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Hospitais em risco põem quatro mil a marchar ANO I | N.º 10 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | QUINZENAL | 17 julho 2012 // P 2 SUPLEMENTO ESPECIAL PENICHE MAR, SABOR & TRADIÇÃO Óbidos Ceias em destaque no Mercado Medieval Caldas da Rainha Bastonário dos médicos critica cortes no SNS // P 5 // P 8 GANHE INGRESSOS PARA O MERCADO MEDIEVAL EM ÓBIDOS

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17 julho 2012

Hospitais em risco põem quatro mila marchar

ANO I | N.º 10 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | QUINZENAL | 17 julho 2012

// P 2

SUPLEMENTO ESPECIAL PENICHE

MAR, SABOR & TRADIÇÃO

ÓbidosCeias em destaque no Mercado Medieval

Caldas da RainhaBastonário dos médicos critica cortes no SNS

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GANHE INGRESSOS PARA O MERCADO MEDIEVAL EM ÓBIDOS

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| abertura

No passado dia 7 de julho as quatro mil pessoas que marcharam nestas cidades querem ser ouvidas antes de ser tomada qualquer decisão sobre a reorganização hospitalar que prevê a fusão do Centro Hospitalar Oeste Norte (hospitais de Peniche, Caldas da Rainha e Alcobaça) e o centro hospitalar de Torres Vedras num centro único para todo o Oeste. A contestação dos três mil populares (números avançados pela organiza-ção) de Peniche foi uma forma de apelar à democracia. Pelas palavras de Rogério Cação, da Comissão Municipal de Acompanhamento do hospital, “o conceito de democracia é o ouvir das pessoas naquilo que são os seus anseios e expectativas e faz todo o sentido que as populações exijam ser ouvidas naquilo que tem a

O hospital vale a pena se a alma não é pequenaA falta de informação e o esquecimento da opinião das populações antes das decisões aplicadas pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) são apenas dois dos motivos que levaram os habitantes Peniche, Caldas da Rainha e Tor-res Vedras a saírem à rua em defesa dos seus hospitais. Peniche registou maior adesão

Em 2008 o então ministro da saúde criou e integrou na rede nacional de saúde o serviço de urgência básico em Peniche. No entanto, desde 2010 foi desmantelado o bloco operatório do serviço de cirurgia e foi fechado o laboratório de análise. Já este ano terminaram os serviços de urologia, ortopedia, hipocoagulação e a ur-gência funciona com um médico de clínica geral entre as 20 horas e as 8 da manhã. “Isto vai em desacordo

ver com os seus direitos e qualidade de vida”.Torres Vedras e Caldas da Rainha registaram índices de adesão entre as 400 e 500 pessoas (segundo os ren-ponsáveis), que ouviram das respeti-vas comissões palavras de ordem em defesa das valências dos seus hospi-tais e recados à tutela para que co-missões e autarquias sejam ouvidas na reorganização, exigindo “equida-de no acesso das populações de todos os concelhos aos cuidados de saúde”, afirmou António Curado, presidente da Plataforma Oestina de Comissões de Utentes da Saúde e da Comissão de Utentes “Juntos pelo nosso hospi-tal” das Caldas da Rainha. Ao som do grupo de acordeões de Ferrel, acompanhados dos ranchos de Ferrel e Serra d’El Rei, associações e

coletividades do concelho, a marcha de Peniche foi não só a mais con-corrida como a mais reivindicativa, com a população a exigir ao ministro Paulo Macedo que “não remeta para as administrações hospitalares a de-cisão de encerrar as urgências e que assuma essa decisão política”, afir-mou António José Correia, presiden-te da Câmara Municipal de Peniche. Este refere ainda que os problemas na saúde não foram causados pelo hospital da cidade “porque é dos hos-pitais mais pequenos do Oeste mas é dos mais eficientes, segundo um re-latório reconhecido pelo Tribunal de Contas”. A aguardar está a marcação de uma reunião com os responsáveis do Ministério da Saúde.

Cortes no hospitalcom aquilo que está estipulado na lei relativamente ao serviço de ur-gência básico.” Refere António José Correia, sem deixar de dar evidên-cia à falta de informação. “Há uma pertença para este mês se retirarem cinco camas do serviço de medici-na, mas sabemos isto através dos trabalhadores e técnicos do hospital, sem que a administração central do CHON nos comunique seja o que for”.

Nelson Vitorino

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Quem já viu, ou pretende ver, o mu-sical em memória de Padre Bastos não só reaviva a história do homem que esteve ao serviço da paróquia de Peniche durante 62 anos, mas aque-les que com ele também conviveram identificam-se com a obra. “É engra-çado porque as pessoas revêm-se no espetáculo. Pelas vivências que tive-ram junto do Padre Bastos metem--se dentro do contexto do musical, temos pessoas que vieram ver todas as sessões e dizem que não se con-seguem soltar disto porque quanto mais vêm mais felizes ficam”, revela Quim Zé.A equipa de cantores, de bailarinos e dos bastidores formaram-se numa

Até sempre Padre Bastos “O balanço a fazer do musical supera as expectativas”. Quem o afirma é Joaquim José, mais conhecido por Quim Zé, mentor desta ideia e amigo de Padre Bastos. As sessões do musical “Até Sempre Padre Bastos” realizadas até 15 de julho encheram os 220 lu-gares do Auditório Stella Maris

só, “conseguindo fazer uma união de carinho, amizade e afeto pela responsabilidade do trabalho entre todos os que formam o musical «Até Sempre Padre Bastos»”, acrescenta Quim Zé. Quélia Esgaio, de 20 anos, é uma das vozes do elenco e aceitou o desafio sem hesitar, “o gosto de cantar, a crença em Cristo e a sauda-de do nosso eterno Senhor Prior são as principais razões que me fazem subir ao palco todas as semanas”. Para além de homenagear a vida do Padre Monsenhor Bastos em Peni-che, Quim Zé adianta que o outro objetivo do musical, “a criação do Memorial em honra do Prior está cada vez mais perto da realidade e

vamos continuar a promover mais iniciativas, como bailes no Stella Maris. Enquanto não erguer o me-morial não descanso! Não quere-mos, contudo, chocar com outras iniciativas da cidade. Peniche me-rece a maior união de todos aqueles que querem vencer pela cidade”, de-fende Quim Zé.

Novas sessõesAs próximas sessões estão agenda-das para os dias 29 de julho - ce-lebrando os 25 anos do Padre Rui Pedro na paróquia de Peniche -, 25 de agosto, 14 e 28 de setembro, às 21h30. Dia 6 de agosto realiza-se uma sessão às 15h00.

De 9 a 15 de julho realizou-se o “International Taekwondo Sum-mercamp” em Peniche no pavilhão da Escola Dom Luís de Ataíde e nas praias da cidade. Nesta sema-na estiveram presentes o Mestre Philippe Montosi 6ºDAN, oriun-do de França e Mestre da Ecole D’arts Martiaux de Toulouse, o Mestre Nuno Dâmaso 6ºDAN, de nacionalidade portuguesa e suíça, que conta já no seu palmarés oito campeonatos nacionais da Suíça em Combate e dois em Poomsae

Encontro Internacional de Taekwondo e o terceiro lugar no campeonato do mundo em 1987 em Barcelona e o Mestre João Correia 6ºDAN, natural de Peniche, instrutor inter-nacional de Ho Shin Sul. Para este Mestre, “o evento correu muito bem. Tivemos a participação de atletas da Noruega, França, Suíça, Paquistão e Portugal”. O encontro contou com a presença de cerca de 60 a 70 participantes durante os dias de semana, número que rondou a centena durante o fim de semana.

O Clube de Ténis de Peniche orga-nizou no fim de semana de 6, 7 e 8 de julho o XVIII Torneio de Ténis – Sardinha Assada nos courts do Parque do Baluarte, em Peniche. Num torneio destinado ao Grupo Veteranos, participaram 40 joga-dores, número superior aos anos transatos, segundo testemunha Ri-cardo Costa, organizador da pro-

Torneio Ténis – Sardinha Assadava. “Comparando com os últimos anos, onde andávamos por volta das 20/30 inscrições, este ano foi bom em termos de participantes e como é hábito o ambiente esteve sempre bom e agradável”. No dia 7, sábado, foi promovida a tradi-cional sardinhada para os jogado-res e acompanhantes.

O tribunal de Peniche condenou no dia 13, sexta feria, a sete anos e seis meses de prisão um homem, julgado por um tribunal de júri, que o considerou culpado do cri-me de tráfico de mais de uma tone-lada de haxixe. O coletivo de juí-zes considerou provados a maioria dos factos constantes da acusação em que o Ministério Público sus-tentava que o homem, de nacio-nalidade estrangeira, faz parte de uma rede internacional de tráfico e que a embarcação foi usada no transporte da droga de Marrocos

Sete anos e seis meses para tráfico de drogapara Portugal. Machado Vilela, advogado do arguido, considerou, no final da audiência, a condena-ção “equilibrada relativamente aos factos considerados provados”, mas discorda do acórdão, defen-dendo que o seu cliente não deve-ria ser condenado como “coautor” mas apenas “como cúmplice”, voltando a sustentar que o mesmo julgava tratar-se de “tabaco e não droga, ao contrário do que o tribu-nal considerou”. Machado Vilela admite recorrer da sentença.

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| concelhos // peniche

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Com o principal objetivo de possibi-litar à população um contacto direto com os livros, há ainda a oportuni-dade de aceder a obras com vários descontos e a livros noutras línguas. A feira conta com a presença de cer-ca de 36 editoras, com alguns mi-lhares de títulos de vários géneros literários. Pode ser visitada também, no mes-mo espaço, a exposição dedicada

16ª Feira do Livro de PenicheA Associação Juvenil de Peniche organiza a 16ª Feira do Livro de Peniche até ao dia 6 de agosto no Clube Recreativo Penichense. O evento abre as portas todos os dias das 15h00 às 23h30

ao livro “Peniche na História e na Lenda”, que assinala os 50 anos da publicação da obra de Mariano Ca-lado sobre a cidade. Paralelamente à feira há um ciclo de cinema, no Auditório do Edifício Cultural do Município de Peniche, onde pas-saram vários filmes baseados em obras literárias, sendo alguns deles, “O escritor fantasma”, realizado por Roman Polanski e baseado no li-

vro de Robert Harris (31 de julho) e “Amigos Improváveis”, realizado por Eric Toledano & Olivier Naka-che e baseado no livro “O segundo fôlego” de Philippe Pozzo Di Borgo (7 de agosto). O certame conta tam-bém com a apresentação de obras li-terárias como, a 19 de julho, “Tanto Mar”, de Pedro Adão e Silva e João Catarino e a 25 deste mês “A mu-lher-casa” de Tânia Ganho.

Os Centros Novas Oportunida-des (CNO) em Peniche esperam manter as suas funções depois das candidaturas em finais de agosto. Os centros da Escola Secundária de Peniche (CNOESP) e da Cerci-peniche já formaram mais de 5000 pessoas.O estudo de avaliação do impacto do Programa Novas Oportunida-des, revelado pelo Governo em maio passado, refere que “o resul-tado no emprego e remuneração foi muito reduzido e os melhores resultados referem-se a quem con-cluiu processos de Reconhecimen-to, Validação e Certificação de Competências (RVCC) profissio-nais, que foram também os menos procurados”. José Monteiro, coor-denador pedagógico do CNOESP, acredita que, apesar das mudanças, estes centros se mantenham em funções. “Temos de aguardar até às candidaturas dos finais de agos-to para saber o futuro. Até foi com espanto nosso que os dois centros se tivessem mantido após as candi-daturas de janeiro, mas esperamos que assim continuem”.Uma das medidas imediatas destes resultados é a passagem do nome de Centros Novas Oportunidades para Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional. Estes passam a assegurar apenas os processos

Esperança na continuação dosCentros Novas Oportunidades

de reconhecimento de competên-cias, encaminhamento de jovens para formação e a ligação entre entidades formadoras e empresas. Esta rede será “redimensionada de acordo com as necessidades regio-nais, tendo em conta o número de jovens que concluíram o Ensino Básico em cada região e o núme-ro de adultos com baixas qualifi-cações”, avançou, à altura, Isabel Leite, Secretária de Estado do En-sino Básico e Secundário. Relativamente ao CNOESP foram apresentados vários números que revelam a distribuição por níveis de qualificação situados entre os 60% para o nível 2 (básico) e 40% para o nível 3 de qualificação (secundário). Para além dos inte-ressados provenientes do Centro de Emprego, “há de salientar os inscritos que têm elevadas expec-tativas quanto à progressão na car-reira, à melhoria das suas situações laborais e a um aumento generali-zado da sua empregabilidade”. Estes reconhecem, continua José Monteiro, que “as qualificações são fundamentais no mercado de trabalho actual e por isso mesmo valorizam o processo de reconhe-cimento, validação e certificação de competências do CNOESP como uma forma de valorização pessoal”.

A 6ª edição do “Vamos Pintar Atou-guia da Baleia” teve lugar no dia 7 deste mês, onde 40 pintores passa-ram o dia nos locais de maior inte-resse da vila para os retratar em tela.António Salvador, presidente da Junta de Freguesia, é o mentor des-ta ideia e apesar de, no início, não esperar que esta atividade tivesse tanto impacto, o que é certo “é que o evento pegou de estaca. É de as-sinalar o número de participantes, vindos de norte a sul do país, que

O pavilhão do Centro Social da Bufarda recebeu, no dia 7 de ju-lho, sábado, a Noite da Mini, um evento de solidariedade para aju-dar o menino João Brilhante, onde foram angariados cerca de 1000 euros para esta causa. Segundo Michel Silva, da organização do evento, os resultados foram posi-tivos. “Superou as espectativas, estiveram cerca de 400 pessoas e foi bom ver tanta gente para ajudar

Noite de festa dá 1000 euros para João Brilhanteuma causa”. Recorde-se que João padece de polimicrogiria, doença que lhe foi detetada aos dois me-ses de idade. A família pretende proporcionar-lhe um tratamento em Cuba com custos a rondar os 10 000 euros. Se ainda não aju-dou o João, uma das formas de o fazer é através de transferência bancária para o NIB 0035 0152 00001742630 02.

“Vamos Pintar Atouguia da Baleia”

O Partido Comunista Português promoveu no passado dia 13, sexta--feira, uma ação de sensibilização e alerta “Pela defesa do nosso setor produtivo” nas ruas de Peniche, em especial no Porto de Pesca e na fá-brica ESIP.Junto à empresa que emprega cerca de 820 trabalhadores, Filipe Rodri-gues, membro da Direção Regional do PCP, aponta as preocupações dos trabalhadores e sindicatos, “a escassez da sardinha, que resulta em grande parte da má planifica-ção e gestão dos recursos, causa a escassez de matéria-prima não só para esta empresa, mas também para as outras indústrias das con-servas e congelados, pondo em risco os postos de trabalho”. Nesta

PCP promove luta pelo setor produtivoação são também apontadas algu-mas soluções, como “a questão dos combustíveis, do rendimento dos pescadores, o aumento do salário mínimo e uma organização dife-rente: queremos uma política que apoie a pesca e o investimento feito nela”, aponta o dirigente sindical. Mariana Rocha, dirigente sindical do SINTAB - Sindicato dos Tra-balhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, sente as di-ficuldades da indústria, “estamos a trabalhar e sentimos que a empresa tem dificuldade em arranjar maté-ria-prima. Estamos sempre à espera de qualquer coisa que nos possa vir a prejudicar, mas se não fizermos nada é que podemos perder tudo”.

participaram neste evento”.Os trabalhos realizados estão ex-postos no espaço museológico do Centro Interpretativo de Atouguia da Baleia até ao dia 1 de setembro. Sendo a Igreja de Nossa Senhora da Conceição um dos locais mais retratados, as alusões católicas, as paisagens da vila e concelho e o mar também não foram esquecidos pelos artistas. “Apesar das participações terem caído relativamente ao ano passado contámos com a presen-

ça habitual de Aires dos Santos e até de uma pintora espanhola, e 40 participantes é um número bastante significativo”, acrescenta António Salvador.

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As Ceias Medievais têm um custo de €35,00 por pessoa (a partir dos 6 anos), que inclui a entrada no mer-cado, o traje e a ceia. Para os inte-ressados neste manjar medieval, os trajes devem ser recolhidos no local do evento das 17h00 às 20h00 e às 20h30 terá início o repasto. Os lu-gares para as ceias deverão ser re-servados até às 24h antecedentes da data pretendida, mediante paga-mento de 50 por cento do valor total da ceia, tendo as reservas que ser

Mercado Medieval aposta na recriação de ceias

levantadas e pagas até às 17h00 do dia pretendido. As ceias têm lugar no palco principal onde decorrem os espectáculos.

Ceia Medieval

Em grande parte da Idade Média, a alimentação da população seria ra-zoável e suficiente para as necessi-dades nutricionais da época, sendo as principais refeições do dia o jan-tar e a ceia. Jantava-se, nos finais do

século XIV, entre as dez e as onze horas da manhã e a ceia tomava-se por volta das seis ou sete horas da tarde, muito próximo do anoitecer. A base da alimentação era essen-cialmente o pão, a carne e o vinho. Contudo existiam outros alimentos e temperos que aludiam alguma abundância e riqueza gastronómica, tendo como principais temperos o vinho, o sumo de citrinos, o azeite, a manteiga para cozinhar e as espe-ciarias para condimentar.

A Innovation Makers, empresa do Parque Tecnológico de Óbi-dos, lançou a mais recente solu-ção Track ‘n Pay, destinada ao mercado das máquinas de venda automática. A Track ‘n Pay é composta por um módulo de hardware a ser ins-talado nas máquinas de venda au-tomática. Atualmente, a solução permite a recolha de um conjunto de indicadores, tais como o núme-ro de vendas realizadas, atos de vandalismo - baseado em infor-mação de movimento da máquina e de corte de alimentação -, altera-ções de temperatura, entre outros.Esta nova solução está enquadra-da em duas frentes, a desmateria-lização do pagamento e a gestão e monitorização remota do parque de máquinas. Esta monitorização permite enviar toda a informação em tempo real para uma compo-nente de gestão central, ficando imediatamente disponível. Podem ainda ser configurados alertas por SMS ou e-mail, permitindo, por exemplo, configurar um alerta

Nova solução de monitorização paramáquinas de venda automática

quando uma determinada máqui-na fica fora de serviço. Para além da monitorização operativa, o módulo de hardware permite ain-da a georreferenciação do parque instalado, sendo possível detetar a localização de equipamentos furtados, uma vez que o módulo alimentado por bateria possui au-tonomia para alguns dias.Em relação à desmaterialização do pagamento, a solução é basea-da na existência de um saldo pré--pago numa instituição financeira ou entidade responsável pela má-quina. Desta forma, a empresa pode explorar o dispositivo nor-malmente, caso possua um espa-ço público com alguma afluência, e pode, ao mesmo tempo, dar o benefício aos seus colaboradores em saldo pré-pago que pode ser utilizado em produtos na máquina em questão. O pagamento pode ser realizado de através do envio de SMS para o número do servi-ço, da utilização de uma aplicação para SmartPhone ou através da tecnologia NFC/Contactless.

O AR4 Light Ray, primeiro avião autónomo português, foi desen-volvido em Óbidos pelo Grupo Tekever e apresentado na Farnbo-rough International Air Show, em Inglaterra, no fim de semana de 14 e 15 deste mês. O AR4 Light Ray é uma aeronave não tripulada para missões militares e civis de informação, vigilância e reconhe-cimento. O Grupo Tekever de-senvolve tecnologias inovadoras para os mercados empresariais, aeroespacial, defesa e segurança, sendo sediada em Lisboa tem ins-talações em Óbidos, onde desen-volveu parte deste projeto.

Primeiro avião autónomo

As Ceias Medievais voltam a fazer parte do cartaz do Mercado Medieval de Óbidos nos dias do evento, de 19 de julho a 12 de agosto, de quinta-feira a domingo, dentro das Muralhas do Castelo

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A Póvoa do Varzim é a cidade or-ganizadora mas o Campo Aventu-ra - Centro de Juventude, Lazer e Desportos, na Quinta Moinho do Pagador, na localidade de Olho Ma-rinho, concelho de Óbidos, foi o lo-cal escolhido para acolher os jovens provindos da Póvoa do Varzim, Eschborn (Alemanha), Montgeron (França) e Zabbar (Malta). Este intercâmbio multilateral de jovens tem como tema o “Diálogo entre Gerações + Sabedoria”, promoven-do aos participantes a reflexão sobre a solidariedade entre gerações como

Campo Aventura recebe jovens internacionais

alicerce essencial de conhecimento e um seguro para o desenvolvimen-to sustentável das sociedades. A escolha deste tema deve-se ao facto de 2012 ser o Ano Europeu para o Envelhecimento Ativo e para a Soli-dariedade entre Gerações.Segundo a organização, o “Diálogo entre Gerações + Sabedoria” preten-de conduzir os jovens por um cami-nho de experiência, de descoberta e de criação, relacionando-os com competências na formação dos in-divíduos. Para tal será instalado um processo metodológico que ajudará

a pôr em prática o projeto com a uti-lização de diferentes instrumentos de interacção, como oficinas temá-ticas e Workshops de desenvolvi-mento, sessões de esclarecimento, jogos interativos de desporto e la-zer, debates, a “Noite da Europa” e a apresentação final do projeto e sessões de avaliação. As oficinas lú-dico-pedagógicas realizam-se com o apoio da Câmara Municipal de Óbidos, para as áreas de Turismo e Desporto, e com o Centro Social de Olho Marinho, para a área de Gas-tronomia.

A Rede de Museus e Galerias e os Serviços Educativos do Mu-seu Municipal de Óbidos promo-vem as oficinas de pintura Férias 2012. Este ano com o tema “Olhar para onde a criança olha, com tintas, pincéis e outras mais”. A iniciativa, dinamizada pela pinto-ra Romarina Passos, acontece no

A 17.ª edição da SIPO, Semana Internacional de Piano de Óbi-dos, decorre de 31 de julho a 11 de agosto no Auditório Municipal da Casa da Música. O evento tem a sua agenda preenchida com atu-ações, uma exposição e as aulas de Master Classe. Estes cursos destinam-se a estudantes de nível profissional, pianistas no início da carreira, professores e jovens pianistas, sendo dada a todos os alunos a oportunidade de atuar em concertos públicos, median-

Oficinas de pinturaMuseu Municipal de Óbidos, às quintas-feiras e sábados, nos me-ses julho e agosto. Para as crian-ças dos oito aos 15 anos, entre as 10h30 e as 12h30, e para adultos, das 14h30 às 17h30. O programa inclui visitas guiadas aos museus e galerias do município.

17.ª edição da SIPOte aprovação de um professor. A exposição mostra as obras de Ale-xandre Soares sobre o tema “A água em contraponto”. O certame conta com as participações de di-versos professores e interpretes, tais como Paul Badura Skoda, da Áustria, Josep Colom, de Espa-nha, Boris Berman, dos EUA e Luiz de Moura Castro, do Brasil. Todos os concertos decorrem no Auditório Municipal da Casa da Música, exceto se houver indica-ção em contrário no programa.

PONTO DE ENCONTROPASTELARIARua do Montepio, 26CALDAS DA RAINHA

CONTRADIÇÃO PASTELARIARua Dr. Miguel Bombarda, 30CALDAS DA RAINHA

E ainda...

Um grupo de 60 jovens de diferentes cidades europeias, com idades entre os 13 e os 18 anos, está no concelho de Óbidos, até 27 de julho, para participar no projeto “Diálogo entre Gerações + Sabedoria”

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Durante cerca de cinco horas, artis-tas locais, artesãos, grupos musicais, cantores (dos quais se destacaram Rebeca, os Némanus, JC e Fernanda Paulo), empresários e autarcas fala-ram da sua terra, dos seus projetos e dos seus anseios. As Faianças Bor-dalo Pinheiro, a Escola de Turismo do Oeste, Ivo Cutelarias, a pastela-ria Machado, o restaurante Adega do Albertino, a Confraria do Príapo, e a Bombondrice foram algumas das presenças nesta emissão onde se iam mostrando imagens dos museus José Malhoa e do Hospital, do Cen-tro de Alto Rendimento de Badmin-

Verão Total da RTP nas Caldas da Rainha

ton ou da praia da Foz do Arelho.Fernando Costa, presidente da câ-mara municipal das Caldas da Rai-nha, aproveitou o seu tempo de antena para chamar a atenção do Governo para a urgência de trans-formações na administração do Hospital Termal, frente ao qual de-correu a transmissão do programa. O edil aproveitou com o tom jocoso que lhe é conhecido para falar de impostos baixos nas Caldas da Rai-nha e do facto de sair da câmara de forma “forçada” “após sete eleições consecutivas com maiorias absolu-tas, sem dívidas”.

Francisco Mendes e Tânia Ribas de Oliveira anfitriões da emissão que percorre o país de norte a sul, mos-traram mais uma vez a sua boa dis-posição, mas sobretudo a sua admi-ração pela cidade termal e por todos os seus encantos.Foi um autêntico postal das Caldas da Rainha no qual estiveram os fa-los, as cavacas, mas também uma série de ideias que mostram que nas Caldas há empresas e organismos que não cruzam os braços perante o momento menos bom que todos atravessamos.

No dia 13 de julho, realizou-se na Escola de Sargentos do Exér-cito (ESE) o encerramento do 24º Curso de Promoção a Sargento - Chefe (24º CPSC), ministrado a 70 Sargentos-Ajudantes, com a duração de 13 semanas no período de 16 de abril a 13 de julho.O CPSC tem como finalidade ga-rantir aos Sargentos-Ajudantes a preparação cultural, técnica e pro-fissional militar necessária à pro-

Curso de Promoção a Sargento chega ao fim

O Paul de Tornada, nas Caldas da Rainha, comemorou, no passado dia 2 de julho, o terceiro ano sobre a classificação como Reserva Natural Local.“A classificação veio essencialmen-te mudar o envolvimento da cidade, que passou a considerar este espaço mais seu e a envolver-se mais na sua utilização”, afirmou aos jornalistas Teresa Lemos, representante do Ge-ota (Grupo de Estudos de Ordena-mento do Território e Ambiente) na gestão da Reserva Natural Local do Paul da Tornada.Reconhecido pela Convenção Ra-msar como Zona Húmida de Im-portância Internacional, o Paúl distingue-se, segundo a mesma res-ponsável “pela sua localização es-tratégica para a preservação das es-pécies”, funcionando como “ponto de descanso essencial para as aves migratórias nas suas deslocações

Paul de Tornada comemora aniversário da Reserva Natural Localentre o Norte da Europa e a África”.Com uma área de 45 hectares, dos quais 25 permanentemente alaga-dos, a reserva localizada a cinco quilómetros das Caldas da Rainha, assume-se como importante fonte de alimento, local de reprodução, abrigo e maternidade para 134 espé-cies de aves.Gerido pela Câmara das Caldas, em colaboração com o GEOTA e a associação ambientalista “Pato”, o Paul prepara atualmente uma can-didatura ao PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural) para avan-çar com um projeto que visa fazer a gestão da vegetação, nomeadamente o corte de caniços que impedem a observação das espécies.O projeto, orçado em 100 mil euros, é financiado a 100 por cento.A câmara pretende igualmente avançar com uma candidatura ao programa Mais Centro, que permi-

ta “criar condições para a criação de receitas próprias que sustentem o espaço”, entre as quais a abertura de uma zona de café e restauração, venda de merchandising (material promocional) e uma horta de plan-tas e ervas aromáticas”, afirmou o vice-presidente da autarquia, Tinta Ferreira.Em dia de aniversário a reserva pro-moveu uma visita ao Paul, durante a qual apenas puderam ser avistados ao longe alguns patos-reais e galei-rões e que culminou com a prova de um licor que tem na sua composi-ção algumas das ervas aromáticas que fazem parte da fauna própria do lugar.Um protocolo com a Escola de Ho-telaria e Turismo das Caldas da Rai-nha vai possibilitar ainda a criação de um licor específico do Paul que vai ser confecionado pelos alunos da escola.

gressão na carreira e a condição especial de promoção ao posto de Sargento-Chefe.A cerimónia foi presidida pelo Comandante da ESE, Coronel de Infantaria, Jorge Manuel Fernan-des Alves de Oliveira, que contou com a presença do corpo docente da escola, e onde foram entregues os diplomas de fim de curso a to-dos os alunos do 24º CPSC.

DmitryM Fotography

O programa da RTP Verão Total esteve nas Caldas da Rainha no início deste mês, numa oportunidade para o concelho da cidade termal ser divulgado não só a nível nacional como para todo o mundo através da RTP Internacional

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O debate que atraiu dezenas de pes-soas ao auditório da Escola Técnica e Empresarial do Oeste, nas Caldas da Rainha, ficou marcado pelas criti-cas do bastonário aos cortes no Ser-viço Nacional de Saúde, cuja dívida, de três mil milhões de euros, pode-ria ser paga com a renegociação das parcerias público-privadas do setor rodoviário.“Não podemos aceitar que se conti-nue a cortar no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que é o melhor servi-ço público português”, afirmou José Manuel Silva, defendendo que “bas-taria a renegociação das parcerias público-privadas no setor rodoviário para pagar a dívida deste que é o me-lhor serviço público português”.

Bastonário da Ordem dos Médicos debateu cuidados hospitalares

José Manuel Silva elogiou o SNS, cujos indicadores da OCDE “coloca entre os melhores do mundo” e lem-brou que a dívida do serviço, orçada em três mil milhões de euros, “é ape-nas 0,5% do total da dívida do país”.Para o bastonário é “essencial” o Governo avançar com a reorganiza-ção dos cuidados de saúde primários e “fundamentar devidamente, com estudos técnicos, os serviços que nos dizem que têm que fechar, com base em estudos sobre os quais nun-ca mostram os resultados”.Defensor de hospitais de proximi-dade o bastonário criticou ainda o sistema de financiamento hospitalar “completamente enviesado” e que “distorce completamente o funcio-

O Centro Hospitalar Oeste Norte vai contratar . 21 médicos para o seu quadro de pessoal, com o ob-jetivo de reforçar a capacidade de resposta em diversas especialida-des.“Esta contratação vai permitir melhorar o atendimento em espe-cialidades existentes e colmatar carências nas valências médicas atualmente não disponíveis na ins-tituição”, informou o Centro Hos-pitalar Oeste Norte em comunicado enviado às redações.As 21 vagas estão distribuídas pelas especialidades de Anestesiologia, Cardiologia, Radiologia, Urologia, Cirurgia Geral, Ginecologia/Obs-tetrícia e Oftalmologia, cada um com duas vagas, Medicina Interna, Medicina Física e de Reabilitação, Dermatologia e Gastrenterologia, com uma vaga cada e Pediatria que apresenta 3 vagas a concurso.De acordo com o CHON os anún-cios dos concursos públicos para

Centro Hospitalar Oeste Norte contrata médicosa contratação foram já remetidos para publicação em Diário da Re-pública, tendo sido já publicados os das especialidades de Aneste-siologia, Cardiologia, Gastrente-rologia, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina Física e de Reabilitação, Medicina Interna, Oftalmologia, Pediatria e Radiologia.O Hospital estima que a publica-ção dos restantes ocorra até ao fi-nal de julho.O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Oeste Norte considera que o preenchimento das vagas vai permitir o reforço das especialidades médicas, “tor-nando assim possível prestar um serviço mais célere e abrangente aos utentes evitando, nalguns ca-sos, a necessidade de encaminha-mento para outras unidades de saúde e garantindo melhores cui-dados de proximidade”, conclui o comunicado.

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José Manuel Silva, e Ana Escoval, da Escola Superior de Saúde Pública, foram os con-vidados do movimento cívico “Pelo Nosso Hospital”, num debate sobre a reorganização dos serviços de saúde, realizado na noite de dia 13 de julho

namento dos hospitais”.A cirurgia de obesidade, “que poupa dinheiro ao erário público e está pra-ticamente suspensa, quando devia ser quase obrigatória para os diabéti-cos” foi um dos exemplos apontados por José Manuel Silva.“Há pessoas que decidem sobre saú-de como se pudessem resolver as questões com um passe de mágica e que pensam que se fecharem os hospitais os doentes desaparecem”, afirmou.No debate, Ana Escoval defendeu, por seu lado, a continuidade dos hospitais de proximidade e que os serviços hospitalares sejam adequa-dos às “reais necessidades das popu-lações”.

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17 julho 2012

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17 julho 2012 | SUPLEMENTO ESPECIAL 1

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17 julho 2012

Ida Guilherme é uma das rendilherias mais antigas e mediáticas de Peniche. Desde os seus quatro anos de idade que faz Renda de Bilros, mas hoje, com 81 anos, teme pelo futuro da arte

grande medida pela moda.

Existem estratégias para aumentar essa pro-cura e a oferta?Temos verificado alguns benefícios diretos para as rendilheiras, desde logo, com aplicação des-ta arte em artigos de vestuário e acessórios de moda e, mais recentemente, com a aplicação na joalharia. Além disso, acreditamos que a proje-ção que tem sido conseguida no que respeita a este saber-fazer ancestral pode contribuir, em muito, para o aumento da notoriedade dos nos-sos produtos, alavancando assim este setor.

As iniciativas ligadas a esta arte, como as ex-posições em vários pontos do país e a Renda de Bilros nas Escolas, têm que finalidade? Todas as atividades promovidas em torno deste ex-libris do artesanato local visam cumprir dois objetivos. A exposição itinerante, tal como ou-tros eventos associados a esta arte, pretende dar a conhecer o que de melhor se faz por cá, des-pertando o interesse pelas nossas Rendas junto de novos públicos (nacionais e internacionais). A captação de novos públicos visto que este se-tor se depara com um forte envelhecimento dos seus protagonistas. O projeto “As Rendas de Bilros regressam à Escola” pretende colmatar esta situação, através da renovação do interesse por esta arte. É dinamizado junto de todas as Escolas Básicas do 1º ciclo do Concelho de Pe-niche e envolve cerca de 1200 crianças, todos os anos. Esta iniciativa tem dado frutos que se refletem na crescente afluência de crianças à nossa Escola de Rendas para a aprendizagem desta arte.

Quais têm sido as atividades com maior im-pacto e adesão?O impacto das atividades não deve medir-se apenas com base em índices de participação/adesão. Deve medir-se também tendo em conta os objetivos que estão na sua génese. A Mostra

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Qual a origem da ligação de Peniche com a Renda de Bilros?A Renda de Bilros de Peniche remonta aos fi-nais do Séc. XVI, inícios do século XVII. Al-guns autores defendem a importância das trocas mercantis estabelecidas entre os marinheiros e pescadores, enquanto via de transmissão deste saber que se tornou no ex-libris do artesanato de Peniche. Este entendimento parece confir-mar a máxima “terra de redes, terra de rendas”, associando-o à cultura costeira. Peniche, en-quanto território abraçado pelo mar, não podia fugir à regra. Sabemos que foi um dos centros mais importantes da arte de rendilhar até ao sé-culo XIX e que a notoriedade das nossas rendas era tal que toda e qualquer renda produzida em Portugal era conhecida por Renda de Peniche.

Que impacto têm as rendas na economia lo-cal?Outrora, a dedicação a esta arte, em especial por parte das mulheres dos pescadores, assu-miu-se como uma economia de recurso, visto complementar os diminutos salários prove-nientes da pesca, em tempos de defeso. Hoje, os impactos na nossa economia local são mais reduzidos, isto porque a Renda de Bilros, como qualquer outro produto, está sujeita às leis da procura e esta, por sua vez, é influenciada em

"Renda de Bilros de Peniche"Jorge Amador, vice presidente da Câmara Municipal de Peniche, é quem dá a face pela divulgação e dinamismo da Renda de Bilros. Explica um pouco da história desta arte, o seu presente e futuro, na cidade e fora dela

No tempo em que a Renda de Bilros era práti-ca comum na comunidade estudantil e jovem da cidade, em escolas onde se lecionava a arte, Ida Guilherme aprendeu a fazer por gosto, mas também devido às dificuldades. “Sempre fui uma pessoa interessada na renda. Quando a minha mãe não me dava umas sandálias eu pegava num cartão grosso e com um bocado de renda fazia umas sandálias, o que também acontecia para fazer uma rede para o cabelo em Renda de Bilros, até fazia quadros quando tinha namorado com o nosso nome”.O som do tilintar entre os bilros adivinha uma tarefa difícil, mas Ida diz que “a Renda de Bilros é uma coisa simples. No fundo é o cruzamento de quatro bilros, como se faz uma trança de cabelo, depois é a junção desses bil-ros com outros que vêm do lado, porque há um pico, e esse tem um desenho que é picado e em cada pico tem de ter um alfinete para segurar as linhas. Basicamente é o cruzamento dos fios

com os pontos que existem que formam a ren-da”. Simples.Ida Guilherme está preocupada com o futuro da Renda de Bilros e de outras tradições de Peniche, por isso está prestes a editar um livro a apresentar no dia 26 de julho. “Há muita coisa que está a desaparecer e outras já desa-pareceram, mas nós temos de lutar para que não desapareçam as que estão a desaparecer e se reanime aquelas que já desapareceram, como a construção de barcos que empregava muitas pessoas em Peniche”.Vila do Conde partilha o estatuto de capital da Renda com Peniche. “A nossa é mais famosa porque a Renda de Bilros portuguesa era co-nhecida como a Renda de Bilros de Peniche. Quase em todas as terras da costa havia renda de bilros, mas foram desaparecendo”. Apesar da semelhança entre os trabalhos apresentados pelas rendilherias das duas cidades, Ida Gui-lherme explica que “em Peniche trabalhamos

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Ida Guilherme é uma das rendilherias mais antigas e mediáticas de Peniche. Desde os seus quatro anos de idade que faz Renda de Bilros, mas hoje, com 81 anos, teme pelo futuro da arte

ral, a recompensa é diferente. “Todos ficam encantados de ver fazer renda, de ver aquele trabalho crescer do nada. É uma coisa que até a nós impressiona e emociona porque ficamos ligados a ela e temos muita pena que acabe, se acabar”.

Internacional de Rendas de Bilros tem aumen-tado consideravelmente o número de comitivas estrangeiras que integram o evento, posicio-nando-se como um dos eventos mais emblemá-ticos desta natureza, na Europa. Os workshops sobre Renda de Bilros de Peniche que foram dinamizados junto de muitos dos formandos do Modatex - Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confeção e Lanifí-cios, nos seus vários Polos (Lisboa, Porto, Co-vilhã, Vila das Aves, Barcelos) para aplicação de Renda de Bilros em vestuário e acessórios de moda. A exposição itinerante que estrate-gicamente tem sido integrada em eventos cuja afluência de turistas e visitantes é acentuada. A participação no Concurso de Renda de Bilros, pioneiro na Europa, que tem conseguido um número considerável de novas participações e de novos trabalhos a concurso, entre outros.

Como surgiu o processo da criação do museu de rendas de bilros e como está a decorrer?A criação do futuro Museu das Rendas de Bil-ros é um projeto com muitos anos de espera. Irá permitir o reconhecimento e a valorização da Renda de Bilros de Peniche enquanto elemento de reforço da matriz identitária da comunida-de e vetor de diferenciação territorial. O futuro museu será o ícone mais emblemático no que respeita à preservação e conservação das nos-sas rendas. Pretende-se que este museu seja um museu vivo e sentido por toda comunidade.

Qual o número de rendilheiras (os) dedica-das a esta arte atualmente? Já houve maior ou menor adesão? Dos registos efetuados no âmbito da partici-pação de rendilheiras no nosso Concurso de Renda de Bilros e na Mostra Internacional de Rendas de Bilros, apontamos para a existência de cerca de 414 rendilheiras. Embora admita-mos que nem todas as rendilheiras possam estar no ativo, denotamos um aumento do número de

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“ SEM ESQUECER DE PROVAR ASOPA DE PEIXE COMO NINGUÉM FAZ”

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"Renda de Bilros de Peniche"Jorge Amador, vice presidente da Câmara Municipal de Peniche, é quem dá a face pela divulgação e dinamismo da Renda de Bilros. Explica um pouco da história desta arte, o seu presente e futuro, na cidade e fora dela

crianças e jovens (148). Um facto interessante é que existem 3 indivíduos do género masculino. Este dado contraria, de certa forma, o estigma de que esta arte é apenas para pessoas do géne-ro feminino.

As atividades internacionais, como o proto-colo com a cidade espanhola de Camariñas e a italiana de Novedrate e agora a Mostra Internacional de Renda de Bilros, têm dado visibilidade no exterior?O protocolo estabelecido permitirá estreitar a colaboração com ambos os países no que res-peita à criação de projetos que visam a promo-ção e sustentabilidade da Renda de Bilros. A Mostra Internacional de Renda de Bilros tem vindo a assumir-se como um dos eventos com maior interesse a nível Europeu. Este facto reflete-se pela crescente participação de comi-tivas estrangeiras desde o ano de 2006 e pela forte adesão da comunidade de Peniche, de tu-ristas e visitantes ao evento, dando visibilidade às nossas rendas e à nossa cidade.

Que futuro prevê para a Renda de Bilros?O caminho para o alcance de um futuro risonho para as nossas rendas está traçado. Sabemos que existem potenciais públicos e mercados que têm especial interesse por produtos arte-sanais e que a tendência para uma espécie de revivalismo e para a apreciação de produtos di-ferenciados com valor acrescentado caracteriza a procura deste tipo de produtos. Esta tendência e as características peculiares inerentes à nossa Renda de Bilros e às nossas rendilheiras, se po-tenciadas e devidamente promovidas, poderão estimular o setor, quer pela renovação dos seus protagonistas, quer pelo retorno financeiro para os artesãos. A nossa estratégia de promoção e revitalização tem contribuído para a continui-dade deste elemento tão próprio da nossa cul-tura e, esperamos, para um futuro próspero do setor e de todos os seus intervenientes.

com as mãos voltadas para cima, o que dá uma firmeza maior no aconchegar dos fios e em Vila do Conde trabalha-se com as mãos no sentido inverso, é mais um afastar dos Bilros, o que lhes permite trabalhar mais rapidamen-te. A nossa fica mais lisa e estampada.Um centímetro pode levar uma hora a fazer, conforme os pontos – se forem largos é mais rápido, se forem juntos é mais demorado. Se juntarmos estes centímetros todos para com-pletar uma peça, “normalmente demoram alguns meses a fazer. Fizemos, eu e a minha irmã, uma cortina para o sacrário da Igreja de São Pedro que demorou cerca de cinco meses”. Esse trabalho compensa? (moneta-riamente) “As rendas são muito mal pagas, é um trabalho muito demoroso e algumas obras têm um valor incalculável porque são únicas, já ninguém faz outra peça igual. Apesar desta peça não estar à venda, nunca a vendia por menos de mil euros”. Do ponto de vista mo-

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17 julho 2012SUPLEMENTO ESPECIAL | 17 julho 20124

DESCONTO NÃO ACUMULÁVEL

Para Quim Zé, proprietário da loja “O Brin-calhão”, a Renda de Bilros surgiu como uma paixão. “Foi uma paixão que eu tive que me levou a formar a oficina de Renda de Bilros “O Brincalhão”. Mas com o declinar da situação do pais as vendas começaram a ser mais fracas e não tivemos o poder para manter a oficina em funcionamento, hoje ainda tenho 15 se-nhoras a trabalhar, cada uma em sua casa, e as vendas ainda se vão fazendo, não como antes, mas ainda se fazem”.A renda podia até ser uma solução para a crise económica, segundo opinião de Quim Zé, “No tempo em que foram dinamizadas pelo Padre Bastos serviam para poder ajudar as mulhe-res a trabalhar as rendas de bilros a ser um complemento dos homens do mar. Será que com esta crise podemos precisar também des-ta dinâmica? É dos humildes que nascem os

Quim Zé, não só rendilheiro, é um dos porta-estandarte com o objetivo de não deixar esquecer a arte e Vítor Marques dá uma ajuda, apesar da pouca esperança

as peças de 30 ou 40€ não vendi. Temos de investir no que é mais forte”, aconselha Quim Zé. “Ter o Vítor Martins a trabalhar ao vivo na feira foi um chamariz para os curiosos.”A coqueluche desta arte, hoje com 21 anos, de-dica-se à Renda de Bilros desde os 7. “Passava muito tempo em casa da minha avó e come-çou-me a despertar a atenção como é que ela trocava os bilros. Comecei a apanhar o bicho e um dia em que ela não estava comecei a me-xer naquilo, não sei se saiu bem ou mal, mas comecei a pedir a ela para me ensinar e após alguma negação inicial foi-me explicando como se fazia e foi-me despertando cada vez mais a atenção”. Apesar de apreciarem o seu trabalho e as suas obras darem que falar não vê a arte como um caminho de futuro. “Faço apenas quando tenho tempo disponível, como um passatempo. Até porque acho que não tem grande futuro, nem para mim nem para as ren-das em geral, as pessoas já não ligam à Rendas de Bilros”, assume Vítor Marques.

grandes senhores e pode ser pela humildade do artesanato que se venham a criar soluções…”Este ano o Turismo do Oeste não esteve presen-te na FIA, Feira Internacional de Artesanato, em Lisboa, logo, a Câmara Municipal de Peniche também não divulgou as suas atividades. Con-tudo, “O Brincalhão” recebeu um convite atra-vés do Portugal Rural para expor as suas obras e as vendas não correram tão mal quanto isso. “O que for de mais raro, o que é mais difícil de

fazer, é o que se consegue vender mais. Quem tem poder de compra é a classe alta, e temos que trabalhar para essa classe e apresentar o que temos melhor, ou seja, o mais caro, que demore mais tempo a fazer. O que vendi em Lisboa foram rendas de flores e de tranças, que são rendas raras, mais difíceis e demoradas de fazer”. E o preço destas raridades? “O preço varia, mas vendi uma peça de 1.500 euros que demora cerca de 4 a 5 meses a fazer e se calhar

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região |

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MUNICÍPIO DE PENICHE

Aviso

Revisão do Plano DiretorMunicipal de Peniche

António José Ferreira Sousa Correia Santos, Presidente da Câmara Muni-cipal de Peniche, torna público, nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 74.º e no n.º 2 do artigo 77.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na redação atual conferida pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro, que, a Câmara Municipal de Peniche, na sua reunião pública ordiná-ria de 12 de junho de 2012, deliberou aprovar o inicio da Revisão do Plano Diretor Municipal, com base nos pres-supostos do relatório de fundamentação e da proposta de metodologia, presentes e aprovados na mesma reunião.Foi também deliberado fixar o prazo de 3 anos para elaboração da respetiva re-visão, a contar da deliberação de 12 de junho de 2012, bem como um prazo de 30 dias úteis, a contar da publicação do presente aviso no Diário da República, para o período de participação pública preventiva, durante o qual os cidadãos interessados poderão, formular ob-servações ou sugestões, apresentarem ou obterem informações ou esclareci-mentos, sobre quaisquer questões que entendam dever ser consideradas no âmbito da revisão do Plano Diretor Mu-nicipal de Peniche. As sugestões e ou-tras informações atrás referidas deverão ser apresentadas por escrito e dirigidas ao Presidente da Câmara, entregues em mão na secretaria da Câmara, por e--mail ([email protected]), ou por correio para Câmara Municipal de Peniche, Largo do Município, 2520 – 239 Peniche.Quaisquer esclarecimentos que se mos-trem necessários poderão ser obtidos no Departamento de Planeamento e Ges-tão Urbanística, sito na Rua Vasco da Gama, nº 45, 2520 – 492 Peniche, onde o processo de revisão do Plano Diretor Municipal de Peniche também se en-contra disponível para consulta, durante o período supra indicado, nos dias úteis, das 9 horas às 13 horas e das 14 horas às 17 horas. A deliberação em apreço será publicitada nos termos legalmente previstos.

Peniche, 25 de junho de 2012 – O Presi-dente da Câmara, António José Ferreira Sousa Correia Santos.

A câmara do Bombarral está a promover mais uma edição das Férias Desportivas, com o intuito de ocupar os jovens de uma forma saudável e divertida durante o perío-do das férias de Verão.A iniciativa destina-se aos jovens com idades compreendidas entre os seis e os 11 anos e está dividida em quatro turnos, realizando-se as atividades entre as 9:00 e as 12:30 e entre as 14:00 e as 17:30.O primeiro turno decorreu de 18 a 30 de ju-nho, o segundo decorre de 2 a 14 de julho, o terceiro de 16 a 31 de julho, enquanto o quarto irá ter lugar de 3 a 12 de setembro.A autarquia preparou um atrativo progra-ma composto por várias atividades de âm-bito desportivo, recreativo e cultural. A componente desportiva acaba por ser a que tem maior destaque, sobretudo pela importância da prática regular da atividade física, nomeadamente no combate à obe-sidade infantil, problema que tem vindo a crescer junto das crianças portuguesas.Natação, basquetebol, futebol, andebol, ginástica e patinagem são algumas das mo-dalidades que os jovens têm oportunidade de praticar, às quais se juntam ainda os jo-gos tradicionais e os passeios pedestres.Na vertente cultural, a atividade proposta aos mais novos está relacionada com a arqueologia e incluiu a participação numa escavação arqueológica, onde podem ficar a conhecer os métodos e algumas das ferra-mentas usadas pelos arqueólogos no decur-so dos trabalhos, que neste caso resultaram na descoberta de um saco com a imagem daquela que será a mascote da Sala de Ar-queologia do Museu Municipal.As crianças têm ainda oportunidade de mostrar a sua criatividade artística no ate-lier de trabalhos manuais, onde são desa-fiados a elaborar peças em barro e com material reciclado.As incrições podem ser feitas na Piscina Municipal do Bombarral.

Bombarral promove FériasDesportivas

No próximo dia 28 de julho, sábado, de-corre a 4ª Feira de Artesanato, Velharias e Colecionismo do Município do Cadaval. Esta iniciativa realiza-se mensalmente, ao quarto sábado de cada mês, no centro da vila. Nesta poderá encontrar múltiplos ar-tigos de artesanato, velharias, antiguidades e colecionismo. A feira, sita na Praça da República e zona envolvente, está aberta à participação de artesãos, empresários, associações/coletividades, entre outros in-teressados, tendo atingido, numa das ante-riores edições, a meia centena de partici-pantes. Para participar poderá preencher o requerimento, disponível no site do muni-cipal, em www.cm-cadaval.pt, e entregá-lo conjuntamente com outros documentos até à primeira quarta-feira de cada mês.

Feira mensal no Cadaval

Miss RepúblicaPortuguesa 2012 pode ser das Caldas

Vanessa Henriques, natural das Caldas da Rai-nha pode tornar se este mês na Miss República Portuguesa 2012,um concurso de beleza que percorreu Portugal de norte a sul na captação de jovens de todos os distritos do país e co-munidades portuguesas radicadas em todo o mundo.Depois de ganhar as etapas do concurso que decorreram no Bowling Caldas nas Caldas da Rainha e na Discoteca Green Hill na Foz do Arelho, Vanessa Henriques passou em todas as eliminatórias até ser apurada para um está-gio que a levou até Cabo Verde.O concurso Miss República Portuguesa é con-siderado o maior evento de beleza português, tendo como objetivo eleger as mulheres que irão representar Portugal, entre outros, nos concursos internacionais Miss Mundo, Miss Internacional, Miss Turismo Queen Interna-tional e Miss Princess of The World.Vanessa Henriques é funcionária da Óbidos Criativa, empresa municipal do concelho de Óbidos, estuda psicologia e é professora de dança num projeto seu. Faz ainda parte do corpo de bailarinas da irmã, a cantora Rebe-ca. Para além de ter dado alma (e corpo) em vários trabalhos de moda, esta jovem caldense foi já rainha do Carnaval das Caldas da Rainha por duas vezes, participou em várias teleno-velas, nomeadamente na série Floribella. A participar neste concurso, mais pela experiên-cia que pretende retirar do que por qualquer prémio que possa vir a ganhar, Vanessa Hen-riques não tem dúvidas em afirmar: “acredito que a verdadeira beleza das pessoas está no seu interior e isso é difícil de avaliar. Por outro lado, Camões não estava errado quando disse que «a beleza está nos olhos de quem a vê». Apesar da honra que me foi dada ao vencer as diversas eliminatórias, não participo neste concurso para ganhar seja o que for, mas gos-tava de poder através dele chamar a atenção para vários problemas da sociedade que atin-gem principalmente as mulheres.” Com muito charme, mas sobretudo com uma humildade fora de série, a caldense tem captado a atenção da produção e até das outras concorrentes.Está a decorrer uma votação no Facebook (encontre o link na página da 102 FM Rádio) assim como vários concursos paralelos no sen-tido de apurar as melhores das melhores em diversas áreas.A final está marcada para o último fim-de--semana de julho em Sintra.DmitryM Fotography

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17 julho 201210

| necrologia

Maria Adelaide de Castro

09.11.1931 | 19.06.2012PENICHE Seus familiares, na impossibilidade

de o fazerem pessoalmente, vem por este meio, com eterna gratidão e profundo reconhecimento, enalte-cer e dar graças a todos quantos lhes deram conforto, acompanhando a sua ente querida até à sua última morada, ou que, de qualquer forma lhes apresentaram condolências.Que a sua alma descanse em Paz!

Agência Funerária D. Pedro I, Lda. | Tlm: 965 663 679 / 960 300 333

Carlos Amaro Pacheco Serra

06.07.1942 | 06.07.2012PENICHE Sua esposa, filha, genro e netos, na

impossibilidade de o fazerem pessoal-mente, vem por este meio, com eterna gratidão e profundo reconhecimento, enaltecer e dar graças a todos quantos lhes deram conforto, acompanhando a sua ente querida até à sua última mo-rada, ou que, de qualquer forma lhes apresentaram condolências.Agradecimento especial aos Bom-beiros Voluntários de Peniche pelos cuidados prestados ao nosso ente que-rido. Bem hajam.

Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368

Fernando Luís Malheiros Lopes Maria Aurora G. N. Mauprivez

08.08.1936 | 11.07.2012 06.11.1938 | 25.06.2012PENICHE PENICHENunca te vamos esquecer. Pessoas

especiais como tu nunca morrem, partem um pouco mais cedo. Estarás sempre nos nossos corações.Eterna saudade da sua esposa, filhos e netos.Agradecimento aos Bombeiros Vo-luntários de Peniche pela sentida homenagem que prestaram ao nosso ente querido, assim como, a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada. Bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma nos manifestaram o seu pesar.Bem hajam.

Seu marido, filhos, nora e netos, na impossibilidade de o fazerem pes-soalmente, como seria sua vontade, servem-se deste meio para agradecer e dar graças a todas as pessoas que assistiram às cerimónias fúnebres e acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368

Lúcia da Conceição Maria João Miguel Santos da Fonseca

13.05.1929 | 10.06.2012 12.12.1978 | 06.05.2012PENICHE PENICHESeus filhos, noras e netos, na im-

possibilidade de o fazerem pessoal-mente, como seria sua vontade, ser-vem-se deste meio para agradecer e dar graças a todas as pessoas que assistiram às cerimónias fúnebres e acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Sua esposa, filha e restante família, na impossibilidade de o fazerem pes-soalmente, como seria sua vontade, servem-se deste meio para agradecer e dar graças a todas as pessoas que assistiram às cerimónias fúnebres e acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368 Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368

Mário Alberto Gomes Ferreira João Maria Pereira

20.02.1958 | 25.06.2012 11.01.1925 | 23.06.2012ALTO DO FOZ ATOUGUIA DA BALEIASua esposa, filhos, nora e genro, na

impossibilidade de o fazerem pes-soalmente, como seria sua vontade, servem-se deste meio para agrade-cer e dar graças a todas as pessoas que assistiram às cerimónias fúne-bres e acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qual-quer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Seus filhos, nora, genro e netos, na impossibilidade de o fazerem pes-soalmente, como seria sua vontade, servem-se deste meio para agradecer e dar graças a todas as pessoas que assistiram às cerimónias fúnebres e acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

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eventos |

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Carnaval de Verão Peniche 2012As ruas da cidade encheram-se de cor, com vinte grupos, traduzidos em mais de meio milhar de foliões, a desfilar ao som das suas músicas, termi-nando com uma exibição em palco na Ribeira Velha

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| eventos

35º Troféu Joaquim AgostinhoA 3ª e última etapa do 35º Troféu Joaquim Agostinho teve início em Atouguia da Baleia pela segunda vez consecutiva. O prólogo culminou no Alto da Carvoeira, Torres Vedras, com a vitória de Ricardo Mestre, a 20 segundos de Iker Camaño, camisola amarela aquan-do do início da prova na vila

Realizou-se no passado dia 15 a 2ª Travessia em KiteSurf, com seis participantes a cum-prirem o traçado Camboa, Berlenga e de volta à Camboa

2ª Travessia emKiteSurf de Peniche

Carlos Tiago

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opinião |

António Marques

Tiago Gonçalves

Passou um ano desde que o PSD e o CDS-PP chegaram ao governo, fruto das eleições legis-lativas antecipadas, por sua vez, consequên-cia da rejeição do Programa de Estabilidade e Crescimento - PEC4 -, que originou a demis-são de José Sócrates. Perante um cenário nacional e internacional particularmente difícil, agravado pela especu-lação dos mercados financeiros, onde esta crise começou, o então governo socialista não teve outra opção se não, rejeitado o PEC4 e a bra-ços com a pressão dos financiadores externos, recorrer a ajuda externa, que trouxe até nós a agora famosa troika. Carlos Costa - insuspeito governador do Banco de Portugal - reconhe-ceu recentemente ao Público ter testemunhado que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu não queriam que Portugal fizesse um pedido de assistência financeira, igual ao gre-go e ao irlandês, e que estavam empenhados na aprovação do PEC4. Mas, a oposição, à época no parlamento, – PSD, CDS-PP, CDU e BE – agiu pensando primeiro no seu calendá-rio e na sua agenda política, em vez de seguir o que todos os dias se vem a confirmar ter sido o melhor caminho para o país.Um ano após o país ter sido empurrado para os braços da troika, quando podia não o ter sido, vê-se a braços com um cenário de empobreci-mento económico e social, com um aumento galopante do desemprego, das falências e da emigração. É sobre este pano de fundo que alguns dos partidos políticos que puxaram o tapete ao país agem como se nada fosse com

Os portugueses já estão cansados de duas caras

eles, ou pior, acusando tudo e todos. Agora fazem manobras, cartazes e declarações com pompa a fim de passar pelos pingos da chuva, como se nada fosse com eles.O que mais me choca, hoje, é ver saltar a ter-reiro o Partido Comunista e o Bloco de Es-querda que se aliaram à direita para provocar a queda de um governo com políticas de es-querda. Mas, atenção, o PCP e BE em pronta resposta dizem que aquele não era um governo de esquerda. Estamos sempre a aprender! Um governo que criou programas sociais como o complemento solidário para idosos, que criou estágios profissionais na adminis-tração pública do Estado e na administração local, que iniciou um amplo programa de re-qualificação de escolas, que desenvolveu um ambicioso programa de criação de creches e lares de idosos em parceria com instituições sociais, que procedeu à isenção de taxas mo-deradoras no Serviço Nacional de Saúde para os que menos têm, ora bem, esse governo para o PCP e BE, pasme-se, não era de esquerda. Alguém tem dúvidas de que hoje o governo que está no poder tem produzido os mais gra-ves ataques às conquistas do Estado Social que a esquerda sempre defendeu!? É notório que não. E o ataque que tem sido feito à saú-de, à educação pública, à segurança social só teve caminho aberto porque à esquerda do PS se olhou mais para os dividendos eleitorais do que para o interesse dos portugueses.É por isto que me choca ouvir discursos de quem só sabe atacar tudo e todos, não se res-

ponsabilizando por absolutamente nada. É certo que se cometeram erros, em todas as go-vernações se cometem. É certo que ninguém é perfeito, mas o maior erro e aquele que mais caro os portugueses estão a pagar, nos dias que correm, reporta-se à má opção que os partidos políticos fizeram na rejeição do PEC4.É por isso que digo que os portugueses já es-tão cansados de duas caras na política, mas mesmo assim há quem persista em seguir esse rumo, como se as pessoas já não percebessem o que está em causa. Eu confio nos portugue-ses e no seu julgamento, mas também na sua força para ultrapassar esta crise.

A Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), chegou ao fim com um retrocesso quando se compa-ram os seus resultados com os avanços obtidos na conferência anterior, a Eco92.Os dirigentes mundiais esqueceram assuntos fundamentais ao não darem relevo à educação como instrumento pedagógico e fundamental no que diz respeito às relações que se querem inovadoras entre a ética e meio ambiente. A economia verde defendida pelas autoridades governamentais foge do debate central de de-senvolvimento de uma política ambiental que promova o crescimento sustentável.A conferência Rio+20 ao apontar economia verde como estratégia e motor de sustentabili-dade na área do emprego, pode tornar-se uma ameaça muito séria em relação ao ambiente se tal desiderato vier a significar de alguma for-ma a privatização e a mercantilização dos bens naturais, como a água, o ar, as energias e a bio-diversidade. Se é esta a ideia que os respon-sáveis mundiais têm sobre economia verde, então esta direcção é eticamente inaceitável.A verdade é que também a crise financeira nos Estados Unidos e nos países europeus pesa-rá fortemente na construção de uma agenda mundial de preservação ambiental e desenvol-vimento com sustentabilidade.A cimeira que se esqueceu do fundamental ainda usou o tempo de que não dispunha para tratar pasme-se “do direito reprodutivo da mulher” cuja relação com o ambiente é por demais ambíguo e deveria merecer outro res-peito.A conferência terminou com uma longa lista de promessas para avançar para uma “econo-mia verde” que freie a degradação do meio ambiente e combata a pobreza, sob o fogo das

A Conferência do Rio sobre Ambiente Sustentável

críticas por falta de metas vinculantes e finan-ciamento.A cúpula, a maior da história da ONU, reu-niu durante 10 dias líderes e representantes de 191 países, 20 anos depois da histórica Rio92 no Rio de Janeiro, que tomou decisões para combater as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a desertificação.Apesar do texto final ter merecido o elogio do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que afirmou tratar-se de um “bom documen-to, uma visão sobre a qual podemos construir nossos sonhos”, a sociedade civil, denunciou o “fracasso” e a falta de ambição da Rio+20.Concordemos que as conclusões finais são demasiado abstractas e não correspondem à realidade, e nem sequer no Rio se deu enfase a um fenómeno mundial no qual as corporações poluidoras e aqueles que destroem o meio am-biente dominam os meandros da economia.Verdade se diga que as principais ameaças ao planeta foram identificadas, entre elas a deser-tificação, o esgotamento dos recursos pesquei-ros, a contaminação, o desmatamento, e extin-ção de milhares de espécies e o aquecimento climático, que foi aliás catalogado como “um dos principais desafios de nossos tempos”. No texto final de 53 páginas, a principal conclusão afirma que “Renovamos os nossos compromissos com o desenvolvimento sus-tentável, para garantir a promoção de um fu-turo economicamente, socialmente e ambien-talmente sustentável para o nosso planeta e para as gerações futuras e presentes” podemos ler no texto final de 53 páginas. “Para 2030, precisamos de 50% mais alimentos, 45% mais energia e 30% mais água apenas para viver como vivemos hoje”.Ora para 2050, estima-se que a população

mundial será de cerca de 10 mil milhões de seres humanos e não se alcança de maneira al-guma como é que o mundo pensa sustentar de forma digna a população do globo.A declaração impulsiona a transição para uma “economia verde”, um conceito promovido pelos europeus, mas criticado por vários paí-ses em desenvolvimento e ativistas que temem que represente a mercantilização da natureza e promova o protecionismo em detrimento de nações pobres.O G77 (Grupo dos 77 países em desenvolvi-mento) mais a China pediu no início da confe-rência um fundo de 30 mil milhões de dólares para conseguir cumprir as metas socio-am-bientais, mas num contexto de crise econômi-ca mundial, a resposta contida no texto final não define cifras, o que pode ser considerado muito grave.Quanto ao Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente), o qual os europeus queriam transformar em organização mundial, decidiu--se que por enquanto apenas será fortalecido, prevalecendo a ideia dos americanos.Quase poderíamos concluir que a Cúpula dos

Povos e a Cúpula Empresarial, eventos para-lelos que decorreram durante a Conferência Rio+20, foram mais produtivos, com troca de experiências e centenas de compromissos vo-luntários anunciados por empresas para redu-zir as emissões de CO2.

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FESTACASAL MOINHODecorre de 20 a 23 de julho a Festa em Honra do Imaculado Coração de Maria no Casal Moinho, Peniche.A animação dos bailes é assegurada pelo grupo Nauitilus na sexta dia 20, Made in Portugal no sábado 21, domingo 22 é a vez da Nova Ban-da e por fim a segunda-feira com o grupo Ganda Onda. Destaque ainda para a actuação da Marcha do Casal Moinho, sábado às 16h30 e do DJ Cruz que anima todas as noites a partir das 2h30.

FEIRA DO LIVROPENICHEEstá aí a 16ª edição da Feira do Livro, organizada pela Associação Juvenil de Peniche e que terá lugar no Clube Recreativo Penichense até 7 de Agosto.Como já vem sendo hábito, a par do certame pode assistir a um ciclo de filmes baseados em obras literá-rias e à apresentação de livros pelos seus autores.

Destaque nesta quinta-feira 19 para a apresentação do livro “Tanto Mar” de Pedro Adão e Silva e de João Catarino, uma obra com refe-rências a Peniche, às 21h30 e à mes-ma hora mas de sexta-feira decorre a atividade “A Poesia anda por aí”, dinamizada pelo município. Sábado 21 às 18h30 é apresentado o livro “ABC da Música” da Classic Art Piano Academy e terça 24 o filme “A Toupeira” baseado na obra de John Le Carré. Os filmes serão pro-jetados no Auditório Municipal.

ENCONTRO DE BANDAS ATOUGUIA DA BALEIAEste sábado 21 de julho a Atouguia da Baleia volta a receber mais um encontro de bandas filarmónicas.A 5ª edição deste evento conta com a Banda Clube Pardilhoense de Pardilhó - Estarreja, a Banda da Sociedade Musical Odivelense de Odivelas e a Banda da Sociedade Filarmónica União 1º de Dezembro de 1902 de Atouguia da Baleia.A chegada das bandas é às 16h30 à

sede da banda da casa seguindo de-pois em desfile até ao Largo de São Leonardo para consequente receção na sede da Junta de Freguesia, que é a entidade organizadora.O desfile segue depois para o largo de Nossa Senhora da Conceição onde as 3 bandas interpretarão uma peça em conjunto.O concerto final está marcado para as 21:30 no Auditório do Lago, no jardim público de Nossa Senhora da Conceição.

NOITE DO EMIGRANTEUSSEIRAEste sábado, 21 de julho, a Associa-ção Recreativa e Cultural da Ussei-ra organiza a Noite do Emigrante.A animação passa pela atuação da “Banda Xeques” e do “DJ Tom”.

MERCADO MEDIEVALÓBIDOSEstá de volta a Óbidos o Mercado Medieval, nesta edição de 2012 a decorrer entre 19 de Julho e 12 de Agosto.

O evento tem portas abertas de quinta a domingo e pretende pro-porcionar uma recriação histórica que transforma a Vila de Óbidos num burgo da idade média durante 16 dias.Bobos, cuspidores de fogo, dançari-nos, músicos e jograis especialistas nas artes divertir as gentes invadem a vila transportando o visitante para outra dimensão. Na zona mais a Norte, local privi-legiado pela sua ambiência tosca, o visitante começa a viagem no tem-po por entre tabernas de comes e bebes, artesãos e mercadores oriun-dos dos quatro cantos do Reino.

CONCERTO DO GRUPOCORAL DOS PIMPÕESCALDAS DA RAINHAO Grupo Coral dos Pimpões, Cal-das da Rainha, organiza este sábado 21 de julho o concerto de encerra-mento da época coral 2011/2012.Para além da atuação do coro da casa, o evento que terá início às 18h00 conta com o grupo de Canta-

res de Manhouce, concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu.

XXIII FESTIVAL NACIONAL DE FOLCLOREREGUENGO DA PARADADia 28 de julho realiza-se o 23º Festival Nacional de Folclore do Reguengo da Parada.Segundo a organização, às 18h00 terá lugar a concentração e receção dos Grupos, seguida de um jantar convívio.A partir das 21h00 há um desfile et-nográfico com entrega de lembran-ças aos grupos no final.As actuações iniciam-se por volta das 22h00, com a participação do Rancho Folclórico e Etnográfico do Reguengo da Parada - Caldas da Rainha, Rancho Regional de Argoncilhe – Santa Maria da Fei-ra, Grupo Folclórico de Castelo do Neiva – Viana do Castelo, Grupo Folclórico da Região do Vouga - Águeda e Grupo Académico de Danças Ribatejanas - Santarém.

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Com esta sessão pretende-se esta-belecer o diálogo entre os diferentes agentes da cadeia de valor do peixe, representados por organizações de produtores individuais e cooperati-vas de produtores, unidades indus-triais, empresas de comercialização e grande distribuição. Henrique Pires dos Santos, do CER-NAS (Centro de Estudos de Recur-sos Naturais, Ambiente e Socieda-de) da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), explica que esta sessão está inserida num projeto embrionário denominado InovClus-ter, que foca o seu trabalho no setor agroindustrial e na indústria alimen-tar. A finalidade do projeto é “apro-ximar as necessidades da indústria da cadeia de valores, neste caso do pescado, do sistema científico e tec-nológico nacional. Isto é, queremos, durante as sessões, apercebermo-nos de quais são os problemas existentes

No dia 11 de julho, decorreu na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar em Peniche, a primeira sessão de trabalho sobre a Fileira do Peixe, integrada no projeto In_AGRI

entre os trabalhadores do pescado que podem e devem ser soluciona-dos em colaboração com o sistema científico”. Destas sessões vão sair memorandos de entendimento com o propósito de evoluírem para pro-jetos específicos orientados para a resolução desses problemas. Para esta sessão foram convidadas algumas empresas locais ligadas ao pescado: ESIP, Gelpeixe, Gelpi-nhos, Grupo António Ramos e Cos-ta, Nigel e Ramirez.

Números e soluçõesRui Costa, também do CERNAS, apresentou dados estatísticos re-ferentes à pesca em Portugal que mostraram algumas tendências a ter em conta no debate sobre a fileira do pescado e na procura de soluções para o aumento da riqueza desta fi-leira. Nestes dados apresentados pelo do-

cente da ESAC, é verificável a im-portância da fileira do pescado na encomia portuguesa. Segundo os dados disponíveis pelo Instituto Na-cional de Estatística (INE) em 2012, a indústria da fileira do pescado re-presentava, em 2009, 9% do volume de negócios da indústria alimentar nacional e os dados avançados pela Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco (SAER) em 2009, compro-vam que o efeito total no PIB por-tuguês dessa indústria representava um valor superior a 2,5 mil milhões de euros, empregando mais de 90 mil pessoas. As informações traduzidas em grá-ficos mostram a evolução dos vários parâmetros ligados à pesca desde o início dos anos 90 até aos dias de hoje. Entre eles estão as pescas e o seu auto-aprovisionamento, onde se verifica um decréscimo do nú-mero de pescadores (de 35000 para

15000) e do volume pescado (de 450 mil toneladas para 250 mil) para quase metade. A indústria transfor-mada da pesca e da aquacultura, ten-do um volume de negócios de 993 milhões de euros em 2009, equivale a 9% da indústria alimentar nacio-nal. As empresas da indústria do pescado representavam 2% das em-presas da indústria alimentar nacio-nal em 2009 (INE, 2012) e o pessoal nele empregado integrava 7% dessa indústria. Os dados sobre o número de empresas de todos os setores da indústria do pescado mostram que estas, exceto da preparação, decres-ceram entre 2006 e 2009. Desta sessão foram reunidos alguns consensos. Sendo eles a promoção da aquicultura de percebe na região Centro, a análise das estruturas das

organizações de produtores: dina-mização visando o desenvolvimento de novas atividades, a identificação das áreas estratégicas em que exis-tem infraestruturas e mão-de-obra qualificada mas desaproveitadas e desenvolver linhas de produtos con-sistentes com esses recursos, com o objetivo de superar a concorrência da transformação em mar alto, a criação de nichos da valorização de produtos da pesca, em que sejam de-senvolvidas condições preferenciais para instalação de empresas que forneçam serviços complementa-res (congelação, embalagem) e au-mentem a ligação entre produtores e consumidores e a análise sobre o setor industrial: competitividade, preços e custos.

"Soluções para o pescado"