O Metropolitano

8
Ano I - Edição 056 - Sábado 03 de maio de 2014 Sindicato Químicos Unificados celebra 23 anos da retomada Festa reuniu cerca de três mil pessoas de diferentes gerações página A8 Alunos podem ficar sem aulas em Campinas Professores adjuntos prometem parar na segunda-feira página A3 Moradores não colaboram para redução de epidemia de dengue Mais R$ 25 milhões para os empresários do transporte coletivo Subsídios do setor são reajustados em mais de 40% página A3 Dicas para evitar o desperdício Catarata: Laser reduz risco da cirurgia página A7 Já ouviu falar de Home Work?

description

Jornal editado na cidade de Campinas/SP.

Transcript of O Metropolitano

Page 1: O Metropolitano

Ano I - Edição 056 - Sábado 03 de maio de 2014

Sindicato Químicos Unificados celebra 23 anos da retomadaFesta reuniu cerca de três mil pessoas de diferentes gerações página A8

Alunos podem ficar sem aulas em CampinasProfessores adjuntosprometem parar nasegunda-feira página A3

Moradores não colaboram para redução de epidemia de dengue

Mais R$ 25 milhões para os empresários do transporte coletivoSubsídios do setor são reajustados em mais de 40% página A3

Dicas para evitar o desperdício

Catarata: Laser reduz risco da cirurgia página A7

Já ouviu falar de Home Work?

Page 2: O Metropolitano

Página A2 Edição 056 - Sábado 03 de maio de 2014o metropolitano

Primeiro de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores. Não há ocasião mais propícia para evocar as lutas e as pers-pectivas das classes trabalhadoras em todo o mundo. Neste dia, nas reuniões, manifestações massivas e mesmo nas festas ou no recôndito dos lares de quem vive de vender a sua força de trabalho, é tempo para fazer reflexões sobre o significado da opressão e da exploração capitalistas e o estado geral em que se encontra o mundo sob o domínio dos monopólios, da oligarquia financeira e de suas expressões políticas – as po-tências imperialistas. Na sua data comemorativa, os trabalha-dores conjugam o verbo lutar.

No 1º de Maio, os trabalhadores fazem o balanço da sua própria história como atores políticos e força decisiva das lu-tas sociais. Passam em revista combates e batalhas, buscam o aprendizado das vitórias e derrotas, dos erros e acertos. É o momento para reafirmar compromissos, reforçar e atualizar programas de luta, renovar a unidade de ação, abrir perspecti-vas, politizar as lutas e pôr-se uma vez mais diante da questão de o que e como fazer para superar revolucionariamente o ca-

No 1º de Maio conjuga-se o verbo lutarEditorial

É o momento para reafirmar compromissos, reforçar e atualizar

programas de luta, renovar a unidade de ação, abrir perspectivas,

politizar as lutas e pôr-se uma vez mais diante da questão de

o que e como fazer para superar revolucionariamente o capitalismo

e abrir o caminho para a construção da nova sociedade, o socialismo.

pitalismo e abrir o caminho para a construção da nova sociedade, o socialismo.

A celebração do 1º de Maio vem de um episódio bastante conhecido, que nun-ca é demais relembrar. Em 1885, associações de traba-lhadores dos Estados Unidos convocam uma greve para o dia 1º de maio de 1886, no marco da luta pela jornada de oito horas. Tem lugar um as-censo das lutas operárias, que são reprimidas a ferro e fogo. No dia 1º de maio realiza-se

em Chicago uma manifestação de dezenas de milhares de grevistas. Dias depois, em 4 de maio, durante um comício de solidariedade com os trabalhadores de uma empresa onde a repressão causara numerosos mortos e feridos, provocadores fazem explodir uma bomba, resultando na morte de policiais e trabalhadores e dando início a uma repressão generalizada. Oito líderes dos trabalhadores, que passam à história como os “mártires de Chicago”, são condenados numa farsa judicial como os principais responsáveis pelos acontecimentos de 4 de maio. Quatro deles são enforcados em 11 de novembro de 1887.

Para homenagear os “mártires de Chicago”, o Congres-so fundador da Internacional Socialista, reunido em Paris em 14 de julho de 1889 – centenário da Revolução Francesa – propôs a proclamação do 1º de Maio como Dia Internacional do Trabalhador. Em 1º de maio do ano seguinte, essa mani-festação simultânea teve lugar em diversos países, a primeira ação unitária da classe operária, materializando a consigna do Manifesto Comunista – “Proletários de todos os países, uni-vos!”.

Desde então, o dia 1º de Maio ficou caracterizado como o dia de luta de todos os trabalhadores. Não apenas as lutas de caráter econômico e sindical, mas a luta política em todas as dimensões e com alcance internacional.

O 1º de Maio é também uma ocasião propícia para afir-mar o internacionalismo proletário e a solidariedade entre os trabalhadores, reforçar as organizações proletárias e popula-res, a unidade classista, as alianças básicas entre os trabalha-dores e todas as camadas oprimidas da sociedade e o partido comunista, força organizada e de vanguarda.

Na celebração do 1º de Maio este ano, os trabalhado-res têm presente o ambiente de profunda crise econômica e financeira, expressão da decadência do sistema capitalista, cujos governos praticam políticas lesivas aos interesses ope-rários e populares, que provocam a degradação das condições de vida. Igualmente, a humanidade está a braços com sérias ameaças à paz mundial, advindas das políticas agressivas das potências imperialistas.

Na América Latina, as comemorações do 1º de Maio re-temperam a luta pela independência nacional, a integração soberana e solidária entre nações amigas e a realização de mudanças políticas e socioeconômicas estruturais para supe-rar o neoliberalismo, o conservadorismo, aprofundar a demo-cracia e alcançar o progresso social.

A luta política no Brasil se inscreve nesse marco. A cin-co meses da eleição presidencial, o país encontra-se imerso e polarizado em intenso embate político, no qual se confron-tam, de um lado, as forças progressistas, lideradas pela pre-sidenta Dilma Rousseff, postulante à reeleição, e, de outro, as candidaturas de Aécio Neves e Eduardo Campos, que se habilitam para representar os interesses das forças neoliberais e conservadoras.

Em meio às lutas concretas pela realização de reivindi-cações de cunho político e econômico-social, os trabalhado-res têm nas comemorações do 1º de Maio uma ocasião tam-bém para aprofundar a batalha das ideias, de caráter cultural e ideológico, numa época em que as classes dominantes se empenham em fazer retroceder as conquistas da civilização.

Em época de epide-mias, como a que estamos vivenciando, é bom lembrar a importância da vacinação. Infelizmente ainda existem pessoas, desinformadas, que teimam em não dar valor à

Vacinas

esse método preventivo de doenças, expondo seus filhos ou a si mesmo, a proliferação de doenças.

Recentemente a campanha da vacinação contra o HPV foi realizada, e não obteve o sucesso necessário, pois, as pes-soas ainda enfrentam tabus de fatores de desconhecimento ou religiosos impedindo a vacinação das jovens, o que evitaria futuramente o surgimento de um câncer de colo de útero. Nos dias atuais, a divulgação da mídia para a vacinação contra o ví-rus da gripe tem sido constante nas redes midiáticas, tornando possível o conhecimento dessa importante forma de amenizar os efeitos das doenças de inverno.

Infelizmente, ainda nos dias atuais, notícias de que nas Unidades de Atendimento da rede pública de saúde de nossa cidade, sofrem falta de vacinas importantes para crianças já não é novidade, e faz-se necessário a conscientização de nosso secretário de saúde para tal problema. Não é possível que uma cidade como Campinas, ainda tenha esse tipo de deficiência na saúde.

Confiram os cartões de vacinação de seus filhos, e quan-do necessário exerçam sua cidadania.

Educação ambiental é a solução!Roselângela Claudina Thomaz

Bióloga – especialista em Educação Ambiental.E-mail: [email protected]

Por meio de um decre-to, o prefeito Jonas Donizette (PSB) resolveu que o valor repassado aos empresários do transporte, acordado desde o ano passado com estudos em planilhas, etc, está insuficien-te, e aumentou o subsídio em 41,5%. Você, cidadão, conti-nua pagando R$ 3 na passa-gem, mas o prefeito sempre dá aquele jeitinho do nosso dinheiro ir parar direto no bolso dos empresários.

A Prefeitura aumentou

Jonas libera mais dinheiro público para empresários do transporte

o subsídio trimestral para as empresas do transporte público de R$ 17,8 milhões (janeiro, fevereiro e março) para R$ 25,3 milhões que são referentes aos meses de abril, maio e junho. Em valores mensais, o subsídio subiu de R$ 5,9 milhões para R$ 8,4 milhões.

De acordo com a Empresa Municipal de Desenvolvimen-to de Campinas (Emdec), o aumento do repasse é para a manu-tenção da tarifa em R$ 3 e para cobrir o aumento do custo do sistema. Mas que planejamento é esse, hein? Bom seria se todo empresário tivesse uma prefeitura de Campinas para cobrir o caixa na hora do aperto, não acham?

No ano passado, a tarifa chegou a R$ 3,30 tornando Cam-pinas uma das cidades com o bilhete mais caro do país. Mas a população mostrou sua força e indignação nas ruas e pres-sionou a administração que recuou e estabeleceu a passagem em R$ 3.

Volto a indagar: por que a base governista do prefeito Jonas Donizette (PSB) na Câmara não é a favor da CPI dos Transportes proposta pelo PSoL? Com isso poderíamos ajustar muito mais as demandas para esses subsídios, evitando assim, afetar áreas básicas como a educação ou saúde, que vive esse caos com a epidemia da dengue.

Precisamos dar um basta a essa doação do bem público e ainda nem temos retorno com qualidade na prestação do ser-viço ou melhorias. Precisamos de um novo modelo de trans-porte para a cidade, com gestão social e um maior controle do município sobre a prestação do serviço.

Arlei MedeirosPres.PSoL Campinas

Coord. Observatório de Gestão Pública do Trabalhador

Aconteceu, como sempre acontece desde 1886, o Dia do Trabalhador em 1º de maio. Co-nhecido como Dia do Trabalho pela maioria, esse dia refere-se a luta dos trabalhadores por me-lhores condições de vida. Tudo começou com uma grande ma-nifestação de trabalhadores na cidade de Chicago. Eles eram obrigados a trabalhar mais de 13 horas por dia sem direitos traba-lhistas. Esse dia foi conhecido como a revolta de Haymarket. Após este ato de revolta, no ano de 1889 a Central Sindical da

Dia do Trabalhador

França iniciou um movimento pelo direito dos trabalhadores procla-mando 1º de maio como um dia de lutas por esses direitos e só em 1919 o senado francês ratificou a data como Dia do Trabalho. A ideia correu o mundo e, com um ligeiro atraso a novidade chegou ao Brasil em 1924 no governo de Artur Bernardes.

A importância de se comemorar essa data é trazer à conscien-tização dos trabalhadores sua importância no progresso de uma Na-ção. Importante é comemorar a quebra de um regime de escravidão no qual trabalhadores são reconhecidos apenas como mão de obra e lucro para o patrão. Embora seja conhecida como Dia do Trabalho essa data deveria ser chamada de Dia do Trabalhador ou Dia de Lutas pelo Trabalho Humanizado. Além da idéia de lutar pelos direitos tra-balhistas, este dia deveria ser celebrado como se comemora o dia da liberdade à escravidão. Pena que a realidade não nos permite tantas comemorações assim. Ainda é comum vermos trabalhadores escravi-zados muitas vezes dentro da lei. Um bom exemplo são os professo-res que são obrigados a trabalhar bem mais que 13 horas diariamente se quiserem ter um salário digno no final do mês.

Embora a realidade em nosso Estado seja um pouco melhor, não podemos fechar os olhos para o resto do Brasil. Frequentemente vemos nos jornais casos de trabalhadores escravizados pela prepo-tência de maus patrões. E o que dizer do professor então por esse Brasil interiorano. Sem condições de trabalho vivem de improvisa-ções para cumprir sua missão de ensinar. Quem não viu a reportagem do Fantástico sobre a professora e alunos que tinham o mato como banheiro. Se até para as funções básicas e primárias da pessoa não há estrutura, imaginem o resto.

É uma pena que os dias comemorativos de um modo geral, na verdade servem apenas de palanque para as bravatas políticas. Nos-sa presidente (ou presidenta) aproveitou a oportunidade para tentar elevar sua aceitação junto a seu eleitorado. De olho na reeleição dis-parou uma série de benefícios à seu eleitorado. Otimista pela geração de novos empregos no Brasil, comemorou o aumento para o Bolsa Família, programa para erradicar a miséria. Parece incoerente, mas é a verdade. Se tem emprego não era nem para existir essa esmola governamental. No entanto, trabalho até existe. Mas emprego digno que com salário à altura, nem sempre.

Por outro lado, esquecendo essa questão política - sei que é difícil - nós temos motivos para comemorar o dia do trabalho, sim senhor! O fato de podermos trabalhar. De mantermos a capacidade para o trabalho, além, é claro, da vontade de trabalhar. São muitas as pessoas que, infelizmente, são obrigadas a se afastarem do trabalho por motivos de saúde. Nem estou falando de emprego e sim de tra-balho mesmo. Pois emprego é quando você tem contrato com uma empresa e trabalho é aquilo que lhe dá satisfação. O fato de poder realizar as coisas que tem vontade. De trabalhar por algo ou alguém que você acredita. Trabalhar em prol de uma família unida, de uma crença, do progresso pessoal. Tudo isso nos dá enorme satisfação. O dia do Trabalho ou do Trabalhador já foi em 1º de maio. No entanto continue comemorando. Se você é um trabalhador continue agrade-cendo a Deus pela saúde e capacidade de trabalho e peça por aqueles que já não podem mais trabalhar.

Donizete Romon é jornalista e palestranteContato: www.facebook.com/petecaevents

Esopo, um fabulista grego do século VI a.C., tem uma fábula muito apropriada para o momento político que estamos vivendo em nosso país e resolvi compartilhar com vocês.

Ela se refere ao fato de que ontem quem foi pedra hoje é vidraça e a vidraça de ontem esta aproveitando seu momento pedra. Mas quando isto irá parar e os interesses do povo servir de bússola para os que conduzem os poderes estabelecidos? Como o próprio nome da função já diz: servidor público, por-tanto eles estão à serviço do povo...

Vamos a fábula!Era uma vez uma colônia de ratos, que vivia com medo

de um gato. Resolveram fazer uma assembléia para encontrar um jeito de acabar com aquele transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. Por fim, um jovem e esperto rato levantou-se e deu uma excelente ideia:

-Vamos pendurar uma sineta no pescoço do gato e assim, sempre que ele estiver por perto ouviremos a sineta tocar e poderemos fugir correndo. Todos os ratos bateram palmas; o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um velho rato que tinha permanecido calado, levantou-se de seu canto e disse:

- O plano é inteligente e muito bom. Isto com certeza porá fim à nossas preocupações. Só falta uma coisa: quem vai pen-durar a sineta no pescoço do gato?

Moral da história:Falar é fácil, fazer é que é difícil.Namastê

A assembleia do ratos

Page 3: O Metropolitano

Edição 056 - Sábado 03 de maio de 2014 Página A3o metropolitano

O prefeito Jonas Do-nizette (PSB) aumentou em 41,5% o valor mensal do sub-sídio às empresas e coopera-dos do sistema de transporte coletivo de Campinas, supos-tamente para manter o preço da tarifa em R$ 3,00.

No decreto que reajusta o valor, publicado no Diário Oficial do Município (DOM) do dia 30/04, o prefeito de-terminou o pagamento de R$ 25.322.440,40 para sub-sidiar o transporte em abril, maio e junho. Portanto, até junho, a Prefeitura vai gastar R$ 8,44 milhões mensais, R$ 2,49milhões a mais, que os R$ 5,95 milhões que vinha gastando até março (foram pagos R$ 17.895.383,19 no primeiro trimestre), valor que representa quase o triplo do subsídio mensal que era con-cedido até julho do ano pas-sado, quando iniciou a onda de protestos contra o preço da passagem de ônibus em todo o País.

O prefeito disse que em junho voltará a rediscutir o subsídio com o setor, porque os valores estariam onerando muito o Orçamento Munici-pal.

Jonas discorda que o aumento no subsídio seja de 41,5%. Segundo ele, é preci-so comparar semestres para fazer a conta e, nesse cálculo, o aumento no subsídio está em torno de 20%. Segundo ele, no primeiro trimestre de 2014 ano foram mantidos os valores pagos no ano passado, fazendo com que o valor gas-to com subsídio no primeiro semestre de 2014 fique por volta de R$ 43,21 milhões,

Mais R$ 25 milhões para os empresários do transporte coletivoSubsídios do setor são reajustados em mais de 40%

Luciano MeiraCampinas

valor 20,7% maior que os R$ 35,79 milhões gastos no últi-mo semestre de 2013.

Jonas alega que o au-mento dos subsídios não é re-ceio de que as manifestações violentas voltem a ocorrer, que seria a remuneração pela melhoria dos serviços presta-dos pelas empresas.

No ano passado, quando a onda de protestos contra o preço da tarifa de ônibus em todo o país ocorreram, Jonas reduziu a passagem de R$ 3,30 para R$ 3,00.

Nos cálculos da Em-presa Municipal de Desen-volvimento de Campinas (EMDEC), para manter a tarifa congelada e garantir o equilíbrio financeiro das concessionárias, o subsídio precisaria ser da ordem de R$

107 milhões no ano, mas os cálculos da estatal devem ser encarados com desconfiança, no ano passado os vereadores Paulo Bufalo (PSoL) e Pedro Tourinho (PT), levantaram sérias dúvidas sobre as plani-lhas de custos utilizadas para instruir estes cálculos, che-gando a propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI na Câmara Municipal, que claro, foi re-jeitada pela base governista.

A EMDEC divulgou uma nota informando que monitora os serviços e que os custos do sistema são cres-centes.

“A posição da Adminis-tração municipal é de manu-tenção do atual valor da tarifa de ônibus, em R$ 3,00. Por isso, a alteração no valor do

subsídio mensal.”Atualmente, o siste-

ma de transporte público de Campinas tem 1.252 veículos em circulação, entre empre-sas, consórcios, permissioná-rios e cooperativas. A idade média da frota é de 4,66 anos. São transportados 15,4 mi-lhões de pessoas mensalmen-te, sendo que 10,7 milhões são pagantes. A diferença é formada por viagens gratuitas ou integrações.

De acordo com o Exe-cutivo, desde que houve re-dução no preço da passagem (de R$ 3,30 para R$ 3,00, após os protesto de junho do ano passado) há um déficit no sistema de R$ 5,97 milhões - valor que a o governo muni-cipal passará a custear a partir da publicação do decreto.

Na segunda-feira (05/05) os professores adjun-tos da rede municipal de Edu-cação de Campinas começam um movimento para que a Prefeitura reconheça seus direitos referentes a remune-ração e benefícios relativos às horas excedentes das três horas aula/dia para as quais foram contratados.

Na prática, a falta de professores de educação in-fantil e educação fundamen-tal efetivos na rede municipal levou os professores adjun-tos - cujo papel na rede seria o de substituir as ausências temporárias desses professo-res - a assumirem aulas o ano todo, porém sem que houves-

Alunos podem ficar sem aulas em CampinasProfessores adjuntos prometem parar na segunda-feira

Luciano MeiraCampinas

se, por parte da Prefeitura, o reconhecimento pleno desta situação. As horas que ultra-passam a carga horária desses profissionais são pagas como carga suplementar, que para efeitos legais tem menos be-nefícios.

Por conta do déficit de professores efetivos, o prefei-to publicou um decreto que altera a carga horária dos ad-juntos, o que também é obje-to de críticas da categoria, se-gundo os professores ouvidos pelo O Metropolitano. O fato é que quando eles prestaram o concurso para adjuntos havia no edital uma carga horária prevista que agora, por decre-to, está sendo alterada.

O decreto também exi-ge dedicação exclusiva do adjunto, que não poderá acu-mular cargos devendo ficar à disposição da Prefeitura de

Campinas, sem poder, por exemplo, assumir aulas no Estado, o que é muito comum nas carreiras do Magistério.

¨Prestei um concurso com uma carga horária deter-minada e escolha do período de trabalho, manhã, tarde ou noite, mas agora a Prefeitu-ra quer mudar isso, não me interessa ficar o dia todo à disposição, tenho outras ati-vidades” disse um professor adjunto ouvido pela reporta-gem.

Um exemplo do preju-ízo causado aos adjuntos é o caso de uma professora que assumiu a carga total de trinta horas semanais, mas que ao fazer uso da Licença Gestante voltou a receber por uma car-ga de vinte horas, ou seja, sua carga suplementar deixou de ser paga. A mesma situação ocorre com todos os adjuntos

no período de recesso em ju-lho e nas férias no final de ano

Para os adjuntos estas são apenas algumas das si-tuações que não estão sendo reconhecidas pela Prefeitu-ra e, por esta razão, em reu-nião realizada pela categoria na terça-feira, 29/04, a partir da próxima segunda-feira, 05/05, eles passam a cumprir apenas a jornada de três horas aula/dia para qual foram ini-cialmente contratados, o que deverá resultar em períodos sem aulas em diversas esco-las municipais de Campinas. O problema também atinge as creches onde os adjuntos as-sumem cargas completas.

Na quarta-feira (30/04), os professores adjuntos en-tregaram aos pais de alunos uma “Carta Aberta” onde ex-plicam os motivos do movi-mento.

Segunda-feira (05/04) será votado na Câmara Muni-cipal de Campinas o projeto de Lei complementar 8/2013 de autoria do vereador Car-linhos Camelô que obriga os comércios de locação de bicicletas a disponibilizarem os veículos equipados com os itens obrigatórios descritos no art 105, VI, do Código de Transito Brasileiro.

São acessórios obriga-tórios a campainha, a sina-lização noturna dianteira,

Contraponto Luciano Meira

Debutante

Após 15 anos, o PMDB de Campinas realizou uma Con-venção Municipal para eleger os membros do Diretório Municipal. Durante este tempo, de Comissão Provisória em Comissão Provisória o partido viveu entre governo e oposição, muito mais governo, mas agora deve seguir uma linha mais independente como disse seu novo pre-sidente Fernando Garnero.Independente, mas nem tanto

Há quem aposte que na próxima eleição municipal, o PMDB, de olho no espaço que o PSDB ocupa no gover-no municipal, deve apoiar a reeleição do prefeito Jonas Donizette (PSB), que a cada mudança de pessoal anda preterindo os tucanos.Vai faltar garrafa para vender

Chico Frentista, ex-vice-prefeito no mandato tampão de Pedro Serafim (PDT), que tem sido visto desfilando pela cidade com os pré-candidatos Dario Saad (SDD) e o próprio Serafim, surpreendeu quando na Convenção do PMDB filou-se ao partido. Resta saber agora se Chico terá garrafas para os dois e para o deputado estadual Baleia Rossi presidente estadual do PMDB.Furando a fila

Apesar da manifestação de desejo de pelo menos três filiados, o PSB de Campinas decidiu que vai lançar ape-nas um candidato a deputado estadual, o coordenador do Sindicato dos Funcionários Municipais Jadirson Ta-deu. Há quem diga que a decisão foi tomada após ele ser o único a manifestar disposição de carregar a alça do caixão, digo, apoiar a candidatura a deputado federal do sobrinho candidato Luiz Lauro.

traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.

Esse projeto ajuda na contribuição da segurança dos ciclistas amadores. Sen-do importante, posto que a cidade tem investido na im-plementação de ciclovias e ciclofaixas, o que faz neces-sário mecanismos que garan-tam a segurança daqueles que utilizam e utilizarão estes vi-ários e até mesmo a pista de rolamento do tráfego geral.

Carlinhos Camelô quer bicicletas equipadas

Vereador Carlinhos Camelô (PT)

Page 4: O Metropolitano

Página A4 Edição 056 - Sábado 03 de maio de 2014o metropolitano

No Brasil, a cada três horas morre um cidadão em decorrência do trabalho e a cada cinco minutos quatro se acidentam, segundo a Previdência Social. No município de Campinas, entre 2011 e 2013, 43 pessoas morreram, vítimas de acidente de trabalho. Este número é maior do que a soma-tória de óbitos em decorrência de doenças como a Dengue, Febre Maculosa e Leptospirose, que totalizam 27 mortes (Dados coletados do SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Apesar de alarmantes, as informa-ções acima não encontram no noticiário o mesmo destaque que a Dengue, por exemplo, e revelam a pequena importân-cia que a sociedade brasileira dá aos acidente de trabalho.

No dia 28 de abril, Dia Mundial em Memória das Víti-mas de Doenças e Acidentes de Trabalho, o Unificados par-ticipou, junto com outros sindicatos, representantes da Ge-rência Regional do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), de associações, de Vigilâncias Sanitárias de cidades da região e médicos do trabalho de uma atividade promovida pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Ce-rest) de Campinas para provocar reflexão e gerar ações para que acidentes de trabalho sejam encarados com transparên-cia e assim possam ser evitados.

Hoje, a falta de convergência de informações do Ins-tituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Ministério do Trabalho e Emprego (MRE), Ministério Público do Traba-lho (MPT) e Justiça do Trabalho impedem que uma série de empresas sejam reconhecidas como causadoras de mor-tes e doenças ocupacionais. Pior: ainda persiste a cultura de culpar o trabalhador pela ocorrência de acidentes, sem levar em contar as condições de trabalho, pressão e precarização às quais a classe trabalhadora vem sendo sistematicamente submetida.

Quando o ex-jogador Pelé, celebridade nacional, de-clara como um episódio ‘normal’ o acidente que matou o operário Fábio Hamilton da Cruz, no final de março duran-te as obras do Itaquerão, é possível entender a dimensão da luta travada diariamente pela classe trabalhadora. Nenhuma morte deveria ser considerada normal em nome do lucro de empresas. É por conta desta cultura de exploração, amparada pela ideologia de que acidentes de trabalho são ‘normais’, que vidas são ceifadas. Cabe a pergunta: até quando?

Mortes por acidentes de trabalho: uma epidemia não noticiada

O ex-prefeito de Campi-nas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), que foi cassado após denúncias do Caso Sanasa, começa a responder no âmbi-to cível pela acusação de en-riquecimento ilícito, prejuízo aos cofres públicos e atentado contra os princípios da Admi-nistração Pública.

A promotora Cristiane Corrêa de Souza Hillal in-gressou com quatro ações de improbidade nas quais responsabiliza o ex-prefeito e outros 11 réus por crimes contra a Administração. Em entrevista a um jornal da cida-de, Cristiane declara que seria impossível o ex-presidente da Sanasa Luiz Augusto Cas-trillon de Aquino fazer entre-ga de remessas de dinheiro na casa do prefeito, entregar os valores para a mulher do pedetista, sem que Hélio sou-besse das transações. Aquino foi delator do esquema e rela-tou detalhes sobre fraudes ao MP. “E onde e como Rosely esconderia o dinheiro desvia-do? Hélio simplesmente não percebia que estava enrique-cendo e podendo ter coisas

Ex-prefeito de Campinas, Dr.Hélio,tem bens bloqueados

Rafaela NalaCampinas

Ele vai responder pelo Caso Sanasaque seus salários não dariam conta de pagar? As pergun-tas levam à óbvia resposta que está na cabeça de todo cidadão campineiro. Casado com Rosely e na condição de prefeito, evidentemente Hélio anuiu e se locupletou cons-cientemente de cada centavo por ela desviado”, descreveu a promotora.

Em uma das quatro ações, o juiz determinou o bloqueio dos bens de Hélio e outros 11 réus, no valor de R$ 51 milhões, para uma fu-tura devolução aos cofres da cidade após o suposto desvio no esquema que resultou na acusação de fraudes em lici-tação, corrupção e formação de quadrilha de parte do pri-meiro escalão do governo do ex-prefeito e empresários.

Nas responsabilizações no âmbito cível, os réus, além de terem seus bens bloquea-dos sob o risco de perderem o patrimônio para o ressar-cimento aos cofres públicos, caso sejam condenados por improbidade, também per-dem seus direitos políticos por oito anos, além de serem obrigados a pagar uma multa.

Além de Hélio, também são réus no processo a ex-pri-

meira dama, o ex-presidente da Sanasa Luiz Augusto Castrillon de Aquino, o ex--diretor-técnico da empresa Aurélio Cance Júnior, o ex--diretor financeiro Marcelo Figueiredo, o ex-prefeito De-métrio Vilagra, o ex-diretor de Urbanismo da Prefeitura Ricardo Cândia, o empresário José Carlos Cepera, os lobis-tas Maurício de Paulo Man-duca e Emerson de Oliveira e os proprietários da empresa Infratec, ligados a Cepera.

O ex-prefeito, por ter foro privilegiado, passou ile-so pelas acusações no proces-so criminal e as investigações recaíram sobre sua mulher

Rosely Nassim Jorge Santos, apontada como chefe do es-quema. Ele nega ser réu do Caso Sanasa.

Entenda o caso SanasaEm maio de 2011 a Ga-

eco (Grupo de Atuação Es-pecial de Combate ao Crime Organizado, criado pelo Mi-nistério Público) descobriu um esquema de fraudes em licitações da Sanasa. No es-quema, segundo o Ministério Público, a ex-primeira dama Rosely Nassim JorgeSantos cobraria de empresários entre 5% a 15% do valor do contra-to com propina para direcio-nar as licitações.

O ex-prefeito Dr. Hélio

As celebrações das con-quistas dos trabalhadores ao longo da história, ocorridas no dia 1º de Maio, apesar de todas as festividades, não constituem verdadeiramen-te em motivos para um dia de festa. Esta é a opinião do Vereador Cid Ferreira (SDD), que durante nove anos presi-diu o Sindicato dos Metalúr-gicos de Campinas e sempre esteve ligado às lutas pelas conquistas trabalhistas.

“Não temos o que co-memorar; O salário mínimo é uma vergonha nacional e não atende às necessidades dos trabalhadores, assim como

“1º de Maio não é dia de festa”a aposentadoria dos que de-dicaram toda uma vida ao trabalho”, afirma Cid. “Essa data -acrescenta, conquista-da com muitas lutas e traba-lho, deveria sim servir para a conscientização da população brasileira sobre o valor do tra-balho e a importância do tra-balhador para o crescimento de nosso país”.

Aqui no Brasil o Dia do Trabalho é comemorado des-de 1895, mas virou feriado nacional somente em 1925. Entretanto, a criação da Con-solidação das Leis Trabalhis-tas (CLT) ocorreu somente em 1º de Maio de 1943.Vereador Cid Ferreira (SDD)

Page 5: O Metropolitano

Edição 056 - Sábado 03 de maio de 2014 Página A5o metropolitano

No último dia 28 de abril a Secretaria de Saúde de Campinas informou em novo levantamento que o número de casos de dengue nesse ano já é de 17.136. Os números se dividem nas regiões da se-guinte forma, as mais afetadas são a norte com 4.505 casos, onde se encontram bairros dos distritos de Barão Ge-raldo, Nova Aparecida e re-giões do Jardim São Marcos e Jardim Eulina, a noroeste (4.269), com bairros do Cam-po Grande e sudeste (3.552). A região Sul tem 3.010 casos e a leste 1.800. Segundo o Se-cretário de Saúde, Carmino Antônio de Souza, uma medi-da de prevenção que tem sido adotada desde quando come-çou a epidemia na cidade, é notificar como dengue todos aqueles casos em que as pes-soas já apresentam os sinto-

Moradores não colaboram para redução de epidemia de dengueOrlando Teixeira

Campinas

Terreno limpo pela Prefeitura e cercado pelos moradores do Jardim Basssoli

mas da doença. Quatro casos de morte são investigados em Campinas, mas apenas uma morte foi confirmada. Segun-do informações da Prefeitura de Campinas até o momento já foram visitados mais de 120 mil imóveis, mais de 200 bairros de toda a cidade rece-beram mutirões de limpeza priorizando as regiões do Campo Grande, Campo Belo e Ouro Verde. Os bairros da região Campo Grande eram os mais afetados pela doen-ça, mas nesse último levanta-mento quem lidera o ranking é a região norte.

A reportagem visitou alguns bairros das regiões Campo Grande e Ouro Verde e constatou que ainda há mo-radores reclamando da falta de limpeza em alguns pontos, mas também foi visto locais que receberam o mutirão da Prefeitura e que já tem lixo e entulhos jogados por mo-radores. No Jardim Florence

Entulho jogado por moradores na principal avenida do Jardim Florence II

II encontramos entulhos de construção jogados no cantei-ro central da Avenida Nelson Ferreira de Souza, em frente de um dos mercados do bair-ro. Seguindo pela mesma avenida, sentido região do Ouro Verde, próximo ao Vida Nova há um local que já foi citado em outras matérias do O Metropolitano, ele fica ao lado da linha do trem e por ser num ponto isolado as pes-soas usam como depósito de lixo, o interessante é que en-contramos novamente restos de feira como em outras ve-zes, novamente eram cocos, que pelo jeito foram jogados pela mesma pessoa. Nova-mente encontramos roupas, restos de construção, móveis, embalagens de grandes mer-cadorias e garrafas, todos ma-teriais que facilitam a prolife-ração de focos do mosquito da dengue.

Também encontramos lixo e entulhos jogados no Residencial Novo Mundo e no Novo Maracanã, próximo da Escola Estadual Álvaro Cotomacci, num local que também recebeu limpeza há menos de duas semanas. Fun-cionários da escola dizem que

uma semana após a retirada dos entulhos já haviam mo-radores jogando lixo no local, segundo uma pesquisa feita na instituição de ensino, mais da metade dos funcionários foram notificados com den-gue e uma média de dois alu-nos por sala de aula também já tiveram a doença. Carlos da Silva, morador da região, diz que o problema é cons-tante, que alguns moradores mais conscientes fazem sua parte, mas outros não ajudam, segundo ele jogaram lixo logo após a prefeitura cortar o mato e fazer a limpeza, ele ainda conta que há um mo-rador que junta reciclável e joga o que não serve perto do final da rua Gumercindo Ro-

drigues, no Jardim Novo Ma-racanã, o morador fala que já avisou ao senhor sobre o peri-go da dengue, mas o mesmo disse que isso há em todo lu-gar. Também foi jogado lixo no final da rua do Terminal Campo Grande, os moradores dizem que é assim o ano todo, a Prefeitura limpa e os mora-dores jogam mais lixo.

No Jardim Bassoli, Fa-biana Santos, Presidente da Associação das Mulheres do Bairro, após a limpeza feita pela AR - 13, com ajuda de alguns moradores cercaram o terreno, tanto de lá, quanto de outros bairros da região, segundo ela foi a única so-lução que acharam. Fabiana também diz que alguns locais

são mantidos limpos por co-munidades locais e por igre-jas da região. Segundo outros Presidentes de Associações de Moradores de Bairros do Campo Grande, a única ma-neira de resolver o problema de vez é criar mais pontos de entrega voluntária de mate-riais pela região, os ecopon-tos e pontos verdes mantidos pela Prefeitura.

Nesses locais é possível jogar não somente materiais recicláveis, mas há caçambas em que são colocados tam-bém resíduos de construção civil, entulhos, madeiras, lixo eletrônico, pilhas, lâmpadas, baterias, óleo combustível usado, pneus, sofás, armários, móveis, etc.

Page 6: O Metropolitano

Página A6 Edição 056 - Sábado 03 de maio de 2014o metropolitano

O racionamento de água está batendo na porta de to-dos os brasileiros, a falta de chuva e consciência sobre desperdício tem resultado em medidas drásticas para man-ter o fornecimento. Mas será que essa falta de consciência ecológica se resume a água?

Um problema tão grande quanto a água está no desper-dício de alimentos, de acor-do com pesquisa divulgada pela EMBRAPA, o Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos, produzindo cerca de 25% a mais do que neces-sita para suprir a sua popula-ção, mas dessa produção toda 26,3 milhões de toneladas ao ano tem o lixo como destino.

Diariamente, desper-diçamos o equivalente a 39 mil toneladas, quantidade suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar. De acordo com esse estu-do, aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva, sendo ela, 20% na colheita; 8% no transporte e armazenamento; 15% na in-dústria de processamento; 1% no varejo; 20% no processa-mento culinário e hábitos ali-mentares.

Já é hora da população começar a mudar seu concei-to sobre cozinhar, pequenas mudanças no dia a dia te aju-dará a economizar, ter sempre uma refeição saudável pré preparada e, principalmen-te, reduzirá essas estatísticas sobre desperdício. Aqui está algumas dicas valiosas para colocar em prática essa nova maneira de cozinhar.

- Que tal juntar as extre-

Erica MariosaCampinas

midades aparadas de cebola, cenoura, aipo ou pimentas, núcleos de repolho e espi-gas de milho, ou até parte de alimentos que não utilizou, armazene-as no congelador, e depois de ter uma boa quan-tidade guardada, adicione-as em uma panela grande com alguns copos de água e faça um caldo de legumes caseiro.

- Restos de vegetais po-dem ser transformados em sopa no dia seguinte. Coloque os vegetais em um liquidifi-cador, junto com o caldo ou água suficiente para misturar e cozinhe.

- Folhas de aipo geral-mente são jogadas fora. Mas há muito sabor nestes alimen-tos. Corte-os e adicione a um bolo de carne, sopas, ou en-sopados.

- Faça sucos, smooties e vitaminas com as frutas antes que estraguem. Outra ideia legal, é comprar frutas no fim da feira para utilizar dessa forma, assim você economiza no dinheiro mas não nas vita-minas.

- A geléia é outra opção, fácil de fazer, e que pode ser mantida por até um ano se você processar os frascos em um banho de água quente. Se você não fizer a parte do pro-cessamento, a geléia pode ser mantida na geladeira por um mês, o que é muito mais do que as frutas teriam durado.

- Desidratar as frutas ou fazer conservas de legumes e armazená-las no congelador ou em recipientes fechados é outra sugestão eficiente que prolonga a vida útil destes alimentos.

- Faça uma grande sala-da de frutas ou “frutas no es-peto” ou foundie para os seus filhos. Por alguma razão, eles parecem comer mais fruta se elas se apresentam em formas

“extravagantes”.

- Faça croutons, torradas ou farinha de rosca com os pães velhos e congele o pão restante. Desta forma, você sempre terá pão ou croutons à mão quando precisar, ao in-vés de usar o pão fresco.

- Os pães também po-dem ser usados em sopas. Ao serem dissolvidos eles aju-dam a engrossar caldo.

- Quando o assunto é massas, elas também podem ser aproveitadas em sua tota-lidade. Os pequenos pedaços quebrados de massa, que nor-malmente sobram no fundo das embalagens podem ser misturados com arroz ou le-gumes, para fazer uma sopa.

- Os restos de aveia, gra-nola ou cereais matinais, po-dem não ser suficientes para uma refeição, mas são ótimos complementos para um io-gurte.

- Se sobrou café na gar-rafa, congele-o em formas de gelo. Use os cubinhos para fa-zer café gelado ou resfriar um café que está muito quente, sem diluí-lo. Você pode fazer o mesmo com sobras de chá.

- Resto de vinho pode ser usado para dar sabor a al-guns alimentos.

- Para não perder as fru-tas, faça um suco concentrado e coloque no freezer em uma forma. Quando sentir sede basta misturar três ou quatro cubinhos a água, adoçar e be-ber.

- Para aproveitar o res-to de mel que ficou no fundo do frasco, adicione um pouco de limão espremido e agite. O suco de limão vai soltar o mel, e você tem um comple-mento perfeito para uma xí-cara de chá.

Essa receitinha te ajuda a usar cascas de frutas, que pode ser substituídas por las-cas de coco ou castanhas.

Biscoitinhos de casca de goiaba

Ingredientes:3 xícaras (chá) de farinha de trigo

3 colheres de sopa de margarina

1 xícara (chá) de açúcar Cascas de duas goiabas Modo de preparo: Pique

a casca em tirinhas e reserve. Em uma vasilha, misture a fa-rinha, o açúcar e a margarina. Amasse até formar uma mas-

sa homogênea, e misture bem as casquinhas picadas. Molde os biscoitos em formato arre-

dondado e leve para assar em forno médio pré-aquecido até dourar.

Dicas para evitar o desperdício

Page 7: O Metropolitano

Edição 056 - Sábado 03 de maio de 2014 Página A7o metropolitano

É um fato que todo dia é dia das mães, mas a data oficial que o presidente Ge-túlio Vargas oficializou e no segundo domingo de maio, este dia acaba sendo um óti-mo pretexto para homenagear esta pessoa tão importante em nossas vidas.

Mas comprar o presen-te pra mãe pode ser mais es-tressante do que gostaríamos, exige um olhar apurado sobre quem é essa mulher que de-dica boa parte da vida a nós, mas basta ter um pouquinho de criatividade e vontade de agradar.

Então que tal conferir nossas dicas para não fazer feio nesse dia tão importante.

As dificuldades de comprar umpresente de dia das mães

Erica MariosaCampinas

Não dê um presente para a casaComprar uma geladeira nova ou um fogão certamente

deixará sua mãe feliz, mas acontece que esse é um presente para a casa e não especificamente para ela. Você pode sim aju-dá-la a comprar móveis novos para casa em outro momento, mas não como um presente, afinal são coisas que você também vai usar. O presente deve ser algo que valorize a mulher que ela é e não a casa.

Dê algo útilNão adianta nada você comprar uma bolsa nova para ela

se ela já tem várias e não usa. Vale mais a pena prestar a aten-ção no que ela comenta sobre suas necessidades.

Leve em consideração a personalidade da sua mãeCada mulher tem um tipo de personalidade e aquela his-

tória que mãe é tudo igual não é verdade. Por exemplo, se sua mãe faz o estilo esportista pode ser legal comprar um tênis de corrida ou uma roupa de ginástica. Se sua mãe é ligada em todos os lançamentos de aparelhos tecnológicos sem dúvida alguma vai ser legal comprar um presente desse tipo.

Prepare um jantar ou a leve para jantarIndependente do presente que escolher para a sua mãe, é

legal preparar um jantar para que possam comemorar juntos, ou talvez levá-la para aquele restaurante que é a cara dela.

Compre o presente com o seu próprio dinheiroMesmo que você ainda é dependente financeiramente da

sua mãe, nada melhor de arrumar o teu dinheiro para comprar o presente sem ter que pedir para ela.

PerguntePerguntar o que ela quer ganhar é sem dúvida um jeito de

evitar o erro na hora de escolher o presente. Se ela não quiser escolher, não insista.

Dia de belezaDar um dia de beleza para a sua mãe pode ser um presen-

te muito legalVocê pode comprar um pacote no salão de beleza que

inclui cuidado com a pele, massagem, cuidado com as unhas, maquiagem e cabelo. Não há mulher que resista.

Não esqueça que acima de tudo esse é o dia dela, além do presente se preocupe em fazê-la curtir esse dia, então nada de largar louça suja, não custa nada cuidar das coisas para que ela possa se esticar no sofá e assistir um filme.

Está expressão inglesa significa a mudança da rela-ção, empregado e emprega-dor, como conhecemos. Estar na empresa no horário comer-cial já não mais a única ma-neira de apresentar produtivi-dade. O trabalho feito de casa vem sim se desenvolvendo no Brasil e provando que é pos-sível apresentar bons resulta-dos sem ter que estar presente no escritório.

As principais vantagens apontadas pelos adeptos des-se modelo estão na redução de custo de estrutura, além de mais criatividade e produ-tividade, trazendo um produ-to final mais competitivo no mercado.

“Entendo empreende-dorismo não apenas como a busca de boas oportunidades, mas também em conseguir potencializar os seus próprios recursos, o grande ponto de trabalhar como “freelancer” é ser dono da sua rotina, fazer o seu próprio horário, não ter um chefe e nem tanta cobran-ça, mas isso pode ser tonar uma armadilha se não houver disciplina” Explica Thiago Maya, publicitário que trocou uma carreira de sucesso em agências para atender seus clientes de casa.

Trabalhar de casa, se-gundo um estudo recente feito em conjunto pelas Uni-versidades de Stanford e de Pequim, aumentou a produti-vidade em pelo menos 13%.

Já ouviu falar de Home Work?

Erica MariosaCampinas

Nessa pesquisa detectou-se que os funcionários que tra-balhavam em casa se conec-tavam mais cedo e ficavam mais tempo disponíveis para atendimento aos clientes. Os intervalos eram mais curtos e os telefonemas para avisar que não iam trabalhar porque estavam doentes ou não se sentiam bem foram significa-tivamente reduzidos. Se não se sentiam bem, trabalhavam assim mesmo, porque já esta-vam em casa.

As vantagens apontadas por quem optou por esse es-tilo de vida são animadoras, liberdade de expressão, criati-vidade e de rotina, poder estar com os filhos, conseguir in-cluir atividades sem necessa-riamente dar satisfação. Mas engana-se aquele que acredita que trabalhar em casa é o pa-raíso, para que essa formata-ção de trabalho funcione, pre-cisa-se de uma alta dose de disciplina e responsabilidade.

“Para construir uma car-reira autônoma promissora é preciso de uma rede de con-tatos muito boa, além de co-nhecimentos amplos, não só de sua especialidade, mas de áreas relacionadas para aten-der ao seu cliente, também é preciso capacidade de organi-zar, planejar e se autogerir.” Lembra Thiago Maya.

Manter os limites entre o trabalho doméstico e em-presarial também é funda-mental, ou você pode acabar se tornando escravo da sua rotina ou negligenciando sua família e amigos.

Você já deve ter ouvido falar que a cirurgia de catara-ta é mais arriscada para quem tem glaucoma, alta miopia ou diabetes. Mas qual o risco em comum de doenças tão dife-rentes? É o deslocamento da retina. De acordo com oftal-mologista do Instituto Penido Burnier, pioneiro em Cam-pinas na cirurgia de catarata a laser, a retina geralmente desloca quando é feito o cor-te para retirar a catarata. O médico afirma que quando a retina rompe ou desloca pode ocorrer vazamento de sangue no fundo do olho. Por isso a visão fica distorcida, ondula-da ou se forma uma cortina escura sobre o campo visual. A lesão deve ser tratada ime-diatamente, mas ainda assim pode causar deficiência visual grave.

A boa notícia é que na cirurgia a laser a profundida-de e a área do corte são calcu-ladas com absoluta precisão. Por isso, elimina este risco.

A má é que o diabetes está crescendo no Brasil e tem maior prevalência entre os mais velhos. De acordo

Catarata: Laser reduz risco da cirurgiaPrecisão dos cortes evita o deslocamento da retina comum nas cirurgias de quem tem glaucoma, alta miopia ou diabetes

Clair D’ÉvenieurCampinas

com o Ministério da Saúde atinge 22,9% dos brasileiros com mais de 65 anos, ou seja, quase 1 em cada 4 nesta faixa etária.

Para esta parcela da po-pulação diabética, Queiroz Neto afirma que a cirurgia de catarata feita com bisturi pode ser um procedimento perigoso, embora entre outros grupos resulte numa reabilita-

ção visual relativamente rápi-da entre outros grupos.

O médico ressalta que o diabetes é apontado pela OMS (Organização mundial da Saúde) como um dos prin-cipais fatores de risco para contrair catarata. Outros fato-res são a uveíte, radiação UV (ultravioleta) do sol, fumar, ferimentos nos olhos, uso contínuo de estatina para con-

trolar colesterol ou de corti-cóide. Mulheres têm maior predisposição por causa das oscilações hormonais e maior exposição ao estresse.

Nos procedimentos a laser já realizados no Brasil, o especialista afirma que os pacientes tiveram uma recu-peração quase instantânea, independente das condições de saúde antes da cirurgia.

Page 8: O Metropolitano

Página A8 Edição 056 - Sábado 03 de maio de 2014o metropolitano

O Sindicato Químicos Unificados realizou no do-mingo, 27/04, uma grande festa no Centro de Formação e Lazer (Cefol) de Campinas/Vinhedo para celebrar os 23 anos de retomada do sindi-cato e também a participação da juventude trabalhadora na luta sindical. Cerca de três mil pessoas participaram da Festa da Retomada e da Juventude que é realizada anualmen-te, com entrada gratuita para trabalhadores sindicalizados, dependentes e seus convi-dados. Neste ano, a progra-mação contou com show da banda Falamansa que colo-cou todo mundo para dançar o forró pé de serra. Além da atração musical, a festa teve rodadas de bingo, dança com a Companhia Kalahari, brin-quedos infláveis, maquiagem facial, algodão doce e pipoca para as crianças.

Durante a festa, os (as) sindicalizados(as) e depen-dentes puderam conhecer por dentro os apartamentos em construção no Cefol Campi-nas/Vinhedo. Monitores do Unificados acompanharam as visitas para oferecer explica-ções e esclarecimentos neces-sários. A inauguração das três

Sindicato Químicos Unificados celebra 23 anos da retomadaFesta reuniu cerca de três mil pessoas de diferentes gerações

torres com 30 apartamentos está prevista para o segundo semestre deste ano. As regras para uso para sindicalizados e dependentes estão em defini-ção e, posteriormente, serão divulgadas à categoria.

História e futuroNo dia 21 de abril de

1991, durante assembleia, companheiras e companhei-ros votaram pela destituição da antiga diretoria pelega, recolocando o sindicato no-vamente na trilha das lutas na defesa dos direitos e inte-resses da classe trabalhado-ra. A retomada colocou fim à gestão assistencialista e trouxe uma nova prática sin-dical, pautada no combate à exploração e na organização da luta dentro das fábricas. Resultado: o Sindicato Quí-micos Unificados cresceu em organização, em patrimônio, em serviços prestados aos (às) sindicalizados (as), além de ações políticas como a uni-ficação com os sindicatos de Osasco e Vinhedo, que trouxe mais força às lutas da catego-ria.

Passados 23 anos, o desejo pelo novo, pela mu-dança, pela transformação

da sociedade com justiça e igualdade continua latente e renova-se junto com as no-vas gerações de lutadores que chegam ao Unificados. É por este motivo que a cada ano, o Unificados reúne em uma mesma celebração duas datas importantes: o Dia da Juven-tude Trabalhadora (24/04) e a Retomada do Sindicato (21/04), com uma festa no Centro de Formação e Lazer de Campinas/Vinhedo.

Desafios da juventude Os desafios e desejos

da juventude estão presentes nas lutas travadas pelos Uni-ficados e Intersindical, seja nas mobilizações dentro das fábricas, seja nas ruas. No campo profissional, jovens encontram um mercado de trabalho perverso que con-trata e dispensa trabalhadores muito rapidamente. Há ainda o projeto de lei 4330/04, que ameaça os empregos com car-teira e direitos historicamente conquistados pela classe tra-balhadora ao permitir a ter-ceirização em todos os seto-res. Os desafios são grandes, mas os sonhos também são, assim como a disposição para a luta.