O FUTURO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO NO

BRASIL:PARA ONDE ESTAMOS

INDO?

SERTÃOZINHO

ABRIL DE 2011

Ângelo Bressan Filho

O MERCADO DO AÇÚCAR:

PANORAMA DO

PASSADO RECENTE

E

PROJEÇÃO PARA OS

PRÓXIMOS DEZ ANOS

exportação Brasil x exportação mundo

produção Brasil x produção mundo

exportação Brasil x produção mundo

SÉRIE ANUAL COM A PRODUÇÃO CONSUMO E EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE AÇÚCAR(1987 a 2010: observado) (2011 a 2020: projetado)

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000

1987

1989

1991

1993

1995

1997

1999

2001

2003

2005

2007

2009

2011

2013

2015

2017

2019

em

mil

to

ne

lad

as

Exportação - Brasil Consumo - Brasil Produção - Brasil

O MERCADO DO ÁLCOOL ETÍLICO:

PANORAMA DO

PASSADO RECENTE

E

PROJEÇÃO PARA OS

PRÓXIMOS DEZ ANOS

A PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL:

SÉRIE DOS ÚLTIMOS 40 ANOS

E A

NECESSIDADE PARA OS

PRÓXIMOS DEZ ANOS

CICLO DO CARRO A ÁLCOOL

CICLO DAS EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR

127,7 mi ton

222,6 mi ton +9.888 a cada ano

381,4 mi ton +11.349 a cada ano

625,0 mi ton +40.591 a cada ano

CICLO DA BIOMASSA

A GERAÇÃO TERMOELÉTRICA COM A QUEIMA DO BAGAÇO DA

CANA-DE-AÇÚCAR:A

SITUAÇÃO ATUAL E O

POTENCIAL A SER EXPLORADONO FUTURO

BAIXO CUSTO OPERACIONALO BAGAÇO E OS QUEIMADORES FAZEM PARTE DO MESMO

AMBIENTE E O COMBUSTÍVEL NÃO NECESSITA DE TRANSPORTE

ALTA QUALIDADE ENERGÉTICAA UNIDADE GERADORA ESTÁ, QUASE SEMPRE, PRÓXIMA DOS

CENTROS DE CONSUMO

BAIXO CUSTO DE TRANSMISSÃO DA ENERGIAAS DISTÂNCIAS PARA A INSTALAÇÃO DAS LINHAS CONECTORAS

SÃO CURTAS E COM BAIXA PERDA DE CARGA

GRANDE ATRATIVO AMBIENTALÉ POSSÍVEL GERAR UMA ENORME QUANTIDADE ADICIONAL DE

ENERGIA ELÉTRICA COM A QUEIMA DA MESMA QUANTIDADE DE BAGAÇO QUE JÁ ESTÁ SENDO QUEIMADO ATUALMENTE

QUALIDADES DA NOVA FONTE DE ENERGIA

A

ENERGIA

ELÉTRICA

DERIVADA

DA

BIOMASSA

NO

BRASIL

FATOR DE CAPACIDADE

Itaipu: 91.651mil mW/14mil mWx8.720h=74,7%

Setor sucroalcooleiro: 20.031 mil mW/5,9 mil mWx4.468h= 38,7%

ESTADO DE SÃO PAULO REGIÃO CENTRO-SUL (EXCETO S. PAULO)

REGIÃO NORTE-NORDESTE TODOS OS ESTADOS PRODUTORES

1

COMO SE EXPLICA A BAIXA ADESÃO AO NOVO NEGÓCIO?

para entrar nesse novo ramo de negócio faz-se necessária a contratação de especialistas nessa matéria, montar projetos de

geração e entrega firme num mercado de contratos onde a maior parte da mercadoria é vendida para entrega em longos períodos,

com mínimo de 15 anos. Existe um custo e um risco econômico considerável associado a essa iniciativao novo produto tem regras específicas de comércio que fogem

completamente do padrão convencional que prevalece em mercados abertos.

existe um alto volume de capital a ser aplicado, não apenas nos equipamentos operacionais das unidades (grelhas, fornalhas,

caldeiras, turbinas, geradores, condutores de vapor), mas também nas estações e redes de transmissão. o aumento das receitas com o novo produto, por sua expressão no

faturamento da unidade, não parece funcionar como um estímulo relevante

gerar e vender energia elétrica significa assumir um novo negócio que foge completamente ao interesse tradicional do empresário

deste setor

4

3

5

2

Cálculo ilustrativo do montante adicional de

receita que o novo produto agregaria por tonelada de cana moída:

Açúcar: 60,5 kg x R$ 0,60 = R$ 36,30

Álcool etílico: 45,8 litros x R$ 0,80 = 36,64

Sub-total da receita do açúcar e do álcool etílico = R$ 72,94

Energia elétrica: 35 kWh x R$ 0,14 = 4,90

Total das receitas realizadas por tonelada de cana: R$ 77,84

(Equivalente a 6,7%)

1

COMO SE EXPLICA A BAIXA ADESÃO AO NOVO NEGÓCIO?

para entrar nesse novo ramo de negócio faz-se necessária a contratação de especialistas nessa matéria, montar projetos de

geração e entrega firme num mercado de contratos onde a maior parte da mercadoria é vendida para entrega em longos períodos,

com mínimo de 15 anos. Existe um custo e um risco econômico considerável associado a essa iniciativao novo produto tem regras específicas de comércio que fogem

completamente do padrão convencional que prevalece em mercados abertos.

existe um alto volume de capital a ser aplicado, não apenas nos equipamentos operacionais das unidades (grelhas, fornalhas,

caldeiras, turbinas, geradores, condutores de vapor), mas também nas estações e redes de transmissão. o aumento das receitas com o novo produto, por sua expressão no

faturamento da unidade, não parece funcionar como um estímulo relevante

gerar e vender energia elétrica significa assumir um novo negócio que foge completamente ao interesse tradicional do empresário

deste setor

4

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2

Sugestões: 1) parceria e terceirização com profissionais do ramo elétrico para . o melhor aproveitamento do bagaço. Criaria a oportunidade de . criação de novo tipo de empreendimento;

2) programas públicos direcionadas a atrair interessados.

EXISTE SAÍDA PARA O IMPASSE?

O QUE NOS RESERVA O FUTURO? ? ? ? ? ? ? ? ?

SIMULAÇÃO DO TOTAL DO CONSUMO COM O ATENDIMENTO DE 1/3 DO CRESCIMENTO DA DEMANDA DOS VEÍCULOS ‘FLEX-FUEL’

1

A BATALHA DO MERCADO DE COMBUSTÍVEIS ESTÁ PERDIDA, DE FORMA IRRECUPERÁVEL, PARA A GASOLINA

2

A COMPETITIVIDADE COM A GASOLINA FICARÁ RESTRITA AOS MESES CENTRAIS DA COLHEITA (MAIO A

SETEMBRO)

Preço médio= 0,668

Preço médio=0,821 Preço médio=0,722

Preço médio=0,837

Preço médio=0,839

Preço médio=0,685

Preço médio=0,963

3

ESTADOS NÃO PRODUTORES DE ETANOL TENDERÃO A CONCENTRAR O CONSUMO NA GASOLINA

RELAÇÃO ENTRE O PREÇO DO ETANOL E O NÍVEL DE CONSUMOmaio de 2010

GO

PR

SPMT

BA

PE

SE

RJ

MSRN

AL

DF

MGPB

SC

CERS

MAES

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

55,0%

60,0%

par

tici

paç

ão d

o e

tan

ol n

o c

on

sum

o

PI

Relação entre o preço do etanol e o preço da gasolina

CE

RS

SC

ES

PB

DF

PI

MG

SE

RN

3

ESTADOS NÃO PRODUTORES DE ETANOL TENDERÃO A CONCENTRAR O CONSUMO NA GASOLINA

QUESTÕES ESSENCIAIS A

SEREM ANALISADAS:

COMO VÃO REAGIR OS CONSUMIDORES E AS MONTADORAS NO FUTURO?

O ETANOL ANIDRO, QUE TEM CONSUMO MANDATÓRIO, PODE CUSTAR TÃO CARO?

HAVERÁ REJEIÇÃO AO VEÍCULO ‘FLEX’?

CORREMOS O RISCO DE UM NOVO DESASTRE COMO O ‘PRÓ-ÁLCOOL?’