O Musibraille

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O Musibraille O Musibraille nasceu da necessidade de dar aos deficientes visuais brasileiros, uma ferramenta que lhes permitissem ter acesso a partituras musicais, usando a técnica de escrita tátil denominada Musicografia Braille. A técnica é derivada da escrita tátil que Louis Braille criou utilizando a chamada célula Braille. Apesar de antiga, é extremamente efetiva, e qualquer partitura musical convencional pode ser transcrita, viabilizando o acesso das pessoas com qualquer tipo de deficiência visual à escrita musical, elemento fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa no campo da música. O Musibraille é um projeto com forte vertente educacional e cultural, que viabiliza o uso desta técnica agregada à tecnologia de computação. Através do computador, a pessoa pode realizar a digitação da música, tanto na forma Braille (ou seja, indicando os pontos da célula Braille através do teclado), quanto numa especificação de partitura, que é traduzida automaticamente para a forma musicografia Braille. Na tela do computador, os pontos que representam a música podem ser editados e mudados, de forma muito parecida com um texto comum, havendo possibilidade de copiar, colar, remover pedaços, etc. Mas o que é diferencial é que a música em pontos pode ser automaticamente tocada pelo computador. A pessoa que escreve a música pode saber imediatamente se o que escreveu faz sentido em termos musicais. Outra facilidade é a transcrição para a forma gráfica (em pauta), que permite que uma pessoa que não seja deficiente visual, que esteja em trabalho em cooperação com um músico deficiente, possa ter acesso instantâneo e compartilhado à tradução para pauta da partitura Braille. Primeiras impressões

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O Musibraille

O Musibraille nasceu da necessidade de dar aos deficientes visuais brasileiros, uma ferramenta que lhes permitissem ter acesso a partituras musicais, usando a técnica de escrita tátil denominada Musicografia Braille. A técnica é derivada da escrita tátil que Louis Braille criou utilizando a chamada célula Braille. Apesar de antiga, é extremamente efetiva, e qualquer partitura musical convencional pode ser transcrita, viabilizando o acesso das pessoas com qualquer tipo de deficiência visual à escrita musical, elemento fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa no campo da música. O Musibraille é um projeto com forte vertente educacional e cultural, que viabiliza o uso desta técnica agregada à tecnologia de computação. Através do computador, a pessoa pode realizar a digitação da música, tanto na forma Braille (ou seja, indicando os pontos da célula Braille através do teclado), quanto numa especificação de partitura, que é traduzida automaticamente para a forma musicografia Braille.Na tela do computador, os pontos que representam a música podem ser editados e mudados, de forma muito parecida com um texto comum, havendo possibilidade de copiar, colar, remover pedaços, etc. Mas o que é diferencial é que a música em pontos pode ser automaticamente tocada pelo computador. A pessoa que escreve a música pode saber imediatamente se o que escreveu faz sentido em termos musicais. Outra facilidade é a transcrição para a forma gráfica (em pauta), que permite que uma pessoa que não seja deficiente visual, que esteja em trabalho em cooperação com um músico deficiente, possa ter acesso instantâneo e compartilhado à tradução para pauta da partitura Braille.

Primeiras impressões

O primeiro passo Assim que abrimos o programa para transcrever ou criar alguma partitura, é abrirmos a tela de Propriedades da Música, nela precisaremos colocar o título, o compositor, o copista, a tonalidade, a formula de compasso, o andamento e se quisermos, pode ser colocado alguma informação adicional, exemplo: “Transcrito com o programa Musibraille” que é o que já aparece assim que abrimos a tela de propriedades da Música. Terminado essa etapa, se abrira uma tela chamada Digitação em Tinta, onde podemos altera algumas das informações incluídas através da Propriedades da Música.As notas musicais na musicografia Braille não seguem as notas cifradas da música convencional sendo, A, B, C, D, E, F, G(Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol). Para facilitar a aprendizagem da musicografia, a sequência das notas em Braille correspondem às letras, D, E, F, G, H, I, J(Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si).Para que possamos transcrever uma partitura para o Braille, é essencial que entendamos a célula Braille. A célula Braille tem seis pontos, e para digitar usando a célula, o indicador, o médio e o anelar da mão esquerda serão os pontos 1, 2 e 3, o indicador ficará posicionado na tecla F, e os dedos da mão direita, indicador, médio e anelar serão os pontos 4, 5, e 6, e o dedo indicador ficará posicionado na tecla J.Se pensarmos somente em Braille a nota Dó será representada pela letra D, assim se pressionarmos os pontos 1, 4 e 5 obteremos a nota Dó, e se quisermos outra nota como por exemplo o Fá, precisaremos usar a configuração da letra G que serão os pontos, 1, 2, 4 e 5. Para obtermos a figura desejada, dependera do tempo em que pressionarmos a

configuração, se pressionarmos por meio tempo, obteremos uma colcheia e se pressionarmos por 1 tempo obteremos uma semínima.Também há a opção de transcrever uma partitura para quem não tem conhecimento algum sobre a musicografia Braille. Se irmos em Utilitários e logo em seguida dicionário, abrirá uma tela com diversas funções, dentre algumas destas funções temos claves, Notas, Figuras, quiálteras, acorde, Oitava e etc.. O programa também tem o reconhecimento de voz para que o deficiente visual também possa usufruir de todo o programa. Assim que você escolhe o que quer ex: clave de dó, o programa diz a combinação em Braille para que possa ser digitado, ou simplesmente podemos apertar TAB e quando o programa falar ‘enviar para a partitura’, apertamos Enter e a clave de dó será transcrita na partitura.Também temos a opção de transcrever um texto na partitura, podendo colocar a letra da música antes das notas.