O papel da entrevista na prática do Serviço Social.

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Por : Jurema Alves Pereira Faculdade de Serviço Social/UERJ E-mail: [email protected] Tel.: 93189809

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Por : Jurema Alves Pereira

Faculdade de Serviço Social/UERJE-mail: [email protected]

Tel.: 93189809

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Instrumentalidade“Ao alterarem o cotidiano profissional e o

cotidiano das classes sociais que demandam a sua intervenção, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes, e os convertendo em condições, meios e instrumentos para o alcance dos objetivos profissionais, os assistentes sociais estão dando instrumentalidade às suas ações. Na medida em que os profissionais utilizam, criam adequam as condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações passam a ser portadoras de instrumentalidade. Deste modo, a instrumentalidade é tanto condição necessária de todo trabalho social quanto categoria constitutiva, um modo de ser de todo trabalho.” (GUERRA, S/D, 53)

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O papel da entrevista na prática do Serviço Social

Entrevista entendida como meio para proceder o fazer profissional,

Direcionada pela intencionalidade teórico-metodológica,

Intencionalidade explicitada no estabelecimento do contato inicial com o usuário - contrato.

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Contextualização Institucional

Ambulatório Avançado de Adolescentes da UCA/NESA/UERJ no Morro dos Macacos – estágio 1992,

Serviço Social como porta de entrada institucional,

Lugar estratégio X caráter compulsório.

Lugar estratégico no sentido de levantar demandas profissionais.

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Contextualização Institucional

Descaracterizar o aspecto apenas biológico do conceito de saúde,

Individual X Coletivo/SocialReforçar o papel educativo/reflexivo e assistencial e não apenas a entrevista como instrumento de coleta de dados,

Espaço de diálogo e de relação profissional –usuário.

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Entrevista na Concepção Marxista

“O entrevistado e a situação na qual se insere para realizar a entrevista, é como um concreto confuso, portanto um abstrato, que apreende sensivelmente o que está por se conhecer, que tem que captar analítica e racionalmente, para formar o seu todo ou a síntese. Em dialética espiral, deve chegar, por aproximações sucessivas , até a essência, fazendo que em seu transcurso se incorpore o entrevistado ao processo.” (KISNERMAN, 1978: 22)

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Concepção do Homem como sujeito histórico-social“A concepção do indivíduo humano altera-se (...)

com a introdução do fator social de maneira qualitativa, tornando-se concreta, comparada à abstração da concepção puramente biológica, que levava em conta a relação social do homem. O homem que além de produto da evolução biológica das espécies é um ser histórico, um produto de certa forma mutável nas diversas etapas da evolução da sociedade. Um homem constituído só à base de propriedades biológicas gerais e à base de propriedades que cabem a todos os homens (...) fica reduzido a um ‘homem abstrato’, um homem ‘em geral’, em oposição à concepção concreta do homem em sua relação ... (SCHAF apud SALES, 1992, 67)

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Aspectos importantes na realização da entrevista pelo

assistente socialGarantia de privacidade – sigilo

profissional – Código de Ética Lei Estadual do Sigilo – Lei 5.261/08 – “Fale alto, você pode estar sendo ouvido” /Comissão de Comunicação/CRESS/RJ,

Interferências no processo de entrevista – não neutralidade moral, de valores, ideologias e hábitos – expressões de desacordo,

Poder e Saber – desigualdade na troca,Empatia – garantia de confiança,Linguagem diferenciada,Cuidado no encaminhamento dos

procedimentos de rotina.

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Aspectos importantes na realização da entrevista pelo assistente socialCuidado com a formulação de

perguntas – “tendência à aquiescência”(THIOLLENT, 1985),

Interação não verbal – observação dos gestos, expressões – “o corpo fala”, (MIRANDA, 1991)

Estar atento ao silêncio do usuário que pode significar resistência, reflexão ou falta de entendimento do que está sendo perguntado.

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Aspectos importantes na realização da entrevista pelo assistente socialEscuta atenciosa – sumarização das

questões trazidas pelo usuário, respostas ao conteúdo de forma resumida e organizada verificando se entendemos o que este falou.

Resposta aos sentimentos – perceber e comunicar-lhe os sentimentos.

Resposta através de imagens – representação simbólica.

Retornar as perguntas para que ele tente responder.

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Conclusão“A intencionalidade teórica tem que ser

trabalhada e respeitada no processo de entrevista. Quando não conseguimos uma leitura teórica, não viabilizamos uma prática crítica, a teoria por si só não nos garante a habilidade prática, que é conseguida, através da experiência e da reflexão sobre o que fazemos. É por meio da articulação teórico- metodológica no exercício profissional que viabilizamos ações consequentes no espaço institucional.” (SILVA, 1994, p. 58)

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BibliografiaCFESS, Conselho Federal de Serviço Social. Código de

Ética Profissional do Assistente Social. Brasília. 1993.GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade no trabalho do

assistente social. s/d.KISNERMAN, Natalio. Temas de Serviço Social.

Tradução de Margarida L. Pizante. 2ª edição. São Paulo: Cortez e Moraes. 1976.

MIRANDA, Clara Feldman de & MIRANDA, Márcio Lúcio de. Construindo a relação de ajuda. 7ª edição. Belo Horizonte: Editora Crescer. 1991.

SHAFF, Adam. A concepção Marxista do indivíduo. Apud SALES, Mione Apolinário. A moral e o indivíduo na tradição marxista In Serviço Social e Sociedade. Nº 38. São Paulo: Cortez, 1992.

SILVA, Jurema A. Pereira. O papel da entrevista na prática do Serviço Social. EM PAUTA - Cadernos da Faculdade de Serviço Social. Nº 6 – Rio de Janeiro:UERJ, 1995.

THIOLLENT, Michel. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. São Paulo: Polis, 1985.