O mundo da fotografia digital nº 128

116
NOVOS VÍDEOS DE EDIÇÃO ANÁLISES EM VÍDEO GUIA DE COMPRAS OFERTA DE CD ESPECIAL GUIA DE COMPRAS DE NATAL MAIS DE 90 PRODUTOS NOVO GRAFISMO NOVAS SECÇÕES ESPECIAL BANCOS DE IMAGENS GANHE DINHEIRO COM AS SUAS FOTOS EM ANÁLISE GUIA DE COMPRAS ESPECIAL NATAL OLYMPUS OM-D E-M10 MARK II CANON EF 11-24MM DJI PHANTOM 3 PRO ENTREVISTAS DIANA SERPINS PETER LIK EDITAR TUTORIAIS DE PHOTOSHOP E LIGHTROOM FOTOGRAFAR 10 PROJETOS CRIATIVOS APROVEITAR A HORA DOURADA A revista * N º 1 * Dados APCT 128 Vídeos passo a passo que revolucionam as suas fotos! 36 MINUTOS DE VÍDEO! Análises em vídeo Imagens dos leitores Guia de compras Edição de imagem Proissional NOVA SÉRIE PAISAGENS DESLUMBRANTES PAISAGENS DESLUMBRANTES Guia completo Inspire-se com os nossos conselhos e imagens profissionais… Florestas Cascatas Montanhas Mar e rios Cidades

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Page 1: O mundo da fotografia digital nº 128

NOVOS VÍDEOS DE EDIÇÃOANÁLISES EM VÍDEO

GUIA DE COMPRAS

OFERTA DE CD

ESPECIAL GUIA DE COMPRAS DE NATAL MAIS DE 90 PRODUTOS

NOVO GRAFISMO

NOVAS SECÇÕES

ESPECIAL

BANCOS DE IMAGENS GANHE DINHEIRO

COM AS SUAS FOTOS

EM ANÁLISE GUIA DE COMPRAS ESPECIAL NATAL • OLYMPUS OM-D E-M10 MARK II • CANON EF

11-24MM • DJI PHANTOM 3 PRO ENTREVISTAS DIANA SERPINS • PETER LIK EDITAR TUTORIAIS DE

PHOTOSHOP E LIGHTROOM FOTOGRAFAR 10 PROJETOS CRIATIVOS • APROVEITAR A HORA DOURADA

A revista

*

1* D

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os A

PC

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128

Vídeos passo a passo que revolucionam as suas fotos!

36MINUTOS DE VÍDEO!

Análises em vídeo Imagens dos leitores Guia de compras

Edição de imagem

Proissional

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NOVA SÉRIE

PAISAGENS DESLUMBRANTESPAISAGENS

DESLUMBRANTES

Guia com p leto

Inspire-se com os nossos conselhos e imagens profissionais…

Florestas Cascatas Montanhas Mar e rios Cidades

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Page 3: O mundo da fotografia digital nº 128

E D I T O R I A L

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 3

Aproveitar a magia...Jorge Daniel Lopes

Por ser uma edição natalícia, queremos presenteá-lo com mais uma panóplia

de dicas artísticas. Convidamo-lo a fotografar e a editar um retrato no smartphone e a compilar imagens num álbum de esquissos. Inove!

Eis uma fotógrafa que pincela os momentos mais intimistas do quotiano de

tons eletrizantes. Acompanhe a sua trajetória e deixe-se inspirar pelas suas imagens repletas de histórias.

No terreno

PARA OS LEITORES Queremos estreitar a relação com o leitor, apelando à sua participação em várias secções da revista. Envie-nos as suas sugestões e fotos para [email protected].

PARA TODOS Com uma linguagem simples e acessível, dirigimo-nos a todos os amantes da fotografia que procuram soluções práticas e claras, ideias e inspiração. Com muita paixão!

INDEPENDENTE Somos cem por cento independentes. Os fabricantes dos produtos e serviços, bem como os anunciantes, não determinam a nossa linha editorial ou as nossas opiniões.

COM RIGOR Esta publicação é criada por profissionais com provas dadas nas áreas jornalismo e da fotografia. E as opiniões expressas nos testes a equipamentos são baseadas em análises rigorosas e objetivas, sempre tendo como base experiências no terreno.

Mais um ano, mais um belo Natal e mais uma excelente

oportunidade para renovar o kit fotográfico! Não perca as dezenas de sugestões de presentes que temos no nosso Guia de Compras!

Joana Clara

os Leitores NA revistA omf

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avid

Cla

pp

Diana Serpins

O QUE PROMETEMOS?

á sempre “magia no ar” quando chega esta altura do ano. É tempo de escolher os presentes a receber

ou a oferecer, de estar com a família e de fazer uma série de boas ações, visto que durante o resto do ano andamos sempre um pouco mais ocupados. É o Natal, sim senhores, a época tão esperada por muitos e que antecipamos nesta OMF de dezembro com dezenas de produtos fotográficos que podem muito bem ser as prendas perfeitas.

Mas a magia de que falamos aqui é outra e apenas os fotógrafos mais dedicados a entendem: é agora que o inverno, o frio,

a chuva, a neve, o gelo e até o nevoeiro nos presenteiam com oportunidades únicas. Não se assuste com o mau tempo, levante-se cedo para apanhar as melhores paisagens – inspire-se no fantástico tema de capa desta edição! – e aproveite o que esta altura do ano tem de melhor.

Encha-se de coragem e, já em jeito de plano fotográfico para 2016, reuna e faça avançar todas as ideias e projetos que tem em mente há meses. Seja mais criativo e os resultados vão ser surpreendentes...

Jorge Daniel Lopes [email protected]

H

PARTICIPE NOS PASSATEMPOS!

ENTRE EM CONTACTO CONNOSCO!

TODOS OS MESES lançamos um novo desafio aos nossos leitores. Esteja atento à temática e à data limite de envio de imagens para este passatempo (página 89), participe já e ganhe prémios. Consulte as regras de participação no CD que acompanha a revista.

ESTA É MAIS uma das secções mensais em que pode participar e ganhar prémios com as suas fotografias. O tema é livre, por isso dê asas à sua criatividade e surpreenda-nos! As regras de participação estão também no CD que acompanha a revista.

MISSÃO OLHARES

Use e abuse do nosso endereço de e-mail: [email protected]. Faça-nos chegar as suas opiniões e sugestões, coloque-nos as suas questões e envie-nos as suas melhores fotografias para os passatempos Olhares e Missão...

Se prefere a via tradicional, pode continuar a comunicar connosco enviando a sua correspondência pelo correio para: Goody SA – O Mundo da Fotografia, Av. Infante D. Henrique, Nº 306, Lote 6, R/C, 1950-421 Lisboa.

@ POR VIA DIGITAL

POR CORREIO

*

Zoom out

FACEBOOKA sua revista de eleição está bem representada na maior das redes sociais na Internet, em www.facebook.com

/omundodafotografia. Faça “Gosto” já hoje!

A revista OMF está disponível em formato digital para o seu tablet ou smartphone. Descarregue a app gratuita e tenha a sua revista preferida na ponta dos dedos, sempre!

EDIÇÃO DIGITAL

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a

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4 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

D E Z E M B R O

T E M A D E CA PA

PAISAGENSDESLUMBRANTES24 Vários fotógrafos internacionais

mostram-lhe tudo o que precisa saber para captar as melhores paisagens de sempre...

12 4236

PORTFÓLIO NACIONALNUNO BORGESUm portfólio com imagens diferentes

do habitual: um universo fantasmagórico a

preto e branco que tem de ficar a conhecer.

PROJETOS FOTOGRÁFICOS10 IDEIAS CRIATIVASSilhuetas perfeitas, macros de sonho, como

fotografar líquidos e fazer do seu carro a

“estrela” da sessão fotográfica. Inspire-se!

ZOOM OUT NACIONALDIANA SERPINSUma jovem lisboeta que leva a fotografia

de autor muito a sério. Deixe-se perder

dentro do imaginário de Diana Serpines.

128

NESTA ED IÇÃOTO D O O I N C R Í V E L “ U N I V E R S O ” DA F OTO G R A F I A N U M A Ú N I CA R E V I STA . . .

Page 5: O mundo da fotografia digital nº 128

16 68

12 Portfólios fotográicosFique a conhecer o fantasmagórico

mundo de Nuno Borges e o trabalho de

vida selvagem (leões) de Pekka Järventaus.

16 Olhares de dezembroAs melhores fotografias enviadas

pelos nossos leitores para o passatempo

de tema livre da revista OMF. Participe!

52 Imagens ao PormenorAproveite ao máximo a hora

dourada da fotografia, configure da forma

certa o seu kit de iluminação e... divirta-se!

56 Área TécnicaSabe qual é o tipo de câmaras

fotográficas digitais que mais sucesso

tem alcançado recentemente? As CSC!

60 Casos de EstudoEste mês continuamos a dar-lhe

dicas para ganhar dinheiro com as suas

fotografias – venda em bancos de imagem.

64 Técnicas ProissionaisVeja como deve combinar a luz

do flash com a luz natural em interiores.

68 Edição de Imagem Proissional – Capítulo 5

Georeferencie imagens com o Lightroom 6,

aprenda a usar da melhor forma a função

Graduated Filter do Adobe Camera Raw

e recorra ao Color Range do Photoshop

CC para efetuar seleções perfeitas.

74 Zoom Out – Peter Lik em entrevista (com portfólio)

Diz-se que é o fotógrafo de paisagens mais

bem pago do mundo... Conheça o percurso

e os segredos de um autor de topo mundial.

82 Missão de dezembro – Tema: movimento

Os leitores da OMF foram mais uma vez

os melhores do mundo e enviaram-nos

registos fantásticos. Inspire-se com

as melhores fotografias deste mês.

Outros temas na sua nova OMF:

Equipamento fotográfico em teste

Por favor recicle esta revista quando acabar de a usar

EDITORGOODY, S.A.

Sede Social, Edição, Redação e Publicidade: Av. Infante D. Henrique, n.º 306,

Lote 6, R/C – 1950-421 Lisboa

Tel.: 218 621 530 – Fax: 218 621 540

N.º Contribuinte: 505000555

DIRETOR GERALAntónio Nunes

ASSESSOR DA DIREÇÃO GERAL Fernando Vasconcelos

DIRETOR ADM. E FINANCEIRO

Alexandre Nunes

CONTABILIDADECláudia Pereira

APOIO ADMINISTRATIVO

Tânia Rodrigues, Catarina Martins

DIRETOR

Jorge Daniel Lopes

E-mail: [email protected]

REDAÇÃOJoana Clara

TRADUÇÃO E REVISÃOCatarina Almeida

FOTOGRAFIAElena Schweitzer/Dreamstime (capa), Joana Clara

CONSULTORIA TÉCNICAMagali Tarouca

DIRETORA COMERCIAL Luísa Primavera Alves

Tel.: 218 621 546

E-mail: [email protected]

ACCOUNT

Paula Russo

Tel.: 218 621 547

E-mail: [email protected]

COORDENADOR DE PRODUÇÃO EXTERNA

António Galveia

COORDENADOR DE PRODUÇÃO INTERNA

Paulo Oliveira

ARTE DE CAPA

Susana Berquó

PAGINAÇÃOSusana Berquó, Joana Carvalho, Vanda Martins

CD-ROM – EDIÇÃO

Joana Clara

CD-ROM – ARTE DE CAPASusana Berquó

PROGRAMAÇÃO E DESIGNPaulo Santos

CD-ROM – PRODUÇÃO/EDIÇÃO DE VÍDEOSPaulo Santos

COORDENADOR DE CIRCULAÇÃOCarlos Nunes

SERVIÇO DE ASSINANTES E LEITORESMarisa Martins – Tel.: 21 862 15 43

E-mail: [email protected]

Site: www.assineagora.pt

DISTRIBUIÇÃO DE ASSINATURASJ. M. Toscano, LDA

Tel.: 214142909

E-mail: [email protected]

Site: www.jmtoscano.com

PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO

Sogapal

Estrada das Palmeiras, Queluz de Baixo

2745-578 Barcarena

DISTRIBUIÇÃO

Urbanos Press

TIRAGEM

11.000 ex.

DEPÓSITO LEGAL N.º 226092/05

REGISTO NA E.R.C.N.º 124710

MEMBRO

A Future plc é detentora do título Digital Camera. Todos os artigos traduzidos e/ou adaptados são propriedade da mesma, estando a Goody, S.A.

autorizada a reproduzi-los em Portugal.

ASSINE JÁ A OMF AVANCE ATÉ À PÁG. 90!

108 Olympus E-M10 Kark II

A nova versão de uma das

melhores CSC do portfólio

da Olympus, sem dúvida.

Análise detalhada.

1 1 1 Canon EF 11-24mm f/4L USM

Uma grande-angular que

promete fazer maravilhas...

112 DJI Phanton 3 Professional

Veja o que é capaz de fazer

um dos mais prometedores

drones do momento.

92Especial Guia de Compras de Natal 2015Aqui encontra os melhores presentes fotográficos

do momento, aqueles que decerto vai querer encontrar

no seu sapatilho nesta época natalícia. Faça já a sua lista!

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OBSERVATÓRIO

6 O M U N D O D A F O T O G R A F I A dezembro 2015

NOVIDADES FUJIFILM

VERSATILIDADE

marca aposta a todo o gás na nova linha de objetivas.

w w w. f u j i f i l m . e u/ p t

w w w. c o m e r c i a l f o t o . p tw w. l e i c a - c a m e r a . c o m

gam a de o bje tivas

para o s is tem a X

da Fujiilm sofreu re centem ente

uma adição: o modelo Fujinon XF 35m m F2 R W R.

Com uma construção à prova

de chuva, poeira e salpicos, e com

uma ampla aber tura de F/ 2, o

desenho ótico deste equipamento

contlempa, segundo a marca,

nove lentes em seis grupos; inclui

também dois elementos asfér icos

e um sistema de foco interno

que permite focagem silenciosa

até 0,08 segundos, graças a um

A mítica marca alemã Leica acaba

de adicionar um novo membro

à família, desta vez a câmara

de sistema compacto Leica SL.

Equipada com um sensor CMOS

full-frame de 24 MP e com um

processador da série Maestro II,

o fabricante assegura uma apelativa

gama dinâmica, uma reprodução fiel

de cores, uma boa resolução e um

ruído reduzido mesmo sob as mais

variadas condições de iluminação.

De acordo com o comunicado

de imprensa, esta nova câmara

sem espelho é capaz de velocidades

de obturação de 30 minutos até

1/8.000 seg. Conte também com

sensibilidade ISO até um máximo

de 50000. Se é um cineasta nato,

fique a saber que pode produzir

vídeos profissionais com resolução

4K. Grave em UHD a 30 frames

por segundo ou em Cine4K a 24

frames por segundo. Já em Full HD,

a Leica SL grava vídeos a até 120

frames por segundo, utilizando

assim toda a área do sensor.

Os vídeos podem, na verdade,

ser criados no formato 4:2:2 10-bit,

com a resolução 4K e assente na

norma HDMI 1.4 para a transferência.

motor de passo. De acordo

com o fabricante, esta objetiva

é resistente a temperaturas

de até -10º C. Mas da lista

de novidades faz ainda par te o

teleconversor 1.4X (inicialmente

desenhado para a XF 50 -140mm

F2.8, mas atualmente compatível

com todos os modelos desta linha).

O comunicado de imprensa

realça que este acessório não

compromete o desempenho

da objetiva e que no inter ior

estão sete lentes distr ibuídas

por três grupos. O corpo é

também resistente a intempéries.

a ampla abertura

da fujinon Xf

35mm f2 r wr

permite trabalhar

sob condições

de fraca iluminação.

As mais recentes novidades fotográicas!

A

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Page 8: O mundo da fotografia digital nº 128

8 O M U N D O D A F O T O G R A F I A dezembro 2015

O B S E R VAT Ó R I O

@ A

na

Mes

tre

RAPIDEZ MÁXIMA

TRANSPORTE PRÁTICO

PARTILHA IMEDIATA

INSPIRAÇÕES...

A Sigma 20 mm F/1.4 dG HSm é a nova objetiva de distância focal fixa da marca.

W W W.S I G M A P H O T O .C O M / W W W.C O M E R C I A L FO T O . P T

W W W. P O R T D E S I G N S . C O M / H I -T E C H W O N D E R . C O M

W W W. E Y E F I . C O M

W W W. R O B I S A . E S

F O T O G R A F I A P O R T U G A L . P T

Sigm a anu nciou

re centem ente a

ad ição da o bje tiva

20 m m F/ 1.4

DG H SM à lin ha Art, que ,

s e gu ndo avança a m arca,

é o m o de lo m ais cé lere

com esta distância focal ixa. De acordo com o fabricante,

este acessório foi pensado para

um desempenho impactante,

uma vez que a ampla aber tura

e o desenho ótico optimizado

ajudam a reduzir a distorção

associada às grande-angular,

assim como as aberrações

Port De s ign s

qu is re sponder às

nece s s idade s

do s

apreciadore s

de m alas

a tiro colo

práticas , s im ple s

e , sobre tudo,

ace s s íve is .

Foi assim que

surgiu a nova

bolsa Helsinki

Holster,

capaz de

transportar

a sua relex e uma objetiva

standard.

De salientar

que o material com

o qual foi concebida é resistente

à água, bem como o facto

de as alças permitirem

o máximo conforto no terreno. Conte

ainda com uma panóplia

de comportimentos

extra para armazenamento

dos seus cartões

de memórias,

cabos

e bateriais

adicionais.

Um bom

presente

para

colocar

no seu

sapatinho

de Natal, não acha?

“Fotograficamente – Um olhar sobre

a saúde mental é uma exposição

de fotografia que ilustra muitos

números estatísticos que nos vão

chegando sobre a situação da saúde

mental em Portugal”. É desta forma que Ana Mestre, autora, descreve a mostra do seu trabalho fotográfico. Esta exposição online está patente no endereço fotografiaportugal.pt /site/exposicoes. A não perder!

cromáticas laterais. Na verdade,

pode contar com dois elementos

de baixa dispersão F e cinco elementos especiais de dispersão

baixa, todos em vidro. Por outro lado, o diafragma é constituído

por nove lâminas arredondadas

para um bokeh mais circular, ao

passo que o motor hiperssónico

promete rapidez e integra

foco manual em tempo real.

A objetiva Sigma 20mm

F1.4 DG HSM | Ar t estará,

pois, disponível para as linhas

Canon EF, Nikon F e todas

câmaras da família Sigma.

FoToS mÓVeIS

A Samsung tem uma nova versão do smartphone Galaxy S6, agora com o nome de código Edge+. E no centro das atenções está o ecrã Quad HD Super AMOLED de 5,7’’ e a gravação de vídeo 4K Full HD. Melhor ainda: graças à funcão Live Broadcast pode fazer streaming em tempo real do que está a filmar para o YouTube!No que à fotografia diz respeito, o Galaxy S6 Edge+ está equipado com uma câmara traseira de 16 MP e uma frontal de 5 MP. A marca promete um desempenho acima da média, com o novo modo HDR, os vários filtros e o sistema de estabilização de imagem em destaque. www.samsung.pt

Fotografar com o Samsung Galaxy S6 edge+!

A

A

Eis uma boa-nova para

os apreciadores da partilha

instantânea de arte. Agora já não

precisam de usar várias aplicações

para transferir as suas fotografias

para o computador. As fotografias e os vídeos registados com qualquer uma das mais de 50 câmaras Wi-Fi compatíveis com a Eyefi são agora transferidas no imediato da câmara para o smartphone, tablet ou computador, e de seguida para a Eyefi Cloud. Considerada pela Rodolfo Biber S.A., distribuidora oficial da marca em Portugal, a solução mais avançada da Eyefi para a gestão de imagens e vídeos, a Eyefi Cloud analisa, classifica, organiza e dá a conhecer todas as imagens captadas com câmaras distintas, desde reflex equipadas com o cartão Eyefi Mobi Wi-Fi SD a smartphones e tablets. Os ficheiros são sincronizados e ficam guardados em segurança.

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10 O M U N D O D A F O T O G R A F I A dezembro 2015

O B S E R VAT Ó R I O

fotografia e ilustração

W W W. F O I L . P T

Até dia quatro de janeiro pode

enviar os seus trabalhos de

fotografia e ilustração para

o FOIL – Concurso de Fotografia

e Ilustração 2016, iniciativa com

o apoio da revista OMF. Este é a

segunda edição do concurso, desta

vez com o tema “Fotografa ou Ilustra

da Região do Mondego”. Participe!

o BrilHo CertoW W W. E S T U D I O P T. P T

Se procura iluminação extra

para as suas sessóes fotográficas,

a Godox tem a solução certa.

O kit de estúdio 250SDI-D inclui três

cabeças de flash, três tripés Godox

304, uma softbox SB-MS 60 x 60

cm, uma sombrinha difusora

em prata, um trigger RT-16,

quatro filtros coloridos, um cabo

de sincronização, três cabos

de alimentação e um saco

de transporte. Segundo indica

a marca, este conjunto foi criado

a pensar nos fotógrafos que

procuram um equipamento

de estúdio de boa qualidade

a um preço acessível.

© J

oa

na

Cla

ra

CANON EXPO FOTO 2015A omF viajou até Paris e assistiu ao novos lançamentos da Canon na primeira fila.

W W W. C A N O N . P T

convite da Canon

Portugal, a equ ipa

OMF ru m ou

até Paris para icar a con hecer as m ais recente s

novidade s da m arca.

O fabricante adicionou duas

novas compactas avançadas

à conceituada linha PowerShot:

os modelos G5 X e G9 X.

Em terras francesas, icámos a saber que estes dois modelos

estão equipados com um sensor

CMOS de 20,2 MP tipo 1.0 e um

processador Digic 6. De acordo

com a Canon, estas novidades

foram criadas com um tamanho

prático, para serem transportadas no bolso e facilmente acessíveis.

Assim sendo, ique a saber que a versão G5 X dirige o foco para

os fotógrafos entusiastas que

procuram controlos e qualidade

proissional semelhantes aos

de uma relex. Por outro lado, desenhada a pensar nos registos

paisagísticos e nos retratos,

a lente grande-angular de 24 mm

f/1.8-2.8 com zoom de 4.2x desta câmara, com abertura

de nove lâminas, contribui

para a captação de imagens

com efeitos bokeh e fundo

desfocado, segundo a marca.

Por sua vez, o modelo G9 X

foi concebido para estimular

ao máximo a liberdade criativa. Posto isto, se está à procura de um corpo compacto premium,

então esta câmara foi criada

a pensar nas suas necessidades

artísticas. Neste caso, a objetiva

grande-angular de 28 mm f/2-4.9

e zoom ótico de 3x da PowerShot G9 X permite registar imagens

nítidas com detalhe, em

movimento e sob condições

de fraca iluminação.

A

Huawei Mate sApresentado há algumas semanas na IFA 2015, o topo de gama Huawei Mate S promete fazer as delícias dos fotógrafos que procuram qualidade de imagem num equipamento de bolso com outras funcionalidades. Com Wi-Fi e Android 5.1.1 Lollipop, o Huawei Mate S faz-se valer, segundo a marca, de uma câmara traseira de 13 MP com duplo Flash LED com foco automático e OIS, abertura ampla de f/2.0 e um otimizador de imagem ótico. Por outro lado, a câmara frontal tem 8 MP, fazendo-se acompanhar de um flash LED. Conte ainda com vários filtros e opções específicas que só seriam possíveis de ter com a ajuda de uma câmara avançada – a funcionalidade pintura de luz, por exemplo, permite fazer fotos de automóveis em movimento com arrastos de luz, ou de quedas de água com água aveludadahuawei.com/pt, € 699

sony HD-sP1Se quer armazenar a miríade de registos fotográficos que tem acumulados nos seus cartões de memória e no computador, então fica a saber que a Sony acaba de lançar um novo disco rigído externo USB 3.0 de 1 TB. O corpo do dispositivo, esse, é à prova de salpicos, pó e quedas, sendo ainda revistido a borracha, o que o torna, de acordo com o fabricante, bastante resistente à utilização no dia a dia. Está incluído o software Backup Manager 2.0.sony.pt, € 165

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12 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Equipamento Canon EOS 500D a 24 mm;Exposição f/18 a 30 seg.; ISO 100 “O nosso corpo move-se, a nossa alma dança.”

NOME: Nuno Borges

LOCALIZAÇÃO: Lisboa

ASSUNTO: Fotograia criativa de longa exposição

EQUIPAMENTO: Canon EOS 70D e EOS 500D

SITE: ngborgesfoto.wix.com/corpoespacoluz ngborges.wix.com/nuno-borges

“Nuno Borges

iniciou o seu

percurso

fotográfico

em 1985, ainda

na era da fotografia analógica.

Após um interregno de cerca de 20 anos, foi em 2008 que arrancou para a fotografia digital, não tendo parado desde então.

A sua aprendizagem e conhecimento fotográficos resultaram maioritariamente de uma abordagem autodidata, com inspiração nos trabalhos de David Fokos e Bruce Barnbaum.

A visão e conceito sobre a sua criatividade passam por conseguir que o momento que está a viver permaneça sem ficar preso no tempo, levando a que o seu estilo fotográfico seja composto essencialmente por longas exposições.

É comum encontrá-lo a fotografar uma coreografia de dança ou uma sequência de posturas de yoga. Com uma só imagem consegue ilustrar as várias posturas através de uma longa exposição de vários segundos. Aqui sente-se o libertar do tempo, desdobrando-o em vários fragmentos.

Tem como principal característica no seu portfólio a libertação das formas congeladas da fotografia

convencional, derretendo-as em desfoques que nos fazem lembrar pinceladas numa tela.

Outra das suas especialidades é desenhar com luz, criando composições que jogam com as linhas, as formas e as texturas através da técnica de ‘light painting’. Por essa mesma razão já deu várias formações sobre este tema. Adoptou o pseudónimo artístico ‘Lovejoydivision’”.

Foi na terceira pessoa que Nuno Borges descreveu a sua intensa, extasiante e inesquecível viagem pela arte de desenhar com a luz. Os seus registos fotográficos monocromáticos levam-nos, pois, a viajar por reinos puramente ilusórios.

As ausências no seu portfólio sentem-se com uma intensidade que nos desarma. Talvez seja por isso que conseguimos olhar para elas com os olhos da imaginação, tomando-as como presenças.

As fotografias de Nuno Borges são tão enigmáticas e incertas como a vida o é em si mesma. Todavia, é essa alma tão vincada que incendia a nossa curiosidade e reacende todos os nossos sentidos, colocando-os à flor da pele. Visite então os projetos digitais deste fotógrafo e deixe-se envolver por um manto mágico a preto e branco. ©

Nu

no

Bo

rges

(to

das

as

imag

ens)

Nuno Bor g es transporta-nos para universos

fantasm agóricos a preto e branco. Inspire-se!

MUNDOS SURREAIS

P O R T F Ó L I O NACIONAL – NUNO BORGES

Page 13: O mundo da fotografia digital nº 128

Equipamento Canon EOS 70D a 40 mm; Exposição f/8 a 1 seg..; ISO 200 “Tirando a máscara revelamos a nossa essência.”

Equipamento Canon EOS 500D a 24 mm;Exposição f/16 a 2 seg.; ISO 100 “Pássaro prateado.”

Equipamento Canon EOS 500D a 36 mm;Exposição f/16 a 2 seg.; ISO 100 “Ir embora.”

Equipamento Canon EOS 500D a 24 mm;Exposição f/16 a 2 seg.; ISO 100 “Saudação ao sol.”

Page 14: O mundo da fotografia digital nº 128

© P

ekk

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ns)

Pek k a Jä r v enta u s revela a sua abordagem

à fotograia de imagens artísticas de África...

INTERNACIONAL – PEKKA JÄRVENTAUSP O R T F Ó L I O

14 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

LEÕES EM POSE

NOME: Pekka Järventaus

LOCALIZAÇÃO: Espoo, Finlândia

ASSUNTO: Vida selvagem artística

EQUIPAMENTO: Canon EOS-1Ds Mark II com objetivas Canon 300 mm f/2.8L e Canon 70-200 mm f/2.8L

SITE: www.prowlingwithlions.com

SE tivesse de fazer

uma lista dos

animais selvagens

mais fotografados

do planeta,

é provável que os leões de Masai

Mara e do Serengeti ficassem

perto do topo. Por isso, se tiver a sorte de visitar África, como é que vai tentar fazer com que o seu trabalho sobressaia?

“Nunca estive interessado em documentar leões como um fotógrafo de vida selvagem tradicional”, diz o artista de videojogos e apaixonado por fotografia Pekka Järventaus. “Há muitos fotógrafos que já o fazem. Eu estou interessado em ir além da fotografia de vida selvagem tradicional e injetar nela a minha própria visão artística. Quero captar as características majestosas que mais me atraem e criar retratos icónicos de leões”.

Pré-visualizar o seu trabalho desta forma deu frutos artísticos: a série Lions Noire de Pekka recebeu já muitos prémios internacionais, incluindo o primeiro prémio e seis menções honrosas no Prix de la Photographie Paris (Px3). E tem estado em exposição de Moscovo a Miami... Em termos de equipamento, Pekka mantém as coisas simples, com dois corpos Canon EOS-1Ds Mark II

em segunda mão: um equipado com uma objetiva 300 mm, o outro com uma 70-200 mm. Como seria de esperar, a paciência é mais importante que o equipamento no que diz respeito a fazer fotos deste calibre. “Os leões dormem muito”, diz Pekka, “e muito do meu tempo é passado sentado, à espera da oportunidade certa para obter o retrato que procuro”. É claro que também há desafios técnicos. “Visto que gosto de fotografar em dias chuvosos e tempestuosos, a falta de luz significa que posso ter de aumentar o ISO nas minhas câmaras, exacerbando o ruído”.

Pekka simplifica tudo quanto ao trabalho digital. “Fotografo em Raw e converto para preto-e-branco com o Lightroom. Depois exporto os ficheiros para o Photoshop para clarear, escurecer e fazer edições adicionais”. Naturalmente, tem de começar com uma imagem bem trabalhada para criar uma bonita conversão para preto-e-branco. Pekka sabe que cenas vão funcionar bem. “A iluminação é crucial. Prefiro fotografar em dias sombrios para captar uma ampla gama de tons. As cenas ‘confusas’, aquelas que têm muitos elementos diferentes de tom semelhante, funcionam menos bem a preto-e-branco”.

Equipamento Canon EOS-1Ds com 70-200 mm f/2.8L a 70 mm

Exposição 1/1.600 seg. a f/4.5, ISO 200

The King of Simbja Kopjes. Kopjes, ilhas de rocha que se erguem

nos prados do Serengeti dão aos leões o ponto de vista perfeito.

Equipamento Canon EOS-1Ds com objetiva 300 mm f/2.8 Exposição 1/400 seg. a f/4, ISO 400 Blackie e uma leoa fotografados em Masai Mara no ano passado.

Page 15: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 15

Equipamento Canon EOS-1Ds com objetiva 300 mm f/2.8 Exposição 1/800 seg. a f/5.6, ISO 500 Esta leoa de aspeto descontraído foi fotografada no Serengeti, Tanzânia.

Equipamento Canon EOS-1Ds com objetiva 300 mm f/2.8 Exposição 1/1.000 seg. a f/3.5, ISO 800 Pekka procura cenas bem iluminadas para garantir uma conversão de alta qualidade.

Page 16: O mundo da fotografia digital nº 128

Demore o olhar nos melhores registos fotográicos enviados pelos leitores da OMF e encontre inspiração para dar asas à sua veia mais criativa.

OLHARES DEZEMBRO

OLHARESL E I T O R E S

OLHARESL E I T O R E S

16 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

MENSALMENTE, os leitores da revista O Mundo da Fotografia são contemplados com apelativos prémios em resposta aos desafios que lançamos em cada edição. No passatempo Olhares deste mês, o leitor Manuel Adrega foi eleito o 1º classificado e receberá um um disparador remoto Cactus V5 (€ 41,99). Já o leitor Pedro Ribeiro, 2º classificado, será premiado com um flash Metz Led 72 (€ 29,90). Ambos os prémios são ofertas Rodolfo Biber S.A.

1

Envie as suas fotos para ‘[email protected]’.

Regras de participação no CD que encontra na pág. 114.

MANUEL ADREGA

A ARTE DO ENCONTRO

Equipamento Canon EOS 600D mm a 26 mm

Abertura f/8 Exposição 10 seg.

Sensibilidade ISO 100

1

PARTICIPE TAMBÉM E GANHE PRÉMIOS!

www.metz-mecatech.

www.cactus-image.

Page 17: O mundo da fotografia digital nº 128

OLHARESL E I T O R E S

OLHARESL E I T O R E S

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18 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

OLHARESL E I T O R E S

2

3 4

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OLHARESL E I T O R E S

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 19

5

MARCO S. COSTA

DESOVAR

Equipamento Canon EOS 7D a 45 mm

Abertura f/6.3 Exposição 1/60 seg.

Sensibilidade ISO 200

2

PEDRO RIBEIRO

SALICÓRNIA “Uma simples salicórnia (planta de sal) enche-se

de esplendor na primavera e serve de abrigo

protector aos ovos de algumas aves na Ria de Aveiro.”

Equipamento Canon EOS 6D a 200 mm

Abertura f/2.8 Exposição 1/640 seg. Sensibilidade ISO 250

3

CARINA MAURÍCIO

BEATRIZ “A minha gata a fazer poses para a fotografia.”

Equipamento Canon EOS 60D a 40 mm

Abertura f/4.5 Exposição 1/320 seg.

Sensibilidade ISO 100

4

SANDRA SANTOS

THE ROSE “A ideia que tive para esta fotografia surgiu durante

uma sessão fotográfica que realizei este verão.”

Equipamento Canon EOS 6D a 50 mm

Abertura f/1.8 Exposição 1/100 seg.

Sensibilidade ISO 100

5

Page 20: O mundo da fotografia digital nº 128

OLHARESL E I T O R E S

20 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

6

7

6

NUNO PINTO

A VELHICE “Senhora que caminhava

na zona histórica de Viseu.”

Equipamento Canon EOS 550D

a 41 mm Abertura f/4 Exposição

1/1000 seg. Sensibilidade ISO 100

7

TELMO PEDROSA

ABSTRACTO DE BAMBUS “Fotografia captada aos bambus

gigantes na mata do Choupal

em Coimbra. Fez-se com um

movimento vertical da câmara.”

Equipamento Canon Powershot

SX 210 S mm a 18 mm

Abertura f/8 Exposição 1 seg.

Sensibilidade ISO 100

8

JOÃO COUTINHO

ALÉM DA ÁGUA

Equipamento Nikon D90 mm

a 105 mm Abertura f/5.6

Exposição 1/50 seg.

Sensibilidade ISO 200

9

CARLA BRITO

FOTOGRAFIA DE ÓLEO E ÁGUA

Equipamento Canon EOS 5D Mark

III a 100 mm Abertura f/14

Exposição 1/125 seg.

Sensibilidade ISO 125

Page 21: O mundo da fotografia digital nº 128

OLHARESL E I T O R E S

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 21

8

9

Page 22: O mundo da fotografia digital nº 128

OLHARESL E I T O R E S

22 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

10

PARTICIPE, ENVIE-NOS AS SUAS FOTOGRAFIAS!

Participe no passatempo Olhares

da edição de fevereiro da OMF! Utilize

o e-mail ‘[email protected]

e siga as regras de participação que

encontra no CD. Habilite-se a ganhar

um disparador remoto Cactus V5 (€ 41,99)

e um flash Metz Led 72 (€ 29,90), ofertas

Cactus e Metz, marcas distribuidas

em Portugal pela Rodolfo Biber S.A.

Serão premiados o 1º e 2º classificados.

11

www.metz-mecatech.de/es

www.cactus-image.com

10

CÉSAR TORRES

VIDA DE RÉPTIL “Cobra ‘Natrix maura’, cheirando

o ar com a sua língua e narinas.”

Equipamento Nikon D90 a 150 mm

Abertura f/5 Exposição 1/100 seg.

Sensibilidade ISO 400

11

JORGE ROSA

CARRASQUEIRA “A fotografia foi captada na Carrasqueira,

com um pôr do sol magnífico. Foi usado tripé,

um comando e a opção de espelho levantado.”

Equipamento Nikon D810 a 16 mm

Abertura f/11 Exposição 2 seg. Sensibilidade ISO 31

Page 23: O mundo da fotografia digital nº 128
Page 24: O mundo da fotografia digital nº 128

24 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

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om

Z O O M I NESPECIAL PAISAGENS DESLUMBRANTES

Combine conhecimentos fotográicos e visão criativa para registar as cenas com que sempre sonhou... Preparado?

Grandes mestres das paisagens dão uma ajuda preciosa.

PA I SAG E N S

D E S L U M B R A N T E S

Page 25: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 25

Paisagens marítimas 24

Montanhas 26

Paisagens urbanas 28

Água doce 30

Florestas 32

Z O O M I NESPECIAL PAISAGENS DESLUMBRANTES

Á DOIS OBJETIVOS principais que deve ter sempre que capta uma fotografia ao ar livre... Primeiro,

deseja obter imagens perfeitas no capítulo técnico. Depois, além disso, cada fotografia deve refletir a sua resposta ao terreno em que se encontra.

A longo das próximas páginas vai ficar a conhecer cinco fotógrafos de renome internacional que mostram como combina a escolhas das objetivas e das definições da câmara com objetivos criativos. E numa grande variedade de cenários. Pronto para registar as melhores paisagens neste final de ano?

HN E S T E G U I A . . .

Page 26: O mundo da fotografia digital nº 128

26 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

ALGUMAS das prim eiras

recordaçõ e s de An n Holm e s

envolvem pincé is e lápis .

E, à medida que foi icando mais proiciente e impaciente, a fotograia pareceu ser um próximo passo natural no percurso criativo. “A fotograia de paisagem oferece-me uma ligação aos meus ambientes”, explica Ann. “Trata-se de estar aberto a todas as possibilidades, e isso pode ser

PA I SAG E N S M A R Í T I M A S

Paisagens costeiras? O segredo é estar aberto a todas as possibilidades, diz Ann.

entusiasmante”. Ann é atraída pelo dinamismo da água e pela ininita variedade de imagens que oferece. Antes de qualquer sessão, veriica as horas do pôr do sol e das marés, e visita um local várias vezes antes de tirar uma fotograia. Parte disto serve para procurar composições, mas também para ver as vias de acesso e de fuga. “A segurança pessoal e a vigilância são cruciais”, sublinha. Trabalha desde o crepúsculo até à escuridão completa, pois alguma da luz e coloração mais interessantes ocorrem depois do sol se pôr. O kit é composto pela Nikon D800, por uma objetiva basculada – para aumentar a profundidade de campo – e por uma série de iltros ND, para trabalhar com velocidades de obturação de 1/2 - 2 seg. e manter o detalhe do céu. Um polarizador também é indispensável, pois os efeitos não são facilmente replicados no pós-processamento. Aprecie então o trabalho de Ann e aproveite as dicas na página ao lado.

ANN HOLMES

Sediada em Hebden

Bridge, Reino Unido,

Ann Holmes faz

fotografia há

mais de 20 anos!

annmholmes.co.uk

Page 27: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 27

Z O O M I NESPECIAL PAISAGENS DESLUMBRANTES

T E M P O R I Z E A S F OTO S

T É C N I CA

Use diferentes velocidades de obturação e técnicas para aproveitar ao máximo o movimento do mar.

DICAFotografar perto do mar,

mesmo num dia calmo,

significa que o seu

equipamento pode ficar

coberto de sal ou areia.

Limpe tudo muito bem!

DESDE usar velocidades de obturação

rápidas, para congelar ondas

a rebentarem, até criar água suave

e calma com exposições longas,

é preciso escolher as definições

certas. Tem de saber quando deve

disparar o obturador para captar

diferentes ambientes e texturas nas

suas paisagens marítimas. Muitas vezes,

captar ondas individuais é uma questão

de usar uma velocidade de obturação

rápida como 1/500 seg. ou mais curta,

e fotografar mesmo quando a onda

rebenta na costa. Contudo, se quiser

adicionar um pouco de movimento

à rebentação, pode fotografar com

uma velocidade de obturação mais

longa – entre 1/4 e 1 seg. – e disparar

o obturador mesmo antes da onda

rebentar para captar o auge da ação.

Se o mar estiver calmo, apenas com

ondas pequenas a rebentarem na

costa, pode produzir formas, padrões

e texturas interessantes usando uma

velocidade de obturação mais longa,

entre um e cinco segundos. Espere

que a onda rebente para depois disparar

– capte o movimento do mar com estilo!

8000 4000 2000 1000 500

250 125 60 30 15 8

4 2 1SEC 2SEC 5SEC

15001/

800

0 4000 2000 1000 500 250

125 60 30 15 8 4 2 1 SEC 2 S

EC 5SEC21/

8000 4000 2000 10

00 500 250 125 60 30

15 8 4 2 1SEC 2 SEC 5 SEC

5

O contraste entre o céu e o mar

ao nascer ou ao pôr do sol pode

tornar impossível manter o detalhe

em ambos numa única foto. Usar

filtros ND em gradiente vai permitir

obter a quantidade máxima

de detalhe numa única imagem.

Em alternativa, pode fazer pelo

menos duas fotos, variando

a exposição para manter o detalhe

nas altas luzes e nas sombras.

Depois use um programa de edição

para combinar as imagens, por

exemplo, para resultados atrativos.

CONSELHO Manter o detalhe em fotos sob pouca luz

Page 28: O mundo da fotografia digital nº 128

28 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Z O O M I NESPECIAL PAISAGENS DESLUMBRANTES

APAISAGEM e s tava

no sangue de Dam ian

Sh ie lds de sde ten ra

idade . “Uma enorme parte da minha infância foi passada a explorar o campo nas imediações do meu ambiente urbano”, diz ele. “Estes passeios durante todo o dia estavam cheios da surpresa da descoberta, e os bosques e campos tornaram-se os meus jardins secretos”. Damian é atraído pelas montanhas e colinas, que acha estimulantes devido ao tamanho

Todas as colinas são diferentes e mostram emoções, tal como um ser humano. Capte

a verdadeira natureza das montanhas.

J U N TA R A S F OTO SCapte a majestade das montanhas optando por um formato panorâmico.

CAPTAR o vasto tamanho

de montanhas e colinas pode

ser difícil de conseguir numa

única foto. Use uma objetiva

grande-angular e pode acabar

com demasiado céu ou primeiro

plano na sua imagem, enquanto

isolar cumes individuais com uma

teleobjetiva pode significar que

tem de deixar outros cumes

de fora. A solução é fotografar

um formato panorâmico, unindo

uma série de imagens para incluir

toda a vista. Será mais fácil unir

fotografias se fotografar com uma

objetiva de cerca de 50 mm numa

câmara full-frame, 35 mm numa

de sensor APS-C ou 25 mm numa

Micro Quatro Terços. E use um

tripé para garantir que a sua série

de fotos é feita ao mesmo nível.

Defina a focagem, o equilíbrio

de brancos e a exposição

manualmente, para evitar

variações entre imagens. Depois

capte a sequência, sobrepondo

tudo em pelo menos um terço do

frame. Depois de fazer a sua série

de fotos, pode usar a função

Photomerge do Photoshop ou

do Elements para unir as fotos

numa única imagem fabulosa.

MONTANHAS

e presença. “Criam uma contemplação imediata do seu corpo e do tamanho dele em relação a elas”, explica.

As sessões de Damian começam em casa, investigando caminhos e vendo imagens de zonas para minimizar o tempo perdido no terreno. Mantém a mala do material simples e leve, dadas as longas caminhadas até chegar aos destinos. No interior está uma Nikon D800 e três objetivas para todas as eventualidades: 70-200, 28-70 mm e uma “nifty ifty”, bem como iltros

ND em gradiente high-tech, um polarizador e um iltro ND de dez stops. Ao ombro leva um tripé Slik e uma cabeça Manfrotto.

“A fotograia de paisagem está cheia de imagens que são tecnicamente impressionantes, mas não icam na memória. É crucial entender a sua motivação, em primeiro lugar”, aconselha Damian. “O fotógrafo é a parte única da equação que vai identiicar o seu trabalho entre outros. Importa o seu próprio ponto de vista e a consistência da qualidade”, diz.

T É C N I CA

Page 29: O mundo da fotografia digital nº 128

C O V E R S T O R YC O V E R S T O R Y

DICAPara tornar o tripé mais

estável, prenda a mala

da câmara ao fundo

da coluna central – deixe-a

rente ao chão para que não

se mova com o vento.

DAMIAN SHIELDS

Fanático por natureza,

Damian seguiu a

paixão pela fotografia

até uma escola

de arte. Agora é um

retocador profissional.

www.damianshields.

photoshelter.com

Page 30: O mundo da fotografia digital nº 128

30 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Z O O M I NESPECIAL PAISAGENS DESLUMBRANTES

APESAR DE SEMPRE TER

vivido em zonas ru rais ,

a m aioria da vida

proissional de Giles McGarry tem sido passada na cidade – e é aí que e s tá o seu

coração. “Desde a minha primeira visita a Londres na adolescência, achei a cidade inspiradora: o tamanho, a variedade, a modernidade… E é isso que sinto sempre

Libertar-se do prosaico é tão essencial para paisagens urbanas como o planeamento, acredite...

PA I SAG E N S

U R B A N A S

que chego”, diz ele. “Oferece tantas oportunidades criativas, desde paisagens urbanas amplas a abstratos detalhados. E formas a oporem-se a outras formas”. Giles inicia sempre as sessões fotográicas urbanas com um plano rudimentar de locais e conceitos que quer obter, e passa horas a pesquisar esses sítios na Web. Também veriica as previsões meteorológicas. “Se o céu estiver ‘concorrido’, observo o seu comportamento por vários minutos, depois preparo o tripé e o botão de disparo e faço algumas fotos de teste”.

O céu tem um papel importante na fotograia de Giles – muitas vezes usa uma exposição longa para adicionar drama ou simpliicar os elementos. “Uma das formas de fazer sobressair as suas imagens é não ser demasiado literal”, aconselha assim o autor.

GILES MCGARRY

Começou a levar

a fotografia a sério

apenas há sete anos,

mas está cá a sério...

www.kantryla.net

Page 31: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 31

Se inclinar a câmara para cima para incluir edifícios

altos ou mais céu, estas linhas verticais vão

começar a convergir – os edifícios parecerão

estar a tombar para trás. Para evitar isto, garanta

que a traseira da câmara permanece vertical.

Depois fotografe com uma objetiva mais ampla

ou recorte o primeiro plano indesejado mais tarde.

Ou então use a função de desvio numa objetiva

basculada para incluir o topo dos edifícios.

CONSELHO Verticais convergentes

DICAExperimente usar o Live

View para o ajudar

a enquadrar e a compor as

suas fotos ao usar filtros ND

fortes – pode ser mais fácil

assim do que com a ocular.

8000 4000 2000 1000 50

0 250

125 60 30 15 8 4 2

1SEC 2SEC 5SE

C

301/

8000

BULB 4

000 2000 1000 500

250 125 60 30 15 8 4 2 1S

EC 2SEC 5 SEC

30

USAR VELOCIDADES de obturação

longas para desfocar o movimento

de nuvens, tráfego ou pessoas

é uma ótima forma de adicionar

impacto às suas imagens urbanas

e de arquitetura. Esta técnica pode

permitir que simplifique as suas fotos

removendo pessoas do primeiro plano,

por exemplo. Além disso, as formas

suaves e orgânicas criadas pela

desfocagem de nuvens em movimento

são o contraste perfeito para as formas

geométricas criadas pelos edifícios.

Vai ter de usar uma velocidade

de obturação de 15 segundos ou mais

longa para obter este efeito. Isto é fácil

ao nascer do sol, ao pôr do sol ou até

depois de escurecer, quando os níveis

de luz baixos permitem usar velocidades

de obturação longas sem o risco

de sobre-expor. Se estiver a fotografar

durante o dia, pode usar um filtro ND de

dez stops ou um filtro ND variável para

reduzir a luz. Quando usar estes filtros,

é boa ideia cobrir a ocular, para evitar

que a luz entre e produza laivos de luz.

VELOCIDADES DE OBTURAÇÃOT É C N I CA

Revolucione as suas paisagens urbanas registando movimento – brinque com a velocidade de obturação.

Page 32: O mundo da fotografia digital nº 128

32 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

JASON Theaker cre sceu

nu m a zona bas tante

ru ral e sem pre fez m u ito s

pas se io s em fam ília. Também era uma criança com bastante interesse pela técnica, por isso era inevitável que se virasse para a fotograia. Fez experiências com câmaras de película durante anos, mas só depois de entrar para a escola de arte é que as duas paixões se juntaram. Um dos assuntos favoritos de Jason na natureza é a água – e, em particular, o movimento da água. Com a proissão de animador no dia a dia, Jason baseia o seu interesse por paisagens de água doce neste background. “Acho que os ribeiros são muito inspiradores. Mesmo na minha

Jason Theaker fotografou ribeiros e rios durante 25 anos – e tem

procurado sempre algo diferente...

PA I SAG E N S D E ÁG U A D O C E

JASON THEAKER

É animador de profissão, mas nos tempos livres Jason Theaker fotografa muito e dá workshops de fotografia de paisagem.

jasontheaker.com

Page 33: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 33

Z O O M I NESPECIAL PAISAGENS DESLUMBRANTES

Quando fotografa água

em paisagens, vale sempre

a pena ver se há cores,

texturas ou formas

interessantes debaixo

da superfície da água. Muitas

vezes há rochas ou plantas

coloridas quase invisíveis

a olho nu, devido ao brilho

no topo da água. Contudo,

usando um polarizador

é possível reduzir ou eliminar

este reflexo para revelar

essas características

subaquáticas – e criar

um primeiro plano mais

interessante e complexo para

as suas paisagens aquáticas.

CONSELHO Veja sempre o que está por baixo.

ALGUMAS técnicas

de composição muito

simples podem

ajudá-lo a tirar

o melhor partido das

paisagens. Contudo, a

verdadeira chave para a

composição é encontrar

o ponto de vista certo.

Quando encontrar uma

paisagem para registar,

deve explorar diferentes

pontos de vista antes

até de pegar na câmara.

Tem de identificar

os diferentes elementos

que quer incluir

no primeiro plano, na

distância média e no

plano de fundo; depois

experimente diferentes

pontos de vista para ver

como estes funcionam

melhor juntos. Depois

de decidir qual o ponto

de vista básico, também

vai ter de ajustar a sua

posição, para que todos

os elementos da cena

trabalhem juntos para

criar uma composição

bem-sucedida.

DICAQuando a água está calma

e parada, consegue obter

reflexos coloridos. Mas pode

ter de alterar o seu ponto

de vista e a altura do disparo

para aproveitá-los...

infância passei muito tempo a brincar em rios”, relembra. “Tenho particular interesse pela forma da água enquanto passa sobre as rochas e se distorce, e a maneira como a luz viaja através dela e refrata”.

Uma das técnicas favoritas de Jason é fazer experiências com a duração da exposição. “Gosto de usar uma exposição longa para aplanar a superfície da água e dar uma sensação de profundidade a uma imagem. O que acontece depois é que tem diferentes níveis a surgirem na sua imagem: o que está debaixo de água, a água em si e o que está por cima. Gosto realmente de construir as minhas imagens desta forma”. Jason também gosta de construir cor nas suas composições e usar o movimento da água para dar uma sensação de direção. Outro meio composicional que Jason gosta de usar com a água doce é um enquadramento fechado o suiciente para não ver a loresta em si. Ficamos com a impressão de que está lá devido a outros elementos no frame, como relexos de cor. “Estou sempre a fazer experiências. De um ponto de vista visual, a minha ilosoia é tentar distorcer o que todos os outros estão a fazer!”, confessa.

A COMPOSIÇÃO IMPORTAT É C N I CA

Uma boa composição é essencial para produzir fotograias apelativas de rios, lagos e cascatas.

Perto do rio

Longe do rio

Page 34: O mundo da fotografia digital nº 128

34 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

AAVENTURA

am oro sa

de David Baker

com a loresta com eçou há apenas quatro

ano s , enquanto pas sava

entre uma zona lorestal a cam in ho do trabalho. “Costumava parar porque era atraído pela luz”, diz. “Deixava o carro e dava uma volta. Depois comecei a deinir alguns parâmetros nos meus passeios, como fotografar apenas névoa. “Todas as minhas imagens são fotografadas no mesmo triângulo geográico. São partes da loresta muito visitadas – mas ninguém vai lá às cinco da manhã de uma quinta-feira, e é isso que estou a tentar mostrar: o aspeto desta parte da loresta cinco horas antes

A familiaridade dá origem ao sucesso no que diz respeito à loresta, diz David

Baker. O autor explica como uma pequena parcela de terreno

pode produzir inúmeras imagens.

de alguém a visitar. Adoro a luz suave e o silêncio, e consigo ligar-me à paisagem”, diz. David também prefere destacar detalhes isolados dentro da loresta do que vistas amplas. “Fotografo quase tudo a 200-300 mm, e quase nunca a menos de 100 mm. A loresta é tão caótica – e, acima de tudo, estou apenas a fazer uma foto abstrata de tudo”, explica. “As formas das árvores são muito importantes. Gosto de construir imagens em torno disso. Gosto de formas em U e V, e da combinação de árvores novas e velhas”. Conhecer a zona é mais importante que qualquer equipamento ou efeito. Se fotografar um local as vezes suicientes, em todas as estações, a imagens vão reletir a realidade...

FLORESTAS

Z O O M I NESPECIAL PAISAGENS DESLUMBRANTES

DAVID BAKER

David começou

a levar as paisagens

a sério há quatro

anos. Seguiu-se uma

vitória no Landscape

Photographer

of the Year.

milouvision.com

Page 35: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 35

DICAPosicionar o sol atrás

de um tronco ou folhas

de uma árvore vai ajudar

a evitar o reflexo, e a facilitar

a captação de mais detalhe

na sua imagem.

É fácil ficar quase obcecado por captar cada pedaço de detalhe das altas luzes e das sombras. Há técnicas como a

imagística de amplitude

dinâmica alta (HDRI), por

exemplo, mas estas nem

sempre produzem os

resultados mais apelativos.

Aclarando as sombras

e escurecendo as altas luzes,

há o perigo destas técnicas

poderem produzir resultados

monótonos e demasiado

saturados, que não parecem

naturais. Quando fotografa

contra a luz entre as

sombras escuras e as altas

luzes brilhantes dos

bosques, muitas vezes

é melhor aceitar que não

consegue captar todos

os detalhes e ajustar

a exposição para obter

um meio termo entre

o detalhe das altas luzes

e das sombras. Com a luz

solar a ondular pelas folhas,

pode captar o ambiente com

uma imagem mais escura,

com mais detalhe nas altas

luzes mas menos nas

sombras. Ou pode apenas

aumentar a exposição

para criar uma imagem

mais clara, com menos

detalhe nas altas luzes

e mais nas sombras.

Se estiver a fotografar nos

modos Prioridade à Abertura

ou Programa, vai ter de usar

compensação de exposição para

obter a melhor exposição em

situações de contraste elevado.

Ao fotografar contra a luz,

muitas vezes vai ter de definir

a compensação de exposição

para um valor positivo, como +1,

para evitar que a imagem fique

demasiado escura. Contudo, se

houver grandes áreas de sombra,

a câmara pode sobre-expor.

Corrija isso com compensação

de exposição num valor negativo.

CONSELHO Lidar com a luz e a

sombra na sua foto.

A LTA S L U Z E S E S O M B R A S

T É C N I CA

Capte o espírito de uma paisagem prestando muita atenção aos contrastes entre as áreas claras e escuras.

Z O O M I NESPECIAL PAISAGENS DESLUMBRANTES

Page 36: O mundo da fotografia digital nº 128

36 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Z O O M O U TPERFIL - DIANA SERPINS

Está convidado

a entrar no m undo

psicadélico desta

fotógrafa lisboeta

de 26 anos. Verá que

o arrependim ento

icará à porta e a curiosidade, essa,

entrará consigo.

DIANA SERPINS

PÀ direita

A Great Day for Freedom

Modelo Hella Pebble.

ARA MIM, a fotograia é uma extensão de mim mesma. É a minha maneira de me expressar sem palavras, é uma parte importante da minha vida”: foi desta

forma que começou uma conversa que se quis íntima, vulnerável e intensa. Diana Serpins, 26 anos, traz ancorado em si mesma um navio de sonhos. Não o quer ver partir, muito menos dizer-lhe adeus, pois nele depositou todas as suas fantasias, esperanças e cartas de amor.

É através da alquimia e do misticismo

Page 37: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 37

PERFIL - DIANA SERPINSZ O O M O U T

da fotograia analógica que esta criativa nos aproxima dos detalhes mais delicados

do dia a dia, tornando a abordagem do

mundo ainda mais cristalina. As câmaras

Minolta XG-7, Nikon F-75, Yashica Patio,

Kodak KB e Olympus AF-1 são as suas

varinhas de condão e é através delas

que faz nascer universos psicadélicos

onde desejamos perder-nos. Todos

os dias. Repetidamente. Para sempre.

Diana inspira-se nos seus amigos,

fotógrafos como Stephen Shore e Jürgen Teller, na Sétima Arte, em revistas, nas

histórias e nas personagens que vivencia

através dos livros que lê e, claro, em tudo

o que a rodeia. Este entusiasmo poético

acerta-nos em cheio no coração, arrebata-

nos o espírito, enleva-nos a alma e

deixa-nos completamente ensimesmados.

Os retratos são a sua forma de colocar

os seus modelos a nu e, em jeito de

retribuição, de vestir de espasmos

emotivos os apreciadores da sua arte

fotográica. “Os retratos têm vindo a ter uma grande importância. Vejo o meu

trabalho de moda e retrato como uma

fotograia de autor. Cada fotograia tem de ter um signiicado. As minhas imagens

constroem algo residual, funcionando

no seu conjunto como um possível arquivo

do subconsciente comum, sem contudo

ignorar o retrato. Interessa-me muito

a identidade de cada ‘personagem’ sempre

com um universo bastante pessoal. Cada local ou pessoa têm uma história a contar através da fotograia, acabando por se fundir nas minhas fotograias a memória, o quotidiano, o íntimo, os objetos,

os pormenores e as pessoas”, partilha.

O tempo convidou-a a instalar todo

o seu ser na arte de desenhar com a luz.

Diana acedeu sem hesitar e acabou por >

Page 38: O mundo da fotografia digital nº 128

38 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Z O O M O U TPERFIL - DIANA SERPINS

unir a sua pele a esta forma

extraordinária de contar as mais

inspiradoras histórias de vida. Foi, pois, na fase inicial da sua

adolescência que esta jovem fotógrafa encontrou uma satisfação arrepiante

nos projetos que poderia criar através

do seu talento e da sua vontade

de fazer nascer algo seu, de raíz,

ininito e inalterável na sua essência. Ou seja, descobriu a sua própria fórmula mágica para preencher vazios e sorver a vida de um só trago.

“Recordo-me de estar sempre rodeada de fotograia por parte da minha família. Lembro-me

de, por volta dos 11 ou 12 anos,

ter recebido, no Natal, uma Kodak

analógica oferecida pelo meu pai. A partir daí comecei a captar simples

fotograias de férias, de passeios, aquilo que me rodeava. Ao rever essas

imagens vejo que os enquadramentos

não fazem sentido agora, mas na altura

faziam. Mais tarde, ofereceram-me

uma câmara digital compacta, mas

sabia que me faltava algo; em 2008

voltei a fotografar em analógico com uma Minolta XG-7, e foi aí que

começou a minha experiência com

uma relex. Confesso que, ao princípio, não sabia trabalhar com a câmara

e fui aprendendo sozinha, outras

vezes com ajuda. Em 2010, percebi

que não conseguia viver sem

a fotograia e comecei a estudar Fotograia e Cultura Visual, no IADE, e, nessa altura, dei por mim a pensar

mais seriamente sobre o processo

e objecto em Fotograia. Durante a licenciatura, tirei também um

curso de Preservação de Colecções de Fotograia na LUPA (Luís Pavão, Lda). Não parei de estudar desde então

e, em 2014, tirei um curso de Projecto

no Atelier de Lisboa do qual resultou

o trabalho fotográico The Journey

e uma exposição coletiva intitulada

Percursos. A edição de livros e fanzines

foi algo que sempre me fascinou, tendo,

por isso, tirado um curso de InDesign

nessa mesma instituição. Hoje em dia,

No topo, à esquerda

Concerto de If Lucy Fell

2009.

No topo, à direita

Paulo

Projecto de inal

de curso do IADE.

Em cima, à esquerda

Projeto The Journey

Em cima, à direita

Projeto Across a Girl

2013.

Em cima Projecto

Across a Girl

2013

Em baixo, à esquerda

At home

Casa da Hella Pebble.

DIANA SERPINS

Fotografia de autor

NASCEU em janeiro de 1989, em Lisboa.

EM 2013 licenciou-se em Fotografia e Cultura Visual pelo Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE), tendo sido selecionada para uma exposição de fotografia coletiva de alunos finalistas, intitulada X’13, no Palácio Quintela, em Lisboa.

NO mesmo ano inicia os estudos no Atelier de Lisboa, tendo participado na exposição coletiva Percursos, na Galeria Av. Índia. Foi também convidada para a exposição coletiva no âmbito da Semana do Onze, em Vila Franca de Xira. Em 2014, foi novamente convidada para essa mesma mostra.

@dianaserpinswww.facebook.com/dianaserpinsphotographywww.dianaserpins.com

Page 39: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 39

PERFIL - DIANA SERPINSZ O O M O U T

>

sabendo do meu gosto pela fotograia, familiares e amigos vão-me oferecendo

câmaras e já conto com cerca

de 17 corpos analógicos”, conta.Graças à sua formação académica,

Diana aprendeu a analisar imagens

e ilmes sob uma nova perspetiva. “Ao compreendermos a imagem, icamos a conhecer o mundo. Muitos fotógrafos focam temas que nos são comuns e a partir daí apreendemos. Tal

como diz John Baldessari, ‘estou muito interessado em ambos: linguagem

e imagens; eu não conheço realmente

o porquê, mas penso que a palavra e a

imagem são igualmente importantes’.

E realmente esta frase diz-me muito.

Podemos empregar linguagem

e imagem de várias formas ‘depende

de como as aplicamos – a linguagem

é bastante arbitrária, ao passo

que as imagens não o são”, salienta.

Diana Serpins conta já com marcas

sonantes no currículo, como Billabong,

Cia Marítima, Cheap Monday, Pepe Jeans, Puriicación García, Seat e Sisley. Em junho de 2012, começou a trabalhar

com a bloguer de moda Hella Pebble,

Page 40: O mundo da fotografia digital nº 128

Z O O M O U TPERFIL – DIANA SERPINS

do projeto Amberhella. Falamos

da cool girl de longos cabelos loiros

que pincela de cores garridas as

páginas deste artigo. Basta acedermos

a www.amberhella.com para

percebermos a importância que esta

fotógrafa assume nos mais singelos registos do quotidiano de Hella. São

pequenos apontamentos e esquissos

nos quais o nosso olhar se demora.

Nos seus trabalhos mais intimistas,

Diana Serpins tem preferência pelo

ilme, mas muitos dos seus projetos

fotográicos proissionais assentam na essência da era digital. “Os dois processos acabam por ser muito

diferentes. Com o digital, o modo é imediato. Posso rapidamente

ver o que está a correr mal e alterar.

Com o analógico preciso de reletir mais. Um erro pode destruir um dia inteiro de trabalho”, salienta.

Esta fotógrafa faz questão de expressar o seu desejo em continuar

a apostar nos seus projetos de autor,

mas também se mostra disposta

a editar uma fanzine e a apostar

numa exposição individual. Se o seu

percurso não passasse pela arte de

desenhar com a luz, provavelmente

estaria a trabalhar numa galeria de

arte, como já aconteceu no passado.

Mas é sempre de câmara em punho

que projeta o seu promissor futuro.

www.dianaserpins.com

No topo, à esquerda

Flowers

2009.

Em cima, à esquerda

Adriana Ribeiro

no seu atelier

Em cima, à direita

Afternoon

on summer

Em baixo

Sem título

EXPOSIÇÕES COLETIVAS

» Em 2013: Expo’11 no âmbito da Semana do Onze no G.A.R.T (Grupo de Artistas e Amigos da Arte), em Vila Franca de Xira.

» Em 2014: X’13 dos alunos finalistas do IADE, no Palácio Quintela, na Rua do Alecrim, em Lisboa. Semana do Onze na Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira. Percursos na Galeria Av. Índia, em Lisboa.

CONSELHOS DE DIANA SERPINS“Eu ainda ando à procura do meu lugar no mundo da fotografia, portanto é difícil dar conselhos. Nunca desistam daquilo que querem, pois acredito que mais tarde ou mais cedo o esforço vai compensar e aquilo que se quer acaba por se realizar. Na realidade temos de trabalhar bastante e ter noção que não é um meio fácil, uma vez que há muita competitividade. Mas se é isto que realmente querem, nunca devem desistir.”

Page 41: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 41

DICAS E TRUQUES EFICAZES E TÉCNICAS PRÁTICAS, CRIATIVAS E PROFISSIONAIS. ESTÁ PREPARADO?

PROJETOS E IDEIAS FOTOGRÁFICAS!

52 6460

IMAGENS AO PORMENORTÉCNICAS PRÁTICASTodos os segredos da iluminação caseira,

para retratos de topo, e ainda o que fazer

para conseguir aproveirar ao máximo

TÉCNICAS PROFISSIONAISILUMINAÇÃO SUPER EFICAZ!Veja como é possível ajustar a intensidade

dos seus flashes em função da luz que tem

disponível no local onde está a trabalhar.

CASOS DE ESTUDOBANCOS DE IMAGEMSe ter as suas melhores fotografias à venda

em bancos de imagem é um dos seus

objetivos, não perca este completo artigo.

FOTOGRAFARF O T O G R A FA R

42

Page 42: O mundo da fotografia digital nº 128

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hris

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P R O J E T O S F O T O G R Á F I C O S

Onze ideias fotográficas criativas para experim entar

no terreno. Com a dose certa de inspiração!

Page 43: O mundo da fotografia digital nº 128

Como preparar a sessão

No pós-processamento,

Cristian leva as imagens

para o Photoshop e faz uma

seleção adequada para

começar a usar máscaras.

“Uso cerca de três a seis

imagens para cada projeto

final, e juntar as imagens

revela um carro iluminado.

Torno o plano de fundo preto

sólido para ocular os rastos

de luz e outros objetos.”

O modo de mistura Lighten

do Photoshop pode ser útil

para combinar frames desta

forma, uma vez que revela

apenas aquelas áreas

numa camada que são mais

claras em termos de cor

que as da camada de baixo.

Faça do carro a estrelaQuer resultados de topo e com m ais impacto a fotografar o seu carro? Use a luz certa.

PINTURA com luz

pode ser usada

para uma miríade

de assuntos. Embora seja uma

técnica popular para paisagens

e edifícios, também pode ser

utilizada para fazer nascer

imagens criativas de veículos.

O especialista em pintura

com luz Cristian Serrano

obtém resultados apelativos

com apenas uma luz, uma vez

que não quer gastar demasiado

dinheiro em estroboscópios.

Como pode ver neste

registo de um VW Beetle

magnificamente iluminado, os

resultados são impressionantes

tendo em conta o equipamento

limitado que está a usar, e não

ficaria deslocado numa revista

de carros de luxo ou num blog.

“Começo por planear como

pretendo que a imagem final

fique”, explica. “Depois de ter

o conceito em mente, desloco

o carro até obter o ângulo certo.

Depois espero que o sol se

ponha, até estar escuro o

suficiente para poder começar

a usar a pintura com luz”.

Quando as condições de luz

ambiente forem adequadas,

Cristian pega numa caixa

de luz contínua de mil watts e

22 x 28”. “Ponho a câmara num

tripé com um temporizador

e defino uma exposição de 5-10

segundos. Isto permite-me

andar à volta do carro com

a caixa de luz ligada, e iluminar

bem o veículo. Faço-o algumas

vezes em vários ângulos

e alturas, para ter o maior

número de opções possível.”

Além de exibir o veículo,

esta técnica simples também

seria uma ótima forma de criar

fotos de destaque de qualquer

carro que queira vender...

A

P R O J E T O 1

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 43

Page 44: O mundo da fotografia digital nº 128

Como preparar a sua câmara

O autofoco da câmara pode

ter dificuldade em perceber

onde focar, por isso é mais

fácil usar a focagem manual

para garantir registos nítidos

de natureza morta. Faça

zoom no Live View ampliado

e use a pré-visualização

da profundidade de campo.

© D

an

Co

ma

nic

iu

A M

Seja mais criativo

com papelQuem disse que precisa

de um assunto exótico para imagens apelativas?

QUI está uma

boa técnica para

experimentar num

dia chuvoso. Dan Comaniciu capta imagens deslumbrantes de papel colorido, que ele dobra e amassa para transformar em composições agradáveis. É importante usar papel em perfeitas condições, ou eliminar as imperfeições mais tarde.

O fotógrafo recorre a uma Hasselblad H3DII-50 com uma objetiva macro HC 120 mm.

De seguida, coloca uma caixa de luz Hensel 100 x 80 mm atrás do papel para conseguir a iluminação correta. Nem todos têm orçamento para isto, mas pode obter resultados similares com uma reflex, uma objetiva macro e uma janela.

Faça experiências com efeitos de cor no Photoshop. Aqui, Dan coloriu a imagem usando um gradiente de cor e o modo de mistura Soft Light.www.dancomaniciu.com

AP R O J E T O 2

P R O J E T O SF O T O G R Á F I C O S

Page 45: O mundo da fotografia digital nº 128

Fotografe e edite

um retrato no telemóvel

Use um smartphone e apps para obter imagens criativas.

ÃO precisa de uma

objetiva 50 mm

rápida e uma reflex

profissional para fotografar

retratos impactantes, como

provam as imagens criativas

de Ade Santora, captadas

e editadas num iPhone.

A fotógrafa planeia um

conceito e edita a imagem com

o seu arsenal de apps. “Utilizo

a ProCamera para fotografias

a cores e a Hueless para

preto-e-branco. A Hipstamatic

ou a Oggl são para efeitos

sombrios. A minhas apps de

edição incluem a Superimpose

e a iColorama para fundir

e mascarar múltiplas camadas;

a Mextures e a Stackables

ajudam a adicionar texturas.

Uso a Snapseed, a Photo Power

e a Afterlight. Gosto de recorrer

à Noir Photo para criar efeitos

mais dramáticos e à AfterFocus

para obter uma profundidade

de campo desfocada.”

www.instagram.com/adesantora

NP R O J E T O 3

© A

de

Sa

nto

ra

Evitar a “vibração do smartphone”

Ter um iPhone e apps

avançadas é uma mais-valia,

mas a “vibração do

telemóvel” pode ser mais

problemática. Uma boa

solução passa por colocá-lo

num tripé. A gama GripTight

GorillaPod da Joby é opção.

F O T O G R A FA R

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 45

Page 46: O mundo da fotografia digital nº 128

© P

hil

lip

Co

lla

Registe um eclipse

lunar totalAponte a sua teleobjetiva

para uma lua de cortar a

respiração e maravilhe-se!

OTOGRAFAR um

eclipse lunar total

é um desafio

moroso, ainda que exequível,

como explica o fotógrafo

Phillip Colla. “Exponho para

as altas luzes da lua, pois não

quero partes sobre-expostas, e

sacrifico as sombras. Começo

por subexpor a lua; de seguida,

aumento a exposição em um

ou dois stops até ver apenas

alguns ‘clarões’, a indicar que

parte está quase rebentada”.

Quando a lua entra na sombra

da Terra, Phillip aumenta a

exposição por fases. “Vario

ligeiramente as exposições,

para garantir que tenho pelo

menos uma exposição de cada

fase que está bem exposta.

As exposições típicas são

cerca de 1/200 seg. a f/11, ISO

400. Durante a ocultação total

de abril, acabei por usar 0,5

segundos a f/5.6, ISO 3.200”.

www.landscapeastro

photography.com

F

Resultados

nítidos

Use o bloqueio de espelho

ou o Live View da câmara,

ativando o obturador

com um disparador remoto,

para evitar vibrações.

P R O J E T O SF O T O G R Á F I C O S

46 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

P R O J E T O 4

Page 47: O mundo da fotografia digital nº 128

Crie um mundo aquáticoFotografe globos líquidos em miniatura – um projeto de im de semana perfeito!

QUI tem alguma

física divertida

que pode explorar

para criar fotografias

encantadoras de gotas

de água. A luz desloca-se mais

lentamente através da água

do que do ar. Isto faz com que

os raios de luz se dobrem

no ponto onde se movem entre

os dois meios. Este fenómeno,

chamado refração, cria alguns

efeitos visuais esplêndidos

– uma gota de água, por

exemplo, vai refratar a luz

da cena por trás, virando-a

ao contrário e curvando-a.

Aqui, captámos um globo

minúsculo numa gotícula,

colocando um mapa-múndi

atrás dela. Para obter

um efeito similar, vai ter

de se estabelecer numa

câmara escura e usar

um flash externo para congelar

as gotas. Uma objetiva macro

ajuda e um tripé é essencial.

Fotografe em Manual

e defina a velocidade

de obturação para a

sincronização mais rápida

(1/200 seg.). Vai precisar

de uma abertura estreita

para a profundidade de campo

máxima, mas também deve

usar uma potência de flash

baixa para uma duração curta,

por isso terá de aumentar o

ISO. Abertura a f/16, ISO 400

e flash a 1/32 no modo Manual.

A

Saiba como focar gotas

Monte o mapa ao contrário,

para que apareça

corretamente na gotícula,

e use um conta-gotas para

criar as gotas num copo

de água. Coloque um lápis

sobre o topo do copo onde

as gotículas caem, foque

manualmente no lápis,

e depois remova-o.

P R O J E T O 5

© J

am

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Pa

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F O T O G R A FA R

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 47

Page 48: O mundo da fotografia digital nº 128

C

P R O J E T O SF O T O G R Á F I C O S

48 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

F

Registe a mística de uma floresta

Explicamos-lhe como pode

criar composições organizadas

do caos da loresta.

Esboce uma ideiaCompile esquissos fotográicos.

OTOGRAFAR

bosques pode

ser tão desafiante

como captar o ímpeto do

mar ou a imensidão do céu.

Segundo Jon Gibbs, é melhor

pensar em coisas pequenas

quando se encontra num

bosque ou numa floresta

onírica. “Não fique intimidado

com o caos à sua frente. Se vir

uma área em particular que lhe

interesse, mantenha-se focado

nela. Não vagueie por longas

distâncias à espera que

uma composição surja

subitamente”, aconselha.

Portanto, para Jon,

o importante é a observação

– mas concentrar-se apenas

numa área pequena não será o

suficiente. Tem de estar atento

às regras da boa composição.

“Certifique-se de que os seus

elementos principais estão

separados no seu próprio

espaço para garantir uma

composição mais agradável.

Verifique os cantos da imagem

e use-os se poder para atrair

o olhar para a fotografia.”

Agora pense na luz. A “hora

de ouro” pode parecer perfeita

para fotografar bosques, mas

em dias sombrios as nuvens

vão funcionar como um difusor

amplo, ajudando a reduzir

o contraste e a revelar detalhe.

Use um filtro polarizador

para eliminar o reflexo

e reforçar a gama de cores.

www.jon-gibbs.co.uk

OMO concebem os

grandes fotógrafos

tantos conceitos

excecionais? Manter um

caderno de rascunho pode

ser uma excelente forma

de perceber como executar

boas ideias e guardar trabalho

especulativo enquanto está

a aperfeiçoar a abordagem.

Os cadernos de rascunhos

também podem ser usados

para manter um diário e

apontar descobertas técnicas

ou notas de um workshop.

Não vale de muito captar uma

imagem de destaque se não

conseguir replicá-la, uma vez

que as definições de exposição

e focagem são mero acaso.

Porque não usar um caderno

de rascunho para compilar

imagens e abordagens de livros

e revistas que lhe interessam?

Isto é particularmente útil se

for um fotógrafo de moda ou de

casamentos e estiver a planear

uma sessão artística. Ou leve

um caderno de rascunho à letra,

desenhando planos concisos

para composições e possíveis

arranjos de iluminação.

Não pense que tem de

comprar cadernos de rascunho

reais. O Facebook, o Pinterest,

o Tumblr ou o seu site oferecem

um ótimo recurso para guardar

ideias e inspiração visual,

e geralmente pode limitar

o acesso a elas caso esteja

preocupado com os patifes que

podem roubar-lhe as ideias…

P R O J E T O 6

P R O J E T O 7

Faça pequenas

impressões das

suas imagens

e cole-as num

caderno. Explore

as suas ideias.

© J

on

Gib

bs

Page 49: O mundo da fotografia digital nº 128

Foque-se em silhuetas Divirta-se a procurar form as no escuro.

Macros brumosas

Basta adicionar água para

obter resultados brilhantes.

S flores cortadas são

excelentes assuntos

de natureza morta, mas

juntar uma delicada névoa

de água com um pulverizador

pode conferir mais brilho

às fotos. Procure ter gotas de

água em todas as partes da flor

que vão aparecer na imagem,

mas lembre-se de que menos

é mais: adicione demasiada

humidade e vai começar a

escorrer, ou partes delicadas da

flor podem vergar com o peso.

Coloque-se perto de uma

janela e use um pedaço

de papel de alumínio engelhado

ou cartão branco no lado

oposto ao da flor para refletir

luz para áreas de sombra.

Se a luz da janela for severa

e direcional, experimente colar

folhas de papel vegetal no vidro.

A névoa não é suficiente para

si? Experimente criar chuva.

Enquadre a flor contra um

plano de fundo escuro e dispare

o obturador enquanto borrifa.

Use um pouco de flash externo

para iluminar as gotas por trás.

A

P R O J E T O 9

P R O J E T O 8

© C

lair

e G

illo

As cenas urbanas originam panosferas dinâmicas.

S dias mais curtos

e os pores do sol

ricos do início do outono

prestam-se à fotografia de

silhuetas criativa. O truque

é escolher um assunto com

uma forma 2D forte – uma

igreja ou torre em ruínas, por

exemplo, ou uma pessoa ou

animal de aspeto característico.

Certifique-se de que o assunto

não choca com outros objetos

– na maior parte das situações,

vale a pena baixar-se e depois

enquadrá-lo contra o céu.

Quanto à definição

da exposição, pode manter

a medição padrão e inserir uma

compensação de exposição

entre -1 e -3 stops. Em

alternativa, faça uma medição

pontual de uma zona brilhante

do céu e guarde essa definição

com o botão de bloqueio

de exposição da sua câmara.

Mantenha o ISO reduzido

para evitar o ruído, e defina

uma abertura média de cerca

de f/8. Minimize a quantidade

de aberração cromática,

que pode ser problemática

ao fotografar contra o sol.

O

F O T O G R A FA R

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 49

Page 50: O mundo da fotografia digital nº 128

50 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Capte registos alucinantes de líquidos

Divirta-se com esta técnica gloriosam ente desarrum ada.

INA Belenko é famosa

pelas suas técnicas

de interiores criativas,

mas, estando farta de imagens

de comida e salpicos líquidos

convencionais, decidiu adicionar

algo novo. Embora as imagens

em cima tenham sofrido alguns

ajustes no Photoshop nas fases

finais, a técnica foi toda realizada

na câmara. Dina começa por colar

os objetos de natureza morta ao

plano de fundo e, de seguida, vira

tudo ao contrário. Basta encher

uma seringa com leite (ou café) e

pulverizar, com os característicos

salpicos distorcidos conseguidos,

fazendo movimentos circulares

arrojados com a seringa.

A fase final envolve combinar

as imagens de salpicos mais

bem-sucedidas no software

de edição Photoshop. “Faço uma

pilha de camadas e oculto todas

as áreas que não desejo ver,

deixando apenas os salpicos

que aprecio”, explica Dina.

www.500px.com/arken

D

Passo Reúna todos os ingredientes para

a sua natureza morta, juntamente

com uma seringa grande sem agulha,

uma pistola de cola e fita-cola de face

dupla fiável. Também vai precisar

de um tripé e de um flash externo

que possa utilizar fora da câmara.

1 Passo Além da limpeza, Dina considera

que a parte mais difícil do processo

é a colagem. “Tem de garantir que

todos os elementos da natureza

morta estão fixos e firmes, e use

cola resistente à água.” Pode usar

fita-cola nos objetos mais leves.

2 Passo A iluminação pode ser tão simples

como um único flash. Defina para uma

potência baixa para obter um impulso

curto, que vai congelar, desta forma, o

movimento do líquido. Em alternativa,

escolha o modo RPT ou Multi, para

captar uma sequência de fotografias.

3 Passo “Faço salpicos com a mão esquerda

e pressiono o botão de disparo com

a direita”, revela Dina. “Tenho um

tripé muito estável, por isso não

há problema.” Se tiver um disparador

remoto, ele vai garantir que não

empurra a câmara acidentalmente.

4

P R O J E T O 1 0

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P R O J E T O SF O T O G R Á F I C O S

Page 51: O mundo da fotografia digital nº 128

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300.000 leitoresObrigado a todos.

*Fonte: B

areme Imprensa, 1ª vaga 2015

. EGIP

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RAMSÉS III . PEDRA DE ROSETA

. CLEÓPATRA

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Page 52: O mundo da fotografia digital nº 128

52 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

F O T O G R A FA R IMAGENS AO PORMENOR

Porque funciona?Captada às 6:45, logo após o nascer

do sol naquela altura do ano, a cena

está cheia de um brilho matinal

quente, revelando exatamente

porque vale a pena fazer o esforço

de sair da cama cedo e aproveitar

a “hora de ouro”. A luz baixa 1

do sol nascente cria sombras

apelativas através das árvores

ajudando a definir a paisagem. A

névoa da madrugada nos vales cria

uma camada na paisagem 2 que

se esbate para o longe, adicionando

uma noção de profundidade. A torre

da igreja funciona como ponto 3 no horizonte distante; está a cerca

#1

CAPTAR A MÁGICA “HORA DOURADA”

Manhãs repletas de névoa e “mistério” dão-lhe paisagens

incríveis. Levante-se cedo!

O AUTOR da imagem que

ilustra esta dica criativa saiu

da cama ao romper do dia, para

conseguir cristalizar a essência

da ‘hora dourada’. Como todos

os bons fotógrafos de paisagem,

David Clapp aprecia o valor

das “horas de ouro” perto

do amanhecer e do anoitecer,

que, em si mesmas, oferecem

as melhores condições de luz

para fotografar ao ar livre.

Embora o fotógrafo conheça

o local que captou, nunca tinha

visto condições enevoadas como

estas. Utilizando a extremidade

longa da objetiva Canon EF

70-300 mm f/4-5.6 USM,

posicionou-se no topo da colina.

Ao escolher uma distância

focal longa, David comprimiu os

elementos da cena para acentuar

o efeito em camadas. Embora

300 mm não seja uma distância

focal óbvia para fotógrafos de

paisagem, pode ser altamente

eficaz nas condições certas.

Os tons recuados aumentam

a noção de profundidade,

que ajuda a atrair o olhar

do espetador para a cena

no seu todo. Mais tarde,

o espetador é recompensado

pelo ponto focal da torre da igreja

e do campanário no horizonte.

A paleta de cor dourada e

quente que aumenta a atmosfera

foi gerada pela luz matinal baixa,

que projeta longas sombras

das árvores, que também ajudam

a definir a forma da paisagem.

Fotografar contra a luz,

uma técnica por vezes

conhecida por contre jour,

requer uma abordagem cuidada

das definições para evitar

a subexposição. Muitas vezes,

é melhor alterar a câmara para

o modo Manual; um para-sol

pode ser útil, para evitar qualquer

reflexo indesejado do sol baixo.

www.davidclapp.co.uk

IMAGENS

AO P

ORM

ENOR

FOTO

S QU

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NCION

AM!

Page 53: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 53

F O T O G R A FA RIMAGENS AO PORMENOR

© D

av

id C

lap

p

1

2

3

4

de 13 km da posição do fotógrafo.

Uma teleobjetiva zoom média não

é a escolha típica de um fotógrafo

de paisagem, mas aqui a distância

focal longa de 300 mm é a

ferramenta certa para o trabalho,

e ajudou a comprimir visualmente

as camadas da paisagem na

imagem bidimensional. 4 Por

fim, o fotógrafo lidou habilmente

com a exposição enquanto

fotografava quase diretamente

contra a luz, o que pode ser

complicado. Usando um para-sol,

também evitou qualquer reflexo

indesejado do ângulo baixo da luz.

Page 54: O mundo da fotografia digital nº 128

54 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

WB

AF SET

#2

ILUMINAÇÃO BRILHANTE

Construa a sua iluminação com múltiplas fontes para obter efeitos brilhantes e subtis.

“AO MONTAR um sistema

de iluminação como este, o processo

de equilibrar as luzes pode ser muito

subtil e oferecer efeitos poderosos”,

explica o fotógrafo profissional

Dave Kai Piper. Começar com a luz

de enchimento dá ao fotógrafo uma

exposição “central”. “Equilibro a luz

para realçar as sombras mais escuras

da imagem. A partir daí, coloco

as altas luzes usando um cone

de luz e ilumino o plano de fundo”.

A última luz estava apontada

para cima para deixar a iluminação

destacar a bochecha da modelo.

Depois de isto estar equilibrado na

imagem, o autor da mesma adicionou

uma “luz de cabelo” portátil, que pode

ser livremente deslocada. “Com uma

imagem como esta, gosto do desafio

de ter altas luzes superbrilhantes

e bastante detalhe nas sombras”,

sublinha. “De algumas formas,

esta é apenas uma imagem estilo

Rembrandt mais complexa adaptada

para dar um toque de beleza à pele,

com uma alta luz traseira para criar

uma maior noção de profundidade”.

© D

av

e K

ai-

Pip

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Mo

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lo:

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ley

Sistema de iluminação

1 Prato refletor Elemental Trinity Nano 400 W 10” Posicionado num ângulo

baixo para iluminar o cenário.

2 Prato refletor Interfit 500 W 10” Colocado alto e por cima

da modelo como uma luz principal.

3 Prato refletor Godex Witstro AD360 10” Usado como uma

“luz de cabelo” altamente portátil.

4Cone de luz Interfit 500 W Usado para criar altas luzes.

5Portátil Fotografar ligado ao

portátil permite a visualização imediata.

Saiba como utilizar uma miríade de luzes

de estúdio para fotografar um modelo.

1

2

3

5

4

Page 55: O mundo da fotografia digital nº 128
Page 56: O mundo da fotografia digital nº 128

ESTE MÊS: O QUE É UMA CSC?

CSC EM AÇÃOCOMO AS CÂMARAS DE SISTEMA COMPACTO REVOLUCIONARAM O MERCADO...

ÁREA T

ÉCNIC

A

CSC

EM A

ÇÃO

56 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

1

OBJETIVAS INTERMUTÁVEISComo uma reflex, uma câmara de sistema compacto não inclui uma objetiva fixa. Em vez disso, pode alternar entre objetivas consoante o assunto que está a fotografar ou o efeito que pretende. As baionetas das CSC são diferentes das das reflex, o que significa que não pode usar objetivas de reflex numa CSC, a menos que use um adaptador.

2

OLHE, SEM ESPELHO!A diferença mais significativa entre uma reflex e uma CSC é a falta de uma unidade de espelho na segunda. Isso não só permite que as CSC sejam mais pequenas e leves, mas também significa que são mais silenciosas. O facto de não ter espelho faz com que tenha de usar o monitor Live View ou uma ocular eletrónica para compor as imagens.

4

OCULAR – OU NÃOA falta de um espelho faz com que uma CSC possa ser equipada com uma ocular TTL (através da objetiva) ótica. Muitas CSC estilo reflex incluem EVF (ocular eletrónica) integrada – um pequeno ecrã que mostra o feed Live View gerado pelo sensor de imagem – enquanto outras podem ser equipadas com uma ocular pequena na sapata.

3

PORTABILIDADEComo o nome sugere, as câmaras de sistema compacto são pequenas – mais pequenas que a maioria das reflex. É claro que perde a vantagem do tamanho assim que junta uma teleobjetiva grande! As CSC estilo telémetro são mais de bolso que as desenhadas como reflex diminutas, mas o punho e manuseamento das segundas pode ser uma vantagem.

Tipos de câmaras

Câmara de smartphoneVantagens Sempre disponível; apps criativas; Desvantagens Sensores pequenos; manuseamento pouco

seguro; os zooms digitais são fracos.

Compacta de bolso Vantagens Mais de bolso que uma

câmara sem espelho. Desvantagens Controlos básicos; sensores pequenos originam fotos de ISO elevados pobres.

Compacta avançadaVantagens Bom nível de controlo;

tipicamente utiliza sensores maiores. Desvantagens Falta de uma miríade

de objetivas intermutáveis.

Onde se “encaixam” as CSC – e como se comparam ao resto?

Uma câmara de sistema compacto é similar a uma reflex digital, com algumas exceções claras…

Page 57: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 57

AF MF

STABILIZER

ON OFF

stas câmaras têm várias

designações : Híbrida,

MILC (câmara de objetiva

intermutável sem espelho)

– até EVIL (ocular eletrónica e objetiva

intermutável) –, mas, seja como for que

preferir chamar-lhes, as CSC (câmaras de

sistema compacto) fazem todas o mesmo:

oferecem as vantagens de uma reflex

digital num formato mais reduzido e leve.

As mais-valias incluem sensores maiores, objetivas intermutáveis, capacidade de usar flash de sapata e outros acessórios, e controlos avançados. É este último traço que ajuda a distinguir uma CSC de uma reflex de entrada de gama. Muitas fabricantes têm reflex digitais compactas, mas dirigem-se invariavelmente aos principiantes. Por outro lado, as câmaras de sistema compacto tendem a oferecer mais controlo manual sobre as definições da câmara, e

funcionalidades topo de gama como disparo contínuo mais célere, gravação de vídeo 4K e corpos selados.

Há muito a dizer sobre a redução de peso de um equipamento. Para começar, é mais provável que o leve consigo, o que significa que poderá aproveitar ao máximo potenciais oportunidades fotográficas. Sendo mais comedidas que uma reflex digital – pelo menos quando têm uma objetiva atarracada –, as CSC são excelentes para fotografia de rua, reportagem e trabalho documental.

A Panasonic iniciou o atual boom de CSC com o lançamento da câmara sem espelho Lumix G1 em 2008, seguida pela Olympus com a Pen E-P1 em 2009. Ambas as câmaras baseavam-se no sistema Micro Quatro Terços, um padrão desenvolvido pelas duas empresas que permite que objetivas de uma fabricante sejam usadas em câmaras de outra. Desde então, a Sony, a Samsung,

a Fujifilm e a Nikon lançaram câmaras sem espelho – embora nenhuma obedeça ao formato Micro Quatro Terços, contando com os seus próprios encaixes.

Como as CSC têm menos partes em movimento no interior, não têm de seguir o design de reflex tradicional. Vários fabricantes de CSC optaram por manter o design de reflex digital, embora em miniatura, mas há também muitas câmaras de estilo rétro e tipo telémetro, incluindo as das gamas Olympus Pen e Fujfilm X, que oferecem uma alternativa para os preocupados com o estilo.

E

O tamanho importa

ALGUMAS CSC podem parecer

reflex digitais em miniatura, mas

não funcionam da mesma forma.

A diferença essencial é a falta de uma unidade de espelho da CSC. A remoção do espelho e o pentaprisma – a parte “reflex” da reflex de objetiva única (DSLR) – faz com que as câmaras de sistema compacto possam ser mais esguias.

Isto tem impacto no design de objetivas, pois a Flange Focal Distance (FFD) – medição desde o ponto onde a objetiva é montada até ao sensor de imagem – é mais curta numa CSC que numa reflex digital. A FFD é importante, pois uma objetiva é calibrada para ser focada a essa distância. É por isso que não pode usar uma objetiva de reflex digital numa CSC – o ponto em que um objeto surgiria focado não é o mesmo. Como verá, os adaptadores permitem usar objetivas de reflex digital em CSC. Estes fazem com que possa montar a objetiva mais longe do sensor, proporcionando a FFD “correta”.

1

Trajeto da luz Numa reflex digital,

alguma luz passa

através do espelho

para o sensor AF, mas

a maioria é refletida

para o pentaprisma,

o medidor de exposição

e a ocular. Este sistema

ocupa muito espaço!

2

FFD A Flange Focal

Distance é relativamente

ampla numa reflex

digital. Mantém-se

constante em toda a

gama de uma fabricante,

garantindo que as

objetivas oferecem

uma imagem nítida

seja qual for o corpo.

3

Distância mais curta A FFD numa CSC é mais

curta. Os encaixes de

reflex digital EF e EF-S

da Canon têm uma FFD

de 44 mm, ao passo

que o encaixe Q da gama

de CSC da Pentax faz-se

valer de uma distância

de apenas 9,2 mm.

4

Ecrã eletrónico Numa CSC, a luz

atinge o sensor, e uma

imagem é gerada no

ecrã traseiro e na ocular

eletrónica, se houver.

Isto significa que o

corpo pode ser muito

mais esguio e mais

curto em altura.

Câmara BridgeVantagens Gamas zoom grandes; construção selada. Desvantagens

Objetivas longas podem tornar o manuseamento incómodo.

CSCVantagens Opções de objetivas criativas; mais leve que as reflex.

Desvantagens Os sensores podem ser menores que os de uma reflex digital.

Reflex digitalVantagens Ampla gama de objetivas

e acessórios em comparação com as CSC. Desvantagens Câmaras e

objetivas podem ser volumosas; preço.

Médio formato Vantagens Sensores muito maiores

que nas reflex full-frame. Desvantagens Preço; volume; sistemas

não tão amplos como nas reflex.

“ As vantagens de uma reflex

digital num formato mais

pequeno – eis as CSC!”

F O T O G R A FA RÁREA TÉCNICA - CSC AO PORMENOR

Page 58: O mundo da fotografia digital nº 128

Sistemas sem espelho

CanonSistema CSC Canon EOS M

Baioneta EF-MTamanho do sensor APS-C

Fator de conversão x1.6

FujifilmSistema CSC Fujifilm X

Baioneta Fujifilm XTamanho do sensor APS-C

Fator de conversão x1.5

NikonSistema CSC Nikon 1

Baioneta Nikon 1Tamanho do sensor 1”

Fator de conversão x2.7

Os intervenientes no mercado das câmaras de sistema compacto.

58 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

MAIOR É MELHOR?O tamanho de um sensor tem implicações na qualidade de imagem, bem como nas dimensões da câmara e da objetiva.NÃO seja influenciado pelo total de

megapíxeis quando comprar uma CSC

– também tem de ter o tamanho do

sensor em conta. Os sensores maiores

produzem imagens mais limpas a ISO

elevados e tornam mais fácil obter

efeitos de profundidade de campo baixa,

enquanto os sensores mais pequenos

permitem o design de câmaras e

objetivas menores e mais leves. Ao

contrário das reflex digitais, que se

dividem em duas fações – as que têm

sensores com proporções similares a

um frame de película 35 mm (“full-

frame”) e as que têm sensores mais

próximos de um frame de película

“APS-C”– as CSC têm uma gama de

tamanhos de sensor muito mais ampla.

1

1/1,7”

O sensor de 1/1,7 da Pentax QS-1 é minúsculo, dando um fator de conversão de x4.6. Anexe uma objetiva 20 mm e tem um ângulo de visão de 92 mm equivalente a full-frame.

4

APS-C

A Fujifilm, Samsung, Canon e Sony usam sensores APS-C em modelos selecionados ou todos das gamas de CSC. APS-C é também o eleito para a maioria das reflex.

5

FULL FRAME

A Sony é a única fabricante de CSC a adotar amplamente um sensor full-frame, que pode ser encontrado na maioria das suas câmaras compatíveis com E-mount.

2

1”

A Nikon optou por um sensor de 1” na sua série “1” de CSC de formato CX. Isto é um quarto do tamanho dos sensores usados nas suas reflex digitais de formato DX.

3

4/3

A Panasonic e a Olympus usam o Micro Quatro Terços. Ao contrário do APS-C e full-frame, este tem um fator de forma 4:3. Também é fisicamente mais pequeno, com um fator de conversão de x2.

F O T O G R A FA R ÁREA TÉCNICA - CSC AO PORMENOR

Page 59: O mundo da fotografia digital nº 128

OlympusSistema CSC Olympus OM-D & Pen

Baioneta Micro Quatro TerçosTamanho do sensor 4/3”

Fator de conversão x2

PanasonicSistema CSC Panasonic Lumix G

Baioneta Micro Quatro TerçosTamanho do sensor 4/3”

Fator de conversão x2

SamsungSistema CSC Samsung NX

Baioneta Samsung NXTamanho do sensor APS-C (exceto NX Mini)Fator de conversão x1.54 (exceto NX Mini)

SonySistema CSC Sony E-system

Baioneta E-mountTamanho do sensor Full-frame e APS-C

Fator de conversão x1.5 (APS-C)

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 59

QUE OBJETIVAS FUNCIONAM?Não pode partilhar objetivas entre um sistema de reflex digital e um sem espelho – ou pode?

CADA FABRICANTE complementa

a sua gama de CSC com um conjunto

de objetivas igualmente compactas.

Estas são feitas para o encaixe específico

adotado no design sem espelho, o que

significa que não pode fixar objetivas

feitas para uma reflex digital, a não ser

que use um adaptador. Como nas reflex

digitais, as objetivas são feitas para serem

usadas apenas dentro do ecossistema

de cada fabricante, embora os modelos

Micro Quatro Terços sejam uma exceção;

pode usar objetivas Panasonic na câmara

sem espelho da Olympus e vice-versa.

As objetivas de terceiros como a Sigma

e a Tamron também estão disponíveis.

USAR OBJETIVAS ANTIGAS

Não pode fixar uma objetiva de reflex digital diretamente a uma CSC. Por exemplo, não pode usar uma objetiva Sony A-mount num corpo de CSC E-mount, e não pode fixar uma objetiva Canon EF ou EF-S numa Canon EOS M3. Isto é, a não ser que use um adaptador. Aqui, pode ver o adaptador EF-EOS M mount da Canon, que se encaixa entre a câmara e a objetiva, permitindo que uma ampla gama de objetivas reflex seja anexada. Outras fabricantes e produtoras de acessórios também oferecem adaptadores semelhantes.

ALCANCEQuanto mais

pequeno for o sensor, maior será o fator

de conversão: são boas notícias para o trabalho com teleobjetiva, não

tanto para fotos amplas.

POUPAR PESO

O fator de conversão significa que as objetivas

desenhadas para CSC de sensor pequeno são mais leves que as suas

equivalentes de reflex digital.

FATOR DE CONVERSÃO

Lembre-se de multiplicar a distância focal pelo fator de conversão do sensor de uma

câmara para calcular o ângulo de visão equivalente em comparação com uma

câmara full-frame.

F O T O G R A FA RÁREA TÉCNICA - CSC AO PORMENOR

Page 60: O mundo da fotografia digital nº 128

CASO DE ESTUDO #1

Como é que um fotógrafo pode

colocar imagens no Shutterstock?

Os fotógrafos podem abrir uma conta

e submeter um lote das suas dez

melhores fotografias em http://

submit.shutterstock.com. Cada

lote de conteúdo é revisto pela

nossa equipa e sete das imagens têm

de ser aceites do lote de dez inicial.

O que procura principalmente

em potenciais colaboradores?

Os nossos revisores avaliam todas

as imagens a 100% sob diretivas

de qualidade como focagem e ruído.

Em temos de qualidade técnica,

há algumas razões comuns pelas

quais as fotografias não são incluídas

na coleção. Por exemplo, a imagem

tem problemas de iluminação

ou equilíbrio de brancos incorreto.

Paul Brennan

Vice-presidente de conteúdo, Shutterstock www.shutterstock.com

serviço chamado FedEx, eles podiam estar nas secretárias de potenciais clientes do outro lado do país na manhã seguinte. “Isto mudou tudo”, realça. “Por exemplo, há muita gente nos EUA que quer uma fotograia de Nova Iorque, mas antes tinha de ir isicamente à cidade para conseguir essa mesma imagem! Ou teria de telefonar a alguém que entendesse exatamente o que queria e depois a enviasse”.

Depois de Tom, todas as outras agências izeram o mesmo. Este método durou até à década de 1990, quando a Internet provocou a grande mudança seguinte.

Subitamente podia ter um catálogo no ecrã – mas, como Tom descobriu, só as grandes agências tinham o dinheiro e os recursos para converter os seus depósitos de imagens em JPEG e pagar as então exorbitantes taxas de alojamento dos sites.

“Chegou a um ponto em que o processo de converter as imagens era tão moroso que era mais fácil para uma agência pequena simplesmente deitar tudo fora e começar do zero”, conta. Consequentemente, muitas das agências familiares foram compradas pelas maiores, e o mercado consolidou-se.

Eis o que nos traz aos dias de hoje. Agora temos uma situação em que milhões de imagens estão disponíveis em catálogos online – mas tem de passar a custo por milhões de imagens! À medida que a concorrência aumenta e que a fartura de imagens cresce, Tom diz que torna-se

ODE não con hecer Tom

Grill pelo nom e, m as

certam ente já viu as suas

im agens . Tom tem estado na vanguarda dos bancos de imagens desde que fundou a agência Comstock Images, no início dos anos 1970. Depois de vender a Comstock à Getty décadas mais tarde, Tom lançou as agências Tetra e Blend Images, e também gere a Tom Grill Images, que promove o seu trabalho pessoal.

“O mercado passou por várias mudanças grandes no meu tempo. Os bancos de imagens eram uma atividade familiar quando eu comecei. Quando alguém queria uma fotograia, tinha de ir isicamente ao escritório de alguém para a ver! Não havia uma boa forma de replicar um slide. Por im, a Kodak lançou a sua película duplicadora 6121, o que fez com que fosse mais fácil para nós replicar e ampliar slides”, explica.

Este foi um momento crucial para os bancos de imagens e permitiu que a Comstock explorasse o método de marketing por catálogo. Tom e sua equipa podiam replicar os seus slides e colocá-los em catálogos; depois, graças a um novo

“Quando comecei,

quando alguém

queria uma fotografia

tinha de ir fisicamente

ao escritório de

alguém para a ver!”

O mercado dos bancos de imagens pode não ser tão lucrativo

como era, mas, com um planeamento cuidadoso, ainda pode

construir uma vida. Falámos com um dos pioneiros da área.

BANCOS DE IMAGENS

P

>

A Comstock explorou o método

de marketing por catálogo,

o que acelerou o processo.

CASOS DE ESTUDO – BANCOS DE IMAGENSF O T O G R A FA R

60 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Page 61: O mundo da fotografia digital nº 128

As altas luzes da imagens estão sobre-expostas, a luz é demasiada fraca ou o assunto está iluminado de forma pouco lisonjeira. Damos conselhos aos nossos colaboradores com o objetivo de ajudá-los a superar estas insuficiências.

Quantas submissões recebe?

Todos os dias adicionamos em média 55 mil imagens e vídeos novos. Vendemos quatro imagens por segundo. No primeiro trimestre deste ano, tínhamos 33,4 milhões de downloads pagos. Neste pacote estão incluídas imagens, músicas e vídeos, obviamente.

Quais são algumas das qualidades

comuns dos registos fotográficos

mais vendidas?

As imagens mais comercializadas têm, pois, um sentido literal e outro conceptual. Por exemplo, uma fotografia de um homem a saltar sobre uma ravina pode ter uma miríade de significados: risco, aventura, excitação e perigo.

Quanto dinheiro pode esperar

ganhar se for um fotógrafo

especializado e a tempo inteiro?

Os royalties baseiam-se no escalão de rendimentos do colaborador (ganhos ao longo da vida) e, claro, no género de licença e produto que o cliente comprou.

O que é que o amador precisa

de saber para competir?

Os profissionais têm o volume do seu lado. Contudo, outros podem competir encontrando um nicho que se adeque ao que querem fotografar. Há três aspetos em que me

concentraria…Imagens que mostram

autenticidade. Os registos fotográficos têm de ser inspiradores, profissionais e de alta qualidade, mas as pessoas e as atividades devem parecer naturais, relaxadas e “reais”. Por exemplo, teria isto acontecido se a câmara não estivesse aqui?

Por outro lado, imagens que mostram diversidade cultural. Cada vez vemos mais fotografias no nosso top 25 de retratos que mostram uma panóplia de pessoas com origens distintas.

Por último, imagens que sejam reveladoras da cultura local. A nossa empresa tem praticamente 1,3 milhões de clientes em mais de 150 países, e podemos dizer que isso é uma oportunidade única. Mesmo dentro dos EUA, uma reunião de negócios no estado do Kansas é igual a uma em Nova Iorque? É importante realçar que o facto de o mundo ser visto através do olhar de um colaborador é a base de qualquer negócio de sucesso.

Conceitos de imagem

mais vendidos

1 Emoções de

felicidade e alegria.

2 Imagens com

uma perspetiva única

(vistas aéreas,

debaixo de pontos de

vista invulgares).

3 Momentos da

vida das pessoas.

4 Diversidade

de experiência.

5 Imagens de

locais de trabalho.

6 Comida e bebida.

Fonte: Shutterstock

“Os profissionais têm o volume do

seu lado. Todavia, outros competem

encontrando um nicho que se

adeque ao que querem fotografar.”

As imagens mais vendidas

foram fotografadas com

um conceito em mente

desde o início.

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 61

Page 62: O mundo da fotografia digital nº 128

CASO DE ESTUDO #2

Quando começou a fotografar

para bancos de imagens?

Quando comprei a minha primeira câmara

digital em 2002-03, uma Canon EOS 400D.

Juntei-me ao iStock em 2003. Começar

cedo foi uma grande vantagem, pois quanto

mais tempo as coisas estão lá, mais lucro

se tem. Quando a Getty adquiriu a iStock,

inundou-a com o seu conteúdo, o que diluiu

muito do trabalho de fotógrafos como eu

e o nosso rendimento caiu para cerca de

um quarto. As pessoas que viviam disso

consideram agora optar por outro trabalho.

Como mudou o mercado dos bancos

de imagens desde que começou?

O mercado desabou dos seus dias de glória.

Há muito mais bancos e as pessoas têm

outras formas de obter imagens. Há cinco

anos, podia gastar mil euros numa sessão

fotográfica e recuperar esse dinheiro num

mês, mas agora as pessoas não recuperam

os seus gastos. Demora-se muito mais

tempo a vender imagens, se de facto se

George Cairns Fotógrafo e autor www.georgecairns.com

muito mais difícil justiicar o custo envolvido em captar fotograias para publicação. “Há dez anos eu vendia milhões de imagens. Agora é muito menos”, salienta.

Mas ainda há dinheiro a ganhar.

“Embora eu não possa suportar o mesmo

nível de investimento nas minhas imagens

porque não haverá retorno, ainda pode

fazer dinheiro no topo de gama se conseguir planear imagens baratas que vão apelar

a múltiplas indústrias. A tendência global

é virar-se para imagens de preço mais

elevado que seja mais invulgar. A chave

é dar à sua imagem uma qualidade ou situação que ninguém consiga replicar.

O que isto signiica é que não só tem de se manter a par dos estilos, mas também

liderá-los. Tem de prever o que as agências

querem. Não pode simplesmente largar uma família num campo e captar uma

fotograia. Atualmente fazer um registo de família tem de ser algo diferente – talvez um casal homossexual com uma criança.”

Tom planeia minuciosamente todas as

suas sessões fotográicas, tendo diferentes cenários em mente, que poderão agradar a

indústrias não concorrentes. Pode demorar

algumas horas, mas é importante saber

exatamente que imagem quer criar.

“Se decidirmos que queremos fotografar

uma família, sentamo-nos e anotamos

as etnias, idades, condição económica…

Talvez as crianças estejam a voltar para a escola. Talvez a família esteja numa casa acolhedora para reletir a indústria da eletricidade. Talvez estejam a ver televisão ou ao computador, para dirigir a imagem

para diferentes áreas da tecnologia. Saiba

sempre onde uma imagem pode vender.”

Tom confessa que a lição que aprendeu

ao longo dos anos e que desejava ter sabido

quando começou é que o coração concetual

de uma imagem suplanta as características

físicas do que está a fazer. “O que está a criar não são fotograias: são conceitos. É fácil ser inluenciado por uma modelo interessante, mas tem de a colocar numa situação

comercializável – a publicidade usa conceitos. Crie algo que se dirija uma

variedade de indústrias numa única

imagem e maximize as suas vendas.”

Tom Grill viu o mercado

dos bancos de imagens

a mudar enormemente.

CASOS DE ESTUDO – BANCOS DE IMAGENSF O T O G R A FA R

62 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Page 63: O mundo da fotografia digital nº 128

venderem. Agora só submeto 20 imagens

por ano porque acho que não haverá muita

gente a vê-las. O meu portfólio tem mil

ficheiros e cerca de 50 desses geram lucro.

Qual foi a sua imagem mais vendida?

A imagem de um visor de radar é a minha

best-seller e teve 1.125 downloads. Na

realidade, foi uma criação do Photoshop.

De facto, a maioria das minhas best-

sellers estão digitalmente melhoradas.

Acho que fazer um pouco de trabalho

criativo no Photoshop ajuda uma imagem

a destacar-se. Por exemplo, eu tinha uma

Top de câmaras dos bancos de imagensSaiba que marcas de câmaras são usadas para captar as fotograias dos vários bancos digitais.

“Eu tinha uma antiga

impressão de uma

reconstituição da Guerra

Civil dos EUA. Digitalizei-a

e melhorei-a para fazer

com que os soldados

parecessem fantasmas.”

antiga impressão de uma reconstituição da

Guerra Civil dos EUA que estava na minha

secretária. Digitalizei-a e melhorei-a para

fazer com que os soldados parecessem

fantasmas. Está no iStock desde

2006 e já me rendeu imenso dinheiro.

Além de o ajudar a criar algo mais

vendável, as técnicas do Photoshop

também são valiosas para garantir

que as suas imagens são satisfatórias.

Os bancos de imagens vão rejeitar as suas

imagens por coisas como franjas de cor ou

aberrações cromáticas. Se isso acontecer,

terá de dominar bem a edição de imagem...

O Dreamstime tem uma coleção enorme,

reunida a partir de 200 mil fotógrafos.

Todas as imagens foram analisadas

para descobrir que marcas de câmaras

foram usadas com mais frequência.

TOTAL DE IMAGENS DA CÂMARA

TOTAL DE IMAGENS DESCARREGADAS

10.260.0005.400.000

CANON

4.860.0003.000.000

NIKON

468.000300.000

SONY

376.000188.000

PENTAX

256.680186.000

OLYMPUS

180.00060.000

FUJIFILM

163.80060.000

PANASONIC

114.00030.000

KONICA MINOLTA

106.60026.000

HASSELBLAD

75.18021.000

PHASE ONE

© F

ree

pik

© i

Sto

ck

© D

rea

ms

tim

e

As técnicas do Photoshop são essenciais se quiser

garantir que a sua imagem é suicientemente boa para vender.

CASOS DE ESTUDO – BANCOS DE IMAGENS F O T O G R A FA R

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 63

Page 64: O mundo da fotografia digital nº 128

64 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

TÉCNICAS PROFISSIONAIS – INTENSIDADE DO FLASHF O T O G R A FA R

STE m ê s

m o s tram o s -lhe

o s bas tidore s de

uma sessão fotográica de u m no ivo , re a lizada

no local com apenas uma lu z. E a chave das técnicas

aqui aplicada passa por fazer

com que a luz do seu lash se misture homogeneamente

com a luz ambiente já

existente na sala. Para esta

Nesta imagem parece que toda a luz é natural,

mas na verdade há uma utilização cuidada do lash.

Conheça as m elhores form as de adicionar apenas a luz suiciente para realçar um retrato com um look natural.

COMO FUNDIR FONTES DE LUZ

E

Page 65: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 65

TÉCNICAS PROFISSIONAIS – INTENSIDADE DO FLASH F O T O G R A FA R

sessão sabíamos à par tida

que íamos fotografar com

os noivos em todos os

cenários possíveis e sob

as mais variadas formas de

iluminação. Nalguns casos,

usar íamos só luz natural;

noutros, ter íamos de iluminar

tudo com estroboscópios.

Assim, misturámos a luz

ambiente com a luz do lash, algo que nem sempre reune

concenso. Por outro lado,

pode estar a perguntar-se

porque fotografar íamos

com um estroboscópio, com

toda esta luz natural a entrar?

Bem, enquanto estávamos

a contemplar o inspirador

plano de fundo da sessão,

concluímos que podíamos

simplesmente fotografar tudo

ao natural. Mas, assim que

erguemos a câmara ao nível

do olhar, percebemos que

a velocidade de obturação

ia ser demasiado lenta,

de modo que ter íamos de usar

um tr ipé apenas para evitar

que as fotograias icassem desfocadas. Havia muito

menos luz do que parecia...

O outro problema era que,

embora as janelas por trás do

noivo pareçam brancas, são,

na verdade, amarelas. E a luz

icaria horrível, fazendo lembrar tons de pele.

Na posição em que

queríamos fotografá-lo,

de pé ao lado do piano, a luz

natural não só era demasiado

baixa, como também era

monótona. Captámos então

algumas fotograias de teste e percebemos que ter íamos

de a iluminar para obtermos

alguma profundidade.

“O segredo está em fazer com

que a iluminação do seu flash se

misture homogeneamente com

a luz ambiente existente na sala.”

SE OLHAR para a fotografia

acima, pode ver o aspeto

da cena apenas com a luz

ambiente existente (antes

de ligarmos o flash). Seja qual

for a luz presente, ela ilumina um

lado do cabelo – o que achámos

bom, pois queríamos usar a luz

natural como “retroiluminação”.

Portanto, captámos uma foto

sem o flash ligado, apenas para

vermos como ficava. A imagem

ficou um pouco subexposta,

por isso podíamos trabalhar

para tornar a luz ambiente

mais brilhante, certo? Podíamos

mudar o f/stop ou aumentar

o ISO, mas, quando estamos

a fotografar com flash, o melhor

é sempre seguir a “receita” certa.

Primeiro, desligámos o flash

e fizemos uma fotografia usando

apenas a luz existente. A seguir

colocámos a câmara no modo

Manual; definimos a velocidade

de obturação para 1/125 seg.;

e depois usámos o fotómetro

no interior da ocular da reflex

para ajustar o f/stop até termos

uma exposição adequada.

Quando a leitura do fotómetro

é “0”, é porque a foto não está

subexposta nem sobre-exposta

– é a exposição adequada.

De seguida escurecemos

a exposição em pelo menos

um stop, propositadamente.

Se a câmara indica que

a exposição correta era f/8,

escolher f/11 escureceu tudo

em um stop. Captámos outra

foto de teste – queremos que

seja o flash a iluminar o assunto,

não a luz ambiente. Esta deve

iluminar a sala à volta do modelo

e por atrás dele apenas. Assim

que vemos que a luz ambiente

não está a iluminar demais, temos

de encontrar a quantidade certa

de luz de flash a “misturar”.

A fotografia da “luz existente”

Não há luz ambiente suiciente na sala

para sustentar uma fotograia sem lash.

PASSO 1

>

Page 66: O mundo da fotografia digital nº 128

66 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

TÉCNICAS PROFISSIONAIS – INTENSIDADE DO FLASHF O T O G R A FA R

PASSO 2 PASSO 3 PASSO 4

Equipamento

AGORA TEMOS de encontrar

a quantidade certa de luz

de flash para a cena parecer

realista e misturar-se com

a luz ambiente e com a luz do

cabelo que entra pela janela.

A fotografia dos bastidores acima mostra o sistema usado nesta sessão. Primeiro: há um estroboscópio de estúdio alimentado a bateria. Pode usar duas cabeças de estroboscópio, mas não com a mesma quantidade de brilho. Nesse sentido, geralmente usamos apenas uma cabeça de flash. A cabeça de flash está fixa na ponta de um monopé, sendo este segurado por uma pessoa que nos ajuda. Este sistema é perfeito para o género de sessão de “correr e disparar” que tem de fazer num casamento, por exemplo: não tem assim de montar suportes de luz e tentar “espremê-los” entre bancos de igreja e espaços apertados. A bateria é leve, por isso atira-se bem por cima do ombro.

Potência do flash

PORQUE NÃO experimenta

utilizar um flash de sapata

e uma pequena caixa de luz

pop-up de 24”? Sobretudo

em interiores, como neste

caso em particular, porque

o objetivo é não recorrer

demasiado ao flash. Estamos a tentar misturar o flash com a luz ambiente existente – não queremos oprimi-la de todo. É por isso que geralmente começamos com uma potência baixa, de cerca de 1/4, enquanto registamos uma fotografia de teste. Queríamos que esta luz desse a entender que havia uma grande janela à nossa esquerda, em vez da escada e do quarto de vestir da noiva. Por isso, agora tem de captar uma foto de teste e ver como fica. Parece real? Está a oprimir a luz da janela que ilumina a parte de trás do cabelo ou tudo encaixa bem? Parece demasiado brilhante? O maior erro que vemos é que o flash parece demasiado brilhante e óbvio. Opte pela subtileza.

Obturação

AGORA JÁ ESTÁ tudo certo.

O processo no seu todo demora apenas um minuto ou dois, graças ao ecrã LCD na parte de trás da câmara. Pode ver imediatamente se o flash está demasiado brilhante ou se a luz ambiente é má. Se achar que esta é escura, basta reduzir a velocidade de obturação. Fazê-lo de 1/125 seg. para 1/60 seg. permite a entrada de mais luz existente natural na fotografia. Pode reduzir depois para 1/30 seg., ou até mais lenta, desde que o assunto não esteja em movimento — o flash vai congelar o movimento menor, por isso pode até conseguir reduzir a velocidade ainda mais, se for necessário. Neste caso, conseguimos mantê-la a 1/125 seg. para esta foto em particular. A abertura ficou em f/8, o que mantém tudo focado desde a frente até atrás. Se vigiar a potência do flash, vai conseguir o efeito desejado.

A objetiva ideal

Usámos uma objetiva 85 mm

com um grau de abertura baixo.

Há uma boa seleção de objetivas

com aberturas em torno de f/1.4,

mas, uma vez que fotografámos a

f/8, basicamente desperdiçámos

qualquer vantagem que uma

85 mm f/1.4 pudesse trazer.

Optámos por esta objetiva porque

pensámos que haveria luz natural

suficiente para o género de

imagem a captar. Mas estávamos

errados. Felizmente, também

levámos iluminação. Trocar

de objetiva não teria ajudado.

Fosse qual fosse a objetiva,

teríamos de fotografar a f/8

– foi o que determinámos

como sendo o f/stop adequado.

Fixar o lash na ponta de um monopé torna

o seu sistema de iluminação bastante portátil.

Page 67: O mundo da fotografia digital nº 128

ED IÇÃO DE IMAGEM PROF ISS IONAL

Revolucione as suas imagens com a ajuda destes guias passo a passo.

68 70 72

ADOBE LIGHTROOM 6Aprenda a geolocalizar as suas fotografias com o sistema de tags deste funcional programa da Adobe.

ADOBE CAMERA RAWUse as funcionalidades do Graduated Filter do ACR para ajustar os céus das suas paisagens e muito mais!

ADOBE PHOTOSHOP CCConsiga seleções perfeitas com a ajuda da funcionalidades Color Range do Photoshop. Instruções detalhadas.

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DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 67

PROCURE OS VÍDEOS NO CD!

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Page 69: O mundo da fotografia digital nº 128
Page 70: O mundo da fotografia digital nº 128
Page 71: O mundo da fotografia digital nº 128

A TRANSIÇÃOPara adicionar um gradiente basta traçar uma linha de A a B. O comprimento da linha controla a extensão da área de mistura, por isso uma linha curta vai criar uma transição abrupta, e uma linha longa uma mistura suave. Pressione Shift para manter a linha horizontal ou vertical.

ADICIONAR NOVOS GRADIENTESSelecionar New permite traçar um novo gradiente, mas, muitas vezes, não é necessário porque basta arrastar sobre a imagem para definir os gradientes novos que quiser. Cada gradiente é representado por uma linha e dois pontos, por isso pode alterar o ângulo do gradiente ou as definições.

MODOS EDIT E BRUSHAo lado de New, Edit e Brush são dois modos diferentes para alterar os gradientes. Edit permite então mudar a área de transição ou o ângulo do gradiente, arrastando os dois pontos. Por sua vez, Brush faz com que possa adicionar ou subtrair da área afetada, pintando sobre ela.

ATRAIR O OLHAROs gradientes são ótimos para céus – também são bastante úteis para atrair subtilmente o olhar em direção ao assunto e para longe dos detalhes distrativos perto das arestas do frame. Use-os para melhorar a sua composição escurecendo cuidadosamente os cantos ou suavizando arestas confusas.

REDEFINIÇÃO RÁPIDAA ferramenta lembra-se de definições de tons anteriores, o que por vezes é útil, mas pode ser uma chatice. Antes de traçar um gradiente, pode iniciar uma definição de tons nova e redefinir tudo o resto clicando nos ícones + ou – em qualquer ponteiro. Clique duas vezes em qualquer ponteiro para redefini-lo rapidamente.

CONTROLO DE TONSQuando seleciona pela primeira vez a ferramenta Graduated Filter, surge um novo conjunto de ponteiros de tons à direita. São semelhantes aos ponteiros do painel Basic, mas não afetam toda a imagem – afetam uma mistura de tons graduada entre dois pontos que o próprio utilizador define.

ESPIA TITULOEspia Texto Busam di nobita comniae est, num ea non porumque nem experis quistib usamenis re sequidel ipita volupti bearchit esedio voluptam as denetur rehenim usapero rendia voluptiur, occat audipsam issit qui bla nimoluptam rem ne volorrovita nos dit officiis es eniendebis at aut quid

ANATOMIA DO PHOTOSHOP CC

Compreender os controlos da ferramenta BrushO modo Brush da ferramenta permite pintar para adicionar ou subtrair o efeito, o que é útil quando parte do solo se projeta acima do horizonte.

DEPOIS de traçar o seu gradiente, selecione Brush [1] e pinte para adicionar

à área afetada [2] ou subtrair [3]. Pressione Alt enquanto pinta para mudar

temporariamente de um modo para o outro. Selecione Mask [4] ou pressione

Y para ativar uma vista que mostra o que está a ser afetado. Size [5] ajusta

o tamanho da ponta do pincel [6] (embora seja mais rápido usar as teclas

] e [ para fazer os ajustes). Feather [7] controla a suavidade da ponta do pincel

(em vez disso experimente Shift+ ] ou [). Flow [8] permite alterar a intensidade

– uma definição baixa é útil para fortalecer as pinceladas gradualmente.

A funcionalidade Auto Mask [9] faz com que Brush se fixe às arestas

enquanto pinta, o que pode ser útil para pintar em torno de formas delicadas.

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 71

2 6 1

4

567

89

32

DICAÚTIL

EDIÇÃO DE IMAGEM PROFISSIONAL – TRABALHE COM A FERRAMENTA GRADUATED FILTER E D I TA R

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Page 74: O mundo da fotografia digital nº 128

74 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Conhecido por

ser o fotógrafo

de paisagem m ais

bem pago do mundo,

Peter Lik partilha

alguns segredos

para do seu sucesso.

PE TER L IK

CÀ direita Ghost“Captada no Antelope Canyon, Arizona. Sabia que o sol ia passar diretamente por cima ao meio-dia. À medida que a hora se aproximava, uma lasca de luz estreita irradiou o fundo do desiladeiro. No momento em que pressionei o obturador, o meu guia Navajo atirou uma mão-cheia de poeira para o feixe de luz.”

OMEÇOU a captar fotografias aos oito anos, quando os pais lhe ofereceram uma Box Brownie. O que o arrebatou na arte de

desenhar com a luz em tão tenra idade?A câmara Kodak Brownie foi a minha

primeira experiência na fotograia – um presente de aniversário incrível dos meus pais. Usei-a para captar a minha primeira

fotograia de uma teia de aranha, a brilhar com o orvalho no jardim da família.

Simplesmente atraiu-me de uma forma

Z O O M O U TPERFIL – PETER LIK

Page 75: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 75

quase inexplicável. Nessa idade, era demasiado novo para compreender

por que razão a experiência era tão profunda. Apenas parecia certo. Senti-me especial, quase como se tivesse encontrado o meu objetivo de vida.

Tornou-se fotógrafo assim que deixou a escola?A partir dos 18 anos, estava constantemente a captar o mundo à minha volta tanto quanto possível – e ainda o faço, todos os dias da minha vida. O inal dos 20 e início dos 30 foi quando comecei a ganhar algum

dinheiro com a fotograia, mas ainda foi uma luta árdua para me manter à tona durante anos. No entanto, é preciso desfrutar da batalha – faz tudo parte da experiência que o torna melhor na sua arte.

Porque decidiu ir para os EUA em 1984? E como aderiu à fotografia panorâmica e de formato médio?Sempre foi um sonho visitar e fotografar lá. Por muito apelativa que a Austrália seja, sentia uma ligação a todas as imagens e ilmes que tinha visto. Além disso, a mudança de estações não é algo que se

tenha realmente na Austrália. Encontrar o formato panorâmico foi algo totalmente

inesperado, mas tão importante. Estava a comparar as minhas imagens com um grande fotógrafo americano que conheci na minha visita aos EUA. Ele desaiou-me a “apostar em grande ou voltar para casa”. Nunca olhei para trás.

Quando é que percebeu que podia ter uma carreira de sucesso como fotógrafo panorâmico e de paisagem?É difícil de dizer. Apenas procurei passar despercebido por muitos anos, e > @

Pe

ter

Lik

(to

da

s a

s im

ag

en

s)

Page 76: O mundo da fotografia digital nº 128

76 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

concentrei-me em captar boas imagens. No determinado momento, percebi que não tinha assim tantas diiculdades.

Se tivesse de escolher um momento que se destaque como uma revelação, talvez tenha sido em 1999, quando abri a minha primeira galeria em Queensland. Tinha icado muito bom no formato panorâmico, e a reação ao meu trabalho foi melhor que nunca.

Porque é que estabeleceu o seu negócio em Las Vegas?O sudoeste americano é a minha paisagem favorita de todos os tempos

para fotografar, e Las Vegas está praticamente no centro, dando-me acesso fácil a algumas das melhores vistas do país. Descobri a beleza da região enquanto captava todos os 50 estados para o meu livro Spirit

of America, e iquei surpreendido.Vegas é também o lugar ideal para

gerir o meu negócio. Aqui tenho espaço para construir as minhas instalações todo de gama, projetar a minha casa de sonho perto do Red Rock Canyon

e abrir múltiplas galerias.

Os críticos de fotografia artística têm sido bastante pretensiosos em relação ao seu trabalho. A má publicidade e as críticas do sistema incomodam-no?Incomodavam quando era mais novo, mas um dia olha para trás para uma carreira longa e percebe que a negatividade não travou o sucesso. Quanto muito, atrai mais olhares para o meu trabalho. Talvez deva agradecer a esses críticos!

Espera-se que o seu staff das galerias contacte com os clientes. É uma política deliberada para criar uma atmosfera diferente da que normalmente se encontra em galerias de belas artes algo elitistas?Acho bastante interessante que a ideia do staf ser amigável e cativante seja entendida como uma espécie de conceito estanho. Porquê? Acho que demasiadas galerias têm uma

No topo, à esquerda

Inner Peace

“Debaixo deste ácer

japonês, senti um

profundo respeito

enquanto a luz

do inal de tarde

retroiluminava as

folhas delicadas. ”

Em cima, à esquerda

Castaway

“Captada em Molokai,

uma das ilhas mais

intactas do Havai.

As nuvens

convergentes

criaram um relexo

absolutamente

perfeito.”

PETER LIK

Fotógrafo

de paisagem

NASCIDO na Austrália

em 1952, Peter Lik

é um prolífico fotógrafo

de paisagem, com

15 galerias no Havai,

em Las Vegas e outros

locais dos EUA.

PETER vendeu

recentemente uma

imagem chamada

Phantom, que

é atualmente a

fotografia mais cara do

mundo. O comprador

permanece anónimo.

É MEMBRO da Royal

Photographic Society.

Os seus livros incluem

Australia: Images of

a Timeless Land

(1997), Spirit of

America (2003)

e Maui: Hawaiian

Paradise (2006).

>

Z O O M O U TPERFIL – PETER LIK

Page 77: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 77

Em cima Bella Vista

“Tirada em Pienza,

na região vinícola

mais famosa

da Toscana. A luz

do início da manhã

criou sombras

à deriva que andavam

de um lado para

o outro nas ilas de

oliveiras e videiras.”

À esquerda Autumn Mist

“Captada em Deer

Valley, Utah. Enquanto

subia até ao meu

destino inal, surgiu

esta cena mágica.”

PERFIL – PETER LIKZ O O M O U T

Page 78: O mundo da fotografia digital nº 128

78 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Em cima Pele’s Whisper“Fotografada em Kilauea, Havai. Um amigo contou-me a história de Pele, a deusa do fogo. Pode imaginar o seu peril encantador em cima à esquerda – como se estivesse a soprar ou a murmurar para o oceano. É a minha imagem de uma vida.”

À direita Sacred Sunrise“Do Canyonlands National Park, Utah. Enquanto caminhava para o arco à luz de uma lanterna, os céus iluminaram-se e captei uma série de fotograias à medida que o sol abria o horizonte.”

Z O O M O U TPERFIL – PETER LIK

Page 79: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 79

abordagem altiva – esperam que os visitantes entendam tudo sozinhos e, se tiverem perguntas, boa sorte a conseguirem uma resposta prática. Isso é bom para os outros, mas não para mim. Não tenho problemas em admitir que quero vender o meu trabalho.

Acha que alguns críticos e outros fotógrafos ridicularizam o seu trabalho porque têm inveja do valor por que é vendido?Não posso realmente dizer o seu passa na mentes dos outros. Pessoalmente, aplaudo qualquer pessoa que consiga vender o seu trabalho, seja qual for

o preço. Só prova uma capacidade de comunicar e inspirar um público – que é um dos principais objetivos da arte. E não é uma tarefa fácil.

É claramente especializado em impressão. Sempre achou essa parte do processo interessante?Absolutamente. A impressão é o resultado inal de todo o meu trabalho fotográico árduo, por isso é extremamente importante fazê-lo corretamente. Por muito que sempre tenha adorado a fotograia, o processo de esperar que outra pessoa imprimisse o meu trabalho sempre foi

QUESTIONÁRIO RÁPIDO!Do que sente mais

falta na Austrália?

Da minha família, dos amigos e da paisagem. É um consolo para a minha alma. No momento em que voltei a pisar o solo australiano no ano passado, um milhão de memórias invadiu-me. Foi muito emotivo.

Ainda capta imagens

por prazer, para

além do trabalho?

Eu adoro o que faço. A minha paixão e a minha carreira são uma e a mesma coisa. É sempre agradável – e ainda melhor quando consigo uma foto perfeita, que apenas tenho de colocar nas paredes da minha galeria.

Quais são os seus

planos futuros?

Vêm aí muitas coisas! Estamos a preparar-nos para lançar cinco novos livros de belas artes que incluem algumas das minhas paisagens favoritas. Há múltiplas edições de diversos temas na forja que vão incluir muito conteúdo novo, nunca antes visto fora do estúdio.

>

Em cima, à direita

Eternal Beauty

“Antelope Canyon,

no Arizona. O sol

por cima estava

a aproximar-se

depressa, e eu

sabia que tinha de

conseguir este frame

nos 15 minutos

seguintes. As rochas

forneceram um

incrível reletor

vermelho natural,

realçando este

pedaço de natureza

fenomenal.”

PERFIL – PETER LIKZ O O M O U T

Page 80: O mundo da fotografia digital nº 128

80 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

angustiante, e odiava não ter controlo sobre essa parte da experiência. Por im, depois de abrir o meu negócio em Las Vegas alguns anos antes, consegui completar uma instalação de impressão topo de gama.

Passa vários meses do ano a fotografar. Que género de locais conseguem atraí-lo?Há alguns locais que simplesmente volto sempre a visitar. O Havai é um deles: fotografo lá, passo férias e tenho galerias em duas das ilhas. O Havai sempre foi um paraíso pessoal meu.

Na China, iquei completamente intimidado com a paisagem antiga, rica em beleza natural e arquitetura incrível. Também visitei a Austrália e consegui obter uma fotograia incrível de uma zona que raramente havia explorado – Painted Shores é o meu tributo à minha pátria, onde a minha paixão nasceu. Por im, acabei de lançar The Classical Age Collection – mais de uma dúzia de imagens captadas em Veneza, na Toscana, e em Praga apenas há alguns meses.

É difícil para os fotógrafos de paisagem ganharem dinheiro em 2015 – sobretudo a quantia que você ganha. Tem algumas dicas?Na verdade, acho que se tornou mais fácil. Quando comecei, não havia GPS, YouTube, Internet... – nada era digital

e não havia satisfação imediata. Tinha de usar mapas de estradas em papel antiquados, ler livros e usar o meu instinto. O meu conselho é tirar partido das ferramentas que estão disponíveis atualmente. Elas vão ajudá-lo com pormenores como encontrar locais de cortar a respiração, veriicar as condições meteorológicas e, claro, testar imagens.

Contudo, isso não signiica nada se não houver paixão. Se adora o que faz, será certamente bem-sucedido. www.lik.com

EQUIPAMENTO

“As marcas que gosto

de usar atualmente são

a Canon, a Phase One,

a Nikon e a Pentax,

entre outras. Estou

sempre à procura

da câmara certa para

a fotografia, e não há

uma que sirva para

tudo. Eu adiro

a toda a tecnologia e

equipamento mais

recentes – ficar

demasiado obcecado

com uma marca

ou uma câmara limita

as possibilidades.”Em cima The Sentinel

“Queria fotografar

Nova Iorque sob

uma perspetiva

diferente. Instalar-me

com uma objetiva

grande-angular

diretamente centrada

debaixo da ponte

deu à fotograia uma

perspetiva radical

e uma dimensão com

linhas raramente

vistas. Para manter

a atenção na ponte,

sobre-expus a cidade

no plano de fundo.”

À esquerda Peter a trabalhar

em Nova Iorque

Peter usa uma série

de câmaras, incluindo

relex e backs

digitais Phase

One, consoante

as necessidades

do trabalho.

Z O O M O U TPERFIL – PETER LIK

Page 81: O mundo da fotografia digital nº 128
Page 82: O mundo da fotografia digital nº 128

Fique a conhecer as melhores imagens que os leitores

da OMF enviaram este mês para o passatempo

Missão. Inspire-se com o impacto destas fotograias!

MISSÃO MOVIMENTO

PARTICIPE TAMBÉM E GANHE PRÉMIOS!

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Envie as suas fotos para ‘[email protected]’.

Regras de participação no CD que encontra na pág. 114.

L E I T O R E SMISSÃO – MOVIMENTO

82 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

MENSALMENTE, os leitores da revista

O Mundo da Fotografia são contemplados

com apelativos prémios em resposta aos

desafios que lançamos em cada edição. No

passatempo Missão deste mês, a leitora Rita

Martins foi eleita a 1º classificada e receberá

um colt lateral Cotton Carrier Wanderer 504

HSB (€ 44,90). Já o leitor Ricardo Miranda, 2º

classificado, será premiado com um cartão

de memória Eyefi 8 GB (€ 41,99). Ambos

os prémios são ofertas Rodolfo Biber S.A.

1RITA MARTINS

Colore!

Equipamento Nikon D300 Abertura f/7.1

Exposição 1/6 seg. Sensibilidade ISO 100

1

Page 83: O mundo da fotografia digital nº 128
Page 84: O mundo da fotografia digital nº 128

84 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

L E I T O R E SMISSÃO – MOVIMENTO

2

4

2

RICARDO MIRANDA

MOTONAUTIC PANNING...

“Panning: velocidade de obturação lenta

suficiente para registar movimento, sendo que

o ponto de foco deve sempre manter-se sobre

o assunto, acompanhando sempre o seu movimento.”

Equipamento Canon EOS 60D a 200 mm; Abertura

f/13 Exposição 1/80 seg. Sensibilidade 100

3

CARLA BRITO

FEIRA POPULAR DE LISBOA

“Efeito visual de uma longa exposição

feita ao movimento da roda gigante.”

Equipamento Canon EOS 600D a 16 mm;

Abertura f/19 Exposição 3 seg.

Sensibilidade ISO 100

4

JOÃO AMARO

JOEIRAR

“Citação”

Equipamento Nikon D90 a 48 mm Abertura f/9

Exposição 1/320 seg. Sensibilidade ISO 100

Page 85: O mundo da fotografia digital nº 128

L E I T O R E SMISSÃO – MOVIMENTO

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 85

3

Page 86: O mundo da fotografia digital nº 128

L E I T O R E SMISSÃO – MOVIMENTO

86 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

5

MANUEL ADREGA

ESFERA DE FOGO

Equipamento Canon EOS 600D a 24 mm

Abertura f/9 Exposição 25 seg.

Sensibilidade ISO 400

6

JOSÉ MELIM

PISTA NO AREAL

“Resultado da limpeza

do areal, numa praia de Gaia.”

Equipamento Pentax K20D a 16 mm Abertura

f/16 Exposição 1/180 seg. Sensibilidade ISO 200

7

GILBERTO PEREIRA

SECAR AS PENAS

“Fotografia de um Guarda-rios a sacudir

as penas para as secar depois de um mergulho.”

Equipamento Canon EOS 5D Mark III a 400 mm

Abertura f/5.6 Exposição 1/3.200 seg.

Sensibilidade ISO 800

5

7 8

Page 87: O mundo da fotografia digital nº 128

L E I T O R E SMISSÃO – MOVIMENTO

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 87

6

9

8

MARCO COSTA

POWERSHOT

Equipamento Canon Powershot S120 a 19 mm

Abertura f/6.3 Exposição 1/1600 seg.

Sensibilidade ISO 400

9

MARCO SOARES

A TODO O GÁS“Metro do Porto.”

Equipamento Canon EOS 550D a 10 mm

Abertura f/6.3 Exposição 4 seg.

Sensibilidade ISO 100

Page 88: O mundo da fotografia digital nº 128

L E I T O R E SMISSÃO – MOVIMENTO

88 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

10

RICARDO MATEUS

LUZ, CÂMARA... CLICK“Parque das Nações.”

Equipamento Canon EOS 1100D a 55 mm

Abertura f/9 Exposição 1/200 seg.

Sensibilidade ISO 100

11

JOÃO SALES

OSSOS DO OFÍCIO“Fotografia obtida na pista de Motocross de La Vacada,

(Vale Milhaços).”

Equipamento Canon EOS 450D a 110 mm Abertura f/5.6

Exposição 1/1.000 seg. Sensibilidade ISO 400

10

11

Page 89: O mundo da fotografia digital nº 128

L E I T O R E SMISSÃO – MOVIMENTO

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 89

MISSÃO PARA FEVEREIRO 2016 FOTOGRAFAR O INVERNO DATA LIMITE PARA ENVIO: 11 DE DEZEMBRO 2015

Os dias gélidos estão de regresso e com eles surge uma

miríade de oportunidades fotográficas. A chuva a bater

de mansinho na janela ou os rodopios da neve são momentos

mágicos. Trate já de enviar as suas fotografias para

o passatempo Missão da edição de fevereiro da revista OMF!

O tema é: FOTOGRAFAR O INVERNO. Habilite-se a ganhar

um colt lateral Cotton Carrier Wanderer 504 HSB (€ 44,90) e

um cartão de memória Eyefi 8 GB (€ 41,99), ofertas da Cotton

Carrier e da Eyefi, marcas distribuídas em Portugal pela

Rodolfo Biber S.A. Serão premiados o 1º e o 2º classificados.

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© Ricardo Costa

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Page 90: O mundo da fotografia digital nº 128

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Já pode ter a revista QUERO SABER em formato digital para o iOS e para outras plataformas,

desde o Android ao Windows 8. Descarregue já a app gratuita, veja a versão

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Page 91: O mundo da fotografia digital nº 128

EM ANÁLISEO MAIS RECENTE EQUIPAMENTO FOTOGRÁFICO LEVADO AO LIMITE...

108

Para ajudá-lo na escolha dos seus próximos equipamentos fotográficos, os nossos certificados assinalam as melhores opções que surgem em teste.

Análises em que pode confiar

Confie nos nossos selos!

A revista O Mundo da Fotografia

é criada por uma equipa de jornalistas

especializados em fotografia, o que

significa que pode confiar em tudo

o que lê nas páginas desta publicação

e assim poder comparar de forma

segura os diferentes equipamentos

fotográficos que surgem nesta secção.

Acreditamos que o melhor modo

de testar um produto é utilizá-lo como

é suposto ele ser utilizado por quem

o adquire, mas sob uma perspetiva

de especialista, para podermos

ressalvar os pontos positivos

e notar os menos bem conseguidos.

Os nossos testes no terreno colocam

os equipamentos em ação no terreno

ou em estúdio, para recolha de dados

científicos e bases para podermos

fazer comparações e chegarmos

assim às nossas conclusões finais.

E uma série de testes controlados

submetem cada câmara e objetiva

a análises exaustivas. Vire a página!

Pontuações explicadasCada um dos testes apresenta

uma classificação geral entre

uma e cinco estrelas, sendo

que essa mesma classificação

pode surgir também no âmbito

de critérios específicos. A revista

O Mundo da Fotografia é 100%

independente e os artigos de

análise baseiam-se em processos

e opiniões genuínos e imparciais.

O nosso código de conduta

nos testes é rigoroso e exigente.

Esqueça...

Abaixo da média.

Bom para o preço.

Muito bom em geral.

Um produto excecional e de topo. Compre!

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 91

Pode não ser o modelo de topo na categoria

em que se enquadram, mas o preço é convidativo

e está adequado face ao desempenho

demonstrado. Um valor seguro, sem dúvida!

Este selo é atribuído a um acessório, seja

uma objetiva ou um flash externo, por

exemplo sempre que este seja tido como

o ideal para uma determinada marca.

Este selo está reservado para os

produtos fora de série. Se pode

comprá-los, não hesite, estão

entre as melhores opções!MELHOR

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OLYMPUS OM-D E-M10 MARK II Conheça a nova versão desta conceituada

CSC com esta nossa análise detalhada.

E ainda...111 OBJETIVA CANON EF

11-24MM F/4L USM Uma grande-angular para sistemas

APS-C da Canon que promete

um desempenho acima da média.

112 DRONE DJI PHANTOM 3 PROFISSIONAL

Se procura um drone para fazer

boas fotografias e vídeos lá

do alto, este modelo é um dos mais

bem referenciados do momento.

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GUIA DE COMPRAS DE NATALNão perca as nossas melhores sugestões de presentes

de Natal para este ano. “Ofereça fotografia” a todos!

92

Page 92: O mundo da fotografia digital nº 128

92 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

Para um verdadeiro amante da arte de desenhar com a luz, o Natal é quando

um homem (fotógrafo!) quiser. Este ano, voltamos então a reunir uma lista dos equipamentos mais recentes e badalados do momento, que, ao serem colocados no seu

sapatinho, prometem fazer de si um fotógrafo ainda mais versátil e criativo. “Perca-se” nas próximas páginas alusivas à quadra natalícia – estão aqui câmaras para todos os níveis de utilizador, as objetivas mais desafiantes e os acessórios mais irreverentes. Feliz Natal!

PRENDAS DE NATAL “FOTOGRÁFICAS” Câmaras, objetivas, acessórios, tudo o que importa na área da fotografia! Aqui estão as nossas sugestões de Natal deste ano, para que possa, com a devida antecedência, selecionar as prendas que deseja encontrar no seu sapatinho este ano. Ou as que quer oferecer aos seus amigos.

Câmaras de sonho 93

Câmaras de topo 94

Câmaras de entrada e gama média 95

Objetivas 96

Câmaras de sistema compacto 100

Câmaras compactas avançadas 101

Câmaras de ação 102

Acessórios de fotografia 103

Presentes de última hora 107

Lista de Natal 2015

© S

yd

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uc

tio

ns

Page 93: O mundo da fotografia digital nº 128

Outras sugestões

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 93

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

Nikon D4S (corpo)€ 5.995 | nikon.pt / colorfoto.pt

1

Sony A7R II (corpo)€ 3.685 | sony.pt

3

01 Esta câmara é considerada por

muitos a reflex de sonho dos “nikonistas”. Tem um sensor de formato FX com 16,2 MP, uma ampla gama de sensibilidades ISO e um desempenho de AF apelativo.

02 Estamos perante uma compacta com

um sensor full-frame CMOS de 24,2 MP efetivos! Faz-se também acompanhar de uma objetiva Summilux 28 mm f/1.7. Conte ainda com um manuseamento simples.

03 Uma câmara de sistema compacto

que se faz valer do poder do sensor full-frame de 35 mm. Com um corpo compacto, está equipada com uma resolução de 42,4 MP sem filtro ótico low-pass.

04 Eis a reflex mais avançada do catálogo

da Canon. No interior destaca-se o sensor full-frame CMOS de 18,1 MP, processadores Digic 5+ duplos e capacidade de disparo de até 12 fotogramas.

HasselbladH5D-50c

Preço sob consulta | hasselblad.com

Um pequeno luxo com taxa máxima de captação de 1,5 fps. Baixos níveis de ruído do sensor e obturação até 12 minutos!

Lytro Illum

€ 990 | lytro.com / robisa.es/pt

É a primeira câmara profissional que aproveita as potencialidades da tecnologia de “campos de luz” para dar origem a imagens interativas.

Pentax645Z

€ 7.999 | ricoh-imaging.pt

Reflex de médio formato com um sensor CMOS de 51,4 MP, um processador Prime III e função de compensação de objetiva.

Leica Q TYP 116 (Summilux 28 mm f/1.7 ASPH)€ 4.100 | leica-camera.com / www.comercialfoto.pt

2

Canon EOS-1D X (corpo)€ 5.999 | canon.pt

4

CÂMARAS DE SONHO

Page 94: O mundo da fotografia digital nº 128

Outras sugestões

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

94 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Canon EOS 5DS R (corpo)€ 4.709 | canon.pt

5

05 Esta é uma câmara profissional que

combina o manuseamento célere de uma reflex com um renovado sensor CMOS de 50,6 MP. Há espaço para sensibilidades ISO expansíveis até 50-12800.

06 Trata-se de um corpo em aço inoxidável

e liga de magnésio resistente à intempérie, com 92 selos de proteção. Conte com GPS incorporado e controlo remoto Wi-Fi através do tablet, smartphone e PC.

07 Fique com uma câmara que revela

um desempenho exímio sob condições de fraca iluminação. Conte também com uma ampla gama de ISO e com um sensor CMOS Exmor APS HD de 24,3 MP.

08 O segredo deste corpo reside,

precisamente, no sensor de 36,3 MP. Além disso, tem processador de imagem Expeed 4, um ecrã LCD de 3,2” e uma sensibilidade ISO de até 12800.

Nikon300S

€ 1.168 | nikon.pt / fnac.pt Uma reflex profissional compacta de formato DX que se compromete a alargar as suas opções criativas. Espere também um sensor CMOS de 12,3 MP e disparo contínuo de 7 fps.

LeicaV-LUX TXP 114

€ 1.125 | leica-camera.com / comercialfoto.pt

Desenhar a pensar na fotografia de viagem, natureza e desporto. Traços-chave? Um sensor CMOS de 12,1 MP, gravação de vídeo 4K e Full HD, e um ecrã LCD de 3” multieixo.

CanonEOS 6D

€ 1.699 | canon.pt

A Canon garante que esta é a reflex ideal para retratos e viagens. Apresenta um corpo robusto, grava vídeos em Full HD e transfere imagens através de Wi-Fi.

REFLEX DE TOPO

Pentaz K3 II (com objetiva 16-85 mm WR)€ 1.648 | ricoh-imaging.pt

6

Nikon D810 (corpo)€ 3.250 | nikon.pt / colorfoto.pt

8

Sony A99 (corpo)€ 1.999 | sony.pt

7

Page 95: O mundo da fotografia digital nº 128

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 95

09 Procura uma reflex versátil e criativa?

Aposte neste modelo com um sensor de 24,2 MP, processador Digic 6 e um sistema AF de 19 pontos personalizável e controlos desafiantes.

10 O Wi-Fi e o suporte NFC possibilitam

a fácil transferência de imagens. Capte detalhe com o sensor de 24,2 MP e usufrua do processador Expeed 4 e do sistema AF de 51 pontos.

11 Este novo modelo herdou o bem-sucedido

sensor de 20,1 MP da K-S1, assim como o sistema de foco SAFOX X, com 11 pontos (incluindo nove do tipo cruzado) e uma sensibilidade de -3EV.

12 Sendo versátil num corpo em liga

de magnésio de apenas 647 gramas, esta câmara inclui uma ocular digital e um LCD articulado. Além disso, fotografa até 12 fps e grava vídeos Full HD.

CanonEOS 100D

€ 699 | canon.pt

É a reflex de entrada de gama mais pequena do catálogo da Canon. Faz-se acompanhar de 18 MP e de um ecrã tátil Clear View II TFT de ângulo variável com 7,7 cm. E há mais extras!

PanasonicG7 (14-140 mm)

€ 799 | panasonic.com/pt

Detentora do prémio EISA “Câmara fotográfica e de vídeo 2015-2016”, está equipada com um sensor Live MOS de 16 MP, um processador Venus Engine e gravação de vídeo em 4K.

NikonD5500 (18-55 mm VRII)

€ 875 | nikon.pt / colorfoto.pt

Corpo leve em firma de carbono. Adições: sensor CMOS de 24,2 MP, ligações Wi-Fi e GPS, ecrã tátil inclinável de 3,2’’ e sistema de focagem automática de 39 pontos.

REFLEX DE ENTRADA E MÉDIA GAMAS

Canon EOS 760D (corpo)€ 959 | canon.pt

9

Pentax K-S2 (18-50 mm + 50-200 mm)Desde € 879 | ricoh-imaging.pt

11

Nikon D7200 (corpo)€ 1.260 | nikon.pt / colorfoto.pt

10

Sony a77 II (corpo)desde € 1.400 | sony.pt

12

Outras sugestões

Page 96: O mundo da fotografia digital nº 128

Outras sugestões

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

96 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Canon EF-M 15-45 mm f/3.5-6.3 IS STM € 329 | canon.pt

13

13 Uma objetiva zoom grande-angular que

prima pela leveza e pela versatilidade. Transporte facilitado, gravações estáveis e estabilizador ótico de imagem. Companhia ideal para a Canon EOS M!

14 Estamos perante uma objetiva fixa

grande-angular. Além de ser compatível com sensores full-frame e APS-C, faz-se valer de um estabilizador de imagem. Corpo robusto, design de luxo.

15 A nitidez e o contraste que caracterizam

as objetivas Zeiss estão lá. A desfocagem é suave, em grande medida graças a uma abertura circular de nove lâminas para efeitos de desfocagem mais naturais.

16 Esta é uma objetiva de zoom standard de

abertura célere. Conta com um motor silencioso SWM, para que possa conseguir uma focagem automática rápida e silenciosa. Nitidez periférica garantida, é certo.

Samsung16-50 mm f/2 - 2.8S

€ 999 (aprox.) | samsung.com/pt

A marca assegura que esta é a objetiva mais luminosa na sua classe, contando com um desempenho fora de série em HD.

Lensbaby Spark

€ 91,25 | lensbaby.com / comercialfoto.ptQuer adicionar um toque criativo às imagens? Esta objetiva basculada tem uma distância focal de 50 mm e uma abertura fixa de f/5.6.

Olympus M Zuiko Digital 45 mm f/1.8

Desde € 329 | olympus.pt

Esta objetiva de diafragma alargado destaca-se pelo zoom standard com um AF bastante célere. O design, esse, é leve e compacto!

OBJETIVAS

Tamron SP 45 mm f/1.8 Di VC USD € 799 | tamron.eu / robisa.es/pt

14

Sony Vario-Sonnar T 24-70 mm F2.8 ZA SSM € 2.100 | sony.pt

15

Nikkor AF-S 24-70 mm f/2.8G ED € 1.695 | nikon.pt / colorfoto.pt

16

Page 97: O mundo da fotografia digital nº 128

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 97

17 Com elementos de vidro de baixa

dispersão, esta objetiva é resistente às temperaturas mais extremas, sendo, por isso, uma companheira todo-o-terreno. Colar de tripé rotativo incluído.

18 Estamos perante uma objetiva com uma

faixa de abertura de f/5-6.3 e que utiliza dois FLD, assim como três elementos SLD para conseguir o máximo controlo sobre as aberrações e distorções.

19 Esta objetiva faz-se valer de uma ampla

abertura de f/2, sendo célere e precisa em situações de fraca luminosidade. Um modelo de distância focal fixa com foco manual para sensores APS-C.

20 Uma teleobjetiva manual criada para

trabalhar com assuntos próximos e distantes. A marca apostou na redução de reflexos e no incremento do contraste e das cores naturais. Uma boa aposta!

Panasonic H HO2525 mm f/1.7

Desde € 199 | panasonic.com/pt

Se deseja ter uma companheira veloz e capaz de criar apelativos efeitos de bokeh, então esta objetiva é para si. Paisagens e retratos!

Tamron16-300 mm f/3.5 - 6.3

€ 635 | tamron.eu / robisa.es/pt

Objetiva de zoom standard para câmaras de sensor APS-C. Pense em todos os resultados criativos que obtém com esta ampla distância.

Tokina AT-X11-20 mm f/2.8 Pro DX

€ 619 | hi-techwonder.com

Eis uma objetiva com um zoom impactante e um bom desempenho ótico. Projetada para reflex Canon e Nikon APS-C (DX).

Mitakon Creator 35 mm f/2€ 198 | colorfoto.pt

19

Samyang 100 mm F2.8 ED UMC Macro € 529 | samyang-lens.co.uk / www.robisa.es/pt

20

Sigma 150-600 mm f/5-6.3 DG OS HSM C € 1.149 | comercialfoto.pt

18

Pentax HD 70-200 mm f/2.8 ED DC AW € 2.259 | ricoh-imaging.pt

17

Outras sugestões

Page 98: O mundo da fotografia digital nº 128

© Edgar Pereira

TAMRON SP 15-30 MM F/2.8 DI VC USD

Nasceu em Lagos em 1985 e efetua trabalhos fotográficos

na área de projetos criativos de autor e de decoração,

fotografia publicitária, arquitetura, industrial e outros

trabalhos com o uso exaustivo de pós-produção em Photoshop.

“Uma objetiva robusta e sólida, com uma distância focal bastante versátil para quem gosta de ângulos abertos e, ao mesmo

tempo, com uma grande qualidade nos bordos da imagem.”

ANDRÉ BOTO

TAMRON SP 150-600 MM F/5-6.3 DI VC USD

Nasceu em Lisboa em maio de 1979. Fotógrafo autodidata,

divide-se neste momento entre viagem, editorial e comercial,

tendo sempre como principal referência a figura humana,

o rosto, olhares e expressões, momentos e instantes.

“Objetiva com uma grande versatilidade, rapidez de foco e definição. É pequena, leve e acessível dentro desta gama.

Uma excelente opção para quem quer fotografar ‘mais além’.”

ARTUR CABRAL

A MAGIA DO OLHAROS EMBAIXADORES

DA TAMRON

EXPLICAM COMO

OLHAM O MUNDO

ATRAVÉS DAS

NOVAS OBJETIVAS

DA MARCA

JAPONESA...

OBJETIVAS TAMRONP U B L I R R E P O RTAG E M

Page 99: O mundo da fotografia digital nº 128

TAMRON SP 45 MM F/1.8 DI VC USD

Nasceu em 1976 e a ligação ao desporto desde cedo despertou em si a curiosidade pela náutica e um gosto especial pela performance do corpo. Gosta de deixar um cunho mais conceptual e, consequentemente, captar registos fotográficos nessa dimensão.

“Utilizo as objetivas Tamron SP 45 mm e 35 mm porque é nas distâncias focais fixas que encontro tradução para

a forma como perceciono a realidade em meu redor.”

EDGAR PEREIRA

TAMRON SP 150-600 MM F/5-6.3 DI VC USD

Nasceu no Porto em 1964. Fotógrafo por paixão, começou a fotografar aos 16 anos com uma câmara fotográfica de médio formato. Há alguns anos descobriu os encantos da fotografia de natureza, vida selvagem e macro.

“Associada à fotografia de natureza e vida selvagem, esta Tamron é uma imprescindível companhia no terreno e uma das minhas

objetivas favoritas pela sua versatilidade, robustez e qualidade ótica.”

JOSÉ LOUREIRO

TAMRON SP 70–300 MM F/4-5.6 DI VC USD

Nasceu em 1953 e foi membro fundador do Grupo Íris, tendo participado nas exposições e nos livros

editados pelo grupo. Realiza workshops de fotografia de desporto motorizado no Autódromo do Estoril.

“Apesar de ser uma objetiva de uma gama profissional mais baixa, os resultados obtidos são ótimos. Muito versátil para todo o tipo de desporto e com excelente desempenho.”

FERNANDO CURADO MATOS

Nasceu em 1976 em Castelo Branco. Entre outras atividades, é colaborador regular da revista National Geographic Portugal desde há 11 anos e fotojornalista da agência

Global Imagens, com inúmeras reportagens publicadas.

“A Tamron SP 90 mm f/2.8 Di Macro VC USD é robusta, com uma boa construção. Gosto do facto de ser termosselada ao ambiente natural e com uma excelente nitidez e bom bokeh.”

PEDRO MARTINS

TAMRON SP 70–200 MM F/2.8 DI VC USD

Nasceu em Lisboa, em 1978. Trabalha maioritariamente em fotografia de moda, social e desporto. No mundo da moda, tem colaborado com o estilista João Rôlo na realização de desfiles e elaboração de catálogos para a marca.

“Uma objetiva muito sharp e luminosa. Produz um bokeh

lindíssimo que dá um realce aos assuntos principais, que é exatamente o pretendido numa sessão de moda.”

MIGUEL DIAS FERREIRA

TAMRON SP 90 MM F/2.8 DI VC USD MACRO 1:1

WWW.TAMRON.EU | WWW.ROBISA.ES/PT

Page 100: O mundo da fotografia digital nº 128

Outras sugestões

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

100 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Sony a6000 (corpo)Desde € 759 | sony.pt

21

21 Prepara-se para um sensor de 24,3 MP

capaz de captar um nível de detalhe incrível. Atente no ISO de 100-25600, traço que ajudará em condições de luz fraca. Inclui Wi-Fi e grava em Full HD.

22 Tem o ADN da sua mítica antecessora, a

Samsung NX1; ao adquiri-la, descobrirá o mesmo sensor, processador e sistema de focagem. É um dos modelos mais apelativos na gama de CSC. Grava em 4K!

23O detentor desta CSC da série X da marca

será presenteado com um manuseamento e um desempenho semelhantes aos de uma reflex. Conte com comandos mecânicos e um corpo robusto.

24 Com uma aparência rétro apelativa,

mas com características modernas, esta câmara de objetivas intermutáveis está equipada com um sensor LiveMos de 16 MP e um visor ótico eletrónico.

CanonEOS M10

€ 539 | canon.pt

Com sensor de 18 MP e processador de imagem Digic 6, esta é uma das melhores câmaras sem espelho do catálogo Canon.

PanasonicDMC-GX8 EC-K

€ 1.199 | panasonic.com/pt

O design é contemporâneo e sofisticado. Conte com um sensor de 20,3 MP, Dual I.S. e capacidade de gravação de vídeo 4K.

Nikon1 J5 (10-30 mm 3.5-5.6 PD-Zoom)

Desde € 468 | nikon.pt / fnac.pt

Se pretende sessões menos vulgares e mais desafiantes, demore-se nas velocidades de disparo desta câmara. Lembra uma reflex...

CÂMARAS DE SISTEMA COMPACTO

Samsung NX500 (16-50 mm PZ)€ 759 | samsung.com/pt

22

Fujifilm X-T1 (18-55 mm OIS)€ 1.599 | fujifilm.eu/pt

23

Olympus E-M5 (M. Zuiko Digital ED 12-40 mm f/2.8 PRO )Desde € 799 | olympus.pt

24

Page 101: O mundo da fotografia digital nº 128

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 101

25 O corpo até pode ser revestido

de magnésio, mas a capa semelhante a pele natural com a qual se veste faz as delícias dos utilizadores. Tem um sensor CMOS BSI de uma polegada e 20,5 MP.

26 Apresentada na Canon Expo Foto,

em Paris, ainda este ano, esta compacta destaca-se pela estabilização ótica, pelo processador Digic 6 e pelo ecrã LCD de 3’’ sensível ao toque.

27 Eis uma câmara compacta dotada

de superzoom, primando assim pelo zoom de 83x. É uma boa opção para interiores e paisagens, com visor eletrónico e ecrã ecrã fixo de 3’’.

28 No interior reside o primeiro sensor

CMOS empilhado tipo 1.0 com chip de memória do mundo. Experiencie a câmara lenta até 40x, a velocidade de obturação de 1/32.000 seg. e o 4k!

PanasonicFZ 300 EGK

€ 599 | panasonic.com/pt

Se tem um espírito destemido, fique a saber que a abertura ampla e o design à prova de água farão maravilhas pelas suas fotografias.

OlympusTough TG-4

€ 399 | olympus.pt

Foi criada para ser uma compacta todo-o-terreno, pronta para captar toda a ação. Vale-lhe o Wi-Fi e a focagem automática.

RicohGR II

€ 868 | reflecta.com/pt

Detalhes chamativos: corpo leve, sensor APS-C de 16,2 MP, tecnologias Wi-Fi e NFC para a transferência de imagens e ruído baixo.

COMPACTAS AVANÇADAS

Samsung Smart NX Mini (9 mm) € 399 | samsung.com/pt

25

Nikon Coolpix P900 € 595 | nikon.pt / colorfoto.pt

27

Canon G9 X € 519 | canon.pt

26

Sony RX100 IV € 1.250 | sony.pt

28

Outras sugestões

Page 102: O mundo da fotografia digital nº 128

Outras sugestões

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

102 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Tomtom Bandit Desde € 429 | tomtom.com/pt

29

29 Tem sido um furor! Esta action cam grava

vídeos HD (até 4K) e capta fotografias de 16 MP. Está preparada para três horas de gravações contínuas e para partilhas instantâneas com a app Bandit (iOS e Android).

30 Talvez seja a favorita dos fotógrafos de

ação e desporto... Com a adrenalina à flor da pele, disponha da resolução de 4K (3 fps), 2K (50 fps) e 1.080p (120 fps). Com ecrã tátil, Wi-Fi e caixa estanque.

31 Uma câmara dinâmica, que promete marcar

presença nas suas aventuras mais divertidas. Grava vídeos a 1.080p e é à prova de água sem precisar de uma caixa estaque. Com Wi-Fi e controlo remoto.

32 A Sony decidiu apostar fortemente

na resolução 4K com este modelo. Se espera uma qualidade cinematográfica ao estilo de Hollywood, esta câmara de ação concretiza-lhe os desejos.

PanasonicHX-A1M

Desde € 199 | panasonic.com/pt

Ultracompacta, pensada para acompanhar os desportos ao ar livre. Resistente às condições atmosférica e com Wi-Fi.

GarminVirb Elite

€ 259 | garmin.com/pt

Pensa na verdadeira gravação em alta definição? Esta câmara de ação precisa de si. Tem uma bateria de longa duração!

Polaroid CubeCube + Wi-Fi

Desde € 119 | polaroid.com

Não perca um minuto e partilhe todas as suas fotos com os seus amigos. Estabilização de imagem, câmara de 8 MP e à prova de água.

CÂMARAS DE VÍDEO DE AÇÃO

GoPro Hero 4Black Edition € 529 | gopro.com

30

Sony FDR X1000V € 510 | sony.pt

32

iOn Air Pro3 Sob consulta | usa.ioncamera.com

31

Page 103: O mundo da fotografia digital nº 128

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 103

33 Eis um tripé que prima pela

versatilidade e pela flexibilidade. Tem uma cabeça para câmaras de ação e uma sapata célere, assim como um adaptador próprio para a GoPro.

34 Este filtro assegura a proteção e limpeza

da sua objetiva, além de uma maximização do contraste. Reduz reflexos e evita vinhetagens. Assegure que o seu equipamento está sempre imaculado!

35 Esta caixa de luz é especialista

em dar um novo brilho às fotografias de estúdio. Este equipamento inclui um anel de montagem e um difusor adicional interno. A não perder!

36 Se aprecia fotos de estúdio, talvez este

seja um acessório imperdível no seu equipamento. Duas cabeças de flash VC 600HH, dois tripés LS80008, dois cabos de sincronismo e uma mala de transporte.

Sandisk Extreme SDXC256 GB

Desde € 246,30 | sandisk.com

Para transferências de ficheiros mais céleres e para um armazenamento que parece não ter mais fim, este é o cartão de memória certo.

Transcend SDHC16 6B

Sob consulta | pt.transcend.com

Integra-se na classe 6 e oferece um desempenho impressionante para câmaras com MP elevados e camcorders Full HD.

Integral SHDCUltima PRO 32 GB

€ 23.90 | digitfoto.pt

Além de contar com uma capacidade de armazenamento de 32 MP para os seus ficheiros, pertence à classe 10 e tem uma velocidade de transferência de 90/45Mb/s.

ACESSÓRIOS DE FOTOGRAFIA

Gorillapod Action € 59 | comercialfoto.pt

33 Dörr Filtro UV DHG Super Nano Protect (77 mm)€ 35,90 | niobo.pt

34

Visico Kit VC 600HH Softbox € 875 | colorfoto.pt

36

Quantuum SoftBox Octogal € 59,90 | hi-techwonder.com

35

Cartões de Memória

Page 104: O mundo da fotografia digital nº 128

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

104 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Broncolor Senso Kit 42 € 5.648 | bron.ch / comercialfoto.pt

37

37 Este kit faz-se valer de um painel frontal

iluminado com o menu do sistema no LCD. O design caracteriza-se por ser leve e compacto, contando com um recetor de rádio e com um visor indicador de potência.

38 Este é um flash portátil e potente.

O número guia de 43 (ISO 100) diz-nos que tem energia suficiente para a maioria das situações fotográficas. Alimentado por pilhas AA.

39 Este monopé em fibra de carbono tem uma

altura máxima de 166 cm. O comprimento dobrado é de 63,5 cm. Extras? Pernas de três secções, bolsa, alça de pulso e capacidade para 18 kg.

40 É um pequeno estúdio portátil

e uma boa opção para fotografar objetos com luz contínua. Duas cabeças, dois refletores de 27 cm, dois tripés e uma mesa de reprodução 5845.

ManfrottoMK190XPRO3 + BHQ2 HEAD

€ 259 | manfrotto.com

Eis um tripé que suporta uma carga máxima de 7 kg. Tem uma altura máxima de 171,50 cm e a coluna central é rebatível horizontalmente.

CullmannPrimax 190

€ 63 | cullmann.reflecta.com

As pernas são feitas de alumínio e a marca adicionou também algumas borrachas antiderrapantes. Boa opção.

Hama OmegaCarbon II

€ 299 | hama.pt

Um equipamento facilmente transportável e construído em fibra de carbono. Além disso, suporta cargas até quatros quilos.

ACESSÓRIOS FOTOGRÁFICOS

Tripés

Canon Speedlite 430 EX-III RT € 405 | canon.pt

38

3 Legged Thing Pete EVO2 € 179 | niobo.pt

39

Kaiser Easy-fit Shooting Kit – 5846 € 195 | colorfoto.pt

40

Page 105: O mundo da fotografia digital nº 128

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 105

41 Este equipamento fornece tudo o que

é necessário para começar a modificar e suavizar a luz de uma unidade de flash de sapata. Essa iluminação é refletida num ângulo de 90 graus e espalhada por si só.

42 Estes refletores translúcidos com

quatro revestimentos podem ser adaptáveis às mais diversas situações. As cores disponíveis? Dourado, prateado, preto, branco. O diâmetro aberto é de 60 cm.

43 Um iluminador de vídeo LED

que promete agitar os profissionais. Tem 1.020 LED e o sistema LED bicolor AccuColour oferece uma boa reprodução de cor. Há um visor de temperatura de cor!

44 Idealizado para selfies, este sistema

de iluminação portátil é inserido na tomada de 3,5 mm dos smartphones e tablets. Potencie a intensidade cromática e a nitidez dos detalhes.

Manfrotto AdvancedTribackpack4

Preço sob consulta | manfrotto.com

Adequada para transportar a sua reflex, três a quatro objetivas adicionais, flash e acessórios. E há espaço cartões de memória e portátil.

LoweproProtactic 350aw

€ 215 | comercialfoto.pt

Há vários bolsos e correias à sua disposição, desenhada a pensar na rapidez de reação no terreno. Proteção contra a chuva.

Crumpler Doozie Photo Sling

Preço sob consulta | reflecta.com/pt

Eis uma mala a tiracolo para aninhar câmaras semiprofissionais, objetivas de zoom médio, flash externo e diversos acessórios extra.

Mochilas

Lumiquest LQ140 € 33,97 | beirafilme.pt

41

Mantona Reflector 5 em 1 60 cm € 19,90 | niobo.pt

42

Metz Megalight Led 72 Smart € 24,90 | metzflash.co.uk / www.robisa.es/pt

44

Rotolight Led Neo € 410 | comercialfoto.pt

43

Page 106: O mundo da fotografia digital nº 128

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

106 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

Nissin Speedlite Di700A € 184,90 | estudiopt.pt

45

45 Concebido para reflex com sapata para flash

e com TTL, esta é a mais inovadora tecnologia de controlo para este acessório. Compatibilidade com a linha EOS da Canon. Inclui uma base de flash e um estojo.

46 Vá seguro para o terreno. Se pretende

um acesso célere e prático à câmara, então este é um acessório indispensável no seu kit. Inclui uma correia de cinta, uma alça de ombro e uma bolsa de transporte.

47 É compatível com modelos de câmaras

Canon, Samsung e Pentax. Oferece várias opções de disparo, como Bulb, Contínuo e Atraso de disparo (para controlar o número de disparos).

48 Quer criar imagens arrebatadoras em

timelapse? Ou registar movimento e vida selvagem? Conte com sensores de movimento, luz e som, tudo para que consiga acionar o obturador à distância!

Eyei Rubi Pro16 GB

€ 61,99 | eyefi.com / robisa.es/pt

Use um smartphone, tablet ou portátil para visualizar as fotos guardadas no cartão. Inclui um acesso gratuito de um ano à Eyefi Cloud.

Fuji InstaxWide 300

€ 119 | fujifilm.eu/pt

Um tesouro precioso para os apreciadores da fotografia instantânea. O visor ótico tem uma ampliação de 0,37x. Distância focal de 95 mm.

Monopé HamaStar 78

Desde € 29,99 | pt.hama.com

A principal inovação? A cabeça 3D permite o alinhamento perfeito para sessões no formato horizontal, vertical e transversal.

ACESSÓRIOS DE FOTOGRAFIA

Cotton Carrier Endeavour € 69,90 | robisa.es/pt

46

Hahnel Captur Pro € 105 | comercialfoto.pt

48

Disparador Bilora FB4-C1 € 29,60 | hi-techwonder.com

47

Outras sugestões

Page 107: O mundo da fotografia digital nº 128

GUIA DE COMPRAS DE NATAL 2015E S P E C I A L

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 107

49 Eis um drone que pode ser controlado

remotamente e que tem a capacidade de captar fotos aéreas de alta qualidade (com 16 MP). Grave também vídeos em Full HD (1.080p a 30 fps ou 720p a 60 fps).

50 Eis uma câmara de ação desafiante.

O armazenamento de imagens é feito num cartão Micro SD. No interior há um sensor de imagem 1/3.2” CMOS e a resolução de vídeo é de 720p.

51 Preto, Branco Pérola, Azul Aquático, Laranja

Vibrante e Metálico Aurora: estas são as cores de um gadget prático para viagens e que possibilita uma utilização de até 15 horas. Compacto e com estilo!

52 Um equipamento multifunções com

sistema wireless integrado. É ideal para uma utilização doméstica, na qual a máxima passa por reduzir os custos de impressão. É prática, económica e fiel às cores.

Eizo ColorEdgeCS270 27

€ 1.129 | digitfoto.pt

Este é um monitor que prima por uma gestão de cores de 27 polegadas, respondendo às necessidades dos fotógrafos e gráficos.

iFootage Shark Slider S1 Carbono

€ 619 | estudiopt.pt

Experimente recorrer a um tripé e a uma cabeça de bola ou de três vias, colocando o Slider na vertical ou na diagonal. Bons efeitos!

SonyHD-SP1 1TB

€ 165 | sony.pt

À prova de choques, este disco externo faz-se valer da função USB 3.0, que em teoria permite transferir 500 MB em sete segundos.

PRESENTES DE ÚLTIMA HORA

Outras sugestões

Veho X-Drone € 899 | comercialfoto.pt

49

Asus Zenpad S Desde € 199 | asus.com/pt

51

Liquid Image All Sports HD Sob consulta | pt.hama.com

50

Epson Ecotank L355 mid 3 € 262 | epson.pt

52

Page 108: O mundo da fotografia digital nº 128

108 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

OLYMPUS OM-D E-M10 MARK IIE M A N Á L I S E

A ocular, a estabilização de cinco eixos e o vídeo

em time-lapse 4k tornam -na tão apelativa...

raças ao tamanho pequeno, corpo resistente, controlo amplo e imagens

de alta qualidade, a OM-D E-M10 tem sido muito bem-sucedida para a Olympus, ultrapassando os outros modelos OM-D em termos de vendas. Agora temos a OM-D E-M10 Mark II, que é mais uma renovação que uma atualização substancial.

À semelhança da E-M10 original, tem um sensor de tipo Quatro Terços com 16 MP conjugado com o motor de processamento TruePic VII. Contudo, o novo modelo traz algumas mudanças que devem ajudá-lo a competir no mercado atual. Os upgrades principais incluem: uma ocular OLED de 2.360.000 pontos com uma opção para simular uma ocular ótica; estabilização de imagem q ue funciona sobre cinco eixos em vez de três; bracketing de focagem; e capacidade de usar o ecrã para deinir o ponto AF enquanto olha através da ocular.

Olympus OM-D E-M10 Mark II € 799 (com objetiva 14-42 mm EZ)

1

Estes cursores

são de fácil alcance

para poder ajustar

a exposição

com a câmara

ao nível do olho.

2

Se quiser um ecrã

de ângulo variável,

terá de optar pela

OM-D E-M5 II,

uma vez que este

é apenas inclinável.

3

Não é tão eficaz

como o punho

traseiro da E-M10,

por isso uma correia

é uma boa precaução.

4

Há três

botões Function

personalizáveis;

a Olympus E-M10

tem apenas dois.

GSensor CMOS de tipo Quatro

Terços (17,3 x 13 mm) com

16 milhões de píxeis efetivos

Conversão de distância focal 2x

Memória SD/SDHC/SDXC

Ocular OLED com 2.360.000 pontos

Resolução de vídeo máxima

Full-HD a 60 fps

Gama ISO 100-25600

Autofoco 81 pontos

Vel. disparo (máx.)

8,5 fps em S-AF na resolução total

Ecrã LCD tátil inclinável

de 3” e com 1.037.000 pontos

Vel. obturação 60-1/4.000 seg. com

obturador mecânico; até 1/16.000 seg.

com obturador eletrónico; mais Bulb

Peso 342 gramas (apenas o corpo)

Dimensões 119,5 x 83,1 x 46,7 mm

Bateria Iões de lítio (incluída)

C S C w w w. o l y m p u s . p t

1

2

ESPECIFICAÇÕES

Além disso, clipes de vídeo curtos podem ser gravados e depois combinados na câmara para criar ilmes mais dinâmicos e há uma saída HDMI para gravar e visualizar em dispositivos externos.

Apesar de não ser possível gravar vídeos 4K “normais” com a E-M10 II, a Olympus melhorou a função de tim e-lapse da EM10 original com a capacidade de criar vídeos em tim e-lapse 4K na câmara, embora a reprodução seja limitada a 5 fps.

Construção e manuseamentoA E-M10 Mark II é feita em liga de magnésio e parece sólida e durável, mas falta-lhe a selagem contra intempéries das câmaras mais acima na gama. A diferença mais visível entre o corpo antigo e o novo está nas placas de topo. Os cursores de controlo da Mark II são muito mais altos e fáceis de usar, e o cursor de modos de exposição mudou de lado para haver espaço para o botão de ligação de estilo rétro.

A ocular é bastante nítida, e é fácil não se lembrar se está a usar um

Clipes de vídeo curtos podem ser gravados e depois combinados na câmara para criar filmes mais dinâmicos.

3

4

PROCURE O VÍDEO NO CD!

Page 109: O mundo da fotografia digital nº 128

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 109

As rivais…

Eis câmaras que competem diretamente com a Olympus OM-D E-M10 Mark II.

Olympus

OM-D E-M10

€ 699, com objetiva

14-42 mm EZ

A E-M10 original continua

à venda e oferece uma

relação qualidade/preço

excelente, produzindo

imagens muito

semelhantes às desta

nova versão.

Panasonic G7

€ 799, com

objetiva 14-42 mm

Uma câmara

multifacetada

com uma ocular

de excelência, ecrã

tátil de ângulo variável

e disparo 4K, mas com

uma construção

bastante leve.

Fujifilm X-T10

€ 1.099 (corpo)

Trata-se da irmã mais

nova da Fujifilm X-T1.

Esta câmara tem 16

MP, controlos

tradicionais eficazes

e produz imagens

de qualidade soberba

por um preço

bastante apelativo.

dispositivo ótico ou eletrónico.

Ela faz com que a cena pareça vibrante

e apelativa para fotografar. Contudo,

ao dispararmos a partir do fosso

dos fotógrafos num evento, por vezes

a ocular não mostrou a imagem como

seria captada. Comunicámos este

problema à Olympus, e já está a ser

investigado. Em outras ocasiões,

a ocular pré-visualizou corretamente

a imagem inal – a não ser que estivéssemos a usar a ocular ótica

simulada, como seria de esperar.

Obtivemos resultados contraditórios

ao usar o ecrã para deinir um ponto AF enquanto olhávamos através da ocular. Nalgumas ocasiões

funcionou bem; noutras, não

conseguimos que respondesse.

Em geral, o menu da E-M10 II

está organizado de forma sensata,

mas seria útil se houvesse um ecrã

personalizável onde pudesse aceder

a todas as suas funcionalidades

mais usadas. Também seria bom

que a Olympus tivesse aproveitado

melhor o sistema de controlo tátil

da câmara, para poder ser usado

com mais do Super Control

Panel e do menu principal.

Embora a E-M10 II seja bastante

responsiva em geral, tivemos

um problema ocasional – tal como com a E-M5 Mark II: pressionar

o botão Info não permitiu passar

por todas as opções, saltando

o histograma e as vistas de nível.

DesempenhoA Olympus não divulgou se o sensor

no interior da OM-D E-M10 Mark II

é igual ao da E-M10, mas é provável

1

Controlo de ruídoHá muito poucos sinais de ruído

nesta imagem com ISO 3200.

Embora haja apenas algumas

manchas visíveis a 100%, também

tem um nível de detalhe aprazível.

2

Autofoco célereEsta cantora estava muito animada

e movia-se bastante, mas com

a objetiva 40-150 mm f/2.8

o sistema AF conseguiu bloqueá-la

e apresentar resultados nítidos.

3

Gama amplaEsta cena estava brilhantemente

iluminada, mas o histograma

mostra que há uma boa gama

de tons registada, e nenhuma

das altas luzes se perdeu.

O modo Grainy Film pode ser

muito eicaz com alguns assuntos,

mas também pode gravar um

icheiro Raw para processamento.

>

Page 110: O mundo da fotografia digital nº 128

110 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

??E M A N Á L I S E

VEREDICTO

CLASS. FINAL

CONSTRUÇÃO

DESEMPENHO

QUAL./PREÇO

CARACTERÍSTICAS

Eis uma câmara de alta qualidade que oferece

uma excelente sensação, um amplo conjunto de

funcionalidades controladas e ainda assim não

ocupa muito espaço na sua mala. O sistemas de

autofoco, equilíbrio de brancos e medição são

apelativos, ajudando-a a apresentar imagens de

alta qualidade, mesmo em condições exigentes.

A NOSSA OPINIÃO...

que seja muito semelhante.

O motor de processamento é o mesmo

sistema TruePic VII. Os nossos testes

de laboratório indicam que a OM-D

E-M10 Mark II produz imagens

muito semelhantes às da Mark I.

Embora haja um pequeno vestígio

de ruído de luminância visível a 100%

em imagens captadas a ISO 400,

há um bom nível de detalhe visível

em imagens com uma gama de

sensibilidade baixa a média. O ruído

é bem controlado até cerca de ISO

3200 -6400, quando algumas áreas

nos JPEG começam a assumir uma

aparência ligeiramente pictórica

a 100%. Os resultados a ISO 12800

e 25600 são razoavelmente

bons, desde que não se importe

de manter os tamanhos de

impressão em A4 ou mais pequenos.

Uma área em que a E-M10 II

realmente impressionou foi no

autofoco. Ao dispararmos do fosso

dos fotógrafos no mesmo evento, esta

câmara esteve mais do que à altura

do trabalho com uma objetiva M Zuiko

Digital ED 40 -150 mm f/2.8 Pro.

Conseguiu deixar o assunto nítido

mesmo sob condições de iluminação

reduzida. Desde que posicionássemos

o ponto AF inicial sobre o assunto, também concluímos que o sistema

AF Tracking conseguia deixá-lo nítido rapidamente – e mantê-lo nítido à medida que os artistas

se deslocavam em palco, por exemplo.

O sistema de estabilização

de imagem de cinco eixos no interior

da E-M10 II é muito bom. Usando

a objetiva 40 -150 mm,conseguimos

obter imagens repletas de deinição a 100% ao fotografarmos no ponto

mais longo (equivalente a 300 mm)

e usando uma velocidade de obturação

de 1/ 8 seg. E aumentar para 1/15 seg.

produziu imagens consistentemente

mais nítidas. Os sistemas de medição

e equilíbrio de brancos automático

da câmara apresentam um bom

desempenho, apresentando

as cores e exposições que esperaria

em qualquer situação fotográica.

Os sistemas de medição e equilíbrio de brancos automático mostram um bom desempenho.

Fotografar a 1/3.200 seg. permitiu uma abertura de f/2.8, usada aqui para desfocar o plano de fundo e chamar a atenção para o chapéu vivo

e colorido – que tem bastante detalhe no seu padrão.

Apesar de ter sido captada a 1/10 seg.,

esta imagem está 100% nítida, muito

graças ao bom sistema de estabilização.

Page 111: O mundo da fotografia digital nº 128

Amplo 4.58 Médio 3.53 Tele 1.15

Amplo -4.7 Médio -4.1 Tele -0.09

Esta é uma objetiva grande-angular muito

competente: consegue criar imagens

de paisagem soberbas – nas mãos certas!

A NOSSA OPINIÃO

DEZEMBRO 2015 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 111

OBJETIVA – CANON EF 11-24mm f/4L USM

Um a das grande-angular m ais am plas do m undo!

QUI ESTÁ a Canon

a d is pon ibilizar

u m a das o bje tivas

de zo om m ais

am plas do m u ndo para

câm aras fu ll-fr a m e

(n ão s erá m e sm o a prim e ira

de to das e las?!). A m arca

fabrica u m a o lho de pe ixe

m ais am pla (8 -16 m m),

m as , em term o s de o bje tivas

re ti líne as , por as s im d izer,

as o pçõ e s m ais am plas

anteriore s eram as zo om

de 16 -35 m m . E a riva l m ais

próxim a é a Sigm a 12 -2 4 m m

f/4 .5-5 .6 , e ventu a lm ente .

A diferença existente entre

a extremidade de 16 mm de

uma objetiva EF 16-35 mm

e a extremidade de 11 mm

da 11-24 mm pode não parecer

muita, mas até pequenas

alterações na distância focal

têm um enorme impacto

ao utilizarmos óticas ultra

grande-angulares. O ângulo

de visão diagonal a 11 mm,

por exemplo, é 126º , mas a 16 mm

é 108º . Essa diferença de 18º

é signiicativa para a composição, como constatámos claramente.

Construção e manuseamentoA EF 11-24 mm f/4L USM

apresenta uma distância focal

cur ta, mas é uma objetiva

“consistente” e robusta,

sem dúvida. A maioria do peso

está à frente, mas parece-nos

bem equilibrada numa câmara

full-fram e. A extensão geral

da ótica não muda ao fazer zoom,

mas o elemento frontal desloca-

se um pouco. por outro lado,

os anéis de zoom e de focagem

manual têm um funcionamento

suave e um bom nível de fr icção.

DesempenhoOs nossos testes de laboratório

mostram que a objetiva oferece

boa nitidez em toda a gama

de distância focal, mas é mais

nítida nos 14 mm. Também

é impressionantemente nítida

no centro quando está totalmente

“aber ta”, mas o melhor

desempenho é a f/ 8. Em paralelo,

é bastante mais nítida que a mais

barata Sigma 12-24 mm f/4.5-5.6

II DG HSM, por exemplo,

na maioria dos cenários.

Notámos ainda alguma

aberração cromática a fotografar

CANON EF 11-24mm f/4L USM € 375

1

O para-sol está fixo

permanentemente na

objetiva, para ajudar

a proteger o grande

elemento frontal.

2

Como de costume,

há um interruptor

para alternar entre

a focagem manual

e automática,

embora possa

focar manualmente

mesmo no modo AF.

3

A escala de distância

pode ser útil como

guia quando estiver

a usar o modo

de focagem manual.

A

Compatível com full-frame Sim

Distância focal 11-24 mm

(17-6-38.4 mm em APS-C)

Estabilizador de imagem Não

Distância de focagem mínima

0,28 m (a 24 mm)

Fator de ampliação máximo

0,16 (a 24 mm)

Reajuste de focagem manual Sim

Interruptores de limite de focagem Não

Zoom interno/focagem Não/Sim

Lâminas da íris 9

Selagem Sim

Dimensões (d x c) 108 x 132 mm

Peso 1.180 gramas

Preço € 375

VEREDICTO

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CONSTRUÇÃO

DESEMPENHO

QUALIDADE/PREÇO

CARACTERÍSTICAS

ESPECIFICAÇÕES

O franjamento pode ser um problema em

arestas de alto contrate na extremidade

mais ampla da objetiva, por exemplo.

A distorção em barril é surpreendentemente

bem controlada, o que é muito positivo,

mesmo na definição mais ampla.

FRANJAMENTO (ARESTAS E F/8)

DISTORÇÃO

O elemento frontal “bolboso”

faz com que a utilização de iltros

de enroscar não seja uma opção.

3

21

O b j e t i va w w w. c a n o n . p t

em Raw – na extremidade ampla,

nas arestas do fram e. Mas não

nos parece nada de grave, no fundo.

A objetiva impressiona

sim no controlo da distorção.

Em fotograias captadas a 20 e 24 mm, o controlo é melhor

do que nas objetivas EF 20 mm

f/ 2.8 USM e EF 24 mm f/ 1.4L II

USM da Canon. Nota-se alguma

arqueação, sobretudo a 11 mm,

mas a situação não assume contornos

gravosos neste campo, tornando

este modelo potencialmente indicado

até para fotograias de arquitetura. Uma opção a ter em conta...

E M A N Á L I S E

Page 112: O mundo da fotografia digital nº 128

Se deseja captar imagens aéreas do género,

não ficará desiludido com a qualidade

das fotografias e vídeos resultantes da ação

deste Phantom 3 Pro. A facilidade de uso

em termos de voo e controlo da câmara

faz deste drone uma excelente opção,

abrindo assim um enorme conjunto

de oportunidades fotográficas. Contudo,

antes de começar a voar, informe-se sobre

a recente legislação de drones em Portugal...

A NOSSA OPINIÃO

Ao contrário das câmaras de ação,

que incluem uma objetiva e construção

semelhantes, a câmara do Phantom

consegue manter a distorção no mínimo.

Os dois sensores virados para o solo

permitem a estabilidade e o posicionamento

mesmo quando não há ligação GPS.

RECOMENDADO

112 O M U N D O D A F O T O G R A F I A DEZEMBRO 2015

DRONE – DJI PHANTOM 3 PROFESSIONALE M A N Á L I S E

A nova versão 4k do conhecido drone Phantom .

ão há muito tempo,

se quisesse captar

fotos ou vídeos aéreos,

teria precisado

de um helicóptero e de

equipamento especializado.

Contudo, atualmente, basta um

drone equipado com uma câmara...

O Phantom 3 Professional

aqui em teste inclui uma câmara 4K

e é incrivelmente fácil de pilotar,

mesmo sem experiência prévia.

O controlo de voo é quase

automático – o comando de voo

inteligente, o GPS, a suspensão

de cardã motorizada e os sensores

integrados trabalham juntos

para estabilizar a aeronave

e criar assim uma plataforma

sólida para ilmar e fotografar.

Construção e manuseamentoCaracterísticas de voo avançadas

(como a travagem automática,

por exemplo) são cruciais para

os principiantes. Mais: após ligar

o equipamento à app iOS/Android,

outras opções permitem que se

concentre em captar a paisagem

em vez de manter o Phantom

no ar. Um bom exemplo dessas

funionalidades é a opção de

regresso a casa e as descolagem

e aterragem automáticas.

Uma ligação Live View sem ios é criada através de um dispositivo

iOS ou Android e a Lightbridge

Technology e app da DJI.

Juntos permitem controlar

a câmara e ver o mundo lá do alto...

DesempenhoAs fotos do Phantom são vibrantes,

com muita cor e gradação de tons.

Contudo, faça zoom até 100%

para veriicar o detalhe e verá que há alguma suavização e perda

de detalhe delicado. A câmara

avalia bem a exposição, captando

bastante detalhe das sombras

e das altas luzes, para produzir

imagens com um bom contraste

em geral. A qualidade do vídeo

também é excelente. O modo

4K impressiona, com movimento

suave apesar da velocidade

de disparo algo lenta. O obturador

rotativo é bem controlado,

sem sinais visíveis mesmo

a baixas altitudes quando o drone

está a fazer panning em voo.

No fundo, um pack de drone

“doméstico” e câmara de ação

que garante diversão sem limites!

DJI Phantom 3 Professional € 1.399

1

A ligeira inclinação

nos rotores dentro

do corpo melhoram

a resposta do drone

quando em voo.

2

Esta suspensão

motorizada garante

automaticamente

que as imagens estão

estáveis e niveladas

quando está em voo.

3

A capacidade

de inclinar a câmara

em voo através

do cursor redondo

no comando permite

ajustar o ângulo

vertical da câmara.

N

Sensor Sony Exmor 1/2,3”

Píxeis efetivos 12,4 milhões

(total de píxeis: 12,76 milhões)

Objetiva FOV 94° 20 mm (equivalente

a 35 mm); f/2.8, focagem no infinito

Gama ISO 100-3200 (vídeo)

100-1600 (foto)

Velocidade de obturação 1/8.000-8 seg.

Tamanho de imagem máximo

4.000 x 3.000

Modos fotográficos Single Shot

Disparo contínuo 3/5/7 fotos,

Auto Exposure Bracketing (AEB),

Bracketed Frames a 0,7 EV Bias, Time-Lapse

D R O N E C O M C Â M A R A s t o r e . d j i . c o m

VEREDICTO

CLASS. FINAL

CONSTRUÇÃO

DESEMPENHO

QUALIDADE/PREÇO

CARACTERÍSTICAS

ESPECIFICAÇÕES

CARACTERÍSTICAS-CHAVE

1

2

3

Page 113: O mundo da fotografia digital nº 128

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Page 115: O mundo da fotografia digital nº 128
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Distancia focal: 45mm Apertura: F/1.8 1/500 seg

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