O PAPEL DO CONTROLLER NA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE ... RIBEIRO DA SILVA.pdf · universidade...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O PAPEL DO CONTROLLER NA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Por: Fernando Ribeiro da Silva
Orientador:
PROF. CELSO SANCHES
RIO DE JANEIRO
2003
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O PAPEL DO CONTROLLER NA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Apresentação de monografia à Universidade Cândido
Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso
de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Finanças e Gestão
Corporativa.
Por: Fernando Ribeiro da Silva
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha família pelo apoio e
dedicação, à uma pessoa muito especial
pelo amor, estímulo e carinho, e à Deus
por me acompanhar em todos os
momentos de minha vida.
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado a todas as
pessoas que acreditam que na vida
podemos realizar tudo o que sonhamos,
bastando para isso muita força de
vontade, fé e respeito ao próximo acima
de tudo.
“Confia no Senhor e faze o bem; assim habitarás na terra, e te
alimentarás em segurança. Deleita-te também no Senhor, e
ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu
caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. E Ele fará
sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o
meio-dia.”
Salmo 37:3,6
RESUMO
No cenário econômico atual as empresas necessitam de um sistema de
informação adequado para, com base em relatórios, tomarem as decisões mais
acertadas na obtenção de maiores lucros e crescimento sustentado.
O sistema de informação é importante para gerar dados que serão
transformados em informações e conseqüentemente em relatórios, visando assim a
eficácia do executivo no exercício da tomada de decisão.
Um sistema de informação adequado reduz os custos, melhora a
produtividade, os serviços, a estrutura organizacional, a agilidade e o nível de
motivação das pessoas.
A motivação dos colaboradores da empresa é o ponto mais importante para
o sucesso da implantação de um sistema de informação, pois as pessoas estão
diretamente envolvidas - porém não gostam de mudanças - e na maioria das vezes
acabam sendo a principal barreira contra a implantação. Cabe às empresas,
convencerem os seus funcionários da necessidade da mudança, com treinamento,
engajamento e simplificação dos processos.
Este trabalho tem como objetivo discutir a importância da implantação de
um sistema de informação e os principais pontos a serem analisados pelo Controller
na implantação deste sistema.
SUMÁRIO
RESUMO ..................................................................................................................... 06 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 08 CAPÍTULO 1 DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ...... 10 CAPÍTULO 2 BARREIRAS NA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ................... 16 CAPÍTULO 3 A INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE O PLANEJAMENTO E O CONTROLE FINANCEIROS.........................................................................................
19
CAPÍTULO 4 A CONTROLADORIA E SEU PAPEL NA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO .............................................................................................................
25
CONCLUSÃO ............................................................................................................. 29 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 30 INDICE ......................................................................................................................... 31
8
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o mundo experimentou enormes avanços no
processo de industrialização, comercialização e prestação de serviços. Com isso, a
dimensão dos negócios passou a exigir técnicas mais apuradas e pessoas mais
capacitadas, sendo essa última a maior carência do Brasil no momento.
No mundo dos negócios, as decisões são tomadas com impressionante
rapidez e a concorrência cresce cada vez mais, diminuindo gradativamente a
margem de lucro das empresas.
Na última década, a economia mundial, por influência da abertura
econômica dos países e pela criação da internet, agigantou-se e globalizou-se
rapidamente, acirrando dessa maneira a competitividade tanto no mercado interno
como externo.
A partir do final da década de 80, três acontecimentos foram
importantíssimos para a economia brasileira: o Plano Collor, o Plano Real e a
globalização da economia.
O Plano Collor iniciou a abertura da economia brasileira ao exterior,
mantendo elevadas as taxas de inflação. Em meados da década de 90, o Plano
Real reduziu a inflação drasticamente, acabando assim com a especulação
financeira – aplicação de capital com rendimentos elevados – e deu continuidade à
abertura da economia ao exterior.
Com a inflação alta, as empresas não se preocupavam com os seus
custos, pois obtinham lucros através das receitas financeiras. Com a queda da
inflação, as empresas tiveram que investir na qualidade e na produtividade e ao
mesmo tempo reduzir os custos para manter sua sobrevivência.
Nesse cenário econômico, as empresas necessitam de um sistema de
informação adequado para, com base em relatórios, tomarem as decisões mais
acertadas para obtenção de maiores lucros e de crescimento sustentado.
Um sistema de informação pode ser descrito como um conjunto de
informações que são originadas, em toda a empresa, e que chegam ao responsável
para auxiliar na tomada de decisão. O sistema de informação não deve apenas
suprir todas as necessidades principais da empresa, como informações de natureza
contábil e financeira, mas também integrar esses dados a fatores de ordem física e
9
de qualidade, podendo assim haver comparações com o ambiente externo para
verificar a realidade dos fatos.
A implantação de um sistema de informação adequado é de fundamental
importância para que as informações geradas e, conseqüentemente, os relatórios
elaborados a partir dessas, correspondam à realidade, tornando as decisões dos
executivos eficientes, levando assim a empresa ao sucesso almejado.
Baseando-se nestas considerações, o presente trabalho tem como objetivo
demostrar os principais pontos a serem analisados pelo Controller na implantação
de um sistema de informação, que seja devidamente adequado às necessidades da
empresa, fornecendo aos executivos relatórios relevantes que expressem a
realidade, para que estes tomem suas decisões em busca dos melhores resultados
e crescimento contínuo.
10
CAPÍTULO 1 DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA
DE INFORMAÇÃO
Sistema de informação é o processo de transformação de dados em
informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando
a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados.
SCHWARTZ (1970, p. 4) cita que:
“Sistema de informações é um sistema de pessoas, equipamentos, procedimentos, documentos e comunicações que coleta, valida, executa operações, transforma, armazena, recupera e apresenta dados para uso no planejamento, orçamento, contabilidade, controle e outros processos gerencias para vários propósitos administrativos. Os sistemas de planejamento de informações tornam-se sistema de informações gerenciais quando sua finalidade transcende uma orientação para o processamento de transação, em favor de uma orientação para a tomada de decisões gerenciais”.
O sistema de informação é importante para gerar dados que serão
transformados em informações e conseqüentemente em relatórios, visando assim a
eficácia do executivo no exercício da tomada de decisão.
Um sistema de informação adequado reduz os custos, melhora a
produtividade, os serviços, a estrutura organizacional, a agilidade e o nível de
motivação das pessoas.
Uma das principais preocupações das empresas e dos executivos na
implantação de um sistema de informação é a quantidade de dados e informações
excessivas e irrelevantes que acabam por tomar tempo que seria útil na análise de
alguma informação realmente importante.
Um sistema de informação ineficiente gera dados e informações que não
correspondem à realidade, tornando as decisões dos executivos não acertadas e
podendo até levar a empresa ao insucesso.
Desta forma, torna-se evidente a necessidade de um sistema estruturado
de informações que forneça subsídios para o processo decisório dos executivos.
OLIVEIRA (1993, p. 81) cita que:
“Inicialmente, é necessário identificar as finalidades do sistema de informação a ser estruturado, para evitar a criação de um sistema que colete dados e informações
11
irrelevantes ou que possua um enfoque restrito, não considerando assim, dados e informações importantes para o processo decisório”.
O sistema de informações deve atender a determinados aspectos na sua
operacionalização, tais como:
a) Administração: corresponde à identificação e definição das
necessidades de informações. Os executivos devem considerar quais as
informações necessárias, tanto informações referentes aos negócios atuais quanto
aos negócios potenciais, como também as prioridades das informações, ou seja,
que fazem parte da missão da empresa.
b) Geração e arquivamento de informações do sistema: é necessário que a
empresa possua de forma estruturada um sistema de pesquisa de mercado, para
que o executivo possa “alimentar” e ter confiança no sistema de informação da
empresa. Desde que seja adequadamente realizada, a pesquisa propicia um
planejamento de mercado com alta probabilidade de sucesso, tornando rentáveis
os resultados.
O processo decisório é baseado na experiência dos executivos, que
dependem de dados elaborados e analisados tecnicamente. Para estimular a
utilização dessas informações, podem ser criadas normas e diretrizes que
estabeleçam e regulem a aplicação e divulgação de tais informações.
c) Geração e Avaliação: consiste na análise dos dados e informações
obtidas para verificar a sua relevância, consistência, urgência, confiabilidade e
precisão, bem como em interpretar e transformar estes dados em informações
gerencias, facilitando o processo decisório.
d) Disseminação de dados e informações: corresponde à operacionalização
de um sistema de distribuição das informações, de acordo com o perfil de interesse
e necessidade de cada executivo da empresa.
Segundo OLIVEIRA (1993, p.88), “deve haver um processo de
racionalização no tratamento de disseminação das informações, para que os
executivos não sejam “premiados” com várias formas de informações irrelevantes
que não necessárias à gestão empresarial”.
e) Utilização das informações da empresa: consiste na sistemática
incorporação das informações no processo decisório da empresa.
12
Cada vez mais as empresas estão adotando o planejamento estratégico
como meio de garantir o sucesso dos negócios, tendo assim os executivos
necessidades dessas informações para basear seus planos e decisões. Eles
precisam de informações sobre mudanças no ambiente que afetam os negócios de
suas empresas, bem como sobre a concorrência e as novas oportunidades no
mercado em que atuam.
f) O feedback das informações: consiste na sistemática e estruturada
adaptação do processo decisório, de acordo com os resultados obtidos pela
empresa, para atender cada vez melhor às necessidades de informações dos
executivos.
Este último aspecto procura fechar o circuito sistêmico dos dados e
informações inerentes ao processo decisório nas empresas.
O conhecimento das fases de implantação de um sistema de informação
proporciona sustentação para que o executivo possa operacionalizar
adequadamente tal sistema.
O executivo deve considerar o desenvolvimento de um sistema de
informação que objetive auxiliar a todos que participam do processo decisório da
empresa, através de informações que sejam confiáveis, na quantidade adequada,
na época adequada e com o custo compatível com o volume e a qualidade das
informações.
Segundo OLIVEIRA (1993, p. 92) “o objetivo básico de conceituação é
obter uma idéia preliminar e geral do volume e complexidade do projeto de
desenvolvimento e implementação do sistema de informações”.
No planejamento do sistema de informações devem ser respeitados alguns
itens básicos:
a) Planejamento alinhado ao plano empresarial: o sistema de informação
é um instrumento de apoio à consecução dos objetivos empresarias através do
suporte que dá à operacionalização das estratégias e, neste sentido, deve estar
alinhado com as mesmas.
b) Arquitetura do sistema de informação: consiste na estrutura geral do
sistema. A seleção da arquitetura de um sistema de informação é difícil e a clara
13
definição das informações requeridas e efetivamente necessárias reduz o número
de alternativas, facilitando a escolha e aumentando a possibilidade de boa
adequação do sistema. Ocorre que, na prática, os executivos têm dificuldades em
ordenar suas necessidades de informações segundo suas reais prioridades.
c) Alocação dos recursos para desenvolvimento: A alocação dos
recursos para desenvolvimento e operacionalização do sistema de informação
consiste em um orçamento e um cronograma. A alocação entre unidades
concorrentes e definição das prioridades devem ser condicionadas pela utilização
potencial e a importância da informação para cada unidade organizacional da
empresa.
d) Seleção da metodologia de planejamento: deve ser selecionada uma
ou mais metodologias de planejamento entre o conjunto de metodologias
alternativas que constam da literatura.
1.1 - Levantamento e análise do sistema de informação
O levantamento e análise do sistema de informação deve ser feito com
base em um roteiro estruturado cujas principais perguntas (relacionadas a sistemas
eletrônicos) são:
a) Quanto à análise das saídas: necessidades das saídas (o que os
executivos fazem com as informações?); estudo do formato (o que é mais
conveniente?); aumento da produtividade e maior simplicidade; e volume,
frequência e suas influências no processo decisório.
b) Quanto à análise das entradas: analisar formatação, volume e
frequência.
c) Quanto à análise do processador: as operações (considerar
quantidades, sequência, distribuição); o sistema de arquivamento (analisar
distribuição da autoridade para decisões e documentos emitidos pelo processador);
capacidade do processador (analisar carga de trabalho e adequação do
equipamento); equipamentos (analisar investimentos e o custo de manutenção);
custos do processador (considerar pessoal, equipamento e materiais necessários).
14
OLIVEIRA (1993, p. 96) afirma que:
“É através do sistema de informações que fluem as informações, permitindo o funcionamento da empresa. As informações são muito importantes, pois a sobrevivência pode depender dessas informações prestadas na hora certa e o executivo da empresa utilizá-las rápida e corretamente”.
1.2- Estruturação do sistema de informação
O sistema de informação deve ser estruturado respeitando a cultura de
atuação da empresa e uma das maneiras de analisar sua filosofia de atuação é
considerando sua postura frente ao risco empresarial (OLIVEIRA, 1993).
De acordo com essas análises, as empresas podem ser classificadas em:
a) Empresas que jogam com o risco;
b) Empresas que têm aversão ao risco;
c) Empresas que procuram e exploram oportunidades atuando de forma
interativa com o ambiente; e
d) Empresas que procuram riscos para atender aos seus objetivos de
crescimento, mas só os aceitam quando se julgam capazes de enfrentar reverses.
Algumas restrições ao sistema de informações devem ser consideradas,
como as leis existentes, as políticas administrativas, a estrutura organizacional e as
capacidades existentes.
A estruturação do sistema de informações pode ser, em alguns casos,
problemática. Para facilitar essa estruturação deve-se considerar:
a) A subdivisão do projeto a longo prazo em projetos menores;
b) A coerência com o potencial humano disponível;
c) A alocação de todos os custos necessários;
d) O estabelecimento de plano de carga de trabalho; e
e) A elaboração do gráfico de desempenho.
Na fase de estruturação do sistema de informações, os executivos devem
ter atenção à adequada sequência do processo.
15
OLIVEIRA (1993, p. 117) afirma que:
“O produto final da fase de estruturação do sistema de informações deve ficar consolidado em um relatório escrito. Esta situação possui as vantagens de apresentação completa de todos os fatos importantes. Com isso há possibilidade de se esclarecer pontos obscuros e sustentar aprimoramentos”.
16
CAPÍTULO 2 BARREIRAS NA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE
INFORMAÇÃO
A implantação de um sistema de informação, para muitas empresas, é a
fase mais problemática, pois pode apresentar algumas resistências como a de
funcionários.
Alguns funcionários, quando comunicados da implantação ou mudança de
algo, se sentem atacados ou traídos, colocando-se em posição de defesa. Já
outros reagem com resistência, raiva, ansiedade, frustração e confusão. Na
verdade, essas reações são decorrentes do medo de aceitar riscos e inovações
que nós profissionais brasileiros possuímos.
Para evitar ou minimizar tal situação, os executivos devem:
a) Preparar os funcionários: colocá-los cientes do que está por vir, levando
em consideração que uma perspectiva de tempo muito longa nem sempre é o ideal,
pois aumenta a ansiedade.
OLIVEIRA (1993, p. 118) cita que “a implantação do sistema de
informações pode ser desenvolvida de duas grandes maneiras alternativas:
implantação parcial em vários tempos ou implantação total em um só tempo”.
b) Descrever a implantação da maneira mais completa: como a mudança
pode afetar cada funcionário individualmente ou o grupo de trabalho como um todo.
Os executivos devem identificar quais serão os mais afetados.
c) Avaliar a desenvoltura organizacional de sua equipe: verificar se ela está
preparada para tal mudança, pois se não estiverem preparados podem recusar tal
implantação.
d) Envolver as pessoas na implantação: as pessoas envolvidas tendem a
resistir menos, pois passam a ter um sentido de controle. Os executivos devem
pedir a opinião sobre como deve ser a implantação, realizar pesquisas, grupos de
enfatização e votações.
e) Fornecer treinamento: os funcionários precisam ser orientados para
compreender no que consiste a “nova maneira” e por que razão ela é melhor. O
17
treinamento mantém os grupos unidos, permitindo assim, que eles expressem suas
preocupações e reforcem as técnicas recém-aprendidas.
f) Aprovar e recompensar as pessoas: Os executivos devem reconhecer e
recordar as realizações e os funcionários que as fizeram.
Os executivos deverão avaliar os relatórios fornecidos periodicamente, se
estão adequados, a influência que possuem na tomada de decisão e as
contribuições do sistema de informações.
O executivo deverá tecer consideração especial no fator humano nessa
fase de implantação do sistema, pois a má interpretação do sistema de informações
pelos funcionários poderá por em risco o sucesso da implementação e manutenção
de tal.
2.1 - Sistema de informação e processamento de dados
Existe uma grande difusão no meio empresarial quanto à utilização do
sistema de informação, principalmente após o processamento eletrônico dos dados.
No entanto, é importante observar que a utilização de sistemas integrados de
gestão empresarial pode levar as empresas a resultados desastrosos.
Existem atualmente, várias empresas que produzem sistemas de gestão,
como: a alemã SAP (que significa análise de sistemas e desenvolvimento de
programas); as americanas J. D. Edwards, Peoplesoft e a Oracle; as brasileiras
Datasul, Microsiga e a MXM; a holandesa Baan; a SSA; e a IFS.
A maioria das grandes e médias empresas já estão utilizando sistemas
gerenciais. Porém, as empresas que ainda não implantaram e pretendem implantar
devem fazer um levantamento minucioso dos ganhos e perdas que se têm quando
da implantação de tal sistema.
Os benefícios que advêm da implantação do sistema são ganhos de
produtividade, melhoria no giro de estoque, redução de funcionários, racionalização
de processos, corte de custos, fechamento contábil em menos tempo, resultados
fiscais em tempo real, entre outros.
Com esses sistemas, os executivos podem ter acesso a uma infinidade de
informações, como: quanto vendeu em um dia?, por produto?, por fábrica?, por
18
cliente?, quanto cada produto deu de margem de lucro?, quais os clientes mais
lucrativos?, isso tudo em tempo real.
O grande problema é que todas as informações da empresa estão
integradas e os próprios programas são capazes de tomarem decisões sozinhos.
Um exemplo é a emissão de um pedido feito pelo vendedor, que imediatamente
altera o planejamento de vendas, aciona a fábrica, a compra de matéria-prima pelo
almoxarifado e fornece ao cliente uma boa estimativa do prazo de entrega. Por
isso, é preciso que os dados sejam fornecidos corretamente por quem usa, senão
os erros se propagam também em tempo real.
Um outro problema é a dificuldade de implantação. Os sistemas geralmente
são caros e “pesados”. Sua implantação fica a cargo de uma quantidade elevada
de consultores, que atuam ao mesmo tempo em toda a empresa por até vários
anos, sem ter a confirmação que a implantação total vai ocorrer e se vai ser um
sucesso.
19
CAPÍTULO 3 A INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE O
PLANEJAMENTO E O CONTROLE FINANCEIROS
A partir do desenvolvimento industrial e comercial, o número de empresas
de médio e grande porte no Brasil aumentou consideravelmente. Com isso, a
necessidade de um sistema de planejamento tornou-se fundamental.
Os múltiplos fatores que surgiram, como: maior número de produtos,
concorrência e fontes de recursos onerosas, e atualmente a internet, forçam as
empresas a recorrerem a um sistema de planejamento que as dêem alguma base
para viver nesse novo cenário globalizado.
Para se obter a total eficiência dos sistemas de planejamento e controle, é
necessário determinar com clareza as responsabilidade e autoridades de cada
setor.
A Organização precisa possuir alguns fatores, como: organograma, manual
de organização (contendo denominação de cargo, área de responsabilidade,
funções gerais e responsabilidades e descrição minuciosa das tarefas) e manual de
instruções (com responsabilidades de cada departamento e suas normas de
trabalho).
As principais características do planejamento financeiro são:
a) Indicações para o Futuro: orientar as empresas no dia-a-dia. As
projeções atuais para o futuro, devidamente atualizadas de acordo com os fatos
decorridos no período, proporcionam à empresa segurança para que se mova na
melhor direção a ser tomada.
b) Flexibilidade na aplicação: deverá estar atento às flutuações do
mercado, para que dê subsídios à empresa, para que ela tenha condições de
ajustar-se às novas condições, proporcionando rapidez, segurança e eficiência.
As empresas deverão possuir uma estrutura enxuta e flexível, tendo assim
a mobilidade necessária, para que suportem tranqüilamente as mudanças que
ocorrem rapidamente no mundo de hoje.
As vantagens de um planejamento financeiro bem concebido e
tecnicamente adequado são:
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a) Disciplina nas Operações: todos os funcionários devem buscar os
objetivos determinados pelo plano financeiro. A avaliação periódica dos resultados
terá por base o definido no plano financeiro. O plano financeiro proporciona um
objetivo comum para todas as pessoas da empresa, proporcionando assim o
trabalho em equipe e o aprimoramento dos meios de comunicação entre as
pessoas.
b) Distinção entre o Necessário e o Supérfluo: toda a aplicação de recursos
que não venha a proporcionar maior rentabilidade, a curto ou a longo prazos,
deverá ser considerada supérflua. A distinção entre o necessário e o supérfluo é
em muitas das vezes difícil. Porém, o planejamento oferece melhores condições
para esse julgamento.
c) Senso de Responsabilidade em relação ao Lucro Previsto: a participação
de todos os setores da empresa na formação do plano financeiro proporciona
responsabilidade e conscientização nas pessoas em prol do objetivo de fazer tudo
em favor da rentabilidade e do crescimento constante da empresa.
d) Prática da “Administração por Exceção”: a comparação entre o real e o
orçado indica as deficiências por ventura existentes. O sistema orçamentário
permite visar de imediato os pontos de estrangulamento da empresa. As decisões
devem ser rápidas, mas nenhuma pode ser tomada sem conhecimento de causa.
As técnicas de planejamento permitem identificar os pontos fracos da empresa e
aplicar de imediato as correções devidas.
As condições básicas para o êxito do planejamento e controle financeiro
nas empresas são:
a) Apoio da Administração: qualquer inovação deverá possuir a anuência e
o apoio efetivo do Presidente, pois sem esse, dificilmente obterá o resultado
almejado, mesmo com um ótimo sistema de trabalho.
b) Organização adequada: o planejamento financeiro é muito amplo
(produção, vendas e administração) e exige uma preparação especial. Em grande
parte, o êxito depende do método usado na sua aplicação e do preparo de seus
executantes.
c) Entrosamento perfeito com a Contabilidade: o plano de contas da
empresa deve servir de base para o planejamento financeiro, com o entrosamento
21
entre as partes. A Contabilidade registra dados que correspondem aos valores
estimados, conduzindo assim a comparações e decisões acertadas. Todos os
funcionários da empresa deverão fazer um treinamento na Contabilidade, antes de
executarem suas funções.
d) Sistema adequado: deve ser simples, objetivo, formulado com vistas a
medidas efetivas e o mais econômico possível.
De acordo com TUNG (1993, p. 119) “o planejamento integral consiste em
vincular todos os planos de administração financeira aos da produção e venda e às
atividades administrativas da empresa”.
Todas as áreas devem operar em conjunto para que não haja uma
desarticulação, pois caso contrário, poderão afetar o resultado final e
conseqüentemente, não alcançar a meta empresarial.
O Controller deve estar atento para as possibilidades de cada setor.
O planejamento integral deve ser traçado em consonância com todos os
executivos responsáveis pela política da empresa, observando alguns passos
como:
a) Determinação do volume a ser alcançado durante determinado período
nas vendas e na produção;
b) Determinação dos recursos humanos necessários;
c) Determinação das providências pertinentes a cada setor da empresa;
d) Elaboração de um cronograma único para a execução integral do plano.
O planejamento a longo prazo deve alcançar de dois a cinco anos.
TUNG (1993, p. 119) cita que:
“A comissão de orçamento da empresa faz uma estimativa dos fatores externos, como: situação econômica do país, a tendência da política governamental, a evolução do comércio e da indústria, as tendências do mercado de trabalho, das exportações, da inflação (caso ocorra), dos preços por atacado, etc., e calcula as futuras necessidades internas da empresa, como: a disponibilidade de matéria-prima – especialmente as importadas – os novos equipamentos necessários aos planos de ampliação, a política relativa aos preços, o poder das empresas concorrentes, a evolução tecnológica, etc. Como essas estimativas estão baseadas em julgamentos, poderão sofrer alterações a longo do tempo”. Completando o ciclo de previsões, projetam-se também os aspectos
relativos ao mercado financeiro, como: a tendência da taxa de juros, da
disponibilidade e do custo do dinheiro.
22
O conjunto dessas previsões preliminares constitui a base do trabalho para
as estimativas de venda da empresa, as quais, por sua vez, servem de base para a
programação da produção.
TUNG (1993, p. 120) afirma que:
“As peças básicas desse planejamento são: o demonstrativo anual de resultado, o balanço geral para cada ano fiscal e o fluxo de caixa para o período. Todas as empresas precisam prever os acontecimentos a longo prazo para, em caso de necessidade, tomarem as providências necessárias para ajustar-se às novas tendências do mercado, finalidade essa para a qual o planejamento a curto prazo é ineficiente”.
É prática das empresas desdobrarem o orçamento anual em quatro
períodos, montando assim as previsões trimestrais. O controle dos fatores-chave é
feito pelo confronto entre o real com o orçamento anual e a previsão trimestral.
Em razão das freqüentes flutuações dos fatores econômico-financeiros do
mercado, a grande maioria das empresas brasileiras preferem avaliar seus
resultados sempre em função do orçamento anual e a previsão trimestral.
O planejamento a curto prazo possui os mesmos princípios que o de longo
prazo. Diferem em alguns aspectos, como: detalhamento (possui todos os
elementos necessários para o controle interno) e é elaborado em base mensal.
Atualmente, muitas empresas são controladas por empresas americanas e
européias. Esses tipos de empresas adotam o sistema de controle integrado,
baseado no método do Retorno sobre o Investimento. A avaliação do resultado de
cada linha de produto é feita mensalmente pela Comissão de Orçamento. Esta
comissão é formada por executivos de várias áreas da empresa, como Presidente,
o Vice-Presidente de Finanças, o Controller, o Tesoureiro, o Gerente Geral de
Produção, o Gerente Geral das Vendas. Porém os relatórios financeiros são
preparados pela Controladoria e apresentados pelo próprio Controller.
3.1- Padrões para o controle financeiro
Segundo TUNG (1993, p. 163):
“Para controlar a situação financeira da empresa, o Controller utiliza padrões internos e padrões externos. Os padrões fixados constituem apenas o razoável, o adequado, o normal. Resultam da experiência do passado ou da compilação de dados estatísticos atuais. Graças à utilização de padrões, a técnica do controle financeiro das empresas permite aos administradores manter o grau de eficiência desejado”.
23
Padrões internos são os padrões que são formulados através dos fatos
anteriormente ocorridos na empresa, utilizados para a elaboração, usados para
avaliar o êxito das operações anteriores, o resultado atual e as metas a alcançar no
futuro.
Na preparação do orçamento ou do custo fabril, os padrões internos são
muito úteis. Quando bem preparados, podem ser utilizados nos setores de vendas,
produção, despesas, pesquisas, etc.
TUNG (1993, p. 161 e 162) mostra que:
“Há um confronto entre o resultado real com o padrão que a empresa estabeleceu, visando avaliar o quanto a empresa avançou. A finalidade do padrão é preestabelecer um alvo. Se esse alvo se colocar muito fora da capacidade real da empresa, desestimulará qualquer esforço para atingí-lo. Se for demasiadamente baixo, redundará em inatividade e baixo rendimento. A empresa também terá que estar atenta a mudanças constantes que estão ocorrendo na economia atual, promovendo assim constantes ajustes para que se mantenha o objetivo de forma real”.
Padrões externos são elaborados a partir da avaliação dos resultados da
empresa em relação aos resultados alcançados por outras empresas do mesmo
ramo que apresentem condições operacionais semelhantes. Tanto os padrões
externos como os padrões internos constituem estimativas baseadas em
conclusões derivadas de estudos e indagações.
Os padrões precisam ser revisados periodicamente, pois no mundo atual,
as condições de trabalho mudam constantemente e em uma velocidade rápida,
tornando-os desatualizados. Os fatos atuais e futuros – uma nova tecnologia – são
motivos para que haja uma reavaliação dos padrões. O padrão mal feito é pior do
que sua inexistência.
Tendo cada empresa as suas peculiaridades, os padrões adotados acabam
sendo diferentes de empresa para empresa. Cabe ao Controller determinar quais
os tipos de padrões necessários, bem como fixá-los. Apesar de algumas atividades
serem mais suscetíveis de avaliação do que outras, é sempre possível fixar
padrões para qualquer atividade empresarial. São padrões comuns à maioria das
empresas:
a) Padrões da fabricação: padrão da quantidade das matérias-primas a
usar; padrão da quantidade da mão-de-obra; padrão do custo da mão-de-obra; e o
padrão do sobrecusto.
24
b) Padrões de venda: número de visitas por semana; número de novos
compradores; valor médio dos pedidos; e o montante do lucro bruto alcançado.
c) Padrões de distribuição: despesa de venda por unidade vendida;
despesa de venda como porcentagem de venda líquida; custo por visita; custo por
dia; custo por quilômetro viajado; e o custo por pedido.
TUNG (1993, p. 163 e 164) cita que:
“A técnica para a fixação dos padrões varia de empresa para empresa, dependendo da disponibilidade de pessoas preparadas. Essa tarefa é difícil e geralmente compete a quem tem profundo conhecimento do assunto. Muitas empresas a confiam a uma comissão de executivos que inclui um representante da Controladoria. Os padrões para os departamentos não podem ser fixados por seus responsáveis diretos, pois é indispensável a plena liberdade de julgamento”.
Uma vez determinada a necessidade do padrão, a seguinte seqüência deve
ser observada:
a) Delimitação da atividade e do respectivo custo; atribuição específica da
responsabilidade pela atividade;
b) Escolha de uma unidade de medida dentre as existentes;
c) Determinação do melhor método de execução;
d) Teste de padrão;
e) Aplicação do padrão.
Essas providências visam assegurar que nas condições operacionais da
empresa o padrão se mostre exeqüível, mensurável e controlável por todos os
aspectos.
Se alterações substanciais intervierem no processo de trabalho, será
necessário rever os padrões fixados. Na economia atual, as crises que ocorrerem
em qualquer lugar do mundo afetam a economia mundial e, conseqüentemente, as
finanças das empresas, exigindo uma contínua atenção por parte do Controller.
Devido a esse efeito “dominó”, convém programar antecipadamente as medidas a
serem tomadas, antes de fixar qualquer novo padrão.
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CAPÍTULO 4 A CONTROLADORIA E SEU PAPEL NA IMPLANTAÇÃO DE
UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO
O papel da Controladoria é integrar padrões, orçamentos e a Contabilidade.
A base da Controladoria é a criação de um sistema integrado de informação
eficiente, facilitando assim a gestão da empresa pelos administradores. Um bom
sistema integrado de informações é o que consegue manter suas propriedades
relevantes, mesmo que ocorram mudanças significativas em seu ambiente, através
de mecanismos de feedback e que recebam ajustes internos necessários à
manutenção de seu estado original de equilíbrio.
A função da Controladoria é a observação e o controle da administração,
levantando dados e informações, planejando e pesquisando, enfim, levantando os
pontos de estrangulamentos atuais e futuros, capazes de colocar a empresa em
perigo de continuidade ou de reduzir a rentabilidade. Medir as possibilidades da
empresa perante às realidades externas, fixar objetivos, estabelecer políticas
básicas, estabelecer padrões de controle, estruturar métodos eficientes de
comunicação e manter um sistema adequado de relatórios.
A estrutura básica da Controladoria deve ter as seguintes características:
a) As funções contábeis devem ser executadas pelo Departamento de
Contabilidade, compreendendo a Contabilidade Geral, Contabilidade Fiscal e
Contabilidade de Custos;
b) O orçamento, o controle e a análise devem ser agrupados em um
único departamento, fornecendo informações de todos os setores para o Controller;
c) A Auditoria Interna deve ser um departamento à parte, fornecendo
informações ao Controller;
d) O Departamento de Sistemas e Métodos deve ser formal à conduta
individual dos funcionários e departamentos.
O organograma da Controladoria de uma grande empresa deve levar em
consideração a complexidade industrial e comercial, as grandes ramificações e
variados desdobramentos da estrutura da empresa.
Na organização, o Controller é subordinado ao Vice-Presidente de
Finanças. Supervisiona o Gerente de Contabilidade, o Gerente de Orçamentos, o
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Gerente de Auditoria, o Gerente de Sistemas e Métodos e o Gerente de
Processamentos de Dados.
Como membro da Administração, o Controller não tem autoridade direta
sobre as operações divisionais, nem sobre outros departamentos da empresa.
Porém, tem a função de conselheiro e consultor.
TUNG (1993, p. 55) afirma que “o Controller deve conhecer
minuciosamente os objetivos e as metas de cada setor (produção, comercialização,
pesquisas, engenharia, contabilidade etc.) da empresa”.
É responsável pelo projeto de implementação e manutenção de um sistema
integrado de informações, que operacionaliza a empresa, mostrando a
Contabilidade como principal instrumento de melhoria da tomada de decisão.
O Controller exerce uma força e influência nos administradores da
empresa, a fim de que os mesmos venham a tomar decisões lógicas e consistentes
com a missão e objetivos da empresa.
As funções básicas do Controller são:
X Implantação e supervisão do plano contábil da empresa;
X Preparação e interpretação dos relatórios financeiros da empresa;
X Verificação contínua das contas e registros em todos os setores da
empresa;
X Compilação dos custos da produção;
X Compilação das despesas com a distribuição;
X Realização e custeio das contagens físicas dos estoques;
X Preparação, apresentação e supervisão dos assuntos referentes aos
impostos;
X Preparação e interpretação das estatísticas e relatórios para as
decisões de direção;
X Preparação do orçamento global da empresa;
X Supervisão do seguro de todos os bens da empresa;
X Fixação de normas-padrão relativas à contabilidade e aos processos
e sistemas de trabalho da empresa;
X Supervisão dos planos de aquisição de ativo fixo;
X Aplicação de todas as decisões financeiras tomadas pela
administração, uma vez de acordo com as normas vigentes;
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X Manutenção de todos os contratos celebrados pela empresa com
terceiros;
X Aprovação do pagamento e assinatura dos cheques, notas
promissórias, etc., de comum acordo com o tesoureiro;
X Aplicação dos regulamentos da empresa no tocante a assuntos
relativos a cauções e ações emitidas pela empresa;
X Preparação e/ou aprovação dos regulamentos internos que visem ao
cumprimento dos regulamentos governamentais.
As melhores características que um Controller pode ter são:
X Prever os problemas que possam surgir, coletar e interpretar as
informações necessárias para se tomarem decisões;
X Prever o aparecimento de problemas e quando ocorrerem
providenciar as soluções necessárias;
X As informações fornecidas em relatórios deverão estar em linguagem
compreensível para quem as lê;
X Transformar fatos e estatísticas em gráficos e índices refletindo assim
uma tendência;
X Estar voltado para o futuro. Analisar os resultados do passado na
busca de base para as providências futuras;
X Fornecer informações e relatórios em tempo hábil, afim de que as
decisões tomadas possam ser úteis;
X Analisar e interpretar a fundo os relatórios elaborados para que se
possa alcançar alguma atitude satisfatória;
X Ser conselheiro para com as outras pessoas da entidade;
X Ser imparcial na elaboração dos relatórios.
As principais atividades do Controller são:
X Formular e recomendar normas para o Departamento de
Contabilidade. Fazer com que as políticas traçadas sejam claramente
compreendidas;
X Supervisionar o desenvolvimento e implantação de procedimentos
para a preparação dos orçamentos;
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X Supervisionar a emissão de relatórios do resultado das operações
confrontadas com os orçamentos aprovados. Buscar o aperfeiçoamento constante
dos relatórios financeiros, realçando assim os fatores significativos, ampliando os
conhecimentos relacionados com o controle e as capacidades para sua execução;
X Dirigir as atividades da Auditoria Interna de acordo com a política
aprovada para a empresa. Em vista da necessidade de independência de ação da
Auditoria Interna, relatar ao Presidente os assuntos de maior importância;
X Dirigir as atividades do Departamento de Sistemas e Métodos bem
como do Centro de Processamento de Dados, promovendo padrões adequados de
seus serviços, com o mínimo possível de despesas para a empresa.
As delegações de autoridade e as atribuições de responsabilidades
decorrem da expansão dos negócios. Sendo assim, a centralização das
responsabilidades em uma só pessoa ou em um grupo reduzido de pessoas é
impraticável.
O Controller deve acompanhar a evolução do mercado, descentralizar as
linhas de responsabilidade e aplicar os métodos atualizados de administração.
Deve também, acompanhar os concorrentes no tocante ao custo da produção, às
despesas, às fontes de financiamentos etc.
As Responsabilidades do Controller são:
X Manter o Presidente e o Vice-Presidente informados sobre as
principais atividades e planos da empresa;
X Rever os programas com o Vice-Presidente de Finanças, dando
sugestões na linha de política da empresa;
X Assegurar-se da existência de controles contábeis e financeiros
adequados;
X Cooperar com os demais executivos na busca de soluções para os
problemas da empresa;
X Manter relações com os representantes de outras empresas e
associações, bem como com órgãos governamentais para o bom andamento das
atividades da empresa.
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CONCLUSÃO
Como vimos ao longo do texto, no cenário econômico atual as empresas
necessitam de um sistema de informação adequado para, com base em relatórios,
tomarem as decisões mais acertadas na obtenção de maiores lucros e crescimento
sustentado.
Verificamos que os pontos mais importantes a serem analisados no
momento da implantação de um sistema de informação são: o tamanho da
empresa, a atividade exercida, os processos utilizados, a dimensão dos custos, e
os funcionários.
O fator humano é o ponto mais importante para o sucesso da implantação
de um sistema de informação, pois as pessoas estão diretamente envolvidas -
porém não gostam de mudanças - e na maioria das vezes acabam sendo a
principal barreira contra a implantação. Cabe às empresas, convencerem os seus
funcionários da necessidade da mudança, com treinamento, engajamento e
simplificação dos processos.
Verificamos, também, que o sistema de informação gera uma quantidade
elevada de informações, que muitas vezes são irrelevantes para o processo
decisório. Essas deverão ser filtradas para que as realmente relevantes possam
gerar relatórios, visando assim a eficácia do executivo no exercício da tomada de
decisão.
Entre os benefícios obtidos pela implantação de tal sistema, podemos citar:
a redução dos custos, a melhora da produtividade, dos serviços, da estrutura
organizacional, da agilidade e o nível de motivação das pessoas.
Algumas restrições ao sistema de informações devem ser consideradas,
como as leis existentes, as políticas administrativas e a estrutura organizacional.
Portanto, na implantação de um sistema de informação, deve-se, antes de
mais nada, planejar de forma consciente, levando-se em conta o dimensionamento
das necessidades, afim de se obter o sistema que melhor se encaixe no perfil da
empresa.
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BIBLIOGRAFIA
BIO, Sérgio Rodrigues. Sistema de informação: um enfoque gerencial. São Paulo:
Atlas, 1993.
JÚNIOR, José Hernandez Peres; PESTANA, Armando Oliveira; FRANCO, Sérgio
Paulo Cintra. Controladoria de gestão: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas,
1997.
MOSIMAM, Clara Pellegrinello; FISCH, Silvio. Controladoria: seu papel na
administração de empresas, 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à Controladoria: conceitos, sistemas,
implementação. São Paulo: Atlas, 1995.
SCHWARTZ, George. Science in Marketing. New York: Wiley, 1970.
MCGEE, James; PRUSAK, Laurence. Gerenciamento estratégico da informação.
São Paulo: Campos, 1993.
OLIVEIRA, Djalma Rebouças. Sistemas de informações gerenciais. São Paulo:
Atlas, 1993.
TUNG, Nguyen Huu. Controladoria financeira das empresas: Uma abordagem
prática. São Paulo: Edições Universidade Empresa, 1993.
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ÍNDICE
AGRADECIMENTOS ................................................................................................... 03 DEDICATÓRIA ............................................................................................................. 04 EPÍGRAFE ................................................................................................................... 05 RESUMO ..................................................................................................................... 06 SUMÁRIO .................................................................................................................... 07 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 08 CAPÍTULO 1 DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ...... 10
1.1 Levantamento e análise de um sistema de informação ................................... 13 1.2 Estruturação do sistema de informação ........................................................... 14
CAPÍTULO 2 BARREIRAS NA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ................... 16
2.1 Sistema de informação e processamento de dados ........................................ 17 CAPÍTULO 3 A INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE O PLANEJAMENTO E O CONTROLE FINANCEIROS ........................................................................................
19
3.1 Padrões para o controle financeiro ................................................................... 22 CAPÍTULO 4 A CONTROLADORIA E SEU PAPEL NA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO .............................................................................................................
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CONCLUSÃO......................................................................................... 29 BIBLIOGRAFIA....................................................................................... 30 ÍNDICE ................................................................................................... 31
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
Projeto “A Vez do Mestre”
Pós-Graduação “Lato Sensu” em Finanças e Gestão Corporativa
Título da Monografia: O Papel do Controller na Implantação de um Sistema de Informação
Data da entrega: ____________________
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Avaliado por: ____________________________ Grau : ______________
Rio de Janeiro _____ de _______________ de 2003.