal é a lei.”Allan Kardec

Agage (Hugo Gonçalves) .....13Aparecido Ferreirade Souza .................................15Crônicas de Além-Mar ..........12De coração para coração ........4Divaldo responde ..................15Editorial ....................................2Emmanuel .................................2Espiritismo para as crianças .14Estudando a sérieAndré Luiz ...............................5Grandes vultosdo Espiritismo ..........................7Histórias que nos ensinam ...13Jane Martins Vilela ................13Joanna de Ângelis ...................2José Viana Gonçalves ............12Juliana Demarchi ...................12Passamentos ..........................15Seminários, palestrase outros eventos ...................11

Ainda nesta edição

Entrevista: André TrigueiroA Semana Espírita deLondrina começa no dia 9

Inicia-se no dia 9 de julho a20ª Semana Espírita de Londrina,tendo por tema geral “Desafios emFamília”. A abertura estará a car-go do confrade Emanuel Cristia-no. O evento, que será pela pri-meira vez promovido pela UREMetropolitana Londrina, contaráainda com os seguintes palestran-tes: Carlos Augusto de São José,Jamiro Santos, Orson PeterCarrara, Adeilson Salles, Francis-co Ferraz Batista, José Antônio

Vieira de Paula, Márcio Cruz e Ale-xandre Camargo.

No dia 10, à noite, será realiza-da a 7ª Noite Cultural e, paralela-mente aos eventos da Semana Es-pírita, realizar-se-á a tradicional Se-maninha Espírita, em sua 11ª ver-são.

As atividades da Semana Espí-rita realizar-se-ão nas dependênci-as do Centro Espírita Nosso Lar,na Rua Santa Catarina, 429, regiãocentral de Londrina. Págs. 6 e 11

O conhecido jornalista fala sobre otema Espiritismo e ecologia

Uma reflexão sobre racismoe a obra de Kardec

Jorge Hessen analisa a ques-tão do racismo em importante ar-tigo no qual lembra que oscontraditores de Kardec valem-sede textos insertos na Revista Es-pírita e principalmente em ObrasPóstumas para acusarem o Codi-ficador de ter defendido ideias quehoje em dia seriam consideradasracistas.

No artigo, ele explica que o li-vro Obras Básicas foi publicadoapós a desencarnação do Codifi-cador do Espiritismo e diz que,para se examinar o assunto, torna-

se necessário considerar o contex-to histórico em que foi discutida atemática no âmbito do Espiritismo.

Incidiria, pois, em erro, sob oponto de vista histórico, consi-derar Allan Kardec contaminadode preconceitos ou de índole ra-cista, fato completamente estra-nho ao pensamento espírita quenos diz, com meridiana clareza,que os Espíritos podem reencar-nar em qualquer condição sociale em qualquer grupo étnico e emcorpos de cor branca, negra ouamarela. Págs. 3 e 7

O globo em que vivemos é ainda muito jovemO episódio de Realengo e, na

mesma época, a execução de OsamaBin Laden, assuntos que forammanchetes em todos os jornais, sus-

citaram em muitas pessoas uma per-gunta que é difícil responder de for-ma satisfatória: – Por que a violên-cia é ainda tão marcante em nosso

globo? Mas certamente ninguémignora que a beligerância e o malsão fenômenos antigos em nossomundo. Editorial, pág. 2

Cambé recebe no dia 6Emanuel Cristiano

O município de Cambé, assimcomo Rolândia e Ibiporã, integratambém, com outros municípiospróximos, a URE MetropolitanaLondrina, que promoverá pelaprimeira vez a Semana Espírita deLondrina. Um dos reflexos dissoé a participação de dois pales-trantes convidados para a Sema-na no ciclo de palestras mensaispromovidas às quartas-feiraspelo Centro Espírita Allan Kar-dec. São eles os confradesEmanuel Cristiano e Francisco

Ferraz Batista.Eis, deste modo, como ficou o

programa de palestras no mês dejulho na referida Casa, que fica lo-calizada na Rua Pará, 292, emCambé:

dia 6 - Emanuel CristianoRodrigues, de Campinas - SP

dia 13 - Francisco Ferraz Batis-ta, de Curitiba

dia 20 - Lannes B. Csucsuly,de Maringá

dia 27 - Eurípedes Gonçalves,de Cambé.

Inter-Regional Noroestefoi de novo um sucesso

Cerca de 300trabalhadores dosCentros Espíritasdas 7ª, 8ª, 9ª e 11ªUniões Regionaisda FEP reuniram-se em Maringá emmais um encontroda Inter-RegionalNoroeste, que serealizou nos dias18 e 19 de junho nas  dependências da AMEM – Associação Espírita  de Maringá. Oevento foi patrocinado pela Federação Espírita do Paraná, cujo presi-dente, Francisco Ferraz Batista (foto), falou aos presentes na manhãdo dia 19. Págs. 8, 9 e 10

André Trigueiro (foto), autordo livro “Espiritismo e Ecologia”,é jornalista com pós-graduaçãoem Gestão Ambiental pelaCOPPE/UFRJ, criador e professorda discipl ina “Jornal ismo

Expositor espírita que temsido bastante requisitado emvárias regiões do Brasil, atua tam-bém nas Rádios CBN e Rio deJaneiro, nas quais aborda o temameio ambiente, que é o assuntoprincipal da entrevista que con-cedeu ao nosso colaboradorGuaraci Lima Silveira.

Dentre outras declaraçõesimportantes, afirma o confrade:

“Ecologia significa estudoda casa. E a gente precisa enten-der como essa ciência se resol-ve e perceber como é sinérgica,como ela guarda uma profundaidentificação com uma visão douniverso que o Espiritismo trazhá 154 anos”.

A entrevista é o principaldestaque da presente edição.Pág. 16

Ambiental” no curso de Comuni-cação Social da PUC/RJ, repórter eapresentador do “Jornal das Dez”da Globo News e do programa “Ci-dades e Soluções”, da mesma emis-sora, do qual é editor-chefe.

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O IMORTALPÁGINA 2 JULHO/2011

Editorial EMMANUEL

O episódio de Realengo e, namesma época, a execução de OsamaBin Laden, assuntos que forammanchetes em todos os jornais, sus-citaram em muitas pessoas uma per-gunta que é difícil responder de for-ma plena e satisfatória: – Por que aviolência é ainda tão marcante emnosso globo?

Ninguém certamente desco-nhece que a beligerância e a mal-dade humana fizeram-se presentesem todas as épocas da Humanida-de. A Bíblia nos dá conta disso re-velando até mesmo os conflitos emque Moisés teria tomado parte,fato que se repetiria com o rei Saule até com Davi, autor da maioriados salmos que se eternizaram naspáginas do Antigo Testamento.

As guerras que fizeram expan-dir o Império Romano; as Cruzadas,de triste memória; as perseguiçõesmovidas pela Inquisição; os inúme-ros conflitos entre países euro-peus; as guerras mundiais de 1914e 1939; a guerra da Coreia; a guerrado Vietnã... – esta pequena enume-ração basta para mostrar que o es-tado de violência e criminalidade nãoé um fenômeno moderno e tem, pois,raízes muito mais profundas do queà primeira vista podemos imaginar,decorrendo, infelizmente, da condi-ção geral de atraso que caracterizao mundo em que vivemos.

Nosso globo é um planeta mui-to jovem e, devido a isso, não pas-sou ainda do segundo nível da es-cala evolutiva aplicável aos mun-

Face à vulgarização das falsas ne-cessidades sexuais, aturdes-te, per-dendo o rumo do comportamento.

Apelos vis se apresentam, nosveículos de comunicação de massa, eos comentários descem a expressõeschulas, regadas de baixezas, fazendodo sexo um instrumento de servilismo

Assim como as criaturas, emgeral, converteram as produçõessagradas da Terra em objeto deperversão dos sentidos, movi-mento análogo se verif ica nomundo, com referência aos frutosdo pensamento.

Frequentemente as mais san-tas leituras são tomadas à contade tempero emotivo, destinado àssensações renovadas que condi-gam com o recreio pernicioso oucom a indiferença pelas obriga-ções mais justas.

Raríssimos são os leitores quebuscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sidopara os imprevidentes e levianosvasto campo de observaçõespouco dignas.

Quantos o lhos passam porele, apressados e inquietos, ano-tando deficiências da letra ou ca-talogando possíveis equívocos,a fim de espalharem sensaciona-lismo e perturbação?

Alinham, com avidez, as con-tradições aparentes e tocam amalbaratar, com enorme despre-

A Terra é um mundo em transformaçãodos, visto que nada mais é que umsingelo planeta de provas e expia-ções, acima apenas dos chamadosmundos primitivos, em que as al-mas iniciam sua romagem evoluti-va por meio das vidas sucessivas.

Para compreender melhor o ní-vel evolutivo dos Espíritos que vi-vem neste mundo, vejamos o queSanto Agostinho (Espírito) escre-veu no ano de 1862:

“(...) nem todos os Espíritosque encarnam na Terra vão para aíem expiação. As raças a quechamais selvagens são formadasde Espíritos que apenas saíram dainfância e que na Terra se acham,por assim dizer, em curso de edu-cação, para se desenvolverem pelocontacto com Espíritos mais adi-antados . Vêm depoi s as raçassemicivilizadas, constituídas des-ses mesmos os Espíritos em via deprogresso. São e las , de cer tomodo, raças indígenas da Terra,que aí se elevaram pouco a poucoem longos períodos seculares, al-gumas das quais hão podido che-gar ao aperfeiçoamento intelectu-al dos povos mais esclarecidos. OsEspíritos em expiação, se nos po-demos exprimir dessa forma, sãoexóticos, na Terra; já tiveram nou-tros mundos, donde foram excluí-dos em consequência da sua obs-tinação no mal e por se haveremconstituído, em tais mundos, cau-sa de perturbação para os bons.Tiveram de ser degredados, poralgum tempo, para o meio de Espí-

ritos mais atrasados, com a missãode fazer que estes últimos avan-çassem, pois que levam consigointeligências desenvolvidas e ogérmen dos conhecimentos queadquiriram.” (O Evangelho segun-do o Espiritismo, cap. III, item 14.)

A situação neste planeta, 85anos depois da mensagem acima,pouco mudou, como é possível afe-rir à vista da informação abaixo,constante do livro Voltei, de IrmãoJacob, obra psicografada em 1947pelo médium Francisco CândidoXavier.

Eis a informação a que nos re-portamos: “Vivendo encarnados noPlaneta quase dois bilhões de indi-vidualidades humanas, esclareceuo benfeitor que mais de um bilhão éconstituído por Espíritos semicivi-lizados ou bárbaros e que as pes-soas aptas à espiritualidade superi-or não passam de seiscentos mi-lhões, divididas pelas várias famíli-as continentais. Torna-se fácil, por-tanto, avaliar a extensão do serviçoregenerativo além do túmulo, con-siderando-se que homem algum setransforma instantaneamente.” (Vol-tei, de Irmão Jacob.)

Não é difícil, pois, compreen-der por que a Terra continua a ser,e o será por longo tempo, um mun-do de provas e expiações, consti-tuindo a violência e a criminalidadetão-somente reflexos dessa condi-ção e do estágio evolutivo em quenós, os terráqueos, ainda nos en-contramos.

Um minuto com Joanna de Ângelisque o leva a situação mais grotescado que a animal, de onde procede.

Até certo modo, é compreensívela moderna reação cultural, a esse res-peito, como consequência aos sécu-los de ignorância e proibição. Toda-via, substituir-lhe a função precípuapela malversação danosa é lamentá-

Quem lê, atendazo pelo trabalho alheio, as plan-tas tenras e dadivosas da fé re-novadora.

A recomendação de Jesus, noentanto, é infinitamente expres-siva.

É razoável que a leitura do ho-mem ignorante e animalizado re-presente conjunto de ignominio-sas brincadeiras, mas o espíritode religiosidade precisa penetrara leitura séria, com real atitude deelevação.

O problema do discípulo doEvangelho não é o de ler para al-cançar novidades emotivas ouconhecer a Escri tu ra paratransformá-la em arena de esgri-ma intelectual, mas o de ler paraatender a Deus, cumprindo-lhe aDivina Vontade.

JOANNA DE ÂNGELIS,mentora espiritual de Divaldo P.Franco, é autora, entre outros li-vros, de Episódios Diários, do qualfoi extraído o texto acima.

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EMMANUEL, que foi o mentorespiritual de Francisco CândidoXavier e coordenador da obra me-diúnica do saudoso médium minei-ro, é autor, entre outros livros, deVinha de Luz, do qual foi extraídoo texto acima.

vel para o próprio homem. O sexo épara a vida, e não esta para aquele.

Diante das atitudes insensatase as conotações servis a que estálevada a função genésica, dirige-a, tu, com equilíbrio, a fim de que oseu desregramento não te condu-za à alucinação.

O sexo foi colocado abaixo docérebro para ser por este conduzi-do. Posto na cabeça pela revolu-ção dos frustrados, ei-lo transfor-mado em peça principal do corpo,em detrimento da própria vida.

Conduze-o com equilíbrio, a fimde que não derrapes na sofregui-dão que enlouquece, sem resolvero problema.

“Quem lê, atenda.” - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

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O IMORTALJULHO/2011 PÁGINA 3

O racismo (2) é um tema pou-co abordado nas hostes doutri-nárias. A bibliografia é escassa.Os escritores e estudiosos espí-ritas brasileiros ainda não se de-bruçaram com maior profundida-de sobre o assunto. Para alguns,as poucas análises sobre a ques-tão do segregacionismo e da es-cravidão do negro, no Espiritis-mo deixam transparecer as influ-ências da teoria arianista (3), davisão positivista e idealista dahistória, desconsiderando os fa-tos nos seus relativismos e con-tradições.

Para a investigação kardequi-ana, a respeito do negro, torna-se necessário ser considerado ocontexto histórico em que foi dis-cutida a temática. Incidiria emerro, sob o ponto de vista histó-rico, considerar Allan Kardeccontaminado de preconceitos oude índole racista. Essa palavradetém uma carga semântica mui-to forte, inadequada para definiros ideais do mestre lionês. Nãohá nenhum indício de que ele te-nha discriminado algum indiví-duo ou grupo de origem negraou quaisquer indivíduos, seja nomovimento espírita ou fora dele.A jornalista Dora Incontri, commestrado e doutorado em Edu-cação, pela USP, em seu livroPara entender Kardec nos trazum fato interessante que muitobem nos dará uma ideia de quemera o senhor Rivail. Vejamos: “Ébom lembrar que, na Sociedadede Estudos Espíritas de Paris,

JORGE [email protected]

De Brasília, DF

Kardec, racismo e Espiritismo - uma reflexão

cravo, homem ou mulher. Se, pois,a reencarnação funda numa lei daNatureza o princípio da fraternida-de universal, também funda namesma lei o da igualdade dos direi-tos sociais e, por conseguinte, oda liberdade”. (5)

Ante os ditames da pluralidadedas existências, ainda segundoKardec “enfraquecem-se os pre-conceitos de raça, os povos entrama considerar-se membros de umagrande família”. (6)

Como se observa, essas ideiasdescaracterizam radicalmente umKardec preconceituoso. Entretan-to, apesar da atitude (para algunspreconceituosas) atribuída a Kar-dec em relação ao negro, fruto docontexto em que viveu (repetimos)sobre discriminação e preconceitoa determinada etnia, sua obra saiindene de todas as críticas no sen-tido ético. Até porque para abor-dagem do tema é imprescindívelcontextualizá-lo, considerando-seas teorias de superioridade racialmuito em voga na época.

A frenologia, por exemplo,advogava uma relação entre ainteligência e a força dos ins-tintos em um indivíduo comsuas proporções cranianas, emuma espécie de “desdobra-mento” pseudocientífico dafisiognomonia.

Se não é a diferença daevolução espiritual, então,

que é quetorna os homens desiguais?

Num artigo na Revista Es-pírita de abril de 1862,“Frenologia espiritualista e es-pírita - Perfectibilidade da raçanegra”, Kardec faz uma espé-cie de releitura dessa “ciência”com um enfoque espiritualista,demonstrando que o “atraso”dos negros não se deveria a

causas biológicas, mas pelo fato deserem seus espíritos encarnadosainda relativamente jovens. (7)

Indagamos: existem povos maisadiantados que outros? É possíveldesconhecer a discrepância entresilvícolas e citadinos? Se não é adiferença da evolução espiritual,então, que é que os torna desi-guais?

É evidente que podemos ade-quar as terminologias para cultu-ras “complexas ou simples” no lu-gar de “avançado ou atrasados”, oque na essência não altera a situa-ção de ambos. Sabemos também –e isso é incontestável – que a an-tropologia e a sociologia surgemeurocêntricas. E a antropologia foiuma espécie de sociologia criadapara estudar os povos primitivos.(8) Contudo, a Doutrina Espírita temmais amplitude do que toda essaquestão.

Para nós “não há muitas espé-cies de homens, há tão-somenteindivíduos cujos Espíritos estãomais ou menos atrasados, porém

havia um Camille Flammarion,astrônomo, e um calceteiro(operário braçal que fazia ascalçadas de Paris, de quemKardec noticia a morte) e am-bos eram membros da Socieda-de”. (4)

Os contraditores de Kardecse valem de textos insertos naRevista Espírita e principal-mente em Obras Póstumas (v.capa), 1ª parte, capítulo IX, re-ferente à “Teoria da Beleza”. Arigor não consideramos essateoria um ponto doutrinário emuito menos consta das ObrasBásicas. Trata-se de uma pes-quisa de Kardec que não che-gou a publicá-la. Veio a públi-co após o seu desencarne,quando algumas anotaçõesdeixadas foram reunidas no li-vro citado, donde se infere queaquele pensamento ainda não es-tava perfeitamente consolidado.

A frenologia, por exemplo,advogava uma relação entre a

inteligência e a força dosinstintos

Por justeza de razões importalembrar que Kardec não compilouo Espiritismo em seu próprio nome.Ele apresentou-nos a Doutrinacomo sendo dos Espíri tos.Destarte, urge se faça distinçãoentre o que revelaram os Benfeito-res Espirituais sob o princípio doconsenso universal dos Espíritose o que escreveu e pensava parti-cularmente Kardec, inclusive naRevista Espírita.

No bojo da literatura basilar daTerceira Revelação, o Codificadorressalta que “na reencarnação de-saparecem os preconceitos de ra-ças e de castas, pois o mesmo Es-pírito pode tornar a nascer rico oupobre, capitalista ou proletário,chefe ou subordinado, livre ou es-

Não fales e nem escrevasAlgo que fira ou degrade;

Racismo é uma chaga abertaNo corpo da Humanidade

(Cornélio Pires) (1)

todos suscetíveis de progredirpela reencarnação. Não é esteprincípio mais conforme à justiçade Deus?” (9)

No livro Renúncia, monu-mental obra da literatura mediú-nica, identificamos um trecho quenos chamou a atenção para refle-xão sobre o assunto. Robbie, fi-lho de escravos e irmão adotivode Alcíone, ao desencarnar dis-se-lhe “desde que mandei osgendarmes (10) libertar o cocheiro,por entender que me cabia a cul-pa (...) sinto que não tenho maisa pele negra, que tenho a mão e aperna curadas (...) veja Alcíone(...) e esta lhe explica: São estasas provas redentoras, meu queri-do Robbie! Deus te restituiu asaúde da alma, por te considerarnovamente digno”. (11) Dá paraimaginar o Espírito Alcíone racis-ta? E por que teriam os negrossofrido tanto com a escravidão?

Jesus, ante os olhos do homem,é o maior arquétipo da perfei-

ção que um Espírito podealcançar

Segundo Humberto de Cam-pos os escravos seriam “os anti-gos batalhadores das cruzadas,senhores feudais da Idade Mé-dia, padres e inquisidores, Espí-ritos rebeldes e revoltados, per-didos nos caminhos cheios datreva das suas consciênciaspolutas”. (12) (Continua na pág.7 deste mesmo número.)

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O IMORTALPÁGINA 4 JULHO/2011

De coração para coração

Tudo o que vive neste mundo –a natureza, os animais e os homens–  sofre e,  no entanto,  foi por  amorque Deus formou os seres. Essa in-formação estabelece uma contradi-ção, aparentemente inexplicável, quejá perturbou muitos pensadores e oslevou à dúvida e ao pessimismo.

Com as luzes trazidas pela dou-trina espírita, o fato é perfeitamen-te compreensível.

O animal está sujeito à luta ar-dente pela vida. Entre as ervas doprado, as folhas e a ramaria dosbosques, nos ares, no seio daságuas, por toda a parte desenro-lam-se dramas ignorados.

No tocante à Humanidade, sabe-mos que sua história nada mais é que

um longo martirológio. Ao longo dostempos, por cima dos séculos, rola atriste epopeia dos sofrimentos huma-nos. A dor segue-nos os passos, es-preita-nos em todas as voltas do ca-minho, e, diante desta esfinge que ofita com seu olhar estranho, o homemtem feito e ainda faz a eterna pergun-ta: Por que existe a dor?

Valendo-nos das sábias pala-vras escritas por Léon Denis, po-demos dizer que, fundamentalmen-te considerada, a dor é “uma lei deequilíbrio e educação”. Nesse sen-tido, tudo que a produz, como osflagelos naturais tão frequentes nomundo, ocorre para que a Humani-dade possa “progredir mais depres-sa”. O flagelo, que tem sido inter-

pretado geralmente como algo pre-judicial, seria, então, na realidade,o meio pelo qual as transformaçõesnecessárias ao progresso humanose realizam com maior rapidez.

Há, sem dúvida, outros proces-sos menos rigorosos para levar oshomens ao progresso, e Deus osemprega todos os dias, dando a to-dos os meios de progredir pelo co-nhecimento do bem e do mal, o quenem sempre é levado em conta pelacriatura que habita este globo, o quetorna necessário a utilização de ou-tros meios que mostrem aos homensa sua fragilidade em face da vida,abatendo, por consequência, o sen-timento do orgulho, que gera osprincipais males que atrasam o pro-

A dor, o carma e os flagelos, à luz do EspiritismoASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO - [email protected]

De Londrina

gresso moral da Humanidade.Com o abatimento do orgulho,

a Humanidade se transforma, comojá se transformou noutras épocas,e cada transformação é assinaladapor uma crise que é para o gênerohumano o que são, para as pesso-as, as crises de crescimento. Es-sas crises tornam-se muitas vezespenosas, dolorosas, mas são sem-pre seguidas de uma fase de gran-de progresso material e moral.

Quando os flagelos naturais –cataclismos, enchentes, seca, epi-demias, pragas que assolam asplantações, terremotos, ciclones,maremotos e erupções vulcânicas– se abatem sobre a Humanidade,muitos, certamente, revoltam-secontra Deus e perdem oportunida-des valiosas de crescimento pelaincompreensão do significado detais fatos.

Essa incompreensão derivaobviamente do desconhecimentoda Lei do Carma ou de Causa e Efei-to, que exerce sua influência inelu-tável sobre as pessoas individual-mente consideradas e sobre osgrupos sociai s. Assim, quandouma família, uma nação ou deter-minado grupo étnico busca algoque lhe traga maiores satisfações,esforçando-se por melhorar suascondições de vida ou adotandomedidas que visem a acelerar seudesenvolvimento, sem prejudicarou fazer mal a outrem, estará con-tribuindo para a evolução da Hu-manidade, e isto é bom. Ela rece-berá, então, novas e mais amplasoportunidades de trabalho e pro-

gresso, que conduzem os indiví-duos que a compõem a níveis cadavez mais elevados.

Se, porém, procede de mododiferente, sofrerá, mais cedo oumais tarde, a perda de tudo o queadquiriu injustamente, em circuns-tâncias mais ou menos trágicas eaflitivas, conforme o grau de malí-cia e crueldade que tenha caracte-rizado suas ações. É assim que,mais tarde, em outras existênciasplanetárias, são chamadas a expia-ções coletivas ou individuais, soba forma de flagelos ou processosde natureza semelhante.

Cabe, no entanto, assinalar quemuitos dos chamados flagelos re-sultam tão-somente da imprevidên-cia do homem, que os vai conju-rando à medida que adquire conhe-cimento e experiência, sendo cer-to, porém, que entre os males queafligem a Humanidade há algunsde caráter geral, previstos nos de-cretos da Providência, dos quaiscada pessoa recebe, mais ou me-nos, o contragolpe, e a esses nadapode o homem opor, a não ser asua submissão à vontade de Deus.

Na primeira linha dos flagelosdestruidores, naturais e indepen-dentes do homem, devem ser colo-cadas a peste, a fome, as inunda-ções e as intempéries fatais à pro-dução agrícola. Enfrentando taisflagelos, o homem é impulsionadopela necessidade a buscar soluçõespara libertar-se do mal que o ataca.É por isso que a dor se torna umprocesso, um meio de equilíbrio eeducação, como dizia Léon Denis.

Eis alguns exemplos de constru-ções errôneas:1. A Bíblia que leio tem quatrocen-tos e cinquenta páginas.2. Aproveitei a liquidação e compreivários presentes, ou sejam, cami-sas, calças e blusas.3. João é um parasita; vive à custada mulher.4. Ele caprichou no discurso de mol-de a receber aplausos.5. Desesperado, o vereador apelouao governador.6. Antes de sair de casa, ele deu umlustro nos sapatos.7. Minha filha não estudou muito,mas saiu bem no teste.

Pílulas gramaticaisAgora, as mesmas construções

devidamente corrigidas:1. A Bíblia que leio tem quatrocen-tas e cinquenta páginas.2. Aproveitei a liquidação e compreivários presentes, ou seja, camisas,calças e blusas.3. João é um parasito; vive à custada mulher.4. Ele caprichou no discurso demodo a receber aplausos.5. Desesperado, o vereador apeloupara o governador.6. Antes de sair de casa, ele deu umlustro aos sapatos.7. Minha filha não estudou muito,mas saiu-se bem no teste.

Um leitor pergunta-nos emque livros podemos obter infor-mações precisas sobre a águafluidificada e sua utilidade comosubstância salutar e própria paracurar uma enfermidade.

Duas obras nos parecem fun-damentais para a compreensãodo assunto.

A primeira, de Allan Kardec, éO Livro dos Médiuns, cap. VIII,itens 128 e 131, em que, por meiode interessante diálogo com oEspírito de São Luís, o Codifica-dor do Espiritismo anotou as se-guintes informações:

I. Pode o Espírito dar a umobjeto, não só a forma, mas tam-bém propriedades especiais?

“Se o quiser. Baseado nesteprincípio foi que respondi afirma-tivamente às perguntas anterio-res. Tereis provas da poderosaação que os Espíritos exercemsobre a matéria, ação que estaislonge de suspeitar, como eu dis-se há pouco.”

produzir um fenômeno análogocom os fluidos do organismo,donde o efeito curativo da açãomagnética, convenientemente di-rigida.

A outra obra é O Consolador,de Emmanuel, que, tratando doassunto nas questões 103 e 104,informa que a água pode serfluidificada, de modo geral, embenefício de todos, mas pode sê-lo também em caráter particularpara determinado enfermo, e, nes-te caso, é conveniente que o usoseja pessoal e exclusivo.

Para obtê-la não se exigemcondições especiais. A caridade,afirma Emmanuel, não pode aten-der a situações especializadas. Apresença de médiuns curadores,bem como as reuniões especiais,de modo algum podem constituiro preço do benefício aos doen-tes, porquanto os recursos dosguias espirituais, nessa esfera deação, independem do concursomedianímico, considerando oproblema dos méritos individuais.

O Espiritismo respondeII. Suponhamos, então, que

quisesse fazer uma substância ve-nenosa. Se uma pessoa a ingeris-se, ficaria envenenada?

“Teria podido, mas não o faria,por não lhe ser isso permitido.”

III. Poderá ele fazer uma subs-tância salutar e própria para curaruma enfermidade? E já se terá apre-sentado algum caso destes?

“Já, muitas vezes.”Esta teoria, disse Kardec logo

em seguida, fornece a solução deum fato bem conhecido em magne-tismo, mas inexplicado até hoje: oda mudança das propriedades daágua, por obra da vontade. O Espí-rito atuante é o do magnetizador,quase sempre assistido por outroEspír ito. Ele opera umatransmutação por meio do fluidomagnético que, como já foi dito, éa substância que mais se aproximada matéria cósmica, ou elementouniversal. Ora, desde que ele podeoperar uma modificação nas pro-priedades da água, pode também

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O IMORTALJULHO/2011 PÁGINA 5

citada, cap. 36, págs. 191 a 193.)Texto para le itura

53. Culto doméstico do Evange-lho - Nas primeiras horas da noite, Isa-bel abandonou a agulha e convidouos filhos para o culto doméstico. Suasfilhas eram entidades amigas de “Nos-so Lar”, reencarnadas para serviço es-piritual e resgate necessário, na Ter-ra. Só o rapaz procedia de região infe-rior, o que ficou logo claro. A viúvasentou-se à cabeceira e pediu queNeli, de 9 anos, fizesse a oração inici-al do culto. Todos os trabalhadoresinvisíveis sentaram-se, respeitosos.As luzes ambientes se tornaram mui-to mais intensas, logo que começouo culto. Quando Isabel abriu o NovoTestamento, ao chamado acaso, via-se claramente que Isidoro intervinhana operação, ajudando a localizar oassunto da noite. Lido o trecho evan-gélico, um amigo espiritual, denobilíssima condição, colocou a des-tra sobre a fronte da generosa viúva.Era Fábio Aleto, incumbido da inter-pretação espiritual do texto lido. Ani-ceto explicou que os que estivessemnas mesmas condições do instrutorda noite poderiam “ouvir-lhe” os pen-samentos; os demais receberiam seuscomentários através do verbo de Isa-bel. Lindas lições foram trazidas à pe-quena comunidade pela voz da mé-dium, que, após examinar rapidamen-te o caso de uma jovem suicida, co-mentou a passagem evangélica emque Jesus diz que o reino dos céus ésemelhante a um grão de mostarda.(Cap. 35, págs. 184 a 188)

54. Conversação com os filhos -A conversação que se estabeleceuapós os comentários evangélicos foide alto nível. Fábio Aleto sentou-seem plano mais elevado. Isidoro seacomodou junto da esposa. Marieta,a filha de 7 anos, pergunta então àmãe: “Se Jesus é tão bom, por queeles estavam comendo só uma vez aodia?” A menina acrescentou que nacasa da Dona Fausta eles faziam duasrefeições, e que Neli lhe contou queno tempo do papai também eles fazi-

Continuamos a apresentar o tex-to condensado da obra Os Mensa-geiros,  de André  Luiz, psicografa-da pelo médium Francisco CândidoXavier e publicada pela editora daFederação Espírita Brasileira.

Questões preliminaresA. Como podemos descrever o

culto doméstico do Evangelho rea-lizado na casa de Isabel?

Isabel sentou-se à cabeceira e pe-diu que Neli, de 9 anos, fizesse a ora-ção inicial do culto. Todos os traba-lhadores invisíveis sentaram-se, res-peitosos. Isidoro e alguns compa-nheiros mais íntimos do casal perma-neceram ao lado de Isabel, sendoquase todos vistos e ouvidos por ela.As luzes ambientes se tornaram mui-to mais intensas, logo que começouo culto. Quando Isabel abriu o NovoTestamento, ao chamado acaso, via-se claramente que Isidoro intervinhana operação, ajudando a localizar oassunto da noite. Lido o trecho evan-gélico, André observou um fenôme-no curioso: um amigo espiritual, denobilíssima condição, colocou a des-tra sobre a fronte da generosa viúva.Era Fábio Aleto, incumbido da inter-pretação espiritual do texto lido. Ani-ceto explicou que os que estivessemnas mesmas condições do instrutorda noite poderiam “ouvir-lhe” os pen-samentos; os demais receberiam seuscomentários através do verbo deIsabel. (Os Mensageiros, cap. 35 e36, págs. 184 a 191.)

B. Que conceito acerca da po-breza a senhora Isabel apresen-tou aos filhos?

Ela disse que a pobreza é umadas melhores oportunidades de ele-vação ao alcance do homem. Napobreza – explicou a viúva - é maisfácil encontrar a amizade sincera, avisão da assistência de Deus, os te-souros da natureza, a riqueza dasalegrias simples e puras. O homemde grandes possibilidades financei-ras muito dificilmente sabe discernirentre a afeição e o interesse mesqui-nho; crente de que tudo pode, nemsempre consegue entender a divinaproteção; pelo conforto viciado aque se entrega, geralmente se afastadas bênçãos da Natureza; e em vistade muito satisfazer aos próprios ca-prichos, restringe a capacidade dealegrar-se e confiar no mundo. (Obra

am assim. Por que será? Isabel esbo-çou um sorriso algo triste e explicou:“Ora, Marieta, você vive muito im-pressionada com essa questão. Nãodevemos, filhinha, subordinar todosos pensamentos às necessidades doestômago. Há quanto tempo estamostomando nossa refeição diária e go-zando boa saúde? Quanto benefícioestaremos colhendo com esta fruga-lidade de alimentação?” A filha maisvelha interveio, dizendo que a mãetinha toda a razão. “Tenho visto mui-ta gente adoecer por abuso da mesa”,acrescentou a jovem. Isabel depoislembrou que Jesus abençoa o pão e aágua de todas as criaturas que sa-bem agradecer as dádivas divinas. Edisse que Isidoro partiu, mas nuncalhes faltou o necessário. “Temos nos-sa casinha, nossa união espiritual,nossos bons amigos. Convençam-sede que o papai está trabalhando ain-da por nós”. (Cap. 36, págs. 189 a 191)

55. Conceito de pobreza - EntreIsabel e suas filhas havia permutaconstante de vibrações luminosas,como se estivessem identificadas nomesmo ideal e unidas numa só posi-ção, mas o rapaz permanecia espiritu-almente distante e às vezes sorria irô-nico. Valendo-se de uma pausa maislonga, ele perguntou à sua mãe o queela entendia por pobreza. Isabel res-pondeu dizendo que a pobreza é umadas melhores oportunidades de ele-vação ao alcance do homem. E fezalgumas comparações relativamenteàs dificuldades que as pessoas afor-tunadas têm, do ponto de vista mo-ral. O rapaz, insensível às realidadesque ele acabara de ouvir, disse quenão podia concordar com ela, poisaté os garotos do jardim de infânciapensam de modo contrário. E chegouaté a sugerir que o salão onde a famí-lia fazia seus cultos fosse alugado,para aumentar a renda da família. Isa-bel advertiu, porém, que, em respeitoà memória de Isidoro, jamais aquelesalão seria destinado a outra ativida-de e, quando o jovem quis retrucar, aluz emitida pelo tórax de sua mãe con-

fundiu-lhe o Espírito rebelde e ele aca-bou se calando, a contragosto, amu-ado e enraivecido. (Cap. 36, págs. 191a 193)

56. Alimentação na oficina -Enquanto a família humana deIsidoro fazia frugal refeição de chácom torradas, numa saleta próximaos Espíritos faziam ligeiro repasto,entremeado de palestra elevada eproveitosa. A alimentação servidaa André e seus amigos era leve esimples, sem qualquer analogia coma alimentação que os encarnadosutilizam. Aniceto explicou que emoficinas como aquela era possívelpreservar a pureza das substânciasalimentícias. Os elementos mais bai-xos não encontram, naquele santu-ário, o campo imprescindível à pro-liferação. Ali tem-se bastante luzpara neutralizar qualquer manifes-tação da treva. (Cap. 37, pág. 194)

Frases e apontamentosimportantes

108. Estamos certos de que nin-guém comete erros por amar ver-dadeiramente. Os que amam, defato, são cultivadores da vida enunca espalham a morte. (FábioAleto, cap. 35, pág. 186)

109. A esfera carnal onde vive-mos está repleta de irreflexões detoda sorte. Raras criaturas come-çam a refletir seriamente na vida enos deveres, antes do leito da mor-te física. (...) Há homens e mulhe-res, com maiores responsabilida-des, em todos os bairros, que evi-denciam paixões nefastas e destrui-doras no campo dos sentimentos,dos negócios, das relações soci-ais. (Fábio Aleto, cap. 35, pág. 187)

110. Temo-nos descuidado dascoisas pequeninas. Grande é o ocea-no, minúscula é a gota, mas o oceanonão é senão a massa das gotas reuni-das. Fala-nos o Mestre, em divinosimbolismo, da semente de mostar-da. (...) A semente de mostarda, a quese refere Jesus, constitui o gesto, apalavra, o pensamento da criatura.(Fábio Aleto, cap. 35, pág. 187)

THIAGO [email protected]

De Curitiba

Estudando a série André Luiz

Os MensageirosAndré Luiz

(Parte 11)111. Há muitas pessoas que fa-

lam em humildade, mas nunca reve-lam um gesto de obediência. Jamaisrealizaremos a bondade, sem come-çarmos a ser bons. Alguma coisapequenina há de ser feita, antes deedificarmos as grandes coisas. OSenhor ensinou que o reino dos céusestá dentro de nós. Ora, é portantoem nós mesmos que devemos de-senvolver o trabalho máximo de rea-lização divina, sem o que não pas-saremos de grandes irrefletidos. (Fá-bio Aleto, cap. 35, pág. 187)

112. A floresta também começoude sementes minúsculas. E nós, es-piritualmente falando, temos vividoem densa floresta de males, criadospor nós mesmos, em razão dainvigilância na escolha de sementesespirituais. A palestra de uma hora,o pensamento de um dia, o gesto deum momento podem representarmuito em nossas vidas. (FábioAleto, cap. 35, págs. 187 e 188)

113. Tenhamos cuidado com ascoisas pequeninas e selecionemosos grãos de mostarda do reino doscéus. Lembremos que Jesus nadaensinou em vão. Toda vez que “pe-garmos” desses grãos, consoante aPalavra Divina, semeando-nos nocampo íntimo, receberemos do Se-nhor todo o auxílio necessário. Con-ceder-nos-á a chuva das bênçãos, osol do amor eterno, a vitalidade su-blime da esfera superior. Nossa se-meadura crescerá e, em breve tem-po, atingiremos elevadas edifica-ções. (Fábio Aleto, cap. 35, pág. 188)

114. Cada qual receberá a luz es-piritual conforme a própria capaci-dade. Há muitos companheiros nos-sos, aqui reunidos, que registram ocomentário de Fábio com mais difi-culdade que as próprias crianças.(Aniceto, cap. 36, pág. 189)

115. Quando sabemos amar eesperar, meus filhos, não nos se-paramos dos entes queridos quemorrem para a vida física. (Isabel,cap. 36, pág. 190) (Continua nopróximo número.)

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O IMORTALPÁGINA 6 JULHO/2011

O IMORTAL na internetAlém de circular com seu formato impresso, o jornal O Imor-

tal pode ser visto também na internet, bastando para isso acessaro site www.oconsolador.com, em cuja página inicial há um linkque permite o acesso do leitor às últimas edições do jornal, semcusto algum.

Para contactar a Redação do jornal, o interessado deve uti-lizar este e-mail: [email protected].

Realizada pela primeira vezem julho de 1992, numa iniciati-va do Centro Espírita Nosso Lar,que até hoje é palco das pales-tras e dos seminários que a com-põem, a Semana Espíri ta deLondrina apresenta a partir dodia 9 de julho sua 20ª edição,tendo como tema geral “Desafi-os em Família”. A promoção doevento é da URE MetropolitanaLondrina, entidade que suce-deu, no final de 2010, à Uniãodas Sociedades Espíri tas deLondrina – USEL.

Como o leitor pode ver pelaprogramação a seguir reprodu-zida, dois palestrantes partici-parão pela primeira vez do even-to : Jamiro dos Santos eAdeilson Salles. Os demais jáparticiparam anteriormente emuma ou mais de uma oportuni-dade.

Paralelamente às palestrase aos seminários constantesda Semana Espírita, realizar-se-ão no mesmo local – RuaSanta Catarina, 429 – e nomesmo período a 11ª Semani-nha Espírita e a 7ª Noite Cul-

A Semana Espírita deLondrina começa dia 9

tural. Na parte artística, a Sema-na Espírita de Londrina contarácom a participação do Coral Es-pír i ta H ugo G onça lves, deCam bé, Brás, Pau l o e Ana(Ibiporã), Silvana e Layla, Pau-lo Henrique Almeida, Zé da Vio-la, Tinho Lemos, Coral EspíritaNosso Lar, o Coral Espírita CéuAzul (Rolândia) e o GAF Gru-po  de Artes Fraternidade.

Eis, a seguir, o programa com-pleto da Semana Espírita:

Dia 9 - Sábado - 19h45: Pa-lestrante: Emanuel Cristiano -Tema: “A arte de educar”.

Dia 10 - Domingo - 8h45: Pa-lestrante: Carlos Augusto de SãoJosé - Tema: “A importância doLar (Desafios e Alegrias)”. À noi-te, a partir das 19h, realiza-se a 7ªNoite Cultura, com apresentaçõesde teatro e música.

Dia 11 - Segunda - 14h45: Pa-lestrante: Jamiro dos Santos -Tema: “Para não perder a vonta-de de viver”. À noite, a partir das19h45, o mesmo expositor profe-re palestra sobre o tema “Jesus arazão de nossas vidas”.

Dia 12 - Terça - 14h45: Pa-lestrante: Orson Peter Carrara -Tema: “A alma do Espiritismo e oEstudo espírita”. À noite, a partirdas 19h45, Adeilson Salles pro-

ANGÉLICA [email protected]

De Londrina

fere palestra sobre o tema “A in-fluência do pensamento na saú-de humana”.

Dia 13 - Quarta - 14h45: Pa-lest rante: Adeilson Salles -Tema: “Família...Quem são essesespíritos?”. À noite, a partir das19h45, Orson Peter Carrara pro-fere palestra sobre o tema “Ten-são Emocional”.

Dia 14 - Quinta - 14h45: Pa-lestrante: Francisco Ferraz Ba-tista - Tema: “Casamento e rela-ções matrimoniais na visão es-pírita” e “A família como agenteeducador”. À noite, a partir das19h45, José Antônio Vieira dePaula profere palestra sobre otema “Adoção de filhos: umaproposta superior”.

Dia 15 – Sexta – 14h45: Pa-lestrante: Alexandre Camargo -Tema: “Atitudes para a saúdepsicológica da família”. À noi-te, a partir das 19h45, MárcioCruz profere palestra sobre otema “O relacionamento famili-ar como fonte de autoconheci-mento”.

Dia 16 - Sábado - 14h45: Pa-lestrante: Márcio Cruz - Tema:“Relacionamento familiar e de-pendência afetiva”, seguindo-se a cerimônia de encerramentoda Semana Espírita.

O Coral Espírita Nosso Lar seráuma das atrações do evento

A Semaninha, como ocorreu noano passado, será outra atração

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O IMORTALJULHO/2011 PÁGINA 7

Grandes Vultos do EspiritismoMARINEI FERREIRA REZENDE - [email protected]

De Londrina

Nadyr Dionysio de Souza Dutra

Nadyr nasceu no dia 6 de abrilde 1933 em Bauru (SP), sendo filhade Graciliano de Souza e ÂngelaAlvorno de Souza e irmã de Lico,Jandira (falecida), Aracy (falecida),Olavo (falecido), Marilia, Edith,Clarice, Sylvio e Áureo.

Casou-se com  Ivan Dutra  nodia 27 de janeiro de 1957 e com eleteve cinco filhos: Silvia, Ângela(falecida), Ivan, André Luiz e Re-nato, treze netos e duas bisnetas.

No campo profissional, traba-lhou sempre como professora, le-cionando    em  Santo Anastácio (SP)  no Sesi, época em que  ela eIvan se engajaram no movimentoespírita e nos trabalhos filantrópi-cos realizados na cidade. Mudou-se, anos mais tarde, para Tupã (SP),onde deu continuidade às suas ta-refas, voltadas sempre para o auxí-lio ao próximo. Ali já ministravaaulas de evangelização e palestrasno Centro Espírita da cidade. Anosdepois, mudou-se para Rolândia(PR) e depois para Praia Grande(SP), dando prosseguimento àssuas tarefas de evangelização e as-sistência aos mais carentes.

Depois de tantas mudanças,o casal radicou-se em definitivona cidade de Londrina (PR), ondefincou raízes e se dedicou à ativi-dade espírita, direcionando suaatenção, nos últimos quinze anos,para o trabalho desenvolvido noCentro Espírita Nosso Lar e noNúcleo Espírita Irmã Scheilla, su-cessor do Dispensár io IrmãSchei ll a, ex-depar tamento daSEPS – Sociedade Espírita de Pro-moção Social.

O trabalho realizado na enti-dade era de muito amor para com

as famílias e os jovens assistidos.Nos primeiros anos da fundação doIrmã Scheilla, ela fazia um trabalhodiretamente ligado a esses jovens,tentando ajudá-los a sair da depen-dência e da criminalidade. Ia, en-tão, com uma equipe, realizar oEvangelho nos lares e foi com mui-ta tristeza que na época 16 jovensdesencarnaram, mas ela não desis-tiu, continuou dando assistência àsfamílias.

No “Nosso Lar” foi dirigente deum dos grupos mediúnicos da Casae participava, como médium pas-sista, de dois grupos públicos, sen-do também solic itada comfrequência para palestras. Entusi-asta do trabalho de evangelização

das crianças, dedicou praticamen-te a vida toda a essa tarefa, minis-trando cursos e orientando muitaspessoas que se iniciaram por suasmãos nesse trabalho.

Sua desencarnação – no dia 21de julho de 2007 - ocorreu após bre-ve internação no Hospital Evangé-lico de Londrina, onde pôde con-tar com o carinho dos filhos, dosnetos, das noras e do seu genro,os quais não mediram esforçospara estarem ao seu lado nessesmomentos difíceis que antecede-ram seu passamento. Nadyr con-tava então 74 anos de idade.

Ciente do empenho com queessa confreira se dedicou ao tra-balho espírita, não demorou para

que mensagens diversas fossempassadas a alguns grupos mediú-ni cos dando notí cia de seurestabelecimento no plano espiri-tual.

Muito ligada à música, sendoela dona de uma voz linda, envol-via a todos quando cantava. O so-nho dela era que se formasse umcoral no Centro Espirita Nosso Lar,mas enquanto encarnada não foipossível a realização desse sonho,o que só ocorreu no dia 26 de abrilde 2008, quando se iniciaram osensaios do Coral Espírita NossoLar. Em agosto do mesmo ano elaenviou uma mensagem endereça-do ao coral, seguida de um textopsicografado em que ela escreveu:

“Gostaria de deixar registrado,nesta noite, minha presença jun-to ao coral Espirita Nosso Lar,que me deu muita alegria desde asua fundação, pois sempre so-nhei com esse projeto de amor eagora tive a oportunidade de can-tar com todos”. É, pois, com ale-gria que o grupo sente a presen-ça dela em suas apresentações.

Atualmente, Nadyr realiza umtrabalho junto aos jovens quedesencarnam cedo devido àsdrogas e ao crime, trabalho esseque vem sendo realizado no gru-po mediúnico de que foi dirigen-te. Ela continua, pois, sendo paratodos nós um exemplo de amor ededicação.

Kardec, racismo e Espiritismo - uma reflexão(Conclusão do artigo publicado na pág. 3.)

A concepção de que o homem pos-sa encarnar na condição de branco, ne-gro, mulato ou índio estabelece uma rup-tura com o preconceito e a discrimina-ção raciais. Não esqueçamos, porém,que na Grã-Bretanha, ainda hoje, mui-tos adeptos do Neo-espiritualismo re-jeitam a tese da reencarnação, por nãoadmitirem a possibilidade de terem tidoencarnações em posições inferioresquanto à raça e à condição social.

Com essa visão, um Espírito, re-encarnado num corpo de origem ne-gra, estará sujeito à discriminação eisso lhe será uma condição, uma con-tingência evolutiva a ser superada.Para uns pode ser uma expiação, paraoutros uma missão. Com os princí-pios espíritas se “apaga naturalmen-te toda a distinção estabelecida entreos homens segundo as vantagenscorpóreas e mundanas, sobre as quaiso orgulho fundou castas e os estúpi-dos preconceitos de cor”. (13)

não havia chegado ao grau de culturae tecnologia do europeu. Sem dúvidaque era uma visão do europeu daépoca, que considerava os negros eos latinos selvagens.9. Kardec, Allan. O Livro dos Espí-ritos, texto escrito por Allan Kardec,e Constitui o Capítulo V, item 6º, Riode Janeiro: Editora FEB, 2001.10. Soldado da força incumbida develar pela segurança e ordem públi-ca, na França.11. Xavier, Francisco Cândido. Re-núncia, 7ª ed. Ditado pelo EspíritoEmmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB,1973, pg. 412.12. Xavier, Francisco Cândido. Bra-sil, Coração do Mundo Pátria doEvangelho, Ditado pelo EspíritoHumberto de Campos, Rio de Janei-ro: Ed. FEB, 1980.13. Kardec, Allan. Revista Espíritade abril de 1861, 297-298.14. Kardec, Allan. O Livro dos Espí-ritos, Rio de Janeiro: Editora FEB,2003, parte 3ª, q. 798 e 799, cap.VIII item VI - Influência do Espiri-tismo no Progresso.

JORGE [email protected]

De Brasília, DF

Cornélio Pires, São Paulo: Ed. CEU,1996.2. O racismo, segundo a acepção do“Novo Dicionário Aurélio” é “a dou-trina que sustenta a superioridade decertas raças”. O Conde de Gobineaufoi o principal teórico das teorias ra-cistas. Sua obra, “Ensaio Sobre a De-sigualdade d as Raças Humanas”(1855), lançou as bases da teoriaarianista, que considera a raça brancacomo a única pura e superior às de-mais, tomada como fundamento filo-sófico pelos nazistas, adeptos dopangermanismo.3. Entre os teóricos do racismo ale-mão, dizia-se dos europeus de raça su-postamente pura, descendentes dosárias.4. Incontri, Dora. Para Entender Kar-dec, Grandes Questões, São Paulo: Pu-blicações Lachâtre, 2001.5. Kardec, Allan. A Gênese, Rio de Ja-neiro: Editora FEB, 2002, pág. 31.6. Idem págs. 415-416.7. Kardec, Allan. Revista Espírita deabril de 1862.8. Primitivo era todo aquele povo que

Como se observa, uma doutrinalibertária, como o Espiritismo, nãocompactua, sob quaisquer pretextos, comnenhuma ideologia que vise à discrimi-nação étnica entre os grupos sociais.

A verdade é que nos grandes de-bates de cunho sociológico, antropo-lógico, filosófico, psicológico etc., oEspiritismo provocará a maior revo-lução histórica no pensamento huma-no, conforme está inscrito nas ques-tões 798 e 799 de O Livro dos Espí-ritos, sobretudo quando ocupar o lu-gar que lhe é devido na cultura e co-nhecimento humanos, pois seus pre-ceitos morais advertirão os homensda urgente solidariedade que os há deunir como irmãos, apontando, por suavez, que o progresso intelecto-moralna vida de todos os Espíritos é leiuniversal e tendo por modelo Jesus,que, ante os olhos do homem, é omaior arquétipo da perfeição que umEspírito pode alcançar. (14)

Fontes:1. Xavier, Francisco Cândido. Cami-nhos da Vida, Ditada pelo Espírito

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A Federação Espírita do Paraná não para...

Mais um evento permeado de mui-ta alegria, essencial para que se estabe-leça o clima de verdadeira fraternidade,que é o lastro sobre o qual têm-se sus-tentado as relações dos trabalhadoresdo Movimento Espírita... Assim foicomo se desenhou a Inter-RegionalNoroeste, realizada nas dependênciasda AMEM – Associação Espírita deMaringá nos dias 18 e 19 de junho.

A Inter-Regional Noroeste con-templa as Uniões Espíritas da 7ª Re-gião (Maringá, representada porAlcides Batista Silveira), 8ª Região(Paranavaí, Wandrei Mundim), 9ª Re-gião (Campo Mourão, EdemilsonSiqueira) e 11ª Região (Umuarama,José Teresiano). Cada União Regio-nal, por sua vez, envolve várias cida-des e diversas Casas Espíritas.

Ei-las:7ª URE: Astorga, Colorado,

Itambé, Mandaguaçu, Marialva,Maringá, Paissandu, Santa Fé, Sarandi.

8ª URE: Cruzeiro do Sul, Diaman-te do Norte, Loanda, Nova Esperança,Nova Londrina, Paraíso do Norte,Paranacity, Paranavaí, Santa Cruz doMonte Castelo, Santa Isabel do Ivaí,São Carlos do Ivaí, São Pedro do Para-ná, Terra Rica.

9ª URE: Altônia, Cruzeiro do Oes-te, Francisco Alves, Iporã, Mariluz,Pérola, Umuarama.

11ª URE: Campo Mourão,Cianorte, Cidade Gaúcha, Fênix,Goioerê, Peabiru e Terra Boa.

No sábado à noite, dia 18, foi reali-zada no salão do Hotel Deville a reu-nião de dirigentes. Nela estiveram pre-sentes quase 70 representantes de vá-rias instituições, a saber: C. E. Fé, Amore Caridade, de Paranavaí, AssociaçãoEspírita de Maringá – AMEM; C. E.Allan Kardec, de Peabiru; S. E. Meimei,de Campo Mourão; C. E. Caminheiros,de Maringá; C. E. Dr. Adolfo Bezerrade Menezes; C. E. Ismael, de Maringá;C. E. Jesus de Nazaré, de Maringá; C.E. Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, de

Paranacity; C. E. Francisco de Assis, deNova Esperança; C. E. Allan Kardec, deCruzeiro do Sul; C. E. Allan Kardec, deColorado; C. E. Aprendizes do Amor,Santa Fé; C. E. Luz e Verdade, deParanavaí; C. E. André Luiz, de Marialva;C. E. Allan Kardec, de Paraíso do Norte;C. E. Francisco Cândido Xavier, de SãoCarlos do Ivaí; C. E. Paulo de Tarso, deMarialva; C. E. Chico Xavier, de AltoParaná; C. E. Allan Kardec, de Terra Boa;C. E. Nosso Lar, de Paranavaí; RecantoEspírita Somos Todos Irmãos, deMaringá; C. E. Luz e Caridade, daMandaguaçu; C. E. Allan Kardec, deCianorte; C. E. Allan Kardec, de Altônia.

Além das instituições e dos conse-lheiros da Federação Espírita do Paraná,que representam a região, como DaniloArruda da Luz (por Maringá), presenteem todas as horas, um verdadeiro anfi-trião, e Osvaldo Monteiro (porParanavaí), vale destacar a simpatia epresteza do confrade Paulo César Moro,secretário da Inter-Regional Noroeste.

Francisco Ferraz iniciou areunião exaltando o objetivo da Inter-Regional, que se assenta na confraterni-zação entre os dirigentes, na possibilida-de de elastecermos e reforçarmos os la-ços de amizade. Comentou, também, quea Diretoria da FEP – a Direx - tem pro-curado patrocinar, fazer aporte de recur-sos para que os eventos aconteçam emtodo o Estado, para que não haja soluçãode continuidade nas tarefas. Falou dosreflexos da XIII Conferência EstadualEspírita e de como esse investimentotrouxe repercussão positiva no cresci-mento do entusiasmo dos espíritas doParaná. Assim, a Conferência Estadual éum evento extraordinário, que reúne de-zenas de milhares de pessoas e tem des-pertado o interesse de todos.

Divaldo promoverá o encontroVocê e a Paz em Londrina

Aproveitou o ensejo das notícias e daprestação de contas das ações da Direto-ria para dizer que a FEP passou a ter umacadeira no Conselho de Assistência Socialda FIEP. Esse Conselho reúne várias ins-tituições religiosas, gerando um espaçoecumênico para debates dos interesses

comuns à Causa do Bem. Noticiou umapossível parceria que a PROVOPAR iráfazer com o Movimento Espírita no Pa-raná, através de sua diretora Ana Ghigno-ne. Obviamente, esta motivação se deve aum trabalho sério e extremamente respei-tável que a Escola Profissional Maria RuthJunqueira desenvolve há mais de 50 anosem todo o Estado.

Falando sobre a parceria com HaroldoDutra Dias e a Editora da FEP, Franciscoparabenizou e elogiou todas as UREs etrabalhadores que acolheram Haroldo nes-sa sua jornada. Falou da presença de RaulTeixeira, que estará em Umuarama nosdias 20 e 21 de agosto próximo. A respei-to de Divaldo Franco, aguarda respostasobre os dias de sua presença, antes dedezembro, no interior do Paraná.Divaldo deverá promover o encontro Vocêe a Paz em Londrina e Curitiba. Além dis-so, estará em Curitiba, assim comoRaul, no final do ano, para o encerramen-to das atividades doutrinárias de 2011.

Lembrou, em seguida, os 50 anos daEscola Profissional Maria Ruth Junqueira,os 50 anos do CEI Josefina Rocha, os 35anos da Mariinha, todas elas datas signifi-cativas que reconhecem as atividades queas Unidades Sociais da FEP desenvolvempara o engrandecimento da sociedade pa-ranaense. Na sequência, falou da reformae revitalização do Hospital Espírita dePsiquiatria Bom Retiro, na qual a FEPempregou recursos para que os pacientespossam ter a dignidade que merecem eque está de acordo com a filosofia de tra-tamento da Federação.

Dando prosseguimento à prestaçãode contas, Luiz Henrique da Silva, embreves palavras, falou do atual estágio dasobras do Recanto Lins de Vasconcellos,unidade da FEP, destinada a servir comoespaço de acolhimento a trabalhadores doMovimento Espírita que desejem partici-par e realizar cursos e encontros de aper-feiçoamento, de instrumentalização a par-tir dos quais possam desenvolver melhoros seus trabalhos em suas Casas.

Encerrando a fala dos diretores exe-cutivos administradores, DanielDallagnol, de maneira objetiva,apresentou as ações da Editora da FEP,seus propósitos e seus resultados. Faloude dois aspectos fundamentais: parceiros

como Divaldo, Suely, Haroldo, Alberto eSandra Borba, que respondem pela segu-rança e pelo êxito da Editora, e a questãodos resultados e da própria viabilidadeeconômica, mas, sobretudo, pela capaci-dade que esses parceiros têm de gerarcredibilidade e, portanto, atratividade nopúblico que adquire os livros. Ressaltouo fato de a FEP capitalizar esses parcei-ros para que possam, com este apoio fi-nanceiro, produzir o livro e o colocar nomercado. Além disso, todo esse apoio fo-menta ações importantíssimas desses no-bres expositores em todo o mundo, inclu-indo as atividades de ação social sob suasresponsabilidades. Assim, ele exaltou a ne-

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MARCIO CRUZ [email protected]

De Curitiba, PR

cessidade de desenvolvermos uma sensi-bilidade para buscarmos ser parceiros daEditora da FEP e da Livraria Mundo Es-pírita, uma vez que todos os resultadosauferidos são investidos na dinamizaçãodo próprio Movimento Espírita do Para-ná, pois são superavitários.

José Virgílio Góes, diretor de Unifi-cação, enfatizou a presença dos 67 dirigen-tes espíritas na reunião, fato que merecereconhecimento de todos. Além disso, des-tacou que hoje não existem motivos paraque um Centro Espírita permaneça fora dosistema federativo, afastado das demais Ins-tituições que estão abraçadas em torno daCausa da Unificação. ”Todos nós somos

missionários desta Doutrina novíssima queo Cristo trouxe para consolar omundo” (Góes).

A palavra das UREs foibastante concorrida

Edemilson Siqueira, presidenteda 11ª URE, falou do reconhecimento eda seriedade com que o trabalho da FEPé feito pela sua equipe de trabalho. Alémdisso, mencionou o crescimento do Mo-vimento na região, com a implantaçãode Casas em novas cidades.

José Teresiano, presidente da 9ªURE, agradeceu à FEP, como um todo,

Alcides Batista Silveira, presi-dente da 7ª URE, igualmente agradeceuo apoio incondicional que a Direx temdado, sempre atendendo aos apelos daregião. Disse que, apesar de as reuniõestratarem de números, algumas vezes,hoje fica clara a destinação desses re-cursos, que possibilitam, que viabilizamos eventos, os encontros feitos em todoo Estado.

Danilo Arruda, conselheiro daFEP, afirmou: “Uma reunião como estasó é possível, com tantos presidentes,com tantos representantes, com inves-timento. E algo assim é um grandeexemplo de Unificação que, além deemocionar, traz segurança e esperan-ça”.

Osvaldo Monteiro, conselheiro daFEP, disse que participar de um encon-tro como este é uma alegria sem medi-das, pois é a oportunidade da aproxi-mação da Casa Espírita com a CasaMáter do Espiritismo no Paraná. Feli-cita-se, também, pelo fato de a FEP co-locar, ao alcance da Humanidade, devolta, através das parcerias, livros comoos da série Psicológica de Joanna de Ân-gelis. Disse também que, em que pesetoda a tecnologia disponível atualmen-te, o livro ainda é o “carro-chefe” dadivulgação, é “aquele amigo que sem-pre está lá na gaveta, aguardando nos-so chamado”.

Lannes Csucsuly expôs sua emo-ção em um evento como este, que, aoaproximar os espíritas, aconchega eaquece o coração dos trabalhadores de-dicados que, se isolados, podem perdero entusiasmo. É este movimento de Uni-ficação que dá segurança para todosaqueles que militam em suas Casas.

Ivone Csucsuly disse que aAMEM está preparada para receber ostrabalhadores da Inter-Regional nestedomingo. Afirmou também que, com oapoio da FEP, a AMEM está com a sualivraria ampliada e todos teremos a opor-tunidade de a conhecer. As vendas au-mentaram porque o livro é uma necessi-dade para as pessoas. Agradeceu peloapoio dado à transferência do estúdiode TV onde se grava o programa O Es-piritismo Responde para a sede daAMEM e o novo estúdio.

Adauto Mucio, vice-presidente da7ª URE, explicou que, apesar do pou-co consumo de livros, é necessário, ain-da assim, que as Casas busquem a par-ceria.

José Mourão, de Paranacity, infor-mou que em sua cidade existe uma emis-sora FM de rádio, atualmente adquiridapor um grupo de Ponta Grossa, que temuma rede em várias regiões do Paraná.Essa emissora retransmite o programaMomento Espírita que, em função deseu alcance, atinge cidades que margeiamo rio Paraná, em 88,1 MHz-FM.

Mandaguari pede a exibiçãoda peça Paulo e Estêvão

Rubens Marcon, da 7ª URE, foicumprimentado por Francisco, queparabenizou o trabalho feito no Recan-to Espírita Somos Todos Irmãos, admi-nistrado por este e outros companhei-ros de Maringá. Destacou que o Recan-to tem parceria com a fundaçãoHildebrando de Araújo, da FEP, na áreade Informática. Faz uma singela home-nagem aos pioneiros do MovimentoEspírita, que, no passado, com muitasdificuldades, fizeram lastro para estar-mos aqui, hoje, em um espaço confortá-vel.

Francisco Ivantes, do C. E. Luz eVerdade, de Paranavaí, confessou quetem estado ausente do Movimento emsua Cidade e que, apesar de recente noMovimento, tem recebido, desde a in-fância, o consolo do Espiritismo. Ques-tiona se existe algum tipo de auxílio quea Casa possa receber, do ponto de vistafinanceiro. Francisco diz que livros po-dem ser doados pela Editora para que aCasa aufira recursos.

Elaine, de Mandaguari, disse que avinda de Raul, estimulada e ajustada porFrancisco Ferraz, antes da XIII Confe-rência Estadual, foi um verdadeiro ba-nho de motivação. Solicita a verificaçãoda possibilidade da peça Paulo eEstêvão em Mandaguari. Francisco res-pondeu que, se houver alojamento, aFEP poderá trazer, sim. Assim, Maringátambém solicitou auxílio para que, as-sociada a Mandaguari, pudesseviabilizar o espetáculo de Teatro.

Cerca de 300 trabalhadores dos Centros Espíritas das 7ª, 8ª, 9ª e 11ª Uniões Regionais da FEP reuniram-se em Maringá em mais um encontro da Inter-Regional Noroeste

por todo o apoio prestado à região.Apresentou o confrade Edgar, deAltônia, que talvez seja a mais distantedas Casas em relação à sede administra-tiva da FEP, cerca de 650 km.Anunciou a presença de Raul Teixeiraem agosto, em Umuarama, em eventodirecionado a dirigentes espíritas.

Wandrei Mundin, presidente da 8ªURE, disse que é evidente o apoio daFEP à região, pois o trabalho se desen-volve sem maiores dificuldades justa-mente pelo apoio irrestrito. Agradeceua todos os presidentes pela presença. A8ª URE foi a que mais Casas trouxe paraa reunião.

Aristides, do Caminheiros doBem, de Maringá, informou que 100%dos livros comercializados são adqui-ridos hoje na FEP. Antes não era as-sim. Ele pede ajuda para a URE nosentido de sensibilizar os participan-tes da região para que eles estejam maisnos eventos regionais.

Jucélio, de Cianorte, agradeceupelo apoio oferecido pela 7ª URE epela FEP.

Rosi, de Marialva, destacou a falade Adauto a respeito dos livros. Hoje,é condição básica comprar os livrosda Federação. Antes, não havia. Anun-ciou que a Casa que representa estáiniciando a implantação de um proje-to para atendimento a dependentesquímicos, justamente por se tratar deuma região com alto índice de consu-mo de drogas.

Vânia, de Maringá, destacou aimportância do Centro de Treinamen-tos Lins de Vasconcellos, sobretudo noque diz respeito ao retorno que jovensde Maringá trouxeram a partir do En-contro Estadual de Juventudes, nesteano de 2011. Aproveitou o ensejo parapedir empenho de todos na implanta-ção de grupos para crianças e jovens,necessitados da orientação espírita.

Isabel, de Peabiru, disse que sen-te indescritível satisfação por poderparticipar do Movimento Espírita noParaná, cuja excelência é incompará-vel e reconhecida em todo o Brasil.Lannes encerrou a reunião com umaprece sensibilizadora, após o presi-dente Francisco afirmar que TODOSsomos a FEDERAÇÃO Espírita doParaná, sem distinção, onde quer queatuemos.

Domingo, pela manhã, na sededa AMEM, o encontro geral

Novamente com entusiasmo noscorações, pois a Inter-Regional é sem-pre motivo de júbilo para aqueles quese dedicam aos empreendimentos doCristo nas lides espiritistas, encontra-ram-se cerca de 300 trabalhadores dosCentros Espíritas das 7ª, 8ª, 9ª e 11ªUniões Regionais da FEP. (Continuana pág. 10 deste número.)

Flagrante do auditório no encontro realizado dia 19

Francisco Ferraz, presidente da FEP, fala aos presentes

Aspecto geral da reunião com os dirigentes de Casas Espíritas

Mesa diretora do encontro realizado no domingo

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O IMORTALPÁGINA 10 JULHO/2011

E como fazer?Eu não sou mais jovem, tenho

quarenta e cinco anos e já partici-pei de mocidade e naquela época!Se hoje eu já sou meio espoleta,naquela época eu sent ia oshormônios em ebulição. A gentefica com a noção de que está vi-vendo o auge da disponibilidadeenergética para a transformação darealidade. Pois bem. Está feito oconvite. O que não falta é necessi-dade de repensar o modelo, recons-truir a realidade, enxergar diferenteo que está aí.

Muitos apregoam que estamosvivendo o apocalipse. Todas essasmanifestações abruptas da nature-za colocam as pessoas preocupa-das e receosas. O que você tem adizer sobre isto?

Bom, em primeiro lugar, não soueu. Kardec afirma que não teríamosno planeta a necessidade de umnível de destruição catastróficocomo alguns entendem que o

apocalipse de João sugere. Na ver-dade está em curso o processo detransição com todas as suas agru-ras. O planeta se modifica, sim. Par-tes dessas mudanças ocorrem apartir de escolhas que nós faze-mos.

E os rece ntes terremotoscomo os de Haiti, Chile e China,de grandes proporç ões, queaconteceram ano passado, bemcomo os vulcões que têm com-plicado a vida de muitas pesso-as. Como ver essas reações danatureza?

O que eu acho é que a gentetem que ter sempre o cuidado eainda seguindo as recomenda-ções de Kardec, muito sensatas,de indagar da ciência sobre o queela tem a dizer no que respeita àsexperiências recentes de terremo-tos no Haiti, no Chile e na Chinaou do vulcão adormecido queentrou em erupção na Islândia.Tudo isso aconteceu em apenascinco meses e muitoscatastrofistas usaram esses fenô-menos naquela época como pre-texto para afirmar que o mundo

Entrevista: André Trigueiro

“O meio ambiente começa no meio da gente”(Conclusão da entrevista publicada na pág. 16.)

está acabando e que é oapocalipse.

Houve o recente tsunami doJapão...

Sim, o Japão é um arquipélagocom três placas tectônicas se ba-tendo. Há terremotos todos osdias, muitos deles imperceptíveis.Abalos naquela região são quaseque normais. Aliás, a expressãotsunami é de origem japonesa. Cla-ro que as pessoas se assustam comas notícias, mas elas circulam emgrande escala e em muito poucotempo.

E o que os sismólogos dizem?Se conversarmos com eles vão

dizer que os terremotos não estãoocorrendo fora da média. Não háalteração na frequência dos aba-los sísmicos.

E os vulcanólogos?Vão dizer que todo vulcão

adormecido um dia desperta,pode demorar mais ou menos. Senão desperta não é vulcão ador-mecido, é vulcão extinto. Entãoa categoria vulcão adormecido,

como foi o da Islândia, sugereque tenhamos sempre a expecta-tiva de que um dia ele entra emerupção. Se isso colapsou, deforma sem precedentes, o tráfe-go aéreo internacional naquelaoportunidade, o planeta não temnada a ver com isto. Ele existehá 4,5 bilhões de anos, semprehouve terremoto , maremoto ,tsunami e vulcão.

O que necessitamos fazer paraminimizar tantas informações econclusões distorcidas?

Buscar entender como estemundo funciona. Em primeiro lu-gar temos que declarar o nossoanalfabetismo ambiental para cor-rigir esse rumo. Reconhecer a nos-sa ignorância, instruir-nos buscan-do informações para capacitar-nose não vaticinar o fim do mundo comtanta facilidade como está aconte-cendo. Temos que ter mais respon-sabilidade perante as coisas quedizemos.

Mudando de assunto, em suaspalestras você costuma dizer quesomos feitos de poeiras estelares.Como é isto?

Na Doutrina Espírita reconhe-cemos a existência do fluido cós-mico universal, que é a matéria pri-ma do universo. Somos feitos des-se fluido cósmico universal assimcomo tudo que existe. Dentro daDoutrina aprendemos também queem cada diferente morada do Pai,lembrando aqui a passagem evan-gélica, os seus habitantes são cons-tituídos dos elementos de cada umdesses planetas. Sim, nós somosfeitos dos mesmos elementosconstitutivos da Terra.

Na Bíblia encontramos a cita-ção “Do pó viestes para o póvoltareis”. Estaria aí o significa-do oculto desta citação?

Esta citação não é uma retóri-ca bíblica. É um fato físico nos re-conhecermos pertencentes aomesmo elemento que constitui onosso mundo. Isto cria um elo, criauma identificação maior com anossa casa planetária. Acho tam-bém muito importante termos ci-ência de que não é possível sepa-rar o “nós” do meio ambiente ouda natureza. Nós somos o meio

ambiente, nós somos a natureza.O meio ambiente começa no meioda gente.

Dentro deste assunto que te-mas você sugere para as rotinasde palestras nas casas espíritas?

“Espiritismo e Ecologia” é umbom tema dentro das várias pos-sibilidades. É um assunto que vaitratar de pontos de conexão epontos de intercessão entre duascorrentes de pensamento queguardam identi ficação. Outrotema: “Consumo Consciente”.Precisamos discutir essa questão.Acho que é um tema evangélico.Vamos descobrir que não apenasé possível ser feliz com menoscomo também é absolutamentenecessário ser feliz com menos eisto é quase uma condição, paranão nos perdermos nos labirintosdo apego à matéria. Quem se de-clara consumista se declara al-guém muito afinado com o estilode vida predominante nos mun-dos primitivos, porque é uma ca-racterística dos habitantes dosmundos primitivos o apego à ma-téria. Então precisamos abrir es-paços nos centros espíritas paradiscutir sobre o consumo.

Qual é a sua concepção sobreo consumismo?

Eu diria sem hesitar, dentro da-quilo que percebo, dentro daquiloque imagino e que seja coerentecom a Doutrina, que o consumismoatenta contra a nossa evoluçãoespiritual, portanto significa umaarmadilha existencial para você sedeslumbrar com compras,shoppings, promoções, liquida-ções, divisão em quinze vezes semjuros... Quer dizer: aquilo que pa-rece muito sedutor e atraente podeconstituir – cada caso é um caso,não posso generalizar – armadi-lhas, onde a pessoa se deslumbracom a matéria e impunemente mer-gulha num universo sensorial queé capcioso. Ele compromete o focoprincipal e a importância que sedeve dar àquilo que viemos fazeraqui. O que estamos fazendo nomundo material? Mergulhamos nacarne com que objetivo? Precisa-mos então descobrir que consumoconsciente tem tudo a ver com evo-lução espiritual.

A Federação Espírita do Paraná não para...(Conclusão da reportagem publicada nas págs. 8 e 9.)

Abrindo os trabalhos, falou opresidente Francisco Ferraz, que, embreves palavras, exaltou a importân-cia de estarmos juntos, de buscar-mos a Unificação, que é um proces-so cuja construção demanda esfor-ço e sacrifício dos interesses pes-soais em favor da coletividade.

Assim, ao expressar o seupensamento a respeito da neces-sidade da fraternidade, lançoumão de vários textos de Kardec,concluindo com o pensamentodaqueles que se tornaram os ex-poentes máximos da Unificaçãono Brasil: Bezerra de Menezes eLins de Vasconcellos.

Destacamos, entre vários pen-samentos expostos:

Infância e Juventude, comTatyanna Moraes, El isângelaToledo e Beth Choinski: 53 pes-soas

Estudo da Doutrina Espírita,com Marcelo Garcia e Marcio daCruz: 45 pessoas

Atendimento Espiritual, comMaria da Graça e Valdecir Rozetti:36 pessoas

Orientação ao Serviço Soci-al Espírita, com Rui Kessler eMarco Negrão: 21 pessoas

Comunicação Social Espíri-ta, com Maria Marcon e MaryIshyiama: 25 pessoas

Unificação, Administrativo-Institucional, com Luiz Henrique,José Virgi lio Góes, DanielDallagnol e Francisco Ferraz: 30pessoas

Mediunidade, com César Klosse Danilo Arruda: 58 pessoas.

“As maiores dificuldades talvezsejam de mentalidade, de entendi-mento do espírito de Unificação.Há ações em nome da Unificaçãoque contemplam certas aberra-ções; criam área de atrito e de dis-tanciamento entre os espíritas. Éindispensável a colaboração dosdirigentes...”

Há necessidade de um esforçocoletivo, conforme pondera AllanKardec, ao traçar o projeto 1868,quando adianta ele, de início: “Umdos maiores obstáculos, capaz deretardar a propagação da DoutrinaEspírita seria a falta de UNIDA-DE.” (Obras Póstumas, cap. VI,Allan Kardec)

Concluída a sua fala, propôs quetodos os participantes, cerca de 270representantes das várias Casas Es-píritas da região, se dividissem nos7 setores de atuação, a saber:

Cerca de 300 trabalhadores dos Centros Espíritas das 7ª, 8ª, 9ª e 11ª Uniões Regionaisda FEP reuniram-se em Maringá em mais um encontro da Inter-Regional Noroeste

GUARACI LIMA SILVEIRA [email protected] De Juiz de Fora, MG

MARCIO CRUZ [email protected] 

De Curitiba, PR

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O IMORTALJULHO/2011 PÁGINA 11

Cambé – Todas as quartas-feiras, às20h30, o Centro Espírita Allan Kar-dec promove em sua sede, na RuaPará, 292, um ciclo de palestras. Opalestrantes de junho foram: no dia1º, Marcos Furtado  (Londrina); dia8, Gilberto F. Coutinho (Cambé); dia15, José Miguel Silveira  (Londrina);dia 22, Júpiter Villoz Silveira (Lon-drina); e dia 29, Dorothéia CristinaZiel Silveira (Londrina).– No mês de julho, o programa pre-vê as seguintes palestras:06 - Emmanuel Cristiano Rodrigues,de Campinas - SP13 - Francisco Ferraz Batista, deCuritiba20 - Lannes B. Csucsuly, deMaringá27 - Eurípedes Gonçalves, deCambé.– Realizou-se no dia 26 de junho o 6ºAlmoço Fraterno Dulce Gonçalves,na sede do Lar Infantil Marília Bar-bosa, situado na Rua Dinamarca,1288.

Curitiba – Teve início no dia 30 dejunho o seminário “Mediunidade –como agir e entender esta faculda-de”, ministrado pelos confradesDanilo Arruda e Cesar Luiz Kloss.O evento, cujo local é o auditório dasede histórica da Federação Espíritado Paraná, será concluído no dia 1ºde julho.– Uma palestra sobre o tema “Asinfluências espirituais em nossas vi-das” está programada para acontecerno dia 10 de julho, tendo como pa-lestrante José Virgílio Góes. O even-to será realizado no Teatro da Fede-ração Espírita do Paraná (AlamedaCabral, 300), às 10h.– Sob coordenação de Marcelo GarciaKolling e equipe, realizou-se no dia11 de junho, das 16h às 20h, o semi-nário “Como tornar o grupo de estu-dos mais atrativo”. O evento ocor-reu na Casa Espírita Os Mensagei-ros da Paz, na Rua EngenheiroRebouças, 2519.

Londrina – Será realizada no perío-do de 9 a 16 de julho próximo a 20ªSemana Espírita de Londrina, cujotema geral será “Desafios em Famí-lia”. A abertura estará a cargo do con-frade Emanuel Cristiano. O evento,que será pela primeira vez promovi-

Palestras, seminários e outros eventospublicada nas págs. 8, 9 e 10 destamesma edição.)

Ponta Grossa – Realiza-se no dia 2 dejulho o seminário “O Jovem e o Movi-mento Espírita”, ministrado por pa-lestrantes do Departamento de Infân-cia e Juventude (DIJ), numa promo-ção da 2ª URE.

Rolândia – No dia 23 de junho, noCentro Espírita Maria de Nazaré, rea-lizou-se uma palestra seguida de even-tos musicais, com a participação doCoral Espírita Nosso Lar, de Londri-na, e do Coral Espírita Céu Azul, com-posto por trabalhadores espíritas deRolândia. Cada coral apresentou me-lodias e, no final, ambos cantaram amúsica “Pai Nosso”. O público pre-sente lotou a casa e se emocionou comas canções carregadas de vibrações ele-vadas. O Coral Espírita Céu Azul aca-ba de completar um mês de existência,e o grupo já mostra a força e o com-prometimento do trabalho em que estáempenhado.– Será realizado no dia 23 de julho afesta julina organizada pelos trabalha-dores do Centro Espírita Maria deNazaré de Rolândia. O evento aconte-cerá na sede da AABB, a partir das 18horas.

São João do Triunfo – Um semináriosobre o tema “Jovem e o MovimentoEspírita”, coordenado pela Equipe doDepartamento de Infância e Juventu-de (DIJ) da FEP, realizou-se no dia 4de junho na Sociedade Espírita Uniãoe Fraternidade (Rua Ten. Cel. CarlosSouza, s/n – Centro).

Toledo – Realiza-se no dia 17 de julhoo seminário “Ação com Jesus”, coor-denado por Maria Helena Marcon. Oevento será promovido pela 17ª UREem conjunto com o Grupo Espírita Fra-ternidade e será realizado na Rua Co-lômbia, 430, das 9h às 12h. Entradafranca.

União da Vitória – Realizou-se no dia11 de junho o seminário “Evangeliza-ção no SAPSE”, coordenado pela equi-pe do DIJ da Federação Espírita doParaná. O evento ocorreu no CentroEspírita Amor e Caridade, localizadona Rua Almirante Barroso, 7. O obje-tivo do seminário foi discutir como

acolher na Evangelização Infanto-Ju-venil as crianças provenientes das fa-mílias assistidas; orientar o trabalhoda evangelização no SAPSE; e pro-porcionar recursos para a execuçãoda tarefa.Outros Estados brasileirosSão Paulo – A sede da União dasSociedades Espíritas do Estado deSão Paulo recebeu no dia 18 de junhoos veteranos da unificação paulistacomo parte das comemorações dos64 anos da federativa paulista. A ce-rimônia contou com a presença de28 homenageados das cidades de SãoPaulo, Guarulhos , Cotia eCarapicuíba – além de 6 indicadosque não estiveram presentes pormotivos particulares. Entre eles,Antonio Schiliró (94 anos), ex-pre-sidente da USE Estadual São Paulo;Antonio Cóscia (89 anos) e JoséDo mingos (82 ano s); GeraldoSpínola (85 anos), da USE Penha;José do Prado Junior (81 anos), doDepartamento do Livro da EstadualSP; Elfay Appollo (80 anos), da USEPinheiros; Antonio Meneguetti (80anos) e Agostinho Andreoleti (79anos), ambos da USE Tatuapé. To-dos os homenageados receberam umvolume de O Livro dos Espíritos, deAllan Kardec, simbolizando que elessão a base da geração atual e futurano trabalho de unificação e tiveramcerca de dois minutos para um pro-nunciamento, quando o amor à Dou-trina Espírita e ao movimento deunificação foram constantemente ci-tados. Cerca de 80 pessoas estive-ram presentes e aprovaram o eventoque foi encerrado com um lindo bolo,contendo a logomarca da USE SP.

ERRATA: 

Na apresentação da entrevistadaLucy Dias Ramos, em entrevistapublicada na edição de maio/2011,no trecho em que se diz que ela par-ticipa da equipe da AME de Juiz deFora, a informação correta é que Lucyintegra o Conselho Editorial da re-vista O Médium e é coordenadora devários grupos de estudo na Casa Es-pírita, do Grupo da Terceira Idade edo Tratamento Espiritual da Crian-ça. (Orson Peter Carrara, de Matão-SP.)

As aulas serão ministrados às segun-das, quartas e sextas, das 19 às 22 ho-ras. Mais informações pelo (43) 3325-6488 com Talita.

Cascavel – Um seminário sobre otema “Exposição Espírita – Ação comJesus”, coordenado por Maria HelenaMarcon, foi realizado no dia 5 de ju-nho nesta cidade, na Sociedade Espíri-ta Paz, Amor e Luz (Rua Salgado Fi-lho, 2.511 – Centro), O semináriotranscorreu na parte da manhã, das 9hàs 12h.

Foz do Iguaçu – Realizou-se nos dias4 a 9 de junho a VI Semana Espírita deFoz do Iguaçu, evento que fez partedas comemorações dos 150 anos de OLivro dos Médiuns. A palestra de aber-tura foi proferida pelo presidente daFEP, Francisco Ferraz Batista, queabordou o tema “4 Grandes Questõesda Alma”. Simultaneamente ocorreu a18ª Feira do Livro Espírita de Foz, noEspaço Cultural do Cinema IguassuBoulevard de Foz/PR (Avenida dasCataratas).– Realiza-se no dia 3 de julho o semi-nário “Ação com Jesus”, coordenadopor Maria Helena Marcon, do Setorde Comunicação Social da FEP. O even-to acontece no Centro Espírita Fran-cisco de Assis (Rua Rio Grande do Sul,413 – Bom Jesus), das 15h às 18h.

Ibiporã – A Fraternidade EspíritaMensageiros da Luz promove todomês palestras abertas ao público quese realizam sempre às quartas-feiras,pontualmente às 20h15.– A Fraternidade Espírita Mensagei-ros da Luz publica mensalmente o jor-nal Caminho de luz, que conta emsua equipe de redação com a partici-pação do confrade Marcel Gonçalves,editor da seção “Movimento Espíritana Europa” da revista eletrônica “OConsolador”, de Londrina.

Maringá – Realizou-se nos dias 18 e19 de junho mais um encontro da Inter-Regional Noroeste, que engloba diri-gentes e trabalhadores es píritasdomiciliados em cidades abrangidaspelas UREs 7, 8, 9 e 11. O local doencontro foi a Associação Espírita deMaringá – AMEM, situada na Av.Paissandu, 1156 - Vila Operária. (Leiasobre o evento a reportagem especial

do pela URE Metropolitana Londri-na, contará ainda com os seguintes pa-lestrantes: Carlos Augusto de São José,Jamiro Santos, Orson Peter Carrara,Adeilson Salles, Francisco Ferraz Ba-tista, José Antônio Vieira de Paula,Márcio Cruz e Alexandre Camargo. Nodia 10, à noite, será realizada a 7ª Noi-te Cultural e, paralelamente aos even-tos da Semana Espírita, realizar-se-á atradicional Semaninha Espírita, em sua11ª versão. (Leia sobre a Semana Es-pírita a reportagem publicada na pág.6 desta edição.)– A parte artística da Semana Espíritade Londrina contará com a participa-ção do Coral Espírita Hugo Gonçal-ves, de Cambé, Brás, Paulo e Ana(Ibip orã), Silvana e Layla, P auloHenrique Almeida, Zé da Viola, TinhoLemos, Coral Espírita Nosso Lar, oCoral Espírita Céu Azul (Rolândia) eo GAF Grupo de Artes Fraternidade.– Realiza-se no dia 3 de julho mais umareunião do Círculo de Leitura AnitaBorela de Oliveira. A reunião terá porlocal a residência do casal Maria Neuzae Dorival, situada na Rua Raul Juliato,280 - Jardim Gran Ville. Nessa reu-nião, além do estudo, programado paradurar 60 minutos, serão tratados as-suntos relacionados com o GERA. Areunião começa às 17 horas.– O Clube das Mães Unidas, com sedena Rua Ros eiral, 77, no Jard imInterlagos, promove a partir deste mêsum curso de formação em panificaçãopara pessoas de ambos os sexos, comidade a partir de 18 anos. O curso teráinício no dia 1º de julho e término pre-visto para 30 de novembro deste ano.

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Não posso esquecer-me da pri-meira vez em que adentrei uma Casaespírita, em busca de respostas queme martelavam a mente havia anos. Emais do que isto, não deixo de agrade-cer a Jesus e aos bons Espíritos queme guiaram até lá, porque não somen-te encontrei todas as respostas quequeria, mas encontrei também o con-solo, a esperança e a alegria que estaabençoada doutrina nos oferece.

Ao longo dos anos, desde a suacriação, o Espiritismo passou porvárias fases, e nos últimos anos vemganhando cada vez mais aceitação dopúblico em geral. As perseguições epreconceitos de outrora cedem lugara uma compreensão e respeitabilida-de visível e crescente. Com isto, acen-tua-se a nossa responsabilidade e ocompromisso com a causa e, em es-pecial, com a Casa espírita.

Amamos a causa por ser ela afonte de nossa felicidade, pois nasConclusões de O Livro dos Espíri-tos Allan Kardec afirma que “somosfelizes pela certeza que temos na vidafutura”.

O Espiritismo como o Consola-dor prometido por Jesus se consti-tuiu na base sólida de nossa fé, for-necendo-nos as respostas que o ho-mem tanto busca no decorrer da vida,como de onde viemos e para ondevamos. Extinguiu através da fé racio-cinada o monstro da morte, nos dan-do a consciência de que somos imor-tais, e matou a imagem do fantasmaaterrorizante do fogo eterno. Portan-to, no atual contexto do mundo em

que o avanço da Ciência não só des-venda mistérios, desfaz mitos e anti-gas crendices, a causa espírita se en-caixa perfeitamente porque é Ciência,Filosofia e Religião. Quando dizemosCiência vemos a sua face flexível, ex-perimental e, segundo o próprio Kar-dec em sua obra A Gênese, o Espiritis-mo se mantém aberto às mudançasimpostas pelo tempo.

Como Filosofia vemos o rompi-mento com o mito, haja vista ser umadoutrina desprovida de simbolismos,ritualísticas e dogmas, assim como suaênfase constante no uso da razão. E,enfim, como religião não temos outromodelo e guia senão o Cristo, comonos ensina O Livro dos Espíritos. Nãohá como abraçar a causa espírita sem aconjunção e aplicação destes três que-sitos, porque desencadearíamos umprofundo desequilíbrio, especialmen-te no que diz respeito à figura centraldo Cristo. Sem Ele estaríamos estéreisem nossa essência, como sepulcroscaiados, mortos-vivos vítimas danocividade da letra desprovida do es-pírito que vivifica, ou uma nação defariseus perdida no tempo.

Impossível amar a causa sem amara Casa. Imagine um lugarmultifuncional, onde há as atividadesde uma escola, de um hospital, um abri-

go, enfim, uma base para o desenvol-vimento de diferentes formas de tra-balho no bem, em auxílio aos maisnecessitados, e isto, não somente comreferência aos encarnados, mas umatendimento que transponha as bar-reiras da matéria alcançando igual-mente os desencarnados. O que nos-sos olhos físicos podem vislumbrarno cotidiano de uma Casa espírita éapenas uma pequena parcela das ati-vidades realizadas a nível espiritual.

Em cada uma das reuniões há oenvolvimento de Espíritos trabalha-dores, num compromisso muito mai-or do que o nosso, pois muitas vezesnão sabemos valorizar o suficiente.São irmãos abnegados atuando anoni-mamente para o bom andamento dasatividades, acolhendo a um númerobastante grande de Espíritos necessi-tados de socorro e aprendizado. Nis-to vemos o quanto precisamos amar aCasa espírita, já que fomos um diaconquistados pelo valor da causa.

O preço da boa convivência pa-gamos com amor, pagamos abrindomão de nosso personalismo, deixan-do de lado os melindres, egoísmo eorgulho, porque na verdade estamostodos apenas a caminho da evolu-ção, e não chegaremos lá caminhan-do sozinhos.

O IMORTALPÁGINA 12 JULHO/2011

ELSA [email protected]

De Londres (Reino Unido)

Era difícil escolher! Até que eu con-segui entender o impasse de alguns!Como é impossível estar em dois luga-res ao mesmo tempo, fazendo o que seaprecia, há que se decidir. Assim feito,amigos queridos sentiram-se inclinadosa deixar outros compromissos e viremassistir a algo quase inédito, se assimposso definir: palestra proferida porum britânico, no centro de Londres,num dia entre sol e chuva, num teatrocomo qualquer outro, alugado por 4 ho-ras especialmente para essa finalidade,patrocinado pela Editora BritânicaRoundtable Publishing Ltd.

Guy Lyon Playfair iniciou sua pa-lestra trazendo ao público a riqueza dedetalhes de como foi parar no Brasil comojornalista da BBC; de seu empenho em

conhecer Dr. Hernani Guimarães Andrade,das peripécias ate encontrá-lo e estar pes-soalmente com ele, e da amizade que nas-cia, como um reencontro de almas afinsdas mesmas pesquisas na área da ciênciaespiritualista, reencarnação, poltergeist,telepatia, e tudo o que envolve a vidacomo ela é, diante das Leis Naturais, asLeis Divinas.

O teatro com 180 lugares nem delonge foi preenchido, considerando as45 pessoas presentes. Estes tiveram aalegria de poder dialogar com o Guy,receber livro autografado, e saber dopróprio Guy os momentos de ouroque ele pôde desfrutar em companhiade Dr. Hernani e Chico. O queridoChico, por algumas vezes visitava olaboratório de Dr. Hernani, e algunslivros do Guy contêm informaçõespreciosas, desde os anos de 1973, quan-do esteve com Chico pela primeira vez.Ele guarda na memória pormenores que

Crônicas de Além-Mar

O sempre lembrado Chico!

ELSA ROSSI, escritora e pales-trante espírita brasileira radicada emLondres, é membro da Comissão Exe-cutiva do Conselho Espírita Interna-cional, diretora do Departamento deUnificação para os Países da Europa,organismo do Conselho Espírita Inter-nacional, e atual presidente da BritishUnion of Spiritist Societies (BUSS).

deu a atenção de todos durante toda apalestra, e em dado momento ele contacomo recebeu das mãos do Chico umexemplar assinado do livro em inglês deIsa Gray, com autógrafo escrito peloChico em inglês. Guy conta que mante-ve longa conversa com Chico diretamen-te em inglês e frisa: Chico falava umbom Inglês.

Quiséramos ter um Guy Playfair emcada idioma, que tivesse tido a oportuni-dade de conhecer Chico, e, com certeza,as obras que são uma riqueza e que che-gam somente agora às mãos de irmãos detodas as línguas, teriam já chegado e terí-amos hoje um panorama diferente do Mo-vimento Espírita no mundo.

Considero a tarde de 18 de junhode muita importância pra nós, poisGuy nos trouxe um poema do Parnasodo Além-T úmu lo – Gratid ão aLeopoldina, cidade onde foi sepultadoo poeta Augusto dos Anjos, poemaesse lido por mim em português e porGuy em inglês. Guy ressaltou a admi-raç ão d e Dr. Hernani GuimarãesAndrade por essa obra exemplar.

Assim, agradecidos a Deus portanta bondade, aos Benfeitores por

tanta ajuda, e aos amigos como o Guypela persistência de ao longo de todosesses anos trazer informações precio-sas sobre nosso Chico, a sua incompa-rável mediunidade, humildade e seucarisma. Agradecidos ainda aos leito-res espíritas, que fazem luz com suasmentes ao ler informações novas e asrepassarem com amor aos demais in-teressados.

Naquela tarde de sol e chuva aqui,nas terras de além-mar, distante da ter-ra de nosso Chico, toda a gratidão peloapoio recebido de irmãos que estive-ram ouvindo nosso Guy Lyon Playfair,porquanto não sabemos quando po-deremos ter dele, outra vez, a conces-são de oferecer a riqueza de informa-ções que pudemos receber em Londres.

são repetidos em livros de sua autoria,e são mais de 14 títulos, que estão sen-do reeditados, republicados, e onde sepode ler muito a respeito da coleçãoAndré Luiz, psicografado por nossoChico, publicadas em português pelaFEB, e agora com a posição do Conse-lho Espírita Internacional objetivandoobras espíritas em todos os idiomas,as de Allan Kardec, Chico Xavier, dacoleção romances históricos de Emma-nuel, André Luiz e outros.

Podemos afirmar que Guy LyonPlayfair foi um dos primeiros a escre-ver sobre Chico Xavier para os leitoresde língua inglesa. Guy menciona queantes dele Isa Gray, escritora da Áfricado Sul, escreveu um longo capítulo so-bre Chico Xavier no seu livro intitula-do “From Materialisation to Healing”,publicado pela Regency Press, Londonand New York. Isa visitava Chico quan-do de suas viagens ao Brasil. Guy pren-

Amor à causa e à CasaJULIANA DEMARCHI

[email protected] Cambé

Valor da humildade

Depois daquele dia tão chuvoso,Em que chorava a própria natureza,Senti que eu era mais um inditoso,A ter no coração minha tristeza.

O meu perfil não tem tanta belezaPra me considerar um ser formoso.O que mais vale é a real nobreza

De ser bem simples, e não orgulhoso.

Por isso eu valorizo a humildade.É ela uma riqueza de verdade

Que nesta vida muito poucos têm.

Porque num mundo como aqui na TerraQue o homem anseia a paz mas faz a guerra,

É bem difícil praticar-se o bem.

 O soneto acima integra o livro No Trilhar da Vida, de autoria deJosé Viana Gonçalves, publicado em 2009.

JOSÉ VIANA GONÇALVESDe Campos dos Goytacazes, RJ

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O IMORTALJULHO/2011 PÁGINA 13

Há Espíritos tão encantadoresreencarnados na Terra, que é umprazer estar com eles. Um fato queobservamos é que uma grande par-te destes, pelo menos de nossaconvivência, são idosos. Talvez asexperiências da vida, o amadureci-mento, tenham-lhes proporciona-do o entendimento de que, no fi-nal, o que engrandece o ser, quenão carregará consigo bens mate-riais além desta vida, é o amor.

O amor dá felicidade à alma, dápaz ao coração.

Fomos visitar uma senhora de88 anos, acamada. Fraturou o fêmurnuma queda e não mais andou. Estácega, mas não se abateu, continuahoje alegre como era antes, diver-tida; sempre saímos sorrindo ao

visitá-la.Nesta última visita nós a encon-

tramos silenciosa, mãos unidas,deitada de lado, orando. Ficou muitofeliz ao nos ver, segurou nossasmãos entre as suas num carinhoenorme e nos emocionou dizendoque se lembrava de nós em suaspreces. Um sorriso lindo no rostofeliz.

Estamos aguardando a horaque Deus nos chama, diz ela.

Do jeito que a senhora é, serámuito bem recebida no mundo es-piritual, respondemos.

Graças a Deus, tomara que eumereça, tomara, responde ela rin-do.

Ao nos despedirmos, ouvimosaquele gostoso “vai com Deus!Que Deus te abençoe!”

Recordamos um famoso caso deChico Xavier quando ele atendeuuma senhora, a pedido de Emma-nuel, interrompendo sua pressa de

chegar ao serviço. Ao se despedirdela e sair, escutou um “obrigada,Chico, vai com Deus!” Emmanuelpediu-lhe que se virasse e olhassepara trás. Ele o fez e viu uma ener-gia vindo da mulher em sua dire-ção, que o atingiu como um bálsa-mo reconfortante.

Nessa época difícil da Terra, emque o joio já está sendo separadodo trigo e as dores se avolumam,abalando a tantos, imperioso é nosamarmos uns aos outros, respei-tarmos uns aos outros, termos apalavra confortadora, sermos bál-samos reconfortantes para o nos-so próximo.

“Que Deus te abençoe!” Umasaudação antiga, que os idososainda usam e que faz muito bempara quem a recebe. Precisamostrazê-la de volta nos dias do pre-sente para que os jovens a assimi-lem.

Que Deus te abençoe, leitor

Bênção divinaJANE MARTINS VILELA

[email protected] Cambé

Histórias que nos ensinam

Quantas vezes somos tenta-dos a cometer os mesmos erros ecomo Deus nos avaliaria tantasquedas.

Estou escrevendo esta colu-na no dia 29 de junho, dia em que,no Brasil, se comemora o dia deSimão, o pescador (São Pedro,para os católicos).

Narra o Evangelho que apósJesus ser preso e levado à casado sumo sacerdote (Lucas 22, 54-62 e João 21, 1-23), Pedro o se-guia de longe, tomando lugar en-tre aqueles que permaneceram dolado de fora, após acenderem umafogueira.

Uma criada, vendo-o, afirmouque ele acompanhava Jesus. MasPedro negou, dizendo não o co-nhecer.

Pouco depois, vendo-o outro,disse-lhe também que era um de-les. Mas Simão protestava dizen-do que não... E, tendo passadocerca de uma hora, outra fez amesma afirmativa, ouvindo dopescador a mesma negativa... Foiquando o galo cantou, como Je-sus havia anunciado ao seuapóstolo.

destas linhas, e que tua jornadaterrena possa ser coroada de bên-çãos, de amor para com os teussemelhantes!

Que nas horas difíceis da vida,lembra-te de que é só por um tem-po. As dores vão passar, o Espíritoimortal vencerá a morte e adentraráa vida espiritual levando consigoo tesouro que carregava em seucoração.

Que o nosso tesouro seja oamor e, por certo, a paz estaráconosco, abençoados que somospor Deus pela dádiva da vida.Somos Espíritos! Temos vida evida imortal!

Abençoado amor, que permiteque Espíritos sublimados venhamaté nós e nos ensinem a amar tam-bém e nos fortaleçam a permane-cer no amor.

O amor é de essência divina,diz Fénelon, no Evangelho segun-

Não é preciso pensar muitopara imaginarmos o grau do cons-trangimento que Pedro deve tersofrido. Afinal, ele não negou uma,mas três vezes, conhecer o amigoque tanto estimava e que, poucotempo depois, estaria subindo ocalvário em direção à cruz que oaguardava.

O sofrimento inefável queacompanhou aquele apóstolo mos-tra-nos que a Justiça Divina encon-tra-se insculpida em forma de leisque jazem adormecidas em nossaconsciência, como afirmam os Es-píritos superiores ao nosso Codifi-cador, em “O Livro dos Espíritos”.

Mas aí vem a ação do amor, oamor que não condena, que per-doa, que resgata e que dá, ao filhode Deus, uma nova oportunidadede redimir-se perante Suas leis.

Após Jesus ressurgir da morte,aparecendo por várias vezes aosseus, aparece a Pedro e lhe pergun-ta: Simão, filho de Jonas, amas-memais do que estes outros? E Pedroresponde que sim. E torna-lhe a fa-zer a mesma pergunta mais duasvezes, completando, então, três ve-zes a mesma pergunta, se ele, o dis-cípulo que o negara pelo mesmonúmero de vezes, o amava... E, sódepois de ouvir por três vezes a res-posta afirmativa, pede ao amigo: En-tão, apascenta as minhas ovelhas.

O que significa dizer: cuida dostrabalhadores da minha seara des-de hoje. E Pedro assim o fez e, pro-vavelmente assim o faz.

Quanto a nós, que aquiestamos, tentando participar des-sa grande obra, mas muitas ve-zes caindo e sofrendo as conse-quências de nossas quedas, e, nosofrimento advindo de nossoserros, quando pensamos em nosrevoltar pelas dores que nós mes-mos nos imputamos e pensamosem desistir, ouvimos na acústicade nossa alma Jesus a nos falar:Você verdadeiramente me ama...E, conscientes de que somos osúnicos responsáveis por nossaspróprias dores, devemos entãonos levantar e seguir nossas ta-refas, agradecidos a Deus pelaoportunidade do trabalho quenos concede e que nos dignificaos dias, embora devedores peran-te a Sua justiça.

Assim, queridos leitores, sesomos alcançados por determi-nadas situações dolorosas, quenos obstaculizem os dias e ossonhos, não desanimemos, diga-mos ao nosso amado Mestre queo amamos e sigamos em frente,fiéis aos nossos deveres diantede sua Seara, onde os trabalha-dores são tão poucos e a tarefa éenorme.

do o Espiritismo, e, desde o primei-ro até o último, possuímos no fun-do do coração a chama desse fogosagrado.

Amar, no sentido profundo dapalavra, é sermos leais, probos,conscienciosos, para fazermos aosoutros o que quereríamos para nósmesmos, é procurarmos ao redor denós o sentido íntimo de todas asdores que oprimem nossos irmãospara abrandá-las, é encarar a gran-de família humana como a nossa,orienta-nos Sanson, no Evangelho.

Amemo-nos uns aos outros,dentro dessa compreensão, fazen-do os nossos esforços para o nos-so melhoramento e um dia seremosfelizes, como o é essa velhinha anô-nima, não conhecida no mundo,mas que guarda paz no coração.

Que Deus te abençoe ao che-gar ao fim desta leitura! Paz no co-ração!

Os leitores de todo o globo podem ler o jornal O Imortal por meio dainternet, sem custo nenhum e sem necessidade de cadastro, senha ou inscri-ção. Estão disponíveis na rede mundial de computadores as edições de 2006em diante. Para ver o jornal basta clicar neste link: www.oconsolador.com/oimortal.html

A comunicação via internet com a Direção do jornal pode ser feita pormeio deste correio eletrônico: [email protected]

Os que quiserem ler as edições semanais da revista eletrônica O Conso-lador, que completou em abril 4 anos de existência, podem fazê-lo gratuita-mente acessando o website www.oconsolador.com

O jornal O Imortalna internet

Minha oraçãoJesus, Educador da Humanidade,

Que disseste: Deixai que os pequeninosComigo venham ter...

Ensina-me a formar os paladinos da justiça,do bem e da verdade.

Ensina-me a ensinar o bem viver.Com palavras e exemplos de carinhos,Dá que eu conduza ao porto desejado

Estas almas em flor.Que cada coração por mim tocado

Tenha perfume bom dos rosmarinhosOnde esteja o divino amor.

Que eu nunca seja pedra de tropeço,Que eu nunca escandalize uma criança,

Que eu saiba respeitar seu coração.Dá-me esta força poderosa e mansa,

Este dom de educar que não tem preço,Talento, esforço, amor e inspiração.

Agage (Hugo Gonçalves)JOSÉ ANTÔNIO

V. DE [email protected]

De Cambé

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O IMORTALPÁGINA 14 JULHO/2011

Cooperadores de DeusEm casa, as tarefas se acumu-

lavam. A mãezinha corria de um ladopara o outro tentando dar conta doserviço.

Ricardo, de sete anos, que ob-servava aquela movimentaçãotoda, reclamou:

— Você não para um minuto,mãe! Não me dá atenção!...

A senhora parou o que estavafazendo e, vendo o filho ali perto,com carinha desanimada, sugeriu:

— Meu filho, ajude-me com osserviços domésticos e terei tempopara dar a atenção que você mere-ce. Venha, pegue a vassoura e var-ra o quintal!

— Ah, mamãe! Não gosto defazer essas tarefas de casa.

— Então, o que gosta de fazer?— perguntou a mãe, interessada.

O garoto assumiu uma expres-são distante, como se estivessepensando, e respondeu animado:

— Eu gos taria de trabalharconstruindo prédios , vendo-oscrescer como se fossem atingir océu e ter muitos empregados queobedecessem às minhas ordens.Ou então, trabalhar em um hospi-tal como médico, atender pessoase curá-las. Ou, quem sabe, ter umagrande empresa, ter um monte deempregados para fazer tudo o queeu quero, e ganhar muito dinhei-ro!... Mas, também poderia...

A mãe, que o ouvia com infini-ta paciência, sorriu diante dos so-nhos de Ricardo. Depois, se apro-

O trabalho é Lei da Vida. Tudotrabalha na Criação: os vermes,as plantas, os animais e, certa-mente, os seres humanos.

Cada ser realiza as tarefas quelhe são possíveis por sua condi-ção.

Por que trabalhamos? Parapodermos crescer, aprender e de-senvolver nossas possibilida-des.

Quem não trabalha, não pro-gride. Permanece sempre do mes-mo jeito, sem realizar nada de bome de útil.

Quando a pessoa entendeque precisa trabalhar, realizandoalguma atividade útil, sente-semais feliz e, por vontade própria,sente vontade de ajudar aquelesque o rodeiam e, desse modo,passa a crescer, avançando sem-pre no rumo do aperfeiçoamento.

Mas não basta cumprir a obri-gação e realizar a atividade que lhecompete, é importante trabalharcom amor, procurar fazer tudo bemfeito, com dedicação e carinho.

O trabalho pode ser o maissingelo, mas se a pessoa procura

Trabalhando com amor

ximou dele com carinho:— Meu filho, muito justo que

você tenha sonhos grandiosos. Noentanto, para realizar qualquer umdeles, precisará crescer e aprendermuito. Nada se consegue sem es-forço e dedicação. E, para apren-der, temos que começar pelas coi-sas pequenas. Por isso, cada fun-ção é importante. Pense! Todos osdias eu coloco o lixo na rua. E senão existissem lixeiros?

— Viveríamos no meio da su-jeira! — exclamou o garoto deolhos arregalados.

— E se não existissem traba-lhadores do campo que plantam oque vamos comer, como faríamos?

O menino pensou um pouco erespondeu:

— Não teria o trigo, do qual éfeito o pão que eu gosto tanto!

— Isso mesmo! Porém tem mais,meu filho. Da lavoura, os grãos detrigo vão para o moinho e são moí-

dos. Depois, a farinha de trigo étransportada para os revendedores.O dono da padaria compra o trigo, esomente então, o pão é preparado eassado por pessoas que ficam a noi-te toda trabalhando para que possa-mos comê-lo quentinho no café damanhã. Ah! E ainda tem que ter al-guém que vá buscá-lo na padaria!

Ricardo estava impressionado.A mãe prosseguiu:

— E veja que só falamos dopão! E tudo o mais que faz partedo nosso dia-a-dia? As roupas quevestimos, os calçados que usamos,os móveis, a própria casa... Vocêsabe como se constrói uma casa?

— Eu sei, mamãe! Precisa tertijolos, cimento e areia. O papai meensinou outro dia que estava con-sertando o muro. Além disso, tam-bém será preciso fios elétricos, ca-nos para a água e um monte deoutras coisas! E pessoas que tra-balhem na obra.

— Muito bem, Ricardo. Então,você percebe que todos nós somosúteis na obra de Deus? Não há pes-soas menores ou maiores, menosimportantes ou mais importantes.Todos nós somos colaboradores deDeus, trabalhando nesta vida emdiferentes áreas e funções. Desdeo varredor de rua a um grande em-presário, todos somos iguais.

O menino, agora enxergandode maneira diferente o mundo emque vivia, lembrou:

— Mamãe, outro dia a profes-sora falou que, no hospital, o mé-dico só pode exercer sua tarefa,porque têm pessoas limpando edesinfetando tudo evitar que tenhavírus e bactérias.

Depois, ele sorriu para a mãezi-nha e disse:

— Você tem toda razão, mamãe.Não conseguiríamos viver sozi-nhos!

A senhora abraçou o filho, deu-lhe um beijo e, depois, pegou avassoura e sugeriu:

— Então, agora pegue a vas-soura e comece a varrer!

O garoto deu uma gargalhada.— Está certo. Preciso aprender

a varrer. E o que eu fizer, quero fa-zer bem feito.

Ricardo cresceu, tornou-se ho-

mem, mas sempre se lembrava des-sa lição que recebera da sua mãe.Fez engenharia, pois era a área quemais o atraía. No entanto, jamaisdeixou de valorizar a função decada empregado, tratando a todoscom respeito e consideração. Aodirigir-se aos subordinados, termi-nava sempre por afirmar:

— Precisamos fazer o melhorao nosso alcance. Todos nós so-

mos cooperadores de Deus, naobra de melhorar o mundo.

Sentindo-se valorizados, todoso estimavam e trabalhavam comamor, desejando ser realmente omais eficiente possível.

MEIMEI(Recebida por Céli a X. de

Camargo, em Rolândia (PR), 30/05/2011.)

realizá-lo da melhor maneira, es-tará em paz com sua consciência.

Certamente, receberá de Nos-so Pai o salário do trabalhador deboa-vontade, cuja remuneração ébem maior do que aquela que re-cebemos como pagamento pelonosso suor.

Jesus, nosso exemplo maior,sempre trabalhou. Desde meninoajudava José, seu pai, que era car-pinteiro. Mais tarde, muitos anosdepois, passou a trabalhar aju-dando aos necessitados do cor-po e da alma. Pregava a sua dou-trina de amor para todos, levan-tava os caídos, curava doentes,paralíticos, cegos, leprosos, en-fim, todos os que tivessem algumproblema, encontravam em Jesusa solução.

Por isso, jamais alguém devese sentir sem condição para exe-cutar suas tarefas, ajudar alguém,ou cooperar nas obras do bem.Desde que não esteja doente, ouimpedido de trabalhar, necessá-rio dedicar-se a uma profissãonobre e digna.

Não nos esqueçamos que oMestre afirmou: “Meu Pai traba-lha até agora, e eu trabalho tam-bém.” (João, 5:17).

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O IMORTALJULHO/2011 PÁGINA 15

A incongruência e a consequência

Observando as necessida-des das casas espíritas e o es-fo rço desenvolvido em favordo estudo da Doutrina pela Fe-deração Espír ita Brasilei ra esu as fede rat iva s e staduai s,ainda a ssim nos deparamoscom a falta de unidade de prin-cí pio no ente ndi men to dospostulados espíritas, cuja açãoAmélie Gabriela Boudet nos le-gou oportunamente através dePi er re Gae ta n Leym ar ieem Obras Póstumas, assinalan-do que um dos fato res capazesde retardar a propagação dadoutrina seria a interpretaçãodivergente. E o Espírito de Ver-dade assinala que todas as ver-dades se encontram no Cristi-anismo, e que os erros que nelese enraizaram são de origem hu-mana. (2)

APARECIDO FERREIRADE SOUZA

[email protected] Curitiba

Nascidas das ideias pessoaise absolutistas, formadas pelas an-tigas religiões do passado emque estagiamos, ou empenhadosem ligar seus nomes a coisas no-vas, surgem as ideias e ganhamcorpo, sejam pela incapacidade deinterpretação ou entendimento,abrem-se as fendas e fecham te-orias absurdas, conspurcandoaquilo que deveria ser um deverde todos os espíritas: preservare manter a pureza e a clareza dou-trinária.

O saldo desta falta de enten-dimento respinga nas casas es-píritas em forma de música, seja no “vinde a mim as criancinhas,porque delas é o reino dos céus”,na oração improvisada, afirman-do-nos que fomos criados à ima-gem e à semelhança do Criador,que Deus é Espírito, que somosEspíritos eternos e gerados porDeus, ou reverenciando os anjoscom asas nas salas de evangeli-zação.

No entanto, sabemos perfei-

tamente que a claridade comque alguns veem a doutrinanão é a mesma que todos en-xergam, mesmo porque temos alente proporcional ao grau deentendimento que é facultadopela vivência evangélica, emconsequência da matu ridademoral.

Sabemos ainda que o Espiri-tismo não veio impor suas ideiasou exterminar as outras crenças,mas trabalhar por transformá-las,elevando as concepções antigaspara o clarão das verdadesimortalistas, esclarecendo o erroreligioso onde quer que ele seencontre, revelando a luz emcada  ato e ensinamento, e trans-formando cada um de nós emoperários da regeneração do tem-plo do Senhor.

Mas como constituir gruposde estudos com adeptos esclare-cidos, se somos os semeadoresda divergência doutrinária? Comobuscar a união se somos objetosde fragmentação? Como empregar

Divaldo responde– É verdade que nunca hou-

ve tanto amor no mundo?Divaldo Franco: Sucede que

nós atingimos 6 bilhões e 600 mi-lhões de criaturas, e é naturalque graças aos veículos damídia, que priorizam o escânda-lo e o crime, tenhamos a impres-são de que a sociedade encon-tra-se quase num caos. E em ra-zão dessa indiferença dos ór-gãos da mídia pelos exemplos dedignificação humana, o bem ain-da não alcançou o seu lugar de

destaque que merece na realida-de sociológica da vida. Masnunca houve tanta abnegação.Jamais tantos se preocuparamcom outros tantos como nestesdias. Basta que vejamos asONGs, as organizações dos mé-dicos anônimos que percorrem ospaíses pobres, as organizaçõescomo a ONU, a UNESCO, e tan-tas outras que privilegiam o bem,e constataremos que este é o pe-ríodo do amor, embora o eco datragédia ainda grite muito alto.

Extraído de entrevista concedida à jornalista Valéria Maciel, deOslo, Noruega, em maio de 2009.

“Os Judeus estudavam minuciosamente a Lei antiga que está no velho testamento. Os Cristãos estudam a lei nova que estáno Novo testamento, os Espíritas, que são os cristãos renascidos da água e do espírito, devem estudar as obras de Kardec.” (1) 

(Miguel Vives - O espírita perante a doutrina.) a audição a palestrantes despre-parados, cujo conteúdo é mal ver-sado.

Se a doutrina é nobre, seus es-tudos devem ser elevados a títu-lo de nobreza, tratados com omesmo interesse com que seucodificador nos legou, deixando-se abater pelo corpo para vivifi-car o espírito de sua obra.

A boa semente já foi lançadae merece o devotamento do bomlavrador, tanto quanto o ensinoexige recinto para o magistério, acultura reclama a sua publicação,a arte pede a representação, damesma forma o Espiritismo nãodispensa as obras que possam ex-por a sua grandeza e atingir seuobjetivo que é a transformação dahumanidade.

Qualificando-se a boa semen-te, não devemos admitir que qual-quer obra dita espírita possa fre-quentar o recinto de nossas ca-sas, especialmente aquelas quecontrariam os princípios básicosdo Espiritismo. Se isso acontecer,estamos deixando que o joio semistu re ao bom grão, com aiminência de uma futura colheitaprejudicada.

Nossos cuidados devem serredobrados, principalmente emuma época em que o brilho dasideias se destaca diante da opa-cidade moral , em que ávidospersonalistas buscam novidades

nos sistemas exclusivistas, di-zendo que Kardec está supera-do para fazer carreira literária noEspiritismo à custa da ignorân-cia do neófito.

Mesmo sendo uma doutrinade liberdade, o espírita é livre paraagir e pensar. Convém, porém,não esquecer que a liberdade quetem não lhe dá licença para agir epensar em nome da codificação,não sendo legal, nem moralmen-te conveniente, a elucidação par-ticular. (3)

Estudar as obras básicas doEspiritismo, eis a necessidade im-periosa de todos nós, o que nãodeve ser postergado, e não so-mente ler, mas analisar, entender,refletir e ponderar, estudando asperguntas e as respostas docodificador, buscando o enten-dimento no sentido científico, fi-losófico e religioso, transmitindocom segurança aquilo que temoscomo verdade até os dias que sechamam hoje.

 Referências:

(1) O Tesouro dos Espíritas, inO espírita perante a Doutrina, deMiguel Vives.

(2) O Evangelho  segundo Es-piritismo, cap. VI, item 5.

(3) À Luz  do Espiritismo,  inAdvertência fraternal, de Viannade Carvalho, psicografado porDivaldo Franco.

Edna de Oliveira – Faleceu nodia 12 de abril último em Curitiba,aos 77 anos de idade, nossa ami-ga e confreira Edna de Oliveira(foto), irmã de Astolfo O. de Oli-veira Filho, editor do jornal “OImortal”.

O corpo foi sepultado na tar-de do dia 13 seguinte. Ela se en-contrava internada no HospitalErasto Gaertner, para tratamentode um câncer. Natural de AstolfoDutra-MG, Edna nasceu no dia 20de maio de 1933 e casou-se nodia 25 de dezembro de 1953, sen-do mãe de cinco filhos: JúlioCésar, Ana Teresa, Ana Flávia,

Alcione e Rosely, que lhe deramonze netos e três bisnetos.

Edna viveu grande parte de suavida em Cianorte-PR, mas nos últi-mos anos residia em Londrina, ondeparticipou ativamente das atividadesde duas casas espíritas: o CentroEspírita Nosso Lar e a ComunhãoEspírita Cristã de Londrina.

Altamir Soares dos Santos –Faleceu na tarde do dia 11 de maioúltimo, em Londrina, nosso amigoe confrade Altamir Soares dos San-tos (foto), marido de nossa com-panheira Efigênia, ativa trabalha-

dora do Centro Espírita NossoLar e da Comunhão Espírita Cris-tã de Londrina.

O velório realizou-se no Jardimdas Oliveiras e o sepultamentoocorreu no dia 12 de maio, no Ce-mitério São Pedro, na região cen-tral da cidade de Londrina. Altamir,que morou grande parte de suavida na Capital de São Paulo, resi-dia na cidade de Londrina. O con-frade é pai de dois filhos: Altamire Ana e tem um neto.

Altamir trabalhou durantemuitos anos no Grupo de Estu-dos Espíritas Carlos Imbassahy,do Centro Espírita Nosso Lar, atéque, por motivo de doença, tevede afastar-se das atividades nacasa espírita.

Aos dois amigos que partirame aos seus familiares, nosso preitode amizade e votos de muita paz ecerteza de que, como aprendemosno Espiritismo, a vida continua eque a morte é tão-somente umamudança de endereço e tarefas.

Passamentos

Edna de Oliveira, ao lado doirmão Ayres e do bisneto Rafinha

Altamir, ao lado desua esposa Efigênia

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O IMORTALPÁGINA 16

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITARUA PARÁ, 292, CAIXA POSTAL 63CEP 86.180-970TELEFONE: (043) 3254-3261 - CAMBÉ - PR

André Trigueiro (foto), au-tor do livro “Espiritismo e Eco-logia”, é jornalista com pós-graduação em GestãoAmbiental pela COPPE/UFRJ, criador e professor dadisciplina “JornalismoAmbiental” no curso de Comu-nicação Social da PUC/RJ,repórter e apresentador do“Jornal das Dez” da GloboNews e do programa “Cidadese Soluções”, da mesma emis-sora, do qual é editor-chefe.Atua nas Rádios CBN e Riode Janeiro, em que aborda omeio ambiente, sendo tambémexpositor espírita com amplaatuação pelo Brasil.

Como você colocariapara o espírita, para o cen-tro espírita e o movimentoespírita, a questão da eco-logia?

Ecologia significa estudo dacasa. E a gente precisa enten-der como essa ciência se re-solve e perceber como ésinérgica, como ela guardauma profunda identificaçãocom uma visão do universo queo Espiritismo traz há 154 anos.Então a gente vai percebersinergia do Espiritismo comEcologia em passagens daGênese e em capítulos do Li-vro dos Espíritos que falam daLei de Destruição e Lei deConservação.

A Espiritualidade tem-semanifestado a este respei-to?

Vamos citar apenas algunsexemplos de autores espiritu-ais consagrados no Brasil pe-

GUARACI LIMA SILVEIRA [email protected] De Juiz de Fora, MG

JULHO/2011

“O meio ambiente começa no meio da gente”las mediuni-dades de ChicoXavier e DivaldoFranco, comoAndré Luiz,Emmanuel eJoanna de Ân-gelis que, em di-ferentes livros,denunciam o ris-co que a huma-nidade correquando nãopresta atençãona sua casa pla-netária e numanova ética quedeve inspirar aforma como nosapropriamos dosrecursos natu-rais. Esta casanão nos perten-ce. Ela nos serve de lar e deabrigo em diferentes tempora-das e jornadas evolutivas e nóssomos responsáveis pela suamanutenção, pelo seu bom fun-cionamento. Deus delega. Deusterceiriza.

Como está reagindo omovimento espírita como umtodo em relação a este as-sunto?

Eu estou muito feliz de verque antes de lançar o livro jáhavia algumas casas espíritasque levavam esta mensagem, játrabalhavam os assuntos da sus-tentabilidade nas suas rotinas.

Você citaria algumas ca-sas?

Para não ser injusto, porquesão muitas, eu vou falar apenasde uma que me parece a maislongeva, que é a Instituição Es-pírita Bezerra de Menezes, dePorto Alegre-RS, que realiza umautêntico trabalho de educação

ambiental, referencial para es-píritas e não-espíritas. Para seter uma ideia, tem gente que ligapara a instituição para saberonde é que tem coleta seletivade lixo, tamanho o engajamentodeles nessa área. Então a re-ceptividade tem sido muito boa.

Entendemos que o seu li-vro “Espiritismo e Ecologia”apresenta um exce lentecontributo para o tema juntoao nosso movimento. Comoele surgiu?

A editora da FEB, que é umaeditora centenária, por conta deum projeto, acatou a ideia defazer o primeiro livro em papelreciclado. É um livro certifica-do ambientalmente e não ape-nas um papel reciclado. Ele re-sume as ideias básicas que ve-nho apresentando em palestrase seminários organizados emcasas espíritas onde os assun-tos ecológicos passaram a de-mandar mais atenção de uns

tempos para cá.Tanto o Espiritis-mo quanto aEcologia ofere-cem ferramen-tas importantespara a compre-ensão da realida-de que nos cer-ca.

Como estáa venda e quala repercussãodo seu livrohoje?

Já são quase30.000 exempla-res vendidos.Estamos na ter-ceira ed ição ,agora revisada eampliada. Vejo,

por onde passo, que a cada diaas pessoas estão se interessan-do mais pelo assunto. Existematé colégios que já estão pro-gramando excursões de alunosaos Departamentos deBeneficiamento do Lixo e daágua e do esgoto, numa grandeação de cidadania e informan-do às crianças algo que neces-sita ser divulgado em grande es-cala.

Nos eventos espíritas degrande repercussão este as-sunto já está sendo tratado?

No III Congresso Brasileirode Espiritismo realizado emBrasília em 2010, vimos a re-ceptividade ao tema “Ecologia”na obra de Chico Xavier. Estetema também esteve presenteno Congresso Espírita Mundialno mês de outubro daquele ano,em Valência, na Espanha. En-tão, estamos vendo uma recep-tividade e um interesse de quemestá coordenando o movimento

André Trigueiro

Entrevista: André Trigueiro

espír ita em emprestarceleridade ao processo detransmissão de informaçãoque remete a Ecologia e Es-piritismo.

E o jovem espírita?Como vê seu engajamentonesse processo?

O jovem espírita, a meuver, pode consagrar parte doseu entusiasmo, dinamismo,vigor, disposição de fazer algodiferente na direção de ummundo melhor e mais justoque é o mundo sustentável. Háuma profunda identificaçãodos temas ecológicos com ajuventude. É uma sinergiamuito evidente pra mim. Omovimento ambientalista seapropria muito e ele nasce apartir, exatamente, de uma in-dignação juvenil, eu diria qua-se adolescente em relação àforma como o mundo se apre-senta.

Para vocês, ambientalis-tas e estudiosos do assun-to, como o jovem vê o mun-do hoje?

O jovem encontra um mun-do que tem uma configuração.Aí descobre que ele é regidopor um modelo de desenvol-vimento ecologicamente pre-datório, socialmente perversoe politicamente injusto. Des-cobre também que esse mun-do não só não enfrenta com adevida firmeza o combate àmiséria e a pobreza como tam-bém envenena a água, polui oar e desertifica o solo. Portan-to, temos um cenário muito“saboroso” para o jovem che-gar, se manifestar e ajudar aconstruir algo diferente. (Con-tinua na pág. 10 deste nú-mero.)