“O FUTURO DA MINHA CIDADE” VOLTA A SANTA CATARINA … · Porto Velho (RO), Santa Maria (RS),...

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www.cbic.org.br Informativo da Indústria da Construção Newsletter :: Edição 95 :: 16/06/2017 1 NOTÍCIAS “O FUTURO DA MINHA CIDADE” VOLTA A SANTA CATARINA E CONQUISTA NOVOS APAIXONADOS NO LITORAL SOCIEDADE ORGANIZADA DOS MUNICÍPIOS DE ITAPEMA, BOMBINHAS E PORTO BELO, QUE FORMAM A REGIÃO COSTA ESMERALDA, A 60 KM DO BALNEÁRIO CAMBORIÚ, DECIDE SER PROTAGONISTA NA GESTÃO DO FUTURO DA CIDADE. Guilherme Kardel Da esquerda para a direita: Silvio Barros, ex-prefeito de Maringá; Laura Sobral, arquiteta urbanista; Emerson Luciano Stein, prefeito da cidade de Porto Belo; Ana Paula da Silva, prefeita da cidade de Bombinhas; João Formento, presidente do Sinduscon Costa Esmeralda; Nilso Berlanda, deputado estadual; Nilza Nilda Simas, prefeita da cidade de Itapema; Fabrizio Machado Pereira, superintendente do Sesi/Sc; Claudio Souza, presidente da Associação Empresarial de Bombinhas (Aemb) O futuro começa com a decisão que nós vamos tomar agora. Essa foi a mensagem transmitida à sociedade organizada de Itapema, Bombinhas e Porto Belo, municípios da região balneária Costa Esmeralda, no litoral de Santa Catarina, que de- cidiu conhecer as bases do projeto “O Futuro da Minha Cidade”. De iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o projeto che- ga pela terceira vez ao Estado com o propósito de convidar as lideranças locais ao exercício de imaginar como gostariam de ver a cidade nos próximos 20 anos. “Precisamos amadurecer enquanto sociedade. Precisamos saber exatamente o que nós queremos enquanto sociedade, enquanto cidadão, porque somos nós que temos o poder de entender onde queremos chegar”, afirmou Silvio Barros, dando o tom do evento na cidade de Itapema, que contou com 208 apaixonados das três cidades. A proposta, apresentada pelo ex-prefeito de Maringá, Silvio Barros e pela urbanista Laura Sobral, fundadora do Instituto A Cidade Precisa de Você, já foi apresentada em 19 localidades do Brasil estimulando lideranças municipais, poder público, e empresários à união de esforços e a assumir o protagonismo da gestão das suas cidades. Desenvolvida pela Comissão de Meio Ambiente

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Informativo da Indústria da ConstruçãoNewsletter :: Edição 95 :: 16/06/2017

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NOTÍCIAS

“O FUTURO DA MINHA CIDADE” VOLTA A SANTA CATARINA E CONQUISTA NOVOS APAIXONADOS NO LITORALSOCIEDADE ORGANIZADA DOS MUNICÍPIOS DE ITAPEMA, BOMBINHAS E PORTO BELO, QUE FORMAM A REGIÃO COSTA ESMERALDA, A 60 KM DO BALNEÁRIO CAMBORIÚ, DECIDE SER PROTAGONISTA NA GESTÃO DO FUTURO DA CIDADE.

Guilherme Kardel

Da esquerda para a direita: Silvio Barros, ex-prefeito de Maringá; Laura Sobral, arquiteta urbanista; Emerson Luciano Stein, prefeito da cidade de Porto Belo; Ana Paula da Silva, prefeita da cidade de Bombinhas; João Formento, presidente do Sinduscon Costa Esmeralda; Nilso Berlanda, deputado estadual; Nilza Nilda Simas, prefeita da cidade de Itapema; Fabrizio Machado Pereira, superintendente do Sesi/Sc; Claudio Souza, presidente da Associação Empresarial de Bombinhas (Aemb)

O futuro começa com a decisão que nós vamos tomar agora. Essa foi a mensagem transmitida à sociedade organizada de Itapema, Bombinhas e Porto Belo, municípios da região balneária Costa Esmeralda, no litoral de Santa Catarina, que de-cidiu conhecer as bases do projeto “O Futuro da Minha Cidade”. De iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o projeto che-ga pela terceira vez ao Estado com o propósito de convidar as lideranças locais ao exercício de imaginar como gostariam de ver a cidade nos próximos 20 anos.

“Precisamos amadurecer enquanto sociedade. Precisamos saber exatamente o que nós queremos

enquanto sociedade, enquanto cidadão, porque somos nós que temos o poder de entender onde queremos chegar”, afirmou Silvio Barros, dando o tom do evento na cidade de Itapema, que contou com 208 apaixonados das três cidades.

A proposta, apresentada pelo ex-prefeito de Maringá, Silvio Barros e pela urbanista Laura Sobral, fundadora do Instituto A Cidade Precisa de Você, já foi apresentada em 19 localidades do Brasil estimulando lideranças municipais, poder público, e empresários à união de esforços e a assumir o protagonismo da gestão das suas cidades.

Desenvolvida pela Comissão de Meio Ambiente

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Encontro de lançamento do projeto “O Futuro da Minha Cidade” em Itapema - SCNilza Simas, prefeita da cidade de Itapema

Guilherme Kardel Guilherme Kardel

(CMA/CBIC), com a correalização do Sesi Na-cional e patrocínio da Caixa Econômica Federal, a iniciativa busca incentivar a parceria entre a prefeitura municipal e a sociedade organizada, com soluções criativas que promovam a melhoria da qualidade de vida da população.

No evento de sensibilização, realizado na noite da última quinta-feira(08/06), no restaurante Cabral, em Itapema, pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil da Costa Esmeralda (Sinduscon-Costa Esmeralda), com o apoio da As-sociação Empresarial de Bombinhas (AEMB), da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itapema (CDL Itapema), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC) e das Pre-feituras de Bombinhas e de Itapema, o presidente do Sinduscon-Costa Esmeralda, João Formento, destacou que a discussão sobre o futuro da ci-dade é oportuno e se dá num momento em que precisamos discutir o futuro do país e que, por-tanto, “nada melhor começarmos pela nossa casa, pelo nosso quintal”, disse Formento.

Durante o encontro, que reuniu as prefeitas das cidades de Itapema, Nilza Simas; de Bombinhas,

Ana Paula da Silva, e do prefeito de Porto Belo, Emerson Luciano Stein, foram realizadas palestras de motivação e de engajamento da arquiteta e urbanista Laura Sobral, fundadora do Instituto A Cidade Precisa de Você, e do ex-prefeito de Maringá e diretor presidente da Solução Consulto-ria, Silvio Barros.

O ESPAÇO PÚBLICO COMO REFERÊNCIA DE

TRANSFORMAÇÃO

Desde 2007 a frente de manifestações es-pontâneas de intervenções urbanas nos espaços públicos, a arquiteta Laura Sobral fez a sua apre-sentação com foco na importância dos espaços públicos para a qualidade de vida da população e da sustentabilidade, bem como sua relação com os aspectos econômico, cultural, de segurança pública e de saúde da população. “Espaços públi-cos de qualidade tem um papel central em cidades prósperas, sendo espaços de encontro, atividades cidadãs, espaços inclusivos, democráticos e diver-sos”, avalia.

Num diálogo franco e aberto Laura Sobral destacou a interpretação dos problemas das três

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cidades da Costa Esmeralda, segundo depoimen-tos de pessoas que lá residem. Chamou atenção dos participantes ao evento de sensibilização sobre como poderiam ser implementadas ações simples, mas de grande impacto transformador nessas localidades, mediante parceria entre a prefeitura local, iniciativa privada e sociedade organizada.

Uma das ações, segundo ela, tem a ver com o urbanismo tático. “São ações de curta duração, baixo custo e microescala, realizadas em grandes cidades a partir do esforço da sociedade civil. Intervenções no espaço público de baixo para cima facilitam a catalização de mudanças a longo prazo, não realizadas somente por urbanistas, mas por locais através do engajamento social”, acrescentou Laura Sobral, ao expor os desafios e as potencialidades de Itapema, Bombinhas e

Porto Belo. Apresentou também as dificuldades e preocupações relatados pela comunidade local em questões quanto à mobilidade urbana, acessi-bilidade e segurança.

PROVOCAÇÃO PARA ESTIMULAR A MUDANÇA

“Pensar o futuro da cidade começa pelo cidadão

e planejar se tornou crucial”, diz o vídeo exibido

antes da apresentação de Silvio Barros. A fór-

mula, segundo ele, é simples: ouvir, planejar, ge-

renciar e continuar. Para que as transformações

aconteçam são necessários mecanismos que

precisam ser implementados pela ação da so-

ciedade organizada e dos prefeitos, na visão do

ex-prefeito da Cidade de Maringá, Silvio Barros.

Ao iniciar a sua apresentação convidou os partici-

pantes a um exercício mental de imaginação sobre

como imaginam a cidade de Itapema em 2037.

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“Nós não sabemos como vai ser na realidade,

mas se nós planejarmos e convergindo todas os

esforços nessa direção teremos uma probabi-

lidade maior de visualizar a cidade que a gente

quer. Caso contrário, vão ser reféns do futuro e

não protagonistas”, disse Silvio Barros, convidado

central do evento para expor a experiência bem

sucedida de parceria entre a sociedade organiza-

da e o poder público local de Maringá, no Paraná.

Silvio Barros ressaltou a importância do planejamen-

to de longo prazo como vetor das transformações.

“A sociedade civil organizada expressa o seu dese-

jo futuro para o poder público que vai executar a

médio e longo prazo. E a sociedade acompanha

o processo e faz o planejamento de longo prazo”.

Para ele, o setor privado tem o “DNA necessário

para isso”, assim como a sociedade organizada.”

Reforça que isso é natural para o setor privado e

para a sociedade, mas não é natural para o serviço

público. “Se o prefeito fizer o planejamento de lon-

go prazo e perder a eleição, o planejamento vai ser

colocado na lata do lixo, então, não deve ser feito

pelo setor público”, adverte Barros ao apresentar o

exemplo inspirador de Maringá.

Ainda na sua apresentação, o ex-prefeito citou re-

portagem da Revista Exame, publicada na edição

de março, que destaca a cidade de Maringá eleita

a primeira na lista das 10 melhores cidades do

Brasil, segundo estudo elaborado pela consultoria

Marcoplan. Segundo Barros, esse reconhecimento

deve-se, em grande medida, ao trabalho de par-

ceria da sociedade civil de Maringá que decidiu

rever o modelo de desenvolvimento e a fundação

do Conselho de Desenvolvimento Econômico

de Maringá, o CODEM, mediante Lei Municipal

n4275/96.O conselho articulou periodicamente

a organização com mais de cem entidades em

torno de um plano de futuro comum- Maringá 2020,

idealizado em 1997 e Maringá 2030, editado em

2008.

Para que os estudos fossem ampliados, foi con-

tratada pela sociedade organizada, por meio do

Conselho, uma empresa de consultoria para traçar

os destinos econômico, social e urbanístico de

Maringá até o seu aniversário de 100 anos. A ação

foi pactuada com a prefeitura, que se comprometeu

a utilizar o trabalho financiado pela sociedade nos

planos diretores.

Ao final de sua exposição, Silvio Barros frisou o ob-

jetivo da proposta do encontro liderado pela CBIC.

“Esse é o nosso recado, a nossa proposta. É isso

que a gente veio fazer aqui, apresentar uma provo-

cação e compartilhar com vocês uma experiência

comprovada que deu certo e com indicadores para

demonstrar”, disse, acrescentando ser possível

transformar qualquer cidade em “um lugar excep-

cional, desde que a gente saiba aonde quer ir”.

O evento em Itapema contou com a participação

de representantes da Câmara de Vereadores de

Itapema, Bombinhas e Porto Belo e membros do

secretariado municipal. Participaram também o

superintendente do Sesi/SC, Fabrizio Machado

Pereira; presidente da Associação Empresarial de

Bombinhas(AEMB), Claudio Souza, e o presidente

da Câmara de Dirigentes Logistas de Itapema,

Miguel do Canto.

Ao final deste semestre, a iniciativa já terá

atingindo as cidades de Aparecida de Goiânia (GO),

Belém (PA), Brasília (DF), Cascavel (PR), Caxias

do Sul (RS), Chapecó (SC), Goiânia (GO), Itapema

(SC), Joinville (SC), Manaus (AM), Natal (RN),

Porto Velho (RO), Santa Maria (RS), São Gonçalo

do Amarante (CE), São Luís (MA), Teresina (PI),

Uberlândia (MG), Vitória (ES) e Volta Redonda (RJ).

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Sociedade da Costa Esmeralda debate “O Futuro da Cidade”

“Essa integração dos três municípios é muito importante, porque muito se fez individualmente, mas não se pensou em conjunto para o bem de todos os nossos municípios da Costa Esmeralda” - Prefeito da cidade de Porto Belo, Emerson Luciano Stein.

“A parceria entre os três municípios da Costa Esmeralda tem por objetivo, nesta noite, contagiar a sociedade para que venha participar de uma parceria público-privada, porque eu entendo que este seja o caminho que merecemos e pretendemos deixar para a próxima geração” - Prefeita da cidade de Itapema, Nilza Simas.

“Eu acho que a solução que Maringá implantou é a solução para todos nós. Se a gente conseguir empoderar a sociedade civil, formar esses conselhos e fazer reuniões temporárias com todos os nossos municípios, acho que vai dar uma grande coisa” - Prefeita da cidade de Bombinhas, Ana Paula da Silva.

“O caso de Maringá que o Silvio colocou nos interessa. É um caminho, uma maneira de tentar uma solução para as cidades. Queremos participar financeiramente na melhoria da mobilidade e na iluminação. Esse é o início que nós colocamos aqui através da CBIC. Não queremos que essa ideia acabe aqui” - Presidente do Sinduscon-Costa

Esmeralda, João Formento.

“O que a gente quer é que a semente que a gente veio aqui plantar, gostaríamos de vê-la produzindo” – Ex-prefeito de Maringá e diretor presidente da Solução Consultoria, Silvio Barros.

“A gente está acostumado mais em reclamar do que em pensar como a gente pode contribuir para mudar uma certa situação” - Laura Sobral – arquiteta e urbanista.

Guilherme Kardel

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“O FUTURO DA MINHA CIDADE”: VAMOS FAZER!SOCIEDADE ORGANIZADA DE CAXIAS DO SUL (RS) ADERE AO PROJETO E JÁ SE ORGANIZA PARA PLANEJAR COMO SERÁ O MUNICÍPIO EM 2037

Guilherme Kardel

Da esquerda para a direita: vereador Edio Elói Frizzo, representando a Câmara Municipal de Caxias do Sul; Adrio Rafael Paula Gelatti, promotor de justiça especializado na Defesa da Habitação e Urbanismo de Caxias do Sul; Silvio Barros, engenheiro e ex-prefeito de Maringá/PR; Laura Sobral, arquiteta e urbanista; Fernando Antonio Granjo Mondadori, secretário de Planejamento Municipal, representando o prefeito da cidade de Caxias do Sul;Oliver Chies Viezzer, presidente do Sinduscon-Caxias, e a jornalista Marisol Santos, mediadora do debate.

Surpreendendo as expectativas, os apaixonados por Caxias do Sul (RS), membros da sociedade organizada do município, aderiram à proposta “O Futuro da Minha Cidade” durante o próprio evento de sensibilização do projeto, realizado na última terça-feira (13/06), no Hotel Intercity, com a participação de 250 representantes da liderança local. “Vamos fazer!”, essa foi a decisão da socie-dade caxiense, para surpresa do ex-prefeito de Maringá Silvio Barros, responsável por apresentar a iniciativa, baseada no modelo bem sucedido do município paranaense. Em dois anos, o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, desenvolvido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio da sua Comissão de Meio Ambiente (CMA) e com a correalização do Sesi Nacional e patrocínio nacional da Caixa Econômica Federal, já alcançou interessados por sua aplicação nas cinco regiões do País, totalizando agora 19 cidades.

As lideranças presentes em Caxias do Sul já se com-prometeram a não apenas discutir o assunto, mas a serem protagonistas e não reféns de como será Caxias

do Sul em 2037, com disposição inclusive para inte-grar as câmaras técnicas setoriais que serão criadas, nos moldes das que compõem o Conselho de Desen-volvimento Econômico de Maringá (Codem), que disponibiliza sua estrutura para atender as deman-das daquele município.

Com caráter deliberativo e consultivo, o Conselho de Caxias do Sul será composto por membros voluntári-os e de entidades representativas dos segmentos organizados da sociedade que dedicarão tempo e investimento para propor e fazer executar políticas de desenvolvimento econômico local, por meio de propostas, projetos, programas ou planos que serão submetidos ao poder público, nas esferas do Execu-tivo, Legislativo e Judiciário, visando sua realização. A decisão de aderir ao projeto, segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Caxias do Sul (Sinduscon-Caxias), Oliver Chies Viezzer, é resultado de um trabalho conjunto entre a sociedade organizada, instituições de ensino e o poder público. “O objetivo é elaborar um plano de

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Desenvolvimento Estratégico para Caxias do Sul que equilibre os enfoques econômico, social e ambi-ental”, destacou Oliver Viezzer. MOTIVOS DA ADESÃO

Entre 2005 e 2015, a população de Caxias do Sul cresceu 17,2%, enquanto a média das cidades gaúchas foi de 5%. Neste período, segundo Oliver Viezzer, o índice de motorização aumentou mais de 50%, sendo de 6,3 veículos a cada 10 habitantes. O PIB per capita está classificado no limite superior do ranking do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo 50% superior à média do Rio Grande do Sul e 70% acima da brasileira. Além disso, Caxias está localizada no segundo maior polo metalmecânico do Brasil. Esse status, bem como esses dados, segundo Oliver Viezzer, foram con-quistados ao longo dos anos, graças à competência da sociedade local. No entanto, Oliver Viezzer destacou que, apesar de dados históricos positivos, Caxias do Sul foi uma das cidades que mais sofreu os efeitos da crise econômica nacional. “Perdemos mais de 24 mil postos de trabalho formais nos últimos três anos, consequência da brusca queda do PIB com declínio de mais de 20% neste mesmo período”, mencionou. “Precisamos voltar a ser protagonistas!

Para isso ocorrer, precisamos contribuir com o Poder Público no planejamento do futuro da nossa cidade”, enfatizou.

Além do ex-prefeito de Maringá Silvio Barros, o even-to também contou com a participação da arquiteta e urbanista Laura Sobral que destacou a importância do direito à cidade, com o uso dos espaços públicos pela população. “Espaços públicos de qualidade têm um papel central em cidades prósperas, sendo espaços de encontro, atividades cidadãs, espaços inclusivos, democráticos e diversos”. Segundo Laura Sobral, a boa utilização dos espaços públicos contribui para aspectos econômicos, culturais, de segurança e saúde da população local. Também participaram do evento o secretário municipal de Planejamento, Fernando Antonio Granjo Mon-dadori, representando o prefeito Daniel Guerra; o vereador Edio Elói Frizzo, representando a Câmara Municipal de Caxias do Sul; o reitor da Universidade de Caxias do Sul, Evaldo Antonio Kuiava; o promotor de Justiça especializado em Defesa da Habitação e da Ordem Urbanista de Caxias do Sul, Adrio Rafael Paula Gelatti; o secretário municipal de Habitação Elizandro Fiuza; o secretário municipal do Desen-volvimento Econômico, Trabalho e Emprego, Carlos Heinen; a secretária municipal do Meio Ambiente, Patrícia Rasia, e a secretária municipal de Urbanis-mo, Mirangela Rossi.

Em Caxias do Sul, o evento de sensibilização foi re-alizado pelo Sinduscon-Caxias e contou com apoio da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas de Caxias do Sul (ADCE), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU Caxias do Sul), Câmara de Dirigentes Logistas (CDL Caxias do

Sul), Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC Caxias do Sul), Universidade de Caxias do Sul (UCS), Câmara Municipal de Caxias do Sul e o município de Caxias do Sul. Conheça mais sobre o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, clicando aqui.

IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS – Visão da arquiteta e urbanista Laura Sobral “Bons espaços públicos incentivam a economia local”. “Espaços públicos são espaços para atividades inclusivas, incentivando o senso de pertencimento e identidade local”. “Cidades com espaços públicos bem iluminados e ocupados são mais seguras”. “Espaços públicos de qualidade reduzem o stress e incentivam a mobilidade ativa, o que traz benefícios de saúde à população”.

“Cidades com mais espaços públicos tendem a diminuir a temperatura urbana e contribuir com a educação ambiental”.

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PRÊMIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ESTIMULA BOAS PRÁTICASAO PROMOVER AS BOAS INICIATIVAS, O PRÊMIO CRIA DIFERENCIAL ENTRE AS EMPRESAS COMPROMETIDAS EM CONSTRUIR UM FUTURO MELHOR NA CADEIA PRODUTIVA. INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS ATÉ O DIA 15 DE SETEMBRO/2017

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Em reconhecimento à adesão das empresas que

se dedicam às ações socialmente responsáveis,

a Câmara Brasileira da Indústria da Construção

(CBIC), por meio do Fórum de Ação Social e

Cidadania (FASC), com a correalização do Sesi

Nacional, realiza este ano mais uma edição do Prê-

mio CBIC de Responsabilidade Social. O objetivo

é incentivar a cultura da responsabilidade social

no setor, por meio de debates sobre o tema, dan-

do visibilidade nacional e regional aos trabalhos

vencedores como iniciativa relevante do setor.

“A visibilidade aos projetos de gestão de responsabili-

dade social é fundamental para estimular as iniciativas

e inspirar toda a indústria da construção”, afirmou o

presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Conforme decisão do Conselho de Administração

da CBIC, no final do ano passado, o Prêmio CBIC

de Responsabilidade Social passou a ser bianual.

O lançamento da premiação desta edição e aber-

tura das inscrições ocorreram nos últimos dias de

maio, durante o 89º Encontro Nacional da Indústria

da Construção (Enic), em Brasília.

Realizada desde 2005, a premiação é a maior

iniciativa de reconhecimento das práticas social-

mente responsáveis do segmento da construção

no Brasil. Mais do que prestigiar e dar visibilidade

aos projetos, o Prêmio estimula o desenvolvi-

mento da gestão da responsabilidade social

nas empresas e instituições. Podem participar

entidades e empresas construtoras ou do mer-

cado imobiliário sediadas no Brasil, que estejam

desenvolvendo ações, projetos ou programas de

responsabilidade social. “Conforme decisão do

Conselho de Administração da CBIC, no último

mês de dezembro, a partir deste ano o Prêmio

CBIC de Responsabilidade Social será bianual.

O lançamento da premiação desta edição e aber-

tura das inscrições será durante o 89º Encontro

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O presidente da CBIC José Carlos Martins. A presidente do Fórum de Ação Social (FASC)/CBIC, Ana Cláudia Gomes

PH Freitas/CBIC Teresa de Brito

Nacional da Indústria da Construção (Enic), em

Brasília.”

A presidente do Fórum de Ação Social (FASC)/

CBIC, Ana Cláudia Gomes, lembra que a CBIC

há vários anos está comprometida em promover

as boas práticas e o conceito de responsabilidade

social no setor. “O prêmio CBIC é extremamente

estratégico e uma das grandes formas da gente

disseminar esse conceito e ampliar a adesão das

empresas quanto às ações de responsabilidade

social na indústria da construção”.

O prêmio de Responsabilidade Social foi

elaborado com base na Norma ISO 26000, da Lei

de Responsabilidade Social, que estabelece as

orientações para as ações de Responsabilidade

Corporativa relacionadas aos temas: Direitos

Humanos, Práticas Trabalhistas, Meio Ambiente,

Práticas Leais de Operação, Questões Relativas

à Consumidores e Desenvolvimento e Envolvi-

mento Comunitário. Serão concedidos prêmios

nas categorias - Entidade, Empresa, Seconci e

Reconhecimento Social. As inscrições estão aber-

tas até o dia 15 de setembro/2017.

RECONHECIMENTO EM 2015

Vencedor na categoria Empresa na edição de 2015,

o Programa Conta Gotas, da Toctao Engenharia,

segundo a gestora de meio ambiente do Grupo

Toctao, Cinthia Martins, se beneficia com o Prêmio

uma vez que “ajuda a dar força e credibilidade ao

programa e, agregado a isso, a marca institucional

da empresa é fortalecida e as práticas de respons-

abilidade social e sustentabilidade ganham priori-

dade nas ações da empresas. Além disso, o Prêmio

inspira outras empresas a promoverem práticas

semelhantes”, disse.

O programa Conta Gotas consistiu no desenvolvi-

mento de uma máquina para tratar a água cinzenta

com resíduos do serviço de pintura e limpeza de

caminhões betoneira e produção de argamassa

dos canteiros de obras. O trabalho integrado ao

projeto Ecoágua recebeu quatro outros prêmios

igualmente significativos em 2016. Segundo a

gestora da Toctao, a ideia é manter a integração

dos projetos e realizar novas campanhas de sen-

sibilização quanto ao uso sustentável da água nos

canteiros.

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REALIDADE NOS ESTADOS UNIDOS , BIM PRECISA AVANÇAR NO BRASILPor Dionyzio Klavdianos, presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (COMAT/CBIC)

Realizamos entre os dias 4 e 9 de junho uma

missão técnica internacional realizada, em Boston

e Nova York, com os cinco primeiros colocados

da 21ª edição do Prêmio CBIC de Inovação e

Sustentabilidade para conhecer avanços propor-

cionados à indústria da construção pelo uso do

Building Information Modeling, o BIM. A realização

da missão coube à Câmara Brasileira da Indústria

da Construção (CBIC) e a correalização do SENAI

Nacional. Tomando como marco zero a visita

realizada aos Estados Unidos pelos companheiros

do SindusCon-SP, no ano de 2010 e com base em

seus relatos, podemos inferir que a difusão do

BIM naquele país de fato expandiu-se, ao menos

é o que se denota do que vimos e escutamos de

profissionais de diversos escritórios visitados,

envolvidos em projetos de toda a magnitude e

complexidade.

Importante frisar que a maior parte da aplicação que

vimos esteve concentrada na fase que antecede

a construção do empreendimento, embora muitos

já estivessem construídos ou em construção.

Pouco nos foi apresentado sobre sua aplicação

no planejamento e controle das obras, de toda a

forma o foco da viagem foram mesmo os escritórios

de projeto. Todavia, não há como uma construtora

que se envolve com qualquer um dos projetos que

nos foi apresentado não dispor também ela de uma

cultura mínima de BIM, do contrário projetistas e

construtora não teriam como “conversar “.

A missão técnica acaba servindo também para que

possamos comparar o estado da arte e o estágio de

maturação do setor da construção nos dois países.

Neste sentido, é visível que tanto lá como cá o tipo

de intervenção que ainda inviabiliza, ou dificulta, a

implantação do BIM são os casos das tantas obras

de reforma ou de menor complexidade . Mesmo

nos dois grandes canteiros por nós visitados verifi-

camos que eles ainda não utilizam tanto ou bem os

níveis 5D ou 6D. A própria dirigente de um centro

de cooperação de arquitetos em Nova York, uma

espécie de grande galpão onde cada arquiteto

trabalha por sua conta e em projetos individuais,

nos informou que ainda é caro para os profissionais

implantarem o BIM nestes estágios. Se é caro para

eles imaginem para nós...

Algumas boas notícias vindas de lá são que a

rede de projetistas que aplicam o BIM já é bem

nutrida em termos de especialistas em diversas

áreas, os fornecedores dispõem de objetos na

plataforma BIM , portanto suas informações já são

utilizadas com precisão na fase de projeto, o BIM já

está literalmente” ao alcance da mão”, ou seja, o

profissional tem como armazenar, acessar e dis-

Guilherme Kardel

ARTIGO DO ESPECIALISTA

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ponibilizar projetos que consomem grande carga

de memória direto do celular e a realidade virtual

aumentada já está sendo implementada no dia a

dia de todos os escritórios de projetos visitados.

Uma das principais bandeiras da CBIC na atu-

alidade é a disseminação e democratização do

uso do BIM, esforço que culmina em cooperação

com o governo federal na viabilização de concor-

rências públicas que exijam projetos produzidos

com a utilização do software. Podemos fazer

um paralelo entre este desafio e o que vimos

agora nos Estados Unidos. Lá se percebe que

projetos únicos e diferenciados, independente-

mente até dos custos ou tamanho, servem de

estímulo para o desenvolvimento do BIM e sua

assimilação pela indústria como um todo. Este

papel, com a ressalva das interferências da lei

de licitações, poderia muito bem ser encampado

pelo Estado, que de maneira paulatina poderia ir

implementando o BIM em alguns projetos cruci-

ais que venham a ser licitados. Lembrando que

já há casos pontuais em andamento em alguns

estados brasileiros.

Por fim, o sucesso da viagem técnica não teria

sido obtido sem a CBIC e o SENAI Nacional, além

da dedicação e comprometimento da empresa

organizadora, que soube inserir com eventos

e visitas de bom conteúdo técnico e a parceria

com os desenvolvedores Autodesk, Graphisoft

e Trimble, que nos colocaram em contato direto

com escritórios e laboratórios técnicos que

lidam com esta tecnologia em estágio já bem

avançado. Parceria e cooperação aliás é uma

forma inteligente de vencermos as barreiras pro-

porcionadas pela falta de capital e investimento.

Viajaram a convite da CBIC e do Senai Nacional

os ganhadores das cinco categorias do Prêmio

CBIC de Inovação e Sustentabilidade, além de

consultor e membros da COMAT/CBIC, que

arcaram com os custos de sua viagem.

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O grupo em frente ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Boston, nos Estados Unidos

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EXPEDIENTE:Presidente da CBIC: José Carlos MartinsEquipe de Comunicação:Doca de Oliveira – [email protected] Ana Rita de Holanda – [email protected] Bezerra – [email protected] Henrique Freitas de Paula – [email protected] Cunha - [email protected]

Vando Barbosa - Coordenador de Marketing - [email protected] Gráfico: RadiolaDiagramação: Paulo Henrique Freitas de PaulaTelefone: (61) 3327-1013

AGENDA

21 de Junho

21 de Junho

SEMINÁRIO DE COMPLIANCE - SEBRAE - “INTEGRIDADE CORPORATIVA: GESTÃO DE RISCO, PACTO GLOBAL E

COMPLIANCE”Horário: 14h

Local: Sede do Sebrae, SGAS Quadra 605m Conjunto A, Asa Sul - Brasília - DF

A INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA NA PERSPECTIVA DO STJHorário: 8h

Local: Auditório do Superior Tribunal de Justiça – Brasília-DFCLIQUE AQUI

19 de AgostoDIA NACIONAL DA CONSTRUÇÃO

SOCIAL 2017

PRÊMIO CBIC DE RESPONSABILIDADE SOCIALInscrições até 15 de setembro

CLIQUE AQUI

CBIC DADOS

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SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL SINAPI

Maio/17

Unidades Federação e Regiões Geográficas

Não considerando a desoneração da folha de pa-gamento de empresas do setor da Construção Civil

Considerando a desoneração da folha de paga-mento de empresas do setor da Construção Civil

Custos Médios R$/m²

Variações %Custos Médios

R$/m²

Variações %

MêsAcumuladas

MêsAcumuladas

Ano 12 Meses Ano 12 MesesBrasil 1.120,59 0,30 1,53 4,74 1.042,69 0,30 1,49 4,52 Região Norte 1.124,38 -0,11 1,30 4,01 1.051,14 -0,12 1,18 3,70 Rondônia 1.137,98 -0,32 -0,09 -0,71 1.065,28 -0,30 -0,05 -0,70 Acre 1.203,26 -0,30 -0,12 4,29 1.125,34 -0,32 -0,16 4,03 Amazonas 1.100,31 -0,15 4,73 4,21 1.028,43 -0,16 4,44 3,85 Roraima 1.177,75 0,04 0,80 5,73 1.094,86 0,05 0,78 5,46 Pará 1.106,76 -0,23 -0,65 3,74 1.034,86 -0,25 -0,68 3,38 Amapá 1.125,00 0,25 3,91 5,12 1.052,96 0,27 3,62 4,90 Tocantins 1.186,11 0,59 2,80 7,11 1.109,08 0,63 2,60 6,75

Região Nordeste 1.041,59 0,81 2,58 5,18 972,25 0,78 2,49 4,90 Maranhão 1.077,26 0,41 3,95 7,14 1.007,76 0,45 3,86 6,87 Piauí 1.070,41 0,23 1,37 4,64 1.002,66 0,25 1,46 4,43 Ceará 1.023,07 -0,01 0,32 4,64 957,14 -0,01 0,30 4,32 Rio Grande do Norte 991,58 0,34 1,93 6,02 927,75 0,37 2,07 5,87 Paraíba 1.096,89 0,33 3,28 6,30 1.025,05 0,35 3,06 6,01 Pernambuco 1.024,12 -0,17 2,26 5,30 955,41 -0,18 2,15 5,06 Alagoas 1.017,82 0,13 0,89 5,34 952,58 0,14 0,93 5,14 Sergipe 994,54 2,15 2,89 3,22 928,81 2,03 2,74 3,09 Bahia 1.045,25 2,43 3,88 4,28 971,74 2,31 3,69 3,93

Região Sudeste 1.173,75 0,16 1,38 4,35 1.088,12 0,18 1,36 4,23 Minas Gerais 1.066,70 0,35 3,79 4,41 992,96 0,37 3,55 4,21 Espiríto Santo 1.022,50 -0,02 0,60 6,08 951,62 -0,02 0,64 5,80 Rio de Janeiro 1.241,92 -0,03 -0,01 5,46 1.147,98 -0,04 0,00 5,09 São Paulo 1.222,93 0,15 0,77 3,79 1.132,29 0,18 0,82 3,79

Região Sul 1.159,11 0,09 0,68 5,53 1.075,55 0,10 0,73 5,26 Paraná 1.144,54 -0,12 0,17 4,87 1.058,79 -0,13 0,18 4,53 Santa Catarina 1.241,46 0,23 1,35 7,37 1.149,09 0,25 1,40 7,00 Rio Grande do Sul 1.104,25 0,32 0,91 4,78 1.032,82 0,34 0,99 4,72

Região Centro-Oeste 1.114,89 0,04 0,45 4,61 1.042,77 0,05 0,48 4,40 Mato Grosso do Sul 1.092,51 0,23 0,61 0,66 1.023,64 0,24 0,65 0,73 Mato Grosso 1.121,89 -0,22 0,15 6,30 1.047,47 -0,23 0,19 6,08 Goiás 1.095,84 0,13 0,83 5,05 1.025,52 0,14 0,82 4,80 Distrito Federal 1.147,50 0,14 0,23 4,51 1.073,72 0,16 0,25 4,16