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TÍTULO: JOVEM INTEGRADO NA JUVENTUDE ESPÍRITA É JOVEM PARTÍCIPE DA UNIFICAÇÃO DOUTRINÁRIAAUTOR: SETOR DE JUVENTUDE/DIJ/UEM
OBJETIVO: Promover o despertamento e conscientização dos orientadores de juventude
e dirigentes espíritas acerca da importância do processo de evangelização do jovem na Casa
Espírita, para auxiliá-lo como gestor de sua reforma espiritual e despertá-lo para assumir
compromissos no Centro Espírita e no Movimento Espírita em geral.
DESENVOLVIMENTO:
A presença da juventude nas organizações espíritas, sejam centros ou grupos de estudo,
é fator primordial e necessário para a própria sobrevivência daquela organização. O jovem,
inserido nas atividades do Centro Espírita, estará sempre estimulando a participação de sua
família, o aprimoramento dos trabalhos, além de estar-lhe sendo oferecida a oportunidade da
experiência para que, mais tarde, se engaje, de forma mais compromissada ainda, nas atividades
de direção da Casa Espírita, garantindo o próprio futuro do Movimento Espírita em geral.
Richard Simonetti informa no Livro Juventude Espírita que pelos idos de 1945
“floresceram as Mocidades autônomas. Representavam uma reação à estagnação dos Centros
Espíritas, dirigidos, não raro, por pessoas de boa vontade, mas despreparadas, de limitadas
possibilidades intelectuais e impermeáveis ao diálogo”.
Essa experiência foi desastrosa, pois como continua o autor: “Centros espíritas (de
jovens), funcionavam dentro de Centros Espíritas (de adultos) sem nenhuma vinculação entre
ambos. Pior: sem o necessário entrosamento”. “Ensaiou-se a dissolução dos departamento de
mocidade. Os jovens deveriam fazer seu aprendizado na convivência com os adultos
participando de suas reuniões e atividades. A experiência evidenciou o desacerto dessa idéia,
porquanto sem ambiente próprio os aprendizes perderam a motivação para comparecer ao
Centro Espírita, ocorrendo significativa evasão”. Se a idéia do centro de jovens era negativa, a
ausência das juventudes nas organizações espíritas é mais grave, porque o moço é o futuro do
espiritismo. O jovem deveria ser o dirigente a comandar mais tarde as organizações. Para isto,
precisa ser preparado e orientado moralmente para a tarefa. Esta orientação pressupõe estímulo,
apoio, correção e disciplina, e exigirá dos mais experimentados muita paciência e discernimento
para transformar a energia criativa e muitas vezes excessivamente argumentativa do jovem, em
força de trabalho e produtividade na Casa Espírita.
O jovem de hoje tem muita ousadia e conhecimento dos processos e eventos do
cotidiano e logicamente, o desejo de introduzir estas características nas atividades em que
participa na Casa Espírita. Este fato poderia justificar a tendência perceptível em alguns grupos
de jovens que buscam se auto-dirigir, querendo muitas vezes se desvincular dos processos da
Casa Espírita. Tal maneira de ver as coisas é altamente prejudicial bilateralmente. Para o jovem
que, em nome do liberalismo das idéias, acaba se fechando à influência da experiência e
discernimento dos mais velhos e para a Casa Espírita e sua direção, porque perde a
oportunidade de rever processos e conceitos que poderiam estar sendo melhorados, a bem de
todos.
O enfoque de mudanças propiciado pela integração do jovem nas atividades do
Centro Espírita deve ser paulatino, objetivo, lógico e científico e acima de tudo, cristão,
baseando-se nos ensinamentos de Kardec e no evangelho de Jesus. Desta forma, a
interpretação doutrinária deve ser objeto de estudos constante pelos jovens, apoiados pelos
comprovadamente mais experientes e portanto, capazes de orientar as agremiações juvenis,
levando-os a patamares de maior segurança na vivência espírita-cristã.
Este processo de apoio e estímulo, embora à primeira vista possa parecer simples,
a depender só da boa vontade dos mais experientes, não o é bem assim, porque envolve
mudanças de conceito de parte a parte, disponibilidade íntima para não resistir às necessárias
mudanças, para não se melindrar, para permitir que a lógica e o bom senso sejam os faróis a
iluminar a fé raciocinada dos indivíduos. Por isto, o estudo contínuo do Evangelho e de Kardec é
essencial. Ao lado disto, é necessária a conscientização de que os jovens são compromissos
dos mais experientes, que não podem relegá-los ao abandono, ainda que muitas vezes, eles, os
jovens é que se coloquem nesta posição..
A autora Elaine Curtis Ramazzini., ainda na obra Juventude Espírita, alerta: “Se
eles iniciam, na fase da juventude, o questionamento quanto à religião seguida pelos pais, como
permitir que eles fiquem sem um norteamento, um respaldo, a fim de que possam discutir com
alguém com conhecimento mais aprofundado nessa área, e em melhores condições de ajudá-los
a definir-se? E continua “Como permitir que eles façam as opções por conta própria, sem a
orientação de alguém mais velho que possa, com mais segurança pelos anos vividos, abrir-lhes
um leque maior de possibilidades, capaz de ajudá-los na avaliação dos prós e contras dessas
opções?”
São muitos os que abandonam a Doutrina Espírita na juventude, embora
conhecendo-a, em criança, porque não se sentem motivados, não foram envolvidos nas
atividades da Casa Espírita, no sentimento da reforma íntima, não tiveram suas dúvidas
resolvidas pelos profitentes mais próximos ou não tiveram nem mesmo a oportunidade de expô-
las, porque talvez incomodassem...
André Luiz, na obra Conduta Espírita alerta que é preciso que o jovem “busque
infatigavelmente equilíbrio e discernimento na sublimação das próprias tendências, consolidando
maturidade e observação do veículo físico, desde os primeiros dias da mocidade, com vistas à
vida perene do espírito”
Constitui também tarefa dos dirigentes de trabalho na Casa Espirita, que lidam com
os adultos, estar sempre alertando aos pais sobre a premência de seus filhos se engajarem nas
juventudes espíritas. É preciso estabelecer um elo de confiança da Casa Espírita com a
agremiação juvenil que a ela se vincula, para que o freqüentador - pais e mães espíritas - se
sintam seguros em dividir com a Instituição, a árdua tarefa de encaminhar seus filhos pelas trilhas
do Evangelho de Jesus e da Doutrina de Kardec. E porque não, alguns destes pais se tornarem
colaboradores dos departamentos de juventude das Casas Espíritas, reciclando conceitos,
convivendo com os jovens e os apoiando nas suas iniciativas? Dias virão em que a juventude
espírita será vista como o mais disponível celeiro de trabalhadores do Centro Espírita. O
Espírito Emmanuel já nos alertou na obra Caminho, Verdade e Vida: “O jovem poderá e fará
muito se o espírito envelhecido na experiência não o desamparar no trabalho. Nada de novo
conseguirá erigir, caso não se valha dos esforços dos que lhe precederam as atividades. Em tudo
dependerá de seus antecessores.”
No entanto, até que isto aconteça, é necessário se atentar para a importância da
Integração do Jovem nos diversos níveis quais sejam, em primeiro lugar no grupo de Juventude
Espírita. Depois, paulatinamente, integrando-o na Casa Espírita como um todo, através de
algumas etapas importantes e, finalmente, estimulando-o a integrar-se com o Movimento Espírita.
Esta cadeia de socialização do jovem no ambiente espírita é extremamente importante para que
se forme um trabalhador consciente, comprometido, crítico e produtivo.
A seguir, listamos alguns procedimentos gerais a serem considerados em cada
etapa da chamada INTEGRAÇÃO DO JOVEM:
INTEGRAÇÃO DO JOVEM NA JUVENTUDE ESPÍRITA 1. RECEPÇÃO/ACOLHIMENTO - Acolher o jovem com atenção, simpatia, carinho e
respeito, fazendo-o sentir que é bem vindo. Este primeiro momento é muito importante para a
integração do jovem na Juventude Espírita, pois como qualquer indivíduo, o primeiro contato
causa forte impressão. Nem exageros nesta recepção, nem muito menos frieza ou indiferença.
2. INFORMAÇÃO/REGIMENTO - Esclarecer o jovem sobre os horários das atividades do
Centro e principalmente das atividades da Juventude, para que ele possa ter alternativas e
escolher melhor onde se adapte. Da mesma forma, o regimento interno deve ser colocado à
disposição para que o jovem possa tomar conhecimento e cumprir as normas estabelecidas,
porém nunca impostas. Ele precisa sentir que a agremiação tem metas, disciplina, sem perder o
seu “ar” de alegria e otimismo.
3. CONSCIENTIZAÇÃO DE PAPÉIS - Orientar o jovem a fim de que se possa
conscientizar sobre seu papel e sua contribuição em prol da juventude espírita e doutrina
espírita. Além disso, deve conhecer o papel da coordenação da Juventude Espírita, dos
Departamentos da Casa e da sua Direção. Seu primeiro referencial será a Coordenação dos
trabalhos representada por um indivíduo ou um pequeno grupo de trabalhadores.
4. APOIO DA COORDENAÇÃO/PREPARAÇÃO DE COORDENADORES - É importante
que a coordenação esteja pronta a oferecer todo o apoio solicitado. Para estar apto a ser
orientador de juventude, é necessário, além dos conhecimentos doutrinários, a capacitação
didático-metodológica compatível com a natureza do pensamento espírita a qual pode ser
buscada junto aos órgãos de unificação, através dos cursos de preparação de coordenadores por
eles ministrados.
5. ORGANIZAÇÃO DA JUVENTUDE EM ÁREAS DE ATUAÇÃO - A agremiação juvenil
deve estar organizada em áreas de trabalho, o que facilita a integração do jovem,
paulatinamente, na juventude espírita como um todo. Assim, as chamadas Comissões de
Estudos, Biblioteca, Secretaria, Assistência Social, Artes, etc.. devem ser preparadas para
receber o novo jovem que queira se engajar em algum trabalho. A Comissão de Integração seria
aquela mais apta a promover as primeiras aproximações, em apoio à Coordenação. Em grupos
pequenos, estas áreas podem estar sendo exercidas individualmente por jovens preparados para
a responsabilidade, sem nenhuma perda de qualidade.
6. ESTÍMULO À PARTICIPAÇÃO NAS TAREFAS PROMOVIDAS NA JUVENTUDE
ESPÍRITA - Por sua natureza dinâmica, o jovem necessita receber os incentivos imediatamente e
para realizar tarefas necessita sentir-se seguro, bem-quisto e saber que pode opinar. O jovem
que não aprende a obrar junto aos seus iguais, trabalhando em equipe, dificilmente, operará bem
nas atividades espíritas a que for chamado mais tarde.
7. CONVITE/INFORMAÇÃO - A Juventude deve estar sempre convidando o jovem à
participação nos estudos e demais tarefas. A informação deve alcançá-lo por todos os meios de
comunicação social espírita possíveis, que o sensibilize, pois o chamamento espírita precisa ser
estimulante o suficiente para mantê-lo envolvido com as tarefas da juventude. Murais,
jornaizinhos, avisos fraternos constituem meios eficazes para tanto.
8. AVALIAÇÃO/ACOMPANHAMENTO - Para averiguar se objetivos e metas
estabelecidos estão sendo alcançados, devem ser realizadas avaliações periódicas, o que facilita
o acompanhamento da juventude. Há recursos variados para realização de avaliações fraternas e
cristãs feitas ao final de um período pré-estabelecidos de acompanhamento do jovem pela
Coordenação. É importante que o grupo vá adquirindo a disciplina e a maturidade para realizá-los
sem que se melindrem os indivíduos, pois os ganhos para a tarefa são realmente tangíveis.
9. PROGRAMA DE ESTUDOS COMPATÍVEL - Elaborar um programa de estudos de
acordo com a realidade de cada juventude, adequando seu conteúdo ao nível cognitivo e afetivo
de cada fixa etária, de modo a desenvolver a compreensão da doutrina espírita sobre seu tríplice
aspecto e possibilitar ao jovem a capacidade de estabelecer conexão com outras áreas do
conhecimento humano, no sentido de ampliar e universalizar a visão do mundo e do homem. A
juventude poderá recorrer aos órgãos unificadores na obtenção de linhas programáticas, que
venham a facilitar este processo. As técnicas de ensino para aplicação do programa devem
utilizar métodos dinâmicos e desafiadores, para manter o interesse da mente juvenil. Evitar tanto
a “mesmice” das reuniões de estudo, quanto o excesso de inovações que acabam prejudicando o
conteúdo dos estudos, cujas reuniões devem ser sempre bem planejadas.
10. ATIVIDADES SOCIALIZADORAS ESTIMULANTES - Buscar realizar, com
criatividade, atividades estimulantes e atrativas, que possam acrescentar ao jovem valores
crísticos com o objetivo de auxiliá-lo na sua promoção. Dentre elas a arte espírita sob as suas
diversas manifestações: teatro, canto livre, canto coral, poesia, jogral, etc, que contribui
enormemente para a integração do jovem. Devem ser seguidas orientações específicas para que
este tipo de tarefa esteja compatível com a pureza doutrinária, e com o objetivo de elevação do
espírito.
11. PREPARAÇÃO PARA INTEGRAÇÃO NA CASA - Estabelecer o canal de
comunicação com o jovem, mostrando-lhe que está se habilitando para tornar-se um colaborador
efetivo da casa. Seminários e cursos podem ser oferecidos nesse sentido.
12. VALORIZAÇÃO PELO ESFORÇO - “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua
transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más” (ESE-Cap
XVII). O jovem deve sentir que está sendo valorizado pelo esforço empreendido em prol das
atividades desenvolvidas na juventude, com o objetivo de estimulá-lo na sua continuidade no
trabalho. A Coordenação do grupo precisa estar bastante atenta a este aspecto para conseguir
manter o nível de interesse do jovem na tarefa que vem realizando: a correção fraterna também
lhe será excelente estímulo.
INTEGRAÇÃO DO JOVEM NA CASA ESPÍRITA 1. DISSEMINAÇÃO DA FILOSOFIA DE INTEGRAÇÃO - Os coordenadores devem
manter sempre a harmonia doutrinária com as diretrizes da casa, a fim de constituir exemplo para
os jovens que estão sob sua coordenação, enfatizando que, através da ponderação e equilíbrio,
estaremos oferecendo subsídios para uma integração total do jovem na casa e no movimento
doutrinário. A melhor filosofia de integração é aquela sugerida por Jesus e interpretada por
Bezerra (Reformador Fev/96)
“Recordemos na palavra de Jesus que a casa dividida rui; todavia, ninguém poderá
arrebentar um feixe de varas que se agregam numa união de forças”.
2. ENFOQUE NO ASSESSORAMENTO ADULTO - Diz-nos Richard Simonneti na obra
Juventude Espírita : “Razoável que os jovens aprendizes exercitem suas iniciativas, realizem
seus estudos, desenvolvam atividades. Mas não podem prescindir do assessoramento adulto. Se
todos concordamos que o Centro Espírita é uma escola, porque dispensar os professores ou
deixar que os alunos chamem a si o encargo de coordenar o próprio aprendizado?” .
3. ESTRUTURA DE DEPARTAMENTOS/CONHECIMENTO PROGRAMAS DE
TRABALHO - A Casa Espírita que se organiza em departamento, comprovadamente, obtém
melhor resultado nos seus campos de atuação, devido a uma maior organização dos trabalhos.
Os grupos de juventude espírita, que devem se vincular ao DIJ, encontram maior facilidade de,
através das direções departamentais, conhecer os programas de trabalho específico de cada um,
sentindo-se, desta forma, mais integrados na Casa Espírita como um todo. A partir do momento
que a Juventude toma conhecimento dos trabalhos da Casa, torna-se interessante a abertura de
um espaço nos seus estudos, para que cada departamento continue divulgando seus trabalhos,
enfatizando a importância da contribuição do jovem naquela área de trabalho.
4. ENGAJAMENTO NAS ATIVIDADES DOS DEPARTAMENTOS - A juventude espírita
que possui seu programa de trabalho integrado ao plano global do Centro colaborará
espontaneamente com as atividades dos departamentos, consciente de suas responsabilidades e
compromissos doutrinários, sob a coordenação específica destes departamentos, sem prejuízo
das atividades do jovem no âmbito do grupo juvenil. A Coordenação da juventude espírita,
mesmo à distância, precisa estar atenta a este jovem que presta sua colaboração sob a
supervisão de outro departamento, monitorando-o no trabalho. É de suma importância, quanto
aos estudos, que a transição do jovem para a reunião doutrinária do Centro se faça de forma
estimulante, já que as reuniões se estruturam de maneira bastante diversa. Integrar os jovens em
grupos de estudo sistematizado da Doutrina Espírita, ao lado dos adultos favoreceria este
período de transição.
5. APROXIMAÇÃO DA DIREÇÃO DA CASA - A juventude espírita deverá fazer parte de
um planejamento global da Casa Espírita e seu programa harmonizado com os diversos setores,
promovendo desta forma uma aproximação mais estreita com a Direção da Casa. É papel do DIJ
oferecer subsídios para que a Coordenação da juventude mostre ao jovem a necessidade de
esforçar-se a fim de se integrar nas diversas atividades do Centro, formando os futuros dirigentes
e evitando que a juventude se torne um grupo de estudantes descomprometidos. Por outro lado,
é preciso que o jovem se acostume a conhecer e conviver com os dirigentes da Casa, que
poderiam visitá-los, buscando também a criação de elos de amizade e confiança.
6. VALORIZAÇÃO DO POTENCIAL DE TRABALHO DA CASA PELA DIREÇÃO - “Os
grupos de mocidade devem ter, sem dúvida, papel de grande destaque nas casas espíritas, não
só por propiciarem aos adolescentes a base filosófica coerente de que eles necessitam como
também porque serão a fonte de renovação para própria instituição que não pode imobilizar-se
no tempo, sob pena de ter que fechar as próprias portas, mais cedo ou mais tarde, por não ter
mãos que dêem seqüência aos seus projetos doutrinários e assistenciais “ ( Nos Caminhos do
Amor - Dalva Silva Souza). Portanto, dirigente de casa espírita não conscientizado da importância
da participação do jovem e sua evangelização pode correr o risco desnecessário de por barreiras
para o avanço do próprio espiritismo. Ainda é Emmanuel que contribui para nossa reflexão:
“Saibamos honrar cada obreiro na tarefa que a vida lhe atribui”(Benção de Paz- Cap.45).
7. VIVENCIAÇÃO DOS PAPÉIS - O quadro demonstrativo exemplifica pontos importantes:
CASA ESPÍRITA JUVENTUDE ESPÍRITA JOVEM ESPÍRITA
Adequar o ambiente físico às
tarefas
Oferecer ambiente psíquico
equilibrado
Harmonizar-se
Estruturar o DIJ Oferecer Apoio e Segurança Confiar
Conscientizar-se quanto à
importância da evangelização
do jovem
Òferecer oportunidade de
conhecimentos e troca de idéias
Dialogar
Dar prioridade ao ensino
espírita
Estimular ao Estudo espírita Estudar
Oferecer alternativas de
trabalho
Recrutar trabalhadores Trabalhar
Preparar Evangelizadores Compromissar-se com o Jovem Compromissar-se com o trabalho
Divulgar as atividades
convidando a participar
Buscar a participação do jovem Integrar-se/Cooperar
INTEGRAÇÃO DO JOVEM NO MOVIMENTO ESPÍRITA1. DISSEMINAÇÃO DA FILOSOFIA UNIFICAR, NÃO UNIFORMIZAR - A consciência de
que a unificação não significa uniformização tranqüiliza o jovem que, naturalmente, questiona
esta ordem de coisas. Como, com propriedade, revela texto publicado na Revista Reformador
Mar/91: “Desta forma, observamos que o trabalho de unificação do Movimento Espírita vem
atendendo aos seus objetivos básicos, estruturando-se dentro dos princípios de simplicidade,
fraternidade e liberdade, promovendo a doutrina em toda a sua pureza, sem rituais, sem ídolos,
sem liturgias, sem dogmas e sem formalismos de qualquer espécie. (parágrafo) Sua tarefa vem
sendo realizada sem organismos centralizadores que inibam iniciativas, que imponham
resultados e que pretendam um padronização artificial e automatizante, incompatível com o clima
de liberdade que é fundamental ao crescimento do movimento espírita e à difusão da Doutrina
Espírita.” Esta consciência precisa ser despertada e alimentada no seio das juventudes espíritas,
com vistas a um futuro mais promissor para o Espiritismo.
2. CONHECIMENTO DA DINÂMICA DO MOVIMENTO ESPÍRITA/ ÓRGÃOS
UNIFICACIONISTAS - Como em toda estrutura, a Doutrina Espírita também necessita de órgãos
orientadores e responsáveis pela divulgação e unificação de seu movimento. Disciplina é
imprescindível em qualquer parte onde pese a responsabilidade e comprometimento do ser.
Cada federativa possui seus órgãos unificacionistas, cujas funções devem ser de amplo
conhecimento do jovem e não apenas as famosas siglas desconhecidas.
3. INTERCÂMBIO E PARTICIPAÇÃO NOS ÓRGÃOS FEDERATIVOS - À medida que o
amadurecimento é conquistado pelo jovem, seu campo de visão se estende e neste momento, o
papel da juventude na contribuição para com o movimento espírita também se amplia, visto que a
troca e participação nos órgãos federativos é de suma importância para a unificação.
4. PARTICIPAÇÃO NOS EVENTOS UNIFICACIONISTAS - O jovem amadurecido poderá
contribuir com os eventos unificacionistas, não só como participante, mas principalmente como
elemento motivador e organizador destes eventos. A experiência tem demonstrado que a
participação do jovem em tarefas de secretaria, recepção, divulgação da arte espírita, durante
tais eventos, tem se revelado gratificante a todos.
5. PARTICIPAÇÃO NOS ENCONTROS DE JUVENTUDE ESPÍRITA - Tais encontros
constituem coadjuvantes importantes no processo de evangelização do jovem porque a
convivência com outros jovens de outras agremiações e a postura adequada ao ambiente são
fatores que o auxiliarão na formação de sua personalidade baseado em princípios de fraternidade
e cristandade. Por isto, os órgãos unificadores têm se preocupado em realizar tais encontros que,
se bem orientados, também capacitam o jovem a se integrar no movimento espírita, através dos
órgãos unificacionistas promotores. O intercâmbio favorece o fortalecimento dos ideais,
permitindo o conhecimento do que fazem as demais instituições, o que amplia os recursos do
próprio movimento espírita.
6. CONCIENTIZAÇÃO DA MISSÃO ESPIRITUAL DO BRASIL - “Cabe aos espíritas do
Brasil porem em prática a exposição contida no livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do
Evangelho”, de maneira a acelerar a marcha evolutiva do espiritismo” (Ata de Reunião da FEB de
5/10/1949). O jovem, de maneira particular, que revisa na sua educação formal, a história de
nosso País, está acessível a compreender este momento do nosso povo no âmbito da
educação espiritual, tendo, para isto, a contribuição incisiva da visão espírita ante os
compromissos da Pátria do Cruzeiro, no que concerne à missão espiritual do Brasil. Isto o
ajudará não somente como jovem espírita, mas sobretudo na formação de seu caráter como
cidadão brasileiro capaz de compreender a missão maior de seu país e, para isto, contribuir
eficazmente.
CONCLUSÃO:
Para concluir as reflexões, recorreremos mais uma vez à autora Dalva Silva Souza,
quando na sua obra Nos Caminhos do Amor, nos traz: “Precisamos buscar conhecimentos que
nos possibilitem a dinamização das atividades dos jovens dentro do Movimento Espírita,
integrando-os, gradualmente, nos diversos setores de trabalho, afim de que não continuemos a
ter o quadro que observamos hoje: os grupos de evangelização infantil são numerosos, mas os
de mocidades se reduzem consideravelmente e, nos diversos departamentos da casa, é raro
encontrar o trabalho do jovem. (parágrafo) Os adultos que se apresentam para as tarefas são
criaturas trazidas à casa espírita, geralmente, pela dor e que, encontrando o lenitivo que
buscavam, permanecem e se integram na tarefa com a qual mais se identificam, conscientes da
própria necessidade desse envolvimento. Poucas vezes encontramos nos trabalhos dos diversos
departamentos de uma casa espírita aqueles que transitaram naturalmente das classes de
evangelização para a mocidade e, em seguida, para o engajamento no trabalho. (parágrafo) O
atrativo que outros setores sociais exercem sobre o adolescente e os compromissos escolares e
afetivos são, de modo geral, apontados como causas para seu afastamento das atividades
espíritas, mas acredito que esse quadro pode mudar, se houve um empenho sério dos dirigentes
da instituição, para criar uma ambiente que gere no jovem motivação, senso de responsabilidade
e consciência da importância desse envolvimento, para a obtenção dos seus objetivos na
encarnação atual”.
Como a autora, também acreditamos que é possível mudar a ordem atual das
coisas, sendo evidente que, para isto, haja um movimento de forças a este favor, conforme
pretendemos ter demostrado ao longo do desenvolvimento do trabalho.
Além disto, é Jesus e o Espírito Emmanuel que nos trazem a palavra final: “Mas os
cuidados deste mundo, os enganos da riqueza e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam
a palavra que fica infrutífera” (Marcos 4:19)
“É imprescindível - escreve o autor espiritual - tratar a planta divina com desvelada
ternura e instinto enérgico de defesa. Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos
dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros
antes do auto-exame” (Fonte Viva - Cap 40)
Portanto, cabe ao espírita mais experimentado, espírito tão eterno quanto o do jovem colocado sob sua tutela, assumir seu papel de orientador, porque como asseverou Jesus na obra Boa Nova “...ser velho ou ser moço no mundo, não interessa!... antes de tudo, é preciso ser de Deus!”
FONTES DE CONSULTA1. KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capitulo XVII - Ed. FEB
2. XAVIER, Francisco Cândido - Boa Nova - Velhos e Moços - Ed.FEB
3. SOUZA, Dalva Silva - Os Caminhos do Amor - Ed. FEB
4. SOUZA, Syllvio Dionysio de, Juventude Espírita - Ensaios por professores, escritores
e educadores - Ed. EME
5. XAVIER, Francisco Cândido - Conduta Espírita - Cap. 2 - Ed. FEB
6. XAVIER, Francisco Cândido - Caminho Verdade e Vida - Cap. 151, ed. FEB
7. XAVIER, Francisco Cândido - Vinha de Luz - Cap 40 - Ed. FEB
8. XAVIER, Francisco Cândido - Bênção de Paz - Cap 45 - Ed. GEEM
9. SETOR DE JUVENTUDE - DIJ/UEM - Manual de Organização e Funcionamento de
Mocidades Espíritas - Ed. UEM
10. Revistas Reformador - Fevereiro 1996 e maio de 1991.