O mapa político mundial

13
Capítulo 3

Transcript of O mapa político mundial

Page 1: O mapa político mundial

Capítulo 3

Page 2: O mapa político mundial

Territórios Não Autônomos

Page 3: O mapa político mundial

16 TERRITÓRIOS NÃO AUTÔNOMOS

Anguila – É um território do Reino Unido no Caribe com uma superfície

inferior a 100 quilômetros quadrados. Ali vivem 14 mil pessoas, a

maioria de origem africana. Também é uma ilha que serve de refúgio a

turistas endinheirados.

Bermudas – Segundo algumas estimativas, a ilha britânica no

Atlântico, tem o PIB per capita mais alto do mundo. Muito se deve à

indústria do turismo, mas principalmente à sua fama de centro

financeiro offshore, onde 13 mil empresas de todo o mundo – em

apenas 53 quilômetros quadrados – têm sua sede nominal.

Gibraltar – Mantém o autogoverno em todas as áreas, com exceção da

defesa e das relações exteriores.

Guam – A ilha do Pacífico é um dos três territórios ainda mantidos

pelos Estados Unidos em regime de colônia.

Ilhas Caimán – Um dos maiores centros financeiros do mundo e

acusado de ser um paraíso fiscal, o território britânico de ultramar tem

mais empresas em seu território que pessoas. Na ilha operam mais de

260 bancos, 9 mil fundos de investimento e 80 mil companhias.

Page 4: O mapa político mundial

Ilhas Malvinas ou Falklands – Controladas pelo Reino Unido, são motivo de

disputa entre britânicos e argentinos, pois ambos reclamam soberania sobre

elas. Em 1982, os dois países entraram em guerra pelo arquipélago do

Atlântico Sul. Morreram mais de 900 soldados, a maioria argentinos. Acredita-

se que no leito marinho ao redor da ilhas existam reservas de petróleo.

Ilhas Turcas e Caicos – O território britânico no Atlântico foi uma dependência

da Jamaica. Na década de 80, um movimento de independência foi sufocado.

No ano passado, o Reino Unido retomou o controle direto sobre as ilhas

depois que uma investigação encontrou evidências de corrupção no governo.

Ilhas Virgens Britânicas – Esse território britânico no Caribe compreende 40

ilhas e ilhotas em que 50% do PIB é composto por instituições financeiras. Em

um relatório no ano passado, o governo britânico exigiu que as ilhas

melhorassem sua regulação financeira.

Ilhas Virgens dos Estados Unidos – O turismo é a principal atividade

econômica do território que tem a particularidade de ser o único sob domínio

americano onde o governo é de esquerda. Seus habitantes, ainda que

considerados americanos, não podem votar nas eleições dos Estados Unidos.

Page 5: O mapa político mundial

Montserrat – Conhecida como a "ilha de esmeralda do Caribe", por sua

semelhança com a costa da Irlanda e pelos descendentes irlandeses, se tornou em

parte inabitável pelas erupções vulcânicas que sofreu nos anos 90. Mais da

metade dos 4.400 moradores teve de deixar o país. Desde então, a ilha depende

de fundos britânicos e da União Europeia para sua reconstrução.

Nova Caledônia – O território francês de ultramar no Pacífico foi testemunha de

profundas divisões entre suas populações indígena e europeia, em particular sobre

a questão da independência. O território foi anexado pela França em 1853 e se

converteu em destino para presos franceses.

Pitcarn – Colônia britânica no Pacífico. Tem 46 habitantes. Nunca foram muitos:

em 1937, o ano de maior população da ilha, eram 233.

Saara Ocidental – É uma ex-colônia da Espanha, que abandonou a região em

1975, situada na costa oeste da África. Cenário de um longo conflito entre o

Marrocos, que controla a maior parte do território, e a Frente Polisário, que luta

pela independência. Em 1985, o Comitê de Descolonização das Nações Unidas

reconheceu o direito à autodeterminação do povo saharaui. Esta semana terá lugar

uma nova roda de negociações entre as partes.

Samoa Americana – Seus habitantes são nacionais dos Estados Unidos, com

quem a ilha do Pacífico mantém vínculos econômicos, mas não são cidadãos

americanos. A economia é baseada na pesca do atum, que representa mais de

90% das exportações.

Page 6: O mapa político mundial

Santa Helena – O território britânico de ultramar, entre a África e a América

do Sul, é conhecido como o lugar onde viveu exilado Napoleão Bonaparte,

depois de sua derrota em Waterloo, de 1815 até sua morte em 1821.

Tokelau – O arquipélago sob domínio da Nova Zelândia no Pacífico

rechaçou o autogoverno em dois referendos realizados em 2006 e 2007.

As ilhas têm escassa conexão com o mundo exterior. Não tem aeroporto e

para chegar a Samoa, o vizinho mais próximo, se demora um dia de barco.

Não são muitos os que já ouviram falar de Tokelau, mas no mês passado

as ilhas chegaram à imprensa mundial quando três jovens foram

encontrados vivos no Pacífico depois de ficar à deriva por quase dois

meses.

Page 7: O mapa político mundial

C O L O N I A L I S M O

ANTIGO NEO (NOVO)

SÉCULO - XVI A XVIII SÉCULO - XIX A XX

ÁREA - AMÉRICA ÁSIA E ÁFRICA

SISTEMA ECONÔMICO - MERCANTILISMO LIBERALISMO

FORÇA DE TRABALHO – ESCRAVISMO ASSALARIADO

FASE CAPITALISMO - COMERCIAL FINANCEIRO

Page 8: O mapa político mundial

Neocolonialismo África e Ásia

A industrialização do continente europeu marcou um

intenso processo de expansão econômica. O

crescimento dos parques industriais e o acúmulo de

capitais fizeram com que as grandes potências

econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus

mercados e procurassem maiores quantidades de

matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse

contexto que, a partir do século XIX, essas nações

buscaram explorar regiões na África e Ásia.

Gradativamente, os governos europeus intervieram

politicamente nessas regiões com o interesse de

atender a demanda de seus grandes conglomerados

industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, essa

nova modalidade de exploração pretendia fazer das

áreas dominadas grandes mercados de consumo de

seus bens industrializados e, ao mesmo tempo, pólos de

fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande

crescimento da população europeia fez da dominação

afro-asiática uma alternativa frente ao excedente

populacional da Europa que, no século XIX, abrigava

mais de 400 milhões de pessoas.

Page 9: O mapa político mundial

A PARTILHA DA ÁFRICA (1880-1913)

Com relação à África, podemos destacar a realização da Conferência de Berlim (1884

– 1885) na qual várias potências europeias reuniram-se com o objetivo de dividir os

territórios coloniais no continente africano. Nessa região podemos destacar o

marcante processo de dominação britânica, que garantiu monopólio sob o Canal de

Suez, no Norte da África. Fazendo ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho,

essa grande construção foi de grande importância para as demandas econômicas do

Império Britânico

Na segunda metade do século XIX, países europeus como a

Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências

industriais.

Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande

desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram atitudes

imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos,

levando suas áreas de influência para outros continentes.

Esta divisão, feita de acordo com os interesses coloniais, criou conflitos na sociedade

africana, problemas étnicos, econômicos e políticos. Nenhum regime político

funcionou no continente. O socialismo não foi eficiente e os estados capitalistas

tornaram-se tristes exemplos do mau funcionamento da economia liberal. A miséria

que toma a população do continente tem origens na dívida externa que cresce a cada

ano.

Page 10: O mapa político mundial

A conferência de Bandung Reuniu os líderes de 29 estados asiáticos e africanos,

responsáveis pelos destinos de 1 bilhão e 350 milhões

de seres humanos. Patrocinaram esta conferência

Indonésia, Índia, Birmânia, Sri Lanka e Paquistão, e

tinha como objetivo promover uma cooperação

econômica e cultural de perfil afro-asiático, buscando

fazer frente ao que na época se percebia como atitude

neocolonialista das duas grandes potências, Estados

Unidos e União Soviética, bem como de outras nações

influentes que também exerciam o que consideravam

imperialismo, ou seja, promoção indiscriminada de

seus próprios valores em detrimento dos valores

cultivados pelos povos em desenvolvimento.

A maioria dos países participantes da conferência

vinham da amarga experiência da colonização,

experimentando o domínio econômico, político e

social, sendo os habitantes locais submetidos à

discriminação racial em sua própria terra, parte da

política de domínio europeia.

Page 11: O mapa político mundial

Conferência de Bandung e a Divisão Norte/Sul

Todos os países declararam-se socialistas nesta reunião, mas deixando claro

que não iriam se alinhar ou sofrer influência da União Soviética. Num

momento em que EUA e URSS lutavam abertamente pela conquista de

influência em todos os países, o maior desafio do movimento não-alinhado era

manter-se coeso ante as pressões dos grandes. Ao invés da tradicional visão

de americanos e soviéticos de um conflito Leste-Oeste, a visão que

predominava em Bandung era a do conflito norte-sul, onde as potências

localizadas mais ao norte industrializadas, oprimiam constantemente e inibiam

o desenvolvimento daquelas nações localizadas mais ao sul, exportadoras de

produtos primários.

Page 12: O mapa político mundial

Países do Norte e do Sul

Diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um

autor precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill

Clinton, como um dos responsáveis pela popularização dessa representação.

Após décadas de Guerra Fria, o enfrentamento ideológico entre Socialismo e

Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a disputa econômica entre

Ricos e Pobres (Norte x Sul). A idéia ganhou força no início da década de

1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do

“Segundo Mundo”.

Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações

arbitrárias, convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que

as endossam. Em nenhum momento o Leste foi totalmente Socialista nem o

Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre Norte e Sul também é uma

representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A

desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a

Segunda Guerra Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.

Page 13: O mapa político mundial

Primeiro Mundo, Segundo Mundo e Terceiro Mundo