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MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA UNISALESIANO LINS – Rua Dom Bosco, 265 – Vila Alta – CEP 16400-505 – Fone (14) 3533-5000 - Site: www.unisalesiano.edu.br - E-mail: [email protected] O PAPEL DA LIDERANÇA NA CONDUÇÃO DE DIFERENTES GERAÇÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO THE LEADERSHIP ROLE TO DRIVE DIFERENT GENERATIONS IN THE WORK ENVIRONMENT Adriel Leal Diniz [email protected] Gustavo de Carvalho Lazzari [email protected] Jaqueline Suelen Faria Ventura [email protected] Lisandra Silva Pinheiro [email protected] Marcos Vinícius Constâncio [email protected] Graduandos em Administração Unisalesiano Lins ________________________________________________________________________________________ RESUMO O presente trabalho apresenta a importância da liderança na condução da equipe para obtenção dos resultados esperados pela organização. Aborda que em cada situação a liderança precisa ser aplicada de maneira especifica, pois a realidade que se impõe no dia a dia requer o domínio de suas teorias. Define os diferentes estilos de liderança, facilitando a comunicação e a compreensão por parte dos lideres e liderados. Cita também o papel do líder e suas características no ambiente de trabalho, que por sua vez tem a possibilidade de influenciar sua equipe e criar um clima organizacional favorável para a realização de suas tarefas. A necessidade do conhecimento e habilidades exigidas por parte dos lideres na gestão de conflitos, pois estes fazem parte do cotidiano das organizações. Relata de maneira específica sobre as gerações baby boomer, X e Y, suas características e personalidades na qual é de extrema relevância para o gestor identificar o perfil e o comportamento de seus colaboradores. Assim como desenvolver ações que proporcionam a integração dessas gerações garantindo o bom relacionamento entre as mesmas e alcançar os objetivos e metas da empresa. Palavras-chave: Liderança. Gerações. Ambiente organizacional. INTRODUÇÃO Este trabalho, sustentado por pesquisa bibliográfica, tem o objetivo de observar como a liderança pode ser exercida para obter resultados satisfatórios de diferentes gerações no mesmo ambiente de trabalho. A conjuntura do meio coorporativo vivenciado atualmente pelos gestores caracteriza-se por possuir um material humano bastante heterogêneo. Jovens invadem o mercado de trabalho cada vez mais cedo e ao mesmo tempo os

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UNISALESIANO LINS – Rua Dom Bosco, 265 – Vila Alta – CEP 16400-505 – Fone (14) 3533-5000 - Site: www.unisalesiano.edu.br - E-mail:

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O PAPEL DA LIDERANÇA NA CONDUÇÃO DE DIFERENTES GERAÇÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO

THE LEADERSHIP ROLE TO DRIVE DIFERENT GENERATIONS IN THE WORK ENVIRONMENT

Adriel Leal Diniz – [email protected]

Gustavo de Carvalho Lazzari – [email protected] Jaqueline Suelen Faria Ventura – [email protected]

Lisandra Silva Pinheiro – [email protected] Marcos Vinícius Constâncio – [email protected]

Graduandos em Administração – Unisalesiano – Lins ________________________________________________________________________________________

RESUMO O presente trabalho apresenta a importância da liderança na condução da equipe para obtenção dos resultados esperados pela organização. Aborda que em cada situação a liderança precisa ser aplicada de maneira especifica, pois a realidade que se impõe no dia a dia requer o domínio de suas teorias. Define os diferentes estilos de liderança, facilitando a comunicação e a compreensão por parte dos lideres e liderados. Cita também o papel do líder e suas características no ambiente de trabalho, que por sua vez tem a possibilidade de influenciar sua equipe e criar um clima organizacional favorável para a realização de suas tarefas. A necessidade do conhecimento e habilidades exigidas por parte dos lideres na gestão de conflitos, pois estes fazem parte do cotidiano das organizações. Relata de maneira específica sobre as gerações baby boomer, X e Y, suas características e personalidades na qual é de extrema relevância para o gestor identificar o perfil e o comportamento de seus colaboradores. Assim como desenvolver ações que proporcionam a integração dessas gerações garantindo o bom relacionamento entre as mesmas e alcançar os objetivos e metas da empresa. Palavras-chave: Liderança. Gerações. Ambiente organizacional.

INTRODUÇÃO

Este trabalho, sustentado por pesquisa bibliográfica, tem o objetivo de observar

como a liderança pode ser exercida para obter resultados satisfatórios de diferentes

gerações no mesmo ambiente de trabalho.

A conjuntura do meio coorporativo vivenciado atualmente pelos gestores

caracteriza-se por possuir um material humano bastante heterogêneo. Jovens

invadem o mercado de trabalho cada vez mais cedo e ao mesmo tempo os

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funcionários mais antigos, demoram mais para se aposentar. A mistura de diferentes

gerações é uma realidade cada vez mais inevitável e impõe aos líderes uma

necessidade de preparação importante para conduzir a equipe.

É um campo fértil para conflitos haja vista a divergência de valores e culturas

entre os colaboradores. Entretanto, alimentar o debate das diferentes ideias de

maneira construtiva pode ser favorável ao negócio. O Trabalho em conjunto é uma

necessidade para qualquer tipo de atividade empresarial e saber conduzi-lo exige

empenho constante.

As duas últimas décadas causaram transformações sem precedentes nas

relações pessoais e profissionais. Imediatismo, liberdade e satisfação pessoal são

características das novas gerações que se opõe aos costumes das gerações que

compreendem a faixa etária mais avançada. Influenciada pelo surgimento constante

de inovações tecnológicas, informatização e mídias digitais, a sociedade se revela

culturalmente muito dinâmica. Diante disso, a importância de um gestor cresce na

tarefa de estabelecer harmonia e convergência de ideias de uma equipe para atingir

seus objetivos.

Conforme Vergara (2009, p. 83): “liderança requer humildade suficiente para se

aprender, permanentemente, a lidar com indivíduos e grupos, de forma a mobilizá-los

para uma causa, no caso, atreladas as escolhas da empresa”.

A luz deste contexto surge o seguinte questionamento:

A convivência de várias gerações em um único ambiente de trabalho pode

desencadear conflitos e ganhos?

Através do levantamento de conceitos consolidados sobre as teorias

relacionadas à matéria, este estudo buscará subsidiar os gestores no sentido de

aperfeiçoar a aplicação de técnicas para a obtenção de um bom trabalho em equipe.

1 LIDERANÇA

A liderança sempre se faz presente quando existe a necessidade de alcançar

um objetivo ou uma meta traçada por uma equipe, ou uma empresa, onde todos os

membros irão trabalhar juntos sob a liderança de um único membro em busca de

realizar o objetivo estabelecido e consequentemente, alcançar o sucesso esperado,

auxiliando na condução e orientação das tarefas a serem realizadas. Segundo

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Chiavenato (1989), liderança é a capacidade de influenciar as pessoas e seus

comportamentos.

Através da influência, Griffin e Moorhead (2006) citam duas abordagens que

estão ligadas a liderança que são a liderança transformacional e a liderança

carismática.

Se a liderança é aplicada de maneira aceitável buscando envolver os

colaboradores, estes trabalham mais e melhor, de forma criativa, participativa e

produtiva em busca das metas e objetivos a serem alcançados. (RIBEIRO, 2003).

Liderança é um processo que envolve três elementos: pessoas, poder e

influência. Primeiramente pessoas, pois estas precisam ser dirigidas, orientadas a

realizar uma tarefa. Em seguida, poder, que transmite uma relação de delegação na

liderança onde o líder distribui a tarefa. E por fim, a influência, capaz de fazer com que

as pessoas desempenhem suas funções da melhor maneira possível. (SOBRAL;

PECI, 2008).

O processo de liderança deve acontecer de forma positiva ao ponto que a

pressão, imposição e autoridade são características que dificultam a aceitação das

pessoas, o que pode gerar desconfortos, conflitos e resistência por parte dos

liderados.

Segundo Griffin e Moorhead (2006, p. 276): “liderança não envolve força nem

coerção. Um gestor que confia somente na força e na autoridade formal para gerenciar

o comportamento dos subordinados não exerce liderança”.

Para Kanaane (1997), o processo de liderança deve enfatizar tanto às

necessidades individuais como às da equipe, considerando estes como centro de

execução do trabalho, agindo de maneira facilitadora e reforçadora.

A comunicação clara, adequada e precisa são componentes de extrema

importância no processo da liderança, pois todos precisam estar cientes de quais são

as metas e quais os procedimentos a serem adotados para a realização das tarefas.

A boa comunicação é uma ferramenta estratégica para obter sucesso nas

organizações.

A liderança abrange vários tipos de comportamentos e características,

dependendo muito de cada situação e de suas complexidades, algumas de fácil

resolução e outras com maiores níveis de dificuldade. Segundo Griffin e Moorhead

(2006, p. 282), “seu foco é na compreensão de como diferentes situações exigem

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diferentes tipos de liderança”.

2 ESTILOS DE LIDERANÇA

Os estilos ou tipos de liderança são características pessoais de cada líder;

essas características apresentam-se a partir de decisões, atitudes e posições que

cada um vem a tomar em determinadas situações dentro da organização. Dentre os

estilos tem-se: autocrática, democrática e liberal.

2.1 Liderança Autocrática

Trata-se da liderança na qual o líder designa quais são os caminhos e as

diretrizes a serem seguidas sem a intervenção do grupo de colaboradores. Esse estilo

frequentemente mostra uma certa aversão dos colaboradores que não gostam do

ambiente de trabalho, mesmo gostando de sua função, tendem a não demonstrar,

além de que as atividades são feitas apenas quando o líder está presente. (RIBEIRO,

2003)

2.2 Liderança Liberal

Esse estilo de liderança apresenta suas próprias peculiaridades, sendo elas a

total liberdade do grupo em tomar as decisões sozinhos, desde a maneira de se

realizar a tarefa até com quem deseja trabalhar. A participação do líder é mínima,

apresenta o que a organização espera e mostra as ferramentas disponíveis para tal

execução, mas não organiza, ou avalia a situação, assim não impondo respeito.

(RIBEIRO, 2003)

2.3 Liderança Democrática

A participação do grupo junto ao líder nas estratégias, tomadas de decisões e

ideias é a principal característica desse estilo de liderança.

Aqui o líder procura igualar-se mesmo ao grupo, mostrando ser acessível e

aberto a diálogos abertos e cordiais.

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Nesse contexto, o líder além de cumprir seu papel em relação a traçar um

objetivo em conjunto está para aconselhar de maneira técnica, para sugerir possíveis

alternativas para os obstáculos que surgirem. O grupo trabalhando a partir dessa ótica

de liderança, apresenta bons resultados com a presença física ou não do líder.

(RIBEIRO, 2003)

Segundo Ribeiro (2003), além desses estilos citados acima, tem-se outros

enfoques que ajudam a definir as características e atribuições de um líder tais como:

a) liderança centrada na tarefa: tem apenas o enfoque nas realizações das

tarefas e apresentação de seus resultados;

b) liderança centrada nas pessoas: sua principal preocupação são as pessoas

e os aspectos humanos, tendo sempre em vista o bem estar de seus

subordinados para que se mantenha uma equipe de pé e motivada;

c) ênfase na produção: esse estilo é voltada exclusivamente para os resultados

na realizações das tarefas.

3 LIDER

Líder é aquele que conduz e influencia um grupo para o mesmo objetivo. É

aquele que trabalha suas motivações e de seus seguidores e tem essa capacidade

em todos os momentos e situações.

Segundo Petracca (2008), líderes são os que, em um grupo, ocupam uma

posição de poder que tem condições de influenciar, de forma determinante, todas as

decisões de caráter estratégico. O poder é exercido ativamente e encontra legitimação

na correspondência com as expectativas do grupo.

Todo administrador deveria ser um líder para tratar devidamente os seus

colaboradores, porém um líder não precisa necessariamente ser um administrador.

3.1 Características Pessoais do Líder

De acordo Maximiano (2000), algumas características são importantes para

que o líder tenha um desempenho eficaz; tais como:

a) boa comunicação;

b) relacionamento interpessoal;

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c) empatia;

d) persuasão;

e) imparcialidade;

f) administração de conflitos;

g) diplomacia;

h) dinamismo;

i) feedback;

j) ser bom ouvinte;

k) trabalho em equipe.

Existem pessoas que tem maior motivação do que outras para exercer a função

de líder e há pessoas que são mais habilidosas do que outras para liderar.

Possivelmente, tais características são vinculadas. É provável que pessoas com maior

motivação também tenham maior habilidade.

3.2 Traços de Personalidade de Um Líder

Apesar de inúmeros estudos abordando os traços de personalidades em

situações em que alguém desempenhou algum papel de liderança, até hoje, não foi

possível detectar um conjunto de traços de personalidade comum a todos os líderes.

(MAXIMIANO, 2000)

Os traços mais característicos são o senso de identidade pessoal e a iniciativa

nas relações pessoais. Porém, nem todas as pessoas que possuem esses traços de

personalidade se tornam líderes. (MAXIMIANO, 2000)

3.3 Motivação do Líder

Existem pessoas que são líderes pelo prazer de liderar e não por suas

habilidades. Esse tipo de pessoa procura satisfazer essa necessidade alcançando

posições em que possa influenciar o comportamento alheio.

Segundo McClelland (2000) pode-se satisfazer a necessidade de poder de

muitas maneiras (controle de recursos, informação e pessoas). Alem disso, a

necessidade de poder desconsidera a recompensa material – o que importa é o que

a pessoa consegue fazer com o poder.

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4 LIDERADOS

Segundo Petracca (2000), líder e liderados encontram-se numa relação de

influência recíproca. Os liderados são colaboradores de quem exerce a liderança.

Sem liderados não há liderança, nem missão.

4.1 Motivações dos Liderados

A motivação e a liderança são interligadas. O líder estabelece uma missão ou

tarefa aos seus liderados porque é de seu interesse realizá-la.

Os subordinados podem aceitar desde que também seja de seu interesse. Por

isso pode-se afirmar que toda liderança é transacional, sempre existe uma troca entre

o líder e os liderados. (MAXIMIANO, 2000).

4.2 Competências dos Liderados

A competência dos liderados é uma variável determinante da liderança. A

competência dos liderados varia de forma inversamente proporcional à liderança.

Quanto maior a competência dos seguidores menos necessidade de intervenção do

líder.(MAXIMIANO, 2000)

5 GESTÃO DE CONFLITOS

A habilidade de administrar conflitos é uma das habilidades mais importantes

que um gerente deve ter. Uma pesquisa realizada pela American Management

Association mostra que o gerente médio passa aproximadamente 20% de tempo

lidando com conflitos.

A gestão de conflitos segundo pesquisa realizada com os gerentes foi

classificada como mais importante que a tomada de decisão, liderança ou habilidades

de comunicação. (ROBBINS; DECENZO, 2004).

São diferenças percebidas que resultam em algum tipo de interferência ou

oposição. Se as pessoas perceberem essas diferenças, existe então um estado de

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conflito. Outra definição mostra outras formas de interferências sutis, indiretas e

altamente controladas ou, até mesmo atos abertos, tais como: greves, protestos e

guerras.

De acordo com Robbins; Decenzo (2004), com o passar dos anos três pontos

de vista diferentes sobre conflitos se evoluíram: ponto de vista tradicional do conflito,

ponto de vista de relações humanas sobre o conflito e ponto de vista interacionista do

conflito.

Nenhum conflito pode ser adotado como aceitável e inaceitável sob todas as

condições. O tipo de conflito que promovem tratamento saudável e positivo em um

departamento, pode em outro departamento ser totalmente disfuncionais, portanto,

funcionalidade e disfuncionalidade é uma questão de julgamento. Os gerentes devem

estimular os conflitos para alcançar benefícios, porém, reduzindo seu nível quando

esses conflitos tornarem-se destrutivos. (ROBBINS; DECENZO, 2004).

6 GERAÇÕES BABY BOMMERS, X, Y.

6.1 Surgimento das Gerações

Um questionamento muito comum é como que surgiram tantas gerações, e como

são definidas as gerações a partir de que aspectos e características que se definem

quem é de qual geração. Mesmo estando ligado diretamente à idade de cada

indivíduo, não é a maneira mais simples de se identificar a qual geração ele pertence,

pois para que essa classificação seja feita, leva-se em consideração inúmeros outros

fatores como, cultura, família, educação, poder econômico e a localização.

(OLIVEIRA, 2012)

A maneira mais adequada de se identificar a geração leva-se em conta os

acontecimentos sócios e culturais que afetaram e definiram o futuro dos mais jovens,

além de aspectos comportamentais, facilitando a identificação.

Essa maneira de classificação tem como objetivo apontar as diferenças que são

apresentadas na maneira como cada geração se comportava, e os grandes

movimentos históricos que ajudaram a interferir nas mudanças que ocorreram e

ocorrem na sociedade.

Geração entende-se por um grupo de pessoas que nasceram no mesmo ano ou

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em uma mesma época e que vivenciaram as mesmas histórias ou semelhantes que

marcaram suas personalidades. (OLIVEIRA, 2012)

As gerações possuem características distintas, opiniões diversificadas,

comportamentos extremamente desiguais, pois cada uma delas nasceu em épocas

com situações diferentes, cresceram e se desenvolveram em ambientes onde as

mudanças estavam sempre presentes. Portanto, cada geração possui suas

prioridades, habilidades, seu potencial e diferencial que agregam valores as

organizações.

“O comportamento de um indivíduo diz respeito ao aprendizado que é

repassado a partir da adolescência, onde surgem os valores e as conclusões”.

(ERICKSON, 2011, p.3)

7 TIPOS DE GERAÇÕES

7.1 Geração Baby Boomer

Erickson (2011) classifica os baby boomers os nascidos no período de 1946 a

1964, geração voltada à extrema competição que se empenha no trabalho com

objetivo de conquistar um cargo hierárquico na empresa.

Após dois grandes conflitos mundiais, o mundo tornou-se algo que ninguém

espera, um lugar estranho. É a partir desse cenário que os jovens da época viram-se

responsáveis por reconstruir o mundo.

A presença dessa nova geração e seus jovens começaram a se tornar notáveis,

pois começaram a contestar a maneira que se vivia, desde o modelo de família

imposto, até em relação a maneira de ensino das instituições. Não mostraram medo,

foram para rua contestar e impor suas fortes opiniões, desencadeando importantes

revoluções políticas. (OLIVEIRA, 2012)

7.2 Geração X

Segundo Erickson (2011), a geração X compreende os nascidos entre 1965 a

1979, que passou por diversas situações no momento da adolescência, fatores tais

como: economia estagnada aumentando de maneira significativa, o desemprego dos

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adultos, eventos políticos como a primeira Guerra do Golfo e o Impeachment na

presidência. Na ciência, houve a adulteração do medicamento Tylenol em 1982 que

resultou em mortes e também presenciaram a clonagem de uma ovelha no ano de

1997. No ambiente familiar, crescimento dos divórcios onde as mães tiveram que

ingressar no mercado de trabalho, em consequência, a geração X teve que assumir

responsabilidade mais cedo que o esperado, tais como cuidar dos irmãos ou ficar

sozinhos em casa.

A maioria passa os primeiros anos da vida adulta e estabelece autonomia

pessoal. É quase certo que este foi o foco nos seus últimos 10 ou 20 anos de vida, ou

quem sabe ainda na sua adolescência, em razão da precocidade com que muitos de

vocês assumiram responsabilidades. (ERICKSON, 2011).

No momento em que os X ingressaram no mercado de trabalho tiveram que

competir com a experiência dos baby bommers, concorrer por vagas onde a maioria

já estava ocupadas.

A geração X luta para conquistar seu espaço no ambiente de trabalho e nos

dias de hoje, existe a concorrência com a geração Y que estão surgindo atraindo

olhares e aumentando as expectativas das empresas.

Atualmente, muitos da geração X buscam conciliar trabalho com família, ou

seja, qualidade de vida no ambiente empresarial e familiar, necessidade de passar um

tempo no convívio da família, empenham-se em ser bons pais em busca da satisfação

pessoal e profissional.

Após um longo período na carreira, os funcionários da geração X tendem a se

sentir desmotivados, cansados e insatisfeitos. É preciso definir quais as prioridades e

buscar o encaixe juntamente com a empresa.

7.3 Geração Y

Segundo Erickson (2011), a geração Y compreende os que nasceram entre

1980 a 1995, e sempre esteve ligada à tecnologia. Desde muito cedo aprenderam a

explorar esta vantagem competitiva, possuem autoconfiança, autossuficiência e cada

vez mais buscam aprimorar suas habilidades. Possuem grande facilidade de

relacionamento e comunicação tanto na família como na empresa, os pais são

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dedicados e presentes. Uma geração que busca compartilhar seus conhecimentos,

reconhecimento e respeito mútuo em relação às outras gerações. (OLIVEIRA, 2012)

O fator que é considerado um dos pontos mais altos quando se trata da geração

Y é a internet, levando a comunicação e o alcance de informações a outro nível,

quebrando barreiras e facilitando a globalização. Antes, acontecimentos sociais, e

manifestações que se mantinham restritos tornaram-se de acesso mundial, ajudando

a moldar e tornando-se uma grande referência até a vida adulta.

Segundo Oliveira (2012 p.10): “o crescimento contínuo da internet nos últimos

15 anos permitiu o acesso de bilhões de pessoas a um conteúdo dinâmico, mutante e

absolutamente diversificado”.

Contudo, a internet veio para modificar a maneira de como se viver, ela pode

ser considerada uma das principais razões de inúmeras manifestações, tantos sócios

quanto comportamentais. Esse fenômeno vem de frente e ultrapassa barreiras

impostas principalmente no fator socioeconômico.

O resultado dessa evolução tecnológica é a ideia de que todos são iguais e

estabelecer a internet como um marco definitivo nas transições de comportamentos e

cultura de diferentes países.

Os jovens da Geração Y já perceberam isso e são os mais engajados nessa

transformação cultural. Por isso, tem dificuldades em classifica-los pelos padrões

tradicionais e com facilidade os caracterizamos como mutantes, ansiosos e

inconstantes. (OLIVEIRA, 2012).

Na geração Y existe uma mistura de expectativa e otimismo que faz com que

os jovens considerem o futuro como os melhores tempos que virão.

A geração Y é a primeira a se favorecer do futuro, porque seus integrantes

possuem várias comodidades que não existiam no passado. Podem também dispor

de todos os avanços tecnológicos e das possibilidades de comunicação imediata e

sem custo com qualquer pessoa para ser um profissional competitivo.

Esse cenário é efeito de muitos esforços conjuntos e de escolhas, certas e

erradas, dos últimos anos. Obviamente, este cenário traz grandes desafios para a

geração Y, pois ela deve usar toda a capacidade que possui para propiciar as

gerações futuras os avanços ainda não alcançados, trazendo uma melhor gestão para

o meio ambiente e melhor qualidade de vida para a sociedade.

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A geração Y está em seu melhor momento, porém deve ter calma, em especial

com os veteranos que ocupam o lugar que ela almeja.

Quando essa geração que é formada por jovens nascidos entre 1983 e 1994

dominar as posições em escritórios de organizações de todos os portes, setores e

perfis, é natural que as empresas mudem sua maneira de pensar e principalmente

seus mecanismos de relacionamento.

Os jovens da geração Y também são conhecidos por fazer muitas tarefas ao

mesmo tempo, como enviar mensagens, conversar no telefone, acessar sites de

relacionamentos e até ouvir músicas.

Esta característica de multitarefa é obtida por meio da tecnologia. Fator muito

valioso em uma equipe de trabalho, pois estes profissionais estão sempre a procura

de informações atualizadas e buscam uma resolução simples e rápida para os

problemas. Além disso, são muito habilidosos com tecnologias em geral como o uso

de computadores e dispositivos portáteis para todos os tipos de tarefas. Em suma, os

integrantes dessa geração não possuem dificuldades diante das tecnologias como as

gerações anteriores. (OLIVEIRA, 2012)

É possível definir como características dessa geração: inteligência, ajuda ao

meio ambiente, sustentabilidade, busca por ter menos filhos e um engajamento para

planejar um futuro melhor para as próximas gerações. (OLIVEIRA, 2012)

7.3.1 A Geração Y e o Mercado de Trabalho

Um aspecto interessante da geração Y é a forma de interação desses jovens

na área profissional. Anteriormente, a comunicação era formal e de menor interação

entre os colaboradores, especialmente ao se tratar de cargos superiores e inferiores.

Hoje, não existe toda essa formalidade, há uma maior interação e troca de

conhecimentos, sejam pessoas com maior estudo ou não.

Essa forma de interação rompe barreiras e acaba formando laços de amizade,

sem esquecer o profissionalismo.

A geração Y é formada por pessoas mais maduras, com uma grande

inteligência emocional, que não misturam as situações. São considerados ótimos

colaboradores, que não geram problemas desnecessários de relacionamento

interpessoal.

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As pessoas da geração Y são ideais para fazer parte de uma equipe, pois

asseguram um ambiente de trabalho calmo e verdadeiro, especialmente porque estes

jovens costumam ser fiéis em que acreditam, e se comprometem a cumprir suas

metas e atingir seus objetivos dentro da organização. (OLIVEIRA, 2012)

Os gestores que procuram empregar este tipo de colaborador é estar sempre

acessível para ouvi-los e procurar se comunicar através de celular, e-mails e redes

sociais que são os meios mais eficazes de contato com essas pessoas. Outra

característica relevante da geração Y, é que vinte por cento desses jovens já são

chefes de equipe, demonstrando uma grande capacidade e espírito de liderança.

Esta geração quer uma ascensão rápida de cargo e busca atender todas as

necessidades da organização, sem gerar rivalidade entre os colaboradores da

mesma. Em virtude dessas características relacionadas ao estilo de vida e a pró-

atividade, foram necessárias reestruturações em várias empresas a fim de adaptação.

O ambiente é mais limpo, com menos salas e paredes, facilitando a interação entre

todos os integrantes da equipe.

A geração Y é formada por pessoas que vão obter mais lucros para as

organizações através de sua mentalidade mais avançada. São profissionais que se

adaptam melhor em todas as áreas e propiciam aos gestores de empresas e líderes

melhores resultados e certeza de bons negócios.

7.4 Integração entre as Gerações

Existem ações que as empresas podem tomar para fazer uma boa integração

entre as gerações, dentre elas três conceitos devem ser respeitados: desenvolver,

potencializar e conectar. (OLIVEIRA, 2012)

O primeiro desses conceitos, desenvolver requer principalmente conhecer e

detectar as deficiências de conhecimento que o jovem profissional traz ao vir da

universidade. É necessário identificar quais competências estão faltando em gerenciar

suas expectativas. Diante disso, é possível criar mecanismos para incentivar os

recém-chegados, através do e-learning e da própria prática diária.

Quando é detectada lacuna de conhecimento dessa geração e desenvolvido o

potencial com novas informações, é preciso potencializar esse conhecimento. Para

isso, o integrante da geração Y deve ser ajudado a descobrir como pode auxiliar a

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empresa dentro de sua estrutura. É necessário que haja espaço na cultura da

organização.

O terceiro conceito a ser valorizado com esse novo colaborador é a conexão,

onde não se aplica somente no ponto de vista tecnológico, mas especialmente na

interação com outras pessoas. Para isso o segredo é autorizar que o jovem Y

comunique-se com os líderes, gerentes, gestores e outros funcionários por meio de

instrumentos tecnológicos para trocar ideias e experiências.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para lidar e comandar diferentes gerações é necessário muito conhecimento,

buscando valorizar e explorar o melhor que cada geração tem a apresentar. Mesmo

quando as diferenças são gritantes e difíceis de serem vencidas deve se levar em

consideração o traço de personalidade e como o líder utilizará seus conhecimentos e

habilidades para transformar esses traços em algo positivo para o ambiente de

trabalho, independentemente de qual geração ele se formou. Conflitos tanto entre os

colaboradores e líderes são comuns, pois são opiniões e culturas distintas, mas essas

características podem vir a ser uma ferramenta estratégica. Utilizando também uma

boa comunicação, base para qualquer realização de tarefas ou atividades em grupo,

vale nutrir uma relação baseada na influência recíproca e motivação, ferramentas que

serão necessárias para bons resultados no tocante à condução de pessoas. Para que

o líder consiga uma boa liderança é necessário que ele busque o equilíbrio entre essas

gerações. Que tenha o respeito de seus liderados, pois o verdadeiro líder é

conquistado com trabalho, respeito, conhecimento, catalisador de ideias e não por

imposição de alguém o que causa um grande conflito entre todos os colaboradores

do setor.

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO,I. Iniciação à administração geral. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.

MISSÃO SALESIANA DE MATO GROSSO – MANTENEDORA

UNISALESIANO LINS – Rua Dom Bosco, 265 – Vila Alta – CEP 16400-505 – Fone (14) 3533-5000 - Site: www.unisalesiano.edu.br - E-mail:

[email protected]

ERICKSON, T. E agora geração X? : como se manter no auge profissional e exercer a liderança plena numa época de intensa transformação. Tradução Bruno Alexander. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

GRIFFIN, R. W.; MOORHEAD.G. Fundamentos do comportamento organizacional. Tradução Fernando Moreira Leal, André Siqueira Ferreira. São Paulo: Atlas, 2006.

KANAANE, R. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao século XXI, 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999

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ROBBINS, S. P.; DECENZO, D. A. Fundamentos de administração: conceitos essenciais e aplicações. Tradução Robert Brian Taylor. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

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