O ministério da caridade e a koinonia eclesial
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O ministério da caridade e a koinonia eclesial
Formação Pastoral
“O serviço alegre e fiel”
Juntamente com o serviço da profecia (o
anúncio) e o serviço litúrgico (celebração do mistéri), o serviço da caridade (diakonia) e da comunhão (koinonia) integra o tria munera Ecclesiae, compondo o “que” do ser e do agir eclesial na Igreja Diocesana.
Mt. 7,
Não basta dizer Senhor, Senhor, é preciso fazer a vontade d’Ele.
“Quem diz que ama a Deus e não ama seu irmão é mentiroso” (1Jo. 4, )
O Ministério da caridade engloba dois aspectos complementares – o serviço (diaconia) e a comunhão (koinonia).
Estes aspectos sedimentam a vida pessoal, comunitária e social da fé cristã. Integram o alicerce da vida diocesana.
Diaconia e Igreja
De um sentido pejorativo, o termo grego diaconia (o escravo que serve e não é servido), ganha no paradoxo da fé cristão um sentido novo:
“É perdendo que ganha...”(Mt 10,39); os últimos serão os primeiro”(Mt 19,30); “é morrendo que se vive”(Rm 6,8).
- O lava pés (re-significação). - Kenosis (ponto alto) – Deus se fez homem.
A fonte do serviço cristão está na encarnação do VERBO: “Sendo rico, o Filho de Deus se fez pobre pra enriquecer a todos com sua pobreza (2Cor 8,9). Tal “humilhação” (kenosis) alcança seu extremo na morte de cruz.
Essa vocação cristã começa com o batismo. Por ele o cristão é “enxertado” em Cristo, como diz o apostolo Paulo (Rm 11, 17), e está chamado a ser prolongamento da presença do Cristo servidor na Igreja e no mundo.
“Quem vos recebe, a mim recebe” (Mt 10,40)
Da mesma forma com relação à Igreja. O “serviço” é constitutivo do “ser” eclesial, de sua essência como instituição mediadora da salvação de Deus em Jesus Cristo.
Por isso a Igreja é “corpo de serviço de Deus no mundo”
LG no. 8: “A Igreja é servidora da humanidade, para levá-la a Cristo e instaurar o Reino de Deus”.
O caráter da Caridade ad intra e ad extra na Igreja
1. Ad indtra: Iniciativas internas decorrente do tríplice múnus batismal (plavra, liturgia e caridade), iniciativas de vivência pessoal e comunitária, mediante a expressão dos diversos ministérios e carismas postos a serviço da comunidade em vista do testemunho da fé.
2.Ad extra: Ações eclesiais em colaboração com todas as pessoas de boa vontade, em prol da edificação do Reino de Deus já a partir deste mundo. Lugar especial desta ação é a promoção da justiça.
A solidariedade é a expressão da compaixão de Deus, sensível ao grito dos indefesos e injustiçados. Tb não se pode esquecer do profetismo da Igreja, de seu dever de anúncio e denúncia, desde a liberdade da Palavra de Deus.
A koinonia eclesial como Pastoral da Comunhão
A koinonia e a diakonia compõem os dois aspectos do ministério da caridade. Tal como o serviço, que brota do ser sacramental da Igreja enquanto sinal e instrumento histórico do Cristo que serve, a comunhão tem sua fonte na Trindade e sua realização no testemunho, nos serviços e em estruturas que visualizam, em sua organização, a fraternidade no mundo.
- VT II (1963-1965): contributo para um eclesiologia comunitária.
- Puebla (1979): Igreja comunhão é participação, (no. 326).
- Desde os primórdios a Igreja se auto compreende como COMUNHÃO.
- A koinonia é a expressão da comunhão com o mistério de um Deus que não é solidão, mas família
Deus é comunhão que se revela
Salvação = Comunhão.
Encarnação do Verbo: a plenitude da comunhão.
Emmanuel – Deus conosco (Mt 1,23)
Koinonia eclesial
O VT II falará da Igreja koinonia como comunhão de comunidades, reunidas “pelo” Espírito e “no” Espírito Santo. Isso implica ao cristão, pela adesão pessoal ao chamado de Deus, fazer comunhão com ele e os irmãos e afiliar-se a uma comunidade de fé, pois a Igreja é congregatio fidelium.
A Igreja é sacramento da unidade, nela e fora dela.
As diferentes faces da comunhão eclesial
1. Comunhão de fé;2. Comunhão eucarística;3. Comunhão fraterna;4. Comunhão de bens;5. Comunhão inter-eclesial;6. Comunhão apostólica;7. Comunhão com a criação;8. Comunhão com toda a humanidade.
A igreja local como lugar da koinonia eclesial
Na ação evangelizadora, não basta o serviço. Ela precisa do suporte da comunhão, que lhe dá, por um lado, eficácia e, por outro, credibilidade, na medida que se insere na pedagogia da ação de Jesus. Pela comunhão, a Igreja visibiliza, na história, a presença da comunidade de amor da Trindade, da qual ela é sacramento.
A koinonia eclesial se realiza na Igreja local, pois nela está toda a Igreja, ainda que não a Igreja toda.
A universalidade da Igreja – sua catolicidade - dá-se na Igreja local, em comunhão com as demais igrejas, pois a Igreja de Jesus Cristo, constituída em Pentecostes, é “Igreja de igrejas”, com o Sucessor de Pedro.
As notas da Igreja
Credo Niceno-Constantinopolitano:
“Cremos na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica”.
Obrigado…