O Gafanhoto #55

32
Comenius .4 Liberdade .28 Galardão Ecoescolas .12 N . 55 gafanhoto Escola Secundária Gafanha Nazaré JANEIRO 2012 Liberdade A responsabilidade é a maior li- berdade que podemos alcançar A imaginação é a esperança de ter liberdade, de sonhar É escolhermos os caminhos da vida, da bondade Escolhermos o valor do amor e a luz da liberdade Beatriz Graça, Beatriz Casqueira, Diana Ferreira, Diogo Margaça “A liberdade é como uma pena que transporta a felicidade” Diário da viagem à Lituânia Poesia, História, Cultura Geral, Teatro, Cinema. O prazer de saber. página .16 SUPLEMENTO LITERÁRIO Isto é uma espécie de

Transcript of O Gafanhoto #55

Page 1: O Gafanhoto #55

Comenius .4

Liberdade .28

Galardão Ecoescolas .12

N.55

gafanhotoEscola Secundária Gafanha Nazaré

JANEIRO2012

LiberdadeA responsabilidade é a maior li-berdade que podemos alcançarA imaginação é a esperança de ter liberdade, de sonharÉ escolhermos os caminhos da vida, da bondadeEscolhermos o valor do amor e a luz da liberdade

Beatriz Graça, Beatriz Casqueira, Diana

Ferreira, Diogo Margaça

“A liberdade é como uma pena que transporta a felicidade”

Diário da viagem à Lituânia

Poesia, História, Cultura Geral, Teatro, Cinema.

O prazer de saber.

página .16

SUPLEMENTOLITERÁRIO

Isto é uma espécie de

Page 2: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Índice3. Editorial4. Comenius6. Observação do céu noturno7. Visita à UA8. Ler +; Nota discordante9. Ontem, hoje e amanhã10. Eu sei escolher13. Ecoescolas14. Bioria

Ficha TécnicaCoordenação:Fernanda Alegrete

redaCção:direCção exeCutiva– Maria Eugénia Martins Pinheiro

ProfessoresAmélia Pinheiro, Ana Luísa Torres, Cristina Vidal, Dulce Carlos, Eugénia Pinheiro, Graça Martinho, Helena Silva, Isabel Sardo, Leonor Mendonça, Luísa Costa, Luísa São Marcos, Luís Ventura Pereira, Maria João Fonte, Paula Ribau, Paula Rocha, Rosa Agostinho, Teresa Pacheco.

alunos Ana Amarante, Ana Carolina, Ana Luísa Costa, Ana Rita Castro, Ana Rita Soares, Ana Teixeira, André Brandão, André Silva, António, Armando Marçal dos Santos, Beatriz Casqueira, Beatriz Graça, Beatriz Nogueira, Bernardo, Carlos Matos, Carolina, Carolina Rocha, Carolina Machado, Carolina Ribau, Catarina Graça, Catarina Santos, Cátia Simões, Daniel Encarnação, Daniela Almeida, David Tavares, David Roque, Diana Ferreira, Diogo Amaro, Diogo Ferreira, Diogo Margaça, Diogo Teixeira, Edna, Fábio Maia, Francisco Almeida, Helder Reis, Inês Duarte, Inês Ferreira, Inês Oliveira, Inês Vaz, Joana Calisto, João Pedro, João Pedro

Fernandes, João Pedro Santos, João Santos, Karina Vicente, Manuel Pires Jorge, Maria Diana, Maria João, Mariana Silva, Mariana Vaz, Pedro Guedes, Pedro Martinho, Rafaela Ferraz, Raquel Almeida, Salomé Margaça, Sara Batista, Sara Gonçalves, Sérgio Gandarinho, Silvério Pereira, Sofia Santos, SIlvelys, Vasco Fernandes, e ainda os alunos do 7ºE, do 8ºA, do 8ºB, do 8ºC e do 10ºF.

reColha de material, redação e PaginaçãoFernanda Alegrete, Paula Justiça e Paulo Pebre

ESGN

Não gostava que lhe chamassem Nuno, por isso lhe chamávamos Rafael, o seu segundo nome, e é esse que nos ficará na memória, assim como a sua doçura, a sua boa disposição, as suas brincadeiras, a sua esperança, as suas expectativas face à vida. Por tudo isso, por o termos acolhido bem e por ele tão facilmente se ter integrado no grupo, nunca poderemos esquecê-lo. É impossível expressar em palavras o que sentimos e o que de nós perdemos por já não o termos connosco. Às vezes é preferível calarmo-nos e em silêncio recordar todos os momentos bons que vivemos juntos.

Para ti rafaeL...O destino pregou-te uma das partidas mais

cruéis, a tua partida...Não tiveste tempo para sonhar, amar, brincar,

viver na sua plenitude. E tu merecias tudo isso!Não tivemos oportunidade para bem nos co-

nhecermos. O tempo passou num ápice, foi tudo demasiado fugaz.

Guardo algumas imagens tuas...Tu a encheres um balão, numa aula, como se fosse a coisa mais natural do mundo. O teu tamborilar constante, a tua desatenção... Perguntas se me irritavas? Claro que sim... Claro que me aborreci contigo.

Mas vou guardar como imagem de eleição, a aula em que pedi um voluntário para ler, e tu, com um entusiasmo invulgar e um sorriso magnífico, disseste: ”Deixe-me ler professora, adoro ler...”

E leste!Leste o poema e a tua leitura foi simplesmente

harmoniosa e sublime! Da tua professora de Português

15. Erosão costeira16. À descoberta de... ; Fábulas dos dias de hoje18. Dia Mundial da luta contra a SIDA20. Temas e problemas24. O presépio de Júlia Ramalho26. Os patos preferem a escola27. Bienal de cerâmica28. LiberdadeSuplemento literário

Page 3: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Aproxima-se um momento marcante

da nossa vida enquanto comunidade educativa: tudo indica

que, em Janeiro, entraremos pela

porta do novo bloco administrativo e

desembrulharemos parte do presente

que é a nova Escola Secundária da

Gafanha da Nazaré.Parte, porque só fica concluída a primeira

fase de obra: o bloco administrativo onde podem encontrar os diferentes serviços (direção, diretores de turma, secretaria, CNO, CFAECIVOB, papelaria, reprografia), uma enorme sala de convívio com bar e refeitório, uma grandiosa biblioteca, sala de professores, salas Tic e algumas salas de aula.

O pavilhão gimnodesportivo ficará igual-mente disponível, assim como um novo equipamento: o ginásio/auditório.

Como se pode deduzir, o nosso período natalício vai ser uma azáfama: colocar tudo no bloco novo para que vos receba condig-namente em Janeiro. Até lá teremos o nosso dia-a-dia condicionado por trabalhos de instalação de uma portaria provisória, assim como outros trabalhos de infraestruturas e colocação de mais monoblocos.

A segunda fase da obra engloba a requa-lificação dos atuais blocos A, B e D, onde será construída a quase totalidade das salas de aula da futura ESGN, os laboratórios e as oficinas específicas.

Na atual situação do país é uma res-

ponsabilidade muito grande para a nossa comunidade poder usufruir deste tipo de equipamento escolar – em primeiro lugar exige-se-nos uma atitude de respeito e zelo pelas instalações e mobiliário (será forneci-do mobiliário novo para os diversos setores, mas pode não estar todo já colocado em Janeiro); uma atitude de compreensão para o facto de se estar, ainda, em obras, o que implica situações excecionais (como, por exemplo, utilização de espaços para fins diferentes daqueles para o que foram conce-bidos); uma atitude de abertura à mudança; mas exige, acima de tudo, que queiramos ser uma verdadeira comunidade educativa, que abracemos esta oportunidade.

Uma nova escola não são paredes e edi-fícios, mesas e cadeiras. O bem - estar é fundamental, é claro, e contribui para que nos sintamos melhor. Uma nova escola, uma nova ESGN, que se quer assumir como “ o futuro começa aqui”, somos nós, as pes-soas: alunos empenhados e responsáveis, comprometidos com bons resultados, que se distinguem pelo comportamento cívico, professores e direção comprometidos com o sucesso educativo dos alunos e com um bom clima de escola, pais empenhados na educação e acompanhamento dos filhos, pessoal não docente que assuma a escola, comunidade local que aposte na educação. Felizmente, já temos muitos e bons exem-plos do que acabei de enumerar.

Mas este caminho… este caminho é uma construção diária, terá mais fases do que a intervenção da Parque Escolar.

Este poema de Fernando Pessoa é, no meu entender, uma excelente mensagem, a este propósito:

PaLCO da VidaVocê pode ter defeitos, viver ansioso e

ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência.

Há muitas pessoas que precisam, admi-ram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos

sem acidentes, trabalhos sem fadigas, re-lacionamentos sem desilusões.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no ano-nimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos pro-blemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu pre-ciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da recetividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.

Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas

da inteligência.Jamais desista de si mesmo.Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida

é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demons-trarem o contrário.

Pedras no caminho? Guardo todas... Um dia vou construir um castelo! um gratifiCante anO nOVO,

Maria Eugénia Martins Pinheiro

Editorial.3

Cara comunidadeESGN

Page 4: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

4.Comenius

Em Alytus, depois de uma pobre noite

de sono, fomos apresentados às famílias com as

quais íamos viver durante uma semana.

Cada um foi para a respetiva casa, onde desfizemos as malas

e nos preparámos para a apresentação

na escola. Aí, ficámos a conhecer os outros

alunos da escola e dos outros países.

Depois fizemos uma visita guiada à escola

e ao museu escolar. A impressão que nos ficou da escola é que é muito diferente da

nossa. Cada disciplina tem uma sala própria

que se encontra adornada de acordo

com a disciplina em causa. Algo que

notámos foi que o desporto predominante

era o basquetebol, sendo que em cada 100 metros havia um campo para jogarem. A língua,

ao contrário do que nós achávamos, era totalmente diferente do Russo, mas tinha

bastantes semelhanças com o Polaco.

1º DIADepois de conhecermos a escola e al-

gum vocabulário em Lituano, fizemos uma excursão ao Monte Alytus, onde tivemos a oportunidade de ver algumas estátuas lá presentes e os dois rios da cidade que se encontravam nesse ponto. De seguida, fizemos uma visita ao melhor ferreiro da Lituânia, Vytautasjarutis. Ao fim do dia, voltámos para a escola e fizemos várias atividades, nomeadamente danças tra-dicionais.

2º DIANa manhã seguinte, tivemos uma visita à

Câmara Municipal, com as boas vindas do presidente. Mais tarde, formámos grupos com alunos de diferentes nacionalidades para descobrirmos mais sobre a cidade e vários sítios interessantes. Depois desta atividade, almoçámos na cantina da escola. À tarde, apresentámos os trabalhos realiza-dos sobre o passeio à volta da cidade e, por fim, fomos para o pavilhão da escola jogar basquetebol e outros desportos.

3º DIANo terceiro dia apanhámos o autocarro

até à região de Trakai. Lá tivemos uma guia que nos mostrou alguns pontos inte-ressantes na cidade e também o magnífico castelo de Trakai. Tivemos algum tempo livre para comprar “souvenirs” e logo de seguida visitámos o palácio e o parque de Uzutrakis. O destino final do dia foi a visita à quinta de Galgedu, onde adquirimos alguns conhecimentos sobre a história do pão na Lituânia.

4º DIAJá no outro dia, encontrámo-nos na es-

cola para irmos todos juntos até ao museu de Etnografia, em Alytus. Vimos inúmeras exposições e observámos como se faziam velas em outros tempos, experimentando também nós próprios. Mais tarde, cada país apresentou uma música/dança tradicional do seu país. Aprendemos também a cantar uma música lituana.

Diário do Comenius

A nossa experiência na Lituânia

Page 5: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Comenius.5

PROJETO MIA

Mobilidade Individual de Alunos Integrada no Projeto Comenius, a nossa escola apresentou candidatura ao Pro-

jeto MIA (Mobiliddae Individual de Alunos) 2012-2013, patrocinado pela PROALV. Este projeto, pioneiro em 2007-2008, possibilita a alunos do ensino secundário frequentar uma escola num país parceiro do Projeto Comenius de que faz parte a ESGN, e também receber em sua casa um aluno, por um período que poderá ir de 3 a 10 meses. A candidatura apresentada deverá envolver quatro alunos (dois da nossa escola e dois do Istituto Tecnico Commerciale e per Geometri Enrico Fermi em Pontedera, Itália).

Este tipo de parcerias possibilita aos alunos uma experiência diferente, uma vez que lhes permite a aprendizagem de uma lingua estrangeira, o contacto com mé-todos de ensino diferentes, lado a lado com a partilha da vida familiar de um aluno do país de acolhimento. Projetos desta natureza permitem ainda aos participantes uma melhor compreensão da dimensão europeia e da diversidade das culturas de línguas europeias e ajuda-os a adquirir as capaciaddes necessárias para o seu desenvolvimento pessoal.

A cooperação entre a escola de origem e a escola de acolhimento é fundamental para o sucesso de projetos desta natureza. Resta-nos aguardar pelo resultado da candidatura.

Prof. Helena Silva Dário Margaça, 11ºA e David Roque 10ºA

Em geral, achamos que foi uma experiência única. As famílias que nos acolheram foram simpáticas e acima de tudo preocupadas com o nosso bem-estar. Os nossos colegas, com quem partilhamos bons momentos, foram espetaculares connosco, amigas e brincalhonas. As paisagens e os monumentos que visitámos são fantásticos, incluindo as catedrais. A comida era diferente da nossa, mas no entanto era apetitosa. Aconselhamos todos a participarem neste projeto, porque realmente é uma experiência espetacular, que garante proporcionar dos melhores momentos da nossa vida.

5º DIADia seguinte: visitámos Kaunas, a se-

gunda maior cidade do país, e o dia foi repleto de sítios fantásticos, como o museu dos Diabos, que tem diabos de todos os cantos do mundo, uma catedral das mais impressionantes que já vimos na vida, e um centro de fazer cruzes “Prienai Cross – making centre”, uma tradição de grande valor na Lituânia, arte popular reconhecida pela UNESCO.

6ºDIANo último dia, visitámos Vilnius, a capital.

Page 6: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

6.Atividades

Se eu pudesse ir a Gliese 581g, levava alguns humanos para tentar formar vida no planeta, já que condições não faltavam!

Primeiro, levava material para construir habitações e indústrias, depois vinha bus-car mais vinte homens e vinte mulheres para habitarem o planeta. Quando viesse buscar essas pessoas, levava plantas para plantar em Gliese, e, assim, dentro de pou-co tempo o planeta estava com humanos, cheio de vegetação. Claro que levava tam-bém alguns animais!

João Pedro, 7E

Observação do céu noturnoEste evento, organizado pelos professo-

res que lecionam Ciências Físico-Químicas ao 7º ano, Carmo Constantino, Fernanda Alegrete, Paula Beirão e Teresa Pacheco e pelo sub-coordenador do grupo disciplinar, António Rodrigues, decorreu na noite de 28 de Outubro, no recinto da ESGN, com a presença do astrónomo amador, João Pereira.

Durante toda a semana que o antecedeu, tememos que tivesse de ser cancelado, de-vido às condições meteorológicas: a chuva e o céu carregado de nuvens impedem a boa visibilidade dos corpos celestes.

Mas o Universo criou condições para que essa 6ª feira amanhecesse com céu limpo,

sem nuvens nem chuva, que se prolongaram para a noite.

A ESGN encheu-se de vida e de vontade de espreitar pelo telescópio, para observar o planeta Júpiter e algumas das suas luas.

Pudemos ainda deliciar os olhos com fotografias de vários corpos celestes, tira-das pelo astrónomo João Pereira. Tivemos assim uma noite cheia de imagens únicas e que de outro modo não conseguiríamos ter.

Sábado choveu de novo e voltou a estar uma semana inteira de céu carregado, que não permitia ver para além das nuvens.

Mas nós já tínhamos tido a nossa noite mágica!

Se eu pudesse ir a Gliese 581g

Page 7: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Atividades.7

Os alunos das turmas B, C e D do 9º ano, participaram

na semana da Ciência e Tecnologia da universidade

de Aveiro, que se realizou do dia 21 ao dia 26 de

novembro. Os alunos do 9ºB, acompanhados pelos

professores de Ciências Naturais e Ciências Físico-

Químicas, visitaram diversas exposições interativas,

nomeadamente: ATLASCAR, assistência ao condutor e

rumo à condução autónoma, espetáculo da Física,

experiências de Química, respirar e vozear, um olhar

sobre as células, volta ao mundo em 10 árvores, equilibrar o equilíbrio e a

química das coisas. No dia 25 de novembro as turmas C

e D tiveram a oportunidade de assistiram também ao

Show da Física no auditório da reitoria e um dos alunos

da turma D participou, inclusivamente, no

espetáculo. Neste atividade de palco demonstraram-se de forma lúdica e divertida

diversas atividades relacionadas com a ótica, a termodinâmica, mecânica,

eletricidade e magnetismo.

Visita à semana da ciência e tecnologia da universidade de aveiro

Page 8: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

8.Atividades

Decorreu no dia 15 de dezembro, no auditório do santuário de Schöenstatt, pelas vinte horas, e organizado pelo Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, a primeira noite de poesia. Formandos, pessoal docente e não docente, revi-sitaram alguns dos poetas mais representativos da poesia portuguesa, com momentos de elevação, humor e música, que culminou num convívio salutar entre os participantes.

O centro agradece a todos os que estiveram presentes, e em particular aos que acei-taram o desafio de dar voz a esta Nota Discordante.

Cristina Vidal

LER COMPENSA SEMPRE!“Senhora Professora… foi uma sessão tão interessante! É impressionante o que podemos fazer a partir da leitura de uns textos! Ainda bem que vim!”

Foi desta forma que, no passado dia 07 de dezembro, terminou mais uma sessão Ler+ do nível básico, desta vez dedicada ao tema da solidariedade.

“Os únicos bens duráveis, imutáveis e sem preço, são o afeto e a solidariedade que se sentem pelas pessoas queridas”.

Os adultos dos grupos 155, 157 e 158 participaram ativamente na leitura de dois textos propostos pela equipa técnico-peda-gógica do nível básico, nomeadamente um de José Jorge Letria, Uma Ceia Inesperada, que serviram de ponto de partida para a realização de actividades práticas de reconhecimento com o objetivo final de validação de algumas competências por parte dos adultos participantes.

Para não quebrar a tradição, a atividade culminou com o tradicional chá das dez (da noite!) acompanhado de um delicioso Bolo Rei, permitindo um saudável convívio entre a equipa e os adultos!

Enquadradas na iniciativa Novas Opor-tunidades a Ler+, estas sessões têm sido uma aposta do centro que desde setembro até dezembro já dinamizou seis momentos dedicados à leitura para os níveis básico e secundário, sempre do agrado dos adultos convidados. Desta forma o centro cumpre o seu papel indo ao encontro do grande objetivo do Plano Nacional de Leitura, que é a promoção de hábitos de leitura.POr tOdOs estes mOtiVOs e mais aLguns, afinaL … Ler COmPensa semPre!

No dia 15 de dezembro, em vez de ficar no Facebook a conversar com os amigos de sempre, fui com a minha mãe ao auditório do Santuário de Schoenstatt assistir à pri-meira noite de poesia, organizada pelo Centro Novas Oportunidades da nossa escola.

Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Miguel Torga, Alexandre O´Neill, José Régio, foram alguns dos poetas portugueses que partilharam a noite connosco, através da voz dos formandos, do pessoal docente e pessoal não docente.

E valeu mesmo a pena! Descobri novos amigos, cheios de emoção e loucura, alguns até me fizeram rir…Afinal a poesia também é divertida!

Já com as almas aconchegadas, era preciso tratar do corpo! E nada que um delicioso bolo - rei e outros bolinhos, acompanhados por chá quentinho, não pudessem fazer.

Nessa noite a nota foi mesmo discordante!Mariana Vaz

Nota Discordante… Noite de Poesia

Descobrir a poesia

CNOCentro Novas Oportunidades da ESGN

Page 9: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Atividades.9

Todas as turmas EFA participaram na atividade, que estava inserida nas pro-postas de trabalho de CP – Cidadania e Profissionalidade, CLC – Cultura Língua e Comunicação, STC – Sociedade, Tecnologia e Ciência e Língua Estrangeira - Inglês.

Cada turma tinha como objetivo a deco-ração de uma mesa alusiva ao S. Martinho, tendo por base materiais reciclados/reutili-zados. Para a sua concretização, as turmas organizaram-se por grupos e elaboraram pequenos enfeites que tivessem a ver com o tema do projeto. A criatividade não fal-tou a todos os alunos: construímos carros e cartuchos para as castanhas, bonecos, velas, porta-retratos com poemas alusivos ao tema, toalhas de mesa feitas através de papel de jornal, flores feitas com bases em garrafas de plástico, entre muitos outros.

Nessa sexta-feira, antes de passarmos à eleição das mesas e ao jantar, tivemos uma palestra em que o tema foi “Processos de valorização e tratamento de resíduos nas medidas de segurança e preservação ambiental”, palestra esta dirigida pela Dra. Ana Gomes da Universidade de Aveiro.

O jantar começou por volta das 21 horas,

e a ementa era composta por caldo verde, bifana, broa de abóbora, papas de abóbora, leite-creme e, claro, as castanhas assadas, que não podiam faltar neste dia festivo em honra do São Martinho.

Comemos, convivemos e passámos um bom momento em ambiente escolar.

No final da noite, procedemos à ava-liação das mesas. O júri era constituído por um representante de cada turma, um funcionário, um representante da direção da escola e pela palestrante, Dr.ª Ana Paula Gomes, do Departamento do Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro.

A mesa vencedora foi a da turma D, e os alunos foram premiados com um chocolate e com a atribuição de um diploma.

Concluímos dizendo que esta atividade integradora foi muito rica, na medida em que contribuiu para sensibilizar os alunos para os problemas ambientais e para a necessidade de reciclar/reutilizar, com o objetivo de proteger o planeta. Percebe-mos, ainda, que, através da reutilização de algum “lixo”, podem nascer projetos bastante interessantes.

As formandas: Rafaela Ferraz e Ana Luísa Costa

Atividade Integradora

“Ontem, Hoje…e Amanhã?”No âmbito da atividade integradora “Ontem, Hoje…e Amanhã?”,

realizou-se no dia 11 de novembro, na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, um concurso para eleger

a mesa mais criativa, feita através de materiais recicláveis, tendo como tema o São Martinho.

Neste ano letivo o nosso departamento

norteou o seu Plano de Atividades com

um objetivo concreto: reconhecer o esforço

de alunos que mais se destaquem na vida da

Escola, oferecendo-lhes uma viagem, em Junho.

Mas os sonhos não se concretizam sem suporte financeiro! E as verbas necessárias obrigam a um trabalho meticuloso e ao longo de todo o ano. Sem medo, pusemos “mãos à obra” e comemorámos o dia de S. Martinho. Promovemos o convívio entre todos os elementos da Comunidade Escolar com um almoço onde os sabores do outono encheram as nossas mesas: as castanhas, as papas de abóbora, as broas de frutos secos, entre outros … Os nossos alunos do Curso Profissional de Comércio asseguraram as febras e os de Restauração iniciaram-se no serviço de mesa.

E foi, de facto, um momento bonito! A Escola ganhava a vida e a alegria de um “Picnic”, que todos nós tão bem conhe-cemos!

Também as manhãs de terça-feira se tor-naram mais saborosas com o cheirinho das broas de abóbora, que chegavam por volta das onze horas. Poucos professores conse-guiram dar as aulas do 3.º bloco da manhã sem que os alunos os interrogassem sobre o cheirinho que estava na sala. E quantos não partilharam essa “iguaria” com eles!

Mas falta ainda trabalhar bastante para que este sonho tenha sucesso. Mais ativida-des agendadas, esperando o departamento que todos aqueles que queiram colaborar o façam, assumindo o projeto como seu.

A todos os que já aderiram, o nosso muito obrigado.

Rosa Agostinho

Page 10: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré10.Projetos

gafa

nhoto

nunCa é tarde demais Para aPrender a COmer

Como em tudo na vida, manter o equilí-brio, o bom senso e valorizar cada detalhe, são princípios de eficácia.

Há três princípios básicos de uma ali-mentação saudável. Deve ser completa - diariamente, devemos ingerir todos os alimentos de cada grupo da roda alimentar e beber bastante água. Deve ser equilibra-da - importa ingerir maior quantidade dos alimentos com maior representatividade na roda dos alimentos e menor quantidade daqueles com menor representatividade, de forma a garantir o equilíbrio alimentar. E deve ser variada - dentro de cada grupo e de acordo com a estação do ano. Num adulto, a alimentação deve fornecer os nutrientes necessários para garantir que o sistema imunitário continue a desempenhar com eficácia o seu papel de barreira contra as infeções, e em quantidade adequada, para prevenir o risco de obesidade.

Proteínas, hidratos de carbono, fibras, minerais, vitaminas, gorduras e açúcares são necessários, porque cumprem funções diferenciadas no organismo: uns fornecem energia, outros intervêm na formação e regeneração de tecidos, outros ainda na regulação das funções fisiológicas.

É nestes princípios que assenta a chama-da dieta mediterrânica, que continua a ser entendida como a base de uma alimentação saudável. A regra de ouro é ajustar o consu-mo em função dos benefícios nutricionais. 0 problema é que ainda há alimentos con-sumidos em excesso e outros que escas-

seiam, na dieta dos portugueses. Exemplo de um consumo deficitário são os vegetais, apesar dos elevados teores de vitaminas e sais minerais que fornecem, saciando e prevenindo o envelhecimento. Tal como a fruta - deveríamos comer em média cinco porções de alimentos do grupo da fruta e legumes por dia - fonte de vitaminas e minerais e pouco calóricos. Os hidratos de carbono abundam no pão, massa, arroz ou batata, devendo constituir a principal fonte de energia, sendo de preferir às gorduras, embora como regra geral devamos evitar os excessos. Carne, peixe e ovos são as maiores fontes de proteínas.

Para além do aporte proteico, o peixe fornece ácidos gordos essenciais bené-ficos para o cérebro e o coração, sendo pouco calórico. As carnes de aves devem ser privilegiadas face às carnes de porco ou de vaca, por serem mais magras. Leite e derivados contribuem para a saúde de ossos e dentes, devido ao seu elevado teor em cálcio. Finalmente, a água - que participa em todas as funções e é componente de células e tecidos -, litro e meio a dois litros por dia, é a quantidade indicada para um adulto saudável.

HábitOs PreCOCesA alimentação das crianças não difere

assim tanto da dos adultos, mas dada a fase acelerada de crescimento, as crianças têm exigências nutricionais específicas.

A verdade é que o número de calorias diárias varia em função da idade, do ritmo de crescimento e do nível de atividade:

2200 kcal para crianças e adolescentes do sexo feminino e 2800 kcal para ado-lescentes do sexo masculino. Mais do que o valor, é a qualidade dos alimentos que permite alcançar a dose de energia diá-ria. Neste plano, o exemplo dos adultos é determinante, porque se os pais comerem vegetais e frutas, moderarem doces, fritos e salgados, a probabilidade de os filhos seguirem o mesmo modelo é maior. Mas se os pais recusam a sopa ou a salada, tornar-se-á mais difícil os filhos apreciarem estes alimentos.

As boas decisões sobre o futuro dos filhos passam também pela alimentação. Os hábi-tos que adquirirem na infância perdurarão muito provavelmente durante toda a vida.

adOLesCênCia é determinanteNa adolescência, a alimentação deve,

entre outros aspetos, contribuir para pro-mover as capacidades mentais e as compe-tências intelectuais. É também desde cedo e durante a adolescência que se previnem muitas das doenças da idade adulta, que podem ser devidas a uma alimentação desequilibrada: obesidade, diabetes, hi-pertensão arterial e colesterol elevado. Por isso, o adolescente deve incluir na sua alimentação, em quantidades sempre adequadas, alimentos ricos em proteínas (a carne, o peixe, os ovos e o leite e deri-vados), energéticos (massas, arroz, batata, pão) e com função reguladora que contribui para o bem-estar e bom funcionamento do organismo (frutas e legumes, fontes de fibras, vitaminas e sais minerais).

No dia 17 de outubro , em comemoração do Dia Mundial da Alimentação, foi lançada na escola a Campanha “Eu sei escolher!”, cujo objetivo é promover e incentivar o consumo de lanches saudáveis. Nesse sentido, foram propostas várias combinações de menus, que se encontram disponíveis no bar dos alunos da nossa escola, a preços mais acessíveis.

Com esta iniciativa, a escola pretende que os seus alunos adquiram hábitos alimentares mais saudáveis, uma vez que é na escola que passam um elevado número de horas, sendo portanto o local onde ingerem uma parte substan-cial de alimentos. A qualidade e a quantidade de géneros alimentícios, ingeridos em meio escolar, têm um impacto

enorme na saúde e bem-estar dos jovens, sendo o bufete escolar um espaço de capital importância.No âmbito do Projeto de Educação para a Saúde tem-se vin-do a aferir a quantidade de massa gorda em todos os alunos da escola e a encaminhar os casos mais problemáticos para a Consulta de Nutrição do Centro de Saúde de Ílhavo.

Equipa do PES

Page 11: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré Projetos.11

gafa

nhoto

em síntese, e Para tOdas as faixas etárias:— Preferir hidratos de carbono (pão, mas-sa, arroz, batata, cereais) como fonte de energia.— reforçar o consumo de produtos lácteos.— Consumir proteínas de forma equilibrada, tendo o cuidado de limitar a ingestão de gordura de origem animal.— aumentar a ingestão de frutas e legumes.— beber água em abundância.— evitar as bebidas gaseificadas e refri-gerantes.— moderar o consumo de sal e de açúcar.— tomar sempre o pequeno-almoço.— repartir as refeições, evitando o jejum prolongado, comendo porções mais peque-nas a cada refeição.

aLimentar O enVeLHeCimentOCom a idade, as necessidades energé-

ticas diminuem, sobretudo se a atividade física for limitada, mas o corpo continua a precisar das mesmas quantidades de proteínas, vitaminas e minerais, e maior necessidade de fibra. Por isso é fundamen-tal que os alimentos sejam ricos do ponto de vista nutricional. Apesar de a maioria dos idosos beneficiar com a diminuição da ingestão de gorduras, estas não devem ser descuradas, pois são importantes para melhorarem o sabor dos alimentos. É de salientar a importância de alimentos como os peixes e óleos vegetais, ricos em ácidos gordos ómega 3 e ómega 6, de reconhecida utilidade, especialmente naqueles que apresentem elevado risco cardiovascular.

Relativamente às fibras, visto que nos

idosos a obstipação e outros problemas intestinais são frequentes, o consumo de cereais, frutas e legumes, deve ser incen-tivado, para favorecer o normal funciona-mento dos intestinos.

0 “PrimeirO aLmOçO”0 pequeno-almoço é a refeição mais

importante do dia. Só que o ritmo acele-rado do quotidiano leva-nos a torpedear esta lógica. Será que essa desvalorização é induzida pelo adjetivo “pequeno”? É que deveria mesmo chamar-se “primeiro”, pelo papel essencial no funcionamento do organismo ao longo do dia: é a refeição que permite recarregar baterias, elevar os níveis de energia, depois das horas de sono.

Não assegurar o pequeno-almoço signi-fica comprometer funções como a concen-tração e a memória, tão importantes quer em idade escolar, quer no desempenho profissional. As crianças que “passam” a primeira refeição do dia têm mais dificul-dades em provas realizadas pela manhã. E quando assim é, acabam por sentir fome durante a manhã e, mais cedo ou mais tar-de, são tentadas por alimentos altamente calóricos, desestabilizando o peso.

A azáfama diária em que mergulhamos logo de manhã é o argumento para muitas pessoas não tomarem o pequeno-almoço adequadamente. Grande parte nem come nada, outros ficam-se por “qualquer coi-sa”... Mas o pequeno-almoço é de extrema importância e, sobretudo para os mais jovens, tem uma influência determinante no sucesso escolar.

Uma alimentação correta deve carate-rizar-se por ser completa, equilibrada e diversificada, mas nem sempre tal acon-tece. As pessoas ainda retêm a imagem da pirâmide alimentar, procurando incluir as doses certas dos diversos nutrientes, mas frequentemente esquecem o quão importante é fazer refeições ao longo do dia. Não basta diversificar e calibrar nu-trientes. Há que saber distribui-los durante as 24 horas. Quando, a caminho da escola ou do emprego, se come uma bolacha ou um biscoito ou se bebe meio copo de leite ou um simples café, perdemos a noção de que já passaram oito ou mais horas desde a última refeição ingerida... Ao deixarmos o organismo sem aporte nutritivo durante longas horas, o seu funcionamento, inevi-tavelmente, ressente-se.

Afinal, basta reservar 10 minutos para salvaguardar o nosso organismo ao acor-dar. As pessoas não têm todas as mesmas necessidades calóricas e isso também deve ser respeitado no pequeno-almoço. A idade,

o sexo, o peso, o estilo de vida e o próprio clima, são fatores que influenciam o tipo de alimentos incluídos no pequeno-almoço, que deve fornecer 20 a 25 por cento da energia total obtida com a alimentação ao longo do dia. Assim sendo, não importa se há pessoas que ficam reconfortadas com um copo de leite e uma sandes e outras que requerem algo mais substancial. Mas - é claro - convém ter cautela com o açúcar, a gordura e o sal, tal como nas restantes refeições. As pessoas mais sedentárias devem evitar pequenos-almoços muito abundantes, que podem implicar uma maior ingestão de gorduras, para além de dificultarem a digestão. Um conselho que se aplica também a pessoas obesas ou com tendência para a obesidade, a idosos e in-divíduos com problemas cardiovasculares.

4 mandamentOs, Para COmeçar bem O dia:

— Comer devagar, mastigando bem os alimentos

— ingerir alimentos variados, que for-neçam proteínas e hidratos de carbono de absorção lenta e com baixo teor de gorduras

— Comer sempre à mesma hora— tomar a refeição num ambiente calmo,

sem pressasA Primeira Refeição da Manhã é funda-

mental para que o dia corra bem. Há por isso que valorizar (e muito) o pequeno-almoço ...e tenha um dia feliz!

Retirado de Revista Saúde, nº181,

outubro 2011-12-07

Page 12: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré12.Projetos

Com PETNo âmbito das atividades do projeto

Eco-Escolas foi construída na ESGN uma árvore ecológica com garrafas PET.

A recolha das garrafas foi feita principal-mente pelos diretores de turma do ensino básico, nas aulas de Formação Cívica, mas o pessoal docente e não docente da escola e a Câmara Municipal de Ílhavo também contribuíram depositando todas as garrafas de água nos locais adequados.

As turmas que mais garrafas recolheram foram: 7ºB, 7ºC e o 9ºC.

Durante as tardes de quarta feira al-guns alunos destas turmas e também do 7ºE, participaram nas diversas fases de construção da árvore, que envolveram a construção de recipientes adequados para a recolha das garrafas na escola, corte de garrafas e colocação das mesmas no local. Os alunos do 8º ano do Curso de Educação e Formação de Eletricidade colaboraram na iluminação da árvore.

Ecos do ecoFelicitada pelo sucesso dos seus produ-

tos, a Eco-Decor agradece a todos quantos participaram, ou de alguma forma con-tribuíram para a entrega atempada das encomendas de Natal.

Muito para além da meia hora suple-mentar de laboração diária, já prevista, os colaboradores da Eco-Decor orgulham-se de trabalhar, arduamente, sempre que as obrigações assim o exijam. Certos de que é possível continuar a contar com a disponibilidade de todos, não se receia a deslocalização da empresa, nem estão pre-vistos cortes nos salários, nem tão pouco despedimentos de pessoal.

Na firme convicção de que, num futuro próximo, a Eco-Decor venha a ser cotada em Bolsa, é com alegria que a todos desejamos Festas Felizes e um Bom Ano de 2012,

com a eco-decor, a empresa do futuro!departamento de informática, publicidade e

marketing

“ Reciclagem de papel”No dia 4 de novembro as professoras Teresa Pacheco e Ade-

laide Pinheiro, do Eco Escolas, dinamizaram uma atividade com os alunos do EFA (Educação e Formação de Adultos) para estes aprenderem a reciclar papel e assim poderem fazer umas toalhas para a Atividade Integradora do Dia de São Martinho. Esta atividade teve como objetivos principais a sensibilização dos formandos para a problemática do excesso de resíduos, nomeadamente do papel e a divulgação da técnica da reciclagem do papel. Alguns dos formandos participaram com entusiasmo e aprenderam a reciclar materiais e assim contribuíram para a Sustentabilidade do planeta Terra.

Estas bandeiras têm como principal objetivo reconhecer e pre-miar o trabalho desenvolvido pelos estabelecimentos de ensino na melhoria do seu desempenho ambiental. A ESGN contribuiu para que Ílhavo seja, pelo 5º ano consecutivo, o 2º melhor mu-nicípio do país e fez-se representar pela direção, professores, encarregados de educação e por muitos alunos participantes no projeto Eco Escolas.Obrigada a tOdOs Os que COntribuíram e aPOstaram nO PrOjetO.

Galardão do Eco-Escolas No dia 18 de novembro, no Centro Cultural de Ílhavo, foram entregues as Bandeiras Verdes do Eco Escolas do município de Ílhavo.

Page 13: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Projetos.13

Há Rolhas que dão Folhas�O Projeto Eco Escolas da ESGN ins-

creveu-se na campanha promovida pelo CONTINENTE “Rolhas que dão folhas”. Esta campanha tem em vista a sensibili-zação das comunidades escolares, seus familiares e amigos, para a reciclagem de rolhas de cortiça e as vantagens da reciclagem de rolhas de cortiça, pela qual se pretende plantar árvores no âmbito do Projeto “Floresta Comum”.

Uma vez inscrita na Campanha, o Eco Escolas da ESGN ficou encarregue de reu-nir o maior número de rolhas junto da respetiva comunidade escolar.

a) Por cada saco de rolhas entregue, o CONTINENTE entregará um vale, que servirá como comprovativo da entrega efetuada.

b) As escolas vencedoras serão aque-las com maior número de vales reunidos, proporcionalmente ao número de alunos.

Já foi entregue uma garrafa simbólica a todos os elementos da comunidade educa-tiva para recolher rolhas em casa e cada diretor de turma terá um garrafão para colocar as rolhas dos alunos da sua turma.

Esperamos que todos participem, para assim podermos reunir o máximo de rolhas na escola.

30 de Outubro

dia mundial da luta contra o Cancro da mama

No âmbito desta comemoração, foi dinamizado o placard do bloco D com posters científicos alusivos à temática,

elaborados pelos alunos de Biologia e Geologia do 11º ano.Equipa do PES

Page 14: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

14.Litoral

aVanCa (3km)O Percurso tem início na Casa Museu Egas

Moniz - Quinta do Marinheiro, onde foram instalados dois alpendres e seis conjuntos de mesas com bancos nas margens do Rio Gonde, permitindo assim aos visitantes usufruir deste parque de merendas com capacidade para albergar grupos com cerca de 50 elementos, interligando o patrimó-nio cultural e natural do concelho. Foram também instalados bancos, papeleiras e suportes de painéis informativos. Este percurso termina na ribeira do Mourão, fazendo a ligação ao percurso das Ribeiras de Pardilhó.

ribeiras de PardiLHó (8km) Neste percurso foram instalados suportes

de painéis informativos em todas as ribeiras e os visitantes têm ao dispor na Ribeira da Aldeia uma zona de paragem que foi reforçada com um alpendre, mesas, bancos e papeleiras. Este percurso termina na Ri-beira das Teixugueiras onde está instalada um torre de observação com uma magnífica perspetiva sobre o espelho de água da Ria de Aveiro, onde atualmente é possível ver facilmente grupos de flamingos.

ribeiras de VeirOs (9km)Com início na Ribeira Nova, este pa-

seio, vai-se afastando gradualmente da Ria, permitindo contactar com outro tipo de habitats e aproveitar a vista panorâmica da torre de observação instalada na Ribeira da Moitela. O percurso, com passagem pelas ribeiras de Veiros, Moitela, Tralhinha e Moita, termina no Esteiro de Estarreja. Só foi possível a definição deste troço após in-tervenção recente da autarquia nas margens do esteiro. Este percurso ficará ligado ao Percurso do Rio Antuã e dessa forma a toda a rede de percursos BIORIA já existentes.

40 km de PerCursOsA inauguração dos novos percursos

ocorrerá na Primavera (altura em que será atualizada a informação nos painéis infor-mativos), assinalando assim o arranque de uma nova época. Os visitantes terão ao dispor cerca de 40 km de percursos (20 km atuais + 20 km novos percursos) pedes-tres em zonas completamente distintas em termos paisagísticos, bem como habitats e biodiversidade associada.

BIORIA com novos percursos naturaisForam já instaladas as estruturas dos novos percursos nas freguesias mais a norte do concelho de Estarreja. Decorre assim a fase denominada como BIORIA 3 e que abrange as freguesias de Avanca, Pardilhó, Veiros e Beduído.

Reforço de estruturas no Percurso de Salreu

No Percurso de Salreu, o primeiro trilho natural do BioRia, foi colocada uma torre de observação na zona de transição entre arrozais e caniçal permitindo assim ter um grande plano sobre estes dois habitats vitais para o ecossistema local, com uma elevada biodiversidade associada.

Também a zona de merendas, ao lado do centro de interpretação ambiental, foi reforçada com dois alpendres de forma a poder dar resposta ao crescente número de grupos que durante todo o ano visitam a rede de percurso pedestres.

A rede de Percurso

Pedestres ficará

concluída no verão com

implementação do Percurso

de Fermelã atravessando

o raro e genuíno habitat

“Bocage”.

http://www.bioria.com/newstext.php?id=80

O Projeto BIORIA e a sua interligação às intervenções previstas no POLIS (Frente Lagunar, Núcleos Piscatórios e Via Ecológica Ciclável) e à rede de percursos intermunicipais do CICLORIA, permitirá uma efetiva e profunda requalificação de toda a frente lagunar de Estarreja, recuperando e aprofundando a relação do nosso território com a Ria de Aveiro. Cumpre-se assim o desígnio de “Virar o Concelho para a Ria”.

Page 15: O Gafanhoto #55

oooooooooo.29Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Sim, um suplemento é, segundo o Dicionário Houaiss de Sinónimos e Antónimos, um caderno, um apêndice, um complemento. Este terá a ousadia de se dizer literário: porque dele constarão textos produzidos por elementos da nossa comunidade escolar; porque através dele poderemos ficar

a saber um pouco mais sobre escritores e correntes literárias… Assim, lançamos um desafio: escrevam, escrevam sempre;

preencham este espaço com textos, muitos textos – poesia; prosa; diário; textos de opinião; sobre o Mundo e o mundo;

sobre o aqui e o acolá; o próximo e o distante; o passado e o futuro; o eu e o outro;…

NaturezaNatureza,Não vivemos sem ti.Contigo podemos ser livres,Podemos sentir-te;Podemos saber se estás feliz ou triste,Podemos compreender se estás abandonada ou protegida.

Na Primavera e no Verão és feliz.Aí tudo é belo.O brilho do Sol, A serenidade da água do mar, na vasta imensidão,Os jardins verdejantes, bonitos, delicados,As flores a perfumar…

Mas sentes-te triste e abandonada.Por vezes, revoltas-te contra o que o Homem te faz.

No Outono já te começas a revelar:As folhas das árvores que deixas cair,As lágrimas que fazes soltar…Por vezes, as grandes tempestades Que levam o Homem a pensar…

Os Homens estão a tirar-te tudo aquilo que és,Querem dominar ...

Não deixes que tal aconteça.Tu és única, bela e imponente!

Carolina Maria Teixeira Ribau, 11ºC

Espelho da alma

O poder do sorriso é grande e, saber sorrir é algo de muito importante. Existe o sorriso espontâneo, soltado de um modo verdadeiro como uma planta que não foi semeada, o sorriso discreto e envergonhado vindo da terra dos segredos ou o sorriso contagiante que espalha magia e sedução. Sorrir não é apenas um acto, é também um modo de estar na vida. Um sorriso pode afastar uma angústia, se for simpático, ou aumentá-la se for sarcástico.

Um sorriso pode estimular um trabalho, se for de aprovação, ou desanimar quem trabalha se for hipócrita. Pode criar uma amizade, se for sincero e transparente, ou um afastamento se for fingido. Pode também humilhar de modo irreversível, se não for autêntico e espontâneo. Um sorriso tem mil palavras para contar e que ficam por dizer.

Mostrar um sorriso, é importante para quem sorri e para quem o sorriso é dirigido. Ao sorrir, mostramos a afectividade, o carinho e a solidariedade para com a pessoa. Para as mulheres, o sorriso é mais frequente, utilizam-no como arma de sedução espontânea. Pelo contrário, o homem utiliza-o racionalmente para delimitar o seu desejo de dominação. Sorrir é sinal de vida, e não há emoções que se despertem que não se consigam esconder por trás de um sorriso.

Sorrir é algo inevitável. As pequenas coisas da vida fazem-nos sorrir. Um cego que nunca viu um sorriso, sorri. Um surdo que nunca ouviu uma gargalhada pode soltá-la. Todas as pessoas merecem sorrir, e se sorrirem para a vida a vida sorrirá para elas. Sorrir faz parte da qualidade de vida de cada ser humano e é uma forma de elevar-se a si mesmo, de manter uma atitude positiva diante de cada circunstância da vida, de se amar e se valorizar.

Ao sorrirmos ao próximo estamos a dar importância ao outro e a dizer que o vemos e que ele é importante para nós. Sorrir é descobrir a beleza da vida e dar um mundo melhor a todos os que nos rodeiam. Um sorriso certo na hora certa pode ser tudo numa altura de fraqueza para alguém. Um sorriso é algo muito sério. É o solvente universal dos problemas.

É por isso que um sorriso é um espelho da alma. Reflecte o estado de espírito, a emoção, a integração e a reacção a pequenos gestos que trazem felicidade. A felicidade só nos é devolvida quando entregamos felicidade aos outros. Para receber é preciso dar e, porque um sorriso pode representar imensos sentimentos, mais vale um sorriso triste do que a tristeza de não saber sorrir. Sorri.

Salomé Margaça Carvalho, 12ºano

SUPLEMENTOLITERÁRIO

Isto é uma espécie de

Page 16: O Gafanhoto #55

30.oooooooooo Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Era uma vez uma aldeia onde exis-tiam mil lagoas. Numa dessas, estava escondido um tesouro que dava vida e fortuna eterna a quem o encontrasse.O Rei da Aldeia das Mil Lagoas, “ El-Rei D.Corleone”, mandou os seus servos procurar o tesouro nessas lagoas. Mas apenas dois, e só dois, regressaram; contudo, sem o pretendido.Mais tarde, quando o povo soube que o rei sofria de uma grave doença e que pagava a quem encontrasse o tesouro, muitos foram aqueles que se aventura-ram a ir procurá-lo, mas, para além dos que morreram, muitos desistiram. O rei pensava que tudo estava perdido, até que, de repente, entra-lhe pelo castelo a dentro um homem, de quem todos na aldeia troçavam e por quem não tinham o mínimo respeito. O homem trazia com ele o tesouro que iria salvar o Rei D.Corleone e a aldeia. Todos ficaram admirados com a coragem e valentia daquele pequeno homem e, assim, toda a aldeia e o próprio Rei ganharam respeito por ele e aprenderam a tratar todos da mesma maneira.

Joana Gomes — Gil Cardoso

— Nuno Martim — Sara Rocha

Havia um segredo inigualável, escondi-do num velho e poderoso livro que se en-contrava enterrado perto das muralhas do castelo dum Reino Longínquo. Nesse mesmo reino, existia um lago repleto de sapos, que queriam ser imortais, mas que, para isso, precisavam de consul-tar o famoso livro. Porém, havia um malvado diabo que protegia o castelo, impedindo os sapos de realizarem o seu sonho.

Filipa Miranda — Luana Fernandes

— Maria Spínola — Raquel Cravo — Ricardo Oliveira

O Gato BórisHavia, há muito, muito tempo, na altura dos reis, bruxas e cavaleiros, um gato chamado Bóris. Vivia numa linda aldeia no meio das montanhas, aldeia onde corria sem parar um rio onde Bóris, todos os dias, ía pescar e brincar com a sua namorada Kitty. Numa bela tarde de sol, Bóris e Kitty combinaram ir brincar para o sítio habi-tual. Quando lá chegaram, deitaram-se debaixo de uma árvore a comer peixe, que tinham pescado no rio. Depois de terem relaxado, decidiram ir nadar um bocadinho. Na brincadeira, Bóris empurrou Kitty para a água e esta ficou furiosa com ele. Bóris tentou desculpar-se, mas Kitty, tão aborrecida que estava, disse-lhe para ele se calar e para nunca mais lhe dirigir a palavra. Ele ficou mui-to triste e, então, tomou uma decisão: ir à floresta falar com a velha bruxa que lá vivia. Bóris, como era muito veloz, chegou lá “num abrir e fechar de olhos”. Ele explicou-lhe a situação e a bruxa disse-lhe:- Tens de ir ao topo da colina, onde en-contrarás um cavaleiro que te dará uma poção mágica, que te vai resolver todos os teus problemas amorosos.O Gato Bóris demorou quase um dia a ir buscar a poção mágica, depois tomou-a e deu-a à sua amada e então viveram felizes para sempre junto dos seus filhinhos.

Miguel Vilarinho — Francisco Garrelhas

— Beatriz Monteiro — Levi Campos

Estes pequenos textos foram escritos a partir de um jogo de cartas chamado «A Arca dos Contos» e

foram, posteriormente, alvo de pequenas drama-tizações. A turma dividiu-se em grupos e cada um

tirou sete cartas de um baralho; a partir destas, escreveram as histórias. Seguem-se três delas….

OficinaTeatro

EFEMÉRIDESMary BlairMary Blair, responsável  famosa pela anima-ção de filmes como “Dumbo”, “A Dama e o Vagabundo” e “Peter Pan”, nasceu a 21 de outubro de 1911, em McAlester, Oklahoma. Esta artista norte-americana introduziu a arte moderna nos estúdios de Walt Disney ao longo de 30 anos.Com as suas cores imaginativas, Mary Blair inspirou filmes como “Alice no País das Ma-ravilhas”, “Cinderela” e parques da Dis-neylândia. Deu vida a personagens criadas por Walt Disney, que gostava muito do toque “infantil” que a artista dava às suas obras. Falecida em 1978, foi uma das primeiras mulheres distinguida como Disney Legend, em 1991. Também, a título póstumo, recebeu o Winsor McCay, prémio da ASIFA-Hollywood em 1996.

Mark TwainMark Twain, escritor norte-americano, come-moraria, este ano, o seu 176.º aniversário. Tom Sawyer e Huckleberry Finn são duas das suas mais célebres personagens.A sequela “As aventuras de Huckleberry Finn”, de 1885, faz também parte das obras mais famosas de Mark Twain, escritor refe-rido por William Faulkner como “o pai da literatura norte-americana”.Conhecido pelas suas narrativas de viagens e aventuras, Mark Twain, cujo nome verdadeiro é Samuel Langhorne Clemens, morreu a 21 de abril de 1910. Tal como era desejo do autor, a sua autobiografia foi publicada no ano passado, um século depois da sua morte.

SUPLEMENTOLITERÁRIOga

fanhoto

Page 17: O Gafanhoto #55

oooooooooo.31Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Ser poeta (10º F)Ser poeta éConstruir, sonhar, viverTer alma, amar, sentirÉ querer...É ter vida, coragem, vontade.

Ser poeta éSer livre, realizar, gostarTer objetivos, tempo, féÉ chegar mais alto...É recordar, criar, brincar.

Ser poeta éTer confiança, força, esperançaÉ pensar, imaginar, diversificarÉ ser cuidadoso, feliz, lealTer tempo, sentimentos, saudade.

Ser poeta éLembrar... Recordar...E ter medo de perder os que amamos!

Ser poeta (8º A)Ser poeta é gritar, sonhar, rimarExprimir-se, é ser livre, amar.

Ser poeta é sentir, pensar, voarCantar, brincar, imaginar.

Ser poeta é ser humano, ter espírito Ser especial, observador, realizador.

Ser poeta é ser feliz, apaixonado, criativoÉ ter emoção, afeto, saudade.

Ser poeta é ir mais longeE tornar o mundo amigo!

Ser poeta (8º B)

Ser poeta é ser criador de um novo mundoE voar pelas palavras…

Ser poeta é dizer o que sentimos Por amor às palavras…

Ser poeta é ser um anjo que criaÉ ser um dragão que expele fogo.

Ser poeta é seguir o coraçãoE ter imaginação…

Ser poeta é ser uma fada com asas de sedaE tornar possível o impossível… Ser poeta é ter magiaE viver a sua história…É sonhar acordado!

Ser poeta (8º C)Rimar com os sentimentosIr mais alémSoltar tudo o que se tem em menteDesprezar a monotoniaSer provocado pela melodia das palavrasSer atrevidoSer homenageadoSentir paixão pela escritaSer imortalViver pelas palavrasRevelar algo novoCriar, renovar, sonharImaginar o impossívelUltrapassar a margem Ser livreMorrer e ficar na memória…

Ser PoetaNuma aula de Língua Portuguesa, criámos um espaço diferente: um momento de poesia.Saboreia a vida! Vicia-te em poesia! Um Natal, com salpicos de rosa e de magia! As professoras, Amélia Pinheiro e Isabel Sardo.

D. DinisD. Dinis (1261-1325) era filho do rei D.

Afonso III, neto de D. Afonso X, rei de Leão e Castela, e trineto de D. Afonso Henriques. Subiu ao trono de Portugal em 1279. Co-nhecido como rei lavrador, desenvolveu a agricultura e ordenou a plantação do Pinhal de Leiria.

No domínio cultural, cabe-lhe a glória de ter fundado a Universidade que, sediada em 1290 em Lisboa, foi transferida em 1308 para Coimbra; determinou, ainda, que na língua vulgar portuguesa, e não na latina, passassem a ser redigidos os documentos judiciais.

Mas é como rei-poeta que D. Dinis nos interessa particularmente: foi trovador, um dos maiores da sua época e, segun-do Natália Correia, o mais fecundo dos trovadores portugueses, tendo chegado até nós 138 cantigas por ele compostas. Ainda segundo aquela escritora, «pelo novo alento que deu às letras hispânicas numa época de decadência, pela importância de sua própria obra poética, o nome de D. Dinis deve ocupar lugar privilegiado na literatura medieval portuguesa.

Cantares dos Trovadores Galego – Portugueses,

Natália Correia, Editorial Estampa, 1970

SUPLEMENTOLITERÁRIO

gafa

nhoto

Page 18: O Gafanhoto #55

32.oooooooooo Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Durante parte do primeiro período, os alunos do 7º ano estudaram, nas aulas de Língua Portuguesa, a obra O Cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner Andresen. Esta história conta a viagem de um cavaleiro dinamarquês à Terra Santa para passar o Natal. De regresso à sua terra, ele visitou locais magníficos e conheceu pessoas muito interessantes.nós (7º e) imaginámOs as Cartas que O CaVaLeirO e a sua famíLia esCreVeram.

A Dinamarca vista de terra alheiaNão parece mais do que um grão de areia

A Dinamarca, como um dinamarquês a vê,É tão grande que ninguém crê.

Piet Hein (POeta dinamarquês)

dinamarCa, 4 de maiO de 1456

Querido,

Quando soube que estavas em Veneza, fiquei mais descansada, pois não tinha notícias tuas há muito tempo.Decidi escrever-te esta carta para te contar o nosso Natal e para saber como é que estavas.O Natal foi como o costume: grande azá-fama nos preparativos, o calor e a ale-gria dentro de casa, uma grande ceia, as grandes coroas de azevinho penduradas nas portas e, principalmente, as nossas histórias, que continuaram a ser belas e emocionantes. Ma s não foi a mesma coisa sem ti…Quando voltas? Estamos cheios de sau-dades tuas e o tempo está a passar tão devagar…Por aqui está tudo bem, tirando o facto de o nosso filho mais novo ter partido uma perna e um braço, pois caiu de uma árvore.Tem cuidado no resto da viagem. Quere-mos que voltes são e salvo, a tempo de celebrares o Natal connosco, tal como prometeste.Fico a aguardar uma resposta.um beijO da tua esPOsajeraLdina

Ana Rita Castro

antuérPia, 25 de juLHO de 1456

Querida família

Estou em Antuérpia, na casa de um sim-pático negociante e, graças a Deus, de boa saúde. Tenho muitas saudades vossas! O meu coração anda apertadinho desde que parti… Faço sempre esta pergunta a mim mesmo: conseguirei cumprir a minha promessa? Espero que os meninos estejam bem e que nunca se esqueçam que o pai os irá apoiar sempre.Já passei por tanto, nem imaginam! A via-gem até Jerusalém foi calma e, lá, visitei, um por um, os lugares santos. Na noite de Natal, rezei muito naquela gruta de Belém. A caminho de Ravena, fomos asswaltados por uma terrível tempestade que, felizmen-te, amainou passados cinco dias. Ravena é uma bela cidade, mas Veneza é irreal, parece um conto de fadas! Estive alojado na casa de um mercador que me contou uma história lindíssima. Em Florença era tudo mais sério e calmo, mas reinava a sabedoria. Na casa do banqueiro Averardo, contaram-me histórias interessantíssimas! Tive pena de deixar Itália…Aqui, em Antuérpia, é tudo diferente. O negociante flamengo vive num ambiente muito acolhedor… Conheci um capitão que me contou as suas aventuras…Depois conto-vos tudo. Tenho muitas saudades.amO-VOs muitO Hamer

Ana Carolina

Inesperadamente…

Olhei para ti,Inesperadamente…

Olhaste para mim,Inesperadamente…

Cruzámos olhares,Cruzámos corações,Trocámos amor,Sem saber, sem querer, sem pensar…Inesperadamente…

Foi sem saber que te olhei,Sem querer que te beijei,Sem pensar que te amei.

Um dia partiste,Inesperadamente…

Já não cruzamos olhares,Já não cruzamos coraçõesJá não trocamos amor.

Porque tu não percebeste,Porque tu não acreditaste,Porque tu não aguentaste,Fiquei só,Inesperadamente…

Sem ti, Já não olho, já não sinto, já não vivo.

Foste sem mim,Inesperadamente…

Mariana Ferreira Matos da Silva, 11ºC

DinamarcaSUPLEMENTO

LITERÁRIOgafa

nhoto

Page 19: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Litoral.15

Recentemente o mar invadiu a costa a sul de Aveiro. O mar destruiu o sistema dunar entre a praia do Areão e a praia da Vagueira, mais precisamente na praia do Labrego, invadindo os terrenos interiores, chegando mesmo a cortar a estrada muni-cipal 591, situada junto ao Canal de Mira e que liga as duas localidades.

Este fenómeno da erosão costeira não é novidade na região, dado ser uma zona de elevado risco geológico, com acentuado recuo da linha de costa e diminuição dos areais das praias. No ano 2000, já tinha acontecido o mesmo. Num estudo realizado pelo professor Luís Pereira entre Outubro de 1998 e Dezembro de 2000, já se alertava para as consequências deste fenómeno na região.

De facto, com a construção de várias barragens nos principais cursos de água situados a norte da região, verificou-se uma acentuada diminuição da quantidade de sedimentos, que chegam ao mar e com o aumento do molhe norte da barra de Aveiro em cerca de 500 metros, em 1985, observou-se que ano após ano a erosão

costeira se agrava de forma muito rápida e em larga escala em todas as praias situadas a sul do porto de Aveiro. Logo a principal causa, segundo vários especialistas, para esta problemática, é a falta de sedimentos que circulam nas correntes litorais, ficando retidas a norte nos molhes e esporões a pouca areia que circula.

No final de Outubro de 2011, nas praias da Vagueira, Areão e Mira, este fenómeno tornou-se de tal modo acentuado e visível, que as populações se alarmaram, com a possibilidade de verem destruídas as suas habitações, bem como as suas culturas, que estão em terrenos interdunares.

Neste início do mês de Novembro, o INAG (Instituto Nacional da Água) e Ministério do Ambiente, têm tentado remediar os estragos causados pelo mar, colocando sacos de areia, junto às dunas (em Mira) ou recons-truindo o cordão dunar com a deposição de areias tirada de terrenos interiores. Esta forma de atuar é como “colocar um penso rápido numa fratura exposta” e, como tal, inadequada e desajustada para o tipo de costa da nossa região.

A Câmara de Vagos iniciou obras de re-paração, por questões de segurança, na estrada junto ao canal.

Será de dizer que esta operação de pou-co vale, pois o mar continuará a erodir a costa, já que a energia da ondulação não se dissipará antes de chegar à praia e duna. Além disso, ocorrerão as denominadas marés vivas, em que se verifica erosão mais acentuada.

A erosão também é por norma mais acen-tuada em alturas de tempestade, em que os ventos são de Sul ou de sudoeste.

Em minha opinião, a solução para este fenómeno não deve ser só a reconstrução do cordão dunar, mas a realimentação artificial das praias com sedimentos retidos a norte das barras dos rios principais.

Também penso que as autoridades res-ponsáveis deveriam olhar mais para dentro do mar, como uma séria hipótese de minorar os efeitos da erosão e, não somente, a re-construção dunar (da forma que o fazem, em que os sedimentos ficam soltos, podendo facilmente ser mobilizados).Professor Luís ventura Pereira

Erosão costeira agrava-se a sul do porto de Aveiro

Page 20: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

16.Biblioteca

À descoberta de…Álvaro MagalhãesA atividade “À descoberta de…” faz parte do Plano Anual da Rede de Bibliotecas do concelho de Ílhavo, organismo de que a Biblioteca da ESGN faz parte.

Este ano, o autor escolhido foi Álvaro Ma-galhães. Dando início à sua carreira literária com a publicação de poesia, em 1980, con-tinuou em 82 com o seu primeiro livro para crianças, intitulado História com muitas Letras. Desde então, construiu uma obra singular e diversificada, que conta atual-

mente com mais de três dezenas de títulos, integrando contos, poesia, narrativas juvenis e textos dramáticos.

Com o objetivo de dar a conhecer a vida e obra de Álvaro Magalhães, a Biblioteca tem vindo a desenvolver um trabalho cooperativo com as docentes de Língua Portuguesa e

Oficina de Teatro do 8º ano, cujas turmas se dedicam à descoberta do trabalho deste autor. Paralelamente, foram adquiridas al-gumas obras da sua autoria e “Três histórias de amor” foi a escolhida para a 1ª fase do concurso Ílhavo a Ler mais, que decorrerá na nossa escola no próximo dia 11 de janeiro.

O cão e o galo

Era uma vez, num belo campo, um cão que, todos os dias, roubava a comida de um galo.

Tudo acontecia assim: quando o galo começava a cantar, logo de manhãzinha, o cão aproveitava para lhe roubar a comida.

Certo dia, o galo fartou-se do cão lhe roubar a comida e decidiu preparar-lhe uma armadilha: pegou na comida e colocou-a ao pé da comida do touro.

Quando o galo começou a cantar, o cão, como de costume, foi tentar roubar-lhe a comida. Foi então que descobriu que ele a tinha mudado de lugar.

Julgando-se muito esperto, o cão come-çou a procurar a comida, até que a viu ao pé da do touro. Mas não reparou que o touro lá estava também. Começou a correr para a ir roubar e disse baixinho:

- O galo acha-se muito esperto, mas eu sou ainda mais esperto do que ele! Hi…hi…hi!

Quando ia para começar a comer, o touro, incomodado, pensando que aquela era sua comida, deu-lhe uma valente cornada e o cão por terra caiu. Ao ver o cão naquele estado, o galo riu-se até não poder mais.

Moral da história: “Quem ri por último, ri melhor!”

João Pedro Santos

Amigos para sempre, ou talvez não?

Era uma vez, no campo do tio Zé, um cão e um galo fortalhaço. Eles eram amigos e assim eram há já muito tempo. Porém, tal não iria durar para sempre…

Certo dia, o galo e o cão estavam a pescar no lago mais os outros animais. Estava tudo a correr bem, até o galo decidir pregar uma partida ao cão. Então, chegou atrás dele, encheu os pulmões de ar e berrou:

- Então, amigo?!O cão apanhou tal susto que se atirou

para a água, cheio de medo.Quando emergiu, os outros animais

riram-se dele e chamaram-lhe medricas. O cão foi-se embora muito zangado.

Certo dia, o cão decidiu vingar-se do galo. Então, pegou num ovo, chegou ao pé do galo e, sorrateiramente, sem que ele se apercebesse, pôs o ovo debaixo do galo. Depois, disse:

- Oh compadre, o que é que tens debaixo de ti?

O galo levantou-se de relance, muito surpreendido, e todos os outros animais se começaram a rir e a dizer:

- Olha, deu à luz um ovo!!!O galo ficou tão vermelho de vergonha

que se transformou num tomate.Quem ri por último…

Manuel Pires Jorge

Fábulas dos dias de hoje

No âmbito do estudo da unidade “Narrativas da

literatura popular e tradi-cional”, os alunos do 7º C foram desafiados a criar

novas fábulas, tendo como protagonistas um cão e

um galo. A história criada deveria, ainda, dar voz ao

provérbio “Quem ri por último, ri melhor!”

Dos vários trabalhos ap-resentados destacaram-se dois, que aqui se divulgam

à comunidade escolar:

Page 21: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Biblioteca.17

Escrevi a palavra nuveme uma nuvem nasceu…Deixou cair as últimas gotas de chuvaque estavam a mais na sua formação.Ergueu todos os pedaços de algodão docee exerceu a sua função:tapou o sol para aliviar o calore choveu para as crianças brincarem à chuva.Depois de correr mundo inteiro,foi descobrir outros mundos!...Maria Diana

Escrevi a palavra amore um coração nasceuno deserto de papel.Era um coraçãocomo é um coração.endireitou a alegria,sacudiu a magiae perfumou o ar.Voltou a cabeçaà procura do sole deixou cair dois pedaços de amor sobre alguém.Depois cresceu,até ficar com a ponta da magiafora da natureza…Raquel AlmeidaDe diaQuando a lua se vai e é chegado o sol,a mãe abre fechos e persianase vai destrancar o portão que dá p’ra rua.Depois eu acordo, mas os meus sonhosnão acabam aqui e eu saiopara riscar o dia com um fio de imaginação,para cavalgar mistérios até de noite.À noite, uma simples brisaabre portas e janelase não há chave, fecho ou trancaque feche a porta larga dos meus sonhos.Maria João e Carolina

De diaQuando a lua se vai e é chegado o sol,a mãe abre fechos e persianase vai destrancar o portão que dá p’ra rua.Depois eu acordo, mas os meus sonhosnão acabam aqui e eu saiopara riscar o dia com um fio de imaginação,para cavalgar mistérios até de noite.

À noite, uma simples brisaabre portas e janelase não há chave, fecho ou trancaque feche a porta larga dos meus sonhos.Maria João e Carolina

Escrevi a palavra águae um peixe nasceuno oceano de papel.Era um peixecomo é um peixe.Endireitou a barbatana,sacudiu a caudae agitou o mar.Voltou a cabeçaà procura da superfíciee deixou cair uma escamasobre o coral.Depois cresceu, até ficar com a ponta da barbatanafora da natureza…Edna, António e BernardoEscrevi a palavra mare uma gota nasceuno deserto de papel.Era uma gotacomo são todas as gotas:transparente, pequena e brilhante.Depois, juntou-se a outras gotase formou um mar de palavraspara transmitir todas as emoções…Inês Oliveira

Escrevi a palavra mare uma gota nasceuno deserto de papel.Era uma gotacomo são todas as gotas:transparente, pequena e brilhante.Depois, juntou-se a outras gotase formou um mar de palavraspara transmitir todas as emoções…Inês Oliveira

Escrevi a palavra avee uma gaivota nasceuno deserto de papel.Era uma gaivota,como é uma gaivota.Endireitou as asas,sacudiu as penase embelezou o ninho.Voltou a cabeçaà procura do céue deixou cair duas penassobre o tronco.Depois cresceu, até ficar com a ponta do bicofora da natureza…Daniela Almeida

Depois de algumas aulas dedicadas à descoberta e estudo da obra de Álvaro Magalhães, os alunos do 8º D deram asas à sua imaginação e criaram alguns textos, parafraseando os poemas Mistérios da escrita e À noite.

do poema “mistérios da escrita”, saíram novos mistérios… do poema “À noite”, nasceu “de dia…”

Porque o saber ocupa lugar...

...a Biblioteca da nossa escola enriqueceu o seu acervo com mais algumas obras, de modo a possibilitar um leque de escolhas cada vez mais abrangente à comunidade escolar.

De entre os novos títulos adquiridos nos meses de setembro e novembro, destacamos os seguintes:

nOVOs autOres POrtuguesesO bom Inverno – João TordoHistórias falsas – Gonçalo M. TavaresBreve história de amor – Tiago RebeloO Filho de Mil Homens – Valter Hugo Mãe

esCritOres afriCanOs de exPressãO POrtuguesaA feira dos assombrados – José Eduardo AgualusaA Montanha da Água Lilás – PepetelaO Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo – Germano Almeida

Leitura reCreatiVaColeção de livros de Ulysses MooreO fantástico Sr. Raposo – Roald DahlO silêncio da água – José SaramagoOs Piratas; O Inventão – Manuel António PinaA trança de Inês; O vento Suão – Rosa Lobato FariaO livro dos Amantes; A História pelo buraco da fechadura; Entre cães e gatos – José Jorge LetriaHistórias para ler e chorar por mais – Várias autorasO que se leva desta vida – Alice VieiraO homem do turbante verde – Mário de Carvalho

Page 22: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

18.Prevenção

O Dia Mundial de Luta contra a SIDA celebra-se todos os anos a nível mundial, no dia 1 de dezembro. Tornou-se um dos dias internacionais para a saúde mais reconhecidos e uma oportunidade chave para despertar consciências, comemorar os que têm passado a mensagem adiante e celebrar vitórias, tais como mais acesso ao tratamento e aos serviços de prevenção.

Na nossa escola esse dia também não passou despercebido. Os alunos da turma D do 9º ano, das turmas A, B,C e D do 10ºano e da turma C do 11ºano, inserido no projeto de educação sexual de turma, elaboraram um conjunto de frases alusivas ao tema, que afixaram no recinto escolar, entre os blocos A e B.

Estas frases pretendiam sensibilizar toda a comunidade escolar para os problemas éticos, sociais, afetivos e biológicos relacionados com o tema, assim como promover atitudes de prevenção, reforçando que o preservativo é a única forma de não correr riscos numa relação sexual.

O Dia Mundial de Luta contra a SIDA dá-nos a todos a oportunidade de agir e de garantir que os direitos humanos estão salvaguardados e que os objectivos mundiais de prevenção, tratamento e cuidados são atingidos.

Equipa do PES

A palavra SIDA significa Síndroma da Imunodeficiência Adquirida, que é uma doença resultante da infecção pelo VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana). Este vírus ataca e destrói as defesas do corpo, levando a pessoa à morte. Actualmente, com as diversas terapias de combinação potentes, as pessoas infectadas vêem a sua vida prolongada em vários anos.

SIDA DIA MUNDIAL DE LUTA

CONTRA A SIDA 2011

… uma pequena reflexão !No dia - 1 de Dezembro - comemora-se o Dia Mundial da Luta contra a SIDA. O último relatório da ONU Sida aponta que desde que surgiu a doença, morreram

cerca de 25 milhões de pessoas e 60 milhões foram infectadas com o vírus do HIV.Este vírus existe e não infecta só os outros...Esta provoca uma ausência de imunidades, que não tem cura, que mata! E há que a

respeitar...a PreVençãO COmeça em Casa, na esCOLa, entre amigOs...

Page 23: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Prevenção.19

“ Cordão Solidário…Porque a SIDA existe! “

1 O VIH e a SIDA são a mes-ma coisa.

2 Pessoas com mais de 50 anos não ficam infetadas com o VIH.

3 O Preservativo é a única forma de me proteger das infeções sexualmente trans-missíveis.

4 Se tiver sexo com uma vir-gem vou ficar curado.

5 Não vou infetar-me se só não usar o preservativo desta vez.

6 Se retirar o pénis antes de ejacular, não fico infetado/a.

7 A Pílula protege do VIH.

8 Uma grávida seropositiva tem sempre filhos infecta-dos.

9 Quem ficar infetado pelo VIH vai falecer num curto período de tempo.

10 Em Portugal, posso ficar infetado se receber uma do-ação de sangue.

11 O leite materno não con-tém VIH.

12 Existe uma nova versão do vírus, que é transmissível pelo ar.

13 O líquido pré-ejaculató-rio contém VIH.

Alguns Mitose CrençasPodes ter um filho se tu ou o teu/a tua parceiro/a for seropositivo/a?

—Se alguém que tem VIH decidir que quer ter um filho há opções disponíveis de forma a permitir que consigam esse objectivo, sem infectar o seu/a sua parceiro/a e existem etapas a seguir para assegurar que a criança não seja seropositiva.

Se tiveres VIH, morres em breve?—Os tratamentos estão muito avançados e, embora não exista uma cura para o VIH,

não é uma sentença de morte. As pessoas com um diagnóstico de VIH, nos dias de hoje, podem ter uma esperança de vida normal e viver uma vida saudável e produtiva.

Consegues dizer, ao olhar para uma pessoa, que é seropositiva?

—Frequentemente, as pessoas que têm VIH não parecem doentes. De facto, na gene-ralidade, não consegues dizer se alguém é seropositivo.

Podem passar-se meses até conseguires fazer um teste de rastreio para saberes se estás infectado com o VIH?

—Um teste de rastreio ao VIH, que dê um resultado fiável, pode ser feito no espaço de um mês, após exposição ao vírus.

Se fizeres um teste, arriscas-te a uma longa espera para saberes o resultado?

—Hoje em dia, os resultados do teste ficam disponíveis rapidamente.

Conheço alguém seropositivo?—Hoje em dia, há mais pessoas do que nunca a viver com o VIH, mas menos pessoas

reportam que conhecem alguém com VIH. As pessoas com VIH geralmente têm uma aparência saudável e muitos não acham fácil contar a outras pessoas, por isso poderás não te aperceber se alguém que conheces é seropositivo.

Não preciso de me preocupar com o VIH, porque já há tratamentos disponíveis muito bons?

—Não existe cura para o VIH. Ainda que existam bons tratamentos, o que significa que as pessoas podem viver mais tempo com o VIH, tal requer a toma de medicação todos os dias. Podem ocorrer efeitos secundários. Há também sequelas a longo prazo por ter de se viver com uma doença crónica e, infelizmente, ainda existe muito estigma e discriminação.

Fonte: www.worldaidsday.orgOriginal em inglês

SOLUÇÕES: Verdadeiro: 3, 13

Falso: 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9,10, 11, 12.

TESTA O TEU CONHECIMENTO

Verdadeiro ou falso?

Nesta tabela, para as seguintes afirmações, deves escolher se são verdadeiras ou falsas,

assinalando com uma cruz (X) no espaço em branco

em frente de cada item.

V F

V F

V F

V F

V F

V FV FV F

V F

V F

V F

V F

V F

Page 24: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

20.Temas e problemas

A pena de morteA pena de morte é um assunto sensível e não é fácil chegar a uma con-

clusão. Será correto tirar a vida a um indivíduo por cometer um crime? Ou é incorreto? Eu acho que sim; é incorreto tirar a vida a um indivíduo por cometer um crime. Porquê? Na minha opinião, não é suficiente. Ainda que muitos considerem a pena de morte a pena máxima; eu acho que é pouco. De certo modo, o criminoso sente-se aliviado por não ter de passar o resto da vida na prisão. Logo, se queremos que o criminoso sofra pelos crimes que cometeu, deve-lhe ser atribuída a pena de prisão perpétua, onde terá todo o tempo do mundo para se debruçar sobre as suas ações.

Quem tira a vida de milhões merece sofrer, sem dúvida. Não podemos simplesmente ignorar um crime que justifique a condenação à morte. Mas para além disso, também merece a oportunidade de se redimir e educar. Não estamos a provar nada se condenarmos o criminoso à morte.

Isto, claro, ignorando o facto de que é simplesmente errado tirar a vida de um indivíduo. No fundo, é esse o primeiro ponto a ser considerado e aquele a que devemos dar mais importância. Tudo o resto é secundário. Citando a Declaração Universal dos Direitos Humanos, Artigo 3º, «Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.»

André Silva, Carolina, Fábio Maia, 10º C

ClonagemÉ verdade que a clonagem é uma proposta tentadora. Poder assumir o

papel da natureza ou de Deus, criar vida de acordo com condições que nós queremos é algo apelativo. Mas é inaceitável reduzir o conceito de vida a um produto que, de certa forma, iria ser comercializado - já imaginou uma fábrica de seres humanos? Como seriam esses seres psicologicamente (já que sendo seres humanos, estariam protegidos pelos Direitos do Homem)? O Homem, para além do corpo físico, não deveria também ter uma alma, pensamentos, crenças, e as suas próprias características psicológicas? A ideia de reduzirmos a nossa própria espécie a uma indústria é ridícula. Pior ainda é o facto de numa sociedade que diz defender a igualdade de direitos, uns Homens poderem criar e manipular outros.

Tudo bem que a clonagem seja usada para a criação de órgãos necessários para transplante, desde que para se obter esses órgãos não se tenha de criar um ser humano completo, mas não será correto usá-la para criarmos seres perfeitos, ou melhor, monstros.

Nem é eticamente correto criar um homem que será depois usado como “recurso natural” e, posteriormente morto.

Bruno Modesto, João Santos, José Leal, Soraia Calixto

VeganismoEste tema tão polémico surge-nos numa altura em que a preocupação

ambiental e com a extinção de muitas espécies do reino animal corre todo o mundo, ganhando cada vez mais importância.

Em ambos os casos existem argumentos válidos, que podem ser apre-sentados em defesa de cada um, porém acreditamos que o futuro reserva grandes evoluções no que diz respeito a esta matéria. Este tema pode ser tratado de dois pontos de vista diferentes:

No caso da forma de pensar dos que estão contra o veganismo, será o melhoramento da qualidade de vida humana, e no caso da forma de pensar dos que se pposicionam a favor do veganismo, será respeitar e assegurar a vida animal, que é tão significativa como a humana.

Na nossa opinião, estes dois pontos de vista, que aparentam ser tão diferentes, podem unir-se, já que a qualidade de vida do ser humano passa também pelo respeito pela natureza e pelo mundo à nossa volta.

Inês Vaz, Mariana Vaz, Vasco Fernandes, Catarina Graça

Tem

as e

prob

lem

as

Page 25: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Temas e problemas.21Casamentos homossexuais

As relações e os casamentos entre homossexuais são temas polémicos. Deveremos aceitá-las? Existem tantos argumentos contra como a favor, sendo então impossível decidir se é algo errado ou não. Estas relações são, porém, protegidas, pois os sentimentos sentidos por indivíduos do mesmo sexo apenas dizem respeito aos próprios, não tendo o resto das pessoas nenhuma consideração a fazer quanto a elas. Por outro lado, são motivo de polémica, pois não são aceites pela maioria da sociedade.

Relativamente a este assunto, as pessoas são livres de ter a sua opinião, desde que tenham argumentos válidos e suficientes para fundamentá-la. Assim, não podemos tomar como certo ou errado o casamento homossexual, pois pode ser tão aceite como o direito à liberdade de expressão, ou tão proibido como a violência doméstica.

A vontade de impedir a legalização do casamento entre homossexuais deriva, em grande medida, de uma tendência lamentável para tentar impor aos outros o estilo de vida que consideramos melhor. Quanto muito, os argumentos que visam banir este facto não merecem o apoio jurídico do Estado, visto que a função do mesmo não é promover a moralidade popular ou opinião, mas sim os direitos dos seus cidadãos.

Por fim, gostaríamos de terminar este assunto com a seguinte frase, que sintetiza o espírito por detrás da defesa da legalização do casamento entre homossexuais e da adoção por parte de homossexuais: “A única liberdade que merece o nome, é a liberdade de procurar o nosso próprio bem à nossa própria maneira, desde que não tentemos privar os outros do seu bem, ou colocar obstáculos aos seus esforços para o alcançar. Cada qual é o justo guardião da sua própria saúde, tanto física, como mental e espiritual. As pessoas têm mais a ganhar em deixar que cada um viva como lhe parece bem a si, do que forçando cada um a viver como parece bem aos outros.” � Stuart Mill

Karina Vicente, Cátia simões , Ana Teixeira, Francisco Almeida

O Fast FoodO Fast Food pode ter os seus benefícios, mas também pode ter graves

consequências. A nível de custo e de rapidez, podemos dizer que é mais favorável para quem tem um baixo ordenado e pouco tempo para almoçar, por exemplo.

Mas existem outras opções de baixo custo mais saudáveis, pelas quais podemos optar, como por exemplo uma sandes convencionais.

Quanto ao sabor, apesar de ser óptimo, vem na maior parte das vezes de gorduras e sal, que são postos na comida.

Concluímos, então, que o Fast Foof tem já vários pontos a favor, pois existem cada vez mais opções saudáveis contudo, as pessoas acabam muitas vezes por optar pelas escolhas menos saudáveis. Mas se consumirmos apenas de vez em quando, esperamos que não nos faça muito mal.

David Tavares, João Pedro Fernandes, Pedro Martinho, Pedro Guedes

ViolênciaA violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, quer

fisica quer psicologicamente, sexualmente ou até socioeconomicamente. A violência infantil, a doméstica, a violência contra outros grupos raciais ou étnicos, ou contra animais, são alguns exemplos de violência.

A violência pode levar ao homicídio ou ao suicídio da pessoa lesionada. Algumas das restantes consequências são: trauma, hematomas, depressões, impedimento do desenvolvimento físico ou psíquico, mau desempenho no trabalho, mau relacionamento com as pessoas.

Não temos o direito de causar sofrimento a ninguém, levar a outra pessoa à morte, ofender ou bater, tirar a infância às crianças e também não temos o direito de excluir os outros, só por acharmos que eles são diferentes, por serem de outra raça, cor, etnia ou país. Acima de tudo, não temos o direito de praticar a violência, pois ninguém mudará por nós a praticarmos.

Inês Ferreira, Sofia Santos, Beatriz Nogueira

Temas e problem

as

Page 26: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

22.Temas e problemasADOPÇÃO DE CRIANÇASPOR HOMOSSEXUAIS

A adopção de crianças por casais homossexuais é possível e justa, pois existem inúmeros casos de crianças órfãs que necessitam de uma família que lhes dê carinho e conforto. Assim, apresentamos argumentos contra e a favor deste tema:

Como por exemplo, dos argumentos a favor temos as crianças adoptadas por homossexuais, que têm maior probabilidade de se tornarem homosse-xuais, podemos contrariar afirmando que a maioria dos homossexuais foram criados por casais heterossexuais;

— o crescimento das crianças adoptadas por homossexuais sem uma figura feminina ou masculina, irá prejudicar o seu desenvolvimento, mas muitas crianças são educadas sem um pai ou uma mãe devido a seu falecimento, divórcio e não apresentam falhas ao nível do desenvolvimento;

— uma criança adoptada por homossexuais iria ser gozada pelas outras crianças, o que constituiria uma experiência traumática para a mesma, mas este argumento não é válido, visto que as crianças provocam-se frequente-mente, por razões mesquinhas e lamentáveis;

— outro argumento contra a adopção por homossexuais é o facto de estes não possuírem estabilidade para educarem uma criança, no entanto existem inúmeros casais heterossexuais que criam crianças, mas que não possuem maturidade e estabilidade para as criarem;

— as crianças criadas por casais homossexuais estão mais susceptíveis a terem comportamentos obscenos, isto não pode ser considerado um bom argumento, visto que o que determina este tipo de comportamentos é a sociedade onde estão inseridas e a educação que os pais lhe oferecem;

— as crianças adoptadas por homossexuais correm mais risco de serem vítimas de abuso sexual, mas há crianças que são vítimas do mesmo abuso e são filhas de casais heterossexuais;

— as crianças adoptadas por homossexuais terão mais dificuldade na adaptação social, por causa do estigma que sofrerão, por serem criadas por homossexuais, mas este facto não se aplica apenas às crianças criadas por homossexuais, aplica-se também às pessoas deficientes… por isso não se torna um argumento válido;

— as crianças adoptadas por homossexuais sofrem atrasos no seu desen-volvimento psicológico e cognitivo, mas as crianças adoptadas pelos casais homossexuais são filhas de casais heterossexuais, ou seja, têm os genes dos mesmos (que determinam o aspecto físico e psicológico);

— a adopção de crianças por casais homossexuais só vai em prejuízo do menor, principalmente quanto ao aspecto patrimonial, mas uma criança criada por homossexuais, quando bem-educada e bem tratada, não terá quaisquer problemas em receber menos bens materiais do que uma criança criada por heterossexuais - a adoção de crianças por casais homossexuais só vem em prejuízo do menor, principalmente quanto ao aspecto patrimonial, este argumento não se apresenta válido, uma vez que uma criança criada por homossexuais quando bem-educada e bem tratada, não terá quaisquer problemas em receber menos bens materiais do que uma criança criada por heterossexuais;

— uma criança nunca deveria ser adotada por um casal homossexual, e este argumento pode também ser considerado falacioso, uma vez que o estatuto da criança e do adolescente, que regula a adoção de menores, não faz restrição alguma que seja quanto à sexualidade dos candidatos. Por fim, podemos acrescentar que tal como a mulher lutou para mostrar que era tão capaz como o homem em todas as áreas de vida humana, também os homossexuais acabarão pode demonstrar que a sua opção sexual não os impede de viver da mesma forma que todos os outros seres humanos.

Diogo Teixeira, Sara Gonçalves, Sara Batista, Silvério Pereira

Tem

as e

prob

lem

as

Page 27: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Temas e problemas.23

A Degradação AmbientalA degradação ambiental é um grande problema devido a atos provenientes

do Homem, querendo melhorar a sua vida, não pensando que riscos é que isso trará para a natureza e também para nós, ou seja, o Homem ao pensar só em si torna- se “egocêntrico”.

Atos como: derrame de petróleo em alto mar, o uso de adubos e inseticidas nas colheitas, a destruição de florestas para a construção de indústrias, o uso de papel não reciclado, são atos que levam à destruição de espécies, ao aumento de CO2 na atmosfera, e diminuição de O2.

São estes atos e outros que uma sociedade deve tentar combater, começando pela simples reciclagem, o tratamento de águas residuais, a colocação de filtros nas indústrias, a sensibilização dos mais jovens, o abate de menos árvores, etc., contudo algumas destas soluções têm elevados custos, por isso é necessário um esforço de toda a população.

Ana Maria Amarante, Beatriz Casqueira, Carlos Matos, Diogo Amaro

De que modo a publicidade e a propaganda influenciam a nossa vida?

Desde tempos remotos, tem-se usado a publicidade e a propaganda como

modo de vender produtos e influenciar o nosso quotidiano. É neste contexto que apresentamos este artigo, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia. Poderás ver como se relacionam e a maneira como afetam a nossa vida.

A publicidade é um meio utilizado com o propósito de levar o público a adquirir um certo produto ou a utilizar um determinado serviço. Este método é utilizado em todo o mundo e teve a sua origem nos finais do século XVIII.

A publicidade funciona tendo em conta três aspetos importantes: atenção, memorização, persuasão e interesse.

A propaganda é utilizada por empresas ou instituições, de modo a expor informação sobre a sua marca, que tem como fim influenciar a atitude no público-alvo para uma causa.

A propaganda pode ser usada como uma forma de luta política, ou até mesmo c om campanhas para encorajar os cidadãos a exercer os seus direitos, ou com mensagens de incentivo às pessoas a denunciar crimes ou refletir sobre os problemas atuais da Humanidade.

O Homem é facilmente influenciável e por isso, muitas vezes somos leva-dos a adquirir produtos que não são essenciais (consumismo) ou a alterar comportamentos.

É visto que a publicidade e a propaganda irão continuar a existir, no entanto, vão ter sempre em conta as exigências dos consumidores e do mercado.

A linguagem argumentativa é uma ferramenta da publicidade. Faz parte do apelo emocional e tem o objetivo de provocar reflexão, propor ideias em lugar de impor uma forma de pensar. Por essas características, costuma causar empatia com a marca e provocar momentos de prazer nos consumidores.

«Já ninguém pode escapar à sugestão da publicidade.»PaPa PauLO Vi

«O uso prudente da publicidade pode contribuir para o melhoramen-to do nível de vida dos povos em vias de desenvolvimento. Mas pode também causar-lhes grave prejuízo, se a publicidade e a pressão comercial se torna de tal maneira irresponsável.»PaPa PauLO Vi

Temas e problem

as

Page 28: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré24.natal

numa casa em que ninguém ligava aos por-menores da vida quotidiana, nem mesmo a mãe, que acabara de comprar uns óculos que a deixavam ver tudo nitidamente, até o pó!

Aliás, quando ela chegou a casa, reparou logo no presépio e perguntou-lhes quem é o que o tinha limpo, pois até reluzia enfia-do numa sala coberta de pó! Eles ficaram pasmados a olhar para ela, nunca lhes ti-nha perguntado nada semelhante, nunca se preocupara com a limpeza ou o arrumo da casa, sempre os tinha deixado à vontade para terem o quarto onde dormiam de pernas parar o ar! É claro que sem os pais se inco-modarem o que se fazia não tinha a mesma piada, então decidiram entre si arrumar o quarto à vez, tal como faziam com tudo o resto, a comida, lavar a louça, pôr a roupa na máquina e a secar, esticá-la bem na corda ainda molhada, para não terem de passar a ferro depois de tantos cuidados. Nunca tinham percebido porque que é que ninguém em casa se preocupava com essas tarefas a não ser eles, por isso desde cedo que as assumiram e que dividiram os encargos, para nenhum deles ficar mais cansado com a vida doméstica do que os outros.

Todos os anos, no Natal, tinham prendas de outro mundo, que realmente caiam num saco de natal pela chaminé da lareira da sala, tal como devia acontecer em todas as outras casas. Mas eles sabiam que o pai Natal era uma invenção dos criadores da coca-cola e dos centros comerciais, que não ìa sequer às outras casas e que muito menos se penduraria numa chaminé para empurrar o saco das prendas lá para dentro!

Na realidade, com eles acontecia isso, não eram os pais, sempre aluados, que se

apercebiam do Natal e de que deveriam comprar prendas para aqueles miúdos tão atinadinhos, que nem sequer pareciam filhos deles! Sim, deviam sair aos avós, bisavós, ou trisavós, ou talvez aquela tia afastada do pai que depois de enlouquecer decidiu que lhe competia a tarefa de limpar todo o manicómio, o que ainda hoje continua a fazer. Como o pai Natal sabia que estes três irmãos eram realmente boas pessoas e mereciam ser recompensados, todos os anos lhes deixava como prendas o que eles desejavam e ainda uma pequena surpresa, que geralmente aparecia antes do Natal.

No ano anterior tinha sido uma ninhada de gatinhos, que apareceram no primeiro dia de férias no quintal, sem a mãe nem ninguém que a substituísse, tendo sido todos recolhidos e tratados quase como bebés humanos. Ali andavam os três gatarrões a roçar-se na árvore e a tentar derrubar as bolas dos ramos mais baixos, tão lindos que eles estavam, ninguém diria que eram os mesmos ratinhos que no ano anterior miavam desalmadamente no jardim!

Este ano ainda não tinha acontecido nada de extraordinário, apesar dos miúdos es-tarem desejosos que chegasse a noite de Natal para abrirem as prendas e de todos os dias esperarem por uma novidade. Como se deitavam antes da meia noite não se tinham apercebido do movimento que a sala ganha-va a partir dessa hora, quando os bonecos do presépio saiam da casota e vinham cá para fora viver a segunda vida deles. Sim, que a primeira os confinava à casota de barro, onde tinham de ficar eternamente estáticos, a não ser que passasse da meia noite e não houvesse nenhum adulto por perto.

O presépio da Júlia RamalhoEra uma vez um presépio da Júlia Ramalho, que foi

deixado por um senhor lisboeta na cadeira

de uma mesa de café e que foi levado para

casa pelo casal que se sentou na mesma

mesa depois dele se ter ido embora. O presépio

foi colocado na mesa pequena, encostado à parede, num canto

da sala, e nunca mais ninguém se lembrou

dele. Uma semana antes do Natal,

quando os miúdos decidiram finalmente

enfeitar a árvore, resolveram pegar

nele para o colocarem perto dela. Deviam

ter reparado que não tinha pó, que brilhava, que estava mais limpo

do que tudo o resto,

Page 29: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré natal.25

gafa

nhoto

O primeiro a acordar era o menino, os outros chamavam-lhe Jesus, rebolava na palha e começava-se a coçar, era alérgico à palha, por isso passado cinco minutos de ter acordado já estava cheio de bolhinhas vermelhas. A mãe acordava com o filho a coçar-se e pegava logo nele ao colo, para ele sossegar. De seguida, era o pai adoptivo que deixava cair o cajado, estremecia e acordava também, soltando um longo suspiro, que fazia com que o burro ficasse espantado com o barulho e se levantasse de um pulo! A vaca, mais refastelada do que os restantes habitantes do presépio, custava-lhe mais a arrebitar, tinha a mania que era indiana e que devia levar uma boa vida, de modo que não se esforçava para nada de nada.

Mesmo assim, todos juntos divertiam-se bastante, pois a noite era passada a tentarem encontrar comida e bebida, a subirem a ca-deiras, a mesas e armários, a jogarem com os berlindes dos gatos e a brincarem com eles às escondidinhas. Os gatos adoravam estes novos inquilinos e por isso todos se escondiam debaixo dos armários antes da meia noite, para não correrem o risco de serem enxotados da sala para fora!

Na segunda-feira antes do Natal, o mais novo dos miúdos levantou-se a meio da noite para vir ao quarto de banho e foi nessa altura que ouviu os gatos a rebolarem nos tapetes da sala. Foi-lhes abrir a porta, pensando que tinham ficado lá presos, mas quando a abre fica boquiaberto, porque no tapete estavam todas as figuras do presépio, a jogarem à macaca nos quadrados do tapete, e os gatos a rebolarem-se ao lado, como se todos fossem já grandes amigos!

Depois de recuperarem do susto, o miúdo

disse: quem é que está a ganhar? Sou eu, dis-se Jesus, por isso ganhei a estrela, a que está no cimo de presépio, mais umas jogadas e é tudo meu, a cabana, o berço e o resto da sala. És tu que fazes os milagres?, perguntou-lhe o miúdo. Acho que não, disse Jesus, ou pelo menos ainda não me ensinaram a fazê-los, apesar do meu pai adoptivo passar o tempo a dizer que é um milagre estarmos vivos, mas tenho a certeza que não fui eu a fazer esse milagre. Não, ele ainda não fez milagres, respondeu a mãe, pois nem o vinho e o pão ele multiplica, quanto mais curar os cegos e fazer andar os paralíticos! Ai são esses os milagres?, perguntou o miúdo, espantado, mas isso é tão fácil de fazer no mundo virtual, porque é que ele não vai pala lá aprender?

Todos ficaram curiosos, até os gatos, que nunca se tinham apercebido que os tês mi-údos estivessem a fazer milagres quando jogavam no computador. Sim, estamos, asse-gurou o miúdo, só não conseguimos trazer do mundo virtual para o real. Quando chegar a época da nossa hibernação, podes levar-nos para o mundo virtual, para continuarmos a viver?, perguntou o José, insatisfeito com a sorte que lhe cabia. Posso tentar, opinou o miúdo, mas quando é que isso vai acontecer, vocês hibernarem? Depois dos reis, respon-deu José, quando me trazem as prendas a mim, depois do pai Natal trazer as vossas.

Tanto eu gostava de saber quais são as nossas este ano, exclamou o miúdo. Se me pedires com meiguice eu conto-te o que é que ele te vai trazer, sei isso por intuição, mas tenho acertado sempre, acrescentou a mãe. Diz-me, por favor, diz-me! Para ti vai trazer uma vassoura do Harry Potter, para a tua irmã uma varinha mágica e o manto

de tornar as pessoas invisíveis, para o teu irmão um capacete virtual, para poder viver tudo o que não pode no mundo real.

Como o irmão mais velho tinha uma doen-ça que não lhe permitia andar sem cadeira de rodas, o miúdo emocionou-se e achou que o Pai Natal este ano se tinha esmera-do, aliás, como podia ele saber que o seu maior desejo seria voar de vassoura por cima dos prédios da cidade?! A Vassoura voa mesmo, não é daquelas de fingir? Não, não é, é das que podes usar mesmo fora do mundo virtual, porque é preciso ter carta para andar de vassoura nem tens sequer de estudar o código, por isso todos podem vassourar, tens é de treinar pertinho do chão antes de te aventurares, que aquilo não tem pára-quedas!

Mãe de Jesus, és tu a Maria Madalena? Não, sou só a Maria, a Madalena ainda não nasceu, Jesus vai apaixonar-se por ela e ela vai dar o nome a uma praia de Gaia, depois de ter ido para lá morar e ter tido a ideia de criar uma ciclo via de Espinho até ao Porto. Ina, as coisas que tu sabes! Posso chamar os meus irmãos? Sim, claro, e o miúdo foi aos pulos para o quarto, feliz por já saber que prenda de natal iria ter e por ter sido o primeiro a deparar-se com a surpresa deste ano.

Acordou os irmãos e até aos reis passaram a dormir de manhã em vez de o fazerem durante a noite, para desfrutarem da com-panhia dos habitantes da cabana. O miúdo não conseguiu levá-los para o mundo virtu-al, mas criou avatares iguaizinhos a eles e criou um presépio no Open Sim, para nunca se esquecer deles enquanto não chegasse novamente o Natal!

O presépio da Júlia Ramalho

Page 30: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

26.escola

Os primeiros alunos foram o Cisne, o Pato, o Coelho e o Gato.

Começadas as aulas, cada professor, altamente preocupado com a sua discipli-na, preparava primorosamente a matéria, que dava sem perder tempo, procurando cumprir o programa e a sua planificação. Faziam, assim, jus aos seus títulos e com-petências. Mas os alunos iam-se desencan-tando com a tão sonhada escola. Vejam o caso particular de cada aluno:

- O Cisne, nas aulas de correr, voar e trepar montes era um péssimo aluno. E mesmo quando se esforçava, ao ponto de ficar com as patas ensanguentadas das corridas e calos nas asas, adquiridos na ânsia de voar, tinha notas más. O pior era que, com o esforço e desgaste psicológico despendido nessas disciplinas, estava a enfraquecer na natação.

- O Coelho, por sua vez padecia nas matérias de nadar e voar. Como poderia voar se não tinha asas? Em se tratando de nadar, a coisa também não era fácil. Em contrapartida, ninguém melhor do que ele, corria e trepava montes.

- O Gato tinha problemas idênticos ao do coelho, nas disciplinas de natação e voo. Ele bem insistia com o professor que, se o deixasse voar de cima para baixo, ainda poderia ter êxito. Só que o professor não aceitava essa ideia louca: não estava contemplada no programa aprovado e o critério de seleção era igual para todos.

- O pato, voava um pouquinho, corria mais ou menos, nadava bem mas muito pior do que o cisne, e desastradamente, embora com algum desembaraço, até conse-guia subir montes e saltar obstáculos. Não tinha reprovações a nenhuma disciplina, como os seus restantes colegas, o que fazia

sumamente brilhante nas pautas finais. Os professores consideraram-no o aluno mais equilibrado, deram-lhe a possibilidade de prosseguir estudos.

Os restantes alunos estavam inconforma-dos. Nada tinham contra o pato, gostavam dele, compreendiam o seu grau mínimo de suficiência a todas as disciplinas, mas, perguntavam-se: a espantosa capacidade do Coelho em saltar obstáculos, correr e trepar montes não poderia ser aproveita-da para enfrentar as tais novas situações sociais, que os levaram a ter a ideia de ESCOLA? E o Gato? De nada lhe serviria correr e saltar melhor do que o pato? E que utilidade teria, para o cisne, nadar como nenhum outro? – Cada um tinha, de facto, a sua queixa justificada. Escola, pensavam eles, era o local onde aperfeiçoariam as capacidades que tinham, de modo a pô-las ao serviço da sociedade. Se as coisas já estavam difíceis, que fazer agora com a tremenda frustração de não servirem para nada? Foram falar com os professores. As limitações de cada um eram um facto, eles sabiam que jamais seriam polivalentes, de modo a terem grandes escolhas. Contudo, se reprovassem no ano seguinte estariam exatamente na mesma situação.

Os professores lamentaram muito. Havia um programa, superiormente estabelecido e a questão era só esta: Ninguém tinha média igual à do pato e, por isso, na sua mediocridade, ele era, estatisticamente, superior a todos.

Os outros alunos abandonaram a escola. Desde então, por razões óbvias, a escola atrai mais os patos e, na sociedade são eles que dominam.

Adaptado de um texto publicado na revista Noesis,

nº20, Setembro de 1991

Os patos preferem a escola(ou a escola prefere os patos…)No tempo em que os animais falavam, os bichos constataram que o meio em que viviam começava a tornar-se cada vez mais complexo e havia que impor novas hierarquias, estabelecer novos parâmetros de comportamento, uma vez que já não chegavam os seus instintos inatos para enfrentar as modificações do meio. Esta necessidade deu lugar à ideia de ESCOLA: uma estrutura social, que os habilitaria, a todos, para enfrentar as crescentes modificações a que assistiam. Foram escolhidos os melhores animais para a docência, isto é, os reconhecidos como mais experientes, alta profissionalização nos seus domínios específicos. Com muitas reuniões escolheram o seguinte currículo: nadar, correr, voar, trepar montes e saltar obstáculos.

Page 31: O Gafanhoto #55

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

gafa

nhoto

Arte.27

A Bienal Internacional de Cerâmica Artís-tica de Aveiro é um dos mais importantes concursos dedicados à cerâmica artística que se realiza em Portugal, sendo reconhe-cido internacionalmente como uma relevan-te mostra de novas técnicas e linguagens utilizadas na criação de cerâmica artística.

O júri, constituído por Pedro Matos For-tuna, Francisco Laranjo e João Labrincha,

das 260 obras de 160 diferentes artistas enviadas a concurso, apurou nas triagens efetuadas durante as duas reuniões, 101 obras de 89 artistas, algumas delas oriun-das de 16 países estrangeiros, nomeada-mente Alemanha, Argentina, Áustria, Bél-gica, Brasil, Bulgária, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, França, Israel, Itália, Japão, Polónia, Roménia e Ucrânia.

A Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro

http://www.cm-aveiro.pt/

www/Templates/TabbedContainer.

aspx?id_class=1694&divName=138s4

71s1683s1694

Page 32: O Gafanhoto #55

ÚLTIMA.28ga

fanhoto

LiberdadeHá impedimentos e constrangimentos externos que influenciam

a liberdade de cada um. As normas que existem impedem-nos oca-sionalmente de sermos livres, principalmente quando estamos a ser punidos por algum ato grave que fizemos. Isto só acontece porque tivemos liberdade de agir, mesmo sabendo que era errado, Mas não são só os tribunais e as prisões a limitarem a nossa liberdade, pois as nossas capacidades físicas e psicológicas podem exercer o mesmo efeito. Se não conseguirmos andar, não temos liberdade para correr, tal como acontece a todos aqueles que não têm capacidade para pensar corretamente e não o fazem mesmo por essa razão. Apesar de muitas vezes não termos liberdade de escolha, pelo menos em termos práticos, podemos no entanto mantermo-nos livres pelo pensamento, assim como nas atitudes, pois o que temos é de ser responsáveis pela liberdade que temos. Todos nos impõem regras para nós cumprirmos e respeitarmos, pais, professores, Estado, mas mesmo assim continuamos a ser livres, apesar de todos os limites que condicionam a nossa liberdade.

Helder Reis, Joana Calisto

O que é a liberdade para mim?Para mim, a liberdade é podermos optar pelas diversas escolhas

que nos aparecem na vida, como optar entre ir à praia ou fazer jogging. Sinceramente, acho que existem muitas pessoas que desperdiçam a sua liberdade, enquanto outros dariam tudo por ela, como por exemplo, enquanto nós pensamos que a Escola é uma seca, muitos dariam tudo para estar aqui no nosso lugar, em vez de continuarem na miséria. Assim, espero que quem me está a ler passe a aplicar-se em tudo o que faz, mesmo que não goste, porque vale a pena estarmos aqui. A vida que desperdiçamos é na realidade a vida de luxo que muitos desejariam ter por nós. Por isso, devemos ignorar o desnecessário e viver o máximo que pudermos.

Daniel Encarnação

LiberdadeA liberdade é difícil de se entender. Aliás, só a partir de uma

determinada idade da nossa infância é que se percebe o que é ser livre e independente, poder pensar e agir de acordo com a nossa vontade, sem que haja algo a condicionar a nossa acão. Mas existem sempre condicionantes, pois, no fundo, nunca fazemos totalmente o que pensamos que devemos fazer, somos influenciados pelos outros e pelos nossos próprios limites. Liberdade não é fazer o que nos apetece, aliás, nunca fazemos realmente o que nos apetece, a não ser que se trate de escolher entre ir ao cinema e ler um livro, entre comer chocolate ou tripa de ovos. No fundo, há sempre algo ou alguém a impedir que determinada Acão seja feita como a pensamos. Pode-se fazer a pergunta se somos ou não livres, mas ser livre é relativo, não encaramos a liberdade todos da mesma forma e, apesar de teoricamente todos podermos ser livres, só o seriamos se estivéssemos sozinhos no mundo. Uma vez que não estamos e existem leis, não somos assim tão livres, somos capazes de escolher entre várias hipóteses, mas assim que a nossa escolha interfere na de outra pessoa, deixamos de ser totalmente livres. Na realidade, a nossa liberdade acaba onde começa a do outro. Ou, como Sartre diria, o inferno são os outros. Mas a nossa vida teria algum sentido sem eles?

Carolina Rocha, Fábio Maia, João Santos, SIlvelys

LiberdadeLivreInteligênciaBondadevErdadeResponsabilidadeDireitosAutonomiaDeveresEducaçãoAna Amarante, Beatriz Nogueira, Catarina Santos

LiberdadeA liberdade é como uma penaQue voa de livre vontadeLeve como o ventoQue transporta a felicidade

Na guerra não há liberdadeNem direito de expressãoA guerra só traz ódioMorte e destruição

Dá volta à vidaAlegra-te com o que tensHá quem não tenha muito para viverE mesmo assim viva bem

Saboreia a tua liberdadeNão é só o que te convémUsa-a responsavelmenteAjuda os outros, pratica o bem

Regista a maldade,Livra-te da opressãoAceita a piedadeQue te vai no coraçãoAndré Brandão, Diogo Ferreira, David Roque, Sérgio Gandarinho

Ser LIVRE, É ser feliz!É fechar os olhosE conseguir verÉ tapar os ouvidos E conseguir ouvirE fechar a boca e conseguir gritarÉ chorar a saudadeE libertar o pensamentoÉ relembrar o passadoE poder escolherÉ abraçar o mundo E recomeçar outra vez.É sair da ignorânciaE procurar a perfeiçãoÉ aprender a voar!Ser livre é nunca sair Nem permanecerÉ dizer NÃOE dizer SIM.Ser livre é poder viver a vidaÀ nossa maneira!

ESGN