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Rev. Traj. Mult. – Ed. Esp. XVI Fórum Internacional de Educação – Ano 3, Nº 7

ISSN 2178-4485 - Ago/2012

O lúdico na escola

Andréa Cristiane Silveira da Rosa1

Resumo: Este resumo de estudos trata da importância das atividades lúdicas para a aprendizagem e de como as histórias podem promover o desenvolvimento das funções do pensamento, proporcionando uma aprendizagem mais prazerosa e estimulante. Aborda também o papel do professor como mediador desse processo garantindo um ensino mais atrativo e multidisciplinar. As possibilidades dentro das atividades lúdicas são inúmeras, mas todo esse processo provoca muitas inquietações, pois é necessário que se desconstrua concepções e verdades em torno da metodologia. Palavras-chave: Brincadeira. Atividade lúdica. Aprendizagem infantil. Histórias infantis. Abstract: This summary of Studies is about the importance of recreational activities for learning and as the stories can promote the development of the functions of thinking,should interact with each other a learning more enjoyable and stimulating. Also addresses the role of the teacher as mediator of this process by ensuring an education more attractive and multidisciplinary. The possibilities within the playful activities are numerous, but the whole process causes many worries,because it is necessary to rethink ideas and truths about the methodology. Keywords: Joke. Playful activity. Learnng child. Children's stories.

A brincadeira como instrumento de aprendizagem

Bem agora é sério: chegou a hora de parar com a brincadeira e começarmos a

estudar de verdade! Não raramente ouvimos essa fala de nossos educadores, mas o

verdadeiro educador vê na brincadeira um instrumento valioso, quando tratamos de

aprendizagem. Piaget já afirmava que quando a criança brinca não só se diverte, ela

também aprende e recria o mundo onde vive.

A atividade lúdica é o momento excepcional de aprendizagem infantil, por meio dela,

a criança desenvolve mais facilmente funções do pensamento, levanta hipóteses,

resolve problemas e nesse processo, o educador tem papel fundamental como

mediador que deve estimular a atividade mental, social e psicomotora.

Nesse universo, o contato literário libera o imaginário e a fantasia, pois estimula,

acima de tudo, as emoções. Através das histórias a criança consegue extravasar

seus conflitos, ansiedades e medos, enfim conseguem ver um mundo melhor.

Atraída pela curiosidade a criança, ao manusear livros e ler histórias, é levada a

descobertas e aprimoramento da linguagem e, consequentemente, a facilitação seu

1 Pedagoga, Supervisora escolar e especialista em aprendizagem lúdica. Formada pela Universidade

Federal de Santa Maria/RS.

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processo de alfabetização. Diante disso o professor deve se utilizar de muitas

atividades literárias em sala de aula, utilizando as histórias para um ensino

multidisciplinar.

Por fim, a escola deve ser um lugar de atividades divertidas como: brincadeiras,

dança, teatro, música, leitura no pátio,hora do conto tudo isso encanta, gerando

prazer e não devendo ser vistas separadas da educação. O educador além de

reconhecer a importância da brincadeira deve saber utilizá-la, deve reestruturar seus

planejamentos para deixá-los mais atrativos e até usá-las como ferramenta para

estimular déficits de aprendizagem dos alunos.

A importância das histórias infantis na aprendizagem

É muito importante, para a formação da criança, ouvir histórias. Escutá-las é o início

da formação de um leitor, e onde começa o caminho de grandes descobertas.

As histórias contam sobre a vida, sobre as pessoas, sobre a humanidade, sobre nós

mesmos. Cada conto é como um espelho mágico, que reflete alguns aspectos do

nosso mundo interior, e dos passos necessários para nossa maturidade. O

significado mais íntimo e profundo do conto será diferente para cada criança e

também desigual para cada uma em diferentes momentos da vida. Mas é através de

várias histórias que a criança passa a compreender o mundo dos contos, e a

mensagem básica transmitida a ela é: que na vida é inevitável a luta contra

dificuldades, é algo que faz parte da existência humana, porém se a pessoa não se

intimida e enfrenta com firmeza os obstáculos e as injustiças, conseguirá dominá-los

e sairá vitoriosa.

Contar histórias para crianças é sustentar o imaginário, é ter a curiosidade

respondida em relação a muitas perguntas, é encontrar ideias para solucionar

questões, é uma possibilidade de descobrir o mundo intenso de conflitos, dos

impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos através dos problemas

que vão sendo enfrentados (ou não), resolvidos (ou não), pelos personagens de

cada história. Fazer de conta é uma fonte de cura muito rica para crianças da pré-

escola. Você pode ver crianças aliviando seus próprios sentimentos quando as

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observa brincando.

Contar histórias é uma arte, e podemos constatar que os contos estão de volta, e

que precisamos nos preparar para esse desafio, incluindo novos elementos e assim

recriando nossos projetos de contar histórias. Ver e ouvir histórias não é apenas um

lazer, um passatempo; é, também, um recurso valioso e agradável para a

predisposição à aprendizagem e para sua complementação.

Referências

BIBIANO, Bianca. Por que brincar é importante para as crianças pequenas.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/brincar-

importante-criancas-pequenas-612994.shtml. Acesso em: 09/07/2012.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.

São Paulo: Cortez, 2000.

OLIVEIRA, Nina Eiras Dias. Brincar é coisa séria. Disponível em:

http://w.w.w.existencialismo.org.Br/jornalescistencial/ninabrincar.htm. Acesso em:

21/07/2006.

PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

Comentário disponibilizado pela autora para publicação nesta revista, modalidade Anais do XVI Fórum Internacional de

Educação.