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Viver um Advento Cristão O Tempo do Advento começa nos úlmos dias de Novembro ou nos primei- ros dias de Dezembro. Porque antecede o Natal e o fim do ano civil, é um pe- ríodo muito importante para a manifestação dos mais nobres senmentos da pessoa humana. Que o digam as inumeráveis festas de carácter social que nele acontecem, conhecidas pelo nome de "natais": natal dos hospitais, natal da TV, natal dos trabalhadores da empresa X. Mas a visão cristã do Advento vai mais longe. Ela parte da acvidade profé- ca, nomeadamente por parte de João Bapsta, e dela deduz que o Advento tem, como finalidade, preparar as comunidades para uma celebração cristã do Natal e lembrar também que a úlma vinda do Senhor está agora mais próxima do que no momento em que abraçámos a fé. A visão cristã do Ad- vento faz de Deus e não do homem a medida de todas as coisas. Trata-se du- ma maneira de olhar as coisas e o mundo que contrasta com a visão que a cultura, a políca e o social têm dessas mesmas realidades, e que é incómo- da. Por isso, a liturgia do Advento deveria interpelar fortemente os que a fre- quentam, apontando-lhes como objecvo final a úlma vinda de Cristo, e co- mo metas inter-médias as celebrações do Natal e as manifestações de solida- riedade humana, a viver em jubilosa esperança. Deveria também, nomeadamente nas celebrações do sacramento da Penitên- cia, fazer ressaltar, através da atude humana- mente acolhe-dora e fraterna dos ministros, a inigualável humanidade de Deus que se compa- dece de todas as fraquezas dos homens, e cujo perdão é imen-samente maior do que os peca- dos de todos os homens de todos os tempos. Boletim nº 203 Dezembro 2018 CENACULOS DE ORAÇÃO MISSIONÁRIA O Natal és tu, quando decides nascer de novo em cada dia e deixar Deus entrar na tua alma. A árvore de Natal és tu, quando resistes fortemente aos ventos e dificuldades da vida. As decorações de Natal és tu, quando as tuas virtudes são as cores que embelezam a tua vida. O sino de Natal és tu, quando chamas, envolves e convi- das, congregas e procuras unir. És também a luz de Natal, quando iluminas com a tua vida o caminho dos outros com a bondade, a paci- ência, a alegria e a generosidade. Os anjos de Natal és tu, quando cantas para o mundo uma mensa- gem de paz, jusça e amor. A estrela de Natal és tu, quando levas alguém ao encontro com o Senhor. És também os reis magos, quando dás o melhor que tens sem teres em conta a quem o dás. O presente de Natal és tu, quando és um verdadeiro amigo e irmão de todos os seres humanos. Os câncos de Natal és tu, quando conquistas e irradias a harmonia dentro de . Os votos de Natal és tu, quando perdoas e restabeleces a paz, mesmo quando sofres por isso. A Ceia de Natal és tu, quando sacias com pão e esperança o pobre que está a teu lado. Tu és a noite de Natal, quando, humilde e consciente, recebes no silêncio da noite o Salvador do mundo, sem ruído nem grandes celebrações; tu és sorriso da confi- ança e ternura na paz interior de um Natal perene que estabelece o reinado de Deus, dentro de . Um bom Natal a todos os que se assemelham ao Natal. PAPA FRANCISCO, Bom Natal, Ed. Planeta, Lisboa 2016, pp. 9-11

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Viver um Advento Cristão

O Tempo do Advento começa nos últimos dias de Novembro ou nos primei-ros dias de Dezembro. Porque antecede o Natal e o fim do ano civil, é um pe-ríodo muito importante para a manifestação dos mais nobres sentimentos da pessoa humana. Que o digam as inumeráveis festas de carácter social que nele acontecem, conhecidas pelo nome de "natais": natal dos hospitais, natal da TV, natal dos trabalhadores da empresa X. Mas a visão cristã do Advento vai mais longe. Ela parte da actividade proféti-ca, nomeadamente por parte de João Baptista, e dela deduz que o Advento tem, como finalidade, preparar as comunidades para uma celebração cristã do Natal e lembrar também que a última vinda do Senhor está agora mais próxima do que no momento em que abraçámos a fé. A visão cristã do Ad-vento faz de Deus e não do homem a medida de todas as coisas. Trata-se du-ma maneira de olhar as coisas e o mundo que contrasta com a visão que a cultura, a política e o social têm dessas mesmas realidades, e que é incómo-da. Por isso, a liturgia do Advento deveria interpelar fortemente os que a fre-quentam, apontando-lhes como objectivo final a última vinda de Cristo, e co-mo metas inter-médias as celebrações do Natal e as manifestações de solida-riedade humana, a viver em jubilosa esperança. Deveria também, nomeadamente nas celebrações do sacramento da Penitên-cia, fazer ressaltar, através da atitude humana-mente acolhe-dora e fraterna dos ministros, a inigualável humanidade de Deus que se compa-dece de todas as fraquezas dos homens, e cujo perdão é imen-samente maior do que os peca-dos de todos os homens de todos os tempos.

Boletim nº 203 Dezembro 2018

CENACULOS DE ORAÇÃO MISSIONÁRIA

O Natal és tu, quando decides nascer de novo em cada dia e deixar Deus entrar na tua alma. A árvore de Natal és tu, quando resistes fortemente aos ventos e dificuldades da vida. As decorações de Natal és tu, quando as tuas virtudes são as cores que embelezam a tua vida. O sino de Natal és tu, quando chamas, envolves e convi-das, congregas e procuras unir. És também a luz de Natal, quando iluminas com a tua vida o caminho dos outros com a bondade, a paci-ência, a alegria e a generosidade. Os anjos de Natal és tu, quando cantas para o mundo uma mensa-gem de paz, justiça e amor. A estrela de Natal és tu, quando levas alguém ao encontro com o Senhor. És também os reis magos, quando dás o melhor que tens sem teres em conta a quem o dás. O presente de Natal és tu, quando és um verdadeiro amigo e irmão de todos os seres humanos.

Os cânticos de Natal és tu, quando conquistas e irradias a harmonia dentro de ti. Os votos de Natal és tu, quando perdoas e restabeleces a paz, mesmo quando sofres por isso. A Ceia de Natal és tu, quando sacias com pão e esperança o pobre que está a teu lado. Tu és a noite de Natal, quando, humilde e consciente, recebes no silêncio da noite o Salvador do mundo, sem ruído nem grandes celebrações; tu és sorriso da confi-ança e ternura na paz interior de um Natal perene que estabelece o reinado de Deus, dentro de ti. Um bom Natal a todos os que se assemelham ao Natal.

PAPA FRANCISCO, Bom Natal, Ed. Planeta, Lisboa 2016, pp. 9-11

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Os cristãos, por seu lado, na sua vida quotidiana, deveriam estar atentos às tentativas do poder económico que pretende transformar o Advento num período de louco consumismo, verdadeiro atentado à dignidade de todos os homens que Cristo veio salvar, e à igualdade e fraternidade que o Natal proclama. O comportamento de cada cristão deveria estar de acordo, não com os modelos culturais que os meios de comunicação criam e impõem, mas com as lições que se aprendem ao ler as páginas do Evangelho que narram o nascimento de Cristo, ou ao contemplar a simplicidade e pobreza do primeiro presépio: uma gruta, uma manjedoira, um Menino, que sendo rico Se fez pobre para ensinar aos homens a mais bela das lições: Felizes os que têm um coração de pobre, porque deles é o reino dos céus. Onde estão os mestres que queiram dizer isto com palavras e com a vida? Os discípulos não tardariam em ser multidão. É que o Advento nasceu para introduzir os fiéis no mistério da Encarnação, mistério que faz nascer Deus para o homem e conduz o homem para Deus. José de Leão Cordeiro, Boletim de Pastoral Litúrgica, n.º 60 – 1990

SÍNTESE DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL DO PAPA FRANCISCO

AMORIS LAETITIA SOBRE O AMOR NA FAMÍLIA

Capítulo sétimo: “Reforçar a educação dos filhos”

O sétimo capítulo é totalmente dedicado à educação dos filhos: a sua for-

mação ética, o valor da sanção como estímulo, o realismo paciente, a edu-

cação sexual, a transmissão da fé e, mais em geral, a vida familiar como

contexto educativo. É interessante a sabedoria prática que transparece em

cada parágrafo e sobretudo a atenção à gradualidade e aos pequenos pas-

sos que «possam ser compreendidos, aceites e apreciados» (AL 271).

Há um parágrafo particularmente significativo e de um valor pedagógico

fundamental em que Francisco afirma com clareza que «a obsessão (…)

não é educativa; e também não é possível ter o controlo de todas as si-

tuações onde um filho poderá chegar a encontrar-se (…). Se um progeni-

tor está obcecado com saber onde está o seu filho e controlar todos os

seus movimentos, procurará apenas dominar o seu espaço. Mas, desta

forma, não o educará, não o reforçará, não o preparará para enfrentar

os desafios. O que interessa acima de tudo é gerar no filho, com muito

amor, processos de amadurecimento da sua liberdade, de preparação,

de crescimento integral, de cultivo da autêntica autonomia» (AL 261).

A secção dedicada à educação sexual é notável, e intitula-se muito ex-

pressivamente: «Sim à educação sexual». Sustenta-se a sua necessidade

e formula-se a interrogação de saber «se as nossas instituições educati-

vas assumiram este desafio (…) num tempo em que se tende a banalizar

e empobrecer a sexualidade». A educação sexual deve ser realizada «no

contexto duma educação para o amor, para a doação mútua» (AL 280).

É feita uma advertência em relação à expressão «sexo seguro», pois

transmite «uma atitude negativa a respeito da finalidade procriadora

natural da sexualidade, como se um possível filho fosse um inimigo de

que é preciso proteger-se. Deste modo promove-se a agressividade nar-

cisista, em vez do acolhimento» (AL 283).

Ofertas dos COM

Agradecemos o envio das ofertas do Cenáculo de S. Cosme do Vale-

Famalicão 20 euros.

Para obter mais informações dirija-se à coordenadora nacional ou às secretarias das

casas dos Missionários Combonianos mais próximas: Famalicão: 252322436/ P. Alberto

Vieira 917 781438 ; Maia:- 229448317/ P. Dário 966209177 e Ir. Valentim 967838001; Viseu -

232422834/ P. José Francisco: 915104136; Santarém: - 243 351 331 / P. Victor; Camarate: -

216 075 214 / P. Boaventura 918786459; 965832113; Lisboa - 213 955 286 / P. Claudino:

913444107; e Coordenadora Nacional: Liliane Mendonça: 964422823; lilia-

[email protected].