O Mariano 404 - novembro de 2012

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O Mariano 1 O MARIANO FEDERAÇÃO DAS CONGREGAÇÕES MARIANAS DE SÃO PAULO Rua Prof. Celestino Bourrol, 844 - sala 3 - São Paulo Ano XXXIV Número 404 Novembro de 2012 O Ano da Fé quer ser uma peregrina- ção em resposta à "desertificação" espiritual do mundo de hoje. É o objetivo colocado pelo Santo Padre na Missa de abertura do Jubileu que coincide com o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II. "Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para pres- tar honras, mas porque é necessário, mais ain- da do que há 50 anos!" Com este realismo o Pontífice propõe, a partir de hoje, a toda a Igreja do mundo "uma peregrinação" para a conversão e a renovação da fé. Adverte tam- bém contra a vida sem Deus, cujo mais elo- quente exemplo são os acontecimentos do século passado: duas guerras mundiais e o comunismo e as ditaduras que promoveram o ateísmo. "O que significava uma vida, um mundo sem Deus, - observou - nos tempos do Concílio se podia já saber por algumas páginas trágicas da história, mas agora infelizmente o vemos todos os dias ao nosso redor. É o vazio que se difundiu". Bento XVI não negou os desafios que ameaçam o fervor da fé, mas deu também esperança e fez um chamado para dar testemu- nho da fé ainda mais forte no "deserto" do mundo de hoje. "No entanto, é precisamente a partir da experiência deste vazio que podemos redesco- brir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim no mundo contem- porâneo são inúmeros os sinais expressos em forma implícita ou negativa, da sede de Deus, do sentido último da vida. E no deserto são necessárias principalmente pessoas de fé". O Ano da Fé é uma proposta concreta com a qual o Santo Padre convida a "uma peregrinação nos desertos do mundo contem- porâneo, na qual levar consigo somente aquilo que é essencial", que são o Evangelho e a fé da Igreja, expressa nos documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica. A celebração solene de hoje foi pensa- da na coincidência com o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, convocado pelo Beato João XXIII, com a intenção "que o sagrado depósito da doutrina cristã seja con- servada e ensinada em forma mais eficaz". Durante a homilia o Santo Padre reforçou o convite à leitura dos documentos conciliares. (AA/JS) Fonte:http://www.gaudiumpress.org/content/41070-Papa- define-Ano-da-Fe--uma-peregrinacao-nos-desertos-sem-Fe- do-mundo-contemporaneo Papa define Ano da Fé: uma peregrinação nos desertos sem Fé do mundo contemporâneo No domingo, 25 de novembro deste ano cele- braremos a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Esta Solenidade foi criada pelo papa Pio XI em 1925. Instituiu que fosse celebrada no último domingo de outubro. Agora, na reforma litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico como ponto de chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas, Cristo é o centro do uni- verso e para Ele tudo conflui. A criação desta festa tinha uma conotação política de grandiosidade, com o objetivo de mos- trar o senhorio de Jesus sobre o mundo, acima das situações de ateísmo e falta de religião. Como cristãos católicos, somos chamados a viver o senhorio de Jesus de maneira concreta. Ter Jesus como Senhor é dar a ele prioridade em nossa vida, pois tudo foi feito por Ele, por meio dele e para ele são todas as coisas (Rm. 11,36). Hoje, mais do que nunca, estamos imersos em uma socie- dade que exige cada vez mais de nós e muitas vezes deixamos de lado coisas importantes e necessárias à nossa vida, como por exemplo, a nossa fé em Jesus. Nós a afirmamos com os lábios muitas vezes, mas, na prática a negamos no coração. Gostamos de se- guir Jesus em sua glória, mas quando somos chama- dos a tomar parte nos seus sofrimentos por meio dos nossos próprios, o abandonamos. Para viver o Senhorio de Jesus é preciso, antes de tudo, ter fé e deixar-se invadir pelo Espírito San- to, sendo conduzido por sua influência. Pois está escrito: “Ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (I Cor. 12,3b). E depois, ter consciência de que a vivência do Senhorio de Jesus não é algo mágico, mas se trata de um árduo processo que envolve a nossa adesão pessoal e tam- bém nosso testemunho de vida. CRISTO, O REI DO UNIVERSO!

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Boletim da Federação das Congregações Marianas de São Paulo

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O MARIANO FEDERAÇÃO DAS CONGREGAÇÕES MARIANAS DE SÃO PAULO

Rua Prof. Celestino Bourrol, 844 - sala 3 - São Paulo

Ano XXXIV Número 404 Novem bro de 2012

O Ano da Fé quer ser uma peregrina-ção em resposta à "desertificação" espiritual do mundo de hoje. É o objetivo colocado pelo Santo Padre na Missa de abertura do Jubileu que coincide com o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II. "Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para pres-tar honras, mas porque é necessário, mais ain-da do que há 50 anos!" Com este realismo o Pontífice propõe, a partir de hoje, a toda a Igreja do mundo "uma peregrinação" para a conversão e a renovação da fé. Adverte tam-bém contra a vida sem Deus, cujo mais elo-

quente exemplo são os acontecimentos do século passado: duas guerras mundiais e o comunismo e as ditaduras que promoveram o ateísmo. "O que significava uma vida, um mundo sem Deus, - observou - nos tempos do Concílio se podia já saber por algumas páginas trágicas da história, mas agora infelizmente o vemos todos os dias ao nosso redor. É o vazio que se difundiu". Bento XVI não negou os desafios que ameaçam o fervor da fé, mas deu também esperança e fez um chamado para dar testemu-nho da fé ainda mais forte no "deserto" do mundo de hoje.

"No entanto, é precisamente a partir da experiência deste vazio que podemos redesco-brir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim no mundo contem-porâneo são inúmeros os sinais expressos em forma implícita ou negativa, da sede de Deus, do sentido último da vida. E no deserto são necessárias principalmente pessoas de fé". O Ano da Fé é uma proposta concreta com a qual o Santo Padre convida a "uma peregrinação nos desertos do mundo contem-porâneo, na qual levar consigo somente aquilo que é essencial", que são o Evangelho e a fé da Igreja, expressa nos documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica. A celebração solene de hoje foi pensa-da na coincidência com o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, convocado pelo Beato João XXIII, com a intenção "que o sagrado depósito da doutrina cristã seja con-servada e ensinada em forma mais eficaz". Durante a homilia o Santo Padre reforçou o convite à leitura dos documentos conciliares.(AA/JS)

Fonte:http://www.gaudiumpress.org/content/41070-Papa-define-Ano-da-Fe--uma-peregrinacao-nos-desertos-sem-Fe-do-mundo-contemporaneo

Papa define Ano da Fé: uma peregrinação nos desertos sem Fé do mundo contemporâneo

No domingo, 25 de novembro deste ano cele-braremos a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Esta Solenidade foi criada pelo papa Pio XI em 1925. Instituiu que fosse celebrada no último domingo de outubro. Agora, na reforma litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico como ponto de chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas, Cristo é o centro do uni-verso e para Ele tudo conflui.

A criação desta festa tinha uma conotação política de grandiosidade, com o objetivo de mos-trar o senhorio de Jesus sobre o mundo, acima das situações de ateísmo e falta de religião. Como cristãos católicos, somos chamados a viver o senhorio de Jesus de maneira concreta. Ter Jesus como Senhor é dar a ele prioridade em nossa vida, pois tudo foi feito por Ele, por meio dele e para ele são todas as coisas (Rm. 11,36). Hoje,

mais do que nunca, estamos imersos em uma socie-dade que exige cada vez mais de nós e muitas vezes deixamos de lado coisas importantes e necessárias à nossa vida, como por exemplo, a nossa fé em Jesus. Nós a afirmamos com os lábios muitas vezes, mas, na prática a negamos no coração. Gostamos de se-guir Jesus em sua glória, mas quando somos chama-dos a tomar parte nos seus sofrimentos por meio dos nossos próprios, o abandonamos.

Para viver o Senhorio de Jesus é preciso, antes de tudo, ter fé e deixar-se invadir pelo Espírito San-to, sendo conduzido por sua influência. Pois está escrito: “Ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (I Cor. 12,3b). E depois, ter consciência de que a vivência do Senhorio de Jesus não é algo mágico, mas se trata de um árduo processo que envolve a nossa adesão pessoal e tam-bém nosso testemunho de vida.

CRISTO, O REI DO UNIVERSO!

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Indulgência Plenária, por ocasião do Ano da Fé, é concedida pelo Santo Padre

“No dia do cinquentenário da abertura solene do concílio Vaticano II”, lê-se no decreto, “o Sumo Pontífice Bento XVI estabeleceu o início de um ano especialmente dedicado à profissão da verdadeira fé e à sua correta interpretação, através da leitura, ou melhor, da meditação piedosa dos Atos do Concílio e dos artigos do Catecismo da Igreja Católica”.

“Uma vez que se trata principalmente de desenvolver a santidade de vida no mais alto grau possível nesta terra, e de conquistar assim o mais alto grau de pureza da alma, será de muita valia o grande dom das indulgên-cias, que a Igreja, em virtude do poder conferido a ela por Cristo, oferece a todos aqueles que, com as disposições necessárias, satisfazem os requi-sitos especiais para alcançá-las”.

“Ao longo de todo o Ano da Fé, anunciado para começar em 11 de outubro de 2012 e durar até findo o dia 24 de novembro de 2013, poderão ganhar a indulgência plenária da pena temporal pelos próprios pecados, concedida pela misericórdia de Deus, aplicável em sufrágio às almas dos fiéis defuntos, todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, devidamente confessados, em comunhão sacramental, que rezarem pelas intenções do Sumo Pontífice:

a) Sempre que participarem de pelo menos três momentos de pregação durante as Santas Missões, ou de pelo menos três palestras sobre os atos do concílio Vaticano II e sobre os artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou local adequado;

b) Sempre que visitarem, na forma de peregrinação, qualquer basílica papal, uma catacumba cristã, uma catedral, um lugar sagrado designado pelo ordinário local para o Ano da Fé (por exemplo, entre as basílicas menores e os santuários dedicados à Santíssima Virgem Maria, aos santos apóstolos e aos santos padroeiros) e ali participarem de qualquer função sagrada ou, pelo menos, dedicarem um tempo adequa-do de recolhimento para orar e meditar piedosamente, terminando com a oração do pai-nosso, o credo em qualquer forma legítima, as invocações à Virgem Maria e, conforme o caso, aos santos apóstolos ou padroeiros;

c) Sempre que, nos dias determinados pelo ordinário local para o Ano da Fé (por exemplo, nas solenidades do Senhor, da Santíssima Vir-gem Maria, nas festas dos santos apóstolos e padroeiros, na Cátedra de São Pedro), assistirem, em qualquer lugar sagrado, a uma celebração solene da eucaristia ou à liturgia das horas,acrescentando a profissão de fé em qualquer forma legítima;

d) um dia, livremente escolhido, durante o Ano da Fé, para a visita piedosa do batistério ou de outro local em que tenham recebido o sacra-mento do Batismo, desde que renovem as suas promessas batismais em qualquer fórmula legítima.

O decreto termina recordando que todos os fiéis que, “devido a razões de doença ou por causa de graves motivos”, não puderem sair de casa, poderão ganhar a indulgência plenária “se, unidos em espírito e em pensamento com os fiéis presentes, particularmente nos momentos em que as palavras do Sumo Pontífice ou dos bispos diocesanos forem transmitidas pela televisão ou pelo rádio, recitarem o pai-nosso em sua casa ou no local onde se acharem devido aos motivos de força maior que ali os retêm, bem como ainda recitarem a profissão de fé em qualquer forma legíti-ma e as outras orações conformes com os objetivos do Ano da Fé, fazendo oferecimento dos seus sofrimentos e das dificuldades da própria vida.

Fonte: http://www.maeperegrina.org.br/indulgencias-plenarias-no-ano-da-fe/

A Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna. "Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: 'Deveis ser perfei-tos como o vosso Pai celeste é perfeito' "(Mt 5,48) (CIC 2013). Sendo assim, nós passamos a compre-ender o início do sermão do Abade São Ber-nardo:" Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenida-de? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles". Sabemos que desde os primeiros sécu-los os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convi-da-nos a contemplarmos os nossos "heróis" da

fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles

que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap 7,9). Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adoles-centes, jovens, homens casados, mães de famí-

lia, operários, empregados, patrões, sacerdo-tes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, persegui-ções, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois "não sois mais es-trangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus" (Ef 2,19). Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: "O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos." "A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada" (CIC 2028). Todos os santos de Deus, rogai por nós!

Solenidade de todos os Santos 1 de novembro

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Em carta pessoal, Dom Duarte Leopoldo e Silva manifesta seu apoio à Pe. Cur-sino sobre a Federação das CCMM de São Paulo

“Valho-me da posse da nova diretoria da Federação das Congregações Marianas de São Paulo, para traze-lhes, com as minhas bênçãos paternas e afetuosas, a segurança da grande simpatia com que V. Reverendíssima tem procurado o crescimento das Congregações Marianas desta Arquidiocese.

Lembra-se à generosa mocidade paulista que as Congregações Marianas absolutamente não se ocupam de política. Devem, entretanto os nossos marianos, como aliás todo bom católico, quando e como o exigirem as circunstâncias, arregimentar-se para a defesa exclusiva dos magnos e supremos interesses da Igreja. Fiéis a esse pensamento, só deve-rão aceitar que, nesse sentido, lhes seja dada pelos chefes da Igreja, e nunca pelos chefes de partidos, quaisquer que seja”

(Revista Estrela do Mar de março de 1934, página 71)

Finados, a celebração da esperança cristã!

A nova vida, recebida no Batismo, não

está sujeita à corrupção nem ao poder da mor-te. Para quem vive em Cristo, a morte é a pas-sagem da peregrinação terrena à pátria do Céu, onde o Pai acolhe a todos os filhos, “de toda nação, raça, povo e língua” (Apocalipse 7,9). É muito significativo e apropriado que, depois da festa de Todos os Santos, a Igreja nos faça celebrar a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos. Segundo a liturgia da Igreja, “para os que crêem a vida não é tirada, mas transformada”. No Corpo místico de Cristo, as almas dos fiéis se encontram e superam a barreira da morte, rezando umas pelas outras, realizando na caridade um íntimo intercâmbio de dons. Nessa dimensão de fé, compreendemos a práti-

ca de oferecer pelos falecidos orações de su-frágio, de maneira especial a Santa Missa – memorial da Páscoa de Cristo que abriu aos que têm fé em Cristo a vida eterna. Os primeiros vestígios de uma come-moração coletiva de todos os fiéis defuntos são encontrados em Sevilha (Espanha), no séc. VII, e em Fulda (Alemanha), no séc. IX. O verdadeiro fundador da festa, porém, é Santo Odilon, abade de Cluny (França). A festa pro-pagou-se rapidamente por todo estado francês e pelos países nórdicos. Foi escolhido o dia 2 de novembro para ficar perto da comemoração de todos os santos. Muitos documentos dos primeiros séculos da Igreja nos garantem esta prática. Por exemplo, a Didaquè (ou Doutrina dos 12 Apóstolos), do ano 100, já mandava “oferecer orações pelos mortos”. Nas Catacumbas de Roma os cristãos rezavam sobre o túmulo dos mártires suplicando a sua intercessão diante de Deus. Tertuliano (†220), Bispo de Cartago, afirmava que “a esposa roga pela alma de seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressurreição; oferece sufrágio todos os dias aniversários de sua mor-te” (De monogamia, 10). Nos seus ensinamentos, o Papa João Paulo II ensinou-nos que “a Igreja do Céu, a

Igreja da Terra e a Igreja do Purgatório estão misteriosamente unidas nessa cooperação com Cristo para reconciliar o mundo com Deus.” (Reconciliatio et poenitentia, 12) João Paulo ainda nos ensinou que “... os vínculos de amor que unem pais e filhos, esposas e espo-sos, irmãos e irmãs, assim como os ligames de verdadeira amizade entre as pessoas, não se perdem nem terminam com o indiscutível evento da morte. Os nossos defuntos continu-am a viver entre nós, não só porque os seus restos mortais repousam no cemitério e a sua recordação faz parte da nossa existência, mas sobretudo porque as suas almas intercedem por nós junto de Deus” (02/11/94). A celebração do dia de Finados é uma oportunidade para fazermos uma reflexão sobre a vida. Ela terminará para todos nós aqui neste mundo, é apenas uma questão de tempo. Além disso, para a eternidade não poderemos levar nada de material. Levaremos apenas o bem que tivermos feito para nós e para os outros. Logo, deve ser uma tomada de consci-ência de que ser feliz e viver bem não quer dizer acumular tesouros, prazeres ou glórias, mas fazer o bem e preparar uma vida eterna com Deus.

Prof.: Felipe Aquino

Consagração das Basílicas São Pedro e São Paulo

Não há como negar que as figuras doa apóstolos Pedro e Paulo são uma fonte inesgo-tável de contemplação da doutrina Cristã. Comemorar hoje, dia 18 de novembro, a Consagração das Basílicas dos Apóstolos Pedro e Paulo é uma oportunidade sem igual. O calendário litúrgico da Igreja assina-la a comemoração oficial da consagração de quatro basílicas, as maiores construídas em Roma e que já estavam erguidas no século IV. São elas a Basílica de Latrão, sede catedral do papa, comemorada em 9 de no-

vembro; a de Santa Maria Maior, em 5 de agosto; e as dos apóstolos mártires Pedro e Paulo, neste 18 de novembro. A Basílica de São Pedro foi construída por Constantino no século IV, exatamente sobre o túmulo do apóstolo. Consagrada pelo papa Silvestre, teve que ser demolida no sécu-lo XVI pois ameaçava desabar. Sua reconstrução, executada pelos papas Júlio II e Leão X, contou com os gran-des artistas do Renascimento, entre eles Mi-guelângelo e Bramante. Tornou-se, então, uma verdadeira obra de arte que, até hoje, é o car-

tão postal oficial de Roma. Afinal, trata-se da mais magnífica e mais rica igreja do catolicismo. A nova cons-trução foi consagrada em 18 de novembro de 1626, pelo papa Urbano VIII. A outra fica no extremo oposto da cidade. Chamada de Basílica de São Paulo Fora dos Muros foi reconstruída várias vezes. Um incêndio, em 1823, quase a consumiu inteiramente. Reedificada pelos papas Gregó-rio XVI e Pio IX, foi consagrada por este últi-mo em 10 de dezembro de 1854, ano da pro-clamação do dogma da Imaculada Conceição.

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O Mariano

“O Mariano” - é uma publicação mensal de circulação gratuita da Federação das Congregações Marianas de São Paulo - 1.000 exemplares - Diretor Assistente: Pe. Armênio Rodrigues - Presidente: Cláudio Miguel Gonçalves - Editor: César Carmo - Colaboração: Rodrigo José da Costa - Email - [email protected] Site: http://cmsaopaulo.blogspot.com.br/

AVISOS

Assembleia de Dirigentes: 24 de no-vembro de 2012 - Rua Três Rios, 24 -

Bom Retiro (próximo ao Metrô Tira-dentes)

Adoração Noturna: 30 de Novembro

Local: Igreja Santa Efigênia (próximo ao metrô São Bento) 19h às 20h

Assembleia Nacional - CNCMB: 10 de novembro

Romaria do Terço à Aparecida: 11 de novembro segundo domingo de No-vembro

Obs.: Os Dirigentes devem desde já se organizar para este dia tão importante.

Estrela do Mar - Revista da CNCMB: Faça a sua assinatura - Rua Rio de Janeiro,300 sl.512 - Centro -

Belo Horizonte - MG - 30160-040. Fone (31)3786-7004

Conta Bancária da Federação:

Itaú Agencia 0167 CC 69329-0

LEMBRETE....

Todos os Congregados Marianos, de-vem pagar o Tributo Mariano, confor-me a Regra de Vida.

CALENDÁRIO MARIANO

01 - Todos os Santos (no Domingo seguinte) 02 - Finados

03 - B. Ruperto Mayer, sacerdote confessor 04 - S. Carlos Borromeu, bispo 09 - Consagração da Basílica do SS. Salvador ou de São João de Latrão, Catedral de Roma, Igreja-Mãe de todas as igrejas do mundo 12 - S. Josafá Kuncewycz, sacerdote mártir na Ucrânia 13 - S. Estanislau Kostka, religioso confessor 14 - S. José Pignatelli, Sacerdote confessor 18 - Consagração das Basílicas de São Pedro e São Paulo, em Roma 19 - Três Santos Mártires das Missões: S. Ro-que Gonzákez de Santa Cruz, S. Afonso Ro-driguez, S. João del Castilho 21 - Apresentação de Nossa Senhora 23 - B. Miguel Agostinho Pro, sacerdote már-tir no México 24 - Beatos Mártires da Indochina: João Cor-nay, João Luís Bonnard, Pedro Dumoulin Be-re 25 - Aniversário da aprovação da REGRA DE VIDA pela CNBB(1993) 26 - S. João Berchmans, religioso comfessor; S. Leonardo de Porto Maurício, Sacerdote Confessor 27 - Nossa Senhora das Graças 30 - Apóstolo S. André

SEJA UM DIZIMISTA!

“Colocaram à disposição deste último uma grande sala, onde se depositavam até então as oferendas, o incenso, os utensílios, o DÍZIMO do trigo, do vinho e do azeite, a taxa dos levitas, dos can-tores e porteiros e as ofertas devidas aos sacerdotes” (Ne 13, 5)

No logo, a Igreja é representada por um barco, o mastro é uma cruz que iça as velas que formam o trigrama do nome de Cristo (IHS), e ao fundo, o sol associa-do ao trigrama re-mete à Eucaristia.

Logo oficial do Ano da Fé

Eu vos saúdo ó Maria, cheia de graças!

Das vossas mãos voltadas para o mundo as graças chovem sobre nós.

Nossa Senhora das Gra-ças, vós sabeis quais as graças que são mais ne-cessárias para nós; mas eu vos peço, de maneira especial, que me conce-dais esta que vos pe-ço com todo o fervor da minha alma.

Jesus é todo-poderoso e vós sois a Mãe dele; por isto, Nossa Senhora das Graças, confio e espero alcançar o que vos peço.

Amém!

Catecismo da Igreja Católica

A Igreja comemora, agora em 2012, os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica! Este

momento vem ao encontro do “Ano da Fé”, anunciado e aberto pelo Papa Bento XVI

no dia 11 de outubro, que pede a retomada catequética juntamente com uma vida de sincera conversão. Torna-se oportuno aproveitar estas comemorações para recordar os fundamentos da nossa fé e os valores que os sacramentos imprimem em nossa vida.

Neste tempo de tantas possibilidades e ofertas, não podemos nos esquecer de que pre-cisamos voltar nosso olhar e interesse pelas coisas de Deus. Por isso, torna-se mais do que necessário retomar a leitura da publicação do Catecismo da Igreja Católica, apro-vado a partir da “Fidei Depositum”, (11 de outubro de 1992, do Beato João Paulo II) atualizado após o Concílio Ecumênico Vaticano II.

"Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viver-des santamente." (Santo Agostinho)