O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

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Um especial com os conceitos e técnicas essenciais para ser um fotógrafo de topo! 20 NOVOS MANDAMENTOS FOTOGRAFIA DA OS CD-ROM GRÁTIS MACROS FANTÁSTICAS Aproxime-se da natureza e faça magia com a sua câmara EDITAR FOTOGRAFAR Parte 6 Novo Curso de Lightroom Análises em vídeo Guia de Compras CAMADAS DE AJUSTE Melhore os tons e reforce a nitidez das suas imagens Março 2015 Nº 119 Mensal CD-ROM COM NOVO CURSO EM VÍDEO ‘APRENDA LIGHTROOM’ A revista N º 1 * * Dados APCT PORTFÓLIOS TOM STODDART RALPH GIBSON NUNO LOBITO IDEIAS CRIATIVAS PARA FOTOGRAFAR COM ARTE! 10 CONFRONTO 8 OBJETIVAS ULTRAGRANDE ANGULAR

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Revista o Mundo da fotografia

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Page 1: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

Um especial com os conceitos e técnicas essenciais para ser um fotógrafo de topo!

20 NOVOS MANDAMENTOS FOTOGRAFIA

DA

OS

CD-ROM GRÁTISMACROS FANTÁSTICAS Aproxime-se da natureza e faça magia com a sua câmara

EDITARFOTOGRAFAR

Par

te 6

Novo Curso de Lightroom Análises em vídeo Guia de Compras

CAMADAS DE AJUSTE Melhore os tons e reforcea nitidez das suas imagens

Março 2015 • Nº 119 • Mensal

CD-ROM COM NOVO CURSO EM VÍDEO ‘APRENDA LIGHTROOM’A revista N º 1 *

* Dad

os A

PCT

PORTFÓLIOSTOM STODDARTRALPH GIBSON

NUNO LOBITOIDEIAS CRIATIVAS PARA FOTOGRAFAR

COM ARTE!

10

CONFRONTO8 OBJETIVAS

ULTRAGRANDE

ANGULAR

Page 2: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

Rua Dom Afonso IV, Loja 14 2735-223 Cacém

214 039 725 Segundaa Sexta

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Quem somos

O Mundo da Fotografia

Uma etapa a seguir à outra...

Jorge Daniel Lopes

Estamos cada vez mais próximos dos dias solarengos. Já sente as ideias a fluírem? Este mês, aprenda a captar selfies com uma câmara pinhole e a fazer close-ups criativos na natureza.

Nesta edição convidamo-lo a viajar pelos quatros cantos do mundo, sempre guiado pela objetiva deste fotógrafo... Um portfólio que revela uma alma destemida e um olhar documental.

No terreno

Zoom out

O QUE PROMETEMOSPara os leitores Queremos estreitar a relação com o leitor, incentivando à sua participação em várias secções da revista. Envie-nos as suas fotos e sugestões para [email protected].

Para todos Com uma linguagem simples e acessível, dirigimo-nos a todos os amantes da fotografia que pedem soluções práticas e claras, ideias e inspiração. Com muita paixão!

Independente Somos cem por cento independentes. Os fabricantes dos produtos e serviços, bem como os anunciantes, não determinam a nossa linha editorial ou as nossas opiniões.

Com rigor Esta publicação é produzida por profissionais com provas dadas no jornalismo e na fotografia. As opiniões expressas nos nossos testes são baseadas em análises rigorosas e objetivas, com base na experiência no terreno.

N inguém nasce ensinado e no universo da fotografia passa-se exatamente o mesmo: quem está a começar neste

momento anda sempre em busca de conselhos práticos, de explicações e técnicas, de novas ideias, absorvendo conhecimentos e carecendo de informação como "de pão para a boca". E, nesta fase, tudo é mágico – o descobrir de uma nova funcionalidade da câmara, o alcançar de um efeito criativo que teimava em fugir há semanas e até o momento de "gabarolice positiva", quando mostra a sua mais recente fotografia perfeita aos seus amigos... Ora, esta edição da revista O Mundo da Fotografia é dedicada aos fotógrafos que se encontram em plena fase de aprendizagem inicial, já que o nosso tema de capa especial reúne vinte

"mandamentos" essenciais, chamemos-lhe assim, que deve dominar quando o assunto é pegar na câmara e registar os seus assuntos favoritos. Está tudo aqui, passo a passo, etapa a etapa, momento a momento, para que possa construir de forma sustentável o seu percurso fotográfico.

Mas quem já tem experiência nos incríveis meandros da fotografia também encontra nestas páginas muitos atrativos, como sempre, sendo que um dos melhores exemplos é a fantástica entrevista que temos este mês com Ralph Gibson. Inspire-se com a história de vida e fotografias a preto-e-branco deste mestre norte-americano, estão aqui verdadeiras obras-primas...

Jorge Daniel Lopes [email protected]

Como participar

Ficamos sempre surpreendidos com as imagens que os nossos leitores nos enviam todos os meses, sob o mote dos passatempos Missão e Olhares. Participe também, há prémios em "jogo"!

Joana Clara

Nuno Lobito

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LEITORESOnde participar

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Por via digital Use e abuse do nosso endereço de e-mail: [email protected]. Faça-nos chegar as suas opiniões e sugestões, coloque-nos as suas questões, envie-nos as suas melhores fotos para os passatempos Olhares e Missão... Fale connosco!

Edição digital A revista O Mundo da Fotografia já está disponível em formato digital para equipamentos iPhone e iPad. Aceda já à App Store para descarregar a app OMF gratuitamente e tenha todos os meses a sua revista de fotografia preferida na ponta dos dedos.

Por correio Se prefere a via tradicional, pode continuar a comunicar connosco enviando a sua correspondência pelo correio para: Goody – O Mundo da Fotografia, Av. Infante D. Henrique, Nº 306, Lote 6, R/C, 1950-421 Lisboa.

Missão Todos os meses lançamos um novo desafio aos nossos leitores. Esteja atento às temáticas e à data limite de envio (página 89), participe e ganhe prémios. Consulte as regras de participação na secção Passatempos do CD que acompanha a revista.

Olhares Esta é mais uma das secções mensais em que pode participar e ganhar prémios com as suas fotos. O tema é livre, por isso dê asas à sua criatividade. Consulte as regras de participação na secção Passatempos do CD que acompanha a revista.

Facebook A sua revista de eleição está muito bem representada na maior das redes sociais na Internet, em www.facebook.com/omundodafotografia. Faça "Gosto" na nossa página oficial! E siga-nos também no Instagram, em instagram.com/revistaomfd.

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O Mundo da Fotografia

Nesta edição

74 Ralph Gibson: um eterno discípulo de Dorothea Lange e Henri Cartier-Bresson...

40 Nuno Lobito: um portfólio documental repleto de imagens emotivas e marcantes.

Deseja obter resultados de topo? Fique a conhecer os novos mandamentos técnicos e artísticos que farão de si um fotógrafo mais versátil e profissional! Através de um curso intensivo, vamos dar uma vista de olhos aos conceitos básicos da fotografia, ao equipamento essencial e à fase de edição.

E M F O C O

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O Mundo da Fotografia

Nesta edição

Dos leitores

16 Olhares As melhores fotos

enviadas pelos nossos leitores este mês.

82 Missão do mês de

março: vida animal A beleza da fauna pela ótica dos leitores da OMF.

Zoom in

28 Os 20 novos mandamentos

da fotografia! Nesta edição não pode perder um verdadeiro curso intensivo de fotografia. Atente nos "mandamentos" mais importantes desta arte nos dias que correm, no equipamento essencial e na fase de edição. Será um fotógrafo profissional e registará imagens de sonho!

Zoom out

12 Tom Stoddart O portfólio do

nosso enviado especial prima pela prevalência do preto-e-branco em registos documentais.

24 Carlos Brum Melo

Embarque numa viagem pela Lapónia e pela Finlândia. Inspire-se!

40 Nuno Lobito Os registos

de viagens do fotógrafo que já visitou todos os países do mundo.

74 Ralph Gibson Eis um dos mais

conceituados fotógrafos norte-americanos.

Passo a passo

48 Dez ideias criativas

58 Faça close-ups da natureza

62 Cristalize borboletas

num estúdio caseiro

64 Área técnica: tudo sobre

a abertura da objetiva

68 Aprenda Fotografia:

conversões para preto e branco e efeitos split-tone

70 Aprenda Fotografia:

vinhetagem avançada e ajustes de tons e cores em vídeos

72 Photoshop Elements:

edições mais eficazes e não destrutivas com camadas de ajuste

Em análise

92 Samsung NX1 em análise

Conheça o sensor de 20,1 MP desta novidade.

96 Teste rigoroso à Panasonic

Lumix DMC-GM5

100 Compactas com sensores

de grandes dimensões

102 Confronto: oito objetivas

ultragrande-angular

CD-ROM

114 No CD Novo curso

Aprenda Lightroom (6ª parte), vídeo extra de Photoshop Elements, um útil guia de compras em PDF, as melhores imagens dos leitores e vários conteúdos extra em oferta: 12 presets de Lightroom.

E M F O C O

As fotos dos leitores 16 e 82

92 Análise detalhada à Samsung NX1

Aprenda Lightroom Parte 6Efeitos especiais nas suas fotos

As mais eficazes técnicas para fotografar e editar

48 e 68

102 Em confronto: as oito melhores objetivas ultragrande-angular

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Observatório Conheça as novas propostas do mercado da fotografia.

Depois de várias especulações e de vários meses de espera, o Windows 10 foi oficialmente apresentado no passado dia 21 de janeiro. As novidades não param de surgir, à medida que os utilizadores do sistema operativo da Microsoft começam a entrar em contagem decrescente. E a grande maioria já era conhecida, devido à revelação das várias fases de desenvolvimento. Em comunicado, a marca assegura que o Windows 10 suporta a mais vasta gama de dispositivos até à data. Além disso, chega agora ao PC e ao tablet a Cortana, a assistente pessoal digital da Microsoft e rival direta da Siri da Apple. Com ela pode procurar apps, ver fotografias, marcar eventos e enviar e-mails a partir deste sistema de voz! Fique ainda a saber que esta nova versão do Windows 10 está disponível de forma gratuita para quem já tem o Windows 7, 8.1 ou Phone 8.1, um detalhe que a marca espera que agrade aos utilizadores.

windows.microsoft.com/pt

JANELAS ABERTAS PARA O MUNDO

Notícias

Um flash, um transmissor sem fios e um recetor, tudo no mesmo

equipamento? É possível!

A integrar o catálogo da Cactus está o mais recente flash universal sem fios da marca, o modelo RF60 (€ 99), distribuído em

Portugal pela Robisa.

Com um transceiver instalado, este equipamento é, segundo a marca, capaz de receber sinais de disparo a partir de um emissor de flash e disparar sem que seja necessário sincronizar com um recetor externo. Saiba ainda que é compatível com praticamente todas as marcas de câmaras e com o transmissor inteligente V6, com número de guia 183 até ISO 100-105 mm. Manual e com uma faixa de zoom de 24-105 mm, este flash externo “três em um” pode ser expandido até aos 18 mm.

www.cactus-image.com / www.robisa.es/pt

PARA UMA ILUMINAÇÃO EXTRA...

A Cactus tem um novo flash universal “três em um”.

A Pentax deu recentemente a conhecer as novas objetivas integradas na série D-FA: os modelos HD PENTAX-D FA 150-450 mm F4.5-5.6ED DC AW e HD PENTAX-D FA 70-200 mm F2.8ED DC AW. Ambos os modelos usufruem, de acordo com a marca, de um corpo resistente ao pó e a intempéries.

A primeira versão apresenta-se como uma teleobjetiva com uma taxa de zoom de três vezes e com quatro botões AF instalados no barril da própria lente. Por outro lado,

a HD PENTAX-D FA 70-200 mm F2.8ED DC AW faz-se valer de uma abertura máxima de f/2.8 em toda a sua faixa de zoom, o que, segundo a Pentax, oferece uma boa renderização das imagens captadas.

A Pentax apresenta duas teleobjetivas resistentes ao clima.

RESISTENTES ÀS ADVERSIDADES

O Mundo da Fotografia

www.ricoh-imaging.pt

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O Mundo da Fotografia

PARA FOTOGRAFAR À NOITE?Eis uma objetiva ultragrande-angular f/2.8 Tamron inovadora.Sabia que a Tamron apostou no desenvolvimento da primeira objetiva zoom f/2.8 ultragrande-angular com compensação de vibração para reflex full-frame?

Com construção ótica de 18 elementos em 13 grupos, as aberrações cromáticas e as distorções óticas são reduzidas, de acordo com o comunicado da marca. Por outro lado, a referida compensação de vibração é, segundo o fabricante, útil para os amantes de fotografia noturna

e, por isso, mais eficaz em cenários sob fraca iluminação e ao longo de toda a gama de zoom disponível.

Do rol de traços-chave fazem ainda parte a inclusão de um revestimento antissujidade no elemento frontal, assim como a otimização do software

Silkpix Developer Studio, dedicado ao processamento de ficheiros

em formato Raw. Além disso, a Tamron assegura que

este equipamento proporciona efeitos de desfocagem

(o típico bokeh, apreciado por tantos fotógrafos) a uma abertura máxima de f/2.8, assim como focagem automática.

www.robisa.es/ptwww.tamron.eu

Notícias

Os Sony World Photography Awards têm agora uma nova categoria artística dedicada à fotografia... mobile! E é já na edição deste ano que os utilizadores diários de smartphones poderão concorrer. O mote do desafio é “A vida devolve o que se dá” e tem até ao dia 27 deste mês para participar. O vencedor viajará até Londres para assistir à gala do concurso e receberá um pacote Sony Mobile: smartphone e tablet Xperia.

www.worldphoto.org

As teleobjetivas Samyang 135 mm f/2.0 ED UMC (€ 529) e 135 mm Cine T2.2 VDSLR ED UMC (€ 579) são as novidades mais recentes do catálogo do fabricante. De acordo com a marca, o primeiro modelo foi desenhado a pensar nas câmaras full-frame. O fabricante destaca também a criação de efeitos de desfocagem (bokeh) e a orientação para retratos, vida selvagem e fotojornalismo. Já a versão 135 mm Cine T2.2 destina-se, segundo o fabricante, às gravações de vídeo.

www.samsyang-europe.comwww.robisa.es/pt

NOVOS DESAFIOS

NOVIDADE SAMYANG

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Talvez tenha sido a grande novidade da Asus na edição deste ano do CES: dois computadores desktop com apenas 131 milímetros! Sim, o tamanho pode ser um fator atrativo para os apreciadores de equipamentos tecnológicos leves e portáteis. Até o peso e o preço dos modelos VivoMini UN62 e UN42 são reduzidos: um quilo e valores mínimos de € 150. Transportáveis e práticos, a marca garante que estes mini-PC de secretária estão equipados com processadores Celeron, Core i5 e Core i3 da Intel, dispõem de entrada para monitores 4K e apresentam ligações suficientes para três ecrãs trabalharem em simultâneo.

Em comunicado, o fabricante refere que estes modelos estarão disponíveis com quantidades de memória RAM entre os 4 e os 16 GB e capacidades de armazenamento entre 32 e 256 GB.

www.asus.pt

DIMENSÕES REDUZIDASComputadores de secretária cada vez mais pequenos...

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AGORA TAMBÉM EM VERSÃO DIGITAL!

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O Mundo da Fotografia

A Nokia apresentou os novos smartphones da série Lumia: os modelos Lumia 435 e Lumia 532, ambos equipados com o software Windows Phone 8.1. A primeira versão faz-se valer de um ecrã de 4” (800 x 480), processador dual-core Snapdragon MSM8210 a 1,2 GHz, 8 GB de armazenamento, câmara traseira de 2 MP e câmara frontal VGA. Por outro lado, o smartphone Lumia 532 está equipado com o mesmo ecrã de 4” (800 x 480), processador quad-core Snapdragon 200 a 1,2 GHz da Qualcomm, câmara traseira de 5 MP e câmara frontal VGA. Pronto para fotografar!

www.microsoft.com/pt

O início de fevereiro fica marcado pelo lançamento da mais recente câmara de sistema compacto do catálogo da Samsung, a NX500. De acordo com o comunicado de imprensa, a Samsung garante que este modelo tem aspirações profissionais, mais não seja pelo sensor BSI APS-C de 28 MP (“o maior sensor BSI Samsung atualmente disponível”, afirma a marca), pelo processador de imagem DRIMeV e, essencialmente, pela capacidade de gravação de vídeo em 4K UHD. Do rol de características fazem também parte o sistema AF

híbrido, o ecrã 3” Super AMOLED tátil e as tecnologias sem fios com suporte para Wi-Fi, Bluetooth e NFC, que, segundo o fabricante, possibilitam a partilha instantânea de fotografias e vídeos.

Destaque ainda para o design e para a portabilidade: 287 gramas sem bateria e cartão de memória, remata a Samsung!

www.samsung.com/pt

NOKIA TEM SMARTPHONES COM ARTE NO CATÁLOGO

A Samsung NX500 é a nova câmara de sistema compacto que grava vídeos a 4K.

SENSORES DE ALTA RESOLUÇÃO E MUITO MAIS!

A linha EOS da Canon acaba de sofrer uma revolução com a adição das reflex full-frame EOS 5DS e EOS 5DS R... A grande novidade do ano? 50,6 MP! Sim, de acordo com a marca, este é, até à data, o número mais elevado de megapíxeis numa reflex profissional.

“Resolução excecional, capacidade de resposta e durabilidade” são, segundo o fabricante, o mote deste lançamento. A nitidez parece estar também em jogo, uma vez que a Canon incluiu um

filtro de cancelamento low-pass na EOS 5DS R. Ambos os modelos estão equipados com o processador

Dual Digic 6, sistema de AF

avançado de 61 pontos, com 41 pontos cruzados, e ecrã LCD

Clear View II de 8,11 cm e 3,2”.Mas também

a linha de entrada de gama da Canon tem agora dois novos

membros: a EOS 760D e a 750D. Ambas gravam

vídeos em Full HD e têm um sensor de 24,2 MP.

A marca deu ainda a conhecer a objetiva grande-angular EF 11-24mm f/4L USM. Desenhado a pensar na fotografia de arquitetura e interiores, este modelo surge equipado com um revestimento

contra manchas e reflexos.

www.canon.pt

MUITAS NOVIDADES CANON!Apresentadas duas reflex full-frame com 50,6 MP!

Notícias

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O Mundo da Fotografia

Notícias

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Há uma nova câmara no mercado que promete fazer as delícias dos mais aventureiros. A Liquid Image, distribuída em Portugal pela Hama, apresentou recentemente uns óculos para a neve com câmara de vídeo PoV (ponto de vista). De acordo com a marca, o modelo All-Sport é mãos livres e foi desenhado a pensar no registo de ação em desportos radicais como esqui, snowboard e BMX, por exemplo. Inclui leitor de cartões microSD, sensor CMOS de 5 MP e gravação de vídeo 720p a 30 fps.

www.liquidimageco.com pt.hama.com

A Philips adicionou um novo monitor ao seu catálogo: é o modelo IPS-AHVA, com ecrã de 27 polegadas e suporte de cor pré-calibrado para 99% do espaço de cor Adobe RGB e 100% do espaço de cor sRGB.

De acordo com o comunicado de imprensa que recebemos, a marca assegura que este novo equipamento se compromete com a precisão e a fiabilidade das cores, graças ao ajuste de seis eixos PerfectKolor.

Mas as novidades não se ficam por aqui. Em destaque

estão também o sistema de cores de 10 bits, que, segundo o fabricante, reproduz mais de mil milhões de cor em simultâneo, garantindo nitidez e uma paleta de tons naturais, sem gradações ou faixas de cor.

A Philips garante ainda que a tecnologia Flicker Free integrada controla o brilho do monitor através de retroiluminação LED. Este novo monitor da Philips custa 799 euros. www.philips.pt

OPÇÃO RADICAL!

O novo monitor Philips para profissionais faz-se valer da tecnologia Adobe RGB.

PARA UMA REPRODUÇÃO DE COR MAIS FIEL

A Fujifilm apresentou recentemente uma câmara de objetivas intermutáveis premium, a primeira da série X a incorporar um LCD inclinável de 175 graus e um novo sistema AF de deteção de olho para selfies. Falamos do modelo X-A2, que surge equipado com o novo kit de objetiva XC16-50mm F3.5-5.6 OIS II, com uma distância fotográfica mínima de 15 cm para macrofotografia.

Com esta nova câmara, a marca garante que apostou na reprodução de cor, na focagem automática melhorada (inclusão das funções Eye Detection AF, Auto Macro AF e Multi-Target Multi AF) e na resolução.

Da lista de características fazem também parte o sensor APS-C de 16,3 MP e o processador EXR II, que, segundo

a marca, proporcionam uma boa qualidade de imagem. Ainda de acordo com o fabricante, esta câmara oferece efeitos de desfocagem suaves, para retratos e macros mais criativas.

Mas as novidades da série X da Fujifilm não se ficam por aqui. Anunciado foi também o lançamento da versão XQ2, a câmara mais pequena desta gama. Com um formato de bolso, faz-se valer de uma objetiva zoom 4x

F1.8, de um sensor X-TransTM CMOS II de 2/3 polegadas e de 12 MP, de um processador EXR II e de um novo modo de simulação de filme, o

Classic Chrome. Da salientar

ainda a gravação de vídeos em Full HD a 60 fps.

www.fujifilm.eu/pt

COMPACTAS E ARTÍSTICASFujifilm apresenta novos modelos compactos da série X.

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Quais foram as suas maiores influências quando estava a começar?O que me atraiu sobre ser um fotojornalista foi poder contar histórias através das minhas imagens, em vez de apenas ilustrar as histórias de outra pessoas como faz um fotógrafo de jornal. Por isso, foi muito emocionante trabalhar na The Sunday Times Magazine quando Don McCullin ainda trabalhava lá. Ele sempre foi uma grande influência e agora é um amigo. Também admirava bastante o trabalho de Henri Cartier-Bresson e Eugene Smith. Sebastião Salgado também foi outra grande influência para mim, pois deu-me confiança para voltar a fotografar a preto-e-branco...

Qual foi a sua primeira experiência debaixo de fogo intenso?Foi em 1982 e, novamente, há uma ligação

a Don McCullin. Tinha visitado Beirute e o exército israelita estava a bombardear a OLP. Era muito inexperiente e inocente. Por acaso encontrei o Don num bar, começámos a falar e ele sugeriu que saísse com ele no dia seguinte para um passeio.

Durante o passeio, uma bomba de sucção israelita caiu na rua e houve uma enorme explosão. O Don ensinou-me a lidar com este tipo de situação e como comportar-me.Beirute teve um grande impacto em mim. Depois disto, foi difícil voltar a ser um fotógrafo de imprensa normal e voltar a captar fotografias de celebridades.

Ficou gravemente ferido na cobertura do cerco da cidade de Sarajevo, certo?Sim. Nunca tinha ficado gravemente ferido. Cometi um erro. Atravessei campo aberto perto do edifício do parlamento e fui atirado

Viver no fio da navalhaTom Stoddart é um dos fotógrafos documentais mais conceituados e sabe exatamente como é captar imagens no inferno...

PERFIL DO FOTÓGRAFOQuem: Tom Stoddart é um dos fotojornalistas mais respeitados do mundo. Passou por jornais locais no nordeste de Inglaterra, antes de trabalhar no The Sunday Times, na Time e, mais recentemente, na Reportage by Getty Images. É também embaixador oficial da marca Leica.

O quê: “Não sou um fotógrafo de conflito”, confessa. “Sou um fotojornalista interessado em cobrir uma miríade de eventos e de histórias.”

Onde: Este autor trabalhou por todo o mundo ao longo da sua carreira de 40 anos, cobrindo acontecimentos marcantes como a queda do Muro de

Berlim, a eleição de Nelson Mandela e o Cerco de Sarajevo (onde foi gravemente ferido...).

Equipamento: Tom tem usado câmaras Leica durante o seu percurso. Porquê? “É simples”, explica. “Procuro momentos e as Leica permitem trabalhar discreta e silenciosamente, em vez de ter de estar sempre a erguer uma enorme câmara. Quando estou a fotografar em 10 Downing Street, por exemplo, quero uma câmara silenciosa, para que as pessoas esqueçam que estou ali. E as Leica funcionam bem sob pouca luz”. Este autor já usou M2 e a M6, mas agora não larga a M Monochrom. As objetivas que usa são 28 mm, 35 mm

ou 50 mm. “Não utilizo teleobjetivas, pois quero ver os rostos das pessoas...”

Mais informação: www.tomstoddart.com

Enviado especial – Tom Stoddart

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Enviado especial – Tom Stoddart

1 Sivakasi, Índia, 1990O trabalho infantil é utilizado dentro de uma fábrica de fósforos em Sivakasi, onde crianças desde os nove anos se sentam de pernas cruzadas, colocando paus em armações antes de o enxofre ser aplicado.

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Enviado especial – Tom Stoddart

Sempre achei que estavam errados e que também não o iam permitir.

Também fotografou políticos e cobriu a bem-sucedida campanha eleitoral de Tony Blair, em 1997. É uma grande mudança em relação ao trabalho em zonas de guerra…Na verdade, não me considero um fotógrafo de guerra. Cubro uma miríade de histórias. Há uma preocupação doentia com o conflito. Como fotógrafo, procuro pessoas e situações interessantes e passei três meses com Tony Blair, e também com Gordon Brown. Fotografei David Cameron. Adoro ser uma “mosca na parede”, independentemente do que penso acerca da política. A verdade é que tenho bastante tempo para trabalhar com líderes. Os seus horários são extenuantes e todas as decisões são analisadas. E ainda têm de

“Como fotógrafo, deparo‑me com pessoas a criar barreiras. Mas é mais fácil contorná‑las do que atacá‑las de frente.”

por cima de uma parede por uma bomba a explodir. Caí mal e precisei de ser submetido a várias cirurgias.

Então porque é que voltou a Sarajevo?Tive muito tempo para pensar no meu futuro, à medida que passei lentamente de uma cadeira de rodas para muletas e depois bengalas. Quando recuperei, queria tentar de novo; e voltei ao sítio onde fui ferido... Penso que acabei por não sofrer de stress pós-traumático, mas isto não é fácil de perceber. Quando somos feridos, podemos acabar num lugar sombrio. Após algumas semanas, as pessoas deixam de visitar-nos e as mensagens tendem a acabar; é fácil ficar deprimido. Felizmente, recebi mensagens solidárias do fotógrafo da guerra do Vietname Tim Page, que também tinha ficado gravemente ferido em trabalho. Convidou-me para passar um dia com ele, o que me ajudou bastante.

Ficar ferido tornou-me melhor fotógrafo. Não consigo correr depressa, por isso deixo que as situações venham até mim, sou mais observador e estou mais atento aos detalhes. Por outras palavras, vejo mais.

Qual é o local mais assustador onde esteve?Houve tantos. Eu sei que sou um cobarde:

não quero ser ferido ou morto. Qualquer pessoa que diga que não tem medo numa zona de guerra é louca ou mentirosa.Uma das piores situações foi em Goma, no antigo Zaire, em 1994. Milhares de pessoas atravessavam a fronteira para escaparem ao genocídio de Ruanda. Um médico dos Médicos Sem Fronteiras disse-me que havia uma epidemia de cólera. Mais: no dia seguinte havia milhares de cadáveres por todo o lado. James Nachtwey descreveu-o como “uma escada rolante para o inferno”. Foi puro horror!

Já confessou ser movido pela ira nos seus projetos fotográficos. É ira contra as pessoas que estão a matar? Pensa que é difícil manter-se objetivo?É uma raiva interna. Capto as melhores imagens quando estou chateado com uma situação, mas não começo discussões. Como fotógrafo, deparo-me com pessoas a criar barreiras a toda a hora, mas é mais fácil contorná-las do que atacá-las de frente.

É claro que fico irritado por ver crianças a morrerem num hospital mal equipado em África, ou de fome. Porque acontece isto quando há tanto dinheiro no mundo? Tomo partidos. Exemplo: não trabalhei com os sérvios que estavam a cercar Sarajevo.

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O Mundo da Fotografia

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tentar arranjar disponibilidade para viverem as suas vidas privadas, claro.

De que imagem mais se orgulha?É difícil dizer, mas acho que o cerco de Sarajevo foi “o meu tempo”. As imagens ainda me são pedidas, por vezes, e fico orgulhoso por ainda emocionarem as pessoas. Mais de 225 mil pessoas viram algumas das minhas imagens numa exposição em South Bank durante os Jogos Olímpicos de Londres e foi ótimo ouvir os debates. Ninguém sabia que eu tinha tirado as fotos, por isso ficava lá a ouvir uma mãe a explicar aos seus filhos porque é que a criança de uma foto estava faminta, por exemplo. Ouvir as pessoas a falarem sobre as fotos fortalece aquilo que fazemos. Quando envio as fotos para uma revista, não estou lá quando as pessoas as veem na página.

O que é que o futuro lhe reserva?Sinto que os meus dias de cobertura de conflitos acabaram, o que talvez seja bom. Os fotógrafos e escritores são alvos.

Ainda procuro histórias interessantes para fotografar. Neste momento, estou envolvido num projeto para encontrar algumas das pessoas que estavam comigo quando o Muro de Berlim caiu, em 1989.

2 Berlim, 1989A primeira secção do Muro de Berlim é derrubada por multidões de pessoas determinadas, na manhã de 10 de novembro de 1989.

3 Anjar, Índia, 2001Uma mulher espera que chegue ajuda à sua aldeia devastada perto de Anjar, Gujarat, após o terramoto desse ano.

4 Sarajevo, 1992Naturais de Sarajevo procuram abrigo durante um tiroteio em “Sniper Alley”. Tom ficou gravemente ferido ao cobrir o cerco das forças dos Sérvios da Bósnia.

5 Sudão, 1998Uma mãe Dinka e os seus filhos esperam por comida no centro de alimentação dos Médicos Sem Fronteiras em Ajiep, no Sudão do Sul, durante a fome de 1998.

6 Colômbia, 1996Eis as forças especiais colombianas depois de terem feito explodir uma pista de aterragem, usada por cartéis para transportar cocaína de um laboratório de processamento no coração da selva.

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Inspire-se com as fotos dos leitores.

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1 FOTO DO MÊS DE MARÇO

João AlmeidaWistful time...

“Cabo Mondego (Figueira da Foz).”

Canon EOS 5D Mark II; 10 mm;

f/8 a 1 seg.; ISO 100

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Miguel LopesThe door

Sony SLT-A77; 10 mm;

f/5 a 1/125 seg.; ISO 800

2

Temos uma oferta extra para o primeiro classificado: uma conta anual Retina Premium no valor de € 35.

O Mundo da Fotografia

O nosso leitor João Almeida foi o vencedor do passatempo Olhares de março e receberá uma mochila Hama Orlando, no valor de € 44,90, uma oferta Hama.

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O Mundo da Fotografia

César TorresLembranças de outono

“Pequenos cogumelos entre folhas de castanheiro.”

Nikon D90; 180 mm;

f/4.5 a 1/60 seg.; ISO 320

3

Nuno LopesÚltimo pôr do sol de 2014

“Alcochete.”

Canon EOS 550D; 10 mm;

f/11 a 1/2 seg.; ISO 100

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Mário MarquesO metro...

“Passagem do metro na Ponte D. Luís de Gaia para o Porto..

Canon EOS 60D; 70 mm;

f/5 a 1/3 seg.; ISO 100

5

José MelimNum mundo paralelo

“O software de edição pode transformar uma realidade numa irrealidade completa.”

Pentax K20D; 38 mm;

f/5.6 a 1/45 seg.; ISO 200

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“As revistas de fotografia são a pintura mural dos tempos modernos.”Gene Thornton

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Daniel SantosRoda colorida

Canon EOS 1100D; 24 mm;

f/22 a 4 seg.; ISO 400

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Jorge G. SilvaBraços do Zêzere

“Serra da Estrela.””

Nikon D7100;f/10 a 6 seg.

8 António LaranjeiraMonsanto

“Por vezes, há clássicos fotográficos que temos de levar a cabo. Aqui fica o meu postal da Aldeia Histórica de Monsanto.”

Canon EOS 50D; 50 mm;

f/8 a 25 seg.; ISO 100

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Paulo PintoElegância animal

“Uma oportunidade que surgiu. Não hesitei em apanhar esta elegância de fazer inveja a muito ser humano.”

Canon EOS 600D;

f/9 a 1/8 seg.; ISO 100

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Pedro RibeiroWelcome to paradise

“A Ribeira da Pena em plena Serra da Lousã representa um verdadeiro paraíso capaz de prender o olhar.”

Canon EOS 6D; 35 mm;

f/13 a 30 seg.; ISO 50

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Rui HortaFollow the X’s

“Ponte de Madeira na Barragem dos Patudos, em Alpiarça.”

Canon EOS 100D; 50 mm;

f/1.8 a 1/4000 seg.; ISO 160

12

12

Envie as suas fotos para a edição de maio e habilite-se a ganhar uma mochila Hama Orlando, no valor de € 44,90, uma oferta Hama. Será premiado apenas o primeiro classificado do passatempo Olhares.

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Premium no valor de € 35.

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Portfólio temático – Carlos Brum Melo

01

A Finlândia vela uma miríade de segredos nas suas paisagens cobertas de neve. Carlos Brum Melo, açoriano de 29 anos, tem como demanda "eternizar-se naquilo

que vê" e tornar-se na sua própria viagem. Interior, partilhada com o mundo e eterna.

02 Winter colours "Fotografia tirada em Porvoo, a segunda cidade mais antiga da Finlândia. Conhecida pelas suas pitorescas casas de madeira, pelos seus mercados e lojas de decoração natalícia que nesta fotografia se refletem sobre o rio." Nikon D3100; 55 mm; F/5.6 a 1/125 seg.; ISO 200

03 Catch me if you can "Fotografia tirada na Santa Claus Village, em Rovaniemi (Lapónia), com uma criança genuinamente divertida no seu trenó." Nikon D3100; 38 mm;f/4.8 a 1/500 seg.; ISO 3200

Memórias geladas

03

02

01 Frozen movement "Fotografia captada num trilho pedestre em Napapiiri, no Círculo Polar Ártico da Lapónia. Este momento capta o pormenor da neve e o efeito de congelamento dos rios, que nunca deixam de fluir." Nikon D3100; 55 mm;f/11 a 1.6 seg.; ISO 100

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Portfólio temático – Carlos Brum Melo

AS SUAS FOTOS AQUI!Gostaria de ver o seu portfólio fotográfico aqui publicado, para que possa servir de inspiração a todos os nossos leitores? Então envie-nos as suas imagens, sob um tema em particular, para [email protected].

05 Flying reindeer "Fotografia captada na Santa Claus Village, em Rovaniemi (Lapónia), que alcança uma rena ao serviço do Pai Natal e dos seus visitantes." Nikon D3100; 160 mm;f/5.3 a 1/80 seg.; ISO 3200

04 Carousel

"Fotografia de carrossel localizado na Praça do Senado, em Helsínquia, durante

um mercado de Natal. Na fotografia, destaca-se a expressão de uma criança

ao volante de um automóvel antigo."

Nikon D3100; 26 mm;f/4.0 a 1/60 seg.; ISO 400

06 You spin me round

"Fotografia noturna de carrossel localizado na Praça do Senado,

em Helsínquia, durante um mercado de Natal. A fotografia procura

contrastar a magistralidade da Catedral do Senado (ao fundo),

com a energia das crianças e do carrossel numa tarde de inverno."

Nikon D3100; 18 mm;

f/22 a 15 seg.; ISO 100

04

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Veja mais trabalhos de Carlos Brum Melo em: www.flickr.com/photos/carlosbrummelowww.facebook.com/brumphotos

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Portfólio temático – Carlos Brum Melo

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07 Red drop "Fotografia captada na Santa Claus Village, em Rovaniemi (Lapónia), que cristaliza uma gota resultante da neve a derreter." Nikon D3100; 35 mm;f/4.5 a 1/80 seg.; ISO 400

09 Keep your feet on the ground "Fotografia noturna captada em Kamppi, em Helsínquia, tendo como fundo a Capela do Silêncio, que foi originalmente construída para que qualquer pessoa, no meio da rua mais movimentada da capital da Finlândia, pudesse gozar de um momento em tranquilidade. A fotografia transmite a importância de estar sempre em sintonia com todos os elementos." Nikon D3100; 55 mm;f/5.6 a 1/10 seg.; ISO 1600

08 Snow bond

"Fotografia captada em Porvoo, que regista três irmãos que se preparam

para descer um declive acentuado de neve. Procura-se aqui revelar a

criatividade da natureza e do engenho humano, que são capazes de criar

momentos de diversão e laços únicos."

Nikon D3100; 55 mm;f/5.6 a 1/125 seg.; ISO 400

08

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"A Finlândia é muito mais do que o local onde o Pai Natal tem a sua oficina. Neve, florestas, rios, arquitetura, mercados e brincadeiras de crianças evocam um regresso à magia do passado."

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Portfólio temático – Carlos Brum Melo

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10 High roller of light "Fotografia noturna registada na marina de Helsínquia. Capta o movimento de uma roda gigante conjugada com a energia dos automóveis que passavam, demonstrando a dispersão da luminária da cidade e o ritmo que pulsa na cidade.

Nikon D3100; 55 mm; f/7.1 a 5 seg.; ISO 100

11 The Guardian

"Fotografia captada em Porvoo. Este magnífico São Bernardo, Arthos

de seu nome, guardava atentamente os três irmãos do alto do declive."

Nikon D3100; 55 mm

f/5.6 a 1/125 seg.; ISO 200

"Esta viagem de inverno leva-nos a cenários idílicos, numa simbiose que une a natureza com as linhas arquitetónicas, mas também o frio com a vibração dos mercados de natal e dos seus legendários carrosséis."

11

12 Enchanted forest "Fotografia de natureza captada num trilho pedestre em Napapiiri, no Círculo Polar Ártico da Lapónia." Nikon D3100; 38 mm;f/32 a 6 seg.; ISO 100

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Fique a conhecer os 20 “novos mandamentos” da fotografia,

domine-os totalmente e faça sucesso com

a sua câmara...

CONSIGA FOTOS DE TOPO!

CURSO INTENSIVO DE FOTOGRAFIA

Os novos mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

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Os novos mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

Não há melhor sensação do que tirar uma câmara digital da caixa, certo? Após carregar a bateria e prender a alça, está pronto para começar

a fotografar... Se foi um anterior utilizador de câmaras compactas, todos os botões e controlos de uma reflex podem parecer intimidantes, mas nada tema – é aqui que nós entramos! Estão aqui os pontos mais importantes da fotografia de hoje em dia, sob a forma de um curso intensivo. Tudo

para que possa num ápice passar de principiante a conhecedor dos princípios vitais da arte de desenhar com a luz! Além destas regras essenciais, também olhamos para alguns acessórios obrigatórios e mostramos-lhe como criar um sistema de gestão de ficheiros e trabalhar com os melhores programas de edição de imagem. Se já domina estes conceitos, não há problema: encare-os com uma prática atualização. Vamos então começar, prepare-se...

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O PONTO DE PARTIDA!As definições que transformam as suas imagens.

Antes de efetuar o primeiro disparo, tem de definir

a qualidade de imagem. A maior parte das reflex e CSC têm duas opções. O JPEG é um formato de ficheiro de imagem reconhecido pela maioria dos computadores, tablets e smartphones. Os ficheiros não ocupam muito espaço, o que é ótimo para publicar imagens no Facebook ou Flickr numa questão de segundos. Só que em JPEG a câmara processa e comprime o ficheiro, ou seja, terá menos controlo sobre o resultado final.

Já o formato Raw é uma opção mais vantajosa. Os ficheiros contêm todos os dados da imagem não processados. Terá de processá-los no computador antes de partilhar.

Visto que os dados dos ficheiros Raw não são processados, a imagem não fica com tão bom aspeto ao sair da câmara, mas dá-lhe muito mais flexibilidade para a aperfeiçoar no computador. E um ficheiro Raw ocupa mais espaço do que um JPEG no cartão de memória. Escolha a qualidade mais elevada do formato Raw disponível na sua câmara.

Escolha um espaço de cor O espaço de cor é uma representação das cores sob a forma de números, para que dispositivos digitais possam guardar dados de imagem. As câmaras entusiastas e profissionais têm dois espaços de cor: sRGB e Adobe RGB. Este capta uma gama de cor maior, permitindo à câmara reproduzir tons mais vibrantes e saturados. Mas, se fotografar em sRGB, as cores podem ser menos exatas.

Selecione o modo de disparoUm modo de disparo é uma forma rápida de ditar o comportamento da câmara: o que ela faz sozinha e o tem de definir “à mão”. Os modos estão no seletor do painel superior. Evite os automáticos: assim não poderá fotografar em Raw e terá menos controlo nas seleções. Os modos Programa, Prioridade ao Obturador, Prioridade à Abertura e Manual dão-lhe mais flexibilidade.

Definições personalizadasMuitos fotógrafos gostam de adequar os controlos da câmara às necessidades. Os profissionais, por exemplo, costumam mudar a função do botão AF-ON para a focagem principal. A maior parte das câmaras vêm definidas para focar quando pressionamos o botão do obturador até meio; usar o AF-ON é particularmente eficaz ao fotografar ação com movimentos céleres.

Os novos mandamentos da fotografia mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

A s câmaras digitais variam em design e especificações,

mas incluem funções comuns. Acima das compactas baratas, existem dois tipos de câmara na gama de preço da maioria das pessoas: reflex e CSC.

Uma reflex tem espelho incorporado. Quando capta uma fotografia, o espelho afasta-se para que a luz possa chegar ao sensor e assim registar a imagem. O espelho permite ver o que a objetiva contempla quando olha pela ocular. Em alternativa, pode usar a função Live View para pré-visualizar a imagem no ecrã traseiro da câmara.

A principal diferença entre uma CSC e uma reflex é que a primeira não tem espelho, por isso não inclui ocular ótica. Pode pré-visualizar as fotografias numa pequena ocular eletrónica ou num ecrã traseiro maior.

Ao ligar a câmara pela primeira vez, esta usa as definições de fábrica. Assim, antes de sair para o terreno, verifique se escolheu as definições adequadas e o formato correto.

PREPARE-SE Deixe a sua câmara pronta a disparar.

Em cima Certifique-se que ajusta a câmara para fotografar em formato Raw, para captar o máximo de informações quando pressiona o botão do obturador.

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Modos de mediçãoCada objeto emite uma certa quantidade de luz. A sua câmara precisa de calcular a diferença de luz em diferentes áreas para ajudar a obter a exposição certa. Para isso, usa o sistema de medição. A sua câmara dispõe de vários sistemas de medição, para diferentes situações.

Ler um histogramaO histograma é um gráfico de toda a gama de luz e sombras de uma imagem captada. O lado direito representa luz; o esquerdo, sombras. Se o seu histograma estiver concentrado num dos lados, perdeu detalhe na imagem e deve tentar definições de exposição diferentes.

Sobre- ou subexposto?Se a imagem for demasiado clara, está sobre-exposta; se for bastante escura, está subexposta. A compensação de exposição pode acrescentar ou retirar claridade, conforme os resultados. O medidor de luz no ecrã ou na ocular dá-lhe uma ideia de como a foto irá ficar.

Abertura amplaNa abertura mais ampla (o valor de f/ mais reduzido), só uma pequena parte do que a câmara vê é focada. É bom para retratos, por exemplo: manter o assunto nítido e desfocar o fundo resulta num efeito fantástico.

Gama médiaAo subir o valor de f/, a abertura torna-se mais reduzida e a quantidade de luz que acaba por chegar ao sensor começa a diminuir aos poucos. Além disso, uma maior porção da sua imagem ficará focada.

Abertura reduzidaA seguir a f/11, está em território nítido! Da frente para trás, quase tudo fica focado. As aberturas reduzidas são ideais para captar grandes cenas (como paisagens), em que quererá que toda a imagem fique perfeitamente nítida.

Os novos mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

Aabertura é um orifício dentro da objetiva pelo

qual a luz passa até chegar ao sensor. O tamanho da abertura controla quanta luz entra. A abertura é medida em números de f/. Definições reduzidas de f/ abrem o orifício para que menos luz seja necessária para obter uma boa exposição; com f/ altos, o orifício fica mais pequeno e é necessário mais luz. A abertura também afeta quanto da imagem fica focado…

O s fotógrafos usam o termo exposição para avaliarem o quão clara ou escura fica uma imagem. O seu objetivo deve ser que

todas as fotografias que capta tenham uma exposição equilibrada. Pense na exposição como uma escala: tem de harmonizar diferentes elementos (já lá vamos...) para obter uma exposição uniforme. Se maximizar um elemento, os restantes poderão ter de diminuir.

ABERTURA A profundidade de campo controlada.

EXPOSIÇÃO ADEQUADAVeja como pode usar as funções da sua câmara para obter resultados mais realistas.

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f/16f/8f/2.8

Em cima Ao ajustar as configurações da câmara, e com um pouco de tentativa/erro, pode obter uma boa exposição e detalhe.

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Oobturador é uma peça mecânica do corpo da câmara

que abre e fecha para deixar a luz passar até ao sensor. Se a abertura da objetiva controla quanta luz entra, o obturador controla durante quanto tempo consegue chegar ao sensor.

As velocidades de obturação podem ser medidas em segundos ou, mais comum, frações de segundos. Com uma velocidade rápida – por exemplo 1/500 seg. –, o assunto provavelmente não terá hipótese de mover-se muito, por isso ficará “congelado” no tempo. Com uma velocidade lenta, de um segundo, é provável que o assunto se mova, e qualquer movimento na cena será registado como um arrasto.

Contudo, pode usar isto a seu favor. Se fotografar água em movimento numa paisagem com uma velocidade baixa, por exemplo, o arrasto da água dá-lhe uma aparência leitosa agradável na imagem final. Mas nem só o assunto se pode mover, a câmara também, e assim desfocar a cena. Assim, ao usar uma baixa velocidade de obturação, é importante montar a câmara num tripé, para que fique estável. Pode fotografar com a câmara na mão desde que use uma velocidade a partir de 1/60 seg.

DOMINE A OBTURAÇÃO!Controle a velocidade de obturação para captar movimento ou congelar a ação.

Os novos mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

À direita Velocidades altas permitem congelar a ação e manter toda a imagem nítida.

ABOVE A slow shutter speed will blur any movement in the scene - for example the clouds and sea in this image are smooth.

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GélidoNa maior parte das situações, o sistema Auto White Balance funciona bem durante o dia, mas se a imagem ficar um pouco azul, como neste exemplo, experimente mudar para a opção Daylight.

EquilíbrioEm termos de equilíbrio de brancos, a sua imagem deve ter uma aparência natural. A forma mais fácil de saber se o equilíbrio de brancos está correto é verificar as partes claras e brancas da fotografia.

CálidoSe a imagem parecer quente, é provável que esteja a fotografar sob luz de tungsténio. Esta lâmpada de interiores produz um tom laranja. A definição Tungsten WB adiciona azul, para compensar.

Os novos mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

Pegue numa camisa branca e observe-a em diversas

situações: dentro de casa, no exterior à sombra e sob sol intenso. Irá reparar que os brancos são subtilmente diferentes em cada local. Nenhum é branco “puro”: cada um é afetado pela cor da luz dominante. Para que as cores sejam precisas, o equilíbrio de brancos da câmara ajusta a gama de cores geral para tentar que o branco da imagem seja semelhante ao branco que os seus olhos percecionam. Pode usar o modo automático, mas este, por vezes, avalia mal as leituras e confere um matiz global, ou uma dominante de cor. Evite isto: escolha entre  as opções que ajustam o equilíbrio de brancos às condições de luz comuns.

A sensibilidade ISO da câmara é o terceiro elemento que pode ajustar para obter

uma exposição equilibrada. A abertura controla quanta luz chega ao sensor, e a velocidade de obturação controla o tempo em que a luz chega ao sensor. O ISO controla a sensibilidade do sensor – de quanta luz precisa para captar uma imagem. Aumentar o ISO permite ser mais flexível com a abertura e a velocidade, o que pode ser útil com luz fraca, para tornar o sensor mais sensível à luz. Mas a qualidade de imagem pode começar a degradar-se...

BRANCOS AINDA MAIS BRANCOS Evite dominantes de cor que arruínam as imagens ao tentar dominar o equilíbrio de brancos.

SEJA MAIS SENSÍVEL Controle a reação da câmara à luz através da sensibilidade ISO.

À direita Se aumentar o ISO, a reflex precisará de menos luz para captar uma imagem – embora isso possa acarretar “ruído” visual.

ISO6400

ISO200

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Aobjetiva da sua câmara capta a luz de que o sensor de imagem

precisa. E uma grande vantagem das reflex e das CSC sobre as compactas mais acessíveis é que pode trocar de objetiva para obter resultados diferentes. Visite uma loja de fotografia e verá a enorme variedade de tamanhos e extensões de objetivas que está disponível! A principal diferença entre todas as objetivas é a distância focal. Trata-se da distância entre o centro ótico de uma objetiva e o sensor de imagem com a objetiva focada no infinito. Há objetivas de distância focal

fixa, mas as zoom permitem ajustá-la.Mudar a distância focal gera dois

efeitos visíveis: ao subir a distância focal, o campo de visão diminui e a objetiva capta uma porção menor. Assim, uma baixa distância focal é boa para paisagens, em que se pretende captar uma vista ampla, ao passo que uma distância focal alta é boa para situações em que pretende enquadrar no detalhe mais importante.

Também existem objetivas especializadas para tipos de fotografia invulgares, como objetivas macro, para objetos minúsculos.

Objetivas zoomUma objetiva zoom tem uma distância focal variável, dando-lhe mais flexibilidade. As mais acessíveis têm uma abertura variável, isto é, a gama de abertura altera à medida que ajusta a distância focal. Na objetiva aparece assim: 1:3.5-5.6. Uma objetiva zoom com gama de abertura fixa é dispendiosa.

Distância focal fixaEstas objetivas têm uma gama de abertura consistente e aberturas mais amplas. Isto é bom para fotografar retratos e para criar um efeito de plano de fundo desfocado. As distâncias focais mais populares para objetivas de retratos são 35 mm, 50 mm e 85 mm. Fique a saber que também há teleobjetivas fixas para fotografar desporto ou animais.

EspecializadasAs objetivas zoom e de distância focal fixa são versáteis o suficiente para utilizar em diversos géneros de fotografia. Se pretende dedicar-se a um estilo específico, invista num modelo de nicho. Para arquitetura, uma objetiva basculada pode valer a pena. Para close-ups, as versões macro captam objetos mais reduzidos.

400 mm(DFE: 600 mm)

200 mm(DFE: 300 mm)

135 mm(DFE: 200 mm)

60 mm(DFE: 90 mm)

30 mm(DFE: 45 mm)

18 mm(DFE: 27 mm)

10 mm(DFE: 15 mm)

Grande-angular a teleobjetivaSabia que as objetivas grande-angular têm distâncias focais mais curtas, e que as teleobjetivas disponibilizam distâncias focais longas?

Os novos mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

Àmedida que vai dominando a sua câmara, sente que

está a tirar o máximo partido da objetiva e começa a pensar em comprar uma segunda, para ter mais opções criativas. E a esta altura já deverá estar inclinado para um género fotográfico, o que determinará o tipo de objetiva que deverá escolher. Digamos que fotografa paisagens: talvez valha a pena comprar uma grande-angular de 10–22 mm. Já na fotografia de vida animal, uma teleobjetiva zoom de 400 mm aproxima-o de assuntos distantes. Outra opção é uma objetiva de distância focal fixa, como uma 50 mm. Por norma, este género de objetiva oferece uma melhor qualidade de imagem do que as zoom de preço equivalente. O compromisso é menos flexibilidade no que toca a compor as suas fotografias.

ESCOLHA A OBJETIVA CERTA Adquira a objetiva mais adequada aos seus assuntos e capte imagens deslumbrantes.

ENCONTRE O SEU FOCO As objetivas ajudam a captar a sua cena. Mas porquê tantos tamanhos diferentes?!

Enquadramento amplo vs. fechado A sua objetiva tem uma distância focal (ou uma gama) marcada, mas a câmara pode afetá-la. Em algumas reflex de entrada de gama tem de multiplicar a distância focal da objetiva por um valor para obter a distância focal efetiva (DFE). As imagens ficam com um enquadramento mais fechado do que se utilizar a mesma objetiva noutra câmara, por exemplo.

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Autofoco simplesSe selecionar o ponto de foco terá um maior controlo sobre o resultado final. Fique a saber que o autofoco simples permite-lhe selecionar um ponto da grelha AF, utilizando o controlador das costas da sua câmara. Veja pela ocular que ponto está destacado. É simples!

Seguimento contínuoAo fotografar ação, experimente mudar a câmara para o modo de foco Contínuo. Numa reflex Canon, chama-se AI Servo; numa Nikon, AF-C. No modo Contínuo, a sua câmara segue o assunto enquanto tiver o botão do obturador pressionado até meio. Não tem nada que saber!

Focagem manualSe tudo o resto falhar, use o foco Manual. Funciona melhor com a câmara montada num tripé e a fotografar um assunto estático ou uma paisagem. Use a função Live View da câmara, faça zoom no ecrã traseiro e verifique o foco para assegurar resultados fidedignos. Seja criativo!

Pontos de focoUma vista ampla perde o interesse se nada chama a atenção. Procure pontos de foco mais fortes, como edifícios, árvores ou rochas.

Linhas-guiaProcure linhas que guiem o olhar até ao assunto principal no plano de fundo da imagem, como a mesa e o fundo nesta fotografia.

Regra dos terçosImagine a cena dividida numa grelha de 3x3 e posicione o assunto sobre um dos pontos. Isto ajuda a equilibrar a imagem.

O Mundo da Fotografia

Os novos mandamentos da fotografia

Aprender sobre composição é uma das melhores formas de melhorar a

sua fotografia. Muitas vezes é aquilo que lhe parece bem, mas existem imensos truques e regras que podem ajudá-lo a obter resultados de topo. Estas regras não são o que é certo e errado: são princípios que deve experimentar, para obter uma composição mais agradável…

O sistema de focagem da sua câmara é composto por uma grelha de pontos e qualquer um pode

ser o ponto de foco principal. (As câmaras mais avançadas têm mais pontos). Ao usar a câmara pela primeira vez, ela está definida no modo de autofoco (AF), em que deteta onde pretende que ela foque, com base no que perceciona ser o assunto principal da cena.

Embora seja prático, a câmara poderá não ser sempre precisa e selecionar o ponto AF errado. Por isso, dispõe de uma variedade de opções para que possa selecionar o melhor modo para a tarefa que tem em mãos…

VISTA PERFEITA Conheça as regras de composição básicas.

FOCO PERFEITO Aplique uma focagem certeira para captar imagens nítidas.

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O refletor é um acessório simples e acessível que ajuda a melhorar as imagens. Resulta

bem numa miríade de situações, desde aclarar retratos até realçar as suas macros mais apelativas.

O melhor refletor em que pode investir é um “cinco em um”, que tem cinco lados alternativos para usar em diferentes cenários fotográficos. Para refletir a luz no assunto, existem três opções: branco, prateado e dourado. O lado branco é mais subtil, ao passo que os lados refletivos prateado e dourado irradiam mais luz.

Embora uma das principais funções de um refletor seja fazer incidir a luz nas sombras, também pode usá-lo para bloquear ou difundir luz do sol intensa.

Os novos mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

Fotografia significa luz. E há muitos tipos de iluminação a ter em conta. A luz

natural é a mais fácil de trabalhar, embora também exija muitas considerações.

Os fotógrafos tendem a classificar a luz em dois aspetos: dura e suave. A luz dura vem de fontes pequenas ou muito fortes; a luz suave é difusa e mais fácil de trabalhar.

E a chamada hora dourada é um termo recorrente: trata-se da luz suave do início e do fim do dia. É particularmente

importante para fotógrafos de paisagens que pretendam captar cenas deslumbrantes ao ar livre. Também pode fazer excelentes retratos quando o sol começa a pôr-se. Retroilumine o seu assunto contra o pôr do sol e confira uma aura quente à imagem.

Claro que nem sempre terá uma luz do sol espantosa com que trabalhar. Os dias cinzentos com céus carregados de nuvens geram uma luz baça. Mas é muito mais fácil expor nestas condições:

não existe uma enorme diferença entre os valores de exposição das altas luzes e as sombras da cena, o que pode ser problemático em dias limpos. A luz baça pode ser fantástica para fotografar paisagens ou retratos a preto-e-branco.

Também pode fotografar com luz natural em interiores, por exemplo. Posicionando o assunto junto a uma janela grande, obterá uma luz direcional suave com que é mais fácil de trabalhar.

HAJA LUZ! Aproveite a luz natural e deixe o seu talento fotográfico brilhar.

LUZ REFLETIDA Faça a luz refletir nas sombras, para que o modelo cause mais impacto.

Em cima Ao início e ao fim do dia ocorrem as horas douradas, em que a luz é suave e os céus espetaculares.

Em cima Um refletor abaixo e ao lado do rosto de um modelo reflete a luz do sol, para reduzir sombras carregadas. Até pode pedir ao modelo que segure nele, para que se concentre na fotografia!

Em cima Em retratos, retroiluminar o modelo em luz suave confere calor e cria um agradável efeito de halo no cabelo.

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Os novos mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

O flash e a luz natural não são as únicas fontes de luz com que pode trabalhar.

E existe uma grande variedade de produtos de iluminação no mercado, desde holofotes de estúdio até painéis LED. Se acabou de comprar uma reflex ou uma CSC, investir em luzes de estúdio pode ser “ambicioso”, mas os painéis de LED são uma excelente e fácil forma de conferir luz adicional. Existem modelos de várias dimensões e designs, desde painéis planos a um flash anelar para fotografia macro.

Também é possível iluminar imagens à noite com uma lanterna. Defina uma longa exposição e aponte a lanterna ao assunto. Pintar rochas com luz no escuro é uma ideia eficaz e divertida.

Épossível que a sua câmara tenha um flash incorporado

para dar luz a uma imagem. Estes são práticos, mas têm as suas limitações. Se o assunto estiver muito perto, o flash é forte e o plano de fundo pode ficar escuro. Mas, se o assunto estiver afastado, o flash pode não ser forte o suficiente, resultando numa imagem subexposta. Muitos fotógrafos usam raramente o flash incorporado, preferindo um flash externo. E pode controlar o flash externo com o flash incorporado na câmara. Ou terá de investir num sistema de disparo remoto... Talvez pense que o flash apenas é necessário em condições escuras, mas pode não ser bem

assim. O flash pode dar imenso jeito quando a trabalhar sob luz do sol forte, em que preenche sombras distrativas e faz o seu assunto destacar-se do plano de fundo.

OUTRAS FORMAS DE ILUMINAÇÃO São muitas as opções para iluminar uma cena.

PODER DO FLASH Acrescente luz extra para intensificar as fotografias.

Em cima Um flash é uma ótima ferramenta para controlar onde a luz aparece nos seus registos fotográficos. O flash externo (à direita) é o que lhe dá mais opções.

Em cima Experimente fontes de luz alternativas, para fotos mais criativas. Aqui projetámos uma imagem sobre a modelo.

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Embora a gestão de ficheiros não pareça o tópico mais

interessante, é essencial para se tornar um fotógrafo bem-sucedido. Se capta fotografias diária ou semanalmente, rapidamente ficará com o disco rígido cheio, o que irá tornar o seu computador mais lento. E se tem imagens espalhadas por toda a parte será muito difícil apanhar-lhes o rasto, para editá-las posteriormente.

Cada fotógrafo adapta um sistema de fluxo de trabalho às suas necessidades. Por exemplo, sempre que possível, a maior parte grava todos

os ficheiros Raw. Os discos rígidos externos são uma ótima solução, e que oferece imensa capacidade de armazenamento pelo que custa.

Para criar uma solução de armazenamento, existem programas que o ajudam a percorrer e a editar as suas imagens. Mais à frente falaremos dos principais, para que possa decidir por si qual deles satisfaz as suas necessidades. Embora os fotógrafos iniciados possam recear o lado de edição e processamento da fotografia, se não processar as suas imagens não

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conseguirá aprimorá-las ao máximo.A forma mais rápida e fácil

de descarregar as imagens da câmara para o computador é recorrer a um leitor de cartões de memória, mas antes de comprar um, verifique se o seu computador já tem um incorporado. Na verdade, também pode ligar a câmara ao computador através do cabo que vem na caixa.

Palavra-chave e pontuaçãoAo rever as suas imagens, a maior parte dos programas dá-lhe a opção de as pontuar e ordenar. Este é um bom hábito a adquirir no início do processo de edição, para não perder uma boa foto. Outra boa prática é atribuir palavras-chave às imagens, pois ajuda a encontrar um tema ou um estilo de imagem mais tarde.

Discos rígidosCom a evolução da tecnologia, o preço dos discos rígidos desceu significativamente. Hoje pode comprar uma unidade de 2 TB por menos de € 100, por exemplo. Mas os discos rígidos usam partes mecânicas que podem avariar, por isso guarde sempre cópias de tudo. Já os SSD são mais rápidos e fiáveis, embora caros.

Armazenamento onlineSe trabalha em vários computadores ou pretende fazer mais um backup das suas imagens, o armazenamento online é atualmente um método eficaz. Serviços como a Dropbox e a iCloud permitem-lhe trabalhar nas suas imagens guardando as originais online. A maioria disponibiliza espaço gratuito, para experimentar.

Os novos mandamentos da fotografia

O Mundo da Fotografia

E xistem programas de computador que o ajudam a organizar as

suas imagens. Os mais populares são o Lightroom, Bridge e Elements Organizer.

Quer use um programa ou simplesmente o sistema operativo do seu computador, é boa ideia adquirir o hábito de classificar as imagens sob um sistema de pastas. Alguns fotógrafos gostam de organizá-las por data, outros por tema. É indiferente, desde que o compreenda na totalidade!

ORGANIZADORES DE FOTOSNunca mais perca uma preciosa fotografia!

Em cima Na era da fotografia digital, um computador é essencial para armazenar e processar imagens.

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GERIR FICHEIROSCrie o seu próprio método e organize as suas imagens!

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Adobe Camera RawO ACR é um plug-in de edição Raw que vem com alguns programas da Adobe, como o Photoshop e o Photoshop Elements. Com ele pode recuperar detalhe de exposição e das altas luzes. Tem ainda a opção de fazer ajustes de exposição selecionados, recortar e converter para preto-e-branco.

Adobe LightroomPara muitos fotógrafos o Lightroom é a forma mais rápida e eficiente de percorrer e editar imagens. O módulo Develop permite processar ficheiros Raw e até processar em lote, para poupar tempo. www.adobe.com/lightroom

Adobe Photoshop CCO Photoshop CC é um excelente programa de edição de imagem. A vantagem de usar o CC e o sistema Creative Cloud é que pode atualizar o software sempre que possível. Tem de estar online para fazer as atualizações, claro. www.photoshop.com

Software gratuitoSe tem um orçamento limitado, a Nikon e a Canon têm software gratuito com as respetivas reflex. O Canon DPP e o Nikon ViewNX2 permitem editar ficheiros Raw, fazendo ajustes a definições como a exposição e o equilíbrio de brancos. www.canon.com; www.nikon.com

E as impressoras?As mais recentes impressoras a jato de tinta ou de sublimação produzem boas cores. Procure as chamadas impressoras fotográficas e compre papel fotográfico, para conseguir os melhores resultados.

Partilha onlineExistem muitos sites de partilha de imagens. O Flickr (flickr.com) é muito popular, mas, se quiser entrar no mercado profissional, o Behance (www.behance.net) permite-lhe criar um portfólio online.

O Mundo da Fotografia

E xistem muitas formas de partilhar as suas imagens com amigos e família. Crie uma galeria online

e convide-os a visitá-la. E porque não as imprime em alta qualidade?

Para editar as suas imagens, existem inúmeros programas eficazes.

Mas há um que se destaca entre todos... O plano Creative Cloud Photographer da Adobe inclui as versões mais recentes do Photoshop e do Lightroom, o que vale a pena se pensa dedicar-se a sério à fotografia. Além de poder organizar e percorrer todas as imagens de forma célere, ainda tem ao seu dispor um bom conjunto de ferramentas de edição de imagem. Também vale a pena instalar o Adobe DNG Converter, que é gratuito. E pode converter ficheiros Raw para o formato DNG, que é reconhecido por uma grande variedade de programas atuais.

IMPRIMIR E PARTILHAR Não deixe as imagens no disco rígido...

SOFTWARE DE EDIÇÃO Processe os seus ficheiros Raw no computador.

Fique orgulhoso!Um conselho que serve de motivação extra e que vem no seguimento do “mandamento” anterior: pegue na fotografia de sua autoria de que mais gosta, imprima-a e coloque-a na

parede de sua casa... Resulta!

Por fim, a ideia é simples: fotografe! Só experimentando e tentando

sem receios conseguirá fotos perfeitas...

FOTOGRAFAR! Sempre, sem parar...

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Nuno Lobito

Perfil – Nuno Lobito

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O impossível não ocupa lugar na vida deste fotógrafo e viajante. Conheça um cidadão do mundo e as suas inspiradoras recordações.

* Fotógrafo, budista e viajante, nasceu na Costa da Caparica, em 1965.* A sua especialização na área da imagem começou na Ar.Co, em Lisboa.* Trabalhou como fotógrafo profissional no Diário de Notícias.* Viveu na Amazónia e em Madagáscar, conheceu Dalai Lama e registou imagens de cenários de guerra.* No dia 11/11/2011, aos 47 anos, alcançou um dos maiores feitos da sua carreira: visitara 193 países das Nações Unidas, mais 11 auto-proclamados independentes.* Tem várias obras publicadas em Portugal: O Caminho Faz-se A Andar (2014), O Mundo aos Meus Olhos (2010), Sons do Silêncio (2008), Amazónia Oculta (2000) e Goa o Traje (1990).

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Perfil – Nuno Lobito

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“Através das minhas fotografias de viagens, gosto que as pessoas se consigam transportar para o local, perceber

a cultura, a gastronomia, a arquitetura, e, no fundo, um pouco de tudo, para que possam entender o país que estou a fotografar”, partilha Nuno Lobito, 49 anos, o fotógrafo que deu a volta ao mundo. Não precisou de 80 dias, como o protagonista de uma das obras mais emblemáticas de Júlio Verne. Talvez nem a vida inteira chegue para sorver toda a intensidade dos quatro cantos do mundo. Mas este autor soube como fazê-lo mansamente, sentindo cada detalhe com uma sensibilidade inebriante. Nem todos se podem gabar de terem conseguido visitar 193 países reconhecidos pela ONU, mais 11 autoproclamados independentes,

aos 47 anos. Um marco extraordinário, que colocou Nuno num dos lugares cimeiros da tabela dos mais viajados do mundo, de acordo com o site Most Traveled People. “Visitei todos os países do mundo no dia 11/11/2011. Sou o único português a ter conseguido tal feito. Talvez esse é o momento que me marca mais a nível de fotografia e de viagens. E essa minha preferência sobre viagens tem uma vertente pedagógica, o que faz com que os mais novos sigam também o meu caminho. Completo 50 anos este ano e já vou nisto há uns 30”, partilha com a equipa da OMF.

EXPLORADOR DESTEMIDOViveu cinco anos na Amazónia, no seio de tribos indígenas, e outros tantos em Madagáscar. Um dos seus maiores sacrifícios prendeu-se com o facto de ter andado dois anos numa piroga, a navegar

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O Mundo da Fotografia

“Visitei todos os países do mundo no dia 11/11/2011. Sou o único português a ter conseguido tal feito.”

sem rumo, a fotografar com uma Leica M6 e, mais tarde, a lutar para que o seu segundo livro fosse publicado. Teve o privilégio de conhecer pessoalmente Sua Santidade Dalai Lama e de documentar cenários de conflito armado. Tem uma alma destemida, um coração valente e uma vontade inesgotável de captar a imensidão do planeta Terra através dos olhos das pessoas que se cruzam na sua vida. Aprecia o retrato, esse género fotográfico dominado na perfeição por poucos, mas com tantas histórias à espera de serem contadas. “Sempre gostei de

pessoas. Os meus registos sempre foram pessoas. Ainda hoje as pessoas fazem parte do meu mundo. Aliás, o meu penúltimo livro, O Mundo aos Meus Olhos (2010), retrata exatamente 150 imagens em 111 países. E 90% são pessoas! As pessoas são os registos fotográficos de que mais gosto”, confessa. Considera-se um “cidadão exemplar e disciplinado”. Orgulha-se das suas conquistas, das suas rotas, dos seus carimbos, das suas memórias felizes.

A sua primeira câmara, uma Canon F1 inteiramente manual, foi um presente dos pais. A sua existência começava a ter um propósito, o de aprender a fotografar. Os primeiros passos na arte de desenhar com a luz foram dados na Ar.Co, em Lisboa. Nuno Lobito tinha cerca 16 anos e um cofre repleto de sonhos. “Comecei a trabalhar em fotografia a preto-e-branco, em filme. E depois fui aprendendo a tratar

EQUIPAMENTO“Tenho três Leica. Utilizo uma Leica M8,

uma Leica M6 e uma Leica Digilux 3. E tenho a minha Sony a99. Fui patrocinado pela Leica durante imensos anos. Hoje já não sou, mas estive há pouco tempo na exposição dos cem anos, em Famalicão. A Leica é a melhor marca! As objetivas são feitas com areia do deserto do Sinai, o que faz com que a pureza ofereça um excelente recorte.”

Perfil – Nuno Lobito

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“Inspiro-me em mim, porque nós somos aquilo em que acreditamos. Sou budista e de convicções fortes.”

e a escolher o meu papel, o meu filme com Asa, o meu revelador e, no fundo, a perceber que tipo de fotografia é que gostava”. A arte fotográfica escolheu Nuno como seu mentor e ele deu-lhe asas, para poder ser livre, voar em direção ao coração daqueles que admiram o seu trabalho e despertar consciências. “Penso que a fotografia é uma arma, no bom sentido, de expressão da alma. E era uma forma de eu poder passar à sociedade o que eu sentia sobre ela. E, no fundo, creio que foi isso que me motivou a escolher a fotografia”.

MISSÃO CUMPRIDANuno Lobito acredita que um artista que domine a técnica fotográfica por inteiro pode tratá-la por tu. Mas, mais importante do que a mecânica desta forma de expressão artística, é a eficácia como ela cristaliza no tempo “o milésimo de segundo”. “Conseguir que uma imagem seja congelada como um sentimento único” é um dos seus lemas de vida e um dos pilares do seu impactante portfólio.

Uma das suas principais fontes de inspiração é a sua própria identidade e a sua peculiar abordagem do real. “Inspiro-me em mim, principalmente, porque nós somos aquilo em que acreditamos. Sou budista, sou uma pessoa

O Mundo da Fotografia

Perfil – Nuno Lobito

“O CAMINHO FAZ-SE A ANDAR” (2014)“A HISTÓRIA DE UM HOMEM INVULGAR QUE, EM BUSCA DE UM SONHO, VISITOU TODOS OS PAÍSES DO MUNDO!”

UM RELATO NA PRIMEIRA PESSOA, UM LIVRO DE UMA VIDA INTEIRA...O Caminho Faz-se a Andar (€ 15,90) é o último livro da autoria de Nuno Lobito. Trata-se de uma edição exclusiva e de autor, ou seja, não é possível adquiri-lo numa livraria próxima de si. Assim sendo, se deseja inspirar-se nos emotivos e impactantes registos fotográficos deste fotógrafo, explorador e viajante português, terá de entrar em contacto com o próprio através do e-mail [email protected].

Além de ser uma crónica de viagens, é também uma autobiografia de 30 anos recheados de viagens pelos quatro cantos do mundo, físicas e introspetivas. “Aprendi com o budismo a ser quem sou; vivi em Madagáscar e soube que tinha de seguir; vivi na Amazónia Oculta dos olhos do mundo e aprendi a escutar os Sons do Silêncio; o mundo pode ser aquilo que nós imaginamos mas é, sem dúvida, aquilo que vivemos, que sentimos, que partilhamos e por isso continuei o meu caminho para vos dar O Mundo aos Meus Olhos”, partilha Nuno na obra.

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de convicções fortes. É importantíssimo que as pessoas entendam que tudo está dentro de nós. Temos, no fundo, de procurar essa inspiração dentro de nós”. Em termos fotográficos, confidencia-nos que admira o trabalho de fotojornalistas conceituados, entre eles Sebastião Salgado, Robert Capa, Steve McCurry e Henri Cartier-Bresson. “Talvez seja este (último) o grande mestre. Trabalhava com 35 mm, que é também como eu trabalho hoje em dia. Fui aprendendo um pouco com todos

e fui construindo o meu caminho”, revela.Já conquistou uma miríade de prémios

e de distinções em diversos países, sendo o mais recente o segundo lugar no concurso International Year of Family Farming, realizado na América do Sul, no ano passado. Em 2012, juntamente com a apresentadora Isabel Angelino, tornou-se um dos rostos de Revelações, programa de viagens transmitido na RTP Memória, RTP Internacional, RTP África e RTP Açores e Madeira.

O Mundo da Fotografia

OS PRECIOSOS CONSELHOS DE NUNO LOBITO

1 Lutem, porque nós somos aquilo

em que acreditamos. Nunca se esqueçam que quando nos dizem “não” é sinal que viram o nosso trabalho. Não desistam!

2O mais importante é dominarem

a técnica, poderem sentir-se fortes no vosso caminho. Não se esqueçam que eu também levei imensos “nãos” e orgulho-me de ser o primeiro português a ter visitado todos os países do mundo, graças à fotografia. Ponham sempre isso em prática!

Perfil – Nuno Lobito

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regressar aos lugares que já estiveram na mira da sua objetiva. “Eu não tenho planos futuros, tenho é planos presentes. O passado foi a escola, o futuro não existe. O presente é o mais importante.” Só podemos concluir que a fotografia faz parte do seu código genético, da sua forma de comunicar com o universo. É algo que deseja praticar para o resto da vida. “É aquilo que eu vivo, é aquilo com que eu cresci e é aquilo que me deu tudo o que sou hoje. É óbvio! A minha vida faz parte da fotografia”, remata. VEJA MAIS trabalhos de Nuno Lobito em www.nlphotographer.com e www.flickr.com/photos/nunolobito.

Aqui, são reveladas as histórias por detrás das imagens deste criativo que tanto inspiram os telespetadores.

Por enquanto, Nuno Lobito não encara a arte de desenhar com a luz como uma paixão, devido à sua efemeridade. Prefere contemplá-la antes como um amor desmedido, um laço indizível, um sentimento demasiado grandioso que não encontra espaço no coração e no alma. “A fotografia trata-se de um amor, de uma necessidade de exprimir o que me vai na alma. Portanto, tudo começou em 1983, depois de ter estudado na Ar.Co, e assim comecei a gostar e a amar a fotografia até aos dias de hoje”.

Pretende continuar a viajar e a

“A fotografia é aquilo que eu vivo, é aquilo com que cresci e é aquilo que me deu tudo o que sou hoje. É óbvio! A minha vida faz parte da fotografia.”

O Mundo da Fotografia

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Fotografar – Editar

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68 Aprenda Lightroom Aplique ajustes rápidos de saturação e brilho, faça conversões para preto e branco e confira efeitos split-tone às fotos.

70 Aprenda Lightroom Adicione efeitos de vinhetagem e melancolia a imagens, e ajuste tons e cores em clipes de vídeo.

72 Photoshop Elements Saiba como efetuar edições não destrutivas com o auxílio de camadas de ajuste. Seja criativo!

48 Dez ideias criativas Conheça as nossas sugestões originais para explorar no terreno este mês. Inspire-se!

58 Close-ups da natureza Consiga macros mágicas e impactantes em contacto com a flora.

62 Capte a exuberância de uma borboleta num estúdio caseiro

64 Área técnica: tudo sobre a abertura e a exposição

Fotografar EditarPasso a passoTudo para fotografar e editar melhor.

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ideias criativas para explorar já!

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1 Explosões artísticas

TÉCNICAS FOTOGRÁFICAS

Nunca peça a Tyler Shields para tomar conta da sua casa – se estas imagens

forem um sinal, é provável que a incendeie em nome da arte... Tyler é conhecido pelos seus disparates dispendiosos. A sua última ideia envolveu explodir um Rolls Royce Silver Shadow no meio do deserto de Mojave.

E isto não foi só um truque. Além de filmar a explosão com câmaras Red Epic Dragon, que gravam vídeos em câmara lenta de 100–150 fps, a resoluções 5K e 6K, Tyler captou imensas imagens para uma exposição. O autor confessa que gostou particularmente da objetiva Panavision Primo que usou. “Foi o nosso primeiro teste juntos,

e o resultado foi ainda melhor do que eu poderia ter imaginado. Quando vê as impressões a grandes dimensões, consegue ver realmente a abordagem única que criou para mim”.

Comece hoje mesmo…* Para começar a fotografar explosões, precisa de uma câmara que suporte velocidades de obturação elevadas e algum dispositivo de disparo por som.

* Rebentar balões cheios de água é um bom ponto de partida. Se quiser ser mais ambicioso, tome todas as precauções necessárias. Contacte a corporação de bombeiros local para conselhos e cumpra sempre a lei.

Rebentar objetos (em segurança!) pode ser fotogénico e divertido.

Fotografar – Dez ideias criativas

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Fotografar – Dez ideias criativas

Faça experiências criativas com técnicas rétro.2 Use o efeito split-tone

P rocura ampliar o seu repertório de técnicas de edição de imagem? O split-tone é uma excelente técnica para experimentar

nas suas sessões fotográficas. Essencialmente, é uma versão mais avançada de conferir tom, a clássica técnica de câmara escura em que utiliza um químico para adicionar cor a uma imagem a preto-e-branco. Com o split-tone, aplica um tom às altas luzes e outro às sombras, sendo as cores entre eles influenciadas por ambos. É muito mais fácil fazê-lo no computador do que era antigamente, usando químicos fétidos.

O split-tone tem de ser usado com moderação, e o toque rétro tem de se adequar ao assunto, por isso é mais apropriado para um rali de carros

vintage ou um casamento tradicional do que para praticantes de skate ou um jogo de futebol, por exemplo. Cada programa de edição usa o split-tone de forma diferente, mas é fácil de aplicar no Photoshop Elements ou Lightroom.

Comece hoje mesmo…* No Lightroom, o painel Split Toning está no módulo Develop e tem uma secção Highlights and Shadows. Há um ponteiro Hue para definir a cor do efeito, e um Saturation para definir a intensidade. Já o ponteiro Balance ajuda a ajustar a intensidade relativa. Saiba que também dispõe dos botões Colour Swatch à direita, a partir dos quais pode escolher a cor de cada tom.

TÉCNICAS FOTOGRÁFICAS

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Saiba como fazê-lo no

Lightroom! Página 69

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www.digitalcameraworld.comDigital Camera March 2015

Fotografar – Dez ideias criativas

3 Crie um corpo de trabalho

A fotografia de nus no seu melhor não se trata de titilamento, ou de objetificar ou rebaixar o assunto de alguma forma: é uma glorificação do

corpo humano. Tem de ser profissional e organizado para evitar um modelo maldisposto (ou friorento), e ter uma boa ideia do que quer obter em termos de luz.

Sascha Hüttenhain é uma das melhores fotógrafas de nus artísticos da atualidade, com um fascínio pelas formas gráficas geradas pelo corpo. “Para esta imagem, usei quatro refletores Flood no plano de fundo, faixas de luz de 30 x 180 cm de cada lado da modelo, e ainda uma faixa de 30 x 90 cm. Utilizei uma California Sunbounce Zebra no chão para iluminar as sombras”.

Comece hoje mesmo…* Um nu “implícito” que não é demasiado revelador pode ser melhor. Cuidado com o contacto visual direto. Pode fazer a imagem parecer mais glamorosa.

* Embora Sascha use um sistema de luz complexo, a luz de uma janela ou um simples flash com caixa de luz ou para-sol pode originar boas fotos atmosféricas.

Enalteça a beleza da anatomia com nus artísticos.

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4 Capte a paisagem do ano

A s paisagens estão ao nível de viagens, vida selvagem e retratos

de família como temas favoritos para a maioria dos fotógrafos entusiastas, mas fotografá-las bem pode ser desafiante... Também é fácil ter uma abordagem pouco original, envolvendo demasiadas vezes rochas como interesse de primeiro plano, filtros ND e outros elementos eficazes mas previsíveis. Se precisa de uma dose extra de inspiração, se considera que tem talento e gostava de participar numa miríade de concursos fotográficos,

aqui tem algumas dicas certeiras de Mark Littlejohn, vencedor do Landscape Photographer of the Year deste ano com a imagem acima. “Tinha lido uma artigo de David Ward sobre concursos e o perigo de alterar, ou perder, o seu estilo numa tentativa de satisfazer os jurados. Nessa base, estive para não participar. Mas em vez disso decidi fazer uma mistura de imagens que achei que podiam sair-se bem, e algumas que captei para mim e podiam não agradar tanto. A imagem vencedora foi uma dessas últimas”, conta.

O fotógrafo revelou-nos também que as condições

atmosféricas em que captou a imagem vencedora do concurso eram verdadeiramente atrozes. “A chuva intensa e os ventos fortes ditaram que usar um tripé estava fora de questão durante a sessão. Não havia demasiada amplitude dinâmica, por isso os filtros não eram necessários. Estava um dia bastante escuro, por isso concentrei-me em obter uma velocidade de obturação razoável subindo o ISO para 800 e a abertura para f/5.6. Estava a utilizar uma objetiva 85 mm, que tem um bom para-sol, coloquei-o, foquei algo atrás de mim e longe da chuva, parei o autofoco

e virei-me. Fotografei um pouco como um pistoleiro, para dizer a verdade”, partilha.

Comece hoje mesmo…* Mark salienta que tem de ser você mesmo quando decide participar num concurso fotográfico. “Não comprometa o seu estilo numa tentativa de satisfazer. A longo prazo, retirará ainda mais prazer da sua foto”.

* Um tripé robusto é essencial para obter imagens nítidas, sobretudo quando se faz valer de filtros especializados ou de aberturas reduzidas. Um cabo disparador é crucial, assim como bloquear o espelho da reflex.

Registe as dicas de um fotógrafo premiado e parta à aventura!

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Está um pouco aborrecido? Porque não seguir a ideia de Todd McLellan e desmontar uma câmara velha

e depois fotografá-la? “Tinha uma coleção de objetos que encontrei na rua ou em lojas de produtos em segunda mão. E queria documentá-los de uma forma que lhes  fizesse justiça – um retrato normal não chegava... No fim, adorei ver como as coisas funcionavam”, explica o fotógrafo.

Este criativo acrescenta que este não é um trabalho para impacientes. “As sessões demoram em média três dias – geralmente, metade do tempo para desmontar e a outra metade para dispor e fotografar. Costumo fazê-lo sem consultar quaisquer manuais. É assim que descobre o que faz cada peça. Não pode desmontar sistematicamente,

como faria com um manual: tem de perceber. Isto não funciona tão bem com tecnologia recente, pois tudo o que faz está escondido dentro do circuito, mas é muito divertido”.

Comece hoje mesmo…* Pode usar uma variedade de iluminação interior, mas Todd usa material da Broncolor. “Os packs Scoro de alta velocidade dão-me a consistência e velocidade de que preciso para captar peças a caírem. Comecei por usar um corpo Hasselblad ELD com objetiva 80 mm e traseira digital Phase P45. Desde então passei para a traseira com a Hasselblad H5D”.

* Depois de desmontar os objetos e captar as imagens, pode aplicar efeitos na fase de edição. Experimente uma conversão monocromática ou o split-tone (ver pág. 69).

5 Desconstrua!

6 Selfies com um truque...Uma câmara pinhole, para um ângulo novo.

Q uer se goste ou deteste, as selfies são muito populares, e até Barack Obama aderiu

à moda. Embora seja fácil sentir-se incomodado com mais um grupo de adolescentes a fazer caretas para um smartphone, os fotógrafos captam autorretratos desde os primórdios das câmaras.

Existe também uma panóplia de acessórios para selfies, como o Selfie Stick (www.selfiestickportugal.com). Ignas Kutavicius optou por uma abordagem diferente. Inventou um dispositivo que permite registar selfies com câmaras pinhole, prendendo a câmara à cabeça. “É uma mistura da cultura moderna com a tecnologia fotográfica mais antiga – uma espécie de câmara escura”, explica o autor da fotografia que ilustra esta dica criativa. “O resultado é aquilo que as selfies poderiam ter sido no início da história da fotografia”, remata.

Comece hoje mesmo…* É fácil esquecer as “regras” ao captar selfies. Quer use o smartphone isoladamente, um cabo de selfie ou um dispositivo como o de Ignas Kutavicius, procure captar a fotografia com boa luz, contra um fundo pouco perturbador.

* Foque os olhos e pense em preencher o frame. Pôr a cabeça para um lado pode criar uma abordagem mais apelativa. Nem tem de se incomodar com tamanhos de ficheiros, por isso não tenha medo de experimentar.

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Recorra a gadgets e à engenharia inversa.

TÉCNICAS FOTOGRÁFICAS

TÉCNICAS FOTOGRÁFICAS

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O Mundo da Fotografia

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Procura uma nova e criativa forma de captar retratos com estilo? Robbie Augspurger inspirou-se no estilo dos clássicos livros

de curso dos EUA dos anos 1980 e na fotografia de retrato “pirosa” da década em que esse estilo foi “beber”. O projeto de retratos rétro Glamour & Headshots começou em 2009, quanto Robbie e o amigo Coin Tile decidiram brincar com um kit de iluminação antigo e uma Canon 5D. Robbie adorou a abordagem “demasiado iluminada” que conseguiu obter com o kit, e, mais tarde, fez os retratos parecerem ainda mais rétro no Lightroom.

“Tive de superar algumas questões técnicas,

sobretudo em relação ao kit de iluminação com 30 anos. A fonte de energia e as cabeças não têm controlos, estão sempre na potência máxima. Para dominar o brilho dos estroboscópios, coloco um pano branco sobre as luzes para reduzir a intensidade, ou afasto as luzes do assunto”, revela.

Comece hoje mesmo…* Experimente dessaturar as cores na edição.

* Os fatos e acessórios certos são cruciais – repare como Robbie procurou roupas vintage e acessórios de estúdio característicos como pilares e cenários estranhos. A poses hilariantes completam o efeito!

7 Reviver o passadoO look dos anos 80 com tecnologia moderna.

TÉCNICAS FOTOGRÁFICAS

8 Noites repletas de luz

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M uitos de nós têm a sorte de viver perto de um monumento ou

edifício famoso. E há uma boa hipótese de estar iluminado todo o ano ou de ter projetores para ocasiões especiais. Esta é uma ótima oportunidade para cristalizar numa imagem um local célebre sob uma nova luz e aplicar as técnicas de exposição longa.

Alternativamente, vá até um edifício sossegado de que goste e experimente pintar com luz numa noite de inverno.

Leve uma lanterna potente. A chave é alterar para o modo de exposição Manual e focar. De seguida, “banhe” o edifício com luz antes de o obturador fechar – precisará de uma velocidade bastante lenta, de 30 seg. a Bulb.

Comece hoje mesmo…* Espere até escurecer o suficiente para a iluminação sobressair.

* Cuidado com as luzes incómodas, transeuntes e outra desordem.

TÉCNICAS FOTOGRÁFICAS

Fotografe edifícios iluminados por projetores.

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Page 56: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

56

Fotografar – Dez ideias criativas

Ofotógrafo André Kertész ajudou a definir a linguagem da fotografia. As imagens bem compostas e muitas

vezes tocantes ainda transmitem poder emocional, muitos anos após a sua morte, em 1985. Este grande homem fotografou durante 70 anos, deixando um enorme volume de trabalho para gerações futuras.

A leiloeira Artcurial, de Paris, organizou recentemente um leilão do seu trabalho, com a imagem de 1926 dos óculos e do cachimbo de Mondrian a ser vendida por € 13.000.

E porque não ir para a rua e aplicar alguns dos dogmas da abordagem de Kertész?

Comece hoje mesmo…* Kertész disse que não basta captar a fotografia na altura certa: também tem de “sentir” a imagem em toda a sua plenitude. Esta é uma disciplina difícil de definir, mas experimente fotografar detalhes ou pessoas com quem tenha ligação.

* Como Cartier-Bresson, Kertész tinha sempre uma câmara consigo – mesmo na I

9 Honrar o espírito de KertészPORTR AITS

Inspire-se com o trabalho de um antigo mestre na era moderna.

“Kertész disse que não basta captar a fotografia na altura certa: também tem de ‘sentir’ a imagem em toda a sua plenitude.”

TÉCNICAS FOTOGRÁFICAS

O trabalho de André Kertész influenciou Henri Cartier-Bresson, entre outros. Saiba como adotar os seus princípios para fotografar nos ambientes atuais.

Guerra Mundial, durante a qual serviu no exército húngaro. Anos de prática deram-lhe um sentido de composição natural, e não perdeu oportunidades enquanto mexia em definições da câmara. Era como uma extensão do seu braço.

* Kertész era conhecido por fotografar a partir de uma posição estratégica elevada, para obter a melhor composição possível, por isso esteja preparado para subir bem alto.

* O fotógrafo era obcecado por composições geometricamente agradáveis, sobretudo quando fotografava na rua. Também percebeu a importância de fotografar objetos aparentemente mundanos, mas ainda assim esteticamente significativos – como os óculos e o cachimbo de Mondrian.

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A s melhores paisagens de inverno captam a essência da estação. Elas registam a sua reação emocional

a uma localização específica numa altura do ano específica. Não tem de ser uma cena gelada ou com neve, embora estas condições meteorológicas possam, obviamente, maximizar o impacto de uma fotografia. Pode ser a cores, a preto-e-branco ou até split-tone – mas tenha cuidado para não remover a cor sem qualquer motivo. Geralmente, as cenas funcionam melhor a preto-e-branco quando há bastantes tons fortes e contraste, e estes não estão dependentes de cor. Se utilizar cor, faça experiências com o equilíbrio de brancos – procure usar a definição “errada”. A cor pode

determinar o ambiente de uma cena. A fotografia de paisagem é propensa a composições previsíveis e cliché – por isso, quanto mais criativo for, melhor ficará a sua foto!

Comece hoje mesmo* A imagens não têm de ser todas paisagens imaculadas e sem pessoas, mas certifique-se de que escolhe a melhor altura para fotografar. As alturas preferenciais são perto do nascer ou do pôr do sol, mas pode quebrar as regras. * Os efeitos HDR podem melhorar uma imagem, mas não exagere. Atualmente, o HDR “carregado” parece bastante antiquado, por isso não tente melhorar o que já de si não precisa de ser aperfeiçoado.

Podemos estar a aproximar-nos do final da estação mais fria do ano, mas ainda pode tirar partido de todo o esplendor do inverno. Parta à descoberta!

10 Aproveite o último ar gélido de inverno

TÉCNICAS FOTOGRÁFICAS

Dicas úteis Procura inspiração? Aqui tem as ideias de Jeremy Walker.

1 “Captada ao nascer do sol após um nevão. Aqui usei uma reflex

Nikon D3X e uma objetiva Nikkor 24–70 mm f/2.8. As três exposições foram unidas posteriormente.”

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3“Árvores cobertas de geada branca ao nascer do sol.” Jeremy

usou uma Nikon D3S com a objetiva definida para 50 mm. A exposição foi de 1/30 seg. a f/8, com ISO 400.

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2 “Um exemplo de como é bom acordar cedo. Procurei um look

de foco suave. Utilizei uma Nikon D800, uma objetiva 35 mm f/2.8 e um filtro Lee de dois stops.”

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4 “Não é preciso remover todos os sinais de humanidade: o banco

dá muito à composição aqui. Tirada em Northampton usando uma Nikon D3X e objetiva 70–200 mm f/2.8.”

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Consegue evocar o espírito do inverno como esta fotografia de Jeremy Walker?

Fotografar – Dez ideias criativas

O Mundo da Fotografia

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Page 58: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

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Fotografar – Técnicas essenciais

O Mundo da Fotografia

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Aprenda a registar impactantes close-ups da natureza.

MAGIA MACRO!TÉCNICAS ESSENCIAIS

Amacrofotografia abre portas a todo um novo mundo

de fantásticas oportunidades fotográficas e permite-lhe criar imagens deslumbrantes até dos mais vulgares assuntos da natureza. O mundo em miniatura é um lugar fascinante quando paramos para explorá-lo através dos “olhos” da uma objetiva macro. Detalhes que passam muitas vezes despercebidos no cenário global são revelados de uma forma que os transforma em misteriosos estudos de forma e cor. Com a macro vem uma real sensação de descoberta e criatividade que poucas outras formas de fotografia conseguem igualar. E ao explorar o mundo natural em detalhe, é possível treinar o olhar para os ingredientes vitais necessários às macros de topo. Ser capaz de ver uma potencial imagem de sucesso pode exigir prática, mas com o tempo conseguirá reconhecer todos os assuntos impactantes.

Além disso, as macros de natureza não se limitam a um estilo. A imagem que aqui vê é uma das formas de fotografar um feto, mas as hipóteses criativas são ilimitadas, conforme a iluminação, a composição e quanto do assunto pretende que fique focado.

Page 59: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

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Fotografar – Técnicas essenciais

O Mundo da Fotografia

Fotografar o feto de modo a que toda a

planta fique num plano aproximado permite

que a imagem fique completamente nítida.

2

3

1

FOTOANATOMIAEsta foto resulta porque:1 A luz do amanhecer produziu uma imagem vibrante e acentuou as cores cálidas.2 Uma composição apertada enche o enquadramento de interesse e exclui potenciais distrações no plano de fundo. 3 Há uma boa nitidez global graças à cuidadosa posição da câmara e à utilização de uma abertura reduzida.

Page 60: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

60

1 Posicione a câmaraPara controlar melhor a

composição e a focagem, use um tripé robusto, sem coluna central, para poder fotografar junto ao chão. Posicione-o para que a câmara fique nivelada, de frente para o assunto e alinhada com um plano de fundo atrativo e despido de artefactos.

2 Componha a imagemAvalie o assunto na ocular

e ajuste a posição da câmara de modo a que o assunto tenha o tamanho certo no enquadramento. Ajuste até ficar satisfeito com a composição

e verifique as margens da imagem para evitar quaisquer distrações.

3 Foco precisoA profundidade de

campo é muito limitada nas macros, logo tornar o assunto nítido onde importa requer um foco preciso. Fazê-lo manualmente dá-lhe muito mais controlo do que o AF. Use a ampliação no modo Live View para ajudar, se necessário.

Fotografar – Técnicas essenciais

O Mundo da Fotografia

COMO PREPARAR UMA MACROControle a profundidade de campo para que as partes-chave do assunto fiquem focadas.

DICAS ÚTEIS Três passos para captar macros apelativas.

Escolha um ponto focal e desfoque tudo o restoPara isolar parte do assunto, defina a abertura mais ampla possível e incline a câmara para não ficar paralela ao assunto. Isto deixará outras partes do cenário desfocadas e apenas um elemento nitidamente focado.

Use uma objetiva macroO ideal é a objetiva ter um rácio de 1:1. Assim, o assunto pode ocupar uma porção do sensor igual ao tamanho real. Em macro, as distâncias focais são 50-500 mm. Objetivas mais curtas têm de chegar mais perto, e as mais longas podem afastar-se mais.

Defina a abertura certaA abertura permite expandir ou reduzir a profundidade de campo. Como está tão perto do assunto ao fotografar macros, a profundidade de campo é bastante baixa, mesmo a aberturas pequenas como f/22. Por isso, se quer assuntos nítidos, escolha algo como f/11.

Page 61: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

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4 Defina a exposição

Use um ISO baixo para obter imagens de boa qualidade. Defina uma abertura adequada ao assunto. A velocidade de obturação é irrelevante, mas para evitar arrasto a velocidades baixas, o assunto precisa de estar imóvel. Pronto para a ação?

Fotografar – Técnicas essenciais

O Mundo da Fotografia

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O Mundo da Fotografia

Fotografar – Técnicas criativas

TÉCNICAS CRIATIVAS

Deseja captar imagens apelativas de borboletas? Saiba como fazê-lo!

Efeito borboleta

É fácil perceber porque é que os fotógrafos e os artistas são atraídos pela beleza das borboletas.

Os designs intrincados, formas arrojadas e maravilhosa gama de cores tornam-nas simplesmente irresistíveis de fotografar.

Embora o ideal seja fotografar estas esplendorosas criaturas voadoras no seu habitat natural, elas também proporcionam

bons resultados fotográficos fora de contexto, numa apresentação mais gráfica ou até anatómica. É importante encontrar uma fonte eticamente adequada de espécimes secos para trabalhar, com a garantia de que foram criadas de forma sustentável. É boa ideia obtê-las já abertas...

A fotografia é relativamente simples, sobretudo porque os espécimes secos não

vão voar. Basta criar um estúdio básico sobre uma mesa com um tripé e um flash anelar e fotografar contra um plano de fundo branco nítido, como uma folha de cartão branco.

Mais tarde, em pós-produção, basta extrair as borboletas do plano de fundo branco e reposicioná-las numa nova imagem com a ajuda de um plano de fundo colorido, que complemente o assunto.

A pós-produção...Utilize a ferramenta Magic Wand do Photoshop para selecionar cada borboleta. Isto deve ser fácil com o plano de fundo branco. Copie e cole as duas (ou mais) borboletas num documento novo e altere a cor do plano de fundo, para que se adeque aos insetos fotografados.

3

Como criar uma imagem de sonho de um borboletaRecorra a um flash anelar ou à luz natural de uma janela para iluminar o assunto uniformemente.

Construir um estúdio improvisadoInverta a coluna central do seu tripé e posicione-o na superfície de uma mesa ou no chão. Suspenda cuidadosamente a sua câmara de forma a estar apontada para baixo. Faça-se valer de um simples pedaço de cartão para ter um plano de fundo branco.

Preparar a iluminaçãoPara iluminação uniforme, use um flash anelar. O tubo circular em torno da objetiva é perfeito para trabalhos de grande plano, porque não provoca sombras desagradáveis. Se não tiver um, experimente a luz não direcional de uma janela virada para norte.

1 2

Page 63: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

63

SLR CAMERA SKILLS

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SLR CAMERA SKILLS

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O Mundo da Fotografia

TÉCNICAS ESSENCIAIS

objetiva era a forma comum de alterar a abertura até recentemente. Por exemplo, a Nikon estreou a sua linha de objetivas AF-G – com os primeiros modelos com autofoco e sem anéis de abertura – apenas há 14 anos. Ainda se altera a abertura em algumas objetivas mecânicas, mas a maioria das objetivas com autofoco requer que seja modificada eletronicamente na câmara. Isto traz numerosas vantagens,

O que é a abertura e quais são os seus efeitos.

Como alterar a abertura afeta a profundidade de campo da imagem.

Porque deve evitar a abertura mais reduzida da sua objetiva.

O QUE APRENDERÁ ESTE MÊS:

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Fique a saber como usar a abertura da sua objetiva para controlar exposições.

Tudo sobre… ABERTURA

como, por exemplo, permitir ajustar o tamanho da abertura em incrementos menores, para ter mais controlo, e definir a abertura remotamente numa câmara com Wi-Fi.

Porque quererei mudar a abertura?A abertura é um componente essencial da exposição, pois regula a quantidade de luz que chega ao sensor de imagem da câmara. Definir uma ampla abertura para captar uma fotografia significa permitir que mais luz chegue ao sensor, ao passo que uma abertura estreita reduz a quantidade de luz que entra. Em princípio, funciona como a pupila do olho. No escuro, a pupila dilata para deixar entrar mais luz, e com demasiada luminosidade, contrai. Em fotografia, quanto mais luz existe, mais curtos serão os tempos de exposição, o que permite congelar momentos no tempo e aumenta as hipóteses de obter imagens mais nítidas.

Se uma abertura ampla me permite captar fotografias mais nítidas, não deverei usá-la em todas as ocasiões?As aberturas amplas podem originar tempos de exposição curtos o suficiente para captar imagens nítidas de objetos em movimento, mas também reduzem a profundidade de campo – a quantidade de nitidez da frente para trás – de um registo. Na fotografia quotidiana pode não ser problema, e até pode ser uma vantagem, permitindo isolar um

O que é, exatamente, a abertura?É a abertura existente na objetiva. É composta por uma série de cinco a nove lâminas de diafragma que podem ser levadas a abrir e fechar para aumentar ou reduzir a quantidade de luz que passa pela objetiva.

Tenho de mudá-la na câmara?Pode ajustar a abertura em algumas objetivas. Aliás, rodar um anel da

F/2.8 BAIXA PROFUNDIDADE DE CAMPO F/16 GRANDE PROFUNDIDADE DE CAMPO

EXPLICAR OBJETIVAS E ABERTURAReferimo-nos às objetivas pela sua abertura máxima, como uma 50 mm f/1.4 ou 70–200 mm f/2.8. As que têm aberturas muito amplas para a distância focal chamam-se objetivas “rápidas”, pois as aberturas máximas deixam entrar demasiada luz, permitindo usar velocidades de obturação elevadas e tempos de exposição mais curtos. Uma objetiva 50 mm f/1.4 é mais célere do que uma 50 mm f/1.8. As objetivas zoom que têm uma gama de f-stops, como f/4–5.6, têm o que se chama uma abertura “flutuante”. Isto é, a abertura máxima diminui à medida que faz zoom com a objetiva. Um modelo 100–400 mm f/4.5-5.6 tem uma abertura máxima de f/4 a 100 mm, reduzida para f/5.6 a 400 mm.

F/2.8

F/4

Page 65: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

65

Fotografar – Área técnica

O Mundo da Fotografia

A maioria das objetivas usa uma escala de f-stops para indicar o tamanho da abertura, embora a gama disponível dependa da objetiva. Por exemplo, uma objetiva macro de 100 mm tem, tipicamente, uma gama de abertura de f/2.8 a f/32, mas uma objetiva de 28 mm f/1.8 tem uma gama de f/1.8 a f/22. Sempre que aumenta a abertura em um stop, entra o dobro da luz. O contrário

também acontece: feche a abertura em um stop e chegará ao sensor da câmara metade da luz.

Há duas razões para alterar a abertura. Primeiro, garante que o sensor recebe a quantidade de luz certa. Se fotografar no escuro, ou se quiser usar uma velocidade de obturação alta para congelar um assunto em movimento, deve definir uma abertura ampla para deixar

entrar mais luz. Durante o dia, ou se quiser usar uma velocidade de obturação reduzida para criar um efeito de desfoco criativo, escolha uma abertura mais pequena.

A profundidade de campo está também diretamente relacionada com a abertura. Aberturas amplas criam uma baixa profundidade de campo, mas aberturas pequenas criam uma grande profundidade de campo.

DEFINIÇÕES DA CÂMARA COMO CONTROLAR A ABERTURA

Escolher o modo adequadoSe pretende ter total controlo sobre a profundidade de campo, defina o modo de Prioridade à Abertura – A ou Av. Este modo permite definir a abertura usando o seletor de controlo, e a câmara altera as outras definições para criar uma exposição consistente.

“Abrir” e “fechar” a abertura da reflexQuando os fotógrafos falam de “abrir” a abertura, significa que estão a usar uma abertura ampla. O contrário é válido quando falam de “fechar a abertura” – isto significa selecionar uma abertura mais reduzida para fotografar.

Ajustar o brilhoAlterar a abertura no modo Prioridade à Abertura não afeta o brilho da fotografia. Para tornar as imagens mais escuras ou claras, use a compensação de exposição.

Que aberturas existem e o que acontece quando salta entre elas? Fique esclarecido!

Aprenda a controlar a abertura e a obter melhores exposições.

EXPLICAR GAMA DE ABERTURA DISPONÍVEL

assunto de um primeiro plano ou de um fundo distrativo. Os fotógrafos de retratos costumam optar por objetivas que têm aberturas máximas amplas, para criar uma profundidade de campo reduzida e desfoco no plano de fundo, que mantém atenção do observador na pessoa.

Então, quando deverei usar uma abertura pequena?Quando desejar aumentar a profundidade de campo e que uma maior porção de uma cena ou de um assunto fique nítida. É costume usar-se uma abertura pequena ao fotografar paisagens ou close-ups. As aberturas pequenas implicam

longos tempos de exposição, e se o assunto estiver a mexer-se, poderá ficar desfocado. Aliás, a imagem pode ficar toda desfocada se a exposição for tão lenta que não consiga ter a câmara firme ao captar a fotografia. Alguns fotógrafos recorrem a esta técnica para criar registos impressionistas

f/2.8 f/4 f/5.6 f/8 f/11 f/16 f/22

GAMA DE ABERTURA

ABERTURA AMPLA ABERTURA REDUZIDAABERTURA MÉDIA

PdC BAIXA PdC GRANDEPdC MÉDIA

Aberturas amplas produzem uma faixa estreita de nitidez. Isto pode não ser suficiente

para assegurar que todas as partes da cena

fotografada fiquem nítidas.

As aberturas do meio da gama de f-stop da sua

objetiva oferecem, no geral, a melhor combinação

de nitidez global e uma boa profundidade de campo.

Aberturas reduzidas criam uma grande profundidade

de campo, permitindo que uma maior porção da

cena fique nítida, embora a objetiva só foque num ponto.

Page 66: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

66

Fotografar – Área técnica

O Mundo da Fotografia

de “movimento da câmara intencional”.Deve ainda ter em conta

os efeitos da difração ao escolher uma abertura reduzida na objetiva.

Devo utilizar o modo Prioridade à Abertura para alterar a abertura?O modo Prioridade à Abertura permite mudar a abertura e deixar a câmara escolher automaticamente a velocidade de obturação e a sensibilidade ISO. Também pode definir a abertura no modo Manual, embora também tenha de escolher todas as outras definições. O modo Programa também permite escolher de entre várias combinações de abertura e velocidade de obturação

EXPLICAR PROFUNDIDADE DE CAMPO EXPLICAR DIFRAÇÃO

para fazer uma exposição, embora esteja limitado a uma certa gama em determinadas situações fotográficas.

O que são os números estranhos na ocular ao ajustar a temperatura?Parece, de facto, uma sequência estranha de valores: f/5.6, f/8, f/11 e por aí fora. Estes f-stops indicam os tamanhos da abertura. Representam a relação entre o diâmetro da pupila de entrada da objetiva e a sua distância focal. Não deixa de ser algo confuso: os valores mais altos correspondem às aberturas reduzidas, e os valores mais baixos às aberturas amplas. Contudo, se pensar nestes f-stops como frações, tudo fará mais sentido.

A profundidade de campo é um fator determinante em fotografia. É uma medida da extensão de nitidez de uma cena ou de um assunto, e prolonga-se à frente e para lá do ponto onde focou. Vários fatores a afetam, como a distância à qual a objetiva é focada e a combinação da distância focal da objetiva e o tamanho do sensor da câmara. Contudo, a escolha da abertura tem um papel significativo.

Nos exemplos que aqui vê, a distância de foco é sempre a mesma – algures na distância média – e é a mudança de abertura que faz com que uma maior ou menor porção da imagem fique nítida. Contudo, quanto mais próximo

for o foco, menor a profundidade de campo. Na macrofotografia, até as aberturas reduzidas poderão produzir apenas uma profundidade de campo de milímetros.

Por outro lado, quanto maior for a distância do foco, mais ampla será a profundidade de campo. Foque bem longe numa paisagem e ela ficará nítida a aberturas médias.

Por norma, a imagem da ocular está na abertura máxima da objetiva, o que pode impedir o cálculo da profundidade de campo. Contudo, muitas câmaras têm um botão de antevisão da profundidade de campo; pressione para fechar a abertura para uma que definiu e poderá ver que áreas ficarão nítidas.

Como a escolha da abertura pode afetar drasticamente uma imagem. Aberturas reduzidas dão origem a imagens desfocadas.

Nitidez seletivaUma abertura ampla proporciona uma profundidade de campo reduzida, ou seja, algumas áreas ficarão desfocadas.

Nitidez totalUma abertura de gama média oferece o melhor equilíbrio possível entre nitidez e profundidade de campo.

Desfoco totalUma abertura bastante reduzida dá uma grande profundidade de campo, mas a difração faz com que tudo fique desfocado.

F/4

F/11

F/32

Ao passarem pela abertura, as ondas de luz são defletidas pelas margens vincadas das lâminas do diafragma e dispersam-se. Este efeito chama-se difração e ocorre a todas as aberturas. Contudo, a aberturas pequenas é mais pronunciado e os detalhes da imagem tornam-se gradualmente mais desfocados de forma precisa. A certo ponto, o ganho de profundidade de campo que advém da utilização de uma abertura muito reduzida é anulado pela falta de nitidez global. A abertura precisa a que começa a difração a ser um problema varia conforme a objetiva usada, mas será melhor evitar aberturas para lá de f/16, se a nitidez for crucial. O ponto ideal costuma ser no centro da gama, entre f/8 e f/11.

Abertura bastante reduzida

DesfocadoDesfocado

Desfocado

Desfocado

Câmara a f/8

Câmara a f/22

Abertura ampla

Os raios divergentes provocam uma

perda de nitidez.

Os raios mais diretos preservam a nitidez.

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ABERTURA AMPLA

ABERTURA REDUZIDA

ABERTURA AMPLA

ABERTURA REDUZIDA

Maior proporção de raios de luz

dobrada pelo limite da abertura.

Mais raios de luz passam pela abertura

desobstruída.

Raios de luz

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68

Aprenda Lightroom – Conversões preto e branco

Trabalhe seletivamente os tons das suas imagens com base nas cores do ficheiro Raw original, para obter conversões a preto-e-branco com impacto.

Converter para preto-e-branco

1Importe a imagem ‘mono.dng’ (no CD) para o Lightroom e abra-a no módulo Develop.

No painel Basic, clique no separador Black & White. Isto dessatura a foto, mas o resultado é uma massa de meios-tons e sombras densos. E sobre-exposta. É preciso melhorar o contraste da imagem.

Aclarar os tons de pele

2 Clique no painel B&W. Quando converte uma imagem para preto-e-branco, o Lightroom

ajusta as posições dos ponteiros Black & White para ser eficaz. Aperfeiçoe os resultados ajustando os ponteiros. Arraste Orange até +33 para aclarar os tons de pele e fazê-los destacarem-se.

Examinar o histograma

3Os tons do histograma estão concentrados na zona das altas luzes. Ainda é preciso

intensificar o contraste, porque queremos sombras pretas e altas luzes brancas luminosas. Se mover o cursor sobre o centro do gráfico, verá que o ponteiro Exposure influencia esta secção.

Aumentar a exposição

4 Clique no centro do histograma e arraste Exposure até +0.76. Agora que já corrigiu

os meios-tons mais fracos da foto para um nível tonal mais claro, os tons estão mais espalhados no gráfico. Aumente a força dos tons arrastando Contrast até +28. Mais ajustes no vídeo (no CD).

Câmara escura digital

Ajustes céleres de saturação e brilho

Para verificar se pode ver detalhes mais escuros, clique no ícone Shadow Clipping Warning do histograma. As áreas que serão impressas a preto puro aparecem como manchas azuis. Nenhum dos detalhes da modelo está sobre-exposto, mas falta detalhe em algumas sombras. Arraste o ponteiro Shadows até +50. Revele mais detalhe nos contornos mais escuros da modelo, definindo o ponteiro Blacks (+37).

DO QUE VAI PRECISARAdobe Photoshop Lightroom 5.

O QUE VAI APRENDER Como aperfeiçoar o processo de conversão monocromática.

DEMORA APENAS Cinco minutos.

IMAGEM INICIAL FORNECIDA‘mono.dng’ (no CD)

Aprenda Lightroom

Parte 6

Efeitos especiais nas suas fotos

VÍDEO NO CD

Para seguir este passo a passo

FOTOS NO CD

Para seguir este passo a passo

O Mundo da Fotografia

DEPOIS

ANTES

Page 69: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

6969

Aprenda Lightroom

Confira cor às sombras e altas luzes de uma imagem monocromática.

Ajustar a exposição

1 Abra ‘split.dng’ (no CD) no módulo Develop. No painel Basic, clique em Black & White

para dessaturar a imagem. O histograma mostra uma falta geral de detalhe nos meios-tons. Arraste Exposure até +0.30, de modo a aclarar. Aumente Contrast até +29 e reduza Highlights até -50.

Melhorar o contraste

2A árvore sobressai sobre o céu, mas o restante detalhe perde-se numa massa de

meios-tons. Arraste Shadows até +27 para aclarar o primeiro plano. Ao arrastar Clarity até +80, maximize o contraste nos meios-tons e revela texturas nas pedras com musgos e nas ervas.

Conferir cor às altas luzes

3Para conferir cor às sombras e às altas luzes, abra Split Toning. Na secção Highlights, arraste

Saturation até 26, o que confere um matiz vermelho. Pode clicar no ícone das cores para tirar uma amostra de uma nova cor, ou arraste o ponteiro Hue até 60 para conferir um banho de sépia.

Ajustar o equilíbrio

4Defina o ponteiro Shadows Saturation para 14, para revelar um pouco de cor nas áreas mais

escuras. Arraste Hue até 240 para um banho subtil de roxo. Agora o céu está mais quente, contrasta com as cores mais frias no primeiro plano. Arraste Balance até -49 para tornar o roxo dominante.

DO QUE VAI PRECISARAdobe Photoshop Lightroom 5.

O QUE VAI APRENDER Como conferir o efeito split-tone a imagens monocromáticas.

DEMORA APENAS Cinco minutos.

IMAGEM INICIAL FORNECIDA ‘split.dng’ (no CD)

Câmara escura digital

Efeito split-tone

Pode criar vários efeitos de split-tone experimentando as opções. Por exemplo, pode aumentar o ponteiro Saturation de ambas as cores para 60 e reduzir o Balance para 0. As cores mais fortes enfatizam o contraste entre o céu e a terra. Em alternativa, pode arrastar o ponteiro Balance até +46 para tornar a cor sépia das altas luzes mais dominante, deixando um matiz de roxo.

O Mundo da Fotografia

ANTES

DEPOIS

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Parte 6

Efeitos especiais nas suas fotos

VÍDEO NO CD

Para seguir este passo a passo

FOTOS NO CD

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Page 70: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

Aprenda Lightroom – Efeitos de vinhetagem

Aperfeiçoar a vinhetagem

2Uma Roundness de 0 cria uma forma oval que condiz com a paisagem. Se arrastar Roundness

para a esquerda, obtém uma vinhetagem mais retangular. Arraste para a direita até +35 para criar uma vinhetagem mais oval que escureça um pouco mais as margens verticais. Deixe Feather a 50.

Examinar a vinhetagem

4Clique em Done para aplicar o recorte e criar uma versão quadrada da paisagem. As margens

insípidas do enquadramento desaparecem e a árvore fica mais proeminente na imagem. O efeito de vinhetagem que criámos antes reaparece nos novos cantos da fotografia recortada.

Recortar a fotografia

3Clique no ícone Crop Overlay na barra de ferramentas abaixo do histograma.

A grelha aparece sobre toda a foto. Clique em Original e escolha nova proporção, como 1:1. Isto muda a grelha para um quadrado. Arraste dentro da grelha para incluir todos os ramos.

Adicionar vinhetagem

1Abra ‘vinhetagem.dng’ (no CD). Em Develop, clique no painel Effects e depois na ferramenta

Post-Crop Vignette. Deixe Style em Highlight Priority. Arraste Amount até -35. Isto escurece os cantos e algumas das margens. Aumente Midpoint até 59 para prolongar o efeito para mais perto das margens.

Câmara escura digital

Confira atmosfera e guie o olhar do espetador, escurecendo as margens e os cantos de uma fotografia com uma vinhetagem apelativa.

DO QUE VAI PRECISARAdobe Photoshop Lightroom 5.

O QUE VAI APRENDER Como adicionar uma vinhetagem impactante a uma fotografia.

DEMORA APENASCinco minutos.

IMAGEM INICIAL FORNECIDA‘vinhetagem.dng’ (no CD)

Aplicar vinhetagem

Gíria fotográficaVinhetagem

O termo “vinhetagem” refere-se a tons mais

claros ou mais escuros nas margens de uma foto. Quando diferentes níveis de luz entram na objetiva nos rebordos provocam uma alteração na exposição. A vinhetagem era mais visível em objetivas antigas, por isso é que as margens escuras são associadas à fotografia rétro. A vinhetagem era um artefacto indesejado, mas tornou-se moda, para conferir um visual rétro às imagens digitais.

Aprenda Lightroom

Parte 6

Efeitos especiais nas suas fotos

VÍDEO NO CD

Para seguir este passo a passo

FOTOS NO CD

Para seguir este passo a passo

O Mundo da Fotografia

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Aprenda Lightroom – Efeitos de vídeo

Importar o vídeo

1 Importe o vídeo para o módulo Library do Lightroom. Para encontrar rapidamente

o vídeo, abra Collections. Em Smart Collections, clique em Video Files. O vídeo aparecem na vista Grid. Clique duas vezes para abrir o nosso vídeo dessaturado com cores frias. Reproduza-o.

Melhorar o contraste

2Abra o painel Quick Develop. Para aquecer a cor do vídeo, clique no botão Temperature. O

vídeo tem um matiz verde, por isso, clique no botão Tint para contrariá-lo com magenta. Clique em Auto Tone para aclarar. Para mais sombras contrastantes, clique no botão Increase Black Clipping.

Aperfeiçoar as cores da imagem

3Pode tentar recuperar as altas luzes rebentadas das pétalas brancas clicando no botão Decrease

White Clipping de White, mas no vídeo comprimido falta a maior parte do detalhe sobre-exposto nestas áreas. Clique no ícone Increase Vibrance para reforçar a intensidade das cores mais fracas.

Usar predefinições criativas

4Para ajustar as cores e tons de um vídeo, clique no menu Saved Preset e percorra

as pastas de Presets. Nós fomos a Lightroom B&W Toned Presets e escolhemos Creamtone. Clique em OK para esbater o vídeo. Experimente outros Presets para descobrir o que fazem.

Câmara escura digital

O Lightroom não está apenas direcionado para a fotografia. Ajuste a cor e o tom de um vídeo com o painel Quick Develop.

Efeitos de vídeo

DO QUE VAI PRECISARAdobe Photoshop Lightroom 5

O QUE VAI APRENDER Como editar os seus vídeos.

DEMORA APENAS Cinco minutos.

Acompanhe com os vídeos no CD!

Esta é a sexta parte do nosso novo curso

Aprenda Lightroom, em vídeo e em português, que acompanha a revista. Ao longo de pelo menos dez edições trazemos-lhe cinco novas lições de edição de imagem em Lightroom todos os meses, com os respetivos artigos passo a passo na revista, para que fique a dominar todas as vertentes deste poderoso software. Este mês: efeitos especiais nas suas imagens.

O Mundo da Fotografia

Aprenda Lightroom

Parte 6

Efeitos especiais nas suas fotos

VÍDEO NO CD

Para seguir este passo a passo

FOTOS NO CD

Para seguir este passo a passo

ANTES

DEPOIS

Page 72: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

72

FOTOS NO CD

Para seguir este passo a passo

VÍDEO NO CD

Para seguir este passo a passo

Os comandos e ferramentas de ajuste de imagem do Photoshop Elements são úteis para resolver problemas gerados pela câmara, o que é bom, pois a maioria das fotografias vai

beneficiar com alterações em pós-produção, para conseguir melhorar a cor e o tom. A câmara não é hábil a lidar com localizações de alto contraste. Por

exemplo, ao fotografar uma paisagem, pode haver dificuldade em obter uma exposição equilibrada devido ao contraste entre o céu brilhante e o solo. O Elements pode ajudar a resolver problemas como este, com as camadas de ajuste. Estas camadas de edição flutuam sobre a camada original no painel Layers, e pode ativá-las e desativá-las para comparar a imagem editada com a original.

Recorra às tão versáteis camadas de ajuste para ajustar seletivamente as cores e os tons das fotografias da sua coleção.

DO QUE VAI PRECISAR Adobe Photoshop Elements 12.

O QUE VAI APRENDER Como melhorar as suas fotos com camadas de ajuste.

DEMORA APENAS Cinco minutos.

Aplicar edições não destrutivas às imagens

Câmara escura digital

Adicionar uma camada de ajuste

1 Abra a imagem inicial ‘nao_dest.jpg’ (no CD) no modo de edição Expert. O céu está

sobre‑exposto e tem falta de detalhe. A paisagem está ligeiramente subexposta e as cores baças. Vá a Layer>New Adjustment Layer>Levels. Clique em OK.

Ajustar o contraste

2 Para aclarar os meios‑tons subexpostos, arraste o ponteiro de meio‑tom cinzento (1.17). Agora

há mais detalhe nos meios‑tons, mas o contraste é fraco. Defina o ponteiro de sombra preta para 11. Isto cria sombras mais escuras, o que ajuda o contraste.

Escolher uma ponta de pincel

3Verá que o ajuste nos meios‑tons fez com que o céu sobre‑exposto ficasse mais claro.

Para impedir que esta secção seja ajustada, pegue na ferramenta Brush. Clique no selecionador de pincel e escolha uma ponta redonda e suave a 300.

Proteger o céu

4Clique na máscara e defina Foreground (preto). Pinte na máscara para impedir que as secções

correspondentes da camada de ajuste alterem as sombras e os meios‑tons do céu. As partes brancas permitem que a paisagem seja ajustada.

Gíria fotográficaMáscara de camada

A s máscaras de camada permitem

bloquear o efeito da camada de ajuste (ou os gráficos da camada da imagem) à qual a máscara está anexada. Pintar com um pincel preto numa máscara de camada cria um buraco através da camada anexada, revelando a camada por baixo. Pintar com branco inverte a operação. Faça assim ajustes seletivos!

Photoshop Elements 12 – Edições não destrutivas com camadas de ajuste

O Mundo da Fotografia

Page 73: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

73

DEPOIS

Aplicar ajustes de cor seletivos

5 Pode ter diversas camadas de ajuste. Escolha Layer>New Adjustment Layer>Hue/Saturation.

Defina o menu Channel (Yellows) e Saturation (+27) para ter uma vegetação mais vibrante na imagem. Aumente Cyans Saturation (+34) e Blues (+57).

Aperfeiçoar a imagem

6Agora que já sabe o essencial, pode voltar a cada Adjustment Layer e modificar a intensidade

usando os ponteiros, ou a Layer Mask usando pincéis. Também pode aperfeiçoar ainda mais os tons, o contraste e as cores até estar satisfeito.

Se quiser ter acesso a pré‑visualizações maiores dos conteúdos das camadas, clique no ícone fly‑out e escolha Panel Options. Agora pode clicar num botão de Thumbnail Size específico para alterar o tamanho das miniaturas de camada.

Photoshop Elements 12 – Edições não destrutivas com camadas de ajuste

O Mundo da Fotografia

ANTES

Page 74: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

© R

alph

Gib

son

(tod

as a

s im

agen

s)GibsonUm dos gigantes da fotografia norte-americana fala sobre a importância de encontrar a sua própria voz e de trabalhar com equipamento fotográfico Leica.

Ralph

O Mundo da Fotografia

74

Perfil – Ralph Gibson

Page 75: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

75

De Quadrants, 1975 Esta fotografia do colarinho de um padre tornou-se uma

das imagens de marca de Ralph. As imagens em Quadrants foram

todas fotografadas a 50 mm e a uma distância de um metro.

O Mundo da Fotografia

* Ralph Gibson é um célebre fotógrafo de arte norte-americano, nascido em 1939.

* Estudou fotografia na Marinha dos EUA e no San Francisco Art Institute, na Califórnia.* É autor de mais de 40 livros e ganhou numerosos prémios, incluindo o Leica Medal of Excellence e o The Lucie Award.* Vive atualmente em Nova Iorque, continua a captar imagens impactantes e a ensinar fotografia.

PERFIL

Perfil – Ralph Gibson

75

Page 76: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

76

Ralph Gibson está mergulhado na história da fotografia moderna. Durante uma conversa, ele pode dizer “Henri disse-me isto”,

ou “Dorothea queria aquilo”. São Henri Cartier-Bresson e Dorothea Lange, dois dos nomes mais sonantes da arte fotográfica e que Ralph conhecia como ninguém. E ele não está a citar nomes. É simplesmente um fotógrafo veterano a refletir sobre as lições que aprendeu e os génios que conheceu, durante uma extraordinária carreira de 60 anos que não mostra sinais de abrandar.

Na verdade, é um dos fotógrafos mais célebres da América. Embora seja muitas vezes classificado como um fotógrafo de arte, não há nada de obscuro ou elitista no seu trabalho requintado. Ralph concentra-se em fragmentos, detalhes e nos processos

envolvidos na perceção, em vez de procurar uma grande história, personalidade ou acontecimento. Pode chamar-lhe um deus das pequenas coisas – mas um que aborda estas coisas com seriedade, alimentado por um interesse perpétuo em filosofia, história da arte e teoria crítica.

Recentemente convertido às versões digitais da sua amada série Leica, Ralph recorda o seu longo percurso criativo. “Quando entrei para a Marinha dos EUA, com 17 anos, em 1956, fiz uma pilha de testes e saí-me muito bem. Fui enviado para a escola de fotografia e chumbei na primeira vez. O oficial aceitou levar-me de volta, mas só com a condição de limpar a latrina durante seis semanas. Era uma para 600 sujeitos. A escola era difícil, mas esta foi a primeira vez que dicidi fazer alguma coisa, ser algo. Uma noite, no meio de uma

EQUIPAMENTO

“Em 1961 percebi que a Leica

consegue fazer tudo o que eu preciso. Nenhuma outra combinação de equipamento produziu trabalho tão bom como o telémetro Leica e uma objetiva 50 mm. Estou prestes a ir para Pusan, na Coreia do Sul, e só vou levar uma Leica M240 e a minha Leica M Monochrom com duas objetivas 50 mm”, realça Ralph Gibson.

O Mundo da Fotografia

Perfil – Ralph Gibson

Page 77: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

77

“O oficial aceitou levar-me de volta, mas só com a condição de limpar a latrina durante seis semanas.”

tempestade, lembro-me de gritar alto que seria um fotógrafo”, recorda.

TRABALHAR COM OS MESTRESDepois da sua dispensa da marinha, Ralph regressou a Los Angeles, mas cedo se mudou para estudar no San Francisco Art Institute. “Um amigo convidou-me para um baile de máscaras lá. Fui à festa e decidi inscrever-me. Estávamos em 1960, o tempo da fotografia documental – a revista LIFE, The Americans de Robert Frank... À exceção de Ansel Adams e Edward Weston, a fotografia social era considerada a mais importante. Eu era bastante seguro tecnicamente graças à escola da Marinha, por isso quando Dorothea Lange contactou o meu tutor a pedir um assistente talentoso ele recomendou-me. A Farm Security Administration (FSA), para a qual Dorothea trabalhou durante a Depressão,

De Days at Sea, 1974 (em cima, à esquerda)Um close-up nu enigmático de Days at Sea, parte da trilogia de livros de Ralph (juntamente com The Somnambulist e Déjà-Vu).

Bicycle, 2014 (em cima)Esta imagem forma a capa do livro MONO de Ralph e foi captada com a Leica M Monochrom. Ajudou a convencer o fotógrafo de que podia obter ótimos resultados de câmaras digitais depois de anos passados na câmara escura.

De The Gotham Chronicles, 1983 (à esquerda)De uma série de imagens sobre Nova Iorque. “É uma cidade poderosa, e obriga o espetador a vê-la como ela quer ser vista”, partilha o fotógrafo.

Scott Kelby

O Mundo da Fotografia

Page 78: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

78

IMAGEM REVELADA

Plano de fundo“Esta é da coleção Pharonic Light e foi captada no Egito em 1989. Estava a subir o Nilo numa felucca [um barco tradicional]. Tinha pensado em criar esta imagem antes de chegar lá, e quando vi a vela, ela intersetou a minha imaginação.”

Equipamento“Usei a Leica M6 e uma objetiva 50 mm com luz ambiente. Estando a trabalhar com este equipamento há tanto tempo, consigo maximizar a inteligência da objetiva e compor para encher o frame. Não vejo benefício em recortar imagens.”

Impacto“Esta imagem tem um grande efeito em mim. Escrevi no meu diário que subi o Nilo como um homem e desci como outro.”

Mais imagens da coleção Pharonic Light em

www.ralphgibson.com/1991-pharonic-light.html

“ESTOU A FOTOGRAFAR DE PERTO… NÃO TENHO ‘ACIDENTES FELIZES’.”

tinha tratado os seus negativos muito mal, e tive a oportunidade de trabalhar nas suas imagens mais famosas. Um dia perguntei à Dorothea sobre uma imagem em particular de uma mulher com olheiras sob os olhos, de pé contra uma parede. Ela disse-me que era uma jovem rapariga com um atraso mental que era muitas vezes importunada e abusada, e à medida que falava os seus olhos encheram-se de lágrimas. Vi como a fotografia ainda tinha poder emocional para ela, mesmo passados tantos anos”.

Em 1967 conheceu o segundo grande fotógrafo que viria a ajudar, Robert Frank. “Conheci o Frank no auge das suas capacidades e convidou-me para ajudar nos seus filmes. O Frank e a Dorothea Lange deram-me uma lição muito importante – tem de fazer todos os esforços para ser único e não copiar. É claro que tenho influências, como todos os fotógrafos, mas não se consegue vê-las no meu trabalho. Na verdade, tenho muitas – pintura, arquitetura, teoria crítica, filosofia, Schoenberg, e a lista continua. Mas a minha posição só é válida em relação ao meu esforço pessoal, a minha aprendizagem contínua – as minhas ‘formations perpetuelle’, como dizem os franceses. Ainda estou a aprender. A questão mais importante para mim é: posso continuar a crescer? É fácil ser-se rotulado e estou muito ciente

O Mundo da Fotografia

Page 79: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

da ‘praga do trabalho inicial’. Não é nada sem o corpo de trabalho que lhe trouxe atenção. As pessoas associam sempre Robert Frank a The Americans, ou Dorothea Lange ao seu trabalho durante a Depressão”.

ENCONTRAR O SEU CAMINHOTeria sido compreensível que a influência de Lange e Frank persuadisse Ralph a tornar-se um fotógrafo documental por direito próprio, mas ele escolheu um caminho diferente. “Dorothea usou o meio da fotografia para mostrar a condição precária do trabalhador sazonal. Ela tinha uma mensagem clara. Frank também tinha muitas coisas claras que queria dizer sobre os EUA na altura em que fez The Americans. Eu decidi que queria usar a fotografia para imortalizar as formas e fragmentos menos importantes. Estava mais interessado na forma como o meu ato percetivo se tornou o assunto das fotografias. Portanto, o assunto nunca foi um problema para mim. Retiro inspiração de todo o lado. Nunca tive de esperar por um grande acontecimento antes de captar uma imagem”.

“Em todo o caso, só sou tão bom quanto a minha próxima imagem.”

The Gotham Chronicles, 1991 (em cima)Outra imagem deste projeto de 20 anos. “Usei negativos a cores aqui. Se fotografar bastante, pode preencher o frame convenientemente, e é por isso que nunca deve perder a prática.”

De The Somnambulist, 1968 (à esquerda)Parte de uma série de imagens captadas num fim de semana em 1968 que marcou a saída de Ralph do documentário.

De Ex Libris, 2008 (ao centro)Ralph é fascinado por livros. Esta imagem mostra uma página da Bíblia Morgan, uma bíblia rara do Morgan Library & Museum, em Nova Iorque.

Untitled, 2013 (à esquerda)Captada com a Leica M Monochrom e uma objetiva 50 mm. “Gosto que a superfície das fotos fique tão esticada como um tambor.”

De Quadrants, 1975 (em cima)“Fotografar a um metro foi o meu ponto de partida”, confessa o fotógrafo. “Não sabia o que seria o próximo registo fotográfico.”

Ralph é também fleumático em relação à resposta crítica aos seus vários livros e exposições. “Fiz cerca de 40 livros, e embora seja muito grato pela reação das pessoas ao meu trabalho, faço estas imagens para mim”.

À VONTADE COM O DIGITALA exploração de como capta o assunto e como os espetadores contrastam isto com a forma como entendem o assunto, tem preocupado Ralph por toda a carreira. Mostra relutância em falar sobre fotografias favoritas. “Estou mais interessado em como uma imagem funciona como prenúncio do meu próximo projeto, e em todo o caso, só sou tão bom quanto a minha próxima imagem.” Todavia, admite um particular afeto pela fotografia sem título de um padre. À primeira vista parece um simples retrato recortado, mas um olhar mais atento revela a rígida estrutura geométrica de Ralph, baseada em torno de diagonais. “Também gosto bastante de uma imagem mais recente de uma bicicleta e tampa de porta de inspeção. Lembro-me de que a captei depois de receber a Leica M Monochrom digital. Tinha ido ao meu psicólogo e disse-lhe que não conseguia trabalhar com câmaras digitais, mas esta imagem encheu-me de orgulho, entusiasmo e esperança. É tão forte como tudo o que fiz”.

O autor continua fascinado pela fotografia

O Mundo da Fotografia

Perfil – Ralph Gibson

79

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80

“Ainda estou no encalço da verdade e de como o ato percetual é um assunto da fotografia.”

Sem título, 1980 (em cima)“Uma imagem de nada”, refere. “Não estou à espera que as coisas aconteçam na minha fotografia. Gosto de pensar nas minhas perceções como o assunto.”

Mary Jane, Sardenha, 1980 (em cima, à direita)Esta é outra das imagens mais famosas de Ralph Gibson, um close-up caracteristicamente apertado do corpo feminino.

Diptych, 1977 (à direita)Esta imagem mostra o amigo de Ralph, Felipe, sentado num cais em Nova Iorque. “Ele levanta o braço e o meu outro amigo Larry Clark, a 4.828 km de distância no Novo México, completa o gesto. A arma dispara e cria uma linha reta no espaço. As duas imagens criam um terceiro efeito. O espaço entre as fotografias tem tanto conteúdo como as imagens em si.”

a preto-e-branco e a forma como cria o que chama de abstração da realidade.

Em 2007, Ralph disse que ainda não tinha visto uma obra-prima produzida por uma câmara digital. Mas o que será que pensa agora? “O tipo de câmaras digitais que obtém agora é muito diferente de em 2007”, reflete.

“Agora a fotografia está em todo o lado. Na década de 1920, László Moholy-Nagy escreveu que o iletrado do futuro será a pessoa desconhecedora do uso da câmara, bem como da caneta. Em 2014, não há ninguém que não saiba tirar uma foto! Obtenho ótimos resultados com a Leica M digital, e também usei uma Canon 5D para fazer um filme com o Lou Reed sobre o seu primo de cem anos. Seja com película ou em digital, ainda estou no encalço da verdade fotográfica e de como o ato percetual em si é um assunto da fotografia”.

VEJA MAIS trabalhos em www.ralphgibson.com.

AS PRECIOSAS DICAS DE RALPH GIBSON

1 Encontre o seu próprio caminho libertando-se da sua experiência

“A maioria dos amadores e aficionados procura imitar aquilo de que gosta. Tem de encontrar o seu próprio caminho. Mesmo antes de carregar no botão de disparo, rode 180 graus e fotografe o que vê aí.”

2 Passe dois anos a fotografar com uma objetiva fixa de 50 mm

“Se colocar uma objetiva de 50 mm na sua câmara, mesmo que seja só por dois anos, aprenderá tudo o que precisa saber sobre outras distâncias focais. Se usar apenas objetivas zoom durante toda a vida, não vai aprender nada.”

3 Dobre os joelhos para ajudar às composições.

“Seja o que for que esteja a fotografar, dobre os joelhos. Todos os grandes fotógrafos que conheci dobravam os joelhos, incluindo Henri Cartier-Bresson.”

4 Construa o seu próprio processo criativo

“A composição é uma das áreas mais difíceis. Por isso, muitos amadores preferem ouvir a resposta de outros. Mas o que importa é a sua intenção. Tem de se decidir. Todas as pessoas criativas têm de construir o seu processo criativo, em vez de ouvirem apenas o que os outros dizem.”

O Mundo da Fotografia

Page 81: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

NO PRÓXIMO MÊS

Conteúdos sujeitos a alterações.

* Dez ideias criativas

* Paisagens perfeitas com técnicas HDR

* Área técnica: velocidade de obturação explicada

* Criatividade máxima a fotografar em casa!

FOTOGRAFAR EDITAR

* Photoshop Elements: mais cor nas suas fotos com filtros criativos

* Aprenda Lightroom: melhorar tons, reduzir ruído e usar os presets incluídos no programa

INSPIRAÇÃO VISTO À LUPA

* André Viegas em entrevista

* Brian Griffin: uma conversa íntima e imagens incríveis

* As melhores fotos dos leitores

* Câmaras Pentax K-S1, Fuji X100T e GoPro Hero 4 em análise

* Análises no terreno

* Grande confronto: oito programas de edição de imagem

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotografias ou ilustrações da revista O Mundo da Fotografia Digital para quaisquer

fins, incluindo comerciais, sem autorização expressa do Diretor.

Por favor recicle esta revista quando acabar de a usar

EditorGOODY, S.A.

Sede Social, Edição, Redação e Publicidade: Av. Infante D. Henrique, n.º 306,Lote 6, R/C – 1950-421 Lisboa

Tel.: 218 621 530 – Fax: 218 621 540N.º Contribuinte: 505000555

DIRETOR GERALAntónio Nunes

ASSESSOR DA DIREÇÃO GERAL Fernando Vasconcelos

DIRETOR ADM. E FINANCEIRO Alexandre NunesCONTABILIDADECláudia Pereira

APOIO ADMINISTRATIVO Tânia Rodrigues, Catarina Martins

DIRETOR

Jorge Daniel LopesE-mail: [email protected]

REDAÇÃOJoana Clara

TRADUÇÃO E REVISÃOCatarina Almeida, Marta Pinho

FOTOGRAFIAImagem de capa: Sepehr Ghassemi

CONSULTORIA TÉCNICAMagali Tarouca

DIRETORA COMERCIAL Luísa Primavera Alves

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ACCOUNT Carla Pinheiro

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COORDENADOR DE PRODUÇÃO EXTERNA António Galveia

COORDENADOR DE PRODUÇÃO INTERNA Paulo OliveiraARTE DE CAPA Susana Berquó

PAGINAÇÃOSusana Berquó, Vanda Martins

CD-ROM – EDIÇÃO Joana Clara, Jorge Daniel Lopes

CD-ROM – ARTE DE CAPASusana Berquó

PROGRAMAÇÃO E DESIGNPaulo Santos

CD-ROM – PRODUÇÃO/EDIÇÃO DE VÍDEOSPaulo Santos

COORDENADOR DE CIRCULAÇÃOCarlos Nunes

SERVIÇO DE ASSINANTES E LEITORESMarisa Martins – Tel.: 21 862 15 43

E-mail: [email protected]: www.assineagora.pt

DISTRIBUIÇÃO DE ASSINATURASJ. M. Toscano, LDATel.: 214142909

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PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO

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TIRAGEM 11.000 ex.

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MEMBRO

A Future plc é detentora do título Digital Camera. Todos os artigos traduzidos e/ou adaptados são propriedade da mesma, estando a Goody, S.A.

autorizada a reproduzi-los em Portugal.

A primavera e o bom tempo estão de volta. Quer melhor motivo para sair e fotografar tudo o que se esconde no seu jardim? Sem esforço, sem custos...

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Aprenda LightroomParte 7GRÁTIS no CD

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82

Missão – Vida animal

O Mundo da Fotografia

1

Missão “Vida animal”

Deixe-se levar pelos melhores registos dos leitores.

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O Mundo da Fotografia

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Missão – Vida animal

2 João Alexandre Por verdes caminhos Canon EOS 500D; 55 mm;

f/7.1 a 1/100 seg.; ISO 100

1FOTO DO MÊS DE MARÇO Paulo Pinto Molhadinho

“Em plena manhã de agosto, quando a orvalhada já se faz sentir... e muito!”

Canon EOS 600D;f/13 a 1/6 seg.; ISO 200

2

O nosso leitor Paulo Pinto foi o vencedor do passatempo Missão de março, com o tema Vida Animal, e receberá um tripé Hama Profil Duo III, no valor de € 59, uma oferta Hama.

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Page 84: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

O Mundo da Fotografia

4

84

Missão – Vida animal

3

4 Luis Mirão Ladybug “Esta fotografia serviu de teste a uma objetiva comprada em segunda mão. Adorei o resultado!”

Nikon D7100; 90 mm;

f/10 a 1/250 seg.; ISO 250

3Manuel Passos Liberdade “Com graciosidade, a gaivota sulca o ar frio da manhã.” Canon EOS 40D; 200 mm;

f/4.5 a 1/1.600 seg.; ISO 400

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O Mundo da Fotografia Digital

85

Missão – Movimento

6

5

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Missão – Vida animal

6 Raul Gonçalves Louva-a-deus Canon EOS 60D; 100 mm

f/8 a 1/100 seg.; ISO 100

5 André Antunes Guardiã de lágrimas “Teia capturada ao nascer do sol e carregada de orvalho.” Canon EOS 600D; 190 mm;

f/5.6 a 1/640 seg.; ISO 160

85

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Missão – Vida animal

7

8

O Mundo da Fotografia

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Missão – Vida animal

10

9

7 Martine Costa Liberdade “Céu de Tróia, Setúbal.” Canon EOS 600D; 229 mm;

f/6.3 a 1/2.500 seg.; ISO 400

8 João Coutinho Liberdade em fúria

Nikon D90; 105 mm;

f/8 a 1/640 seg.; ISO 200

9João Almeida Argynnis pandora “Serra da Lousã.” Canon EOS 5D Mark II; 100 mm;

f/5.6 a 1/800 seg.; ISO 200

10Nuno Salvador Kiss me “Foto captada em Alhandra, junto ao rio Tejo.” Canon EOS 5D Mark III; 200 mm;

f/2.8 a 1/500 seg.; ISO 100

O Mundo da Fotografia

Page 88: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

O Mundo da Fotografia

Missão – Vida animal

11

11Ricardo Catarro Sabedoria “Não é para onde olhas, mas sim o que realmente vês...” Nikon D7100; 105 mm;

f/3 a 1/160 seg.; ISO 320

88

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89

Missão – Vida animal

O Mundo da Fotografia

12 Manuel Adrega Golden dragonfly “Entre muitos simbolismos nestes seres, destacam-se a renovação, a força positiva e o poder da vida em geral.” Canon EOS 600D; 135 mm;

f/7.1 a 1/250 seg.; ISO 400

“Por vezes, as imagens mais simples são as mais difíceis de conseguir.” Robert Frank

12

Certamente já percorreu as ruas da sua cidade de câmara em punho à procura da imagem perfeita... Então partilhe connosco o resultado!

Fotografia de rua Envio até 8 de março

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© João Amaro

© Ricardo Campos

Page 90: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

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9191

Visto à lupa

96

92 Análise detalhada à Samsung NX1 Eis uma compacta de objetivas intermutáveis com aspirações de topo.

96 Panasonic Lumix DMC-GM5 em teste

100 Miniconfronto Fique a conhecer seis câmaras compactas com sensores amplos.

102 Confronto: oito apelativas objetivas ultragrande- -angular em teste!

Em análiseTestamos, com rigor, as mais recentes novidades do mercado: câmaras, acessórios, software, impressoras e muito mais.

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92 102

O Mundo da Fotografia

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92

Samsung NX1

ASamsung produziu algumas câmaras de sistema compacto competentes, como a NX30 e a NX Mini,

mas estas versões não prenderam verdadeiramente a atenção do típico fotógrafo entusiasta. Todavia, a NX1 tem uma miríade de especificações que poucos conseguem ignorar.

Para começar, o sensor no interior da nova estrela da Samsung é um dispositivo CMOS retroiluminado de formato APS-C com 28 milhões de píxeis. Este é o total de píxeis mais elevado de qualquer câmara de sistema compacto de formato APS-C – e é a primeira vez que uma tecnologia de retroiluminação é usada para criar um sensor maior do que os de 1”. Assim sendo, o elevado número de píxeis da NX1 e a falta de um filtro de suavização ou passa-baixo ótico sobre o sensor deve ser favorável à resolução do detalhe. Entretanto, a retroiluminação faz com que haja mais espaço para os díodos de captação de luz, havendo menos ruído de imagem.

CARACTERÍSTICASO sensor está acompanhado por um novo motor de processamento, Drime V, que se diz ser 2.8x mais célere que

os anteriores motores da Samsung. Este poder de processamento extra permite uma velocidade de disparo contínuo máxima de 15 frames por segundo. O fabricante reivindica que esta velocidade pode ser mantida até 78 JPEG Fine Quality ou 21 ficheiros Raw; mas com um cartão SanDisk Extreme PRO UHS II instalado, descobrimos que conseguíamos obter cem JPEG Super-Fine. Se precisar de fotografar por mais tempo, a velocidade de disparo pode ser reduzida para oito, dez ou 12 fps.

Já o novo processador Drime V permite a gravação de vídeo 4K; uma gama de sensibilidade nativa de ISO 100-25600 (que pode ser expandida para ISO 51.200); e tecnologia de redução de ruído adaptável, que aplica a redução de ruído localmente. Além disso, os ficheiros Raw são guardados em 14 bits no modo de disparo único e 12 bits em disparo contínuo.

A autofocagem é controlada pelo novo NX AF System III da Samsung, que tem 205 pontos AF de deteção de fase (153 de tipo cruzado) e 209 pontos de deteção de contraste. Estes pontos cobrem praticamente todo o frame da imagem. A marca reclama um tempo de reação do AF de 0,055 segundos e funcionamento até -4EV. Quando a luz desce para menos de -4EV, uma luz verde de assistência à focagem brilha em padrão de grelha até 15 metros.

Além do ecrã tátil Super AMOLED de 3” e 1.036.000 pontos, que pode

> ESPECIFICAÇÕES

Somos tentados pela NX1 da Samsung, com o maior número de píxeis de qualquer câmara sem espelho APS-C...

Sensor CMOS BSI de formato APS-C com 28,2 milhões de píxeis efetivos

Fator de 1.5x conversão Memória SD / SDHC / SDXCOcular EVF OLED

com 2.360.000 pontosVídeo 4K (3.840 x 2.160)

a 30 fpsGama ISO 100–25600; expansível

para ISO 51200Autofoco 205 pontos de deteção

de fase; 209 de contrasteVel. disparo (máx.) 15 fpsEcrã Ecrã tátil AMOLED

com 1.036.000 pontosVel. obturação 1/8.000–30 seg. mais BulbPeso 550 gramas (apenas corpo)Dimensões 138,5 x 102,3 x 65,8 mmBateria Iões de lítio, incluída

A melhor NX

Em cima O flash incorporado da NX1 tem um número guia de 11 a ISO 100.

Vale a pena o upgrade?A NX1 inicia assim uma nova linha de câmaras para a Samsung! Todavia, os detentores da NX30 podem querer o upgrade para este modelo mais “sério”. Estes podem sentir a falta do ecrã de ângulo variável da NX30, mas vão apreciar o sistema

de autofoco superior e a capacidade de disparo contínuo de 15 fps. A nova câmara tem quase mais oito milhões de píxeis efetivos no sensor, por isso regista mais detalhe que a NX30. De realçar que também há melhor controlo de ruído.

CSC Samsung NX1 > Preço sob consulta > www.samsung.com/pt

O Mundo da Fotografia

ANÁLISE EM VÍDEO

NO CD

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November 2014 Digital Camera

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www.digitalcameraworld.com

AutofocoMesmo sob pouca luz, o sistema AF da NX1 é capaz de seguir assuntos em movimento.

PROVA VIVA

A MELHOR FOTOO que adoramos na NX1, numa única imagem.

Equilíbrio de brancosO sistema de equilíbrio de brancos da NX1 produz resultados apelativos sob iluminação natural.

Controlo de ruídoMesmo imagens captadas a ISO 6400 como esta têm um bom nível de detalhe e o ruído é bem controlado.

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Samsung NX1

ser dobrado para cima a 90 graus e para baixo a 45, a Samsung deu à NX1 uma ocular eletrónica OLED de 2.360.000 pontos para compor e rever as fotografias.

Nenhuma câmara Samsung estaria completa sem conectividade Wi-Fi e a NX1 não é exceção. Também tem comunicação Bluetooth 3.0 para estabelecer ligações céleres com dispositivos compatíveis, bem como

tecnologia NFC. Isto significa que deve ser rápido e fácil ligar à câmara a uma série de equipamentos destinados a permitir o controlo remoto e a partilha de imagens.

CONSTRUÇÃOA Samsung optou por um design semelhante ao de uma reflex para a NX1. Embora não esteja no mesmo segmento de tamanho da Nikon D4S ou até mesmo da Canon EOS 5D Mark III, é bastante grande para uma câmara de sistema compacto.

Esta câmara tem um revestimento em liga de magnésio e é à prova de poeira e salpicos. Agradavelmente bem construída e bastante confortável no que toca ao manuseamento, faz-se valer de um punho frontal profundo e de um apoio de polegar eficaz na traseira.

Como é habitual numa CSC, a NX1 não inclui uma ocular ótica, mas a ocular eletrónica é excelente. Graças ao ecrã traseiro AMOLED, oferece uma vista suave e detalhada sem sinal de pixelização. A NX1 tem ainda uma opção Manual Focus Assist que define a câmara para mostrar uma vista ampliada 5x ou 8x ao focar

“É bastante confortável na mão, com um punho frontal profundo e um apoio de polegar eficaz.”

Canon EOS 7D Mark II€ 2.163 (apenas corpo)A mais recente reflex de formato APS-C da Canon tem um fantástico sistema AF, que é detentor de uma miríade de opções de personalização.

A rivais…Veja como a NX1 se sai face à concorrência.

Fujifilm X-T1€ 1.999 (apenas corpo)Uma EVF soberba e controlos rétro, assim como uma qualidade de imagem elevada, fizeram desta câmara um verdadeiro êxito.

A NX1 vista à lupa Um guia com as funções-chave.

Este cursor dá acesso a modos de exposição, duas entradas personalizadas e ao Samsung Auto Shot.

Este pequeno ecrã no painel de topo é uma novidade num modelo Samsung: mostra dados de disparo essenciais.

Estes botões dão acesso a opções de AF, equilíbrio de brancos, medição e sensibilidade.

As objetivas iFunction tornam o ajuste de algumas definições-chave mais simples.

Este cursor oferece uma forma célere de definir a câmara para os modos de disparo contínuo ou AEB.

A marca diz que dar à NX1 um ecrã de ângulo variável em vez de uma unidade inclinável teria comprometido a durabilidade da construção.

Olympus OM-D E-M1€ 1.499 (objetiva 12-50 mm)Este modelo Micro Quatro Terços tem várias opções de personalização. Oprocessador de imagem TruePic VII proporciona resultados excelentes.

O Mundo da Fotografia

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Samsung NX1

manualmente. Mas esta ampliação só é aplicada ao centro do frame. Se o seu assunto estiver descentrado, tem de focar e recompor a imagem, o que pode originar pequenos erros de focagem, sobretudo com assuntos próximos. Mas a combinação de vista detalhada e focus-peaking torna a focagem manual mais acessível.

Fique a saber que a Samsung NX1 é compatível com as objetivas iFunction da Samsung, que permitem alterar funcionalidades essenciais como a sensibilidade, o equilíbrio de brancos e a compensação de exposição.

DESEMPENHOGraças ao total de píxeis de 28 milhões no sensor de formato APS-C, a NX1 consegue captar mais detalhe

que a Olympus OM-D E-M1, a Canon EOS 7D Mark II ou a Nikon D7100 na maioria das definições de sensibilidade. Além disso, o sensor retroiluminado controla bem o ruído, o sistema multimedição 221 Block Segment apresenta resultados expostos corretamente na maioria das situações, e o sistema de equilíbrio de brancos automático lida bem com as condições de iluminação natural.

As imagens captadas na gama ISO 100-400 têm uma quantidade de detalhe impressionante e as texturas complexas são bem reproduzidas. Examinar imagens no ecrã a 100% revela que os níveis de detalhe começam a baixar a cerca de ISO 800, mas ainda assim os resultados são agradáveis. Por sua vez, subir

para ISO 25600 provoca uma queda significativa da visibilidade do detalhe e da saturação em JPEG a 100%.

O ruído cromático dá-se a conhecer a 100% em ficheiros Raw a ISO 1600 e superior. Torna-se problemático em áreas de sombra a ISO 6400, quando precisa de ter cuidado com o processamento para encontrar um equilíbrio entre a visibilidade do ruído e a preservação do detalhe.

A opinião generalizada é que as CSC são pouco adequadas para fotografar desporto e ação, porque os sistemas de autofoco são demasiado lentos e o atraso das oculares eletrónicas dificulta o seguimento de um assunto. A NX1 põe termo a esta teoria: a EVF é responsiva e o sistema AF consegue deixar os assuntos em movimento nítidos sob pouca luz.

Fotografar a 15 fps dá à câmara muito pouco tempo para focar a objetiva. A NX1 não acerta sempre com assuntos em movimento, mas a taxa de sucesso é elevada em condições exteriores comuns.

VEREDICTOEm suma, a Samsung NX1 tem o aspeto e a sensação de uma câmara “a sério”, e é bastante apelativa para fotógrafos entusiastas que ainda não se comprometeram com uma marca de CSC. Na verdade, esta câmara capta imagens soberbas numa ampla gama de condições, mesmo quando o assunto está em movimento e os níveis de iluminação são fracos.

Em cima Captada a f/5.6, esta imagem mostra uma profundidade de campo bem limitada e com bastante detalhe.

A NX1 é o que há de mais parecido com uma experiente reflex num corpo sem espelho, com os benefícios extra que as CSC modernas podem trazer. Mas podia ter mais algumas opções de personalização.

CARACTERÍSTICAS

IMAGENS

CONSTRUÇÃO

QUAL./PREÇO

Veredicto

CLASSIFICAÇÃO FINAL

O Mundo da Fotografia

“A combinação de vista detalhada e focus-peaking torna a focagem manual fácil.”

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Em outubro de 2013, a Panasonic apresentou a GM1, a primeira de uma nova linha de câmaras de sistema

compacto ultraportáteis que ainda conseguem incluir um sensor Quatro Terços – o mesmo que encontramos na muito respeitada GX7.

Na verdade, estas câmaras são mais pequenas que algumas das compactas do mercado, como a elogiada Sony RX100 II, mas incluem um sensor mais amplo e objetivas intermutáveis.

Agora a Panasonic conseguiu impelir ainda mais o conceito. A GM5 mantém o mesmo sensor, mas adiciona uma ocular e uma sapata, tornando-se ainda mais apelativa para fotógrafos experientes que desejam algo compacto e leve, mas capaz de produzir imagens de alta qualidade.

CARACTERÍSTICASTambém houve outras melhorias, incluindo uma definição de expansão da sensibilidade ISO 100, que leva toda a gama para ISO 100–25600; um aumento da velocidade de disparo contínuo máxima de 5 fps para 5,8 fps, ou 5 fps com AF de seguimento; a adição do modo Snap Movie; e o

Manual Creative Control a funcionar durante a gravação de vídeos.

A conectividade Wi-Fi está integrada e há uma app gratuita, disponível para iOS e Android, que permite controlar a câmara remotamente, ou partilhar as imagens nas redes sociais em segundos.

Também em estreia estão o Eye/Face Detection AF, o ajuste Highlight and Shadow e o Creative Panorama da Panasonic – a capacidade de adicionar 18 das 22 opções Creative Control ao captar imagens panorâmicas.

Tal como a GM1, a GM5 mostra um ecrã tátil de 3” e com 921 mil pontos, para compor, fazer seleções

de definição e deslocar-se pelas fotografias. A este junta-se agora uma ocular eletrónica de 1.166.000 pontos, para tornar o enquadramento e a revisão de imagens mais prático sob luz brilhante – ou apenas para satisfazer aqueles que preferem recorrer a uma ocular.

A gravação de vídeo Full HD está disponível nos formatos AVCHD e MP4. E fique a saber que também é possível gravar time‑lapses e animações em stop‑motion.

Para manter o tamanho do sistema reduzido, a GM5 faz-se valer de uma objetiva de kit pequena, uma pancake 12-32 mm f/3.5-5.6 retrátil. Na verdade, há uma ampla gama de objetivas disponível para o sistema Micro Quatro Terços, não apenas as fabricadas pela Panasonic. Como o encaixe é partilhado, também pode usar objetivas Olympus, bem como as produzidas pela Sigma.

CONSTRUÇÃOQuando olha pela primeira vez para a GM5, é difícil acreditar que é uma

> ESPECIFICAÇÕES

A pequena CSC da Panasonic consegue incluir um sensor Quatro Terços. Comprove se a GM5 é um modelo a ter em conta...

Sensor Live MOS Quatro Terços de 16 MP (17,3 x 13 mm)

Fator de 2x conversão Memória SD / SDHC / SDXCOcular Live View

de 1.166.000 pontosVídeo Gravação Full HD (1.080p) Gama ISO 200–25600 (expansível

até 100–25600)Autofoco 23 pontosVel. disparo (máx.) Obturador mecânico,

5,8 fps; obturador eletrónico, 40 fps

Ecrã Monitor tátil LCD TFT de 3” e com 921.000 pontos

Vel. obturação 1/16.000–60 segundosPeso 281 gramas (incluindo

cartão SD, bateria e objetiva 12-32 mm)

Dimensões 98,5 x 59,5 x 36,1 mmBateria Pack de bateria de iões de

lítio recarregável (incluído)

Pequena maravilha

Em cima Fique a saber que existem cursores para definir a exposição e o modo de focagem.

Vale a pena o upgrade?Se procura a sua primeira câmara de sistema compacto ou algo para usar como câmara portátil para o dia a dia, a GM5 é a opção ideal – sobretudo se tiver outras câmaras Micro Quatro Terços, porque pode usar as suas objetivas. Se já

tiver a GM1, a atração da ocular da GM5 pode ser o suficiente para o convencer a fazer o upgrade, mas, caso contrário, a qualidade de imagem dos dois modelos é mais ou menos igual. O importante nesta atualização são as novas funcionalidades.

CSC Panasonic Lumix DMC-GM5 > € 799 (apenas corpo) > www.panasonic.com/pt

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Panasonic Lumix DMC-GM5

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Picture StylesPode usar filtros digitais para obter abordagens interessantes. Eis o filtro Dynamic Monochrome. Fotografar em formato Raw faz com que tenha uma versão limpa da imagem, se precisar.

PROVA VIVA

A MELHOR FOTOO que adoramos na Panasonic Lumix DMC-GM5, numa única imagem.

Objetiva de kitA objetiva de kit 12-32 mm tem um bom desempenho como primeira objetiva, ajudando a produzir imagens detalhadas.

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Use o ecrã tátil ou pressione o controlo de navegação esquerdo para escolher o ponto de autofoco.

O Mundo da Fotografia

câmara de sistema compacto, ou que a objetiva é amovível. Embora não caiba num bolso das suas calças com a já referida objetiva de kit 12-32 mm encaixada, vai certamente entrar no bolso do seu casaco, o que a torna uma câmara portátil bastante apelativa para o dia a dia.

Embora a GM5 seja ligeiramente maior que a GM1, ainda é incrivelmente pequena para uma

câmara de objetivas intermutáveis. A ocular não acrescenta muito ao tamanho, encontrando-se no canto superior esquerdo do corpo. Além disso, não ocorreram

mudanças significativas no design e manuseamento da câmara em comparação com a GM1.

Dado que a GM5 tem um ecrã tátil traseiro, a Panasonic podia ter optado por omitir cursores e botões – mas felizmente também há um número satisfatório deles.

No topo da câmara, encontrará um cursor para alternar entre vários modos de exposição, incluindo o Semiautomático (P/A/S) e o Manual (M). Também há as opções Automatic, Creative, Scene, Video e Panorama, e ainda uma única entrada para um conjunto de definições personalizadas. Ainda no topo, encontrará o botão On/Off e o botão de disparo, juntamente com um cursor para escolher o modo de focagem. Pode optar entre AF-S (único), AF-C (contínuo) e manual.

Na parte de trás, encontrará um bloco de navegação standard de quatro lados, com cada tecla direcional

“Cabe no bolso de um casaco, o que a torna uma câmara portátil bastante apelativa para o dia a dia.”

Nikon 1 J4€ 510 (objetiva 10-30 mm)Particularmente apelativa para utilizadores Nikon, a J4 é uma câmara de sistema compacto pequena e com um desempenho sólido.

As rivais…Veja como a Lumix GM5 se sai face à concorrência. Samsung NX mini

€ 279 (9mm + Micro SD 16GB)Eis um corpo reduzido e detentor de um sensor de uma polegada. Saiba que a gama de objetivas é limitada, ainda que altamente acessível.

A Panasonic GM5 vista à lupaUm útil e resumido guia com as funções-chave desta câmara.

Controlar a câmara com o smartphone através de uma ligação Wi-Fi é prático e célere.A EVF é pequena,

mas tem uma vista razoavelmente brilhante e é útil em condições luminosas.

Defina os botões personalizados de acordo com o seu propósito e consiga um controlo extra.

Empurre este cursor para dentro para alternar entre abertura e velocidade de obturação.

O controlo de navegação de baixo pode funcionar como um botão Q para fazer surgir um menu rápido para as suas definições mais usadas.

Sony RX100 III€ 849 (apenas corpo)Sensivelmente do mesmo tamanho que a GM5 mas com uma objetiva fixa, a RX100 III tem ocular integrada e uma objetiva de kit f/1.8.

Panasonic Lumix DMC-GM5

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O Mundo da Fotografia

atribuída a uma função específica. Antigamente, um cursor de scroll funcionava como bloco de navegação e era usado para alterar a abertura e a velocidade de obturação, mas agora a Panasonic incluiu um cursor dedicado ao lado do apoio de polegar.

A ocular eletrónica tem um sensor que deteta quando a câmara está elevada ao nível do olhar, ativando a EVF e desligando o LCD.

Uma funcionalidade útil que a Panasonic trouxe da outra gama G-series é a TouchPad AF. Esta é uma definição ativada através do menu principal e que permite continuar a usar o ecrã tátil para definir o ponto de autofoco. Contudo, tenha cuidado para não tocar com o nariz no ecrã e alterar acidentalmente o ponto AF.

DESEMPENHOAs imagens são brilhantes e incisivas à saída da câmara, sem parecerem demasiado sobressaturadas. Se quiser aumentar o contraste e conferir-lhes um caráter mais vibrante, pode alterar o Photo Style para Vibrant; ou, se precisar de abafar as cores ligeiramente, pode escolher o Style mais adequado à suas necessidades. Também pode fotografar a preto-e-branco desta forma. A vantagem aqui é que pode fotografar em Raw e JPEG simultaneamente ao usar os Photo Styles.

A resolução do detalhe é excelente, e as imagens de baixa sensibilidade são maravilhosamente nítidas, mesmo visualizadas a 100%. À medida que avança

na gama ISO, mais ruído é introduzido e perde-se detalhe.

O sistema de medição polivalente da câmara faz um excelente trabalho a definir exposições precisas, quase sem precisar de compensação de exposição – embora em situações de alto contraste possa ser bom inserir alguns stops ocasionalmente.

O sistema de equilíbrio de brancos automático lida bem com uma variedade de condições de iluminação. Sob luz natural, as imagens captadas com a definição Auto são indistinguíveis das registadas com as definições de equilíbrio de brancos Sunny ou Cloudy. Sob luzes artificiais, as cores podem ficar pouco naturais.

De uma forma geral, as velocidades do autofoco são céleres, sobretudo sob uma boa iluminação. À medida que a iluminação diminui, as velocidades caem ligeiramente.

VEREDICTOCâmaras como a Lumix GM5 deixam outras câmaras de sistema compacto mais pequenas numa situação inferior, graças ao amplo sensor – estamos a falar da Nikon 1, da Samsung NX mini e da gama Pentax Q. A linha de objetivas disponível para câmaras com encaixes Micro Quatro Terços, como a GM5, também é mais flexível e extensa.

Dito isto, parece que a Panasonic não vê essas CSC em miniatura como a concorrência da GM5, mas, em vez disso, opõe-na a câmaras compactas premium como a Sony RX100 III e a Canon G1X Mark II. Há vantagens e desvantagens em ambos os modelos de câmara, mas a GM5 parece ganhar em tantas áreas que é difícil não a recomendar a qualquer fotógrafo que procure uma qualidade de imagem soberba num corpo minúsculo.

Em cima As cores são brilhantes e incisivas na própria câmara, sem serem excessivamente vibrantes.

A GM1 revelou conseguir resultados de topo e as alterações que a Panasonic fez agora com a GM5 só melhoraram um já de si bom produto – por isso, leva a pontuação máxima de novo. Excelente trabalho!

CARACTERÍSTICAS

IMAGENS

CONSTRUÇÃO

QUAL./PREÇO

Veredicto

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1 Canon PowerShot G1X Mark II Preço: € 749

Site: www.canon.pt

Durante anos, a série G da Canon foi considerada a rainha das compactas premium. E agora a G1X Mark II deixa para trás alguns problemas da antecessora e dá origem a um modelo muito “competente”. Encontra aqui um sensor quase tão grande como um APS-C e uma lente com um zoom ótico 5x versátil, com f/2 no ângulo amplo e subindo para f/3.9 em teleobjetiva. Mas este é um elemento que fica um pouco atrás da objetiva zoom da Panasonic... O processador Digic 6 consegue um excelente controlo de ruído e as imagens mostram um apelativo tom quente. Com ecrã tátil e Wi-Fi!

2 Fujifilm X100S Preço: € 1.199

Site: www.fujifilm.eu/pt

Juntamente com o sensor APS-C X Trans CMOS, a X100S inclui uma objetiva de distância fixa 23 mm f/2 e vários controlos tradicionais que os entusiastas vão apreciar. Tudo isto ajuda a dar à Fujifilm um look rétro. Também está equipada com uma boa ocular híbrida, que permite escolher entre as vertentes ótica e eletrónica. Por aqui preferimos a eletrónica... Um sistema de focagem rápido e preciso e uma qualidade de imagem excelente fazem da X100S uma boa opção para vários tipos de utilização. Contudo, não está presente Wi-Fi e, embora o ecrã traseiro seja bom, não é tátil...

3 Nikon Coolpix A Preço: Desde € 499

Site: www.nikon.pt

Os fãs da Nikon que procuram uma alternativa de bolso à reflex devem gostar da Coolpix A, que ostenta um sensor de tamanho APS-C e uma objetiva fixa 28 mm f/2.8. As imagens são ótimas e quase equivalentes aos resultados conseguidos por uma reflex do mesmo preço com objetiva de kit. Mas há sinais de sombreado nos cantos das imagens, em alguns casos. Infelizmente, não está integrado um ecrã tátil nem Wi-Fi, e a focagem pode ser um pouco lenta, por vezes. Contudo, se já é utilizador Nikon vai sentir-se perfeitamente “em casa” com o sistema de menus.

O melhor: Processamento e focagem super-rápidos; imagens com pouco ruído, talvez por culpa do processador Digic 6.

O pior: A câmara mais pesada do teste...

Veredicto: Qualidade de imagem incrível num corpo com funcionalidades incríveis.

O melhor: Os controlos estão bem organizados, usá-la é fácil e rápido.

O pior: As outras câmaras X da Fujifilm incluem Wi-Fi integrado, esta não...

Veredicto: Uma linda câmara rétro, com controlos e modos manuais fantásticos.

O melhor: Uma boa combinação de sensor e lente, com resultados positivos.

O pior: O sombreado nos cantos é óbvio em certas imagens; sem Wi-Fi e ecrã tátil.

Veredicto: Uma câmara agradável de explorar, que gera imagens excelentes.

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Compactas de topo

Compactas com sensor grande!Qualidade de imagem soberba e muitos controlos manuais é o que prometem estes modelos...

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Veredicto Veredicto Veredicto

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Compactas de topo

4 Panasonic Lumix LX100 Preço: Desde € 799

Site: www.panasonic.pt

A LX100 é a câmara mais “jovem” deste teste e combina todas as vantagens de um sensor Micro Quatro Terços com uma objetiva zoom 24-75 mm. Na utilização normal, muitas opções de controlo, incluindo o anel de abertura e o cursor de velocidade de obturação, podem dar lugar ao automático, se quiser descontrair um pouco... A excelente ocular fá-la parecer mais próxima de uma reflex que algumas das outras compactas do grupo, com uma visão nítida e brilhante. Também conta com Wi-Fi integrado, para disparos remotos e partilha de imagens. O ecrã não é tátil, o que é pena...

5 Ricoh GR Preço: Desde € 589

Site: www.ricoh-imaging.pt

A Ricoh GR não é uma câmara cara, até porque já está à venda há algum tempo... No interior encontra um sensor de tamanho APS-C e, tal como acontece na Nikon Coolpix A, uma objetiva 28 mm f/2.8 de distância focal fixa. Não está incluído um filtro de suavização e as cores são naturais e as exposições são boas. O ruído mostra-se bem controlado, mas é aconselhável fotografar em Raw para tirar o melhor partido da câmara. Lamentamos os factos de não existir Wi-Fi integrado e de o ecrã não ser tátil. Para os mais exigentes, não existir zoom pode ser limitativo...

6 Sony RX1R Preço: € 3.099

Site: www.sony.pt

Sendo a câmara mais cara do teste, a RX1R é também a única com um sensor full-frame. Os controlos tradicionais serão apreciados pelos entusiastas, certamente, enquanto a objetiva Carl Zeiss 35 mm f/2 é ideal para fotografia de rua... As cores são vibrantes e o ruído é bem controlado sob pouca luz. A ausência de um filtro de suavização torna a resolução de detalhe de cada fotografia excecionalmente boa. No entanto, não está presente Wi-Fi nem um ecrã tátil, ao passo que a autonomia deixa um pouco a desejar... Também é a mais pesada do teste, sendo difícil guardá-la no bolso de um casaco.

O melhor: A ocular soberba inclui um sensor para detetar quando a câmara não está ao nível do olhar.

O pior: Não há espaço para um flash integrado, mas é fornecido um no pack.

Veredicto: Um sonho para entusiastas!

O melhor: Todo o controlo manual de que precisa, num corpo leve e pequeno.

O pior: Pode ser difícil ver as imagens no ecrã quando sob luz muito brilhante.

Veredicto: As opções de personalização são ótimas e as imagens nítidas.

O melhor: Um bom sensor full-frame junta-se a uma objetiva Carl Zeiss – o resultado são imagens soberbas.

O pior: A autonomia é relativamente “pobre”, durando, por vezes, apenas algumas horas e escassos disparos.

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As melhores objetivas ultragrande-angular

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EM COMPETIÇÃO1 Canon EF-S 10-22 mm f/3.5-4.5 USM, € 8352 Nikon AF-S DX 10-24 mm f/3.5-4.5G, € 8753 Panasonic Lumix G Vario 7-14 mm f/4, € 1.6504 Sigma 8-16 mm f/4.5-5.6 DC HSM, € 6985 Sigma 10-20 mm f/3.5 EX DC HSM, € 6226 Tamron SP AF 10-24 mm f/3.5-4.5 Di II, € 4697 Tokina AT-X Pro 11-16 mm f/2.8 DX II, € 5698 Tokina AT-X Pro 12-28 mm f/4 DX, € 499

Para tornar este teste o mais completo possível, atribuímos estes selos especiais para indicar qual das objetivas é a melhor para cada sistema. Siga as cores!

SELOS ESPECIAIS

Confirme na legenda a compatibilidade das objetivas. C para Canon, N para Nikon, O para Olympus, P para Pentax, S para Sony e Sg para Sigma.

BAIONETA

N PC S SgO

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As melhores objetivas ultragrande-angular

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Objetivas ultragrande-angular

Se pretende captar imagens amplas com a sua câmara de sensor APS-C, fique a saber quais são as oito objetivas zoom mais desafiantes, céleres e apelativas no terreno.

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Anatomia Constantes e variáveis

A Panasonic, Sigma 10-20 mm, e ambas

as objetivas Tokina do teste, são objetivas de abertura constante. Logo, a abertura mais ampla disponível mantém-se fixa por toda a gama zoom de cada objetiva. É útil no modo Manual, pois pode estar seguro de que se definir uma abertura ampla, ela não mudará se alterar a definição de zoom. As objetivas Canon, Nikon, Sigma 8-16 mm e Tamron têm um design de abertura variável, no qual a mais ampla disponível encolhe de f/3.5 para f/4.5 (f/4.5-5.6 para a Sigma) à medida que estende pela gama zoom. No modo Manual, pode ter de ajustar a velocidade de obturação ao fazer zoom para diferentes distâncias focais, se quiser evitar erros de exposição.

Uma vantagem das objetivas zoom de abertura constante é o facto de, por vezes, terem uma abertura disponível mais ampla que as suas equivalentes de abertura

variável na ponta longa da gama zoom. Não é tão óbvia entre as objetivas deste teste, além da Tokina 11-16 mm de abertura constante, que é bastante “mais célere” a f/2.8.

focal “efetiva” é de 36 mm, 38,4 mm ou 48 mm respetivamente. Na prática, uma objetiva 24 mm vai dar-lhe um ângulo de visão de cerca de 85 graus numa câmara full-frame, mas apenas cerca de 60 graus numa de formato APS-C, e muito menos num corpo MFT. Não consegue contemplar tanto

numa fotografia, por isso vai precisar de uma ferramenta específica.

APOSTAR NA EVOLUÇÃOCom o advento da fotografia com reflex digitais, os fabricantes tiveram de criar objetivas que oferecessem uma amplitude de visão que os fotógrafos conseguiam ter com as câmaras de película 35 mm. E as objetivas grande-angular inserem-se num de dois campos. As objetivas retilíneas, desenhadas para manterem a distorção no mínimo, são de longe as mais populares. As objetivas curvilíneas ou “olho de peixe” oferecem um ângulo de visão ainda maior, até 180 graus, e ambos os planos vertical e horizontal, mas à custa de muita distorção em barril. Para este teste, vamos continuar com as objetivas retilíneas.

Quase não há objetivas fixas grande-angular retilíneas criadas para câmaras de sensor APS-C, embora a Samyang tenha lançado uma objetiva fixa de 10 mm que estará disponível para todos os tipos de encaixe principais. As objetivas zoom sempre foram mais populares, com a maioria a oferecer uma gama zoom de 10-20 mm. Para câmaras Nikon,

Os testes a objetivas têm duas fases. Primeiro, são

feitos testes de laboratório, fotografando dois gráficos de teste sob condições de luz controladas. Os resultados são processados no Imatest Master, para que possamos quantificar o desempenho ótico em termos de nitidez, aberrações cromáticas e distorção. A qualidade geral

é avaliada no centro, nas arestas e cantos das imagens.

Para os testes no terreno, usamos cada objetiva sob condições de luz interiores e exteriores muito variadas. O manuseamento, a suavidade e a precisão dos anéis de zoom e focagem, assim como o funcionamento de todos os botões são verificados.

Testamos a velocidade

e a precisão dos vários sistemas de autofoco e o funcionamento do reajuste manual, se estiver disponível. Devido aos ângulos de visão muito amplos oferecidos por estas objetivas, vigiámos a vinhetagem com as aberturas mais amplas da gama zoom. As classificações são dadas às características, à construção, às imagens e ao valor.

Condições de teste Conselhos em que pode confiar

O que vê nem sempre é aquilo que obtém... Olhe para uma cena perfeita, coloque uma câmara ao nível

do olhar... e a maioria desaparece de vista! Isto deve-se ao ângulo de visão relativamente limitado de uma objetiva zoom ou fixa standard. E isto pode ser realmente frustrante quando está a procurar captar paisagens vastas com céus amplos e dramáticos. É ainda mais problemático numa fotografia de interior, em que fisicamente não se pode distanciar o suficiente para incluir tudo o que quer no frame.

Além disso, pode haver problemas semelhantes em fotos arquitetónicas, em que a distância de disparo máxima é ditada pelos edifícios e outros obstáculos. Então, o que precisa é de uma objetiva grande-angular.

AMPLITUDE Investir numa objetiva grande-angular altera massivamente a sua visão. Não se trata apenas de adicionar mais de uma cena na imagem. Também pode aproximar-se de objetos do primeiro plano e dar mais distância aparente entre eles e a distância média ou o plano de fundo, exagerando o efeito da perspetiva.

Ao escolher uma grande-angular, o sensor de imagem da câmara é um fator crucial. Quanto menor for o sensor, maior é o multiplicador de distância focal, o que pode ser vantajoso ou negativo. É bom o “fator de conversão” permitir um alcance de teleobjetiva com objetivas compactas, mas é mau as objetivas grande-angular perderem a visão periférica.

Coloque uma grande-angular de 24 mm num corpo de formato APS-C Nikon ou Canon, ou numa Micro Quatro Terços, e a distância

“Pode aproximar-se de objetos do primeiro plano, exagerando o efeito da perspetiva para criar imagens de topo.”

Com objetivas de abertura variável, pode ter de ajustar a velocidade de obturação no modo Manual ao mudar para uma distância focal diferente.

O Mundo da Fotografia

As melhores objetivas ultragrande-angular

Page 105: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

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O Mundo da Fotografia

TRANSPARENT BACKGROUNDWITH A SLIGHT DROP SHADOW

REMOVE ANY DUST/MARKS ETC BRING OUT HIGHLIGHTS ON

THE LENS

(DROP SHADOW ON SEPARATE LAYER PLEASE)

DO NOT RESIZE

THANKS

A TER EM CONTA

Objetivas ultragrande-angularO que procurar na hora de adquirir o equipamento...

Pentax e Sony, a gama zoom efetiva após o fator de conversão funciona como 15-30 mm, e é uma gama de 16-32 mm para Canon.

As zoom grande-angular oferecem um pouco de sobreposição com as distâncias focais abrangidas por zoom standard para câmaras APS-C, por exemplo, objetivas 18-55 mm. Mas muitos fotógrafos parecem usar as zoom grande-angular perto da definição de zoom mais curta.

A quantidade de distorção criada por zoom grande-angular nas definições de zoom médias a longas tende a ser muito menor do que a produzida por uma zoom standard na posição mais curta. Ao fotografar com uma distância focal de 18 mm em cada género de objetiva, por exemplo, pode esperar muito menos distorção da zoom grande-angular do que da sua objetiva zoom standard.

AMPLO E PROFUNDOAlém do ângulo de visão amplo, as objetivas zoom grande-angular vão dar-lhe um campo de visão enorme quando usadas na ou perto da definição de zoom mais curta. Para maximizar a profundidade de campo nas fotografias, alguns fotógrafos usam um calculador de distância. Estes estão disponíveis como quadros, gadgets físicos e até apps para smartphones e tablets. A título de exemplo, se fotografar com um corpo de formato APS-C Nikon, Pentax ou Sony, usando uma definição de zoom de 10 mm e uma abertura de f/11, a distância focal é cerca de 45 cm. Defina a distância de focagem para este valor e tudo na cena deve ficar nítido entre apenas 22,5 cm (metade da distância hiperfocal) até ao infinito.

Definir a distância hiperfocal parece bom em teoria, mas, na prática, exige grande precisão da escala de distância de foco da objetiva – se a sua companheira de terreno tiver uma. Uma solução mais prática é focar um ponto a um terço de distância da área da cena que é abrangida pelo frame. Verifique a nitidez em diferentes regiões do frame usando o Live View ampliado, ou captando uma imagem de teste e verificando a vista ampliada no modo de reprodução. Agora que conhece os benefícios das zoom ultra-amplas, vamos observar oito das opções mais recentes...

Rosca de filtroO tamanho da rosca de filtro é, tipicamente, 77 mm na maioria dos casos, embora a Sigma 10-20 mm tenha um de 82 mm. A Panasonic e a Sigma 8-16 mm têm para-sóis integrados, e não pode usar filtros de aparafusar.

Muitas vezes pode esperar encontrar dois ou mais elementos asféricos na

construção das grandes-angulares. As formas complexas garantem que os raios de luz que entram pelo centro e pelo perímetro da objetiva são mantidos simultaneamente

em foco. O resultado é uma redução da aberração esférica (franjas de cor longitudinais) e um aumento de nitidez e contraste. A combinação de elementos convexos e côncavos também é utilizada para reduzir a difração, o que origina franjas de cor.

Explicar Elementos (mais) eficazes

Para-solGraças a mecanismos de focagem interna em que o elemento frontal não roda, todas estas objetivas podem ser usadas com para-sóis em forma de pétala. São úteis para reduzir halos e reflexos.

Tamanho e pesoA maioria destas objetivas mede cerca de 85 x 90 mm (diâmetro x comprimento) e pesa entre 400 e 550 gramas. A Panasonic é menor e mais leve, com 70 x 83 mm e 300 gramas, e a Sigma 8-16 mm tem 106 mm.

Gama de zoomPara equivalência a full-frame, multiplique as distâncias focais da objetiva pelo fator de conversão da câmara. Costuma ser 1.5x para APS-C (1.6x Canon) e 2.0x para Micro Quatro Terços.

Distância focalAs distâncias focais mais curtas permitem um ângulo de visão mais amplo, mas pode haver variações entre diferentes objetivas da mesma distância focal.

Sistemas de autofocoO autofoco ultrassónico anelar tende a ser silencioso e célere. Os sistemas de motor de passo são mais lentos, mas silenciosos. Os de motor elétrico são, por vezes, vagarosos e ruidosos.

As melhores objetivas ultragrande-angular

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C

Canon EF-S 10-22 mm f/3.5-4.5 USM€ 835

Uma ampla gama de zoom.A opção topo de gama da Canon.

Nikon AF-S DX 10-24 mm f/3.5-4.5G€ 875

Em segundo lugar em termos de preço no grupo, a seguir à Panasonic, esta Nikon é particularmente cara para uma

objetiva grande-angular de abertura variável. A seu favor tem uma gama zoom 2.4x de topo, que partilha com a objetiva Tamron 10-24 mm, embora a Tamron custe um pouco mais de metade do preço. A qualidade de construção da Nikon é semelhante à da Canon, com autofoco ultrassónico de tipo anelar e a utilização de três elementos asféricos. A distância de focagem mais próxima de 24 cm e a rosca de filtro de 77 mm também são idênticas, mas a Nikon é 19% mais pesada, com 460 gramas. Onde a Canon usa um diafragma de seis lâminas, a Nikon tem sete para uma abertura ligeiramente mais arredondada. Estão incluídos dois elementos ED (Extra-low Dispersion), mas a objetiva não tem os revestimentos Nano Crystal para combater halos e reflexos. Em vez disso, usa o mais antigo Super Integrated Coating (SIC). Este modelo inclui um anel de selagem em borracha na placa de montagem.

DESEMPENHOO manuseamento é excelente, e o autofoco é célere, vigoroso e preciso. A nitidez de abertura média não é mais impressionante do que a da maioria das outras objetivas desta análise, mas a Nikon retém bem a nitidez em aberturas amplas, e nos cantos do frame. A vinhetagem também é bem controlada.

Apesar do recente lançamento da nova EF-S 10-18 mm da Canon, que parece uma versão grande-angular da última objetiva de “kit”

18-55 mm da marca, completa com STM (motor de passo) e estabilizador de imagem de quatro stops, esta ótica ainda é uma das opções mais caras e sofisticadas da marca e deste teste de grupo. Com dez anos, ainda parece um item de qualidade... Os luxos incluem um autofoco ultrassónico de tipo anelar e uma escala de distância de foco montada por baixo de uma janela de visualização. A objetiva mantém uma distância física fixa em toda a gama zoom. Dito isto, o elemento frontal aproxima-se mais da ponta avançada do barril. A construção interna inclui três elementos asféricos e um elemento Super UD (Super Ultra-low Dispersion). Como em muitas objetivas Canon, os revestimentos Super Spectra ajudam a resistir a halos e reflexos. E, enquanto todas as outras objetivas do teste incluem um para-sol, este modelo acaba por ser mais dispendioso pois tal não acontece de facto.

DESEMPENHONo passado experimentámos uma nitidez fraca com esta objetiva. A que testámos desta vez foi melhor no centro do frame com aberturas de cerca de f/8, em toda a gama zoom. Todavia, a nitidez ainda foi dececionante nas arestas e cantos, especialmente com aberturas mais amplas, onde a vinhetagem também foi visível.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CARACTERÍSTICAS

CONSTRUÇÃO

IMAGEM

QUAL./PREÇO

CARACTERÍSTICAS

CONSTRUÇÃO

IMAGEM

QUAL./PREÇO

TecnologiaTreze elementos em dez grupos; seis lâminas de diafragma; distância de focagem mais próxima de 24 cm; rosca de filtros de 77 mm, autofoco ultrassónico de tipo anelar; 84 x 90 mm; 385 gramas.

TecnologiaCatorze elementos em nove grupos; sete lâminas de diafragma; distância de focagem mais próxima de 24 cm; rosca de filtro de 77 mm; autofoco ultrassónico de tipo anelar; 83 x 87 mm; 460 gramas.

N

O Mundo da Fotografia

As melhores objetivas ultragrande-angular

CLASSIFICAÇÃO FINAL

VeredictoVeredicto

21

Page 107: O Mundo Da Fotografia Digital Nº 119

O Mundo da Fotografia

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Panasonic Lumix G Vario 7-14 mm f/4€ 1.650

Não vai ter uma vista limitada...Uma pequena “peça” de luxo.

Sigma 8-16 mm f/4.5-5.6 DC HSM€ 698

Apesar de ter uma gama de distância focal mais curta que outras objetivas grande-angular APS-C, esta Sigma 8-16 mm é fisicamente

mais longa. Isto porque o para-sol está integrado no barril, como acontece com o modelo da Panasonic. Mas o design é diferente, uma vez que a Sigma tem uma tampa de objetiva de duas partes, que permite encaixar um filtro de 72 mm. Contudo, para evitar vinhetagem severa, só pode utilizá-la na ponta longa da gama zoom.

Além de três elementos asféricos, a Sigma exibe quatro elementos FLD (F Low Dispersion). Diz-se que igualam o desempenho do vidro de fluorite de alta qualidade para transmissão de luz elevada, juntamente com dispersão mínima. A construção é apelativa e o manuseamento tira partido do anel de zoom suave e do sistema de autofoco ultrassónico de tipo anelar. Embora perca para a maioria da concorrência na extremidade da longa gama de zoom, a definição de zoom de 8 mm oferece um ângulo de visão de 121 graus – mais amplo do que os das outras objetivas.

DESEMPENHOUma desvantagem do ângulo ultra-amplo é o facto de a distorção em barril na extremidade curta da gama de zoom ser mais visível do que na concorrência. Mas é mínima nas definições médias e longas. A nitidez é boa, apesar de cair ligeiramente nos cantos.

Ofator de conversão 2.0x do sistema Micro Quatro Terços faz com que precise de uma distância focal reduzida para um ângulo de visão

amplo. Esta objetiva foi uma adição importante à série MFT, fornecendo a viabilidade do sistema. Remonta a 2009 e foi só a terceira objetiva MFT que a Panasonic lançou. Os preços desceram em relação ao modelo original – mas esta continua a ser, de longe, a objetiva mais dispendiosa deste grupo.

Apesar de ser relativamente pequena e leve, a Panasonic incluiu uns impressionantes 16 elementos em 12 grupos, tendo adicionado ainda dois elementos asféricos e dois elementos ED (Extra-low Dispersion). Com uma gama zoom efetiva de 14-28 mm, é ligeiramente mais ampla que a maior parte deste grupo de excelência, permitindo um ângulo de visão máximo de 114 graus.

Há uma fantástica sensação de precisão na construção da objetiva. Contudo, o design apresenta uma desvantagem: o para-sol está integrado na extremidade avançada do barril, o que significa que não pode fixar filtros de aparafusar ou suportes para filtros.

DESEMPENHOO sistema de autofoco com motor de passo é praticamente silencioso em funcionamento, mas não é especialmente rápido. A nitidez no centro do frame é bastante mediana, mas é bem mantida até aos cantos, mesmo ao trabalhar com uma abertura ampla de f/4.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CARACTERÍSTICAS

CONSTRUÇÃO

IMAGEM

QUAL./PREÇO

CARACTERÍSTICAS

CONSTRUÇÃO

IMAGEM

QUAL./PREÇO

TecnologiaDezasseis elementos em 12 grupos; sete lâminas de diafragma, distância de focagem mais próxima de 25 cm; sem rosca de filtro; autofoco de motor de passo; 70 x 83 mm; 300 g.

TecnologiaQuinze elementos em 11 grupos; sete lâminas de diafragma; distância de focagem mais próxima de 24 cm; rosca de filtro de 72 mm (apenas definição de zoom longa); autofoco ultrassónico de tipo anelar; 75 x 106 mm; 555 gramas.

As melhores objetivas ultragrande-angular

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N PC S Sg

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Sigma 10-20 mm f/3.5 EX DC HSM€ 622

Detentora do preço mais acessível...Grande em especificações e valor.

Tamron SP AF 10-24 mm f/3.5-4.5 Di II€ 469

Quando foi lançada, esta Tamron estabeleceu um novo recorde pela gama de zoom 2.4x para grande‑angular. Desde então,

isso foi igualado pela Nikon 10‑24 mm, e a Tokina 12‑28 mm também fica perto, com um maior alcance na extremidade longa da gama de zoom, embora não consiga ser tão ampla.

Da linha SP (Super Performance) da Tamron, esta objetiva inclui elementos asféricos e de baixa dispersão para corrigir aberrações, bem como multicamadas em superfícies internas para reduzir halos e reflexos. Inclui um motor elétrico integrado para autofoco: este não tem a afinação dos sistemas ultrassónicos de tipo anelar ou de motor de passo, e o anel de focagem roda durante o autofoco. Por isso, tem de ter o cuidado de manter os dedos afastados enquanto o autofoco está a funcionar.

DESEMPENHOO autofoco é um pouco lento e mais ruidoso que os sistemas ultrassónicos ou de motor de passo. Mesmo assim, é um exemplo silencioso da sua espécie. A nitidez no centro do frame é boa, sobretudo na extremidade curta da gama de zoom, embora as arestas e cantos das imagens possam parecer suaves. A distorção em barril continua nítida em toda a gama de zoom.

No passado pensámos que esta objetiva Tamron oferecia uma relação qualidade/preço muito boa. Ainda é uma boa compra, mas a descida de preço da Sigma 10‑20 mm f/3.5 faz a Tamron parecer menos uma pechincha.

Mais recente, maior e melhor que a 10‑20 mm original da Sigma, que ainda está à venda, esta exibe uma abertura constante em vez

de design de abertura variável. E o preço desceu desde o lançamento... A 10‑20 mm f/3.5 é uma objetiva de grau profissional e tem o típico acabamento preto que foi desde então posto de parte nas objetivas mais recentes. No interior estão quatro elementos asféricos, dois ELD (Extra Low Dispersion) e um SLD (Super Low Dispersion). A construção elegante também inclui autofoco ultrassónico de tipo anelar e um diafragma de sete lâminas. A abertura mais ampla – f/3.5 – é pouco maior que os designs f/4 rivais, mas a Sigma tem um elemento frontal visivelmente maior. É uma objetiva bastante volumosa e, medindo 87 x 88 mm, é fisicamente a mais larga do grupo, e a única a incluir uma rosca de filtros de 82 mm.

DESEMPENHOA sua nitidez e contraste são excelentes, vencendo todas as outras objetivas deste grupo. Também é muito consistente em toda a gama zoom, embora a nitidez dos cantos caia ao usar a definição de zoom de 10 mm zoom na abertura mais ampla de f/3.5.

As franjas de cor são muito bem controladas e a distorção só é realmente visível perto da extremidade mais curta da gama de zoom. Em geral, é uma objetiva soberba, e que agora tem também uma ótima relação qualidade/preço.

CARACTERÍSTICAS

CONSTRUÇÃO

IMAGEM

QUAL./PREÇO

CARACTERÍSTICAS

CONSTRUÇÃO

IMAGEM

QUAL./PREÇO

TecnologiaTreze elementos em dez grupos; sete lâminas de diafragma; distância de focagem mais próxima de 24 cm; rosca de filtros de 82 mm; autofoco ultrassónico de tipo anelar; 87 x 88 mm; 520 gramas.

TecnologiaDoze elementos em nove grupos; sete lâminas de diafragma; distância de focagem mais próxima de 24 cm; rosca de filtros de 77 mm; autofoco de motor elétrico; 83 x 87 mm; 406 g.

N PC S Sg

As melhores objetivas ultragrande-angular

VeredictoVeredicto

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CLASSIFICAÇÃO FINAL

N PC S

5 6

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Tokina AT-X Pro 11-16 mm f/2.8 DX II€ 569

Um menor ângulo de visão.Eis uma “velha” favorita!

Tokina AT-X Pro 12-28 mm f/4 DX€ 499

Disponível para câmaras Nikon e Canon, a Tokina 12‑28 mm oferece uma gama zoom efetiva de 18‑42 mm ou 19,2‑44,8 mm,

respetivamente. Até a versão Nikon, que oferece uma ângulo de visão máximo ligeiramente mais amplo, não chega aos três números. O ângulo de visão máximo de 99 graus é o mais estreito do grupo. Positivamente, a Tokina fica mais próxima de igualar a perspetiva de uma objetiva standard na ponta longa da sua gama zoom.

A objetiva parece tranquilizadoramente robusta e, como apenas a Nikon e a outra Tokina em teste, tem um anel vedante incorporado na placa de montagem. Também como a Tokina 11‑16 mm, este design inclui dois elementos asféricos e dois elementos SLD, mas há uma diferença visível nos sistemas de autofoco.

A 12‑28 mm tem o novo autofoco SD‑M (Silent Drive‑Module) da Tokina, baseado num sistema GMR (Giant Magneto Resistance). Falta‑lhe o reajuste manual a tempo inteiro, mas o anel de focagem não roda durante o autofoco, e pode alternar entre AF e MF através de um controlo simples no anel de focagem.

DESEMPENHOO autofoco é mais rápido e silencioso do que na maioria das objetivas Tokina. A quantidade de distorção em barril é pouco positiva na definição de zoom mais curta, mas é quase inexistente na ponta longa da gama zoom. A nitidez é razoável, mas não é tão boa na extremidade curta como na objetiva 11‑16 mm da Tokina.

Com a sua gama zoom 1.45x comparativamente insignificante, as distâncias focais mínima e máxima oferecidas por esta objetiva Tokina

são banais. É certamente fraca na ponta longa, e não iguala a distância focal mais curta de 10 mm da maioria das rivais. Mesmo assim, o ângulo de visão máximo é de uns úteis 104 graus, o que ultrapassa o da objetiva Tokina 12‑28 mm.

A objetiva inclui dois elementos asféricos e dois elementos SLD (Super‑Low Dispersion). Uma especificação que a distingue das outras é a abertura mais ampla de f/2.8, que permanece constante em toda a gama zoom. É a objetiva “mais célere” do grupo e um f/stop completo mais rápida que a Panasonic 7‑14 mm e a Tokina 12‑28 mm, de abertura constante.

A mais recente edição Mark II da objetiva não acrescenta muito para utilizadores Canon e Sony, à exceção das camadas renovadas para resistir a halos e reflexos. A atualização principal está na edição compatível com Nikon da objetiva, que adiciona um motor de autofoco. Como tal, consegue autofocar em corpos como o D3300 e D5300, que não têm um motor de autofoco na câmara.

DESEMPENHOPara um motor elétrico básico, o desempenho do AF é rápido e silencioso. A nitidez é boa em toda a gama de zoom, o que é uma das razões pelas quais esta tem sido uma objetiva tão popular. Mas o franjamento de cor é elevado e os níveis de distorção convencem pouco...

CARACTERÍSTICAS

CONSTRUÇÃO

IMAGEM

QUAL./PREÇO

CARACTERÍSTICAS

CONSTRUÇÃO

IMAGEM

QUAL./PREÇO

TecnologiaTreze elementos em 11 grupos; nove lâminas de diafragma; distância de focagem mais próxima de 30 cm; rosca de filtro de 77 mm; autofoco de motor elétrico; 84 x 89 mm; 550 g.

TecnologiaCatorze elementos em 12 grupos; nove lâminas de diafragma; distância de focagem mais próxima de 25 cm; rosca de filtro de 77 mm; autofoco elétrico (GMR); 84 x 90 mm; 530 g.

O Mundo da Fotografia

As melhores objetivas ultragrande-angular

VeredictoVeredicto

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CLASSIFICAÇÃO FINAL

NC S NC

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O Mundo da Fotografia

As melhores objetivas ultragrande-angular

QUALIDADE DE IMAGEM EM FOCO

26 32 28 26ISO 200 ISO 200 ISO 200 ISO 200

DIS

TOR

ÇÃ

OFR

AN

JAS

DE

CO

REM

EX

TERI

ORE

S

A quantidade de distorção em barril na extremidade curta

da gama zoom desta Canon é típica para esta classe de objetiva.

Há mais distorção em barril na extremidade curta da gama zoom do que em qualquer outra objetiva rival, à exceção da Sigma 8-16 mm.

As distorções são bem controladas, variando de ligeira distorção em

barril em definições de zoom curtas, a côncava ligeira na ponta longa.

Juntamente com um ângulo de visão exagerado a 8 mm vem uma

forte distorção em barril. Contudo, quase não há distorção a 14 mm.

O franjamento de cor em torno de arestas de alto contraste numa

cena pode ser bastante visível perto dos cantos do frame.

O franjamento de cor visível a 10 mm é espectável, mas ainda assim é reduzido em definições

de zoom médias e longas.

As franjas de cor são um pouco mais evidentes do que na maioria das

rivais, sobretudo ao compará-las em definições de zoom médias a longas.

Franjamento de cor evidente nos cantos do frame a uma distância

focal de 8 mm, mas bem controlado em definições médias a longas.

Resultados em laboratório para nitidez central a f/8 mais fracos que na Canon. Nas arestas e a aberturas

amplas, a nitidez é dececionante.

A nitidez de abertura ampla é excelente a 10 mm ao longo de todo

o frame, embora caia à medida que avança na gama de zoom.

A Panasonic não é certamente a mais nítida do teste, mas pelo menos os níveis de nitidez são consistentes em todo o frame.

Os níveis de nitidez são muito similares aos da objetiva Panasonic,

com a mesma consistência canto a canto em todo o frame.

VEREDICTOGeralmente, as áreas centrais das imagens ficam boas, mas a Canon tem falta de nitidez e é propensa a franjamento de cor perto das arestas e dos cantos.

VEREDICTOA Nikon oferece a sua melhor qualidade de imagem a 10 mm em termos de nitidez, embora a distorção em barril seja muito visível nesta definição de zoom.

VEREDICTOA qualidade de imagem é agradável em vez de espetacularmente boa. Vai ter de abrir os cordões à bolsa, esta é a mais cara do grupo...

VEREDICTOOs ângulos de visão exagerados da objetiva criam imagens espetaculares, com boa qualidade, apesar de alguma distorção.

CANON EF-S 10-22 MM F/3.5-4.5 USM

NIKON AF-S DX 10-24 MM F/3.5-4.5G

PANASONIC LUMIX G VARIO 7-14 MM F/4

SIGMA 8-16 MM F/4.5-5.6 DC HSM

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O Mundo da Fotografia

As melhores objetivas ultragrande-angular

32 30 30 30ISO 200 ISO 200 ISO 200 ISO 200

VEREDICTOA Sigma 10-20 mm oferece nitidez excecional e tem bom desempenho em termos de franjamento e distorções. Boa relação de valor, também.

VEREDICTOÉ a objetiva mais acessível de todo o grupo, mas a qualidade de imagem fica atrás da da Sigma 10-20 mm, que não é muito mais dispendiosa.

VEREDICTOTendo em conta a gama de zoom modesta, as distorções são mais elevadas do que seria de esperar, mas as imagens são nítidas no geral.

VEREDICTOA Tokina oferece uma qualidade de imagem excelente, mas a insuficiência no ângulo de visão máximo pode deixá-lo a desejar mais.

A distorção em barril é mediana a 10 mm e quase inexistente a definições zoom médias. Há apenas um toque

de distorção côncava a 20 mm.

A distorção em barril continua a ser visível em toda a gama zoom,

embora, como seria de esperar, seja pior a 10 mm.

A distorção em barril é visível na extremidade curta da gama de zoom e diminui devagar enquanto

avança para definições zoom longas.

Há muito pouca distorção em definições de zoom mais longas, mas a distorção em barril é pior

do que o esperado a 12 mm.

Há muito pouco franjamento de cor na gama de zoom 10-15 mm, sendo que desaparece quase totalmente

a 20 mm. Eis bons resultados!

A Tamron tem o franjamento de cor mais visível de todas as objetivas do

teste, quando usada na extremidade curta da sua gama zoom.

Os níveis de franjamento de cor são medianos a 11 mm, mas algo altos

em definições de zoom médias a longas. São os piores do grupo.

O franjamento de cor desta Tokina é mais visível na extremidade longa

da gama zoom, mas também bastante bem controlado, em geral.

Esta Sigma de abertura constante tem os melhores resultados de

laboratório para nitidez de todas as do grupo, e em toda a gama zoom.

A nitidez central é razoável se parar a f/5.6 ou menos, mas as arestas

e cantos da imagem continuam mais suaves do que com as outras rivais.

A nitidez é muito boa e consistente em toda a gama zoom,

mesmo quando usa a abertura f/2.8 mais ampla.

A nitidez é boa em geral, mas mais impressionante na extremidade

longa da gama zoom. E um pouco mediana na ponta mais curta.

SIGMA 10-20 MM F/3.5 EX DC HSM

TAMRON SP AF 10-24 MM F/3.5-4.5 DI II

TOKINA AT-X PRO 11-16 MM F/2.8 DX II

TOKINA AT-X PRO 12-28 MM F/4 DX

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Há muitos aspetos favoráveis no modelo 10‑20 mm f/3.5 da Sigma. Esta objetiva apresenta

uma qualidade de construção robusta, ótimas características de manuseamento, um autofoco célere e silenciosos e um design de abertura constante f/3.5 razoavelmente amplo. Mais importante ainda, oferece uma qualidade de imagem excelente. Na verdade, a nitidez em todo o frame da imagem é melhor do que a de qualquer outra objetiva deste grupo, em toda a gama zoom. A Sigma também tem a menor quantidade de franjamento de cor e distorções bem controladas. Tudo isto é conseguido numa objetiva que apresenta um preço a “meio da tabela”, atrás apenas da Tamron SP AF 10‑24 mm f/3.5‑4.5 Di II e das Tokina. Isto em termos

O NOSSO VEREDICTO

OPÇÃO AMPLA, NÍTIDA, RÁPIDA E A BOM PREÇO

de preço. Por outro lado, a Nikon 10‑24 mm oferece uma boa qualidade de imagem e fica à frente da rival Canon 10‑22 mm no que à nitidez canto a canto diz respeito. Mesmo assim, cada uma delas é ultrapassada pela Sigma 10‑20 mm f/3.5 EX DC HSM, e ambas parecem ter um valor bastante fraco em comparação. A Sigma 8‑16 mm é outra objetiva interessante, que, na verdade, oferece um ângulo de visão ultra‑amplo incomparável na definição de zoom mais curta. A diferença é óbvia ao trocar entre esta e os outros modelos do grupo. Ambas as objetivas Tokina têm uma construção sólida e oferecem uma boa qualidade de imagem. A mais recente 12‑28 mm é a mais requintada das duas, ainda que, em última análise, seja um pouco

“fraca” no ângulo de visão mais amplo. Finalmente, a Panasonic 7‑14 mm é a objetiva mais cara do teste. Está muito bem construída e oferece uma boa qualidade de imagem. Não tem uma relação de valor positiva, mas ainda é a opção mais rentável para câmaras Micro Quatro Terços.

Em cima A Sigma 10-20 mm f/3.5 EX DC HSM reúne todas as qualidades ideais para uma objetiva ultragrande-angular de topo, pronta para os desafios!

A Sigma 10‑20 mm f/3.5 EX DC HSM reune todos os requisitos.

O Mundo da Fotografia

As melhores objetivas ultragrande-angular

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Sigma 8-16 mm f/4.5-5.6 DC HSM

Sigma 10-20 mm f/3.5 EX DC HSM

Tamron 10-24 mm f/3.5-4.5 Di II

Tokina AT-X Pro 11-16 mm f/2.8 DX IIr

Tokina AT-X Pro 12-28 mm f/4 DX

Site www.canon.pt www.nikon.pt www.panasonic.pt www.colorfoto.pt www.fnac.pt www.robisa.es/pt www.niobo.pt www.fnac.pt

Preço € 835 € 875 € 1.650 € 698 € 622 € 469 € 569 € 499

Opções de encaixe

Motor de autofoco Ultrassónico (anelar) Ultrassónico (anelar) Motor de passo Ultrassónico (anelar) Ultrassónico (anelar) Motor elétrico Motor elétrico Elétrico (GMR)

Distância de focagem min. 24 cm 24 cm 25 cm 24 cm 24 cm 24 cm 30 cm 25 cm

Ângulo de visão 107-63 graus 109-61 graus 114-75 graus 121-83 graus 110-71 graus 108-60 graus 104-84 graus 99-55 graus

Tamanho do filtro 77 mm 77 mm N/A 72 mm (de “enfiar”) 82 mm 77 mm 77 mm 77 mm

Para-sol EW-83E (à parte) Em pétala (incluído) Em pétala (integrado) Em pétala (integrado) Em pétala (incluído) Em pétala (incluído) Em pétala (incluído) Em pétala (incluído)

Dimensões (DxC) 84 x 90 mm 83 x 87 mm 70 x 83 mm 75 x 106 mm 87 x 88 mm 83 x 87 mm 84 x 89 mm 84 x 90 mm

Peso 385 gramas 460 gramas 300 gramas 555 gramas 520 gramas 406 gramas 550 gramas 530 gramas

CARACTERÍSTICAS

CONSTRUÇÃO

IMAGEM

QUAL./PREÇO

VEREDICTO

Canon EF-S 10-22 mm f/3.5-4.5 USM

Nikon AF-S DX 10-24 mm f/3.5-4.5G

NC NCNC SN PC SN PC S Sg N PC S Sg

ESPECIFICAÇÕES

E

VEREDICTO

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O nosso curso completo de edição de imagem “Aprenda Lightroom” vai já na sexta parte! Muitos foram

os ensinamentos até então, mas queremos continuar a apostar na evolução do seu conhecimento fotográfico. Posto isto, não pode perder este novo conjunto de cinco vídeos, dedicado aos efeitos especiais que pode aplicar às suas fotografias. Conte com as seguintes lições: conferir ajustes céleres de saturação e brilho, aprender a fazer conversões para preto‑e‑branco, aplicar efeitos de split‑tone a imagens monocromáticas, usar efeitos de vinhetagem

avançados e ajustar cores e tons em vídeos. Tire ainda partido do guia passo a passo

de Photoshop Elements que lhe trazemos nesta edição – efetuar edições não destrutivas recorrendo a camadas de ajustes. E assista à análise detalhada em vídeo à Samsung NX1.

Não pode perder ainda as melhores fotografias dos nossos passatempos mensais, o completo guia de compras em PDF e os conteúdos extra do mês. Neste CD incluímos 12 presets para o Photoshop Lightroom, que têm o intuito de conferir mais criatividade e arte aos seus já de si impactantes registos fotográficos. Boas fotos!

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o Adobe Lightroom!

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Análises em vídeo Não perca a análise detalhada à Samsung NX1, uma compacta de objetivas intermutáveis.

Conteúdos extra Para a fase de edição: 12 presets de Lightroom para adicionar efeitos criativos às suas imagens.

4 Adicione vinhetagem e melancolia a imagens.

1 Aplique ajustes céleres de brilho e saturação.

5Ajuste cores e tons em clipes de vídeo.

2 Faça conversões para preto e branco de alto contraste.

3 Confira os mais criativos efeitos split-tone.

1Edições não destrutivas com camadas de ajuste.

6ª parte: Efeitos especiais I

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Av. Infante D. Henrique, nº 306, Lote 6, R/C 1950-421 Lisboa

AvIso ImpoRtAnte: este CD-Rom é compatível com os sistemas operativos Windows e mac os. A listagem detalhada dos conteúdos deste CD-Rom está disponível nas páginas da revista. A Goody s.A. verificou com um antivírus todas as fases de produção deste CD-Rom. Apesar disso, recomendamos a utilização de um antivírus antes de proceder à sua utilização e/ou instalação de ficheiros nele contidos. A Goody s.A. não pode ser responsabilizada por qualquer dano causado pela utilização deste CD-Rom ou de ficheiros nele contidos. se persistir algum problema na utilização deste CD-Rom, pode contactar-nos através do endereço de e-mail [email protected], mencionando como assunto Ajuda CD. no caso de um CD-Rom estar danificado, com riscos profundos ou partido, contacte-nos para que possamos proceder à sua substituição gratuita. Use o endereço de e-mail [email protected] para esse efeito.

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