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  • O Modernismo

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  • OLUIZ GUILHERME DURO GOLDBERG

    objetivo deste artigo retratar a geraode compositores brasileiros ativos durante a PrimeiraRepblica at o limiar da dcada de 1920.

    Tradicionalmente considerados romnticos comoLeopoldo Miguez (1850-1902), Henrique Oswald(1852-1913) e Glauco Velsquez (1884-1914) ou,alguns mais afortunados, precursores do nacionalismomusical entre eles Braslio Itiber da Cunha(1846-1913), Alexandre Levy (1864-1892), AlbertoNepomuceno (1864-1920) e Ernesto Nazareth (1863-1934) essas caracterizaes remetem a um ponto dereferncia: a Semana de Arte Moderna. Esseacontecimento, que ocorreu entre os dias 13 e 17de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de SoPaulo, passou histria da cultura no Brasil comoevento que inaugura simbolicamente o modernismo.(Travassos, 2000; 17). Em outras palavras,a (des)qualificao desses compositores se dava pelamaior ou menor proximidade de suas obras comos ideais desse marco zero, dividindo os perodoshistricos em antes e depois da Semana.

    Os critrios utilizados para as definiesde modernidade foram a nfase na atualizao estticae na luta contra o passadismo, representado a grossomodo pelo romantismo, na msica, e peloparnasianismo, na poesia (Travassos, 2000; 19)e no modernismo nacionalista.

    Com base nesses critrios, os escritos tratavamde um digladiar entre o novo e o velho, o progressistae o ultrapassado, entre o independente e o

    subserviente. Em suma, entre o nativo originale o estrangeiro transplantado ao exotismo dos trpicos.

    De acordo com essa concepo, os artistasda Semana de 22 seriam no s os profetas do porvirmas os prprios agentes messinicos dos novos tempos,levando a frente um projeto esttico e ideolgico cujoobjetivo era transfigurar a identidade e o centroideolgico e cultural do Brasil, tendo So Paulo comoo centro irradiador.

    Assim escreveu Menotti del Picchia (1892-1988),um dos idelogos e porta-voz do movimentomodernista de 1922:

    Rinchem de inveja as outras capitanias do pas,entretanto, em matria de arte e de poltica, So Paulocontinua e continuar com a batuta e liderana [...].(Picchia apud Brito, 1971; 171)

    Na mesma linha, Guilherme de Almeida (1890-1969) se refere que So Paulo devia, par droit deconqute et naissance, ser tambm, no Brasil, o bero dalibertao intelectual. (Almeida apud Brito, 1971; 178).

    Como resultado, aos compositores da geraoanterior seriam passadistas, copiadores da Europa,tributrios a uma esttica que no mais representariaa sociedade de ento, colaboradores na perpetuaode valores j ultrapassados. Entre esses compositores,alguns mereceram a qualificao de precursores, j queno podiam ser de todo desqualificados. Quanto aosdemais, permaneceriam presos ao romantismo ou, namelhor das hipteses, ao romantismo tardio.

    Dessa forma, as foras antagnicas estavam postase os inimigos identificados. Seguindo o seu destinobandeirante, desbravador, os paulistas fizerama batalha sem sangue da Semana de Arte Moderna(Brito, 1971; 172) e saram-se vencedores.

    Pgina ao lado: caricatura de Alberto Nepomucenopor Enrico Caruso. Rio de Janeiro, 1917.COLEO PARTICULAR: SRGIO NEPOMUCENO

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    No entanto, por mais significativos e escandalososque tenham sido os resultados obtidos no eventopaulista, os programas musicais apresentados nose mostraram de todo inovadores. Wisnik j semanifestara a esse respeito ao diagnosticar que existiriauma certa defasagem entre as idias (alardeadas)e as obras (apresentadas) (Wisnik, 1977; 66), alm dea prpria formao desses modernistas estar vinculadaao passado.

    Em outras palavras, os resultados apresentadosdurante a Semana de 22 no se deram por um processode gerao espontnea, e sim j eram gestadose amadurecidos por compositores como Braslio Itiberda Cunha, Alexandre Levy, Alberto Nepomuceno,Francisco Braga (1868-1945), Glauco Velsquez, entreoutros. Pode-se afirmar que estes compositores foramos bandeirantes que abriram o caminho paraos artistas da Semana, que sobre seus ombros

    e conquistas os novos modernos tiveram xito.Ainda segundo Wisnik, os modernos da Semana

    de 22 manifestavam uma preocupao febrilde atualizao com referncia s vanguardas europiase, portanto, de afastamento da tradio (Wisnik, 1977;66), de onde se interpreta que um compositor comoNepomuceno estava comprometido com a tradio,cabendo aos novos modernos os lourosda atualizao e do progresso.

    Tal afirmao pode ser contestada por artigode Darius Milhaud (1892-1977), que viveu no Riode Janeiro entre 1917-1918, para Le Revue Musicalee tambm citado por Wisnik. Segundo Milhaud,Alberto Nepomuceno e Henrique Oswald mantinhama biblioteca do Instituto Nacional de Msica atualizadacom partituras de msica contempornea. Entretanto,cita somente os compositores e associaes francesas,como C. Debussy, V. DIndy, C. Koechlin, E. Satie,a Socit Musical Independante e a Schola Cantorum,entre outros.

    A atualizao do meio musical carioca era tal que,ainda de acordo com Milhaud, eles (Oswaldoe Nininha Guerra) me iniciaram na msica de Satieque eu conhecia at ento muito imperfeitamentee eu a percorri com Nininha, que lia excepcionalmentebem toda a msica contempornea (Milhaud apudWisnik, 1977; 40).

    Dois outros relatos se referem a essa nfasecontempornea patrocinada por Nepomuceno. Trata-seda srie de 26 concertos realizados durante a ExposioNacional de 1908, comemorativos ao centenrio daabertura dos portos s naes amigas, por Dom Joo VI.Conforme Luiz Heitor Correa de Azevedo, pode-sedizer que, em msica, foi essa a nossa entrada oficial nosculo XX (Azevedo, 1956; 171).

    De acordo com Jos Rodrigues Barbosa, Houveum momento em que as circunstncias permitirama Nepomuceno uma srie brilhantssima de concertossinfnicos em que ele fez ouvir as produes dosnossos compositores e uma srie luminosa da maismoderna literatura musical estrangeira.(Barbosa, 1940; 28).

    A abrangncia do repertrio apresentadodemonstrou que a relao de compositores estrangeiros

    Alexandre Levy. Diploma da Premiao pelo Jri da ComissoColombiana Mundial junto Exposio Internacional de Chicago,1893. Edio da Sociedade Brasileira de Musicologia. So Paulo.FUNDAO BIBLIOTECA NACIONAL DIVISO DE MSICA E ARQUIVO SONORO

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    dada a conhecer ao pblico brasileiro no se restringiaaos franceses, como descrito por Milhaud algunsanos mais tarde, mas tambm inclua russose alemes, alm de brasileiros.

    Entre os estrangeiros, foram ouvidos Paul Dukas(18651935), Claude Debussy (1862-1918), AlexanderGlazunov (1865-1936), Albert Roussel (1869-1937),Rimsky-Korsakov (18441908), entre outros.

    J entre os brasileiros figuraram Arajo Vianna(1871-1916), Barroso Neto (1881-1941), ErnestoRonchini (1863-1931), Henrique Braga (1845-1917),Henrique Oswald, Carlos Gomes (1836-1896),Leopoldo Miguez, Alberto Nepomuceno, entre outros.

    Com base na relao de compositoresapresentados durante os concertos da ExposioNacional, pode-se concluir que se tratava de um eventoonde a intolerncia esttica no teria espao. Assim,Carlos Gomes, compositor representativo do perodoimperial, vinculado escola operstica italiana, figuravaao lado de republicanos romnticos e modernos,adeptos das escolas germnica e francesa. Davislumbra-se, tambm, que a formao do pblicode concerto estava entre os seus objetivos.

    Refora essa concluso a respeito da atualizaodo modo de recepo o relato do pianista portugusJos Viana da Mota (1868-1948), sobre a srie deConcertos Populares, ocorridos em 1896 e 1897, e regidospor Nepomuceno. Esse pianista se manifesta que eramos preos acessveis a (sic) todas as bolsas, afim (sic)de espalhar o mais possvel o gsto (sic) pelamsica [...]. (Melo, 1947; 290).

    A modernizao pretendida no meio musicalcarioca se refletiu tambm na formao musical. Coubea Leopoldo Miguez realizar uma avaliao crtica dasprincipais escolas de msica europias, culminandocom a publicao do relatrio Organizao dosConservatrios de Msica na Europa, com o objetivode criar o Instituto Nacional de Msica, fato que se deupelo Decreto n 143, de 12 de janeiro de 1890.A qualidade e o grau de seriedade de seus professorese alunos era tal que, ainda de acordo com Viana daMota, o que bem mostra a riqueza de elementosartsticos de que dispe o Rio que a associao[de Concertos Populares] no tem dificuldade

    nenhuma em variar os artistas em seus concrtos (sic).(Melo, 1947; 291).

    Ainda sobre a nfase na atualizao esttica, algunsexemplos da msica de Alberto Nepomucenomostram-se sintomticos e demonstram sua tendnciamodernizadora. Nas Variaes sobre um Tema Originalop. 29, para piano, Nepomuceno utiliza politonalismo,escala hexatnica, escala pentatnica, entre outrosprocedimentos modernos. Tambm seguem a mesmatrilha a sua pera Abul, bem como o ciclo de canesLe Miracle de la Semence, sobre texto do simbolistaJacques DAvray (Senador Freitas Valle).

    Merecem citao parte as consideraesa respeito do Trio em f sustenido menor,de Nepomuceno. Avelino Pereira relata que

    Em setembro [de 1916], o trio de piano, violinoe violoncelo formado por Barroso Netto, NicolinoMilano e Alfredo Gomes estreava no salo do Jornaldo Commercio o Trio em f sustenido menor deNepomuceno, obra dedicada quele conjunto musicale saudada por Luiz de Castro como o produtode um compositor que se tornou completamente moderno[grifo nosso] (Pereira, 1995; 304).

    Pereira ainda relata o fato de que os compositoresfranceses Andr Messager (1853-1929) e Xavier Leroux(1863-1919), recm chegados de Buenos Aires,compareceram a esse concerto de 1916. Ao final,ao ouvir o Trio, Messager dirigiu-se Nepomucenodeclarando Vous avez dbut par un coup de matre!(Pereira, op. cit.; 304). Em audio posterior do Trio de

    Luciano Gallet.FUNDAO BIBLIOTECA NACIONAL DIVISO DE MSICA E ARQUIVO SONORO

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    de a formao de muitos desses compositoresbrasileiros ter-se dado no velho continente, seguindo,na maioria das vezes, escolas progressistas.

    Assim, para citar alguns dos mais conhecidoscompositores do perodo, observa-se que LeopoldoMiguez estudou em Portugal e na Blgica; HenriqueOswald, na Itlia; Alexandre Levy esteve na Itliae na Frana; enquanto Alberto Nepomuceno tevea sua formao na Itlia, na Alemanha e na Frana.(Uma boa panormica sobre esse assunto podeser encontrada no artigo Compositores romnticosbrasileiros: estudos na Europa, de Maria Alice Volpe).

    a msica brasileira da escola alem,considerada moderna, afastando-a dolirismo excessivo da escola italiana.Assim, Brahms e Wagner forammodelos em detrimento de Rossinie Verdi. No entanto, os programasmusicais se mantiveram eclticos.Em um futuro no distante, Debussy,Faur, Sant-Sens, entre outros,seriam somados a esse grupo.

    As trocas com a Europa tambmmoldaram o crescente nacionalismomusical brasileiro. No podemosperder de vista que, na poca, a visoeuropia sobre o Brasil afirmavaa impossibilidade de uma nao

    Nepomuceno, Messager declarouque a obra colocava o autor entre osmelhores da msica moderna (Pereira,op. cit.; 305). Darius Milhaudconcordava com essas consideraese estava desejoso da publicao doTrio para lev-lo para a Europa(Pereira, op. cit.; 308).

    Aps essas consideraes, pode-se questionar a pretensoatualizadora, anti-passadista, dosnovos modernos. A gerao decompositores da Primeira Repblicaj se ocupava em manter-seatualizada, j que as trocas coma Europa eram freqentes, alm

    civilizada nos trpicos e ainda por cima miscigenada.(Odlia apud Reis, 2002; 94). Logo, nada mais naturalque, no princpio, os brasileiros imitassem os europeuspara mostrarem que tambm eram capazes e, portanto,civilizados. Como exemplo temos Jos Maurcio NunesGarcia (1767-1830), que comps, entre outras tantasobras, uma Missa de Rquiem considerada obra-prima.Em uma etapa posterior, utilizaram-se temas nativoscom roupagem europia. O exemplo clssico soas peras O Guarani e O Escravo, de Antnio CarlosGomes (1836-1896). Aps, a inspirao viria da msicapopular urbana, eventualmente da popular rural

    ou folclrica, representada pela SrieBrasileira ou o preldio O Garatuja,de Alberto Nepomuceno e pelosTangos, Polcas e Valsas, de ErnestoNazareth. Um grande passo nessecaminho nacionalista foi a odissianepomucena de escrever canessobre poemas em portugus, feito queainda sequer havia se concretizado emPortugal, segundo Viana da Mota.Continuando a migrao dos plos,chega-se ao extremo oposto, ondea msica brasileira se vestiria deacordo com a sua sonoridade nativa,independente da citao folclrica.Foi um dos caminhos trilhados por

    Para se ter em conta o espritodesbravador desses compositores, valelembrar que at por volta de 1880,pera e bel canto eram sinnimosde msica no Brasil e no restanteda Amrica. Foi a partir dessa dcadaque se deu efetivamente a introduoda msica sinfnica e camerstica noseventos musicais brasileiros, tendoMiguez, Oswald e Nepomucenocomo grandes divulgadores.

    As mudanas de meios deexpresso e gosto pretendidos novisaram a substituio da pera pelamsica sinfnica ou de cmera.Tinham como objetivo aproximar

    Alexandre Levy, Sinfonia.Edio da Sociedade Brasileira

    de Musicologia. So Paulo.FUNDAO BIBLIOTECA NACIONAL

    DIVISO DE MSICA E ARQUIVO SONORO

    Leopoldo Miguez. Desenho assinadopor Henrique Bernardelli em 1903.

    FUNDAO BIBLIOTECA NACIONAL DIVISO DE MSICA E ARQUIVO SONORO

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    Villa-Lobos (1887-1959) em obras como os Choros paraorquestra ou nas obras Uirapuru e Amazonas.

    Essa dinmica de concepes nacionalistas no secoloca como pr, proto, ou qualquer outro prefixo tocomum nas categorizaes. So simplesmente visesdistintas de nacionalismo, de acordo com o permitidopelas dinmicas sociais de cada perodo histrico.Da as afirmaes do tipo preocupao nacionalista,para os compositores do perodo aqui tratado,apresentarem-se plenas de preconceito e presasao dogma do futurismo defendido na Semana de 22.Pela mesma razo, o juzo de que faltaria Nepomuceno, Levy e Braslio Itiber da Cunha maiorintimidade com a msica brasileira mostra-seno procedente.

    Parafraseando Mrio da Silva Brito, poderoparecer, ao pblico de hoje, tmidas e, por vezes,desajeitadas as realizaes musicais dessescompositores brasileiros, mais acadmicas do querevolucionrias, mas, ao seu tempo, repercutiamperturbadoramente, eram objeto de discussoe poderiam causar algum escndalo. Mas foi, atravsdelas, que novas perspectivas puderam ser abertase processos mais amplos para a expresso musicalforam conquistados.

    Portanto, o perodo da Primeira Repblica, mostra-

    LUIZ GUILHERME DURO GOLDBERGProfessor de piano no Conservatrio de Msica da Universidade Federal de Pelotas (RS).

    Doutorando do Programa de Ps-Graduao em Msica, Musicologia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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    MIGUEZ, Leopoldo SONATA OP.14, PARA VIOLINO E PIANO. VL.

    Paulo Bossio; Pno. Lilian Barreto. 1998

    OSWALD, Henrique TRIO EM SOL MENOR OP.9. VL

    Elisa Fukuda; Vc. Antnio Del Claro; Pno. Jos Eduardo

    Martins. FUNARTE. 1998

    LEVY, Alexandre SUTE BRASILEIRA. Orquestra Sinfnica Brasileira/

    Souza Lima. Festa

    BRAGA, Francisco TRIO PARA VIOLINO, VIOLONCELO E PIANO

    Trio da Rdio MEC. Funarte ProMeMus

    DISCOGRAFIA

    se uma poca muito rica para a msica brasileira.A eterna atualizao esttica junto com a afirmaoda identidade brasileira, pelo auto-conhecimentode suas msicas nativas (urbanas ou rurais), refletemum perodo mgico, onde reside a essncia doverdadeiro e breve modernismo musical brasileiro.(Chaves, 2000; 140). Na mesma linha reflexiva deCelso Loureiro Chaves, o modernismo musicalbrasileiro ps Semana de Arte Moderna dogmatizou-see virou Nacionalismo Musical Brasileiro.

    Alberto Nepomuceno e a Repblica Musical do Rio de Janeiro (1864-1920). Dissertao (Mestrado em Histria Social). Instituto deFilosofia e Cincias Sociais, Universidade Federal do Rio deJaneiro, 1995.

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    TRAVASSOS, Elizabeth. Modernismo e msica brasileira. Rio deJaneiro: Jorge Zahar, 2000.

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    WISNIK, Jos Miguel. O Coro dos Contrrios A Msica em tornoda Semana de 22. So Paulo: Duas Cidades, 1977.