o Mundo Da Usinagem 65

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  • Publicao da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147

    lideranaSaiba como influenciar a sua equipe

    eletroeroSotcnica de usinagem para preciso milesimal

    Pilar de sustentao da indstria de base

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    uSinagem PeSada

    Publicao da Sandvik coromant do braSil iSSn 1518-6091 rg bn 217-147

    lideranaSaiba como influenciar sua equipe

    eletroeroSotcnica de usinagem para preciso milesimal

    Pilar de sustentao da indstria de base

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    uSinagem PeSada

  • Quem passa distrado no se d conta da singular beleza que ostentas. E duras to pouco. Passa a vida, passa o tempo, passa o homem feito louco e a, solitria, balanas ao vento. Exalando quem sabe um perfume discreto,

    ao homem despercebida lambuza o nariz do inseto, que sequer te v em cores, no sente a presso do tempo, no peito nem tem amores.

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    O Mundo da Usinagem

  • ndice 65edio 03 / 2010

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    leIaestarevIstaNaINterNet:www.omundodausinagem.com.br

    Publicao da Sandvik Coromant do BrasilISSN 1518-6091 RG. BN 217-147

    Foto de Capa:Divulgao Alstom

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    comcirculaodedozeediesaoanoedistribuiogratuitapara20.000leitoresqualificados.av. das naes unidas, 21.732 - Sto. amaro - ceP 04795-914 - So Paulo - SP. conselho editorial: aldecisantos,ancelmoDiniz,aryoldomachado,edsontruzsco,

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    editor-chefe: franciscomarcondes coordenao editorial, edio de arte, reviso e produo grfica: equipe housepresspropaganda

    (Natliacarcavilla,ronaldomonfredo,Dciocolasanti,rogriomoraisetiagomarques).Jornalista responsvel: franciscomarcondes-mtb56.136/sp

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    O Mundo da Usinagem

  • machine inVesTmenTs

    demanda de mquinas de grande porte praticamente dobra nos ltimos anos e equipamentos conquistam maior espao no mercado

    Supermquinas avanam

    com a expanso dos setores de petrleo e gs no mercado brasileiro nos ltimos anos, os fabricantes de mquinas pesadas registraram um aumento significativo na demanda por este tipo de equipamento. Segundo o Programa de Mobilizao da Indstria Nacional de Petrleo e Gs Natural, a participao da indstria nacional nos investimentos do setor aumentou de 57% em 2003 para 75% no primeiro semestre de 2009. Este crescimento corresponde a US$ 14,2 bilhes em bens e servios contratados no mercado nacional.

    Outro setor que exerce influn

    cia no segmento de usinagem pesada o de gerao de energia, principalmente hidreltrica e elica. Segundo a Empresa de Pesquisa Energtica, o consumo de energia no Brasil cresceu 9,1% em janeiro de 2010 em comparao com o mesmo ms do ano anterior. Este nmero, somado aos leiles de contratao de energia promovidos pelo governo no ano passado, tambm colaboram para a procura por mquinas de grande porte.

    Edson Jos Silva, gerente de produto da Man Ferrostaal, empresa que importa mquinas pesadas (alm de mquinas menores),

    assegura que a procura por este tipo de equipamento cresceu de maneira expressiva com a conjuntura atual. A demanda por mquinas pesadas ficou baixa ou praticamente estvel por dez anos, mas registrou retomada em 2008 com um aumento de quase 100%, aponta. Estamos planejando vender mais em 2010 do que vendemos nos ltimos quatro anos, projeta o gerente.

    giganTes de PoTnciaPesando no mnimo 60 tone

    ladas e podendo chegar a at 500 toneladas, as mquinas pesadas seguem, em linhas gerais, os mes

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    equipamentos de grande porte pesam de 60 a 500 toneladas

    O Mundo da Usinagem

  • mos conceitos dos equipamentos menores. Entretanto, as mquinas de grandes dimenses contam com fora mecnica muito mais reforada, pois so compostas por chapas de ao fundido. Atualmente, as mquinas desta categoria comercializadas no mercado so mandriladoras floor-type, fresadoras, tornos verticais e horizontais e retficas planas ou cilndricas.

    Os equipamentos de grande porte so mais comumente utilizados para a fabricao de eixos e cilindros de grande porte, alm de grandes carcaas. As menores peas produzidas por eles pesam cerca de 10 toneladas, enquanto as maiores podem chegar a at 600 toneladas.

    Profissionais da rea Comercial da Taurus Wotan, fabricante que tambm produz mquinas pesadas, apontam a versatilidade como uma das vantagens deste tipo de equipamento. Como trabalham principalmente com operaes de desbaste pesado, os tamanhos e tipos de peas podem variar bastante, explica um dos

    profissionais. Os tornos com passagens de 10 metros, por exemplo, podem usinar tanto peas com 4 quanto com 10 metros de dimetro, ilustra o profissional.

    da chaPa Pea finalNo processo produtivo, as

    mquinas de grande porte apresentam certas diferenas significativas em relao aos equipamentos convencionais de usinagem. Uma destas diferenas est nas ferramentas que utilizam. Em sua maioria, elas so simplesmente verses maiores e mais pesadas das ferramentas tradicionais. Empregadas em operaes pesadas de desbaste, estas ferramentas podem exigir potncias de at 50 kV da mquina. Para se ter ideia, a potncia mdia suportada pelas ferramentas utilizadas em mquinas menores pode ser dez vezes mais baixa.

    Quanto aos acessrios, as mquinas pesadas tambm apresentam algumas singularidades. Nos equipamentos maiores, a troca de cabeotes muito comum para

    que seja possvel trabalhar com diferentes operaes de desbaste. Conforme o tipo de operao executada, pode ser necessrio utilizar cabeotes retos, angulares ou universais para faceamento. Esta prtica j no to comum em mquinas menores, nas quais geralmente a ferramenta o item mais trocado, e no o cabeote.

    Devido s maiores dimenses, a manuteno deste tipo de equipamento quase sempre mais trabalhosa. Marcelo Padovani, gerente industrial da unidade fabril da DEBMAQ fabricante de mquinas pesadas em Camanducaia (MG), explica que a tarefa de manuteno dos equipamentos de grande porte envolve cuidados especficos, justamente por conta do tamanho das peas. Durante as manutenes, muitas vezes precisamos utilizar aparatos de apoio como guindastes, pontesrolantes e empilhadeiras, relata Padovani.

    mquinas pesadas podem executar operaes de usinagem de eixos e cilindros de grande porte, alm de fabricar grandes carcaas

    P da alstom para turbinas usinada em mandriladora de cinco eixos

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  • grandes dimenses, grandes avanos

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    Nestas ocasies, precisamos contar tambm com a colaborao de um nmero maior de pessoas para auxiliar o processo, acrescenta.

    semPre alerTaDevido ao investimento con

    centrado nas peas de grandes dimenses que compem estas supermquinas, h cuidados que devem ser observados no processo de usinagem destes materiais. A perda de uma pea de grande porte, como uma turbina ou uma rvore de natal (suporte utilizado nas operaes de extrao de petrleo em alto mar), pode significar altos prejuzos para a empresa. Alm disso, por serem componentes de maiores dimenses, no h a possibilidade de execuo de tryouts do processo antes de iniciar as operaes. Deste modo, qualquer problema no processo de produo destas peas considerado falha gravssima. Estas caractersticas exigem que todo o processo de usinagem seja planejado com muita preciso.

    De acordo com Hermes Lago, diretor de comercializao de mquinasferramenta da Romi

    peas e tambm observam todos os cuidados necessrios na retirada dos produtos, avalia o diretor. Quanto mais experincia o operador tiver com a programao do equipamento, menores sero as chances de se perder a pea, conclui Mesquita.

    moVendo monTanhasAinda outro ponto relevante

    ao lidar com peas de grandes dimenses o transporte destes itens, tanto dentro da prpria fbrica quanto no deslocamento do produto at o cliente. Qualquer pequeno impacto pode acabar prejudicando o componente, alm de representar um perigo adicional ao cho de fbrica.

    Hermes Lago, da Romi, informa que a avaliao pela qual o produto passa depois de pronto muito detalhada. As peas so inspecionadas pelos compradores

    tambm fabricante de mquinas pesadas , o principal cuidado est na preparao das peas para a usinagem. Sempre que possvel, a pea deve sair pronta da mquina, indica o diretor. Para isso, as operaes de usinagem devem ser executadas com a menor troca possvel de fixaes da pea, adverte Lago.

    Outra empresa que dedica especial ateno preparao de suas operaes a Gerdau Aominas, que trabalha com a fabricao e usinagem de peas de grande porte em ao, como cilindros laminadores. Daniel Mesquita, diretor industrial da Gerdau Aominas, relata as preocupaes da empresa em preparar bem seus funcionrios para trabalhar com equipamentos pesados. Devidamente orientados, estes colaboradores ficam cientes da preciso no posicionamento das

    Quanto mais experincia o

    operador tiver com o equipamento, menores

    sero as chances de se perder a pea

    edson Jos Silva, gerente de produto da man Ferrostaal empresa que importa mquinas de grande porte, alm de equipamentos menores , observa que as mquinas pesadas para usinagem apresentaram muitas melhorias nos ltimos anos, tendo como base os mesmos avanos tec-nolgicos das mquinas menores. o gerente destaca que um dos princi-pais progressos destas mquinas foi o aumento da velocidade de movi-mentao dos eixos. Hoje, vemos equipamentos com movimentaes de eixos de 36 metros por minuto, o que uma velocidade espantosa para as mquinas de grande porte, relata Silva. nos ltimos anos, muitos fabricantes tm lanado no mercado mqui-nas de grande porte que, ao invs de utilizar bases fundidas em sua fabricao, so construdas com bases de ao soldadas. estes materiais deixam o equipamento mais leve, mantendo a mesma dinmica, revela. em alguns casos, mquinas construdas com bases fundidas ainda po-dem ser a melhor opo por permitirem maior estabilidade de operao, compara o gerente.

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  • na prpria fbrica. Depois, so desmontadas e transportadas para serem remontadas e inspecionadas mais uma vez no local de sua entrega final, relata Lago.

    Com 20 mquinas de grande porte em sua fbrica de Taubat (SP), a Alstom fabricante de equipamentos e servios para gerao de energia e transporte ferrovirio outra empresa que efetua o transporte de equipamentos pesados com frequncia. As peas fabricadas em Taubat so em sua maioria turbinas e geradores utilizados em usinas hidreltricas.

    Janurio Dolores, diretor de operaes da unidade de Taubat da Alstom, adverte que, ao transportar peas de grande porte, essencial certificarse de que elas

    esto bem fixadas no veculo antes de iniciar o percurso. Alm de promover a segurana nas estradas, o objetivo deste procedimento garantir que o balano do produto seja mnimo. Mesmo assim, o veculo deve trafegar com velocidades reduzidas para evitar qualquer risco de impacto ou raspes na pea.

    O diretor da Alstom conta que a empresa tambm toma medidas importantes para a proteo de seus operrios no cho de fbrica. Temos um sistema de alarme sonoro que adverte operadores e visitantes quando peas pesadas so iadas, para evitar que transitem debaixo delas, afirma o diretor. Alm disso, todas as

    machine inVesTmenTs

    pessoas que entram em nossa unidade devem passar antes por um processo de integrao, onde so dadas as instrues para um trajeto sempre seguro no cho de fbrica, completa.

    Seguindo as normas de segurana prprias para ambientes fabris envolvendo mquinas pesadas, possvel aproveitar as oportunidades crescentes deste mercado promissor, trabalhando de forma eficiente, produtiva e sem riscos para os colaboradores.

    Thas TchumantelJornalista

    chapas de ao fundido garantem

    maior estabilidade aos equipamentos pesados

    Veja mais informaes em:www.omundodausinagem.com.br

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    transporte de peas de grandes dimenses deve garantir integridade da pea e segurana nas estradas

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  • gesTo emPresarial

    tcnica ideal para a usinagem de materiais resistentes aos processos convencionais e que necessitam de preciso milesimal

    eletroeroso possibilita acabamentos

    altamente precisos

    largamente utilizado na indstria metalmecnica, o processo de eletroeroso permite a usinagem de materiais metlicos j temperados. A tcnica considerada ideal para a fabricao de peas de dureza elevada, resistentes aos processos convencionais de usinagem e que necessitam de acabamento e preciso milesimal, como moldes e matrizes.

    Por ser um procedimento demorado, a eletroeroso aplicada geralmente em peas isoladas ou em pequenas sries; contudo, ultimamente tambm tem sido utilizada em larga escala para a

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    fabricao de ferramentas em geral e em certos segmentos industriais especficos como mdico, odontolgico, naval e aeroespacial, entre outros.

    De acordo com Alberto Arnaldo Raslan, professor da Faculdade de Engenharia Mecnica da Universidade Federal de Uberlndia (MG), o setor ligado fabricao de moldes de injeo de polmeros e compsitos responde por 45% das operaes de eletroeroso, enquanto o setor de microusinagem corresponde a 15%.

    Com base na usinagem por meio de descargas eltricas (Electrical

    Discharge Machining), o processo de eletroeroso caracterizase pela remoo de partculas do material a ser usinado devido passagem de uma corrente eltrica que ocorre entre dois materiais condutores de eletricidade o eletrodo capilar (ferramenta de usinagem) e a pea envoltos em um lquido dieltrico (veja quadro).

    diVersidade de TcnicasSegundo Silvio Mitsunaga, di

    retor tcnico da Agie Charmilles, fabricante de mquinas de eletroeroso e fornecedor de solues e servios de automao industrial, as tcnicas de usinagem por eletroeroso mais utilizadas no mercado so eletroeroso por penetrao e eletroeroso por corte a fio. Na eletroeroso por penetrao so

    Processo de eletroeroso por penetrao

    O Mundo da Usinagem12

  • utilizados eletrodos de cobre ou grafite que definem a geometria e as dimenses da pea, o que torna a tcnica ideal para a confeco de moldes, fabricao de peas temperadas para cavidades cegas, com cantos vivos, profundas com superfcies texturizadas ou polidas, onde a usinagem fica sujeita a dificuldades com o dimetro e o comprimento das ferramentas. Estes eletrodos devem estar envoltos em um leo dieltrico que tem a funo de isolar, refrigerar e limpar o local da usinagem e o material a ser usinado, acrescenta.

    J a eletroeroso por corte a fio emprega filamentos de materiais metlicos com boa condutividade eltrica sendo mais comum o uso do lato e de dimetro varivel, o que depende

    do trabalho que ser realizado. Fernando Alves Pereira, geren

    te tcnico da Fanuc Machines no Brasil, representada pela Mitsui Motion empresa especializada na comercializao das mquinas de eletroeroso a fio Fanuc , explica que nesta tcnica o fluido dieltrico aplicado a gua deionizada e, como o fio utilizado no processo funciona como elemento cortante, a eletroeroso a fio est limitada a operaes de corte, como a fabricao de peas temperadas para cortes paralelos, cnicas, com variao de ngulos, com perfis diferentes no topo e na base e que necessitem de acabamento e preciso milesimal.

    Pereira acrescenta que tambm existe a tcnica de usinagem por eletroeroso para furo rpi-do, processo realizado por meio de eletrodos capilares de cobre ou lato. Esta tcnica recomendada para furaes rpidas em materiais temperados em pequenos dimetros e grandes espessuras, que no se conseguiria executar por meio de tcnicas usuais de furao com broca.

    ProduTiVidade garanTidaDivididos basicamente em

    mquinas manuais convencionais e mquinas controladas por CNC, os equipamentos de eletroeroso so considerados de preciso milesimal e de usinagem lenta mas, dependendo da aplicao, conseguem obter maior produtividade do que mquinas convencionais de usinagem. O grande diferencial das mquinas de eletroeroso a

    preciso do corte, capaz de proporcionar um acabamento da pea que muitas vezes no possvel alcanar com outros equipamentos, garante Dorvaldo Schulz, gerente tcnico da Usifil empresa que h dez anos oferece servios finais de acabamento por meio da eletroeroso de corte a fio.

    De acordo com o professor Raslan, a produtividade destes equipamentos pode ser medida por meio da taxa de remoo de material (TRM) e da relao de desgaste do eletrodo (RD). Entretanto, o professor lembra que ainda devem ser considerados outros parmetros relacionados qualidade do processo, como sobrecorte lateral diferena entre os raios do furo usinado na pea e o eletrodo; rugosidade superficial; variao de microdureza; extenso

    conjunto mecnico de um relgio suo

    composto por diversas peas usinadas pela

    eletroeroso a fio

    antes de adquirir uma mquina de eletroeroso, deve-se verificar grau de rendimento, preciso e acabamento desejados

    O Mundo da Usinagem 1

  • da camada refundida e formao de microtrincas, entre outros.

    Para obter mxima produtividade nas operaes de eletroeroso, essencial trabalhar com mquinas de qualidade e realizar manutenes preventivas e corretivas como limpeza, lubrificao, troca de filtros, de fluido dieltrico e de peas de desgaste. O diretor da Agie Charmilles explica que, antes de adquirir uma mquina de eletroeroso, devese verificar qual ser a finalidade deste equipamento e qual o grau de rendimento, preciso e acabamento desejados. importante tambm procurar um fabricante idneo que possa indicar corretamente a melhor opo

    gesTo emPresarial

    de mquina para cada aplicao, aconselha Mitsunaga.

    O gerente da Mitsui Motion ressalta que mquinas de eletroeroso por penetrao e para furo rpido necessitam de alguns cuidados especiais e devem ser instaladas em locais abertos ou em salas com exaustores, pois durante a usinagem exalam gases que devem ser dissipados. Como estas mquinas trabalham com leo dieltrico, importante tambm que sejam instaladas em locais que disponham de extintores de incndio, recomenda.

    Quanto mais tecnologia e recursos estas mquinas de eletroeroso possurem para controlar a estabilidade de corte, maior ser

    entenda como funciona o processo de eletroerosorealizada por meio de descargas eltricas, a usinagem por eletroeroso um processo complexo e em grande parte no visvel. alberto arnaldo raslan, professor da Faculdade de engenharia mecnica da universidade Federal de uberlndia (mg), explica como acontece a eletroeroso. Primeiramente, um bloco do material que ser usinado afixado na base de um recipiente chamado cuba que contm um fluido isolante el-trico conhecido como fluido dieltrico. aps este procedimento, a fer-ramenta de usinagem na maioria das vezes um eletrodo capilar acoplada no cabeote da mquina e depois ambas as partes so ligadas a uma fonte de corrente contnua por meio de cabos eltricos. desta forma, gera-se um dipolo eltrico entre a pea (negativo) e o eletrodo (positivo) e, quando o espao entre estes dois componentes diminudo at uma distncia determinada, forma-se uma ponte de ons entre eles, complementa o professor. aps este fenmeno, produzida uma centelha que superaquece a super-fcie do material com temperatura variando entre 2.500c e 50.000c. Finalmente, o material da pea se funde e cerca de 15% das partculas so erodidas da superfcie por causa do movimento do fluido dieltrico. as descargas sucessivas promovem a gradual retirada de material da pea e imprimem na superfcie a geometria do eletrodo, finaliza raslan.

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  • adquirir acessrios de fabricantes idneos indispensvel para realizar operaes seguras. na foto, linha da eroma para eletroeroso

    gesTo emPresarial

    a produtividade obtida. Segundo Mitsunaga, nos processos de eletroeroso por penetrao podese destacar recursos como geradores sem desgaste de eletrodo, alta velocidade e preciso dos eixos e acabamento polido em grandes reas. Nas aplicaes de eletroeroso por corte a fio, as novidades so as tecnologias que permitem cortes com dois fios de dimetros diferentes e cortes sem repasse.

    escolha cerTaAdquirir acessrios de fornece

    dores idneos tambm indispensvel para praticar operaes bem sucedidas e seguras. Adriana Rahn, diretora da Eroma fornecedor de materiais para eletroeroso , lembra que cada aplicao necessita de um produto diferente, mas para ela existem trs elementos que so indispensveis para o bom funcionamento da mquina. Em um processo de eletroeroso por corte a fio, alm de utilizar o fio ideal para cada aplicao e resinas adequadas, imprescindvel que a mquina

    possua um bom sistema de filtragem; a micragem correta do papel do filtro fundamental para se obter alta preciso, esclarece.

    E como escolher os acessrios ideais? O professor Raslan explica que, em processos de eletroeroso por penetrao, o eletrodo utilizado deve ser bom condutor de eletricidade e de fcil conformao, alm de ser resistente ao desgaste. J na eletroeroso por corte a fio preciso prestar ateno resistncia mecnica do produto, para evitar o rompimento do fio.

    Para Pereira, da Mitsui Motion, as principais tendncias para a eletroeroso sero o avano nas usinagens de PCD (diamante policristalino), o desenvolvimento de mquinas capazes de trabalhar sem operadores e o aumento tanto dos controles simultneos dos eixos quanto da velocidade de corte.

    fernanda feresJornalista

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    Confira as novidades da eletroeroso em:

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  • cho de fbrica

    Saiba quais ferramentas bsicas devem constar na lista de compras para iniciar a produo em centros de usinagem e tornos

    comprei uma mquina nova.

    e agora?

    esta uma situao mais comum do que se imagina: ao comprar uma mquina nova, s vezes as pessoas se esquecem de definir as ferramentas que devero ser adquiridas para trabalhar com o novo equipamento. Para evitar equvocos como este, que no final das contas acabam prejudicando a produtividade da mquina e da empresa, preciso ateno na hora de escolher o ferramental bsico. Comece buscando a ajuda de pro

    fissionais que detenham o know-how desta rea, como os fabricantes de mquinas e ferramentas.

    De acordo com especialistas do setor, uma dica para comear bem um novo negcio na rea de usinagem empenhar-se no projeto do ferramental antes mesmo de adquirir uma nova mquina. Desta forma, possvel comear a produo de forma eficiente e com qualidade logo aps o recebimento da mquina.

    Com o apoio dos fornecedores, a empresa pode fazer a escolha destes itens baseandose nas caractersticas da mquina adquirida (limites de potncia e norma que rege a fixao de suas ferramentas) e nas exigncias do material a ser usinado. Estes dois fatores so fundamentais e iro ditar a escolha do ferramental e dos acessrios mais adequados para cada trabalho.

    Entretanto, mesmo nos casos em que no se sabe ao certo qual produto ser usinado, alguns itens bsicos devem sempre constar no planejamento das compras, pois so necessrios para iniciar a maioria dos processos e comuns maior parte das operaes de usinagem.

    cenTros de usinagemOs centros de usinagem tra

    balham com operaes de faceamento, furao, acabamento e abertura de canais. Para comear, as principais ferramentas para a utilizao neste equipamento so as fresas de 45 e 90.

    Outro componente importante so as brocas. De acordo com Carlos Ancelmo, especialista em Processos de Usinagem da Sandvik Coromant, algumas empresas chegam a utilizar os centros de usinagem para operaes de furao com maior frequncia do que em outros processos. Por isso, bom contar com algumas variaes destas ferramentas. Aconselho a aquisio de um jogo de brocas, de dimetros randomicamente variados em milmetros e em polegadas, para que se possa trabalhar com diferentes dimen

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  • cho de fbrica

    ses de furos. Lembrando que a partir do dimetro de 12 mm j possvel encontrar brocas com pastilhas intercambiveis, sugere.

    Quando possvel, devese identificar previamente qual o tipo de furao que ser feito na pea. Em casos de furao para a fabricao de roscas, os catlogos de fornecedores de machosmquina costumam indicar o dimetro do furo prrosqueamento para que a rosca fique perfeita. Em furos de preciso, o mais indicado a utilizao de brocas inteirias de metal duro; contudo, sempre que a tolerncia e a dimenso do furo permitirem, as brocas intercambiveis so mais econmicas e produtivas, alm de dispensarem a necessidade de reafiao.

    Por fim, um jogo de fresas inteirias de metal duro completam o kit bsico para centros de usinagem. Assim como no caso das brocas, os dimetros das fresas devem variar tanto

    quanto a expectativa de larguras de rasgos que o usurio pretenda abrir em seu centro de usinagem. As fresas possibilitam executar fresamentos laterais, operaes de acabamento e abertura de canais. Anderson Fernandes, especialista do departamento de Machine Investments da Sandvik Coromant, recomenda que a empresa adquira duas amostras de cada ferramenta. Desta forma no ser necessrio parar a produo caso ocorra alguma avaria na ferramenta em uso, justifica o especialista.

    Tornos bem equiPadosNo caso dos tornos, a lista do

    ferramental bsico um pouco maior. Os itens fundamentais comeam com os suportes de ferra-menta para faceamento, desbaste e torneamento longitudinal. Para esta funo, os suportes de cdigo ISO DCLNL/R ou MWLNL/R so os mais adequados. O primeiro destinase a operaes de desbaste mais pesado e utiliza as pastilhas losangulares de pontas de 80 (pastilhas de cdigo ISO CNMG). J o segundo prprio para executar operaes de des

    baste mais leves ou operaes de acabamento e, para isso, utiliza as pastilhas trigonais (de cdigo ISO WNMG). Outro suporte que deve ser includo na compra o MTJNL/R, juntamente das respectivas pastilhas TNMG.

    Mais uma vez, as brocas devem estar includas neste conjunto de ferramentas. Se equipadas com pastilhas de metal duro, podem realizar inclusive operaes de torneamento interno, permitindo dar acabamento em um furo que tenha sido feito em desbaste.

    Para gerar diferentes relevos nas peas, possvel equipar os tornos com as ferramentas para per-filar (de cdigo DDJNL/R), que comportam pastilhas losangulares com pontas de 55 (ISO DNMG). Outras ferramentas importantes so as barras de mandrilar, normalmente utilizadas para expandir ou dar acabamentos em prfuros usinados ou forjados. Para atender os centros de torneamento, o proprietrio da mquina deve acrescentar em sua lista as fresas inteirias de metal duro (para operaes de perfilamento) e os cabeotes de fresa com pastilhas redondas (para operaes de desbaste). Vale acrescentar que a utilizao dos cabeotes depender da potncia e do torque disponveis no motor da torre.

    caractersticas da mquina e do material a ser usinado ditam a escolha do ferramental

    em centros de usinagem interessante contar com pelo menos um jogo de brocas para atender s diferentes dimenses dos furos que possam surgir

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  • cho de fbrica

    Alm disso podem ser utilizadas fresas a 90, com pastilhas Wiper (alisadoras) que so desenhadas especificamente para operaes de tornofresamento.

    muiTo alm das ferramenTas

    Depois de adquirir o ferramental bsico, ainda h outros itens que so primordiais para o bom funcionamento de um equipamento. No caso dos centros de usinagem, os cones de fi-xao merecem ateno especial. Fernandes assinala que a escolha errada destes acessrios muito frequente entre profissionais pouco experientes. Cada ferramenta tem um tipo de fixao podem ser fixadas por parafusos, chavetas ou mandris , por isso devese estudar bem os itens que faro a usinagem, aconselha.

    Em linhas gerais, importante lembrar que em mquinas que seguem a norma de fixao ISO 40, por exemplo, a recomendao que se trabalhe com fresas de no mximo 80 mm. J em mquinas ISO 50, os dimetros das fresas podem apresentar dimenses maiores. Fernandes aponta que, diferentemente dos centros de usinagem, os tornos no apresentam muitos problemas de fixao. Nestes equipamentos, as ferramentas so montadas diretamente na mquina, exigindo um nmero menor de acessrios, explica.

    No entanto, o especialista indica um fator importante que

    deve ser observado na montagem

    do ferramental dos tornos: a posio da

    torre em relao placa da mquina. Se uma ferramenta esquerda opera em uma mquina com a torre posicionada na parte traseira do equipamento em relao s placas de usinagem , ela no ir conseguir operar em uma mquina com torre localizada frente da placa, pois desta forma ficar de costas para a pea, impossibilitando a operao.

    No caso de produes que trabalham com lotes de peas variveis em termos de dureza de material e sobremetal deixado para o desbaste e tambm com perfis diferentes, o ferramental deve ser preparado para enfrentar este leque de desafios. Assim, o ideal seria optar por classes e geometrias mais abrangentes, evitando escolher ferramentas muito especficas que podem gerar problemas com desgastes, avarias prematuras ou mesmo um controle deficiente da formao dos cavacos.

    Thas TchumantelJornalista

    com fresas de45 e 90 possvel realizar as principais operaes de faceamento em centros de usinagem

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  • ideal para aplicaes pesadas, esta matria-prima especial requer cuidados especficos durante processos de manuseio e fabricao

    empregado nas indstrias pe-troqumica, farmacutica, qumica, aeronutica, naval, alimentcia e de transporte, o ao inoxidvel uma liga ferrosa composta basicamente por ferro, cromo, nquel e molibdnio. considerada ideal para o segmen-to industrial em geral, pois no oxida em contato com agentes corrosivos como a atmosfera, meios aquosos ou orgnicos.

    Este tipo de ao pode ser dividido em algumas categorias, sendo as mais comuns: ferrtico,

    e na Europa o desenvolvimento do chamado ao dplex. En-tretanto, somente na dcada de 70 que se conseguiu desen-volver uma composio mais estruturada da matria-prima, obtendo-se um material com alta resistncia a diferentes me-canismos de corroso (tais como corroso intergranular, por pite e sob tenso), alm de excelente resistncia mecnica, tenacidade e boa soldabilidade.

    No Brasil, este material come-ou a ser utilizado na dcada de

    ao inoxidvel superdplex destaque na indstria

    austentico e dplex. Utilizados geralmente no setor automotivo e em utenslios de cozinha, os aos base de ferrita so imunes cor-roso sob tenso e garantem boa resistncia corroso por fadiga. J os aos que possuem austenita como matriz apresentam alta ductilidade e tenacidade, alm de boa soldabilidade.

    Com a inteno de obter um material que reunisse as melhores caractersticas dos aos ferrticos e austenticos, iniciou-se na dca-da de 1930 nos Estados Unidos

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    90 e seu uso se estende at os dias de hoje, assim como a utilizao do ao inoxidvel superdplex uma evoluo do ao inoxidvel dplex. Composta por maior teor de cromo, nquel, molibdnio e nitrognio, esta liga apresenta melhor resistncia corroso do que sua antecessora.

    Para aPlicaes seVerasPor garantir alta resistncia

    mecnica e corroso e tambm por ser um material de alto va-lor agregado, o ao inoxidvel superdplex especialmente recomendado para ambientes severos como meios martimos, refinarias e plataformas de petr-leo. Existem plataformas que possuem 30% de sua tubulao neste material, porque alguns processos envolvem meios com altas concentraes de cloretos (como a gua do mar), que so altamente corrosivos, ressalta Rodrigo Faveret Signorelli, es-pecialista de produto da Sandvik Materials Technology.

    O ao inoxidvel superdplex tambm altamente recomend-vel em situaes em que os aos inoxidveis comuns ou mesmo o ao carbono no apresentam a confiabilidade e a vida til neces-srias. Com a utilizao adequada do produto possvel aumentar

    a vida til dos equipamentos, diminuindo o nmero de paradas para manuteno e gastos com mo de obra. O ao inoxidvel superdplex tambm pode ser utilizado em substituio s ligas de nquel, por apresentar custo mais acessvel.

    Para obter mxima produti-

    vidade com o ao superdplex, o material deve ser processado e fabricado com tecnologia de ponta (veja quadro Etapas fundamentais para o bom desem-penho) e em condies trmicas adequadas. Considerando a im-portncia que este produto tem para a indstria, estudos sobre as propriedades mecnicas do ma-terial e sobre como ele reage a de-terminadas situaes so sempre interessantes, pois possibilitam uma aplicao com resultados melhores e mais seguros.

    esTudo reVeladorRaquel Romana, mestre em

    Engenharia Mecnica formada pelo Centro Universitrio da FEI (Faculdade de Engenharia Indus-trial), de So Bernardo do Campo (SP), realizou um estudo com o ao inoxidvel superdplex UNS S32750 (SAF 2507) da Sandvik Materials Technology, em que o comportamento deste material foi analisado aps tratamentos

    Por garantir alta resistncia mecnica e corroso, ao

    inoxidvel superdplex utilizado em ambientes severos.

    na foto, um trocador de calor

    raquel romana:tratamentos de envelhecimento trmico foram realizados em amostras do ao inoxidvel superdplex para descrever a cintica de formao da fase sigma

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  • trmicos de envelhecimento em temperaturas entre 700C e 900C. O objetivo deste trabalho foi descrever a cintica de forma-o da fase sigma principal fase intermetlica responsvel pela degradao das propriedades me-cnicas do ao estudado para, assim, poder evit-la.

    Segundo Raquel, durante o processamento ou soldagem do ao formam-se fases intermetlicas e at carbonetos e nitretos que modificam as caractersticas do material, como resistncia ao im-pacto, corroso e dureza. Neste

    estudo, focamos na fase sigma por ser a que se forma mais facilmente e em maior quantidade quando o material aplicado sob tempera-turas elevadas, explica.

    A ideia central do trabalho foi identificar em que temperatura e aps quanto tempo de exposio esta fase tem incio. Para isso, Raquel realizou tratamento de envelhecimento trmico do ao em cinco sries, com tempera-turas variando entre 700C e 900C e com diferena de 50C entre cada uma delas. Em cada srie, foram tratadas 13 amostras

    que ficaram expostas por tempos variados entre 10 minutos e 1.032 horas. Optei por traba-lhar com perodos longos para descobrir como a amostra se comportava; se aps um tempo a fase sigma se estabilizava ou se ela continuava crescendo, esclarece Raquel.

    O que pde ser percebido no estudo que esta fase surge inicialmente a partir da ferrita existente na estrutura do ao, pois seus elementos estabilizadores cromo e molibdnio so os mesmos elementos formadores de sigma. Nas amostras tratadas a 700C, a ferrita do material foi totalmente consumida aps 48 horas. J nas demais tempe-raturas, isto aconteceu depois de 12 horas de tratamento. Aps eli-minar totalmente a ferrita do ma-terial, a sigma continua crescendo e comea, em menor proporo, a consumir tambm o cromo da austenita. Percebemos que entre 750C e 850C esta fase muito forte e consome rapidamente a estrutura do material a ponto de inutiliz-lo totalmente, avalia Raquel. Neste caso, para elimi-

    esTudo de maTeriais

    microestrutura do ao SaF 2507 solubilizado como recebido da Sandvik materials technology

    microestrutura da amostra do ao envelhecida a 850c por 10 minutos - fase sigma

    o que o ensaio concluiuPor meio do estudo com o ao inoxidvel superdplex foi possvel identi-ficar em temperaturas mais baixas, entre 700c e 800c a presena de morfologia lamelar nas microestruturas do material, decomposio eutetide lamelar, precipitao descontnua e crescimento de sigma a partir de ferrita e austenita. J as amostras que foram tratadas em temperaturas mais elevadas, entre 850c e 900c, apresentaram a fase sigma predominantemente em mor-fologia macia. nestas amostras ocorreram mecanismos de formao de sigma, como decomposio eutetide divorciada, precipitao contnua e formao e crescimento de sigma a partir de austenita e ferrita. assim, o ideal trabalhar com o ao inoxidvel superdplex em temperaturas at 700c.

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  • Materials Technology, o estudo realizado por Raquel Romana muito expressivo para as empresas e indstrias que utilizam o ao inoxidvel superdplex como ma-tria-prima de seus produtos, pois ajuda a identificar as condies ideais para o processamento e o manuseio do ao. Se o fabricante ao qual fornecemos este tipo de material no estiver informado sobre estes fenmenos, corre o risco de danificar as propriedades mecnicas do ao e reduzir a qua-lidade do produto final, lembra. Realizamos estudos similares, po-rm com foco mais voltado para a resistncia corroso, alis aspecto considerado como um grande diferencial do ao que oferecemos ao mercado, complementa.

    fernanda feresJornalista

    nar toda a sigma do ao preciso solubiliz-lo, sendo, portanto, mais interessante trabalhar com o ao em temperaturas inferiores a 700C, acrescenta.

    obTendo melhoriasAps o estudo, Raquel cons-

    tatou que a dureza do ao inoxi-dvel superdplex SAF 2507 est diretamente relacionada com o volume de sigma em sua estru-

    esTudo de maTeriais

    tura. Isto quer dizer que, quanto maior for a frao volumtrica de sigma, maior ser a dureza medida no material (veja mais detalhes no quadro O que o ensaio concluiu). Quando a dureza aumenta o ao fica mais frgil, modificando suas propriedades mecnicas, o que pode prejudicar a usinagem, explica Raquel.

    De acordo com Signorelli, es-pecialista de produto da Sandvik

    etapas fundamentais para o bom desempenhoPoucas empresas no mundo produzem o ao superdplex, pois este um processo de fabricao que exige alta tecnologia e requer vasto conhecimento para que se possa evitar a formao de fases intermet-licas prejudiciais estrutura do material como a fase sigma.Fabricado na usina da Sandvik materials technology (Smt) na Sucia, na cidade de Sandviken, o ao inoxidvel superdplex SaF 2507 passa por diversos processos que garantem sua qualidade. nesta unidade possumos equipamentos de alta tecnologia para a produo de aos inoxidveis e ligas especiais, ressalta andr marin, especialista de produto da Smt.de um modo geral, a produo desses aos acontece em quatro eta-pas: fundio dos metais em forno de arco eltrico; descarbonizao em conversores aod (Argon-Oxigen-Descarburisation) para a elimina-o de excesso de carbono; refino do ao nos fornos de panela para o ajuste final dos elementos da liga; e lingotamento contnuo ou em moldes. a partir dos lingotes obtidos, aps laminao e forjamento so produzidos tarugos e barras que sero posteriormente conformados em tubos, fitas e arames.todos os produtos fabricados pela empresa so certificados e passam por testes especficos. entre os testes realizados em tubos e barras encontram-se os ensaios de dureza, trao, corroso, testes hidrost-ticos, de achatamento e anlise de tratamento trmico, entre outros. temos total controle sobre a sequncia da produo, desde a seleo de metais para a fundio at a embalagem do produto final, garante marin. a qualidade dos produtos comprovada por uma poltica de controle criada pela prpria Smt, a Sandvik Steels Quality Policy, que atende os requisitos de diversos padres e normas internacionais de qualidade de produo.

    Veja mais informaes em:www.omundodausinagem.com.br

    Veja mais informaes em:

    da esquerda para a direita: andr marin e rodrigo Signorelli, ambos da Sandvik materials technology

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  • Presena do lder no ambiente corporativo fundamental para inspirar e motivar profissionais para a busca de um objetivo comum

    ideias e PensamenTos

    o desafio de influenciar as pessoas positivamente

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    em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a presena de lderes em empresas de todos os portes essencial para que os bons resultados sejam alcanados. Com capacidade para influenciar e mobilizar pessoas na busca de objetivos comuns, o lder deve ter conhe-cimento, habilidade e atitude para colocar em prtica aes que estejam alinhadas com os interesses da companhia. Contudo, o bom lder aquele que consegue desenvolver este trabalho de forma estratgica: com sensibilidade, sabendo ouvir os seus subordinados e respeitando o espao e a opinio de toda a equipe.

    Diversos estudos sobre este assunto j foram realizados ao longo dos anos e todos demonstram que o conceito de liderana varia de uma situao para outra, em um processo que no depende apenas das caractersticas ou habilidades das pessoas. Um lder pode surgir

    naturalmente no decorrer da histria, se desenvolver as virtudes necessrias. James C. Hunter, um dos mais renomados especialistas em liderana dos Estados Unidos e autor do livro O Monge e o Executivo, cita como exemplo de grandes lderes nomes como Martin Luther King, pastor americano e lder do movimento negro; Mahatma Ghandi, lder espiritual

    e poltico da ndia; Nelson Mandela, lder sulafricano e ativista antiapartheid; e Sam Walton, fundador da rede de hipermercados Walmart, entre outros.

    A figura do lder tambm pode surgir no ambiente corporativo quando a empresa concede a determinado profissional uma posio que exige aes de liderana, como um cargo de su

    liderana

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  • lder deve ter conhecimento,

    habilidade e atitude para colocar em

    prtica aes que estejam alinhadas

    com os interesses da companhia

    perviso, coordenao, gerncia ou direo. No entanto, existem diferenas significativas entre o perfil do lder e o do chefe.

    gesTo esTraTgicaPara Marco Antonio Lam

    poglia, analista e consultor sobre mudanas comportamentais, um lder deve manter boa comunicao e bom relacionamento com sua equipe, e deve tambm ser respeitado por todos aqueles com quem convive no s por causa de seus conhecimentos tcnicos,

    mas tambm por suas competncias socioemocionais. Quando essas habilidades emergem no contexto da organizao, a liderana surge naturalmente, explica. J o relacionamento e a comunicao do chefe com sua equipe so mais diretos e menos afetivos.

    Enquanto a chefia se preocupa mais com efeitos e resultados, a liderana se concentra mais nas causas que podem gerar bons resultados. Segundo Lampoglia, estamos vivendo em uma nova era, onde o lder deve se preocupar com trs principais vertentes: estratgia e ttica, processos que se concentram dentro da rotina e gesto de pessoas. O lder tem como foco o desenvolvimento do potencial das pessoas e a gesto de processos, sendo um formador de futuros lderes que orienta sua equipe dentro de uma estrutura de viso de negcios, considera o consultor.

    Alm de saber orientar sua equipe com eficcia, essencial que o lder tenha iniciativa para

    resolver situaes difceis e delicadas e que seja o responsvel pelo planejamento de aes estratgicas.

    Para isso, o profissional que assume uma posio de liderana deve ter ampla viso do mercado e dos negcios. No entanto, o lder sozinho no capaz de alcanar todos os resultados esperados e resolver todos os desafios de uma empresa. preciso que ele saiba tambm formar equipes que trabalhem unidas para que os objetivos da companhia sejam concretizados.

    esTimulando aTiTudesLampoglia acredita que a

    presena do lder influencia di-retamente o estado de nimo da equipe, sendo um personagem fundamental na primeira fase de um planejamento anual da empresa; o verdadeiro lder tem a capacidade de inspirar os funcionrios com mtodos e tcnicas que permitem buscar bons resultados, por meio do reconhecimento do trabalho de cada um. por isso

    lder deve saber comunicar com clareza as estratgias e os objetivos da equipe, definindo metas e cobrando resultados

    dever do lder estimular e motivar cada colaborador para que todos permaneam comprometidos com os objetivos da equipe

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  • ideias e PensamenTos

    que a pessoa que assume este papel deve conhecer profundamente cada integrante da equipe e saber lidar com os diferentes tipos de personalidades.

    Outra habilidade importante que o lder deve apresentar para motivar sua equipe saber intervir corretamente na soluo de problemas, promovendo a orientao e a capacitao necessrias para a eliminao destes

    problemas. O lder deve saber dar e receber feedbacks e fazer isto pontualmente, apontando erros e acertos, aponta.

    Para influenciar positivamente sua equipe, o lder tambm deve demonstrar segurana em relao aos desafios da empresa, e no permitir que seus problemas pessoais interfiram na vida profissional. Mesmo nos momentos de dificuldade, o lder tem a responsabilidade de comunicar sua equipe o que est acontecendo na companhia, escutar os colaboradores e orientlos da melhor forma possvel diante dos desafios, aconselha Guilherme Mendona, diretor da Unidade de Negcios Energy Automation da Siemens.

    Na opinio do diretor que trabalha h 18 anos na Siemens ,

    os principais desafios de um lder so comunicar com clareza as estratgias e os objetivos da equipe, definindo metas e cobrando resultados e bons desempenhos. Mendona acrescenta que estas metas devem ser realizadas com prazer e, portanto, tambm dever do lder estimular e motivar a equipe para que todos os funcionrios permaneam focados. importante que o lder se integre totalmente ao time e seja cmplice e parceiro nos desafios do dia a dia, tendo sempre uma viso ampla do mercado e do que est acontecendo sua volta, complementa.

    suPorTe essencialNo entanto, tudo isso no

    quer dizer que lderes de primeiro escalo no possam cometer erros; mas, caso cometam, devem se responsabilizar por eles e resolvlos de forma rpida e prtica. Alm disso, os bons lderes aprendem constantemente com suas prprias falhas.

    Segundo Sylmara Requena,

    alm de saber orientar sua equipe com

    eficcia, essencial que o lder tenha

    iniciativa para resolver situaes de conflito

    rumo ao triunfoum pai de famlia, que enfrenta srios problemas financeiros, est em busca de uma vida melhor. no percurso, abandonado pela esposa, que deixa com ele uS$ 21,39 e o filho de cinco anos para cuidar. este o in-cio da histria de chris gardner, o corretor da bolsa de valores que virou lenda em Wall Street (eua), e que em 20 anos transformou seu pequeno patrimnio em uma fortuna avaliada em cerca de uS$ 600 milhes. gardner teve sua trajetria de vida contada em uma autobiografia cha-mada Procura da felicidade. em 2006, foi lanada a verso cinema-togrfica do livro de mesmo nome , que relata a busca intensa de gardner pela felicidade. estrelado pelo ator americano Will Smith, o filme mostra o caminho percorrido por gardner, que chegou a viver em abri-gos e se tornou um empresrio bem sucedido, e que alcanou o suces-so em funo de sua garra, determinao e capacidade de administrar conflitos caractersticas necessrias e fundamentais para uma pessoa que deseja desempenhar um papel de lder.atualmente, gardner ministra palestras de motivao e lanou seu se-gundo livro. visite o site oficial de chris gardner e saiba mais sobre sua trajetria: http://www.chrisgardnermedia.com

    guilherme mendona, da Siemens: importante que o lder se integre totalmente ao time e seja cmplice e parceiro nos desafios do dia a dia

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  • diretora de Recursos Humanos da Siemens, a empresa possui premissas estratgicas que visam a excelncia em gesto de pessoas, nas quais o papel do RH e dos prprios gestores fundamental. Alm disso, existem ferramentas de gesto para facilitar este processo de desenvolvimento de lderes. comum encontrar pessoas em cargos de liderana que possuem os conhecimentos tcnicos necessrios para ocupar a funo, mas com muita dificuldade para gerenciar pessoas; nestes casos, procuramos focar nosso suporte de RH neste campo, para que este gestor possa suprir as principais lacunas da gesto, ressalta.

    O processo utilizado na Siemens que tem como objetivo principal estabelecer uma cultura de alta performance mundial e local, com foco em potencial e desenvolvimento, o PMP Performance Management System.

    O ciclo do PMP ocorre ao longo de todo um ano: iniciase com o estabelecimento de objetivos indivi duais, seguido de um monitoramento, avaliao de

    cumprimento de metas, bem como a avaliao do colaborador com base nos resultados alcanados e nas competncias Siemens de liderana, comparao de performance e potencial, alm do plano de desenvolvimento individual e feedback.

    Estamos acompanhando de perto o crescimento profissional de cada um de nossos lderes e dos potenciais sucessores com aes concretas de desenvolvimento, que visam a potencializar a atuao destes gestores que, por sua vez, maximizam o preparo de seus liderados, comenta Sylmara. Visamos fortalecer os profissionais que exercem cargos de liderana para que estejam preparados e atualizados tecnicamente, fornecendo recursos para facilitar sua gesto. Entretanto, acredito que o ponto alto de um lder est em construir uma relao de confiana com cada integrante de sua equipe, com feedback constante e execuo de um plano concreto de aprimoramento e crescimento profissional, completa a diretora.

    fernanda feresJornalista

    ideias e PensamenTos

    alguns livros para a boa prtica da liderana maXWell John. As 21 irrefutveis leis da liderana, rio de Janeiro: editora thomas nelson brasil, 2007, 336. abraSHoFF michael. Este barco tambm seu, So Paulo: cultrix, 2006, 200. gonZaleS ricardo; Parreira carlos alberto, For-mando Equipes Vencedoras. So Paulo: editora best Seller, 2006, 163. teJon Jos luiz, Liderana para Fazer Acontecer. So Paulo: editora gente, 2006, 208. maXWell John c., Livro de Ouro da Liderana. rio de Janeiro: editora thomas nelson brasil, 2008, 283.

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    an_HDT_pag_202x266.p65 11/3/2010, 16:471

  • Tendncias e oPorTunidades

    utilizao de barras de ferro fundido nodular na fabricao de componentes originalmente produzidos com ao resulta em reduo de custos

    pode substituir o ao carbonoFerro fundido nodular

    asubstituio do ao carbono pelas barras de ferro fundido nodular (FUCO) tem se mostrado excelente alternativa para empresas que desejam obter menor custo de fabricao, produzindo um maior nmero de peas por horamquina com menor consumo de ferramentas.

    A melhor usinabilidade do ferro fundido nodular se d pela presena de carbono livre em forma de grafita, o que facilita a

    divu

    lga

    o t

    upy

    quebra do cavaco, bem como atua como lubrificante da ferramenta de corte. A presena de grafita tambm responsvel pela menor densidade (10% menor que a do ao), pela maior condutividade trmica e pela maior absoro de vibraes (menor rudo).

    defeiTo zeroO processo de fundio con

    tnua (veja quadro Uma forma diferente de produo) foi introduzido no Brasil em 1975

    pela Tupy, considerada uma das maiores fundies independentes da Amrica Latina. Este processo nico de fabricao possibilita a produo de barras de tamanhos e geometrias diferentes, isentos dos defeitos comuns da fundio convencional (areia), tais como rechupes, gases, incluses, etc.

    Edison Guilherme Siedschlag, coordenador de Desenvolvimento de Produtos da Tupy, aponta que o FUCO capaz de substituir o ao porque mantm carac

    O Mundo da Usinagem

  • pode substituir o ao carbono

  • tersticas mecnicas similares s deste material, com as vantagens de ser mais leve e oferecer boa usinabilidade. De acordo com Siedschlag, as barras de ferro fundido nodular FUCO das classes ferrticas so excelentes alternativas para aos de baixo carbono, refosforizados e ressulfurados. J as das classes perlticas so ideais para substituir os aos de mdio carbono, pois apresentam elevada resistncia, explica o coordenador.

    de custos no processo de usi-nagem. A economia pode no parecer imediata, mas com a utilizao deste material possvel usinar um nmero maior de peas por hora e aumentar a vida til das ferramentas de corte.

    O menor peso deste material em relao ao ao carbono cerca de 10% tambm garante melhor custobenefcio. De acordo com dados coletados pela Tupy, os gastos das empresas com usinagem podem ser reduzidos em at 50% a partir da utilizao deste material. Siedschlag acrescenta que o material aceita todo tipo de tratamento trmico e proteo superficial como galvanizao e cromagem, entre outros.

    fernanda feres

    Jornalista

    Fuco capaz de substituir o

    ao carbono pois apresenta propriedades

    mecnicas similares

    barras de ferro nodular so produzidas por meio do processo de fundio contnua horizontal

    Tendncias e oPorTunidades

    uma forma diferente de produoas barras de ferro nodular Fuco so produzidas por meio do processo de fundio contnua horizontal e podem ser fabricadas em vrios formatos. de acordo com edison guilherme Siedschlag, coordenador de desenvolvimento de Produtos da tupy, este processo consiste no vazamento do metal lquido em um forno alimentador, onde na parte frontal inferior deste forno montada uma coquilha de grafite refrigerada a gua, que confere a forma e a dimenso desejada do perfil a ser produzido.Quando o metal lquido entra em contato com a coquilha forma-se uma casca slida; assim que esta casca tiver resistncia para suportar a presso metalosttica (relacionada altura ou carga do metal), a barra tracionada no sentido horizontal. aps este processo, as barras so entalhadas com disco de corte e, em seguida, quebradas por puno de acordo com o comprimento desejado.

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    oPorTunidade Para PouParSegundo o coordenador, uma

    das principais razes que motiva a maioria das empresas a substituir o ao carbono pelo FUCO em suas operaes a reduo

    divu

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    O Mundo da Usinagem

  • Depois da tempestade, esperase pela bonana. Mas, mesmo que ela nunca d o ar da graa, j possvel identificar no fim do tnel que o mundo se encontra num cenrio bem diferente do que tnhamos ontem.

    O ano de 2010 tem tudo para ser extremamente peculiar. Um ano com eventos importantes que iro transformar positivamente o dia a dia das pessoas. Quando falamos em economia, sabemos que existem diversas previses algumas mais otimistas, outras nem tanto. O fato que nunca os fundamentos econmicos de nosso Pas estiveram com saldo to positivo e promissor.

    Devido escassez de crdito, o setor industrial foi o mais prejudicado pela crise financeira internacional no ano passado. Com a recuperao do crdito ao longo de 2009 e o esgotamento dos estoques, a produo industrial vem crescendo continuamente nos ltimos meses, mas ainda no atingiu os patamares anteriores crise situao que dever ocorrer no primeiro semestre de 2010.

    De um modo geral, uma empresa industrial compra o equivalente a 50% de seu faturamento, sendo 30% materiais diretos e 20% materiais e servios indiretos. Esta mesma indstria busca atender o consumidor final da forma mais eficiente possvel, tanto por meio da reduo de custos quanto por meio da adio de mais valor aos seus produtos finais.

    Entramos justamente neste ponto da cadeia produtiva; no somente como fornecedor, mas principalmente como um verdadeiro parceiro de nossos clientes, proporcionandolhes servios e produtos para usinagem de ultima gerao.

    atravs de nossos servios customizados, somados performance das novas ferramentas que desenvolvemos e apresentamos continuamente ao mercado, que conseguimos gerar para

    nossos clientes melhorias na qualidade e aumento de produtividade com reduo de refugos, ampliando o valor agregado de seus produtos. Alm disso contribumos para a eliminao de gargalos na usinagem, reduo nos tempos de corte com melhorias dos processos e aumento da vida das ferramentas e, consequentemente, colaboramos para o alcance das economias e redues de custos to almejadas.

    Finalmente, as turbulncias esto diminuindo em nosso cenrio econmico. O sol volta a brilhar no horizonte dos negcios e notamos o quanto pudemos aprender durante a tempestade junto a nossos clientes.

    Aqueles que realmente lutaram conosco e compartilharam a mesma filosofia de batalha sabem que sua retomada nos negcios ser mais gil e rpida, pois sempre contaram com o apoio de um parceiro que mesmo durante a tormenta econmica no parou de inovar. Assim, tomamos como nossa a responsabilidade de tornar nossos clientes e parceiros cada vez mais competitivos em seus mercados de atuao.

    Jos gamarra

    gerentetcnicodasandvikcoromantdobrasil

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    dereSPonSabilidade

    a grande retomada

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    O Mundo da Usinagem0

  • SANDVIK COROMANT - DISTRIBUIDORES

    anuncianTes nesTa edioo mundo da usinagem 65

    Blaser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    Bucci . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    DebMaq . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

    Dormer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

    Dynamach . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

    Ergomat . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    Eroma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    Grob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    Mecnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    Haas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

    HDT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    Hexagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    Intertech . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

    Mitutoyo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    Ricavi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

    Romi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 /21/23

    Sandvik . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 capa

    Sandvik Local . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

    Selltis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 capa

    Stamac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

    Turrettini . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 capa

    ARWI Tel: 54 3026-8888Caxias do Sul - RS

    ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837 9106So Paulo - SP

    COFAST Tel: 11 4997 1255Santo Andr - SP

    COFECORT Tel: 16 3333 7700Araraquara - SP

    COMED Tel: 11 2442 7780Guarulhos - SP

    CONSULTEC Tel: 51 3343 6666Porto Alegre - RS

    COROFERGS Tel: 51 33371515Porto Alegre - RS

    CUTTING TOOLS Tel: 19 3243 0422Campinas SP

    DIRETHA Tel: 11 2063-0004So Paulo - SP

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    FERRAMETAL Tel: 85 3226 5400Fortaleza - CE

    GALE Tel: 41 3339 2831Curitiba - PR

    GC Tel: 49 3522 0955Joaaba - SC

    HAILTOOLS Tel: 27 3320 6047Vila Velha - ES

    JAFER Tel: 21 2270 4835Rio de Janeiro - RJ

    KAYM Tel: 67 3321 3593Campo Grande - MS

    MACHFER Tel: 21 3882-9600Rio de Janeiro - RJ

    MAXVALE Tel: 12 3941 2902So Jos dos Campos - SP

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