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O NOSSO PATRONO ESCOLA SECUNDÁRIA Dr. Jorge Correia - TA VIR A Número 9, Janeiro de 2008 Número 9, Janeiro de 2008 Número 9, Janeiro de 2008 Número 9, Janeiro de 2008 BIBLIOTECA /CRE O Dr. Jorge Augusto Correia, patrono da nossa esco- la, agraciou-nos com uma visita à Biblioteca / Cen- tro de Recursos Educativos, e às restantes instala- ções escolares, no passado dia 15 de Janeiro. Legou-nos um avulta- do número de livros da sua autoria, pois este “diletante da escrita”, como se costuma designar, já tem dezoito livros publicados e um no prelo. As suas obras, com edição do próprio, são oferecidas a institui- ções de solidariedade social ou outras. Este médico prestigiado da cidade de Tavira foi também um homem que serviu os interesses políticos dos habitantes do concelho, nomeadamente pela abertura da Escola Técnica de Tavira em 1961, ano em que começa a história da nossa actual escola. Com vasta experiência e muitas situações de vida para con- tar, este bom comunicador, muito afectuoso para com os jovens, como pudemos testemunhar na sua interpelação viva a todos os alu- nos com que se cruzou, aceitou o nosso convite para a 28 de Janeiro proferir uma palestra subordinada ao tema «Apontamentos biográfi- cos». Eventos Filosofia Área de Projecto Eco dos Espaços Línguas Escrita criativa Cinema Opinião Nesta edição: O,50€ PROJECTO EDUCATIVO E ncontra-se em fase de elaboração o Pro- jecto Educativo para o triénio 2008-2011. A fase de diagnóstico da realidade existente já foi concluí- da, bem como a caracterização do contexto externo, do contexto interno e da própria escola. De momento, está a estudar-se o planeamento estratégico para os próximos três anos, tendo em vista um aumento do sucesso educativo e da qualidade da for- mação prestada. A auscultação das sensibi- lidades da comunidade escolar face à escola, no plano geral, permitiu concluir que a imagem da Escola é positiva, sendo os encarregados de educação e os alunos aqueles que mais estão satisfeitos com o que a Escola lhes oferece. No passado dia 11 de Janeiro, realizou-se um jantar de home- nagem ao professor Jorge de Sousa que, após trinta e seis anos de serviço, se aposentou. ORAÇÃO de SAPIÊNCIA (Continua na pág. 2) (Continua na pág. 24)

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O NOSSO PATRONO ESCO

LA SECUNDÁRIA

Dr. Jorge Correi

a - TAVIRA

Número 9, Janeiro de 2008Número 9, Janeiro de 2008Número 9, Janeiro de 2008Número 9, Janeiro de 2008

BIBLIOTECA /CRE

O Dr. Jorge Augusto Correia, patrono da nossa esco-la, agraciou-nos com uma visita à Biblioteca / Cen-tro de Recursos Educativos, e às restantes instala-

ções escolares, no passado dia 15 de Janeiro. Legou-nos um avulta-do número de livros da sua autoria, pois este “diletante da escrita”, como se costuma designar, já tem dezoito livros publicados e um no prelo. As suas obras, com edição do próprio, são oferecidas a institui-ções de solidariedade social ou outras.

Este médico prestigiado da cidade de Tavira foi também um homem que serviu os interesses políticos dos habitantes do concelho, nomeadamente pela abertura da Escola Técnica de Tavira em 1961, ano em que começa a história da nossa actual escola.

Com vasta experiência e muitas situações de vida para con-tar, este bom comunicador, muito afectuoso para com os jovens, como pudemos testemunhar na sua interpelação viva a todos os alu-nos com que se cruzou, aceitou o nosso convite para a 28 de Janeiro proferir uma palestra subordinada ao tema «Apontamentos biográfi-cos».

Eventos

Filosofia

Área de Projecto

Eco dos Espaços

Línguas

Escrita criativa

Cinema

Opinião

Nesta edição:

O,50€

PROJECTO EDUCATIVO

E ncontra-se em fase de elaboração o Pro-jecto Educativo para

o triénio 2008-2011. A fase de diagnóstico da

realidade existente já foi concluí-da, bem como a caracterização do contexto externo, do contexto interno e da própria escola. De momento, está a estudar-se o planeamento estratégico para os próximos três anos, tendo em vista um aumento do sucesso educativo e da qualidade da for-mação prestada.

A auscultação das sensibi-lidades da comunidade escolar face à escola, no plano geral, permitiu concluir que a imagem da Escola é positiva, sendo os encarregados de educação e os alunos aqueles que mais estão satisfeitos com o que a Escola lhes oferece.

No passado dia 11 de Janeiro, realizou-se um jantar de home-nagem ao professor Jorge de Sousa que, após trinta e seis anos de serviço, se aposentou.

ORAÇÃO de SAPIÊNCIA

(Continua na pág. 2)

(Continua na pág. 24)

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C aros Colegas, Caros Funcionários,

Caros Amigos. É com a vossa benevolência, que me atrevo, por dever e por devoção, levan-tar a voz nesta ocasião que tem um misto de alegria e de saudade, para me dirigir ao Senhor Dr. Jorge de Sousa, a quem saúdo como amigo e irmão. Vou aproveitar esta oportunidade para abrir algumas janelas e de cada uma descrever o que meus olhos viram e meu coração sente: Abro então a janela do Humanismo e vejo a criatura ímpar, um homem que pauta a sua vida pelos princípios mais puros e santos da vida, ao ponto de abdicar totalmente de si e do seu bem estar, pondo em risco cada dia para acudir

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EVENTOS

ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA

aos pobres e deserdados da sorte. E consegue, com aquele querer abnegado, alimentar, educar e dar rumo a 6 cidadãos meninos que hoje já homens, não saberão saborear a vida sem pronun-ciar com carinho o seu nome. Que o digam os que com ele diariamente contacta-ram, se não é verdade que este homem se superou em todas as circunstâncias, ao ponto de abdicar do seu bem-estar e das suas razões para que a vida pudesse fluir sem guerras e sem convulsões. “Que importa? Que sentido tem “ganhar ou perder”? Deus que a tudo preside, sabe da minha recta intenção”. Assim é o Dr., O Colega, O Amigo, O Professor Jorge de Sousa. Assim é o pedagogo, o dirigente, o confidente. Assim foi nos dias negros da ingratidão. Assim é. Sem um queixume, sem revolta, levanta o olhar para mais alto e procura no Saber Infinito a resposta aos encontrões da vida. E como Alexis Carrel procura que a sua caminhada tenha sentido, porque orientada para a Causa Suprema e Justa.

Durante a sua carreira de docente, o professor Jorge de Sousa dedicou-se sempre com empenho e entusiasmo aos seus alunos, como foi sublinhado por diversos colegas, funcionários da nossa escola e ex-alunos. Como prova do nosso apreço por este homem discreto, mas sabedor, transcrevemos, aqui, um dos discursos que mui justamente lhe foram dirigidos. Este foi-nos, gentilmente, cedido pela professo-ra Helena Entrudo. Bem hajas, Jorge de Sousa!

A professora Helena Entrudo no seu discurso de homenagem ao professor Jorge de Sousa.

A professora Manuela Dias Pinto, ex-Presidente do Conselho Execu-tivo, no seu discurso de homenagem.

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EVENTOS

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trar. Vejo que o amanhã é problemático. Não há certezas, avolumam-se os sinais de perigo, a Sociedade manifesta indícios de tempestade, a Escola vive momentos novos, evidenciando fac-tores de turbulência, de momentos de ansiedade. E fico feliz por saber que tu já lá não estás, liber-tado que foste para te consagrares ao que mais amas: à ciência, à procura do saber, ao enobreci-mento da alma, à caminhada rumo ao conheci-mento da vida. Ficas de fora de avaliações e de atrapalhações. Ficas de fora destas convulsões e aqui e agora queremos dizer-te, sem equívocos, que te consideramos avaliado no teu desempe-nho com a nota mais elevada, com o grau mais elevado não só neste como em todos os anos em que leccionaste. Assim, desde o primeiro ao últi-mo ano, tens a nota de EXCELENTE.

E feita esta justiça, sinto-me mais aliviada, pois vejo que o teu saber, o teu sorriso e a tua amizade, vão estar por aí bem perto, à distância dum S.M.S.

Que nesta nova caminhada, amigo e irmão, que Deus te proteja.

DISSE

(Texto: Prof.ª Helena Entrudo)

Abro agora a janela da Amizade e é-me difícil encon-trar a justa definição desta convivência. Em todos os momentos nós sabíamos que o nosso colega estaria do nos-so lado, ao nosso lado, pronto para assumir as nossas dificul-dades e lhes dar resolução. Ao longo de décadas, desde o primeiro dia, soube que o Pre-sidente do Conselho Executi-vo, o Professor Jorge de Sou-sa, era a pessoa com quem os colegas e os alunos podiam contar na sua defesa e na defesa da Escola a cujos des-tinos presidiu com elevada honra, prestígio e saber. Pela vida fora nas horas mais negras, nos momentos mais difíceis, ele aparecia com uma palavra amiga, com uma oração, com um incentivo à caminhada, com o inesperado duma mensagem de alento e alegria.

Debruço-me à janela da Competência e vejo a legião de alunos que no final do ano lecti-vo, dele se despediam com lágrimas de profundo reconhecimento e de grande amizade. É que as suas aulas foram espaço de encontro de sabedo-ria, de descanso de dúvidas, de levantamento de moral, de aquisição de conhecimento científico de preparação para a vida E são esses agora médicos, advogados, economistas, professores, engenheiros, comerciantes, cidadãos prestimo-sos deste país, desta cidade, o orgulho deste homem que se realizou no ensino, e que no ensi-no realizou o maior objectivo da Sociedade que é formar bem os jovens tornando-os úteis e com-petentes rumo à realização plena como homens e como cidadãos. Ao espreitar por esta janela, vejo ainda o homem atarefado, insatisfeito, em procura. De novo, aluno à procura do Doutoramento, do saber mais, que ele sempre quis e a que a nossa Sociedade não soube dar resposta justa.

Permitam-me agora abrir a janela do Ama-nhã. Fico atrapalhada, com receio do que vou encon-

ORAÇÃO DE SAPIÊNCIA

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EVENTOS

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Desde Outubro passado que temos dado pela falta da presença regular da professor Laurin-da nos diversos espaços da nossa escola. Porém, tenho-a encontrado na cidade de Tavira e conti-nua com a sua amável simpatia e olhar radiante de felicidade, tal como quando se encontrava a cumprir as suas funções docentes. Durante trinta e seis anos foi professora sempre com gosto e chegada a sua hora da apo-sentação encarou a nova etapa da sua vida com entusiasmo. Da nossa parte, aqui deixamos esta singela homenagem e dois testemunhos sobre a sua pessoa.

Bem hajas, Laurinda Gavinhos.

Ana Cristina Matias

A Laurinda foi a professora de Filosofia do meu filho mais velho, no curso de Humanidades. Encontrava-se ele no 12º ano a estudar a obra Górgias, de Platão, quando um dia entrei no quar-to do Tiago e vejo a cama dele coberta com folhas tamanho A4, todas coladas entre si com fita adesi-va, manuscritas, numa caligrafia única. O docu-mento assemelhava-se a um autêntico plano de guerra ou ao esboço de um assalto a um edifício labiríntico. Fiquei espantada e interroguei o Tiago sobre a finalidade de tal "painel".Lá fui esclarecida que se tratava da teia argumentativa da obra, nos seus diferentes capítulos e que aquilo lhes tinha sido fornecido pela professora e que lhe era muito útil para compreender a referida obra. Nesta época de " tecnologices" já nenhum aluno terá direito, de futuro, a uma preciosidade como a que relembrei e que continua cá por casa.

Maria Alberta Talvez seja abuso utilizar este espaço “familiar” para emitir a minha opinião, mas não podia deixar de fazer uma referência ao profissio-nalismo e à dedicação que a professora Laurinda sempre dedicou aos seus alunos (nos quais eu me incluo). Era bom que todos tivéssemos o “sentido do dever” (Kant continua a atormentar-me!) e a responsabilidade que a professora sem-pre demonstrou... Agora seguem-se umas férias bem merecidas!

Tiago Pires P.S: Penso que hoje em dia aquele esquema das folhas coladas funcionaria também com algumas "tecnologices", mas que é uma preciosidade, lá isso é!

TORNEIO DE SOLIDARIEDADE

No dia 11 de Fevereiro, o Clube de Golfe de Tavira vai realizar um torneio de golfe, patrocinado pela empresa Intermarché, de solidariedade para com alunos da nossa esco-la. Os fundos angariados destinam-se a auxiliar os alunos na concretização de projectos de Visita de Estudo.

FEIRA DO CHOCOLATE Nos dias 13 e 14 de Fevereiro, vai realizar-se, na nossa escola, uma Feira do Chocolate. Este projecto resulta da colaboração entre a coordenadora de Projectos, profes-sora Fátima Pires, e a Associação de Estudantes, cujo pre-sidente, este ano, é o Hugo Azevedo (12ºC).

MANIFESTO PRÓ LAURINDA uma questão de pormenor

Na 6ª feira, 11 de Janeiro, jantámos, em Altura, com o Jorge de Sousa. Éramos muitos e foi uma homenagem ao professor, colega e amigo que – “inveja boa”- se reformou. Não estiveste lá. Se estivesses estado, ter-te-íamos cantado – os parabéns. Duplamente!! Continua connosco… a tua voz baixa, suavíssima, um pouco rouca e [ muito relaxante… o amor e preocupação incondicionais [pelos alunos… a modéstia, disponibilidade e [atenção permanentes a todos… o informalismo assumido, as sábias escapadelas

[ às convencionais reuniões, jantares e afins… as imperturbáveis convicções políticas, o sorriso doce, o exemplar profissionalismo e competência, as aulas de apoio antes de haver aulas de apoio, a capacidade de conciliar e ver em cada um o seu melhor… são os teus fabulosos olhos.... as greves feitas…sempre sem prejudicar

[os alunos… a coragem, determinação e assumpção

[de uma filosofia de vida… e os teus filhos…que deixaram rasto nesta escola. Como alunos e como seres humanos impecáveis.

“O professor medíocre expõe, o bom professor explica, o professor superior demonstra e o grande professor inspira.”

W. Arthur Ward PARABÉNS. És para nós uma inspiração.

António Costa, Edite Azevedo, Fernanda Santos,

Maria Nunes e Rita Couceiro.

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A CADA PASSO TORNAMOS A IGNORÂNCIA MAIS CURTA

A “ Alegoria da Caverna” faz-nos pen-

sar sobre a diferença entre a sabedoria e a igno-rância e como ter consciência de que a sabedoria em que vivemos é mesmo sabedoria, ou não.

Os prisioneiros viviam sujeitos à ignorância, mas para eles era saber, pois nunca tinham saído dali. Estavam presos, não podiam ir mais longe, a não ser, claro, que alguém os soltasse...E isso aconte-ce. Um prisioneiro é solto e é confrontado com a realidade, com a luz do sol, com o mundo exterior. Ele sofre e apercebe-se de que sempre tinha vivido na escuridão, na mentira, na omissão, na ignorân-cia.

Tornando esta reflexão mais num mundo real, onde não há prisioneiros acorrentados nem uma escuridão concreta. No mundo em que vive-mos somos prisioneiros da nossa própria ignorân-cia e nós é que decidimos se queremos libertar-nos dela. É-nos dada uma chave de libertação, vamos para a escola e aí criamos a nossa “liberdade”, aí optamos pela “luz”, o saber, ou pela “escuridão”, a ignorância.

Surgem-nos então dúvidas: Como saber o que é realmente a sabedoria? Como sabemos que

FILOSOFIA

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não vivemos na ignorância agora, neste momen-to? Como mudar se não temos consciência de que somos ignorantes?

Eu olho para trás, para o passado. Vejo a História e posso dizer que evoluímos bastante e continuamos a evoluir, porque é assim a capaci-dade do ser humano, que é racional e como tal curioso e sempre pronto a ir mais longe. Por isso, existe a filosofia, devido à capacidade do homem de querer compreender e ir mais além. Acho que todos nós, se quisermos, chegamos a uma etapa a que podemos chamar de sabedoria, pois já evoluímos bastante desde que nascemos. As próximas gerações chegarão a outra etapa, mais distante. Vão surgir novas questões, novas reflexões, porque afinal a sabedoria não tem limi-tes, e, se tiver, não chegaremos lá ou será o nos-so fim.

Portanto, o filósofo é liberto pela curiosidade e por querer e desejar chegar à sabedoria. Uma vitória é poder conhecer algo novo e aprendê-lo. Aí, o filósofo vai querer partilhá-lo.

A cada passo que damos, tornamos a igno-rância mais curta.

Barbara Simões, 10º A1

A convite da Câmara Municipal de

Tavira, no âmbito da geminação das cidades de Perpignan e Tavira, os professores Ana Alves, António Rosendo e Paula Pereira reali-zaram um intercâmbio envolvendo alunos do 9º ao 12º anos da nossa escola e alunos do Lycée Arago. Esta actividade decorreu entre 9 e16 de Setembro de 2007. No seguimento desta deslocação, foram ainda realizadas uma exposição que teve lugar na biblioteca, na semana de 18 a 24 de Novembro, e uma sessão fotográfica, ilus-trando os vários momentos deste intercâmbio. Os alunos, os encarregados de educação e os pro-fessores desta casa tiveram o privilégio de contar

INTERCÂMBIO com Perpignan

com a presença do Presidente da Câmara da cidade, Engenheiro Macário Correia, e do Dr. Fili-pe Beato.

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filosofia

Prof.ª Maria Alberta Fitas

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menos, que uma alegoria à mentalidade actual, e que efeitos tem a filosofia na mesma. O Homem, preso por uma corda a um pau, num local vazio e vasto, encontra-se isolado: sozinho e limitado pelos e nos seus pensamentos. Um Bobo aproxi-ma-se, manuseando uma tesoura, liberta este homem, podemos dizer que à força, como uma pessoa que, dum momento para o outro, é obrigada a mudar a sua forma de estar na vida. O Homem, constrangido e irritado, pega na dita tesoura e apunhala o nosso Bobo – mata-o. Tris-te, não é? Mas passa-se uma situação muito similar, hoje em dia, nesta sociedade “adormecida”: enquanto a Filosofia tenta dar ao Homem olhos de ver, acordá-lo para a realidade, este resiste sistematicamente, chegando mesmo a admitir a obsolescência desta, ou liminarmente exterminá-la. Isto tudo porque se julga bem como está: se nos encontrarmos num sono profundo, que nos está a saber bem, não queremos que alguém nos acorde à força – podemos até ficar violentos, se alguém o tentar. Em consequência do afirmado, elucidemos o papel do Bobo e do Homem: o Bobo represen-ta a Filosofia – ninguém liga a um Bobo, às suas parvoíces, maluquices e forma de pensar – este tenta libertar o Homem da sua prisão; o homem representa a mentalidade da sociedade actual: limitada e isolada, não admitindo outra forma de ver as coisas nem outros pensamentos. A Filosofia é, nem mais nem menos, do que o despertar da mente do Homem. Faz o Homem “ver” as coisas, não apenas mirá-las , o que exige profundidade de pensamento. Provoca acção, pensamento, racionalidade e crítica no indivíduo, levando-o a pensar em coisas nunca antes pensadas, em ver o que o rodeia duma forma antes não vista. Alarga a sua mente a novos horizontes, deixando o conformismo de parte e partindo para a descoberta – era este o objectivo do Bobo ao cortar a corda que prendia o Homem. Só acordando poderemos objectivar um futuro melhor – mas, para isso, temos de querer acordar.

Artur Cardoso e Samuel Jacob, 11ºA2

E ste ano, o Dia Internacional da Filosofia comemorou-se a 15 de Novembro e fazendo jus à tradição, associámo-nos ao desafio da Associação de Professores de Filosofia. Uma Banda Desenhada e

um texto de Bertrand Russel motivaram a nossa reflexão.

P ara muitos, hoje em dia, a filosofia é ine-xistente, ou simplesmente não lhe encon-tram grande utilidade. Rejeitam-na. Igno-

ram-na. Alguns podem até mesmo desprezá-la. Des-de sempre que assim foi. Porquê? Será que não existe ninguém corajo-so ao ponto de questionar as coisas “inquestionáveis” da vida? O que faríamos se alguém nos obrigasse a questionar algo inquestioná-vel? Nós diríamos que ele é certamente louco: não se questiona algo inquestionável! O Homem é um ser conformista, que julga que o que tem e o que sabe é suficiente, agora mais do que nunca, devido aos avanços tecnológicos e cien-tíficos: com estes, o homem tem a convicção de que alcançou o absoluto. Mas, por outro lado, esta evolu-ção deveria dar-lhe a consciência da sua pequenez, o que na realidade não acontece. Julga-se, portanto, bem como está. E pergunta-se: para quê mudar? Se a uma dessas pessoas que se julga bem como está, é pedido, por um louco, que mude a sua forma de pensar e estar na vida, é óbvio que o rejeitará. E se o louco insistisse? Se os puxasse, ou guiasse à for-ça para o seu caminho? Ela resistiria cada vez mais, lutando com mais força de cada vez que este louco homem tentasse. Chegaria ao ponto de olhar este homem como um desigual. De tal modo que, chega-do ao ponto de não se conseguir livrar do homem, pode até mesmo considerar a morte deste. A sociedade consumista, utilitarista, egoísta e, principalmente, conformista resiste constantemente à mudança da sua forma de pensar. A Filosofia, pelo contrário, abre a mente humana a novos pensamen-tos. Permite pensar de forma abrangente e vasta. Permite questionar as coisas “inquestionáveis” da vida. Liberta da rotina do dia-a-dia, da prisão usual em que o Homem actual vive. O Homem resiste de tal modo a este mudança, sente-se tão seguro na sua forma de pensar, que a sua mente se limita a esses pensamentos: não deixa nada de fora desse limites penetrar, vive numa prisão. Ora, esta Banda Desenhada é, nem mais nem

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filosofia

A NOSSA DORMÊNCIA

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suem o verdadeiro saber. É isto que acontece quando o homem toma con-

tacto pela primeira vez com a filosofia, rejeita-a, agri-de-a e foge da possibilidade que esta lhe oferece para acordar do seu sono profundo, pois a Filosofia é a arte de questionar, de reflectir sobre o mundo e sobre a sua própria essência e, para o homem cujo mundo se tornou um hábito, a Filosofia constitui uma ameaça à conformidade com que este encara a realidade.

Mas será possível que algum homem viva total-mente afastado da Filosofia?

A resposta é NÃO, pois nenhum homem conse-gue “matar” a filosofia, afastá-la completamente da sua vida porque esta constitui uma condição inata do homem, a de questionar e reflectir sobre os proble-mas que cruzam o seu caminho.

No fundo, o homem vive constantemente preso à Filosofia, e mesmo sem ter consciência disso percorre o mundo ignorando este facto.

Fábio Emídio e Mohamed Azziz, ,11ºA1

O homem comum nasce e vive alheio ao mundo que o rodeia, está preso à sua própria realidade em que tudo lhe é banal, em que tudo se torna um hábito.

Mas que realidade é esta, que mundo é esse, onde tudo é superficial, onde tudo é apenas aquilo que os seus olhos vêem?

Como é possível que alguém possa viver envolvido num eterno nevoeiro sem ter a necessidade de ver mais além?

Ora hoje, como sempre, é assim que vive o homem, acostumado, preso na sua ignorância, ignorância essa que é totalmente aceite, porque o deixar de ser ignoran-te é “muito difícil” e não é para toda “a gente”; porque só alguns o conseguem deixar de ser e porque talvez não valha a pena ver mais longe.

Assim quando confrontado com a ideia de se poder libertar, de iluminar a escuridão do seu próprio mundo,

o homem recua, e amedrontado pela luz do conhecimento agride aqueles que pos-

A FILOSOFIA E O HOMEM COMUM

FILOSOFIA

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A Filosofia é a ciência que nos per-mite questionar as nossas certe-zas, procurando sempre novas res-postas sobre os assuntos que con-

frontam a nossa vida. Se o homem não souber filoso-far, não dá aos objectos a devida importância que estes têm e continua a viver a certeza da ignorância e a convicção de que tudo aquilo que pensa é verdadei-ro. No entanto, a partir do momento em que a Filosofia entra na sua vida, deixa de ter certezas, começa a questionar-se acerca de tudo sem nunca encontrar uma resposta que verdadeiramente o satisfaça. A Filo-sofia faz-nos pensar, adquirir novos conhecimentos e mostra-nos coisas às quais não estamos habituados. Comparando isto com a banda desenhada e as perguntas de reflexão que nos são propostas, podemos associar a Filosofia ao bobo da história. Nesta história, podemos observar um homem amarrado às suas certezas, até que um dia, o bobo, entrou na sua vida, cortando, com uma tesoura, a cor-da que o amarrava a todas as suas certezas. O homem não aceitou este acto do bobo, e tentou matá-lo, com a mesma tesoura com a qual o bobo o tinha libertado das suas certezas, de modo a que este saísse da sua vida. Mas o homem, após ter morto o bobo, não conseguiu libertar-se dele e prendeu-o com a mesma tesoura amarrando também as suas certezas. Esta mesma situação acontece hoje em dia com a Filosofia. Esta entra na vida das pessoas e estas, mesmo que não a aceitem, não se conseguem libertar dela. Apenas a conseguem matar das suas vidas apa-

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NAS NOSSAS VIDAS

rentemente, tal como aconteceu com este homem, pois mesmo que não queiram, são provocadas a questionar-se e a tentar encontrar resposta para todos os problemas das suas vidas. Estão assim a filosofar. Ao debruçarmo-nos sobre a banda desenhada, podemos ainda observar que um objecto, assunto, acontecimento ou circunstância, mesmo que nos liberte de um problema, pode sempre prender-nos a outro, pois na nossa vida encontramos vários obstá-culos e nem sempre encontramos as melhores solu-ções para nos livrarmos deles. Isto pode ser observa-do através da tesoura que libertou o homem das suas certezas, mas no entanto, prendeu-o à Filosofia, nun-ca se conseguindo este livrar dela, nem de algumas das suas certezas. A Filosofia é algo muito importante nas nossas vidas. Através dela conseguimos pensar, reflectir e procurar algumas respostas, apesar de estas nunca serem definitivas e poderem não ser as mais correc-tas. Através deste trabalho fizemos isso mesmo! Ele fez-nos pensar e reflectir acerca da verdadeira importância da Filosofia nas nossas vidas. E agora, nós podemos dizer com alguma certeza que não nos queremos desprender da Filosofia, pois ela só traz coisas positivas para as nossas vidas. Com ela pen-samos e somos mais felizes. André Santos e Débora Martins,11ºA1

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ÁREA de PROJECTO

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É no próximo período que mais uma

vez se procederá à apresentação dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano, no âmbito da dis-ciplina de Área de Projecto.

A nossa turma (12.ºA1) interessou-se por desenvolver um grande tema, “A Adolescência”, dentro do qual o subtema escolhido pelo nosso grupo de trabalho (Frederico Fonseca, Márcia Santos, Micaela Silva, Pedro Bispo e Tiago Rodri-gues) foi “As Influências da Noite no Adolescente”.

Para isto, após pesquisas, questionários, filmes, e outros, iremos apresentar o trabalho final de forma muito dinâmica com um aglomerado de todos os conhecimentos que adquirimos, trans-mitindo-os à comunidade escolar, para que, desta forma, todos possam aprender tanto como nós ao fazer este projecto.

T ráfico/ trabalho infantil é o tema que pre-

tendemos explorar no âmbito da disciplina de Área de Projecto. Escolhemos este tema devido ao facto de ser pouco abordado na sociedade, embora seja, infelizmente, uma situação muito actual e de uma extrema gravidade. A sociedade pretende manter em silêncio um problema ético que engloba, diariamente, milhares de crianças inocentes que são abusadas e exploradas pelo Homem. Contudo, como resultado das nossas pes-quisas, descobrimos que há instituições específi-cas, em certos países, que as ajudam a sobrevi-ver. As crianças são diferenciadas pela riqueza ou pobreza que possuem, o que torna o trabalho infantil ainda mais discriminador.

Cláudia Pestana, Joana Soares,

Raquel Piloto, Vânia Conceição e Verónica Martins,12º A1

INFLUÊNCIAS DA NOITE NO ADOLESCENTE

TRÁFICO / TRABALHO INFANTIL

N ós, alunos do 12ºA1, informamos

que está planeada, para o final do terceiro período, a apresentação de uma peça de Tea-tro, no âmbito da disciplina de Área de Projecto. A peça aborda os problemas da socieda-de actual, no nosso ponto de vista. Este tema, Sociedade, é constituído por 12 subtemas, cada um focando um assunto chave do nosso dia-a-dia. Desde a guerra, ao amor, passando pela educação, política, saúde e muito mais, vamos fazer com que esta peça seja um turbi-lhão de ironia e diversão, tanto para nós como para o auditório.

André Pereira, João Nóbrega, Mariana Daniel e Mayur Jamnadas, 12º A1

SOCIEDADE

O nosso trabalho intitula-se “O Mercado de Trabalho na Nossa

Localidade”. A escolha deste tema é o reflexo da neces-

sidade que sentimos em conhecer melhor a economia e o mundo do mercado de trabalho da cidade de Tavira. O objectivo final é a divul-gação do trabalho ao público e, deste modo, preparamos, para o futuro, uma apresentação da informação com suporte visual e publica-mos, presentemente, um blog. Aqui fica então um excerto do que poderão encontrar em

http://sobrevivertavira.blogspot.com : (O blog) “Contará assim, não só com publica-ções mais chatas com dados sobre desempre-go e gráficos pouco coloridos, mas também com entrevistas a comerciantes tavirenses e várias outras curiosidades. ”

André Pires, Gonçalo Guerreiro, Ricardo Salve-Rainha , Pedro Faleiro

e Tiago Gonçalves, 12º A1

MERCADO DE TRABALHO EM TAVIRA

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O tema escolhido pelo grupo de alunos identificado no final desta notícia foi

«Reciclagem/ Resíduos sólidos», por ser bastante actual e com grande relevância na nossa socieda-de. Este grupo tem como objectivo efectuar uma campanha de sensibilização onde tenciona expli-car como se processa a reciclagem, enunciando as suas vantagens e desvantagens. Ao observar o estado em que se encontra o nosso recinto escolar, foi decidido, por unanimida-de, que tentaríamos trazer alguns ecopontos, con-tribuindo assim para um ambiente mais ecológico.

Diogo Barros, Gonçalo Mestre, Joel Silvestre, Mariana Val e

Susana Madeira, 12 º A1

ÁREA de PROJECTO

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“Sobredotação – como é ser-se diferen-te?” é o tema que o nosso grupo de trabalho vai desenvolver ao longo deste ano lectivo, no âmbito da disciplina de Área de Projecto.

Vamos pesquisar, investigar, seleccio-

nar, reflectir e concluir sobre tudo o que acha-mos útil, importante e interessante.

Por isso, não te podes esquecer de ir ver a nossa sessão de esclarecimento. Irá informar-te devidamente do que é a sobredotação, des-mistificar mitos que ainda persistem nesta sociedade que já se diz “desenvolvida” e acon-selhar-te como deves lidar com um sobredota-do.

Se quiseres ficar a saber isto e muito

mais, não percas a nossa apresentação, que se realizará no final deste ano lectivo (as datas serão divulgadas por essa altura), e que foi feita a pensar em ti!

Joana Roberto, Margarida Gomes ,

Sara Almeida e Sara Carvalho, 12.ºA1

RECICLAGEM / RESÍDUOS SÓLIDOS SOBREDOTAÇÃO

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A VIDA AMEAÇADA NA PENÍNSULA IBÉRICA

Lynus pardinus

Lince Ibérico

A té meados do séc. XIX o lince ibé-rico distribuía-se por sensivelmen-

te toda a área peninsular. A partir dessa altura, a sua distribuição foi gradualmente afectada, tendo a população sofrido uma drástica diminuição de espécimes. Estima-se que cerca 80% dos indivíduos entre 1960 e 1990 se extinguiram. Nos anos oitenta a espécie esteve centralizada e ainda no sudoeste da Península Ibérica, ocupando aproximadamente 11.000 Km2. Nos dias de hoje, a espécie encontra-se em duas zonas específicas – Doñana e Andújar-Cardeña. Existem também vestígios vitais nas regiões dos Montes Toledo Oriental, Sistema cen-tral Ocidental e algumas áreas da Serra Morena. Dos 350 Km2 que actualmente a espécie ocupa, apenas em 14.000 ha ocorre a sua reprodução. No censo de 1988, registaram-se entre 1000

ÁREA de PROJECTO

a 1200 exemplares em toda a Península Ibérica (com apenas 350 fêmeas reprodutoras). Dentro das causas mortais não naturais, distinguem-se a caça furtiva, os incêndios como a principal causa de destruição de habitats e os atropelamentos. A desportiva tem também uma ligação indirecta, na medida em que se eliminam potenciais presas (coelhos bravos ou algumas aves).

O Instituto de Conservação da Natureza, em 2003, iniciou a elaboração do Plano de Acção, que actualmente já está a ser implementado em duas regiões prioritárias, Malcata e Contenda- Barrancos (zona fronteiriça), embora em território espanhol o investimento seja mais visível. Trata-se da espécie mais ameaçada da Europa e talvez do mundo. Cada indivíduo pode atingir 1,10 m de com-primento e 72 cm de altura, pode pesar cerca de 17 kg. É conhecido como um caçador inteligente e ágil, mas muito discreto, vive em tocas e evita a exposição. Fontes: Instituto de Conservação da Natureza (ICN); www.naturlink.pt

André Palma, Cátia Janota, Ivan Pereira, João Estêvão e Viviane Soares, 12º A2

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de vida?... Depois venho contar-te como tudo termi-

nou. Estou confiante que Verónika recupere e comece a viver a vida como nunca a viveu…

Joana Pereira, 10º A2

eco dos espaços

DIÁRIOS DE LEITURA

23 de Novembro de 2007

C omecei a ler um livro verdadeira-

mente fascinante e que me despertou imensa atenção: Verónika decide morrer, de Paulo Coe-lho.

O livro retrata a vida de uma jovem de vinte e quatro anos que, num certo dia, igual a todos os outros, decide que havia chegado o momento de partir. Verónika não sofria de nenhum problema, tinha uma vida feliz, tudo lhe corria da melhor maneira. Tomara esta decisão, porque no seu pensamento havia a ideia de que já tinha vivido tudo o que a vida tinha para lhe dar e vivia ame-drontada com a monotonia em que a sua vida se estava a tornar.

Confiante na sua decisão, tomou quatro cai-xas de comprimidos para dormir, esperando ador-mecer de uma forma relaxada e morrer da mesma maneira. Contudo, pouco tempo passou até Veró-nika perder completamente a consciência e acor-dar, mais tarde, num asilo de loucos.

É nesse mesmo asilo que a personagem principal conhece pessoas que lutam pela vida e aí percebe que cometeu um erro ao tomar aquelas quatro caixas de comprimidos, pois afinal não conhecia tudo sobre a vida. É ainda nesse lugar que Verónika vive momentos de ódio, amor, medo, timidez, constrangimento, prazer e arrepen-dimento. Sentimentos que nunca antes tinha expe-rimentado, pois nunca se deixara envolver pela própria vida.

Estou ansiosa por terminar o livro… Como será que Verónika acaba? Será que toda esta história constitui uma moral Página 12121212

26/11/07

O lá diário,

Há muito que eu não te confesso os meus segredos, mas hoje vou contar-te algumas coi-sas acerca do livro que estou a ler. Chama-se A Batalha Final e o nome do autor é Rick Joyner. Eu não fazia ideia de que o mundo espiri-tual se dividia em tantas partes. Já li 53 páginas do livro, mas parece que já li umas 100! São muito interessantes os eventos finais que se avizinham. As batalhas dos tempos finais, a grande escala do mundo espiritual foi a parte que mais me cativou. Saber que os exércitos dos Céus e do Inferno vão entrar em guerra dá-me por dentro algum entusiasmo, não sei por-quê. Fiquei a saber também que no lado do Inferno existem os Principados, Potestades, Príncipes das Trevas, Hostes Espirituais da Maldade e Demónios. Mas, no lado do Céu, existem os Primeiros Príncipes, Potestades, Principados, Arcanjos, Querubins, Serafins, Dominadores Espirituais Celestiais, as Hostes Celestiais e Anjos. Dá-me algum alívio saber que existem mais Anjos que demónios. Bom, por agora é tudo, mal posso esperar por falar mais do livro que estou a ler, está a ser muito interessante! Adeus, diário.

João Santos, 10ºA2.

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eco dos espaços

A LEITURA É...

A Biblioteca, em colaboração com os

professores de Português com turmas do 10º ano de escolaridade, levou a cabo, durante as primei-ras semanas deste ano lectivo, uma sensibiliza-ção para a leitura e a frequência da Biblioteca Escolar/ Centro de Recursos Educativos. Foi lançado um desafio aos alunos para que, de uma forma poética, definissem o acto de

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ler. Obtivemos muitas definições bem sugesti-vas que, após uma selecção, nem sempre muito fácil, foram expostas no átrio da BE, a par de pinturas ou imagens que também têm por tema a leitura. No Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, este ano celebrado a 22 de Outubro, as turmas foram convidadas a visitar a exposi-ção, bem como este espaço educativo aberto, num horário alargado, a todos os elementos da escola.

No Dia Internacional da Filosofia, terceira quinta feira do mês de Novembro, por gentileza da professora Alberta Fitas, esteve disponível, em livre acesso, uma apresentação electrónica subordinada ao tema «Direitos Humanos». Os professores envolvidos no projecto de Intercâmbio com Perpignan, França, também disponibilizaram aos utentes da BE o acesso livre à visualização de uma reportagem electró-nica sobre esta visita, realizada no passado mês de Setembro pelos alunos de Francês. E claro, o mês de Dezembro foi dedicado às comemorações natalícias em que, por tradi-ção, montamos o presépio das searinhas com um Menino Jesus em pé, divulgámos poemas alusivos a esta quadra e decoramos o espaço com motivos da quadra natalícia. Por último, lembramos aos alunos que temos à sua disposição, em suporte electrónico e em suporte de papel, um GUIA ORIENTA-DOR DE ESTRUTURAÇÃO E REALIZAÇÃO DE UM TRABALHO DE PESQUISA. A consulta deste documento permitirá, por exemplo, escla-recer dúvidas quanto às regras de apresentação de citações ou da bibliografia consultada, incluindo a indicação bibliográfica de um docu-mento consultado com recurso à Internet. Prof.ª Ana Cristina Matias

A leitura é a procura do prazer e o

encontro da sabedoria.

Joana Pereira, 10º A2

Visita à Biblioteca Alunas da turma de Animador Sociocultural, acompanha-das da professora de Português, Paula Brito da Mana

12ºA1 na sua visita à Biblioteca

no Dia da Filosofia

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Línguas

PAIXÃO

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Pasión Juré ser yo Tu luz de luna Brillar solo yo En tu mirada Pasión, pasión No vas a huir de mí Serás pasión hasta el fin Oh por favor Venga, sonríe Te doy esta flor Un beso a ti Pasión, pasión No vas a huir de mí Serás pasión hasta el fin

Traducción de Joana Pires, 12ºC

Paixão Jurei ser eu O teu luar Brilhar só eu No teu olhar Paixão, paixão Não vais fugir de mim Serás paixão até ao fim Oh por favor Vá lá sorri Dou-te esta flor Um beijo a ti Paixão, paixão Não vais fugir de mim Serás paixão até ao fim

Heróis do Mar ©

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Nenhum monumento

Não são aparentes em ti as marcas de grandeza, nenhum monumento desfigura ou altera a monotonia sem convulsões do teu rosto quase anónimo. A escassez de ogivas, arcobotantes, rosáceas, burilados portais, cobra-la tu na gravidade das tuas sombras e do teu silêncio. Não vem sequer da tua voz a opressão que cerra as almas de quantos de ti se acercam. Não demonstras, não afirmas, não impões. Elusiva e discretamente altiva, fala por ti apenas o tempo.

Poema original de Rui Knopfli ©

Ningún monumento

No son aparentes en ti las marcas de grandeza, ningún monumento desfigura o altera la monotonía sin convulsiones de tu rostro casi anónimo. La escasez de ojivas, arbotantes, rosetones, burilados portales, la cobras tú en la gravedad de tus sombras y de tu silencio. No viene siquiera de tu voz la opresión que cierra las almas de cuantos a ti se acercan. No demuestras, no afirmas, no impones. Esquiva y discretamente altiva, habla por ti apenas el tiempo.

Traducción de Darío Serón,

profesor de Español

LÍNGUAS

ILHA DE MOÇAMBIQUE

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Na idade impura, vendo a vida por uma gruta, tudo nos parece o fim do mundo. A adolescência, a melhor das idades mas em que somos confrontados com novas responsabilidades. O mundo parece-nos demasiado grande para os [nossos deveres, mas demasiado pequeno para os nossos

[sonhos, e gigantesco para os nossos medos. Ah! Quem me dera voltar a ser criança! Ter o brilho nos olhos, a inocência na face preenchida por uma

[curiosidade aguçada que me incentiva a explorar o mundo e a usar intransigentemente o “Porquê...?

[Porquê...? Porquê? Ah! Mentalidades distintas! Agora, com as arestas polidas, crescemos, ganhamos experiência. Porém, perdemos a criança vívida. Sonhos, meramente sonhos... Ou pura realidade da idade que queremos, mas que ainda tememos.

Poema original de Liliana Emídio, 12ºC ©

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línguas

En la edad impura En la edad impura, viendo la vida por una gruta, todo nos parece el fin del mundo. la adolescencia, la mejor de las edades mas en que somos confrontados con nuevas responsabilidades. El mundo nos parece demasiado grande para

[nuestros deberes, mas demasiado pequeño para nuestros

[sueños, y gigantesco para nuestros miedos. ¡Ah! ¡Quién me diera volver a ser niño! Tener el brillo en los ojos, La inocencia en la cara llena de una [curiosidad aguda que me incentiva a explorar el mundo y a usar intransigentemente el “¿Por qué...?

[¿Por qué...? ¿Por qué?” ¡Ah! ¡Mentalidades distintas! Ahora, con las aristas pulidas, crecemos, ganamos experiencia. Sin embargo, perdemos el niño vívido... Sueños, meramente sueños... O pura realidad de la edad que queremos pero que todavía tememos.

Traducción de la autora

NA IDADE IMPURA

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J á fui pequenino, como aqueles que

sonham ser alguém na vida, e ainda sonho. Nas brincadeiras com a areia quente, no chutar da bola, no namorar escondido e viver sem viver a realidade obscura, quis crescer. E sempre vi na televisão, no meio dos programas mais enfadonhos, os inte-lectuais, dizem eles ser, que sabem o que dizem e pensam como homens erudi-tos. Quis ser como eles, pois aquelas pessoas liam livros, que escondem sabe-dorias antigas. Vi nos seus olhos juízos ancestrais e célebres, numa palavra, estava lá o toque de um escritor. Vivi eu assim enquanto criança angolana em Angola, a descansar por debaixo das mulembas, até o corpo doer.

Embora em descanso, desejei poder, um dia, falar aos céus e a terra ouvir com sabedo-ria. Naquele tempo, a única palavra que me

dizia algo, como não ser erudito, era ignorante, e sempre temi que me chamassem tal nome. Agora que estou em mãos cultas, penso nos meus amigos que cresceram para uma vida sem livros, sem cultura e sem intelectuais. E foi a relem-brar a minha terra que me veio a lembrança de um amigo, que sempre me disse: “Quero ser escritor.” E ele, sem saber que Angola não o deixaria pros-

seguir o seu sonho, foi à procura de diamantes, na terra onde alguém que procura o caminho mais rápido para as riquezas e a fama morre sem saber. - Terra de incultos sem o saberem, - é assim que classifico Angola, que não dá um livro àque-las crianças nas escolas, para cres-cerem culturalmente, pois só que-rem que elas saiam das escolas, ignorantes, para trabalharem. Por fim, lamento todas aque-las crianças por nunca terem lido

um livro, não por falta de vontade, mas sim por fal-ta de pessoas altruístas e cultas.

Osvaldo Casimiro, 11º B

CRIANÇA de ANGOLA

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ESCRITA CRIATIVA

Mulembas seculares

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ESCRITA CRIATIVA

me, expiro-me. Contenho-me, extravaso-me. A canseira do meu viver é a de correr às voltas, em busca de mim. Afronta-me, constan-temente, uma vontade exacerbada de me perder.

Ora me acho naquele abraço apertado, ora me perco num bolso rasgado. Queria mesmo era

ser GRANDE!GRANDE!GRANDE!GRANDE!, pelo menos o suficiente para que ninguém tropeçasse na minha pequenez. Quem me dera ser baloi-ço. Baloiço o tempo todo. Cada balanço um amor, uma cor, um sabor, um desamor e outro amor e ter algo que me proteges-se da dor: dor de ser quem não sou, de não ter aquilo que, indubitavelmente, me pertence. Quando eu morrer batam com as colheres bem forte nos tachos,

colham girassóis e chamem o meu amor. Aí, na ânsia inquieta de me achar, ter-me-ei finalmente encontrado.

Alexandra Quinta, 12º C

QUEM SOU EU?

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Q uem sou EU? Sou EU

quem? EU sou quem? Supondo que existe

um infinito número de mun-dos paralelos a este que sou, sustentados pelas minha atitudes e escolhas, seria eu o que sou, ou aqui-lo que não sou, ou aquilo que não escolhi? Afinal, como seria eu, enquanto mundo, se a escolha tivesse sido “a” e não “b”? Sou um EU no apo-geu da sua imperfeição, mas tenho um orgulho imen-so da nudez de ser quem sou e de me encontrar des-pojada de quaisquer enfei-tes que me cubram os poros. Talvez devesse ser “estrela”. Aí, a minha imper-feição quiçá fosse aclamada como maior virtude… Pena (ou não!) meus anseios e planos não se queiram debruçar sobre tal firmamento. Enquanto isso, inspiro-

“Eu não

sou eu

nem sou

o outro

,

Sou qua

lquer co

isa de i

nterméd

io;

Pilar da

ponte d

e tédio

Que vai

de mim

para o

outro.”

Mário de

Sá Ca

rneiro

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Escrita criativa

PoesiaPoesiaPoesiaPoesia

Está frio! Lá fora caem bolinhas Brancas e suaves No descampado da rua. “Não: não quero nada.” Estou bem assim. Quente com a brasa que Apazigua o meu ser Quente com toda a minha pele E coberturas extras. Quente e fria ao mesmo Tempo. Farta desta monotonia. Lá fora está frio, Cá dentro não. As constipações chegam, Os atchins ouvem-se. “Não: não quero nada.”

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Veni, vidi, vici Vim, vi, venci As famosas palavras de Júlio César. Poderei dizer que tenho duas coisas em comum, Vim e vi, mas eu falhei, eu perdi, eu morri. Onde falhei? É mais fácil perguntar onde acertei. Na adolescência sentia-me marioneta de Deus O Messias que veio para salvar, o centro do universo, Mas esse balão de sonhos já se rebentou. “A minha alma partiu-se como um vaso vazio” BOOMMM, sonhos voando por todos os lados, Rebentando-se contra as paredes. A ilusão e a desilusão entram pelo corpo dentro, Espalham-se tão rápido como SIDA no corpo, Atingindo o coração e o cérebro. “E quando o navio larga do cais” , A minha alma larga a Terra. Enfrentarei o patamar para as portas do inferno Onde descansarei a minha alma E entregar-me-ei de corpo e alma.

David Hamburger, 12º C

Da subtileza das emoções Sinto que amar Nada tem de paixões É simplesmente uma mistura [de sensações. Sinto culpa por ser tão calado, Mas tenho medo de tentar E depois sair magoado. “O que há em mim é sobretudo [cansaço” “Dos amores intensos por o suposto [em alguém” E não daquilo que faço Pela infelicidade de ninguém.

José Jesus, 12º C

em diálogo com Fernando Pessoa

Quero tudo! Mas não quero as gripes Nem as doenças, Nem o raio que os parta! Quero ser feliz… Abri a porta e saí. “Há uma vaga brisa” Uma brisa gelada. Caminho pela rua acima, Pensando… Por que sinto frio? Sinto frio porque penso, Mas enquanto penso não sinto frio. Vejo a beleza da neve. Ah, como é magnificamente bela…

Cada floco uma imensidão De perfeição. Deito-me sobre o branco

[fofo e Aprecio. É lindíssimo. “Íssimo, íssimo, íssimo…” Tremo, Tremo por todos os lados. Mas estou feliz!

Sara Carvalho, 12º A1

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ESCRITA CRIATIVA

S e existisse paz, se houvesse união e compaixão, o mundo não seria capaz de matar tantas pessoas em vão.

Cada vítima da guerra é uma testemunha do sofrimento e da aflição. Como é a humanidade que está em questão, Será que um dia irá haver quem lute por essa razão? Vamos esperar e aguardar, tendo esperança de que um dia todo o sofrimento irá acabar.

Laura Domingos, 10º TBS

Carta de reclamação

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(Autor : Miguel Boronha, 11º C1)

Página 20

Cor-de-rosa, a cor que associamos ao sonho. Mas que sonho é esse pelo qual tanto esperamos? Desejamos, ansiosamente, pelo Mundo, a vida. A vida é uma corrida, uma curva, bem apertada. Chega, num segundo, de um relógio adiantado E parte, sem que nos demos conta. Parte. Mais depressa que uma volta do girassol Em torno desse Sol, que ilumina o nosso Mundo. Mas que sonho é esse? Que sonho é esse Que nos invade a alma, nos traz felicidade, Mas também nos causa tristeza, nos consome? Sentada ao piano, os dedos dançavam, Percorriam as teclas, sem impedimentos. Lá fora, o vento rodopiava sobre a minha janela Soando como as cordas de uma harpa, Acompanhando-me no meu pranto. Nesse Mundo, fora da minha janela, Eu sabia-a, a dura realidade. Esse Mundo desigual, cruel, De pobreza e riqueza, alegria e tristeza. E eu? Que podia eu fazer para mudá-lo? Só o podia musicar, torná-lo um pouco melhor... Nada mais. E, sobre as notas, continuava a sonhar Esse meu sonho cor-de-rosa de aroma e baunilha. Sobre o cair de uma lágrima, quebrei toda a dor E, ao acordar, vi esse Mundo melhor.

Maria Couto, 10º A1.

Igualdade

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Opinião

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O filme Ele-phant , do realizador Guz Van Sant (2003), é, na minha opi-nião, um filme dramático, pois retrata sobretudo a vida de dois jovens que, devido a uma série de factores, causam o terror numa escola secundária de Portland, durante um dia aparentemente nor-mal para todos os alunos, menos para estes dois. Eu, sinceramente, gostei da ideia do realiza-dor nos transmitir o facto de aquele dia ser um dia normal para todos os alunos, seguindo mesmo alguns deles pelos enormes corredores da escola. É como se nós, os espectadores, tivéssemos a visão desses alunos e vivêssemos aquele momento, naquela altura e àquela hora. Relativamente aos factores que levaram os dois alunos a cometer uma “loucura”, penso que o mais significativo foi o facto de os pais destes não estarem presentes, tanto na vida destes jovens como também no filme, pois nem aparecem. Outro factor que condicionou o estado de espírito de pelo menos um jovem foi o de ser gozado durante as aulas. Isto criou de certa forma uma vontade e desejo de vingança dentro desse mes-mo aluno. O factor que, na minha opinião, os levou àquele plano de vingança foi o jogo de guerra que estes jogavam no computador. Penso que aque-les alunos não eram problemáticos, mas estes factores condicionaram a sua personalidade e maneira de agir. Outro aspecto, que achei incrível, foi a facili-dade com que planearam tudo e conseguiram “arranjar” armas daquele calibre. Tendo as armas em sua posse, não foi difícil aprender como se usavam, pois com os jogos que jogavam já dava para perceber bem. Na minha perspectiva, estes dois alunos, nesse dia, ainda fizeram uma boa acção, se é que se pode considerar uma acção: avisaram um alu-no, que ia a entrar na escola, para não o fazer, porque ia acontecer algo mau! Tendo em conta as pessoas que mataram, era o mínimo que podiam fazer.

ELEPHANT

D os doze alunos que no ano

lectivo de 2006/2007 iniciaram o curso de elec-tricista de instalações, seis ficaram a trabalhar (alguns nas empresas onde realizaram o está-gio, outros noutras empresas). Dos restantes, cinco preferiram continuar os estudos. Certo é, caso não tivessem preferido continuar a estudar, mais alguns destes alunos teriam emprego.

Valeu a pena? Vale sempre a pena for-mar e dar esperança a estes jovens! Tanto mais sabendo da dificuldade que se verifica, hoje em dia, em se arranjar um emprego. O país assiste à maior taxa de desemprego dos últimos 10 anos, mas estes alunos saíram da sua formação e de imediato conseguiram integrar-se de forma positiva no mundo do trabalho.

Não podemos dizer que foi «fácil», quer no que diz respeito à sua formação técnica, quer ao nível da sua formação deontológica. Foram necessárias várias horas, muito empenho, ino-vação e imaginação para conseguir chegar ao fim e os alunos serem reconhecidos pela entida-de patronal. E, tendo presente que este tipo de formação procura minorar o abandono escolar, qualificar profissionalmente os jovens que não tenham concluído o ensino básico, prepará-los para a vida activa, fornecendo-lhes uma ferra-menta de trabalho que lhes permita integrarem-se profissional e socialmente, podemos regozi-jarmo-nos com os resultados obtidos.

E como tudo na natureza, novo ano, novos formandos, novos desafios, mas vale sempre a pena construir o futuro.

Os professores de Electricidade

SERÁ QUE VALE A PENA?????

(Continua na pág. 22)

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CINEMA

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rêncio, Ângela Simão, Conceição Pereira, Fátima Pires, Fernanda Santos, Fernanda Cruz, José Couto e Rui Soares. Quero tam-bém agradecer a todos os Professores que os acompanham à sala de cinema e contri-buem activamente para melhorar o funciona-mento da sessão. Três vezes por ano e em sala de Cinema, os alunos visionam uma longa-metragem. É facultada documentação sobre os filmes, visualização das curtas metragens, as aprendizagens são avaliadas através de um questionário e produção de textos críticos, são leccionadas aulas de correcção dos mesmos, e produzidos trabalhos, muitos dos quais já ganharam prémios nas anuais Fes-tas do Cinema onde se reúnem, por ciclos, os alunos do Algarve inseridos nesta rede. E são já muitos, do 5º ao 12º ano. Espero que os alunos, nos quais apostamos este ano, sejam capazes de integrarem o Projecto revelando, progressivamente, for-mas de ser e estar mais autónomas e convi-venciais. Numa época de múltiplas propostas é essen-cial saber optar, tomar decisões livres por-que conscientes e acreditamos que, com este Projecto, ajudamos a formar cidadãos mais reflexivos, críticos, logo mais exigentes porque mais sabedores.

A Coordenadora do Projecto nesta Escola Prof.ª Edite Azevedo

Travelling, picado e contra-picado, raccord, elip-se, panorâmica, plano americano, de pormenor, grande plano, fotograma, plano médio, de sequência… dolly, tripé, grua, som on e off, genérico inicial, final… montagem paralela, alter-nada, rítmica, métrica… são conceitos que serão familiares aos alunos JCE. Argumentista, dialoguista, produtor, realizador, montador (ou técnico de montagem), aderecista, cenarista, director de fotografia… são profissões que os nossos alunos ficarão a conhecer melhor. Argumentos originais, adaptados…24 imagens por segundo. De realizadores portugueses, verão curtas-metragens de Rita Nunes, Abi Feijó, Margarida Cardoso, Manoel de Oliveira, Edgar Pêra, Nuno Carinhas, Raquel Freire… Perspectivarão a História do Cinema com filmes como “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin, “Psyco” de Alfred Hitchcock, “O Acossado” de Jean-Luc Godard… Irão analisar e produzir trabalhos sobre filmes de diferentes proveniências como “Pleasantville” de Gary Ross, EUA, “Cyrano de Bergerac” e “O Ódio”, respectivamente de de Jean-Paul Rappe-neau e Mathieu Kassovitz, França, “Billy Elliot” de Stephen Daldry, Reino Unido e “Luna Papa” de Bakhtiar Khudojnazarov do Tajiquistão. Só este ano! Lectivo! Turmas de nível I, de inicia-ção (todos os Cursos Profissionais da Escola e três turmas C.E.F de Administração- cerca de cento e vinte alunos) e duas turmas de continuação os 11ºs C1 e C2. Como? Através de uma ideia, original e iné-dita no país, de Anabela Moutinho e Graça Lobo (Professoras e Cinéfilas, sim, com maiúscula) à qual o então Director Regional, Dr. António Pina, aderiu entusiasticamente. Foi há dez anos e esta Escola está no Pro-jecto desde o início. Este ano com oito Pro-fessores em regime de absoluto voluntaria-do. Não resisto a nomeá-los: Anabela Flo-

O último aspecto que me surpreendeu foi a frieza dos alunos ao matar todas aquelas pessoas e, principalmente, no final, um dos jovens, perante um par de namorados, ainda teve a frieza de escolher qual destes morreria primeiro, atra-vés do “pim, pam, pum…”.

Rúben Filipe, 10º A4

JUVENTUDE CINEMA E ESCOLA (JCE prós amigos

(Continua cão da pág. 21)

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CINEMA

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Para os amantes da 7ª Arte, a nossa Escola oferece, todas as quartas-feiras, às catorze

horas, no Auditório, o Portal Mágico, um clube de c inema dinamizado pelo professor José Cou-to, que iniciou a sua actividade em Outubro de 2007 .

O Portal Mágico dirige-se a todos os que: • Gostam de Cinema; • Gostariam de ver filmes clássicos e obras-primas do cinema (para ver antes de mor-

rer…); • Gostariam de ver alguns filmes independentes, alter nativos, menos comerciais, que

escapam à lógica capitalista da indústria de Hollyw ood; • Gostariam de ocupar o seu tempo livre com uma activ idade simultaneamente lúdica e

cultural; • Gostariam de saber como a arte de fazer filmes evol uiu, desde a sua invenção no final do

século XIX; • Gostariam de conhecer mais sobre a história desta a rte centenária; • Gostariam de aumentar a sua compreensão acerca da l inguagem cinematográfica; • Gostariam de reflectir sobre os filmes, discutir a sua estética e o seu significado. Todas as semanas, alguns dias antes da sessão do Po rtal Mágico, é afixado um cartaz do

filme no expositor que se situa junto à entrada do Auditório. No dia da sessão, é entregue a cada um dos membros/ espectadores uma Ficha Técnica,

que inclui a sinopse do filme, uma nota breve sobre o cineasta, curiosidades, e crítica(s) ao fil-me. No início da sessão é feita a apresentação do f ilme pelo professor dinamizador, o qual, após o visionamento, modera o diálogo/debate sobre o filme.

Até ao momento, os filmes que foram vistos e discut idos foram os seguintes: • The Kid – O Garoto de Charlot (EUA – 1921), de Charlie Chaplin; • Babel (México – 2006), de Alejandro González Iñárritu; • Pleasantville – Viagem ao Passado (EUA – 1998), de Gary Ross; • The Birds – Os Pássaros (EUA – 1963), de Alfred Hitchcock; • El Laberinto del Fauno – O Laberinto do Fauno (México – 2006), de Guillermo del Toro; • Beat the Drum – O Bater do Tambor (África do Sul – 2003), de David Hickson; • The Island – A Ilha (EUA – 2005), de Michael Bay; • Mar Adentro (Espanha – 2004), de Alejandro Amenábar; • Finding Neverland – À Procura da Terra do Nunca (EUA – 2004), de Marc Forster; • Nightmare Before Christmas – O Estranho Mundo de Jack (EUA – 1993), de Tim Burton; • The Village – A Vila (EUA – 2004), de M. Night Shyamalan ; • Monty Python’s Life of Brian – A Vida de Brian (Reino Unido – 1979), de Terry Jones. Para breve, também haverá filmes portugueses, de ou tras cinematografias europeias, asiáti-cos… O Portal Mágico abre-se para todos. Apareçam. Já sa bem: às quartas!

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PROJECTO eTWINNING

Ficha Técnica Coordenação: Prof.ª Ana Cristina Matias Coordenação: Prof.ª Ana Cristina Matias Coordenação: Prof.ª Ana Cristina Matias Coordenação: Prof.ª Ana Cristina Matias

Redacção: Alunos e Professores da ESTRedacção: Alunos e Professores da ESTRedacção: Alunos e Professores da ESTRedacção: Alunos e Professores da EST

Edição e revisão: Prof.ºs Ana Cristina Matias, Darío Serón e Edição e revisão: Prof.ºs Ana Cristina Matias, Darío Serón e Edição e revisão: Prof.ºs Ana Cristina Matias, Darío Serón e Edição e revisão: Prof.ºs Ana Cristina Matias, Darío Serón e Manuela BeatoManuela BeatoManuela BeatoManuela Beato

Reprografia: Luís Canau e César Romeira Reprografia: Luís Canau e César Romeira Reprografia: Luís Canau e César Romeira Reprografia: Luís Canau e César Romeira

ESCOLA SECUNDÁRIA

DR. JORGE CORREIA - TAVIRA

BIBLIOTECA /CRE

email: [email protected]

Embora, por vezes, julguemos o contrário, somos uma escola de sucesso, com uma taxa de 73% no 10º ano, 85% no 11º ano e 59% no 12º ano, no ano lectivo de 2006/2007. No que respeita aos exames, as classificações encontram-se aci-ma da média nacional a História, Matemática Apli-cada às Ciências Sociais e Economia e igual a média nacional nos casos de Geografia A e Portu-guês. A Matemática, Biologia e Geologia e Física e Química, o desempenho dos nossos alunos está aquém da média nacional, com um desvio de, res-pectivamente, - 0,9 ; - 0,5 e - 0,8. Contudo, bons métodos de estudo, aplicação regular e sistemáti-ca ao trabalho e um bom acompanhamento por parte dos professores certamente permitirá este ano diminuir esses desvios.

O projecto «Partilha de Referências Cul-

turais e Literárias» desenvolvido pelos alunos do 11ºA1 do ano transacto, no âmbito do Projecto Europeu eTwinning, mereceu a menção de Certifi-cado de Qualidade. Este trabalho orientado pelos professores Ana Cristina Matias, disciplina de Português, e Serafim Gonçalves, disciplina de Inglês, focou a obra Os Maias de Eça de Queirós. Por sua vez, os seus parceiros na Polónia focaram um famoso poeta renascentista polaco, Jan Kochanowski.

CENTRO de FORMAÇÃO

O Centro de Formação de Associação de

Escolas do Concelho de Tavira foi objecto de uma Visita de Acompanhamento no passado mês de Setembro, tendo, recentemente, recebido o relató-rio final referente à mesma. A visita contemplou as vertentes contabilísti-ca e técnico-pedagógica merecedoras de uma muito boa apreciação e sem quaisquer recomen-dações a fazer no parecer final. O mesmo relató-rio destaca como pontos fortes desta entidade que se dedica à oferta formativa para pessoal docente e pessoal não docente o seguinte: • Larga experiência dos dirigentes do CFAE;

• Importância do CFAE na formação e valori-zação dos professores;

• Perspectivas de mudanças no paradigma da formação que trará novos desafios aos CFAES;

• Importância do financiamento comunitário FSE;

• Boa organização técnico-pedagógica e boa organização técnico-contabilística.

O Centro de Formação já se encontra a fazer o levantamento das necessidades e prefe-rências de formação do seu público-alvo para elaborar um novo Plano de Formação, mas terá de atender às prioridades formativas estabeleci-das pelo Ministério da Educação.

PROJECTO EDUCATIVO

Ciências e Tecnologias Sócio económicas

Ciências Sociais

Artes Visuais