INTRODUÇÃO

O processo de urbanização é inevitável em um mundo globalizado e

industrializado como o nosso, os grandes centros urbanos apresentam um

índice muito elevado de impermeabilização do solo, ou seja, a água das chuvas

não penetra no solo devido ao asfalto e ao concreto das ruas.

No Brasil, a urbanização aconteceu de maneira mais acelerada após a

década de 1960, devido ás alterações das relações de trabalho no campo e na

cidade, que tiveram como consequências o êxodo rural e o crescimento das

cidades brasileiras. Mas esse crescimento foi desordenado e por falta de

infraestrutura adequada os problemas dessa grande impermeabilização afeta a

vida nas cidades, já que o sistema de saneamento é precário.

A impermeabilização do solo traz muitos problemas, mas com pequenas

atitudes e adequações nos processos construtivos pode-se evitar danos

ambientais e sociais.

DESENVOLVIMENTO

Impermeabilização do solo é o mesmo que dizer que um solo perdeu

sua capacidade de absorção de água. De modo geral, a água que vem das

chuvas fica retida na superfície, onde ela se acumula em locais inapropriados,

provocando enchentes, desabamentos, e infiltrações e as redes de drenagem

construídas (valetas, bueiros e galerias), além de impermeáveis, não são

suficientes para o escoamento das águas das chuvas.

Os principais motivos para essa impermeabilização são em razão

do asfaltamento, calçamento de ruas e calçadas, da própria construção

de edificações e da cimentação dos quintais e jardins das casas. Forma-se

assim uma espécie de capa sobre o solo, impedindo que a água seja

absorvida.

Muitas prefeituras atualmente abrem avenidas, ruas e estradas sem

qualquer preocupação com a arborização. As obras estão sendo feitas, mas

não vemos um canteiro central, passeios ou bloquetes, que são blocos pré-

moldados utilizados na pavimentação e permitem algum escoamento de água

para o solo.

A impermeabilização do solo é, portanto, um dos desafios mais difíceis

de se resolver no processo de urbanização, em vista de sua irreversibilidade.

Cada metro quadrado impermeabilizado por um quintal cimentado ou por

edifícios e seus subsolos de garagem, precisa ser compensado por um

complexo de estruturas físicas para a captação da água superficial, que

encaminham as águas coletadas até a região mais baixa da vizinhança onde

estão as galerias de águas pluviais que organizam a vazão até o corpo

receptor (córregos, rios e mares).

PROPOSTAS DE SOLUÇÕES

1). A conservação e preservação das áreas verdes, de preservação e

matas ciliares urbanas e rurais e a ampliação da arborização urbana já que

quanto mais espaço coberto por vegetação, melhor. Solo não pavimentado

absorve até 90% da água da chuva. As cidades deveriam ter 12 m² de área

verde por habitante - São Paulo tem uma média de apenas 4m²;

2). A implantação de medidas estruturais e não estruturais de drenagem

e saneamento, como:

- O uso de pavimentos mais permeáveis à água. Blocos intertravados - como

os usados em calçadões e em ruas de cidades menores - assentados sobre

areia e que permitem que a água penetre no solo e escoe sob o piso das ruas

e avenidas;

- A calçada ecológica que consiste em evitar a impermeabilização dos

passeios públicos e privados, através da implantação de material permeável

como os concregramas, entretravados e faixas de gramados ou jardins,

juntamente com uma arborização adequada no calçamento;

3). Não impermeabilizar o solo excessivamente;

4). Valorizar a educação e conscientização da população como um

instrumento fundamental para evitar o acumulo de lixo em bueiros, rios e

córregos;

EXEMPLOS DE ALTERNATIVAS COM MAIOR PERMEABILIDADE

Figura 1: Exemplo de concregrama utilizado em estabelecimento comercial.

Figura 2: Exemplo de pavimento permeável (entretravado) no parque Beija-flor.

Figura 3: Exemplo de calçadas ecológicas, onde se observa pavimento permeável (entretravado), e área de infiltração

composta por gramado.

CONCLUSÃO

Conseguimos ver com isso que é importante optar por formas mais

diversificadas de pavimentação, pela multiplicação de áreas verdes e mais

estacionamentos e calçadas drenantes, para que consigamos diminuir o

acúmulo de água superficial que nos traz tantos problemas nas grandes

cidades e que poderiam ser evitados com um bom planejamento e propostas

de melhoramento da infraestrutura e saneamento das cidades.

REFERÊNCIAS

- Portal CDCC da USP, Disponível em:

<http://www.cdcc.sc.usp.br/CESCAR/Conteudos/14-04-07/

EXERCICIO_USO_OCUPACAO_DO_SOLO.pdf>

Acesso em: 24 de agosto de 2015 às 18h43

- Portal AG Solve, Disponível em:

<http://www.agsolve.com.br/noticias/impermeabilizacao-do-solo-o-vilao-das-

enchentes>

Acesso em: 24 de agosto de 2015 às 19h10

- Portal Mundo Estranho, Disponível em:

<http://mundoestranho.abril.com.br/materia/e-possivel-evitar-enchentes-nas-

grandes-cidades>

Acesso em: 24 de agosto de 2015 às 19h40

- Portal Cidadesa, Disponível em:

<http://cidadesa.ig.com.br/index.php/2013/02/15/consequencias-da-

impermeabilizacao-do-solo-em-sao-paulo/>

Acesso em: 24 de agosto de 2015 às 21h00

ESTADO DE MATO GROSSO.

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E

TECNOLOGIA.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO.

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL.

O IMPACTO DAS GRANDES IMPERMEABILIZAÇÕES

NOS CENTROS URBANOS

ACADÊMICOS:

BRUNO ALMEIDA NARCISO;

CURSO:

ENGENHARIA CIVIL.

DISCIPLINA:

HIDROLOGIA.

PROFESSOR:

MARCELO FILGUEIRAS

GUIMARÃES;

Tangará da Serra / MT.

Agosto – 2015.