O Jornal da Diocese de Lages ANO XXIV É NATAL: A TENDA … · A fome é o sinal mais cruel e...

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Nº 255 -- DEZEMBRO / 2009 O Jornal da Diocese de Lages COLABORAÇÃO: R$ 1,00 ANO XXIV É NATAL: A TENDA DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE NÓS! (cf. Ap 21,3) ÁGUA E ENERGIA NÃO SÃO MERCADORIAS P. 3 BEM VINDO, FREI IRINEU! P. 6 CÁRITAS DIOCESANA DE LAGES 40 Anos de História P. 8

Transcript of O Jornal da Diocese de Lages ANO XXIV É NATAL: A TENDA … · A fome é o sinal mais cruel e...

Nº 255 -- DEZEMBRO / 2009

O Jornal da Diocese de LagesCOLABORAÇÃO: R$ 1,00ANO XXIV

É NATAL: A TENDA DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE NÓS!

(cf. Ap 21,3)

ÁGUA E ENERGIA NÃO SÃO

MERCADORIASp. 3

BEM VINDO, FREI IRINEU!

p. 6

CÁRITAS DIOCESANA DE LAGES

40 Anos de Históriap. 8

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Diretor: Dom Oneres Marchiori / Editor: Pe.Vitor Edézio Borges - Reg. MEC Nº 527

Equipe de Redação e Revisão: Pe. José Roberto Moreira, Maria Soave Buscemi e Ir. Ilse Bortolini

Digitação e Diagramação: Eliane DebetirFotolito e impressão: Araucária Indústria e Editora Ltda

Expedição: Secretariado Pastoral DiocesanoR:Correia Pinto, 247 - 88.502-970 - Lages - SC

Tiragem: 9.000 exemplarese-mail: jornalcaminhada@ yahoo.com.br

MENSAGEM DO PAPAEditorial MENSAGEM DO PAPAUm relacionamento igualitário entre países ricos e pobres

A comunidade internacional está enfrentando, ao longo destes últimos anos, uma grave crise econômica e financeira. As estatísticas demonstram o cresci-mento dramático do número de quantos sofrem de fome, e para ela concorrem o aumento dos preços dos produtos alimentares, a diminuição dos recursos econômicos das populações mais pobres, bem como o acesso limitado ao mer-cado e à alimentação. E tudo isto tem lugar, ao mesmo tempo que se confirma o fato de que a Terra é capaz de alimentar suficientemente todos os seus habitan-tes. Com efeito, não obstante em determinadas regiões ainda subsistam baixos níveis de produção agrícola, também por causa das mudanças climáticas, glo-balmente esta produção é suficiente para satisfazer tanto as exigências atuais como as que são previsíveis para o futuro. Estes dados indicam a ausência de uma relação de causa e efeito entre o crescimento da população e a fome, e isto é confirmado ulteriormente pela destruição deplorável de produtos alimentares em vista de manter certos lucros. Na Carta Encíclica Caritas in veritate observei que “a fome não depende tanto de uma escassez material, como sobretudo da

escassez de recursos sociais, o mais importante dos quais é de natureza institucional; isto é, falta um siste-ma de instituições econômicas que seja capaz de garantir um acesso regular e adequado..., à alimentação e à água e também de enfrentar as carências relacionadas com as necessidades primárias e com a emergência de reais e verdadeiras crises alimentares (...)”. Sucessivamente, acrescentei: “O problema da insegurança alimentar há de ser enfrentado numa perspectiva a longo prazo, eliminando as causas estruturais que o pro-vocam e promovendo o desenvolvimento agrícola dos países mais pobres por meio de investimentos em infra-estruturas rurais, sistemas de irrigação, transportes, organização dos mercados, formação e difusão de técnicas agrícolas apropriadas, isto é, capazes de utilizar o melhor possível os recursos humanos, naturais e socioeconômicos mais acessíveis a nível local, para garantir a sua manutenção a longo prazo” [...]

Atualmente, ainda subsiste um nível desigual de desenvolvimento no seio das nações e entre as nações, o que determina, em numerosas regiões da terra, condições de precariedade, que depois acentuam o con-traste entre a pobreza e a riqueza. Esta constatação não diz respeito só aos modelos de desenvolvimento, mas também e sobretudo à própria percepção que se tem de um fenômeno como a insegurança alimentar: existe o risco concreto de que a fome venha a ser considerada como estrutural, como uma parte integrante da realidade sociopolítica dos países mais vulneráveis, e seja por conseguinte objeto de um sentido de desâ-nimo resignado, ou até de indiferença. Não é assim, e não deve ser assim! Para combater e debelar a fome, é essencial começar a redefinir os conceitos e os princípios até aqui aplicados nas relações internacionais, de maneira a responder à seguinte interrogação: o que pode orientar a atenção e a ação dos Estados que dela deriva rumo às necessidades dos mais desfavorecidos? Não se deve procurar uma resposta no perfil operacional da cooperação, mas sim nos princípios que a devem inspirar. É unicamente em nome da per-tença comum à família humana universal que se pode exigir de cada povo, e portanto de cada país, que seja solidário, isto é, que esteja disposto a assumir responsabilidades concretas para ir ao encontro das necessi-dades do próximo, para favorecer uma verdadeira partilha fundamentada sobre amor.

No entanto, não obstante a solidariedade animada pelo amor ultrapasse a justiça, porque amar significa doar, oferecer ao outro aquilo que é “meu”, ela nunca existe sem a justiça, que impele a oferecer ao outro aquilo que já é “seu”, e que lhe compete em função do seu ser e do seu agir. Com efeito, não posso “doar” ao outro o que é “meu”, sem lhe ter oferecido em primeiro lugar aquilo que lhe cabe segundo a justiça. Se tiver em vista a eliminação da fome, a ação internacional está chamada não apenas a favorecer a prosperida-de econômica equilibrada e duradoura, e a estabilidade política, mas também a procurar novos parâmetros necessariamente éticos e em seguida jurídicos e econômicos capazes de inspirar a atividade de cooperação para construir um relacionamento igualitário entre os países que se encontram a um diversificado nível de de-senvolvimento. Além de preencher a lacuna existente, isto poderia favorecer a capacidade de cada povo de se sentir protagonista, confirmando deste modo que a igualdade fundamental entre os diversos países mergulha as suas raízes na origem comum da família humana, nascente daqueles princípios da “lei natural”, chamados a inspirar as orientações e as escolhas de ordem política, jurídica e econômica na vida internacional. São Paulo tem palavras iluminadoras a este propósito: “Não queremos que o alívio para os outros seja causa de aflição para vós, mas que haja igualdade. Agora, o que vos sobra vai compensar a carência deles, a fim de que o que lhes é supérfluo um dia possa compensar a vossa indigência. Assim haverá igualdade, como está escrito: ‘A quem muito recolhia, nada lhe sobrava; e a quem pouco recolhia, nada lhe faltava” (2 Cor 8, 13-15). [...]

Também não se podem esquecer os direitos fundamentais da pessoa, entre os quais sobressai o direito a uma alimentação suficiente, sadia e nutritiva, assim como à água; eles desempenham um papel importante para a consecução de outros direitos, a começar pelo primeiro deles, que é o direito à vida. Por conseguinte, é necessário que amadureça “uma consciência solidária que considere a alimentação e o acesso à água como di-reitos universais de todos os seres humanos, sem distinções nem discriminações” (Caritas in veritate, 27). Os métodos de produção alimentar impõem, igualmente, uma análise atenta da relação entre o desenvolvimento e a salvaguarda do meio ambiente. O desejo de possuir e de utilizar de maneira excessiva e desordenada os recursos do planeta constitui a causa primordial de toda a degradação do meio ambiente. A salvaguarda am-biental apresenta-se, portanto, como um desafio atual para garantir um desenvolvimento harmonioso, respei-tador do desígnio de Deus Criador e, por conseguinte, capaz de salvaguardar o planeta. [...]

A fome é o sinal mais cruel e concreto da pobreza. Não é possível continuar a aceitar a opulência e o desperdício, quando o drama da fome adquire dimensões cada vez maiores. A igreja católica prestará sem-pre atenção aos esforços destinados a debelar a fome; mediante a palavra e os gestos concretos, ela apoiará sempre a obra solidária programada, responsável e regulada que todos os componentes da comunidade internacional forem chamados a empreender. A Igreja não tem a intenção de interferir nas opções políticas. Respeitadora do saber e dos resultados alcançados pelas ciências, assim como das escolhas determinadas pela razão, quando as mesmas são esclarecidas de maneira responsável por valores autenticamente huma-nos, ela une-se ao esforço em vista de eliminar a fome. Este é o sinal mais imediato e concreto da solidarie-dade animada pela caridade, sinal que não deixa espaço a atrasos nem a compromissos. Esta solidariedade confia na técnica, nas leis e nas instituições para ir ao encontro das aspirações de pessoas, de comunidades e de povos inteiros, mas não deve excluir a dimensão religiosa, que encerra em si uma poderosa força espi-ritual, capaz de servir a promoção da pessoa humana. Reconhecer o valor transcendente de cada homem e de cada mulher permanece o primeiro passo a dar para favorecer a conversão do coração que pode apoiar o compromisso em vista de erradicar a miséria, a fome e a pobreza, sob todas as suas formas.

Papa Bento XVI

AGENDA PASTORAL

Chegou dezembro! Final de ano! Muitas alegrias, muitas lutas. Glorifiquemos a Deus pela caminhada feita. A Esco-la Paroquial de Catequese que funcionou em todas as Paró-quias apresenta seus frutos. Podemos dizer que foi frutuosa. Celebramos os 80 anos de instalação de nossa Diocese, motivo de ação de graças.

Um acontecimento importante para a nossa Dio-cese é a nomeação do novo Bispo Diocesano. O Santo Padre Bento XVI, acolhendo o meu pedido de renúncia em conformidade com o cânon 401.1 do Código de Direito Canônico, nomeou Bispo da Diocese de Lages o Reverendíssimo Frei IRINEU ANDREASSA, OFM (Ordem dos Frades Meno-res), atualmente Pároco da Paróquia de Sant’Ana, em Herculândia, Diocese de Marília, São Paulo. Vamos acolher com muita alegria o novo Bispo. Peçamos ao Divino Espírito Santo que o ilumine sempre. Seja bem-vindo, Dom Irineu!

O final de ano é um tempo de revisão e planeja-mento. Tempo de Assembléias Paroquiais e Comuni-tárias. Tempo de previsão orçamentária para o novo ano. Algumas atividades estão assim definidas:

- Reunião da Pastoral Familiar, em São Joa-quim, no dia 08/12;

- Reunião da Equipe Ampliada Diocesana de CEBs, no dia 14/12;

- Continuação da Assembléia Pastoral Diocesa-na, no dia 15/12, as 8:30h.;

- Reunião Geral do Clero, no dia 21/12;

NATAL,O VERBO SE FEZ CARNE! Feliz Natal!

Deus abençoe a todos e todas! Obrigado pelos tra-balhos realizados neste ano, pela vida generosa de todos e de todas. Que 2010 seja muito abençoado.

Dom Oneres MarchioriAdministrador Apostólico

03/dez (quin): 8:30h. – Reunião da Equipe de Assessoria das Escolas Paro-quiais, Secretariado

08/dez (ter): 20h. – Reunião da Pastoral Fami-liar, São Joaquim

14/dez (seg): 9h. – Reunião da Equipe Amplia-da Diocesana das CEBs

15/dez (ter): 8:30h. – 30ª ASSEMBLÉIA PAS-TORAL DIOCESANA – Con-tinuação, Paróquia N. Sra. das Graças, Lages

21/dez (seg): 9h. – Reunião Geral do Clero

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ÁGUA E ENERGIA NÃO SÃO MERCADORIAS Carta às comunidades do rio Canoas

Nós, populações ameaçadas pela barragem de Garibaldi, atingidos por varias outras barragens como Barra Grande, Campos Novos, Itá, Foz do Chapecó, Machadinho e Itapiranga, trabalhadores eletricitários, movimen-tos sociais, ambientalistas, comunicadores populares, ONGs, entidades e organizações, lideranças políticas, representantes de igrejas, estivemos reu-nidos na comunidade de Araçá, no município de Cerro Negro, nos dias 18 e 19 de novembro em um seminário sobre “Os grandes projetos de energia e suas conseqüências”, juntos, inspirados nos profetas Isaías, do oriente mé-dio, e em João Maria, da luta do Contestado, que alertavam o povo para que se unissem contra os grandes inimigos. Nos dirigimos as comunidades ameaçadas pelo projeto de Garibaldi com a mesma intenção.

Concluímos:• Que as barragens são parte de um modelo de desenvolvimento que en-

riquece grandes grupos econômicos transnacionais;• As grandes empresas transnacionais estão buscando tomar conta do pa-

trimônio do povo brasileiro e dos bens naturais estratégicos, como a água, a energia, os minérios, as terras e a biodiversidade;

• As hidrelétricas tem como único objetivo garantir altas taxas de lucro para seus donos, são projetos que exploram o povo e destroem a natureza

• O discurso propagado pelos construtores das barragens, com promessas de desenvolvimento e progresso, é uma mentira;

• As barragens tem deixado em nosso municípios uma enorme divida social e ambiental: famílias são transformadas em sem terra, terras férteis são alagadas, florestas são destruídas, os peixes que nos alimentam desapa-recem, espécies de plantas e animais são extintas;

• As barragens tem provocado diversas violações dos direitos humanos em todas as partes do Brasil, direitos que deveriam estar assegurados pela constituição nacional e acordos internacionais;

• As mulheres tem sido as maiores vítimas da implantação deste modelo, sofrendo todas as formas de violências e opressão, além de não terem seu trabalho reconhecido são excluídas de todos os processo de participação e decisão antes, durante e depois da construção das barragens;

• As barragens tiram o trabalho, os meios de produção e a fonte de renda das famílias e ainda destroem o modo de vida e a cultura do povo que vive da terra;

• As barragens não são energia limpa e representam falsas soluções am-bientais e climáticas, pelo contrario, alteram o clima local e agravam a vul-nerabilidade das populações aos eventos climáticos extremos;

• As empresas construtoras de barragens têm utilizado diversas formas e práticas de atuação para enganar o povo: uso da violência, ameaças, perse-guição, falsas informações, compra e cooptação de lideranças, autoridades e representantes do judiciário, financiamento e criação de falsas organizações e buscam dividir as comunidades para enfraquecê-las;

• A energia produzida pelas barragens privilegia grandes empresas eletroin-tensivas exportadoras, como empresas de minério e celulose que tem recebido a eletricidade subsidiada, enquanto para o povo o preço da luz é um roubo;

• O rio Canoas, o rio Pelotas, e o rio Uruguai estão se transformando num território controlado por meia dúzia de empresas estrangeiras, como Alcoa, dos Estados Unidos, a Tracetebel-Suez da França e Bélgica, e a Votorantim, do grande capital nacional;

• Os governos, de forma geral, não inspiram a confiança do povo, pelo contrário, tem colocado todo o aparato do Estado para privilegiar as empre-sas construtoras de barragens que financiam suas campanhas eleitorais;

• O BNDES tem sido um banco que usa o dinheiro público para privile-giar e financiar grandes empresas privadas a menores taxas de juros, e não políticas sociais ou pequenas e médias empresas que geram mais emprego e qualidade de vida local;

• Quem paga a conta de tudo isso é o povo atingido e toda a sociedade.

SOMOS TODOS ATINGIDOSSomos atingidos porque as famílias sofrem perdas e os direitos são nega-

dos, somos atingidos no preço da luz, somos atingidos porque as barragens são construídas com o nosso dinheiro, através do BNDES, somo atingidos porque a natureza é destruída, somos atingidos porque as empresas trazem

para a região o aumento de doenças, de drogas, prostituição e violência para a região, e provocam o êxodo rural e mais pobreza nas cidades. Somos atin-gidos pela privatização dos bens e serviços. Somos todos atingidos porque nos tiram a riqueza dos nossos rios e o ambiente saudável para a nossa vida e a dos nossos filhos e netos.

DENUNCIAMOS o processo de criminalização, perseguição e desqua-lificação de todas as lideranças, movimentos e organizações populares que tem se intensificado hoje na região, no Brasil e no continente, como parte das táticas utilizadas pelo grande capital e pelos governos.

NOSSAS TAREFAS E COMPROMISSOSTemos que reconhecer e reafirmar nossos direitos, entre eles três que são

fundamentais: 1) O povo tem o direito de não aceitar a barragem2) O povo tem o direito de melhoria continua das condições de vida3) O povo tem o direito que essa melhora de vida aconteça imediatamen-

te e sem as barragensPrecisamos unir todos os atingidos, organizando-os no Movimento de Atin-

gidos por Barragens em todos os municípios e em todas as comunidades.Precisamos lutar todos os dias e de todas as formas para defender nossa

comunidade e nossas vidas e para combater estes projetos que representam a desgraça para o povo e a morte dos rios. As mobilizações devem ocorrer a nível local, municipal, regional, nacional e nas fronteiras dos três países que fazem parte da bacia do rio Uruguai.

Precisamos fortalecer alianças entre atingidos, trabalhadores do campo e da cidade, ambientalistas, igrejas, pastorais, movimentos, e com todas as organizações e pessoas que se sentem atingidas e combatem estes projetos.

Precisamos conscientizar todas as famílias sobre as conseqüências que as barragens trazem e mostrar que as hidrelétricas não são para ajudar o povo.

Precisamos valorizar o nosso modo de vida local, compartilhar, sistema-tizar e defender os sonhos e demandas para uma projeto popular de desen-volvimento sem barragens e que de fato melhore a vida do povo da região.

Finamente, precisamos ir além da resistência, e cobrar com legitimidade a im-plantação das propostas de desenvolvimento através de políticas públicas e do uso de instituições financeiras públicas, de forma que nossas conquistas possam se estender também a outras comunidades que resistem a projetos de interesses das empresas.

Nós, todos aqui reunidos, reafirmamos nossa solidariedade e o nosso compro-misso de estarmos juntos na luta, em todos os momentos, com as comunidades ameaçadas pela hidrelétrica de Garibaldi e projetos na bacia do rio Uruguai.

O que vai acontecer na região vai depender da união e da capacidade de luta e resistência do povo. Temos que exercer a nossa soberania sobre o nosso território, e reafirmar nosso projeto popular para garantir territórios livres, sem barragens e sem empresas privadas, com soberania alimentar e energética para o povo que vive dessa terra.

Comunidade Araçá, Cerro Negro, SC18 e 19 de novembro de 2009

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CatEquEsE

O SONHO TORNOU-SE REALIDADEA avaliação do Projeto das Escolas Paroquiais de

Catequese Permanente teve seu início no mês de ou-tubro com os participantes das respectivas Escolas. As questões giraram em torno do Conteúdo, Moni-toria, Coordenação, Metodologia e, por fim, apre-sentação de sugestões.

As avaliações foram encaminhadas, na sua íntegra, ao Secretariado Diocesano de Pastoral, onde foram compiladas. Nos dias 13 e 14 de no-vembro, no Centro de Formação Católica da Dio-cese de Lages reuniram-se: Párocos, Monitores e Assessores para fazer a apreciação da avaliação feita nas Escolas. A dinâmica usada foi de traba-lho em grupos e plenária.

Quanto ao conteúdo foi salientado: o resgate da história do Povo Serrano, os conteúdos vieram ao encontro das expectativas e anseios dos grupos, fo-ram acessíveis e fáceis de serem compreendidos; de-ram ênfase aos valores éticos e morais, do viver e do conviver. A abertura da Igreja e transparência para a realidade, com visão mais realista. O desempenho foi ótimo, tivemos bons ensinamentos para levarmos para nossas comunidades.

Quanto a Monitoria: Dinamismo num todo, criatividade, dedicação, cla-reza na abordagem e diálogo.

No que diz respeito a Coordenação da Escola, nas respectivas Paróquias, foram muitos os elogios, salientando a preocupação da mesma em conse-guir ônibus para transportar os participantes que moravam longe. Quanto às sugestões, a continuação da Escola de Formação de Lideranças. Quanto aos temas, houve uma predominância pelo tema Bíblico.

No trabalho de apreciação das avaliações, os presentes chegaram a con-clusão de que 100% dos participantes da Escola, a consideraram: PROMO-TORA DA VIDA E DA MISSÂO.

Na plenária houve espaço para depoimentos pessoais, muitas colocações interessantes foram feitas. Monitores que se sentiram edificados com a pre-sença de pessoas que, não obstante a chuva, o frio e a distância, se faziam presentes, participando com muito entusiasmo.

Queremos agradecer ao Deus da Vida por essa conquista. Mais uma vez pode-se perceber o quanto nosso povo anseia por mais formação. Que Deus abençoe e recompense todas as pessoas que não mediram esforços para que a Escola tivesse esse êxito. De modo especial, agradecemos a todos os Monitores(as) que com tanto carinho se empenharam para transmitir os conhecimentos recebidos. Nosso agradecimento especial a todas as Coorde-nações paroquiais que também deram tudo de si para que nada faltasse. A todos: DEUS LHES PAGUE!

Lembramos aqui o que nos adverte o Documento de Aparecida: “A vo-cação e o compromisso de ser hoje discípulos missionários de Jesus Cristo na América Latina e no Caribe, requer clara e decidida opção pela formação dos membros de nossas comunidades, a favor de todos os batizados, qual-quer que seja a função que desenvolvem na Igreja. Olhamos para Jesus, o Mestre que formou pessoalmente a seus apóstolos e discípulos. Cristo nos dá o método: “Venham e vejam”(Jo 1,39), “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Com Ele podemos desenvolver as potencialidades que há nas pessoas e formar discípulos missionários. Com perseverante paciência e sabedoria, Jesus convidou a todos para que o seguissem”. (cf. DA 276)

Estamos chegando ao final de mais um ano, só temos motivos para agra-decer. Que todo o bem realizado, toda a vida vivida e doada, todo o bem querer tenha contribuído para a Glória de Deus.

Um bom início do Ano de 2010!Com carinho e ternura, meu abraço amigo e fraterno

Ir. Ilse Bortolini

LEITURA DA VIDA

Nós, da paróquia Nossa Senhora da Saúde, do Bairro Guarujá, que for-mamos um grupo da Escola Paroquial de Catequese Permanente, durante o ano de 2009, queremos neste momento manifestar a nossa alegria, pois esta etapa de nossa vida foi cumprida.

Quando iniciamos, havia uma verdadeira revolução em nossas idéias, havia muitas dúvidas: quanto à carga horária, aulas, local, monitores, etc.

Mas, na medida em que fomos participando da Escola, com Assessores e demais participantes, aos poucos nossa visão foi se modificando. Houve muita troca de experiências, de orações que nos foram de grande valia e ajuda na caminhada, principalmente em relação aos Grupos de Família, Ca-tequese, onde a espiritualidade de cada um começa a brotar.

O depoimento de nossos colegas sobre a caminhada de cada Comunida-de nos proporcionava momentos em que foi possível apresentar nossos an-seios, angústias, analisando nossos pontos positivos e negativos, até mesmo em nossa família. Desse modo as reflexões nos ajudaram a amadurecer e nos fazer crescer. Vivenciamos e mais uma vez concluímos que: “o saber não ocupa lugar”, como foi bom partilhar os saberes de todos.

“Onde todos partilham, aprendemos e ensinamos”. Compreendemos que, como a semente que caiu em terra boa, divulgará nosso trabalho para as demais Comunidades.

Na Escola ouvimos que não devemos nos preocupar onde vamos semear, mas que o mais importante virá com a colheita. É no trabalho, no jeito de ser da caminhada de cada Comunidade, na fé, na esperança e no amor, que encontraremos força necessária que nos impulsionará na direção certa. So-mos responsáveis por isso.

“Onde nossos pés pisam nossa cabeça pensa e nosso coração ama.”“Nós somos o Povo Serrano, queremos nos Evangelizar. Animados pela

Palavra e pela Eucaristia, em Grupos de Família – CEBs, participando na construção de uma Igreja e de uma Sociedade sem exclusões, justas, frater-nas e solidárias; sinais do Reino Definitivo.

Paróquia N. Sra. da Saúde

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pastoral VoCaCional

NATAL: ESPERANÇA VOCACIONAL DO REINO DE DEUS

Filhinhos queridos! Estamos muito felizes e, ao mesmo tempo, perplexos com o que estamos testemunhando nestes últimos meses em nossa própria vida. Recebemos de Deus uma missão tão especial que escapa à lógica huma-na. Como é grande a bondade e a hu-mildade de nosso Deus! Ele quis contar conosco, criaturas fracas e indefesas, para que seu Filho pudesse vir ao mun-do e salvar a todos os povos. Sim, Ele está no meio de nós! Ele é o Emanuel!

Em todo o tempo da gestação deste Menino nós procuramos protegê-lo e, sem palavras que possam explicar, aco-lhemos este mistério tão bonito: Deus que se faz criança! Deus criador de to-das as coisas assume a condição huma-na! Deus eterno escolhe participar da transitoriedade da vida humana! Deus de vida plena aceita viver os limites próprios de um ser humano! Deus de total felicidade vem compartilhar as nossas dores, tristezas, desafios e esperanças!

Aqui está o Menino em nossos braços. Conforme nos inspirou o anjo de Deus, lhe damos o nome de Jesus que significa “Deus salva”. Gruta aben-çoada esta que dá abrigo ao Salvador que faz dela a sua primeira casa! Seja bendita Belém, palavra que significa “casa do pão”, pois é o lugar onde nasceu o Sol da justiça para o mundo inteiro. Planeta abençoado é a terra, no qual Deus se faz um de seus habitantes! Todas as mulheres e homens são abençoados porque imagens do Filho único de Deus! A natureza e o univer-so inteiros são abençoados porque participam da vinda de Deus! Todas as pessoas, todas as coisas, todos os lugares, todos os momentos são sagrados! Bendito seja Deus que nos faz participar de sua divindade!

Estão aqui conosco os pastores destes campos de Belém. Com um lin-do brilho nos olhos e exultação no coração eles nos contam a respeito do anúncio que receberam dos anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra às pessoas de boa vontade!” (Lc 2,14). Sim, de boa vontade queremos cui-dar desta Criança e colaborar na missão pela qual ela foi enviada! De boa vontade vivemos o amor entre nós! De boa vontade acolhemos o jeito de Deus entrar na história trazendo a salvação para todos os povos. Nenhum ser humano está excluído desta oferta gratuita de Deus. “Bendito seja Deus que visitou e redimiu o seu povo” (Lc 1,68).

Filhinhos queridos! Venham todos ao presépio para adorar a Jesus, con-templar e celebrar as maravilhas de Deus! Mas, por favor, ouçam: estejamos unidos entre nós! Unidos na família: que nenhuma dificuldade impeça o diá-logo, o respeito, o carinho e o cuidado mútuos. Unidos na comunidade: que nenhuma atitude de egoísmo ou competição impeça a caminhada em conjun-to, na fraternidade. Unidos entre as diversas Igrejas e Religiões: que sejam tes-temunhas e anunciadoras da presença de Deus, de sua bondade, da gratuidade da criação, da libertação de todos os males e da salvação universal.

Sim, Deus faz grandes coisas em favor de toda a humanidade, sem discri-minação de raça, idade, sexo ou religião. “Sua misericórdia se estende de ge-ração em geração para aqueles que o temem. Ele dispersa os que têm coração orgulhoso. Ele depõe do trono os poderosos e eleva os humildes. Ele enche de bens aos famintos e despede os ricos de mãos vazias” (cf. Lc 1,46-55).

Deus se fez carne e habitou entre nós! A Criança em nossos braços, tão amada e visitada por tanta gente, de todos os lugares, é esperança viva para todas as gerações. Com humildade, silêncio e veneração, contemplamos os desígnios de Deus e o louvamos com gratidão: “Nossa alma engrandece ao Senhor, e nosso espírito exulta em Deus nosso Salvador!”

O Emanuel, Deus conosco, conta com a nossa boa vontade. Há um fogo que Ele plantou dentro de nós a ponto de nos consumir e fazemos votos de que arda da mesma forma em cada um de vocês: podemos fazer uma nova história e viver um novo tempo! Podemos salvar a terra e construir um novo mundo! Comecemos em nossa casa que é a “gruta” onde Jesus, de maneira especial, gosta de ser acolhido e amado...

Somos Maria e José. A vocês, o nosso carinho e intercessão: que Deus os abençoe como Ele nos abençoou.

Celso Loraschi

ECumEnismo

RECADO ECUMÊNICO DE MARIA E JOSÉ

Estimados irmãos e irmãs de caminhada! Neste tempo especial de preparação para o nascimento de Jesus, é importante refletirmos e rezarmos o sentido vocacional do Natal. Sim, Natal é Vocação! Se o Na-tal é a celebração da vida, do encontro de Deus com as pessoas, do nascimento de Jesus entre os empo-brecidos, do anúncio da paz entre todas as criaturas, da descoberta dos caminhos que levam a Jesus, da resposta dos pastores e dos sábios reis, da caminhada em busca de libertação, então o Natal é Vocação!

O “nascimento” de Deus em um galpão, sem ne-nhuma assistência, nos mostra sua atitude de total “abaixamento”, num caminho que será percorrido até o momento da cruz. O mistério do Natal nos diz que o sonho de Deus é que as pessoas possam viver plenamente, com dignidade, vida, amor, saúde e paz. Ao escolher nascer e caminhar entre os pequenos de sua época, o Filho de Deus nos aponta o caminho vocacional para o qual somos chamados e chamadas. A defesa e a celebração da Vida devem ser o nosso maior compro-misso – da vida das pessoas, assim como de todas as criaturas, dos animais, das florestas, das águas de todos os rios e mares, do ar, da terra.

O batismo que recebemos confirma essa vocação, não importando o carisma recebido. Todas as vocações são importantes para o anúncio do Evangelho de Je-sus de Nazaré. As pessoas leigas, os consagrados e consagradas, os missionários e as missionárias, os bispos, os padres, os diáconos, todos nós participamos do “sonho de Deus”. Na Igreja da Diocese de Lages temos uma identidade eclesial que está em comunhão com a toda a Igreja Católica Universal. Mas de um modo muito especial aqui nós afirmamos que “somos o povo serrano” e que “queremos nos evangelizar”. Dizemos que ninguém é mais importante na missão do segui-mento de Jesus. A missão de evangelizar é comunitária, partilhada, celebrativa e não pode aparecer como uma imposição de cima para baixo.

Conforme afirmam as nossas Diretrizes para Ação Evangelizadora, “evan-gelizar significa anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus e da justiça às pessoas empobrecidas. Este foi o eixo da missão de Jesus de Nazaré (Lc 4,16-21). É o tempo da redistribuição das riquezas e da terra, tempo de partilha. É tempo de saúde e de alegria, portanto, tempo de libertação. Evangelizar significa anunciar a Boa Notícia do Reino e da justiça, para que se torne boa realidade, o que implica também denunciar todas as forças de opressão que esmagam a vida do povo”. Por isso, o Natal deve recriar também as nossas “relações”, a começar pelas nossas casas, nas famílias, e também nas comu-nidades e em toda a Igreja. Se queremos anunciar a justiça de Deus, ela deve acontecer em primeiro lugar por meio do nosso testemunho. Saber perdoar é o primeiro passo, seguido da capacidade do diálogo e da partilha do poder.

E na Igreja da Diocese de Lages, para celebrarmos a Vocação do Natal, é preciso ainda que muitas de nossas práticas adquiram um “rosto” mais voca-cional. Algumas iniciativas se contradizem com a Igreja dos pequenos e das pequenas, dos empobrecidos e empobrecidos, daqueles que, como Jesus, não têm lugar para nascer, crescer e viver com dignidade. O “chão” de nosso rosto vocacional se inspira nas Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, assim como este é chão da missão de Jesus e das primeiras comunidades cristãs, fortalecido no Concílio Vaticano II e nas Conferências Latino-americanas. Por isso, o “ad-vento” não é somente espera, mas realização da mudança de nossa consciência e de nossas práticas. Todas e todas somos responsáveis pelas vocações na Igre-ja, para o serviço a toda a humanidade e ao mundo inteiro.

O cuidado com as vocações, a partir da Igreja-CEBs que queremos cons-truir, com a graça de Deus, pretende sempre mais ser um espaço de conscien-tização, de compromisso, de serviço. Essa dinâmica deve estar presente em todas as pastorais e serviços específicos de nossa Diocese e de toda a Igreja. Seguindo por caminhos diferentes, com linguagens diferentes, estamos todos e todas em busca da “estrela” que nos indica onde Jesus está nascendo.

Desejamos a todas as pessoas de nossas comunidades um “Natal Vocacio-nal”, com a presença do Deus da Vida, do Sonho, da Esperança, da Partilha, da Ternura, do Amor, da Paz, da Justiça,... Também queremos agradecer pelo tempo que estivemos juntos neste espaço do Jornal Caminhada, no serviço às vocações. A partir do próximo ano estarei na Paróquia N. Sra. Mãe dos Homens, em Urubici, continuando o anúncio do Reino, na graça de Deus Trindade, em comunhão com todas as comunidades dessa paróquia.

Um grande abraço e que Deus nos abençoe!Pe. Marcos Antônio Costa

Serviço de Animação Vocacional

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BEM VINDO, FREI IRINEU!No dia 11 de novembro de 2009, D. Oneres

anunciou a nomeação do novo bispo da diocese de Lages. Trata-se de Frei Irineu Andreassa, OFM, atualmente pároco em Herculândia, SP. No dia 18 de novembro, Frei Irineu esteve em Lages, pela primeira vez, onde encontrou-se com D. Oneres, o Colégio de Consultores e o povo de Deus que o acolheu na Catedral Diocesana, durante a Cele-bração Eucarística. Publicamos, nesta edição do CAMINHADA, uma entrevista com Frei Irineu, onde ele nos fala sobre sua vida, seu itinerário vo-cacional e suas expectativas em relação à nova missão assumida:

CAMINHADA: Frei Irineu, conte-nos um pouco sobre sua vida.

FREI IRINEU: Primeiramente, gostaria de cumprimentar todos os que desfrutam deste vei-culo de comunicação, os leitores e leitoras do Jor-nal CAMINHADA, desejando Paz e bem! Nasci na cidade de Iacri, SP, no dia 15 de dezembro de 1949. Sou filho de Otavio Andreassa e Tereza Tassi Liberata Andreassa. Em Iacri, fui batizado e crismado e cursei o primário, de 1959 a 1962. Nos anos de 1963 a 1964, cursei a 1ª e 2ª série no Seminário Salesiano, em Lucélia. Entre os anos de 1966 a 1971, cursei a 3ª e 4ª série e o cole-gial no Seminário Franciscano, na cidade de Mi-rassol. Em 1972 fiz um ano de Postulantado em Garatinguetá e em 1973, um ano de Noviciado em Rodeio, Santa Catarina. De 1974 a 1978, cur-sei Filosofia e Teologia no Instituto Franciscano de Petrópolis. Em 1977, recebi o Diaconato, em Marília, pelas mãos de D. Hugo Bressani. No dia 16 de dezembro, na cidade de Iacri, fui ordena-do Sacerdote por D. Daniel Thomazella. De 1979 a 1981, fui Pároco em Olímpia, Promotor Vo-cacional, e membro do Conselho de Presbíteros na Diocese de Barretos, SP. De 1982 a 1986, fui Pároco, Formador, Promotor Vocacional, mem-bro do Conselho dos Frades e do Conselho de Presbíteros e de Consultores em Ribeirão Preto, SP. Em 1987, Pároco e membro do Conselho de Presbíteros em Franca. De 1988 a 1993, Forma-

dor, Promotor Vocacional, Conselho dos Frades e Vigário Paroquial em Franca. De 1994 a 1997, Pároco, Promotor Vocacional, Conselho dos Fra-des em Bebedouro. De 1998 a 2000, Custódio da Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Je-sus, Promotor Vocacional e Pároco em Garça, SP. De 2001 a 2006, Pároco em Ribeirão Preto e de 2007 a 2009, Pároco em Herculândia e Queiroz (a serviço da Diocese de Marília).

CAMINHADA: Como foi seu itinerário vocacional?

FREI IRINEU: Em 1963-64, fui para o Se-minário Salesiano fazendo companhia a um co-lega. No início de 1965, fugi do Seminário. Em 1966 surgiu a vontade de ser franciscano devido a “alegria dos frades”. A vocação é dom de Deus. Sempre expressei essa alegria franciscana nas paróquias de Olímpia, onde fiquei 3 anos; em Ribeirão Preto, duran-te 11 anos; em Franca, por 7 anos; Bebedouro, 4 anos; Garça, 3 anos; Herculândia e Queiroz, 3 anos. Todos esses anos foram acolhidos na Graça de Deus. Deus é maravilhoso. A pas-toral paroquial sempre foi minha realização. O povo sempre foi o meu Evangelho. Amadure-ci e cresci a frente da pastoral vocacional (22 anos) e na formação (11 anos). Aprendi com João Paulo II: “O jovem é o Belo Horizonte de Deus”. A minha identidade é religiosa franciscana. Francis-co e Clara sempre nos apontam Jesus Cristo e nos convidam a identificarmo-nos com Ele. São dois santos fantásticos da Igreja.

CAMINHADA: Como aconteceu sua nomea-ção para bispo de Lages?

FREI IRINEU: No dia 26 de outubro de 2009, por telefone, o Senhor Núncio D. Lorenzo pediu que estivesse em Brasília com urgência. Dia 27, numa atitude muito paterna, o Sr. Núncio leu a mi-nha nomeação para a Diocese de Lages feita pelo

papa Bento XVI. Nesse momento abaixei a cabeça e me perguntei: Se-nhor, porque me enviaste tão longe? Aqui estou: cuide dos padres e do povo que o Senhor está confiando a mim. Senhor, eu amo a Diocese que o senhor me indicou. No aeroporto rezei o terço pela minha Diocese, conscien-te das minhas limitações, meus peca-dos, minha pequenez.

CAMINHADA: Como está sen-tindo ao assumir esta nova missão?

FREI IRINEU: Estou feliz pela confiança que a Santa Igreja teve em

mim. Mais confiante na colaboração do clero, do povo de Deus, dos consagrados e consagra-das, dos diáconos permanentes, seminaristas, etc... No dia 18 de novembro, estive em Lages com um confrade. Voltei feliz, D. Oneres e os padres que encontrei me acolheram muito bem. Tivemos a reunião com o Colégio de Consultores para me inteirar da caminhada da Diocese. Visi-tei o Centro de Pastoral, o seminário, a residência onde funcionará o propedêutico no próximo ano. À noite concelebramos a eucaristia com D. One-res, vários padres e a catedral repleta de religiosos e leigos. Foi gratificante. A minha expectativa é de dar continuidade aos trabalhos já realizados, ouvir os Padres, consagrados e consagradas, os leigos, sentindo os anseios para juntos tomarmos

atitudes. A minha expectativa é ver todos os sa-cerdotes, todos os consagrados e consagradas e todos os leigos felizes.

CAMINHADA: Quando e onde será sua orde-nação episcopal?

FREI IRINEU: Minha ordenação Episcopal será em Iacri, minha cidade natal, no dia 24 de janeiro de 2010, as 9h. No dia 28 de fevereiro de 2010, será a minha posse na diocese de Lages as 10h.

Quero deixar como mensagem para toda a Dio-cese o meu Lema: “ Fazer o Amor ser amado”. À toda a Diocese, deixo a minha benção sacerdotal.

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Esta frase bíblica, tirada da profecia de Isaías (Is 54, 2a), motivou toda a ca-minhada de celebração dos 80 anos da diocese de Lages e reuniu cerca de cinco mil pessoas na 13ª Festa Diocesana das Tendas, em São José do Cerrito, no dia 29 de novembro de 2009. Como acontece desde 1997, a Festa das Tendas reúne to-das as comunidades da nossa diocese para um dia de partilha, memória, celebração e compromisso. Desde a primeira festa, ce-lebrada durante o Ano Bíblico, cantamos: A Palavra de Deus faz sorrir, faz cantar. Faz o sonho do povo brilhar! Esta palavra de Deus, revelada na Vida e na Bíblia se faz carne em Jesus de Nazaré. Ele mesmo vem ao nosso encontro, se aproxima de nossa humanidade e arma sua tenda entre nós.

Neste ano, a Festa das Tendas encerrou as celebrações dos 80 anos de caminhada da dio-cese de Lages, que teve nas Escolas Paroquiais de Catequese Permanente e no processo de revi-são das Diretrizes e Orientações da Ação Evan-gelizadora seus grandes marcos. Durante todo o ano, nossas comunidades foram convidadas a Alargar o Espaço de nossas Tendas, confirman-do a nossa opção pela Igreja CEBs e o nosso compromisso em participar da construção de

ALARGA O ESPAÇO DE TUA TENDA!uma Igreja e de uma Sociedade sem exclusões.

A comunidade de São José do Cerrito nos acolheu como “terra do Karu”, terra de far-tura, de comida abundante e partilhada. Em todas as ten-das, coloridas pela cobertura das colchas de retalho, o que se vivenciava era a partilha de causos, histórias, abraços, testemunhos e bençãos. Com certeza, o que experimentamos em nossos pequenos Grupos de Família, espalhados por toda a diocese, foi visibilizado com

maior vigor e esperança nas tendas espalhadas por todo o pátio da paróquia São Pedro. A alegria das pessoas, durante todo o dia, se juntava ao entusias-mo das lideranças da Região Pastoral de Campo Belo, do Conselho Paroquial de São José do Cerrito, animados pelas irmãs Isabel, Fátima e Rosalina e pelos padres Lin-domar e Salami.

Um dos desta-ques da 13ª Festa Diocesana das Tendas foi, com toda a certeza, a presença e a par-ticipação da ju-ventude. Desde a realização do 1º Acampamento da

Juventude Serrana, na véspera da festa, até a animação da tenda da Pastoral da Juventude, o rosto jovem de Deus e da nossa Igreja se reve-lou.

O dia ensolarado e quente, quando celebra-mos também o primeiro domingo do Advento, renovou a nossa esperança na vinda de Jesus, a tenda de Deus no meio de seu povo, para acolher todas as pessoas, enxugando suas lá-grimas, consolando suas dores e curando suas feridas. No calor e na claridade da celebração 13ª Festa Diocesana das Tendas, experimenta-mos que o Reino de Deus não é o fim deste mundo, mas o começo de um novo mundo, um outro mundo possível, de partilha, justiça, so-lidariedade e paz. Movidos pela participação

nesta festa, retornamos para as nos-sas comunidades e, em comunhão com os Grupos de Família, oramos na espera vigilante e ativa do Natal:

Jesus Menino,rosto humano de Deus e rosto divino

da Humanidade!Em teu corpo frágil, pequeno e

pobre,contemplamos todos os nossos ir-

mãos e irmãs,igualmente frágeis, pequenos e

pobres. Tu vens nos visitar neste Natal e,

com tua presença, a tenda de Deus está no meio de nós.

Tua fragilidade confunde os planos dos fortes e poderosos,

tua pequenez converte os caminhos dos grandes e violentos,

tua pobreza transforma a vida dos ricos e injustos.

Permanece conosco, pois somos gente simples,fazemos coisas pequenas em lugares

pouco importantesmas, com tua graça, sonhamos e construímos

o que há de mais extraordinário:Teu Reino de justiça e paz!

Amém! Pe. José Roberto Moreira

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“Melhor que o pão é a sua partilha...” (D. Hélder Câmara)

Este ano é muito especial para nós da Cáritas Diocesana de La-ges! Estamos comemorando 40 anos de história e vida junto às co-munidades e municípios da Região Serrana. Celebramos também o centenário de Dom Hélder Câmara, profeta da Paz, fundador da Cáritas no Brasil.

A Cáritas Diocesana de Lages fundada em 11 de outubro de 1969 é uma entidade da sociedade civil, que tem como finalidade a as-sistência social, educação, pesquisa e estudos, divulgação cultural, promoção humana e defesa dos direitos. É uma entidade filiada à Cáritas Brasileira desde 1988. Além disso, no ano de 2005 contri-buiu na implantação da Cáritas Brasileira - Regional Santa Catari-na, que tem sua sede em Florianópolis. Tem como missão “Animar a solidariedade entre pessoas, grupos e comunidades da Região do Planalto Sul”.

A Cáritas Diocesana, por sua vez, forma uma rede com 25 Cári-tas Comunitárias, distribuídas no território da Região Serrana. As Cáritas Comunitárias são organismos locais, integrados por pessoas voluntárias da comunidade para promover, organizar e participar da prática da solidariedade junto às pessoas empobrecidas.

Nestes últimos meses, estamos celebrando e comemorando junto a Rede Cáritas, comunidades e municípios, os 40 anos da Cáritas Diocesana e os tantos anos de vida de cada Cáritas Comunitária. Vivemos momentos de história, partilha de vida e solidariedade!

No dia 21 de novembro, no Centro de Formação Católica, em Lages, a Cáritas realizou o VIII Encontro de Agentes Cáritas. Foi um momento de avaliação, planejamento e celebração. Neste dia, tivemos o lançamento da Revista Comemorativa dos 40 anos e o livro e vídeo do IV Congresso de Criança e Adolescentes. E, no dia 22, às 9h30min., aconteceu a Celebração Eucarística com toda a comunidade, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, no bairro Coral, em Lages.

Na caminhada Cáritas foram muitas pessoas que fizeram parte desta história... Não podemos deixar de agradecer a todos e todas que solidariamente partilharam suas vidas e trabalho em prol dos direitos humanos.

Jamile Yared – Membro da Equipe Executiva.

Neste mutirão de solidariedade e partilha de vida, celebramos o centenário de Dom Hélder Câmara, profeta dos pobres, res-soa o seu grito de esperança a cada um de nós, convocados pelo Espírito Divino: “Não estamos sós. Por isso, não aceito nunca a resignação nem o desespero. Um dia, a fome será vencida e ha-verá paz para todos. A última palavra neste mundo não pode ser a morte, mas a vida! Nunca mais pode ser o ódio, mas o amor! Precisamos fazer com que não haja mais de-sespero e sim esperança.

Nunca mais vençam as mãos enrijecidas contra o outro e sim o que o movi-mento de vocês valoriza: Mãos estendidas! Uni-das na solidariedade e no amor para com todos” D. Hélder Câmara.

CÁRITAS DIOCESANA DE LAGES40 Anos de História na Região Serrana

CIDADÃO AMIGO DA CRIANÇAEste é o nome de um programa criado pelo Conselho Municipal

de Direitos da Criança e do Adolescente de Lages que visa captar auxílios financeiros regulares na sociedade em geral, através de do-ações, com ou sem incentivos fiscais, ao FIA – Fundo da Infância e da Adolescência, para que desta forma a cidade possa atender cada vez melhor as necessidades e os direitos das crianças e adolescen-tes, preconizados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

O Fundo da Infância e da Adolescência (FIA), concede incenti-vos fiscais aos seus doadores, para financiar os projetos e progra-mas sociais que visam garantir os direitos das crianças e adoles-centes previstos pelo Estatuto. A conta bancária, constituída pelos valores que são doados por empresas ou pessoas físicas, é gerida e controlada pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente, sendo administrada, apenas contabilmente pela Se-cretaria Municipal de Finanças.

Os recursos doados ao FIA são utilizados para financiar programas executados por instituições governamentais e não-governamentais de assistência social, voltadas para o atendimento de crianças e adoles-centes abandonados e desabrigados; medidas sócio educativas aplica-das a adolescentes autores de ato infracional; crianças e adolescentes explorados sexualmente, usuários ou dependentes de drogas, vítimas de maus tratos; projetos de erradicação do trabalho infantil, profissio-nalização de jovens, orientação e apoio sócio familiar.

Todas as pessoas, empresas ou cidadãos podem doar ao FIA, qualquer valor e em qualquer período do ano. As doações podem ser deduzidas do Imposto de Renda.

Os depósitos podem ser feitos na Conta Bancária: Banco do Brasil Ag. 0307-7 – Conta Corrente 57.370-1

Maiores Informações: Conselho Municipal de Direitos da Crian-ça e do Adolescente – Fone: (49) 3224-3014 – [email protected]

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Irmãos e irmãs, graça e paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!

Nesta última conversa sobre a Carta aos Filipenses vamos recor-dar, de forma sintética, os princi-pais pontos refletidos em nossos encontros passados. Fazemos isso com a intenção de fortalecer nossa caminhada com Jesus Cristo.

1. CAMINHO DE SANTIDADE (Fl 1,1-11)

No início da carta dirijo-me a “todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos”. Quem segue a Jesus é pessoa santa, não porque cumpre leis e preceitos, mas porque participa do mesmo Corpo de Cristo. Ele nos resgatou da situação de pecado e de morte e nos concedeu a vida nova. Assim como Jesus viveu realizando a vontade do Pai, também nós podemos viver do mesmo modo; assim como Jesus entregou sua vida por amor à humanidade, também nós podemos nos colocar a serviço uns dos outros.

2. CAMINHO DE FIDElIDADE AO EvANGElHO (1,12-30) Minha vocação é anunciar o Evangelho de Jesus Cristo aos povos. Ele trouxe a salvação a todos, sem distinção de raça. Por fidelidade ao Evangelho fui caluniado, perseguido e preso várias vezes. O que importa, porém, é que Jesus seja conhecido e amado. Alegro-me porque as minhas prisões estão servindo de encorajamento para muita gente que passa a “proclamar a Palavra com mais ousadia e sem temor”. O sofrimento não é motivo de desânimo e sim de força. Deus age através de nossa fraqueza. “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Por Ele e pelo seu plano de amor entrego minha vida.

3. CAMINHO DE SERvIçO UNS AOS OUTROS (2,1-18) As pessoas que participam de uma comunidade cristã devem ter consciência da importância de viver na unidade. Nada deve ser feito por competição ou intrigas. O caminho que Cristo nos ensinou é o do serviço mútuo, “considerando os outros superiores a nós mesmos”. Ele mesmo, sendo Deus, se fez escravo. Ele é o nosso único modelo. Permaneçamos, pois, “irrepreensíveis e íntegros”, brilhando “como astros no mundo, mensageiros da Palavra de vida”.

4. CAMINHO FEITO EM EqUIPE (2,19-29) Na missão que Deus me concedeu sempre contei com pessoas amigas, solidárias na mesma causa do Evangelho. Timóteo e Epafrodito são dois destes amigos com os quais posso contar para qualquer tarefa. A disponibilidade deles é fruto de sua adesão a Jesus Cristo. Timóteo tem o dom de ouvir e dialogar com serenidade. É “como um filho ao lado do pai, servindo comigo à causa do Evangelho”. Epafro-dito possui um impressionante espírito de doação. É como “um irmão para mim, colaborador e companheiro de lutas”. Bendito seja Deus que me deu a graça de trabalhar em equipe. O apoio e o encorajamento mútuos são aspectos muito impor-tantes na evangelização. Sem isso, pode-se cair no individualismo, o que seria uma contradição ao Evangelho do serviço e do amor.

5. Caminho de vigilância e discernimento (3,1-21)É necessário vigilância e discernimento diante de certos pregadores. Muitos deles anunciam um falso evangelho. Ainda não entenderam que a salvação é obra gra-tuita de Deus para todos os povos. É graça e não mérito. É dom de Deus que Jesus Cristo nos trouxe pela sua morte e não aquisição pelo cumprimento de leis. Tenho firme convicção do que digo, pois isto me foi revelado diretamente por Deus. “O que era para mim lucro, tive-o como perda, pela grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por Ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco... Perdi tudo para ganhar a Cristo”.

6. CAMINHO DE PERDãO, PAz E AlEGRIA (4,1-23) Peço que todos permaneçam “firmes no Senhor”. Isto significa viver no amor mútuo vencendo todo tipo de divisão e discórdia. Na comunidade de Filipos tam-bém havia rixas entre lideranças, como Evódia e Síntique. É claro que os con-flitos fazem parte de nossa caminhada. Não podemos, porém, provocar divisões. Por isso, é importante o perdão e a reconciliação. É importante ocupar-se com o que realmente importa: “com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer modo mereça louvor... Então o Deus da Paz estará conosco”...

7. CAMINHO DE SOlIDARIEDADE (4,10-23) Aprendi a ser uma pessoa livre perante os bens materiais. Sei viver tanto na penúria como na abundância. “Tudo posso naquele que me fortalece”. Sei, no en-tanto, reconhecer a importância da solidariedade. Por isso, fiquei muito feliz com o gesto da comunidade cristã de Filipos. Sabendo que eu me encontrava em situação de necessidade, enviaram-me ajuda. A preocupação uns pelos outros, a fim de que todos tenham vida digna, é uma nota característica das pessoas que seguem a Jesus. Deus, nosso Pai, é providente e generoso. Deu-nos todas as coisas com a capacida-de de administrá-las com justiça... A graça do Senhor Jesus Cristo esteja com vocês! Celso Loraschi

Estudo BíBliCo

SEGUIR NO CAMINHO DE JESUS CRISTO

O Apóstolo Paulo conversando sobre a Carta aos Filipenses (última parte)

liturgia

TEMPO DO NATALA palavra Natal significa

nascimento e indica proxi-midade, encarnação, presen-ça. No dia 25 de dezembro celebramos a manifestação de Deus em nossa humanida-de. Esse tempo tem início na vigília do dia 24 de dezem-bro e termina com a festa do batismo do Senhor. São fes-tas epifânicas, que celebram a manifestação do Senhor. A salvação entra definitiva-mente em nossa história através do menino que nasceu em Belém e que se revela ao ser visto pelos pastores e pelos magos e ao ser batizado no Jordão.

Ao dar seu próprio Filho para ser o nosso Salvador, “Deus realiza uma das maiores “liturgias-serviço”. Desde muito tempo, Deus vinha demonstrando um grande amor pela nossa humanidade. E, enfim, depois de um longo período de noivado, em todo o Antigo Testamento, Deus acabou se casando com a humani-dade, na pessoa de Maria. Realizou-se a promessa realizou-se a profecia (cf. 62, 1-5). E deste casamento resultou por obra do Espírito Santo, uma gravidez e por esta gravidez, Deus nos deu seu Filho, Emanuel(Deus-conosco). O Verbo eterno de Deus se fez carne e habitou entre nós! Indescritível solidariedade.

Não é o aniversário de alguém que passou que celebramos no Natal, mas a presença viva do Verbo eterno do Pai que se faz Liturgia viva (permanente servi-ço libertador) no chão de nossa história. Por isso, em toda celebração litúrgica da festa de Natal proclamamos o permanente “hoje” do mistério. Liturgia do Natal, presença do eterno hoje salvador, como obra da Trindade! Presença com sabor de Páscoa, pois é a partir da Páscoa que podemos viver o Natal como festa da luz, da vida, da paz.

Epifania, palavra grega, significa entrada poderosa, chegada solene de um rei ou imperador tomando posse de um território; ou aparição de uma divindade. Para nós, cristãos, é a festa da manifestação de Jesus, que veio para todos os povos.

A Epifania é para o Natal, o que Pentecostes é para a Páscoa: seu desenvolvi-mento e proclamação ao mundo, é o desfecho radiante do Natal!

ELEMENTOS RITUAIS E ATITUDES PRóPRIAS DESTE TEMPO LITúRGICO

- A cor branca ou amarela, no altar, na mesa da Palavra e nas vestes litúrgicas, dão às festas natalinas uma tonalidade pascal.

- Na decoração não podem faltar flores, podem ser em abundância de cor branca ou amarela.

- Na procissão de entrada, o presidente da celebração pode levar a imagem do menino Jesus e colocá-la no presépio.

- O Círio pascal pode ser trazido na procissão de entrada. Chegando a frente, a pessoa que carrega o Círio se volta para a assembléia e proclama a oração: “Bendito sejas, Deus da vida, porque fizeste nascer, hoje, para nós, o sol do oriente, Jesus Cristo, nossa salvação!”. Depois o grupo de cantos entoa um re-frão de canto natalino que fale de luz.

- O canto do Glória, retomando o alegre anúncio dos anjos, poderá ser acom-panhado de uma coreografia feito por um grupo de crianças e ao som de sininhos com o sino da Igreja.

- Luz: Natal, festa das luzes, que anunciam as luzes do tempo pascal. Na Epifania o tema da luz está relacionado à estrela que guia os magos, portanto a luz é a fé que nos guia entre as trevas e nos faz contemplar o mistério de Deus em nossa realidade.

- Incenso: o incenso que os reis magos ofertaram, deve ser retomado como sinal de comunhão com outras religiões.

- Presépio: Menino Jesus, Maria e José, os pastores, os magos, mostram que Deus se manifesta nos pequenos e em quem se abre ao seu projeto.

- A bandeira da Paz, os autos de Natal ligam a celebração do Natal à sensibi-lidade popular pastoril.

- Encenações, dramatizações ou outras expressões feitas com autenticidade podem ajudar a vivenciar o mistério celebrado.

- É um tempo de confraternização entre amigos, vizinhos, familiares. Dar à ceia do Natal e do Ano-novo um estilo de ágape fraterno, sinalizando a fraterni-dade, a partilha, a comensalidade.

- Bênção Especial para as crianças e solene, para todo o povo, como sugere o Missal Romano, p. 520.

Pe. Joacir Xavier da Rosa

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pastorais soCiais

AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO DA PASTORAL DA SAÚDE

“Eu vim para que tod@s tenham vida em abundância!”

Realizamos no dia 5 de novembro de 2009, das 9 as 15h na sala de reuniões do Secretariado Diocesano de Pastoral a reunião de avaliação e planejamento da Coordenação Diocesana da Pastoral da Saúde, repre-sentada por dois agentes da Pastoral da Saúde de cada Paróquia. Estive-ram presentes 11 Paróquias das 16 paróquias que estão organizadas na Pastoral da Saúde. Num primeiro momento fizemos um estudo e debate sobre SUS – Sistema Único de Saúde e Conselho Municipais de Saúde, onde @s representantes, em grupos, refletiram sobre duas questões: O que entendemos sobre SUS? Como percebemos a atuação do Conselho Municipal de saúde em nossos municípios? E como estamos atuando no mesmo? A partir da plenária percebemos que conhecemos, entende-mos sobre o SUS e os Conselhos Municipais, mas precisamos aprofundar mais nosso conhecimento para garantir nossos direitos através da parti-cipação nos conselhos. Em seguida fizemos a avaliação da caminhada feita neste ano de 2009 em nossas paróquias e comunidades onde desta-camos como avanços: perseverança das agentes; união entre as Pastorais da Criança e da Saúde; encaminhamentos de doentes ao Posto de Saúde; alimentação alternativa; capacitação de novos agentes; atendimento se-manal à comunidade; participação nos Conselhos Municipais de Saúde entre outros avanços. Mas ainda encontramos alguns desafios, tais como: a falta de pessoas voluntárias, maior conhecimento sobre o SUS; espaço físico; distância geográfica, valorização maior dos remédios químicos do que da medicina alternativa; entre outros desafios. Após avaliação enca-minhamos o planejamento para 2010. Para 2010 tiramos algumas priori-dades: Continuar participando das Escolas Paroquiais de Formação; dois cursos de formação específica: um sobre alimentação alternativa correta e outro sobre Políticas Públicas de saúde, onde deverão participar dois agentes de cada Paróquia que farão o repasse e três reuniões da Coorde-nação Diocesana. Decidimos que para dar maior visibilidade ao trabalho realizado em nossas Paróquias cada mês uma paróquia enviará noticia para Jornal CAMINHADA. Finalizamos a reunião com algumas comu-nicações e oração final.

Equipe colegiada diocesana da Pastoral da Saúde

Jesus usava os exemplos mais simples possíveis, e em outra passagem chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente por-que os doutores não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, pre-parar massa de pão ou de bolo. Então eles tinham mais dificuldade de entender, e às vezes se confundiam.

Hoje, Ele se desafia. Com que poderei comparar o Reino dos Céus? Primeiro Ele com-para com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, e que gera uma árvore enorme…

E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus; a semente é o Evangelho; o terreno é o nosso coração; e a árvore que vai crescendo a partir daquela semente é a nossa vida, que é próprio Reino dos Céus onde as aves do céu fazem ninho, ou seja, as crianças de todas as idades vêm se aconchegar, as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus e tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados… e mesmo quando vem o lenhador e corta o seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de es-palhar novas sementes pelo mundo afora.

A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com três porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto… Existe todo um processo para fazer o fermento penetrar na massa. E eu fico imaginando aquelas mulheres, quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação do pão. A farinha é o nosso ser, e o fermento é o Amor.

Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada, deformada e remodelada, para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que no mo-mento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual. Nós também precisamos ser amassados, deformados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fer-mento, aquela área deverá ser amassada e sofrer um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela. Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual, sem áreas deformadas pela falta do fermento.

Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas pode-ria ter ficado ainda maior, pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazer você entender o que é o Reino dos Céus, e desejar, com todas as forças, fazer parte dele.

Senhor faça com que eu seja instrumento de seu Reino para que ele chegue à todas as pessoas, sem exceção, principalmente aos pobres e marginalizados.

Ermerson Luiz da SilvaPastoral Carcerária

A SEMENTE DE MOSTARDA E O FERMENTO (Lc 13,18-21)

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Cantinho EspErto

AlUNOS INTElIGENTES – Professor: o que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas?Aluno: Purê de batata, Senhor Professor!

NEM TUDO O DINHEIRO CONSEGUE – O dinheiro resolve muitas situações, mas nem sempre compra aquilo que constitui profundo desejo. O di-nheiro pode comprar por exemplo: a cama, mas não o sono. O livro, mas não a inteligência, o saber. O alimento, mas não o apetite. O luxo, mas não a be-leza. Uma casa, mas não um lar. O remédio, mas não a saúde. A convivência, mas não o amor. A di-versão, mas não a felicidade. O crucifixo, mas não a fé. Uma granja, mas não os lucros. Um lugar no cemitério, mas não no céu.

NO MEIO DA MISSA, quando o padre e todos os fiéis se encontravam concentrados em profunda meditação, o diabo irrompe no templo. Todos inter-rompem a meditação e saem correndo, menos um velhinho. – E o Senhor? – o diabo pergunta – o se-nhor não tem medo de mim?- Imagina! – responde o velhinho – eu já fiquei 40 anos casado com sua irmã!

NA AUlA – Professor: - Quantos corações nós temos?Aluno: - Dois, senhor professor!Professor: - Dois???Aluno: - Sim, o meu e o seu!

ADIvINHAS: - Quais são as três capitais brasilei-ras que tem “Espírito Natalino”? R: Natal, Belém, Salvador.- Quais as três capitais brasileiras que demonstram manifestações de alegria? R: Porto Alegre, Palmas e Vitória.

PROFESSOR – “Chovia” que tempo é? Aluno: - É tempo muito mau, senhor professor.

PROFESSORA – Artur, a tua redação “O meu cão” é exatamente igual a do seu irmão. Você copiou?Artur: - Não professora, o cão é que é o mesmo.

HISTÓRIA DE PASSAGENS (ou ingressos) – Uma senhora chega à bilheteria do cinema e pede: - Quero 2 ingressos. E o bilheteiro pergunta: - “Para Romeu e Julieta”- Não, para mim e para meu marido.Na Rodoviária de Lages – Quero duas passagens prá Índios! E mais um outro: - Quero duas passagens prá Macacos! (Ai o bilheteiro ficou por conta...)

AS MENTIRAS MAIS CONTADAS1. Aniversariante: Presente prá quê? Sua presença é mais importante!2. Anfitrião: Já vai? Ainda é cedo!3. Bêbado: Sei perfeitamente o que estou dizendo.4. Devedor: Amanhã, sem falta!5. Gerente de banco: Trabalhamos com as taxas mais baixas do mercado.6. Orador: Apenas duas palavras.7. Muambeiro: Tem garantia de fábrica.8. Sogra: Em briga de marido e mulher não me meto.9. Mecânico: É o carburador.

SABEDORIA – “Diz a lenda que existiu um velho que tudo sabia e tudo adivinhava. Um dia 2 meni-nos resolveram pôr o sábio a prova. Vamos levar o pássaro vivo escondido na mão e perguntar a ele: Está vivo ou morto? Se disser “está morto” a gente solta o pássaro vivo, se o velho disser que está vivo a gente esmaga a ave na mão e mostra que ele errou. Dito e feito.- O que é que eu tenho na mão? Pergunta um dos garotos.- Um pássaro – afirmou o sábio.- Está vivo ou morto? O velho olhou o menino no fundo dos olhos e respondeu: - A resposta está em suas mãos.

Pe. Ary João Longhi

A PJ está vivendo um mo-mento bonito de rearticulação na Diocese de Lages. Tempo de alargar nossa tenda, forta-lecer nossos grupos de base, suscitando o desejo de viver e ser feliz da juventude serra-na.

Existem, por toda dio-cese, inúmeros grupos de jovens que fazem um ótimo trabalho, dando mais vida e luz às comunidades. Em comunhão com toda essa linda juventude, a PJ quer fincar novas estacas e mar-cos, e, esticar, com esforço comum, a lona que nos abri-ga para celebrarmos juntos nossa caminhada, dando um passo adiante para construirmos juntos uma Pastoral da Juventude Diocesana mais sólida e unida.

Foi nesse intuito que no dia 28 de novembro, véspera da Festa Diocesana das Tendas, realizamos em São José do Cerrito o I Acampamento da Juventude Serrana. Foi um momento muito especial de rever a juventude, conversar sobre nossos anseios e lutas e sonharmos com os olhos fitos no horizonte com um outro mundo possível, onde a juventude pode e deve ser protagonista.

Esteve presente um número significativo de jovens, vindos de diversas Paróquias da Diocese. A juventude veio com a bagagem cheia de alegria e dinamismo e assim partilhamos a vida e a alegria de ser jovem! Na Festa das Tendas no domingo, a juventude continuou presente. Em nossa Tenda rostos cheios de ternura e esperança na certeza de que a caminhada deve seguir firme.

Alguns grupos de jovens presentes no Acampamento e na 13ª Festa das Tendas deixaram seus depoimentos:

"O acampamento superou as expectativas, teve mais jovens do que o esperado, e isso com certeza nos anima pra seguir nossa caminhada e garantir que a PJ se fortaleça sempre mais, tendo jovens mais animados e dispostos a enfrentar os desafios. Beijos da galera de Anita Garibaldi." (Grupo JUPAVE).

“Para nós do JUNIC foi ótimo participar deste primeiro acampamento, uma experiência única que daqui em diante fará muita diferença na vida de cada um/uma de nós. Expor nossa opinião e juntar nossos ideais foi a melhor parte deste encontro. Saber que em nosso convívio existem jovens dispostos a fazer valer a pena o nosso propósito. Com certeza foi muito animador para nós, e depois deste encontro cada um de nós continuará plantando as sementes e colhendo bons frutos para tornar nosso mundo mui-to melhor”. (Grupo JUNIC – Jovens Unidos num Ideal Cristão – Capela Sta. Helena - Lages).

“O Grupo de Jovens VIFA de Otacílio Costa gostou muito de participar do acampamento, pois o grupo busca integrar os seus participantes com outras comunidades, paróquias e jovens e o encontro nos proporcionou esse contato. A Festa das Tendas também foi muito legal e pudemos fazer muitas amizades”. (Grupo VIFA – Viver, Integrar e fazer amizade de Otacílio Costa).

“O Grupo JUDA (Jovens Unidos distribuindo Amor) de São Joaquim sentiu-se muito feliz em par-ticipar junto com os demais jovens da Festa das Tendas. Estava muito bom, a partilha dos alimentos, a alegria de todos que estavam presentes. Desejamos parabéns pela organização e com certeza ano que vem na nossa querida São Joaquim vai ser muito especial como essa. Um grande abraço” (Grupo JUDA – São Joaquim).

Carinhosamente, agradecemos a toda a juventude que se fez presente no Acampamento e na Festa das Tendas. Com certeza alargamos nossos espaços e encontramos mais força para continuar buscando nosso lugar na Igreja e na Sociedade, tendo em Jesus Cristo nosso modelo de vida e seguimento. Que-remos ser jovens anunciadores da Boa Nova de Jesus Cristo, acreditando no valor da comunidade e do protagonismo juvenil para a realização de nossos sonhos e de um outro mundo possível.

Abraços com ternura e gratidão,Pastoral da Juventude da Diocese de Lages

[email protected]

pastoral da JuVEntudE

JUVENTUDE SERRANA: ALARGANDO ESPAÇO, PARTILHANDO VIDA!

I Acampamento da Juventude

12 -

notíCias

DIA DA FAMÍLIA EM CORREIA PINTOAGRICULTORES COMEMORAM NOVA POSSIBLIDADE DE RENDA

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Jornal CAMINHADA

SEJA MINISTRO DA COMUNHÃO

No Reassentamento Laranjeiras, em Capão Alto, quatro famílias de agricultores, feirantes no município, estão muito satisfeitos com a nova possibilidade de cultivar hortaliças protegidas.

As famílias foram beneficiadas, após envio do projeto, com recursos financeiros aprovados pela Comissão do Fundo Diocesano de Solida-riedade e com o apoio da Cáritas Diocesana de Lages. Isto demonstra mais uma vez o papel so-cial da Igreja Católica, que além de satisfazer e alimentar nossa fé, também está preocupada com as ações concretas no campo da organiza-ção e do bem-estar material de seu povo.

O projeto executado foi a construção de aproximadamente quinhentos metros quadra-dos de um sistema de túnel alto, que protege as hortaliças nos meses mais frios e garantem a sua qualidade. Esta experiência vem reforçar e fortalecer o grupo de feirantes (hoje oito fa-mílias) do Reassentamento Laranjeira, que há dez meses vem desenvolvendo este trabalho. É um processo prazeroso e legal, interagir com as pessoas que moram na zona urbana de Capão Alto, que além de consumirem nossos produtos, são nossos amigos e se sentem satisfeitos em consumirem produtos com alto valor biológico, livre de agrotóxicos e adubos químicos.

“Somos muito gratos a todos que apóiam nossa pequena experiência que está ajudan-do a permanecermos no meio rural, sabendo o que isto representa no contexto geral de nossa sociedade”, afirmou Naor Brandão, feirante e presidente da Associação dos Agricultores do Reassentamento Rural Coletivo de Capão Alto – AARCA.

Seja ministro da comunhão de nome e de fato. Eucaristia quer dizer “ação de graças”. Ser ministro da comunhão é ser uma grande graça na comunidade. É ser pessoa de alegria e de es-perança que participa ativamente no Grupo de Família da comunidade. Seja uma pessoa de oração. A oração indica profundidade com que uma pessoa assume a sua fé. Como amar Jesus e levá-lo aos outros sem ser profundamente ami-go dele?

Seja pessoa presente nas famílias; o serviço de ministro na comunidade é uma benção para as famílias. O grande desafio da Eucaristia é jus-tamente aprender partilhar.

Comece em sua casa. Esteja sempre à servi-ço da comunidade e dentro de suas atribuições e possibilidades seja pessoa disponível. Disponha-se a ajudar o Grupo de Família em todos os mo-mentos. Mostre compreensão com aqueles que ainda não compreenderam o ideal do Evangelho.

Eduque-se para uma fé aberta ao mundo; o alcance do Evangelho é a santificação de todas as coisas e pessoas. É esse espírito missionário que anima a Igreja!

Alaíde Assink - Bocaina do Sul

O Prefeito Municipal de Correia Pinto, Vânio Foster, através de projeto de lei aprovado na Câma-ra de Vereadores, instituiu o Dia da Família no Município de Correia Pinto, que será comemorado no terceiro domingo do mês de agosto de cada ano. Segundo a lei sancionada no dia 12 de agosto de 2009, “o município realizará através dos Poderes Executivo e Legislativo, em parceria com as entidades civis, ações para integrar a família Correiapintense, realizando palestras, atividades de lazer, cultura e cidadania objetivando evidenciar os valores morais e éticos da família.”

Durante a 30ª Assembléia Pastoral Dioce-sana, fomos informados das fortes chuvas de granizo que caíram sobre a região de Curiti-banos, causando grandes prejuízos materiais como a destruição de lavouras, casas e escolas. Diante da gravidade da situação, a Assembléia deliberou pelo encaminhamento de uma Carta de Solidariedade, motivando todas as comuni-dades para uma campanha de arrecadação de recursos financeiros para a reconstrução dos telhados e casas, bem como de alimentos e roupas. Esta campanha aconteceu nos dia 24 e 25 de outubro e o resultado foi encaminhado à Cáritas Diocesana de Lages. Luiz Gonzaga Azzi, Coordenador Geral da Cáritas, infor-mou que, até o dia 17 de novembro, foram depositados na conta corrente da Cáritas Diocesana R$ 3.501,60. Estes recursos, além das doações de alimentos, roupas e colchões, foram encaminhados à Cáritas Paroquial de Curitibanos, que está organizando localmente ações de emergência.

CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE

O Santuário Diocesano N. Sra. Aparecida, de Bom Retiro, organizou uma Ação entre Amigos, com o objetivo de arrecadar fundos para as obras de construção e manutenção do Santuário. O sor-teio foi realizado durante a programação da 5ª Romaria ao Santuário Diocesano, de 09 a 12 de outubro de 2009. Abaixo, divulgamos a relação dos ganhadores desta promoção:1° Prêmio – Fiat Uno Electronic – 1995Bilhete n° 4168Paróquia São Paulo Apóstolo – Celso Ramos, SC2° Prêmio – Moto Sundown WEB – 0 km/2008Bilhete n° 21487Maria Goreti da Silva Pereira – São Joaquim, SC3° Prêmio – TV Philips 29´Bilhete n° 36709Avelino dos Passos Junior – Rio Rufino, SC4° Prêmio – Freezer Electrolux – H 160 – 155 L.Bilhete n° 36710Avelino dos Passos Junior – Rio Rufino, SC

SANTUÁRIO DIOCESANO N. SRA. APARECIDA5° Prêmio – Geladeira Cônsul – 239 L. Bilhete n° 36254Nicole Saira de Oliveira – Urubici, SC6° Prêmio – Maquina de Lavar Roupa Electro-lux – 9kg.Bilhete n° 42160Francisco de Lima Figueiredo – São Joaquim, SC7° Prêmio – TV Cineral 21´Bilhete n° 8176Sandra Márcia da Cruz Figueiredo – B. Retiro, SC8° Prêmio – TV Semp 14´Bilhete n° 17457Cristina Rosa Rosar – Bom Retiro, SC9° Prêmio – Micro-ondas Panasonic - 28L.Bilhete n° 32975Pe. Pedro e Luiz Alberto Wiggers – Ituporanga, SC10° Prêmio – Forno Elétrico Fogatti – F420Bilhete n° 33377Camile Orencio Andrade – São Joaquim, SC

CARTELAS SORTEADAS: (Sorteio realizado em Criciúma/SC no dia 12/11/2009).Cartela n° 0733 – Sorteado: Jaime Cesca – Trevo da BR 470 c/ a BR 116 –KM 185Cartela n° 0761 – Sorteado: Luiz C. Cabral de Liz - Centro – Lages/SCCartela n° 0727 – Sorteado: Binotto S/A- Rua Mj. Bibiano R; Lima, 194 – Lages/SC Agradecemos a participação e empenho de todos e todas na execução do evento.

Comissão Organizadora

AÇÃO ENTRE AMIGOSFundo Regional de Solidariedade