O papel dos CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS€¦ · Os consórcios são um elemento de estabilização...
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O papel dos
CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAISnas políticas públicas de desenvolvimento
Gustavo Grisa
Novembro de 2017
Seminário na Federação Goiana de Municípios
Conceito do Seminário
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CONSÓRCIOSNova governança para alavancar o
desenvolvimento de Goiás
Implicações do cenário político-econômico – condições operacionais
Mudanças conjunturais e estruturais no período 2015-2017 trazem implicações irreversíveis para a gestão das cidades, que precisam ser processadas
através de evolução organizacional
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1. Priorização no Gasto Público e Governo por Metas
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Implicações do cenário político-econômico – condições operacionais
2. Inteligência fiscal e crescimento de receita própria
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Implicações do cenário político-econômico – condições operacionais
3. Ativação e retenção do fluxo econômico
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Implicações do cenário político-econômico – condições operacionais
4. Consorciamento de iniciativas
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Implicações do cenário político-econômico – condições operacionais
Evolução na gestão pública
Padrões de gestão do século
XXDesafios e
realidade do século XXI
Maior déficit do
Brasil
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Evolução na gestão pública
Capa revista Época - Outubro/201610
Aspiração – RealidadeTRANSIÇÃO
Duas grandes “novidades” em gestão pública
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Inteligência fiscal e responsabilidade financeira
Resiliência econômica para o desenvolvimento
Articulações no processo federativo
O Processo Federativo passará por um ciclo de renovação gradual nos próximos 10 anos
• Governo – cada vez mais INSTITUCIONAL/CATALISADOR e menos EXECUTOR
• Tendência de maior equalização da relação transferência federal/ habitante
• Consórcios como HOMOGENEIZADORES do processo local/regional
• Políticas Públicas para Desenvolvimento – “blocos” regionais/de influência “distritalização branca”
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Pacto FederativoOs efeitos de apropriação e amortecimento e a disparidade municipal/regional
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Recursos captados/
transferidos
Recursos captados/
transferidos
Capacidade de apropriação
+
Harmonia de disparidades
Sem consórcio
Com consórcio funcional
O efeito do consórcio
Os consórcios são um elemento de estabilização do funcionamento do Sistema Federativo
• Catalisa a alocação de recursos no território e reduz as disparidades de apropriação dentro do mesmo território/região
• Desenvolve capacidade de captação de recursos com maior grau de garantia e coordenação – PPAs sincronizados
• Possibilita Políticas Públicas melhor formuladas e com financiamento e acompanhamento contínuo
• Estrutura executiva/enxuta sem criação de novo quadro permanente
• Exemplo de “nova organização” no âmbito das cidades
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Consórcios no mundo
Tipos de consórcio implementados no mundo
• “Governo” ou Governança Semi-Regional
• SDA – Service Delivery Agreement
• SDO – Service Delivery Organization
• Fórum de Planejamento Regional
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Consórcios e cooperação intermunicipal no mundo
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• Desde o século XIX, reforço nas leis de 1992 (comunidades) e 1999 (Chévenement); modelo multifinalitário iniciou em 1959
França
• Mancomunidades (1985), consórcios administrativosEspanha
• Associações de propósito único, associações multissetoriais(1990), novas autoridades (fusões entre organizações mais antigas)
Alemanha
• Consórcios; Pactos territoriais, Planos de área, Comunidades de Montanha, associações de cidades - convencionais
Itália
• Agência Compartilhada, Autoridade Pública, acordos específicos
Holanda
A questão da geografia
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Modelo “territorial”
3 a 5 municípios, com fronteira
geográfica bem delimitada
Modelo por “afinidade”
Modelo por adesão
Modelo misto
Consórcios no BrasilEvolução Institucional Gradual
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Estatuto das Cidades (2001)
Lei 11.107/2005 Regulamentação dos Consórcios Públicos
Intermunicipais
Decreto 6017/2007 Torna os Consórcios
Públicos Intermunicipais política pública oficial
Mais de 1.000 consórcios oficialmente;
496 com registro na Receita Federal (2015)
Funcionalidade efetiva em cerca de 20% - em
torno de 100
CGIS (PR); CIGA (SC) os maiores
Estatutos do Saneamento (2007),
Resíduos Sólidos (2010), Mobilidade (2012),
Estatuto das Metrópoles (2015)
O que temos hoje no Brasil
19
35
1112
552729
5812
1825
110
AbastecimentoAbrigo Criança e…
CulturaDefesa Civil
Ensino ProfissionalizanteInformatização
InfraestruturaMeio AmbienteMultifinalitário
Resíduos SólidosSaneamento
SaúdeSegurançaTransporte
Turismo
Consórcios por Área de Atividade (2015)
A lei 11.107/05
Evolução institucional gradual
• Consórcios de Segurança Alimentar
• Consórcios de Saúde
• Todos os consórcios compõem a administração indireta dos municípios mantenedores
• Não há obrigatoriedade de adesão ao fenômeno associativo
• Não podem contrair operações de crédito
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O que temos hoje no Brasil
21
139
43
142
172
Antes 2005 Depois 2005
Influência da Lei 11.107/2005Número de Consórcios
Saúde Outros
Governança e funcionalidade, processos mais críticos
Governança
• Representatividade
• Controle do Interesse Público
• Equilíbrio, equidade e articulação
• Continuidade
Funcionalidade
• Influência e Cumprimento do Plano
• Legitimidade/Reconhecimento
• Gestão Profissional e Suprapartidária
• Legado
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Fatores críticos para um consórcio ser funcional
Fatores de Diferenciação
O que é mais importante
GovernançaParticipação e apoio efetivo dos municípios que o compõem; presença da iniciativa privada eAcademia em sua governança.
Legitimidade e Identidade
Consórcio é conhecido, reconhecido e com clareza em sua finalidade e funcionamento
Resiliência/ Adaptabilidade
Capacidade de modernização, ampliação de atuação e manutenção da intensidade deatividades com a mudança de gestão no consórcio e nos municípios
Recursos HumanosCapacidade de liderança, excelência nos processos e conhecimento técnico da equipe;profissionais de nível alto, mas quadro enxuto
Integração e Sincronização
Integração das ações refletidas nas estratégias dos municípios; PPA integrado
Transparência/Controle Social
Transparência na aplicação de recursos, ações e contratações; existe controle social eprocedimentos preventivos a atos ilícitos
Estrutura e firmeza jurídico-institucional
Estrutura administrativa, física e jurídica consistente
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O modelo multifinalitário
O modelo Multifinalitário permite o avanço institucional regional, e evita a duplicação de função e de geografia.
Trata-se do modelo mais avançado, e apropriado para a realidade brasileira.
• Modelo com ancoragem na Educação – Paraná
• Modelo implementado no Vale do Itajaí – Santa Catarina
• Modelos em Minas Gerais (área SUDENE) e Bahia
Possibilidades de avanço para as áreas de:
• Infraestrutura
• Econômica (Distrito, Polo ou Área industrial consorciada)
• Educação (gestão ou operação consorciada)
• Informatização - planejamento do espaço (ex. Tríplice Fronteira)
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VETORES DE AÇÃOLiderança econômica e qualidade de trabalho e emprego
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Estruturação de âncoras econômicas territoriais
Estratégia para retenção do fluxo econômico nas cidades e região
Espaços para novos empreendedores e coworking(Distritos de Inovação)+educação empreendedora
VETORES DE AÇÃODirecionamento nos investimentos públicos e infraestrutura
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Programa de investimentos e recuperação de infraestrutura com coordenação estratégica
Núcleo de Desenvolvimentode Gestão Pública
Modelo de financiamento de médio-longo prazo para investimentos estruturais nas cidades
Dois cenários para considerar
• Um Cenário/Tendência Nacional
• Uma Oportunidade/Estratégia Regional
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A Região – um possível futuro ente federativo? 2030+
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Institucionalização de governança semi-regional
Sustentação legal para otimizar de forma mandatória estrutura para serviços públicos consorciáveis
Avanço no planejamento e ordenamento de médio e longo prazo; inteligência regional
Territorialização da estratégia de desenvolvimento econômico
Estratégia para inteligência fiscal e crescimento de receita própria
Coordenação de prioridades
Melhor distribuição tributária sobre atividade econômica no território
Possibilidade de criação de mais uma estrutura burocrática
Consórcio multifinalitário com geografia definida pode suprir a necessidade
Torna os processos decisórios(ainda mais) complexos
Risco de se tornar “feudos” político-partidários
Teria que ser implementado em nível nacional
Reduz poder “estratégico” dos municípios
Pró
sC
on
tras
A fase dos Estados brasileiros
Descompasso
RS, RJ, MG
Ciclo Maduro
SP, PR, SC
Emergente Consolidado
GO, BA, ES, DF, CE, PE
Emergente em Processo
MS, MT, TO, PA
Emergentes Iniciais ou Estanques
Demais Estados do NE/N
29Fonte: Análise Agência Futuro (2017)
A Oportunidade Nacional de Goiás
• Estado encontra-se no início do estágio de bônus demográfico
• Possui economia mais diversificada/sofisticada em seu grupo de Estados
• Proximidade à Capital Federal – “hub” do Centro-Oeste com Brasília – duas grandes Regiões Metropolitanas
• Finanças Estaduais em nível razoável
• Desafios:
• Industrialização equilibrada e atração de investimentos
• Sofisticação (valor agregado) na economia
• Competitividade e infraestrutura
• Qualidade no gasto e investimento público + capital social
• Políticas públicas e linha de desenvolvimento (convergente/diversificada) coordenada
• Capacidade de inteligência – trazer e incorporar melhores práticas30
Projetando Goiás em 10 anos
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Com Consórcios em Pleno Funcionamento
• Ganho na qualidade do investimento público
• Avanço no padrão de gestão pública
• Melhor infraestrutura nos municípios – senso de cooperação regional
• Governança confiável para projetos e “pilotos” nacionais
• Maior coordenação de iniciativas,inteligência e inovação pública
• Desenvolvimento mais equilibrado
• Impulso na industrialização
Sem Consórcios
• Ganhos de qualidade por melhores práticas isoladas
• Coordenação regional com padrão diversificado
• Competição entre municípios
• Dispersão de esforços na melhoria de infraestrutura
• Atingimento da “maturidade” do ciclo com menor coordenação e investimento
• Dependência maior do modelo político tradicional
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