O lugar da saúde mental no curso de Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba

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    O lugar da saúde mental no curso de Serviço Social da UniversidadeEstadual da Paraíba1 

    Lima, Gerbson2 [email protected] 

    Patriota, LuciaNascimento, Edna

    Duarte, Mayara

    Modalidad de trabajo: Resultados de investigacionesEje temático: Desafíos para la Formación Profesional en América Latina y

    CaribePalabras claves: Serviço Social, Loucura, Saúde Mental, Reforma Psiquiátrica

    Formação Profissional.

    Introducción y objetivos

     A Saúde Pública brasileira tem, com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS),

    em 1988, vivenciado profundas mudanças na maneira de se compreender e agir sobre o

    processo saúde-doença.

     Adotando o Paradigma da Produção Social da Saúde, evidenciando a inegável relação

    entre democracia, cidadania e direito, entre outras categorias, o SUS vem, ao longo de

    seus 20 anos, confirmando a importância dos aspectos sócio-culturais, políticos e

    econômicos na determinação do processo saúde-doença, rompendo com a compreensãoda saúde como mera ausência de doença, entendendo-a como integrante de uma

    totalidade na qual interferem várias dimensões.

    Todas as mudanças teóricas e práticas produzidas por esse complexo processo de

    reorganização do sistema de saúde do país apontam para um outro campo não menos

    complexo: o da formação profissional. As mudanças trazidas pelo SUS evidenciam

    inúmeros desafios e, conforme Feuerwerker (2006), não parece possível produzir a

    reorganização das práticas de saúde sem interferir simultaneamente no mundo da

    formação.

    Por muitos anos, a formação dos profissionais de saúde reproduziu uma visão centrada

    nas técnicas biomédicas e a ênfase nos procedimentos superou amplamente o pensar a

    saúde. Para Ceccin; Feuerwerker (2004) a concepção medicalizadora da saúde ocupou, e

    1  Ponencia presentada en el XIX Seminario Latinoamericano de Escuelas de Trabajo Social. El Trabajo Social en lacoyuntura latinoamericana: desafíos para su formación, articulación y acción profesional. Universidad CatólicaSantiago de Guayaquil. Guayaquil, Ecuador. 4-8 de octubre 2009.2 Estudiante del grado de la Universidade Estadual da Paraíba, Brasil.

     

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    ainda ocupa, um espaço hierarquicamente superior na cultura acadêmica. Tais autores

    apontam para a necessidade de se deslocar o eixo da medicalização, ainda presente na

    formação acadêmica dos profissionais de saúde, para o da atenção interdisciplinar,

    intensificando o respeito aos princípios do SUS de forma a se alterar perfis profissionais,

    sob forma de se alcançar à estratégia da atenção integral à saúde.De acordo com Rossoni; Lambert (2004) há um consenso entre os observadores da

    Reforma Sanitária brasileira de que a formação de recursos humanos para o setor é um

    dos mais graves problemas do SUS. Tal observação estende-se a um campo não menos

    importante inserido no SUS que é o da saúde mental e que também tem mudado bastante

    nos últimos anos. Se antes o hospital psiquiátrico era o centro da prática psiquiátrica, hoje

    se adota um atendimento baseado na atenção comunitária, se por muito tempo a loucura

    era objeto exclusivo da psiquiatria, ela hoje se abre a diversos campos do saber.

    Por constituir-se em uma área do conhecimento e de atuação técnica no âmbito daspolíticas públicas de saúde com o qual o serviço social tem estabelecido uma histórica

    relação, remontando à gênese da profissão, a saúde mental tem nos suscitado algumas

    inquietações, sobretudo no que se refere à formação do discente de serviço social.

     A Reforma Psiquiátrica, em curso no país desde a década de 1970, exige a formação de

    profissionais dotados de capacidade de reflexão crítica e competência técnica para se

    envolver numa prática de cuidado que se constitua num exercício de transformação para

    todos os envolvidos: usuários, profissionais e as redes sociais em volta deles. Só isso

    permite manter a esperança de construção de uma nova atitude epistemológica e éticafrente ao fenômeno loucura (BEZERRA JR., 2007).

    Tal formação compreende uma tarefa complexa, pois se de um lado é preciso dar aos

    discentes formandos uma base teórica e técnica sólida, de outro é indispensável suscitar

    nos mesmos uma vocação crítica e criativa, de modo a atender aos desafios que um

    processo de transformação do porte da Reforma Psiquiátrica impõe.

    Frente aos argumentos aqui apresentados, lançamos as seguintes questões que norteiam

    a presente pesquisa:

    Como a questão da saúde mental vem sendo abordada no curso de serviço social daUniversidade Estadual da Paraíba?

    Que componentes curriculares estão contemplando a saúde mental?

    O que pensam os alunos concluintes do referido curso sobre saúde mental e Reforma

    Psiquiátrica?

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    da Paraíba – UEPB – Brasil; identificando se os componentes curriculares têm abordado

    a questão da saúde mental consonância com os princípios da Reforma Psiquiátrica.

    Desarrollos y Conclusiones

    Os componentes curriculares do curso de Serviço Social

     A formação profissional do assistente social deve viabilizar uma capacitação teórico-

    metodológica e ético-política, como requisito fundamental para o exercício de atividades

    técnico-operativas, com vistas à apreensão crítica dos processos sociais numa

    perspectiva de totalidade. Deve instrumentalizar o aluno para considerar o movimento

    histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do

    capitalismo no país; compreender o significado social da profissão e de seu

    desenvolvimento sócio-histórico, nos cenários internacional e nacional, desvelando as

    possibilidades de ação contidas na realidade; identificar as demandas presentes na

    sociedade, visando formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão

    social.

     A nova lógica curricular prevista nas diretrizes curriculares de 1996 sustenta-se no tripé

    dos conhecimentos constituídos pelos núcleos de fundamentação da formação

    profissional, quais sejam:

    Núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social, que compreende um

    conjunto de fundamentos teórico-metodológicos e ético-políticos para conhecer o ser

    social enquanto totalidade histórica, fornecendo os componentes fundamentais para a

    compreensão da sociedade burguesa, em seu movimento contraditório;

    Núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira que remete à

    compreensão dessa sociedade, resguardando as características históricas particulares

    que presidem a sua formação e desenvolvimento urbano e rural, em suas diversidades

    regionais e locais. Compreende ainda a análise do significado do Serviço Social em seu

    caráter contraditório, no bojo das relações entre as classes e destas com o Estado,

    abrangendo as dinâmicas institucionais nas esferas estatal e privada;

    Núcleo de fundamentos do trabalho profissional que compreende todos os elementos

    constitutivos do Serviço Social como uma especialização do trabalho: sua trajetória

    histórica, teórica, metodológica e técnica, os componentes éticos que envolvem o

    exercício profissional, a pesquisa, o planejamento e a administração em Serviço Social e

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    o estágio supervisionado. Tais elementos encontram-se articulados por meio da análise

    dos fundamentos do Serviço Social e dos processos de trabalho em que se insere,

    desdobrando-se em conteúdos necessários para capacitar os profissionais ao exercício

    de suas funções, resguardando as suas competências específicas normatizadas por lei.

     A seguir apresentamos a distribuição dos componentes curriculares do curso de ServiçoSocial da UEPB, que deveriam ter correlação com a questão da saúde mental.

    Os componentes curriculares do 1º ano do curso de serviço social objetivam, de forma

    geral, fornecer elementos que contribuam para compreensão da realidade social na qual

    estamos inseridos. Compreendem o núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da

    vida social, fundamentais para a compreensão da sociedade burguesa, em seu

    movimento contraditório. Dentre os componentes do primeiro ano do curso,

    acreditávamos que Psicologia Aplicada ao Serviço Social pudesse contemplar em seu

    conteúdo programático alguns elementos referentes à saúde mental e a reformapsiquiátrica, o que não ocorreu. O plano de curso do referido componente apresenta a

    seguinte ementa: Ao terminar o estudo da disciplina o aluno deverá está apto da

    importância dos conhecimentos da Psicologia da criança, do Adolescente, do Idoso, da

    Psicologia Social e Comunitária para a auto-integração do indivíduo no seu dia-a-dia.

    Seus objetivos são: Oferecer subsídios teóricos que possibilitem uma compreensão geral

    acerca do desenvolvimento humano, possibilitando uma compreensão globalizante sobre

    a ciência do comportamento humano, partindo da infância, adolescência, psicologia social

    e comunitária e suas relações e implicações no processo sócio-educativo. Seu conteúdoprogramático prevê: Breve histórico da psicologia; Infância: evolução do conceito;

    Psicologia do desenvolvimento; Desenvolvimento da criança; Princípios e fases do

    desenvolvimento humano; A adolescência como etapa do desenvolvimento humano;

    Psicologia Social; e, Psicologia comunitária.

    No tocante aos componentes curriculares do 2º ano do curso de serviço social também

    não identificamos nenhum componente que apresente a discussão da saúde mental e da

    reforma psiquiátrica. Considerando-se que o componente Serviço Social e Processo de

    Trabalho em seu conteúdo prevê a discussão do serviço social em processos de trabalho,acreditávamos poder encontrar algo relacionado ao trabalho do assistente social na saúde

    mental, o que não foi verificado na análise do plano de curso do referido componente.

    Entre os componentes curriculares do 3º ano do curso de serviço social também não

    identificamos em nenhum dos planos de curso analisados referência à saúde mental e

    reforma psiquiátrica. Cabe aqui o registro de que é nesse período do curso que os alunos

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    se iniciam no estágio curricular nas diferentes instituições e que muitos alunos se inserem

    na saúde mental. No entanto os planos de curso de Estágio III apresentam-se muito

    gerais. De acordo com a ementa do referido componente está previsto: Inserção da (o)

    aluna (o) no campo de estágio, propiciando uma reflexão acerca da realidade a ser

    trabalhada numa perspectiva de totalidade social, enfocando as questões emergentes nocampo de atuação. Caracterização da instituição- campo de atuação a partir da

    observação participante. Construção do projeto de intervenção e – ou investigação,

    delineando a ação teórica – prática a ser desenvolvida. Operacionalização do referido

    projeto. Treinamento prático na aplicação do instrumental técnico – operativo. Seus

    objetivos são: Propiciar a (o) aluna (o) o aperfeiçoamento de habilidade e atitudes para a

    atuação, profissional, capacitando – o, a partir de um referencial teórico critico, para uma

    intervenção qualificada e comprometida com os princípios do projeto ético – político da

    profissão; Discutir a política social na qual o campo de estagio esta inserido; Construir eoperacionalizar um projeto de investigação ou intervenção.

    Muito embora entre seus objetivos esteja a discussão da política social na qual o campo

    de estágio se inseri, entre os seus conteúdos tem-se: Inserção no campo de estágio –

    observação participante; Elaboração da caracterização da instituição, área de estágio;

    Reflexão acerca do exercício profissional do Serviço Social; Definição do objeto de

    intervenção- investigação; Discussão acerca do referencial teórico metodológico, visando

    subsidiar a elaboração do projeto de intervenção ou investigação; Elaboração do projeto

    de intervenção ou investigação; Discussão a cerca do instrumental técnico – operativovisando subsidiar a execução do projeto.

    Entre os componentes curriculares do 4º ano do curso ocorre o mesmo que nos anos

    anteriores, ou seja, nenhum componente evidencia nos seus respectivos planos de curso

    a discussão da saúde mental e da reforma psiquiátrica.

    Destacamos o componente Tópicos Especiais em Saúde cuja ementa prevê:

    Contextualização histórica da política de saúde no Brasil com ênfase nos aspectos sócio-

    econômicos e políticos; discussão acerca das tendências atuais da política de saúde; o

    desafio da democratização na gestão do SUS e a questão do controle social: conceitos,instrumentos e aspectos legais; o trabalho nos serviços de saúde e a inserção dos

    assistentes sociais: tendências do mercado e requisitos de qualificação profissional. Seus

    objetivos são: Proporcionar ao aluno de Serviço Social a compreensão em torno do

    contexto sócio-econômico e político em que emerge e se desenvolve a política de saúde

    no Brasil; oferecer elementos de reflexão em torno das tendências atuais da política de

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    saúde, com ênfase aos desafios da democratização da gestão; possibilitar uma reflexão

    crítica em torno da inserção dos assistentes sociais nos serviços de saúde e das

    particularidades da prática. O conteúdo evidenciado no plano de curso do componente

    aponta a discussão das seguintes questões: O conceito de saúde; o processo doença-

    saúde; a produção social da saúde; a política de saúde no Brasil: contextualizaçãohistórica e tendências atuais; os caminhos do direito à saúde e o desafio da

    descentralização e da democratização na gestão do SUS; controle social; as

    particularidades do trabalho do Assistente Social na saúde: funções e requisições; o

    Programa Saúde na Família e a inserção do Assistente Social na saúde; o instrumento

    técnico operativo para as ações do Assistente Social na saúde; o desafio da

    implementação do projeto ético-político do Serviço Social nos serviços de saúde.

    Destacamos que uma das dimensões da reforma psiquiátrica mais enfatizadas por

     Amarante (2007), refere-se à dimensão jurídico-político que aponta para necessáriadiscussão e redefinição das relações sociais e civis em termos de cidadania, de direitos

    humanos e sociais. Com base nessa observação chama-nos a atenção que o

    componente curricular Direito e Legislação Social não contemple em seus conteúdos

    absolutamente nada sobre a legislação que protege o portador de transtorno mental no

    nosso país. Sua ementa assim se apresenta: Noções Gerais de Direito. Ramos do Direito.

    Direito Constitucional. Direito do Menor. Direito Trabalhista. Contrato de Trabalho: Normas

    Gerais; Normas Específicas. Extinção de contrato de Trabalho. Aviso Prévio. Sistemas

    Indenizatórios. Estabilidade. Justiça do Trabalho. Organização Sindical. Direito de Greve.Legislação Social. Previdência Social. Legislação Previdenciária. Seus objetivos são:

    Estudo da Legislação pertinente ao exercício da profissão de Assistência Social,

    possibilitando a interpretação das normas jurídicas relacionadas com o Serviço Social. O

    conteúdo programático prevê: Noções Gerais de Direito. Direito Constitucional. Direito da

    Infância e da Juventude. Direito Trabalhista e Legislação Social.

    Os dados nos permitem apontar para o fato de que em nenhum dos planos analisados a

    questão da saúde mental é contemplada. Muito embora o curso desenvolva atividades de

    estágio curricular em várias instituições de assistência ao portador de transtorno mental eque tenha em sua grade curricular componentes que se dispõem a discutir a política de

    saúde (Tópicos Especiais em Saúde), o processo de trabalho do serviço social, entre

    outras importantes questões, a questão da saúde mental não foi identificada em nenhum

    dos componentes analisados.

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     A necessidade de mudanças no processo de formação dos profissionais de saúde mental

    torna-se evidente, sobretudo em função de uma nova compreensão do fenômeno loucura

    e das novas organizações no mundo do trabalho em saúde mental. Novas exigências em

    relação ao perfil dos profissionais de saúde mental são postas e conseqüentemente um

    novo marco conceitual precisa ser adotado. Este deve considerar a concepção dedeterminação social da doença, o conceito ampliado de saúde, as noções de território,

    rede, interdisciplinaridade, reabilitação psicossocial, entre outros.

     A não identificação de tais elementos nos planos de curso dos componentes curriculares

    do curso de serviço social em muito nos preocupa, pois este tem sido um campo de

    atuação que tem demandado o profissional de serviço social de forma bem significativa.

    Referencias Bibliográficas

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    FEUERWERKER, L. C. M. Estratégias atuais para a mudança das profissões de saúde.

    In: Cadernos da ABEM, v. 2, junho de 2006.

    FREITAS, P. R. (et al). A faculdade de serviço social em Campina Grande:

    surgimento e desenvolvimento até sua inserção no âmbito universitário. In: Anais do

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    Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba. São José dos Campos, 2008.

    FOUCAULT, M. História da loucura. São Paulo: Perspectiva, 1978.

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    Saúde e as diretrizes curriculares. In: Boletim da Saúde. v.18, n. 1. Porto Alegre, jan/jun,

    2004.