O Homem à Frente Das Profecias (Mario Enzio)

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jucelino da luz

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O HOMEM À FRENTE DAS PROFECIAS

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Mario Enzio

Meu filho, não se esqueça jamais: antes de sermos matéria somos espíritos..

COMO É ESCREVER UM LIVRO VIVO

Ouvi ou li uma matéria, dias atrás, em que perguntaram a um médico neurologista por que as pessoas precisavam dormir. Ele não teve dúvida, respondeu com uma pergunta: Mas, por que precisamos estar acordados? É tão importante dormir quanto estar acordado. É parte da vida. Assim como o sonho é parte integrante do sono. Passamos de 20% a 25% do nosso tempo de sono sonhando. Nos estudos médicos, sobre fisiologia ou neurologia, já se sabe dentro do cérebro as áreas que são ativadas para que possamos dormir, e as que são ativadas ao sonhar. Entretanto, o que pensamos seria o que sonhamos? Ou o que sonhamos é o que pensamos? Só a linguagem dos símbolos é usada pelo inconsciente quando deseja se comunicar com o consciente? Os símbolos internos ordenam o fluxo de energia psíquica promovendo mudanças na mente? O conteúdo é campo do psíquico e da filosofia. Desde que Freud abriu caminho para esses estudos, os sonhos continuam despertando muita curiosidade e interesse. Só que, ainda, não há muito que se inferir ou deduzir, mas há muito que pesquisar. Se os sonhos se processam em uma determinada parte do cérebro, a ela chamo de caixa-preta, assim como nos aviões. Onde tudo que acontece com você está gravado. É a caixa-preta do inconsciente. Nela estão gravadas todas as impressões, trazidas geneticamente ao nascer e as demais, que incorporamos ao longo de nossa vida. Este livro contará as experiências diárias e um pouco da vida de uma pessoa que tem se dedicado a sonhar e a fazer revelações a partir desses sonhos. Não de forma complexa, confusa, sem nexo, cheio de símbolos a serem interpretados. Mas que são escritos como se fossem uma situação do dia-a-dia, de fatos, problemas ou soluções, que ainda não ocorreram, mas depois de um certo tempo acabam acontecendo. São sonhos de advertência com relação a acidentes com pessoas famosas ou não, acontecimentos em cidades ou países, e catástrofes naturais. São os seus sonhos premonitórios, de situações que ele vê que irão acontecer em um prazo futuro. Estou me referindo a Jucelino Nóbrega da Luz, JNL, um paranaense nascido em Floriano, município de Maringá, hoje com 45 anos de idade, que desde criança tem sonhos que lhe revelam o futuro. O que o faz ser diferente, e foi esse o meu interesse em pesquisá-lo, cito dois pontos, primeiro: é que ele, depois de sonhar, escreve uma correspondência à pessoa, registra em cartório ou autentica uma cópia ou recebe a confirmação do remetente pela mensagem recebida. E, segundo: os fatos, na maioria das vezes, acontecem como previsto. Este trabalho, é minha expectativa, que possa agradar pessoas com uma visão espiritualista e visão de pesquisador ou cientista, pois oferece campo de reflexão para ambas. Penso assim porque já presenciei e ouvi, em minhas andanças, em ambientes

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só com foco em pesquisas da mente, que quando se procura muita explicação científica para as coisas que nos cercam acaba-se encontrando Deus. Assim, do mesmo modo, quando participando de diversos grupos de espiritualistas, filósofos e metafísicos - esses lugares onde se cruzam todos os tipos de corrente de pensamento - que quando se procura encontrar Deus, em todas as coisas do universo, tem-se a nítida impressão de que por detrás daquela criação existe um cientista. Percebi que o caminho de um se encontra com o de outro, nem que seja no Infinito:

O cientista pesquisa é encontrar-se com o abstrato. O espiritualista filosofa é encontrar-se com o concreto.

Portanto, pesquisaremos e filosofaremos sobre sonhos que se concretizam. São os sonhos precognitivos ou proféticos, na vida de Jucelino, que envolvem a vida de milhares de outras pessoas. Ainda, o que ele, Jucelino, pretende com isso e como vem encarando essas suas evidências que se comprovam? Para mim, com uma parte da mente de cientista e outra de espiritualista, tem sido muito gratificante escrever sobre o tema. Não deixa de ser mais um caminho na busca pelo conhecimento: como podemos melhorar nosso poder mental? Para que podemos ou devemos usá-lo? Vamos abordar, também. Assim, escrever a biografia de alguém que se mantém em plena atividade é que me fez chamar este livro de um trabalho vivo. Pois, à medida que escrevia esse texto, em contato com suas cartas, os sonhos com as premonições, os casos iam se sucedendo, a cada dia. Como se poderá ler, nos casos que se concretizavam, alguns desses previstos, se confirmando. São as partes da vida...

TRÊS MESES QUE NOS CONHECEMOS, MEADOS DE JUNHO Estou nos bastidores de uma televisão; são 14h30, vou ser entrevistado para falar do lançamento deste livro, que em breve estará nas livrarias. O produtor do programa, preocupado com o formato dinâmico que a televisão exige, vem nos falar de como a apresentadora do programa reage a assuntos como este. Ele explica que ela não é muito de aceitar coisas que colidam com sua crença religiosa. Demonstro-lhe que não vou falar sobre religião, mas sobre sonhos. Exemplifico: uma pessoa sonha com um homem, vestido de armadura, em roupa vermelha, andando a cavalo e golpeando um animal estranho, com uma lança. Uma poderia me descrever que viu o santo de uma religião, outra um orixá de uma seita ou, simplesmente, um guerreiro se defendendo. Portanto, a linguagem que se usa para descrever um sonho, isso sim, é o que vai revelar as suas preferências ou os seus valores, sendo que a crença religiosa será um deles. O sonho é livre, produto da mente, são pensamentos que acontecem no sono, o seu conteúdo é que vem carregado de símbolos. Tudo isso aconteceu muito rápido. Hoje faz exatos três meses que eu conheci Jucelino Nóbrega da Luz. Ele e eu vamos entrar para sermos entrevistados. Ele vai

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falar de seus sonhos e eu do livro que irei lançar em algumas semanas, sobre sonhos premonitórios. Se tudo isso é ou não possível de acontecer e ser acreditado. O produtor se convence de que sabemos do que iremos falar. Professor Jucelino, como é conhecido, já esteve há um tempo atrás mostrando suas correspondências. Só que desta vez vamos estar juntos. Ele vai falar daquilo que faz desde 1969, quando tinha nove anos de idade, que só resolveu em 1997 tornar público. O que vê em seus sonhos e o que se concretiza. Quanto a mim, acredito, se puder provar. Estou indo dar meu depoimento do que estou pesquisando: documentos e evidências. Vamos ao ar. Íamos ficar um bloco de matéria, ficamos mais três blocos. O tema é intrigante. Desperta a curiosidade e nos leva a refletir sobre as capacidades e potencialidades da mente. Já são 15h30 quando nos despedimos da entrevistadora (1). Também, me despeço de Jucelino. Vou até a faculdade, recebo um telefonema de minha assessora de imprensa. Ela me avisa, às 18h30, que já havia mais de 40 mensagens na minha caixa de entrada do correio eletrônico. Entendi, naquele momento, que estou diante de um tema que irei debater intensamente. Chego em casa, leio as mensagens, organizo as inquietações, dúvidas, perguntas, propostas dos internautas que assistiram à matéria. Escrevo as respostas para lhes encaminhar. Sinto-me com dever de casa, ainda por cumprir. O livro só está 90% pronto. Faltam poucos detalhes... (1) Monique Evans - Programa “A casa é sua” - Rede TV.

TRÊS DIAS ANTES, EM POUSO ALEGRE, PRIMEIRA SEMANA DE JUNHO

Fui atrás de novas evidências, quero provas. Estou inquieto, pois tudo isso é intrigante e fantástico, mas preciso me certificar de que não estou só no campo do espiritual ou da auto-ajuda psicológica. Sei que isso pode parecer uma grande contradição, mas é assim que caminham a fé e a ciência. De um lado, a força da ciência que nos move em direção a um ideal de resultados e certezas materiais. De outro, a incerteza de que, ainda, precisamos aprender muito para compreender mais uma parte do nosso cérebro. Cheguei no sábado, a estrada estava boa, é muito melhor guiar durante o dia pela Fernão Dias. Foi uma viagem tranqüila. Assim que cheguei, bem na hora do almoço. Nada que não estivesse combinado, Matheus, o filho do meio, quatro anos, já gritou avisando que eu havia chegado. Os cachorros, logo, não me reconheceram e também avisaram minha presença. Aparece Claudia, esposa de JNL, à janela, gritando: o Mario chegou! Jucelino abriu a porta e foi dizendo: - Já estava lhe esperando! Você chegou na hora que vai começar o programa.

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Ele havia ido dar uma aula naquela manhã. Marcamos para 11h30, mas já eram 12h30. Ele gosta de pontualidade. Estava ligada a televisão num canal local, fizeram uma reportagem com JNL. O apresentador anunciou: "Logo mais uma reportagem que vai deixá-los intrigados: vocês vão conhecer o Professor Jucelino Nóbrega da Luz, que com seus sonhos já previu grandes acontecimentos, aguardem". Deve ter sido mais ou menos isso o que o apresentador falou. Acabava de chegar, me sentei numa cadeira dentro do quarto do casal, onde fica a cama das crianças, para assistir à televisão, de 20 polegadas, em cima de uma cômoda com gavetas. Tomando um copo de água gelada, que fui buscar com JNL na cozinha, sentei-me. As suas crianças estavam por perto, estridentes e alegres, como sempre, quase não nos deixavam ouvir a televisão. Talya, a filha mais velha, cinco anos, deitou-se no berço. Matheus ficava tentando abrir minha pasta e Lucas, o filho mais novo, dois anos, ficou sentado no meu colo por pouco tempo. Logo foi sentar-se com o pai. Por mais que Claudia tentasse acalmá-los, não conseguia. Eles estavam mais interessados em ver o pai na televisão. Vez por outra comentavam, apontando para a telinha: - É papai? Apontava e perguntava Lucas, quase ininteligível, que se seguia respondido por Matheus. - É o papai... A matéria segue com algumas das perguntas básicas que um repórter tem curiosidade em saber: quando começou a sonhar, a reação dos pais, há quantos anos faz isso, quantas cartas já escreveu, como isso aconteceu, quem é o mentor? E o ponto mais polêmico, mas não esclarecido, que é sobre o WTC (World Trade Center - o caso do choque dos aviões às torres gêmeas): a ação que JNL tem contra o Governo americano pleiteando a indenização prometida para quem desse qualquer indicação sobre o paradeiro de Saddam Hussein. Não fica claro no fechamento da matéria sobre as verdadeiras intenções de JNL. Ele esclarece na fita, mas o apresentador, mesmo filmando as diversas evidências, mostrando as cartas respondidas por pessoas confirmando que receberam suas cartas, promove uma enquete pedindo que as pessoas liguem para a TV e votem dizendo se acreditam ou não nesse tipo de fenômeno. No meu entendimento, essa abordagem acaba gerando mais dúvidas ou superstições às pessoas. Pois os temas da paranormalidade ou de fenômenos que ainda não têm suficiente explicação ou sustentação científica são difíceis de ser tratados. Há muita falta de conhecimento em lidar com informações que vão além da normalidade e as suas, prováveis, evidências materiais. Porque é difícil presenciá-las com tanta clareza ou certeza, como no caso de JNL. Nesse mesmo dia JNL falou-me de uma grande emissora que esteve em sua casa, viu os documentos, todos, impressionou-se. Como todos que têm o privilégio de manusear essas provas. O repórter ficou estarrecido com tantos furos de reportagem. Evidente que se interessou por um caso de corrupção, de denúncia. "Este sim!", disse ele. Era o que o repórter queria que fosse levado ao ar. A televisão é imediatista, quer

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agitação, quer valer-se dos pontos na audiência com o que é inusitado, com aquilo que é diferente. O que é fantástico. Tem informações que não podem, não devem ou jamais serão reveladas. Mas não é esse o caminho que esse sonhador de advertências proféticas quer trilhar. Ele quer coisas duradouras, que lhe seja dado o devido crédito, com respeito e reconhecimento por um trabalho de interesse público, como cidadão do mundo. Apesar de eu ficar indignado pela matéria desviar do seu ponto de esclarecimento, JNL foi condescendente e político. Saiu-se, afirmando: - É, eles fazem isso mesmo... Claudia já havia levado as crianças para almoçar. Terminamos de assistir à matéria. Fomos para o seu escritório para começar a trabalhar. Mal havíamos sentado e começávamos a falar do que fazer nesses dois dias quando chegaram Dona EIsa, Messias e Oduvaldo. Mudamos, completamente, o rumo da conversa. Aproveitei para falar, a todos, das minhas dúvidas. Dona Elsa (Elsa Kalder) é uma alemã que reside no Brasil há 55 anos. É professora de ensino superior e terapeuta naturista, foi apresentada a JNL naquela hora. Messias (José Messias Vilela Dorta) nasceu e vive em Monte Sião, com seus 50 anos de idade, já foi radialista, atualmente é empresário do ramo de malharia, conheceu JNL há pouco mais de cinco, quase seis anos na Escola Técnica de Inconfidentes - MG. Ele me contou como se conheceram: - Foi quando me disseram que ele aprendia idiomas dormindo. Entrei em contato com ele na escola em que lecionava. Tivemos uma conversa amistosa, foi só para saber do interesse dele em traduzir um livro em alemão. Passados alguns dias, fiquei sabendo que ele tinha premonições, que ele sonhava e os sonhos se concretizavam. Eu tive acesso a alguns documentos, que ele havia mandado, de coisas que iriam acontecer. Fatos, estes, que vieram a acontecer com uma precisão de assustar, dando data e hora. Eu tenho conhecimento de alguns documentos dele dessa natureza. Só que eu tive conhecimento disso antes de acontecer. Um dos casos que eu fiquei sabendo antes de acontecer foi aquele furacão que entrou na costa do Brasil, lá em Santa Catarina, com uma antecedência de uns dois meses. Ele só não deu a data exata para que, talvez, eu não fizesse comentários! A partir daquele momento que eu soube que ele tinha esses sonhos premonitórios me despertou a curiosidade para saber da minha vida. E fui orientado em algumas coisas, para que eu tomasse cuidado com minha saúde, que já não andava bem. E, realmente, minha saúde, pouco tempo depois surgiu um problema e tomei as devidas providências. Agora, estou bem! Nosso contato com ele é amiúde, como sempre falo! Tenho mais acesso às premonições dele, não em casos pessoais (4), porque, esses ele não comenta. Os comentários que ele nos passa são os de grandes acontecimentos, os que envolvem muita gente. Hora de dar uma parada. Claudia avisava que o nosso a moço, estava pronto! Todos ficaram para o almoço. Demorou o tempo de preparar para mais gente. Com muita descontração, quem pôde ficou sentado à pequena mesa, se servia de um frango ensopado, quem já havia se servido, comia em pé. Foi o tempo e saborear e voltar ao que nos interessava. Quando se conhece pessoas com alguma empatia, somos capazes

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de conversar por muitas horas. Foi assim, naquela tarde. Estava sendo bem proveitosa para desfrutarmos dessas companhias. Pena! Já estavam indo. O tempo passou sem sentirmos. Muita conversa no social e trabalho de pesquisa. Já era hora de me recolher. Ir ao hotel, me recompor de mais um dia mexendo em papéis. Provas: documentos e correspondências. Minha cabeça latejava! Era tempo de recarregar as baterias mentais! Despedi-me de JNL, marcamos de nos encontrar, no dia seguinte, domingo, lá pelas 11 horas. (4) JNL tem sonhos espontâneos ou provocados. Os provocados são os chamados casos de orientação, das pessoas que lhe escrevem, e que são respondidos sob a forma de consulta espiritual. Os sonhos espontâneos são os que vêm à sua mente, sem controle ou vontade, sem que seja motivado ou provocado por qualquer pergunta dirigida ao tema ou assunto. São esses, espontâneos, os que compõem a base deste trabalho. Fui para o centro, ao hotel em que já havia estado um mês atrás. Gosto de me ajeitar para o dia seguinte. Preparei mais algumas perguntas, acredito que as que estavam faltando, que poderiam entrar neste trabalho. Já me sentia quase satisfeito, com os dados e questões que venho compilando nesses quase três meses de contatos. Falta pouco, pensei. Umas informações aqui, outros detalhes ali. Acredito que poderia concluir e começar a dar a redação final, refinada, lógica, concisa e coerente. Descansei por alguns poucos momentos. Consegui meditar e escrever o que havia de fazer no dia seguinte. Então, parcialmente recomposto, pensei que seria interessante ir com JNL e Claudia a algum lugar em Pouso Alegre. Chamei-o por telefone. Se poderíamos nos encontrar, para continuar nossos papos? Sua esposa não poderia ir conosco. Não havia quem ficasse com as crianças. Ele topou. Fomos comer uma pizza, essa mania nacional. Porque hoje é sábado. Tomou uma cerveja sem álcool, eu não tive esse cuidado. As que ingeri lavaram-me a alma desse intenso dia intelectual. Foi agradável, mais uma vez, nosso encontro. Com descontrações, marca de bons amigos, é como as pessoas melhor interagem. Conversamos sobre seu casamento, como conheceu Claudia, mãe de seus três filhos. Disse-me que foi um encontro fulminante, em menos de seis meses já estavam vivendo juntos. Não poderíamos deixar de falar em arbítrio e no que nos já está reservado. Ele teve, nesse ponto, que concordar comigo: - É, quando um casal se encontra, não há o que se mudar. O destino já está traçado. Pelo bem afortunado e alegre motivo dessa união, sim. Este casal possui três filhos saudáveis, e com muita energia. Ela e ele são os responsáveis. Estavam, sim, para estar um na vida do outro. Em conversa solta, tudo se fala e pouco se conclui. Ali, não foi diferente. Nesses momentos, parece que temos o dom de dar um toque em todos os assuntos que gostaríamos de nos aprofundar, mas que não temos saúde mental para sustentá-los na sua profundidade. Também não há estômago para engolir textos pesados, junto com

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pizza. Falamos, sim, de nossos planos: sobre a idéia de encontrar alguém que pudesse nos ajudar a arrumar seus arquivos e organizar as correspondências, de forma a catalogá-las sob a visão de uma bibliotecária ou uma especialista em documentação. Não poderíamos deixar de falar o quanto é importante sair de casa para se distrair. Não me surpreendi, pela vida austera que leva, quando me disse que não sai de casa, que não tem amigos ou conhecidos com os quais possa bater um papo ou jogar uma conversa fora. Pela vida que leva, não há como ter amigos na sua cidade. "Eles acabam se aproximando com outros interesses", se justifica. Conta-me que essas aproximações de interesses acabaram lhe causando dissabores. Como somos bons de conversa, não deixamos que o silêncio deixasse rastro no nosso diálogo. Deu tempo para falar de política, de minhas pesquisas sobre paranormalidade, de personalidades que estão na mídia, das pessoas menos famosas, mas não menos importantes, que procuram por uma consulta. Fomos conversando até chegar à casa dele. Despedi-me e voltei para o hotel. Fiz algumas anotações, para não deixar de lado as melhores impressões desse dia.

O Dia Seguinte Como quase todas as noites, depois que eu o conheci, minha produção de sonhos foi intensa. Escrevi o que me veio à mente, logo pela manhã, para me orientar, me conhecer melhor. Levantei-me, juntei os papéis que havia espalhado pelo quarto do hotel à noite anterior. O dia estava lindo: céu azul, sem nuvens, temperatura agradável. Jucelino, em conversa rápida, ao telefone, me esperava com uma idéia, e fazia questão que eu almoçasse com eles, nesse domingo. Saí do hotel. Há uma atração, inegável, que essa cidade despertou em mim, gosto do ar, do clima. Como sempre, quando cheguei, já fomos direto ao assunto deste trabalho. Ele me apresentou a idéia, que consistia em checar um recebimento de correspondência na China (5). Claro que gostei da idéia e aceitei fazer a verificação. Peguei as correspondências para constatar. Da nossa reunião de sábado, surgiram no domingo muito mais evidências, comparações. Para ele é tão óbvio, é tão natural o que faz, que ele não se dá conta de querer mostrar tudo o que tem. A conversa franca, sincera e objetiva de que preciso trabalhar com provas documentadas deu certo. Folheamos oito pastas de A-Z, repletas e mais outras, com milhares de casos. Calculo que havia mais de 3.000 casos. Escolhi os que possuíam evidências, apesar de toda quantidade física de material. Os que possuem alguma comprovação são o bastante. Porém, muitos outros detalhes me foram revelados. Estou pasmo! Diante desse fenômeno de precognição (6) Até esse momento! (5) Refere-se a uma das previsões que estariam para o ano de 2008. Encontra-se no Caso 10 - pág. 100.

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(6) Precognição: conhecimento prévio. Sinônimo na literatura parapsicológica de premonição que tem sentido de advertência, fato para se tomar como aviso, prevenção, atenção.

O que Poderei ou não Publicar Leio correspondências que vêm com relatórios confidenciais, consultas de autoridades, sobre pessoas simples até as que estão na mídia. Casos que pareciam sem solução encontram o caminho da justiça e da verdade. São casos que envolvem as mazelas da humanidade: os crimes tipificados. Comenta que teve suas correspondências sendo checadas por órgãos da inteligência, me indica os nomes. Pergunto-lhe se posso checar. Ele diz que isso está fora de cogitação, porque deu sua palavra a essas pessoas. Insisto e pergunto se o que viram seria suficiente para lhe dar credibilidade. Ele diz que sim, mas, como não poderei checar, digo-lhe que, então, meu caminho não será no sentido de checar esse material. Se eu não puder conversar com as pessoas de que ele fala, e obter delas um depoimento, não terei como provar. Neste trabalho não irei publicar o que envolva casos policiais ou polêmicos, por uma questão de segurança. Apenas os casos que apresentarem as evidências comprobatórias que possa refletir sobre JNL. Assim, defino o limite deste trabalho: irei apresentar uma parte dos documentos em que houver autenticações e respostas. E nos que não houver estarão justificados. Este trabalho passa a ser uma narrativa de fatos e algumas constatações, durante um determinado período. Como irei usar essas informações? Qual a finalidade e benefício que poderá trazer às pessoas? No decorrer das próximas páginas, conto-lhes como trabalhar com essa realidade. Como fazer quando se abre a caixa-preta do inconsciente. Vamos descobrir que os sonhos provocam nossa percepção, nossa consciência, para além dessa realidade, para a verdade de cada um. Essa percepção individual, a partir do conteúdo dos sonhos, pode se subdividir em quatro níveis de aprofundamento: a. A atitude de sonhar, com ou sem recordações, inata a qualquer pessoa; b. A atitude de sonhar e trabalhar com os seus próprios sonhos (terapia dos sonhos ou onírica); c. A atitude de sonhar e prever acontecimentos a pessoas ligadas a você ou terceiros, esporadicamente; d. A atitude de sonhos proféticos, isto é, prever acontecimentos que envolvam grandes massas da população ou a determinados grupos e seus destinos. Essa seria a verdade de JNL?

Domingo à Tarde

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Peguei os papéis, fizemos um protocolo do que eu estava levando. O corpo pedia uma trégua. Demos uma merecida parada para almoçar, as crianças ainda estavam sentadas à mesa. Tempero de dar vontade de repetir, mesmo antes de começar. Almocei arroz, feijão, couve e carne de panela. Delicioso. Só que estava inquieto com tudo o que li. Não consegui repetir o prato, como já havia feito outra vez que estive em sua casa almoçando. Há alguns pontos que ficaram em dúvida depois das tantas horas que gravamos. Assuntos que, sei, são muito delicados, merecem mais atenção. Preciso tirar a limpo, entender melhor. São 15h30, vou lhe fazer mais algumas perguntas: - Jucelino, gostaria de saber sobre sua ida à Embaixada da Indonésia em Brasília; quando ocorreu isso? - Foi em 6 de janeiro de 2005. - Quanto tempo você ficou lá? - Eu fiquei dois dias. - O que você foi fazer lá? - Eu fui a convite do Embaixador da Indonésia. - Você se lembra do nome dele? JNL busca em sua carteira o cartão, me mostra, lemos o nome em voz alta. Anotei o endereço e telefone da embaixada: - Embaixador Pieter Tariu Val. - O que conversaram? - Sobre o caso que aconteceu. A correspondência que eu enviei sobre o terremoto. Fui bem tratado, lá. Eles pediram outras informações sobre outros fatos que aconteceriam no futuro, que um provável terremoto (7) em 2009, que será pior. (7) Caso 14 - O que aconteceu de interessante? - A recepção foi muito boa para comigo. Ele é uma pessoa honesta, uma pessoa muito boa. Não era o embaixador na época, mas teve toda a atenção comigo, toda a credibilidade. Tinha mais ou menos oito pessoas lá, dentro da cultura, outros que me pareciam militares, não sei. Tiramos fotos juntos. Eles me levaram para jantar num restaurante chinês, no dia seguinte. Foi muito bom esse encontro. - Você foi sozinho? - Eu fui sozinho...sozinho... - O que mais aconteceu, por lá? - A Globo filmou a placa, quando eu estava chegando no aeroporto, com o meu nome. Indo até a Embaixada, na frente da mesma, quando eu entrei. A Rede Globo filmou tudo isso. Fez uma entrevista comigo. Viu uma pessoa que estava me esperando da Embaixada, quando eu cheguei, com a placa, com meu nome. O jornalista fez duas entrevistas comigo. Mas, infelizmente, o embaixador não dá entrevista, mesmo. Isso é um direito dele. Até a Rede Globo me pediu para que eu

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falasse com ele para ele falar. Ele disse que pessoalmente não daria entrevista para ninguém. Porque não pode. Agora, o motivo dele é particular. Eu não posso fazer nada... - Essa declaração que você está dando para mim, não tem problema? - Não, não tem problema nenhum. É uma declaração verdadeira. Eu acho que uma declaração verdadeira não há problema. Se você entrar em contato com a Rede Globo de Brasília, eu lhe dou o nome da pessoa que me entrevistou e ele vai falar a mesma coisa. - Quando você puder me passar... - Eu vou lhe passar o telefone de Brasília. Ele vai lhe dizer (8) que a matéria não foi ao ar porque o embaixador não quis dar a entrevista. É um direito dele, né. (8) Não procurei por esse jornalista. - Vamos mudar de assunto, agora, como eu lhe falei, essas são as últimas perguntas que eu quero lhe fazer para completar o nosso trabalho. Já ouvi essa resposta quando estivemos na palestra em Amparo, quero que você me responda para eu gravar. O que o motivou a acionar o governo americano, para tentar receber o prêmio pela captura do ex-líder iraquiano Saddam Hussein? - Bem, primeiro, foi a questão da mentira. O principal foi a mentira. A pessoa tentou me iludir. Ficou me iludindo, prometendo até um certo tempo. Até o momento, no qual... Eu acho que o grande recurso que você tem para evitar uma mentira é procurar os seus direitos através da justiça. - Que mentira? - Ué! Uma pessoa que lhe promete reconhecer para você não contar para ninguém. Para eu ficar no caso, no anonimato, com os conhecimentos que eu tinha, que não era para eu contar para ninguém, que em 60 dias eles iriam me reconhecer através de um papel. E, depois, passado esse tempo, a pessoa continuou ainda fazendo essa promessa fantasiosa. - Quer dizer que você foi procurado pelo governo americano para lhe pagar a recompensa? - Sim, fui procurado. E ficou aquela mentira. Nós vamos reconhecer; mas você não conta para ninguém. Você não mostra esse papel para ninguém. Nós vamos trocá-lo pelo reconhecimento. Então, eu fiquei esperando. Uai, como qualquer cidadão ficaria. - Você recebeu uma ligação do Brasil ou dos Estados Unidos? - Recebi de ambos. Daqui do Brasil e dos Estados Unidos. Tanto um quanto o outro fez uma proposta, eqüitativa, de igual teor. - O quê? Disseram-lhe que você ia receber os 25 milhões de dólares da recompensa? - Não só receber. Até porque o meu interesse não era nem ter esse dinheiro, e, sim, que eles dissessem: "olhe, foi Jucelino que indicou". "Foi o Jucelino que enviou as cartas avisando do World Trade Center". Porque queriam que eu omitisse isso também. Era esse o meu interesse. Não era questão para sair na mídia, para ficar

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famoso. Mas é a questão de existir uma carta, houve a informação. Foi omitida, e essa carta foi escondida. Começaram a me fazer promessas fantasiosas. Então, a partir do momento em que não houve o cumprimento das conversas verbais. Eu acreditava no Governo Americano, tanto que a Embaixada Americana havia dado a sua palavra, nas nossas conversas, que dizem que o americano jamais mente. Eu resolvi acreditar neles. - Quando eles lhe procuraram? - Eles me procuraram em 2003, no começo e nos meados daquele ano. Antes da captura do Saddam Hussein (9) e, depois da captura, foram diversas vezes... (9) Em 13/12/2003, ele foi preso em um porão, na cidade de Dawar, perto de Tikrit. A prisão foi divulgada somente dia 14 de dezembro. - Quando foi esse período que você deu de 60 dias? - Foi no final do ano de 2003. Foi logo após a captura. Quando eles capturaram, eu só esperei, falei com eles, como nós vamos fazer? Então, me disseram: "até março você pode ter certeza de que nós vamos resolver". Só que antes de capturá-lo, eles falaram para não contar nada para ninguém. Senão vai vazar (a informação) e ele poderá escapar. E o capturaram! Seguiram todas as minhas dicas. Eu esperei até o final de março de 2004. Eu acho que é um tempo muito bom. Ainda, entraram em contato falando que era para eu esperar mais. Aí eu falei: não, aí não. - Quando você entrou com a ação? - Eu entrei com a ação em abril... - A questão, que logo me vem, é: o que você faria com esse dinheiro? - Dinheiro...Eu tenho muitas pessoas para ajudar, né! Eu acho que o dinheiro será aplicado em obras sociais. Não é um dinheiro para ser usado para vantagens pessoais, mas, sim, para sociais. - O que você faria? . - Olha, eu criaria uma instituição, que pudesse ser benéfica às pessoas. Os documentos enviados às autoridades americanas do WTC - World Trade Center e sobre o ex-ditador Saddan Hussein foram enviados antes do fato acontecer (10). A promessa do governo americano de oferecer uma recompensa foi bem depois, em 3 de julho de 2003. Esse é o principal motivo que o levou a entrar com essa ação. (10) Caso 09. Penso que se for verdade que os americanos se utilizaram dessas informações para realizar a captura, encontram-se numa situação delicada: se pagarem, em juízo ou fora dele, estarão mostrando ao mundo que foram auxiliados por um brasileiro, que mora no interior de Minas Gerais, que tem uma capacidade psíquica além do normal, até, para resolver questões de Estado. Se não pagarem, mostram que agem com

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interesses políticos, ao sabor das conveniências e oportunidades. É uma questão de atitude política. Disse a JNL: bem, creio que em relação a esse assunto, estou satisfeito com os esclarecimentos, por enquanto.

Hora de Voltar Chegou o momento de pararmos por hoje. Precisava voltar a São Paulo. Jucelino pediu-me que levasse sua esposa e filhos à casa de sua sogra. Com isso, desviaria uns 60 quilômetros do meu itinerário. Nenhum problema. Apesar de ser um final de tarde, ia passar por cidades que gostaria de conhecer. Todos, ansiosamente, prontos. Claudia, os meninos Matheus e Lucas, e a menina Talya, já estavam preparados há horas, para irem passar uma semana na casa dos avós. Jucelino terá uma semana agitada, irá se preparar para uma prova, relacionada com suas promoções de carreira, como professor do Estado de Minas. Ele me diz que ela, Claudia, está cansada de ficar em casa. Não tem qualquer vida social, além, é claro, de cuidar dos filhos. A pequena mala, três sacolas, duas jaquetas foram acomodadas no porta-malas. Seguimos nosso caminho. Fomos batendo um papo, Claudia e eu, nos 50 minutos até a casa de seus pais. As crianças se revezavam entre os lados direito e esquerdo do banco de trás do meu carro. Antes de chegarmos a Inconfidentes, passamos por Bonde da Mata, uma cidade bem pequena. A cidade das fábricas e lojas de pijamas, diz Claudia. Há lojas de pijamas e roupas íntimas em quase todas as ruas, e nestas, as lojas são uma do lado da outra. Ela completa: - Gosto muito dessa cidade, meus filhos nasceram aqui. Minha médica é daqui. É muito boa para se morar. É pacata. Claudia é uma mulher de 25 anos, com rosto de menina, revela que as viagens pela estrada lhe causam uma certa apreensão. Ela sofreu um acidente, há uns sete anos, onde o carro em que estava capotou. Por isso, ela vai olhando fixamente para a frente. Prestando atenção em cada carro que se aproximava. Para acalmá-la, além de ir mais devagar, vou comentando sobre os movimentos que estava fazendo, nas curvas e ultrapassagens. Continua me contando que gosta de viver na roça, em sítio. Passamos por uma casinha, em que dava para se ver a estrada, quase na entrada para a casa dos seus pais. Ela me aponta e diz que morou ali com Celino - Jucelino -, logo que se casou. Ela gostava. Ele não muito. Ele é muito bom para ela, trata-a com carinho e atenção. Ela, também, gosta muito dele. Saímos por uma estrada de terra, um pouco antes de chegar a Inconfidentes. Andei uns dois quilômetros. É um sítio. Foi uma surpresa. Ninguém os esperava, a irmã, os sobrinhos, seus pais. - Esse é um conhecido do Celino, apresenta-me, assim, ao seu pai. Claudia fala de um jeito tão rápido que se chega a não entender como ela chama o Jucelino, de forma abreviada. Se Celino ou Salino! É com um 'tantinho' de sotaque mineiro. Ele é uma pessoa simples, muito simples.

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Assim como toda a sua família. O pai de Claudia me convida. - Tarde! O senhor quer entrar? - Obrigado! Já são quase seis horas da tarde, preciso chegar em São Paulo. Tenho um compromisso, fica para a próxima vez... - Quando quiser, fique à vontade. Respondeu-me com um sorriso, segurando um cigarrinho de palha, ainda não aceso, na boca... Faço o caminho em direção ao roteiro das águas: Inconfidentes, Monte Sião, Socorro, Águas de Lindóia, Bragança Paulista, Atibaia e chego em São Paulo às nove da noite.

TRÊS MESES, E POUCO, ANTES: ONDE TUDO COMEÇOU

Tomei contato com as premonições de Jucelino Nóbrega da Luz, JNL, em uma quarta-feira de madrugada, 24 de fevereiro, na reprise de uma entrevista pela televisão (11). Interessei-me, inicialmente, em consultá-lo. Faço isso quando quero saber como as pessoas lidam com as suas habilidades paranormais. Escrevi para a produção do programa. Dias se passaram, até que me escreveram o telefone do Professor Jucelino. (11) Programa Jô Soares. Fui eu que deixei o tempo passar, mais três semanas, liguei no dia 14 de março. JNL foi muito educado. Eu lhe disse que queria fazer uma consulta. Ele explicou-me o que eu deveria fazer: "escrever um breve resumo do que estava me acontecendo, a data de meu nascimento, incluir uma foto, e fazer três perguntas que me afligiam". Enviasse para ele com uma colaboração financeira, apenas para cobrir os custos de papelaria e reenvio da carta registrada. Mas, ao invés de agradecer e desligar, continuamos a conversa. Disse-lhe que estava escrevendo meu terceiro livro. Vou tratar do tema da intuição e o depósito de conhecimento que existe no inconsciente. Por algum momento, percebi que era ele que estava se consultando comigo. Perguntando-me sobre como é escrever um livro. Disse-me que anos atrás havia escrito um livreto, mas que não tinha mais interesse em publicá-lo. Entretanto, seguiu-me explicando seu trabalho. E, para minha surpresa, disse-me que gostaria de conhecer-me, para falarmos, um pouco, sobre a questão do seu livro. Trocamos outros números de telefones para facilitar a nossa comunicação e despedimo-nos. No dia seguinte, 15 de março, recebo uma ligação do Professor Jucelino, como ele é comumente chamado. Ele viria a São Paulo para fazer um exame na clínica de um médico, especialista em distúrbios do sono, a pedido de uma rede nacional de televisão (12). A emissora estava interessada em conhecer detalhes, assim como eu. (12) TV Bandeirantes. Então marcamos o encontro, para um café: 16 de março, 11h30, num shopping center próximo à Av. Paulista. Pontual. O papo tinha que ser rápido. Ele ia seguir para uma

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entrevista na televisão. Chegou com seu amigo Oduvaldo Claro. Uma pessoa que o tem ajudado, trazendo-o e acompanhando-o nessas entrevistas na imprensa ou em palestras pelo interior de São Paulo, até servindo-lhe como motorista, a ele e à família. Oduvaldo, formado em Contabilidade, é vendedor da malharia de seu filho, no sul de Minas, em Monte Sião. Uma pessoa tranqüila, centrada. Como dizemos: de alto-astral. Com seus 60 anos de idade, é incapaz de se sentir cansado para um pedido do Professor Jucelino. Levei-lhe meus dois primeiros livros. Sentamos para um refrigerante, autografei-os. Em menos de meia hora de bate-papo, ele me disse que gostaria que eu pesquisasse e escrevesse sobre o que ele vem sonhando e revelando há anos. Continuamos conversando, não do livro que ele havia feito, mas do novo projeto. A entrevista na televisão, então, foi cancelada. Pensei naquelas sincronicidades que unem e separam as pessoas. Nosso papo se estendeu até às 17h30m. Estava selado um compromisso. Jucelino seguiu para fazer o seu exame. Ficamos de conversar no dia seguinte. Para sua indignação, a entrevista na televisão foi novamente cancelada, no dia seguinte. E aconteceu que seu exame seria repetido, por interesse do próprio médico especialista, para confirmar os dados do polissonograma (13). Nos restou marcarmos um novo encontro para sábado. Dessa vez na zona norte da cidade, mais próximo da casa que Oduvaldo tem em São Paulo. Encontramo-nos em outro shopping center. Cheguei com gravador, preparado com dez laudas escritas. Era um plano do que pretendia abordar neste livro. Jucelino e Oduvaldo encontraram-se comigo pouco antes das dez da manhã, em uma das entradas do shopping. (13) Polissonograma: exame realizado para detectar distúrbios do sono e outras patologias. Leia entrevista e resultados em "Analisando o lado fisiológico do Sono". - Preparados para uma reunião de trabalho?, pergunto. - Sim, preparadíssimo, retruca Jucelino. Procuramos nos acomodar em uma cafeteria: mesa, café com leite e pão de queijo. Jucelino me entrega uma cópia de seu exame. Faço uma rápida leitura. Comentamos sobre os resultados desse exame. Digo-lhe que isso será analisado melhor, posteriormente. Ele concorda. É interessante que seja dito, nos sentíamos muito à vontade, não havia qualquer barreira psicológica ou social que pudesse interferir em nossos diálogos. Tratávamo-nos como velhos conhecidos. Isso é bom, quando se quer investigar e perguntar sobre uma pessoa, sem se preocupar com censuras ou mesuras. Sem me preocupar com a sua reação. Liguei o gravador, e comecei a falar. - Vamos registrar esses momentos em que estamos juntos. Vamos conversando normalmente. Gostaria de limitar o nosso campo de atuação: os sonhos premonitórios e os fenômenos paranormais. Esse será o trabalho de pesquisa, apreciar os casos e evidências. Desde os mais abrangentes aos mais localizados, como é o seu processo de registro, como você envia as correspondências, como as pessoas reagem ao receber essas informações, se elas responderam essas correspondências, e estudar a

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questão se as pessoas se mantêm céticas ou se modificam seu comportamento em relação às premonições. Se houver condições, quero visitar quem já lhe conhece. Se alguém tem alguma experiência a falar que seja positiva ou negativa. Se existem evidências contrárias em relação àquilo que você previu, isto é, o que previu e não aconteceu. Se alguém o acionou, eventualmente, por ter agido dessa maneira e o que você consegue fazer para si próprio. JNL prestou muita atenção enquanto eu explicava esses pontos e disse-me: - Isso é importante... - Interessante! Acrescentou Oduvaldo. - Bem colocado. Isso é importante. A pesquisa nos leva ao resultado, finalizou JNL. - Gostou dessa proposta? - Gostei. - Não quero rebuscar muito, quero fazer um trabalho concentrado. O que tiver de material que fuja disso poderá ser colocado em outro trabalho. Penso que esse trabalho envolve a conscientização do quanto cada um é capaz de mudar ao se deparar com uma informação premonitória em que possa depositar um certo grau de confiança. Por ser um primeiro encontro, embora eu tivesse uma linha de perguntas, não estava preocupado com isso. Queria que fosse um bate-papo descontraído, despretensioso, solto. Assim como havia sido o nosso primeiro encontro. O ambiente não era dos mais propícios: estávamos sentados em uma mesa no meio do corredor do shopping. Mas eu tinha que aproveitar aquele momento. Comentei a respeito do sonho de uma amiga, que tem sonhos e que sofre por tê-los. JNL me pergunta: - Isso que ela tem é como aconteceu comigo, de maneira complicada. - Ela me perguntou como você agia. Disse-lhe que você escrevia os sonhos após acordar. E os enviava às pessoas que são orientadas a receber essas instruções. Só que ela nada faz. Só para você ter uma idéia, ela sonhou, dias antes, com aquele grande terremoto que houve no México em 1985 (14). (14) Aconteceu entre os dias 19 e 20 de setembro de 1985 na cidade Michoacan, também atingindo a Cidade do México. Mais de 9.500 pessoas morreram. Oito meses antes da Copa do Mundo de 1986. - Desde quando ela tem esses sonhos? perguntou Oduvaldo. - Desde quando ela tinha nove anos de idade, respondi. Mas ela tem mais uma capacidade extra-sensorial. Ela toca na mão das pessoas e é capaz de "ver" as vidas passadas dessas pessoas. Só que isso lhe causa muitas perturbações, muitos transtornos. Ela, ainda, é acordada durante a noite por uma entidade que toca em suas roupas, como lhe chamando para que ela levante. E lhe dita o que ela precisaria escrever. - Ela deve ser muito sensitiva. Tem a sensibilidade muito aguçada de transportar sua mente ao passado. Deve ver a aura da pessoa, não é projeção, isso acontece...,

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disparou JNL, continuando: no meu caso é uma coisa diferenciada. Quando estou olhando para uma pessoa tenho vários pressentimentos. Mas eu trabalho de várias formas, tenho pressentimentos, mas não é tão aguçado como o dessa moça... - Como é o caso de Águas de Lindóia, professor? Oduvaldo se lembra de um evento parecido. - É... O caso de Lindóia, diz JNL. - A pessoa passou por ele, e ele se arrepiou todinho. Não é isso, professor? - Eu nunca havia olhado essa pessoa. Deixa eu lhe contar: um policial de Jundiaí. Passei perto dele, olhei, apenas no olhar senti “eu tenho algo para falar para ele”, me veio na hora. E ele, já nesse primeiro momento, disse depois que se arrepiou todo. Eu tinha algo para falar para ele. Entrou na minha mente a mensagem: esse rapaz vai sofrer um acidente. O pai que vai fazer aniversário vai sofrer um acidente e ele vai sofrer um atentado. Alguém está no pé dele para matá-lo. Eu o vi, ele me viu. E ficou assim, como se estivéssemos sem ação. Daí. eu estava saindo, com o Dr. Carlos, (15) porque ele ia me levar para o hotel, quando ele vem atrás de mim. Na portaria, ele estava me esperando. E me disse: “Olha! Eu sou policial, mas senti que você tem algo para me falar; eu quando passei por perto de você, me arrepiei o corpo inteiro, e gostaria que o senhor me falasse”. Vou lhe falar; mas, o policial me pede primeiro que lhe dê o meu telefone. (15) Advogado de JNL. - Mas, eu preciso conversar com você, agora. Conte-me, o que é que é?, ansioso pede o policial. - Então, falei: seu pai vai fazer aniversário, agora, em 25 de maio. Tenha cuidado com um acidente de carro. Um dia depois, dia 26. Ele anotou num papel e falou. - O que mais vai acontecer? Estou sentindo que você tem mais para me falar, eu estou emocionado. - Ele quase começou a chorar. É uma pessoa de uma postura bem séria, com a família toda lá. Eu falei: em setembro, dia 14 de setembro de 2005, alguém vai te matar. E é pessoa que você já mandou prender. Você tenha cuidado... - Mas, como você sabe?, perguntou o policial. - Não, nem eu sei. Eu senti que tinha que falar para você. É um pressentimento. Ele me disse: “Tudo se encaixou. Eu não lhe conheço, nunca lhe vi em nenhum lugar; sou de Jundiaí. Como pode ser isso? Mas eu acredito. Pode deixar que vou me precaver. Eu vou ligar na segunda-feira, que vem”. Na segunda-feira, ele me ligou. Disse-me: “Olha! Eu estive pesquisando, já tenho desconfiança de uma pessoa. Você me deu o caminho. Sobre meu pai, pode ficar tranqüilo: no dia 26 ele não sai. Ninguém da minha família”. Jucelino, ainda, se explica sobre suas previsões: - Então, quer dizer; será que era para essa pessoa morrer? Eu senti aquilo na hora. E o dia ainda não chegou, será em 26 de maio, ainda vai acontecer...

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- Bem, nós temos isso registrado no gravador, aqui, que dia é hoje? - Dezenove de março de 2005, disseram juntos JNL e Oduvaldo (16). (16) JNL não anotou dados dessa pessoa. Será possível checar a versão se a pessoa nos contatar. - Bem, mudando de assunto, quero lhe perguntar sobre seus sonhos espontâneos, Como você sabe para onde mandar? - A maioria vem com endereço certo. - Você quer dizer que eles vêm, claramente, em seus sonhos? - Eles vêm. O endereço certinho da pessoa, com código postal e tudo, e o que eu tenho que escrever. - Puxa vida, incrível! E os provocados, as pessoas lhe enviam, é claro. – Sim, os gerais, provocados, vêm das pessoas que me procuram para orientação. - O sonho com um acidente em determinada região, como você faz para alertar? Avisa as autoridades, escreve através da imprensa? - Eu mando para as autoridades, primeiro, quando o sonho vem, depois eu mando para a imprensa. Se a imprensa divulgar ou não fica a critério deles. - É o caso do sul, aparteia Oduvaldo. - O senhor enviou para o Ministério da Agricultura. - É, mandei. Mandei para o Ministério da Agricultura, mandei para o Ministro antes, que é responsável por tudo. E cartas enviadas a outras autoridades. O meu primeiro foco são as autoridades locais; depois, se não houve manifestação, eu cobro das autoridades federais, e assim por diante. Estado e Município são os primeiros. Eu vou primeiro a eles, no local onde vai acontecer o fato. E depois vou às autoridades federais. - E, então, quando você envia para a imprensa? - Logo depois que eu avisei as autoridades já encaminho à imprensa, também. Por quê? O meu intuito é que a imprensa manifeste-se com a autoridade. - E, entre eles, façam alguma coisa? - Não pela matéria e, sim, pelo vamos resolver o problema. Vamos resolver em conjunto, podem auxiliar a autoridade local. Eu faço as coisas em conjunto. - Não penso que seja essa a reação, isto é, de ajuda, de tentarem resolver o problema em conjunto. Penso que seja uma reação de espanto com a notícia, de descrédito. Mas vou deixar isso para me expressar depois de analisar os casos. Quero avaliar os casos mais importantes. Os que mais repercutiram. O livro vai ter uma fundamentação naquilo que pode ser pesquisado, dentro da linha filosófica do que nós dois acreditamos. Concorda? - Claro... - E a conclusão, daquilo que já falamos: o que você se dispõe a fazer ou consegue modificar na sua vida quando se depara com premonições?

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Em síntese, explico-lhe que nós dois temos uma cabeça de cientistas, que quero chegar na conclusão, fazendo um trabalho com base, no maior número de evidências. - Estamos fazendo algo sério que vai levar a própria ciência a se interessar por esses fatos, por esse tipo de trabalho. Vamos ver depois se alguma instituição educacional se interessa por esse tipo de trabalho. - Vai se interessar. Porque, veja bem, você está fundamentando, está dando um veículo, simplesmente, para que eles tenham mais recursos. A gente tem que pensar no trabalho de pesquisa. Nós sabemos que a ciência se apóia na pesquisa. - Mudando um pouco de assunto, desde que nós nos conhecemos, todo dia tenho uma conexão com o trabalho que estamos fazendo. Aparece-me uma palavra de ordem. A primeira palavra de ordem do dia quando nos falamos pela primeira vez foi "advertência". - Claro. - Quer dizer, o seu trabalho é, antes de qualquer coisa, de advertência. Você indica, "senhores, se vocês não fizerem isso, vão cair no abismo, no buraco!” - É mesmo... Risos. - Prestem atenção, senão vão quebrar a cara... - Com certeza... Risos de todos. - No fundo, no dicionário, premonição é advertência. Pergunto-lhe se eu formulasse questões relacionadas com as situações do cotidiano se eu receberia orientações. - Sim, receberia, sem problema, ele me responde. Porque a premonição é um ato involuntário. Mas é o caso secundário do que eu trabalho, que é a assistência espiritual. Não são os sonhos espontâneos, são os provocados. Eles lhes dão uma informação futura na qual você deve se direcionar. Onde você consegue um resultado favorável. O que eu pretendia era lhe fazer perguntas relacionadas com o cotidiano da política, nacional ou internacional, da economia, do futuro do país ou de outros países. Queria saber se provocando com uma pergunta eu poderia obter as suas respostas através dos sonhos premonitórios. - Não, não, assim não pode ser feito. O desenvolvimento desse trabalho, nesse caso, é espontâneo. O resultado final do que poderá acontecer no futuro, vem sem eu provocar. O que é feito para as pessoas que me pedem orientação é relacionado com a sua vida, com o que têm que se conscientizar ou mudar. - Você percebe que estou levantando questões que, na realidade, não são do meu interesse, como escritor, mas como pesquisador? Eu quero a paz... - Claro, claro, supõe-se para com bom resultado, mas não vêm assim... Diante dessa impossibilidade e limitação da sua própria forma de produzir essas revelações, me satisfiz com as explicações. - Então, já que não há alternativa, uma das provocações que eu quero lhe fazer é em relação a esse trabalho que estamos fazendo. Como você o vê sendo desenvolvido, de maneira mais intuitiva ou científica?

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- Acredito que ambos. Intuitivo em um certo sentido, no ponto em que a gente trabalha dentro de espiritualidade. E científico, pelo resultado, pelo que você está pesquisando e os propósitos que serão colocados. Então, vai ter um resultado, que tenho certeza será positivo. Estamos trabalhando os dois lados. - Eu acho que esse casamento entre a parte espiritual e a ciência é muito importante. Vemos em poucos lugares ou quase nunca sendo abordado conjuntamente em pesquisas. - Exatamente, conclui JNL. Nosso encontro, de quase três horas e meia, rendeu muitos assuntos. Partes desses fragmentos de texto acabaram se encaixando pelo livro, ilustrando ou explicando eventos que foram acontecendo nesses quatro meses de intensos contatos. Por exemplo, quando nos encontramos em Amparo, em 22 de maio, veja mais à frente, para a realização de uma palestra sobre a conscientização geral do problema climático e suas conseqüências, vários pontos já haviam sido abordados nesse encontro no corredor do shopping. O tema é muito específico e foge do foco central deste livro: refere-se ao nosso comportamento em relação ao meio ambiente. É sobre a questão da água, do aquecimento global, das drásticas mudanças climáticas que poderão ocorrer nos próximos 40 anos. JNL fala de suas previsões sobre o clima mundial. Considera que se não houver mudanças com profundas atitudes transformadoras nos próximos dois anos (17) não teremos mais um lugar, assim, tão azul para viver. É muito sério. É um assunto de interesse mundial. Como dissemos em nossa conversa: "se nada for feito, todos iremos cair no abismo!" Então, para que todos não caiam, é preciso avisar, advertir, alertar, comunicar as conseqüências. Porém, seria outro trabalho, voltado para a ecologia e a educação ambiental. (17) JNL grifa.

PRIMEIRO ENCONTRO EM POUSO ALEGRE Se eu dever alguma coisa para você, eu abaixo a cabeça até para um rato, se eu não dever eu vou à frente de um presidente, do rei, e vou lutar contra ele. Eu trabalho

assim. JNL, nesse dia em que o conheci.

Sexta-feira, oito de abril, após uma prova de Direito Constitucional, pego uma estrada com cerração. Duas cansativas horas de viagem. Cheguei e fui direto ao hotel. Acomodei-me e, ainda, tive fôlego para sair e comer uma salada. Voltei para preparar mais algumas perguntas. Estava ansioso para olhar as correspondências que JNL envia. Acordei com ele me ligando no hotel. Encontramo-nos às nove horas, ele estava junto com o Dr. Carlos Alberto, pessoa que se tornou seu amigo, além de seu advogado, que abraçou a causa de defendê-lo com

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relação à recompensa prometida pelo governo americano, a quem indicasse o paradeiro do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein. Na recepção, depois de uma indecisão, onde tomar o café da manhã, decidimos ficar no restaurante do próprio hotel. Nada melhor: tínhamos um bom suco de laranja e muito queijo. Logo percebi que um paranaense já incorporou a culinária mineira. Jucelino adora queijo! O paranaense virou mineiro. Dr. Carlos se apresenta e me conta como conheceu JNL: - Sou Carlos Alberto Ferreira, advogado, 34 anos de carreira. Conheci o professor Jucelino Nóbrega da Luz no dia 17 de dezembro de 1999. Eu tenho um grande amigo, Cláudio, aliás são dois, o Cláudio e o Messias. Eles são muito brincalhões. Dr. Carlos Alberto conta que o convidaram em um sábado para conhecer o Professor, que morava, naquela época, em Inconfidentes, em Minas. Cláudio lhe disse que JNL era uma grande pessoa, simpático, que gostaria dele. Como ele não tinha nada para fazer naquele dia, ele foi com Cláudio. Declara a mim, abertamente, que é antipetista convicto, a sua posição política. E que assim que chega na casa do Professor Jucelino, a primeira coisa que ele lhe diz é que o Lula estava eleito. - Eu imaginei, naquele momento, que o Cláudio estava fazendo uma tremenda brincadeira comigo. Porque, para me levar para conhecer um camarada que se dizia simpático e me dá uma notícia dessas! É porque está querendo virar meu inimigo. Em seguida, na nossa conversa, o Professor Jucelino disse que os Estados Unidos iriam invadir o Afeganistão. Aí, eu fiquei absolutamente convencido de que eu estava conversando com um camarada que estava tirando uma com a minha cara. E, depois, ainda disse que os Estados Unidos iriam invadir o Iraque. Evidentemente, aí havia um fundamento, por causa do petróleo. Nós saímos de lá, eu disse: "Cláudio, você me tirou de casa para fazer piadinha comigo? Um cara desses, uma figura dessas, que vem me fazer piadinha. Me falar que Lula vai ser eleito, que os Estados Unidos vão invadir o Afeganistão... Esse é um cara maluco." Aí o Cláudio disse: "Não, não, você é que está enganado. Você deveria pedir para ele exibir as cartas". Eu falei: "Mas que cartas? Você não falou nada de cartas". Responde o Cláudio: "Ele escreve as cartas todas. O que ele disse a você, ele já escreveu para um monte de gente". Foi assim que Dr. Carlos manteve o primeiro contato com JNL. Depois de quase seis anos, ele afirma que tem a mais absoluta certeza de que o que ele diz ou é em beneficio de algumas pessoas ou da humanidade. Completa dizendo: - Acabei acreditando. Lula foi eleito, os Estados Unidos invadiram o Afeganistão, e depois, o Iraque. E tudo que o Jucelino tem nos dito tem acontecido. Nós temos procurado difundir o trabalho dele, porque é um trabalho realmente sério, que visa ajudar o próximo. Saí do hotel e fui à casa de JNL, despedimo-nos do Dr. Carlos, que seguia para sua casa de fim de semana em Águas de Lindóia. Seguimos na direção da saída da cidade. Em um bairro popular. Entro em sua casa. Uma estridente recepção provocada pelos filhos e cachorros pela volta do pai. É uma

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pequena casa, com sete divisões: sala, cozinha, dois banheiros, dois quartos e um quintal. A sala está sem os móveis mais comuns, há umas cinco ou seis daquelas cadeiras de sala de aula. No canto esquerdo à entrada, há um tipo de uma mesa onde se encontra um porta-retrato, com a foto do casamento de Jucelino e Claudia, e o telefone. JNL diz que, ali, recebe algumas pessoas, de vez em quando. As crianças dormem junto com eles. O outro quarto é reservado para os papéis, dois grandes armários, computador doado, máquina de escrever, duas mesas encostadas à parede, uma delas repleta com envelopes abertos, pastas e papéis amontoados por todo canto. São as cartas de consultas, as pastas de arquivos, seu material de professor. Só ele se entende lá dentro. É um ambiente intransponível às crianças. Mal acabávamos as apresentações formais, já estávamos entrando no quarto-escritório para ver as correspondências e iniciar os trabalhos. Jucelino, bem objetivo e prático, retira de seus armários umas pastas e começa a folhear e separar os casos. Já devia estar combinado, eu é que não sabia, mas Oduvaldo acaba de chegar de Monte Sião, se junta a nós. JNL sempre gosta de ter mais de uma pessoa junto para ouvir o que ele está falando. Sem perder a concentração, à medida que encontra um caso que possa ser interessante, coloca-o sobre uma das mesinhas ao meu lado e faz os seus comentários: - Além de mandar as cartas, eu tenho o compromisso de cobrar das pessoas as atitudes. Você entende? Então, quando eu mandei, em 02/02/2005/ a carta para o Papa, avisando através da Nunciatura, aqui, de Brasília, que é quem responde, a responsável pelo Vaticano no Brasil, quando eu mandei essa carta registrada, eu mandei avisando a data, para que eles, se quisessem, fizessem uma junta médica e fizessem um tratamento ao Papa. Qual é o objetivo nosso? Cuidar da pessoa. Para que não ocorresse o óbvio. Esse é o meu intuito. Mostra-me as diversas cartas enviadas, os telegramas. É o mesmo conteúdo, uma cobrança atrás da outra. E continua: - E, depois, quando concretiza, se concretiza, eu fico fulo da vida, daí eu fico louco. No sentido de querer entender: por que não fizeram nada? Aí eu vou e cobro de novo da pessoa. A seguir me mostra a carta enviada com as confirmações de registro prevendo a morte do Papa João Paulo II, para 02/04/2005. - Foi o que eu pedi para você fazer com aquela carta, aponta ao Oduvaldo. Este acena positivamente com a cabeça, demonstrando que tem conhecimento do caso. E continua: aquilo é uma cobrança. É para que as pessoas entendam que não é um trabalho singular; é um trabalho coletivo! (18) (18) JNL fala de coletivo, pois considera que essa tarefa não é só sua, mas de uma pequena equipe de pessoas interessadas em divulgar essas premonições. - É inevitável que eu lhe faça essa pergunta: "se ele tivesse todos esses cuidados médicos, ele poderia não ter corrido esse risco fatal?”

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- Ele poderia viver mais algum tempo. Você entende? Vamos ver em casos anteriores. Eu mandei para o Papa essa carta. Folheia e retira de uma pasta de arquivo completamente repleta de papéis. - No ano de 2003, quando ele teve outros problemas de saúde, quando começou a abalar. Eles me responderam, o Monsenhor Gabriele mandou uma carta, direto do Vaticano para mim. E eu mandei para ele essa carta 003/22/04/2003, (19) onde escrevi: “através de meus sonhos premonitórios, pude observar em data de 01/02/2005/ que S.S. João Paulo II passou mal e teve que ser levado às pressas para o hospital, onde terá sérios problemas de saúde; e o mesmo correrá riscos de grande infecção”. Ué... Se eu avisei, dia 22 de abril de 2003, tiveram ainda dois anos pela frente para tomar providências quanto à saúde do Papa. Se eles não tomaram... (19) Observa-se em suas correspondências que há uma marcação que se inicia com o número de vezes em que foi feita a advertência premonitória. Nesse caso, se 003, é a terceira vez. Pergunto: - Mas será que eles não tomaram as precauções? - Eu não acho que tomaram as precauções. No entanto, ele me respondeu. Está aqui, a resposta do próprio Vaticano. - Sim, aqui ele diz que recebeu a informação. Apenas diz isso. Não diz que vai cuidar... - É, mas não diz que vai cuidar; mas deveria, recebeu a informação... - Recebeu a informação... - Sim, recebeu a informação. Isso significa, um pouco... Porque se eles receberam a informação e não fizeram nada, eu digo assim me sinto menos culpado com minha consciência. Fica a critério da consciência deles, então, o meu objetivo era preservar a saúde do Papa, não é dizer que ele vai morrer; não é meu intuito isso. Meu intuito é que ele vivesse mais, que ele cumpra o seu trabalho, a sua obra aqui na Terra. Esse era o objetivo quando eu enviei essa carta em dezembro, também, em dezembro de 2001. Foi a mesma coisa: mandei com essa mensagem em polonês, que dizia a data que em 2002, 2003, ele teria problemas de saúde, foi acontecido o fato (20). (20) Caso 28. Entrega-me a carta, naquele momento era a primeira vez que eu lia uma carta com uma evidência de prova. Parei de gravar. Peguei a carta, li, pausadamente, olhei para JNL, disse-lhe: - Estou impressionado; quero tocar em suas mãos. Você, apesar de trazer essas notícias tristes, é uma pessoa abençoada. É um ser diferenciado. Segurei nas mãos dele, e não me contive de emoção. Oduvaldo, que estava ao lado, presenciando nossa conversa, também não se conteve e vi que seus olhos, assim

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como os meus, se encheram de lágrimas. Eu estava tomando contato físico, com tudo isso, pela minha primeira vez. Após a parada na gravação, me recupero desse contato imediato com um fato paranormal. Continuamos a separação dos documentos. Esses seriam copiados para que eu os trouxesse para leitura. Ao fundo, podia-se ouvir sua esposa varrendo o quintal, seus filhos brincando, por vezes gritando, que o som invadia a gravação ou batendo na porta fechada do escritório. - É, meu amigo, você está aqui como um grande observador... JNL referia-se a Oduvaldo, que estava ali, sentado, ouvindo atentamente a nossa conversa. Passa-me diversos casos, separo-os em cima da mesinha lateral. Entrega-me o documento que revela a eleição do futuro presidente brasileiro, ao qual se referira Dr. Carlos Alberto, hoje de manhã (21). (21) Caso 12. - Vamos pegar o caso do Sérgio Vieira de Mello... - Sim, do Embaixador... (22) (22) Caso 23. - Isso... Vamos separar... - Sim, já tem mais um caso que está aqui em baixo, por favor; coloque-os ao contrário para que possamos nos organizar e não lhe atrapalhar. Tento me entender com os casos. Separávamos, pacientemente, todos os papéis que eram de interesse geral. - Que caso é esse, Jucelino? - Esse é o caso do juiz Alexandre Martins de Castro Filho (23). (23) O juiz Alexandre Martins de Castro Filho foi morto a tiros por motoqueiros em Vila Velha, no dia 24 de março de 2003, quando estacionava seu carro em frente a uma academia. O jornal saiu com essa publicação. O noticiário fala "sobre uma morte anunciada”. Não fui eu que passei isso para eles. Eles conseguiram a carta dentro do próprio fórum. - Ok! O Embaixador da Espanha (24) está lá, para nós tirarmos xerox... (24) Explosão em estação de trem em 11/03/2004: Caso 17. - A do Lula é importante aqui, tem a resposta do próprio partido... (25) O do Presidente da Macedônia, morte de avião, vai?

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(25) Caso 25. - Sim... - Mandei aviso para lá, sobre o Presidente da Macedônia. Morreu em acidente de avião. - Quando morreu? - Sei que morreu, mas não sei a data. Vamos ver se aqui está escrita a data: em fevereiro de 2004. Eu falei que o avião seria sabotado. Está aqui para xerocopiar (26). (26) Caso 21. - Aqui é o caso do World Trade Center; temos que separar depois... Vamos lá, esse aqui eu mandei para o periódico ABC, no Paraguai. Avisando do supermercado em Assunção que... - Ah! Sim, em que houve uma explosão... - Explodiu! Você vai incluir? Foram 500 feridos e mais de 200 pessoas mortas! (27) (27) Caso 30. - Quantos casos você tem, Jucelino? - Nossa Senhora..., surpreende-se Oduvaldo, fazendo menção de muitos com as mãos. - Isso é quanto? - Oitenta e sete mil... - Oitenta e sete mil casos, repito, surpreso. - É... - Quando esses sonhos premonitórios começaram a se manifestar? - Bom! Começaram desde quando eu tinha nove anos, em 1969. - Entendo. E toda noite você tem, em média, quantos sonhos? - Isso é variável, depende. Tem noite que são três casos, outras com sete, oito, nove... depende de cada noite. Não sou eu que escolhe. Vem o sonho, vem sem eu perceber. E eu vou recebendo a mensagem, vou anotando... - Sei, entendo... Foi inevitável, com tantos documentos e comprovações, um imenso silêncio tomou conta da sala. Apesar dele me falar de sua vontade em ajudar as pessoas, meu momento era de mergulhar naqueles papéis e tentar extrair algum significado. Considero que seja um privilégio na mão de uma pessoa. Será que outras, também, têm esse dom? Há outro nome que possa ser dado? Naquela hora, nem achava que isso pudesse ser um dom. Seria um ônus, um fardo ou uma benção? Veio à minha mente, como se esse entendimento entrasse como um raio, em bloco. Apesar dos

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estridentes e alegres gritos de seus filhos brincando no quintal, abaixo da janela do local onde estávamos... Continua folheando e os vai separando. Tira mais um: - Tony Blair, a salvação... Sabe por que eu falo a salvação? Porque nesse caso eles cataram os bandidos! Eu dizia, em carta, o seguinte: na Inglaterra, nestes próximos dias, tentariam entrar lá com 500 quilos de nitrato de amônia, com tetróxido de ósmio (28). (28) Nitrato de amônia tem alto poder destrutivo. Tetróxido de ósmio é altamente tóxico. Eu avisei para o embaixador aqui, e mandei um telegrama para o Tony Blair, avisando-o que teriam um atentado, lá em Londres e nos Estados Unidos. Mandei, com data, e gastei R$ 54,00 (cinqüenta e quatro reais) para mandar o telegrama. Não podia gastar, mas tinha que avisar... (29). (29) Caso 20. Ele fala com uma simplicidade ímpar. Uma linguagem que raramente se preocupa com expressões rebuscadas. É direto nas colocações, não se deixa levar por intimidações ou medo de expor suas mensagens. Fala que enviou um telegrama para o Primeiro-Ministro da Inglaterra, Tony Blair, que escreveu para o Presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, como se estivesse se correspondendo com um de seus alunos. Com a maior naturalidade, de alguém que está convicto da importância de avisar sobre seus sonhos, dos acontecimentos que, tem certeza, estão por vir. - E o que aconteceu nesse caso? - Eles prenderam... eles prenderam, graças a Deus! Ele me escutou, o Tony Blair... Seleciona mais um caso, dos que já estavam preparados e separados para a nossa visita, já programada, há semanas. - Esse daqui: Prefeitura Municipal Cidade de Caratinga. Eu vi no Espírito Santo. Esse caso, também, acho que é interessante levar para você ir comparando 05 casos. Está registrado também! Atentado na Arábia Saudita, não sei se vai interessar. - Não, esse não. - Querem matar algumas pessoas por lá? - Esse eu sei que você vai querer; porque fala da estiagem, furação em Santa Catarina... (30) (30) Caso 10. - Sim... - Ah! Lady Diana. A verdade sobre Lady Diana.

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- Como assim? - Eu peguei um jornal que contou uma mentira... Fala do jornal que citou suas mensagens enviadas (31). Escolhe mais casos. (31) Caso 13. - Esse do ex-presidente Fernando Henrique (32), o atentado na Rússia (33). Eu mandei e o russo nem respondeu minha carta. Eles ficaram tranqüilos por lá... (32) Caso 19. (33) Refere-se ao atentado à Escola de Beslan, caso 16. - E aconteceu aquele fato terrível... - É, aconteceu o fato... Vi que algumas correspondências estavam manuscritas. Por uma curiosidade de pesquisador, perguntei: - Você escreve todas as cartas à mão, Jucelino? - Não, agora tudo é feito lá, na maquininha ali... E outra parte na mão... - É uma Olivetti Línea 98... Risos. - Isso... (risos) É essa mesmo! Olho para a antiga máquina sobre a mesa, só tem espaço suficiente para acomodá-la. Falta-lhe o braço de alumínio, que ao ser acionado faz com que gire o rolo para que o papel mude de linha. JNL tem que fazê-lo usando o botão lateral, manualmente. As pessoas que conhecem essa máquina, que hoje é parte integrante de um museu do escritório, sabem o que estou escrevendo. O que parece ser precário na elaboração de um ato tão significativo, deixa de ser considerado, passando a ser, até, inusitado e pitoresco. É totalmente irrelevante, dada a seriedade de objetivos humanitários e humanistas, o fato de serem reproduzidos nesse equipamento. - Eu tinha outra, mais antiga, aí eu troquei por essa... (risos) Como os textos não estão bem arquivados ou organizados, ele sacava do monte que estávamos escolhendo, vez ou outra vinha um documento diferente do caso que já havíamos registrado. É meu interesse continuar aprofundando essa pesquisa nessa base de dados, que considero muito significativa, dando-lhe uma estrutura ordenada e catalogando-a. Se possível, em outro trabalho, entrevistar pessoas envolvidas sobre os efeitos dessas mensagens de advertência. As correspondências não param de revelar. Há horas que estávamos selecionando as correspondências. Ele tem familiaridade com elas, conhece o seu teor ao passar os olhos. Há diversos desses casos que ainda não têm solução, mas que segundo JNL deverão ter um desfecho positivo. Esses foram mantidos em segredo, para não prejudicar as investigações policiais ou o devido processo na justiça.

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Em seguida, como já disse anteriormente, JNL traz surpresas a todo momento; entrega-me uma carta de um jornal americano, que havia recebido as cartas de advertência e respondeu, polidamente, à colaboração enviada ao assíduo leitor. - Esse aqui é do Miami Herald Publishing Company (34). (34) Caso 09. Você já ouviu falar? - Sim. - Ele me mandou, sabendo do Saddam Hussein e outras coisas... Veja o que ele escreveu, eu guardei essa cópia... Comentávamos da parte da manhã, que Jucelino não sabia que a notícia do Presidente Lula deixaria Dr. Carlos irritado. Apenas falou o que havia previsto. Dr. Carlos é uma pessoa muito conceituada dentro da sua atividade. Enquanto falávamos sobre o que parecia ter sido uma peça pregada ao Dr. Carlos, mas que não havia sido, ríamos. O ambiente, mais relaxado, pela primeira vez, descontraído e alegre. Após tantas notícias desconcertantes e verdadeiras. Estávamos nos integrando. Lendo entre os papéis, vi o caso do apresentador Augusto Liberato (35). E, entre a seleção dos casos, não deixava de me informar sobre suas rotinas. (35) Trata-se de um fato noticiado em 07/09/2003, sobre uma falsa entrevista de integrantes do PCC. - Você sonhou essa noite? - Sonhei, como lhe falei... - Você já teve tempo de escrever as suas cartas? - Eu entrei em contato com as pessoas para notificar que haveria um atentado, no Iraque, que mataria 15 pessoas. Então, mandei para lá um telegrama ou, quando é assim, que eu não tenho tempo de escrever mando através de correio eletrônico, que agora nos favorece. O que eu não posso avisar rapidamente, eu passo de outra forma. Aponta para o computador, que foi presente do Cônsul da Espanha, mais a impressora a laser (36). E o filtro de linha, que liga as tomadas e o estabilizador, doado por Oduvaldo. (36) JNL relata que o Cônsul da Espanha esteve em sua casa. No mesmo escritório que estávamos. Conheceu a sua situação, as cartas e as conferiu. Ofertou-lhe o computador e a impressora, que fez questão de firmar um documento de doação. Falaram de vários assuntos da Espanha. O Cônsul gravou a conversa permitida por ele. Não recebi esse documento. - Esse atentado com que você sonhou, acontecerá quando? - Esse atentado eu sonhei que ia acontecer hoje mesmo... (37)

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(37) Digo a JNL que em uma zona de guerra é muito provável que isso aconteça. Estávamos no dia 09 de abril. Nos dias seguintes, pude constatar que vários atentados foram registrados no Iraque. Em 04/05/2005 - 15 soldados iraquianos morrem em explosão de carro-bomba num posto de controle do Exército iraquiano em Bagdá; 13/06/2005 - Ataques ao norte de Bagdá matam 15 pessoas; 23/06/2005 - 3 explosões em Bagdá deixam 15 mortos; 25/07/05 - uma carro-bomba explode matando 15 pessoas. - Claro, entendi... - Esse é do Silvio Santos? - Claro... - O Silvio Santos está no meu caminho também... (38) (38) Caso 11. - Que história é essa de que uma pessoa está em seu caminho? - É uma pessoa que participa, continuamente, na minha vida de sonhos. Ela vem de anos e anos anteriores. A gente viu a pessoa progredindo, se elevando, até as suas descidas (39) e subidas. Acompanhar ou orientá-las no seu caminho. (39) JNL usa a palavra decadência. - Olha, esse aqui eu falo do Japão, de um terremoto, eu mandei em 1989 (40). (40) Caso 5. - Vejo que alguns registros têm data posterior ao evento, por que você faz isso? - Eu registrei em cartório, obviamente, foi depois registrado em cartório, em alguns casos para preservar o conteúdo. Não é no intuito de provar nada, porque eu não preciso provar. A carta foi enviada. Algumas até mando publicar no jornal. Esse daqui, eu só fiz o registro em cartório para preservar esse conteúdo. Se a pessoa mudar a carta que eu mandei, eu tenho o conteúdo preservado, né? Não no intuito de provar; a carta já é prova! (41) (41) As comprovações foram baseadas em correspondências recebidas ou autenticações de datas anteriores aos eventos previstos. Os casos em que houve registros posteriores não foram considerados, apenas relatados. E os papéis continuam a ser retirados das pastas. - John Denver? - Não vou incluir, não precisa... (42)

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(42) Em carta, relatava que em 12/10/1997 havia grande risco de morte. Na data, há um acidente aéreo com bimotor, batendo contra uma montanha em Monterey Bay, Califórnia. - John Denver me agraciou com esse presente. Mandou-me essa bibliografia. - O cantor John Denver! - Elvis Presley... Mandei até para os fãs, também, uma cópia... - O que você mandou? - Mandei em 1975, essa aqui. Você pode ver; essa é antiga, olha o papel! - Sim... - Elvis morreu em 1977, acrescenta o atento observador ouvinte Oduvaldo. Começo a ler o texto em inglês, extraído da carta: "I behold as my eyes of servent look... two members of Bee Gees... involved in an accident in 2004...” "Eu contemplo através desses olhos de servidor... vejo dois membros dos Bee Gees... envolvidos em um acidente em 2004...” - Isso foi escrito em 1975. Foi enviado junto da carta ao Elvis Presley, já falava dos irmãos do conjunto Bee Gees, dos Beatles, do Fred Mercury (43). (43) Caso 4. - A sua linguagem, a forma como você se expressa, é bem interessante... Esse estilo literário em inglês é medieval, arcaico, não é professor? - Sim, eu uso várias linguagens... A coloquial quando eu escrevo... Gosto de escrever do jeito natural, como a mensagem vem, mas para a interpretação .... eu uso termos mais populares, a gente desmistifica um pouquinho termos bíblicos, literários... - Esse caso que eu vou passar a você é da Ana Maria Braga. Ela estava na Record, eu mandei a ela, como consta aí. (44) Essa, mais uma, mandei para a Governadora do Rio. Antes, era Benedita da Silva, está aqui a carta. Aqui, outra, para o Presidente da Bolsa de Valores. (44) Caso 18. - O que você previu da Bolsa? - A Bolsa, foi um atentado à bomba que ia ter lá... - Sim, me lembro. Dê-me esse caso. - Mas o cara de lá é cético. Ele vai falar que não acredita no que o Professor escreveu. Foi assim que ele me falou, mas está aqui, a carta foi enviada. É um direito dele, né? (45) (45) Caso 27. Trabalhávamos de maneira entretida, quase não se percebia o tempo passar, e as crianças brincavam no quintal. Uma vez ou outra Lucas, o menor, auxiliado pelos

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irmãos, Talya ou Matheus, que abriam a porta, conseguia entrar no escritório. Era afagado com carinho pelo pai Jucelino ou por Oduvaldo, que tem uma paciência extraordinária com crianças, e posto educadamente para fora. - Tem mais esse que vamos tirar xerox, do Ayrton Senna... (46) (46) Caso 6. - Considero esses os mais importantes. Devo ter uns 25 ou 30 casos... - Muito bem! -Talvez, chegue a uns 50 casos... - Hum... - Vou colocar, também, essa que foi enviada à TV Bandeirantes. (47) (47) Caso 31. Saímos da casa dele e fomos a uma pequena papelaria-doceria, a uns 200 metros, com uma grande quantidade de correspondências, documentos, comprovantes para serem copiados. Um dia lindo, céu aberto, poucas nuvens, calor e ar limpo, caminhamos. A simpática proprietária, Dona Fátima, que já o conhecia, se prontificou a nos ajudar. Afinal, levaria muito tempo para copiar os mais de 300 documentos que havíamos separado. A máquina de reproduções não era a mais moderna e, cada vez que tínhamos que fazer frente e verso, o ritual de abrir a gaveta para recolocar o papel levava ainda mais tempo do que pretendíamos. Não havia outro jeito a não ser continuar a nossa conversa, ali mesmo. À medida que íamos encontrando um fato significativo, novas perguntas ou explicações surgiam naquele ambiente informal, de pouco mais de 9 metros quadrados. Onde, vez por outra, éramos interrompidos por uma criança que vinha comprar um picolé de suco, retirando do freezer de uma geladeira, a R$ 0,10 ou uma bala a R$ 0,05. Tudo isso acontecia e mais outras pequenas e constantes interrupções com as vendinhas, de uma folha de papel colorido, uma cartolina, um lápis, enquanto montamos uma linha de trabalho. Alegremente, sem qualquer preocupação com censura, abertamente continuávamos, nós três, a dialogar. - Quanto você gasta por mês, fazendo esse trabalho? Registrando no cartório, enviando com AR - Aviso de Recebimento? - Depende, de mês a mês, pôr exemplo, nesse caso do Tony Blair eu gastei em torno de R$ 500,00, para efetivar a conclusão do fato, entre telegrama, telefonema, autenticação, carta, pedido de confirmação, foi esse valor... - Mas esse deve ter sido um caso atípico, não foi? - Sim, mas tem casos de R$ 50,00, R$ 100,00... - Em média, quanto você gasta? - De casos singulares, você está falando? Em média, R$ 12,00, quando não há o registro em cartório. Aí fica mais caro.

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- Não tem de morango, esse acabou! Você quer outro? A solícita dona do local atendia pequenos clientes e, sorridente, continuava a nos ajudar. Naquele momento, estávamos há quase duas horas em pé. De repente, para lavar a mão após ter servido uma criança, a alegra dona da loja esbarrou fortemente na torneira, que se rompeu. Não fosse a ação rápida de Oduvaldo, a loja ficaria toda molhada e, provavelmente, estragaria a máquina de cópias. Ele improvisou um tampão para o cano, na saída da parede. Era o aviso para que parássemos por um tempo e fôssemos almoçar, enquanto um encanador foi chamado para consertar o incidente. Ao chegarmos à casa de JNL, seus filhos não haviam almoçado. A deliciosa comida caseira estava pronta, quente, nas panelas, em cima do fogão. "Que bom que chegaram!", disse sua esposa, que nos aguardava, pacientemente. Fomos nos servindo. Saudável, generosa, saborosa e farta comida. Típica e genuinamente brasileira, com todo toque mineiro, mais do que poderia exigir o paladar de três pessoas famintas de tanto ler, ouvir e falar. Almoçamos, rapidamente, para que o restante da família sentasse à mesa. Afinal, eram quase 14h30. Depois de apreciar o tempero suave, fomos aguardar e papear na sala, até que a torneira fosse arrumada na papelaria. A previsão era de mais uma hora. Nossos temas passaram a ser mais leves, falamos da experiência espiritual que Oduvaldo teve com o professor Jucelino. Avisando-lhe para cuidar de sua saúde, assim como fez com Messias. Disse que se ele não tomasse as precauções necessárias, poderia não estar tão bem quanto está. Quem sabe, nem por aqui. Oduvaldo acena com a cabeça e sorri. - Bem, nós já falamos sobre os seus sonhos espontâneos. Agora, vamos falar sobre aqueles que são provocados. Como eles funcionam? - As pessoas me procuram, mandam fotos, com o dia, mês de nascimento; um resumo do que está passando. O resto eu concluo: o que é o problema e o que a pessoa deve fazer. É uma orientação espiritual. É ajuda dos mentores (48), eles têm uma participação. (48) Ele, também, chama o mentor de mensageiro. Ele deixa claro que a voz desse mentor não lhe vem somente nos sonhos. De que, em determinados momentos, mesmo em vigília, isto é, acordado, ouve mensagens e é capaz de tomar ou indicar decisões. - Como? - Vamos supor. Eu leio as cartas que recebo. Aí, eu jogo na cabeça, pode ser que amanhã eu dê a resposta ou depois de amanhã. Pode ser que demore meses. Não depende de mim a resposta... - Entendo... - Essa resposta vem, mas não depende de mim. É voluntário, porque eu pego o que recebo de informação da pessoa e vai para o meu subconsciente, que vai trabalhar

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para essa pessoa. Tenho, hoje, na minha mente, 600 casos (49). Amanhã, eu posso ter mais 200 casos. Esses 600 casos vão se transformando ali na maquininha... (49) Ele se refere às cartas que estavam para ser respondidas em seu poder, sob a forma de consulta espiritual, naquela data. Com um olhar de quem sabe e que está convicto do que está fazendo, aponta para a velha companheira de revelações, a sua máquina de escrever. E continua: - Veja, hoje, eu tenho memorizadas 600 pessoas no meu cérebro. Cada uma com um caso diferente, e alguns similares, né? E a gente vai mandando para elas. Daí, o que eu passei para cá. (Levanta a mão direita e aponta com dois dedos a sua cabeça). Não precisa mais nada. O trabalho é dos mentores. Depois! só vou passando para a máquina e entrando em contato com a pessoa... Para dar uma descontraída, saí com essa metáfora, já que ele é formado em Direito. - Você atua como um juiz que tem um grande número de processos? Onde você tem que dar um veredito? (Risos). - Vou dar um veredito que seja bom para a pessoa! né! (Risos). - De todos esses casos que você tem em sua mente, qual é a data do mais antigo? Tem como me falar sobre isso? - O mais antigo é de uma senhora de Mato Grosso do Sul! que ela está passando por muita dificuldade! estava querendo se matar... Só que eu não tive qualquer resposta ainda! esse é mais antigo... - Desde quando é o caso dessa senhora? - O caso dela é desde... (pausa, pensa) final de 2004... - Final de 2004! - Esse é o caso mais antigo. (50) (50) JNL tem uma memória privilegiada. Lembra-se de detalhes dos sonhos, nomes e pedidos que lhe são feitos. Os temas ou assuntos enviados pedindo orientação variam de interesse e complexidade. Pode-se afirmar, de uma maneira geral, que ficam englobados em três categorias, a saber: a) questões financeiras ou de perspectivas profissionais; b) questões sentimentais ou afetivas; c) questões de saúde ou de propensão à cura de doenças. Sobre isso, debatemos e compartilhamos a mesma opinião: que correspondem a uma boa parcela de motivações do ser humano. Voltamos à papelaria para completarmos as cópias. O dia quente pedia que experimentássemos o sorvete caseiro e outros que a vontade insaciada pedia. Fizemos

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o que era preciso ser feito, em mais algumas horas, organizando os papéis que serviriam a este trabalho. No caminho de volta à casa de Jucelino, Oduvaldo se despede de nós. Precisava voltar a Monte Sião, tinha compromissos. Continuei, intrigado com o tempo em que estava aquela carta na sua mão. - Isso é uma coisa comum de acontecer, de levar tanto tempo? - Não! não. Às vezes uma pessoa vem. Eu jogo na mente e sai... Mas nesse caso! a resposta não veio porque não chegou a hora da pessoa... - Como assim? - Aquilo que a pessoa se manifestou, de se matar, pode não passar de fantasia. A pessoa não vai fazer isso. Aquela foi uma hora em que a pessoa estava passando um sufoco. Então, o mentor sabe. Ele sabe o horário, se a pessoa fosse se matar, ele já tinha respondido rapidinho. Então, foi isso... - Agora entendi... - Esse é um caso peculiar, eu vou lhe contar porque vim para essa escola (51). Foi para salvar uma pessoa que ia cometer um suicídio, que ia tomando veneno de rato... (51) JNL foi professor de idiomas em uma escola estadual próximo à sua casa. - Conte-me melhor esse caso... - Quando foi isso? - Foi no ano de 2002... Pensa um pouco e me responde. - Eu passei no exame do Estado (52) que me dava o direito de escolher a escola em que fosse lecionar. Só que o mentor achou que eu deveria escolher essa daqui, teria uma mulher, de uma religião que não aceita essas premonições (53) que ia tomar remédio de rato. (52) Classificou-se em 19º. lugar. Sua pontuação lhe deu a possibilidade de escolher Pouso Alegre. (53) JNL cita a religião da pessoa. Preferi omitir. Tinha vontade de se matar. Daí nós chamamos os pais. A coordenadora os chamou. Ela estava presente na hora e eu expliquei a essa mãe onde estava o veneno de rato e por que a filha queria se matar. A mãe saiu chorando, desesperada, o pai falava: “não, é impossível, minha filha nunca falou isso para mim, como ela vai fazer isso?” Jucelino conta que indicou aos pais o lugar onde iam encontrar o veneno e uma carta que a filha havia deixado como despedida. Eles encontraram o veneno e a carta. A mãe lhe trouxe flores e o abraçou. Hoje, eles vivem bem, com a menina. JNL complementa: - Eu fiz o meu propósito, que era isso: ver a família bem, não importa a religião, eu queria vê-los felizes. Essa menina não poderia perder a vida, porque ela tem um propósito para cumprir. Ela não queria seguir a religião, ela tinha fortes contradições

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com o pai e mãe, ela tem outros propósitos na vida, só que essa menina não poderia ir embora, ela tinha outros compromissos com a vida. Então, o que é que o mensageiro fez? Fez com que eu viesse aqui, justamente escolhesse essa escola, que não é uma escola muito considerada, como dizer, é uma escola boa, mas não está entre as que são mais requisitadas. Mas o objetivo seria vir aqui. Vim com esse propósito, que foi cumprido, graças a Deus. - Voltando à questão dos 600 casos, você diz que não fica atrás deles... - Não... Eles é que vêm na hora que têm que vir. Eu os jogo na mente, as pessoas me cobram: "Alô, por favor, o meu caso?" "O senhor está vendo?" As pessoas ficam ligando... Vamos supor os casos corriqueiros, que o mensageiro não entendeu que seja prioridade para responder, eu mesmo coordeno e vou mandando conforme me vêm à mente. Eu explico para a pessoa que não chegou o momento de eu mandar, então você aguarde... - Quantos casos novos entram por carta por dia? - Depende, varia muito, às vezes entram 100 um dia, outro dia 50. Daí um tempo, 200, 300. Numa época, cheguei a responder 2.687 cartas em um mês! - Entendi... - Eu não estou fazendo mais isso... - Quando foi que isso aconteceu? - Quatro, cinco, seis anos atrás... Essa era minha base, duas mil e poucas cartas por mês... Pessoas que nunca vi na vida e vou respondendo. Fora os atendimentos. Não estou contando os atendimentos. Quando eu falo para você 87 mil casos (54), são de pessoas que eu mandei carta, fora os atendimentos de pessoas. Ficam no anonimato, que não querem receber carta. Vêm até aqui e a gente comenta com a pessoa. O que puder ajudar a gente ajuda, entendeu? (54) Não houve qualquer verificação física nessa base de dados. - Sim. - Você tem um levantamento estatístico, por exemplo, desses últimos dois anos, diria de 2002 a 2004? - Eu não tenho preocupação com cartas que entram e saem. Não tenho esse controle de fazer uma média de quantas eu respondo. Eu me preocupo com as pessoas que me procuram. O interesse é direcionar as pessoas a harmonizarem-se, viverem bem, salvar as vidas que são necessárias. Meu único objetivo é esse. Eu tenho aqui, vamos dizer (me aponta e pega um monte de cartas que estão numa mesa ao nosso lado) umas 200 cartas para responder. Exatamente, está vendo? - Hum! Estou vendo... - Então, essas cartas estão me preocupando... Porque eu tenho uma meta para cumprir. Não é quantidade, mas tenho que atender essas pessoas. Hoje, eu sei: eu tenho 600 pessoas na minha mente, das quais pode vir amanhã a resposta, depois... Dependem dele, né?

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- Entendo... - Esses casos voluntários são todos os dias que eu tenho que responder, você entendeu? - Sim, entendi... - Quanto tempo do seu dia você gasta fazendo isso? - Olha, eu reservo de três a quatro horas, diariamente, pode ser de madrugada ou depois que eu acordo. Tem dia que eu não durmo. - Você falou que tem um dia da semana em que não sonha, mas mesmo assim você trabalha? - Exatamente, não controlado por mim, pode ser em qualquer dia. Esse dia eu reservo para esses casos involuntários ou espontâneos e os outros horários para aqueles que as pessoas me pedem para eu me manifestar. - Entendo que isso seja suficiente. - Para esses casos involuntários ou espontâneos, eu escrevo no dia em que precisam ser respondidos, que têm uma distância de tempo, suficientemente bom, para que a pessoa possa receber e ter tempo de decidir, arbitrariamente, se vai aceitar minhas sugestões ou não. - Existe algum padrão de tempo dessas espontâneas ou involuntárias, por exemplo: eu li que você previu em 1975 eventos que iam acontecer em 1977. Já em 1975 você previu eventos que iam acontecer nos anos 1980. No caso das Torres Gêmeas, você me falou que enviou, pela primeira vez, uma correspondência em 1989, quando o fato só aconteceu em 11 de setembro de 2001. Nesses casos, são muitos anos antes. Afinal, essas premonições, essas advertências, vêm com quanto tempo antecipado? Existe alguma regularidade? - Não existe padrão, porque em sonhos como no caso do WTC (Torres Gêmeas) eu tive vários sonhos, até seis meses antes... - Você sonhava de tempos em tempos? - Sempre, vinha enriquecendo as informações. E eu enviando e reenviando às pessoas interessadas. Eles devem ter achado: “Ih! Lá vem carta do Jucelino novamente!" É o problema de cada um, né? "Puxa, esse cara de novo?" Não deve ser assim que pensam: "Por que será que está persistindo tanto nisso?” Não deu para não descontrair da maneira como ele mesmo debochou a postura de cobrança. - Voltando ao caso de ontem para hoje, que você viu no Iraque, não seria muito pouco tempo? - É, esse será para hoje de manhã... Vamos ter que dar uma olhada... - Então vou ter que checar... - Existe uma diferença de fuso horário, de 6 ou 7 horas, não sei, qual é o horário? - Vou verificar... - Sonhei que umas 15 pessoas iriam morrer por conta de um carro-bomba. Isso veio na minha mente, não fui eu que criei...

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- É, esse fato veio muito rápido, rapidíssimo, pela antecedência de tempo com que você sonha? - Foi muito rápido. Aí, agora, é que o computador me ajudou, essa oportunidade que eu tive de avisar através do computador (correio eletrônico). Entende, aí ficou mais fácil... - Vou verificar... (55) (55) Mantenho os meus comentários que fiz, na página 48, na nota de rodapé, n° 37. - Mas têm certas coisas que eu vejo, não dá tempo de avisar. Não é tudo que eu consigo avisar. Bem que eu queria, mas eu não tenho essa capacidade. Não tenho como. Às vezes, eu recebo informações que vão acontecer à tarde. - Me dá um exemplo? - Temporal, enchente, uma infecção que vai aparece, um vírus novo. Aquilo não tem como, rapidamente, você avisar. Hoje, eu abro o computado, mais ou menos, à tarde, e mando as informações. Não é sempre que eu consigo fazer isso... E fico com aquele peso na consciência... - Você checa todos seus sonhos? - Não todos... Você diz assim para saber o que aconteceu? - Por exemplo, esse que você disse de enchente, do temporal? - Não, não, não é meu objetivo checar o que aconteceu. Mas sim se receberam... - Entendi... - Para mim, se aconteceu ou não aconteceu não é importante... O importante é saber se receberam a informação... - É que a questão de saber se aconteceu ou não aconteceu é que vai garantir efetivamente a precognição (56). (56) Só há o fenômeno para normal da precognição se o evento que foi previsto acontecer. Se não acontecer, não houve a ocorrência desse fenômeno. Isto é, poderia ser interpretado como um falso aviso ou uma trapaça ou uma atitude de se estar tentando explorar a boa-fé do público. - Exatamente... Mas eu não me preocupo, você entende? Porque quando eu recebo essas informações, raramente há erros. Eu quase nunca vi erros... - Está bem... Não estava disposto a confrontar, naquele momento. Mas penso: se ele não checa os eventos, como sabe que nunca houve erros? Entretanto, esse posicionamento dele pode levar a algum erro de auto-avaliação. Pelo menos, do ponto de vista científico. Posteriormente, farei as checagens necessárias. Como estou procurando por evidências, quando estiver manipulando os documentos, detalhadamente, farei as avaliações. O que me interessa é captar nas suas declarações o que mais tem a ver com a sua personalidade e caráter. Jucelino segue se abrindo:

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- Por eu sentir isso estou mais tranqüilo... Eu mando e checo se a pessoa recebeu, obviamente. Se a pessoa recebeu, está ok! Estou mais tranqüilo. Eu, simplesmente, sou um receptor; que escrevo para quem eu preciso... (Risos de quem faz aquilo com o maior prazer e desprendimento). Em seguida, lembra-se de me mostrar o que começou a escrever anos atrás, mas que não chegou a publicar. Em tamanho 9 cm x 13 cm, mais ou menos, as páginas impressas em papel jornal da prova, com os respectivos fotolitos. Então pego as folhas soltas: "vamos olhar o que você tem escrito...” (57). (57) Li vários trechos daquele material. Foi por esse motivo que nos aproximamos. Ele relata suas experiências e a sua dificuldade em sonhar e passar às pessoas. Escreve ao estilo do médico e astrólogo francês Nostradamus (1502-66), que ganhou fama pelos métodos de tratamento médico e uso de remédios durante uma peste de Aix e Lion (1546-7). Em suas profecias rítmicas ou Centúrias, de previsões apocalípticas, exige-se um esforço de interpretação para o pleno entendimento. Nostradamus escreveu, no início da Centúria VII, os únicos quatro versos em latim em toda obra. Ele declara que cada um compreenderá o que deve compreender, tanto o profano quanto os outros, cada um de acordo com sua respectiva evolução. A goela estava seca, de tanto conversarmos. Fomos tomar um refrigerante. Na cozinha, apreciando um sabor bem nacional, não nos dávamos trégua na conversa, continuávamos. Eu queria saber de tudo. - Vamos falar sobre o Chico Xavier? Quantas vezes você esteve com ele? - Eu tive uma vez só... - Só uma vez? - Só... Em 1979. - Puxa vida, da maneira que você me falou sobre ele, eu pensei que você tivesse estado várias vezes com ele... - Não, não, eu só tive contato com ele, via telefone, por mais umas duas vezes... Só por telefone... - Então, do Chico Xavier, o que você tem para me contar? - Primeiro eu buscava uma resposta para aquilo que eu tinha... - Em que ano foi isso... - Isso foi em 1975, por aí. Eu comecei a pesquisar a minha vida eu tinha 15 anos. Vejo as coisas antes e depois acontecem. Isso me deixava perplexo. Fui a um parapsicólogo, neurologista, a tomar remédio. Minha mãe impunha que eu tomasse remédios. Eu não queria. Ela virava o rosto e eu jogava o remédio fora. Tomava chazinho, que eu preferia, entende? Eu achava que não era problema neurológico, não tinha nada a ver; era sonhar apenas! Não tinha nenhum distúrbio, porque eu fiz vários exames, eletroencefalograma, entre outros. Procurei novos recursos científicos, sempre fui atrás. Eu tive uma oportunidade, em 1979, eu ia sair de férias. A firma me deu 20 dias, eu me lembrei do Sr. Chico Xavier (58), fui até Uberaba. Segui à Casa

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de Preces. Entrei numa fila, pensei: Nossa! Eu quase desisti na hora. Desse jeito, eu não vou conseguir ser atendido. Aí uma mão me bate aqui (aponta para seu ombro direito). Ao meu lado, uma pessoa fala: "O seu Chico Xavier quer conversar com o senhor”. Ele estava sentado longe. Ele não atendia as pessoas, outras pessoas atendiam. Era raro o caso que ele atendia. Até achei uma coisa estranha ele me chamar. E fui lá, entrei num quartinho. Vi um homem simples, um homem muito educado, conversando comigo. Eu na esperança de ouvir uma resposta, ele foi falando: (58) Francisco Xavier é considerado o grande difusor e precursor do espiritismo de Alan Kardec. Um dos maiores médiuns espíritas brasileiros. - "O seu nome é Jucelino, né”? Bem calmo... (Jucelino diminuiu o tom de voz). Respondi: Sim, senhor! Meu nome é Jucelino. Ele falou: - “Eu já sei da sua vida. Você é uma pessoa iluminada, você vai morar em Minas Gerais em 1989, no final de 89. Você vai morar numa cidade chamada Bueno Brandão. De lá, senhor Jucelino, o senhor vai me escrever uma carta, em 1989, do dia da minha morte. Então, para o senhor ver que nós já temos algo em comum”. - Falou, assim, para mim na maior simplicidade. Eu falei: como é que o senhor sabe? Ele respondeu: “Você não sonha também com as coisas que acontecem”? Eu falei: Sonho! Claro que eu sonho! Mas eu não contei isso para o senhor. E continuou: “Mas não precisa contar, que eu já sei que o senhor sonha, que o senhor tem premonições, que o senhor vai sonhar comigo e mandar para mim. Justamente no dia em que o Brasil vai ganhar também". Ele explicou tudo certinho. Eu pensei, nossa! (59) (59) Caso 7. - Que o Brasil ia ganhar o quê?, pergunto. - Ganharia um jogo. Quando escrevi para ele, em 1989, eu falei que seria de 2 a 0. Jucelino se emociona, pára de falar. Dá um tempo até se recompor. - Em 1989 redigi uma carta, inclusive, até o jornal de lá notificou (60). (60) O jornal local publica a carta de JNL. E a promessa de enviar uma mensagem ao seu túmulo por dez anos. A morte do médium foi em 02 de julho de 2002. No mesmo dia, o Brasil ganhava o Pentacampeonato Mundial de Futebol. Foram ao o túmulo dele, fiquei com um compromisso, ele me pediu: "após a minha morte, dez anos você me escreva a mesma mensagem, mande para o meu túmulo". E eu estou cumprindo. O aniversário de morte dele é agora, em julho, dia em que o Brasil ganhou de 2 a 0 da Alemanha. Eu lembro até hoje, direitinho. Eu cumpro o que prometi para ele, rigorosamente. Eu mando para o cemitério para colocar, sobre o túmulo dele, a mensagem.

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Com uma voz bem calma, conta: - É uma mensagem que me emocionou na época, até chorei muito, quando recebi essa mensagem, eu tive que mandar para ele. Eu mandei, depois ele entrou em contato, por telefoneI eu não tinha recursos para ir lá. É, a gente manteve esse contato. Eu fiquei triste pela morte dele. Mas, por outro lado, a gente sabia que o fato teria que acontecer. Esse é um dos casos que teriam que acontecer. Ele tinha que desencarnar, para se encarnar em outras épocas. Fico muito contente com a colaboração da pessoa que me ajuda a cumprir, até hoje. Isso me engrandece muito. Jucelino percebe-se que, conta de coração apertado, fica com lágrimas nos olhos. Hora de parar. Despeço-me, carinhosamente, de todos. A nossa tarde foi intensa e muito produtiva. Estava satisfeito com meu dia de trabalho. Já eram quase 19 horas quando fui ao hotel para separar todo material coletado e copiado. Comecei a selecionar os casos, grampeá-los, etiquetá-los. Devido à quantidade de papéis, ia colocando-os no chão para facilitar a organização. Quando me dei conta, havia feito um círculo de folhas de sulfite. Estava no centro desse círculo. Parei por um longo momento. Olhei cada uma daquelas cartas: eram revelações, mensagens de alerta, de advertência. Sinais evidentes de uma manifestação de personalidade. Aquilo que eu procurava, há anos, estava ali, na minha frente. Evidências físicas. Os documentos não eram feitos ou manipulados. Não era uma fraude parapsicológica. Era muita energia, um calor se fazia sentir além do normal. Era minha vontade, como pesquisador, jornalista, de obter respostas para encontrar ciência na espiritualidade. Mas sei que isso é mais um novo começo. À medida que lia os casos, minha mente vagava com muitas perguntas sem respostas, entre elas: o que essas mensagens representavam àquelas pessoas que as receberam? Pausadamente, ouvindo as notícias na televisão, entre separar os assuntos por ordem cronológica, esperava checar os dados de sonhos que ouvi nas previsões de hoje feitas por JNL. Nos meses que se sucederam não tive mais sossego; passei a ler as premonições e a checar os acontecimentos. Surpreendi-me com as que se concretizavam.

EM CONTATO COM OS DOCUMENTOS Havia algumas maneiras para lhe apresentar os documentos escolhidos. Pelo menos, pensei em três: a. somente as correspondências com evidências comprobatórias, à medida que dialogávamos, reunidas em um só lugar; b. à medida que dialogava com ele, que me apresentasse o caso, entraria com o documento no transcorrer das páginas do livro, quer seja com ou sem comprovação possível; e c. em ordem cronológica, desde as primeiras correspondências, que foram possíveis ser resgatadas, neste trabalho, até as mais atuais, com ou sem comprovação.

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Fiquei com essas idéias em mente desde que toquei nessas correspondências, quando estive, pela primeira vez, em Pouso Alegre. O tempo se esgotava para a edição. Uma decisão precisava ser tomada. Daí, analisando todos os documentos, numa manhã de sábado, no início de julho, percebi que seria mais interessante apresentar em uma linha do tempo, cronológica. A terceira idéia vingou. Assim, creio que se poderá compreender um pouco de como vêm se desenvolvendo as premonições de JNL. No desenrolar do texto, dos encontros ocorridos, há uma referência numérica, e de páginas, onde se pode encontrar cada documento. Uma observação é importante, a saber, de que casos fiz constar: 1. Dos que houve resposta dos destinatários; 2. Dos que havia registros anteriores aos eventos ou acontecimentos; 3. Dos que havia comprovante de envio, mas não havia qualquer forma de comprovação ou manifestação da parte interessada; 4. Dos eventos ou acontecimentos que ainda não se concretizaram. Há diversos casos registrados nos dois primeiros grupos, mas não deixei de colocar alguns que se encaixam nesse terceiro grupo. Por quê? Porque acredito que ilustram melhor a personalidade de JNL. Se deixasse apenas os casos comprovados, com evidências, penso que estaria sendo parcial demais na avaliação. Estaria sendo tendencioso, ao querer demonstrar a sua capacidade premonitória, com um poder absoluto, o que não creio. Dessa forma, incluindo todos os documentos analisados, estou sendo mais justo, imparcial. Expondo o seu jeito natural de ser e agir, coloco-o dentro da esfera de uma pessoa com poderes de previsão, porém mais próxima de nós. Vamos ter contato com os documentos. Faltam, ainda, os do grupo quarto, que serão devidamente considerados mais à frente.

Caso 01 - Seqüestro de Carlinhos Carta de 7 de março de 1970. No dia em que completava dez anos, escreve a Maria da Conceição o que ocorreria três anos e meio depois: "então, observei através de meus sonhos que em agosto de 1973 (...) que vosso filho "Carlinhos" será seqüestrado. O papel está desgastado pelo tempo. Há anotações de envio a uma delegacia. A imprensa noticiou que em 02/08/1973 houve o seqüestro de Carlinhos -Carlos Ramirez. O caso jamais foi resolvido.

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Caso 02 A - Edifício Joelma Documento datado de 18 de janeiro de 1973. Em outra carta desse mesmo caso, conta que teve esse sonho em 15 de março de 1972, o que ocorreria em 02 de fevereiro de 1974. Há uma anotação de que foi enviado ao Comando do Corpo de Bombeiros.

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Não há como confirmar. Documento desgastado pelo tempo. O incêndio aconteceu em 01/02/1974 no Edifício Joelma e não em 02/02/1974, como relata. Total de mortos: 188; e feridos: 300.

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Caso 02 B - Edifício Joelma

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Nesta carta, comenta que já escreveu dessa premonição ao Governador de São Paulo, e detalha que, no Edifício Joelma, "dentro de uma sala um curto-circuito gerará o incêndio". Escreve que conversou com um soldado de plantão que "se contasse para o Capitão sofreria uma 'repressão', pois ninguém lá acredita em predição, com exceção (sic) a alguns soldados..." Nessa carta de quatro páginas, há ainda diversas premonições, entre elas prevê que na Itália o presidente do DC (Democracia Cristã) Aldo Moro, ser assassinado pelas Brigadas Vermelhas, que a Argélia perderá o Coronel Boumedienne, em 1978, e que no ano de 2003 um acidente de avião causará a morte de mais de 100 pessoas, naquele país". (premonição de 19/03/1972). Continua, "que a espaçonave Challenger, dos EUA, irá explodir quando decolar e os astronautas morrerão. Isso acontecerá antes de completar o ano de 2000". (premonição de 20/03/1972). Completa em seu sétimo sonho: "que 1985 teremos um presidente eleito Tancredo Neves, mas que não irá assumir". (Premonição de 21/03/1972). O que foi noticiado, comprova: em 16/03/1978, há o seqüestro de Aldo Moro pelas Brigadas Vermelhas; em 09/05/1978 é encontrado o seu corpo. Na Argélia, o presidente Boumedienne morre em 27/12/1978. Avião cai no deserto do Saara, no extremo sul da Argélia, com destino a Argel. Morreram 102 pessoas e 1 sobreviveu, em 06/03/2003. A Challenger, em 26/01/1986, 73 segundos após o lançamento, o ônibus espacial explode, matando todos os seus sete tripulantes. Em 1985, Tancredo Neves vence no Colégio Eleitoral, mas é internado em 14/03/1985, vindo a morrer em 21/04/1985, e não assume a Presidência da República.

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Caso 03 - Espanha I

Os fatos descritos pela História contam que em 19/07/1974 o General Franco é hospitalizado e transfere o poder a Juan Carlos I, vindo a morrer em 20/11/1975. Assim, Juan Carlos I, em 22/11/1975, torna -se Rei da Espanha. Em 03/07/1976, Adolfo Suárez é designado a substituir Carlos Arias Navarro. Em fevereiro de 1981, militares liderados pelo coronel Tejero Molina tomam de assalto o Parlamento e tentam dar um golpe de Estado. A firme ação do Rei Juan Carlos I e a oposição da sociedade civil fazem o golpe fracassar. Em 1982, o Exército de Uganda quis expulsar 80 mil ruandenses. Eles foram impedidos de entrar em Ruanda, pois esse país fechara a fronteira e eles tiveram que ficar em campos de refugiados.

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Caso 04 - Elvis, Bee Gees, Beatles e mais... Envia essa carta a Elvis Presley. Logo na primeira frase, desculpa-se por tomar o precioso tempo do cantor, para lhe dizer que tem premonições e que gostaria de preveni-lo. Há várias revelações nas cinco páginas. O papel está bem desgastado e amarelado. Além de Elvis, estão Fred Mercury, do Queen, Rod Stewart, Alice Cooper, Bee Gees, Beatles e Kiss aqui mencionados. A mesma carta teria sido enviada aos seus fãs-clubes nos Estados Unidos e Inglaterra. Aqui no Brasil, ao fã-clube do Queen e de Elvis Presley.

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Sobre Fred Mercury, do Grupo Queen, escreve que "vê sua morte antes do ano de 2000". A imprensa noticiou que o músico morreu em sua casa, em Londres, em 24/11/1991. Sobre o Rei do Rock, escreve: "eu vi em meus sonhos que em agosto de 1977, Elvis Presley, será o dia de sua morte". A imprensa internacional noticiou que em

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16/08/1977, Elvis Aaron Presley foi encontrado no banheiro de sua mansão em Graceland. O enterro foi em 18/08/1977, no Forest Hill Cemetery, de Memphis, sua cidade natal. De Rod Stewart, no terceiro sonho, que “o vê terá problemas de saúde entre 2003 e 2004, devendo procurar por um médico para um check-up". A imprensa, em abril de 2000 noticia a cirurgia na tireóide de Rod Stewart, como possível câncer. E no quarto sonho, diz que Alice Cooper, o grande roqueiro do Kiss, famosos nos anos 70, terá um acidente de carro que poderá se salvar se ele Elvis puder avisá-lo (!). Isso ocorrerá em 2004. Não há nada nos sites de pesquisa que tenha saído sobre um acidente de carro com Alice Cooper. No quinto sonho, "que dois membros dos Bee Gees correm grande risco de vida, porque podem se envolver em um acidente de carro em 2004". Um dos irmãos, Maurice Gibb, sofre um ataque cardíaco durante uma operação a que foi submetido em um hospital de Miami por causa de uma obstrução intestinal, em 12/01/2003. Nada se sabe sobre esse acidente em sites de pesquisa. Sobre os quatro meninos de Liverpool, conta: "dois membros dos Beatles irão morrer antes de 2003, que Paul McCartney, se casará em 2002, mas entre 2004 e 2005 será cinzento para ele (ataque cardíaco), ele deve tomar cuidado de sua saúde, o mais rápido possível". John Lennon é assassinado por Mark David Chapman, com quatro tiros, em frente à sua casa, no Edifício Dakota, no Central Park, em Nova York , em 08/12/1980. O outro Beatle, George Harrison, morreu de câncer em Los Angeles, em 29/11/2001. Paul já era casado com Linda Eastman desde 20/03/1969, que viria a morrer em 17/04/1998. Casou-se com Heather Mills em 11/06/2002. Nada se sabe sobre ataque do coração de Paul McCartney, através da imprensa. Finaliza, declarando: "que em meus pensamentos e sonhos me foi dada uma informação sobre o grupo Kiss, que um de seus membros estará envolvido, até o último dia antes de abril de 2004. A despeito de meus melhores esforços, estou convencido da concretização de meus sonhos, os quais não gostaria que acontecessem, mas infelizmente, eles serão verdadeiros. Mais uma vez quero lembrar meu comprometimento com a causa da não violência e minha preocupação com a prevenção”. (Para mais detalhes, escreva em sua língua para mim). Sinceramente. JNL". Um dos membros que fez parte do grupo Kiss, que veio a morrer de câncer, foi Eric Carr, em 1991.

Caso 05 - Kobe, Chernobyl, Escócia e mais... O original dessa carta está muito prejudicado, datada de 15 de março de 1979. Uma está endereçada ao Embaixador daquele país no Brasil, é para o Imperador Hiroito, do Japão, trata de assuntos ligados a ele: eu o vejo em 1989 adoecendo e provavelmente vindo a falecer". No início do ano de 1989, em 07/01, morre o Imperador Hiroito.

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Nesse trecho, adverte do terremoto de Kobe, que ocorrerá em 1995, matando mais de cinco mil pessoas. o acidente de Chernobyl, em 1986, e o atentado ao avião da Pan-Am, na Escócia, em 1988. A imprensa noticiou em 17/01/1995 um terremoto de 7,2 graus na escala Richter, em Kobe (Japão), 6.500 mortos. O acidente nuclear da usina de Chernobyl, ao norte da cidade de Kiev, na Ucrânia, ocorreu em 26/04/1986. E o acidente com o avião Clipper Maid of the Seas, o 747 da Pan Am, que caiu em Lockerbie, onde morreram todos os ocupantes, foi em 21/12/1988. Essas são as únicas anotações que se encontram no verso da correspondência. Praticamente impossível checar ou confirmar o seu recebimento.

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Caso 06 A - Ayrton Senna Em trecho de carta, endereçada a Ayrton Senna, datada de 17 de agosto de 1989, diz: Aqui está nossa mensagem: 1. Eis que vi em meus sonhos um piloto chamado Airton Senna, correndo em alta velocidade. É um grande prêmio muito importante para sua carreira profissional. Nesta pista e neste prêmio estará o grande perigo, pois seu carro ficará desgovernado, baterá nas barreiras e se despedaçará na pista e, o grande Senna, perder-se-á sua preciosa vida. Isso acontecerá antes de chegar o ano de 2000. Deveis então, esse grande piloto se cuidar... Grandes Multidões estarão na rua para o grande homenagear e a vida no autódromo perderá por um grande tempo seu brilho e só voltará a brilhar por um estrangeiro de nacionalidade alemã. (premonição do dia 15/08/1989). Acredito não nesse desejo, mas sim o trajeto da vida divina. Atenciosamente. JNL

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Ao centro, encontra-se o comprovante de Recibo de Postagem, com o carimbo redondo com data ao centro de 17/08/89. O nome do destinatário: Para Ilustre Sr. Airton Senna - Corredor Fórmula I Brasil. Endereço: Autódromo de Interlagos São Paulo - SP. Em agosto de 1989, época da temporada, houve dois grandes prêmios de Fórmula 1 - em 13/08 - GP Hungria e 27/08 - GP Bélgica.

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Para garantir o conteúdo da correspondência e preservar os documentos de envio e recebimento, foi feito o seu registro em Cartório. Notam-se os carimbos dos Serviços Notarial, acima, e de Registros de Títulos e Documentos, abaixo, com data de 21 de outubro de 2002. Eis a cópia integral da carta que foi remetida ao autódromo, extraída do Cartório de Títulos e Documentos. É a carta datada de 17 de agosto de 1989. Uma parte desse texto foi reproduzida, no início, logo atrás.

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Caso 06 B - Ayrton Senna Insatisfeito, sem qualquer retorno, até porque o envio da correspondência para o Autódromo de Interlagos não dá garantia que o piloto a tenha recebido, JNL escreve essa outra, abaixo, à mão, e remete, novamente, ao Autódromo de Interlagos.

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Ayrton Senna começou na McLaren em 1988 e foi para a Williams na temporada de 1994. A imprensa noticiou em 01/05/1994, em Ímola, a morte de Ayrton Senna, que bateu com o carro na curva Tamburello do Circuito Enzo e Dino Ferrari. Motivo: a coluna de direção do carro da Williams. O trabalho coordenado pelo engenheiro e ex-projetista da Ferrari, o renomado Mauro Forghieri, descobriu que a coluna se rompeu na curva Tamburello, deixando a Williams sem controle. No choque, a barra que conecta a roda dianteira direita ao conjunto mola-amortecedor soltou-se desse conjunto, projetando-se na direção da sua cabeça. Comprovante de franqueamento de correspondência, com as anotações de envio, datado de 28/01/91, com assinatura do funcionário dos Correios. Há comprovantes de outras correspondências enviadas à Itália tratando do assunto, cobrando uma posição das autoridades nas investigações de responsabilidade do acidente.

Caso 7 - Francisco Xavier Nessa parte da carta há o relato do encontro que teve com Chico Xavier e o compromisso assumido de enviar uma cópia da mensagem para ser colocada em seu túmulo. Cita passagem de um diálogo tido com Chico Xavier que vale destacar: "quando de passagem por Uberaba-MG, V.Sa., disse-me que a melhor riqueza desta terra são duas coisas "humildade e amor". E que o tempo abriria uma porta imensa nos meus sonhos através de minhas premonições e de que jamais usasse isso como fruto material.

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Não pude mais visitá-lo, mas estou com muita saudade, porque você é uma pessoa muito bondosa e carismática e vossa mensagem está se concretizando, pois já estou morando em Minas Gerais. A mensagem está bem difícil de se compreender, como dizemos, está hermética. Portanto, precisa ser decifrada. Então, vamos à leitura e a sua interpretação: "Eis que vi em um sonho, Chico Xavier n'um Domingo, sentado em um muro bem alto de uma Nação de povos iguais, línguas iguais e de divisão Ocidental e Oriental; Eis que também observei um muro bem alto cair e os dois povos se unirem, o primeiro sinal de que vossa saúde não anda bem..."; Está falando da Alemanha. O muro de Berlim iria cair, dali a dois meses, em 09/11/1989, "Eis que notei que surgirá uma grande competição mundial e esta Nação, estará participando; Eis que vi a Pátria mãe, de

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Chico Xavier nesta competição, será o segundo sinal; Várias nações participarão desta competição mas apenas as duas se confrontarão no final"; Trata-se do Campeonato Mundial de Futebol, que aconteceu no Japão e Coréia do Sul em junho de 2002. A partida final foi entre Brasil e Alemanha. "Eis que a soma do Ocidente e Oriente, será o resultado final desta competição; A Pátria mãe de Chico Xavier, estará totalmente em festa, mas também o luto manifestar-se-á neste último sinal", O Brasil torna-se Pentacampeão Mundial de Futebol, ao ganhar o jogo por 2X0. É um domingo, 30 de junho de 2002. Data em que foi noticiada a morte de Chico Xavier. O enterro ocorreu em 02/07/2002. O recibo de postagem, oficial dos Correios, tem carimbo da cidade de Bueno Brandão, expedido em 02/09/89. No verso desse mesmo documento há uma autenticação, da assinatura de JNL, efetuada pelo 2º. Tabelião de Bueno Brandão, conferida com original pelo Sr. Antonio Aloísio Ferrari, na data de 28 de novembro de 1995.

Caso 08 - Metrô de Tóquio; Waco-Texas; Lula no Brasil e mais... A carta está endereçada ao Prefeito Municipal de Goiânia, é datada de 26/09/1989. Nessa carta há uma denúncia, item 1, de tráfico de órgãos do corpo humano, que serão descobertos, parcialmente, em 2003 ou 2004. (premonição de 10/08/1989). Em dezembro de 2003, a Polícia Federal (PF) desarticulou, em Pernambuco, uma quadrilha acusada de "exportar" órgãos humanos para a África do Sul e Europa. Em um ano, período em que estaria agindo, o grupo já teria vendido pelo menos 30 rins, extraídos de pessoas aliciadas em comunidades pobres. Em seguida, item 2, escreve do atentado no Metrô de Tóquio que "será um tipo de gás chamado sarim, por um líder de uma seita com o nome de Verdade Suprema", (premonição de 11/08189).

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Em 20/03/1995, acontece o ataque com gás sarim a cinco trens e três estações do metrô de Tóquio. Saldo desse atentado: 12 pessoas morreram e mais de 5,5 mil ficaram feridas, vítimas do ataque terrorista do grupo AUM Shinrikyo (Verdade Suprema), liderado por Shoko Asahara. No item 3, destaca: "que no ano de 1993, morrerão quase 100 pessoas na cidade de Waco, Texas. Depois de o FBI cercar um lunático chamado David. Avisa já ter enviado outras cartas alertando". (Premonição de 12/08/89). Em 19/04/1993, o FBI invade propriedade da Seita Ramo Davidiano, liderada por David Koresh, foram mortas 80 pessoas, depois de 51 dias de cerco. No item 4, observa: que a última revelação havida na cidade de Fátima, Portugal, em 1917, que a irmã Lúcia, última das sobreviventes a testemunhar a visão, se incumbiu de fazer a revelação no ano de 2005, e que será ao Papa (então, João Paulo lI). (Premonição do dia 13/08/1989) . No item 5, prevê: "que um metalúrgico irá ganhar as eleições de 2002, este homem virá de São Bernardo do Campo - SP. É conhecido como Lula". (Premonição de 14/08/89). Em 27/10/2002, Luis Inácio Lula da Silva é eleito Presidente da República Federativa do Brasil.

Entenda, um pouco, sobre a Aparição de Fátima A Virgem Maria teria surgido perante os irmãos Francisco e Jacinta Marto e a sua prima Lúcia entre os dias 13 de maio e outubro de 1917 e teria lhes revelado três famosos segredos. Os dois primeiros previram o fim da Primeira Guerra Mundial, o início da Segunda e a morte prematura de duas das crianças. O terceiro segredo revelado pela Virgem está relacionado ao atentado contra João Paulo II cometido na praça de São Pedro, em 13 de maio de 1981, segundo o Vaticano. No último dia 13 de fevereiro de 2005, a última testemunha das aparições de Fátima ainda viva, Irmã Lúcia, morreu aos 97 anos no Carmelo de Santa Teresa de Coimbra, no centro de Portugal, onde vivia enclausurada há anos. Uma orientação para a interpretação da terceira parte do "segredo" tinha sido já oferecida pela Irmã Lúcia, numa carta dirigida ao Santo Padre em 12 de maio de 1982, onde dizia: «A terceira parte do segredo refere-se às palavras de Nossa Senhora: "Se não, [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas" (13-VII-1917). A terceira parte do segredo é uma revelação simbólica, que se refere a este trecho da Mensagem, condicionada ao fato de aceitarmos ou não o que a Mensagem nos pede: "Se atenderem a meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, etc". Porque não temos atendido a este apelo da Mensagem, verificamos que ela se tem cumprido, a Rússia foi invadindo o mundo com os seus erros. E se não vemos ainda,

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como fato consumado, o final desta profecia, vemos que para aí caminhamos a passos largos. Se não recuarmos no caminho do pecado, do ódio, da vingança, da injustiça atropelando os direitos da pessoa humana, da imoralidade e da violência, etc. Não há qualquer referência, em pesquisa feita no site do Vaticano, de quando esse assunto se tornou público. Entretanto o próprio site explica: A decisão tomada pelo Santo Padre João Paulo II de tomar pública a terceira parte do "segredo" de Fátima encerra um pedaço de história, marcado por trágicas veleidades humanas de poder e de iniqüidade, mas permeada pelo amor misericordioso de Deus e pela vigilância cuidadosa da Mãe de Jesus e da Igreja. Constam que outras cópias foram enviadas aos interessados citados nas premonições. Inusitado e interessante, nesse caso, é que foi paga a sua divulgação, na seção de esoterismo, no Jornal Diário Catarinense, no dia 30/09/1989, conforme recibo da agência de publicidade que intermediou a venda desse espaço. Constam que outras cópias foram enviadas aos interessados citados nas premonições. Inusitado e interessante, nesse caso, é que foi paga a sua divulgação, na seção de esoterismo, no Jornal Diário Catarinense, no dia 30/09/1989, conforme recibo da agência de publicidade que intermediou a venda desse espaço.

Caso 09 A - Atentados nos Estados Unidos Esse é um dos casos em que há uma quantidade, numericamente, grande de correspondências xerocopiadas. Devido a sua repetição, selecionei algumas que pudessem ilustrar a insistência e obstinação de JNL. Datada de 26 de outubro de 1989, ao Presidente George Bush (pai):

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Na carta, de maneira resumida, avisa para o perigo de dois atentados ao World Trade Center, um em 1993, não cita data; outro, já na data de 11 de setembro de 2001. Aproveita e alerta para o atentado à Estação de Trem em Madri em 11 de março de 2004. Explica que, também, nas mesmas condições, irão tentar um atentado à bomba em Londres, na Inglaterra, com 500 quilos de explosivos (cita o nome do produto químico que será utilizado no ataque - entenda mais lendo no Caso 20 da Inglaterra); que no futuro irá avisar ao Governo Britânico para que eles se previnam. Escreve, finalizando, que está em férias em Curitiba, mas que está preocupado com os Estados Unidos e a Inglaterra. Em 26/02/1993 houve uma explosão de bomba na garagem do World Trade Center. E a destruição desse prédio quando foi atingido por dois aviões em 11/09/2001,

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havendo entre mortos e desaparecidos mais de cinco mil pessoas. O ataque terrorista atingiu também, nesse dia, o prédio do Pentágono, em Washington. Dessa correspondência foi feita uma fotocópia autenticada na data de 26/10/1989, no 11º. Tabelião de Curitiba - PR, como se pode ler, acima do lado esquerdo, no documento. No recibo de postagem, dos Correios, está ilegível parte da data, podendo-se ler 21 de janeiro, no carimbo, indica que foi enviada uma cópia ao Senhor Cônsul da Inglaterra, em Brasília. (Quando deveria ter sido ao Embaixador, que lá reside.) Há uma anotação de que a carta foi encaminhada à Casa Branca, em Washington - USA.

Caso 09 B - Atentados aos Estados Unidos Essa correspondência, recebida do jornal americano The Miami Herald, expressa a descrença e desconfiança que existe com relação a um tema tão delicado quanto a precognição - a previsão de fatos que acontecem no futuro. Como mencionei, foram remetidas diversas correspondências a órgãos do Governo americano e à imprensa. Essa é uma resposta de 11 de agosto de 1995. A remetente declara: Estamos felizes de ouvir sobre nossos leitores. Nós sinceramente apreciamos uma cópia de sua carta de 26 de outubro de 1989, onde você nos conta sobre o atentado ao World Trade Center, de acordo com seus comentários será em 11 de setembro de 2001. Você também nos conta que os EUA terão duas guerras, e que a última será contra o Iraque. De acordo com sua carta, SADDAN HUSSEIN irá escapar e se esconderá em Tikrit, exatamente em AD DAWAR. Infelizmente, não podemos publicar esse assunto porque poderia causar espanto. Estamos orgulhosos de leitores pelo mundo afora e contar com você entre eles. Obrigado novamente pelo seu interesse na EDIÇÃO INTERNACIONAL DO MIAMI HERALD. Sinceramente. Isabel Entenza.

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Assim, em agosto de 1995, os assuntos abordados nessa carta foram: de que os Estados Unidos sofreriam um ataque terrorista em Nova York, que estariam entrando em duas guerras, do local onde estaria escondido Saddam Hussein, após a invasão ao Iraque. A imprensa internacional noticia que em 11 de setembro há o ataque ao WTC; em 13 de setembro de 2001, tropas americanas invadem o Afeganistão, e no dia 20 de março de 2003 ocorre a invasão americana no Iraque. Em 13 de dezembro de 2003, Saddam é preso nas condições reveladas.

Caso 09 C - Atentados aos Estados Unidos Mudam-se os governos, mas JNL não se sente cansado de avisar. Dessa vez é para o ex-presidente Bill Clinton que tenta explicar os seus sonhos. Em 28 de outubro de 1998, dez anos após o envio da primeira advertência.

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Resumidamente, repete o que já havia relatado. Há outras cartas enviadas à Casa Branca, ao FBI, às Nações Unidas, à Universidade de Cambridge, ao Presidente do Senado e a outros jornais dos EUA e da Inglaterra. Além de mensagem de correio eletrônico ao Departamento de Estado Americano.

Caso 09 D - Atentados aos Estados Unidos Insatisfeito, tenta se fazer ouvir pela Embaixatriz dos EUA no Brasil. Repetindo suas advertências e fazendo referências às cartas que já teriam sido enviadas. Conta-lhe sobre o paradeiro de Saddam Hussein e já menciona o atentado a Madri. Carta de 13 de setembro de 2001.

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Há pelo menos duas comprovações de envio de postagem à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília - DF. Uma em 13 de setembro de 2001 e outra em 20 e 22 de novembro de 2001, com a assinatura do recebedor (ilegível), e com o número do documento de identificação legível. Essa atitude segue a orientação de que ele, JNL, se vê impelido a cobrar uma posição de quem adverte de seus sonhos.

Caso 09 E - Atentados aos Estados Unidos

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Dessa vez é para o atual Presidente George W. Bush que tenta explicar os seus sonhos. Ele é quem deflagraria as duas guerras e quem irá propor o prêmio a quem indicar onde Saddam Hussein está escondido.

Repete seus argumentos nessa carta de que os Estados Unidos entrarão em duas guerras. (Os EUA tinham acabado de invadir o Afeganistão fazia apenas 17 dias). E completa: "eu vou lhe contar antecipadamente que você irá encontrar Saddan

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Hussein, porque ele irá fugir quando o exército americano invadir o Iraque. Ele estará escondido em AD DAWR, perto de Tikrit, há um pôster da Arca de Noé, ele estará escondido em um buraco, coberto por madeira e tapete plástico, ao lado do Rio Tigre. Há tijolos, lodo e lixo para disfarçar a entrada. Mas, o seu braço direito (um homem de confiança) pode lhe dar mais detalhes. Talvez, você possa pegar esse amigo de Saddan na França". Há comprovante de envio dessa correspondência aos Estados Unidos, dos Correios, em 01/10/2001. Outras cartas alertando para atentados ou acidentes naturais foram expedidas até o início deste ano de 2005.

Entenda mais sobre a Prisão de Saddam Hussein Em 03/07/2003, os Estados Unidos oferecem uma recompensa de US$ 25 milhões por informações que levassem à captura de Saddam Hussein. A recompensa, oferecida pelo Departamento de Estado norte-americano, pode ser recebida por um parente do ex-ditador iraquiano. De acordo com o comandante da 4ª. Divisão de Infantaria do Exército dos EUA (responsável pela captura), General Raymond Odierno, os soldados norte-americanos interrogaram "entre cinco e dez membros" da família de Saddam "próximos a ele", e a "informação final" que possibilitou a localização e detenção do ex-ditador perto de sua cidade natal, Tikrit, "veio de um deles". Odierno não divulgou mais informações sobre quem seria o parente delator. Outras autoridades norte-americanas disseram, porém, que ainda não está decidido quem receberá a recompensa, destacando que a informação inicial sobre o paradeiro do ex-ditador veio de um prisioneiro iraquiano interrogado pelas forças dos EUA e forças curdas também ajudaram a encontrar Saddam. Em 13/12/2003, Saddam Hussein foi preso em um porão na cidade de Dawar, perto de Tikrit, mas só em 14/12/03 a notícia foi divulgada.

Caso 10 A - Santa Catarina; Argentina e mais ao futuro Na carta de 01 de junho de 1990, no item 1, relata que "observa que no ano de 2003, o Furacão Catarina passará pela região sul do Brasil, que em 2004 um fenômeno pouco conhecido, o Ciclone Tropical, que trará grandes destruições. Também observei através de meus sonhos dois tornados destruírem casas no Sul de Santa Catarina, precisamente em Criciúma, será a região mais atingida, com ventos de 100 quilômetros por hora..." A imprensa noticiou em 27/03/2004 um furacão extra-tropical em Santa Catarina. Atingiu desde Laguna (SC) até Torres (RS). As cidades mais atingidas foram Maracajá, Turvo, Meleiro, Araranguá, Arroio do Silva, Sombrio, Imbé do Sul, Ermo, São Joaquim e Criciúma.

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Ainda, no item 1, observa: em 16 de julho de 2006 um tufão irá se aproximar da costa da região sul do país, será mais forte que o ciclone que passou por Santa Catarina. No item 2, que uma grande crise política na Argentina no ano de 2003 e 2004. Ainda lá, no ano de 2005, no réveillon uma fatalidade, em um clube haverá um incêndio provocado por fogos de artifício, com centenas de mortos e feridos. Em conseqüência

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da crise econômica de 2001-2002, a Argentina continuava enfrentando problemas no campo político em 2003 e 2004. Em 01/01/2005 um incêndio, provocado por fogos de artifício, em boate de Buenos Aires, causa a morte de 175 pessoas. No item 3, sem ser muito preciso, nessa data, já fala no terremoto e de uma onda de 10 metros que afetará sete países. No item 4, um terremoto na China em 13 de setembro de 2008. Epicentro em Nanning e outro na Ilha de Hainan. Tsunamis de mais de 30 metros; No item 5, o Japão sofrerá um terremoto em 13 de julho de 2007 ou 2008. Envia a carta ao Editor do Jornal O Estado do Paraná. Lê-se com dificuldade em 01/06/90. Há, ainda, comprovantes de envio, dos Correios, para as Prefeituras de Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba. E a Embaixada da China, em Brasília, com data recente, de 08/01/2005, em função das premonições que ainda estão por se concretizar.

Caso 10 B - Santa Catarina; Argentina e mais ao futuro Já na carta enviada 12 anos e meio depois, em 20 de janeiro de 2003, está mais preciso, sobre o ciclone no ano de 2004. No item 2, continua falando da região, escreve de grande estiagem que atingirá o Estado de Santa Catarina, em outubro de 2004, estendendo-se até o ano de 2005. (premonição de 13/01/03). Comete um deslize ao endereçar a carta ao "Prefeito" de Santa Catarina.

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Segundo dados no site do IBGE, de 25/03/2004: deverá haver quebra na safra da soja, tendo como justificativa mais evidente o clima desfavorável em vários Estados, destacando-se o Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com quedas de 6,61%, 3,19%, 4,84% e 13,44%, respectivamente. Tal retração, equivalente a 2 milhões de toneladas de grãos, deve-se ao clima adverso em vários pólos produtores do país, destacando-se os do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde a soja teve quebras relevantes, castigadas por estiagens prolongadas durante estágios fisiológicos importantes, como floração, formação de vagens e enchimento de grãos (granação). No item 3, conta que dezenas de pessoas ficarão infectadas pelo problema da Doença de Chagas, em Santa Catarina, no começo de março de 2005, pela ingestão de caldo de cana. (premonição de 19/01/2005). Em 01/03/2005, os primeiros casos de Doença de Chagas são registrados em Santa Catarina por ingestão de caldo de cana. Há outros comprovantes de envio, desde a Agência Casarão, dos Correios, da cidade de Ouro Fino, na data de 20/01/03, para a Rádio Difusora e Jornal da Manhã de Ponta Grossa - PR; ainda, para a Televisão Tropical de Londrina - PR e Prefeituras de Arapongas - PR e Curitiba – PR.

Caso 11 – Apresentador e Empresário Sílvio Santos Há centenas de cartas a pessoas que não estão na mídia, mas quaisquer que sejam, a preocupação é, invariavelmente, com saúde e segurança. Nesta, escrita e enviada conforme carimbo em 13/07/1992, alerta para problemas com eventual seqüestro na família e problemas de saúde entre 2004 a 2006. A imprensa noticiou em abril de 2003, por entrevista do próprio Silvio Santos, estar com problemas de saúde. (Revista Contigo 05,07 e 08/04/2003).

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Caso 12 - Presidente Fernando Henrique Cardoso e Mais Essa carta, datada de 10/08/1995, é surpreendente. Possui autenticação da mesma data. Em sete linhas faz quatro premonições que se concretizam. Alerta que o então Presidente eleito Fernando Henrique irá se reeleger (o que acontece em 04/10/1998); que em 2002 será o ex-metalúrgico Lula quem irá ocupar a presidência, que ganhará de José Serra; mas que esse concorrerá e ganhará as eleições à Prefeitura de São Paulo, em 2004. E, adverte, que o Presidente Lula terá pontos positivos e muitas críticas negativas em seu governo.

Há trechos censurados nessa carta, para se manter o sigilo e a segurança necessárias às partes envolvidas. Ainda revela, no item 1: que em 1996, o Grupo Mamonas Assassinas sofrerá um acidente fatal; no item 2: repete que os EUA serão atacados em 11 de setembro de 2001; que haveria um ataque contra o Empire State; no item 3: que nos anos de 1997 e 1998 há a perda da Princesa Diana e Leandro morrerá de câncer;

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Leonardo sofrerá um acidente no final de 2003. O que se conheceu pela imprensa: em 02/03/1996 morrem em acidente de avião todos os integrantes do Grupo Mamonas Assassinas. Em 23/06/1998 - morte do cantor Leandro; 17/11/2003 - acidente de carro do cantor Leonardo. Em 23/02/1997 terrorista palestino atira em turistas, mata um, fere seis e se suicida no 86º. andar do Empire State Building - Nova York - USA. Não há na carta uma data estipulada a esse atentado.

No item 4: em 2003, a morte do cantor Claudinho; no final do mesmo ano os cantores Gilberto e Gilmar sofrerão um grave acidente. No item 5, escreve: que os Estados Unidos vencerão duas guerras, uma contra o Afeganistão e uma contra o Iraque, na última perderá contra a opinião pública e vários atentados matarão civis no Iraque. No item 7, a última premonição dessa carta, fala do atentado nos trens de Madri, na Espanha, no ano de 2004. Um ano antes, em 13/07/2002 - aconteceu a morte de Claudinho; mas, no final do ano de 2003, precisamente em 24/12/2003 - Gilberto e Gilmar sofrem acidente de carro. Como já vimos, os acontecimentos dos EUA, Iraque e das guerras conferem. Os casos de Madri e da Princesa Diana, veremos mais adiante. Repare, na lateral, a

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autenticação com data de 10 de agosto de 1995 sobre o papel desgastado de dez anos atrás.

Caso 13 A - Princesa Diana Como se pode ver, há cartas que acabam se interligando com os casos de premonição, como na carta de n° 12. Há acontecimentos que são relatados em uma carta e acabam sendo mais detalhados em outras, à medida que o evento está para se concretizar ou que acabam sendo modificados, como é esse caso. Esse é o ponto que JNL usa para se fazer conhecer e demonstrar a sua habilidade premonitória; ele descreve em uma carta vários sonhos, mesmo que não estejam relacionados com aquela pessoa. Essa carta em inglês é datada de 4 de março de 1997. Na seqüência, há uma tradução livre feita pelo próprio Jucelino. Há comprovantes de envio feitos a quatro lugares: à Princesa Diana, em Londres; aos jornais The Times, The Daily Telegraph e The Guardian. Repare que na carta de n° 12 ele escreve que “nos anos de 1997 e 1998 será marcado por grandes perdas", e cita a Princesa Diana. Nessa carta, ele já fala que o acidente acontecerá antes de chegar o ano de 2000. A premonição ficou menos precisa e mais generalizada.

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Caso 13 B - Princesa Diana

TRADUÇÃO DA CARTA N.o 0001/04/03/1997. DO RECIBO DO CORREIO SÉRIE B-153931. ENVIADO AO PALÁCIO DO REINO UNIDO - AOS

CUIDADOS DA PRINCESA DIANA - INGLATERRA E AOS SEGUINTES VEÍCULOS DE COMUNICACÃO:

1- THE TIMES (NEWSP APER) 2- THE DAILY TELEGRAPH

3- THE GUARDIAN

PREZADA SENHORA PRINCESA DIANA,

EU ACHO MUITO INTERESSANTE CONHECER NOVAS PESSOAS FAMOSAS COMO VOCE. EU TENDO A SER UMA PESSOA TÍMIDA QUANDO SE TRATA DE CONHECER PESSOAS PESSOALMENTE, MAS TEM SEUS

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BENEFÍCIOS INICIAIS QUANDO SE CONHECE ALGUÉM NESTA OPORTUNIDADE. EU QUERO UM RELACIONAMENTO ÍNTIMO E PURO FUNDAMENTADO NA HONESTIDADE E NA VERDADE. POR FAVOR SEJA HONESTA EM SUAS RESPOSTAS E DEIXE-NOS A CONTAR PARA VOCÊ SOBRE ALGUMAS PREMONIÇÕES DE SI MESMO. QUERO LHE DAR MUITA INFORMAÇÃO TANTO QUANTO POSSÍVEL. AGORA, POR FAVOR PERMITA-ME FALAR SOBRE MINHA MENSAGEM PORQUE HAVERÁ TEMPOS DIFÍCEIS EM SUA VIDA E ESPERO QUE SEUS SENTIMENTOS SUPORTEM O QUE TENHO A LHE DIZER. ESPERO QUE NÃO SEJA MUITO VAGO E VOCE ENTENDA O ESPÍRITO, PELO QUAL VENHO A DIZER ESTAS PALAVRAS (COISAS). A VIDA NÃO É UMA UTOPIA OU UMA TERRA DE LEITE E MEL COMO MUITOS ACHAM. VOCE COMO UMA PRINCESA JÁ ENTENDE DISSO, EU TENHO CERTEZA. ISTO NÃO É DIZER QUE A VIDA NÃO SEJA BOA! ACHO QUE HÁ MUITAS BENÇÃOS A SEREM APRECIADAS. ELAS FAZEM A VIDA MUITO BOA E COMPLETA. EU POSSO PROMETER A VOCÊ QUE SOU UMA PESSOA TOTALMENTE DEDICADA E COMPROMISSADA COM MINHAS PREMONIÇÕES. BEM, ESSES SÃO MEUS SENTIMENTOS NESTE ASSUNTO. HÁ MUITO A DIZER E ESTOU TENTANDO EXPLICAR ESSAS COISAS QUE EU ACREDITO QUE VOCÊ GOSTARIA DE SABER. TALVEZ, VOCÊ NÃO ESTÁ CIENTE DISSO, MAS MUITAS PESSOAS OLHAM COM AR DE NEGATIVIDADE QUANDO FALA-SE DE PREMONIÇÕES - COMO UM TERMO DETURPADO.

MENSAGEM: "EIS, QUE EU VI UM OUTRO SINAL DO CÉU QUE DIZIA-ME A RESPEITO DE UMA SABOTAGEM EM SEU CARRO, E PROVOCARÁ UM ACIDENTE COM VOCÊ. SETE ANJOS DISSERAM-ME QUE VOCÊ ESTÁ CORRENDO UM GRANDE RISCO DE VIDA. TALVEZ, NESTE ACIDENTE VOCÊ PODERÁ MORRER. MAS OS ESPECIALISTAS DIRÃO QUE FOI UM ACIDENTE E ELES ESTARÃO ERRADOS. ASSIM, ELES ESPALHARÃO VOSSO NOME POR TODA A PARTE DESTE REINADO E AS PESSOAS SABERÃO MUITOS ESCÂNDALOS DA PRINCESA, ENTRETANTO, O ASSASSINO ESTÁ PRÓXIMO DE VOCÊ... ISTO ACONTECERÁ ANTES DE CHEGAR 2000. TALVEZ VOCÊ POSSA REFLETIR SUAS OPINIÕES/ SENTIMENTOS EM ALGUMAS PALAVRAS QUE EU ESCREVI A RESPEITO DA PRINCESA NESTA CARTA

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EU ENCERRAREI AGORA. ESPERO OUVIR ALGO DE VOCÊ LOGO, SOU SEU FÃ CUIDE-SE. SINCERAMENTE, PROFESSOR JUCELINO NÓBREGA DA LUZ (TRADUÇÃO LIVRE) O fato foi noticiado em 31/08/1997. Morre em Paris, junto com o produtor egípcio Dodi aI Fayed e o motorista Henri Paul, Lady Di. O carro bateu no Túnel de L'Alma. O guarda-costas Trevor Rees-Jones sobreviveu. O juiz Hervé Stephan determinou que o consumo de álcool, pelo motorista, bem como o excesso de velocidade, foi a causa do acidente e disse que o comportamento dos fotógrafos, embora criticado duramente por testemunhas, não constituiu um crime segundo a legislação francesa. "Henri Paul, o motorista que dirigia o carro em que a princesa Diana morreu, recebeu um pagamento de mais de 110 mil euros (R$ 329,4 mil, aproximadamente) em libras esterlinas na semana anterior ao acidente, segundo a edição desta segunda-feira do sensacionalista "Daily Express": De acordo com o jornal, as últimas descobertas dos investigadores britânicos da morte de Diana, que revelam que Paul recebeu milhares de libras esterlinas, reforçam a teoria de que Lady Di foi vítima de uma conspiração, que reuniu antes de morrer no acidente uma "pequena fortuna" que estava distribuída por 13 contas bancárias em diferentes países. (EFE, Londres, Folha Online, 13/06/2005)."

Caso - 14 A - Terremoto e Tsunami na Ásia Essas séries de cartas possuem uma grande riqueza de detalhes e precisão. Sendo, a maioria, respondidas pelos seus destinatários. Isso é que torna esse caso ainda mais do que confirmado. Assim como no caso dos Estados Unidos, há um farto material de correspondências trocadas. Na carta acima, datada de 30 de abril de 1997, a mensagem é clara: "eu vejo em meus sonhos um grande terremoto, que irá alcançar o sul da Ásia em 2004, será em dezembro, 26 às 7 horas, ele irá começar na Indonésia, em Aceh, com 8,9 graus na Escala Richter, com um grande tsunami de 10 metros que irá se espalhar pela Índia, Indonésia, Malásia, Sri Lanka, Tailândia, Maldivas, também Myanmar e Mauricius. (...) Eu imploro que me escute. (...) naquela data é melhor você pedir às pessoas procurarem por lugares seguros". (Premonição de 20/04/1997). Pede que lhe sejam enviados livros e cassetes da língua falada nas Maldivas, por ser um assíduo interessado em idiomas. Comprovantes de envio ao Presidente das Maldivas, em 30/04/1997, abaixo; à Embaixada da Indonésia em Brasília, em 18/06/2003, à esquerda; e à Embaixada da Tailândia, em Brasília, em 01/03/2004, à direita.

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Caso - 14 B. Terremoto e Tsunami na Ásia Resposta de 21 de setembro de 1997, postada em 13 de outubro de 1997. O remetente em nome do Presidente Maumoon Abdul Gayoom, remete livros de gramática e vocabulário em divehi, língua oficial das Maldivas. E, lamenta, como expresso no segundo parágrafo, que não pode fazer nada sobre terremotos ou tsunamis, que lhe havia contado na carta, e se irá acontecer em 2004, que eles teriam ainda muitas coisas a fazer para evitar essa tragédia.

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Caso - 14 C - Terremoto e Tsunami na Ásia. Essa é uma carta redigida sete meses antes da data da carta anterior. É de 16 de setembro de 1996. Solicita "informações sobre universidades da Índia que cuidem de fenômenos dos terremotos". No desenrolar da carta já revela a sua premonição. Aparentemente, demonstra que está preocupado em alertar sobre o fenômeno natural. Estava se munindo de endereços de especialistas que pudessem avisar outros interessados.

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Caso - 14 D - Terremoto e Tsunami na Ásia E, assim, parece que é entendido, mas não compreendido. Ele recebe a resposta: acusando o recebimento de sua carta, de 16/09/1996, e o endereço de uma universidade.

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Caso - 14 E - Terremoto e Tsunami na Ásia

Repete o mesmo argumento, nessa carta de 18 de junho de 1998, endereçada à Embaixada das Filipinas. Pede informações de universidades que estudem fenômenos sobre terremotos e tsunamis, pois pretende avisá-los e aos outros governos sobre um futuro acontecimento no ano de 2004.

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Caso 14 F - Terremoto e Tsunami na Ásia E recebe a resposta, em 25 de junho de 1998, fornecendo as informações sobre as

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Filipinas. Mas, como no caso anterior, não há qualquer menção ao alerta premonitório.

Caso 14 G - Terremoto e Tsunami na Ásia Essa carta ao Embaixador da Indonésia, em 6 de julho de 1998, além de fazer o alerta premonitório, solicita endereços de jornais, rádios e televisões para que ele pudesse fazer contatos e evitar uma tragédia maior.

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Caso 14 H - Terremoto e tsunami na Ásia Com muita atenção, em 17 de julho de 1998, a Chefe do Departamento Cultural da Embaixada da República da Indonésia, em Brasília - DF, tem a honra de agradecer as informações recebidas e comunica que irá conduzi-Ias às autoridades do seu país para uma melhor atenção. E, ainda, não hesita em afirmar que se houver alguma informação adicional, que seja contatada.

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Caso 14 I - Terremoto e Tsunami na Ásia

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No texto dessa carta ao Embaixador da Tailândia, enviada em 14 de julho de 1998, o argumento é o mesmo: alertar e solicitar alguns endereços às autoridades ou à imprensa para poder tentar minimizar o efeito.

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Caso 14 J - Terremoto e Tsunami na Ásia

Em 10 de agosto de 1998, ele recebe a resposta da sua carta, de 14 de julho de 1998, com os endereços de algumas autoridades e da imprensa da Tailândia. Se eles informaram a alguma outra autoridade de seu país, sobre o conteúdo dessa carta, não é possível confirmar.

Na manhã do dia 26/12/2004 o evento se concretizou, como foi advertido: Sumatra - 228.429 mortos; Sri Lanka - 30.957 mortos e 5.637 desaparecidos; Índia - 16.413; Tailândia - 5.384; Maldivas - 82, Malásia 68 e Mianmar 62, Bangladesh 2; Somália 298; Tanzânia -10; Quênia -1.

Caso 15 - Bali; Barry White; Argentina; Jacques Chirac e mais

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Essa é mais uma dessas cartas que ele envia a vários lugares, que contém diversos casos de premonição. Um comprovante de envio é da mesma data da carta, em 18 de janeiro de 1999. Foi endereçada ao Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, pois logo no início da mesma há menção dos eventos que aconteceriam na Ilha de Manhattan com a queda de dois edifícios, com a colisão de dois aviões.

Selecionei os casos, previstos que aconteceriam no ano de 2002, dos itens 4, 5 e 6: um atentado em Bali, onde muitos australianos e, até, brasileiros, iriam morrer em um atentado; o cantor Barry White enfrentaria grandes problemas de saúde; e na

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Argentina haveria uma grande depressão econômica, muitos políticos sairiam do Palácio do Governo e uma forte tempestade iria desabrigar muitas pessoas. A imprensa noticiou em 12/10/2002 o atentado na discoteca Paddy, em Bati, 187 vitimas, entre elas australianos e brasileiros. Em 04/07/2003, Barry White vem a morrer. Em dezembro de 2001, o governo argentino declarou a moratória de sua dívida. O país passou 2001 se aprofundando na crise, até a convulsão social de dezembro, com cinco presidentes em 12 dias. Em janeiro de 2002, o então presidente, Eduardo Duhalde, anunciou a desvalorização do peso, que chegou a 70% e provocou uma forte fuga de capitais. Em 20/10/2002 houve uma forte chuva na Argentina.

No item 7: Jacques Chirac iria ganhar as eleições na França, Lula no Brasil e George W. Bush as próximas eleições americanas. Ainda, que a Austrália enfrentaria altíssimas temperaturas. Na mídia: Jacques Chirac foi reeleito Presidente da França em 07/05/2002; Presidente Lula é eleito em 27/10/2002; Bush se elege em 20/01/2001. A pior seca dos últimos anos se registrou na Austrália, em 2002, devido

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aos efeitos do aquecimento global. No item 8: um executivo de uma multinacional seria assassinado no Rio de Janeiro em dezembro de 2003. Em 30/11/2003, o evento, também, acontece conforme havia alertado. No item 9: Michael Jackson se envolveria em escândalos e seria preso em 2003. Em novembro daquele ano a foto do cantor, sendo fichado e preso, é divulgada no mundo inteiro. No item 10: haveria um atentado na Turquia em 2003, onde muitas pessoas morreriam. Na internet, lê-se: 21/11/2003 - A Turquia amanheceu hoje ainda abalada pelo duplo atentado contra interesses britânicos no lado ocidental de Istambul, a maior cidade do país. As autoridades dão um total de 27 mortos, entre eles o cônsul-geral da Grã-Bretanha. Há 450 pessoas que ficaram feridas".

Caso 16 - Escola de Beslan - Rússia JNL fala e escreve em vários idiomas. Vi cartas, também, em inglês, espanhol, mandarim, polonês (em carta ao Papa João Paulo lI) e alemão. Nessa carta em russo, de 26 de janeiro de 1999, alerta que "alguns terroristas estariam planejando o seqüestro a uma escola na Rússia. Isso seria entre agosto e setembro de 2004. O atentado estaria sendo planejado por separatistas chechenos e alguns russos, que iriam

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invadir a escola, e que centenas de crianças e adultos poderiam morrer, que fariam explodir bombas no local". O comprovante da esquerda é datado de 26/01/1999. Foi enviado a um endereço, à Rússia. O outro já é datado de 04/08/2004. Está anotado: que foram enviadas cópias da mesma carta em caráter de urgência ao Consulado e Governo da Rússia. Não foi possível a confirmação. O ataque terrorista à Escola Secundária em Beslan, que ocorreu em 01/09/2004, resultou em 335 mortos e 700 feridos, aproximadamente.

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Caso 17 - Espanha II – Madri

Na carta de 10 de setembro de 1999, enviada ao Embaixador da Espanha, ele relata sobre o novo atentado de 11/09/2001, na Ilha de Manhattan, nas Torres Gêmeas, que o fogo derrubará as mesmas, que haverá as guerras com Afeganistão e Iraque. E continua: "O dia 11 de março de 2004 será a vez da Espanha, um grande atentado contra as Estações de Trens de Madri, centenas de mortes... o povo então assustados elegerão um outro partido para governar o país".

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Atencioso, o Embaixador da Espanha no Brasil envia-lhe um cartão de saudações. O documento foi autenticado em 3 de novembro de 1999, como se pode ver, à esquerda, acima. Na primeira página do documento há um carimbo com data de 23 de abril de 2004, em que foi registrado no Serviço Notarial do 3° Ofício de Pouso Alegre - MG. Os jornais noticiaram atentado em Madri em 11/03/2004, houve 190 mortos e 1.600 feridos. Duas explosões foram na Estação de Atocha, uma em EI Pozo deI Tío Raimundo e a outra em Santa Eugenia; dois bairros operários da periferia madrilenha, por onde passa a linha de trens Madri-Guadalajara. No cenário político, o PSOE - Partido Socialista Operário Espanhol, de José Luis Rodrigues Zapatero, substitui na Presidência do Governo, nas eleições de 14 de março de 2004, a José Maria Aznar López, do Partido Popular. Assume o governo em 17/04/2004.

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Caso 18 – Apresentadora Ana Maria Braga Esse é o comprovante de envio e recebimento à Rede Globo de Televisão, de uma das correspondências enviadas à apresentadora, é datado de 25 de outubro de 2001. Há outra datada de 14/02/2000 e o comprovante enviado, ao endereço da TV Record, nessa mesma data. Entretanto, a apresentadora, em julho de 1999, foi para a TV Globo. Essa carta de 14/02/2000 está escrita à máquina, mas está ilegível, por isso optei por mostrar a de outubro de 2001. Aqui, mais uma vez, cabe uma observação: há muitas outras correspondências enviadas a cantores e políticos do cenário nacional. Como já mencionei, não vi distinção, quanto a se a pessoa é popular ou não, todos são tratados com a mesma preocupação e interesse em alertar quanto a algum problema de saúde, como é o caso da correspondência cujo teor pode ser lido a seguir.

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Diz: "que escreve às pessoas interessadas, os problemas que poderão ter no futuro próximo, trazer algum risco de saúde, catástrofe (...) Hoje logo cedo decidi escrever (...) porque o tempo é precioso, e precocemente, juntamente com seu acompanhamento médico, terá êxito nesta batalha".

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As notícias na imprensa relatam que em 24/07/2001 uma equipe médica anuncia o problema de saúde com a apresentadora Ana Maria Braga. Em 26/07/2001 inicia sessões de quimioterapia, que se estendem até agosto de 2001. Em 10/09/2001 começa radioterapia. Seus exames de 20/12/2001 mostram que está curada.

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Caso 19 - Presidente Fernando Henrique Cardoso II

Acima, carta enviada em 03 de agosto de 2000 ao então Presidente Fernando Henrique Cardoso. O que vale registrar, dos acontecimentos futuros, é que repete sobre o ataque

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terrorista aos Estados Unidos e fala da quebradeira das empresas do setor aéreo brasileiro. E, abaixo, a resposta do Gabinete Pessoal do Presidente da República em 10 de agosto de 2000.

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Caso 20 A - Inglaterra: Atentados e Futebol Essa carta, que é datada de 01/10/2001, portanto, depois de 11 de setembro em Nova York, reforça que ele já havia previsto esse acontecimento, que haverá um ataque a Madri no dia 11 de março de 2004 e previne de ataques terroristas na capital londrina. Em todos esses documentos, fala de atentados a Londres, que, provavelmente, aconteceriam entre junho e julho de 2004 ou até março de 2005. Cita em uma dessas cartas os componentes químicos que seriam utilizados. Nitrato de amônia é utilizado como adubo e, também, na fabricação de explosivos, os chamados ANFOS, que possuem grande poder destrutivo. Tetróxido de ósmio é altamente tóxico, fatal se engolido ou inalado. Causa tosse crônica, broncopneumonia, cefaléia, abscesso do pulmão e gangrenamento. Pode causar edema pulmonar com pressão no peito ou danos aos rins; destruição da córnea; irritação à pele, queimaduras.

Caso 20 B - Inglaterra: Atentados e Futebol

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Nesse caso, além das cartas, há cópias de telegramas enviados. As comprovações de recebimentos, por sua vez, ficam difíceis de ser confirmadas. Mas o registro de envio é evidente.

Caso 20 C - Inglaterra: Atentados e Futebol

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Há comprovante de envio, ao Daily Telegraph e ao Consulado da Grã-Bretanha em São Paulo, em 19 de março de 2004, de uma cópia dessa carta. Em sua mensagem, adverte: a) ter visto doente o líder palestino Yasser Arafat, sendo enviado a um hospital em 5 de outubro de 2004; b) que George W. Bush ganharia as eleições americanas em novembro de 2004; d) o edifício de hotel egípcio sofreria um atentado nos meses seguintes, seria em Taba, o Hilton Hotel Taba, muitas pessoas morreriam. A imprensa noticiou que em 25/10/2004 Yasser Arafat é internado, vindo a falecer em 11/11/2004. Em 03/11/2004, George W. Bush é reeleito. Em 07/10/2004, explosões no Hotel Hilton em Taba, no Egito, deixam 23 mortos.

Um ponto interessante e curioso nessa carta, de 19/03/2004, é daqueles que JNL faz, de forma aparentemente inexplicável, por aquele impulso que tem de querer informar

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a alguém. Está no início da carta enviada em 19/03/2004 à Inglaterra, se lê: "eu também estou lhe enviando a cópia de minha carta número 001/22/12/2003, que enviei ao Sr. Sergio de Oliveira da Silva (Serginho), um jogador de futebol do time São Caetano, dizendo-lhe sobre sua doença no coração, enviei ao Presidente do Clube, mas na Inglaterra vamos ter o mesmo problema com FADIGA, cujo time está na Inglaterra". E, na carta enviada em 22/12/2003, ao jogador Paulo Sérgio Oliveira da Silva, ele escreve: ... "Tal como a você, estarei despachando uma carta para um jogador chamado de FADIGA (nascido no Senegal) e que joga na Inglaterra, atualmente (ou jogará...). A mensagem adverte: "(a) que pode ter uma arritmia e sofrer um choque cardiogênico. Seu coração está muito grande (...). Isso acontecerá em 27/10/04, numa partida contra o São Paulo Futebol Clube. Isso poderá ser evitado se fizeres exames de praxe, onde constará o problema". (premonição de 19/12/2003). Na linha (b), seguinte, explica em inglês: "que vê dois jogadores de futebol correndo sérios riscos, com problemas no coração, e que ambos têm que procurar por um médico". (premonição de 20/12/2003). Conclui que a fez em inglês porque será mandada para o jornal Daily Telegraph, em Londres. O que se sabe pela imprensa é que o técnico do Bolton Wanderes, Sam Allardyce, disse no dia 11/11/2004 que teme que o atacante senegalês Khalilou Fadiga, 29, sofra algum problema grave do coração durante as partidas pelo clube inglês. No final do mês de outubro, o jogador africano foi submetido a uma cirurgia cardíaca, em Alost (Bélgica), para implantar um desfibrilador automático (que provoca choques elétricos quando o coração pára). Fadiga, que defendeu a seleção de Senegal na Copa do Mundo - 2002, passou mal durante o aquecimento para a partida do Bolton contra o Tottenham Hotspurs pela Copa da Liga Inglesa, no último dia 27, mesma data em que o zagueiro brasileiro Serginho morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória no jogo contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro.

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O primeiro comprovante acima, de 19 de março de 2004, é do envio de carta ao Daily Telegraph. Á esquerda e direita são os comprovantes de envio ao clube do jogador: na Rua Ceará, 393, em São Caetano - SP, nas datas de 22/12/2003 e 01/09/2004, respectivamente. Os carimbos que se vêem, com data de 14 de outubro de 2004, são de autenticação de cópias a partir dos originais.

Caso 21 - Macedônia

A carta, de 10 de outubro de 2001, está alertando sobre um provável acidente. Ao que indica nesse caso, relata um futuro fato premonitório, só que foi para a pessoa errada. No mínimo, inusitado! É destinada ao Presidente da Macedônia, falando que ele deve tomar cuidado com um provável acidente aéreo que ocorreria em fevereiro de 2004.

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Porém, essa carta foi endereçada ao ex-Presidente Kiro Glicorov, a quem nada aconteceu. Kiro Glicorov, nascido em 1917, havia sido Presidente da Macedônia de 1991 a 1999. Entretanto, em outubro de 2001, o Presidente da Macedônia, desde novembro de 1999, era Boris Trajkovski, nascido em 1956. Este, sim, morreu em um acidente aéreo em 26/02/2004, indo a uma conferência econômica em Mostar, na Bósnia-Herzegovina. Há cópia de comprovantes de envio, mas que não podem ser comprovados.

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Comprovante de envio de carta ao Editor do Jornal Nova Macedônia, em 02/03/2004; portanto, posterior ao evento, segundo JNL "cobrando uma posição", com cópia da carta de 10 de outubro de 2001.

A carta da Embaixada da Macedônia em Washington, em posse de JNL, é genérica nas suas colocações e não faz qualquer referência de data ou menção do remetente. Se

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houve alguma informação relevante, recebida naquela Embaixada, não se pode sequer presumir ou tecer considerações a respeito. Nessa resposta, sabe-se, apenas, que eles agradecem o interesse pela República da Macedônia e sugerem que para se obter mais detalhes sobre o país que se pesquise no site de busca indicado.

Caso 22 - Governador Itamar Franco Por morar em Minas Gerais, optou por escolher esse Governador. A carta enviada em 15 de outubro de 2001, protegida por motivos de segurança, revela esquemas de desvio de dinheiro, troca de favores, envolvendo pessoas da Administração Pública.

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Alerta para um gigantesco esquema de falcatruas, de financiamento de campanhas eleitorais, envolvendo grandes nomes da política nacional, a partir do ano de 2004. Não cita nomes.

Ao lado, o envelope e cartão de resposta do então Governador de Minas Gerais, ltamar Franco, assinado pelo seu Secretário Particular, na data de 22 de outubro de 2001,

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afirmando em uma das frases que "Sua Excelência agradece a remessa e as sugestões". À direita, um comprovante de envio a um dos interessados que está citado dentro do texto da carta. Enviado em 30/12/2003.

Caso 23 - Embaixador Sérgio Vieira de Mello, outros e mais ao futuro

Carta de 29/10/2001. Segundo comprovante de envio de correspondência, essa carta, entre as pessoas a que foi enviada, foi para o Editor-Chefe do Asian Wall Street Journal de Tóquio, no Japão, no dia 05/11/2001. Nesse começo, JNL se explica: "no começo considerava somente coincidências os seus sonhos, mas que começou a observar em volta dele que as coisas se tornavam realidade e que teve que considerar melhor esse conceito de coincidência. Conta como foi quando era criança, das coisas que têm visto ao longo do seu tempo, das cartas que têm escrito e alerta para o que precisa ser feito para que se possa ter paz na Terra".

Ainda, pede “que não desconsidere as suas previsões". E adverte: “(a) que os Estados Unidos sofreriam novos atentados nos anos seguintes; (b) que haveria outros na Inglaterra, Rússia, Paquistão; Israel, Índia, Indonésia - em Bali, Iraque, Israel até o fim

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de 2003; (c) que um cometa vem vindo em rota de colisão com o nosso planeta, isso será entre 2014 e 2025; (d) no Japão haverá um novo terremoto em 2003, e o pior virá entre 2005 e 2009, onde milhares de pessoas poderão morrer, será nas cidades de Osaka ou Kawasaki; (e) em 2003, em agosto, depois de uma guerra entre EUA, Inglaterra e Iraque, nosso Embaixador Sérgio Vieira de Mello corre risco de morte, quando em missão de paz, em Bagdá, o Edifício da ONU irá explodir naquela data e matá-lo; (f) a natureza irá contra-atacar o mundo, muitas pessoas irão morrer na França, Alemanha, Portugal pelas altas temperaturas, isso será em 2003 e 2004". As notícias nos dão conta de que atentados de maneira geral houve nesses países até o período previsto; mas, especificamente, em Bali, na Indonésia, e, ainda, na Rússia, na Escola em Beslan, os casos estão descritos, neste livro, entre os documentos pesquisados. Não se tem notícias de que houve atentados nos Estados Unidos depois da data dessa carta.

Em 26/07/2003, um terremoto de 6,2 graus Richter sacudiu o norte do Japão. Deixou mais de 140 pessoas feridas. O tremor ocorreu no departamento de Miyagi, foi precedido de outro abalo de 5,5 graus, revelou a agência de notícias Kyodo. O epicentro do segundo terremoto foi situado a 12 km de profundidade, na costa do departamento de Miyagi, 350 km ao norte de Tóquio. Em 23 de julho de 2005, analisando e escrevendo sobre esses documentos, acordo e me deparo com essa notícia na Internet:

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Tóquio sofre o terremoto mais forte desde 1992 TÓQUIO, 23 Jul (AFP) - Tóquio foi sacudida neste sábado pelo terremoto mais forte desde 1992, que alcançou 6 graus na Escala Richter e causou pelo menos 18 feridos sem gravidade e alguns danos materiais. O tremor de terra ocorreu às 16h35 locais (04h35 de Brasília), com epicentro de 73 km de profundidade em Chiba, nas redondezas de Tóquio, segundo dados da Agência Meteorológica Nacional. Não foi emitido alerta de tsunami. O terremoto causou pelo menos 18 feridos sem gravidade, como cortes e queimaduras, segundo a imprensa japonesa e os serviços de socorro. Segundo a Agência Meteorológica, o tremor alcançou grau "5 superior" na escala sísmica japonesa, que tem sete graus. Segundo a escala, foi o terremoto mais poderoso em Tóquio desde fevereiro de 1992. Em 19/08/2003, segundo noticiado no Iraque, morre o Embaixador brasileiro Sérgio Vieira de Mello, então Chefe da Missão de Paz àquele país, sendo vítima de uma explosão, no Edifício da ONU, em Bagdá. No verão de 2003, ondas de calor no hemisfério Norte mataram mais de 20 mil pessoas na Europa. Serão mais freqüentes e longas no fim do século. O verão europeu registrou mais de 40°C, devido ao aquecimento anormal do Mediterrâneo. O calor matou quase 15 mil pessoas na França - a maioria de idosos e pessoas de saúde debilitada. Em 2004, uma forte onda de calor na Europa mata aproximadamente 10 pessoas. Finalizando, na terceira e última página da carta, ele se declara preocupado com esse importante trabalho de passar informações sobre as áreas de risco, porque sabe que seus sonhos têm se tornando realidade, desde que começou a escrever suas previsões em 1979, e que não têm falhado. Finaliza dizendo que gostaria de contribuir para salvar vidas, porque é uma dádiva de Deus o que tem em seus sonhos.

Caso 24 - Congo e Filipinas

O seu estilo é objetivo e direto, tendo uma linguagem fácil de ser entendida, o que não significa que seja fácil de ser aceita. Em todas as cartas há uma mensagem de estímulo, atenção e preocupação com a qualidade de vida das pessoas. A correspondência desse dia foi endereçada a um importante político de um grande partido brasileiro. Há comprovantes de seu recebimento e de registro em Cartório de Títulos e Documentos.

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Alguns eventos relatados nessa carta e as suas ocorrências nas mídias: No item 3, não cita a data, de "uma grande erupção causa mais de cinqüenta mortes na República do Congo". (premonição de 12/01/02). Em outro trecho da carta, no item 4 (não visível aqui) do outro lado do mundo, também não cita a data: "que nas Filipinas um furacão com nome feminino de TheIma traz mortes e desabrigados". (premonição de 13/01/02). Em 18/01/2002, uma erupção de um vulcão no monte Nyiragongo, perto da cidade de Goma, no leste da República Democrática do Congo. 50 mortos e 500 mil pessoas desabrigadas. Em 19/05/2004, o furacão Nida atinge as Filipinas.

Caso 25 - Presidente Luis Inácio Lula da Silva Além da preservação do meio ambiente, da ecologia, há, também, uma preocupação com as questões políticas, sociais e econômicas, nas suas premonições. Esse é o trecho de uma carta em que expressa a sua simpatia com as questões sociais e adverte o então candidato à Presidência da República sobre o futuro: "que este é um esquerdista e acredito que, desta vez, o ilustre amigo Lula irá ganhar as eleições". A

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Assessoria de Comunicação agradece a preocupação.

Caso 26 A - Denúncias e Respostas

Em suas investidas de se fazer ouvir, ele promove o envio de correspondências a vários órgãos da Administração Pública Federal. A correspondência abaixo, enviada em 12/08/2002, foi resumida por questões de segurança nas investigações.

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Caso 26 B - Denúncias e Respostas A instituição que recebeu a correspondência informa que não é de sua competência fiscalizar as denúncias.

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Caso 26 C - Denúncias e Respostas O mesmo ocorreu, em outra oportunidade, mais recentemente, com o envio de outra carta ao Supremo Tribunal Federal. Na qual, em sua resposta, obteve a informação de

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que essa não é a competência e o procedimento cabível à Suprema Corte.

Caso 26 D - Denúncias e Respostas No envio de uma correspondência ao Ministério Público Federal, obteve em sua resposta esclarecimentos de que os fatos relatados já estão sendo apurados.

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Caso 27 - Bolsa de Valores Nessa carta enviada em 21/10/2002, ao Diário do Grande ABC, há o relato de uma provável explosão de uma bomba na frente da Bolsa de Valores de São Paulo. Teremos, também, um grande atentado no Rio de Janeiro. (premonição de 20/10/02).

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Esse é um caso que foi previsto no dia anterior ao fato acontecer, não tem data determinada, mas está com detalhes. Em 21/10/2002, a imprensa noticiou que um carro-bomba fora encontrado na Rodovia Anhangüera, no km 91, em Campinas, com cerca de 30 kg de explosivos, usados pelo PCC. Esse carro era para ser explodido no prédio da Bovespa, em São Paulo. Não há registro na imprensa de qualquer atentado no Rio de Janeiro.

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Comprovante de envio ao Jornal Diário do Grande ABC.

Não importa se a pessoa que estiver recebendo uma mensagem dessa seja cética, o que importa é que ela estará, frente a frente, com o seu tino interior para decidir por suas escolhas, o que poderá ou deverá fazer?

Caso 28 A - Papa João Paulo II

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Esse é outro caso em que há diversas correspondências enviadas na tentativa de obter uma resposta, de que a pessoa estará alerta quanto à advertência. Selecionei com JNL cartas de 2001 a 2005, as que mais me interessaram, mas optei por publicar duas, com as mesmas datas, de 22 de abril de 2003, uma de 10 de novembro de 2004 e uma mensagem de correio eletrônico em 02 de fevereiro de 2005. As leituras das mesmas revelam as suas intenções.

Caso 28 B - Papa João Paulo II O que se pode entender dessa resposta é que a Secretaria de Estado do Vaticano recebeu uma correspondência de JNL.

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Caso 28 C - Papa João Paulo II Nessa correspondência, no trecho da "Mensagem" é onde está a revelação com a data em que o problema de saúde de Sua Santidade iria se agravar.

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Caso 28 D - Papa João Paulo II A correspondência 003/22/04/2003 é enviada através desse comprovante dos Correios, na data de 22/04/2003.

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Caso 28 E - Papa João Paulo II Com a resposta obtida do Vaticano, em 23 de maio de 2003, ele passa a tentar usar esse canal de comunicação aberto com a Secretaria de Estado. Veja que no topo da carta ele endereça: "Ao Papa João Paulo II - Secretaria de Estado". Envia essa

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correspondência, datada de 10/11/2004, reforçando as suas preocupações com a saúde de Sua Santidade, mas alerta para o risco de "vê-lo perder a vida" em 02/04/2005. (premonição de 09/11/2004).

Caso 28 F - Papa João Paulo II Em mensagem enviada em 02/02/2005, por correio eletrônico, expressa a sua preocupação com a saúde de Sua Santidade. Em 01/02/2005, o Papa João Paulo II é internado com infecção respiratória e deixa o hospital em 10/02/2005. Em 24/02/2005 é novamente hospitalizado e submetido a uma traqueostomia e recebe alta no dia 13/03/2005. No dia 31/03/2005, o Papa apresenta febre alta e recebe extrema-unção. Dia 01/04/2005. o Vaticano nega rumores sobre a morte do Santo Padre, que é confirmada, no dia seguinte:

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02/04/2005. O enterro do Papa se dá em 08/04/2005, após homenagens que movimentaram a cidade de Roma como jamais se havia visto.

Caso 29 - Premonições em Série

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Há caso em que ele escreve uma seqüência de revelações e as registra em Cartório de Títulos e Documentos. Como foi feito com essa carta, datada de 16/10/2003 e protocolada sob o n° 8506, em 29 de outubro de 2003, registrada no Livro B11, sob n° 6010, no Cartório de Serviços Registrais da Comarca de Ouro Fino - MG. Inicia assim: "nesta carta relacionarei as premonições que estão por vir, na quais recebi todas através de meus sonhos e pretendo fazer os registros antes dos fatos se concretizarem, para que os seres humanos possam enfim entender os meus objetivos, que não tem nenhum compromisso ou relação com a vida material".

Fez, nada menos, do que 23 premonições, como se pode ler num trecho, escolhido e montado, do cabeçalho e do final da carta. Alguns desses casos estão neste livro, como: Princesa Diana, Papa João Paulo lI, Presidente Lula, crise política na Argentina, Silvio Santos. Há nomes que são citados, mas que por uma questão de opção, deixamos de abordar. Como dissemos, a exemplo, de cantores: Roberto

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Carlos, Alexandre Pires; apresentadores de televisão: Hebe Camargo, Augusto Liberato (Gugu); jogadores ou políticos e seus países. Não fomos checar os eventos ou os citados. Quanto às revelações, apresenta no item 18, de um terremoto que abalará o Japão entre 2004 a 2005. Temos assistido e lido sobre isso. Em 24/10/2004, a defesa civil do Japão informou que 17 pessoas morreram e aproximadamente mil ficaram feridas em conseqüência dos violentos terremotos que atingiram o norte do país. Ainda, que 250 mil residências ficaram sem energia elétrica e 61 mil pessoas deixaram suas casas na região de Niigata, seriamente atingida. Em 28/11/2004 um terremoto de 7,1 graus, na Escala Richter, atinge, mais uma vez, o Japão e, em 20/03/2005, outro terremoto de 7 graus. Essas magnitudes são consideradas altas. É importante avisar que, ali, é uma região que convive com tremores, porém de menor intensidade. Entre outubro de 2004 e março de 2005 houve pelo menos mais cinco tremores, em torno de 5 graus de magnitude. No item 19, escreve que um gigantesco terremoto está se aproximando da Turquia, entre final de 2003 até o final de 2006. O que se registrou na imprensa, até o momento, foi que houve um terremoto, mas nenhum matando milhares de pessoas. No item 21, uma notícia boa e outra ruim: a ruim é que depois da cura da Aids, em 2008, virá uma outra doença dez vezes mais letal. No item 22, já vimos que a Coréia do Norte, realmente, desafiou os Estados Unidos em 2004, na questão de armas nucleares. Um atento observador político internacional, especialista em questões bélicas, não deixaria de fazer essa observação. E, finalizando, no item 23, alerta "que o mundo vem se destruindo e degradando a natureza, não agüentará mais do que 40 anos. Então os efeitos drásticos, iniciarão daqui a seis anos, se os governantes não mudarem o comportamento contra a natureza. Que os auspícios Divinos iluminem esse Planeta e seus povos. JNL".

Caso 30 - Paraguai Em 26 de novembro de 2003 há uma correspondência enviada ao Jornal ABC Color, de Assunção, no Paraguai, que de uma forma muito brusca deixa de falar de uma situação otimista, de que o sentimento coletivo da globalização da economia há de trazer um aumento de poder aquisitivo e de bem-estar a uma boa parte da população, para ir direto à revelação. Expõe "que observou que no ano de 2004, no dia 10 de agosto, uma grande explosão de gás dentro do Supermercado Ycuá, em Assunção - Paraguai. Também vê mais de 500 feridos e de 200 pessoas mortas. Espero que não seja verdade e que as pessoas desfrutem bem a vida". Não houve confirmação do recebimento.

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O fato, noticiado em 01/08/2004, O número de mortos foi de, aproximadamente, 400 pessoas, sendo mais de 300 feridos. A tragédia naquele domingo, que se iniciou às 11 da manhã, é considerada a maior que o país enfrentou depois da Guerra do Chaco.

Caso 31 - Ilha de Sumatra Depois de ter ido, a uma rede de televisão nacional, dar uma entrevista sobre a sua habilidade de se recordar de seus sonhos e alertar as pessoas a partir dessas premonições, foi enviada essa correspondência em 07 de março de 2005. Há o reconhecimento de firma na data. Nela, o que se pode comentar está no item 1: "no dia 28 de março teremos mais um tremor de terra na costa ocidental da Ilha de Sumatra, próxima à capital da Indonésia, Jacarta. Terá um pouco mais de 8 graus na Escala Richter e dezenas de pessoas estarão presas sobre escombros de edificações".

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Em 28/03/2005, um terremoto de magnitude 8,7 graus atingiu a região norte da Ilha de Sumatra, na Indonésia; pelo menos 290 pessoas morreram na região de Nias. Agências de notícias dizem que o número de mortos ficou entre 1.000 e 2.000 pessoas.

Caso 32 A - Meio Ambiente Essa troca de correspondências, abaixo e na página seguinte, relata as previsões e preocupações de JNL com a questão ambiental. Elas se auto-explicam e refletem, penso eu, uma preocupação de todos que pretendem cuidar da qualidade de vida na Terra.

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Caso 32 B - Meio Ambiente Envio de correspondência eletrônica a um jornal no sul do país falando de suas preocupações e previsões sobre a destruição do meio ambiente. Adverte para que possam se precaver de uma grande estiagem; provavelmente de um tufão em 16/06/2006.

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Caso 32 C - Meio Ambiente Com o canal de comunicação aberto com o Ministério do Meio Ambiente, envia essa correspondência, em 11 de maio de 2005, em que consta o comprovante de remessa. Relata sobre eventos da natureza: "(1) um tornado atingir a cidade de Indaiatuba - SP em 25/05/2005; (2) chuvas e vendavais em Jaboatão dos Guararapes - PE, entre 30/05/2005 a 04/06/2005; (3) o mesmo, no Ceará, onde chuvas causarão grandes transtornos à população, na data supracitada; (4) na Bahia grandes chuvas com ressacas, no dia 04 e 05/06/2005; (5) : em São Paulo, a cidade parar mediante tanta chuva no dia 25/05/2005".

A imprensa noticia: (1) Em 25/05/2005, um tornado atinge a cidade de Indaiatuba. (2) Prefeitos de 28 municípios decretam situação de emergência por causa das chuvas do início do mês, junho de 2005. As cidades mais atingidas pelas enchentes foram: Vitória, Jaboatão dos Guararapes e Moreno, todas na região metropolitana do Recife.

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(3) A Defesa Civil do Município de Fortaleza - CE esteve em alerta diante da possibilidade de ocorrer chuvas fortes nesta madrugada (07/06/2005).

A decisão de deixar 12 equipes de plantão e cerca de 100 guardas municipais de sobreaviso para atender a possíveis vítimas de alagamentos e desmoronamentos foi tomada após o recebimento de alerta do Serviço Nacional de Defesa Civil, ontem à tarde. (4) Em 07/06/2005, chuvas atrapalham o treino do Bahia. As fortes chuvas que atingiram Salvador nas últimas 48 horas mudaram os planos da comissão técnica do Bahia para a partida contra o Santa Cruz, nesta sexta-feira, na Fonte Nova. (5) Em

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São Paulo, no dia 25/05/2005 temporal causa prejuízo, prejudica o trânsito, pára a cidade e mata 6 pessoas. E, assim sendo, há mais uma resposta por parte do Governo de agradecimento pelas informações e solidariedade pelas suas preocupações com o bem-estar da sociedade.

ROTINAS, HISTÓRIAS PESSOAIS E FAMILIARES Dia seguinte nos encontramos, após o almoço, para continuar. Ficaram algumas pendências e perguntas. Sempre, com muita atenção e paciência, ele me respondeu às questões que me vieram com a leitura dos casos. E sobre seus hábitos e questões pessoais. - Como foi sua noite? - Acordei por duas vezes, depois tarde da noite eu fui dormir. Deve ter sido umas quatro e meia, cinco horas da manhã. Acordei sete e meia, tomei banho e fiquei esperando a sua ligação. - Quantos sonhos? - Eu tive cinco sonhos... - Todos daquele jeito que você me falou, que primeiro você tem que avisar pessoas... - Isso...

Como são as Noites - Eu fico lendo, até um certo horário, às vezes assisto um pouco de televisão, para a gente se informar das coisas, depois vou dormir. Vai dormir tarde, meia-noite ou mais, às vezes, 23 horas. É capaz de acordar diversas vezes, na madrugada, e escrever. Diz que não depende dele, ocorre tudo de forma independente. Daí vai acordando: duas, três ou quatro horas. É raro, mas tem épocas que lá pelas cinco horas está escrevendo. Faz um rascunho, à mão, depois, se tem tempo, usa a máquina de escrever. A Olivetti, que diz ter uma magia no seu trabalho.

Como é Prever para si próprio Ele sonha o que é preciso protegê-lo, com o que o deixa em dúvidas. - Eu recebo orientação do que eu devo fazer. É uma proposta que eu tenho desse mentor de me orientar em todas as situações, o que eu devo fazer para sair delas ou para ajudar as pessoas. O que os filhos vão ser, o que minha esposa pode ter ou não, questões ou problemas de saúde. No meu lado pessoal: como eu devo conduzir minha vida, isso vem na minha mente.

Como é a sua Produção Diária de Sonhos

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Ele produz seus sonhos em seis dias da semana. Há um em sete em que não sonha. Diz que é o dia que parece de descanso, mas é quando mais escreve às pessoas que lhe consultam ou sobre sonhos espontâneos. Pode ser que ele sonhe numa segunda, e, em seguida, na terça, não. Pode ser que sonhe três dias e, depois, no quarto dia, não; daí mais três dias, ele sonha e completa os seis dias. Ou seja, não há um dia determinado para não sonhar. Não há uma regularidade.

Como Processa a Informação Ele faz um relatório ou rascunho, que recebe orientação de seus mentores espirituais. Recebe através dos sonhos uma voz que o indica. Ele sabe a tonalidade de voz, que é uma voz grave. Recebe as informações faladas e o endereço para onde deve mandar a carta. A outra parte visual é como se fosse terceira dimensão, como se estivesse participando do fato. Ele vai captando e a voz fica fixa em sua mente. Depois ele descreve logo quando acorda: faz num rascunho.

Como Divulga a Mensagem Ele não divulga a ninguém até que a pessoa tenha recebido a mensagem. Ele diz que só pode divulgar na hora em que a pessoa recebe a carta. Aí, sim, pode se tornar público. E só tem a garantia de que a pessoa recebeu quando recebe o aviso de recebimento, assinado por alguma pessoa do endereço do recebedor. Afirma que "o que pertence ao outro, a gente não divulga até o outro saber".

Como é um pouco de sua Rotina Diária Levanta cedo, toma um banho para despertar melhor e se prepara para as aulas. Faz um rascunho dos sonhos, a identificação das pessoas para as quais tem que enviar. Na maquininha, digita os itens e manda às pessoas. Sempre em duas vias. Vai a correios e cartórios diferentes. Oduvaldo lhe ajuda, financeiramente, nos registros ou envios, algumas vezes. Leciona em períodos e escolas diferentes. Voltando à sua casa, atende as ligações, responde as cartas, quando necessário faz compras à sua esposa, leva os filhos ao médico. É caseiro. Gosta e participa de todas as atividades da família.

Como consegue Sobreviver com seu Salário - Claro! Eu sou um cidadão que tenho um salário "x", que tenho que pagar aluguel, meu locador é muito exigente, no dia certinho ele já está lá para receber. Se eu não tenho dinheiro, ele fica bravo. Então, você entende: eu tenho essas responsabilidades. Fazer falta? Faz, mas eu não posso deixar de fazer isso. Eu tenho essa necessidade, que eu sou orientado a fazer isso. Muitas vezes, surge uma mão boa e acaba me aparecendo outro serviço, e outro, e o dinheiro entra. Deus me dá

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esse caminho, porque setenta, oitenta, noventa reais a mais que entrem para mim, já é de boa utilidade. Não tenho condições financeiras definidas, então é difícil...

Como as Pessoas o Auxiliam - Doações, eu não peço a ninguém. Nunca pedi doação para ninguém, o que me mandam é o envelope, às vezes, por cortesia, você abre o envelope já está lá o dinheiro, que eu uso para a pessoa, não uso para benefício meu. Não tiro nada daquilo, uso para a pessoa. - Essas doações cobrem as suas despesas? - Às vezes, não. Doam e não cobrem as despesas. Tem pessoas que não têm qualquer condição financeira, me mandam carta social porque não têm dinheiro. Eu atendo como se fosse uma pessoa que mandou 10 ou 20 selos. Tem gente que manda 30 selos dentro de uma carta. Ela me ajuda a mandar para outras.

Como seriam as suas Origens - Eu desconheço, porque é uma família muito misturada. Eu fiz um estudo, é uma mistura de alemão com italiano, portugueses, índio e russo. Minha bisavó foi pega no laço. A índia, da parte da minha mãe. E da parte do meu pai são italianos, alemães e descendentes de russos.

Como começou a escrever as Cartas - Eu escrevo cartas desde os meus 13 anos, em 1973, quando comecei, fui orientado a fazer isso.

Como foi o seu Primeiro Sonho Premonitório - Eu tinha nove anos. Sonhei que ia ter um acidente, na Via Anchieta, foi em 1969. Foi o meu primeiro caso. Foi uma família que eu entrei em contato, não os conhecia. Sonhei que iam bater a Brasília (modelo de carro, fabricado pela VW), em que morreriam quatro pessoas. Eu fui contar para as pessoas. - Quem o levou até eles? - Minha mãe me levou lá, eu não contei para ela. Só falei que precisava falar com a pessoa. Eu falei, mãe, você fica aqui, eu vou até ali conversar. Disse à pessoa: Olha! O senhor; em tal lugar; não vá que sua Brasília vai bater. Eu vi isso. O moço chegou em mim e disse que era só um sonho. “Olhal que menino bonitinho, isso aí não vai acontecer; isso aí você sonhou, isso é ilusão”. Falei: é bom se precaver; que em tal data vocês não devem ir. A pessoa foi e, no dia, morreram os quatro da família. - Como é que você ficou sabendo?

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- Foi noticiado no jornal Diário do Grande ABC (61). Daí, minha mãe contou para mim. “Está vendo aquela família que você foi visitar? Eles morreram. Todos em acidente de veículo”. Ela ficou brava comigo. Ela não gosta disso, de jeito nenhum. 61- Não conseguimos localizar essa matéria no jornal.

Como é a sua Família Sua mãe sempre ficou muito preocupada com as manifestações. Não aprova, não aceita. Não aceitava! Agora, ela está mais maleável. Como toda mãe, se preocupa com o que essas revelações podem trazer de transtornos ao filho. - Conte-me um pouco sobre os seus pais. - Meus pais são de família humilde. São pessoas que não têm um grau cultural muito elevado, são pessoas honestas. Educaram-me muito bem. Fizeram de tudo para que estudasse línguas. Eu comecei a estudar alemão com um fugitivo da guerra, na época. Era vizinho nosso, um suíço desertor; que se casou com uma brasileira, onde morávamos, em Santo André. Tanto minha família investiu em mim que me colocou em quatro escolas de idiomas diferentes. Fui estudando, fiz colégio, fiz vestibular. Passei em um concurso através do Consulado da Alemanha, onde fui fazer curso de alemão em nível universitário. Nas empresas que trabalhei, fazia muitas festas, no Natal, para os pobres, com arrecadação de verbas. Fazia rifas na empresa para pagar as contas ou comprar cestas básicas das pessoas mais necessitadas. - Mas você não me falou de seus pais; fale-me deles! - Eles são nascidos em Socorro, no Estado de São Paulo, onde tiveram o primeiro filho, que morreu em Águas de Lindóia. Meu irmão, que se chamava Aparecido. Viveram sempre na roça, lutando na roça. Aí, mudaram para o Paraná, onde eu nasci, em Floriano, que pertence ao município de Maringá. A vida estava muito difícil por lá, então venderam o terreno e voltaram para São Paulo. Onde nasceu meu irmão, na Rua Japão, em Santo André. Ali nós fomos criados um certo tempo. Depois, quando eu concluí meus estudos, meu pai veio aqui a Itatiba, comprou um terreninho ali. Tem uma casa lá, até hoje. Ele era construtor; então fez sua casa e montou uma chacrinha, onde eles estão morando até hoje. Faz mais ou menos 16 a 17 que eles estão morando nessa chácara, em Itatiba. - Quantos anos têm sua mãe e seu pai? -Minha mãe tem 65 anos e meu pai, 69 anos. - Você tem um irmão? - Sim, um irmão mais velho. Ele fez Ciências Contábeis, resolveu parar; hoje trabalha para uma firma alemã, como chefe da ferramentaria. - Ele tem sonhos premonitórios? - Não, não, eu tive um tio só que sonhava, de Itatiba. Mas ele já faleceu. - E ele sonhava assim como você? - Só que ele não escrevia nada. Só relatava o que via antes que acontecessem os fatos. Ele só relatava aos parentes. Ele teve um problema de saúde e faleceu.

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- Além desse seu tio, você sabe se havia outros na sua família que tinham esses sonhos premonitórios? - Não tem mais ninguém... - Ele era irmão do seu pai ou de sua mãe? - Ele é irmão da minha mãe. - Sua mãe não tem esses sonhos? - Não. Minha mãe não gosta disso. Porque na verdade ela tem medo. - Tem medo? - Tem medo que essas coisas sejam malignas. Desde quando eu era pequeno ela tem esse conceito, ela não muda. Ela, parcialmente, agora, é um pouco a favor. Apóia-me, nunca deixou de me apoiar! Mas ela me reprimia muito por isso. E eu sempre mantive essa mesma postura. Infelizmente, não fui eu quem escolheu, e não é minha mãe, mesmo eu a amando, que mudaria meu jeito de ser.

Como foi a Infância e Adolescência - Quero saber mais sobre sua infância, você era um menino normal, quero dizer: gostava de jogar bola, correr, brincava, era arteiro, fazia coisas que sua mãe reprimia, como era? - Bom, eu fui como qualquer menino, peralta, no início. No primeiro ano estudei no SESI, repeti por problemas das premonições que estavam começando a aparecer. Isso me deu um impacto, eu desmaiava... - Quantos anos você tinha? - Eu tinha sete anos, foi o primeiro ano que eu repeti na escola, devido a esses problemas. Minha mãe me levava no hospital. Não dava nada. Isso era ruim. Eu era um bom aluno, com uma inteligência acima da média, e minha família não entendia. Tinha dificuldades em algumas matérias e nas outras ia muito bem. Tive uma infância difícil, tumultuada. Nunca gostei de futebol, gostava de halterofilismo (62), de fazer cooper, corria muito. Fazia disputa com meus colegas, ficava entre os primeiros. Minha vida foi assim. Na escola, meus colegas colavam de mim. Sabiam que eu ia me sair bem na prova, então sentavam perto de mim. Eu tinha um bom relacionamento com os professores. (62) A prática da ginástica por meio de barra ou peso. Malhação em academia de ginástica. Eu gostava da minha infância, só que foi muito difícil. Meus pais não tinham condições financeiras. Às vezes, eu tinha vontade de fazer alguma coisa. Então, a partir dos oito anos de idade eu comecei a catar vidro, ferro velho para vender, para não ter que pedir para o meu pai, porque ele não tinha, a gente já sabia. Nós éramos conscientes disso: que meu pai tinha dificuldades. Ele trabalhava e ganhava um valor que dava para o sustento da família, naquela época pagava muitas contas. A gente não podia se ligar ao pai. Eu e meu irmão, geralmente, saíamos juntos, às vezes machucava, cortava o pé ali, dava ponto, mas conseguíamos ganhar essa independência desde criança. O dinheirinho que trazia para casa com o maior

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orgulho. Às vezes, até comprávamos um pãozinho. Porque minha mãe não tinha dinheiro para comprar. Depois, minha mãe conseguiu um carrinho de pipoca, a gente trabalhou muito, deu muito duro, vendia muito... - Até quando você fez isso? - Até os 13 anos eu vivia nessa vida, depois eu me libertei, um pouco, porque arrumei um emprego numa firma, onde eu fui registrado. Com 14 anos...

Como evoluiu a sua Vida Profissional - O que você foi fazer nessa empresa? - Era uma empresa de calhas e condutores, em Utinga. - O que você fazia? . - Eu entrei como auxiliar e fui aprendendo alguns macetes. Como eles faziam a produção daquilo, das calhas e condutores. Eu trabalhava numa máquina que cortava, fazia tudo aquilo lá... - Isso com 14 anos? - Eu entrei com 13 e fui registrado com 14... - Quanto tempo você ficou fazendo isso? - Nessa firma, fiquei pouco tempo. Depois eu entrei de office-boy em outra firma, com 15 anos, fui até meus 16, quando fui trabalhar em uma metalúrgica. - O que você fez na metalúrgica? - Na metalúrgica eu trabalhava na fundição. Fundia aqueles ferros para fazer lampiões, mexia com canos, trabalhava na produção. Ficava muito doente, porque eu tinha esses problemas. Eu sempre fui uma pessoa, não que ficava doente. Eu tinha problemas, não conseguia descobrir se tinha alguma doença, nada era encontrado. Eu tomava remédio porque minha mãe me forçava, porque eu tinha que tomar... - Que remédios? - Remédios, assim, para nervoso, essas coisas...Ela achava... - Você lembra quais? - Eram tantos remédios que eu tomei na vida que não me lembro... - Então, continue a me contar: da metalúrgica você foi para onde, dos 16 aos 17? - Com 17 fui trabalhar numa firma metalúrgica, que saí de lá apontador, né? - Isso foi até quando? - Isso foi até o ano de 1979... - Você já estava com 19... - Foi minha formação no colégio em 1979, quando eu comecei uma vida diferenciada... - Até quantos anos morou na casa de seus pais? - Fiquei até começo de 1980. Aí eu saí de casa, fui morar fora, em vários lugares... - Começou sua vida... - Independente...

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Como Professor Universitário Atuou na área de literatura norte-americana e gramática inglesa. Foi substituir o professor titular. Entre 1999 até 2000. A faculdade estava com letra "E", para ser rebaixada. Uma nova equipe de professores entrou e conseguiu elevar para a letra "C". - Acho que foi um avanço muito grande. Tenho orgulho, até porque fui homenageado com seis meses de serviço. Os alunos do sétimo período me fizeram uma homenagem, onde eu sinto meu profundo orgulho disso até hoje. Um trabalho árduo que a gente fez em grupo.

Como foram as suas Viagens fora do Brasil - Na Nigéria, Zimbábue e outros. Estive estudando e fazendo pesquisas, vendo a fome do povo. Sentindo-me até mal, vendo aquela situação terrível que o povo vive. Independente de seus governantes não terem apoio externo, a gente observou que é uma miséria terrível, como se fosse o nosso nordeste brasileiro. Na Alemanha, onde morei por um certo tempo, passei na Itália, estive na França. Não a trabalho, mas a estudo, e outros lugares a convite, também. - Falando sobre sonhos premonitórios, onde você já esteve? - Não estive em nenhum país.

Como esse Trabalho irá continuar - Você me disse que já percebe que um de seus filhos irá seguir seus passos. Que filho será seu sucessor? Você sonhou com ele sendo seu sucessor ou notou através do comportamento dele? Se você quiser falar... - Eu tenho o Lucas, de um ano e nove meses, que tem as mesmas características de quando sonho. Eu estive notando, como minha mãe me descrevia, quando eu era pequenininho, é igual. Cheguei até a ter épocas de sofrer desmaios. Todo mundo ia fazer exames, e nada achavam. Quando eu era criança, eu era assim. Após o nascimento de meu filho eu observei, através dos movimentos, que ele tinha o que minha mãe comentava. Obviamente que esses comentários eu joguei para essa pessoa, que é o nosso guia, esse mentor. E ele disse-me que ele faria a continuação do meu trabalho. Só ia mudar de corpo.

Como se sente e se considera Não se considera uma pessoa amargurada. Mas, às vezes, com um pouquinho de mágoa. Sente-se impotente por não poder atingir o objetivo que queria. Porque não o escutam com suas manifestações e advertências. Acredita que sua missão seja

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preservar vidas, salvá-las, e avisar que precisamos preservar a forma de vida na Terra, senão a destruição estará próxima.

Como é Sonhar com a Morte Ele explica que não trata de sonhar com a morte, mas com problemas antecipados, que poderão ser evitados. Diz que sonha com a vida. Os seus sonhos se relacionam com a possibilidade de se ter uma escolha, para que a pessoa possa seguir a sua vida. Explica com suas palavras: - Se você quer uma vida iluminada, você procura a luz; se você quer uma vida cheia de sombras, você procura a escuridão. Nesse lado, a gente procura direcionar as pessoas para o lado do bem. Então, eu lhe dou uma opção! Não, Deus lhe dá uma opção. Não sou eu quem lhe dá essa opção! Eu, simplesmente, sou um canal para isso aí. Fica a seu critério seguir ou não. É livre-arbítrio.

Como é ficar Cobrando Atitudes das Pessoas - Há quantos anos você vem cobrando atitudes das pessoas? - Eu comecei a correr atrás dos resultados de uns dez anos para cá. Antes eu mandava as cartas e, simplesmente, me contentava só com o recebimento. - Explique melhor. - Eu fazia os contatos, só que a pessoa informava, eu não anotava. Eu mandava registrada, você confia no correio. O correio não vai te enganar. Eu ficava satisfeito com a atitude do recebedor. Toda vez eu ligava para o correio, eles diziam que a correspondência tinha sido entregue com o AR - Aviso de Recebimento, aquilo me satisfazia. Agora, de uns anos para cá, eu me preocupei mais com isso. Acho que o ser humano é muito falho... - O que você espera que as pessoas façam? - Eu acho que a partir do momento que você vai vendo fatos se concretizarem no dia-a-dia, é o momento de você acreditar no que essa pessoa escreve. Porém, ao contrário, você vê que as pessoas têm receio de acreditar nisso. Não sei se é o ego delas ou se é medo de transformar o Professor Jucelino (63) em um mito ou profeta. Não é esse meu intuito, mas, sim, avisar às pessoas que se conduzam ao bem. (63) JNL trata-se aqui na 3a pessoa. - Assim mesmo, com esses desinteresses, você insiste que as pessoas lhe dêem atenção? - Não estou falando como espiritualista, mas como cidadão. Regido pelos meus direitos, tenho que cobrar aquilo das pessoas, senão acabo sendo conivente com o erro. Eu tenho que cobrar uma atitude e não tenho medo se é rico ou qualquer pessoa, para saber que a gente tem responsabilidade.

Como é quando não há Tempo para Avisar

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- Quando é um caso rápido, a gente liga, às vezes, se a coisa vai acontecer amanhã, não tem como a gente escrever. Não é a minha praxe fazer isso. Mas quando eu recebo informação que é possível entrar em contato com a pessoa, via telefone, daí eu chamo.

Como tem sido sua relação com a Justiça - Vamos entrar em um assunto árido: quero saber se alguma vez você já foi processado por causa de suas revelações em sonhos. - Não, não. Processos com meus sonhos, graças a Deus não tive nenhum. Vou lhe falar: quando você tem documentos em mãos, a pessoa não tem como argüir contra. Como é que você vai argüir contra um documento verídico? Se você fizer isso, obviamente, a gente vai revidar. Não quero brigar. Eu não sou de discutir em processo. Mas, se a pessoa que falou mal de um nome ou falou qualquer coisa, tem que provar. Então, eu trabalho desse lado. Eu trabalho do lado da lei. E hoje eu estou aqui tranqüilo... - Há alguém que você esteja processando? Não quero detalhes. - Eu tenho, tenho sim. Tenho um caso aí. É uma coisa que não é verídica, me mandaram uma fita. Eu fui conferir e entrei em processo de injúria, calúnia e difamação. É um direito meu, se eu não concordar, eu faço. Eu jamais terei coragem de mexer com qualquer pessoa. Mas a pessoa que falou essas coisas, foi infeliz.

Como lida com as Ameaças - Você já teve algum tipo de ameaça? - Já tiveram muitas. Ameaça é uma atrás da outra... (Um profundo silêncio preenche o ambiente). - Que tipo de ameaça? - "Cala a boca, vou lhe matar, se você ficar contando sobre nós", essas coisas assim. "Você está pisando no calo de gente que você não conhece, muda de profissão”. A gente escuta isso. - Como você se protege das ameaças? Você me disse que faz Boletins de Ocorrência para resguardar o seu direito, é só isso? - A única proteção que eu tenho é de Deus, a gente fala da proteção espiritual ou eu recorro à polícia, porque eu acredito nela. Eu acredito nas pessoas que trabalham e usam a farda, que estão para o lado do bem. A gente deve confiar nessas pessoas, né? Vou até a polícia e faço a denúncia. Às vezes, recebo uma coisa pelo correio que é duvidosa, e a mensagem me ajuda a descobrir quando é duvidoso. Aí eu desconfio (falando bem devagar) e faço o que a lei manda. Vou lá e abro um B.O. (Boletim de Ocorrência).

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Como atua com as Consultas que recebe - Você, ontem, falou, que à medida que recebe as cartas, as abre, toma conhecimento do seu conteúdo, e vai respondendo à medida que os sonhos acontecem, que eles não têm uma regularidade. Fale-me um pouco mais desse processo de produção voluntária. - Todas as cartas que você está vendo ali já estão abertas. Eu já li todas. Eu leio toda carta que chega aqui na minha casa. Só que essas daí estão depois daquelas 600... Eu vi que tem casos aí que são casos mais simples. Os casos mais simples, eu deixo para depois, que são casos que envolvem questões amorosas, essas coisas todas. As pessoas me procuram para resolver coisas desse nível. O Professor Jucelino não é um cupido, ele não vai resolver o problema amoroso. Ele vai dar um conselho espiritual para a pessoa conduzir a vida dela na normalidade. Agora, para eu resolver que o marido volta com a mulher e vice-versa, isso não é da minha alçada. (Jucelino fala com firmeza).

Como é se sentir detentor de um poder de informação além do normal - Vou lhe fazer uma afirmação e gostaria de saber sua opinião: a pior coisa nessa vida é saber demais. Jucelino ri de maneira solta e sem censura e me responde: - É evidente... Bem, o conhecimento é bom, mas saber demais em certas situações você acaba se tornando um alvo, né? Pelos interesses das outras pessoas que não querem que você saiba demais... - Como é que você se sente nesse sentido? - É, você tem um pouquinho de receio, né? Não por você, mas porque saber demais lhe impede de conviver no meio de outras pessoas que não lhe conhecem tanto. Mas a gente tem receio das pessoas que estão ao nosso lado. Eu sou Jucelino, o outro que está ao meu lado, eu tenho muito receio por essa pessoa. - É só isso que você tem para me falar a respeito da certeza de saber demais? De forma descontraída, sorri novamente com leveza... - É só isso... (risos) Saí da casa dele, para voltar a São Paulo. Eles são uma família muito simples. A filha dele, Talya, veio me beijar; Matheus, o filho do meio, veio se despedir brincando. Correu pela calçada, se escondeu atrás de um muro. Jucelino veio atrás dele, para brincar também. São muito carinhosos. Nessa semana, ele estará dando aulas de português a um grupo de chineses. Ele fala mandarim e escreveu um livro de como aprender mais facilmente esse idioma. É interessante essa visão que tenho nesse momento, olhando pelo retrovisor do carro: vejo a pessoa dele, todos estão no portão acenando para mim. Eles são uma família feliz. Penso que os sonhos dele todos os dias se tornam realidade.

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ANALISANDO O LADO FISIOLÓGICO DO SONHO

Fui entrevistar o médico que fez os dois exames, chamados de polissonograma, em JNL. Ambos foram feitos em março de 2005, a pedido de uma rede nacional de televisão. Quando estive com Oduvaldo e Jucelino no shopping, em março, ele me entregou uma cópia assinada pelo Dr. Ademir Baptista Silva (64). (64) Professor Adjunto da Disciplina de Neurologia da Escola Paulista de Medicina, formado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e formado em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), ambas de São Paulo. Especializou-se em Neurologia e Eletroencefalografia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Polissonografia Clínica pela Universidade do Tennessee (EUA). O médico possui uma clínica onde diagnostica e trata os distúrbios do sono, na capital de São Paulo. Encontrei-me com ele em uma delas, no final do mês de junho. O encontro foi muito descontraído e cordial. Ele me esclareceu todas as dúvidas, me falou sobre as últimas novidades em pesquisas dessa área, já que havia acabado de chegar, dias antes, de um encontro entre especialistas nos Estados Unidos. - O que é a polissonografia? E para que serve, Dr. Ademir? - É um exame, que podemos dizer, com múltiplas utilidades. Nós temos hoje em torno de cem doenças de sono catalogadas. E esse exame, de certa forma, quer diferenciar e diagnosticar essas doenças. - Qual seria a mais diagnosticada? - A doença mais diagnosticada na polissonografia é a apnéia do sono, que é a parada de respiração. Mas nós temos padrões, muito específicos, em pessoas que têm depressão, que têm ansiedade, até em doenças psiquiátricas nós temos padrões no sono. O sono é um marcador biológico muito importante para doenças assim. Por exemplo, temos padrões para praticamente detectar pessoas que têm Parkinson, que têm alterações características no exame. Para pessoas que têm demência de Alzheimer, também têm alterações específicas. Ou seja, nós começamos a ver que o sono, na verdade, como ele é meio livre da interferência do dia, ele é um marcador das doenças que ocorrem nas pessoas. - E há uma correlação entre o sono e algumas doenças no caso JNL? - Não é o caso dele, que eu não vi nenhuma. - Que outras doenças, ainda, se podem detectar, além das que o senhor citou? - Uma doença muito importante é a narcolepsia. - O que vem a ser essa doença? - É o sono muito intenso durante o dia. A pessoa bate o carro; geralmente são pessoas que sofrem muitos acidentes. Ela tem um ataque de sono. Nesse exame, ele dá um padrão característico, em que a pessoa acaba de dormir e sonha. Ou seja, o tempo entre dormir e sonhar fica muito curto. - Tempo de sonhar muito curto...

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- Sim, é a característica dessa doença. A narcolepsia, de certa forma, é uma das doenças mais interessantes sobre o REM (65). Porque a narcolepsia e os fenômenos por ela provocados estão muito próximos dos fenômenos que nós chamamos de paranormais. (65) Sono REM ou REM entende-se pelo período em que a pessoa está sonhando. REM é a sigla de: Rapid Eye Movement, que em português é Movimento Rápido do Olho. - Interessante. Explique-me isso, professor. - A paranormalidade de que as pessoas falam é muitas vezes ligada aos fenômenos REM (sonho). Alguns autores americanos correlacionam esses fenômenos que as pessoas dizem terem sido abduzidas (66). (66) Abduzidas vêm de abduzir. Abduzir é o ato de raptar com violência, provocado pela impressão de fraude ou sedução, supostamente executado por seres de um outro plano. - Sim, estou acompanhando o seu raciocínio... - O que eles acharam é que essas pessoas que dizem que foram abduzidas por naves espaciais, na realidade, estão tendo um problema de sono. Em que a pessoa fica paralisada, acordada, mas sonhando, mas acordada. E, como ela está indefesa, esse sonho, geralmente, vem de coisas muito afetantes (67). Não é incomum que diga ter engravidado, por não ter podido fazer nada enquanto ela estava com aquela mentalização, como se fosse um sonho. Nós dizemos que isso é uma desarmonia entre os diversos estágios da nossa vida. (67) Afetantes, isto é, que afligem, comovem ou abalam. - Como assim, professor? - São os estágios de nossa vida. Nós temos três estágios possíveis na nossa vida toda: estamos acordados ou no sono REM ou no sono não-REM. A vida toda. - É verdade! (risos) - Então, quando há uma desconexão entre o aparecimento desses estágios, por exemplo, a pessoa está acordada, mas está com o fenômeno que é de quando estava dormindo, então isso leva ao aparecimento de várias situações. Porque quando nós sonhamos, nós temos uma viagem. E se você está dormindo e paralisado, está tudo bem. Mas, se você acorda e continua nessa viagem e fica paralisado, você vai ter o que nós chamamos de alucinações. E que podem ter as histórias mais fantásticas. Também pode ocorrer de você não ficar paralisado, você realiza o sonho. - Como assim?

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- Por exemplo, eu tenho paciente que tentou estrangular a esposa porque estava sonhando como se estivesse apertando um parafuso. Era o pescoço da mulher que ele estava torcendo. Esse é um caso que apresentei aqui, pela TV Unifesp (68). Ou seja, os fenômenos de sono e sonho estão muito ligados às manifestações mais estranhas e peculiares. (68) Programa de televisão interno da Universidade Federal de Medicina de São Paulo. - Por quê? - Porque a atividade do cérebro, quando está sonhando, é muito maior do que a atividade do cérebro quando estamos acordados, na sua melhor atividade possível. O cérebro gasta mais oxigênio quando sonha do que quando está acordado. Daí é que vêm certas possibilidades, que a pessoa tem de durante o sono ter uma atividade muito grande, de acordo com o que ela tem de conhecimento ou habilidade. Só no sono REM é que estamos totalmente, paralisados. Mas tem pessoas que não ficam paralisadas no sono REM. E nesses casos há o distúrbio comportamental do sono REM, em que a pessoa realiza o que ela sonha. Tem casos em que a pessoa sonhou que estava picando carne no seu açougue e estava picando a mulher. São casos sobre distúrbios comportamentais do sono. - Dr. Ademir, então, falando do Professor Jucelino; que conclusões podemos extrair desses exames? - Ele tem um exame dentro de um padrão normal. O quadro geral é o seguinte: ele tem um pouquinho de ronco, o que é muito comum em homens com a idade dele, 45 anos. Nessa idade, 50% dos homens têm ronco. Não teve nenhuma alteração de doença de sono. Pelo que eu vi aqui, está dentro da normalidade. - O que lhe chamou mais a atenção, doutor? - O que me chamou mais atenção foi o fato dele apresentar uma quantidade aumentada de sono REM. Ou seja, ele tem uma quantidade de sonhos acima da média. As pessoas sonham em torno de 20% do sono à noite. Ele sonhou em torno de 30% numa noite e na outra, 32%. Enquanto o normal das pessoas é de 20% a 25%. Ou seja, um quarto, no máximo, da noite, nós sonhamos. Ele tem um padrão de sonhar durante várias vezes à noite. Isso aqui é o sonho. Dr. Ademir me mostra no exame onde há uma marcação forte, em escuro, mais larga, registrada no exame. E continua a me explicar: - O que chama a atenção é que cada vez que ele sonha, ele acorda logo no final do sonho. Isso também é uma característica dele. - O que isso significa? - As pessoas que acordam no final dos sonhos lembram do que sonharam. - Está claro!

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- As pessoas que não acordam, não se lembram. Essa é a diferença. - Isso é padrão? - Sim, isso é padrão. Ele tem aqui um padrão específico, que é acordar depois do sonho; ele me disse que quando acorda, fica acordado um tempo, ele escreve o que sonhou. Então, ele tem capacidade de escrever no meio da noite, mais que outras pessoas, normalmente, que sonham a noite toda, mas que só vão se lembrar de alguns sonhos que tiveram próximos da hora do despertar. - O que o senhor pensa disso? - Ele desenvolve sob qualquer forma essa capacidade, que na verdade seria uma particularidade de um tipo de sono. Tem gente que tem esse despertar no sono REM e tem gente que não tem esse despertar. De maneira geral, quem tem essa capacidade de despertar no sono REM lembra bem dos sonhos, mas se sente cansado durante o dia. - Por quê? - Porque no despertar no sono REM a pessoa desperta depois de uma atividade cerebral muito intensa. Então, despertando muitas vezes à noite, a pessoa acorda com uma atividade muito intensa. Isso é sinal como se a pessoa tivesse trabalhado à noite. Aquela pessoa que cansa de sonhar. - Ele tem esse fenômeno? - Sim, ele tem esse fenômeno, mas é uma particularidade, e não uma doença. - Dr. Ademir, o que mais se pode ler desse exame de interessante? - Na minha área, neurologia, eu trabalho com o aspecto físico do sonho e não com o aspecto onírico, do conteúdo. Eu não abordo isso. Evidentemente, nós vamos observar que ele tem um padrão bom, que sonhou nessa fase, que despertou nessa. Eu vejo o lado neurológico do problema. Claro que existem muitos médicos, há muito tempo, desde Freud, estudando os sonhos. O seu conteúdo, o que é que isso significa. É muito importante, mas não é o meu estudo. - Se repetisse esses exames, em determinado período, os resultados seriam os mesmos? É necessário repeti-lo para se saber se os padrões se alteram? - Na verdade, eu fiz esses exames em duas noites, e vi que os padrões se repetiram muito próximos um do outro. Isso já me mostra que é um padrão. A primeira noite de um exame de sono se chama "efeito da primeira noite". Geralmente, a pessoa demora um pouco mais para dormir, desperta mais e, depois, já na segunda noite, está habituada, não vai ter esse problema. Consideramos a segunda noite como sendo a mais importante. - Houve alterações significativas com ele? - Não deu diferença entre a primeira e a segunda noite. Praticamente, os padrões mantiveram-se os mesmos. - Isso quer dizer que se fizerem novos exames daqui a uns meses, os resultados devem ser os mesmos? - Devem dar os mesmos resultados. Acreditamos que padrão de sono é uma marca individual da pessoa. É uma marca genética de como vai ser o sono. Não há

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necessidade de se fazer novas verificações. O que acontece é que no passado se faziam mais exames. Mas, à medida que se viam poucas alterações, começou a se aceitar que um único exame já seria o suficiente para se ver o padrão de cada um. - O que se poderia alterar? - Algumas coisas podem variar de uma noite para outra. O movimento nas pernas, por exemplo. - Para que serve o sonho, Dr. Ademir? - Está reconhecido que a pessoa que sonha consegue resolver um problema. Primeiro ela pára, depois sonha, volta a resolver. Esse tempo em que ela ficou sonhando, adianta-se para resolver o problema. Quando ela chega lá na frente, já está praticamente resolvido. - E com aquele que não sonha? O que acontece? - Aquele que não sonha ou não dorme, quando chega lá na frente, depois de um certo horário, ele tem que voltar atrás, até onde ele tinha que ter estado. O sonho não só tem a capacidade de nos fazer aprender o que está acontecendo, mas de adiantar, de uma maneira lógica, o que a pessoa está fazendo. Para o sonho não há limites ou barreiras de crenças ou religião... - O senhor me falou dos três estágios: o sono REM, o sono não-REM e o estado de vigília ou estar acordado. Onde entraria o sonhar acordado? - Bem, há o sonho lúcido, o sonho épico e o sonho vívido, são os mais conhecidos. O verdadeiro sonho lúcido, principalmente, está ligado à narcolepsia, que é quando a pessoa acorda, fica paralisada, e tem o que chamamos de alucinação hipnagógica (69) ou paralisia aterrorizante do sono. São os fenômenos de descontinuidade, em que você está acordado e continua sonhando paralisado. Tem uma outra modalidade comum, que é daquela pessoa que estava sonhando, acorda, continua com o sonho, dorme de novo e continua a sonhar. Tem gente que chama isso de sonhar em capítulos. O sonho vívido é daquela pessoa que tem um sonho e acorda no meio do sonho. É o caso do Jucelino, que tem uma visão nítida do sonho, isso se chama sonho vívido. O que é interessante é o sonho épico, ele acaba sendo uma doença. (69) Hipnagógicas - dizem-se das visões que se têm ao cair no sono. - Interessante, por quê? - Vamos supor, você sonha que estava numa festa. Só que esse sonho não sai mais de sua mente. Até você dormir e sonhar com outra coisa. Então, desde que você sonhou, até você sonhar de novo, de você ir dormir de novo, você fica com aquela imagem da festa, aquela sensação na sua cabeça. Como se fosse a epopéia de alguma coisa. Algo que lhe impressionou. Nós temos pacientes em que a pessoa fica com isso na mente. E a pessoa fala: "Não é que é pesadelo, não! Eu sonho com jardins floridos de Campos do Jordão, e isso não me sai mais da cabeça". - E isso não acaba? - Não, fica o dia inteiro. Aquela imagem dos jardins... E ainda não há

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medicações que possam ser receitadas para ela... - E para os outros, há medicamentos? - Para o sonho vívido não há nenhum problema. Não afeta nada. O sonho lúcido também não, porque ele vai nessa linha. Mas esse chamado de paralisia aterrorizante do sono, ou paralisia alucinante do sono, esse sim, tem tratamento. Porque ele pode deixar a pessoa muito aterrorizada. - Fale-me sobre as teorias mais modernas, professor. - Nessa área do sono, sob os aspectos fisiológicos, há algumas teorias mais modernas dizendo que o nosso cérebro não dorme por inteiro. Então, ao invés de dizer que vamos ter sono, nós vamos ter sonos. Que ao invés de ter sonho e sono, nós vamos ter sono em um lugar do cérebro, sonho em outro lugar do cérebro, despertar em outro lugar, sonho em outro, ou seja, não é necessário que todo o nosso cérebro esteja no mesmo estágio durante a noite. Eles acham essa teoria importante, porque o sonho seria como principal motivo para você equalizar áreas que foram muito estimuladas durante o dia, com áreas que não foram, para você não perdê-las. Porque à medida que desaparecem os circuitos dessas áreas, você não se lembra mais, não vê mais. Então, para evitar isso, você estaria tendo sonhos sobre outras coisas de sua vida, para que aquela área que não foi estimulada, porque você não quis ou não teve oportunidade, seja estimulada durante a noite. Então, quando você sonhar com fatos antigos, são fatos que o seu cérebro achou que eram importantes e que deveriam ser ativados de noite. Porque ele acha que tinham uma função vital a você. - Pode acontecer de você ver um acontecimento durante o dia e não sonhar com ele nessa noite. Você até pode vir a sonhar daí a algum tempo. Aquilo que você faz no seu cotidiano, não é normalmente o que você sonha. Você não sonha muito com a sua atividade. Mas se você tem alguma novidade, ela pode vir no sonho, porque veio para reforçar. O sonho seria a ativação intensa de uma área que não foi estimulada durante o dia. - Existe algum trabalho na área médica que seja do seu conhecimento, que possa explicar o que acontece com JNL? - Eu não vi nenhum trabalho científico estudando a parte mais física do sono. Esta parte ligando ao lado psicológico, conteúdo, não tem muito. Os trabalhos que existem abordam como são os sonhos de pessoas deprimidas, esquizofrênicas. Estão apenas na patologia. Ainda vamos levar muito tempo até que se comece a ter - vamos dizer assim equipamentos para poder estabelecer uma relação de pessoas que têm premonições com sonhos. Isso já foi muito falado, mas ninguém chegou a nenhuma conclusão. Não é de se duvidar de que muitos achados que existem, hoje, parecem ser fora de qualquer contexto, que no futuro se terá a explicação.

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- O que tem de explicações para alguns desses fenômenos? Projeção fora do corpo, por exemplo. - Já existem algumas explicações para pessoas que sentem estar fora do corpo. Já verificaram que essas alterações no cérebro podem dar a sensação de que a pessoa está longe. Aquilo que parece meio paranormal, existem explicações e são fenômenos fisiológicos. - Como então ficaria o JNL? - Pelo que eu entendi, o Jucelino tem uma capacidade de sonhar com certas coisas, principalmente fatos que contam para ele, porque ele aprendeu a fazer aquilo. Ele tem essa capacidade. A explicação não existe no momento, mas não é para se duvidar. O que eu não acho, e que não é necessário, é que tudo que aconteça nos sonhos dele, que tudo precise ser verdade. Porque ele tem chances de errar como qualquer pessoa, por mais profissional que seja. Isso provavelmente está sendo uma atividade mental de conjecturas, porque ele pensa nisso. Ele vive pensando nessas coisas. Com uma lógica de sonhos, não é a lógica que entendemos. É, acho um caso interessante. Mas, até onde sei, a ciência de hoje não pode dar uma definição precisa. O estudo por pessoas que se interessam por isso tem chance de encontrar dados melhores. Eu fiz o exame, mas não entrei a fundo, a não ser pela curiosidade do caso. Eu comentei esse caso, quando estive fora, para saber onde se pode encontrar mais dados sobre esse caso (70). (70) Comentou que havia tomado contato com esse tipo de fenômeno (JNL), em sua recente viagem aos Estados Unidos, com o Prof. Dr. Carlos Schnenk, neurologista e psiquiatra, da Universidade de Minnesota, cientista que desenvolve estudos sobre distúrbios comportamentais do sono REM. - O senhor falou que ele aprendeu a fazer. Sendo assim, o senhor acha que qualquer pessoa pode aprender a fazer isso? - Claro, não tenho dúvida. A psicanálise demonstra isso muito bem. As pessoas que fazem análise têm um conteúdo de sonhos muito maior do que os outros que não fazem. As pessoas podem, de certa forma, ativar, não ativar algo na mente, mas desenvolver padrões no cérebro através da neuroquímica, dos neurotransmissores, ela ativa vias e desativa outras. Você pode ativar alguma via. Basta você, por exemplo, não saber nada sobre corridas de kart. Aí, um dia, você começa a ver como é a corrida de kart. Daí um tempo seu cérebro já está manuseando aquela informação sobre kart de uma maneira normal. O aprendizado assim é muito importante à medida que você se preocupa. Qualquer pessoa é capaz de ativar mais certas áreas, desde que ela tenha interesse ou leia ou fique sempre pensando naquilo, ela poderá ativar. Eu acho que no caso do Jucelino, existe essa preocupação da pessoa em fazer essas coisas. Evidentemente, nós sonhamos com um monte de coisas, mas não escrevemos. Daí um tempo, esquecemos. Se a pessoa fosse escrevendo, veria que depois umas coisas fazem mais sentido, outras não. Eu vejo que é um fenômeno interessante. Eu

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não tenho uma explicação, mas também não tenho nenhuma coisa contra de que isso possa acontecer. Eu acredito que as coisas estejam dentro da pessoa. - Nos seus 35 anos como neurologista, já havia visto alguém com poderes de sonho como JNL, entre 30%? - Nesse sentido, eu tenho. Existem patologias que abalam o sono REM. E depois, quando a pessoa é tratada, tem o chamado rebote do REM, e pode chegar a ter 60% da noite com sono REM. Ela estava sem sonhar e voltou a ter, o que é vital. Só para se ter uma idéia, as crianças quando nascem têm 50% do sono em REM. Em síntese, as conclusões do Dr. Ademir: "Jucelino dorme bem. O lado físico não é diferente. O instrumento que ele utiliza é o mesmo que todos nós utilizamos. Só que o uso que ele faz é um material diferente. Eu não me impressionei com esse exame, não achei que pudesse explorar nada. Uma pessoa que relata muitos sonhos, era de se esperar que sonhasse muito. Se ele não sonhasse, seria um caso absurdo. Mas sonhar muito é normal. Ele tem vários períodos de sonho, e ele pega o que ele sonhou e faz os seus relatos. Eu acho que foi isso o que me chamou a atenção. Eu não vejo nesse caso que tenha nenhum problema diferente em termos clínicos ou físicos. Ele tem é um conteúdo que outras pessoas têm: um conteúdo poético, de um físico, matemático, de genialidade. Mas que veio de uma cabeça, a meu ver, totalmente normal".

Funcionamento e Mistérios da Mente: Mapeamento Cerebral No momento em que entramos no século XXI, as máquinas de varredura funcional do cérebro estão desbravando o território da mente. O desafio será mapear o cérebro e descobrir os seus segredos. Tentar localizar a atividade cerebral que cria experiências específicas e respostas comportamentais. Quais são as relações entre cérebro e mente? E onde se localizam os sonhos? Talvez a genética será capaz de explicar essas e outras questões como vidas passadas, por exemplo. No hipocampo, já se sabe que se registram as impressões do fenômeno do déjà vu. Isto é, aquela sensação de já ter estado naquele lugar anteriormente, de ter visto aquela pessoa ou de haver vivido aquela cena ou momento. Só não se sabe por que ele acontece, mas é no hipocampo que se registra. Imagina-se que "quando os nossos mapas cerebrais estiverem concluídos, será possível minar com tanta precisão para tratamentos psicoativos que o estado da mente de um indivíduo (e, portanto, o comportamento) será quase inteiramente maleável". Essa é uma discussão que exigirá um diálogo bem amplo e profundo entre os cientistas, que têm vindo de muitos campos diferentes. Eles precisarão preparar a sua mentalidade para os aspectos éticos, de como esse novo e poderoso instrumento - mapeamento cerebral - poderá e deverá ser utilizado com as pessoas. São sérias questões morais, do ponto de vista pessoal, social ou político. É recomendável a leitura, a quem quiser se aprofundar no tema, do livro da jornalista Rita Carter: O Livro de Ouro da Mente.

Dr. ADEMIR BAPTISTA SILVA

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Centro de Distúrbios do Sono Jucelino Nóbrega da Luz Data do exame: 17/03/05 Idade: 45 anos Sexo: MASC. Médico(a) solicitante: Dr. Ademir Baptista Silva

Polissonograma Exame realizado com o polígrafo digital Biologic na noite de 17 de março de 2005, sendo feita avaliação simultânea e contínua dos seguintes parâmetros: eIetrencefalograma, eletrooculograma, eIetromiograma (região submentoniana e músculo tibial anterior), fluxo aéreo nasal e oral, esforço respiratório torácico e abdominal, sensor de posição, microfone para ronco e saturação arterial de oxigênio (SaO2) e eIetrocardiograma. O tempo total de registro foi de 391.6 minutos. A latência do sono foi de 23.8 minutos (latência normal = até 30 minutos) e a latência de sono REM foi de 109.5 minutos (normal = 70 a 120 minutos). O tempo total de sono foi de 329.5 minutos (eficiência = 84.2%; normal /maior ou igual a/ 5%) e houve discreto aumento da quantidade de sono REM, redução de sono delta e redução leve da eficiência de sono. O paciente permaneceu 14.0 minutos em vigília após o início do sono. Registraram-se 60 micro-despertares (duração < 15 segundos). O índice de micro-despertares : foi de 9.2/hora (nl = 15 a 18/hora/sono). Não foram registrados movimentos periódicos de membros inferiores. Não foram registradas pausas respiratórias obstrutivas durante o sono, com SaO2 mínima de 87.0%. O paciente roncou baixo e a freqüência cardíaca foi de 40.0 a 102.0 bpm com a média de 62.0 bpm, ritmo sinosal. CONCLUSÕES: 1. Roncos baixos. 2. Dessaturação leve da oxi-hemoglobina. 3. Arquitetura de sono: a) Latência normal para o sono, b) Latência, normal para o REM, c) Redução da quantidade do sono delta, d) Aumento da quantidade de sono REM, e) Redução leve da eficiência de sono. 4. Índice normal de micro-despertares. Dr. Ademir Baptista 15.764

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Laboratório: R. Conceição de Monte Alegre, 220 Brooklio Novo CEP 04563-060 São Paulo - SP F.Fax: 011-55051192 Central: R. Pedro de Toledo, 980182 V. Mariana CEP 04039-002 São Paulo - SP F./Fax: 011-55732506/011-50842010

ANALISANDO O LADO PSICOLÓGICO DO SONHO

Quem olha para fora sonha. Quem olha para dentro desperta.

C. Gustav Jung

O sonho é um estado intermediário entre o estado de vigília física ordinária e o sono natural. É caracterizado por um conjunto de idéias, imagens e símbolos que se

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apresentam à nossa consciência. Ele é tão necessário ao equilíbrio biológico e mental como o sono. Funcionaria cumprindo uma função vital de relaxamento à diminuição de tensão do psiquismo (71). Serve, ainda, como um organizador dos impulsos reprimidos durante o dia, que fazem emergir os problemas a serem resolvidos, que ao representá-los sugere-se as soluções. Sua função seletiva, como a da memória, alivia a vida consciente. (71) Psiquismo: o conjunto dos fenômenos ou dos processos mentais conscientes ou inconscientes de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos; psique. Psíquico: relativo ou pertencente à psique, à alma ou ao psiquismo. É um dos melhores agentes de informações sobre o estado psíquico de quem sonha, é um revelador do ego e do si mesmo. Ele estabelece uma espécie de equilíbrio compensador, regulando a função psicológica. O sonho, afinal, tem uma função de integrar o indivíduo em todos os seus níveis conscientes e inconscientes, permitindo uma comunicação contínua entre eles, seja pelo meio dos símbolos e de suas interpretações.

Como é a Terapia Onírica: A Análise dos Sonhos A análise dos símbolos nos sonhos baseia-se no exame dos três pontos distintos: a. O conteúdo do sonho: as suas imagens e o seu enredo; b. A estrutura do sonho: as relações que as imagens formam para dar uma certa unidade a um tema; c. O sentido do sonho: o que ele quer dizer, a sua finalidade e a intenção. O sonho não deixa de ser um conjunto de fragmentos de sua história pessoal (72). É completamente diferente a abordagem terapêutica quando falamos dos sonhos que são tidos por uma pessoa que se refere a outra pessoa, como é o caso dos sonhos de pressentimento, ou proféticos. Portanto, aqueles que uma pessoa tem de outras são tratados de forma distinta daqueles que fazem parte da sua vida. Deve-se levar em conta que cada análise precisa se cercar do que o cliente está vivendo em seu momento presente. (72) Conheça o sonho e conhecerá o sonhador. Freud nos deixou em legado propondo que todo sonho possui um sentido. Nesse sentido, pelo método freudiano tem-se que buscar lá atrás a causa do sonho. Esse método retrospectivo faz com que se busquem as redes de informações, que se ligam, em uma linha de tempo. Já o método junguiano é prospectivo. Isto é, para Jung, os sonhos não eram só uma seqüência de causas, mas também um processo orientado para um fim.

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Quanto à interpretação, é como desvendar um símbolo ou uma charada, não só para dar respostas a curiosidades do espírito. Essas revelações indicam caminhos para melhorar o auto-conhecimento, aperfeiçoando a comunicação interna entre o consciente e o inconsciente. Essa é uma das formas de integração da personalidade. Isso significa ser uma pessoa mais bem esclarecida e equilibrada, que é capaz de entender melhor seus desejos, suas aspirações e suas dúvidas. Em síntese, uma vida psíquica em que a pessoa não tenha perturbações do sono e uma vida de sonhos, que até podem não ser lembrados, auxiliam-na a ter um trabalho mental mais criativo. O sonho é o nosso mundo interior.

Como Jung encarava os Sonhos Um dos principais pontos na terapia dos sonhos é estabelecer as relações que existem entre os símbolos, os signos, as imagens, as cores, números, diálogos que se produzem e a vida do indivíduo, da pessoa que sonha. Assim, tenta-se estabelecer as características ou qualidades daquela pessoa. O que a difere de outras pessoas, os pontos que a diferenciam. Essa abordagem se chama princípio da individuação. Era isso que para Carl Gustav Jung vinha a ser entender o indivíduo, o que o diferenciava de outros indivíduos. Sendo que para ele os sonhos representavam um acelerador nesse processo de individuação que rege o conhecimento e a integração dos estados de satisfação e insatisfação, onde se encontra a capacidade energética da pessoa.

Como é o nosso sonho de cada dia "Ao longo do dia e da noite, em nossa linguagem, nossos gestos ou nossos sonhos, quer percebamos isso ou não, cada um de nós utiliza os símbolos. Hoje em dia os símbolos gozam de uma aceitação. A imaginação já não é mais desprezada como a louca da casa. Está reabilitada, considerada gêmea da razão, inspiradora das descobertas e do progresso. Os símbolos estão no centro, constituem o cume dessa vida imaginativa. Revelar os segredos do inconsciente". Segundo o próprio Dicionário de Símbolos (73), sonho é um veículo e criador de símbolos. (73) Dicionário de Símbolos. Jean Chevalier, Alain Gheerbrant. Mitos, Sonhos, Costumes, Gestos, Formas, Figuras, Cores, Números. José Olympio Editora, 1988 - RJ Através do sonho se manifesta a natureza complexa, representativa e emotiva, que dá a direção do símbolo. Assim como as dificuldades de uma interpretação. Ressalta que todo símbolo participa do sonho e vice-versa. As pesquisas científicas indicam que um homem com 60 anos teria sonhado, dormindo, um mínimo de cinco anos. Se o sono ocupa um terço da vida, e se 25% do sono é vivido com sonhos, através dos

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movimentos rápidos dos olhos. Sendo assim, o sonho ocuparia em torno de 10% da vida da maioria das pessoas. O sonho está profundamente alojado na intimidade da consciência e a nossa expressão mais secreta e mais impura de nós mesmos. Pelo menos duas horas por noite vivemos nesse mundo onírico dos símbolos. Comparando com o que acontece com o Jucelino Nóbrega da Luz, também me vem a questão: que fonte de conhecimentos sobre nós mesmos e sobre a humanidade se encontra em nosso inconsciente, individual ou coletivo, se pudéssemos recordá-los e interpretá-los? Os sonhos constituem o mundo interno, sempre inacabado, do imaginário simbólico, a válvula de escape do psiquismo humano, onde se encontram as respostas conhecidas e desconhecidas, os verdadeiros desejos e vontades. É a fonte primária de todos os estímulos, a percepção para outras dimensões. Todo banco de informações do indivíduo está lá registrado. Com seus signos e símbolos. Tudo é signo e todo signo é portador de um sentido. Mas geralmente só percebemos uma parte superficial desse sentido. A sua interpretação ajuda a revelar as possíveis direções que um sujeito pode estar querendo se dar. O valor de cada símbolo e suas interpretações se manifestam e se processam diferentemente para cada símbolo. E as suas interpretações se manifestam e se processam, diferentemente, para cada um de nós. Há sempre uma relação de tensão e intenção que une o símbolo que estimula e o sujeito que percebe. Abre-se, nesse momento, uma via de comunicação entre o sentido oculto de uma expressão e a realidade secreta de uma expectativa. Simbolizar é, de certo modo, e num certo nível, viver junto. Seria dizer pouco que vivemos em um mundo de símbolos - um mundo de símbolos vive em nós. O sonhar e refletir é como poder gerar o homem pelos labirintos, pelas obscuridades que o rodeiam (74). (74) Resumido do livro Dicionário de Símbolos. Sonhar é descobrir no mundo do imaginário o que o seu sentido secreto dá sentido concreto à vida. A interpretação dos sonhos, disse Freud, é a estrada principal para chegar ao conhecimento da alma. Ele mesmo acreditava que o sonho era uma expressão, ou a realização, de um desejo reprimido. Já para Jung, o sonho seria a auto-representação, espontânea e simbólica, da situação atual do inconsciente. E para J. Sutter, segundo os compilados no Dicionário de Símbolos, é a menos interpretativa das definições, diz que o sonho é um fenômeno psicológico que se produz durante o sono, constituído por uma série de imagens cujo desenrolamento representa um drama (75), mais ou menos concatenado. Roland Cohen escreve: o sonho é a expressão de uma atividade mental que está em nós, que pensa, sente, experimenta, especula, à margem de nossa atividade diurna, e em todos os níveis, do plano mais biológico ao plano mais espiritual do ser, sem que o saibamos. O sonho exprime as aspirações profundas

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do indivíduo e, portanto, será para nós uma fonte infinitamente precisa de informações de toda ordem. (75) Nesse sentido, drama é uma designação geral de um diálogo.

Como se classificam os Sonhos

No Antigo Egito atribuía-se ao sonho um valor premonitório. Lia-se nos seus livros de sabedoria que "Deus criou os sonhos para indicar o caminho aos homens quando esses não podem ver o futuro". Nos templos, os sacerdotes-leitores, os escribas sagrados ou onirólogos (76), interpretavam os símbolos dos sonhos segundo chaves transmitidas oralmente através dos tempos. Esta arte, a que se dava o nome de orinomancia, ou a divinação por meio dos sonhos, era praticada em todos os lugares. (76) Onirólogo: intérprete de sonhos, a partir de conjunto de conhecimentos relativos aos mesmos. Para os índios da América do Norte, o sonho é o signo final e decisivo da experiência. Diziam que os sonhos estão na origem das liturgias, estabelecem a escolha dos sacerdotes e conferem a qualidade de xamã (77). É deles que provêm a ciência médica, ordenam-se as guerras, as caçadas e a ajuda a ser ministrada. Já para os bantus do Kasai (na bacia localizada no Congo, na África), certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam corpo durante o sono e vão conversar com a alma dos mortos. Esses sonhos têm um caráter premonitório, referente à pessoa, ou que podem consistir em verdadeiras mensagens aos vivos, que interessam a toda a comunidade. (77) Xamã: mago xamanista, pessoa que se contata com espíritos na religião de determinados povos. Os exemplos de sonhos são infindáveis. Eles, geralmente, podem ser classificados por algum adjetivo ou substantivo que tenha sido o seu motivo. Assim, seriam alguns tipos de sonhos: históricos, pesadelos, religiosos, políticos, culturais, didáticos, criativos, de advertência, de sobrevivência, excitante, bizarro, gratificante, incompreensível, inventado, mau, místico, monótono, recorrente, vívido, observador, de prazer, mitológico, de pressentimento, visionário, telepático, profético, entre outras designações.

Como, ainda, podemos entender o tema Segundo uma interpretação biológica prática, não existe nenhum outro setor da experiência humana que seja mais irracional e desprovido de lógica do que o dos

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sonhos. Já a psicanálise, completamente oposta a essa opinião, considera o sonho sempre dotado de sentido, com conteúdos possíveis de interpretações. Entretanto, para ter lógica para uma pessoa, ela precisa decodificar esses símbolos que compõem o sonho. Mas só para se ter uma idéia, com o passar do tempo, por exemplo, do início do século passado até este, umas imagens ou símbolos podem se enfraquecer nos sonhos das pessoas. Algumas imagens chegam até a desaparecer; enquanto outras surgem, com a evolução dos tempos em substituição àqueles. Assim, também, a mudança no mundo exterior influi no mundo interior. Então, vamos lá, resumidamente: . Sonhar é um fenômeno biológico, fisiológico, psicológico ou espiritual. . Um bebê passa entre 50% a 60% do dia sonhando. . Toda pessoa adulta, em oito horas de sono, sonha repetida e normalmente durante quatro ou cinco períodos de 30 minutos. . Toda noite, toda pessoa, em condições normais, sonha de 90 em 90 minutos, depois de adormecer. . As primeiras horas de sono vão descartar o lixo que você acumulou durante o dia; nas horas seguintes, seu cérebro vai trabalhar com o passado, depois com o futuro. Assim, os sonhos trabalham com todos os aspectos da nossa vida, com o presente, o passado e o futuro. . Um adulto pode chegar a ter 50 sonhos por noite, pode chegar a mais de 18 mil por ano. . Uma pessoa pode se lembrar de dois, três ou quatro sonhos pela manhã; isso significaria registrar, em média, mais de mil sonhos em um ano. . Se você pensa que não sonha ou nunca sonha, é porque não está passando pela vivência dessas imagens e símbolos toda noite. . O primeiro sonho da noite dura poucos minutos, cerca de dez minutos; nas fases seguintes, eles vão se ampliando até 30, 40, 50 minutos no último sonho, o que é, freqüentemente, rememorado. . Procura-se no interior do cérebro a localização exata do chamado "centro do sono e do sonho". . Os efeitos dos sonhos podem ser alucinações, associações à realidade, criações de imaginação, libertações das tensões diurnas, molduras psicológicas, pesadelos inconseqüentes, reflexos fisiológicos e orgânicos. . Dois terços dos sonhos das pessoas saudáveis são sonhos ruins ou desagradáveis. . Uma pessoa pode se programar e treinar sua mente para se recordar de mais sonhos ao acordar. . Ainda não se tem idéia do que nos leva a sonhar; mas se sabe que os estímulos do dia-a-dia podem provocar os sonhos. . Há algumas pessoas que dizem que conseguem contatar e se comunicar com pessoas que já morreram através dos sonhos, mas isso foge do foco deste nosso trabalho. . Os sonhos representam a melhor linguagem mundial de integração entre os seres humanos. O homem integra-se pelos símbolos, pelos sonhos criamos o mundo que

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nos cerca. Sonhamos com o que queremos para nossa vida e, também, com os sonhos a nossa própria vida. . Você sabe que uma pessoa está sonhando olhando para os seus olhos, pelo movimento rápido do olho, chamado de sono REM (rapid eye movement = movimento rápido do olho). . Nos vários estágios do sono, a pessoa passa por alterações nas ondas cerebrais. . Se você acordar uma pessoa que está sonhando, primeiro ela irá se chatear com você, depois há uma grande possibilidade dela lhe relatar o que estava sonhando. . Sonhos relatados em terapias se concentram em questões sexuais, profissionais de maneira geral de relacionamentos. . Toda interpretação dos sonhos, no caso terapêutico, deve levar em consideração a pessoa e as suas referências. O caminho para a melhor compreensão é tratar individualmente, de pessoa para pessoa. O significado de uma imagem, de um símbolo, cor ou número, para mim pode ser diferente para você. . Pesadelo é um sonho, porém trata de emoções muito marcantes, geralmente em momentos críticos da sua vida. . Sonhos podem ser informações que o nosso inconsciente quer mostrar e que a nossa mente quer ocultar, porque é difícil enfrentar a verdade.

Como fazer para me lembrar dos sonhos A pessoa que se diz bloqueada pode vir a sonhar, pode se recordar dos sonhos, assim como a que quiser deixar de se recordar. Há pessoas que não conseguem lidar com esse mecanismo de auto-conhecimento. Mas é relativamente simples. É como se preparar para reproduzir, ou não, um texto que está no gravador. Não se esqueça que, no mundo interior, há diálogos, imagens, cores, pessoas, prédios, carros, números. Um mundo igual ao que você vê externamente. Portanto, o que se tem a fazer é tentar reproduzir o que se gravou na noite. O que ouvimos e falamos nos sonhos, o enredo, a história sem nexo que parece existir, pode dar à vida exterior os pontos necessários ao seu estado de satisfação ou insatisfação em que se encontra a capacidade energética da pessoa: os seus desejos e vontades (78). (78) Este é um livro para leigos, embora possa conter evidências científicas. Minha preocupação foi de ser o menos teórico no uso de expressões da psicologia. Compreenda que: . Sonhar pode ser uma ferramenta de auto-ajuda. . Quem toma tranqüilizante tem dificuldade de recordação. I. A técnica mais simples é da auto-sugestão:

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a. Antes de deitar, pense ou medite que irá se lembrar de seus sonhos e escrevê-los. Imagine-se fazendo isso pela madrugada, acordando de vez em quando ou quando for despertar pela manhã (o mais recomendado); b. Coloque do lado de sua cama um bloco com caneta ou um gravador, para facilitar o seu registro na hora de se levantar. II. Outra técnica exige a participação de outra pessoa. É você ser acordado no meio do sonho: a. Quando estiver com movimentos rápidos nos olhos, alguém lhe acorda; b. Os registros podem ser feitos por escrito ou gravados. A partir dos primeiros registros, o processo vai ficando cada vez mais fácil. Há outras técnicas, mas que são administradas apenas em laboratórios de pesquisa especializa dos em questões do sono.

Como foi uma Experiência Acordei às 03h45 de 02/05 a 03/05. Pensei como seria uma noite de JNL: Imaginei-o levantando-se às 2h30, 3h00 ou 4h00 da manhã, procurar por uma caneta, um pedaço de papel. Fazer um rascunho de uma mensagem, que acaba de sonhar com alguém, que não conhece, talvez nunca veja, nem saiba por que. Apenas, que acaba de receber uma mensagem para uma determinada pessoa e se preocupará em fazer com que, ainda, receba uma correspondência. É uma sensação de inquietação, aflição, impotência, quanto maior for o desastre que esteja visualizando. Ao passar para o papel, não diminui a sensação de dever cumprido. Aí, inicia-se uma nova etapa: a de certificar-se de que a pessoa com poderes para agir, que tenha recebido a mensagem, decida o que pode ou deve fazer. O verdadeiro desabafo desse homem, JNL, que se dedica em suas noites de sono - a profetizar com sonhos premonitórios - acredita que pequenas mudanças possam fazer grandes diferenças com as decisões desses líderes. Aqui reside o dilema da advertência, como concluo, no final. (79) (79) No último capítulo deste livro.

UM MÊS DEPOIS DE NOS CONHECERMOS Num final de semana de abril, fui convidado por dois empresários de São Paulo a visitar Atibaia. O convite foi para chegarmos no sábado e passarmos até o domingo. Na verdade, foi um convite para o Jucelino. Cheguei, pontualmente, às 11 horas de sábado. Seria a primeira vez que estaria com ele de uma forma mais social, descontraída e informal. Oduvaldo estaria presente. Seria, também, a primeira vez que encontraria José Messias. Para dizer a verdade, fui mais pelo contato estreito que poderia desenvolver com meu entrevistado. Não sabia o que me levava a esse encontro. Toquei a campainha, mas o

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anfitrião não estava. Havia ido à feira comprar frutas e verduras. Aguardei no carro um tempo, até que chegou um dos amigos e convidados do dono da casa, Mario, meu xará. A empregada avisou-o que eu já havia chegado e me senti mais à vontade para entrar na casa. Não sou de me preocupar com introdução e apresentações, tanto é que logo estávamos conversando, sentados na sala. Bem à vontade, como se fôssemos conhecidos desde longa data. Uns minutos depois, chegou o anfitrião: Décio. Entra rápido, nos cumprimenta e sai, novamente, dizendo que ia comprar mais alguns itens que faltaram para o almoço. Minha conversa com meu xará, Mario, depois acabei concluindo, estava sendo a prévia do que seriam aquelas horas até domingo de manhã. Conversamos sobre ciências esotéricas, psicologia, fenômenos paranormais e profecias. Esses são temas férteis, que rendem debates convergentes e divergentes. Os primeiros são convergentes, porque as pessoas estão com sede de conhecimento. Estão mais abertas para se informar das definições, das escolas, das correntes, dos pensadores que estão por trás de cada idéia, como se formam essas ideologias. Enfim, dos interesses de cada grupo que se reúne para difundir uma dessas idéias. Os segundos, os divergentes, são os que se encastelam em crenças com limites, aqueles cuja mentalidade se fecha para a pesquisa, para o argüir criativo, para o instituto da dúvida. Só que entre o primeiro grupo que estuda, que busca, que lê, que debate, que compreende, que conhece as diferenças e o segundo, existem diversos outros, em estágios diferentes de conhecimento e compreensão. Esse primeiro grupo é capaz de superar o conceito daquilo que é crença do que é ciência. Enquanto o segundo insiste em fazer da crença religiosa a base para a ciência. De novo, quero deixar claro que neste livro não se trata de religião ou de religiosidade. Estamos filosofando sobre a dimensão da ciência em questões de sonhos premonitórios. O envolvimento da ciência em questões das quais hoje ignoramos seu mecanismo de funcionamento. Pressenti que o fim de semana seria conversando sobre ciência, metafísica e religião. A trilha por esses três caminhos nos leva a uma faceta de verdade. Essa vontade de verdade que o pensamento filosófico tem em vista a resolução de três questões existenciais e principais: todos nós, ao que parece, queremos compreender o significado da vida, a natureza da morte e a liberdade de escolha, o livre-arbítrio. Décio voltou da feira. Jucelino, Oduvaldo e Messias chegaram de viagem. Em poucos minutos, após abraços e um papo de descontração, estávamos todos sentados na mesma sala onde, há mais de uma hora, eu debatia esses temas com Mário. Como já disse, foi por onde continuamos. Falei-lhes deste trabalho, do que estava pesquisando sobre JNL. Expliquei-lhes que uma das dificuldades de publicar textos ou pesquisas sobre fatos paranormais está na razão direta de sofrerem influências ou tendências das crenças que estão por trás de quem provoca o fenômeno. O que quero dizer, com isso, é que se uma pessoa provoca fenômenos paranormais e é adepta de uma determinada religião, ela poderá se expressar ou justificar dizendo que o que lhe ocorreu foi por causa daquela religião. Ela acaba se utilizando daqueles valores comuns à sua crença para explicar o fenômeno. A explicação pode acabar tendo o enredo baseado nos elementos comuns daquela religião. Quando se entende

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cientificamente, a absoluta desvinculação, isso é que o resultado de alguém que provoca um fenômeno, independente de sua crença religiosa. Outro ponto é a comprovação desse resultado. Os acontecimentos, por serem esporádicos, têm uma grande dificuldade de serem repetidos com freqüência. O que é o principal requisito da ciência. O que não acontece com JNL, que consegue repetir seus resultados.

Por que acontecem fenômenos paranormais em nossas vidas? 1. Para nos mostrar, conscientizar de alguma coisa ou fato que existe além de nossa capacidade perceptiva sensível. 2. Para nos provocar, alertar, fazer agir de maneira ativa, em determinado assunto ou questão. E é natural aquelas pessoas convidarem JNL para sua casa para conhecê-lo melhor. A curiosidade de estar com alguém que tem dons especiais, que é capaz de antever acontecimentos, desperta-nos o desejo de termos acesso a esses poderes, para não formar um juízo errado da maioria, mas há quem pensa que pode adquirir algum poder se conviver com uma pessoa como JNL, o que não é o caso dos que nos recepcionavam. Quando não acharem que podem, só por estar perto, receber alguma informação privilegiada. Qual não é um outro engano de quem pensa assim. Mas eles queriam saber de JNL. E ele pacientemente repetiu a mesma história que já havia repetido para mim. Eu gravei, novamente. O almoço ainda não tinha sido servido e ele estava contando mais detalhes. Todos que você já conhece foram por mim relembrados. Afinal, Dona Cecília preparou e nos serviu um delicioso arroz de forno, uma carne assada, entre outros pratos. Mesa farta, conversa solta. Não parávamos de ouvir o Jucelino nos contar sua vida. Era isso que o anfitrião queria: conhecê-lo. Fala de suas dificuldades, apesar das ofertas que recebeu para morar fora, trabalhar para o governo americano. Ter uma casa boa, educação para os filhos. Ganhar em torno de US$ 5.000.00 (80) por mês. Mas, observa com cautela: - Não sei até quando iriam cumprir. Pediram para assinar um contrato que não dá para assinar... (80) Equivalente a R$ 13.000,00, sem impostos. Explica que queriam que ele não falasse sobre determinados assuntos, que deveria deixar que eles divulgassem suas advertências. - Preciso cuidar da minha família, mas não tenho interesse nesse tipo de proposta, conclui. Mário lhe perguntou: - Você procura se manter imparcial? - Com certeza, JNL responde.

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Nossas conversas não tinham uma linha a ser seguida. Assim que vinha na cabeça dos convidados, trazia-se à tona: viagens do passado, ao futuro. Do que será que poderá acontecer daqui a 600 ou 700 anos. Jucelino, entre uma garfada e outra, explicava como utiliza cálculos com base em uma matemática antiga, egípcia, que não podia revelar, mas que lhe dá a precisão na revelação das datas em seus sonhos. - E sobre extraterrestres? Mario lhe pergunta. Jucelino conta que tem coisas que pode comentar e outras, não. Nosso agradável, saudável, generoso almoço foi regado por muita informalidade, revelações de segredos e risos. Voltamos à sala, nos acomodamos. Parecia uma reunião de confrades de alguma sociedade secreta que não queriam que mais nada fosse assim tão secreto. Mario coloca sua opinião sobre teoria da evolução de espécies. Os temas não deixam de ser intrigantes. A perseguição às mulheres, dos seres de diversas formas e de relatos presenciais ouvidos nas escolas filosóficas em que participou. Entramos em cidades perdidas que já teriam sido objeto de pesquisas arqueológicas por países como Alemanha, Rússia, com bom planejamento e pesquisa. JNL diz que nessas cidades havia elementos-chave do conhecimento, que tudo foi perdido. Mas que nada, ainda, se pode revelar. Um profundo silêncio de ignorância ou misto de insatisfação e resignação. Perguntam-lhe, quando começou a escrever? Mais uns bons minutos repetindo as gravações, o que ele já me havia dito. Foi, então, que entramos nas questões climáticas, do que poderia acontecer no planeta em 2043. Coisas que preocupam, mas que ainda precisariam ser mais pesquisadas para serem informadas. As preocupações com a manutenção da população, se não forem observadas questões de crescimento sustentável. Quem está usando esses termos sou eu. JNL expõe o que seria um resumo da sua palestra. Ele já tem falado às pessoas sobre essas preocupações com base em seus sonhos: - O meu projeto de trabalho, hoje, é tentar reverter esses problemas futuros. Fazer com que as pessoas se conscientizem, por menor número que sejam, para que mudem sua forma de pensar. Não seus ideais, em relação à vontade material, mas se abrirem mais para o lado espiritual. Nós ainda temos um tempo antes que haja essas mudanças climáticas gigantescas. Temos tempo, mas a partir de dezembro de 2007 será uma sombra negra que se alastrará para o céu do mundo. Os que estarão aqui vão ver! A partir de janeiro de 2008 começa a infelicidade do ser humano. Isso é o que me preocupa. E, talvez, eu não tenha tempo. Eu aceitei até aparecer na televisão. Esse era o meu propósito, ser colocado em xeque, colocado em dúvida. Aceito todas as opiniões céticas, com o maior orgulho, todas as pessoas têm o direito de pensar o que quiserem. Mas aceitei ser questionado mediante essas condições. Eu preciso correr contra o tempo, é muito curto o tempo, é muito curto. E os meios de comunicação são uma abertura para que a gente possa falar. Pelo menos levar ao conhecimento das pessoas, de que muitos estão indo para o caminho errado. Isso só depende de nós, isso se chama livre-arbítrio. Esse livre-arbítrio, às vezes, leva as pessoas para um buraco sem volta. E nos entristece, pois temos um trabalho conjunto com a parte divina, aí eu ficaria muito triste se algo vier a acontecer. Eu não estou aqui para ser

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um profeta, estou simplesmente para levar a verdade. Falamos de um asteróide que está em rota de colisão com a Terra, nenhum astrônomo ainda o localizou, mas ele deve aparecer lá pelo ano de 2009/2010 vão conseguir vê-lo. E a rota é de colisão. Já enviei correspondência a vários órgãos, inclusive a NASA tenho AR (81) de que eles receberam... (81) AR: Aviso de Recebimento dos Correios. - Qual a chance desse evento ocorrer?, pergunto. - Há uns 40% de não ocorrer e uns 60% dele se chocar. Isso me preocupa... - O que é isso de nuvem negra? - Isso está relacionado com o problema climático, é a partir de 31/12/2007. Nós vamos viver dias terríveis de 2008 a 2012, serão dias de muitas mortes, eventos como terremotos, doenças que aparecerão, distúrbios. A cura da Aids deverá chegar em 2008, mas deverá vir outra doença pior. Nós vamos ter isso, e me preocupa. Embora a ciência esteja avançada, ela não está tanto assim. Ela não está preparada para resolver esses problemas, em larga escala, um vírus diferente. Na verdade, o meu propósito é alertar. - Esperamos que até 2007 possa haver uma grande conscientização! - Tomara! Na verdade, JNL diz que esses dois anos equivalem a dois mil. E que se as pessoas modificarem o seu comportamento com relação às questões ambientais, ainda haveria tempo para que esse processo seja revertido. Como já escrevi, quis fazer constar desse livro as previsões futuras, o que ele está alertando para os próximos anos, para demonstrar e comprovar as suas habilidades premonitórias. Aqui, não é o objetivo indicar quais seriam essas atitudes modificadas. Não poderíamos deixar de falar de políticos, das nações, da globalização. E entramos no tema mais fascinante quando se debatem questões premonitórias: as grandes profecias. Nesse ponto, nossos anfitriões, Décio e Mario, falam das profecias que outros já fizeram sobre esses tempos. Citam Cayce e Scallion. Comenta-se um filme que assistiremos mais tarde sobre eles. Fala-se, afinal, não do final dos tempos, mas do final de ciclos. Jucelino diz: - Eu vim trabalhar de forma diferente, não são como as Centúrias de Nostradamus, ou em metáforas. É uma linguagem mais franca e objetiva. Vai acontecer em tal dia, mês, ano, até horário. Quero mostrar às pessoas o que já fiz e que façam alguma coisa enquanto há tempo... - Você está deixando bem claro, respondi. Meu xará, Mario, se despede, pois tinha um compromisso em Campinas. Naquele momento em que ele estava saindo, tocamos no assunto de eleição do Papa. O processo de votação ainda não havia se iniciado. Que reflexos haveria se não fosse um Papa tão popular quanto João Paulo II? Quem poderia ser eleito? JNL deu o relato de sua premonição nesse sentido:

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- As possibilidades estão divididas entre um alemão, 40%, um africano, 30%, e um ocidental chinês, com 30%..., essa é a divisão... (82). (82) Papa Bento XVI (Cardeal Joseph Ratzinger) foi eleito em 19/04/2005. Décio comenta os prognósticos proféticos, falando das catástrofes que estão reservadas aos Papas futuros. Em seguida, falamos sobre a catequização das igrejas de maneira geral. A preocupação com o aumento de fiéis, a manutenção de suas estruturas organizacionais e a busca de recursos, a evangelização em países latino-americanos. Claro que um Papa oriental ou africano poderia arrebanhar muitos fiéis, mas a igreja católica tem outros meios e interesses para avaliar a eleição de um Papa. No fundo, estávamos tratando da conquista de mercado entre as diversas igrejas por mais adeptos. Quando JNL me diz que naquela semana, além de ter visto quem seria o novo Papa, que ele teria que enfrentar problemas no próximo ano. Perguntei-lhe: - O que você viu para o novo Papa? - Eu vi que o próximo Papa pode sofrer um atentado em 2006, em março, dia 13, mais ou menos. Se está dentro dessas profecias, eu não sei... - Que dia é hoje?, pergunto ao Décio, para que fique registrado. - Hoje é dia 16 de abril! JNL confirma uma nova carta: - Já mandei, em nome do novo Papa, uma carta. Não posso falar seu nome! Mas tenho uma carta registrada... - É exata essa data? - Eu prefiro que nada aconteça... Como disse, o nosso dia estava repleto de muitos assuntos diferentes. Mal se terminava de falar de um deles, em profundidade, já estávamos em outro. Décio lhe pergunta sobre quem o orienta. Jucelino diz ser uma voz, a do seu mentor. Ele não sabe o seu nome. Não o identifica por alguém. Apenas que recebe as instruções: - "Você faça isso. Você faça aquilo. Não vá fazer aquilo”. É a comunicação que eu tenho. É a minha ligação para com ele. Isso acontece diariamente. E quando ele não tem sonhos, recebe orientações desse mentor. Perguntei-lhe se já havia sonhado com seu mentor. - Não, não sonho com ele e nem o vejo. Ele é natural para mim, hoje. É natural em mim, porque quero dizer; não provoco. Desde os nove anos de idade, isso começou. Eu não sei se isso teve alguma influência daquilo que a gente chama de Mãe de Ouro, lembra? Aquela luz, não sei se é isso que tem influência, que ativou, não sei o que é que é. Por que eu nunca mais vi nada, lá no quintal de casa. Eu via todo dia, aquilo que causava uma impressão dentro de mim, modificou, moldou a minha vida, a partir dos nove anos. Não foi na hora que eu tive essa transformação, aquela fusão. O fato foi na hora, mas demorou, mais ou menos um ano, para se manifestar. Ali, eu estava com oito anos. Então, minha vida foi se transformando a partir daí.

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Já eram nove e meia, fomos fazer um lanche. Como sempre, Décio nos oferece uma mesa farta e muito bem posta. Farta seleção de frios, queijos e pães deliciosos, prosas e papos de casos recentes, como de um conhecido advogado e seu sogro, que ao dar a mão, ele, Jucelino, já diz ao sujeito para parar de beber, senão seus dias não passariam de uma semana. O genro advogado se espantou, pois não havia contado nada ao Jucelino que o seu sogro estava muito mal de saúde. Depois dessa ocasião, o sogro do advogado passou uma semana internado. E, como aconselhamento de um especialista, o médico repetiu que se ele não parasse de beber, não viveria. Voltamos a conversar sobre profecias. Assistimos à reprise do programa quando Jucelino se apresentou na TV Bandeirantes, sendo entrevistado pelo jornalista Roberto Cabrini. Seguimos com um especial feito pela BBC de Londres sobre maiores profecias. Já não dava mais para agüentar. Horas seguidas abordando assuntos tão subjetivos e abstratos. A mente fica cansada. Era preciso descansar. Eu, particularmente, tive uma noite muito agitada. Acordei bem. Era cedo, o carro da TV Bandeirantes ia chegar para levar o Jucelino a um programa ao vivo. Na mesa, novamente bem posta e servida, o café da manhã nos esperava. Jucelino retira um papel do bolso e lê quatro estrofes. Aliás, pede que eu leia. Leio em voz alta para todos à mesa. Silêncio. A mensagem não era muito clara, precisava ser interpretada. Era cheia de metáforas. Tento fazer uma leitura pelo que havia entendido e Jucelino diz que era isso mesmo. Não vou comentá-la. Trata-se de um evento que poderá acontecer daqui a anos. Não queria repetir o dia anterior, que fora cheio de suposições e conversas próprias de eternos buscadores atrás de uma resposta definitiva. Despeço-me de Décio, Jucelino, Messias e Oduvaldo e sigo para São Paulo. Era um domingo de céu azul. Vim pensando, enquanto dirigia, todos somos eternos buscadores de respostas para o que vai além da nossa compreensão. Reparem: mantemos e sustentamos as inquietações da alma quando as perguntas insatisfeitas se tornem satisfeitas. Ai, nesse instante de equilíbrio, momentâneo, nesse certo espaço de tempo, ou não garantimos que sabemos tudo ou aceitamos. Mas logo outras perguntas vêm e ficam insatisfeitas. Voltamos ao estado de desequilíbrio, de busca, de inquietações, podendo gerar mais dúvidas e opiniões radicais ou inflexíveis. Que fantástico é o ser humano: que sonha acreditando que pode modificar o mundo, sendo que, diariamente, nem consegue através de seus sonhos compreender e modificar a si mesmo! Sinceramente, durante quase todo o tempo em que estive lá procurei ouvir mais do que falar sobre os temas que foram abordados. Tenho fortes convicções de que estou aqui mais para lhes contar o que aconteceu em Atibaia, como registro dos passos de Jucelino Nóbrega da Luz, do que para analisar muitos temas que foram tratados, pois não tenho informações que possam me fazer formar uma opinião. Apesar de um tráfego intenso, cheguei bem em casa.

Como era com Edgard Cayce

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Ele era considerado um dos maiores médiuns americanos. Viveu 68 anos, de 18/03/1877 a 03/01/1945. Durante 43 anos efetuou 14 mil registros, que foram estenografados por sua secretária e auxiliado por sua mulher. Cayce efetuava suas leituras, como ficaram conhecidas, em estado de sono ou hipnagógico, daí o seu apelido. Era conhecido como o "profeta adormecido". Atuava por meio da telepatia e clarividência nesse estado alterado de consciência enquanto relatava suas visões, que eram escritas. Atendeu mais de seis mil pessoas. Segundo ele, os sonhos têm duas funções: resolver os problemas do sonhador em sua vida consciente, despertar e estimular o sonhador a desenvolver novas potencialidades. A interpretação dos sonhos não é assunto simples, porque as pessoas não são simples. Nos sonhos, as pessoas experimentam por si mesmas todos os tipos de fenômenos psíquicos recebendo ajuda psicológica e aconselhamento religioso em todos os níveis (83). Há várias outras leituras recomendadas sobre esse médium. (83) Extraído do livro “Edgar Cayce e os Sonho".

COMO FOI FALAR SOBRE SONHOS EM AMPARO Subi à cidade serrana de Amparo, no Estado de São Paulo, no final de maio. Havia sido convidado para uma participação em uma palestra de JNL. Cheguei pouco antes do entardecer de um sábado, fui comer um lanche, pois não havia almoçado. Oduvaldo vinha trazendo Claudia, Talya, Matheus, Lucas, Jucelino, Gisele, a irmã de Claudia, de 23 anos, e suas duas filhas, Daiana, de sete anos, e Tatiane, de oito anos. Esperava, logo, encontrá-los para trocar uma idéia do que apresentaria dentro do tema. O convite foi feito por uma instituição de estudos sobre objetos voadores não identificados (84). O tema seria sobre ecologia e a conscientização geral sobre o problema climático e suas conseqüências, a partir dos sonhos premonitórios, que JNL vem advertindo. Minha participação seria para abordar a questão terapêutica dos sonhos e falar sobre as pesquisas que vinha fazendo nesses documentos. (84) Cepua - Centro de Estudos e Pesquisas Ufológicas de Amparo. Não tive qualquer objeção em aceitar, pois me engajo na questão ambiental e populacional. Um exemplo de que tenho estudado é de que é um debate muito crítico e sério: haver crescimento sustentável com consumo consciente. Em linhas gerais, de maneira bem resumida, acredito que esse problema não é tão fácil de se resolver. A equação está em como fazer com que os que não consomem, ou que estão à margem do consumo, se pudessem ter os mesmos níveis de consumo do que consomem nos países industrializados, haveria um colapso. Se assim fosse feito, haveria a

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necessidade de quatro planetas Terra para abastecer essa população que entraria nesses níveis de consumo. Portanto, o que se deve fazer para resolver essa questão? Além disso, se alterações climáticas podem vir a prejudicar ou desequilibrar áreas tradicionais de plantio, o que seria um cenário ainda mais temeroso. Portanto, esse é outro ponto: as pessoas já sabem os problemas que podem acontecer quando há desmatamento desordenado ou aquecimento global. Sabem que uma ação destrutiva gera conseqüências. Se você devasta uma região, há possibilidade daquele solo ficar estéril, isto é, virar deserto (85). Outro exemplo, comum nos grandes centros urbanos, na aglomeração desordenada de pessoas: se você constrói um loteamento clandestino, ao lado de um manancial de água, irá prejudicar a sua nascente, há possibilidade de secá-la e de poluir o restante da água que corre dali. Se a temperatura está aumentando nas calotas polares, há possibilidade de grandes blocos de gelo se desprenderem e aumentar o nível dos oceanos. Partilho da idéia de que há uma causa bem definida para cada efeito. (85) Refiro-me ao que já foi desmatado nas florestas tropicais do sudeste da Ásia, na África e, agora, na América Latina. Às vezes, pode não ser tão clara ou evidente. Pode ser que com essas ações destrutivas ou modificativas não estejamos sabendo que conseqüências iremos provocar, mas que alguma mudança haverá, nisso eu acredito. Nem mesmo os cientistas em suas pesquisas são tão espertos. Somos um tanto ignorantes quanto às conseqüências quando alteramos ou modificamos um estado físico de matéria. Qual será o desequilíbrio e em quanto tempo isso poderá acontecer? Por entender que quando há alteração, acredito, é feita pela ação dos homens, não sou alarmista, desses que gostam de ficar divulgando catástrofes destruidoras. Mas gosto de alertar com várias luzes bem amarelas de que temos um problema. Sobre o meio ambiente, sou daqueles que acreditam que esses problemas vêm se acumulando e precisam de maneira intensiva, séria, consciente, serem mais estudados, compreendidos e resolvidos. Todas as ações estão interligadas, repito, apesar de que muitas podem não ser compreendidas como conexas, de não parecerem que estejam, mas uma ação decorre de outra, sim. Por isso, tenho uma visão de que somos responsáveis pela degradação e degeneração da nossa própria qualidade de vida. Quer seja em sociedade ou com a natureza. E, quando escrevo natureza, quero dizer os três reinos: mineral, animal e vegetal. Por dividir essa mesma opinião com quem iria dividir as atenções, fui falar sobre o que seria, também, sonhar com um mundo melhor. E como todos podemos exercitar essa faculdade de sonhar. O local, no centro, um salão de uma associação esportiva, marcado para as 20 horas, estava com umas 350 pessoas, quando chegamos faltando minutos para o horário. O organizador do evento, Fábio Khouri, estava contente, pois conseguiu arrecadar mais de 250 quilos de alimentos para uma entidade social (86). Tudo estava saindo como ele havia planejado. O interessante desse encontro, entre

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Fabio e Jucelino, é que aquele o procurou para lhe falar de seus sonhos. Fabio desde pequeno vem desenvolvendo essa faculdade de receber boas orientações através da interpretação de seus sonhos. Foi dele a idéia e a realização, com uma equipe de colaboradores, de nos convidar e recepcionar de forma carinhosa e hospitaleira. (86) Associação Esportiva Irapuã, em 21/05/05. A arrecadação foi para a Ação Social de Amparo - "ASA". Sob o olhar atento dessas pessoas, JNL pôs-se a falar primeiro de sua faculdade mental, do início dos sonhos, da reação da mãe, das dificuldades, do seu cotidiano, da sua rotina de correspondências, da cobrança de atitude de quem é alertado e das previsões futuras, que já conhecemos algumas, faladas aos amigos e empresários, lá de Atibaia. Ele não poupou os espectadores, que se dispuseram a ouvi-lo, curiosos numa noite de chuva, em pleno sábado de aparente descanso. Durante duas horas ele falou dos problemas que se acumulam e das conseqüências que podem gerar. Deu prazos para os eventos futuros. Tudo muito claro. Tudo muito preocupante. As pessoas o escutam em silêncio e fixam-se às cadeiras, como que se soubessem o que lhes estaria reservado. Ao final, nas perguntas, no debate com ele, percebem que há, afinal, ainda uma luz de esperança ao fim do túnel. Nada menos aterrorizante do que saber que somos capazes de reverter esse processo de destruição ambiental. Aos poucos, as pessoas vão se acostumando com o tema e começam a elaborar perguntas sobre essas revelações proféticas. Aí está o foco do que estávamos vivenciando: como nos colocamos à frente das profecias? Como reagimos ou interpretamos as informações que nos são passadas e que podem vir modificar o nosso futuro? Os rostos das pessoas exprimiam sentimentos e atitudes distintos, variados ou conjugados de impotência, resignação, perplexidade, angústia, ansiedade, preocupação, desorientação, atenção, curiosidade, descrença, interesse, incredulidade, desdém, euforia, introspecção, silêncio, auto-análise, defesa, ataque, neutralidade, nervosismo, apatia, consciência, controle, depressão, desinteresse, frustração, irrealidade ou realidade que se misturavam naquele salão. É próprio da nossa natureza esse comportamento típico, diante do desconhecido e de seus limites, do que é possível ou concreto. Além disso, nada me surpreende, com olhares de pesquisador há décadas, diante da dificuldade que temos em obter respostas satisfatórias a essas questões premonitórias. Está distante, adormecida, talvez foge da nossa capacidade, com a atual realidade de sociedade consumista global, entorpecida por valores distorcidos, a percepção para questões de um vívido passado profético. Lê-se em livros sagrados que a advertência quanto aos destinos de um povo ou nação são as vontades de Deus. Como já alertei, esse não é o nosso foco, mas não posso deixar de incluir, pelo menos, duas citações de como os sonhos premonitórios ou proféticos foram encarados no passado, não tão distante.

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Eram outros tempos, a dimensão e a busca da verdade: “era crença entre os hebreus que Deus intervinha nos sonhos dos homens para dar-lhes a conhecer a Sua vontade". Então, disse o Faraó a José: Eis que em meu sonho estava em pé na praia do rio; subiam do rio sete vacas, de carne gorda e formosa à vista, e pastavam no prado. Outras sete subiam após, muito feias e magras, não vi em toda a terra do Egito outras iguais de fealdade. As magras e feias comiam as primeiras sete de carne gorda. E segue-se em mais detalhes o sonho do Faraó. José, prisioneiro hebreu, disse-lhe o que Deus há de fazer, e interpretou o sonho: vacas formosas e espigas cheias simbolizam sete anos de fartura, e o contrário de seca e fome gravíssima, que o povo do Egito conheceria a seguir. Cumpriu-se o sonho precognitivo que o Faraó havia tido duas vezes". Ao que se sabe, o Faraó teria se precavido, poupado, se resguardado nas épocas de fartura. O que lhe foi possível e a seu povo passar com menos sacrifícios os anos de dificuldades. Ao profeta Daniel, Deus deu entendimento em toda visão e sonho. Antes de interpretar um sonho precognitivo de Nabucodonosor, disse ele ao rei babilônico que então conquistara Jerusalém: O ministério que o rei quer desvendar, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem descobrir. Mas há um Deus no céu que o pode, o qual revela os segredos, e fez saber ao Rei Nabucodonosor as coisas que devem acontecer por último. Segundo Daniel, ele recebera o dom profético ouvindo a voz de Deus, para que pudesse tomar acessível o conhecimento das coisas. As profecias de Daniel puderam ser presenciadas por séculos: depois de Ciro, outros três reis da Pérsia, depois Xerxes, que seria poderoso em riqueza e força, que ergueria seus povos contra os gregos. Falou de Alexandre, o grande, de reis que iriam dominar outros Estados, de filhos e amigos que seriam mortos ou assassinados. Combates, casamentos, tiranias, a fineza de Cleópatra, as conquistas de Cipião, Daniel descortinou o futuro. Os tempos de José, do Egito, foram entre 1700 a 1600 anos antes de Cristo, Portanto, há 3600 a 3700 anos. Isaías, outro profeta, teve muitas visões com antecedências de séculos, foi em 800 a.C. Os do profeta Daniel, contemporâneo de Ezequiel, foram em 600 a.C. Há muitos exemplos e experiências premonitórias espontâneas na Antigüidade, que se estudam. Em tempos e lugares diferentes, sob conceitos diferentes - de "profecia natural" ou "profecia sobrenatural" - o desvendar do futuro pelo homem ou através do homem, a precognição registrou-se, até os dias atuais, continuadamente na História da espécie humana e de sua cultura (87). (87) Extraído do livro "Precognição". Após quatro horas e meia, entre palestra e debates, fui me recolher, com o sentimento de que mais pessoas conheciam alguns conceitos a mais de para psicologia. Oito horas, na manhã seguinte, Jucelino foi me chamar. Acordou-me, muito bem-humorado, como sempre. No nosso café da manhã, avaliamos o encontro, com as suas sobrinhas e filhos. Novamente, o paciente Oduvaldo, cuidou para que todos

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tivessem a merecida atenção e minimizou o tumulto provocado no salão do hotel pela naturalidade e espontaneidade das crianças. As duas filhas de Gisele, com os três filhos de Claudia, multiplicaram a energia no ambiente e nos colocam de volta ao presente, no aqui e agora. Nada como a energia de uma criança, façam uma idéia de cinco, para nos lembrar da magia da vida. Concentrei-me para fazer a última bateria de perguntas ao Jucelino, que fariam parte deste trabalho. Ele, sempre pronto, as respondeu, ao voltarmos para a saleta do quarto do hotel.

TRÊS MESES E POUCO DEPOIS: ONDE TUDO PARECE QUE IRÁ CONTINUAR

O coração é mais astuto que o intelecto.

De certa forma, não me canso de provocá-lo para saber se posso continuar em busca de futuras evidências comprováveis. Faço-lhe mais um convite. Um desafio, na verdade. - Você se sujeitaria a qualquer tipo de avaliação parapsíquica para testar essas suas capacidades? Refiro-me especificamente àquele canadense radicado nos Estados Unidos, James Randi (88). (88) Desde 1996, esse ex-mágico criou a James Randi Educational Foundation e, através dela, lançou um desafio no qual oferece um prêmio a quem provar possuir qualquer poder paranormal. - Já foi feita uma proposta através de uma grande rede de televisão. Um parapsicólogo falou que tinha quatro cartas para eu adivinhar. Eu, simplesmente, propus a ele, vamos usar outro tipo de teste. Disse-lhe: você escolhe uma série de processos, aqui no Brasil, que eu não conheça, que não tenha ido a público, que não tenha sido resolvido, que eu resolvo em um prazo de 20 dias, um de cada vez. Foi isso que eu falei a ele nos bastidores da televisão. Não seria preciso mais outra prova. Isso já é uma prova mais difícil do que adivinhar qualquer tipo de carta. Esse foi o desafio que eu fiz a esse parapsicólogo, ele até disse que ia me levar nesse americano. Estou esperando. É só me procurar, marcar o programa que quiser, pode fazer ao vivo. É lógico que o conteúdo a gente vai manter no anonimato. Só pode falar na televisão se deu certo ou não... - Certo, muito bom. Então, vou atrás desse canadense-americano. - Exatamente... - Você fala de muitos casos de morte, de atentados, de catástrofes, como terremotos, maremotos nas suas previsões de acontecimentos futuros. Você só sonha com isso ou sonha com realizações grandiosas para o benefício da humanidade? Como a

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conquista de paz entre os povos, ações corretas de governantes, de curas de doenças ou de outras grandes descobertas positivamente revolucionárias? - Eu acho que os itens que eu sonho são benéficos. É um sonho ligado ao bem. Você poder saber de um problema que vai ter no futuro, mesmo uma catástrofe, onde você possa minimizar os problemas com mortes. Eu sei que isso é benéfico, não é um ponto negativo, é um ponto positivo. Na questão de sonhar com pontos positivos, seria sonhar com a cura de uma doença, que já aconteceu, muitas vezes. Algum evento que vai ocorrer para a eficácia daquele problema que existe, uma doença incurável, saber quando vai surgir uma nova doença. Então, isso para mim é tudo benéfico. Embora, algumas pessoas entendam que há pontos negativos, que só sonho com catástrofes, mas não é. Se fosse para sonhar que a pessoa ia ganhar na loteria, não haveria necessidade, né? Eu acho que os objetivos desses sonhos, dessas premonições, são para evitar e precaver as pessoas de problemas futuros... - Quero retomar aquele ponto de cobrar das pessoas uma atitude. Você falou que se sente impulsionado para fazer essas cobranças, você diz: "eu vou, eu cobro, mesmo, eu ligo, eu telefono". Por que você se sente assim? - Isso vem de dentro de mim, como se fosse para dizer à pessoa da sua responsabilidade, seu desleixo, sua incúria. A partir do momento que ela é cumprida, se estabelece uma regra. Por exemplo: eu mando, confirmo se a pessoa recebeu. Então, a partir daí, que a pessoa não seguir esse caminho e o fato se concretizar, é uma responsabilidade minha cobrar essa pessoa. Por que não fez? Ou por que não tomou as atitudes? Por que deixou aqueles fatos acontecerem? Isso aí é uma responsabilidade que eu tenho que cobrar das pessoas. Não digo terem responsabilidade, mas o porquê? Existe um motivo para a pessoa não ter seguido a dica? - Dentro dessa mesma linha, então, você acredita que se as pessoas, ao acatarem o que você está falando com essa advertência, as alertando, elas irão evitarão o desastre ou a catástrofe em que estão envolvidas? - Sim, vamos dizer de uma maneira coletiva. Em tendo um terremoto que levará milhares de pessoas a perder suas vidas, eu acho que você não pode resolver o problema, evitar aquele terremoto, aquela erupção vulcânica, isso não tem como evitar! Mas minimizar o problema daquelas vidas que serão perdidas, isso é o que é mais importante... - Então, você acredita que com essa advertência, no mínimo, você minimiza? - Sem dúvida! Se acatarem, os governantes, as pessoas que recebem essas cartas, algo poderá ser evitado. Pelo menos diminuir a quantidade de mortos. - Você não tem, com isso, receio de cair em descrédito com uma mensagem que acabe não se concretizando? - Não, eu fico feliz! Ora, se o fato foi colocado para que as pessoas se cuidem e tomem as suas precauções, se ele não acontecer eu fico feliz. Eu não tenho, de forma alguma, receio que as pessoas irão pensar de mim e nem do meu trabalho, que será

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contínuo. Ou falar mais ainda. Aí me alimenta mais, para que eu mande mais cartas ainda, porque eu queria que todos não se concretizassem! - Então, você espera que as pessoas atendam às suas mensagens? - Sem dúvida, sem sombra de dúvidas... - E no que você espera que elas acreditem? - Em Deus! (pausa) Não no Jucelino, mas em Deus! (Silêncio em nossa conversa) - Você não considera que estar recebendo essas mensagens possa parecer, a quem não acredita, que seja muita pretensão da sua parte querer ser um mensageiro profético? - Olha... (pensa). Às vezes, sim, eu acho que a pessoa que recebe... É um direito dela de pensar o que ele quiser. Agora, no meu caminho, não posso ficar preocupado, e sim mandar a carta! Independente, que ela tenha uma concepção negativa, que ela ache que eu queira aparecer, me expor de certo modo, ser um mensageiro para que as pessoas me procurarem, isso fica a critério de cada um. Meu objetivo é mandar as cartas! (Fala de forma incisiva). Apesar dessas questões serem mais firmes, contundentes, de nossa conversar estar sendo levada a um clima mais tenso, ele não se abala. Mostra-se tranqüilo, sereno, mas enérgico e preciso nas suas colocações. Não titubeia, não afrouxa, não vacila. Fala de forma positiva e, convincentemente, com o coração. - Quando lhe faço essas perguntas, penso no nome de grandes videntes ou profetas de suas épocas (89), que previam situações que vieram a acontecer. Exatamente por isso se tornaram conhecidos, ganharam fama, notoriedade. Entretanto, após se tornarem celebridades, se envolveram com questões polêmicas em suas previsões. Continuaram fazendo declarações, só que seus índices de erros foram aumentando, deixaram de ter esse poder de precognição. Chegaram a prever grandes catástrofes, que foram muito divulgadas nas mídias, só que esses acontecimentos acabaram não acontecendo. Eles perderam a credibilidade. Então, você acredita que se tornar uma celebridade com suas premonições, suas profecias, você poderá perder a capacidade de prever? (89) Cito alguns nomes. Mas, especificamente, pensei em Gordon Michael Scalion e no vídeo que assistimos em Atibaia, em abril. Onde relatam-se profecias de Scalion que não aconteceram. - Não. Não acredito nisso, porque cada um tem a sua modalidade, o seu meio de trabalhar. E o meu processo é contínuo. Já tenho até um descendente da continuidade do meu trabalho (90). Eu vejo que se eu fosse perder eu não teria um descendente dos meus trabalhos. Jamais eu pensaria nisso. Não no receio de perder e sim de continuar atendendo a necessidade de pessoas, o povo. (90) Refere-se a Lucas, seu filho, que começará com a idade que ele começou.

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- Entendi. Sendo assim, você tem uma noção de quanto tempo ainda teria para realizar esse trabalho? Isso é, quanto tempo útil você ainda acha que pode ter? Há alguma previsão desse tempo? - Meu tempo útil de trabalho... de sonhos... de realizações de obras seria até o final, até o dia da minha morte! (91) (91) Ele acredita que terá uma longa vida pela frente. - Desculpe-me se estiver sendo inconveniente, mas eu insisto: você não tem receio de se tornar uma celebridade e com isso se expor, fazendo previsões que possam não se concretizar e, aí, cair em descrédito? - Celebridade, eu sei que irei me tornar desde criança. Sabia de todos os processos que ia passar. As dificuldades, espinhos na vida, as lutas, isso eu já sabia. Jamais teria receio disso, porque estou preparado desde criança... Esse ponto, e outros logo a seguir, a meu ver, são os mais controvertidos nessa entrevista. Mas, depois de refletir, conclui: que para uma pessoa que, há mais de 30 anos, tem altos índices de acerto, muito acima da média, nas premonições (92), - é evidente que apresenta seus níveis de erros, enganos ou imprecisões -, era de se esperar por um certo reconhecimento público. Daí a se tornar uma celebridade, é uma conseqüência da continuidade e da medida de seus atos. O que JNL já previu, que são seus atos, as previsões precognitivas, as profecias em eventos passados, como vimos na análise dos documentos, posso concluir que ele pode estar certo. Não é pretensão exagerada, ou tampouco falta de humildade, talvez possa haver um excesso de confiança. Mas não é prejudicial se pensarmos o quanto ele parece ser centrado e convicto em tudo o que faz. - Você me disse que sua média de acertos chega a 95% ou 97%, você não acha isso muito alto? (93) (92) Não tenho conhecimento que exista algum levantamento comparativo nesse sentido. Falo de forma ilustrativa. (93) Não foi a intenção fazer um levantamento que pudesse me oferecer um dado preciso. Ficou claro, desde o início, que o foco neste trabalho seria a análise do fenômeno da premonição e a pessoa de JNL. Um levantamento que gerasse um relatório estatístico, como escrevi, dependeria da catalogação e certificação de boa parte dos documentos que estão em seu poder. - Em relação ao bem, é uma média pequena, ainda. Teria que ser 100%. Eu comparo ao bem e ao bem seria 100%, não 97%, eu quero atingir os 100%... (risos)... - Agora, eu vou mexer um pouco com a sua vaidade, ou melhor, com o conceito de vaidade que existe dentro de cada um de nós, seres humanos. Você não se sente muito poderoso? Você não se acha com super-poderes?

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- Não, jamais! Poderoso é Deus. Não, não, imagina... Eu sou um ser humano igual aos outros. Não sou imune a nada. A mesma gripe que você tiver amanhã, eu também posso ter... - Não lhe sobe à cabeça... - Não, nunca na vida... Eu sempre fui assim... Todas as pessoas que têm contato comigo há anos me conheceram de uma forma e, hoje, me vêem da mesma forma... Eu nunca virei o rosto para ninguém, nunca disse que sou melhor que alguém. Faço para ser um competidor igual às pessoas, qualquer pessoa que esteja na sociedade, no meio do meu convívio, eu faço o mesmo, eu respiro o mesmo ar... - Numa previsão, que você antevê, só irá acontecer daqui a dez anos, você disse em entrevista, que tem um limite para mandar essa carta, qual é esse limite? - O limite que eu entendo é até quando as pessoas estejam conscientes do fato. Esse é o meu limite. A partir do momento que eu percebo que as pessoas já têm consciência do que vai acontecer, aí é meu limite. Aí, entrego a minha responsabilidade na mão das pessoas que receberam a mensagem. Após tudo isso, se ainda deixarem o fato se concretizar, eu cobro deles... Eu faço questão de enviar uma carta cobrando (94) ... (94) Pude ler cartas que foram enviadas a instituições, mesmo após a ocorrência de eventos. - Há um outro ponto que quero retomar. Você diz que envia suas correspondências com AR - Aviso de Recebimento, para a pessoa; qual a garantia que você pode ter que aquela pessoa recebeu a carta? Porque como sabemos, pode acontecer de um porteiro receber a correspondência, assinar, e a pessoa a quem foi endereçada a carta dizer que não recebeu ou, mesmo, não receber a carta. Por que você acha que isso pode ser uma garantia para você? - Veja bem, hoje nós temos os Fóruns que usam esse método. Para intimar uma pessoal eles usam o AR. Você está ali, não importa quem recebeu. Se você olhar bem o artigo no Código (95), está bem explícito ali, seja quem for que recebeu, desde que esteja ligado à família ou que esteja ligado à empresa é um problema da pessoa, é uma responsabilidade da pessoa. A pessoa que recebeu é responsável. Se ela não passou a informação, ela é responsável... (95) Refere-se ao artigo 221, I do CPC - Código de Processo Civil, que fala que a citação, também, pode ser feita pelo correio. Ele fica profundamente tenso quando lhe coloco essa questão. Expressa sua indignação, levantando o tom de voz e afirmando claramente sobre o que pensa da pessoa que não entregaria a correspondência, deixando claro que estaria cometendo um crime, ao ser, também, um irresponsável. Já o ouvi falar isso outras vezes. Você chama as pessoas de irresponsáveis e incúrias (96) quando elas não tomam conhecimento do que você as está enviando. Você não

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acha que isso é um pouco pesado, um julgamento precipitado, já que elas não sabem como lidar com essas questões precognitivas? (96) lncúria: falta de cuidado, desleixo, negligência. - Bom, eu não julgo as pessoas. E, sim, o conteúdo da carta que é escrita e mandada a essa pessoa. Acho que a partir do momento que eu mando com um fato que irá acontecer ou que esse fato pode levar à perda de vidas, eu acho que a pessoa é irresponsável se não tomar providências. Embora ela possa achar que isso possa não vir a acontecer; mas cabe à responsabilidade dessa pessoal pelo menos, notificar; notificar (repete o verbo incisivamente) seu país ou o local que poderá (frisa a palavra e acentua seu tom de voz) haver a probabilidade de ter um evento como a gente relata. Acho uma falta de amor à sua profissão, quando ele recebe aquela informação e não repassa. De todas as perguntas que tenho feito a ele, essa foi uma das que mais o exaltaram. Foi firme, não agressivo. Foi enérgico, não deselegante. Foi preciso, falou com clareza, valeu-se de um português perfeito, entoando as palavras por inteiro, como quem estivesse me dizendo: "Faço isso porque acredito nas pessoas, porque quero ajudá-las, sei o que é certo, porque preciso me proteger de pessoas que não agem corretamente, porque você não está acreditando em mim?" Parece que ouvia ele me dizendo isso. Mas, insisti, não estava satisfeito: - Mas, veja bem, essa advertência que você faz, para você, pode ter muita lógica, porque faz parte do seu dia-a-dia; entretanto, para a pessoa que não acredita, que está fora da sua realidade lógica, não é difícil ela pensar que isso seja possível? Coloque-se no meu lugar e sinta o que eu estou sentindo... - Eu penso assim: Ela não tem que acreditar ou deixar de acreditar. Ela tem que agir. Se ela foi cética, é um problema pessoal. Mas, pelo menos, ela tem que tomar a precaução. Se recebeu uma mensagem de que uma coisa ruim pode acontecer com tal pessoa, que vá até ela para alertar essa pessoa... - Mas isso está fora da lógica dela; como ela pode agir, se não acredita? - É de responsabilidade dela. Se foge da lógica dela, a responsabilidade é dela. Ela é uma pessoa que está assumindo a responsabilidade juntamente comigo. Eu de avisar e ela de ser uma receptadora. Mas, por ela ser cética, se não quiser passar para outras pessoas e algumas vierem a perder a vida? Eu passo essa responsabilidade a essa pessoa... Porque ela usou o ceticismo para se esconder atrás de uma máscara de não acreditar em nada... - Está bem, deixe lhe colocar de outra maneira: isso significa que uma pessoa pública, dentro da função que exerce, quando você envia mensagens que se destinam a centenas, milhares de pessoas, ou mesmo a uma única pessoa, que outros preceitos, além da lógica, deveriam estar presentes para que se pudesse encarar uma dessas revelações e tomar uma decisão? - A responsabilidade.

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- Sim, mas a responsabilidade significa exercer uma ação em cima de alguma coisa da qual eu tenho convicção... - Mas ela poderia simplesmente ligar e pedir mais uma orientação. Como muitos fazem: "Oh! Professor Jucelino, o que é que está acontecendo, o que é isso? Vai acontecer, não vai?" "O senhor me dá garantia?" O Professor Jucelino, humildemente, irá falar: meu amigo, entre o sim e o não... Vamos avisar a pessoa... Permaneci em silencio por alguns segundos. Não estava satisfeito com as respostas, queria continuar batendo nessa tecla, mas desisti. Por acreditar que esse é o ponto que diferencia as pessoas de fé. Umas que agem determinadas, bem dirigidas, sem saber por que agem assim: - a fé no que não se vê. Outras da faceta oposta da fé: - a fé no que se vê, no que se pode provar. São os extremos pela busca de uma verdade: de um lado a crença no abstrato, no absoluto, no imponderável, e de outro, na outra ponta extrema, a crença na ordem concreta, no ponderável. Em ambos, estudando-se as causas e efeitos, as circunstâncias e contingências, todos os lados têm uma explicação convincente. Como em boa parte de nossos encontros, Oduvaldo está conosco presenciando atenta e silenciosamente o meu bombardeio de questões. Ele ficava completamente quieto, escutando, gesticulando com os lábios, como que exercitando mentalmente uma intervenção. Como um amigo, um fiel companheiro de fé nas advertências e recomendações do Professor, acena positivamente, complacente, comprovando o que continuo perguntando: - Essa pergunta eu já lhe fiz. Quero fazer, novamente, para amarrar nesse assunto. Você sabe, então, o que está reservado para você? - Ah! Com certeza, né? A gente sabe o que está reservado ao futuro... - Você sabe? - Sim... - Você pode me contar alguma coisa do seu futuro? - E, do meu futuro eu posso contar a parte de algumas coisas, né. Eu vou ter muito trabalho (de certa forma notei que ele ou não quis ou não se sentiu muito à vontade para falar de seu futuro). Vai aumentar tanto meu trabalho que eu, para conduzi-Ia, vou precisar de outras pessoas ao meu lado. Vou ser muito procurado no futuro, muito, muito, muito... Vou ser muito perseguido, pessoas tentando tirar Jucelino do local, eliminar o Jucelino. - Que local? - Da vida. Esse local que nós sobrevivemos. Vou ter todos esses problemas, como qualquer outra pessoa no meu lugar teria, se tivesse as mesmas condições que eu tenho... - Isso não lhe dá medo? - Medo? Teria medo se estivesse fazendo coisa errada. Se usasse a desonestidade, eu teria medo. Eu acho que se você estiver trabalhando do lado do bem, você não pode ter medo de nada.

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- Você acha mesmo que com essa sua proposta, com esse seu trabalho, você vai conseguir? - Sim, nós somos preparados para isso. Deus nos preparou para isso. Nosso trabalho é cheio de espinhos, cheio de pedras no caminho. Obviamente, acho que estamos preparados para isso. Se houve uma escolha do Jucelino, o nome do Jucelino, é porque, talvez, Deus tenha enxergado algum ponto favorável na minha pessoa. Acho que é um projeto que não posso parar. E Deus sabe o que faz. Eu agradeço a Ele... - Você pretende continuar vivendo em Pouso Alegre? - Olha! (deu um tempo para responder)... Eu estou querendo conduzir para o outro caminho... Que Deus me mande para outro caminho, mas, por enquanto, eu tenho que ficar aqui... - Você sabe para onde irá? - Não... Não posso comentar; agora, não... - Não... (nota-se mais uma vez que o estou colocando em uma situação que ele não gosta de se expressar sobre coisas que podem acontecer com ele ou sua família). Mas, insisti, é aqui no Brasil? - Sim, é aqui no Brasil... - Na cidade de São Paulo ou Rio de Janeiro? (Faço isso como uma provocação, sabendo de sua resposta negativa). - Não, não... (risos). Veja bem, vou ser sincero, mas se um dia ele me mandar para lá, eu irei com o maior prazer... Eu sigo o que me é orientado... Eu só sinto saudades dos amigos que a gente acaba deixando, pois com a distância fica difícil, né, de manter contatos. Mas, por outro lado, se for o caminho de Deus, não podemos pensar nisso... - Você se lembra daquele caso de uma senhora do Mato Grosso do Sul, onde você me disse que se a resposta para a questão que ela lhe fez não veio é porque não é hora da pessoa, que o mentor havia dito que se fosse a hora ela já teria respondido imediatamente. Isso, então, nos leva àquela reflexão: será que tudo no universo está previsto ou somente uma parte? Esse é o ponto que quero levar à conclusão deste trabalho. Em vista disso, lhe faço essa questão: será que somos levados a crer que tudo na vida está previsto e que, se assim fosse, não teríamos esperança? Ficaríamos apáticos, não nos esforçaríamos para melhorar as nossas vidas? - Acredito que não é tudo que esteja escrito, não é tudo que é conduzido. Há uma pequena porcentagem, que é o destino da pessoa, que já está traçado. Mas quem traça o seu destino é Deus. Com relação a essa senhora, eu penso que se eu tivesse alguma coisa para alertar, obviamente já estaria dentro dos meus sonhos. Como não teve essa orientação, é porque estava indo tudo bem com essa pessoa, não havia necessidade que eu escrevesse tão rapidamente. Tinha outras coisas que necessitavam, urgentemente, de minha resposta. - Algumas pessoas, ontem na palestra, levantaram o braço respondendo positivamente à questão que eu fiz perguntando: quem já havia tido sonhos que se concretizaram? Diante disso, na sua opinião, pessoas com esse dom, que sonham com situações que acabam se concretizando, como elas devem lidar com isso?

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- Acho que elas têm que se sentir como normais. Você tem um sonho, ele se concretiza. Eu acho que você deve lidar com a mais pura naturalidade. Às vezes, se orientar. Se você usar isso aí para ajudar as pessoas, é muito importante. Tendo essas condições, né? Se Deus lhe deu essa pitadinha, dentro das suas possibilidades, de visualizar alguma coisa do futuro, um acontecimento, no qual você poderia avisar a pessoa, e não achar que seja só mera coincidência... Puxa! Que bom! Mas se pensar assim: “Isso aconteceu e eu acho que não vai dar certo?" Então, a pessoa fica indefinida! Acha que não deve avisar ninguém, fica quieta... - Ou seja, todas as pessoas que sonham, se conseguem recordar ou interpretar os sonhos, deviam propagar isso? - Claro! Sonhar... - Orientar os outros? - Sim...orientar... Se ela teve essa possibilidade, se Deus deu isso a ela, por que não? Não sou o único que sonha. Eu acho que todas as pessoas devem sonhar... - Sim, todos sonham, só que não têm recordações e não interpretam como você... - Exatamente, exatamente! Por isso é que eu não me sinto diferente. Porque os sonhos existem para todos. Eu sonho também... - Sim, aquilo que falei na palestra ontem: que a proposta no fundo seja que as pessoas que sonham se conscientizem a passar... - Exatamente, se conscientizem a passar para as outras pessoas as informações que sejam importantes...

COMO VEJO JNL: COMO FORAM NOSSOS ENCONTROS E ENTREVISTAS

As impressões que ficam de Jucelino Nóbrega da Luz, de certa forma, estão espalhadas pelo texto deste livro. Entretanto, refleti e decidi que ficaria mais pessoal se desse a minha opinião, além do que vi, li e vivi. Jucelino mostrou-me que tem uma sensibilidade muito aguçada. Sempre tivemos conversas francas. Tentei passá-lo a limpo. Procurei perceber seu comportamento em relação às perguntas. Não deixou de se portar com tranqüilidade, em todas as vezes que o pressionei. Não o poupei, nas questões ou em meus argumentos, de me aprofundar em detalhes em que pudesse se contradizer. Ele sempre me respondeu com muita convicção. Além das entrevistas agendadas e de encontros esporádicos, falávamos, ao telefone, pelo menos duas ou três vezes por semana. Durante esses meses, conversamos de maneira concentrada sobre alguns temas: política foi um deles, as ações de governantes, a reação da população; das questões climáticas; de incidentes terroristas em outros países. Nesses telefonemas, descobria um pouco mais sobre a maneira de como age em suas ações diárias. Não deixava de me surpreender com as suas revelações.

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Como é viver sabendo algumas coisas que vão acontecer Falou-me de um acontecimento, em uma cidade de Pernambuco, que iria acontecer com um político, havia me avisado, um ou dois dias antes. À noite, era noticiado na televisão o que ele havia previsto. Outra, em relação aos dois tufões que assustaram as regiões dos Estados Unidos e de Taiwan, ao sul da China (97). (97) Em 10/07/2005 - Furacão Dennis atinge sul dos EUA. Em 18/07/2005 o Tufão Haitang atinge Taiwan, o pior em 5 anos. Ao ficar sabendo que o acontecimento se realizara, a sua reação não era de surpresa, mas de certeza, não de satisfação, mas com um ar de compreensão. Por mais que sejam situações tristes ou irremediáveis. Ele lida com essa informação como se fosse muito natural à sua realidade. O que não poderia ser diferente. Faz questão de enfatizar que ele detém a informação, que promove a sua divulgação; entretanto, se a pessoa que recebe quer ou não fazer uso dela, aí já não está mais ao seu alcance, embora se mostre indignado com a falta de percepção dessa em relação a esses dons. Apesar dos registros em cartórios, das autenticações, pode parecer uma contradição, mas, afinal, não se mostra satisfeito em ficar provando as suas antevisões. Ele sabe que as tem, que são verdadeiras, que há erros, mas que há muito mais acertos, e estão intensamente presentes no seu cotidiano. Como foi a do atentado de Londres que - mesmo tendo suposto que outros haviam sido avisados e evitados -, esse acabou acontecendo! Nessa carta, há uma outra data revelando esse novo atentado. E inclui que haveria a morte de um brasileiro em uma estação do metrô naquela cidade.

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Há uma autenticação feita na mesma data da carta, isso é: em 14 de abril de 1994, conforme se pode ler, no verso da carta, na sua lateral direita.

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A carta que foi endereçada ao Embaixador da Grã-Bretanha, diz: “Conforme contatos anteriores, estou despachando uma cópia da carta 001-A/07/12/1992, onde fala de um possível erro da Polícia Inglesa; e poderá vir a matar o brasileiro e mineiro Sr. Jean Charles de Menezes - do interior de Minas Gerais – Gonzaga, hoje com aproximadamente 10 anos de idade; mas será ferido mortalmente com 5 tiros a queima-roupa, por Policiais Britânicos, em 22 ou 23 de julho de 2005, na estação do Metrô de Stockwell-Londres, devido erros da Polícia Londrina, que confundirá ele como se fosse um Terrorista”. Na carta, conclui, escrevendo as datas dos atentados: “Então, bem antes que o fato se concretize espero às devidas providências, pois haverão atentados em 07/07/2005, 21/07/2005 a 22 e 23/07/2005. Sem mais para o momento. JNL” A imprensa divulgou maciçamente que no dia 07/07/2005 houve o primeiro ataque em Londres, causando a morte a mais de 50 pessoas; em 21/07/2005, um dos quatro autores dos atentados frustrados desse dia foi denunciado por seu próprio pai, revelou o chefe da Scotland Yard, Ian Blair, em entrevista à TV britânica; e no dia 22/07/2005, a morte de Jean Charles de Menezes, o eletricista brasileiro, do interior de Minas Gerais, com 27 anos de idade, ao invés de 21, pela contagem a partir da carta. Um detalhe irrelevante. Ouro Fino, 22 de julho de 2002 Carta no. 001/22/07/2002 - em 2 vias

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Exmo. Presidente de Portugal, Querido Presidente, a terra de Nossa Senhora de Fátima, será surpreendida nesse dia 22 de julho de 2005 até o final do verão, por uma intensa elevação do calor e se espalhará por outras regiões e florestas se queimarão na França e na Espanha em 04 e 05 e 06 de agosto de 2005 e far-se-á uma grande destruição. E queridos filhos, a terra será castigada por grandes Tufões e um deles com o nome de Massa, atingirá nesse dia 05 de agosto de 2005, o país de nome Taiwan (Formosa) e a China; farão grandes destruições pelo mundo e na Índia morrerá mais de 1000 pessoas pelos problemas das enchentes do mês de julho e Agosto de 2005 e, infelizmente, a situação piorará. Mensagem: 1. O país de Nome “Estados Unidos da América”, sofrerá com grandes Tornados e Tufões arrasadores nos próximos 10 anos e então, no ano de 2038, precisamente em 26 de novembro, deveremos ter cuidado, pois de são Diego até Seatle serão abalados por um grande Terremoto e são Francisco desaparecerá do Mapa e a Califórnia perecerá... haverá uma grande onda que invadirá e um vulcão cuspirá seu fogo por toda parte e também até a Florida será abalada. (poderá adiantar alguns meses ou mesmo atrasar...) - Premonição de 1973; 2. Observei na China, na província de Sichuan, uma bactéria de nome streptococcus suis, matar mais ou menos 38 pessoas e mais de 600 porcos e poderá surgir uma epidemia por outros lugares. (Premonição de 1974), e isso acontecerá em 05 de agosto de 2005, o seu início. Professor Jucelino Nóbrega da Luz Em outras vezes, ao ocorrer um fato, ele se recorda de ter sonhado e haver feito uma correspondência. Então vai às suas pastas de arquivos, mal ajeitadas, amontoadas ou empilhadas, em busca de onde está a carta que escreveu. Como essa, datada de 22 de julho de 2002, de três anos antes dos fatos aconteceram, que foi enviada ao Presidente de Portugal. Há comprovante de envio na mesma data. A carta revela que com a "elevação do calor uma onda de incêndios se espalharia desde Portugal, aos países vizinhos entre os dias 04, 05 e 06 de agosto de 2005; que em 05 de agosto de 2005, um outro tufão de nome Massa atingiria a consta de Taiwan e a China; que ocorrerão chuvas na Índia entre julho e agosto de 2005 deixando uma grande quantidade de mortos, cita mais de 1000 pessoas. A premonição, no item 01 da carta, foi excluída por motivo de segurança; já a do item 02 revela que na China, na província de Sichuan, uma bactéria de nome Streptococcus suis, matará mais ou menos 38 pessoas, e mais de 600 porcos e poderá surgir uma epidemia por outros lugares. (Premonição de 1974); e isso acontecerá em 05 de agosto, o seu início".

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Em 22 de julho de 2005, já se noticiava que mais de 1,5 mil bombeiros combatiam nove incêndios em diferentes pontos de Portugal. Nos primeiros 15 dias de julho, os incêndios arrasaram mais de 17.000 hectares de floresta, o que elevou a 38.518 a área destruída desde o início do ano, segundo a Direção Geral de Florestas. As regiões mais castigadas pelo fogo estão no norte do país. Em 10 de agosto de 2005, o balanço que se faz é que Portugal é o país mais atingido pelos incêndios que devastaram recentemente milhares de hectares florestais no sul da Europa, seguido por Espanha, Itália, França e Grécia, segundo dados da Comissão Européia (CE), órgão executivo da EU - União Européia. A agência de notícias Nova China informou que mais de 1,24 milhão de pessoas foram evacuadas neste sábado - 06 de agosto - na região leste da China na passagem do tufão Matsa, que provocou inundações e destruições na província de Zhejiang. O tufão passou pelo município de Ganjiang, no condado de Yuhuan, às 3h40 locais (16h40 de Brasília, sexta-feira). Em sua passagem pela ilha de Taiwan na sexta-feira - 05 de agosto de 2005 -, o Matsa provocou deslizamentos de terra e chuvas torrenciais sem causar vítimas. De Bombaim, em 31 de julho de 2005 (Agência Reuters) - A polícia exortou milhões de moradores de Bombaim a ficarem longe das ruas, enquanto chuvas pesadas provocam mais enchentes no centro comercial da Índia neste domingo. Autoridades disseram que o número de mortos pode chegar a 1.000. Corpos de pessoas e carcaças de animais ainda estão espalhados por partes de Bombaim e nos subúrbios desde as enchentes da semana passada, provocando temores de doenças, segundo a TV e autoridades. Em 04 de agosto, a imprensa registrava 1.113 mortos. Em 28 de julho de 2005, informou a agência oficial chinesa Xinhua: o número de camponeses mortos na província de Sichuan, sul da China, pela bactéria Streptococcus suis, transmitida de porcos para o homem, já chegou a 31, dos 152 casos registrados. Nos dias seguintes, através da Agência de Notícias Reuters, especificamente em 05 de agosto de 2005, a China anuncia que 644 porcos morreram por conta dessa bactéria, que também matou 38 pessoas que manusearam ou comeram a carne dos animais contaminados. O país afirma que a proliferação da doença provocada por essa bactéria está controlada. A epidemia na província que mais produz carne de porco na nação foi divulgada pela primeira vez em junho, mas só apareceu na imprensa chinesa quase um mês depois. Duas autoridades da cidade de Ziyang, onde a epidemia pode ter começado, foram demitidas por não informarem os produtores sobre os perigos da doença. O governo chinês prometeu punir qualquer pessoa que falsificar ou atrasar a divulgação de informações sobre a doença. O uso excessivo de antibióticos pode estar por trás da epidemia, afirmou o especialista em micróbios Li Mingyuan à agência oficial Xinhua. Isso possibilitaria que a doença sofresse mutação em uma nova cepa, mais resistente aos medicamentos. Em 06 de agosto de 2005, o Vietnã suspende a importação de carne de suínos da China por temer uma epidemia com a febre.

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Apesar dessas constantes revelações, acreditava que já tivesse material suficiente para demonstrar a sua habilidade, muito acima dos padrões de sensitivos, em prever fatos com antecedência, na precisão de datas e com a riqueza de detalhes dos futuros acontecimentos. Em determinadas revelações, até com o horário indicado. Quando me aparecia com mais uma premonição, me deixava perplexo, me mostrava mais uma evidência. Esse caso, ele me apresentou em Amparo, somente 30 dias após se tornaria chamada nas capas das principais revistas e as manchetes de todos os jornais do país. Relata um grande esquema de corrupção envolvendo deputados e senadores patrocinado por um importante partido político. O que compõe esse conjunto de documentos pode ser entendido pela relação que ele apresenta e entrega em originais, ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais em 24 de junho de 2005, onde foi prestar declarações em 01 de julho, a fim de se proteger. Pela ordem dos documentos: 1. Carta no. 003/17/04/2003; 2. Carta de resposta da Presidência da República de 23/08/2003; 3. Carta de n°. 001//16//08/1995; 4. Carta de no. 001/09/01/2003-A; 5. Carta do Diretório Nacional do PT de 18/09/2002. Dessas, destaca-se a de 16 de agosto de 1995, que é reproduzida mais à frente. As outras, de 09/01/2003 e a de 17/04/2003, que tratam do mesmo assunto, pouco acrescentam ao que já está escrito não serão divulgadas. A Carta do Diretório Nacional do PT refere-se a uma outra correspondência, enviada em 23 de julho de 2002, onde os remetentes agradecem pela mensagem que fortalece o debate e a participação política da sociedade brasileira. A carta de resposta da Presidência da República, de 23/08/2003, teve seu conteúdo contestado.

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Na carta ao Ministério Público - MP, ele pede que seja feito o arquivamento desses documentos originais, e se dispõe a fazer declarações a esse órgão do Poder Judiciário, pois pretende preservar a integridade de sua família. A assinatura à direita no documento é do Oficial do Ministério Público. Na carta de 16 de agosto de 1995 consta o reconhecimento da firma de JNL na mesma data. A carta está prejudicada pelo manuseio e por ser uma cópia de uma autenticação. É simplesmente incrível pela seqüência - correta - com que os fatos aconteceram e pelos detalhes descritos.

Revela a carta que o "Sr. Lula ganhará as eleições para Presidente e terá grandes problemas para enfrentar, grandes escândalos surgirão no vosso Governo, primeiro de

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um Funcionário chamado ==, nos ==, em 2005, então surgirá denúncias contra o Deputado onde acusará seu governo sobre um tal "Mensalão". Mas, como é de seu conhecimento esse fato no futuro, estarão envolvidos em pagamentos de propina e tal mensalão elementos do seu Governo (futuro) o então == ,do PT - == e == (que será nomeado ==), essas pessoas citadas são articuladores de valores mensais para corromper Deputados e Senadores da Casa. Há também o Deputado == que trabalha de representante da ==, para facilitação de negócios em favor da empresa (atos ilícitos). Também há o grande envolvimento de == (Tesoureiro), que repassa as verbas. Haverá também uma Secretária de nome ==, que presta serviço para == (articulador de licitações suspeitas). Há também dentro desse grande esquema de corrupção a presença de == (será ==), articulador de atos corruptivos em vosso Governo, e trabalhos de ==, que fraudará todas as licitações. (Premonição de 15/08/1995). JNL".

Uma carta de 17/04/2003 com uma cópia da carta de 16/08/1995 e postada em 27 de abril de 2003 ao Gabinete da Presidência da República. Há uma resposta datada do dia 23 de agosto de 2003, tendo sido mostrado o original ao Ministério Público Estadual de Minas Gerais, como consta no item 2 acima. Entretanto, checado com o remetente que assina a carta como Diretor do Gabinete da Presidência da República, o mesmo alega ser verdadeiro o papel de carta, que a assinatura é sua, mas que o conteúdo não teria sido escrito naquela Diretoria. Para uma checagem física, todos esses documentos estão registrados no 10° Oficial de Registro de Títulos e Documentos, na cidade de São Paulo. Arquivado em

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Microfilme n°. 1.580.873, conforme se pode verificar pelo carimbo à direita nas correspondências.

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A seguir, os termos que constam no documento original de 01 de julho em que ele vai ao Ministério Público Estadual de Minas Gerais. Há trechos protegidos por questões de segurança. Atendendo às formalidades, há a sua apresentação e a seguIr no restante da primeira página e na segunda, ele dá as suas declarações.

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Essa é a terceira e última página que compõe o seu depoimento espontâneo. Repare que a assinatura feita pelo Oficial do Ministério Público confere com a que foi feita na correspondência de 24 de junho, quando da apresentação dos originais. Como temos visto, ele tem o costume de enviar revelações em algumas cartas que podem ou não ter a ver com o destinatário. Com esse procedimento, ele acaba interligando as suas premonições e, quando há uma confirmação, faz com que as evidências ou comprovações possam ser cruzadas. É o que veremos, em que o assunto que estamos decifrando acima está relacionado e tem uma seqüência de fatos com essa correspondência, a seguir, na próxima página. Nessa resposta, que ele recebe em 05 de fevereiro de 2001, a partir de sua correspondência enviada ao Banco Central, em 01/01/2001, os remetentes se explicam que como um ente regulador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional nada podem fazer sobre o esquema de lavagem de dinheiro envolvendo dois bancos no pagamento de propinas em troca de favores, que ele revela. E que, ainda, nada podem relatar sobre as várias denúncias com ênfase no adjetivo "Mensalão", que citam estar relacionado à carta de 16 de agosto de 1995. Eis aí uma comprovação ou evidência cruzada. O assunto que, efetivamente, seria um alerta ao Banco Central, está no início da carta. Desse, os signatários mostram-se "sensibilizados e apreensivos por uma premonição tão impressionante", e afirmam que "passarão a informação sobre um grande roubo de R$ 150 milhões de reais, em Fortaleza - CE, no dia 07/08/2005, ao Departamento Jurídico daquela cidade". Copiei a parte superior do envelope, endereçada a JNL, em que foi remetida essa resposta do Banco Central do Brasil, o registro é do dia 06/02/2001. O prejuízo total causado pelo maior furto a banco já registrado no país superou os R$ 150 milhões estimados inicialmente pela própria Polícia Federal. Foram levados, ao todo, R$ 164,8 milhões. O assalto foi descoberto na manhã de segunda-feira, dia 8/08/2005, com a chegada dos funcionários. Uma empilhadeira atrapalhou a visibilidade do circuito interno de câmeras da caixa-forte, afirma a polícia.

Como sempre uma personalidade forte e pura Continuando a falar de nossos encontros, noto que há em seu trabalho uma preocupação com a "cosmoética" - termo que ouvi de um amigo. É de Waldo Vieira, que diz que a "cosmoética" seria uma ética para além desse planeta, é uma ética cósmica. Mas, não extrapolando tanto, me contento com o que conceituo de uma ética centrada em valores humanos globais. Entendo que a sua meta e os seus objetivos, nesse seu trabalho de divulgação das atuais premonições, envolvem grandes grupos de pessoas. Concentra-se, se é que se pode delimitar seu campo de ação e abrangência, em questões como desastres naturais, os crimes contra a natureza, atentados, seqüestros, saúde pública ou acidentes em grupo, de maneira geral. Entretanto, para ele não há fronteiras para o bem comum, age internacionalmente.

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Levanta a sua bandeira em nome da paz, da harmonia e da preservação da vida. Ele está certo de que essa é a sua missão, e faz esforços para que seja ouvido. Ele não é vidente, nem se considera. Não se coloca como profeta, mas como um professor preocupado com que os alunos aprendam a lição que tem a passar. Estudioso, dedicado com a família, passa tranqüilidade, além de bondade em suas palavras. Ele é uma pessoa comum. É enérgico, tem um ritmo de trabalho constante. É sério, na maior parte das vezes, mas não perde a sua docilidade com as pessoas. Jucelino diz ser uma pessoa que trabalha para as pessoas menos poderosas, do povo, e não para as elites. Alega e constatei que é uma pessoa de palavra, defendendo o seu caráter sólido no compromisso com a verdade divina, como ele faz questão de firmar quando tem oportunidade. Ele é muito seguro do que faz e nas suas ações que envolvem grandes acontecimentos; ele se desdobra em esforços para tentar avisar as autoridades. Chega a ameaçar quem quiser dizer que ele está mentindo, que é capaz de entrar com um processo contra a pessoa, se esse for o caso. Afinal, ele se documenta para que ninguém altere as suas previsões. Nesse ponto, ele está coberto de razão, não há qualquer ação ajuizada contra ele abordando suas premonições. Uma pessoa como ele, alvo de tantas averiguações por parte de autoridades policiais, como me relatou, se tivesse alguma coisa que desabonasse já estaria respondendo algum processo criminal. Toda vez que ele desconfia que a pessoa à qual ele está enviando uma mensagem possa ser "desonesta" (grifo dele) e queira alterar o conteúdo de sua carta, ele registra no cartório. Assim, se a pessoa quiser alterar, o dele não estará alterado. Com as pessoas, quando escreve ou se dirige em consultas, geralmente, usa palavras de estímulo, do estilo "olhe para cima", "não perca a esperança", "aja para poder modificar" ou sempre envia "uma mensagem de fé e coragem". É centrado em Deus, na espiritualidade. Não é organizado, e seus documentos estão empilhados sem ordem. Ele até pode dizer que se encontra entre eles, e os encontra. Não duvido. Mas, imaginei, como seria difícil se alguém fosse pesquisar mais nesses documentos. Será um árduo, mas muito interessante trabalho. Uma curiosidade, uma quantidade de cartas teria sido queimada por uma ex-companheira, quando se separaram, com quem viveu entre 1989 e 1999. Se analisar as premonições de JNL à luz da atualidade, comparando-o com outros porta-vozes desse tipo de informação privilegiada, diria que não há com quem ele mais se aproximaria. Há trechos que se parecem com Nostradamus, mas somente trechos. Não o estilo fechado e que dá margens a ilações ou múltiplas interpretações. JNL não tem ligação com grupos específicos, mas com uma parcela da humanidade que se preocupa em preservar o ambiente em que vive. Ambiente no sentido de qualidade de vida nas cidades ou no campo. Ao invés de somente descrever o fato, prevendo-o e mantendo-se à distância, esse médium ou profeta contemporâneo ainda quer tentar evitar que o problema atinja a

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sua concretização. Como se pudesse alterar o curso de determinados atos. Ele se insufla, se rebela contra as autoridades, para que elas façam alguma coisa, até para atenuar o resultado. Se serão ou não satisfeitas as condições de mudanças, não importa, ele se mantém incansável quanto à sua obstinada tarefa de avisar enviando cartas para promover a manutenção da vida, da paz e da harmonia entre os povos. Essa é a abrangência de suas mensagens. Tem um caráter planetário. Pessoalmente, ele é como escreve: direto e objetivo. Expõe tudo o que pode acontecer sem qualquer rodeio. Ele age de maneira muito à vontade, isso tem a ver com a sua determinação; entretanto, acaba sendo teimoso em determinadas ações. Seu trabalho não é investigativo, mas explicativo nas suas advertências. Ele nos esclarece que se não agirmos seremos punidos pela ineficiência de nossos atos, já prejudicados pela visão distorcida da realidade. E, para não continuarmos nesse estado de erro, temos que acordar para a verdade que nos cerca. Ele, nos seus sonhos, quando acorda e revela-se para a vida, está nos ensinando a fazer o mesmo! Apesar de não serem fantasias ou ilusões, de serem verdadeiros, realistas, de quase determinarem ou traçarem destinos ou beirando o que não queremos jamais saber, ele os descreve com tranqüilidade e firmeza. Passa os detalhes que são possíveis de ser compreendidos. Acredita que é capaz de auxiliar a quem o quiser ouvir, em tentar minimizar os efeitos catastróficos que são parte das raízes humanas, integrantes da nossa História. E, em paz.

COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI... As perguntas que fizemos, acredito terem sido respondidas: quem é JNL e o que tem feito. Que o que ele pretende é salvar o maior número de vidas com suas advertências e quer que convivamos em paz. Definitivamente, não quer seguidores, quer ser reconhecido e respeitado. As evidências de seus sonhos premonitórios são inegáveis, e demonstram, até o momento, que ele é uma pessoa com uma habilidade e capacidade rarissimamente em prever fatos futuros. Como pesquisador de fenômenos paranormais, mais do que como jornalista, quis escrever esse primeiro livro sobre a prova desses fatos, através dos registros, das autenticações, das datas, das cartas respondidas. É uma parte da história dessa pessoa, do seu ponto de vista, de algumas pessoas que estão à sua volta, do seu agitado e pressionado cotidiano. Em relação às evidências, não comentei em detalhes sobre a sua quantidade de acertos ou erros, não fiz estatísticas de resultados. Não fui atrás de seus pais, parentes ou outras pessoas, que ele teria contatado, porque desfocaria a investigação para a opinião e a reação das pessoas que acreditam ou não em premonição. Neste livro, desde a divulgação dos primeiros documentos, estamos tentando desenvolver a idéia de como encarar uma premonição. E chegar, afinal, a responder: quando nos vemos diante de uma revelação, que atitude podemos ou devemos tomar?

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Entendo que de vez em quando somos colocados à frente de situações que nos fazem refletir para além da nossa razão. Sobre nossa vida ou nossas escolhas: o que estamos fazendo por aqui? Assim, penso que pessoas como JNL aparecem para nos fazer dar essa parada, para nos fazer pensar no futuro, para tentar saber se, ainda, há tempo de separar as coisas boas das coisas ruins. O debate interior, quando isso acontece, é intenso. Compreendi em nossas conversas o foco de sua linha de pensamento e ação. E acredito que, também, tenha passado: que sejamos mais reflexivos nas nossas atitudes contra a natureza e com as pessoas que convivemos, que não soframos com as conseqüências de escolhas erradas. O que mais é possível se conhecer das previsões feitas por JNL? Continuo o trabalho de pesquisa. Agradeço se você souber de alguma informação que possa colaborar ou divulgar: quero saber se você tem algum detalhe ou resultado a respeito de revelações feitas por JNL. Contate-me.

COMO PODEM SER ALGUNS ACONTECIMENTOS NO FUTURO Como disse, no início, este é um livro vivo, porque traz evidências e comprovações a todo momento, porque ele, Jucelino, não pára de ter esses sonhos premonitórios. Está em constante produção, portanto não poderia deixar de falar de alguns eventos do futuro. Acrescentei-os com o objetivo de debater o tema em torno dessas questões: de como será que ele, JNL, se comportará com a divulgação de suas premonições? Será que o efeito de se tornar conhecido poderá diminuir a sua capacidade precognitiva? Será que ele continuará, durante mais tempo, a ter esses sonhos e escrevê-los, ou será que essas ações foram somente durante um período de sua vida? Esses são os casos que se enquadram no grupo quatro (98): os que ainda não aconteceram. De alguma maneira, estão aqui, descritos nas cartas ou foram declarados na palestra de Amparo. Um desses, que está no documento do Caso 12 (99), já aconteceu. É a morte ou atentado contra o Rei Fahd bin Abdul Al-Aziz, da Arábia Saudita. A imprensa noticiou que o Rei Fahd, que já estava hospitalizado desde 27 de maio de 2005, com problemas de saúde, veio a falecer em 01/08/2005, vindo a assumir o Príncipe Abdallah Bem Abdel Aziz. Houve acertos na revelação. (98) Como foi explicado no Capítulo "Entrando em contato com os documentos". (99) Confira na página 105. Eventos que estariam previstos para os próximos meses: 1. Terremoto na Turquia, em setembro de 2005; 2. Nova estiagem no sul do Brasil - pior do que a anterior; início em 14 de outubro de 2005;

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3. Terremoto em Taiwan, até 16 de novembro de 2005; 4. Novo ciclone no sul do país, até 23 de novembro de 2005; 5. Escândalo com desvio de dinheiro no fornecimento de alimentos aos presídios brasileiros, fins de 2005 a meados de 2006.

COMO ENTENDER O DILEMA DA ADVERTÊNCIA Se esses sonhos conseguem resolver alguns problemas, devemos estudar como isso

ocorre. Toda vez que precisamos decidir, escolher o que ser ou fazer, em que pode haver uma ou outra opção, nos encontramos diante de um dilema. Sendo assim, exercitando essa questão, gostaria de lhe dirigir mais umas perguntas: como você lida com uma informação privilegiada? Como absorve uma notícia na imprensa? Como recebe uma notícia de algo trágico ou alegre? Como recebe uma mensagem de que será demitido? De que a pessoa que ama, não ama mais? De que acaba de ganhar uma bolada na loteria? Provavelmente, uma resposta que me dará é: depende. Dependerá da avaliação, de algumas circunstâncias ou contingências, se você quiser começar a mergulhar na análise do problema. Então, primeiramente, entendo que a informação privilegiada ou a advertência têm que chegar até você. Como vimos, houve pessoas que não se beneficiaram com o que JNL teria previsto. Segundo, se ao chegar a informação, se você irá aceitar aquela advertência? Em terceiro lugar, mesmo que acreditasse em premonições, há mais uma questão: confiaria na pessoa que lhe faz aquela revelação? E, em quarto: se, ainda, satisfeitos todos esses passos, se haverá tempo suficiente para poder reverter o quadro do que está previsto. Você se lembra do caso da senhora de Mato Grosso do Sul, onde Jucelino disse que a resposta dela ainda não tinha vindo porque não seria sua hora ou que não era preciso responder porque ela poderia passar por aquilo? Isso me leva a uma outra questão: será que no universo está tudo previsto? Penso que se tudo fosse assim, perderíamos a esperança. Ficaríamos apáticos, não nos esforçaríamos para melhorar as nossas vidas. O que nos move é a esperança de que amanhã poderá ser melhor, que estamos evoluindo. O milagre da vida está em saber ou não saber o que está para acontecer? Esse é um dilema. Dilema é uma situação embaraçosa, em que quando nos encontramos, devendo escolher entre dois pontos ou premissas, só podemos escolher uma opção. Esse é o seu grande desafio pessoal: o que você irá fazer ou não fazer? Nesse ponto, lembro-me em minhas conversas do que o Dr. Carlos Alberto, quando estivemos juntos, em Pouso Alegre, me falou sobre a preocupação de um jornalista colombiano. Este lhe teria dito a respeito do dilema de um governante, a propósito de receber uma advertência do Professor Jucelino, uma mensagem sobre um

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acontecimento de ordem natural, por exemplo: uma erupção vulcânica ou uma estiagem ou uma enchente. Disse-lhe o jornalista: "o governante ou funcionário qualificado que recebe uma dessas informações premonitórias acabaria vivendo um dilema perigoso. Ficaria muito dependente do Professor Jucelino". E explica: Se aceito e acontece, não posso deixar de consultar! Se não aceito e acontece, não posso deixar de consultar! Seria, realmente, um dilema, sim! Mas, nesse caso aí, na segunda frase, o governante cético (100) teria se curvado às evidências. (100) Cético: atitude ou estado de quem dúvida de tudo, descrente. No plano científico, a controvérsia persiste, filosoficamente, entre materialistas e espiritualistas. Materialistas são os que admitem que a matéria ou as “condições concretas materiais" são suficientes para explicar todos os fenômenos que se apresentam à investigação, inclusive fenômenos mentais. Espiritualistas são os que admitem a independência e o primado do espírito com relação às coisas materiais. Se analisássemos o dilema da advertência, com algumas combinações? Vamos imaginar dois sujeitos, dois tipos de personalidade: um que acredita (não-cético) e outro que não acredita (cético). Seria um ensaio de hipóteses, de como reagiriam essas pessoas à frente de uma questão premonitória, se os eventos acontecessem e não acontecessem: Sujeito A = é um não-cético. Ele acredita ou aceita tudo que lhe falam ou revelam em uma premonição; sendo assim, na data do evento futuro, ele teria dois tipos de atitude: em uma hipótese ele irá (101) (em uma o evento acontece, em outra não); em outra hipótese, ele não irá (102) (e em uma o evento acontece, em outra não). Vamos ver como ele se sairia e se comportaria nessas quatro situações: (101) Isso é: ele age normalmente, sem qualquer precaução ou preocupação. (102) Isso é: ele não age normalmente, mas com toda precaução ou preocupação. A = Se você (acredita ou aceita) e (irá) = ACONTECE = Resposta 1. A = Se você (acredita ou aceita) e (irá) = NÃO ACONTECE = Resposta 2 = 4 A = Se você (acredita ou aceita) e (não irá) = ACONTECE = Resposta 3. A = Se você (acredita ou aceita) e (não irá) = NÃO ACONTECE = Resposta 4 = 2.

Comportamento ou Resposta Presumida: Resposta 1 - Há acerto na premonição. O fato precognitivo se concretiza na data e hora. Esse é o tipo de pessoa que sempre acreditou, a vida inteira; mas naquele dia, por algum motivo, se esquece ou teve um momento de dúvida. Naquele dia, apostou na sua sorte, mas não foi bem-sucedida. É aquele tipo que, depois do que aconteceu,

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as pessoas comentam: "ele havia sido avisado"; "não sei como explicar: justo com ela, que acreditava nessas coisas; parece que era a sua hora, que estava escrito" ou "que aquilo lhe estava reservado". Respostas 2 e 4 - Há erro na premonição. Não ocorre o fato precognitivo. Quando isso acontece, aquela pessoa que sempre acreditou ficará pensado: "será que estava certa de suas convicções", em tudo que tem acreditado? Ficará desconfiada com o porquê não aconteceu? Uns podem começar a ficar com dúvidas dessas previsões. Acabam pensando que "não dá para acreditar em tudo". Outros poderão pensar que "alguma coisa foi feita que alterou ou modificou o resultado final". "Será que por isso não aconteceu o fato previsto?" Ainda pensariam: "modificou o meu destino?" Mas não deixariam de acreditar. Resposta 3 - De alguma maneira, o evento acontece, mesmo não sendo aquele conforme está descrito na premonição; e mesmo a pessoa tendo se precavido ou tendo feito tudo o que era necessário para evitar. Isso foge dessa nossa análise, pois entram outras variáveis. Pode-se dizer que esse é o caso em que, de qualquer maneira, algum tipo de ocorrência iria envolver aquela pessoa. Então, poderá levar as pessoas a pensarem como as duas respostas acima. Sujeito B = é um cético. Ele não acredita ou não aceita o que lhe falam ou revelam em uma premonição; sendo assim, na data do evento futuro, ele teria dois tipos de atitude: em uma hipótese ele irá (103) (em uma o evento acontece em outra não); em outra hipótese, ele não irá (104) (e em uma o evento acontece em outra não). Vamos ver como ele se sairia e se comportaria nessas quatro situações: (103) Isto é: ele age normalmente, sem qualquer precaução ou preocupação. (104) Isto é: ele continua agindo normalmente; porque, como não acredita, não tem com que se preocupar. B = Se você (não acredita ou não aceita) e (irá) = ACONTECE = Resposta 5. B = Se você (não acredita ou não aceita) e (irá) = NÃO ACONTECE = Resposta 6 = 8. B = Se você (não acredita ou não aceita) e (não irá) = ACONTECE = Resposta 7. B = Se você (não acredita ou não aceita) e (não irá) = NÃO ACONTECE = Resposta 8 = 6.

Comportamento ou Resposta Presumida: Resposta 5 - Há acerto na premonição. O fato precognitivo se concretiza na data e hora. Esse é o tipo de pessoa que nunca acreditou, a vida inteira; mas como em todo dia, fez as suas coisas como sempre, em nenhum momento esteve em dúvida.

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Naquele dia, o que ele havia ouvido ou lido aconteceu. É aquele tipo que, depois do que aconteceu, poderá dizer que houve coincidência, que pelas probabilidades aquilo poderia acontecer. Irá defender as suas posições. Mas que o fato aconteceu, não há dúvida, não há como se defender. Esse é o fator que desconserta os mais incrédulos, que não podem deixar de se render às evidências. Respostas 6 e 8 - Há erro na premonição. Não ocorre o fato precognitivo. Quando isso acontece, aquela pessoa que nunca acreditou continuará pensando: "Não disse! Estava certo". É o delírio de certeza no concreto e científico do cético. Dará pulos de alegria. Por estar sempre certo. Continuará desconfiado e não ficará se fazendo perguntas do porquê não aconteceu a previsão. Só dirá que quem previu errou. Continuará tendo dúvidas dessas previsões. Tem afirmações do tipo: "Viu, só são superstições!" Continuaria desacreditando. E não se abalaria. Resposta 7 - De alguma maneira, o evento acontece, mesmo não sendo aquele conforme está descrito na premonição; e mesmo que a pessoa não tenha feito nada para evitar. Isso foge dessa nossa análise, pois entram outras variáveis. O cético sempre explicará dizendo que se o fato ocorreu, foi por outras circunstâncias ou contingências. Dirá que uma coisa não tem ligação com a outra. Pode-se dizer que esse é o caso em que, de qualquer maneira, algum tipo de ocorrência iria envolver aquela pessoa. Mas que, também, levará a pessoa a pensar como nas respostas acima. A partir dessa análise de hipóteses, com o exemplo do jornalista colombiano, pela resposta atribuída ao governante, este estaria sendo mais flexível. Ele simulou e se baseou como se a pessoa não pudesse deixar de se consultar com o Professor, assim: Se aceito e acontece, não posso deixar de consultar! (Sujeito A = Resposta 1) Se não aceito e acontece, não posso deixar de consultar. (Sujeito B = Resposta 5) Quero comentar a mudança de atitude que estaria havendo com o sujeito da resposta 5: a pessoa do exemplo, embora cética, estaria sendo, digamos, de certa forma cautelosa e prudente com a advertência. Embora sua postura seja de não acreditar ou de duvidar, ela iria se precaver, avisar, tentar minimizar. Ela está demonstrando que não deixaria de dar ouvidos a mais coisas, do que somente à razão. O que se pode deduzir é que a premonição, quando revelada e vem a acontecer, desmonta qualquer estrutura que conhecemos de razão e lógica. Desestrutura a nossa compreensão da realidade, tal qual a conhecemos. Por ser um tema tão complexo, estou convicto, como Teilhard de Chardin, de que "tanto uns (materialistas) quanto os outros (espiritualistas) se batem em planos diferentes, sem se encontrarem, e em cada um dos grupos não se vê senão a metade do problema” (105). (105) Teilhard de Chardin, O Fenômeno Humano, Capítulo II - O dentro das coisas, p. 65. Só sei que - sendo cético ou não-cético -, antes de uma decisão ou de um evento, penso: o que posso ou devo fazer? E, depois do evento, tendo ou não acontecido,

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penso: o que poderia ou deveria ter feito? Nada mais, mas tudo o mais que for preciso. E, assim, toco a vida para a frente. Agora: se alguém, de sua confiança, lhe dissesse que um avião desgovernado bateria em um determinado prédio, em tal avenida, de grande circulação, em determinado ano, no mês de novembro ou que você poderia ser atropelado se atravessasse a rua, no dia de amanhã? O que faria? Se a escolha foi feita para cumprir o meu destino ou porque a fiz pelo meu livre-arbítrio, só sei que consigo dominar ou controlar minhas escolhas. O resto é fé.

Fim.