O Homem Na Era de Aquario, O Homem Cosmico

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O homem na Era de Aquário O homem cósmico SONIA

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O homem na Era de Aquário O homem cósmico

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Editora De Gouden Kroon

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Queremos agradecer a todos que, de uma forma ou de outra, participaram na publicação deste livro.

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SONIA

Editora De Gouden Kroon

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© 2010: De Gouden Kroon,Voorschoten, Países Baixos Título original: De mens in het aquariustijdperk: de kosmische mens ISBN: 978-90-75343-45-8 NUR: 728 1a edição em Português: 2010 Tradução: Maria Augusta Góis Capa e ilustrações: Gea Hollestelle-Melinga Redacção e edição: Frieda Bos Reservados todos os direitos. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou publicada por qualquer processo, seja por meio impresso, fotocópia, ou meio fotográfico, sem autorização prévia e por escrito da Editora. O uso, a propagação, ou a cópia de (partes) deste trabalho ou deste método efectua-se pelo seu próprio risco. Sonia Bos, a Fundação de Sofia e a Editora De Gouden Kroon (A Coroa de Ouro) não são responsáveis por nenhum prejuízo que possa ocorrer. A aplicação dos métodos de trabalho recomendados neste trabalho ou neste método não garante a cura e apenas pode ser usado como complemento e nunca em lugar das formas regulares de tratamento.

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Conteúdo O trabalho de Sonia .................................................................................... 7 Prólogo ........................................................................................................... 9 Introdução.................................................................................................... 11 1. Viver na dualidade .................................................................................15 2. O reconhecimento do homem .......................................................... 19 Os impulsos do ser inferior ........................................................................ 19 A distinção entre o ser inferior e superior ............................................... 30 Trabalhar desde o ser inferior .................................................................... 33 Os impulsos da actividade do homem ...................................................... 38 3. Aceitação ..................................................................................................41 A aceitação no caminho da vida ................................................................ 41 O processo de aceitação .............................................................................. 45 A aceitação do crescimento da nossa consciência .................................. 47 A aceitação das armas novas da luta ........................................................ 49 4. A trabalhar .............................................................................................. 51 O Plano do homem ..................................................................................... 51 A Era de Peixes: Tomada de consciência mediante o sofrimento ....... 56 A Era de Aquário: a transformação do sofrimento ................................ 66 Trabalhar com a transformação ................................................................. 72 A trabalhar! .................................................................................................... 79 5. Entrega .................................................................................................... 89 Que quer dizer entrega? .............................................................................. 89 Trabalhar dentro do Plano da Criação ...................................................... 92 No caminho da iniciação ............................................................................ 96 6. Trabalhar desde o Governo Universal do Mundo ...................... 98 De caminho na vida universal .................................................................... 98 A estrutura do Governo Universal do Mundo ...................................... 102 Trabalhar no Governo Universal do Mundo ........................................ 108 7. O destino final da evolução ............................................................. 115

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Epílogo ...................................................................................................... 120 Apêndices .................................................................................................. 122 I. A estrutura do homem .......................................................................... 122 II. Sugestões para a meditação ................................................................. 125 III. Símbolos universais para transformação ......................................... 132 IV. Os chakras do homem cósmico ....................................................... 133 V. No Governo Universal do Mundo .................................................... 141 VI. Mestria .................................................................................................. 142 Lista de conceitos ................................................................................... 147 Editora De Gouden Kroon .................................................................. 157 Endereços ................................................................................................. 158 Notas .......................................................................................................... 159

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O trabalho de Sonia O trabalho de Sonia pode ser dividido em três fases principais: 1. O desenho do esboço de Aquário (1985-1992) Desde 1985 a 1992 Sonia foi chamada para ajudar a desenhar o esboço de Aquário nas esferas. Através da Crônica do Tempo, que consiste em vinte e quatro cursos que recebeu nessa altura, testemunhou este processo. A recepção destes cursos fez com que a sua ligação mística interior se tornasse mais forte e ajudou-a a aprender como canalizar a informação do Akasha da Vida. Foi, assim, que Sonia se tornou mística. 2. Ratificação do esboço de Aquário, fase 1 (1994-2000) Desde 1994 a 2000, Sonia ajudou a ratificar o esboço de Aquário. Na primeira fase deste processo, foi possível integrar no esboço as leis básicas do Amor Universal porque o centro de coração da Criação tinha-se aberto para todos na Vida. Sonia ajudou neste processo de rati-ficação durante os seus seminários e ensinamentos. Ao actuar deste modo, criou-se o fundamento do Amor Universal. Ao mesmo tempo, a informação mística que recebeu, aborda e explica o mesmo. Deste modo, foi dado a Sonia a oportunidade de registar os ensinamentos universais para toda a humanidade: o misticismo básico da Era de Aquário. 3. Ratificação do esboço de Aquário, fase 2 (2004-2011) Em 2004 Sonia foi invocada para facilitar a segunda fase da ratificação do esboço de Aquário. Além do centro do coração, também o centro da garganta de Criação seria revelado e as suas leis básicas foram registadas no esboço de modo a apoiar a vida na Era de Aquário. O esboço de Aquário seria baseado no Amor e Unidade (Luz). As leis do Amor Uni-versal já tinham sido ratificadas na fase 1; as leis de Unidade (Luz) estão actualmente a ser adicionadas. Antes da sua transição (falecimento), Sonia facilitava esta segunda fase da ratificação do esboço de Aquário durante os seus seminários e ensinamentos. Ao mesmo tempo, recebia e canalizava a informação mística, ajudando a alargar os novos fundamentos da vida e a propagar o misticismo de Aquário. Para além da facilitação da ratificação do esboço de Aquário e registo do misticismo de Aquário, Sonia também escreveu um grande número de artigos e livros (ver www.soniabos.com). A redacção, edição e a dis-

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tribuição da sua inspirada informação universal são levadas a cabo pela Fundação de Sofia, que possui para este efeito a sua própria editora chamada De Gouden Kroon (A Coroa de Ouro).

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Prólogo Neste momento há uma actividade febril nas esferas. Esta actividade está relacionada com a ratificação do esboço de Aquário da vida, a qual será levada a cabo entre Janeiro de 1994 até Janeiro de 2011 inclusive. Graças a isto o homem pode prosseguir no seu caminho rumo à Era de Aquário, que até então se tornará realidade. Em todos os campos da vida estão a produzir-se grandes mudanças, e neste processo Sonia, até à sua transição (o seu falecimento) em 2009, funcionava como uma porta-voz do Governo Universal do Mundo. Permitiu-se que clarificasse estas mudanças, podendo escrever o misticismo de Aquário o qual está, ao mesmo tempo, a revelar-se. Em toda a sua inspiração encontrará, como tema central, as mudanças da Era de Aquário que estão a ser introduzidas. Este livro, O homem na Era de Aquário, ocupa um lugar central no seu trabalho. Contém inspiração ditada do Governo Universal do Mundo, com o objectivo de colocar o homem na pista de uma nova forma da tomada de consciência: o caminho da tomada de consciência através da transformação. O homem na Era de Aquário deve ser considerado como um livro básico que ensina o novo caminho para a tomada de consciência na Era de Aquário. Nesta era o homem poderá dar forma ao processo da tomada de consciência de um modo mais profundo, mais completo e sobretudo com muito mais amor para si próprio. Através disto será capaz de pôr fim ao seu sofrimento. O novo instrumento que lhe permite que tal aconteça – a sua capacidade de transformar – está explicado detalhada-mente neste livro. A sua leitura pode significar um salto extraordinário no seu caminho. Neste livro também ensina ao homem, através do desenvolvimento da sua consciência, o modo de participar como trabalhador no Governo Universal do Mundo. Explica-se e mostra-se aqui o mecanismo no qual o trabalho no Governo Universal está baseado. E, por conseguinte, também o trabalho pioneiro que uma pessoa pode realizar através das muitas tarefas universais que agora lhe foram reveladas. Depois de ter estudado tudo isto, poderá romper completamente com o

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sentimento de impotência que frequentemente o invade quando quer mudar alguma coisa ou contribuir para alguma coisa na vida. Então compreenderá que o homem é o instrumento que levará a cabo as grandes mudanças na vida. Assim, uma parte importante deste livro está dedicada a orientá-lo nas novas tarefas universais que estão a ser revela-das. Através disto entenderá como é crucial a contribuição do homem na vida! Além disso, revela-se, também a posição do homem na evolução. O tema principal do seu caminho evolutivo – o seu caminho da tomada de consciência – está, capítulo por capítulo, cada vez mais definido. Assim, quando acabar de ler este livro será capaz de compreender totalmente a sua posição no grande percurso da vida.

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Introdução Procurando o objectivo da vida Muitas pessoas procuram consciente ou inconscientemente o sentido e o objectivo da vida. No decurso das suas vidas, principalmente após uma grande decepção, fazem-se perguntas como: É isto tudo, é isto realmente o objectivo da vida? Terá a vida um objectivo mais profun-do? Qual será realmente o objectivo da vida? O homem ignora facilmente estas perguntas e entrega-se novamente a uma nova espécie de divertimento que torne a sua vida mais agradável, ou seja, é o que pelo menos ele espera. Permanece ocupado com isto durante algum tempo até que, a maior parte das vezes após uma nova decepção, surge de novo a chamada inevitável para que inicie a procurar o objectivo da vida. Desta forma escuta inconscientemente a chamada interior para que esta se torne consciente. Logo que o homem comece a escutar conscientemente esta chamada, iniciar-se-á imediatamente o caminho da sua tomada de consciência, tendo, por conseguinte, iniciado a sua grande busca do objectivo da vida. A caminho da tomada de consciência Antigamente as religiões ofereciam segurança no que toca a tomada de consciência sobre o objectivo da vida. Devido à crescente secularização como também à independência do homem, este, está cada vez mais forçado a entrar dentro de si de modo a procurar e descobrir o profun-do objectivo da vida dentro de si próprio. Para encontrar dentro de si próprio o profundo objectivo da vida, começou em primeiro lugar a procurá-lo em textos antigos, entre os quais as escritas Védicas, o Bhagavad Gita e o Torah. Esse era o caminho correcto na Era dos Peixes. Tal quer dizer que conseguia compreender correctamente os impulsos profundos da vida, e também a maneira como podia descobrir por si mesmo a verdade da vida. A Era de Aquário, contudo, começou. Com o início desta era, começa uma nova corrente da evolução e uma nova forma da tomada de consciência. Esta chama o homem com muita mais força na procura da verdade universal da vida, descobrindo-a dentro de si.

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Na Era de Aquário, o homem poderá desenvolver-se até chegar ao homem cósmico1, o homem que descobriu dentro de si a verdade uni-versal, e que aprende a utilizá-la para dar forma ao objectivo mais pro-fundo da vida. A partir desta verdade o homem cósmico abordará de um modo diferente e reajustará completamente a sua visão de vida. Mas, sobretudo, poderá libertar-se do seu sofrimento que durante a Era de Peixes o oprimiu. O caminho da tomada de consciência através do sofrimento A Era de Peixes (0-2000) Durante a Era de Peixes o homem tornava-se consciente através do sofrimento. Quer dizer, o seu caminho da tomada de consciência estava baseado nas leis de causa e efeito, que através do karma (olho por olho, dente por dente) ensinou-o a viver mais em harmonia com o objectivo da vida. Durante toda a Era de Peixes, o caminho da tomada de cons-ciência estava baseado exclusivamente nessas leis, que, através do seu karma, traziam-lhe constantemente sofrimento. Tal continuaria até que aprendesse a transcender este karma (ver Cap. 4). O caminho da tomada de consciência através da transformação A Era de Aquário (2000-4000) Na Era de Aquário o homem aprenderá a descobrir a verdade universal, que se encontra na Fonte de Vida2 dentro de si. No âmbito da Fonte de Vida aplicam-se as leis de Amor e Unidade, ultrapassando completamente as leis de causa e efeito. A nível da Fonte o karma perdeu a sua actividade. Na Era de Aquário a vida reger-se-á pelas leis de Amor e Unidade, as quais iniciaram através da ratificação do esboço de Aquário. A actividade das leis de causa e efeito está a ser agora gradualmente retirada da vida, e por conseguinte, a actividade do karma cumpriu a sua função. Em princípio tal seria uma tremenda alegria para a humanidade, se não fosse pelo resultado imediato desta decisão da criação devido a que no início da Era de Aquário a vida terá de se redimir de todo o seu karma. Tanto o homem como a vida serão obrigados a redimir o seu respectivo karma, simplesmente porque a criação o empurra fora do seu ser. Mesmo se tal decisão parecer impiedosa, oferecer-se-á imediatamente ao homem uma forma conveniente de clemência. Assim, o homem

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pode descobrir a Fonte de Vida situada no mais profundo do seu ser, de modo a neutralizar o restante da dívida kármica ajudado pelo concei-to do Amor e da Unidade da Fonte de Vida. No âmbito da mística de Aquário ensina-se ao homem como, através da transformação, ajudado pelo poder da criação, pode neutralizar o restante karma, sem que tenha de converter este karma em sofrimento! A clemência da Era de Aquário Na Era de Aquário toda a vida está destinada a superar o seu ser, a sua ansiedade. Como consequência a vida descobrirá o seu espaço, o ser superior, e aprenderá a integrá-los na sua existência. Desta maneira será libertada da sua ansiedade. Para o homem isto significa em concreto que poderá começar a integrar o Amor Universal desde o seu ser, que lhe permitirá ultrapassar o seu sofrimento. O esboço de Aquário é totalmente baseado no Amor Universal, o núcleo, o coração da criação. Por conseguinte, tanto a vida como o homem, no que se refere à consciência, ficarão a par de igualdade com o Amor Universal. Aqui não há lugar para o karma e o sofrimento. No esboço de Aquário estes conceitos foram substituídos pelo Amor e pela Unidade. O Amor e a Unidade da Fonte de Vida libertarão o homem do cativeiro do karma e do sofrimento. Na Era de Peixes aplicava-se o seguinte slogan: “o homem torna-se consciente através do sofrimento”. O esboço da Era de Aquário inclui, contudo, uma verdade universal durante esta era, contida numa lei bási-ca que pode ser transcrita como: “o sofrimento não é o impulso básico da tomada de consciência”! Através desta lei básica libertada para a vida durante a Era de Aquário, o homem pode acabar completamente com o seu sofrimento! O homem no caminho a um futuro cheio de amor O homem pode caminhar rumo a um objectivo mais elevado na vida, que lhe ofereça um futuro melhor. Pode viver a sua vida conduzida pelo ser superior, que lhe revela o Amor Universal bem como uma vida baseada neste Amor Universal. Ao homem espera-lhe um futuro cheio de amor, unido nos trabalhos do ser superior, desde o seu Espírito, a sua consciência. Quer dizer, na Era de Aquário a consciência do homem abre-se completamente. Por isso une-se a todos os níveis de Amor, a todos os níveis de Unidade, a

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todos os níveis da criação e das forças criadoras. Pode aprender a apro-veitar e pôr em prática isto tudo na sua vida. O homem converteu-se então num instrumento activo do Amor Universal e descobriu a capacidade de romper com o seu próprio karma, e através disto com o sofrimento da humanidade e da vida. No início da Era de Aquário entra no êxodo do seu sofrimento, o êxodo do seu ser inferior, de modo a ser recebido no seu ser superior da vida, que lhe traz o Amor e a Unidade, porque esta é o Amor e a Unidade. O objectivo da vida na Era de Aquário Na Era de Aquário o objectivo da vida humana é descobrir a verdade universal, que está na Fonte de Vida dentro de si próprio. Usando o poder da criação encontrada ali, pode acabar com o seu sofrimento mediante a transformação3 (ver Cap. 4). Além disso, pode aprender a distinguir as tarefas espirituais mais profundas do ser humano cósmico que o esperam. Pode desenvolver a união com a Fonte de Vida, o seu instrumento interior. Assim, guiado desde dentro, aprenderá a levar a cabo, em vários níveis, as suas tarefas universais mais elevadas e será um instrumento universal para a vida.

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1. Viver em dualidade O ego, a livre vontade do homem Há muito tempo no Paraíso, o homem viveu em harmonia perfeita com a vontade divina. Na Criação, contudo, Deus concedeu ao homem a sua individualidade, a sua personalidade. Como uma parte desta personalidade Ele deu ao homem a livre vontade, que se chama o “ego”. A livre vontade foi um direito novo de nascimento do homem criado recentemente. A Bíblia diz que Eva foi o primeiro ser humano, que, guiada pelo seu ego, usou a sua livre vontade e comeu a maçã, apesar da proibição de Deus. Através de Eva, o homem realmente usou, pela primeira vez, a sua livre vontade, o seu ego! No momento que o homem descobriu a sua livre vontade, as coisas tomaram pouco a pouco um sentido descendente. As exigências do ego tornaram-se cada vez maiores, e o homem começou a conduzir a sua própria vida. Assim, surgiu a desarmonia entre a vontade de Deus e a livre vontade do homem, e, por conseguinte, começou a dualidade na sua vida. Começa a vida na dualidade Enquanto o homem permitiu que a sua vida fosse dirigida pelo princípio divino – a vontade divina profundamente dentro dele, também conhecido como “o seu ser superior” – existia apenas harmonia interior. Por isso, a vida pode ser considerada paradisíaca. Contudo, quando o homem optou pelo seu ego, que se encontra no seu ser inferior, e deixou-se ser guiado pela sua livre vontade, desviou-se pouco a pouco do objectivo original da sua vida. Começou a desarmonia no homem: desarmonia entre o ser superior, a vontade divina, e o ser inferior, a livre vontade. A experiência de poder sofrer por causa da influência da dualidade interior presente nele, foi o seu resultado directo. O jogo da dualidade Desde o momento memorável em que Eva realizou o seu acto heróico, surgiu o “movimento” no homem. A este movimento poderíamos chamar-lhe “o jogo da dualidade”, também conhecido como a batalha

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entre o bem e o mal. Neste contexto podemos chamar simplesmente a este processo a luta do ser inferior do homem dando precedência à sua livre vontade, ou pondo-a em harmonia com a vontade divina, contida no ser superior. NB: No respeitante à estrutura do homem, ver Apêndice I. Começa o declínio da vida Lentamente mas com segurança, o homem, por causa da influência que a dualidade começou a ter nele, perdeu o contacto com a sua origem divina interior. Foi-se separando cada vez mais do verdadeiro objectivo da sua vida, que, contudo, permanecia evidente na sua origem, no seu esboço. Deu prioridade à sua personalidade e, levado pela sua livre vontade, a vida seguiu um modelo próprio. O homem identificou-se, cada vez mais, com o ser inferior e fui perdendo de forma gradual o contacto com o ser superior. A descida à matéria: a involução Assim, no decorrer da evolução realizou-se um processo longo de involução na matéria e por causa disto a consciência do homem ficou cada vez mais condensada. Tal significa que o homem se identificou cada vez mais com a vida na matéria. Chegou ao ponto da sua total involução, identificando-se quase exclusivamente com a matéria. Da involução à evolução No momento em que a descida à matéria foi total e a involução chegou ao ponto mais profundo da matéria, a vida foi chamada para mudar da involução para a evolução. A vida alcançou esse ponto em 1985 e o homem iniciou então o retorno da involução para a evolução. A partir desse momento o homem pode começar o seu caminho de retrocesso de modo a regressar à origem, a Fonte de Vida, e descobrir esta nova-mente dentro de si próprio. O caminho de regresso: a evolução Para iniciar o caminho de regresso é importante que o homem comece a procurar a origem da sua vida, reconhecê-la e dar-lhe novamente for-ma. Outrora a sua tarefa na vida estava dirigida para a involução, porém, este ponto já passou. O objectivo mais elevado da sua vida está agora direccionado para a evolução, ao descobrir na matéria a Fonte de Vida dentro de si próprio.

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Na Era de Peixes o desenvolvimento da personalidade humana ocupava o lugar mais importante, mas na Espiral de Evolução, a Espiral da Era de Aquário, consiste em desenvolver o Espírito do homem, a sua consciência. Nesta espiral o homem pode expandir a sua consciência através da qual será então capaz de crescer rumo ao novo e mais elevado sentido da sua vida. No período entre as duas eras, cada uma com as suas tarefas distintas de evolução, o homem sente-se muitas vezes um tanto ou quanto desnorteado e confuso e provavelmente poderá ficar desorientado. No fim de contas, o objectivo de vida que possuía outrora para involucionar são águas passadas, ao passo que o novo objectivo de vida para evolucionar não está, no entanto, claramente presente. Este apenas se deixa descobrir. O homem continua a ser guiado pelo ser inferior, então o objectivo mais elevado da sua vida não se revela, porque este é conhecido apenas pelo ser superior. O ser superior pode revelar ao homem a sua nova tarefa de vida e ensinar-lhe as regras básicas da Espiral de Evolução. Por conseguinte, a sua evolução, o seu caminho da tomada de cons-ciência, podem seguir um novo rumo e o seu objectivo mais elevado na vida e as suas tarefas mais elevadas podem ser-lhe reveladas. O homem a caminho de uma nova posição Guiado pelo ser superior, o homem iniciou um caminho de modo a mudar de ser um homem da Era de Peixes – um homem terreno – a ser um homem da Era de Aquário – um homem cósmico – que novamente descobriu em si próprio a Fonte de Vida (ver Apêndice I). Este homem cósmico caracteriza-se por ter uma consciência mais elevada e mais alargada, servindo um objectivo mais elevado na vida. Pode descobrir por si próprio as suas tarefas universais da vida, para com isto ajudar a mesma no desenvolvimento da sua consciência, que o espera na nova era. Para contactarmos com o homem cósmico dentro de nós, não só devemos reconhecer que temos uma personalidade com livre vontade, mas também devemos reconhecer de que temos de usar esta livre vontade para que com ela possamos escolher o nosso profundo objectivo da vida e as tarefas universais da mesma!

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A involução do Espírito na matéria Neste capítulo, porém, não se tem a intenção de nomear as tarefas universais mais elevadas do homem cósmico, tal faz parte do sexto capítulo. Não obstante, estabelece-se aqui o objectivo mais elevado da vida e do homem cósmico. Na Espiral de Evolução o objectivo mais elevado na vida é introduzir completamente na matéria a força da Fonte de Vida, também chamada o Espírito Divino. Após o retorno da involução à evolução, o objectivo do homem cósmico fui a integração do Espírito na matéria. O homem encarnou na matéria, podendo deste modo involucionar a consciência do homem na mesma, para que, como homem cósmico pudesse ajudar o Espírito Divino a involucionar também na matéria. O caminho da evolução que o homem cósmico faz, tem como objectivo ajudar a levar a cabo a involução do Espírito Divino na matéria.

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2. O Reconhecimento do homem Introdução A Espiral de Evolução trata do desenvolvimento da consciência do homem e da vida. O homem pode estimular este desenvolvimento começando o seu caminho da tomada de consciência, o caminho do reconhecimento de si próprio. Neste caminho o homem começa primeiro por reconhecer o seu ser inferior. Na primeira parte deste capítulo discutir-se-ão uma série de orientações para reconhecer os impulsos do ser inferior do homem. Tal permitirá ao homem harmonizar novamente as suas acções com o objectivo verdadeiro da vida. Posteriormente na segunda parte pode aprender a distinguir melhor a dualidade entre o ser superior e o ser inferior dentro de si próprio, e finalmente na terceira parte, pode obter conhecimento do modo como pode trabalhar nos diferentes níveis da consciência. Os impulsos do ser inferior A luta pela existência A lei básica da vida reside no facto de que cada parte da vida, cada organismo, protege a sua própria existência. O ser inferior veio equipada com certas ferramentas, as quais vão ser abordadas com mais detalhe neste capítulo. A luta pela existência pode ser qualificada como um impulso de actua-ção normal e são do ser inferior. O ser inferior, contudo, também conhece impulsos de actuação menos sãos, dos quais se dará mais conhecimento. Os impulsos mais profundos do ser inferior são analisados, de modo a que lhe permita tomar medidas adequadas em relação a essas características menos desejáveis. A característica mais básica da personalidade do homem reside na sua necessidade de afirmação: Afirmação A afirmação é uma característica que expressa a luta do homem pela sua existência. Como tal, a afirmação é um estímulo são, pelo qual o homem pode participar na vida e reconhecer a sua existência. Contudo,

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a auto-afirmação não é sã quando cai no controlo do ego do homem, afirmando não só a sua existência, mas principalmente a sua importân-cia e a sua grandeza. Na nossa forma actual de vida, o homem procura constantemente a sua própria afirmação. O ego esforça-se para que seja considerado importante e quer, por conseguinte, ser estimado. Deseja, custe o que custar, ostentar e não tolera a perda de prestígio. O ego não respeita nada, porque ele só por si não conhece o amor. Apenas quando deixamos que o nosso ser superior trabalhe no ser inferior, nasce o amor no homem. A livre vontade do homem aspira apenas adquirir estima, poder, dinheiro e sucesso, querendo cada vez mais e mais! Para que a auto-afirmação de uma pessoa volte a ter uma proporção sã e normal deve normalizar-se o controlo que o ego tem no homem. A necessidade de afirmar-se será, por conseguinte, harmoniosa: poderá então sentir-se bem na sua existência, sem cair numa corrida desenfrea-da de quer mais e mais. Atenção O homem que quer ser reconhecido procura atenção para si próprio. Quanto mais atenção tiver, mais se sentirá reconhecido na sua existência. Por isso, tentará manter essa atenção o mais tempo possível. Podemos satisfazer a nossa necessidade de atenção de duas maneiras: 1. Atenção positiva A forma mais positiva, que o homem consegue atrair atenção, é através do desenvolvimento dos seus talentos. Com os seus talentos pode conseguir muitas coisas, ter sucesso e prestígio. Com os seus talentos pode dar amor aos outros, e sentir-se auto-afirmado. Deste modo, pode participar na existência de uma forma positiva, e dar a sua contribuição para tal. Assim, pode satisfazer completamente a sua necessidade de atenção. Durante o processo do desenvolvimento dos seus talentos, o homem deve vigiar o seu ego. Não se trata de se ocupar de si próprio de uma forma exagerada. A medida com que o homem atrai a atenção mediante os seus talentos deve permanecer sã.

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2. Atenção negativa Desde que o homem seja da opinião que não tem talentos suficientes, consegue a atenção que procura de uma maneira menos positiva e inclusive às vezes de forma negativa: a. Ostentação das coisas materiais A pessoa insatisfeita tentará chamar a atenção. A forma mais inofensiva de fazer isto é de conseguir a atenção ostentando bens, dinheiro, roupa e outros meios materiais. Estamos todos familiarizados com a pessoa que satisfaz a sua necessidade de carinho ou de atenção através de comprar coisas, ou a pessoa que está constantemente a comprar roupa com o objectivo de chamar a atenção. E que tal a mulher que leva o seu cão com um smoking a uma festa de chá! Os exemplos de chamar a atenção desta forma negativa, são incontáveis. b. Fazer-se de vítima Atrair a atenção reclamando e queixando-se é também uma forma negativa de querer ser o centro da atenção. Distinguimo-nos então “fazendo-nos de vítimas”. O homem, sente-se vítima do seu destino e procura continuamente a auto-afirmação e a atenção desta maneira negativa. c. Desenvolvimento de queixas e doenças Podemos desenvolver queixas e doenças de modo a chamar a atenção daqueles que nos rodeiam. Esta é a maneira mais devastadora da perso-nalidade na busca da procura de atenção. Tal pode chegar muito longe. Alguns desenvolvem realmente doenças que ameaçam a vida, ou cau-sam lesões neles próprios (auto-mutilam-se) de forma a poder manter a atenção dos outros. As visitas infinitas a terapeutas ou a médicos de medicina alternativa, que prestam muita atenção às pessoas, estão incluídas também nesta categoria. É curioso que o homem, antes de conseguir a cura, regressa a casa frustrado. Há inclusivamente pessoas que inconscientemente sabotam a sua cura, e por isso, não conseguem ser curadas. d. Ser adito ao sofrimento Algumas pessoas estão tão habituadas a chamar a atenção de forma negativa mediante o sofrimento (no objectivo mais lato da palavra), que descobrimos uma nova forma de adição: o ser adito ao sofrimento. A atenção que as pessoas adquirem desta adição, mantêm-na.

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Querer O aspecto mais dominante da personalidade é o querer. Pois este forma a base da livre vontade do homem. Por causa do querer existe em nós um impulso sempre constante de querer cada vez mais. Assim, condu-zidos pelo nosso ego colocamos objectivos cada vez mais altos, melhores e mais distantes. Além disso, o desejo é estimulado pela força propulsora da evolução: o Perpetuum Mobile de ascender e crescer4. O Perpetuum Mobile guia o homem desde a vontade divina de uma forma ascendente e de crescimento completamente transparente. Mas se a livre vontade do homem se agarra a isto, os seus desejos pessoais são intensificados, podendo criar uma situação obsessiva. Alimentará os seus desejos pessoais com a força da evolução. Subordinará a força da evolução ao seu desejo pessoal. A obsessão que então se desenvolverá nele, fará com que tenha muito pouca paz. Desejos, ambições, frustrações Os desejos e as ambições como manifestações do querer podem ser uma desvantagem significativa para o homem quando a espiral de querer é cada vez mais crescente, conduzindo finalmente ao descontentamento, tristezas e frustração. A frustração é a consequência de não satisfazer o ego na manifestação da sua vontade. O objectivo situado cada vez mais longe, pode em dado momento não ser conseguido, porque para tudo há um limite. Por conseguinte, o homem fica desesperado porque o sentido da vida parece ausente, desde que o objectivo está situado cada vez mais longe, e já não se pode alcançar. A frustração e a dor experimentadas podem conduzir a depressões e tristezas. Podem surgir queixas e doenças, tor-nando a vida mais difícil. Medo O homem que procura a auto-afirmação teme falhar. O ego teme a incapacidade de não poder conseguir o objectivo, situado cada vez mais longe. Por natureza não tem confiança suficiente em si próprio, porque a autoconfiança do homem está alimentada pelo ser superior. A conse-quência desta falta de autoconfiança consiste em que o homem se torne medroso. O ego quer afirmar-se, mas não se atreve, e faz uso de uma cláusula de

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fuga programada nele: isso mobiliza o medo. O medo é o mecanismo do ego para poder escapar à afirmação na vida, e provoca a fugida do problema que não ousa enfrentar. O medo forma a base sobre a qual se constrói o mecanismo de fuga do homem. Como no ser, o homem deve lutar para sobreviver. O medo é o estímu-lo que o avisa sobre os perigos e a ajuda a proteger-se. É um estímulo saudável, mas quando domina converte-se num grande obstáculo. Sempre que o homem tiver pouca confiança nele próprio, fará muitas vezes uso desta faculdade, e será pouco a pouco vítima do mesmo. Se o homem, deste modo, ficar obcecado pelos seus medos, esses medos podem desenvolver-se em verdadeiras fobias. Uma vez que, o homem caiu em tal espiral, esconde-se por detrás das suas fobias para não ter de enfrentar a realidade: o fracasso do seu ego é obter afirma-ção. Satisfaz a necessidade de atenção através da atenção que os seus medos e fobias lhe proporcionam. O homem liberta-se da obrigação de ter sucesso cedendo aos seus medos, que por sua vez o limitam. Deste modo, o medo tornou-se o meio através do qual pode evadir-se das suas responsabilidades da sua própria vida ou do seu próprio comportamento. É um mecanismo de defesa do ego o qual está baseado na evasão. Aos olhos do Mundo, as culpas são do medo e o ego fica, portanto, livre. Contudo, a falta de autoconfiança em si próprio permanece. Mecanismos de fuga O ego, que arrisca a não conseguir realizar o objectivo estabelecido pelo ego, ou na realização do objectivo da sua vida, sabe como escapar através dos seus medos. O homem, no entanto, tem mecanismos de fuga muito mais complexos à sua disposição. Citaremos aqui algumas formas: 1. Hiperactividade A forma mais conhecida de comportamento relativo a fugir de si próprio é fugir numa hiperactividade. A hiperactividade não só implica trabalhar demasiado, mas também que nos mantemos constantemente ocupados com estímulos tais como a rádio, a televisão, o computador ou jogar, etc. O exercício físico exagerado também pode ser considerado como uma forma de actividade hiperactiva e, portanto, também considerado como comportamento de fuga.

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A hiperactividade adormece o homem para que não tenha de parar e pensar na realidade mais profunda da vida, e desta maneira alienar-se dela. 2. Fazer-se de vítima; projecção Uma forma de comportamento relativo à fuga consiste em culpar constantemente os outros dos nossos defeitos (projecção). Tal pode fazer-se directamente culpando os outros, mas também se pode fazer de uma forma mais complicada, ou seja, assumir o papel de vítima. Quem se faz de vítima não se considera responsável pelo resultado da sua vida, mas pensa que alguém a arruinou, e, portanto, culpa outrem. Projectando os seus problemas em alguém, protege-se a si próprio, sendo assim a vítima de … Mencione o que quiser. 3. Doenças Algumas pessoas usam as suas queixas e doenças como um modo de escapar à realidade. Adoptam o papel de vítima através das suas doenças. As suas doenças são – embora não as experimentem assim em absoluto – muito convenientes e claramente auto-induzidas (ver também Atenção 2c). A causa destas doenças tem a sua origem na psique do homem. Pode tratar-se de queixas ligeiras, mas também de doenças crónicas e sérias. A forma mais extrema de escapar, encontra-se no hipocondríaco, que apenas se preocupa com as suas doenças e, consequentemente, não se preocupa com a essência da sua vida (a sua tomada de consciência). A causa geral da doença encontra-se na resolução do karma do homem. Para encontrar o caminho de modo a sair das sua doenças, ver o quarto capítulo e o Apêndice IV. 4. Sabotar o veículo espiritual Uma forma mais devastadora do comportamento de fuga é aquela que tem lugar inteiramente a nível espiritual do homem. Por causa de frustrações profundamente arraigadas (sejam ou não de vidas passadas) o homem tenta – quase sempre inconscientemente, mas muito eficazmente – inutilizar o seu veículo espiritual (às vezes até antes do seu nascimento). Como consequência não é responsável pelas suas próprias acções. Considere, por exemplo, doenças mentais sérias como a psicose, a esquizofrenia, o autismo e a síndrome de personalidade múltipla (SPM).

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5. Dependências Uma forma óbvia de fuga pode ser observada quando o homem se entrega a alguma forma de dependência. Através de uma forma de dependência o homem pode perder-se completamente no poder que a matéria exerce sobre si. A matéria tem-no tão amarrado que o impossibilita de ver a profunda realidade da vida, podendo assim fugir dela. Há três níveis de dependência, que podem ser descritos como se segue: 1. Dependência que causa apenas danos físicos no homem (por

exemplo fumar). 2. Dependência que desequilibra o corpo bem como a vida social (por

exemplo o álcool). 3. Dependência que prejudica o corpo, a vida social e o espírito do

homem (por exemplo drogas). A preferência por um tipo de dependência e a intensidade da experiência determinam a medida que o homem foge da realidade e das circunstâncias da sua vida. 6. Espiritualidade Algumas pessoas que estão muito descontentes com as suas vidas, decidem envolver-se com o seu processo de tomada de consciência. Isto não ocorre apenas porque querem procurar o objectivo da vida, ou uma existência com mais amor, mas principalmente porque estão à procura como podem romper o mais rapidamente possível com o ciclo da vida na terra. Estas pessoas perderam muitas vezes a sua alegria de viver, ou nunca a experimentaram. Apoiam fervorosamente a ideia da reencarnação, mas na realidade apenas desejam chegar ao fim do seu processo de tomada de consciência: a libertação, a salvação da vida na matéria. Obviamente o homem que procura o caminho da espiritualidade por causas puramente negativas, não chegará a atingir a plena riqueza da vida que essa espiritualidade pode oferecer. O amor pela vida e por si próprio, fazendo parte deste caminho, deve ser ainda aprendido. 7. Modéstia

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A modéstia é uma virtude que gradualmente se manifesta no decurso da tomada de consciência. As pessoas que realmente são espiritualmente grandes são quase sempre as mais modestas. Não obstante, a falsa modéstia refere-se à modéstia de alguém que ainda não atingiu a pleni-tude do seu potencial. De facto, teme tornar-se grande com medo da responsabilidade que esta grandeza espiritual lhe trará. Protege-se a si próprio mediante a sua humildade. A ânsia de poder significar de ver-dade alguma coisa na vida, permanece escondido no seu interior. 8. Hostilidade Algumas pessoas têm tão pouco amor-próprio que projectam continuadamente esta falta de amor nos outros, naqueles que pensam que não poderiam possivelmente amá-los! Na sua interacção com os outros o seu comportamento é caracterizado pela crítica, más com-preensões de toda a acção positiva de amor, convertendo-a numa acção agressiva contra eles. Tal resulta em hostilidade. A hostilidade priva o homem do contacto diário normal e querendo ver afirmada esta falta de amor por si próprio pode, de vez em quando, isolar-se completamente. Não pode e nem quer comunicar com os outros de uma forma normal; desta maneira não tem de competir, agudizar-se, ou purificar-se. O processo de trabalhar em si próprio, sendo uma parte significativa da tomada de consciência, fica assim completamente bloqueado. Impotência Algumas pessoas tentam afirmar-se a si próprias na vida, mas sentem-se por uma razão ou por outra demasiado fragilizadas, demasiado fracas, ou têm pouca segurança nelas próprias, para realizarem tal de forma adequada. Então, o homem luta com um problema de impotência, o qual pode solucionar de maneiras diferentes: 1. Pode mobilizar a sua agressão e ainda tentar realizar o objectivo

desejado. 2. Pode estar dependente de alguém que não seja fraco. 3. Pode assumir uma forma de niilismo, como por exemplo ser derro-

tista. 1. Agressão

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a. Agressão directa A agressão forma parte do mecanismo de defesa do homem. A maior parte das vezes o homem mobiliza a sua agressão quando experimenta um sentimento de impotência. Quando se sente impotente para conseguir o objectivo proposto, primeiro zanga-se, depois põe-se furioso e num estádio posterior torna-se agressivo. Face a um comportamento agressivo ou usando a força, ainda tenta conseguir o objectivo proposto. A agressão dirige-se principalmente contra coisas ou pessoas que o contradizem, pelas quais se sente ameaçado ou impedido de conseguir o objectivo desejado. A agressão dirigida pelo ego é a arma na batalha, para conseguir obter os seus desejos. A agressão, dada a sua união ao ego, é impiedosa e não respeita nada. Às vezes a agressão é a consequência de um sentimento geral de descontentamento, que surge pelo sentimento de impotência que invade o homem na sua actual forma de viver. Sente-se impotente para fazer qualquer mudança, tornando-o por fim agressivo. A conduta agressiva manifesta-se, por exemplo, rompendo com aquilo que não é aceite, através de vandalismo ou violência. b. Resistência passiva Uma forma menos conhecida de agressão é a de oferecer resistência passiva, ou seja, lentamente mas com segurança sabotar os planos de outrem. Um ego que encontra uma resistência passiva tão penetrante, torna-se normalmente muito agressivo, pelo qual o homem que oferece resistência, a maior parte das vezes assume directamente a postura de vítima: “não faço nada e olha como reagiu!" A resistência passiva é típica do homem que assume a postura de vítima. A agressão, pelo contrário, é muitas vezes aberta e está claramente diri-gida contra a pessoa que provocou a agressão. Neste sentido é uma reacção sincera. Quando esta se manifesta unicamente em cólera ou em raiva, a agressão pode conduzir a mudanças positivas e construtivas, e consequentemente contribuindo para uma boa causa. No caso da resistência passiva não há geralmente uma solução construtiva, porque aquele que coloca esta resistência realmente não a deseja, devido a estar contente no seu papel de vítima. c. Ódio

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O ódio é a forma menos material da agressão, porém, é muito poderoso e destrutivo. O ódio, do mesmo modo que a resistência passiva, solu-ciona muito pouco. Não é activo, não provoca nenhuma mudança. É inerente na vítima sentir ódio para com o seu agressor, porque se sente incapaz de mudar alguma coisa na situação surgida. O ódio é uma for-ma rígida de agressão que não é expressa e, por isso, não resolve nada. 2. Dependência A dependência assume diferentes formas: a. Dependência do próximo Podemos ficar dependentes de outra pessoa, por exemplo do nosso parceiro, dos pais, do médico, do terapeuta ou de um(a) amigo(a). Estas relações têm alguma coisa em comum: Põe a sua visão ou a sua forma de viver acima da sua. Por outras palavras: entrega-se ao outro cuja visão considera mais importante que a sua. Por isso, não se atreve a tomar decisões sobre a sua vida sem falar antes com essa pessoa, a fim de obter a sua aprovação. b. Dependência da igreja ou de uma instituição religiosa Também pode ficar dependente de uma instituição estabelecida ou de uma igreja. Assim, antigamente ficávamos muito dependentes da opi-nião da igreja. Tal continua a ocorrer em muitas partes do mundo. Cheio de confiança e muitas vezes sem pensar, o homem segue as ins-truções que lhe são dadas. Só depois do homem, cada vez mais independente, se ter atrevido a formar a sua própria opinião e a expressá-la, apareceram junto à igreja instituições (movimentos) como a Rosa cruz, a maçonaria, a antroposofia e outros. O homem independente atreveu-se a ser par-tidário de uma visão de vida diferente. As instituições que apareceram de uma forma de pensar independente, atraem hoje também muita gente, que de novo se torna dependente do dogma lentamente estabelecido por essas instituições, com as quais sente afinidade. Atraiçoam a sua dependência, porque actuam de forma dogmática com a doutrina que se proclama. c. Dependência de um guru ou de um mestre Surgiu também uma forma um pouco mais moderna de dependência: a dependência de um guru ou de um mestre. O homem que se sente

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demasiado inseguro para manter-se ou para afirmar-se, pode procurar a ajuda de um conhecido, mas também pode procurar alguém com quem tem afinidade e a quem atribui a qualidade de poder levar a cabo as ideias que tem dentro de si. Este é por exemplo um guru/mestre que tem uma visão (doutrina) firme no atinente à vida. O homem pode então unir-se aos seus discípulos ou associar-se ao seu ashram. Quanto mais forte for o carisma do guru/mestre, mais afirma este, o caminho de vida assim escolhido. O guru realiza então a afirma-ção de vida para este homem que apenas tem de ser o seu discípulo. Conhecer a doutrina de um guru ou de um mestre não é ruim de todo, se o guru/mestre tiver a disciplina de não se deixar ser adorado como “Deus”, mas levar o homem directamente à fonte da verdade universal nele próprio: a Fonte de Vida. É importante que o ensine a procurar e a realizar o contacto com a Fonte de Vida interna, e que o ensine a partir daqui a tornar-se independente, obtendo ele próprio força e inspiração da Fonte de Vida para a sua vida. Pôr termo à dependência O homem apenas pode pôr termo à sua impotência e dependência, se aprender a confiar nele próprio. A confiança em si próprio não lhe reti-ra a sua personalidade, mas encontra-a no seu ser superior que o conecta com a Fonte de Vida. Quando poder comunicar com o ser superior, poderá, no que respeita os outros, pôr termo à sua dependência. Assim, apoiado e dirigido desde dentro, ganhará a força e a compreensão da verdade universal da Fonte de Vida e poderá propagar ele próprio a visão universal da vida que ali encontra (ver Cap. 4 e Cap. 6). 3. Pensar de forma derrotista Pensar de forma derrotista é uma forma de expressar uma expectativa negativa da vida. Com esta forma derrotista de pensar, tenta desculpar-se a si próprio pelo facto de não trabalhar o suficiente de modo a dar uma expectativa positiva a si próprio, aos outros e ao Mundo. Pensar de forma derrotista é também uma forma de impotência: depois de tudo não há objectivo nenhum, para quê incomodar-se? Pensar de forma derrotista leva a um estado de ânimo sombrio e deprimido. A distinção entre o ser inferior e superior

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Colaboração entre o ser inferior e o ser superior Até agora abordamos apenas os impulsos do ser inferior. Abordamos também o que pode acontecer ao homem se o ser inferior não funcionar adequadamente. Querendo isto dizer: quando aquele não está bem conectado com a força interior do homem, a Fonte de Vida. Por isso, é de extrema importância deixar muito claro que a âncora interna, a força interior do homem encontra-se no ser superior. Esta dá-lhe força com a qual o ser inferior pode florescer. Pode concluir-se que o ser inferior do homem apenas se pode desen-volver de modo apropriado se estiver alimentado e mantido em equilíbrio pelo ser superior. Nos parágrafos sobre dependência já se citou que esta pode cessar, se existir a confiança a qual o homem apenas pode encontrar no ser superior. A agressão e o ódio só podem ser eliminados pelo amor, sendo este uma qualidade do ser superior no homem. De todas as características do ser inferior poderíamos dizer que estas podem apenas se desenvolver de forma apropriada em contacto com o ser superior. Puro e impuro Até agora a maior parte deste capítulo abordou o comportamento que pode ocorrer se o homem não estiver bem com a sua força interna. Esta conduta podia ser denominada aqui como “impura”. Impuro é tudo aquilo que não está de acordo com o objectivo original de uma forma de vida. A intenção deste capítulo é estimulá-lo a fim de distinguir este comportamento, de maneira que possa alterá-lo para um mais “puro”. Puro é tudo aquilo que está de acordo com o objectivo original de uma forma de vida. A dualidade da obscuridade e luz A obscuridade Tudo o que é impuro, pertence à vida que se denomina “obscuridade”. A obscuridade é impura para o homem, porque não pertence ao objectivo da sua vida. O homem não é criado para viver na obscuridade.

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A luz A luz, a energia positiva criadora da vida, podemos chamá-la pura por-que pertence ao objectivo da nossa vida ao estabelecer a luz em nós e na nossa vida. Vivemos numa criação de luz (ver Cap. 7), de onde a expansão para obter mais luz é o objectivo da vida. Por esta razão a luz pertence aos fenómenos que podemos classificar como puros. A luta entre o bem e o mal Na luta entre o bem e o mal (entre a luz e a obscuridade) o homem ocupa uma posição central. Querendo isto dizer, que o homem decide se viverá de acordo com o objectivo da vida ou não. A luta entre o bem e o mal é a luta entre o ser inferior e o ser superior de modo a obter preferência no homem. A intenção desta luta é a integração do ser superior no ser inferior a fim de permitir que o ser inferior possa fun-cionar de acordo com a luz. O caminho da tomada de consciência Quando verificamos o quão fácil é para o homem desviar-se do seu caminho, compreendemos, portanto, a importância de querer iniciar o seu caminho da tomada de consciência. Assim, pode conseguir actuar cada vez mais puramente e começar a viver de acordo com o objectivo da sua vida bem como da vida em geral. Em relação com o exposto também é importante começar a entender como funciona o ser superior, e sobretudo como podemos reconhecer a sua actividade no ser inferior. Até ao momento só se abordou o funcionamento do ser inferior, porém, agora vamos também dar atenção ao ser superior, e como o ser superior influência o ser inferior bem como o efeito que tem no homem. O ser superior O ser superior é o veículo que transporta a personalidade divina do homem (ver Apêndice I). A alma No primeiro nível do ser superior encontramos a alma que é a protecto-ra do homem. A alma sintoniza a vida individual, a personalidade, com a vida superior, a personalidade divina. A alma é o elo de ligação entre o homem desta vida e o seu núcleo eterno, o seu ser divino. A alma con-tém toda a informação das encarnações anteriores e com esta informa-ção, extraída da akasha da vida, actua sobre o homem.

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Através da alma toda a informação kármica de vidas passadas é levada ao homem. A alma não passa apenas informação, mas tenta actuar no homem como a voz da consciência de modo a ajudá-lo a iniciar a dis-solver o seu karma de maneira apropriada. Inicialmente a alma funciona como um guia do homem, mas depois também passa a informação da direcção superior universal (interior) ao homem. Assim, através da alma, chega ao homem informação muito pura. O espírito e o espírito superior No ser superior encontra-se o espírito e o espírito superior; juntos formam a consciência. A consciência do homem está sujeita à expansão. Pode-se expandir de tal maneira que finalmente pode conter a Fonte de Vida completamente em si; desde que cresça para chegar à consciência. Pela sua estrutura o ser superior está sempre aberta a crescer, passando-se o mesmo com a sua personalidade que pode crescer pelo seu esforço. Quando o ser superior, com a sua consciência cada vez mais expansiva integra-se na sua personalidade, o crescimento desta será maior do que se pode imaginar (ver Cap. 6). O nascimento do ser inferior Após os quatro meses de gravidez, nos quais se forma o corpo material do homem, começam a construir-se no útero da mãe também os corpos subtis espirituais. A informação divina do homem encarna no útero da mãe. Desta maneira, por exemplo, forma-se já o veículo do ego, a livre vontade do homem. Em primeiro lugar forma-se o veículo divino do homem completamente transparente. Durante o sexto e sétimo mês encarna uma pequena parte da informação pessoal desde o ser divino (a alma) deste homem, e o resto permanece para a maior parte da Roda de Reencarnação. A razão pela qual nesse momento nem toda a informação pessoal encarna, é devido ao risco de que algo ainda pode falhar com o homem durante a gravidez e o nascimento5. O carácter do homem Só no momento do nascimento a alma do homem encarna completa-mente. Toda a restante informação da alma encarna na akasha da per-sonalidade, formada nesse momento, o campo da informação do ser inferior. Esta akasha da personalidade é definida no momento do nas-

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cimento, porque a alma faz uma impressão do estado da consciência, que o homem adquiriu com o seu crescimento nas vidas passadas. A akasha da alma imprime-se na akasha da personalidade formada para o recém-nascido. Esta impressão chama-se carácter. O processo da encarnação completa-se na totalidade aos quatro meses após o nascimento. A akasha da personalidade chegou então ao seu desenvolvimento total e a partir desse momento o homem pode ser chamado à sua personalidade. O caminho da tomada de consciência do homem pode começar, porque agora os dados que necessita para isso, podem ser registados na akasha da sua personalidade. Assim, o homem tem a partir desse momento acesso completo ao seu ser inferior e o registo da sua matéria de aprendizagem começou! O início da vida Durante os sete primeiros anos da sua vida, o homem principalmente regista. Adquire muitas impressões com as que mais tarde começará a trabalhar. De acordo com a sua educação chega o momento em que o homem passa da fase de registar à fase de trabalhar. A viagem para a tomada de consciência pode então começar, e a distinção entre tra-balhar desde o ser inferior e trabalhar desde o ser superior pode começar a ser clara. O discernimento em relação à realidade da vida Quando se nota que o ser inferior está colorido com a informação pessoal de outras vidas que está guardado nas esferas na alma do homem, imediatamente se torna mais claro de novo que o ser superior do homem tem a responsabilidade final da sua vida. O ser inferior é apenas o veículo temporal que se criou para a sua existência na terra (na matéria). Portanto, é extremamente importante que os impulsos do ser inferior possam ser distinguidos dos impulsos que vêm do ser superior, o núcleo eterno, responsável para o homem: a sua realidade mais significativa! Trabalhar desde o ser inferior Trabalhar por obrigação Para poder distinguir se o homem é presa dos impulsos do ser inferior ou se é compelido pelos motivos profundos do seu ser superior, é importante ter em mente a seguinte regra: o ser inferior por si próprio não conhece o amor. O amor apenas nasce na personalidade quando o

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ser superior começa a trabalhar no ser inferior. O ser inferior está con-finado a interpretar o amor, uma qualidade baixa de amor: a obrigação. Trabalhar puramente desde a personalidade é trabalhar de modo a cumprir um dever. O impulso principal desta acção não é o amor pelo próximo ou pelo assunto pelo qual se trabalha, esta acção é imposta pela própria vontade. A personalidade deseja tal dessa forma. Ouve-se o homem suspirar: tem de acontecer assim, não há outro remédio! A espiral de obrigação e o sentimento de culpa A obrigação é várias vezes activada por espirais complicadas, que são evocadas por um sentimento de culpa. O homem que fracassa e se sente culpado crê que a sua obrigação é reparar aquilo que fez mal. Do sentimento de culpa nasce a obrigação de corrigir aquilo que fez mal. O sentimento de culpa e obrigação são duas componentes importantes que determinam a acção do ser inferior. Amor, o contacto com o ser superior Desde o ser inferior, o homem pode como muito ascender ao altruísmo: oferecer a sua atenção pessoal para cumprir com o seu dever. Esta atenção caracteriza-se pelo calor, pelo carinho, e está influenciada pela emoção. O amor verdadeiro, o sentimento verdadeiro do homem, começa a fluir unicamente quando se realiza o princípio da integração do ser superior no ser inferior. Pode então o altruísmo pessoal enrique-cer-se com um amor cada vez mais desinteressado. O amor é a radiação da força da Fonte de Vida, que através do ser superior chega ao ser inferior do homem. O Amor Universal A energia criadora original foi enviada da Fonte de Vida. Esta abriu-se estendendo-se em treze forças criadoras universais que representam tre-ze níveis do Amor Universal. Ao que o homem chama “amor”, não tem a maior parte das vezes a qualidade desse desinteressado Amor Universal. Em todos os diferentes níveis encontrámo-lo misturado com amor-próprio (egoísmo), dever de obrigação e amor ao próximo, que certamente são um reflexo do verdadeiro Amor Universal. À medida que caminhamos, o nosso ser purificar-se-á e a nossa cons-ciência crescerá de tal forma que finalmente, como último fim no nosso caminho, abriremos no nosso ser o verdadeiro Amor Universal. Chega-

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remos à Fonte de Vida e neste nível compreenderemos o que significa o Amor Universal sincero e desinteressado para a nossa vida e para a dos outros. No caminho na nossa tomada de consciência, desenvolvemos em nós, através do desenvolvimento da nossa consciência, uma qualidade cada vez mais elevada de amor, que podemos integrar na nosso ser inferior. Tudo isto continua até que finalmente estejamos completamente absorvidos no Amor Universal e Sejamos unicamente Amor, que pode-mos irradiar e aprender a utilizar. Na Era de Aquário, do qual o esboço está baseado no Amor Universal, o homem poderá descobrir completamente o Amor Universal. Assim, o amor humano far-se-á universal. O homem tornar-se-á igual a um Cristo e aprenderá a agir como tal. Então as suas obras não terão já nada a ver com o objectivo da obrigação! Desinteressado, universal, como uma cornucópia da abundância, estender-se-á este verdadeiro Amor. O homem caminha até lá, na sua viagem da tomada de consciência. O sofrimento Para além desta grande corrente de amor que o homem pode esperar, existe directamente o sentimento desagradável que o homem tem quando está privado desse amor. Este sentimento chama-se sofrimento. Sofrimento é estar privado da corrente do Amor Universal. A causa do sofrimento Há três razões que causam o sofrimento no homem: 1. O ser inferior tem-no no seu poder. 2. O homem sofre por causa dos efeitos do seu karma. 3. O homem bloqueia-se a si próprio na corrente de amor. 1. Debaixo do domínio do ser inferior A causa mais importante do sofrimento é o poder que o ser inferior tem sobre o homem. Enquanto o homem estiver dominado pelo ser inferior, pouco Amor Universal pode entrar na sua vida. Por conseguinte, não pode elevar-se acima da espiral do seu sofrimento. O homem está constantemente preocupado, por exemplo, como con-

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seguir cada vez mais, resultando tal em decepções atrás de decepções. Os seus desejos, aspirações e ambições não realizadas, contribuem para a sua tristeza, o que ele experimenta como sofrimento. Tal continua até que o homem inicie o caminho da tomada de consciência, podendo parar o domínio do ser inferior. 2. Sofrimento como resolução do karma A actuação do homem deixa marcas profundas no fluido da vida (a akasha da vida). Além disso fica registado na akasha da sua personalidade, a qual entre outras coisas funciona como memória desta actuação. Esta actuação, fazendo uso da akasha da sua personalidade, é reflectida para ele mesmo com certa frequência. Da mesma forma funciona também a akasha da alma. Com a particularidade que esta reflecte a actuação de vidas passadas. O resultado do reflexo da actuação do homem, denomina-se também o karma do homem. O karma pode ser positivo ou negativo. O karma positivo, causado por uma actuação justa e com amor, traz ao homem vibrações positivas que experimenta como alegria e felicidade. O karma negativo, ocasionado por actuar com motivos baixos, traz ao homem vibrações mais baixas que não estão feitas com amor. Estas experimentam-nas com o sofrimento. A corrente de contratempos e de tristeza que tantos homens continuamente têm que passar, está causada pelo reflexo do seu karma negativo desta ou de vidas passadas (ver Cap. 4). É evidente que o homem pode terminar também com essa forma de sofrimento, aprendendo a actuar de uma forma mais justa iniciando o seu caminho de tomada de consciência. 3. Bloquear a corrente do amor Pouca aceitação de si próprio Quando uma pessoa se vê confrontada com pouca aceitação de si própria, bloqueia a corrente de amor para com ela mesma. Quer isto dizer que primeiro tem que poder sentir amor por si própria, antes de poder aceitar o amor dos outros e da vida. Solidão Bloquear o amor cria no homem um profundo sentimento de estar perdido, que o consome em forma de solidão. A solidão lentamente produz um vazio no homem e pode conduzi-lo à tristeza e à depressão.

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Indiferença Bloquear o amor pode tornar o homem pouco sensível, se não o tornar completamente indiferente. A sua indiferença faz com que tenha pou-cos contactos e de forma mais grave pode acontecer que o homem se canse de viver. Assim, não manifestará a sua indiferença em relação ao homem, mas em relação à vida. Está claro que tanto o homem solitário como aquele que é indiferente sofre pela sua incapacidade de deixar que o amor entre na sua vida. Depressão como consequência do sofrimento Quando o homem não se considera digno de começar o seu caminho de tomada de consciência, quando não pode fazer contactos porque não se considera digno, ou quando nem sequer pode enfrentar a vida, tal manifesta-se numa depressão. Devido a tanto sofrimento o homem deprime-se. Se considerarmos na definição de sofrimento, que o sofrimento tem como causa o não se atrever a deixar entrar o amor, a profunda causa da depressão encontra-se rapidamente: A depressão é a consequência de não se atrever a admitir o amor pessoal ou o Amor Universal para si próprio. Sofrimento – depressão – sofrimento, uma espiral que poderia ser um círculo vicioso, se não fosse porque o homem pode rompê-la de forma já conhecida: tornando-se consciente! Desfrutar, felicidade Quando olhamos para a vida, vemos que quase todos os homens sofrem regularmente. Acabamos por ver a causa que origina o sofrimento, mas aonde procurar agora a base para desfrutar e para a felicidade? Desfrutar, a felicidade do ser inferior O desfrutar da vida, poderia descrever-se da melhor maneira como um sentimento de harmonia alegre no homem. A harmonia em nós próprios é causada por uma alegria evocada em nós próprios, por exemplo quando conseguimos concretizar um desejo. Um sentimento de alegria duradouro passa a ser um sentimento para desfrutar. O desfrutar está limitado ao ser inferior, apenas tem relação com a per-sonalidade do homem. É uma experiência dessa personalidade. Portan-

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to, o desfrutar tem pouca duração: dura tanto quanto dura a alegria, e depois impulsionado pelo ser inferior, queremos que se realize um dese-jo novo. Felicidade autêntica, o contacto com o ser superior A felicidade autêntica experimenta-se em contacto com o ser superior. A felicidade é um contacto com o ser superior, uma experiência do ser superior, que o homem pode experimentar na sua personalidade mediante a integração do ser superior no ser inferior. A felicidade é duradoura, é uma experiência da Fonte de Vida no homem que pode crescer até a um Estado permanente de Ser. Se que-remos desenvolver este Estado de Ser em nós próprios, então temos que tentar romper o domínio que o ser inferior tem sobre nós. E quan-do rompermos com isso, integraremos lentamente mas com certeza a felicidade na nossa vida pessoal. A integração do ser superior no ser inferior A integração do ser superior no ser inferior realiza-se em etapas, quando da tomada de consciência do homem uma parte cada vez mais profunda e mais forte do ser superior pode descer no ser inferior. A personalidade faz-se lentamente mais pela consciência superior e pelo maior amor que há presente no ser superior. Assim, ideias mais pro-fundas desta consciência superior descerão gradualmente na personali-dade. Quando o homem supera lentamente o seu ser inferior, fica finalmente o caminho livre para que o ser superior desça completamente no inferior, para conseguir o perfeito Estado de Ser, dando forma ao sentido da vida do homem. Os impulsos da actividade do homem Os diferentes níveis de actividade Com o início do caminho da tomada de consciência começa a activida-de do homem. Trabalha pela primeira vez conscientemente na sua própria vida. Começa a aperfeiçoar-se, e num estádio mais avançado também pode ser chamado a actividades mais elevadas. Estas apenas podem ser reflectidas nele através do seu ser superior. Num estádio mais avançado o homem poderá também contribuir para o desenvolvi-mento dos outros e da vida.

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O homem pode primeiro ser activo na Espiral de Tomada de Cons-ciência, para depois ser activo na Espiral de Transformação. Esta espiral abrirá por seu turno uma espiral de actividade mais elevada: a Espiral de Transmutação. Em cada espiral o homem recebe mais responsabilidade e a sua capacidade activa para trabalhar torna-se mais forte. Finalmente a actividade do homem converter-se-á numa actividade universal que está totalmente comprometida com a vida e com a evolução. Dualidade e actividade universal Por causa do movimento que a Criação pôs em funcionamento, produziu-se a dualidade no homem e na criação. A dualidade na vida traz consigo o discernimento que forma a base da tomada de consciência do homem. Na sua tomada de consciência o homem vai buscar o profundo sentido da sua vida de modo a ser ali activo. Pelo movimento na criação o homem pode ser activo. Pelo silêncio, pela unidade encontrada no seu ser superior, pode deixar que a sua actividade seja uma actividade universal. Através da integração da unidade na dualidade pode ser um trabalhador universal para a vida. Liberdade para escolher No parágrafo anterior explicou-se que o homem pode ser um trabalhador universal, mas ele não tem obrigação! Tem, no entanto, a sua livre vontade. Tem que fazer um grande esforço para deixar integrar em si o objectivo divino da sua vida. Se o homem deixar que a sua livre vontade se integre na elevada vontade divina, põe-se em funcionamento a integração do ser superior no ser inferior e com o passar do tempo serão revelados ao homem os segredos da Fonte de Vida. O objectivo final da Espiral de Tomada de Consciência A Espiral de Tomada de Consciência termina no momento em que o homem realizou e integrou o contacto com a Fonte de Vida nele próprio. Por conseguinte, é completamente consciente e encontrou o destino final desta espiral. O caminho na Espiral de Transformação O homem então consciente entra directamente numa nova fase. Na Espiral de Transformação pode aprender a trabalhar com a consciência divina que está cristalizada nele e a qual o conduzirá à Fonte de Vida.

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Esta revelará nele os mistérios da vida, para que possa trabalhar cada vez mais puramente (ver Cap. 4 e Cap. 6). O caminho na Espiral de Transmutação, o caminho da ilumina-ção total Trabalhando como trabalhador e aprendendo a fazê-lo em todos os níveis da vida, o homem vai a caminho na Espiral de Transmutação à iluminação total do seu espírito. A iluminação do espírito humano é o objectivo da sua evolução. Assim, o homem poderá ir pela vida como avatar, para no seu caminho poder assistir à evolução, à vida, à humani-dade e ao homem individual (ver Cap. 6). Chegado a este nível, o homem pode por vontade própria escolher de novo o romper da espiral da evolução humana, para ser acolhido na espiral da evolução divina (ver Cap. 7).

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3. Aceitação A aceitação do caminho da vida O ser inferior, um instrumento divino Através da leitura do capítulo anterior é possível que tenha escolhido rejeitar o seu ser inferior. Deixe ver a sua imperfeição que talvez tenha preferido não vê-la. Injustamente tenha entrado em si o sentimento de que o ser inferior apenas é um órgão inferior de segundo plano que só serve para nos inquietar. No entanto, não é o caso. O ser inferior é originalmente um instrumento divino totalmente puro. Desde a personalidade, com as suas muitas facetas, o homem pode fazer uso do ego. A maneira como a personalidade utiliza este ego, a sua livre vontade, determina a maneira na qual se manifesta o ser inferior. Podemos experimentar esta manifestação positiva ou negativamente. Como resultado, nasce o discernimento no homem. Este discernimento faz que o homem dirija o seu ser inferior de uma forma mais pura. O ser inferior não tem culpa, mas sim a personalidade que o utiliza. O verdadeiro princípio do caminho da tomada de consciência O princípio do caminho da tomada de consciência pede ao homem que se torne consciente das suas imperfeições. Pode aprender a discernir e com este discernimento trabalhar em si próprio e disciplinar a sua per-sonalidade. O objectivo da primeira parte do caminho da tomada de consciência tem como finalidade que o homem aprenda a discernir e a disciplinar-se. Discernimento Falta de discernimento nas nossas actuações conduz à nossa falta de perfeição. Esta falta de perfeição impede o crescimento da nossa consciência. Aprender a discernir é, por conseguinte, fundamental no caminho da tomada de consciência, levando-nos a ser conscientes. O objectivo do nosso caminho da tomada de consciência é o crescimento da nossa consciência e a aquisição do discernimento conduz-nos até lá. O ser inferior tem como tarefa principal agudizar o sentido de discer-nimento no homem e como tal poder chegar a ser consciente. O ser

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inferior é um órgão mais importante para despertar a consciência do homem, de modo a que possa ser levado de novo ao seu estado inicial de consciência elevada, permitindo lidar com isto numa entrega total. Disciplina Obter a disciplina da personalidade é importante por várias razões. Em primeiro lugar para poder purificar as imperfeições do ser inferior do homem; num estádio mais avançado é de enorme importância que o homem tenha realmente baixo controlo da personalidade, porque pode aprender a lidar com a enorme força que existe na criação. Quando começa a crescer a força da sua consciência, a sua disciplina deve crescer ao mesmo ritmo. O caminho da tomada de consciência é o seguinte: o homem disciplina primeiro a sua personalidade, o seu ser inferior. Quando este está purificado, o ser superior poderá aí integrar-se em fases. Assim, a disciplina sobre a personalidade torna a ter uma importância essencial: o objectivo não é que o homem faça mal uso da força criadora que no decurso do seu caminho de tomada de consciência se lhe oferece (ver Cap. 6). Aceitação Descreveu-se até aqui a primeira fase do caminho da tomada de consciência. Para poder levar esta fase a um bom término, é muito importante que esta fase seja acolhida com muito calor e muito amor, o qual se pode fazer através de uma aceitação completa de si próprio, do seu caminho e dos seus fracassos neste caminho, e da aceitação da própria vida. 1. Aceitação de si próprio a. A aceitação do ser superior A aceitação de si próprio tem como base a aceitação tanto do ser superior como do ser inferior. Talvez pareça muito fácil aceitar o ser superior, mas na prática resulta não ser assim para muitas pessoas. Por exemplo, para pessoas com pouco respeito por elas próprias é muito difícil aceitar que a Fonte de Vida esteja dentro delas, e que a sua consciência abarque completamente a Fonte, quando tenham deixado crescer a sua consciência. Para esta categoria de homens também é muito difícil aceitar que eles, no que se refere à consciência, podem ser igual a Deus. Muitas pessoas

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têm dificuldade com este axioma que determina o caminho da tomada de consciência. Por isso, temos que nos atrever e dar-nos o beneficio da dúvida. Imagine-se que podemos ser como Deus, não vale então a pena explorar este caminho? Neste caminho aplica-se: “se não vejo não creio!” Apenas no decurso do tempo compreende o crescimento da sua consciência e vê os resultados do mesmo na sua vida, pode então começar a acreditar que se calhar existe algo de verdade na frase de que você no seu ser superior é igual à Fonte de Vida. Então, talvez possa aceitar que a Fonte de Vida está em si e quer descobrir com amor os segredos da vida, incluindo Ela Mesma! b. A aceitação do ser inferior A aceitação da nosso ser inferior parece na maior parte das vezes muito mais fácil. Pois identificamo-nos totalmente com a nossa individualida-de, a nossa personalidade humana. Porém, é mais difícil aceitar essas facetas especiais da personalidade, com as quais tropeçamos constantemente e que nos dificultam consideravelmente o nosso caminho. Muitas delas reconhecemo-las no capítulo anterior, e as que faltam pode sem dúvida acrescentá-las. O triunfo sobre o nosso ser inferior supõe um caminho de tomada de consciência, para o qual uma vida pode ser demasiado pouco. Portanto, não seja impaciente, mas também não se deixe desanimar. No decurso dos anos notará com espanto o quão rápido realmente se processa o crescimento da sua consciência. Quando começa a conseguir um bom controlo sobre o seu ser inferior, a continuação do seu desenvolvimen-to pode levá-lo directamente ao seu caminho pelo guia universal, de maneira que o seu caminho de tomada de consciência possa realizá-lo cada vez mais rápido e com mais eficácia. 2. A aceitação dos fracassos no nosso caminho O caminho de tomada de consciência é um caminho de cair e levantar-se para chegar ao crescimento da sua consciência. É um caminho de adquirir discernimento e de disciplinar o ser inferior. Quando tiver compreendido isto, magoar-se-ia de uma forma incrível se não se permitisse falhar! Por conseguinte, privar-se-ia precisamente do meio para crescer. Atreva-se a falhar, senão nunca experimentará a vitória.

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A aceitação da nossa sombra Uma razão pela qual o homem não aceita falhar, reside no facto de que o homem não pode aceitar que nele exista uma parte que é sombra. Queria de preferência fazê-la desaparecer, mas dado que tal não é pos-sível, tenta, porém, reprimi-la. Após o homem ter sido criado, um facto tornou-se obvio: tinha abandonado a unidade que caracterizava o seu estado original, e a partir desse momento viveria em dualidade. Por esta razão, temos de fazer as pazes connosco próprias e aceitar que dentro de nós se esconde também uma parte obscura. Ao aceitar esta parte obscura e querer vê-la como uma parte de nós próprios está já terminada a metade da luta contra a nossa sombra, e por isso, já não a temos que reprimir. Tente sobretudo sentir amor por si próprio; por si, com todas as suas falhas. Apenas quando possa amar-se a si próprio com essas falhas, pode amar os outros com as falhas deles. Não obstante, sentirá uma união cada vez maior à medida que avance no seu caminho. 3. A aceitação da própria vida Como muitas pessoas não podem aceitar o lado da sombra da vida e delas próprias, na realidade não querem viver. Evitam a responsabilidade da sua vida e tentam fugir desta de todas as formas possíveis. No segundo capítulo intitulado “comportamento de fuga” descreve-se uma série de mecanismos de fuga que o homem possui para em maior ou menor escala fugir à sua realidade, sem efectivamente ter que se retirar da matéria. O homem pode retirar-se activamente da matéria directamente cometendo suicídio, ou indirectamente ingressando numa instituição, entrando num mosteiro ou indo viver para uma comuna ou um ash-ram6. Nostalgia pelo estado original da vida O homem que não quer viver, quase sempre deseja intensamente regressar ao estado original da vida, o estado de Unidade que perdeu quando teve de começar a viver na dualidade. Às vezes tenta criar novamente o estado perdido de Unidade, retirando-se da agitação da vida com a finalidade de adquirir um estado substituto de Unidade. Um exemplo é o homem perder-se completamente no ioga, meditação e espiritualidade. Tal homem intenta suscitar artificialmente a Unidade perdida. No entanto, não integrará essa Unidade na sua personalidade,

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porque isso é justamente o que não quer: por isso, o seu caminho de fuga está cortado. De modo a poder chegar a uma aceitação positiva da vida e poder chegar a uma justa medida de responsabilidade, é necessário que o homem chegue a aceitar-se a si próprio e à sua vida, para finalmente também poder aceitar o objectivo da sua vida. Esta tripla aceitação trará a paz desde a qual o homem poderá começar a trabalhar nele próprio. Finalmente obterá com isto uma melhor visão da sua vida e da vida em si. O processo de aceitação De caminho à aceitação Diz-se facilmente: aceite-se a si mesmo, as suas falhas e as suas som-bras, porém não é tão fácil fazê-lo. Por onde começa no seu processo de aceitação? 1. Romper com a espiral das suas emoções A aceitação dos seus fracassos começa com a aceitação do facto de que fracassa. Diz: que importa? Não falhamos todos constantemente? Tente, assim, romper a espiral das emoções. Não se alimente constantemente com novas emoções em torno dos seus fracassos. Falhar, que importa? Amanhã é um novo dia! Ora, pode com uma coragem fresca começar novamente a tentar viver de um modo justo. Assim, não se afunde nas suas emoções, em compaixão por si próprio ou censurando-se, crie mais distâncias com esses sentimentos. Então em qualquer caso tenha mais paz consigo mesmo e com a energia que fica, pode quiças ver a razão oculta pela qual falhou e pode para a próxima vez, com uma nova visão, enfrentar a situação na qual fracassou. 2. Sentir-se seguro de si mesmo O homem que tem dificuldade em aceitar-se a si mesmo procura muitas vezes a segurança noutra pessoa. Isto cria-lhe dependência, porque quando essa pessoa não está presente, o homem encontra-se novamente sem rumo e inseguro. Todavia, com uma pequena aceitação de si próprio, o homem pode certamente sentir-se seguro, mas tal pressupõe querer começar com uma visão de vida mais ampla. A segurança do homem está ancorada dentro dele. Na sua criação adquiriu o seu ser superior, e dentro deste a sua alma, a sua protectora

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oficial. Ali pode expor as suas perguntas e receber a sua direcção. A alma é a sua âncora, pois ela conhece o objectivo real desta vida do homem, mas também o seu objectivo superior através de todas as vidas. Além disso a alma está sempre presente para ele, sendo acessível dia e noite. Portanto, ela pode ajudar a romper com a dependência de outra pessoa. Quando o homem aprende a confiar na sua alma, começa o guia interno do homem. Num estádio mais avançado do seu desenvolvimento, a alma é além disso alimentada com a sabedoria que está contida no restante do seu ser superior. Esta é a sabedoria que existe na sua consciência, que é muito mais alargada que a consciência diária da personalidade, e pode mesmo abarcar a Fonte de Vida! Por isso, considere sempre que dentro de si existe presente uma Fonte de sabedoria muito mais profunda, na qual pode confiar, que é a sua segurança, sendo chamada à vida especialmente para o guiar no seu caminho na vida. Se não se atrever a confiar na sua personalidade, tente pelo menos ter paz com o seu ser superior, e aprenda a confiar na sua sabedoria. O sentimento de segurança pode surgir em si através da conexão com o seu ser mais profundo, o qual o protege e conhece o objectivo da sua vida. Dirigido internamente no caminho Todos os homens podem viver dirigidos pelo seu superior. É a sua protecção universal que todos os homens têm dentro deles, que os une com a Fonte de Vida. Todos os homens são chamados a abrir esta união mística interna, para finalmente poderem ser dirigidos pela mes-ma Fonte de Vida. A vida libertou-se em si, mas não o abandona de nenhuma maneira à sorte. Através da união mística interna pode pôr-se de novo em contacto com a Fonte de Vida, que conhece todos os mistérios da sua vida. A Fonte de Vida é como um conselheiro universal dentro de si esperando que a descubra e que seja digno de poder descobri-la em si. A personalidade do homem está ancorada a salvo na personalidade divina, o seu ser superior que o protege e dirige. Quando a personalida-de começa a dar-se conta disto, pode com o coração sereno estar a sal-vo. A Fonte de Vida vela sobre ele, dirigindo-o e o homem pode aprender a pedir conselho a esta Fonte de Vida para todos os obstácu-

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los encontrados no seu caminho. Mais seguro o homem não podia Estar! A aceitação do crescimento da nossa consciência O crescimento da consciência Para poder abarcar a Fonte de Vida, a consciência do homem está constantemente exposta ao crescimento. O crescimento da nossa consciência desenvolveu-se apenas lentamente na Era de Peixes, mas com o princípio da entrada da Era de Aquário, houve uma grande aceleração na mesma. Consideremos primeiro a evolução da Era de Peixes. A evolução da Era de Peixes Na Era de Peixes, o impulso da evolução dirigiu-se à personalidade do homem, sendo central nessa era o crescimento da personalidade. O homem pôde descobrir a sua individualidade e pôde também experimentar uma forte expansão do cérebro. Em poucas palavras, pôde desenvolver-se num indivíduo forte, que também tinha um cérebro muito desenvolvido. Na Era de Peixes a nossa consciência desenvolveu-se muito lentamente devido ao crescimento que a personalidade fez através dos seus processos para chegar a expandir-se. Assim, desde 1989, devido ao começo da evolução, a consciência do homem é estimulada directamente com força7. Isto é possível, já que o homem construiu uma personalidade forte para poder integrar o crescimento da sua consciência. A evolução da Era de Aquário Agora começa a Era de Aquário e o impulso da evolução já não se dirige à personalidade. A personalidade do homem é suficientemente forte podendo integrar o desenvolvimento da consciência. Assim, pode a personalidade ser agora fecundada com conhecimento mais alargado e amor que a consciência lhe trará. Na Era de Aquário a evolução espiritual continuará a chegar à consciência do homem num desenvolvimento total. O homem pode nesta era chegar a ser um homem cósmico: o homem descobriu a Fonte de Vida nele, e levará a cabo as suas tarefas superiores universais. Conseguirá o equilíbrio entre o seu cérebro e a sua consciência, o seu ser inferior e superior.

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Enquanto que a Era de Peixes se caracterizou por uma evolução cerebral e tecnológica, a Era de Aquário caracteriza-se pelo desenvolvimento da consciência. O Plano da Evolução A evolução da Era de Peixes e da Era de Aquário estão ambas incluídas no Plano da Evolução. Este é o Plano que determinou a tomada de consciência do homem durante séculos. No decurso da evolução podem distinguir-se duas fases na tomada de consciência do homem: 1. A inconsciente fase animalesca No princípio da evolução o homem era totalmente inconsciente dos impulsos que o levaram a evolucionar. Conseguiu superar os seus instintos animalescos e abandonar a sua consciência animalesca de modo a começar com a consciência humana. Como resultado, mesmo como era, converteu-se em homem. Essa grande mutação na sua consciência pôs fim à inconsciente fase animalesca na evolução do homem. 2. A fase consciente O homem pôde entrar numa fase consciente da evolução, que poderia realizar numa série de etapas, pudesse convertendo-se num homem da Era de Aquário, num homem cósmico, em que na sua consciência humana também fosse revelada a consciência divina. As etapas no Plano da Evolução a. Na primeira fase no rumo à sua tomada de consciência o homem pôde tornar-se consciente primeiro de que é homem. Para este fim recebeu a primeira grande mutação na sua consciência. Assim, foi capaz de fazer a diferença entre o homem e o animal nele mesmo. b. Como homem terreno tornou-se consciente da sua própria individualidade, da sua personalidade. Pôde, no entanto, durante a Era de Peixes, fazer desta um instrumento forte. c. Este instrumento, tornando-se robusto, conseguiu também desenvolver fortemente o seu cérebro, para poder decifrar e entender os mistérios da vida que se manifestaram nele. d. A consciência do homem ir-se-á desenvolvendo durante a Era de

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Aquário, surgindo uma forte integração da consciência na personalidade com o seu cérebro já bem desenvolvido. e. Para que o desenvolvimento da consciência do homem se abrisse completamente, realizou-se nos anos anteriores uma segunda mutação na consciência do mesmo. O homem cósmico abriu-se nele completamente e, mediante esta mutação, abriu-se na sua consciência humana também a consciência divina. f. O homem cósmico na Era de Aquário, desde a sua consciência divina nele, assumirá as tarefas superiores da Era de Aquário. A personalidade tornou-se bastante forte, e o homem desenvolveu bastante o seu cére-bro para levar, entender e utilizar os impulsos superiores da sua consciência que cresce à altura divina. g. O homem cósmico aceitará as suas tarefas superiores universais para lhes dar forma desde a sua consciência divina. Desta maneira cooperará no Plano da Evolução para o levar à sua realização. O homem poderá dar uma contribuição fundamental no transcurso da evolução. Será um trabalhador no Plano da Evolução. A aceitação de novas armas na luta A Espiral de Tomada de Consciência Quando contemplamos o longo caminho da evolução, a luta com o ser inferior é apenas uma pequena parte deste caminho. Não devemos considerar esta luta como demasiado dramática. Os nossos fracassos parecem às vezes enormes, quase inextinguíveis. No nosso caminho de tomada de consciência na Espiral de Tomada de Consciência recebe-mos, não obstante, novos reforços pela entrada da Era de Aquário e pela mutação que a nossa consciência recebeu. A Espiral de Transformação Na Era de Aquário oferece-se uma nova forma de tomada de consciên-cia: tomada de consciência mediante a transformação. A consciência do homem, desde a segunda mutação de consciência, traz em si a consciência divina, e mediante o seu uso, o homem poderá transformar directamente o seu karma e as suas imperfeições e convertê-los em amor e consciência. Para aceitar o seu caminho é importante considerar que pode deixar

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atrás de si a antiga espiral de evolução de tomada de consciência mediante o sofrimento e pode entrar na Espiral de Transformação. Na mudança da Era de Peixes à Era de Aquário o homem já pode escolher. Pode escolher muito conscientemente iniciar o seu caminho de tomada de consciência de uma maneira muito mais moderna, com mais amor, mais suave e sobretudo de uma forma mais directa, produzindo-se nele mudanças profundas de um modo mais eficaz e menos dolorosas. O caminho de transformação, o caminho para mudar os seus obstáculos de tomada de consciência, fazendo uso das novas possibilidades que a consciência divina revela em si, já está preparado para si. A eleição é sua. Não se lhe deu vontade própria? Então pode utilizá-la também de modo a atrever-se a deixar o existente e escolher ou iniciar ou continuar o seu caminho de tomada de consciência de uma nova maneira! A Espiral de Transmutação Nos próximos tempos, será dada uma forma de trabalhar ainda mais elevada com a sua consciência divina, assim o seu caminho na vida poderá transcorrer ainda mais facilmente. A inspiração de como trabalhar na Espiral de Transmutação já está a ser providenciada, mas esta é, porém, demasiado incompleta para se poder descrever profundamente no âmbito deste livro.

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4. A trabalhar Introdução Na primeira parte deste capítulo expõe-se primeiro uma hipótese de trabalho, construída com o material que se providenciou nos capítulos anteriores e que agora, abreviado mas sem perder a sua força, foi reunido. Aqui apresenta-se um plano de trabalho no qual o homem, no âmbito da humanidade e da evolução, pode corresponder e dentro do qual actua passo a passo. Subsequentemente, descrevem-se neste capí-tulo o antigo caminho de tomada de consciência da Era de Peixes (II parte) e a nova forma de tomada de consciência da Era de Aquário (III parte), para que possa escolher mais conscientemente o caminho que quer seguir. Finalmente, mostra-se na IV parte como se pode trabalhar transformando para si, para os outros, para a vida e para a evolução. O Plano do Homem A semelhança divina Já na Bíblia podíamos ler que o homem foi criado à semelhança de Deus. Isto quer dizer que na consciência humana está presente a cons-ciência divina. Como já leu no terceiro capítulo revelou-se ao homem a consciência divina. Com isto encerrou-se o seu processo de chegar a ser homem (a sua involução) e começou a Espiral de Evolução. Nesta espiral o homem pode chegar a ser consciente das suas novas e profundas possibilidades das suas tarefas superiores, que pode levar a cabo com a sua consciência divina. A colocação em actividade da consciência divina É um direito que o homem tem desde o seu nascimento de viver segundo a sua livre vontade. Como consequência, apenas com a sua livre vontade o homem pode escolher o desenvolvimento da sua cons-ciência humana à consciência divina. Se o homem o faz, então é ajudado a realizar a sua eleição. Para isso será guiado interiormente pelo ser superior. Além disso, ser-lhe-á concedida toda a ajuda material possível que necessite para essa realização. O caminho de tomada de consciência é o caminho no qual a consciên-cia humana se desenvolve incorporando e integrando nela passo a passo a consciência divina. Desta forma desenvolve-se a consciência humana até chegar a ser uma consciência divina omnibarcante, e o homem con-

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verte-se no homem cósmico: o homem que realizou nele a origem divi-na. É evidente que, uma vez tendo o homem abarcado a consciência divina, neste processo de integração conheceu de novo a vontade divina que está incluída nesta consciência e que também teve que integrar no seu ser inferior. Neste processo a livre vontade do homem terá que dar um passo atrás para dar preferência à vontade divina e restabelecer a sua honra. O homem como vontade divina activa O homem pode primeiro tornar-se consciente da sua livre vontade. Com isto pode desenvolver de forma vigorosa a sua personalidade. Depois pelo crescimento da sua consciência pode aprender a colocar a sua livre vontade em harmonia com a vontade divina e começar o processo de integração da vontade divina na sua vontade. Assim, o homem pode chegar a ser um instrumento forte dessa vontade divina. É, então, um instrumento forte e consciente que pensa e actua por si próprio, e que pode ser utilizado para levar a vida ao seu destino. Este processo ocorre em todos os homens, porque pertence ao proces-so de tomada de consciência da humanidade. Forma parte do grande Plano do Homem e da Evolução. O homem, como instrumento, pode ajudar a executar o Plano do Homem e o Plano da Evolução por vontade própria. Tal ocorre então debaixo da direcção divina, que é revelada interiormente através da consciência humana. A tarefa cósmica do homem A evolução tem lugar em todas as facetas da vida. A consciência humana evoluciona ao seu perfeito estado divino, para com ele ajudar a levar a vida ao seu Estado perfeito. Com isto apresenta-se ao mesmo tempo a tarefa de trabalho, a tarefa cósmica do homem: A tarefa cósmica do homem é levar tudo o que vive ao estado perfeito, o qual está apresentado no esboço. No caminho ao estado perfeito O caminho da tomada de consciência O homem não alcança o estado divino e perfeito da consciência por acaso. O caminho para chegar lá é denominado o caminho da tomada de consciência. No entanto, o homem pode percorrer tal em etapas, das

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quais tivemos conhecimento da primeira no terceiro capítulo. As etapas são: 1. A disciplina do ser inferior. 2. A entrega da personalidade humana. 3. A absorção da personalidade humana na personalidade divina. Quando se tenham superado estas três barreiras chega ao que se chama Mestria sobre a sua Personalidade (ver Cap. 6). 1. A disciplina do ser inferior Disciplinar o ser inferior, também chamado a vitória sobre o ser inferior, pode consegui-lo apenas distinguindo os obstáculos que se encontram neste ser inferior e que o afastam do seu caminho. Pode, depois, abandonar lentamente o domínio que estas facetas têm sobre si, colocando-lhe cada vez mais disciplina. Devemos ter em consideração que para triunfar sobre o ser inferior, o objectivo não é nem abandonar o ser inferior nem reprimi-lo. Não podemos arremessar o menino com água. O ser inferior é um instru-mento bom e necessário que, trabalhando unido ao ser (a vontade divina) forma um impulso para as suas acções. Forma a sua força para actuar a qual representa uma base necessária para que mais tarde possa manter-se nas suas tarefas superiores. 2. A entrega da personalidade humana Após um largo caminho para aprender a discernir, finalmente conse-guimos disciplinar o ser inferior, aprendemos a dirigir puramente os impulsos das nossas acções. Já não estão dirigidos a nós próprios, não estão tingidos pelos interesses da nossa personalidade. Nasceu, porém, em nós o desejo de servir os interesses superiores do homem, da socie-dade e da vida. A orientação da personalidade converte-se lentamente numa orientação a nós próprios: juntos temos que nos arranjar no Mundo para poder sobreviver. Nascem em nos interesses superiores em vez dos interesses da personalidade e quando somos suficientemente fortes, a personalidade entrega-se à personalidade divina. Este é o processo semelhante ao da entrega da nossa livre vontade à vontade divina e ao da entrega do nosso ser inferior ao nosso ser superior.

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3. A integração na personalidade divina No passo seguinte, a personalidade humana que se entregou à personalidade divina funde-se com o ser superior. Com isto chega à unidade. Nesta fusão nasce o homem cósmico. A chamada para servir a vida desde uma orientação nossa converte-se num querer efectivo de trabalhar pela humanidade, pela vida na terra, ou pelo Mundo. As tarefas superiores universais que são abertas ao homem cósmico, são proclamadas ao mesmo tempo actividades a realizar. O homem é chamado a contribuir na Administração da Vida, na Administração da Evolução e na Administração das Esferas (ver Cap. 6). Poderá começar a servir efectivamente os interesses superiores da vida no momento em que tenha superado os interesses da sua persona-lidade. O estado perfeito do homem O homem que já passou as etapas de tomada de consciência aqui mencionadas realizou a Mestria sobre a sua Personalidade. Através dele integrou-se na personalidade divina e pode, vivendo na matéria, experimentar novamente o seu estado perfeito de Ser. O Estado perfeito apenas pode ser experimentado pelo homem cósmico em contacto com a sua consciência divina. É a personalidade divina que através da consciência divina experimenta o Estado perfeito e a que pode, através da personalidade humana, passar-lhe a vida. O estado perfeito da vida O homem pode, experimentando o estado perfeito do Ser, ajudar a vida para levá-la ao seu estado perfeito. Na vida existem milhões de formas de vida e graças à consciência divina abrangente do homem, ele é capaz de estimular com a irradiação desta consciência cada uma destas formas de vida, de modo a atingirem o seu próprio estado perfeito. Assim, o homem fez-se um instrumento, um trabalhador, que pode irradiar a força criadora presente na sua consciência divina a todos os níveis da vida. Porque a consciência divina do homem é omnibarcante, esta fá-lo capaz de ascender a Escada de Jacob da Vida (ver Cap. 5). Então pode irradiar a sua capacidade criadora em todos os degraus da Escada, para estimular as formas de vida ali presentes e aceitar o objec-tivo da sua vida (o estado perfeito), no qual está no seu esboço. Quando o homem se atrever a usar a sua consciência divina poderá,

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avançando no seu caminho de crescimento, levar a cada uma das for-mas da vida ao seu desenvolvimento. A vida, portanto, aproxima-se cada vez um passo mais ao seu estado perfeito. É a tarefa do homem cósmico uma vez que pôs em actividade a sua consciência divina, ajudar com ela a todos os seres vivos para que cheguem ao seu estado univer-sal. Finalmente, o homem levará a vida ao seu princípio e ajudá-la-á a alcançar a Utopia, o destino da sua evolução. Por necessidade de caminho no Plano Agora que sabe aonde o conduz o caminho da tomada de consciência, isto poderá ser apenas um grande estímulo para o colocar no caminho. Contudo, para o homem há uma razão muito mais urgente para se colocar no caminho. A sua consciência divina contém em si a força criadora que não só leva o homem ao último estado de consciência, mas também tem a capacidade de neutralizar toda a condensação, todo o karma que encontra no caminho. Isto quer dizer que a força criadora tem a capacidade de suprimir o caminho do sofrimento do homem. Impulsionado pelo seu sofrimento o homem põe-se a caminho para, através da força criadora, terminar com o seu caminho de sofrimento, o de toda a humanidade e o da vida. Por necessidade o homem começa a buscar o estado perfeito da sua consciência, para aprender a utilizar a força que nela existe, para suprimir o sofrimento que existe em seu torno. Obrigado pela necessidade examinará os impulsos mais profundos dos seus actos, para com ele pôr-se a caminho rumo a um destino melhor para si próprio, para a humanidade e para a vida! O caminho do sofrimento do homem O caminho de sofrimento do homem é para ele a razão mais compulsi-va para querer começar a sua tomada de consciência. Ao início do caminho de tomada de consciência é, por conseguinte, de grande importância aprender a entender o mecanismo do sofrimento. Já que na compreensão do princípio básico do sofrimento encontra-se a chave para terminá-lo. É, por isso, de máxima importância ver como o homem causou o seu caminho de sofrimento e como pode eliminá-lo. Neste capítulo está em primeiro lugar a Era de Peixes como tema cen-tral. A Era de Peixes: Tomada de consciência mediante o

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sofrimento As leis de causa e efeito A constituição da evolução da Era de Peixes Na Era de Peixes a força propulsora da evolução esteve centrada no terceiro chakra do homem, o seu plexo solar. Tal ocorreu por um lado para desenvolver a sua personalidade e o seu cérebro e por outro lado para chegar a disciplinar essa personalidade. O homem foi educado mediante as leis que estão relacionadas com o plexo solar: as leis de causa e efeito. Essas leis estavam baseadas no princípio “olho por olho e dente por dente”: a causa tem um efeito. Essas leis também eram chamadas as leis do karma ou as leis do destino. O destino do homem O destino do homem foi uma vez comparado com uma roleta, na qual o homem não tinha em absoluto uma única possibilidade de controlar o movimento da bola que determinaria o rumo da sua vida. Por isso, o homem sentiu-se vítima do destino durante muito tempo. O estudo do mistério da vida e o descobrimento nela das leis de causa e efeito demonstraram, porém, que certamente a legitimidade e também a honradez são o fundamento do mecanismo que determina o destino do homem. A lei básica do sofrimento Acção é reacção Sob as leis de causa e efeito, a causa do sofrimento é tão grande como a do próprio sofrimento. Na mecânica conhecemos uma constituição parecida: acção é reacção. Nesta lei rege a regra que a força da acção é sempre tão forte como a força da reacção, conhecendo apenas uma direcção oposta. Esta lei da mecânica também é válida no sofrimento do homem. O pla-no tangente da força da acção e a da reacção é a personalidade do homem. Quando o resultado é uma força negativa e desagradável dirigida ao homem (o seu sofrimento), então esta tem que ser causada por uma força grande ou desagradável no sentido precisamente contrário: assim enviada pela mesma pessoa, de contrário não se mantém em equilíbrio. Quando um homem sofre muito, teve de sair dele muita negatividade, muita impureza. “Aquilo que sai do homem” chamamos o actuar do

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homem. O homem, pela sua maneira de actuar, teve de ter mandado uma carga negativa dirigida que recebe novamente reflectida nele como uma força negativa dirigida, o seu sofrimento. Durante a Era de Peixes foi válida para o homem a lei básica da mecânica na sua tradução: as leis de causa e efeito. A lei básica da mecânica e o destino do homem Acção é reacção: o que o homem envia retorna para ele novamente. Se envia positividade (luz), então recebe em troca muita positividade na forma de amor e felicidade. Todavia, se envia negatividade (obscuridade), então encontra no seu caminho muitos assuntos negati-vos e desfavoráveis, na forma de má sorte, queixas e desgraças; em resumo: sofrimento! Esta lei implica que se o homem pode controlar as suas acções, pode também dirigir positivamente o resultado das mesmas, e portanto, encontrará no seu caminho positividade na forma de amor, saúde e felicidade. Assim, a maneira de actuar do homem determina directamente a sua felicidade. As actuações do homem As actuações do homem actual estão determinadas, a maior parte das vezes apenas pela personalidade, complementadas ou não por uma forte orientação para ele mesmo desde o ego. Assim, são determinadas pelo ser inferior, conduzindo isto geralmente a actuar negativamente (impuramente). Não obstante, as actuações do homem podem também ser dirigidas desde o ser superior, desde a personalidade divina, através da qual são enviados elevados impulsos com uma força positiva mais forte, que estão mais de acordo com a intenção divina, a vontade divina. Estas actuações chamam-se positivas (puras). O karma do homem O karma do homem é a soma do efeito das suas actuações. Esta soma pode ser positiva, então fala-se de um karma positivo. Porém, quando a soma é negativa, encontramo-nos com um karma negativo. Karma positivo traz alegria, karma negativo traz o sofrimento no nosso cami-nho. Se temos controlo sobre nós próprios, se somos donos das nossas

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actuações, somos então também donos do nosso karma, e por isso somos donos do nosso destino. Por conseguinte, depende de nós o que a vida nos possa trazer. Enfrentando a luta com o nosso ser inferior, e começando a viver cada vez mais desde o ser superior, irradiaremos cada vez mais positividade, felicidade, harmonia e amor, o que final-mente será reflectido no nosso caminho. Chegar a ser dono do destino O homem pode conseguir ser dono do seu destino, se pelo menos qui-ser observar as leis básicas sobre as quais está construído o destino. Aqui será bom ter em consideração que as leis básicas da criação estão dirigidas a proteger a vida e levá-la a salvo até ao fim. A criação quer levar o homem e a vida à intenção original da espécie e do indivíduo, exposta no esboço e como consequência também querem o mesmo, as leis de causa e efeito. Chegar a ser dono do seu destino implica por isso que adquira a Mestria sobre a personalidade e sobre a sua própria vida. Tal quer dizer que realizará o destino da sua evolução, que foi exposta originalmente no seu esboço. Para conseguir os dados que há no seu esboço, é necessário que seja responsável da sua tomada de consciência. Com ele abrirá cada vez mais a sua consciência superior e dirigir-se-á mais directamente rumo ao destino da sua vida projectado no seu esboço. Para conseguir um destino melhor, de acordo com a intenção divina da vida. O caminho da tomada de consciência trar-lhe-á uma realização completa do seu ser como homem: a mestria sobre o seu destino, a mestria sobre a sua personalidade e a mestria sobre a sua vida! Casualidade Na vida nada acontece por acaso. Tudo o que lhe ocorre é projectado para si através das leis de causa e efeito, como consequência do karma que as criou. Por conseguinte, não é vítima das circunstâncias criadas pela casualidade. É responsável por todos os sucessos que se colocam no seu caminho! Têm alguma coisa a transmitir-lhe, trazem-lhe o material de trabalho com o qual se pode purificar. Se quiser conseguir a mestria sobre a sua personalidade, sobre a sua vida e sobre o destino da sua vida, então tem de tirar primeiro a palavra “casualidade” do seu dicionário.

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Karma e os diferentes níveis da actuação Na actuação do homem distinguimos dois níveis: actuar directamente e actuar indirectamente. Se o homem quer conseguir o controlo sobre as suas acções, então terá que chegar a ser consciente de formas de actuar que não experimenta directamente como actuações. 1. Actuar directamente Actuar directamente pode ser: a. Não impulsivamente Da maneira de actuar directamente mas não impulsivamente o homem é consciente a fundo. Pensou muito bem antes de actuar. Pesou os prós e os contras com muito cuidado para chegar à decisão de como actuará numa determinada situação. b. Impulsivamente Ao lado da actuação não impulsiva, conhece-se a forma de actuar que se realiza num impulso sem que o homem tenha pensado de antemão. Toma depressa e impulsivamente a decisão de actuar e leva a cabo esta decisão no mesmo momento. O karma da actuação directa Quando consideramos a carga kármica das duas formas de actuar directamente, então é bom termos em consideração de que uma acção não impulsiva e bem considerada faz que o homem seja completamente responsável desde o ponto de vista kármico. Esta forma de actuar deixa uma marca clara e profunda na akasha da vida (a memória original), sendo as leis de causa e efeito activadas segundo os dados que estão contidos na akasha da vida. O actuar impulsivo directo deixa apenas uma vaga marca na akasha. A não ser que esta acção tenha sido tão desastrosa e traumática para o homem, que as consequências dela vibrem durante um tempo após de ter acontecido. Então as vibrações desta acção são finalmente imprimidas muito profundamente na akasha. Em geral podemos dizer que a acção impulsiva rápida deixa poucas marcas na akasha. Porém, a soma destas acções impulsivas deixa um “rastro destas acções” suspendido no fluido da vida, que pode ser positivo ou negativo e que como tal fica inscrito na akasha, com segurança, ou seja, se tal se repetir com frequência.

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Este mecanismo pode-se comparar com o que se passa na nossa socie-dade. Na sociedade um assassinato premeditado é castigado mais seve-ramente que um “crime passional” no qual se considera o homem menos responsável das suas acções. Como vê, a vida é um juiz justo, que dita a sentença e leva-a a cabo mediante a akasha. A sentença que dita, é devolvida ao homem no seu caminho com um grande amor, dando-lhe assistência com muito cuidado. Certamente não está projec-tada como castigo, pois as leis de causa e efeito não conhecem a vin-gança. Conhecem apenas a justiça e nela foca-se principalmente o amor. 2. Actuar indirectamente A actuação directa tem lugar na matéria, mas a actuação indirecta tem lugar na mente do homem. A actuação indirecta é menos visível para o homem, no entanto, o efeito desta acção é muito mais forte que o da acção directa e desta feita não deve ser subestimada! Há duas formas de actuar indirectamente: a. O pensamento Pensar é actuar a um nível causal, é a semente da acção. O pensamento tem uma grande força, quanto mais subtil alguma coisa é, mais força tem. Considere a energia nuclear! É de extrema importância controlar o mundo dos nossos pensamentos8. Quando o pensamento é alegre e está cheio de amor, a estrutura será construtiva pela irradiação de um karma carregado de grande positividade. Todavia, quando o pensamento é sombrio e está constantemente preocupado dando voltas às coisas, então não perde apenas uma grande quantidade de energia positiva, que podia usar para fins mais construtivos. Porém, também a atmosfera de uma mente constantemente preocupada deixa a sua marca na akasha e, por isso, funciona para si negativamente. Quando o pensamento está repleto de ódio e é rotundamente destruti-vo e aniquilador, criar-lhe-á também um grande karma negativo. Além disso, este pensamento carregado de ódio e destrutivo funciona de for-ma muito negativa nas suas acções diárias, criando ainda mais karma negativo. Pensamentos negativos são a mesma coisa que actuações negativas no espírito. Esta actuação negativa no espírito tem muita força e adquire

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forma nas esferas astrais da vida. Por si própria é também uma carga para a vida. b. Meditação Uma forma mais subtil de actuar no espírito é efectuada pelo homem mediante a meditação. Quando uma meditação se dirige universalmen-te, quer dizer que se dirige à Fonte de Vida, terá uma radiação muito positiva. Alcançará o homem e ao seu ambiente muito directamente pela irradiação dessa força criadora, a qual é karma positivo cem por cento puro (ver Cap. 4: parte III). Não obstante, quando o homem utiliza mal a força do seu espírito e a coloca ao serviço do seu ser inferior e a dirige para o lucro e para os seus próprios interesses, então esta forma de dirigir a força do espírito chama-se “magia”. A má utilização da força superior do espírito (a força da consciência) condensando-se em magia, cria um enorme karma. O homem que está tão avançado espiritualmente que pode exercer a magia alcançou um estado de consciência, tal que pode fazer uso desde a sua consciência superior. Por conseguinte, pode também escolher impulsos superiores para as suas acções. Quando utiliza mal a força do seu espírito para os seus próprios fins, tal deixa uma marca profunda no seu akasha. A absolvição do karma Na Era de Peixes apenas havia uma possibilidade para chegar a absolver o karma, quer dizer simplesmente o sofrimento. Isto tinha como finalidade que o homem aprendesse algo com este sofrimento e assim transformasse a experiência do sofrimento em consciência. Essa era então a única possibilidade para chegar à realização no caminho de tomada de consciência. Uma e outra vez o homem podia aprimorar-se através das lições que a vida lhe trazia. Através da experiência adquiriu sabedoria, mais entendimento, respeito para com o próximo e para a vida. Na terra este processo está completamente em acção. É certo que a Era de Aquário fez a sua entrada na vida com muito cuidado, mas a realida-de diária do homem é, porém, consequência de um padrão de evolução bastante antiquado, sofrendo sob a enorme dívida restante do karma que ele mesmo criou. Agora que entra a Era de Aquário, dá-se à vida, além disso, uma frequência mais elevada de energia cósmica, que leva o homem a resolver o seu karma mais rapidamente. A restante dívida do

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karma, tem de ser, por isso, absolvida o mais rapidamente e à escala mundial desgraçadamente converte-se em miséria, em sofrimento! A vida que entra no signo de Aquário já não reconhece o karma. Karma e sofrimento já não concordam com o esboço novo de Aquário. Na Era de Aquário as leis de Amor e Unidade procuram a entrada na vida, para despertar amor e consciência no homem e na vida. As leis de Amor e Unidade, pela sua profunda força activa, pressionam o lastre da Era de Peixes, a dívida restante do karma, a desaparecer da vida gradualmente, sendo o homem levado a uma resolução do karma mais rápida. Por esta razão, a criação deu juntamente com as primeiras ratificações do esboço de Aquário, uma forma nova de tomada de consciência e uma forma nova para resolver o karma (a transformação do karma). A vida que é um juiz cheio de amor, também prevê esta grande mudança e convoca o homem para que enfrente de uma forma nova a resolução da sua enorme dívida restante com mais benevolência (ver Cap. 4: parte III). Reencarnação Quando começar a tornar-se claro o alcance da nossa tarefa na vida e o caminho correspondente de tomada de consciência, já não podemos rejeitar o feito de que o homem terá que viver mais de uma vez para consegui-lo! Além disso, se acreditarmos que vivemos apenas uma vez, além de estar a vida consideravelmente orientada à personalidade, seria muito injusta. Porém, uns têm a vida muito mais difícil que outros. No parágrafo sobre as leis de causa e efeito, na parte que trata do desti-no do homem, diz-se que a vida tem como base a justiça. Se compararmos as vidas de diversa gente, onde está a justiça? Onde ficou o amor da vida pelo homem? A vida somente pode ser justa se partirmos do pressuposto de que o homem vive mais de que uma vez. Partimos então do axioma de que o homem na sua primeira vida saiu da Fonte de Vida com um escudo que não estava carregado de karma. Todos os homens começaram o seu caminho na vida limpo de karma. Depois dependia deles fazer algo da vida. A sua própria maneira de actuar, unida à livre vontade, foi ali determinante. Quando notamos que o homem está submetido às leis de causa e efeito, o resultado das suas acções volta a ser reflectido nele, vemos aqui a justiça na vida!

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A partir deste pressuposto muita gente aceitou a ideia de que vivem mais de uma vez, e finalmente conseguiram paz com a maneira de fun-cionar das leis de causa e efeito. Desta forma puderam restabelecer a fé na justiça e no amor da vida. Compreenderam que eles próprios são os responsáveis do seu destino. A vida depois da morte Se vivemos mais de que uma vez, isto também implica que tem que haver uma vida depois da morte. Na Bíblia fala do além, ainda que se dê pouca informação sobre isto. Não é aqui o lugar para entrar profunda-mente em todos os detalhes da vida depois da morte, mas é essencial responder aqui à pergunta do que ocorre ao homem e ao seu karma depois da vida na matéria. Quando morremos ficamos com um karma positivo ou negativo. Este saldo levamo-lo connosco e permanece conectado a nós. Com a morte deixamos o corpo físico, mas o nosso lastre espiritual, a dívida restante do nosso karma que se registou na akasha da vida, levamo-la connosco mais para além da fronteira entre a vida e a morte, para a nossa vida espiritual. Depois de um período de descanso nas esferas, espera-se que avaliemos a nossa vida. Somos ajudados a fazer o balanço e dependendo do que encontramos, se verificarmos que podemos melhorar algo, decidimos voltar à terra para resolver esse karma. Com o entendimento adquirido ao fazer o balanço, podemos irradiar mais positividade e amor à nossa volta. Desta maneira no seu momento poderemos chegar ao outro lado com um saldo melhor a nosso favor. Reencarnação na Era de Peixes Desta maneira o homem faz um ciclo de vidas, em resumo: reencarna. A reencarnação conhece o objectivo de dar tempo e espaço para que possamos fazer a evolução ascendente da nossa consciência. Tal ocorre em plena harmonia com a nossa livre vontade. Escolhemo-nos a nós próprios, se formos já suficientemente conscientes, das circunstâncias nas quais podemos aprender melhor as lições que o nosso ser inferior necessita para vencer os bloqueios que agora entendemos melhor. Na Era de Peixes o homem reencarnava com o objectivo de resolver o seu karma negativo, para que irradiasse em torno de si exclusivamente a positividade e vencesse o seu ser inferior. Desta maneira poderia final-

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mente romper o jugo do karma e já não teria que encarnar mais vezes com o objectivo de resolver o seu karma. Contudo, podia ser chamado para tarefas mais construtivas na vida. A Roda de Renascimento O mecanismo da encarnação l. A Era de Peixes A Roda de Renascimento, o mecanismo que dirige a encarnação do homem, foi conduzida na Era de Peixes pela Roda de Karma. A Roda de Renascimento estava, por conseguinte, completamente determinada pelo karma e estava dirigida karmicamente; fundamentava-se nas leis de causa e efeito. Nesta situação o homem escolheu encarnar para resolver o seu karma e vencer ainda mais o seu ser inferior. 2. A Era de Aquário Para a Era de Aquário deu-se outro mecanismo de encarnação, que apresenta outros critérios para a encarnação do homem. O esboço de Aquário não se baseia já nas leis de causa e efeito senão nas leis de Amor e Unidade. A Roda de Renascimento está, por isso, impulsionada pela Roda de Amor e Unidade e não pela Roda de Karma. 3. A fase de transição Na fase de transição entre a Era de Peixes e a Era de Aquário já se activou a Roda de Amor e Unidade. Assim, a Roda de Karma nos próximos duzentos ou trezentos anos poderá começar a desintegrar-se lentamente. Isto quer dizer que agora ainda podemos escolher entre encarnarmos segundo as leis de causa e efeito ou as leis de Amor e Unidade. Contudo, temos de considerar que a maneira como escolhemos encarnar, determina directamente o carácter global do nosso plano de vida e do nosso destino. A forma na qual escolhe encarnar trar-lhe-á, sob as leis da Era de Pei-xes, uma vida muito mais dura, carregada de karma que traz consigo muito sofrimento. Sob as leis de Aquário, será posta no seu caminho uma maneira mais directa de o tornar consciente e de transformar o seu karma, pelo que a sua vida estará muito menos determinada pelo sofrimento. Na nova situação dar-se-ão ao homem responsabilidades superiores e será chamado às suas tarefas universais9. Responsabilidades superiores para o homem

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Na Era de Peixes pudemos apenas aprender a controlar como iria ser o nosso destino, mas nesta fase de transição podemos contribuir na determinação de como desejamos encarnar e sob que leis. O homem recebe uma responsabilidade cada vez maior: torna-se activo no refe-rente ao tempo e lugar de encarnação, o mecanismo com o qual encar-na, e leva também a responsabilidade do contexto do seu plano de vida e do seu destino. O homem cósmico leva, além disso, as suas tarefas universais nas suas costas. Na Era de Aquário deu-se ao homem uma grande responsabilidade no referente à sua própria vida. Já não pode deixá-la nas mãos da Divindade, porque o Criador põe agora essa responsabilidade precisamente na sua mão! O homem tem de aprender a manejá-la, porque lhe esperam tarefas mais complexas. Tarefas nas quais, por exemplo, poderá aprender a levar a responsabilidade sobre a vida com todas as suas formas de vida e sobre a evolução. A Era de Aquário: A transformação do sofrimento As leis de Amor e Unidade A constituição da evolução das eras posteriores Na Era de Aquário o impulso da evolução é dirigido desde o centro do coração divino ao coração do homem. Desta maneira a sua consciência (o seu espírito) é levado à evolução e pode aprender a levar o Amor Universal no seu ser, para utilizá-lo na sua vida e na vida em torno de si. Pelo impulso da evolução desde o coração as leis de Amor e Unidade recebem a vida e o homem é colocado perante uma situação comple-tamente nova na sua vida. Na Era de Peixes o homem pode adquirir “somente” a mestria sobre a sua personalidade e, portanto, sobre a sua vida e o seu destino. Quando o homem inicia agora o seu caminho de tomada de consciência, esta pode crescer mais e num momento determinado abre-se nele automaticamente o homem cósmico que pode assumir e levar a cabo as tarefas universais do homem. Deste modo, pode ajudar na Administração da Vida, na Administração da Evolução e na Administração das Esferas (ver Cap. 6).

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Do homem terreno ao homem cósmico Desde a sua grande mutação de consciência, o homem pode em vez de ser um homem terreno com uma consciência de sete níveis, converter-se num homem cósmico com uma consciência de treze níveis (ver Apêndice I). Para que isto se pudesse realizar em todos os homens, em 1989 iniciou-se uma evolução espiritual que continua a estimular a consciência do homem de modo a crescer. No caminho de tomada de consciência agora o homem pode primeiro deixar crescer a sua cons-ciência de sete níveis até que esta chegue a ter treze níveis. Depois pode integrá-la na consciência divina, para logo aprender a manejar esta consciência divina de treze níveis. Desta maneira o homem pode, no tocante à consciência, chegar a ser igual a Deus e o Criador compartilhará com ele as responsabilidades da criação, fazendo uso da sua desenvolvida consciência (divina). A intenção cósmica do homem, a sua tarefa cósmica, é então iniciada e chegará a ser activa nas já citadas tarefas universais. O ser superior do homem ter-se-á desenvolvido ao mesmo tempo de tal maneira que se lhe pode passar a informação universal que o homem necessita para realizar tudo isto. Pela corrente de inspiração que assim lhe chega, entenderá melhor a intenção da sua vida e estimulará a ter uma actividade maior na vida. O auto-trabalho caracteriza o homem na Era de Aquário; em pequena escala o indivíduo, em escala mundial a vida, a evolução e a criação. O princípio da Era de Aquário: Destruição e construção A entrada da Era de Aquário trouxe consigo um tempo tumultuoso que traz a ressurreição do homem, da terra e da vida. Tudo o que não se encaixa com o objectivo do esboço de Aquário – o que ainda pertence ao esboço da Era de Peixes – é destruído. A força da destruição do antigo foi semeada ao mesmo tempo, aquando do início da evolução espiritual em 1989 e esta destruição vemo-la ocorrer à nossa volta. Com o início da ratificação do esboço de Aquário começou também em 1995 a força da construção do novo. Destruição e construção são os fundamentos nos quais se baseia a espiral da evolução de Aquário. A espiral nova da evolução, na primeira parte da Era de Aquário, tem como característica principal a cura, curar a vida. Da mesma forma que durante um processo de cura de uma doença se pode ter febre, ou seja, uma ‘febre’ que também afecta a vida. O antigo da Era de Peixes – que

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estimulou a doença – destrói-se, e assim, pode nascer o novo. Traz-nos uma sociedade saudável segundo os critérios superiores da evolução de Aquário. A Purificação de Aquário No período supra citado primeiro a Era de Aquário durará aproximadamente entre duzentos a trezentos anos, dominando a Purificação de Aquário. A primeira grande decisão que o Criador tomou aqui foi libertar as leis de causa e efeito do esboço, para superá-las. O resultado deste é que a dívida kármica que o homem e a vida carregam consigo é completamente arrojada e desenvolvida. Isto poderia trazer ao homem um sofrimento enorme se não fosse porque a força criadora, que agora se lhe dá ao homem desde o coração da Criação, vem ajudá-lo. A força criadora pode ser usada efectivamente através do ser superior para dissolver a dívida kármica restante do homem e da vida. Pois esta tem a possibilidade de eliminar, neutralizar o karma, e com ele o sofrimento. Como consequência, junto ao feito de que o karma e as leis de causa e efeito já não pertencem ao impulso fundamental da evolução, está escrito com letras maiúsculas no esboço de Aquário: Sofrer já não é necessário! A transformação do sofrimento O mecanismo da transformação Agora que o karma se purifica e ao mesmo tempo se abre ao homem a consciência divina, descobre que esta consciência divina não apenas oferece a força criadora mas também pode usá-la para a neutralização (transformação) do seu karma e no caminho do sofrimento que este traz consigo. O homem transforma mediante a força criadora invocada pelo seu ser superior. Ele transforma quando dirige essa força focalizada positiva-mente no seu karma carregado de negatividade. Unindo o seu karma à força criadora, este não poderá seguir existindo. A carga positiva da força criadora elimina directamente a carga negativa do karma!

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Transformar (transformação) é a neutralização do karma median-te a força criadora que está presente no homem e que se conecta com este karma pela acção do próprio homem. Tomada de consciência através da transformação, uma aquisição No esboço de Aquário encontra-se uma lei básica que o homem já não necessita de tornar-se consciente através do sofrimento, mas que pode consegui-lo através da transformação. Que isto seja uma lei básica, sig-nifica uma certa garantia da vida para esta era. As leis básicas despren-dem segurança para a vida. Portanto, para o homem é uma segurança que transformar a transformação do seu karma colocou-se à sua dispo-sição, sendo o seu caminho de tomada de consciência consideravelmen-te mais fácil e mais rápido. A transformação existe, sendo uma garantia básica da vida. Além disso o homem foi designado o instrumento de transformação. Tudo isto está incluído na legislação da vida para a Era de Aquário. Se quer seguir no caminho da transformação, pode directamente tirar a dúvida de que certamente pode transformar. A legislação universal abrir-lhe-á também a si a capacidade de transformar! Todos os homens podem eliminar a sua carga kármica. O homem já não necessita sofrer, se escolher pelo menos interiormente iniciar os processos de tomada de consciência de uma nova maneira. De novo a livre vontade do homem é aqui definitiva. O próprio homem tem de escolher começar a transformar. Já não necessita sofrer se não quiser! As leis de Amor e Unidade estão ancoradas no esboço de Aquário, e assim todos os homens têm assegurado um bom futuro. Parece apenas uma questão de tempo até que o homem o descubra. No entanto, é importante tornar-se consciente de alguns obstáculos neste caminho de maneira a que se possa contar com eles. O que impede ao homem começar no caminho de tomada de consciência através da transforma-ção? A ruptura de padrões antigos a. Viver inconscientemente Muitos homens não terão contacto com a transformação, porque ainda não estão abertos ao caminho de tomada de consciência. Assim, não

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podem chegar a ser conscientes do novo caminho de tomada de cons-ciência através da transformação. O primeiro passo neste caminho tem, contudo, que ser dado! b. A adição ao sofrimento Uma grande percentagem de pessoas que realmente iniciou o seu cami-nho de tomada de consciência, continua a estar ligada ao seu antigo padrão de sofrimento. Tal dá um sentimento de reconhecimento e de segurança e, por causa disto, é assim dizer, adito ao sofrimento. Além disso, uma percentagem destas pessoas continua demasiado ape-gada à atenção que o sofrimento lhes traz. Com isto satisfaz o seu dese-jo de afirmação e contribui para uma forma de prestígio. Além disso, culpa-se frequentemente do sofrimento pelo facto de o homem não se atrever a tomar as responsabilidades essenciais na sua vida. Usa com muito prazer o sofrimento como desculpa. O sofrimento como padrão de adição, como meio para chamar a atenção, adquirir honra e prestígio, ou para evitar uma responsabilidade, são muitos os meios que a mente humana tem de fugir incluídos na espiral do sofrimento! O homem necessita de uma enorme força e flexibilidade para romper o padrão da adição ao sofrimento. Necessita fazer o impossível para che-gar a ter o conhecimento necessário para sair desse círculo vicioso. Na prática felizmente resulta que o seu companheiro frequentemente o torna consciente desta adição. Desta maneira é levado a empreender a batalha contra tal de modo a poder seguir o seu caminho de tomada de consciência de uma maneira mais eficiente e com mais amor. c. A resistência à inovação Existe uma categoria de pessoas que tem aversão à inovação e durante muito tempo receia com desconfiança qualquer novidade. Quando no passado iniciaram o seu caminho de tomada de consciência, eram também desconfiadas e reservadas. Estas pessoas têm de confirmar a novidade, antes de poderem aceitá-la. De caminho no novo padrão Quando o homem rompeu os obstáculos para poder eliminar o seu antigo padrão de tomada de consciência, e decide finalmente seguir o caminho da transformação, poderá continuar a encontrar alguns obstá-

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culos dentro de si próprio. 1. A não-aceitação do resultado da transformação Uma condição para receber bem o resultado de uma transformação é que o homem tenha suficiente amor por si próprio. Se isto não for assim, não poderá admitir o resultado de uma transformação feita para ele. Quando (inconscientemente) uma pessoa não se aceita a ela própria, o que é ainda pior: quando o homem se odeia a si próprio, recusa a transformação pelo sentimento de que não é suficientemente digno dela. Então castiga-se recusando o resultado da transformação. Mediante este padrão de comportamento o homem mantém o seu caminho de sofrimento, enquanto que o resultado da transformação permanece esperando na sua aura até que ele mesmo levante o embargo que ocasionou contra esta. O pensamento básico no qual a transforma-ção tem lugar é: Valho a pena! Valho a pena para poder aceitar o resultado da transformação! Somente então pode o homem aceitar o resultado da transformação. 2. Medo da manipulação e a magia Algumas pessoas que começam a trabalhar com a transformação, têm medo de que com o seu ser inferior possam fazer mal uso da força de criação e, portanto sejam culpadas de manipular esta força de criação, ou o que seria ainda pior, de fazer magia. Têm medo de que ao trans-formar possam fazer uma grande injustiça à vida. É bom saber que a transformação somente funciona através do ser superior. Desde a sua personalidade pode certamente fazer uma petição para transformar um karma determinado, mas a transformação apenas pode realizá-la quando através do ser superior fizer uma petição à força criadora que se encontra na Fonte de Vida dentro do homem. A vontade da Fonte de Vida, de acordo com o esboço do homem, determina se a transformação para esse homem é desejável e como vai ocorrer. Se a sua motivação para transformar é pura, abrir-se-á a porta à Fonte. Depois a força criadora somente será usada se a transformação estiver de acordo com o esboço do homem mediante o qual se pediu a transformação. No entanto, se a sua motivação não for pura, negar-se-lhe-á directamente a entrada à Fonte. Quando transforma faz uso da força criadora da Fonte, e neste nível a

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sua livre vontade não funcionará, é somente a elevada vontade divina a que dispõe. Se transforma, chama livremente a vontade divina, para deixar que ela determine no seu karma ou no de outrem. O medo da manipulação ou da magia não tem nenhum fundamento, porque a Fon-te de Vida não o ratificará e inclusivamente protegê-lo-á recusando, se for necessário, a entrada à Fonte. Trabalhar no Plano da Criação No Plano do Homem e no Plano da Vida a transformação para o homem e para a vida é um meio de salvação, estabelecido numa lei básica. Quer dizer, é o medicamento que directamente dá vida à vonta-de divina e põe esta em movimento dentro da vida. Quando contemplamos mais de perto a vida na Purificação de Aquário, chegaremos muito rapidamente à conclusão de que este medicamento é tão necessário como o plano! Transformação é o meio de salvação que o Plano da Criação outorga ao homem para que assuma a grande purificação da dívida restante do karma do Mundo, e se liberte dele, a si mesmo e à vida de uma maneira segura. Trabalhar com a transformação Falou-se até agora de trabalhar com a transformação, mas ainda não se revelou nada de como se pode realizar a transformação na prática. Explicou-se que o controlo que o ser inferior tem sobre nós tem que ser transcendido para, através do ser superior, chegar à Fonte interna de Vida, e pôr em prática o processo. Mas então como é que tal se realiza? Meios de ajuda para transformar 1. Meditação No caminho para a interiorização, no caminho para chegar à Fonte de Vida através do nosso ser superior, activa-se mediante a meditação. Ao meditar chamamos o nosso ser superior, quem então nos ajuda a descobrir o nosso ser superior pouco a pouco, para finalmente chamarmos a Fonte de Vida. Desta maneira começa a viagem para dentro na nossa consciência superior, que se abrirá de forma gradual.

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Através da meditação a nossa consciência diária, por assim dizer, dá banho a nossa consciência superior. Desta forma desenvolve-se o ser inferior e a nossa consciência diária será de novo algo mais parecida à consciência divina. A meditação abre o caminho à interiorização e abre no caminho a nossa personalidade divina, de onde podemos encontrar a Fonte de Vida em nós próprios. Esta dar-nos-á a sua acção curadora na forma de compreensão, inspiração e força de criação. Então esta força de criação pode ser usada para transformar. NB: O homem que ainda tem pouca experiência com a meditação pode estudar as notas gerais sobre este tema que estão descritas no Apêndice II. Nesse Apêndice há também informação complementar sobre meditação e transformação. 2. Visualização A visualização é um meio de ajuda muito usado para chegar à meditação e à transformação. Visualizar é dirigir o espírito humano para dentro fixando-se interiormente o símbolo com a intenção de meditar. Entende-se que não serve para meditar um símbolo qualquer. A ima-gem que visualizou terá seguramente um efeito sobre si, mas não o levará sempre a uma meditação positiva. Para que o símbolo possa ter o efeito desejado, tem que irradiar uma grande paz, e uma força positiva e construtiva. 3. Símbolos universais para visualização e transformação Nos últimos anos no Governo Universal do Mundo revelou um certo número de símbolos universais, com os quais o homem pode visualizar e transformar com toda a confiança. No Apêndice III apresentou-se uma lista deles. Os símbolos universais nomeados neste Apêndice evocam cada uma das treze forças criadoras que são activas na criação. São as treze transformações da criação. Visualizando estes símbolos universais entra directamente no caminho mais rápido em direcção à Fonte de Vida e na sua meditação está dirigi-do directamente para a Fonte. Pois cada um representa uma das treze forças criadoras que são avivadas em si através da Fonte. Por isso, podem ser consideradas como as treze chaves (indutoras) para chegar à Fonte. Abre-se a Fonte e põe em funcionamento as suas forças criado-

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ras para o desenvolvimento da sua consciência e para a transformação. De caminho na transformação Comece a sua meditação visualizando um símbolo universal para que seja dirigida universalmente. Quando sinta que este símbolo o levou ao destino, e sinta a força criadora que pertence ao símbolo chegando ao coração, deixe de visualizar a imagem (a maior parte das vezes isto ocorre espontaneamente) e permaneça em silêncio neste nível. Assim, chegou na sua meditação, ao nível que deve estar: à Fonte de Vida e pode avivá-la. Agora pode seguir de duas maneiras: l. A meditação em silêncio Pode deixar-se submergir numa meditação em silêncio e podem chegar a si ideias mais profundas ou inspirações. Estas serão universais porque dirigiu a sua meditação universalmente. A força criadora que visualizou mediante o símbolo que escolheu, pode portanto influir serenamente em si, para elevar a sua consciência a este nível criador da Fonte. 2. A transformação Dirigindo a força criadora que atraiu para si através do seu coração a um nível de karma determinado por si, transforma-o. Antes de que este processo possa ser descrito em detalhes, é bom que primeiro seja cons-ciente de que na criação tudo tem treze níveis. Como já verificou a força da transformação chega em treze níveis. Também existem treze níveis de karma. A criação dá ao homem as suas treze forças criadoras, as suas treze transformações, para transformar os treze níveis de karma. Estes níveis estão subdivididos no karma da vida individual, o karma da vida e da evolução (criação). O coração como instrumento para curar A transformação tem lugar através do ser superior do homem. O ser superior, através do chakra do coração, está unido a este (ver Apêndice IV). Visualizando um símbolo universal desejado por nós elevamos a frequência do nosso chakra do coração. Então começa a vibrar o nível da força criadora com a qual se está em contacto. Quando, entrando dentro de nós mesmos, chegamos ao momento de irradiar esta força, a um problema que determinamos, o nosso chakra do coração inverte-se automaticamente, com o que a força criadora que evocamos é irradiada dirigindo-se a este problema.

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Este é o mesmo mecanismo que um curador espiritual observa em si mesmo. Pela sua sintonização espiritual toca ao seu cliente através do seu chakra do coração invertido (e algumas vezes com ajuda das suas mãos) com uma frequência de energia mais elevada que a que este homem conhece. Desta maneira frequentemente é possível fazer uma cura. E tal ocorrerá sem dúvida se o curador espiritual, antes de come-çar a trabalhar, elevar primeiro o nível da sua energia visualizando um símbolo universal. Quando nós transformamos tem lugar um processo idêntico: irradiamos através do nosso chakra do coração a energia criadora com grande potência para curar. No entanto, um curador espiritual, ainda quando trabalha com a força criadora, permanece limitado a trabalhar para o homem individual. As possibilidades de trabalhar com a transformação, não obstante, vão muito mais longe. Porque evocadas pelo homem, levadas ao coração pelo seu ser superior e logo postas em acção, todos os níveis da vida podem ser ajudados através da transformação para eliminar o seu karma em todos os níveis. A vida chegará através deste de modo a cumprir o seu destino descrito no esboço. As seis fases de uma transformação Resumindo o anterior, podem-se distinguir as seguintes fases numa transformação: 1. Visualize um símbolo universal e com ele deixe-se submergir na

meditação. 2. Deixe que o símbolo desça ao seu coração. 3. Dirija parte activa da meditação à força criadora que agora tem

acumulada no coração. Conecte-a com o karma que determinou. 4. Peça a transformação deste karma. 5. Se a transformação estiver de acordo com o esboço da pessoa pela

qual se transforma, a força criadora poderá fazer o seu trabalho. 6. Deixe o problema e relaxe de novo. As treze transformações e os seus símbolos Não é fácil aprender a distinguir que símbolos de transformação (ou combinação de símbolos) é o que pode utilizar melhor na sua visualiza-ção para dirigir a sua meditação. Aqui é importante ter em conta com que objectivo quer transformar na meditação. Para lhe dar uma orienta-ção oferece-se uma lista com a especificação de cada símbolo e força criadora. Assim, está melhor preparado para o processo de transforma-

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ção. Pela vida individual

1. A Rosa Branca A Rosa Branca é o símbolo do Amor Universal, repre-senta a força de Cristo. É o símbolo por excelência para a cura e queixas e doenças. Resolve o karma que é a cau-sa de todas as doenças.

2. O Diamante Cristalino O Diamante Cristalino é o símbolo da Luz Universal. Este símbolo está unido à consciência. Se visualizar o Diamante Cristalino estimula a consciência e através dele leva o homem o seu objectivo cósmico superior. Resolve os impedimentos kármicos que existem entre o homem e a sua tarefa cósmica.

3. A Açucena Branca A Açucena (cálice) puramente Branca é o símbolo da Vida Universal. Protege o objectivo da vida do homem. Visualizando este símbolo o objectivo da sua vida é leva-do a um plano mais elevado e este torna-se simultanea-mente mais claro. As dificuldades que o impedem chegar ao objectivo da sua vida são transformadas.

4. A Arca A Arca (um barco) é o símbolo do Ser Universal. Inclui os três primeiros símbolos, por conseguinte, é o guardião da vida individual do homem. Quando invoca a Arca protege a sua vida ou a vida daqueles por quem a invoca. Este fá-lo transformando a carga de karma individual que existe nela.

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Pela vida

5. O Cálice A melhor maneira de visualizar o Cálice é um copo com um pé. O Cálice transforma todo o karma que não per-tence directamente ao karma individual. Transforma por exemplo o seu karma familiar, o karma de todo um povo, de uma nação, um grupo unido pelo destino, etc. Transformando o karma de um grupo beneficiam tam-bém directamente as pessoas individuais do grupo, mas especificamente transformam-se as difíceis, recíprocas conexões kármicas.

6. A Coroa Cristalina A Coroa Cristalina apoia o desenvolvimento da cons-ciência de grupo. Por exemplo, desenvolve a consciência colectiva dos povos. Por exemplo, visualizando este sím-bolo beneficiam os holandeses, os paquistaneses, as pes-soas da Somália ou os colombianos.

7. O Loto Cristalino O Loto Cristalino leva ao seu desenvolvimento o objec-tivo da vida de formas de vida ou de grupos de vida, por exemplo do crocodilo. Então manifesta mais claramente o objectivo da vida de todos os crocodilos. Tal ocorre também por exemplo com o ranúnculo, com o homem ou com um grupo específico de gente, como os Papuas. O seu objectivo cósmico, a sua tarefa cósmica é estimu-lada e é entendida de uma forma mais clara. Tal sucede unindo o Loto Cristalino com o problemático karma da forma de vida ou do grupo.

8. O Cisne Branco O Cisne Branco é, igual à Arca, um símbolo abrangente, incluindo os três símbolos anteriores. A sua tarefa é cui-dar e fomentar a vida. Isto fá-lo pela vida em geral, mas também pela vida de uma forma de vida específica. Leva a vida ou a forma de vida ao seu destino superior na evo-lução, transformando as dificuldades que o impedem chegar a ele.

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Pela realização da evolução

NB: Este símbolo visualiza como um sol definido, redondo e em repouso, sem chama à sua volta; visualize-o como o vê pouco antes do pôr-do-sol. Pelo contrário o Sol de Ouro em Chamas à sua volta (ver 13) está constantemente em movimento e mudando de forma.

A Estrela Dupla é um símbolo com muita força. A vida na terra benefi-ciaria visualizando regularmente a Estrela Dupla em torno da terra. Como consequência muitas formas de vida seriam protegidas na terra, entre outras coisas, contra a extinção.

9. O Sol de Ouro O Sol de Ouro leva à realização toda a vida individual com a qual se põe em contacto. Por exemplo leva à sua realização a situação de vida do seu pai e da sua mãe. Ajuda a levar à sua realização o seu plano de vida trans-formando o karma que os impede de chegar ao destino da sua vida. O Sol de Ouro também o pode utilizar para a protecção da vida individual. Fechando a aura do homem com o Sol de Ouro protege-se contra as influên-cias malignas que vêm de fora.

10. A Íris Branca A Íris Branca preenche toda a vida que está conectada ao grupo e, por conseguinte, desenvolve a consciência do grupo. Por exemplo os deficientes, os pais solteiros, os famintos, aqueles que sofrem, mas também os judeus ou os comunistas. Todos os grupos de homens que através da consciência estão conectados com o grupo são culmi-nados pela Íris Branca. Pelo menos quando se une o grupo à Íris Branca e se pede a transformação do pro-blemático karma.

11. A Estrela Dupla A Estrela Dupla está formada por uma estrela de cinco pontas dentro de uma de sete. A Estrela Dupla leva à sua realização reinos naturais completos (áreas completas da vida) dissolvendo o seu karma. Aos reinos naturais per-tencem por exemplo: o reino mineral, o reino vegetal, o reino animal, os anjos, os Devas, etc.

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A Trabalhar! Trabalhar com transformação Quando trabalha com transformação, pode fazê-lo de maneiras e níveis diferentes. Como pôde verificar na classificação dos símbolos univer-sais, encontram-se três níveis: pode transformar pela vida individual, pela vida em si e pela evolução. Assim, o homem pode curar e ser mediador para ele mesmo, para o próximo, para a sociedade, para a vida, e para a evolução. Nos três níveis das forças criadoras e no seu funcionamento deve o homem cósmico também interpretar o contido nas suas tarefas univer-sais. Antes de se explicar como pode trabalhar com transformação, apresenta-se aqui a relação entre o poder transformar nos seus diferentes níveis e nas tarefas universais do homem. A estrutura da consciência do homem cósmico faz que seja possível tanto o transformar como o levar a cabo as suas tarefas universais. É bom aprender a ver isto directamente como uma totalidade (ver Cap. 6). Trabalhar para a vida individual Como nos quatro primeiros símbolos pode trabalhar não apenas para si mesmo, mas também para o próximo ou para outra forma de vida, como um cão ou um gato, porque estes símbolos são todos apropriados

12. O Sol de Ouro com a Íris Branca dentro dele Este símbolo inclui os três anteriores. Protege e comple-ta a vida na criação que está unida na mesma esfera, e leva-a à sua realização. Por exemplo, pode influenciar uma esfera da criação usando este símbolo e ajuda a transformar o karma criado por esta esfera e as suas formas de vida.

13. O Sol de Ouro em Chamas, movendo-se O Sol de Ouro em Chamas é o símbolo de transforma-ção mais elevado. Inclui todos os símbolos universais. Tudo o que procura a sua realização, em qualquer tipo de forma que seja, visualize o Sol de Ouro em Chamas, movendo-se. A força da Fonte de Vida então compade-ce-se completamente do homem ou da forma de vida para, resolvendo o seu karma luciferiano, levá-la à sua mais elevada realização.

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para a vida individual. Além disso, pode também visualizar para as for-mas de vida individuais, o símbolo nove, o Sol de Ouro, que leva a sua realização à vida individual. Para o uso dos símbolos de transformação, pode em geral seguir as seis etapas de transformação. Então pode escolher, segundo o que necessite, entre as diferentes propriedades dos símbolos de transformação para a vida individual. Para ajudá-lo no seu caminho e para que possa ter mais variação no padrão de transformação, serão descritas algumas possibilidades de transformação: 1. Trabalhar na própria tomada de consciência Mediante uma meditação universal, uma meditação induzida pela visualização dos símbolos de transformação, avança consideravelmente o seu caminho de tomada de consciência. Este tem lugar porque a visualização universal aumenta a força da sua meditação. Quer dizer, então que se conecta directamente com a Fonte de Vida. Assim, a Fon-te de Vida levará ao seu desenvolvimento a sua consciência com a força da criação e neste processo conduzi-lo-á e inspirá-lo-á. A maneira mais fácil, e portanto a mais usada, é visualizar frequente-mente o Sol de Ouro e deixá-lo descer; isto leva-o directamente à sua realização à vida individual (e por conseguinte também ao seu caminho de tomada de consciência). Além disso, dirigindo-se eventualmente às suas queixas, perturbações e obstáculos para transformá-los, resolve o karma que encontra no seu caminho de tomada de consciência e que coloca os obstáculos, sendo assim o seu caminho mais fácil (ver 3). Também pode trabalhar para o desenvolvimento da sua consciência de outra maneira: 2. Desenvolver intencionalmente a própria consciência Para desenvolver intencionalmente a sua consciência faça o seguinte: Ao princípio visualize o símbolo de transformação mais baixo (a Rosa Branca) para começar a sua meditação. À medida que avança, sentirá a necessidade de meditar também com símbolos mais fortes. Aparente-mente a sua consciência cresceu. Então é o momento de começar a usar o símbolo seguinte: O Diamante Cristalino. Assim no decurso dos meses vai da Rosa Branca ao Diamante Cristalino, à Açucena Branca, etc.

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Durante uma meditação pode também aumentar a força usando os símbolos desde os mais baixos aos mais elevados e utilizá-los um por um, por um determinado tempo. O processo de usar símbolos cada vez mais elevados pára se não estiver ainda preparado para os mesmos. Então automaticamente submerge numa meditação de silêncio. Se já avançou neste caminho, então induza a meditação primeiro mediante a Rosa Branca, depois visualize o Sol de Ouro, continuando como Sol de Ouro em Chamas, movendo-se. Assim aumenta rapida-mente a frequência da sua energia de uma maneira responsável, para finalmente aprender a levar a energia da Fonte que abarca tudo, o Sol de Ouro em Chamas. 3. Transformar intencionalmente as suas queixas e perturbações Para transformar queixas e perturbações a Rosa Branca é o símbolo apropriado. Pode trabalhar da seguinte forma: 1. Visualize a Rosa Branca. 2. Deixe-a descer ao seu coração. 3. Dirija com ela o pensamento à parte doente, doloroso ou ferida do

seu corpo. 4. Mantenha-a ali por algum tempo. 5. Peça a transformação. 6. Relaxe e abandone o interesse de tudo. Um curto contacto com a Rosa Branca é suficiente. Com resultado ela pode dar energia para curar, pelo menos quando a transformação está de acordo com o objectivo da sua vida que está contida no seu esboço. Quando isto for o caso, o karma se transformará no momento, melhorando a perturbação ou iniciando o seu processo de cura. Pode repetir esta maneira de trabalhar quando for necessário. 4. Trabalhar pelo próximo Trabalhar pelo próximo pode fazê-lo de duas maneiras: a. Irradiar desde o seu coração Os passos da transformação são os seguintes:

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1. Visualize o símbolo que escolheu. 2. Com ele o pensamento deixa que o símbolo desça ao seu coração, a

fim de o chakra do coração poder sintonizar com essa energia e preparar-se para a sua tarefa de irradiação.

3. Pense um momento na pessoa (forma de vida) que quer ajudar e eventualmente nos problemas específicos para os quais quer traba-lhar.

4. Peça uma transformação. 5. Deixe que a força criadora se dirija através do chakra invertido do

coração para essa pessoa (forma de vida) e para os seus problemas. Se a transformação estiver de acordo com o seu esboço, serão transformados muitos bloqueios que têm a ver com a problemática que nomeou, mediante o contacto com esta energia.

6. Deixe de pensar no homem (forma de vida) e nos seus problemas. b. Trabalhe com a Taça de Ouro A Taça de Ouro pode usá-la especialmente quando transforma por outras pessoas. Pode colocar ao mesmo tempo várias pessoas numa Taça de Ouro que tenha visualizado, que então podem, todas juntas, ser transformadas por si. Transformar deste modo é mais ligeiro e leva menos tempo. Toda esta gente recebe o mesmo tipo de transformação. Tal quer dizer que todas são alcançadas pelos mesmos símbolos que escolheu. Trabalhe da seguinte maneira: 1. Visualize uma Taça grande de Ouro. 2. Mentalmente coloque as pessoas e as formas de vida que escolheu

nessa Taça. Pode descrever também todos os seus problemas. 3. Depois visualize o símbolo que escolheu. 4. Deixe que este desça à Taça. Se quiser usar mais símbolos, então

visualize-os um a um e deixe-os descer. 5. Peça uma transformação. Se isto for possível, far-se-á directamente

uma transformação para todas as pessoas que estão na Taça e pelos seus problemas (assinalados por si).

6. Depois deixe-os. A maior vantagem de trabalhar desta maneira é que o seu próprio ser está menos afectado pela energia elevada. Colocou a transformação fora do seu ser e assim não trabalha através do seu coração. É verdade que assim a sua consciência se desenvolve menos rapidamente, mas quando transforma muito por outras pessoas, evita a sobrecarga do seu ser espi-ritual. Assim, o desenvolvimento da sua consciência poderia realizar-se

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tão rapidamente, trazendo grandes mudanças no seu caminho, que deveria tentar assimilar. Aviso Enquanto tenhamos bloqueios, teremos de considerar, em geral, no caminho da meditação e da transformação que, se tiver dema-siadas assimilações emocionais no seu caminho, é melhor repou-sar antes de continuar meditando ou transformando. Cuide de si próprio, deixe que o seu caminho de tomada de consciência e de crescimento seja sobretudo equilibrado. Aqui não exagere nunca por causa de um sentimento de perfeccionismo ou de culpa! 5. Trabalhar pelo próximo sem interesse próprio Se quiser trabalhar pelo próximo, mas não por alguém em particular, então pode visualizar o Sol de Ouro, colocá-lo no seu coração e irradiar a sua força, sem a dirigir a ninguém em particular. Então a mesma força criadora encontrará uma quantidade de karma individual e neutralizá-la-á. Com a irradiação da força criadora ocorre a mesma coisa que com a força da água: a água corre para o ponto mais baixo, mais profundo. Neste caso a energia dirigir-se-á para o homem (ou a forma de vida) que tem mais carga devido ao seu karma, e portanto o que mais necessita! Transformar sem interesse próprio que seja pelo homem, pela vida, ou pela evolução, dá à vontade divina mãos livres para que o seu trabalho criador se realize onde necessário. As duas portas de um símbolo de transformação Pode usar os símbolos de transformação de duas maneiras: a. Invocados pela sua livre vontade Usando os símbolos universais como chave, pode pela sua livre vontade pôr a funcionar a força criadora através do seu ser. A transformação que então invoca terá lugar somente se o resultado desta estiver de acordo com a vontade divina. Tal quer dizer, só quando esta estiver de acordo com o esboço da forma de vida. b. Invocação à vontade divina Usando os símbolos universais sem interesse próprio pode mostrar cla-

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ramente que o Criador pode usar o seu instrumento até ao nível que indica o símbolo. Visualizando este símbolo o Criador pode usar livre-mente segundo a sua vontade a força criadora invocada por si. O guia interior tem sempre predilecção Recebeu já algumas instruções como transformar a vida individual. Por favor não faça disto um dogma! Se na sua meditação aparecer esponta-neamente um símbolo, ponha-se de preferência a trabalhar com ele. Admita os impulsos da inspiração do seu guia interior na sua meditação. É importante compreender esses impulsos e aprender a segui-los. Têm sempre predilecção sobre o plano que fez para si. A Coroa de Ouro Na meditação pode encontrar espontaneamente uma Coroa de Ouro. A Coroa de Ouro não é um símbolo de transformação ainda que tenha uma grande força transformadora. A Coroa de Ouro é o símbolo que salva toda a vida, é o símbolo da Arca de Salvação, a consciência do coração da criação. A Arca de Salvação é o campo da consciência que sustenta a evolução de Aquário, para a partir de aqui dar-lhe forma. A Coroa de Ouro, portanto, é também o símbolo do guia universal mais elevado da Era de Aquário. Buscar intencionalmente o guia universal Começando a meditar dirigindo-se à Coroa de Ouro, pode dirigir-se conscientemente ao guia universal da Fonte que chega a si através do Governo Universal do Mundo. No Governo Universal do Mundo diri-ge o avanço da evolução de Aquário, e conduzirá e apoiará a seu devido tempo também as suas tarefas superiores da Era de Aquário. Se procura o guia universal da Fonte de Vida, então visualize na sua meditação silenciosa na seguinte ordem: O Sol de Ouro, O Sol de Ouro em Chamas e a Coroa de Ouro. Assim dá a entender que quer trabalhar para o Governo Universal do Mundo e se a sua consciência está suficientemente desenvolvida, o Governo Universal do Mundo, pode dirigir-se a si. Entrando na sua meditação desta maneira, já permitiu tal. Trabalhar pela vida A capacidade de regeneração da vida A vida tem a capacidade de regenerar-se, de restabelecer-se a si mesma. Tal está assegurado numa lei básica da vida. Utilizando os símbolos de

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transformação do 5 ao 8 inclusive, invoca esta capacidade da vida, de regenerar-se e de curar-se a si mesma. Põe a vida a trabalhar desde a maior profundidade possível para que se restabeleça desde dentro. Transformando com estes símbolos pode cooperar a solucionar todos os grandes problemas pelos quais a vida sofre. No entanto, às vezes, é difícil encontrar o símbolo que deve usar para os problemas da vida. Pense um momento em problemas como a fome, o meio ambiente, a economia mundial, a discriminação de raças e outros semelhantes. Numa situação tão difícil de definir transforma simplesmente com o Cisne Branco. Este contém todos os outros símbolos desta categoria e, portanto, contém em si todas as componentes da força regeneradora da vida. Encerra em si a capacidade de regeneração mais completa e mais forte da vida! Desde que possa usar desta maneira a capacidade de regeneração da vida, pode ser tudo menos impotente! Tem muita mais força que por exemplo os líderes políticos com quem as suas soluções políticas apenas se ocupam da parte superficial dos problemas da vida. Trabalha desde o fundo com a força criadora que criou a vida e que tem a capacidade de levar a vida ao seu destino verdadeiro. Pode ser útil à vida de duas maneiras: 1. Trabalhando especificamente pela vida Trabalhe da seguinte maneira: 1. Escolha um símbolo de transformação (de 5 ao 8 inclusive) e

visualize-o. A eleição que fez determina a parte da vida e com que objectivo quer ajudar a transformar.

2. Deixe que a força criadora que lhe pertence, desça ao seu coração. 3. Una-se com o pensamento com (essa parte de) a vida e com os seus

problemas. 4. Peça uma transformação. 5. Irradie a força da criação se está de acordo com o esboço de (essa

parte de) a vida, deixe neutralizar o karma problemático. 6. Deixe o problema e relaxe. 2. Trabalhando sem interesse próprio pela vida 1. Visualize um Cisne Branco.

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2. Deixe que desça ao seu coração. 3. Depois deixe correr a força criadora uns minutos sem a dirigir

especialmente a nenhum sítio. 4. Relaxe novamente. Assim o objectivo divino com a vida se irradia e se activa na vida atra-vés de si. Desta maneira os obstáculos maiores podem ser aliviados por si, sem que seja consciente do que faz precisamente agora ou onde contribui para alguma coisa. Talvez seja ajudado na vida nas esferas ou transforma os problemas do mundo astral. Talvez possam beneficiar disto os anões. Existe tanta variedade de seres do ser dos que nem sequer podemos imaginar a sua existência, quanto menos que os trans-formemos! A Administração da Vida Não somos todos poderosos na vida, mas transformando sem interesse próprio pode ajudar a Fonte de Vida (o Criador) incluso na problemática da vida que nos é desconhecida. No entanto, o homem pode contribuir na Administração da Vida, oferecendo o seu ser sem qualquer interesse para que seja usado pela vontade divina (ver Cap. 6). Visualizando o Cisne Branco dá a sua autorização à Fonte de Vida. Trabalhar pela evolução Trabalhar pela evolução podemos também fazê-lo especificamente ou sem interesse (não especificamente). 1. Trabalhar especificamente pela evolução Mediante a sua livre vontade que se une à vontade divina através dos símbolos de transformação, usando os símbolos de 9 a 13 incluído, pode ajudar a solucionar os pontos difíceis da evolução nos seus distin-tos níveis. Contudo, coopera à realização da evolução da vida e de todas as formas de vida, ajudando a neutralizar o karma nos níveis mais ele-vados de consciência. Pode trabalhar como está descrito para trabalhar especificamente pela vida, tomando aqui para a realização da evolução apenas os símbolos de 9 a 13 incluído. 2. Trabalhar sem interesse próprio pela evolução Visualizando o Sol de Ouro em Chamas, colocando-o no seu coração e irradiando-o com uma entrega total e desinteressada, dá à Fonte de

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Vida a oportunidade de o usar como instrumento para levar a todas as formas de vida ao destino da sua evolução, à sua realização. Pode trabalhar como está descrito para trabalhar sem interesse próprio pela vida. Não obstante, para este nível use o Sol de Ouro em Chamas. A Administração da Evolução A vantagem que a Fonte de Vida tem de ajudar o homem é que o homem pode ajudar a transformar a vida na matéria participando nela directamente desde dentro. Portanto, é de essencial importância que o homem coopere para ajudar que a matéria evolucione. Funcionando da maneira como aqui descrita, pode a longo prazo tomar parte na Administração da Evolução, quando no que se refere à sua consciência esteja suficientemente desenvolvido. (ver Cap. 6). A Administração das Esferas Acabamos de ver que o homem, através do desenvolvimento da sua consciência, pode participar na Administração da Vida e na Administração da Evolução. No entanto, pertence também às suas possibilidades que, como máxima realização do trabalho para a evolução, chegue também a ser colocado na Administração das esferas não-materiais da vida, para também poder carregar com a responsabilidade nelas. Este trabalho mais elevado no âmbito da evolução chama-se a Administração das Esferas. O homem como princípio evolutivo O homem foi criado à semelhança de Deus. O Criador (a criação) conhece uma consciência de treze níveis, de onde Ele manda treze for-ças criadoras que mantêm a vida. Ele quer agora também gerir estas forças criadoras na vida através do homem. Para realizar tal a consciên-cia no homem experimentou uma grande mutação com a entrada da Era de Aquário. Como já vimos, a sua consciência pode chegar a ser de treze níveis, e por isso o homem chegou a ser o homem cósmico. Como homem cósmico pode cumprir a tarefa da encarnação dada no princípio: agora pode ser, de facto, um princípio evolutivo para o Cria-dor, começando já a usar a consciência divina colocada dentro do homem. Com isto pode trazer a evolução ao homem individual, à vida e à evolução mesma. Transformação e mais tarde também transmutação, são os instrumentos com os quais o homem pode ser um princípio evo-

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lutivo. Com isto pode cumprir a sua tarefa da encarnação, o destino da sua vida, e o destino da vida do homem como espécie. O homem, o trabalhador na Espiral de Evolução Trabalhando em si próprio no caminho de tomada de consciência, o homem torna-se consciente do instrumento precioso que leva dentro dele, e da grande responsabilidade que, portanto, é colocada nas suas costas: o homem é uma célula no ser do Criador que cria consciência, quem conhece a tarefa de ser o princípio evolutivo no seu ser: a criação! O homem sozinho pode realizar essa tarefa se, numa entrega total à vontade divina, quer deixar que se realize a direcção divina na vida atra-vés dele mesmo. Somente desta maneira o Criador criou ao seu seme-lhante, o seu instrumento, a sua mão direita que, vivendo na matéria, deseja irradiar no Seu Espírito (a sua força criadora) com Ele, para que Ele possa avaliar melhor a vida. Podemos caminhar na Espiral de Evolução, podemos caminhar para a Fonte de Vida. Agora sabemos que precisamente nós, pelo nosso desenvolvimento de consciência, somos o instrumento que guarda, como trabalhadores, a Espiral de Evolução!

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5. Entrega Que quer dizer entrega? Introdução Para passar da fase de tomada de consciência a uma fase na qual o homem tenta trabalhar de uma maneira universal pela vida e pela evolução, tem de atravessar uma ponte importante dentro de si mesmo. Na ponte há uma placa onde está escrita a palavra “entrega”. Apenas o homem que se entregou pode chegar a ser um trabalhador universal pela vida. Esse homem pode começar a funcionar nas suas tarefas universais para contribuir para o trabalho no âmbito do Plano da Criação nos seus diferentes níveis. Que quer dizer entrega? Encontramos com ele o conceito de “entrega” de maneiras diferentes. Já vimos as seguintes definições: • Entrega é submeter a livre vontade à vontade divina. • Entrega é submeter a nossa personalidade à personalidade divina

em nós mesmos. • Entrega é submeter o nosso ser inferior ao nosso ser superior. Poderíamos ter dito também: • Entrega é superar a dualidade presente em nós para dissolvermos

na Unidade da Fonte de Vida em nós, com o fim de que esta Uni-dade seja determinante nas nossas vidas.

A última definição parece ser a mais completa descrição do que realmente significa entrega, já que esta nos leva muito perto da origem da vida e do funcionamento da evolução. Com esta acercamo-nos o mais possível à Verdade Universal da Vida. Quando retrocedemos para olhar a origem da vida pode entender-se melhor o mecanismo da entrega e pode talvez ser expressa por outras palavras.

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O processo da encarnação Quando o homem abandonou a Fonte de Vida e na criação obteve a sua individualidade e a sua livre vontade, foi enviado à matéria para viver nela a dualidade. Na matéria estaria submetido às leis de causa e efeito que determinariam a sua vida até o princípio da Era de Aquário. Em torno disso começou a involução na matéria. A involução, o processo de chegar a ser A involução é o processo de chegar a ser a vida na matéria, é a descida da vida na matéria. Como consequência, todas as formas de vida estavam submetidas à involução. Ao mesmo tempo que a vida podia, também a matéria começava um processo de chegar a ser. Ambos os processos de chegar a ser estão agora completamente terminados. O homem pôde então fazer a sua involução na matéria com a finalidade de que quando o processo de chegar a ser da matéria estivesse terminado, ele ajudaria a matéria a integrar nela o Espírito Divino. É a sua tarefa ajudá-la a receber o Espírito Divino. Com ele a matéria poderá realizar o seu destino. O homem encarnou com a tarefa de ser o princípio evolutivo na criação. É o ser que ajuda a criação a aperfeiçoar-se, agora que o seu processo de chegar a ser – o seu processo de involução – está terminado. Ajuda a vida na criação com a sua inspiração, a sua ilumi-nação com o Espírito. A evolução, o processo da descida do Espírito Os processos de chegar a ser na criação, na matéria e também no homem completaram-se em 1985. Depois começou um novo processo na criação: o processo da iluminação, de perfeccionismo, de inspiração, o processo da descida do Espírito Divino: o processo da evolução10. O processo de involução foi um processo de separação cada vez maior, de individualização e condensação. Na involução as formas de vida podiam assumir a sua propriedade, a sua forma. O processo da evolução é, pelo contrário, um processo de crescimento para uma unidade cada vez maior, superando a separação. Na evolução as formas de vida que chegaram a ser completamente elas mesmas e que agora também aprenderam a reconhecer-se, poderão contemplar a Unidade Divina, o Espírito. Poderão sentir-se uma parte

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de um grande conjunto e poderão assumir a sua própria tarefa única no grande conjunto. Ali podem aprender a dar predilecção aos interesses do grande conjunto. A criação, um organismo vivo A criação é um grande conjunto que contém muitos organismos vivos, todos os quais servem a esse grande conjunto e dentro dele podem rea-lizar a sua própria tarefa. A criação é um organismo no qual as formas de vida podem ser consideradas como unidades independentes, como células. Distinguimos na criação células, que formam tecidos e células que formam órgãos. Isto depende da sua tarefa dentro do conjunto. Não obstante, quando uma célula já não pode realizar a sua tarefa inicial – a tarefa com a qual encarnou – perde a sua diferenciação. Poderíamos dizer que esta célula começa a multiplicar-se descontroladamente. Este é o mesmo processo que vemos no corpo do homem, na proliferação das células que o homem denominou como “cancro”. Quando muitas células proliferam, deterioram-se os tecidos ou os órgãos e o conjunto não pode já funcionar bem. Quando a célula não está firme com o objectivo da sua vida, finalmente o grande organismo não pode já levar a cabo o objectivo da mesma. Por isso, no conjunto que é a criação, é demasiado importante que cada célula esteja no seu objectivo original de vida, conhecida no esboço. Na criação, portanto, cada elemento tem a tarefa de velar pela execução do objectivo da sua própria vida. Quando segundo este ponto de vista consideramos o conceito entrega, podemos chegar a novas definições: • Entrega é a submissão da forma de vida ao objectivo de vida dada

na Criação, que é conhecido no esboço. • Entrega é a sintonização da forma de vida com o grande conjunto e

com os seus interesses, as quais estão citadas no Plano de Vida original, escrito no esboço.

• Entrega é servir o grande conjunto. • Entrega significa chegar a ser discípulo do conjunto, para servir os

seus interesses. • Entrega é viver a unidade do conjunto, e sentir e experimentar tal

no próprio ser.

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• Entrega é Ser o conjunto. • Entrega é Ser. Trabalhar dentro do Plano da Criação A vida, um caminho de serviço Existe uma lei básica na criação mediante a qual cada organismo serve o conjunto que é a criação. Isto aplica-se também ao homem. Porém, o homem tem um duplo serviço e, portanto, também uma dupla responsabilidade: 1. É um servidor da criação. 2. Ajuda a todas as formas de vida, para que possam servir a criação de forma correcta. Como princípio evolutivo na criação o homem ajuda a tudo, mas real-mente a tudo o que vive, a ser serviçal. Servir é a sua vocação mais elevada que, quando a entrega é total, se denomina ‘ser discípulo’. O ser discípulo no homem Quando a personalidade do homem chegou a uma entrega total, o seu caminho de serviço converte-se num caminho de ser discípulo. O ser discípulo no homem quer dizer que ele, como instrumento activo, está completamente ao serviço do Criador, para cuidar e manter em boas condições o Seu Ser, a criação. No processo de ser discípulo o homem não apenas ajuda a cuidar a matéria do Criador, mas também a desenvolver o seu espírito, a sua consciência. O espírito do Criador é um órgão espiritual que também evoluciona. O homem é chamado a colaborar também no desenvolvi-mento deste órgão. Desenvolvendo a sua consciência pode trabalhar em todos os níveis da criação para limpar todos os bloqueios e queixas em todos os níveis, inclusivamente no seu espírito. Ser discípulo e Mestria Quando o homem entregou a sua personalidade e conseguiu a Mestria sobre a Personalidade começa como consequência disto o seu caminho como discípulo. Logo este caminho conduz o homem a uma mestria cada vez mais elevada, mais desenvolvida. Leva-o à Mestria sobre a Matéria, à Mestria sobre a vida e finalmente à Mestria sobre o espírito: o seu próprio espírito e o Espírito Divino.

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O homem activo em todos os sítios pode ser posto em todas as frentes, pode ajudar a todos os níveis da criação a evolucionar: a matéria, a vida e o espírito. Finalmente também conseguirá a mestria completa sobre a criação (ver Apêndice VI). Os mistérios da vida revelam-se Com a entrada da Era de Aquário revelam-se ao homem todos os níveis da mestria. Como consequência apresentar-lhe-ão sucessivamente todos os mistérios da vida para que os possa entender e integrar. Isto leva-o a uma consciência mais elevada, a um entendimento mais profundo e a uma actividade mais elevada. Com tudo isto poderá entender e levar a cabo melhor a sua tarefa, a qual é, ser um princípio evolutivo. O trabalhador: o discípulo de agora Este homem bem equipado pode ser uma força trabalhadora de alta qualidade na criação. Na página anterior denominou-se “discípulo”. Neste livro introduziu-se para ele a palavra mais moderna “trabalhador”. Por isso um discípulo será chamado aqui desde agora um trabalhador. Se toma por certo que este trabalhador vive numa entrega completa, que faz dele um discípulo, um instrumento, da criação, que pode servir dentro do Plano da Criação. Trabalhar dentro do Plano da Criação Em todo o Mundo homens com um elevado estado de consciência são chamados para que sejam trabalhadores dentro do Plano da Criação. Esta função pode tomar a forma no Plano da Vida, no Plano da Huma-nidade, no Plano da Terra, etc. Em distintos níveis, os trabalhadores que chegaram à entrega são acolhidos nos planos universais dentro do Plano da Criação. A entrada no Plano da Criação não ocorre por casualidade. Somente o homem que pela sua entrega conseguiu a Mestria sobre a sua Personali-dade, é chamado a incorporar-se no Governo Universal do Mundo, para que ele comece o trabalho no Plano da Criação. O nível no que no futuro seja colocado neste Plano, depende do crescimento da sua cons-ciência e, portanto, do nível da sua crescente mestria (Ver Apêndice VI). O Governo Universal do Mundo Na criação existe uma estrutura bem organizada e um Governo bem

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organizado que lhe corresponde. A isto chama-se o Governo Universal do Mundo. Na Era de Peixes o homem não podia, no entanto, tomar parte no Governo Universal do Mundo, não tinha, porém, estrutura de consciência para poder suportar este trabalho. Com o princípio da Era de Aquário tal é possível. Pela consciência do homem cósmico de treze níveis, o homem pode agora ir muito longe espiritualmente, podendo permanecer nas esferas espirituais mais desenvolvidas e, por conseguin-te, pode participar no Governo Universal do Mundo. No Governo Universal do Mundo há a preocupação de levar a cabo os diversos Planos das unidades de vida. Considera que os trabalhadores sirvam no nível justo do Plano, o que como já foi citado, depende do nível da mestria alcançada. No Governo Universal do Mundo dá instrução aos trabalhadores para que através dos distintos níveis de mestria sirvam nos diversos planos universais. Agora que é possível que o homem incorpore o Governo Universal do Mundo, com o que pode levar a cabo as muitas tarefas universais, é mais importante que tenha a coragem de entrar no caminho de tomada de consciência. É importante que consiga também realmente a Mestria sobre a sua Personalidade para que se possa admitir ao trabalho no Governo Universal do Mundo. A não ser assim falha não apenas para si mesmo mas também falha na vida. Pois falha na vida a possibilidade de ser um trabalhador universal para a mesma. A força do trabalho universal A consciência divina está no cerne do instrumento do trabalhador, da qual pode dispor como homem cósmico. Desenvolvendo a sua consciência à altura divina não apenas conseguirá a mestria nos distintos níveis, mas também levará à vida à força, desenvolvida à altura divina, da sua consciência (a força criadora), para com ela levar a vida ao seu desenvolvimento. Desta maneira o homem é um instrumento universal, um trabalhador para a vida. Transformação e transmutação Para deixar que o homem seja um trabalhador activo inclusivamente antes de que tenha conseguido tão elevado grau de mestria que pode ingressar no Governo Universal do Mundo, puseram-se à sua disposição no princípio da Era de Aquário dois métodos universais para trabalhar, a saber: mediante a transformação e transmutação (ver Cap. 4).

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Mediante a transformação e a transmutação o homem pode já trabalhar de maneira universal sem ter conseguido a Mestria sobre a sua Persona-lidade. Quer dizer, a transformação e a transmutação garantem a entre-ga total, o funcionamento da vontade divina, que faz dele um trabalha-dor, um discípulo da Fonte de Vida. Proporcionam-lhe de uma maneira sem perigo a entrada à Fonte inclusivamente antes de que tenha conse-guido a mestria! Cada homem, que enquanto a sua consciência não está ainda muito avançada e que através de uma forma adquirida de mestria tenha acesso à Fonte de Vida, pode unir-se à Fonte visualizando um símbolo univer-sal. Transformação e transmutação formam uma ponte à Fonte numa fase na qual a consciência do homem não pode por si só fazê-la. Assim, sem ter conseguido a mestria pode ser activo desde a Fonte. Aqui encontra-se o segredo que a transformação funciona para todos os homens, sem ter em consideração o seu estado de consciência. Transformar sem símbolos universais À medida que avança no seu caminho de tomada de consciência, pode ser que a sua consciência através da entrega e o crescimento se torne igual à consciência divina, por exemplo ao nível do Amor Universal (símbolo: a Rosa Branca). No Apêndice I pode ver que os campos de consciência do homem cósmico levam nomes que correspondem com os símbolos universais. Quando a consciência for igual à do Amor Uni-versal, esta descerá ao campo correspondente da sua consciência, quer dizer ao da Rosa Branca. Então conseguiu a mestria nessa altura e, assim nesse nível torna-se único com a Fonte. Tal implica que já não faz falta usar o símbolo adequado, neste caso a Rosa Branca, como ponte para as suas transformações, e neste nível de consciência você é a transformação! Dia e noite, sem condições e sem interesses. Assim através da irradiação do seu ser, nesse nível, irradia constantemente um grande potencial de transformação! A consciência de Unidade Ao chegar a entregar-se ao ser divino leva-o passo a passo à unidade com a Fonte de Vida, pelo que ultimamente será consciente de Unida-de. Então, todos os seus campos de consciência serão entregues à Fon-te, e esta poderá estar activa em si dia e noite sem que tenha que usar símbolos. O homem consciente de Unidade pode, no entanto, seguir transformando especificamente com um símbolo universal, mas já não

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é necessário. Quando integrou na sua consciência todas as forças criadoras e com isto conseguiu o estado mais elevado de mestria, será igual a um avatar. O seu trabalho na vida será de um grande valor construtivo (ver Cap. 6). No caminho da iniciação Aqui entrar-se-á mais profundamente no mecanismo do caminho de tomada de consciência, que também é denominado o caminho da iniciação. Compreendendo este caminho mais profundamente pode-se cooperar melhor no trabalho. Entrega e o caminho de iniciação Através de uma entrega cada vez maior abrir-se-á ao homem um alcance de consciência cada vez maior, que então pode aproveitar para trabalhar de uma forma ainda mais elevada. No caminho da sua tomada de consciência o homem inicia-se mediante a sua constante entrega em áreas cada vez mais elevadas da sua consciência. Porque então são liber-tadas constantemente energias activas mais elevadas com a consequente compreensão mais profunda, convertendo-se num trabalhador cada vez mais eficaz. A tomada de consciência leva ao homem à entrega, pelo que pode ini-ciar uma consciência mais elevada. Essa consciência abre-se dentro dele e inicia-o na alta energia espiritual à qual ele chega ao entrar nesta nova área. Assim, o homem passo a passo sobe a Escada de Jacob da sua consciência e inicia-se naquilo que a vida lhe pode abrir nestes níveis. A Escada de Jacob da Vida A Escada de Jacob da Vida tem os seguintes passos: 1. O chegar a entregar-se à vontade divina num certo nível. 2. O integrar esse novo e elevado nível de consciência e ao fazer

simultaneamente as tarefas consequentes que este nível de cons-ciência dá ao homem.

3. Quando as compreensões novas e profundas se cristalizarem, che-gará uma entrega à vontade divina num nível ainda mais elevado, etc.

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Quanto mais alto o homem ascende a escada da vida, o seu trabalho poderá ser dirigido com mais eficácia. Quer dizer a entrega que está unida a este crescimento de consciência, leva a vontade divina a expres-sar-se num nível cada vez mais elevado. Desta maneira, o homem cres-ce passo a passo em fases mais elevadas de mestria. Estas proporcio-nam-lhe acesso aos diversos ramos do Governo Universal do Mundo, o qual está também unido à vida através da Escada de Jacob. Assim, o homem cresce no seio das suas tarefas universais às que ele mesmo pode dar forma na matéria. A vida infinita nas esferas A vida é infinita, não conhece nem princípio nem fim. O círculo no qual a vida está contida é redondo, o princípio une-se novamente ao fim. É por isso que não pode haver nenhuma perca na vida. A vida não é apenas infinita, também é eterna, não conhece o tempo. Conhece o ascender e o crescer porque a força da evolução que a impulsiona, o Perpetuum Mobile de ascender e crescer, é estimulada pelo crescimento e leva-nos para cima através deste crescimento. O Perpe-tuum Mobile conduz-nos a áreas de consciência cada vez mais elevadas, que se chamam campos de luz porque vivemos numa criação de luz positiva (ver Cap. 7). Assim podemos crescer imortal e eternamente para mais luz. A base desta luz forma a nossa consciência para a que é um instrumento. Por conseguinte, serão instrumentos de luz que por meio de uma entrega cada vez maior serão mais fortes porque através da nossa consciência podemos obter cada vez mais luz. Desta maneira seremos o princípio evolutivo na criação e teremos a tarefa de evolucionar imortal e eternamente para mais luz de acordo com as leis de ascensão e crescimento, contidas na nossa moção perpétua. Nela podemos servir e evolucionar voluntaria-mente. Entender a vida Quando entendemos a vida seremos apenas luz, movimentando-nos com uma entrega total nas ondas da criação que faz nascer a moção perpétua na criação; o Perpetuum Mobile, a pulsação divina de uma altura muito mais elevada, que chega a nós desde o espaço infinito da luz.

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6. Trabalhar desde o Governo Universal do Mundo

Introdução No quinto capítulo já se tinha mencionado que na criação há uma estrutura bem organizada com um correspondente e bem organizado Governo Universal do Mundo. Neste capítulo, o trabalhar desde o Governo Universal do Mundo é o tema central. Será explicado como é a estrutura do Governo Universal do Mundo e como esta estrutura determina as tarefas universais com as quais o homem participa no Governo Universal do Mundo. Ensina-se a forma na qual o homem pode funcionar nestas tarefas e de como funciona esse trabalho univer-sal. Este capítulo está dividido em três partes: I: De caminho na vida universal Na primeira parte você é chamado para começar a viver de uma maneira universal. II: A estrutura do Governo Universal do Mundo Na segunda parte explica-se a estrutura do Governo Universal do Mundo e mostra-se o mecanismo da participação do homem cósmico nele. III: Trabalhar desde o Governo Universal do Mundo Na terceira parte mostra-se qual é a ordem lógica nas tarefas universais do homem cósmico, o seu conteúdo e que nível da sua consciência, e da sua mestria, estão unidas. NB: Para as distintas formas de mestria que se citam neste capítulo pode consultar o Apêndice VI. De caminho na vida universal Expansão, o crescimento da consciência A criação na que vivemos é uma criação em expansão. Isto quer dizer que nos encontramos num organismo que no que se refere à consciên-cia está ainda em grande crescimento, num grande desenvolvimento.

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Como vivemos nesta criação em expansão, também é o nosso objectivo mais elevado, com respeito à consciência, crescer e estender-nos. Como esta criação é uma criação de luz, estamos chamados a crescer para a luz. A força propulsora da evolução leva-nos para uma luz maior. A expansão para a luz é o objectivo mais elevado da nossa vida. O Amor, no caminho para a consciência de unidade Na expansão para mais luz somos conduzidos lentamente para o amor. O Amor é a primeira forma de expressão da luz e é portanto o nosso primeiro destino na vida. Podemos realizar o Amor Universal na nossa consciência antes de poder crescer para a Luz Universal, para finalmente poder ser incorporado na Unidade Universal da Fonte de Vida. O homem está no caminho para chegar a ter a consciência de unidade. A consciência de Unidade é o estado de consciência na qual nós, vivendo na matéria, podemos experimentar completamente a Unidade da Fonte de Vida. Quando a nossa consciência tiver chegado a ser uma consciência de unidade, podemos viver aqui na matéria o estado perfei-to da vida: o ser. Aquário traz a realização do Amor Universal O esboço de Aquário está completamente baseado no Amor Universal, a primeira manifestação da Unidade Universal. No esboço de Aquário está escrito que a essência do homem de Aquário, o homem cósmico, é o Amor Universal. Portanto, na Era de Aquário o homem integrará completamente o Amor Universal nele mesmo para o expandir depois na vida. Assim, a vida também chegará a ser Amor Universal, como também está escrito no esboço de Aquário. No fim da Era de Aquário a consciência do homem terá chegado a ser completamente igual ao Amor Universal, o que quer dizer que a sua consciência será igual à de Cristo. Com a força de Cristo, encontrada na sua consciência, o homem ajudará que toda a vida chegue a ser Amor Universal. A tarefa universal do homem cósmico é fazer que toda a vida na Era de Aquário chegue a ser Amor Universal. O homem cósmico O homem cósmico é o homem que abriu a sua origem mais elevada. É chamado também o homem elevado e divino. Conquistou completa-mente o seu ser inferior e vive desde o seu ser superior.

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O homem cósmico abriu completamente as suas treze áreas de consciência, através das quais pode dar forma às suas tarefas superiores. É discípulo do seu ser superior e é este ser superior quem lhe dá as suas tarefas universais e dirige-o para levá-las a cabo de uma maneira apropriada. Desta maneira o homem cósmico, com a sua consciência universal, contribuirá para que a vida chegue a ser uma vida universal. Viver universalmente Viver universalmente quer dizer que o homem vive de acordo com o objectivo da vida, que consta no esboço dado originalmente. Ao homem cósmico concedeu-se começar a viver universalmente; quer dizer, no que se refere à sua consciência, está tão desenvolvido que pode chegar à tarefa universal da sua vida. Mediante a ratificação com-pleta do ser inferior do esboço de Aquário (desde Janeiro de 1994 até Maio de 1995) tal está aberto para a vida e para o homem. No ser supe-rior desse esboço, que a continuação foi aberta, está escrito que o homem começará a viver universalmente, podendo agora fazê-lo. Desde que no esboço do homem cósmico está escrito que começará a sua tarefa da encarnação para ser um princípio evolutivo na criação, as tarefas universais que lhe são concernentes chegam a ele. Estas pode realizá-las com a consciência de treze níveis aberta para ele, e com estas tarefas aprenderá a viver de uma maneira universal. O que em geral é verdade para o homem cósmico da Era de Aquário, naturalmente não é directamente certo para cada pessoa na terra. Neste momento somente lhe é dado na vanguarda da humanidade o direito de viver universalmente como homem cósmico e de começar as suas tare-fas universais. No entanto, a intenção é que no fim da Era de Aquário todos os homens se tenham convertido em homens cósmicos e que se comprometam com as suas tarefas universais de modo a viver de uma maneira universal. A mudança maior de todos os tempos A Era de Aquário é a era na qual se realizará a mudança maior na humanidade desde o seu aparecimento. Através da enorme mutação na consciência que abriu o começo da Era de Aquário no homem, oferece-se a mudança maior desde a sua criação. Assim, a humanidade desempenha um papel central dando forma a um salto único na evolução, que poderá realizar, na era que agora está a começar, de homem para homem na matéria.

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Quando a vanguarda da humanidade se atrever a admitir e a integrar nela própria este salto na evolução, este será também aceite por outros rapidamente. Entre outras coisas tal é levado a cabo pelo aumento directo da força da sua irradiação. Assim, o homem começará a ser mais evolutivo e a evolução de todas as formas de vida na criação e da pró-pria criação, podendo entrar numa aceleração imensamente grande. A chamada do Criador O anteriormente exposto deixa claro o que é importante é a sua decisão de querer investigar a matéria oferecida aqui e comprovar a sua veraci-dade. A criação inteira está envolvida: o Criador (e a sua criação) evolu-ciona, mas Ele sozinho não pode levá-la a cabo! Não foi por nada que chamou à vida as suas células de criar consciência, ao seu princípio evolutivo. O homem pertence ao Seu mecanismo de defesa para sacudir Dele a involução e para fomentar Nele a evolução e dar-lhe a esta um aceleramento considerável. O homem está envolvido numa grande mutação de consciência na criação, que será levada até à matéria se o homem optar pela mutação. Neste processo pode contribuir cada pessoa individual querendo começar a usar a sua capacidade de transformar e transmutar. Deste livro sai uma chamada do Criador que através de um caminho inspira-tivo expressa-se em palavras, mas resumindo quer dizer simplesmente: Homem, comece a trabalhar! Aceite a sua tarefa de encarnação e ponha-se a cami-nho para levar a cabo na vida a mutação maior desde a Criação, portanto a vida será uma vida universal! Do não-compromisso ao envolvimento Pela aquisição da mestria sobre a sua personalidade o homem abriu uma excepção que o converte de homem terreno ao homem cósmico (ver Apêndice I). Portanto, abandona a fase de participar sem compromisso na transformação e entra na fase de envolvimento directa no trabalho evolutivo. É chamado a caminhar conscientemente e totalmente dirigi-do desde o seu interior e a dar os primeiros passos no caminho de viver universalmente e de trabalhar universalmente para a vida. O guia interno universal apresentar-se-á a esse homem com o objectivo de lhe permitir comunicar com o Governo Universal do Mundo através do seu ser superior. Este ensinará ao homem e estimulá-lo-á a realizar

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as suas tarefas universais que desde o momento que obteve esta mes-tria, perdeu o seu carácter voluntário e com ele converteram-se numa parte essencial no caminho desse homem. Conduzido pelo Governo Universal do Mundo poderá com segurança levar a cabo as suas tarefas universais como é devido! A estrutura do Governo Universal do Mundo A estrutura do Governo Universal do Mundo A estrutura do Governo Universal do Mundo pode comparar-se com a estrutura que encontramos na criação. Na criação vemos a dualidade, vemos matéria e espírito. De maneira semelhante encontramos no Governo Universal do Mundo também dois departamentos: I: A Administração da Matéria II: A Administração das Esferas (espírito) No Governo Universal do Mundo não encontramos apenas novamente a dualidade, mas também todas as leis que deram forma à vida. Na estrutura da vida vemos por exemplo um tripartido que também podemos encontrar de novo na Bíblia. Ali fala-se no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Nas transformações também vimos três tipos de símbo-los: para a vida individual, para a vida e para a evolução. Este tripartido é uma expressão do tripartido original que teve lugar na criação: a aparição da Santíssima Trindade, que deu forma à vida. Assim este tripartido encontramo-lo também de novo no Governo Universal do Mundo. Está formado da seguinte maneira: I: A Administração da Matéria 1. A Hierarquia Planetária 2. O Ashram da Sexta Raça Raiz 3. A Escola de Elias II: A Administração das Esferas 1. O Núcleo Externo 2. O Núcleo Interno 3. O Núcleo Superior

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A cabeça do Governo Universal do Mundo À cabeça do Governo Universal do Mundo está o Cristo Universal, o Cristo da Era de Aquário11. Ele é o Cristo que levou à síntese a matéria e o espírito e que além disso manifesta à síntese do Pai e do Filho. Assim também se chama o Avatar de Síntese. A Era de Peixes ensinou-nos que Cristo ascenderia ao Pai. Então “somente” representava o Filho, o Amor Universal que formaria a base para o esboço de Aquário. Esta base estabeleceu-se nele com a irradiação deste Amor, através dos séculos. Enquanto Ele continuou a cresceu para a Unidade, também chamado como Pai. Portanto, o homem cósmico pode conduzir a vida do Amor Universal à Unidade Universal. O Cristo Universal leva dentro dele o Amor Universal e a Unidade Universal. Por esta razão na Era de Aquário a vida responderá às leis de Amor e Unidade. Nas próximas três eras o homem logrará, pela acção destas leis, a síntese de Amor e Unidade nele próprio e na vida, sob a direcção cheia de amor do Cristo Universal, o Avatar da Síntese, que está apoiado por um órgão executivo de mestres cósmicos. A responsabilidade final no Governo Universal do Mundo A responsabilidade final no Governo Universal do Mundo reside na Fonte de Vida, o Criador. No Governo Universal do Mundo somente trabalha inspirado pelo seu Plano de Criação, o seu esboço de onde está exposta a sua vontade. Este Plano inclui um plano particular para cada forma de vida. Dentro do Plano da Criação há um Plano para o Homem, um Plano para a Ter-ra, um Plano para o Crocodilo, etc. Desta maneira todos os planos de vida residem no seu esboço. Este esboço, o seu Plano de Criação, o que levará à sua realização no Governo Universal do Mundo sob a direcção do Cristo Universal. NB: Um esquema da estrutura do Governo Universal do Mundo encontra-se no Apêndice V. O Governo Universal do Mundo e o homem A consciência do homem cósmico nos próximos dois mil anos, chegará a ser igual ao Amor Universal. Tal quer dizer que o homem chegará a ser igual a um Cristo e que finalmente todos nós poderemos sentar-nos ao lado do Cristo Universal à direita de Deus para ajudar a realizar o seu

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Plano de Criação. Porém há uma limitação: apenas o homem que conseguiu a mestria sobre a sua personalidade é-lhe permitido entrar como trabalhador do Governo Universal do Mundo. Ali terá uma instrução intensiva para que realize formas cada vez mais elevadas de mestria. Assim consegue acesso a áreas cada vez mais elevadas do Governo Universal do Mundo e finalmente chegará a ser incluído no órgão executivo do Cristo Universal. Com Ele o homem compartirá a responsabilidade de levar a cabo o Plano da Criação nos seus vários níveis. O Governo Universal do Mundo e o caminho de iniciação O homem não pode solicitar um lugar determinado ou um trabalho determinado no Governo Universal do Mundo. A medida na qual a sua consciência se desenvolveu determina o lugar e a medida da responsabilidade que se dá no Governo Universal do Mundo. O homem pode apenas ser iniciado no Governo Universal do Mundo. O nível da iniciação está determinado na medida em que ele, através da sua consciência, inicia-se nas esferas. Através de uma entrega cada vez maior o homem sobe a Escada de Jacob da Vida (ver Cap. 5) e assim recebe uma iniciação cada vez maior. Este determina a força da sua consciência e o lugar e a maneira de realizar o seu trabalho universal dentro da vida. No caminho de iniciação em formas cada vez mais elevadas a mestria determina o grau no qual o homem se inicia no Governo Universal do Mundo. A criação apenas conhece a honestidade, o homem, depois de tudo, determina isto nele próprio pela maneira como trabalha no seu próprio desenvolvimento. Ele determina como desperta a sua consciên-cia ao desenvolvimento. Aqui somente se valoriza de acordo com o trabalho que faz, e não há uma legitimação que não conhece escolhidos. Os “escolhidos” do Governo Universal do Mundo trabalharam para ele arduamente e pela conseguida mestria disciplinaram-se extremamente de modo a entregar-se à vontade divina. A medida desta entrega determinou o seu caminho. As hierarquias da vida O desenho do Governo Universal do Mundo que até agora se descre-veu é somente um desenho muito global. Nos principais ramos citados encontramos todo o tipo de subdivisões em governos interiores peque-

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nos, que se chamam hierarquias. Todas estas hierarquias têm que dar conta ao ramo principal a que pertencem. Este feito pode, no entanto, apresentar-se mais profundamente. Cada forma de vida tem um conselho que é composto pelos treze seres mais desenvolvidos enquanto consciência, desta forma de vida. Estes seres formam juntos uma hierarquia que cuida dos interesses dessa forma de vida. Esta hierarquia é o governo dessa forma de vida. Por exemplo, conhecemos a Hierarquia dos Anjos ou a Hierarquia dos Arcanjos. A colaboração das hierarquias Estas hierarquias levam juntas a responsabilidade dentro do ramo do Governo Universal do Mundo nas quais funcionam e prestam contas. Para esse fim colaboram muito conscientemente. Aqui distinguem-se duas formas de colaboração: 1. A colaboração vertical Uma colaboração vertical tem como objectivo passar as energias cósmi-cas desde as mais elevadas às mais baixas, através das esferas. Desta maneira a energia cósmica e a informação fluem entre formas de vida claramente de distinto poder de consciência e pertencentes a outra esfera de vida (outro organismo). Exemplos de colaboração vertical são a colaboração entre a terra e o sol, ou entre o sol e o universo. Na terra encontramos distintos reinos naturais que na sua energia de vida dependem todos do fluxo da energia cósmica da terra. Entre esses reinos naturais e a terra tem lugar também uma colaboração vertical. 2. A colaboração horizontal Na terra as formas de vida que pertencem a um determinado reino natural colaboram com as suas hierarquias. Assim, colaboram o cão e o gato no reino natural que se chama o reino animal, com o objectivo de defender os seus interesses comuns como animais. Esta colaboração chama-se colaboração horizontal e tem lugar entre formas de vida que pertencem ao mesmo grupo de consciência e, por conseguinte, têm os mesmos interesses. Numa colaboração horizontal não tem lugar uma transmissão de energia cósmica entre as distintas formas de vida. NB: O homem forma aqui uma excepção, porque pela sua especial tarefa de encarnação pode transportar horizontalmente energia cósmica.

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Desde que entrou a Era de Aquário, abrem-se as portas entre os distin-tos reinos naturais na terra. Tenta-se levar a cabo uma colaboração horizontal e comunicação entre os distintos reinos naturais, para que possam defender melhor os seus interesses na terra. É certo que os níveis de consciência dos reinos naturais são distintos, mas comparados com a grande consciência da criação, considerando-se a sua comunicação como uma comunicação horizontal equivalente que poderá chegar a realizar-se agora. Iniciação, um movimento vertical Nos processos de iniciação do homem temos apenas que estar envolvi-dos com um movimento vertical entre organismos. Depois de o homem ter conseguido a mestria sobre a sua personalidade, abre-se para ele a porta desta colaboração vertical mediante a qual pode começar a explorar os estados mais elevados de consciência que estão presentes nele. Ao longo do seu caminho para a Fonte de Vida poderá conhecer a consciência inspiradora da fonte de vida mais próxima: a terra, para abarcar esta consciência e através do seu ser superior integrá-la no seu ser inferior. Quando o homem obter êxito no processo de conhecer a consciência da terra e poder integrá-lo na sua própria consciência, tem lugar uma iniciação na consciência do ser que inspira a terra (o Senhor da Luz). A consequência directa desta Mestria sobre a Terra é que o homem é admitido na Hierarquia Planetária, no governo interno da terra. Ali puderam presidir os homens mais conscientes, que são chamados os Mestres de Amor e Sabedoria. São responsáveis pelo bom funcionamento da vida na terra e a seu cuidado são confiados os homens que acabam de receber a iniciação. Depois de um novo crescimento intenso de consciência o homem pode ser iniciado na consciência do ser que inspira o sol (o Logos do Sol) e também será admitido à Hierarquia de Sol, o governo interno do sol. Subsequentemente segue o turno ao universo, etc. As lojas das hierarquias Haveria muita actividade no governo interno de uma unidade de vida se cada homem pela crescente mestria de si próprio, fosse admitido no núcleo directivo de tal direcção interna. Portanto tal não acontece. Os

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treze mestres responsáveis numa hierarquia foram nomeados para uma era inteira. Por conseguinte, têm durante dois mil anos a responsabili-dade final por essa área de vida. No entanto cada um abriu uma loja, um departamento, para o transeun-te, para o homem que durante o seu período de crescimento de consciência vem a recolher informação e a adquirir a experiência que pertence a este nível de consciência. Como agradecimento o homem contribui para o bom funcionamento deste organismo usando a sua capacidade de irradiar horizontalmente a energia cósmica neste conjun-to de vida. Porque o homem leva a cabo o seu caminho de crescimento vertical, o seu caminho de iniciação, é iniciado na consciência de organismos cada vez mais elevados. Tem ensinamentos e energia cósmica desde a sua consciência e quando o crescimento da sua própria consciência for suficiente, finalmente inclui estes organismos na mesma. Depois quan-do o homem chegar a uma entrega ainda maior, abre-se para ele o organismo superior seguinte, para que de novo, a devido tempo, tam-bém possa inclui-lo na sua consciência. Assim, o homem pode chegar a ser um trabalhador universal para a vida. A simbiose da vida causada pelo homem Através do caminho de iniciação o homem e a forma de vida na qual ele se iniciou, chegaram a uma relação mútua de trabalho. O homem levou a cabo uma simbiose de vida entre essa forma de vida e ele mesmo. Esta simbiose traz à vida as seguintes vantagens: 1. Os distintos organismos entrelaçam-se fortemente entre eles

através da consciência do homem, realizando-se uma união mais firme nas estruturas cósmicas.

2. Tem lugar uma transmissão de informação de alto a baixo, através

da consciência do homem.

3. Da mesma forma tem lugar uma transmissão de energia, através da união que é o homem.

O que se mencionou anteriormente demonstra o quão importante é o homem pelo seu crescimento de consciência: une as estruturas cósmicas e leva a cabo uma transmissão de energia e informação. Assim, fica cla-ro como pode ser o homem o princípio evolutivo na criação.

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Trabalhar no Governo Universal do Mundo A. A Administração da Matéria De caminho na Administração da Matéria Quando o homem consegue a mestria sobre a sua personalidade, espera que comece a reconhecer o seu ser superior. No seu ser superior estão as suas raízes mais profundas. O homem está arraigado na terra. Por isso, a sua consciência humana está arraigada na consciência da terra. De caminho para a última Fonte de Vida encontra a Fonte de Vida mais próxima dele e esta é a consciência da terra. A consciência da terra, a inspiração da terra, deseja manifestar-se na sua consciência. Quando o homem, depois de um longo caminho de crescimento no qual passou as provas necessárias, conseguiu a unidade da sua consciência, com consciência do ser que inspira a terra, inicia-se na loja da direcção interna do planeta terra; a Loja da Hierarquia Planetária12. A Hierarquia Planetária Trabalhar na direcção interna da terra O recém iniciado é admitido ao primeiro ramo do Governo Universal do Mundo. Pela sua Mestria sobre a Terra tomou parte na Loja da Hierarquia Planetária. Ali é chamado a ajudar a evolucionar a terra, porque já contém em si a consciência da terra, e a todas as formas de vida que nela vivem. O homem apenas pode ajudar a evolucionar a terra e a suas formas de vida se na sua união mística quer elevar-se para alimentar a sua cons-ciência e com a consciência da terra, com a consciência que inspira o sol. Assim, inspirará com mais força a terra e levá-la-á ao seu desenvolvimento. Além disso, reforça com isto a cooperação entre a terra, o sol e todas as formas de vida que vivem no sistema solar. Em geral o homem não é realmente consciente do processo acima mencionado. Este trabalho universal leva-se a cabo a maior parte das vezes através dele durante a noite. No entanto, na sua consciência de vigília notará que o seu ser regularmente é “tocado” e que através dele energia cósmica (dirigida pela Hierarquia Planetária) é dada à vida. Assim, o homem cooperará, em parte consciente mas mais a miúdo

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inconscientemente, a levar a unidade à vida na terra e no sistema solar como trabalhador universal. Além disso o homem tem, porém, desde logo a livre eleição de trabalhar de forma específica, também neste nível, com a sua capacidade de transformar e transmutar. Neste respeito será conduzido pelas circunstâncias da sua vida e pela sua afinidade, o que por sua vez está determinado pelo desenvolvimento da sua consciência. O Ashram da Sexta Raça Raiz Trabalhar na Administração da Vida Quando o homem terminou os processos de aprendizagem na Loja da Hierarquia Planetária, conseguiu Mestria Cósmica. Então pode continuar crescendo ao segundo ramo da Administração da Matéria: A Administração da Vida que está dirigida pelo Ashram da Sexta Raça Raiz13. Ali intensifica-se o crescimento da sua consciência e a escalada nos degraus da Escada de Jacob da Vida para aprender a ajudar a admi-nistrar a vida em todos os seus degraus guiados universalmente. O homem consegue um crescimento considerável nos organismos da Escada de Jacob da Vida com todas as suas formas de vida incluídas. Este tem lugar pela união mais firme que leva a cabo entre os diversos organismos, pela irradiação da sua consciência (através da qual desperta-se ali muita consciência e se leva a cabo a transformação) e pelo trans-porte da energia cósmica num sentido descendente. Em todos os degraus da Escada de Jacob o homem consegue acesso às hierarquias e, através da sua consciência, faz uma cadeia entre estas hie-rarquias, pela qual a energia e a informação cósmica podem fluir melhor. Ele irradia a força da criação que abriu na sua consciência, nestes degraus. Pode deixar que tal aconteça durante a noite através da irradiação inconsciente do seu ser podendo realizá-lo conscientemente na sua meditação, na qual também pode transformar especificamente ou sem interesse pessoal. No entanto, nesta fase aprenderá a colaborar cada vez mais consciente com o seu guia universal, o qual foi dado ao homem desde este Ashram. Dado que une a sua consciência com organismos superiores degrau a degrau e trabalha num nível cada vez mais elevado, pode ali ser condu-zido cada vez mais consciente, encarregando-se das tarefas cada vez mais duras na Administração da Vida. Tal continua, assim, até que a sua

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consciência inclua o ser inferior da criação e seja iniciado na Grande Mestria Cósmica, podendo passar a Loja da Escola de Elias, donde aprenderá a contribuir na Administração da Evolução. A Escola de Elias Trabalhar na Administração da Evolução Na Administração da Evolução (o terceiro ramo da Administração da Matéria) o princípio de iniciação forma também a base de crescimento do homem. No entanto, o homem recebe aqui responsabilidades maiores porque a sua consciência já abarca uma grande parte da criação, chegando a ser ali um princípio evolutivo. Aprende a fomentar a evolução do ser inferior da criação, a matéria, com a força que encontra no seu ser superior da criação. Muito deste trabalho levar-se-á a cabo durante a noite inconscientemente, mas agora realizar-se-á cada vez mais a miúdo através do contacto com o ser do homem, quem agora se torna cada vez mais consciente. Por causa da direcção que o homem ali recebe, sente muito mais conscientemente que o seu ser é utilizado no Plano da Criação, tornando-se cada vez mais consciente do como e do porquê de tudo isto. Além disso, pode então transformar ou transmutar especificamente. Na fase final do trabalho na Loja da Escola de Elias adquire o homem a Mestria completa sobre a Matéria, a mestria sobre o ser inferior da criação, pelo que será completamente evolutivo na matéria. B. A Administração das Esferas De caminho na Administração das Esferas, de caminho na Administração nas áreas do Espírito Quando o homem conseguiu a Mestria sobre a Matéria, pôde entrar na escola de aprendizagem para também conseguir a mestria sobre o espí-rito. Tal não quer dizer apenas que conseguirá a mestria sobre o seu próprio espírito, senão sobre tudo o que se refere ao Espírito Divino, o ser superior da criação. Quando o homem através do seu caminho de iniciação superará a maté-ria, o seu caminho de iniciação é levado às áreas da vida que se referem ao Espírito. Ali distingue-se também um tripartido. Estas expressar-se-ão em três tipos de trabalho universal para o homem cósmico que entra nesta área.

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Quando o homem passa a porta que o separa das áreas espirituais da vida, nada o impede já de ser um “trabalhador elevado” para a vida. Então pode entrar nas áreas superiores da criação (as esferas) para levar a cabo as tarefas universais que lhe foram concedidas. Directamente depois de passar da porta ao Espírito, revelar-se-á o guia universal do primeiro ramo da Administração das Esferas: O Núcleo Externo. O Núcleo Externo A síntese do espírito e a matéria No Núcleo Externo todo o trabalho está dirigido a fortalecer a união entre o Espírito e a matéria na criação. Este trabalho será o caminho que levará esta matéria ao seu objectivo divino, o qual se encontra no Espírito da criação. O Núcleo Externo é o guardião da matéria e tem a função de cuidá-la, de ser a sua alma. Todo o trabalho que o homem leva a cabo na Loja do Núcleo Externo, está dedicado completamente a ele. Com a conseguida mestria sobre a matéria e a sua experiência prática dentro de ela é um trabalhador experimentado na matéria. Está na matéria mas agora tem também um pé no Espírito. É a ligação de união por excelência, sobretudo porque pode também activamente transformar e transmutar na matéria. É o trabalhador que se esperou desde a origem da criação. Depois de tudo está nas duas dis-ciplinas: matéria e espírito. Pelo qual pode unir a matéria e o espírito e sobretudo ser curador. Trabalhando completamente consciente desde o guia universal do Núcleo Externo, será aí activo dia e noite. Com as primeiras ratificações de Aquário abriu-se ao homem uma loja no Núcleo Externo. Quem conseguiu mestria sobre a matéria pode bater à porta, é um convidado bem-vindo, porque possui um instrumento que é a ligação de união entre a matéria e o espírito e através das suas transformações pode elevar os bloqueios entre ambos. Este homem pode lutar pela síntese da matéria e o espírito e é precisamente esta síntese a qual se efectua no Núcleo Externo para a criação. Na Era de Aquário, na que se luta pela síntese entre matéria e espírito para tudo o que vive, haverá uma actividade desconhecida nas filas do Núcleo Externo. Já que a força da evolução focaliza-se plenamente nes-ta área. Para levar tal a cabo o Núcleo Externo está povoado de mestres

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muito grandes, que são ajudados nas lojas pelo homem. O homem é, no Núcleo Externo, o ser que leva a síntese entre a subs-tância e o espírito na matéria! Por conseguinte, todo o homem que inicia a síntese entre a matéria e o espírito, porque agora pode obter a Mestria sobre o Espírito, é um instrumento extremamente importante na criação. Pode fortalecer desde a matéria (vivendo na matéria) as vibrações da consciência que a vida mais necessita! Do Núcleo Externo ao Núcleo Interno Quando o homem cresceu no trabalho que pode fazer pelo Núcleo Externo, iniciar-se-á ainda mais nos mistérios superiores da vida. Poderá começar a entender o significado completo da mesma. As áreas místicas ser-lhe-ão abertas e acessíveis. As suas capacidades místicas desenvolver-se-ão enormemente e revelar-se-ão os conhecimentos mais profundos da vida. O homem aproxima-se então rapidamente à fase na qual entrará na Fonte de Vida. Pode aprender a integrar e experimentar a União mística da Fonte, mas sobretudo pode entender os mistérios da vida que agora se abrem completamente. A akasha da Fonte de Vida abre-se então e o homem pode aprender a recolher dessa akasha informação de qualquer área da vida. O seu ‘Saber Universal’ abre-se porque conseguiu admissão ao depósito universal do saber, a akasha da Fonte de Vida. Toda a mística descende ao seu espírito. Revela-se todo o conhecimen-to. Dele depende a interpretação a partir da sua afinidade, a partir do propósito da sua vida. Como místico conseguiu a admissão à Fonte de Vida e chegou o tempo no qual é chamado a realizar trabalhos ainda mais superiores! O Núcleo Interno A Administração da Fonte de Vida No segundo ramo da Administração das Esferas, na Loja do Núcleo Interno, o homem pode depois entrar na Fonte de Vida, na qual expe-rimentará a consciência de unidade totalmente, porque ele se converteu na Unidade. Então o homem transcendeu completamente a dualidade. Conseguiu a Mestria sobre a Dualidade, escolhe nele a Unidade.

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Agora encaminha-se à realização total do seu ser como homem, viver desde a Unidade da Fonte. Poderá explorar a Fonte e é chamado a tra-balhar na Administração da Fonte de Vida. Aprenderá a controlar com-pletamente o ensino universal que a Fonte lhe dá e a integrá-la na sua personalidade. A realização total da Fonte de Vida terá que ser integrada na sua personalidade, senão não se poderá falar de uma síntese total da matéria e do espírito. Desta forma nasce nele a qualidade de avatar cujo objectivo na Era de Aquário é que seja levada à matéria e que através da personalidade humana seja colocada a trabalhar na matéria. O homem está realmente realizado apenas quando leva a matéria à Fon-te de Vida e pode utilizar a força da criação na matéria. Faz anos que trabalha com a transformação, mas o tempo de transformar mediante símbolos universais está totalmente terminado. Ele é agora a Fonte, ele é dia e noite cem por cento transformação universal! É um avatar em desenvolvimento e pode solicitar um poder ainda mais superior, quer dizer o poder de transmutação. Transmutação, trabalhar com a Fonte de Vida Na Loja do Núcleo Interno o homem aprende a recriar desde a força da Fonte, aprende a transmutar. Desde a sua unidade na Fonte começará a primeira fase da transmutação, para com ela recriar o que na criação já não responde ao sentido de vida dado originalmente. Desta forma ajuda a vida a alcançar esse objectivo. Pode, por assim dizer-se, ir através da vida corrigindo aquilo onde ela ameaça desviar-se do destino escrito no seu esboço. Deixou atrás de si o tempo de aprender a transformar o karma porque isso agora ocorre automaticamente através da radiação do seu ser. Na Loja do Núcleo Interno pode ajudar a transmutar a vida desde a Unidade que ele encon-tra na Fonte de Vida. Com tal o homem converteu-se numa ajuda cria-dora. Por trabalhar na Loja do Núcleo Interno, por conseguir a admissão nos mistérios da vida, por obter a admissão à akasha da vida, porque nele se abriu o poder de transmutar e mediante a integração de tudo isto na personalidade, o homem realiza a Fonte de Vida completamente nele próprio. Esta realização faz dele um avatar.

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Um avatar é o homem que conseguiu a Mestria sobre a Vida por-que obteve a unidade completa na Fonte de Vida, e pô-la em acti-vidade na matéria. O Núcleo Superior O desenvolvimento da Fonte de Vida Novos avatares são admitidos ao terceiro ramo da Administração das Esferas, a Loja do Núcleo Superior, para levar a vida ao seu desenvolvimento. Estão ao serviço do desenvolvimento da Fonte de Vida, o Criador. Ajudam-no a lutar pelas Suas iniciativas superiores e tentam, através da sua consciência omnibarcante, que agora pode ir mais para além da criação, melhorar a união do Criador (a criação) com o seus organismos superiores. São os trabalhadores do desenvolvimento da vida, os pioneiros, que tentam adequar os impulsos superiores da vida que vêm de longe do horizonte, transformá-los de maneira que possam ser melhor integrados na criação. Trabalharão nas áreas mais elevadas do espírito do Criador para ajudá-Lo a unir-Se com os impulsos que recebe nas suas iniciativas numa vida superior. Através deste trabalho conseguem a Mestria sobre o Espírito através da qual também conseguem “o estado de Ser”, a transparência completa do seu espírito. Este estado de Ser chama-se Utopia, o destino final da evolução do homem. Conseguindo este destino final convertem-se no instrumento que ajuda a evolução a tudo o que evoluciona na criação. Conseguiram realizar completamente a sua tarefa de ser o princípio evolutivo na criação, para depois ajudar a unir a própria criação com unidades de vida mais elevadas. O homem pode ser um princípio evolutivo, para toda a vida na criação, mas também para o próprio Criador! Tal está garantido pelos mestres no Núcleo Superior, os seres humanos mais desenvolvidos na criação.

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7. O destino final da evolução A criação em expansão A nossa criação é uma criação em expansão. Tal quer dizer que tem a tarefa de chegar a expandir-se, a crescer. A sua tarefa é a expansão por-que é uma célula de um órgão em expansão que pertence a uma totali-dade ainda maior. O ponto de enfoque da expansão é a consciência da criação. Quer dizer a criação pertence à consciência, o espírito, desse organismo maior, da qual ela é uma célula. Tudo o que vive na criação conhece, portanto, como base da sua vida, a força da consciência. Em resumo, a força da vida está fundada na consciência que se pode expandir. O homem na criação em expansão Na criação a força da consciência é o elemento mais importante. De acordo com isto pode compreender o importante que é o homem, que é a sua consciência no princípio evolutivo da criação. Desde que a sua consciência é equivalente à consciência da criação pode, portanto, inte-grar e dar forma à força da criação que é expansiva e cria consciência. Colocou-se o homem numa posição chave: é uma célula de consciência da criação que por meio da sua consciência pode expandir. É um ins-trumento de altíssima qualidade que está colocado numa tarefa crucial para a criação. O homem é ajudado pela força propulsora da evolução, que conduz à evolução da nossa criação ascendendo e crescendo, para a expansão. O Perpetuum Mobile de ascender e crescer é impulsionado pela consciência em expansão do grande organismo ao que pertence a criação. É a força que empurra esta consciência que dirige a força propulsora da nossa criação e, assim, determina o nosso destino final. A criação, uma criação de luz O grande organismo no qual funciona a criação é uma criação de luz. Isto implica que a expansão da nossa consciência será uma expansão constante para mais luz. Poderemos irradiar uma consciência de luz cada vez mais elevada para permitir que seja a base da expansão da cria-ção.

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O homem sobe a Escada de Jacob da Vida para poder intensificar nele cada vez mais luz, então irradiará essa luz em todos os níveis da criação. Finalmente o homem ascenderá para além da criação ao longo do processo da iniciação de modo a deixar que penetre uma força de luz ainda mais forte na nossa criação. No Perpetuum Mobile de ascender e crescer o homem é o instrumento que pode levar a cabo a ascensão e o crescimento, incluindo os limites para além da nossa criação. A encarnação consciente do homem Pelo facto do homem ter incluído a capacidade de ajudar a evolucionar a nossa criação quer dizer que encarnou e involucionou muito conscien-te com essa tarefa na criação. Implica que o homem veio mais além do que desta criação. Com a sua encarnação especificamente determinada deu-se-lhe a tarefa de ser um princípio evolutivo para a criação. A tarefa e a vocação do homem vieram de muito mais longe que a nossa criação e se ratificou especialmente para dar à criação uma segurança, uma garantia na sua viagem pela evolução. A vida e todas as formas de vida que foram criadas na criação, não puderam perder-se. O objectivo foi salvá-las e o homem contribuiria nisso. O homem e a Salvação da Vida É um dado certo que na evolução toda a vida está protegida e que se cuida da sua salvação. Para poder garantir esta salvação pensou-se num mecanismo complicado no qual o homem coopera. A sua tarefa é como um princípio evolutivo, garantir a Salvação da Vida com todas as suas formas de vida. Para a Salvação da Vida o homem tem as seguintes tarefas: 1. É o guardião das estruturas cósmicas porque com a sua consciência

pode unir os organismos. 2. Através da sua consciência provém o transporte de energia cósmica

e informação de alta a baixa e de baixa a alta na nossa criação e para mais além.

3. Através da sua consciência funciona como um transformador entre

os distintos níveis de energia da vida.

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4. É uma célula reguladora que cria consciência, que como princípio

evolutivo cuida do progresso da evolução. 5. É o ponto de segurança cósmica na evolução que dá garantia à Sal-

vação da Vida. O homem cósmico, o Salvador da Vida O homem cósmico é como um camaleão. Pode através da sua cons-ciência adoptar todas as cores do arco-íris. Por ele pode estar presente em todos os níveis da vida. A sua consciência pode estender-se mas também pode diminuir. A sua capacidade de identificação é, portanto, tão grande que em todos os sítios pode trabalhar para fazer que a vida ascenda e cresça. Foi a faculdade especial do homem, pela sua capacidade de diminuir a sua consciência, que pudesse involucionar numa criação nova em desenvolvimento, com a tarefa de ajudar a esta criação na sua evolução e cuidar da sua salvação. O homem cósmico é o Salvador da Vida, esta é a sua tarefa mais importante! A origem e o destino Na Bíblia está escrito que Adão foi um guardião no paraíso. Ajudou com a Administração da Vida no paraíso que também conhecia as suas muitas formas de vida. O homem cósmico que descobriu a Fonte de Vida nele próprio, tem de novo acesso ao paraíso: A Unidade que resi-de na Fonte de Vida. Assim o homem adquire de novo acesso à tarefa, dada originariamente, de ser um administrador, um protector da vida, no paraíso. Recebe de novo nesse nível acesso à sua tarefa recebida ini-cialmente de Salvador da Vida. O círculo está de novo cerrado Na sua criação o homem adquiriu a tarefa de ser um Guardião da Vida, colocou-se na Salvação da Vida. Teve que abandonar o seu estado perfeito original que tinha no paraíso (a sua origem superior). Deu-se-lhe a tarefa de encarnar numa criação nova em desenvolvimento e o propósito foi que primeiro involucionasse nela completamente até ao ponto mais baixo e mais profundo, a matéria. Por esta razão o homem experimentou uma caída imensa na sua cons-ciência. Abandonou a sua consciência altamente evolucionada e deixou-

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a capa por capa nas capas análogas da criação. Assim, formou uma união mística com a origem da qual provinha. Esta união mística foi finalmente conectada ao ser material que o homem chegou a ser. Assim, o homem fez-se matéria, para além de um corpo físico também se lhe deu uma personalidade, o seu ser inferior. Também tem o seu ser superior, a sua personalidade divina, através da qual por meio da sua união mística pode contactar novamente com a Fonte de Vida, que é a sua origem. Esta união mística chama-se também o cordão da vida. Este cordão da vida pode vê-lo na matéria como um cordão através do qual se une a matéria mais tosca com a mais delicada. No espírito podemos ver isto muito mais claro, vê-se o cordão da vida como um funil em que a parte mais larga desemboca na Escada de Jacob da Vida. O homem pode através do seu espírito subir directamente esta Escada de Jacob da Vida, para anular a caída da sua consciência. Tomada de consciência, a essência da vida No caminho de tomada de consciência que o homem deve andar é uma porta essencial para descobrir a verdade da vida e para abrir nele a Fonte de Vida, que encerra essa verdade. No caminho de tomada de consciência proporciona ao homem o cres-cimento da sua consciência, através do qual pode reverter a caída da sua consciência. Tomando este caminho pode voltar à tarefa da sua vida dada na sua encarnação e levá-la a cabo pouco a pouco. Chegar a ser consciente é a essência da vida, porque a vida está fundada na consciência. A expansão da consciência é a essência da vida, porque a criação está fundada na expansão. Como expressão mais elevada da vida, podemos ser um princípio conscientemente expansivo na vida para levá-la a ascender e a crescer para mais luz. Ascensão e crescimento para mais luz, significa no nosso sistema salvação. Como Salvador da Vida o homem poderá perseguir esse crescimento.

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O objectivo da vida do homem, como guardião da vida, é realizar a Salvação da Vida através da sua consciência constantemente em expan-são. Essa consciência leva toda a vida à ascensão e crescimento para mais luz, levando-a à Salvação. O destino final da evolução do homem O destino final da evolução do homem é ser a Salvação da Vida na criação. Este para o homem quer dizer, que a sua consciência estará em completa harmonia com a criação. Depois o homem será somente um servidor para levar também a cria-ção à sua Salvação, à sua Utopia, ao seu organismo mais elevado, o objectivo final da sua evolução. Então este objectivo final será além dis-so também o objectivo final da evolução do homem. A evolução divina Neste nível o homem e a criação estão completamente em harmonia, uma única consciência. Então o homem pode romper a Espiral de Evolução como ser humano, porque o seu ser converteu-se completamente em divino, igual ao Criador. O homem então voltou ao seu estado divino, é igual a Deus. Ali pode mudar o objectivo final da sua evolução, da sua Utopia. Pode como um Deus começar a sua evolução divina para levar Deus dentro dele à expansão, à evolução, levando em si a criação.

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Epílogo A simbiose da vida Aparentemente parece que o homem no seu largo caminho de involu-ção e evolução não ganhou nada. Parece ter sido apenas um servidor à totalidade. Tem servido e dado e como trabalhador transpirou traba-lhando para de novo ser absorvido na Fonte divina de onde saiu ini-cialmente. A essência que tem ocorrido com o homem é que a sua consciência pôde expandir-se. Pôde ressurgir uma criação nova e o nível de consciência de essa criação era mais baixo que o nível de consciência original do homem. Ao permitir encarnar nesta nova criação e sentir cada fibra dela através do seu trabalho duro, o homem obteve uma aguda vivência desta consciência e esta agora pertence também ao seu campo de experiência. A consciência do homem desceu de um nível mais alto. Uniu-se com a difusão divina da consciência do alto organismo que tinha uma vez enviado ao homem. Obteve uma elevação para ampliar a sua consciên-cia e para desenvolvê-la. Assim, pode aumentar o seu campo de experiência consciente com mais uma criação. O novo campo de experiência que o homem pode assimilar à sua consciência foi a experiência da dualidade, a matéria. A consciência do homem tornou-se agora também uma consciência material. Esta é a ganância que o homem conseguiu para si próprio. E o mesmo que na vida a miúdo se fala de uma simbiose de vida, encontramos aqui tam-bém uma simbiose: uma simbiose na qual o homem serve o grande organismo (o anfitrião) para finalmente também beneficiar-se dele. O Espírito é levado à matéria O homem podia levar a consciência à matéria; podia levar a matéria ao espírito para que a matéria fosse Espírito e pudesse satisfazer o seu destino divino. Pode dotada de forma material ser Espírito. Desta maneira o Criador ampliou a sua criação com o fenómeno matéria e a matéria inalou o seu Espírito com a ajuda do homem cósmico. Por conseguinte, a tomada de consciência espiritual é o objectivo da sua

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vida. Já não pode levar a matéria ao Espírito para que também ela seja salva!

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Apêndices

Apêndice I A estrutura do homem

A Era de Peixes: O homem terreno A vida na terra na Era de Peixes estava fundada numa consciência de sete níveis. Pelo qual tanto a terra como o homem conheciam uma consciência de sete níveis. Com esta consciência de sete níveis o homem experimentou o ser inferior da vida, o qual era então o seu destino de evolução. O homem da Era de Peixes, chamado também: o homem terreno, tem a seguinte estrutura: O homem terreno O ser inferior, a personalidade 1. O corpo físico 2. O corpo energético 3. O corpo emocional O ser superior 4. A alma O ser mais elevado, o espírito 5. O princípio crístico 6. A chama divina 7. O espírito superior A Era de Aquário: O homem cósmico No impulso para a Era de Aquário o homem deu um salto na sua evolução, a sua consciência experimentou uma grande mutação para também poder experimentar o ser superior da vida. Obteve uma consciência de treze níveis com a qual integrou a consciência divina. A este homem de treze níveis chama-se o homem cósmico, o homem de Aquário. Na akasha (o fluído da vida) do homem cósmico formou-se, através desta mutação, uma porta à akasha da Fonte de Vida. A consciência de

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treze níveis do homem cósmico forma uma união mística que, através da porta agora aberta, chega à Fonte de Vida. Como compreenderá, o homem terreno não conheceu esta união. Contudo, o homem cósmico conhece-a. Portanto, obtém a possibilidade de integrar na sua consciência as áreas de consciência da Fonte de Vida. Desta maneira a Fonte pode ultrapassar as suas treze forças criadoras às áreas de consciência correspondentes do homem cósmico que tem a capacidade de poder integrar esta força criadora. Assim, surgiu uma simbiose de vida entre o homem e a Fonte, da qual podem beneficiar-se os dois organismos. A estrutura do homem cósmico é a seguinte: O homem cósmico Para cuidar da vida individual 1. A Rosa Branca 2. O Diamante Cristalino 3. A Açucena Branca 4. A Arca Para cuidar a vida 5. O Cálice 6. A Coroa Cristalina 7. O Lótus Cristalino 8. O Cisne Branco Para a realização da evolução 9. O Sol de Ouro 10. A Íris Branca 11. A Estrela Dupla 12. O Sol de Ouro com a Íris Branca dentro dele 13. O Sol de Ouro em Chamas, movendo-se Do homem terreno ao homem cósmico Como consequência da grande mutação que teve na consciência do homem, todos os homens podem em princípio viver como homem cósmico. No entanto, muitas pessoas têm, porém, uma consciência tão baixa e está tão fortemente no poder do seu ser inferior que o ser cós-mico está presente apenas de forma adormecida. Se estas pessoas quise-

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rem também ter direito à sua nova herança, então primeiro tem de ser rota a membrana entre o homem terreno e o homem cósmico. Seguindo no caminho da tomada de consciência o homem chega por si mesmo ao ponto em que se rompe a membrana entre o homem terreno e o homem cósmico. Então terá à sua disposição as suas áreas superiores de consciência que lhe proporcionam muitas possibilidades novas. Na fase de transição do homem terreno ao homem cósmico podemos ver que um funciona como homem terreno e o outro como homem cósmico. Tal podemos ver no seu ser espiritual mas também podemos observá-lo na tendência e estado dos seus genes. Naturalmente pode-mos sabê-lo também pela sua maneira de viver. A integração do homem cósmico no homem terreno O homem terreno de sete níveis tem como primeira tarefa tornar-se consciente da sua condição de sete níveis e da divisão deste ser em ser inferior e superior. Primeiro terá que reconhecer o seu ser superior para poder iniciar o longo processo de tomada de consciência e de integra-ção do ser superior no ser inferior. Neste processo de integração primeiro poderá integrar o nível de cons-ciência da sua alma na sua personalidade. Depois deste processo pode começar no caminho para integrar na sua personalidade o seu princípio crístico e a continuação do seu princípio divino (a chama divina e o espírito superior). Assim a integridade no ser terreno é conseguida e o homem, como homem terreno torna-se íntegro, estando preparado para começar a integrar os impulsos da elevada consciência divina, que até agora per-manecia latente. Então iniciou-se a descida do seu ser cósmico ao seu ser material. O homem cósmico descerá no homem terreno que era até este momento. Na Era de Aquário todos os homens são chamados a serem um homem cósmico, mas o ritmo no qual se revela está completamente nas suas mãos.

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Apêndice II Sugestões para a meditação

Introdução A meditação é um processo que temos que nós fazer, mas devido à agitação da vida converteu-se em algo anti-natural. Apenas permitimos o tempo de relaxarmos tranquilamente e muito menos o de entrar em nós mesmos. Não temos já afinidade com a quietude e o silêncio. Mantemo-nos constantemente atados pela nossa inclinação de hiperactividade, no entanto é no silêncio onde pode chegar a nós aquilo que tem mais valor. Preparação para a meditação Antes de começar uma meditação, se no entanto meditar é muito difícil para si, pode por exemplo dar um passeio. Um passeio no ser da tran-quilidade, sempre que não se envolva em conversas pesadas. Deixe que a tranquilidade do ser entre em si, deixe que o murmúrio das ondas ou o sussurro do vento façam o trabalho de preparação. Pode eventual-mente meditar no ser quando poder se sentar aí sossegadamente. Se prefere meditar em casa, faça-o então quando tiver algum tempo de sossego. É prudente desligar o telefone e eventualmente retirar o toque, de maneira que possa realmente estar tranquilo. A postura Para meditar o melhor é sentar-se com as costas direitas. Se se sentar com as costas rectas, para que a força obtida possa passar por todo o corpo. Não deve meditar deitado a não ser que esteja doente. É muito mais difícil meditar deitado, sem tirar a importância ao facto de que pode adormecer. Sentar-se com as costas direitas, por os pés juntos no chão de modo a que tenha contacto com a terra. Deixe as mãos relaxadas no regaço. Nunca cruze os braços em volta do peito ou sobre o estômago porque desta maneira fecha-se do que quer receber. O relaxamento do corpo Quando se senta com as costas direitas e em contacto com a terra, rela-xe completamente o corpo. Controle com a mente todos os seus mús-culos e deixe que os seus músculos relaxem o mais possível. Ponha

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atenção, por exemplo, nos ombros. Não os tenha levantados, relaxe-os. Observe o seu queixo, os seus olhos, a sua língua, a sua cara, tente rela-xar tudo. O corpo tem que estar o mais relaxado possível, para que não se magoe. Deixe solta a cintura, o pescoço, etc. Na continuação feche os olhos para que o que o rodeia o incomode o menos possível. Respire umas quantas vezes profunda e tranquilamente para que se tranquilize ainda mais, depois pode em princípio começar a meditação. NB: As pessoas que conhecem ioga poderiam começar com um relaxamento de ioga, eventualmente com exercícios de respiração, para depois continuar com a meditação. O relaxamento do espírito Se se sentir com stress é agradável primeiro ouvir música para meditar, ou música da Nova Era que tranquilize. Também música clássica tran-quila pode ajudá-lo a tranquilizar o espírito. Os pensamentos constantes e as impressões do dia que dão voltas na sua mente então diminuem, de maneira que possa relaxar o corpo e a mente e desta maneira já entra alguma coisa dentro de si. A visualização Agora está preparado para meditar e pode começar por exemplo visua-lizando a Rosa Branca, ou outro símbolo universal (ver Apêndice III) para unir-se à Fonte de Vida. Primeiro pense com força no símbolo que escolheu. Então, às vezes surge espontaneamente uma imagem nos seus pensamentos, mantenha fixa esta imagem mental no seu espírito. Unindo-se a esta imagem induza a força criadora universal que o sím-bolo representa e esta então liberará a sua força em si. Depois de certo tempo desaparece a imagem e nota que já não pode visualizar bem. Este é um processo normal, não tem que manter o símbolo de uma forma compulsiva, provavelmente já entrou suficiente-mente em si mesmo. Não obstante, se sentir que se desviou, incorpore então o símbolo de novo no seu pensamento. Se achar que se desvia muito depressa, é importante que não se inquiete! A inquietude que lhe traz a sua irritação, funciona de forma contraproducente. A incapacidade de visualizar

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Se não poder visualizar os símbolos, apenas o pensamento no símbolo já funciona. Na sua intenção está já a chamada à força criadora. Esta, através da sua chamada, começará imediatamente a dirigir o seu trabalho em si. Como consequência a sua tomada de consciência inicia-se directamente ou acelera-se. Talvez o ajude a comprar uma rosa branca ou uma açucena branca ou pendurar um quadro de um diamante ou de um barco que se pareça a uma arca. Tal ajudá-lo-á a fazer o contacto mais facilmente com o sím-bolo desejado. Mas se não poder visualizar imagens, se não vir nada, não se preocupe. Pois apenas o pensamento no símbolo já é suficiente para garantir a sua actividade. A duração de tempo da visualização e meditação Antes de tudo não medite durante muito tempo, dez minutos na totalidade é suficiente. Visualize activamente durante uns minutos e depois deixe as imagens, permanecendo uns cinco minutos em silêncio na energia que surgiu. A meditação consiste numa parte activa, a visualização, e numa parte receptora passiva, a meditação em silêncio. Quando já tiver muita experiência nesta área, pode eventualmente permanecer mais tempo na meditação, mas no início uns dez minutos são suficientes. A meditação em silêncio Depois de uns quantos minutos deixe a visualização e permaneça em silêncio. Mantenha-se sentado em silêncio (inactivo) na paz criada, para poder receber a energia que invocou. Assim, esta pode fazer o seu trabalho em si. A meditação em silêncio está destinada principalmente para o desenvolvimento da sua consciência. Depois da meditação sentir-se-á normalmente em forma e relaxado, mas geralmente o verdadeiro resultado da meditação nota-se mais tarde. Então relâmpagos de consciência descem para dentro de si e o seu guia revela-se nas coisas que ocorrem na vida. Guia interior Na meditação em silêncio pode receber também directamente impres-sões que o guia interior lhe revela. Estas podem manifestar-se num pen-samento rápido, num sentimento, num conhecimento ou numa ima-gem. Às vezes somente vê algumas cores, mas a maioria das vezes não vê absolutamente nada na meditação em silêncio. Apenas a energia tra-

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balha em si e a meditação traz-lhe uma profunda e reconfortante tran-quilidade. Se já é perito na meditação, pode começar a fazer um diálogo entre si e o seu guia interior. É realmente importante que se dê conta que a comunicação com o seu guia interior não é o objectivo mais importante da sua meditação. O mais importante é e segue sendo o desenvolvimento da sua consciência. Se o seu desejo de pôr-se em contacto com o seu guia interior é muito forte, este pode bloqueá-lo fortemente. O objectivo é precisamente que na sua meditação abandone o mais possível, para estar vazio, aberto aquilo que espontaneamente quer chegar a si. Precisamente o seu desejo de comunicar com o seu guia interior bloqueia-o. Meditação e transformação 1. Meditação sem transformação Não quererá transformar em todas as meditações. Depois da visualiza-ção e da meditação em silêncio, termine a meditação como se explicou na “terminação da meditação”. Mediante a visualização dos símbolos universais fez da sua meditação uma meditação universal. Isto quer dizer: dirigiu a sua meditação à Fonte de Vida. Desta maneira realizou uma forma de meditação muito pura. 2. Meditação com transformação Se iniciou a meditação com a intenção de transformar, então pode por exemplo incluir a sua transformação activa depois de ter dirigido a sua visualização à Fonte de Vida. Antes de entrar na meditação em silêncio, pode realizar as suas transformações da maneira que se descreveu no capítulo quarto. Abandonando o processo de transformação entra auto-maticamente na meditação em silêncio, a que eventualmente pode dirigir especialmente através de um símbolo universal que tenha esco-lhido. 3. Meditação, transformação e o seu caminho de tomada de consciência A meditação é um meio de ajuda que tem o homem à sua disposição para acelerar o seu caminho de tomada de consciência e dirigi-lo mais correctamente. Além disso, quando a meditação está unida à transfor-mação, o homem pode transformar directamente os processos da sua

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tomada de consciência, indo estes acompanhados de menos sofrimento e transcorreram de forma mais flexíveis e mais rapidamente. Outra razão importante para unir a meditação à transformação reside no facto de que a meditação mediante a transformação actuará com muita mais força. A interacção meditação/transformação providencia ao homem tomar um caminho rápido e directo para o objectivo da sua tomada de consciência: a realização da Fonte de Vida nele mesmo. 4. Meditação/transformação sem os símbolos universais O homem muito avançado no caminho da meditação notará que, meditando regularmente, num dado momento já não necessita dos símbolos universais para unir-se com a Fonte de Vida. Então o caminho da meditação já está tão avançado e a sua consciência cresceu tanto com a Fonte que pode introduzir-se directamente na Fonte de Vida sem visualizar e desde aqui sem símbolos pode contribuir à vida com transformações (ver Cap. 5). A terminação da meditação Como compreenderá, desde que as suas meditações estejam cheias de força, é muito importante que também saia delas pouco a pouco. Necessitou tempo para entrar na profundidade, mas é de igual impor-tância tomar tempo para voltar lentamente à vibração da sua consciência diária. Para sair da sua meditação apenas abandone a sua direcção interna, a sua fixação interna. Então sem nenhum esforço lentamente será atraído de novo à superfície. Este processo tomará uns minutos, o mesmo que necessitou quando entrou em si mesmo. O processo de voltar de novo à sua consciência diária transcorre, no entanto, muito mais facilmente que o processo de entrar em si mesmo. Pode ajudar a sair da meditação movendo lentamente os dedos, esti-cando as pernas e esticando-se com prazer. Desta maneira toma nova-mente contacto com o seu corpo e volta novamente à realidade diária. Também pode ser muito agradável deitar-se depois um pouco de modo a poder assimilar as impressões da meditação e ter coragem para enfren-tar novamente as tarefas diárias. No fim da meditação não atenda nunca a seguir o telefone ou vá cor-

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rendo abrir a porta da rua. Experimentará isso como muito desagradá-vel, incluindo pode dar-lhe dor de cabeça. Na meditação entre devagar e também saia dela novamente devagar. Desta forma beneficia o melhor possível da sua acção curadora e pode manter a tranquilidade tanto tempo quanto seja possível e aproveitar a força adquirida o melhor pos-sível. Sugestões práticas Permaneça consciente e alerto É bom saber que durante a meditação permaneça alerto e consciente e que seguirá ouvindo todos os ruídos que tenha à sua volta. Tente aceitá-los, em nenhum sítio nesta sociedade há realmente silêncio. Não prestando atenção aos ruídos notará que depois de um pouco já não os ouve, são absorvidos no padrão da sua meditação. Voltará a ouvi-los de novo quando, de repente, desaparecem. Se é realmente muito sensível ao ruído, procure aproveitar um momento tranquilo do dia ou use tampões para os ouvidos. No entanto, tenha em conta que a meditação deve ser um padrão na sua vida diária normal e nela existem ruídos. A meditação não é uma obrigação A meditação não deve converter-se nunca numa obrigação de rotina. Não subestime a força de uma meditação que está induzida pelos símbolos universais, realmente trabalhe com a força da criação! Esta está certamente cheia de amor e trabalha para si, mas um excesso de luz nos seus centros espirituais pode levá-lo ao cansaço, à emoção extrema e à irritabilidade. Tendo tal em consideração, será justo advertir o homem que por um sentido de dever excessivo comece, lentamente, mas seguro da tomada à meditação e à transformação como uma tarefa diária! A meditação produz melhores resultados quando tem sentimento: “tenho vontade de meditar”. Quando trabalha desde o seu sentimento interior, então esse sentimento realmente se tornará cada vez mais puro e conduzi-lo-á finalmente ao tempo adequado de meditação. Um estímulo é apenas adequado para aqueles que pela vida tão activa que levam têm dificuldade a meditar. Uma certa rotina e disciplina certamente ajudá-los-á a poder meditar. Há uma medida para a meditação?

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Trabalhar duas ou três vezes por semana com a força criadora universal é suficiente para conseguir uma aceleração considerável no seu cresci-mento espiritual e uma mitigação nas circunstâncias da sua vida. Assim, pode aclarar a sua problemática, acelerar a sua tomada de consciência e irradiar desinteressadamente a força criadora através de si à sua volta e na vida. Se deseja meditar mais, adopte sempre a regra que quando se sentir muito emotivo ou sensível, deixe de meditar uma série de dias. Assim, pode assimilar primeiro tudo tranquilamente, de maneira que de novo possa começar com prazer. Finalmente encontrará aqui o seu próprio equilíbrio, o equilíbrio apropriado para si e para as suas circunstâncias.

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Apêndice III Símbolos universais para transformação

Para a vida individual 1. A Rosa Branca 2. O Diamante Cristalino 3. A Açucena Branca (cálice) 4. A Arca (um barco) Para a vida 5. O Cálice 6. A Coroa Cristalina 7. O Loto Cristalino 8. O Cisne Branco Para a realização da vida 9. O Sol de Ouro 10. A Íris Branca 11. A Estrela Dupla 12. O Sol de Ouro com a Íris Branca dentro dele A Universalidade 13. O Sol de Ouro em Chamas, movendo-se Para a realização da evolução de Aquário A Coroa de Ouro

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Apêndice IV Os chakras do homem cósmico

O ser dos chakras Num chakra percebe-se o remoinho de energia. Quer dizer os chakras são rodas que transportam a energia. São os transformadores cósmicos que se encarregam de que a energia de uma frequência mais elevada de consciência se adapta a um nível de energia de frequência mais baixa. A sua tarefa é unir desta maneira um nível de consciência com outro. O passo da energia cósmica na vida está a cargo de milhares de chakras, milhares de entroncamentos, rodas que têm como tarefa este transporte de energia. Um chakra é um entroncamento de energia que se encarrega da transformação da energia cósmica. Chakras grandes e pequenos Nos chakras distinguimos dois níveis: os chakras principais e os chakras pequenos. No nosso corpo temos muitos chakras pequenos. O homem terreno realmente conhece apenas sete chakras principais e o homem cósmico treze (fig. 1). Assim, este conhece treze áreas de consciência e o homem terreno apenas sete. Os chakras principais transportam a energia de uma área de consciência a outra área de consciência. Têm um sítio fixo no nosso corpo que podem ser considerados como uma roda luminosa. A consciência funciona através de quase todos os chakras principais até no corpo físico. Estes chakras principais consideram-se como as portas de união entre a matéria (corpo) e o espírito (consciência). Neste nível um chakra pode ser definido da seguinte maneira: Um chakra é uma porta de ligação entre o corpo e o espírito.

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Figura 1: Os treze chakras do homem cósmico

13. chakra da transmutação 12. chakra da transformação 11. chakra Coronário 10. chakra da epífise 9. chakra da hipófise 8. chakra de corrente cós mica 7. chakra da garganta 11. chakra coronário 9. chakra da hipófise 7. chakra da garganta 6. chakra do timo 5. chakra do coração 4. chakra do baço 3. plexo solar 2. chakra púbico 1. chakra básico

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Espírito são, corpo são A partir do facto de que os chakras são portas de ligação entre o corpo físico e o espírito, deduzindo-se que existe uma correlação entre o espírito e a matéria. A força do espírito determina a força do alimento espiritual que passa à matéria. Quando não há bloqueios a tomada de consciência que consegue através do seu espírito dará directamente um estímulo positivo ao seu corpo (à sua saúde). Seguindo o caminho de tomada de consciência faz com que a luz que obtém se cristalize na matéria. É uma lei básica da vida que, a um espírito são, pertence um corpo são. Que é a saúde? Saúde quer dizer ser consciente, ser consciente da sua tarefa. Toda a célula do corpo que é consciente satisfará o objectivo da sua vida e portanto funcionará correctamente. A saúde está baseada no equilíbrio de todos os seres que vivem no corpo (células, tecidos, órgãos, etc.). O próprio homem é responsável pela saúde do seu corpo. Pode elevar a sua consciência e através do seu novo caminho de tomada de consciência pode transformar os bloqueios que encontra nesse caminho. É o último responsável de manter sãos os seres que vivem no seu organismo mantendo em ordem o cuidado do seu ser. Para cada célula do seu ser é a primeira estação do seu ser divino (Deus). Isto pode compará-lo com o facto de que no seu caminho de tomada consciência primeiro que encontra na sua consciência é com o ser da terra. Microcosmo e macrocosmo É decisivo no seu ser. É Deus para o seu ser. Tem uma grande responsabilidade por cada célula. O seu corpo é o seu microcosmo e também funciona no grande macrocosmo em torno de si. As mesmas leis cósmicas funcionam para o macrocosmo e o microcosmo. Tomando consciência ajuda o macrocosmo a manter-se são e com a mesma tomada de consciência põe a funcionar a cada uma das suas células para que satisfaça a tarefa na sua vida dada originalmente. Desta maneira mantém o seu microcosmo são. O microcosmo e o macrocosmo estão unidos um ao outro. Os chakras

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são os transformadores, que passam ao microcosmo o que obtém no macrocosmo. Os chakras são as estações de tradução do seu espírito. Quanto mais consciente estiver do macrocosmo, também está mais consciente do microcosmo e através da inter-relação da matéria e o espírito não apenas manterá são o macrocosmo mas também o micro-cosmo, o seu corpo. Tabela 1: A repercussão dos chakras no corpo físico

Chakra Função no corpo 1. Chakra básico Coluna vertebral, rins, glândulas

super-renais, produção de cortisona 2. Chakra púbico Órgãos sexuais, hormonas sexuais 3. Plexo solar Digestão, estômago, intestinos, fígado,

bílis, Pâncreas, produção de insulina, bexiga e Vias urinárias, músculos, aparelho motor

4. Chakra do baço Baço, ossos, medula óssea, sangue, for-mação de trombócitos, Filtro de energia cósmica

5. Chakra do coração Coração, circulação sanguínea, pressão sanguínea

6. Chakra do timo Glândula do timo, hormonas do timo Mecanismo de defesa, resistência

7. Chakra da garganta Garganta, pele, voz, pulmões, brôn-quios, tiróide

8. Chakra de corrente cósmica

Sintonização mútua dos órgãos Bio ritmo, sistema de meridianos

9. Chakra da hipófise Olhos, ouvidos, nariz e cavidades Hipófise e as suas hormonas Regulação das glândulas endócrinas

10. Chakra da epífise Epífisis e as suas hormonas (espirituais) 11. Chakra Coronário Cérebro, sistema nervoso, memória 12. Chakra de transformação Sistema linfático, membranas mucosas

Regulação dos fluidos, funcionamento celular (osmose)

13. Chakra de transmutação Cuida da coerência no corpo Ligamentos e tecido de sustentação

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Doença Não obstante, quando o seu corpo inesperadamente adoece é para si um sinal de ter bloqueios na influência do espírito sobre a matéria. Então inconscientemente opõe-se a um determinado aspecto do espíri-to e a sua repercussão na sua vida na matéria. Estudando o ser da sua doença (por exemplo com a ajuda das tabelas incluídas neste apêndice) obtém um sinal do ser dos seus bloqueios e pode transformá-los. O karma que causou a doença (o seu bloqueio) então transforma-se, podendo de novo seguir com o seu caminho de tomada de consciência. Doenças como sinais de direcção As doenças são o seu sinal de direcção. São as válvulas de emergência através das quais o seu espírito pode descarregar. A pressão espiritual em que se encontra e o impede de um bom funcionamento cósmico, através dos chakras converte-se numa doença física. Além de que pode combater essas doenças a nível físico (medicina convencional) também pode buscar a base espiritual dessa doença para poder solucioná-la também no nível espiritual. Aqui rege a lei: quanto mais pesada seja a pressão espiritual e quanto mais tempo tenha durado esta pressão, mais profundamente pode afectar o seu corpo e as suas circunstâncias sociais. Quanto mais cedo localizar e enfrentar as suas doenças e quanto mais subtilmente as abordar, mais rapidamente se livrará delas, mas sobretudo da causa espiritual da doença. Quando somente combate (reprime) a sua doença através de meios toscos, não encontrará a componente espiritual. A cura do homem apenas pode ser total se se curarem a matéria e o espírito na profundidade, isto quer dizer no nível da sua componente kármica. Tal pode levá-lo a cabo, transformando também o karma que o causa, para além do tratamento convencional ou alternativo. Isto pode completá-lo com terapias de criar consciência, ficando livre de reiterar. Cura holística A cura holística do homem tem lugar quando nós ao mesmo tempo: 1. Cuidamos o corpo (de forma convencional ou alternativa); 2. Cuidamos o espírito (tomada de consciência); 3. Transformamos o karma (transformação).

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No caminho de tomada de consciência através da transformação que se oferece neste livro, dando-lhe uma ajuda holística magnífica para tratar as suas doenças corporais (para além da ajuda médica). Assim, colocou-se uma dieta completa para poder de novo estar completamente são. São de corpo e de espírito; consciente do microcosmo e do macro-cosmo. Doenças das suas circunstâncias sociais Para além de doenças, perturbações no seu corpo físico, o homem conhece também perturbações nas suas circunstâncias sociais. O ser da alteração das circunstâncias sociais de uma pessoa pode também dizer alguma coisa acerca dos bloqueios que se conhecem no espírito. Quer dizer esses bloqueios indicam um funcionamento alterado dos chakras e, portanto, uma repercussão alterada do espírito na matéria. Vendo as suas doenças e colocando ao lado delas as suas circunstâncias sociais pode determinar que chakras podem estar alteradas e em que nível terá de trabalhar nos seus bloqueios espirituais, por exemplo mediante a transformação. O curso da sua vida e das suas doenças não surgiram nunca por casualidade. Você mesmo as atraiu mediante os seus bloqueios e o karma associado a elas. Aqui também pode dizer-se que o que melhor funciona é um enfoque holístico. Quer dizer: 1. Busca a sua terapia social14; 2. Trabalha ao mesmo tempo na sua tomada de consciência; 3. Transforma os seus bloqueios. Doenças comuns na população, as doenças da vida Quando olhamos para estas doenças comuns que encontramos na vida, todas elas têm a ver com os processos espirituais que têm lugar de uma forma massiva na vida. Os abusos na vida são afrontados, a vida sacode os seus bloqueios, as suas doenças, e pede-se à humanidade que partici-pe. Assim obtém, através do karma que tem que ser resolvido, uma massa de doenças no seu caminho. As grandes doenças comuns que de momento conhecemos, têm todas a ver com a grande limpeza que está a fazer a criação no seu ser inferior porque escolheu começar a funcionar desde o seu ser superior15.

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Os bloqueios que impediram o funcionamento desde o ser superior são reflectidos massivamente aos progenitores do karma que bloqueia e o homem tem que suportar a porção que ele mesmo gerou. As grandes doenças da população que conhecemos têm todas a ver com a limpeza dos chakras inferiores da criação. Aqui pode ver as seguintes relações: Tabela 2: Chakras e doenças da população

Chakras e doenças da população Chakra Doença

1. Chakra básica

Cancro

2. Chakra púbico HIV/SIDA 3. Plexo solar Doenças do coração e vasculares 4. Chakra do baço Encefalomielite Miálgica (Síndrome de Fadi-

ga Crónica) 5. Chakra do coração Demência (A negação das altas responsabili-

dades pela vida que o chakra do coração quer despertar no homem)

Os chakras e os símbolos universais Cada chakra tem acesso a um dos treze campos de consciência do homem. Desde o ponto de vista do homem os chakras são as portas de entrada a esses campos. Para poder abrir essas portas facilmente revela-ram-se os símbolos universais. São as chaves para abrir as portas, atra-vessar o chakra e entrar no campo de consciência.

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Na tabela abaixo pode ver a relação entre os chakras e os símbolos uni-versais: Tabela 3: Chakras e símbolos universais

Chakras e símbolos universais Chakra Símbolo universal

1. Chakra básico 1. A Rosa Branca 2. Chakra púbico 2. O Diamante Cristalino 3. Plexo solar 3. A Açucena Branca (cálice) 4. Chakra do baço 4. A Arca (um barco) 5. Chakra do coração 5. O Cálice 6. Chakra do timo 6. A Coroa Cristalina 7. Chakra da garganta 7. O Loto Cristalino 8. Chakra de corrente cósmica 8. O Cisne Branco 9. Chakra da hipófise 9. O Sol de Ouro 10. Chakra da epífise 10. A Íris Branca 11. Chakra Coronário 11. A Estrela Dupla 12. Chakra de transformação 12. O Sol de Ouro com a Íris Branca

dentro dele 12. Chakra de transmutação 13. O Sol de Ouro em Chamas,

movendo-se

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Apêndice V O Governo Universal do Mundo

A Fonte de Vida

O Cristo Universal (Órgão executivo)

X Santíssima Trindade

A Administração das Esferas Núcleo Externo Núcleo Interno Núcleo Superior

Guia Administração da Governo Administração das Esferas

Matéria interno superiores da Fonte

X Roda da Criação

X Santíssima Trindade X

A Administração da Matéria Hierarquia Ashram da Escola de Elias Planetária Sexta Raça Raiz

Governo Administração Administração

da Terra da Vida da Evolução NB: Os ramos do Governo Universal do Mundo têm cada uma loja para o homem.

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Apêndice VI Mestria

A história da mestria A mestria através dos séculos Através dos séculos o homem envolveu a mestria com um véu de mis-tério e de santidade. Parecia-lhe totalmente inalcançável e quando olhamos retrospectivamente então também se compreende o porquê. Quer dizer, vemos que a mestria certamente foi conseguida pelo homem, mas que esta sempre foi revelada desde cima. Os grandes mes-tres e avatares foram-nos enviados, eram os Enviados por Deus. Per-maneciam connosco com um objectivo descrito claramente e por um tempo determinado desde cima. A mestria na Era de Aquário Na Era de Aquário conhecemos outra forma de expressão da mestria. Esta mestria tem certamente o mesmo valor que a mestria histórica, mas é obtida pelo homem mesmo através do crescimento da sua consciência. Na Era de Aquário o homem ascende a Escada de Jacob da sua consciência para conseguir passo a passo a mestria sobre o seu próprio ser. A nova mestria conhece portanto muitos níveis. A mestria da Era de Aquário já não chega ao homem de cima para ilu-miná-lo e pode ser activo na terra como um Enviado. Por conseguinte, já não é algo concedido apenas para algum escolhido; todos os homens são chamados a obter a mestria, em todos os níveis! Quando o homem experimentou a mutação na sua consciência para ser homem cósmico, revelou-se a mestria no inconsciente colectivo do homem. Permanece esperando ali como uma conquista para ser aberta na consciência de todos os homens. A relação entre a mestria antiga e a mestria nova A tarefa da geração anterior de mestres foi abrir passo ao caminho da mestria no homem. Serviram como modelo que foi dado ao homem para despertar nele o desejo para que assim também pudesse estar na vida. Assim, no transcurso da história os grandes Mestres enviados tor-naram-se cada vez mais “humanos”. Certamente foram ainda conside-rados como divinos, mas foram colocados cada vez mais perto e mais

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acessíveis ao homem. Jesus de Nazaré, por exemplo, nasceu como um homem normal com a maior simplicidade possível. Pôde apenas durante alguns anos da sua vida cumprir a sua tarefa divina. Trouxe a mensagem de que o homem e a humanidade podem ressuscitar da cruz que a sua personalidade (o seu ser inferior) lhe impõe, para poder estar na sua personalidade divina (o seu ser superior), de modo a que o homem possa ser um homem cósmico. Os mestres antigos, parte da tarefa de servir como exemplos, deram impulsos enormes à evolução da humanidade. Aceleraram essa evolução pela energia e os ensinamentos que levaram consigo. Os seus ensinamentos ressonaram durante séculos após. Dos ensinamentos que deram desde a sua conseguida unidade com a Fonte de Vida, nasceram entre outras as grandes religiões do mundo. A nova mestria tem um significado totalmente idêntico. O homem cósmico pode, com a sua conseguida mestria, ser também um grande estímulo para a evolução da humanidade e da vida. No entanto, a diferença é que agora ele mesmo pode escolhê-la conscientemente trabalhando no desenvolvimento da sua consciência. Por conseguinte, a mestria chega-lhe em fases. Lentamente torna-se dono de si mesmo e consegue mais controlo da vida em níveis cada vez mais elevados, para dar a sua prestação ao progresso da evolução para tudo o que vive. Consideremos mais de perto os níveis de mestria na Era de Aquário: Os distintos níveis de mestria A Mestria sobre a Personalidade No nosso caminho de tomada de consciência aspiramos conseguir primeiro a Mestria sobre a Personalidade, tal quer dizer: disciplinar a nossa personalidade. Com isto rompe-se o poder que o ser inferior tem sobre o homem. Esta mestria leva ao homem à entrega do ser inferior ao ser superior. Portanto, a personalidade humana entrega-se à personalidade divina. A livre vontade disciplina-se a favor da vontade divina. A Mestria sobre a Personalidade é a primeira fase de mestria que o homem pode obter. Para o homem foram a única forma de mestria durante a Era de Peixes. Com esta mestria poderá contribuir para a

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tomada de consciência individual do homem. Assim está na vida como trabalhador para o indivíduo. A Mestria sobre a Personalidade não é em si mesma uma forma inde-pendente de mestria, é uma parte da Mestria sobre o Ser Humano: I. A Mestria sobre o Ser Humano A Mestria sobre o Ser Humano é a primeira mestria cósmica conhecida. Obtém-se conseguindo a mestria sobre: 1. A personalidade; 2. A alma; 3. O princípio Crístico; 4. O princípio divino; 5. O Ser Místico; 6. O Ser Absoluto; 7. O Ser Omnibarcante. Como vê descrevem-se aqui sete fases de mestria que unidas formam a Mestria sobre o Ser Humano. Tal está relacionado com os setes níveis de consciência como os conhecíamos para o homem terreno na Era de Peixes. É completamente correcto ao assumir que na Era de Aquário tem que haver treze fases de Mestria sobre o ser Humano. As fases superiores desta mestria até agora não podiam descer à consciência do homem, mas puderam fazê-lo dentro de pouco tempo. Que as fases superiores da Mestria sobre o Ser Humano não tenham podido ainda descender tem a ver com o feito de que a parte superior do esboço de Aquário será ratificada apenas nos próximos anos. Esta ratificação terminará no ano de 2011. As fases adicionais de mestria, não podem, no entanto, ser descritas e aqui pode somente ser traçada uma imagem limitada da Mestria sobre o Ser Humano. Isto naturalmente aplica-se também a outras formas de mestria descritas seguidamente: II. A Mestria sobre a Criação Com a entrada da Era de Aquário deu-se ao homem não apenas a Mestria sobre o Ser Humano, mas também a Mestria sobre a Criação. Esta mestria apresentar-se-á em quatro níveis principais distintos: a. A Mestria sobre a Matéria

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1. A Mestria sobre o Ser Humano 2. A Mestria Universal 3. A Mestria Cósmica 4. A Grande Mestria Cósmica 5. Ser Integral 6. Ser Universal 7. Ser Mundial b. A Mestria sobre o Espírito 1. Incondicionalidade 2. Desinteresse/altruísmo 3. Desidentificação com o Ser 4. Transformação universal: O homem como Transformador Univer-

sal 5. Transmutação universal: O homem como Transmutador Universal 6. Unidade de consciência divina e humana: O homem à direita de

Deus 7. A realização: A união com o Espírito Superior da criação c. A Mestria sobre o Espírito Superior A Mestria sobre o Espírito Superior da criação conhece três formas que se encarregam de que o homem possa entrar na: 1. Loja do Mahachohan da Matéria 2. Loja do Mahachohan do Espírito 3. Loja do Mahachohan do Espírito Superior Um Mahachohan é o administrador de um ramo da Santíssima Trindade, o qual está baseada na criação. d. A Mestria sobre a Vida Na criação o nível mais elevado, o nível décimo terceiro do espírito, está formado da Unidade, do Ser. Neste nível não encontramos nenhuma diferenciação, ali é, no entanto, tudo unicamente transparente. A primeira condensação na criação deu forma à vida. Também se pode conseguir a Mestria sobre a Vida, donde então se pode ver o seguinte tripartido, igualmente relacionado com o funcionamento da Santíssima Trindade na criação.

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A Mestria sobre a Vida existe no nível de: 1. O Amor Universal 2. A Luz Universal 3. A Vida Universal

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Lista de conceitos Administração da Evolução

Com a entrada da Era de Aquário colocou-se ao homem cósmico sobre os ombros a Administração da Evolução como tarefa universal. Nesta administração pode levar a evolução ao seu destino final (Utopia).

Administração da Vida Com a entrada da Era de Aquário colocou-se ao homem cósmico sobre os ombros a Administração da Vida como tarefa universal. Nesta administração pode dirigir ao estado perfeito, descrito no seu esboço, a todas as formas de vida.

Administração das Esferas Com a entrada da Era de Aquário colocou-se ao homem cósmico sobre os ombros a Administração das Esferas como tarefa universal. Nesta administração pode encaminhar todas as formas de vida, que vivem nas esferas ao seu estado perfeito, como descrito no seu esboço.

Akasha O princípio, o fundamento de que o ser do Criador (a criação) está fundado. A akasha é a base da vida.

Akasha da alma A parte do esboço do homem na qual reside a alma e na que se registam todas as impressões da alma.

Akasha da Fonte O esboço da Fonte.

Akasha da personalidade A parte do esboço do homem em que reside a personalidade e em que se registam todas as impressões da personalidade.

Alma O núcleo eterno do homem o qual contém a informação de todas as suas vidas passadas. A alma é também o guardião do homem que transmite a sua informação cósmica. Está incluído no ser superior.

Amor Universal Amor ao nível da Fonte de Vida.

Anjo O átomo original, a parte mais pequena do Espírito de Deus que pode existir independentemente.

Arca da Aliança A aliança que Deus fez com o homem na Era de Noé. Esta aliança

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encerrou a fase animalesca e ainda inconsciente do homem. Através de uma mutação de consciência que então o homem pôde receber, abriu-se a consciência humana semelhante à divina. Este feito ini-ciou o caminho da tomada de consciência do homem. Pôde come-çar a ser consciente de que levava em si a imanência de Deus e que no seu caminho evolutivo chegaria finalmente a ser semelhante a Deus.

Noé deu ao homem a mística do chakra raiz. Moisés trouxe a místi-ca do segundo chakra. Com os Dez Mandamentos que recebeu, trouxe suplementos necessários para a Arca da Aliança. Jesus de Nazaré recebeu a Arca da Aliança profunda, a mística do terceiro chakra da vida. A Arca da Aliança e a Arca da Aliança profunda revelaram-se para o tempo até à Era de Peixes inclusive. Foram dadas para o tempo no qual o homem e a vida apenas podiam viver desde o ser inferior. Concedem um guia para a vida desde o ser infe-rior.

Todos os homens têm, através da união mística interna, acesso à Arca da Aliança e à Arca da Aliança profunda. Através delas pode entender-se o objectivo da vida e dar forma adequada à mesma.

Arca da Salvação O ser superior da Arca da Aliança. Esta dá as directrizes gerais para o homem e para a vida desde o ser superior da criação. A Arca da Salvação explica as leis básicas da vida, por conseguinte de forma mais profunda que a Arca da Aliança. Revelou-se para a Era de Aquário, a Era Cristalina e a Era da Realização.

Arcanjo Um anjo com uma consciência superior.

Ashram Campo de energia espiritual.

Ashram da Sexta Raça Raiz O órgão executivo da Administração da Vida. No Ashram da Sexta Raça Raiz os mestres ali activos abriram uma loja. O homem cósmico que conseguiu uma mestria suficientemente elevada pode sentar-se nesta loja para contribuir na Administração da Vida.

Astral Pertencente às áreas da criação onde não se conhece o amor.

Aura A estrutura de luz na qual o ser espiritual do homem se torna cog-noscível (visível).

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Avatar O homem que realizou a Fonte de Vida.

Capacidade de auto-regeneração da vida A força curadora da vida; a essência da vida.

Chakra Porta de ligação entre o corpo e o espírito: o ponto de intersecção que proporciona a transformação da energia cósmica.

Condensação A transformação de uma frequência alta de consciência a uma mais baixa. Através da condensação o karma é absorvido no organismo.

Ligação mística A ligação com a Fonte de Vida (o Criador) no homem.

Consciência O campo no qual o homem pode levar a vida, ser consciente dela, dar-lhe forma e torná-la inteligível à mente.

Consciência de Unidade A realização do organismo.

Consciência divina A parte da consciência do homem na qual se leva e realiza o Criador.

Consciente de Unidade A pessoa cuja consciência abrange a consciência omnibarcante da Fonte de Vida, é consciente de Unidade. Então tem uma consciência divina totalmente desenvolvida.

Cordão da vida O “órgão” que transfere energia universal e inspiração: a união interna mística. O cordão espiritual que conecta ao homem com todas as formas de vida na Escada de Jacob.

Cósmico Pertencente à formação não-material da vida. Relacionado com o universo.

Criação A criação: o ser divino. Uma criação: uma acção criadora do homem levada a cabo desde o Ponto de Criação, usando para a força original da vida.

Criador A inspiração da criação.

Criar Dar forma à vida pelo Criador desde a força da criação, a força cria-dora. A criação de novas formas pelo homem desde o Ponto de Criação no Criador.

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Cristo Descendente divino; a primeira forma de manifestação do Criador.

Cristo Universal O Cristo que em si mesmo incluiu o Filho e ao Pai (Cristo e o Criador). O Cristo ressuscitado, o ser superior de Jesus de Nazaré.

Discípulo A pessoa que pela sua entrega total chegou a ser um trabalhador para a vida.

Dualidade A divisão desde a Unidade numa identidade superior e inferior.

Ego A livre vontade do homem.

Entrega A subordinação da livre vontade à vontade divina.

Era de Aquário A era de 2000 a 4000 A.D. A era na que o centro do coração do Criador determina a força propulsora da evolução e as leis de Amor e Unidade dão forma à vida.

Era de Peixes A era de 0 a 2000 A.D. A era na qual a força propulsora da evolução estava dirigida ao terceiro chakra do homem e da vida; o terceiro chakra que está unido aos processos da personalidade e às leis de causa e efeito.

Esboço A intenção original com a qual se deu forma a uma forma de vida.

Escada de Jacob (da Vida) O conjunto de todas as formas existentes de vida. Todas elas conhe-cem o seu grau de consciência, o qual determina o seu lugar na Escada.

Escola de Elias O órgão executivo que guia a Administração da Evolução. Na Escola de Elias os mestres ali activos abriram uma loja onde o homem que conseguiu uma mestria suficientemente elevada pode tomar lugar para ser activo na Administração da Evolução.

Esferas As capas não-materiais, mais subtis da vida.

Espiral de Tomada de Consciência A Espiral de evolução com a qual se dirige a força propulsora da evolução, ao plexo solar do homem, à terra e às outras formas de vida. Nesta espiral estimular-se-á a capacidade da personalidade e o homem é chamado à tomada de consciência.

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Espiral de Transformação A espiral de evolução na qual o coração da criação desperta o cora-ção do homem e de tudo o que vive. É a espiral na qual se dá ao homem a capacidade de criar para com ela levar a vida ao seu estado perfeito.

Espiral de Transmutação A espiral de evolução na qual o homem pode levar a cabo comple-tamente a sua tarefa de encarnação. Ainda que esta espiral de evolução pertença em princípio à Era Cristalina, os trabalhadores pela vida puderam realizar esta espiral já na Era de Aquário.

Espírito (Espírito) O Espírito de Deus, a respiração divina. A essência da vida.

Espírito (espírito) O órgão espiritual no qual se encontra a consciência.

Evolução A força eterna que preserva a vida e traz ascensão e crescimento.

Evolução divina A fase de crescimento do homem depois de ter realizado o Criador em si mesmo. A fase na qual pode ser serviçal ao Criador no Seu caminho de iniciação.

Filho Descendente divino. O que leva em si o Criador na forma mais pura através da unidade completa da sua consciência com a consciência divina.

Fonte O Criador.

Fonte de Vida Palavra composta para poder denominar todos os organismos que vêm do mais distante que o Criador e que o homem não pode ainda designar.

Força de criação (força criadora) A força da Fonte, a força original desde a qual tudo foi originado.

Governo Universal do Mundo No Governo espiritual do Mundo, presente em todos os degraus da Escada de Jacob, para cuidar da vida com todas as formas de vida. O Governo Universal do Mundo tem a responsabilidade última pela vida e vigiá-la na realização do Plano da Criação, em todos os níveis. Ao Governo Universal do Mundo pertencem os Mestres de Amor e Sabedoria que têm tido lugar nas hierarquias que inspiram a vida, o Cristo e o Criador. Quando o homem realizar a Mestria sobre a sua

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Personalidade, poderá também entrar no Governo Universal do Mundo. Inspirado pelo citado guia universal, então aprenderá a tra-balhar no Plano da Criação.

Guia interior O guia universal que inspira ao homem através da sua ligação místi-ca.

Homem cósmico O homem superior divino que tem treze campos de consciência e treze chakras. O homem de Aquário.

Homem de Aquário O homem cósmico.

Homem terreno O homem que vive desde o seu ser inferior: o homem até e inclusive à Era de Peixes. Tem uma consciência de sete níveis e tem sete chakras.

Iluminação A transformação de uma frequência baixa de consciência para uma mais elevada. Neste processo o organismo libertar-se-á do karma.

Impuro Em desacordo com o esboço; em desacordo com a intenção da vida.

Iniciação A abertura, por parte de uma autoridade superior, de um organismo superior (uma consciência superior) como resultado de ter realizado um processo de chegar a ser consciente.

Involução A descida à matéria no qual tinham tido lugar os processos de che-gar a ser da vida. A condensação.

Hierarquia de Sol O governo interior do sistema solar, donde os Arcanjos estão activos sob a direcção do Cristo Universal.

Hierarquia Planetária No Governo interno da terra na qual os Mestres de Amor e Sabedoria estão activos sob a direcção do Cristo Universal. Na Hierarquia Planetária abriu-se uma loja na qual a pessoa que conseguiu a Mestria sobre a Personalidade pode ter lugar.

Hierarquias de Vida Em todos os níveis da vida (em cada degrau da Escada de Jacob) encontra-se uma Administração interna que cuida da vida nesse

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nível. Ao conjunto destas administrações internas chamam-se Hie-rarquias de Vida.

Karma A soma total das acções do homem acumulada através das leis de causa e efeito.

Leis de causa e efeito As leis que pertencem à vida desde o ser inferior da criação. Pertencem às eras anteriores até e inclusive a Era de Peixes.

Leis de Amor e Unidade As leis que pertencem à vida desde o ser superior e o ser mais eleva-do da criação. Estas leis pertencem à Era de Aquário, à Era Cristali-na e à Era da Realização.

Luz A respiração da vida; a energia da criação.

Luz Universal Luz e sabedoria no nível da Fonte de Vida.

Meditar/meditação Entrar dentro de si próprio para abrir campos mais profundos de consciência.

Mestria O estado de transparência; não afectado pelo karma.

Mestres de Amor e Sabedoria Os Mestres Cósmicos que tomaram lugar nas Hierarquias da Vida. Provêm à vida energia cósmica, transferem inspiração universal e formam o governo interior do organismo para o qual estão activos.

Mística A sabedoria divina que contém a verdade da vida.

Místico(a) A pessoa que tendo desenvolvido a sua consciência conseguiu entrar na Fonte e pode ler na akasha. Desta maneira um(a) místico(a) transfere inspiração universal para o(a) qual é conduzido de maneira universal.

Mundo astral A área da criação que ainda não está iluminada pelo amor.

Núcleo externo A parte do Governo Universal do Mundo que cuida da Administra-ção da Matéria.

Núcleo interno A parte do Governo Universal do Mundo que cuida do governo interior da Fonte.

Núcleo superior

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A parte do Governo Universal do Mundo que cuida da Administração das Esferas superiores.

Obscuridade A criações que têm uma consciência mais baixa que a nossa criação mas que pertencem à nossa espiral de evolução. Nestas criações ainda não penetrou o amor e a luz.

Pai O Criador; a Fonte de Vida.

Perpetuum Mobile (de ascender e crescer) O movimento original que mantém a criação. A força propulsora da evolução.

Plano da Criação O esboço da criação no qual está expressa a intenção do Criador para a criação.

Plano da Evolução O esboço no qual está expressa a intenção do Criador para a evolu-ção.

Plano da Terra O esboço no qual está expresso a intenção do Criador para a terra.

Plano da Vida O esboço no qual está expressa a intenção do Criador para a vida.

Plano do Homem O esboço no qual está expressa a intenção do Criador para o homem.

Princípio Crístico Aquele que numa forma de vida pode dar expressão a Cristo.

Princípio evolutivo O princípio que torna consciente, o princípio que conduz à evolu-ção.

Purificação de Aquário A purificação do karma restante nos primeiros duzentos ou trezen-tos anos da Era de Aquário.

Puro De acordo com o esboço; de acordo com a intenção da vida.

Realização O Estado de consciência no qual se realizou o fim cósmico da vida.

Roda de Karma A parte da Roda de Renascimento que coordena a encarnação atra-vés das leis de causa e efeito.

Roda de Amor e Unidade A parte da Roda do Renascimento que coordena a encarnação atra-

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vés das leis de Amor e Unidade. Roda de Renascimento

O órgão através do qual pode realizar-se a encarnação do homem. Senhor da Luz

A inspiração da terra. Ser

(Incorporado no) estado perfeito e realizado de consciência. A identidade espiritual do homem.

Ser espiritual O corpo de luz do homem.

Ser inferior Concernente ao homem: a personalidade, a individualidade. Concernente à criação: a matéria.

Ser superior A porta de ligação com o espírito. O órgão no qual habita a alma do homem, a qual o protege, o cuida e o transfere o seu impulso interior cósmico.

Ser universal A força de Ser no nível da Fonte de Vida.

Tarefa cósmica A tarefa da alma do homem.

Tarefa da encarnação A tarefa do espírito do homem que recebeu quando pela primeira vez conseguiu deixar a Fonte. É a tarefa dada pelo Criador que o homem através de todas as suas vidas tem que realizar.

Tarefa na vida A tarefa (da personalidade) do homem para esta vida.

Trabalhador Palavra moderna em vez de discípulo.

Transformação, transformar Dirigir a força criadora que existe dentro do homem, o karma negativo do homem e da vida, com a intenção de neutralizar este karma através da pura positividade da força criadora.

Transformação do Mundo O processo que guia a transformação da vida desde o ser inferior da criação à vida desde o ser superior.

Transmutação, transmutar Recriar uma situação negativa de uma forma de vida mediante a for-ça criadora, com a finalidade de mudar essa direcção negativa à intenção original da sua vida de acordo ao seu esboço.

Trindade (Santíssima)

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A unidade original da Fonte dividiu-se em três no momento da Criação. Toda a vida está fundada nesta trindade. A trindade mais conhecida é a Santíssima Trindade: a divisão em Pai, Filho e Espírito Santo.

Unidade Ser admitido na Fonte de Vida. A experiência mais profunda da Fonte de Vida.

Universal Formado desde a Universalidade, a forma mais elevada de vida.

Utopia O destino final da evolução. A realização completa da vida.

Vida Universal A força da vida a nível da Fonte de Vida.

Visualizar / visualização Orientar o espírito através de um símbolo.

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Editoria De Gouden Kroon A editoria De Gouden Kroon (A Coroa de Ouro) foi fundada em 1995 com o objectivo de expandir a mística de Aquário. De Sonia publicou-se vários títulos em Holandês, Inglês, Espanhol, Francês, Alemão e Português.

Em Inglês publicou-se:

• Man in the Aquarian Age; the cosmic human being • Thirteen chakras and the cosmic human • In a nutshell, life as a process of growth • An introduction to transformation

Em Português publicou-se:

• Uma introdução à transformação Cartões A Editora De Gouden Kroon imprimiu também uma série de cartões e de posters de Gea Hollestelle-Melinga. Nestes cartões estão elaborados com desenhos dos símbolos universais mencionados neste livro. São adequados para usá-los na sua meditação (ver: www.soniabos.com). Uma relação completamente actualizada do trabalho de Sonia encontra-se no seu website www.soniabos.com.

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Endereços Secretariado de Sonia/Fundação de Sofia Van Beethovenlaan 69b 2253 BE Voorschoten, Países Baixos Tel: +31-(0)71-5613964 Fax: +31-(0)71-5623915 E-mail: [email protected] Website: www.stichtingsofia.com Editora De Gouden Kroon Van Beethovenlaan 69b 2253 BE Voorschoten, Países Baixos Tel.: +31-(0)71-562 22 81 Fax: +31-(0)71-562 39 15 E-mail: [email protected] Website: www.soniabos.com Sonia Bos Website: www.soniabos.com

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Notas

1 Sobre a existência do homem cósmico na Era de Aquário fala-se já em “a Crónica de um Tem-po”. Na parte 16: De nieuwe mens (O homem novo) (1989) está explicado em profundidade. Apenas acessível em holandês. Para mais informação sobre o homem na Era de Peixes e o homem cósmi-co (de Aquário): ver Apêndice I. 2 A Fonte de Vida é o centro da criação desde o qual é gerada toda a vida. Este é o ponto doador de vida na criação do que saiu toda a criação. O homem está em contacto com a Fonte de Vida mediante uma ligação mística interna, que encontra no seu ser superior. 3 Aos principiantes recomenda-se ler o livro Uma introdução à transformação. Este livro é apropriado para a tomada de conhecimento com esta matéria. Uma introdução sobre transformação. Sonia. Editora De Gouden Kroon, Voorschoten, Holanda, 2002. 4 A vontade divina manifesta-se na vida mediante o Perpetuum Mobile de ascender e crescer, o impulso da evolução. 5 A formação da personalidade do homem está descrita com mais detalhes em Het Rad van Weder-geboorte (A Roda de Renascimento). Sonia. Editora De Gouden Kroon, Voorschoten, Holanda, 1996. Apenas acessível em holandês. 6 Nem todos os que entram para um mosteiro ou vão viver para uma comuna ou ashram fogem da vida. Ali há com certeza muita gente que está certamente envolvida na vida de forma activa e que assumiu as suas responsabilidades. Numa comuna ou num ashram estes são na maior parte das vezes os fundadores. Entre os discípulos podemos encontrar aqueles que fogem da vida. 7 Em 1989, na era da caída do muro de Berlim, começou a evolução espiritual. A partir de então a evolução dirige-se ao desenvolvimento da consciência. 8 Para acalmar os seus pensamentos é uma grande ajuda meditar de forma universal. Na meditação universal a sua consciência dirige-se, através de um símbolo universal, à Fonte de Vida. Os símbo-los de transformação mencionados no Apêndice III são muito apropriados para tal (ver também Apêndice II: Sugestões para meditar). 9 Para mais informação sobre esta matéria, então leia Het Rad van Wedergeboorte (A Roda de Renasci-mento). Aqui descreve-se de uma maneira muito más extensa como muda o mecanismo da encarna-ção e o que tal significa para o homem que quer encarnar, que acções tem e as consequências que estas têm para ele. Sonia. Editora De Gouden Kroon, Voorschoten, Holanda, 1995. Apenas aces-sível em holandês. 10 Se calhar pergunta-se o que é que se realizou no processo da evolução desde o período de 1985 até agora. As seguintes conquistas podem ser mencionadas: Desde 1985 até 1992 inclusive cons-truiu-se completamente nas esferas o esboço de Aquário. Pode ler um depoimento sobre o mesmo de uma testemunha ocular em ’De Kroniek van een tijd’ (A Crónica de um tempo) que foi recebida por Sonia em 24 cursos. Apenas acessível em holandês. Como consequência da formação desse

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esboço, a evolução espiritual iniciou em 1989, que leva ao seu desenvolvimento a consciência do homem e de tudo o que vive. Em Janeiro de 1994 começou a ratificação do esboço de Aquário que durará até ao ano 2011 inclusive. 11 O Cristo histórico, Jesus de Nazaré, levou a cabo a ressurreição no seu ser superior na Era de Peixes. Em Setembro de 1995 completou este processo e converteu-se no Cristo Universal que leva em si mesmo o Pai e o Filho. 12 Cada um dos treze Mestres de Amor e Sabedoria da Hierarquia Planetária abriu uma loja para o homem. Estas treze lojas juntam-se e são denominados A Loja Hierarquia Planetária. 13 A Sexta Raça Raiz é a raça humana que se caracteriza pelo homem que descobriu em si próprio a Fonte de Vida: o homem cósmico. 14 “Terapia social” quer dizer por exemplo: buscar ajuda de uma assistente social, seguir um curso de auto-estima pessoal ou para falar em público, ou começar uma formação profissional. 15 Sonia, durante a sua vida, deu muitas palestras sobre as grandes doenças da população e o seu significado para o homem. Podem-se obter (em holandês) em CD e imprimido através do secreta-riado de Sonia (ver Endereços) ou via www.soniabos.com.