O método nas ciências naturais e sociais

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5/13/2018 Omtodonascinciasnaturaisesociais-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/o-metodo-nas-ciencias-naturais-e-sociais 1/12 1a edição, 1998 -2- edição, 1999 UEM Cias. .... AÍL ReG.i34.3i-5 Oata.il.-d C-S y Procc-j. Universidade Estadual de M aringá Sistema de Bibliotecas - BCE 0000084364 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil} Alves-Manotti, Fernando Gewandsznajder. — São Paulo :Pioneira, 1990. Bibliografia. ISBN 85-221-0133-7 Metodologia 3, Ciências sociais — Metodologia 4. Pesquisa - Metodologia I. Gewandsznajder, Fernando. II. título. índices para catálogo sistemático: 1. Ciei 2, Meti M BIBLIOTECA * Alda Judith Alves-Mazzotti Al CEV7BAl Fernando Gewandsznajder O Método mas Ciências Naturais e Sociais: Pesquisa Quantitativa e Qualitativa 2 a Edição EDITORA PIONEIRA São Paulo

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1a edição, 1998 -2- edição, 1999

U EM

Cias.

.Ã....AÍL

ReG.i34.3i-5

Oata.il.-d C-S y

Procc-j .

Universidade Es tadual de M aringáSistema de Bibl iotecas - BCE

0000084364

Dados Internacionais de Catalogação na Pub l icação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil}

Alves-Manotti, Fernando Gewandsznajder. — São

Paulo : Pioneira, 1990.

Bibliografia.

ISBN 85-221-0133-7

Metodologia 3, Ciências sociais — Metodologia

4. Pesquisa - Metodologia I. Gewandsznajder,

Fernando. II. título.

índices para catálogo sis temático :

1. Ci e i2, Meti

M

BIBLIOTECA *Alda Judith Alves-MazzottiAl C E V 7 B A l

Fernando Gewandsznajder

O Método masCiênciasNaturais e Sociais:

Pesquisa Quantitativa

e Qualitativa

2a Edição

EDITORA PIONEIRASão Paulo

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Sumário

Apresentação

PARTE IO MÉTODO NAS CIÊNCIAS NATURAIS

Fernando Gewandsznajder

CAPÍTULO l - UmaVisão Geral doMétodo nas Ciências Naturais1. A atividade científica desenvolve-se a partir de problemas

2. As hipóteses científicas devem ser passíveis de teste3. Os testes devem ser os mais severos possíveis4. Leis científicas5. Teorias científicas

CAPÍTULO 2 - Ciência Natural: Os Pressupostos Filosóficos1. O positivismo lógico

1.1 Críticas ao positivismo2. As ideias de Popper

2.1 O método das conjecturas e refutações2.2 A importância da re futabi l idade2.3 Verdade ecorroboração2.4 Crítica das ideias de Popper

3. A filosofia de Thomas Kuhn

3.1 O conceito de paradigma3.2 A ciência normal3.3 Crise e mudançade paradigma3.4 A tese da incomensurabilidade3.5 A avaliação das teorias3.6 Conclusão

4. Lakatos, Feyerabend e a sociologia do conhecimento4.1 As ideias de Lakatos4.2 As ideias de Feyerabend4.3 A sociologia do conhecimento

IX

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AL DA JUD1TH ALVES-MAZZOTTI & FERNANDO GEWANDSZNAJDERO MÉTODO NA S CIÊNCIAS NATURAIS E SOCIAIS VII

5. A defesa da objetividade:o racionalismo crítico hoje

5.1 A mudança de significado5. 2 Verdadeiroat é prova em contrário5.3 Observações e testes que dependem de teorias5.4 Eliminando contradições5.5 Os testes independentes5-6 O obje t ivo da ciência

6. O empirismo de van Fraassen e a abordagem cognitiva6 .1 O empirismo de van Fraassen6- 2 A abordagem cognitiva

7. Conclusão

CAPÍTULO 3 - A Pesquisa Científica1. Problemas

- 2. Respostas aos problemas: as explicações científicas2.1 Os fenómenos aleatórios e as explicações estatísticas

3. A formação de hipóteses - um espaço para a criatividade docientista3.1 As qualidades de uma boa hipótese

4. Leis e teorias4.1 A complexidade do mundo real e a necessidade de um modelo

5. Testando hipóteses5.1 Os testes estatísticos5.2 Testes rigorosos e observações mais precisas - medidas

CAPITULO 4 - A C i ê n c i a e Outras F o r m a s de C o n h e c i m e n t o1. A ciência e a atitude crítica

1.1 Paranormalidade1.2 Ufologia1.3 Criacionismo1.4 Homeopatia

2. Críticas à astrologia2.1 O raciocínio por semelhança2.2 Incompatibilidade com a ciência e incoerências2.3 A astrologia f un c i o n a n a prática?

2. A Os testes estatísticos2.5 Uma experiência controlada para testar a astrologia

3. Ciência e senso comum

PARTE IIO MÉTODO NAS CIÊNCIAS SOCIAIS

Aláa Judith Alves-Mazzotti

Introdução

CAPÍTULO 5 - As Ciências Sociais sãoCiências?1. A crítica radical da crença na ciência: o relativismo

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2. O questionamento ideológico:A escola de F r a n k f u r t 11 63. A "crise dos paradigmas" 1194. A discussão contemporânea 12 05. Conclusão 126

CAPÍTULO 6 - O Debate Contemporâneo Sobre os Paradigmas 1291. O "paradigma qualitativo" na década de 80 130

2. Panorama atual 1322.1 Construtivismo social 1332.2 Pós-positivismo 1352.3 Teoria crítica 139

3. Avanços e perspectivas 1414. Conclusão 144

CAPÍTULO 7 - O P la n e j a me n t o de Pesquisas Qualitativas 1471. Focalização do problema 149

1.1 Introdução 1521.2 Objetivo e/ou questões do estudo 1551.3 Quadro teórico 1581.4 Importância do estudo 159

2. Procedimentos metodológicos 159

2.1 Justificação do paradigma adotado 1602.2 Etapas de desenvolvimento da pesquisa 1602. 3 Contexto e participantes 16 22.4 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados 163

2.4.1 Observação 1642.4.2 Entrevistas 1682.4.3 Documentos 169

2.5 Unidade de análise 1692.6 Análise dos dados 1702.7 Procedimentos para maximizar a confiabilidade 171

2.7.1 Critérios relat ivos à credibilidade 1722.7.2 Critérios relativos à transferibilidade 1742.7.3 Critérios relativos à consistência e confirmabilidade 17 4

3. Conclusão 176CAPÍTULO 8 - Revisão da Bibliografia 179

1. Contextualização do problema 1802. Análise do referencial teórico 1823. Tipos de revisão a serem evitados 18 44. Considerações finais 187

Referências Bibliográficas da Parte I 189

Referências Bibliográficas da Parte II 19 8

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CAPÍTULO l

Uma

Método nas Ciências Naturais

Em ciência muitas vezes construímos um modelo simplificadodo objetodo nosso estudo. Aospoucos, o modelo pode tornar-se mais complexo, passan-

do a levar-enxconta^um númeromaioiLdevariáveis. Este capítulo apresenta um

(mõjiéíolsimplificado doméiodo científicoTNos capítulos seguintes, tornaremos

este modelo mais complexo. VeremcDsTãmbém que não há uma concordânciacompleta entre os filósofos da ciência acerca das características do método

científico.

Pode-se discutir se há uma unidade de método nas diversas ciências. A

matemática e a lógica possuem certas características próprias, diferentes das

das demais ciências. E vários filósofos discordam da ideia de que as ciências

humanas ou sociais, como a sociologia ou a psicologia, utilizem o mesmo

método que as ciências naturais, como a física, a química e a biologia.

Um método pode ser definido como uma série de regras para tentar

resolver um problema. Nlo caso do método cientifico, estas regras são bem

gerais. Não são infalíveis e não suprem o apelo à imaginaçãoe à intuição do

cientista. Assim, mesmo que não haja um método para conceber ideias novas,

descobrir problemas ou imaginar hipóteses (estas atividades dependem da

criatividade do cientista), muitos filósofos concordam que há um método paratestar criticamente e selecionar asmelhores hipóteses e teorias e éneste sentido

que podemos dizer que há um método científico.

Uma das características básicas do método científico é a tentativa de

resolver problemas por meio de suposições, i s t O L é . de hipóteses, que possam ser

testadas através de observações ou experiências. Uma hipótese contém previ-sões sobre o que deverá acontecer em determinadas condições. Se o cientistafizer um a experiência, e obtiver os resultados previstos pela hipótese, esta será

aceita, pelo menos provisoriamente. Se os resultados forem contrários aos

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ALDA JUDITH ALVES-MAZZOTTI & FERNANDO GEWAN DSZNAJDER

previstos, ela será considerada - emprincípio - falsa, e outra hipótese terá de

ser buscada.

1. A at ividade cient íf ica desenvolve-se a partir de

prob lemas

Ainda é comum a crença de qu e a at iv idade científica começa com umacoleta de dado s ou observações puras, sem ideias preconcebidas por pa rte docientista.

Na realidade, qua lquer observação pressupõe um critério para escolher,V '' entre as observações possíveis, aquelas qu e supostamente sejam relevantes para

o problema em que stão. Isto quer dizer que a observação, a coleta de dados e a sexperiências são feitas de acordo com de terminados interesses e segundo certasexpectativas ou ideias preconcebidas. Estas ideias e interesses correspondem,em ciência, às hipóteses e teorias qu e orientam a observação e os testes a seremrealizados. Uma comparação ajuda a compreender melhor este ponto.

Quando um m édico examina um paciente, por exemplo, ele realiza certasobservações específicas , guiadas por certos problemas, teorias e hipóteses. Se m

"essas ideias, o número de observações possíveis seria praticam ente infinito: eleoderia observar a cor de cada peça de roupa do paciente, contar o número de

fios de cabelo, pergunta r o nome de todos os seus parentes e assim po r diante.Em vez disso, em função do problema que o paciente apresenta (a garganta dói,o paciente escuta zumbido no ouvido, etc.) e de acordo com as teorias daf is iologia e p a to l o g ia h u m an a , o médico irá concentrar su a investigação emcertas observações e exames específicos.

Ao observar e escutar um paciente, o médico já está com a expectativa deencontrar um problema. Por isso, tanto_na ciência como nas atividades dodiaj^-dia, nossa atenção, curiosidade e raciocínio sã o estimulados quando algonão_ocorre de acordo com nossas expectativa s, quan do não sabemos explicarum fenómeno, ou quando as explicações tradicionais não funcionam - ou seja,quando nos defrontamos com um prob lema.

2. As hipóteses cient íf icas devem ser passíveis de teste

Em ciência, temos de admitir , sempre, qu e podemos estar errados emnossos palpites. Po r isso, é fundamenta l que as hipóteses científicas sejamtestadas experimenta lmente . -

Hipóteses são conjecturas , palpites , soluções provisórias , que tentam re-solver um problema ou explicar um fato, Entretanto, o mesmo fato pode se rexplicado po r várias hipóteses ou teorias diferentes. D o mesmo modo como háum sem-número de explicações para uma simples dor de cabeça, por exemplo,

O MÉTODO NASCIÊNCIAS NATURAIS E SOCIAIS

a história da ciência nos mostra como os fa tos foram explicados e problemasforam resolvidos de formas diferentes ao longo do tem po.

Um a das primeiras tentativas de explicar a evolução dos seres vivos, por

exemplo, foi a teoria de Lamarck (que supunha haver um a herança da s caracte-rísticas adquiridas por umorganismo ao longo da vida), substituída depois pela

teoria da evolução por seleção natural , de Darwin (pela qual característicasherdadas aleatoriamente são selecionadas pelo ambiente). O movimento dosplanetas foi explicado inicialmente pela teoria geocêntrica (os planetas e o Solgiravam ao redor de uma Terra imóvel) , que foi depois substituída pela teoriaheliocêntrica (a Terra e os planetas girando ao redor do Sol).

Estes são apenas dois exemplos, entre muitos, que mostram que um a teoriapode ser substituída por outra que explica melhor os fatos ou resolve melhor

determinados problemas.A partir das hipóteses, o cientista deduz uma série de conclusões ou

previsões que serão testadas. Novam ente, podemos util izar a analogia com aprática médica: se este paciente está com uma infecção, pensa o médico, eleestará com febre. Além disso, exames de laboratório podem indicar a presença

de bactérias. Eis aí duas previsões, feitas a par t i r da hipótese inicial, qu e podem

ser testadas. Se os resultados dos testes forem positivos, eles irão fortalecer ahipótese de infecção.

No entanto, embora os fatos possam apoiar u ma hipótese, torna-se bastan-te problemático afirmar de forma conclusiva que ela é verdadeira. A qualquermom ento podemos descobrir novos fatos que entrem em conflito com a hipóte-

se. Além disso, mesmo hipóteses falsas podem dar origem a previsões verda-

deiras. A hipótese de infecção, por exemplo, prevê febre, que é confirmada pela

leitura do termómetro. Mas, outras causas também podem ter provocado afebre. Por isso, as hipóteses conf i rmadas experimentalm ente são aceitas semprecom algum a reserva pelos cientistas: futur ame nte elas poderão ser refutadaspor no vas experiências. Pode-se então dizer que um a hipótese será aceita cornopossível - ou provisoriamente - verdadeira, ou ainda, como verdadeira até

prova em contrário.O filósofo Karl Popper (1902-1994) enf atizo u sempre que as hipóteses de

ca rá te r geral , como as leis científicas, jamais podem ser comprovadas ou verifi-

cadas.E fácil

compreender esta posição examinandoum a

generalizaçãobe m

simples, como "todos os cisnes são brancos": por maior que seja o número decisnes observados, nã o podemos demonstrar que o próximo cisne a ser obser-

vado será branco. Nossas observações nos autorizam a afirmar apenas quetodos os cisnes observados até o momento são brancos. Mesmo que acreditemos

que todos o são, nã o conseguiremos prová-lo, e podemos perfeitamente estarenganados, como, aliás, é o caso - alguns cisnes são negros.

\a Popper, no en tanto, uma única observação de um cisne negro pode,

logicamente, refutar a hipótese de que todos os cisnes são brancos. Assim,embora as generalizações científicas nãopossam ser comprovadas, elas podem

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ser refutadas. Hipóteses científicas, seriam, portanto,passívejs de serem refuta.-das, ou seja, seriam potencialmente falseáveis ou refutávêl^

3. Os testes devem ser os mais severos possíveis

Em ciência devemos procurar testar um a higótese_através do s testes maisseverQS__gossíveis. Isto implica em uti lizar medidas ou testes estatísticos, se

necessários e procurar, sempre qu e possível, controlar os fatores qu e podemintervir nos resultados através de um teste controlado.

Se, po r exemplo, um a pessoa ingerir determinado produto e se sentirmelhor de algum sintoma (dor de cabeça,dor de estômago, etc.),elapode suporque a melhora deve-se à substância ingerida. N o entanto, é perfeitamentepossível que a melhora tenha ocorrido independentemente do uso do produto,

isto é, tenha sido uma melhora espontânea, provocada pelas defesas do orga-nismo (em muitas doenças há sempre um certo número de pessoas qu e ficamboas sozinhas). Para eliminar a hipótese de melhora espontânea, é preciso que

o produto passe po r testes controlados. Neste caso, sã o utilizados dois gruposde doentes voluntários: um dos dois grupos recebe omedicamento, enquanto o

outro recebe uma imitação do remédio, cham ad a placebo, que é uma pílula oupreparado semelhante ao remédio, sem conter, no entanto, o medicamento em

questão. Os componentes de ambos os grupos não são informadosse estavamou não tomando o remédio verdadeiro, já que o simples fato de um a pessoa

achar que está tomando o remédio pode ter um efeito psicológico e fazê-lasentir-se melhor - mesmo que o medicamento não seja eficiente (é o chamadoefeito placebo). Além disso, como a pessoa que fornece o remédio poderia,inconscientemente ou não, passar alguma influência a quem o recebe, elatambém não é informada sobre qual dos dois grupos está tomando o remédio.O mesmo se aplica àqueles qu e irão avaliar os efeitos do medicamento noorganismo: esta avaliação poderá ser tendenciosa se eles souberem quem real-mente tomou o remédio. Neste tipo de experimento, chamado duplo cego, os

remédios são numerados e somente uma outra equipe de pesquisadores, não

envolvida na aplicação do medicamento, pode fazer a identificação.

Finalmente, nos dois grupos podem existir pessoas que melhoram da

doença, seja po r efeito psicológico, seja pelas próprias defesas do organismo.Mas, se um número significativamente maior de indivíduos (eaqui entram os

testes estatísticos) do grupo qu e realmente tomou o medicamentoficar curado,podemos considerar refutada a hipótesede que a cu ra deve-seexclus ivamenteao efeito placebo ou a uma melhora espontânea e supor que o medicamentotenha alguma eficácia.

A repetição de um teste serve para checar jejLíêSulJadíi-Qjiiiíáâ. pode serj^groduzido - inclusive por outros pesquisadores - o que contribui para amaior objetividade do teste, na medida em que permite que se cheque a inter-

O MÉTODO NAS CIÊNCIAS NATURAIS E SOCIAIS

ferência de interesses pessoais de determinado cientista na avaliaçãodo resul-tado - entre outros fatores.

4. Leis científicas MD e um a forma simplificada, pode-se dizer que as leis são hipóteses gerais

que foram testadas e receberam apoio experimental e que pretendem descrever

relações ou regularidades encontradas em certos grupos de fenômenog, Ocarátergeral de uma lei pode ser ilustrado por alguns exemplos. Alei da quedalivre de Galileu vale para qualquer corpo caindo na s proximidades da superfí-cie terrestre e permite prever a velocidade e oespaço percorrido'por este corpoapós certo tempo. A primeira lei de Mendel (cada caráter é condicionado por

um par de fatores que se separam na formação do s gametas) explica por queduas plantas de ervilhas amarelas, cruzadas entre si,podem produzir plantasde ervilhas verdes. Mas esta lei não vale apenas parai a cor da ervilha. Elafunciona para diversas outras características epara diversos outros seres vivos,

permitindo previsões inclusive para certas características humanas,. A lei da

conservação damatéria (numa reação química amassa éconservada) indica que

em qualquer reação químicaa massa do s produtos tem de ser igual à massa da ssubstâncias que reagiram. Aleida reflexão afirma que sempre que um raio de

luz (qualquer um) se refletir numa superfície plana (qualquer superfície plana),o ângulo de reflexão será igual ao de incidência.As explicações e as previsões científicas utilizam leis gerais combinada_s a

condições iniciais, que são as circunstâncias particulares que acompanham os

fatos a serem explicados. Suponhamos que um peso correspondente à massade dez quilogramas é pendurado em um fio de cobre de um milímetro de

espessura e o fio se rompe. A explicaçãopara seu rompimento utiliza uma lei

qu e permite calcular a resistênciade qualquer f io em função do material e daespessura. As condições iniciais são o peso, a espessura do fio e o material de

que ele é formado.Para outros tipos de fenómenos, como o movimento das moléculas de um

gás, as proporções relativas das características hereditárias surgidas noscruza-mentos ou a desintegração radioativa, utilizamos leis probabilístícas.De qual-

quer modo, há sempre a necessidade de se buscar leis para explicar os fatos.ciência nãQ.consiste em um mero acúmulo.de dados, ma s .sjrp n u m a busca daordem presente na natureza»,- ~ ~ " ~ " * ~ ~ — ~ - - - - - - - - '• • "'

5. Teorias científicas

A partir de certo estágio no desenvolvimento, de um a ciência,_asjeis

deixam de estar isoladas, e.passam a fazer parte de teorias. Uma teoria é

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A L D A J U D IT H A L VE S - M A Z Z OTTI & F E R N A N D O G E W A N D S Z N A J D E R

por uma reuniãode leis, hipóteses, conceitose definições inter l igadas 1

es. As teorias têm um caráter explicativo ainda mais geral que aTIêTs J

teoria da evolução, por exemplo, explica a adaptação individual , a formaçãonovas espécies, a seqiiência de fósseis, a semelhança entre espécies aparen-

tadas, e vale para todos os seres vivos do planeta. A mecânica newtonianaex pl i c a nã o apenas o m o vim en t o do s pla ne ta s em torno do Sol, ou de qualqueroutra estrela, m as t am b ém a formação das marés, a queda do s corpos na

superfície da Terra, as ó r bi ta s de satélites e foguetes espaciais, etc.O grandepoder de previsão das teorias científicas pode ser e xe mplif ica doPela história da descoberta do pla ne ta Netuno. Observou-se que as irregulari-aades da órbita de Urano não podiam ser explicadas apenas pela atraçãoexercida pelos outros planetas conhecidos. Levantou-se então a hipótese de quehaveria um outro planeta ainda não observado, responsável por essas irregula-ndades. Utilizando a teoria da gravitação de Newton, os matemáticos John C.Adams e Urba in Lê Verrier calcularam, em 1846, a massa e aposição do supostoPlaneta. Um mês depois da comunicação de seu trabalho, um planeta comaquelas características - Netuno - foidescoberto pelo telescópio a apenas umgrau da posição prevista por Lê Verrier e Adams. Um processo semelhanteaconteceu muitos anos depois, com a descoberta do planeta Plutão.

Vemos assim que j_ciência não se contenta emjormular generalizações

: ' S?™ a lei da queda livre d eGaJ i leu . q u e se 1imita_ajescrever umTenômeno," sprocura incorporar estas generalizações a teorias.Esta incorporação permi-

q u e a s leis possam ser d ed u zi d as e explicadas a pa r t i r da teoria. Assim, as leis2 Charles e de Boyle-Mariotte (que relacionam o volume do s gases com a

Pressão e a temperatura) podem ser formuladas com base na teoria cinética dosgases. A partir da s teorias é possível inclusive deduzir novas leis a seremrestadas. Além disso, enquanto as leis_muitas_vezes apenas descrevem umaggularidade, as teorias científicas procuram explicar estasreguf ar id aH ps~^7gT-.'"ndoummecanismo oculto por trás dos fenómenos e apelando inclusive paraSgqajgsynaDTggau se r observadas. H esse o caso da teoria r i n ^ H r a H n«gases/que propõe ummõ clê lo para a es t ru t u ra do gás (part ículas muito peque-nas, movendo-se ao acaso, etc.).

Apesar de todo o êxito que a teoria possaje£^m_expiicara realidade é

V), ÍmPortante reconhecer que ela ésêmpre conjêctuTaiilagerfeiçoamenTo, podendo_ser_^uMiÍuída por_ outra teoria qu^pynnilpfatos. Foi isto queocorreu com a mecânica de Laplace- que procura-

va explicar os fenómenos físicos através de forças centrais atuando sobre partí-culas -, com a teoria de Lamarck da evolução, com a teoria do calórico, etcMesmo a teoria de Da rwin , embora superior à de L a ma rck , continha sériaslacunas e somente a moderna teoria da evolução- o neodarwinismo - conse-guiu explicar satisfatoriamente (através de mutações)o aparecimento de novi-

• j d a d e s genéticas. Enfim, a história da_dência contam ..m grande número del 1 exemplos de teorias abandonadasjj-substituídas po r Qutras_ .....

O M É TOD O NA S CIÊ N CIA S NATURAISE SOCIAIS

As novas teorias_devem ser capazes não só de dar conta dos fenómenosexplicados ppla tpnlSãM comgjarnbém de explicar fatos_noV^s~Ãs^inTTteoria da relatividade é capazdeèxplicar todos os fenómenos explkados pélateoria newtoniana, e ainda fenómenos que a teoria newtoniana revelou-seincapaz de explicar, como as irregularidades do planeta Mercúrio e as variaçõesde massa em partículas que se movem a velocidades próximas à da luz. Entre-tanto, as previsões da teoria newtoniana continuam válidas dentro de certoslimites. Quando trabalhamos com velocidades pequenas comparadas com a dal u z , por exemplo, a diferença entre os cálculos feitos com as duas teoriascostuma ser muito pequena, difícil de medir, podendo ser desprezada na práti-ca. Como os cálculos na mecânica newtoniana são mais fáceis e rápidos deserem feitos, a teoria continua tendo aplicações na engenharia civil, no lança-mento de foguetes e satélites, etc.

Uma teoria científica refere-sea objetose mecanismos ocultos e desconhe-cidos. Na realidade, não sabemos como é realmente um elétron, mas construí-mos, idealizamos, enfim, "modelamos" um elétron, sendo o modelo uma repre-sentação simplificada e hipotética de algo que supomos real. Uma das contri-

[íbuiçoes de Galileu ao método científico foi justamente ter construído modelosj, idealizados e simplificados da realidade, como é o caso do conceito de pêndulo

' ideal, no qual as dimensões do corpo, a massa do fio e a resistência do ar sãoconsiderados desprezíveis. A construção de modelos simplificados e idealiza-dos namais fácil a análise e a aplicação dP I P Í « aÃ^KTÇmentais nas ciências na tura is . Já que um modelo n p r mi fp pTecuçõele, supostã-mente representa algo reai^ppdemos realizar experimentos para" testar suavalidade. Deste modo, podemos aos poucos corrigir o modelo e'torna-lo maiscomplexo^cTe torma a~5proximâ:io cada VP ?. m a i" '- ..., V I L I A v c i m ^ c K - n z . i'ui issu u ueocorreu, por exemplo, com os diversos modelos de átomo propostos ao longoda história da ciência.

! Assim a ciência progride, formulando teorias cada v e z_ma is amplas e .Aprofundas, capazes de explicar uma maior variedade de fenómenos. Entretanto.

deparciais e hipotéticas da realidade,,

Finalmente, arírmar que a ciência é objetiva não_j teorias sãp.yerdadeiras. Ajobjetiyidade.de * ~";''! j_ i_ ; ._—n— > i '—' '~ i •-

, . j. ^ . nnaCAl^ iltld^

ue a experiência seja controlada e de que outros cientistas possam repetirj vo s testes, se isto for necessãriQ^Todos esses procedimentos visam diminuir a-^ inf luência de fatores subjetivos na avaliação de hipóteses e teorias através de

j um controle intersubjetivo, isto é, através da replicação do teste por outrospesquisadores e através do uso de experimentos controlados.

U v/.

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quisar um tema, não seja leiga no assunto. Conseqúentemente, o que se exige é

apenas um esforço de a tua l iz ação e integração desses conhecimentos. Além

disso, no que se refere a alunos de graduação e pós-graduação, é necessário

assinalar que o papel do orientadoré f u n d a me n t a l . E le deve ser um especialista

na área e, como tal, capaz de pré-selecionar as leituras necessárias à questão deinteresse, evitandoque o aluno p a r t a para u m "voo cego".

Finalmente, muito se tem lamentado que o destino de grande maioria das

teses e dissertações é mo f a r nas prateleiras das bibliotecas universitárias. Umadas causas desse fa to é, sem dúvida, a qualidade dos relatórios apresentados,

par t icu larmente no que se refere às revisões da bibl iograf ia : textos repetitivos,

rebuscados, desnecessariamente longos ou vazios afas tam rapidamente o leitor

não cativo, por mais que o assunto lhe interesse.

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Parte I

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