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1 Junho de 2019 Ano 4 Nº 42 • Junho 2019 Páginas 4 e 5 Páginas 6 e 7 Páginas 10 e 11 Mudanças no Consecana Reunião Técnica da Soja Manejo do Sphenophorus Cientista esclarece os benefícios dos agroquímicos para a sustentabilidade da produção O papel dos defensivos na garantia de alimentos

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Ano 4 • Nº 42 • Junho 2019

Páginas 4 e 5 Páginas 6 e 7 Páginas 10 e 11

Mudanças no Consecana

Reunião Técnica da Soja

Manejo do Sphenophorus

Cientista esclarece os benefícios dos agroquímicos para a sustentabilidade da produção

O papel dos defensivos na garantia de alimentos

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Expediente • Coplana - Cooperativa Agroindustrial - Diretoria: pres. - José Antonio de Souza Rossato Junior, vice-pres. - Bruno Rangel G. Martins e secretário - Francisco A. de Laurentiis Filho, superintendente - Mirela Gradim • Socicana - Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba - Diretoria Executiva: Bruno Rangel Geraldo Martins, José Antonio de Souza Rossato Junior e Mauricio Palazzo Barbosa, superintendente - Rafael Bordonal Kalaki • Comitê de Comunicação - Carlos Eduardo Mucci, César Gonzales, Cezar Cimatti, Cristiane de Simone, Elaine Maduro, Eduardo Pacífico, Francisco Politi, Helton Bueno, José Marcelo Pacífico, Pablo Silva, Pedro Sgarbosa, Regiane Chianezi, Renata Montanari, Roberto Moraes, Valdeci da Silva • Produção - Neomarc Comunicação - Regiane Alves (Jorn. Resp., MTb 20.084), Renata Massafera (reportagens), Ewerton Alves (coordenação de projetos), Karlinhus Mozzambani (design e diagramação), Ana Paula Miani (coordenação de produção). • Contatos: [email protected], [email protected], [email protected]

“Uma polarização desnecessária, inadequada e que prejudica não só a imagem do agronegócio, mas também do Brasil, uma vez que não é uma discussão com base na ciência e na tecnologia.” Estas fo-ram as palavras do Prof. Dr. José Otávio Menten, que esteve em Jabo-ticabal, no dia 21 de maio, para falar sobre “Agrotóxicos e sustentabili-dade”, no Pint of Science, evento internacional de divulgação científica, que contou com o apoio da Coplana e da Socicana.

O docente da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/Uni-versidade de São Paulo (Esalq/USP) e presidente do Conselho Científi-co Agro Sustentável (CCAS) explicou a importância do uso dos defen-sivos agrícolas para a agricultura e fez um paralelo com os remédios, lembrando que muitos produtos usados na lavoura também são utili-zados na composição de medicamentos. "Não existe uma substância que não seja veneno. A dose certa diferencia um veneno de um re-médio", diz Menten, citando Paracelso, pseudônimo do médico suíço Philippus von Hohenheim. O ponto central da discussão que mobiliza o País com relação ao agrotóxico e às mudanças na Legislação, se-gundo o professor da Esalq, deveria ser outro: o uso correto, na medi-da prescrita com seriedade pelos engenheiros agrônomos.

“O uso correto dos produtos fitossanitários está cada vez mais pre-sente no cotidiano dos produtores. Todos têm interesse em aumentar a produtividade, respeitando as normas, a Legislação e sem gastos desnecessários. O produtor sabe que o uso além do prescrito gera aumento de custo. Deixar de usar agrotóxico, no entanto, é inviável. Nossa produção nacional seria reduzida à metade”, apontou o pesqui-sador. Ele reforça que o manejo integrado de pragas é muito impor-tante, mas não dispensa produto químico, que é uma das ferramentas desta integração, além do controle biológico, rotação de culturas, uso de cultivares resistentes, controles mecânico e físico.

“Se um artista fala que o uso de agrotóxico faz mal à saúde, todo mundo acredita, mas se um pesquisador, que estudou por 30 anos, avalia e alega que há benefícios em termos de sustentabilidade, a in-formação não se dissemina. Qualquer produto antes de ser comer-cializado passa por um crivo rigoroso do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (MAPA)”, comentou, referindo-se aos registros de produtos feitos pelos três órgãos.

“Se a manipulação for correta e segura, há uma diminuição de riscos. De maneira geral, não há evidências científicas conclusi-vas de que o uso de pesticidas, de acordo com as boas práticas agrícolas, esteja causando pro-blemas toxicológicos ou ambien-tais no Brasil”, afirma Menten. Ele lembrou ainda de ações da cadeia produtiva, como a logísti-ca reversa, citando o exemplo da Central de Recebimento de Em-balagens da Coplana.

Menten apontou a necessida-de de esclarecer à sociedade que é sustentável produzir alimentos usando defensivos. Ele defende aprimoramento da regulamen-tação, criando uma nova lei de pesticidas; harmonização entre MAPA, Anvisa e Ibama; priorida-de no registro de novos produtos, seguindo exigências dos países importadores; e atenção à tecno-logia de aplicação, que envolve o cuidado com a segurança do trabalhador e com os impactos ambientais.

Prof. Dr. José Otávio Menten

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Orplana e Socicana apresentam as “Atualizações do Consecana”

A Socicana e a Orplana (Orga-nização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil) promoveram, no dia 29 de maio, uma apresentação sobre as mu-danças ocorridas no sistema Consecana (Conselho dos Pro-dutores de Cana-de-Açúcar, Açú-car e Etanol do Estado de São Paulo). As alterações haviam sido definidas no mês de março, e esta reunião teve o objetivo de esclarecer detalhes ao produtor.

O encontro foi aberto pelo pre-sidente da Socicana, Bruno Ran-gel Geraldo Martins. “A atualiza-ção do sistema foi positiva, com avanços importantes nos quesi-tos regionalização e meritocra-cia. Agora, consta no manual que as associações, juntamente com as usinas, poderão encontrar for-mas de remuneração adicional ao Consecana-SP, levando em conta, principalmente, qualidade

Bruno Rangel Geraldo Martins

Celso Albano

Rafael Bordonal Kalaki

e eficiência”, afirmou Bruno.Celso Albano, gestor exe-

cutivo da Orplana, ressaltou a participação ativa do produtor junto à associação como fator relevante para os avanços. “Te-mos um prognóstico de adicio-nal de remuneração. O produtor está entendendo que sua cana tem mais eficiência e desonera a indústria. As usinas têm um resultado muito melhor quando o produtor de cana está junto com elas.” Albano lembra que meritocracia nada mais é do que o produtor receber um prêmio por ser um agente que melho-ra financeiramente o resultado da indústria. “O produtor que se une à associação e participa de comissões de negociação tem papel fundamental. É importante que ele conheça seus custos e dê subsídios para a associação negociar. Iniciativas coletivas

Alterações no Consecana: regionalização e premiação por qualidade são principais conquistas

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trazem transparência e mostram para a indústria a posição do produtor neste conjunto”, avaliou.

O superintendente da Socicana, Rafael Bordonal Kalaki, avaliou a iniciativa como muito bem-suce-dida. “A casa estava cheia e os produtores tiveram dúvidas esclarecidas. O importante na reunião rea-lizada pela Orplana e Socicana foi mostrar como esta atualização vai impactar a vida dos produto-res”, afirmou. O superintendente falou dos princi-pais itens. "Quando a cana do produtor tiver uma pureza maior que toda a cana moída pela usina, ele receberá um bônus. Ele precisa focar seus esfor-ços para conseguir uma cana com melhor qualida-de e, assim, conseguir este bônus. Neste ponto, a Socicana está pronta para orientar o associado em buscar cada vez mais qualidade. Outro benefício é que a atualização do Consecana prevê a possibili-dade de negociações regionais entre usinas e seus fornecedores”, concluiu.

Pontos principaisOs quatro pontos principais do termo de atualização do mo-delo Consecana, com a determinação dos novos parâmetros e diretrizes do pagamento de cana-de-açúcar entregue pelos fornecedores às unidades industriais no âmbito do sistema Consecana são os seguintes: Novo parâmetro técnico - prêmio ao associado pela qualidade da matéria-prima • Compartilha-mento de valor pelo reconhecimento de indutores de maior eficiência e sinergia • Incorporação ao sistema Consecana-SP dos preceitos da Política Nacional de Biocombustíveis (Renova-Bio) • Orplana e Unica devem buscar permanentemente o for-talecimento das associações de representação dos produtores rurais, entendendo ser salutar a construção conjunta de nor-mas que fomentem a sustentabilidade econômica, ambiental e social para o setor, de forma harmoniosa e integrada; forta-lecimento do associativismo entre os agentes da cadeia produ-tiva sucroenergética, ressaltando a importância da atuação das representações setoriais institucionais na defesa dos interesses dos produtores de cana-de-açúcar.

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No dia 31 de maio, o departamento de Tecnologia Agrícola e Ino-vação da Coplana promoveu, em Guariba, a Reunião Técnica da Soja 2019, com a presença da equipe, produtores, empresas parceiras e pesquisadores. “Esta reunião trata de um compilado de todas as ações - projetos, programas e ensaios - que realizamos para a cultura da soja no ano-safra 2018/2019”, explicou o gestor do departamento, Pablo Humberto Silva.

Logo no início da reunião, o coordenador da Área de Recebimen-to - Silos, Milton Santos Júnior, falou sobre uma redução na disponi-bilidade de sementes e orientou os cooperados a anteciparem suas programações para a safra 2019/2020.

Na sequência, a engenheira agrônoma Thais Meirelles, do depar-tamento de Tecnologia Agrícola e Inovação, e o Prof. Dr. Odair Fernan-des, entomologista da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (FCAV/Unesp Jaboticabal), apresentaram o resumo do programa Manejo Integrado de Pragas, o MIP Soja, em sua quinta edição consecutiva.

6º Dia de Campo Soja CoplanaO 6º Dia de Campo Soja, realizado na Fazenda Santa Cecília, do

cooperado José Francisco Baratela, trouxe lançamentos de variedades adaptadas à região. “Neste ano, testamos 13 novos materiais Intacta, RR e convencional, para atender a todo tipo de demanda. Testamos alguns manejos na cultura, com o portfólio de proteção de plantas, nutrição e adubação biológica das empresas parceiras, como Basf, Corteva, Stoller, Produquímica e Microgeo. Apesar do forte veranico em dezembro e janeiro, conseguimos mitigar um pouco os déficits hídricos por meio destes novos manejos. Algumas variedades supera-ram as expectativas e resistiram bem à falta de chuvas e às altas tem-peraturas, alcançando mais de 70 sacas/ha, tais como BRS388 RR; DM 66i68 IPRO; P 95R95 IPRO; DM 68i69 IPRO”, explicou Pablo.

O produtor Alexandre Bellodi Ribeiro aprovou a iniciativa. “O even-to é importante para os cooperados, que podem escolher melhor as variedades. Os resultados mostram a tecnologia de cada uma delas, e o departamento de Tecnologia Agrícola e Inovação está de parabéns pelo esforço, facilitando a vida do produtor”, avaliou.

Azael Pizzolato Neto disse que o 6° Dia De Campo surpreendeu. “A soja que era vista como uma cultura secundária na região, hoje é fundamental para a sustentabilidade do negócio cana. O evento é

Reunião Técnica da Soja 2019Tecnologias se consolidam para resultados no campo

essencial para auxiliar o produtor na tomada de decisão. O que eu mais gostei foi do elevado nível técnico e imparcialidade do evento”, considerou.

O produtor Fernando Escaroupa Panobianco conta que o Dia de Campo sempre é um evento aguardado. “É uma oportunidade ímpar para compararmos variedades, manejos e seus respectivos desempe-nhos. O departamento traz, com imparcialidade, os resultados para que o produtor tome suas decisões. É um belíssimo trabalho”, elogiou.

Tiago Veronezi, gerente da Fazenda Santa Cecília, comenta que a cada ano o Dia de Campo está melhor. “As tecnologias estão sendo in-crementadas, novas variedades são apresentadas, e percebemos que há um esforço em trazer variedades que são compatíveis com a nossa região”, resumiu.

Avaliação do 5º MIP SojaOs resultados do 5º Manejo Integrado de Pragas (MIP Soja) tam-

bém foram apresentados, com sugestões para uma eventual otimiza-ção. “O MIP monitora todas as lavouras que são oriundas de sementes adquiridas na Coplana, com relação à ocorrência de pragas, sua flu-tuação populacional e o melhor momento de aplicação, respeitando sempre o Nível de Dano Econômico (NDE) de cada praga que ocorre”, resumiu Pablo.

O produtor Rogério Farinelli utiliza o MIP e considera o programa muito prático. “O técnico que estava fazendo as avaliações nas minhas áreas era muito prestativo e sempre que estava em dúvida entrava em

Produtores de soja avaliam programas e avançam no uso de novos manejos, variedades e produtos

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contato. Porém, sugiro deixar mais nítido ao cooperado o NDE das pragas que serão avaliadas, para, desta forma, o produtor tomar a decisão do controle junto à assistência técnica da Coope-rativa. O serviço coordenado pelo departamento está satisfatório e atuante”, resumiu.

Sérgio Souza Nakagi usa o MIP Soja desde que o programa foi iniciado. “O MIP Soja veio para preservar as variedades Intacta. Também como uma forma de ajudar o produtor, com a criação de áreas de refúgio, o que gera uma economia muito grande de pesticidas e claro, agre-ga ao nosso resultado final. É muito satisfatório o que estamos tendo de resposta”, completou.

O Prof. Dr. Odair Fernandes parabenizou a equipe Coplana e produtores por aderirem ao projeto. “Estou muito feliz em fazer parte deste projeto e gostaria de lembrar que o MIP é muito mais do que dosar e aplicar produtos.” Ele ressaltou as questões que envolvem o Manejo de Resistência a Inseticidas (MRI) e a recomendação, entre outros aspectos, para a rotação de produtos com diferentes modos de ação. “A resistência é uma característica genética que está presente na população de pragas. As estratégias de MRI Bt envolvem a alta dose da tecnolo-gia, para controle daquele indivíduo resistente; adoção correta de áreas de refúgio e múltiplos modos de ação das futuras tecnologias em sementes, que estão por vir”, explicou o docente.

O pesquisador também mencionou desafios vencidos e a serem superados. “O principal desafio que dificulta a implementação do refúgio é a falta de conscientização e informação do produtor. Questões operacionais, custos e obtenção de sementes apropriadas, entre outros, são aspectos que já foram superados”, informou. Fernandes lembrou da recomendação de sempre plantar 20% da área para refúgio e ressaltou que esta prática com a adoção do MIP não gera perda de produtividade.

Soja 3 DígitosO Soja 3 Dígitos é desenvolvido pelo departamento de Tecnologia Agrícola e Inovação jun-

tamente com o consultor Marcos Iamamoto e oferece assistência integral aos cooperados que participam. Nesta edição: Manoel Carneiro e família; Adilson Legoli e família e Ipê Agrícola, liderada por Azael Pizzolato Júnior e Azael Pizzolato Neto. “Realizamos a transferência de tecno-logia aplicada da pesquisa para o campo, implementando os melhores e mais novos manejos na cultura da soja, buscando o máximo potencial produtivo, almejando 100 sacas/ha, com con-sultoria personalizada e insumos agrícolas de alta performance, a fim de elevar a rentabilidade

de nossos cooperados”, detalhou o gestor do departamento, Pablo Humberto Silva.

O produtor Manoel Carneiro enfatizou que o programa é necessário para otimizar a produção. “Quando você tem a assistência de uma equipe qualificada, que vai no cam-po e se dedica, desde a análise de solo até a colheita, o resultado é muito bom. A expe-riência do Marco Iamamoto é muito grande”, avaliou.

Azael Pizzolato Neto destaca as boas prá-ticas. “Este programa é imprescindível para o crescimento da cultura na região. Algumas práticas exigem um certo conhecimento e dis-ponibilidade de tecnologia, principalmente na parte nutricional via folha, utilização de bioestimulantes, reguladores de crescimento, etc. Outras são muito fáceis de serem imple-mentadas e de fácil constatação de ganho, como a antecipação das aplicações de fungi-cidas. Este programa nos dá uma visão muito clara dos custos que podem ser evitados e dos investimentos que precisam ser feitos”, afirma.

Prof. Dr. Odair Aparecido Fernandes

Pablo Humberto Silva

Produtores e técnicos comemoram avanços nos resultados das iniciativas para a cultura da soja

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Coplana promove aproximação com a comunidade

A Coplana promoveu, no dia 11 de maio, o “Dia das mães com a vizinhança”, uma iniciati-va voltada para a comunidade, que promoveu integração com as famílias vizinhas à Unidade de Grãos, em Jaboticabal. Os moradores puderam saber mais sobre o trabalho da Cooperativa, geração de emprego e renda, su-porte à produção de alimentos e operações que envolvem o bene-ficiamento de amendoim.

Em uma parceria com o Se-nac Jaboticabal, o evento contou com nutricionistas falando sobre os benefícios do amendoim para

a saúde. Já a Unimed Jaboticabal trouxe sua equipe para a aferição de pressão arterial e dosagem de glicose.

A atividade contou ainda com a presença do Núcleo da Mulher, pelo seu papel na área de responsabilidade social da Cooperativa, e teve a dedicação de colaboradores da matriz, em Guariba, e da Uni-dade de Grãos.

Iniciativa faz parte de suas ações na área de responsabilidade social

Colaboradores da Coplana e moradores vizinhos da Unidade de Grãos: diálogo com a comunidade

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Vamos construir juntos o futuro da Socicana

A Socicana iniciou, no mês de maio, diversas reuniões de equipe para a elaboração de um novo Planejamento Estratégico. Esta é considerada uma ferramenta importante para definir o futuro de uma organização, pois mantém o alinhamento da equi-pe com a missão, visão e valores da entidade e esta-belece estratégias para a evolução do trabalho.

Durante o planejamento, a equipe analisa as operações internas da Associação, o perfil dos as-sociados e suas necessidades, assim como as ten-dências, os riscos e as oportunidades de mercado. O objetivo é reconhecer o nível atual de desenvolvi-mento da Associação e fazer uma projeção para o futuro, traçando, em linhas gerais, os caminhos que serão seguidos nos próximos cinco anos.

Para que o planejamento seja fiel às expectati-vas do produtor, a Socicana está convidando cada associado (a) para dar sua opinião. Ouvir os as- sociados será a parte mais importante deste pro-cesso.

A equipe está enviando para o e-mail cadastrado uma pesquisa que pode ser respondida diretamente pela internet ou pessoalmente na própria Socicana. Bastam alguns minutos para responder, que serão fundamentais para construirmos juntos o futuro da Associação. Mais informações: (16) 3251-9270.

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Dr. José Francisco Garcia

Apesar de todos os expoentes positivos, no tocante à explora-ção racional e econômica da cana-de-açúcar, esta cultura é ataca-da por várias espécies de pragas: fator importante na diminuição da produtividade e longevidade. Dentre os inúmeros insetos-pra-ga que causam sérios prejuízos à cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, pode-se destacar o Sphenophorus levis, conhecido pelo seu alto potencial destrutivo.

Prejuízo EconômicoAs larvas abrem galerias nos rizomas, originando sintomas

de amarelecimento e seca de folhas e perfilhos. Os danos se re-fletem no número, tamanho e diâmetro de colmos finais para a colheita, sendo que as perdas econômicas podem ser estimadas em relação à redução nas toneladas de cana esperadas por hec-tare. Assim, em alguns locais têm-se detectado de 50% a 60% de perfilhos atacados, ocasionando reduções de 20 a 30 toneladas por hectare, inviabilizando, assim, a continuidade deste ciclo de cana-de-açúcar.

Controle da pragaAté o momento, mesmo não se obtendo resultados expres-

sivos por meio de alguns métodos empregados de forma isolada, as medidas de controle devem ser adotadas, de preferência em conjunto, no momento adequado, para propiciar o combate à praga. Assim, os métodos empregados são:

1. Amostragem: O programa de Manejo Integrado de S. levis requer determina-ções precisas e rápidas da porcentagem de danos existentes, bem como das formas biológicas presentes na área. Se esta amostra-gem não for efetuada corretamente e dentro da dimensão preco-nizada, haverá sempre o risco de serem tomadas decisões equi-

Manejo eficiente de Sphenophorus levis em cana-de-açúcar

vocadas, onerando assim o custo de produção.2. Destruição de soqueiras:Química - Prática fundamental para a eliminação de “tigueras” na área de reforma. Esta operação antecede a eliminação mecânica de soqueiras e não é utilizada de forma isolada.Física - A eliminação de soqueiras deve ser realizada imediatamente após o corte da cana-de-açúcar para industrialização ou no mínimo cinco dias após a destruição química da mesma. O ápice populacio-nal de larvas ocorre entre os meses de abril e agosto, sendo este o momento mais propício para o uso desta prática, contribuindo para reduzir drasticamente a sua população.3. Barra total: Cinco dias após a operação de destruição mecânica de soqueira, a eli-minação de adultos remanescentes se faz necessário, através da utili-zação de barra total, utilizando inseticida químico específico.4. Preparo de solo: O preparo do solo visa complementar a eliminação das formas biológi-cas de S. levis remanescentes na área, além da melhoria das condições físicas e químicas para garantir a brotação, o crescimento radicular e o estabelecimento da cultura.5. Rotação de culturas: Infelizmente, a rotação de culturas utilizada de forma adequada para o

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convívio com os problemas relacionados a S. levis tem sido negligencia-da. A escolha da cultura a ser implantada é fundamental, dando pre-ferência a amendoim e soja, as quais irão utilizar inseticidas ao longo do seu desenvolvimento. Deve-se evitar, em áreas com a presença da praga, o plantio de crotalária, que não irá contribuir para a redução populacional da praga.6. Plantio: Viveiro - Cana-de-açúcar destinada a muda, seja ela via colmos ou mudas pré-brotadas, deve ser manejada de forma diferenciada. A uti-lização de inseticidas específicos ocorre no plantio e durante o desen-volvimento da cultura, tanto na forma de canteiro, bem como meiosi. Prática esta que, além de reduzir o custo de renovação do canavial, também permite mitigar os riscos de uma nova introdução desta praga na área, com o uso de MPB. Comercial - A utilização de inseticidas no plantio se faz necessário em áreas de histórico da presença de S. levis. Esta modalidade visa manter a sanidade dos colmos que estão sendo plantados.7. Controle Químico:Desenleiramento - Esta operação, que visa à retirada da palha que está depositada apenas na linha da cultura, contribui sobremaneira para a redução de formas biológicas e elimina o efeito da barreira física para o futuro controle químico.Cortador de soqueiras 70/30 - Esta modalidade visa injetar 70% do inseticida de 10 a 15 cm dentro da soqueira e 30% deste sobre as touceiras, após o desenleiramento. Tal Tecnologia de aplicação visa atingir todas as fases do ciclo biológico da praga.8. Controle biológico: O uso de fungos entomopatogênicos para o controle de S. levis é uma alternativa complementar que vem se mostrando viável. Alguns experimentos, utilizando os fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, apresentam resultados promissores destes microrganismos no controle da praga, especialmente de adultos na época úmida. Isso porque os solos do agroecossistema da cana-de-açúcar, por sua tem-peratura moderada, umidade e presença de matéria orgânica, podem representar um ambiente favorável para o desenvolvimento destes fungos.9. Regionalização: O manejo inteligente de S. levis deve ser realizado de forma REGIONAL e ORGANIZADO, executando todas as ações conjuntas.10. Conscientização: A consciência coletiva é o ponto fundamental para o sucesso no CON-VÍVIO com S. levis em cana-de-açúcar. O envolvimento de colaborado-res das diferentes áreas dentro do processo produtivo, da reforma à colheita, é vital para a excelência neste manejo.

Considerações FinaisFace à gravidade dos prejuízos que ocasiona ao reduzir dras-

ticamente a produção e a longevidade dos canaviais, pela dificul-dade para controlá-lo, com resultados nem sempre satisfatórios, há necessidade de certas precauções para evitar a introdução de S. levis nas áreas onde ainda ele não ocorre. Como o inseto possui bai-xa capacidade de dispersão, a sua principal forma de disseminação ocorre com o auxílio do homem, pelo descuido no transporte de cana (muda) de áreas infectadas para outros locais. Sua presença pode ser confinada às áreas infestadas, desde que se tomem cui-dados preventivos. Assim, o transporte de cana de áreas atacadas deve ser realizado com segurança para evitar a queda de canas pelo caminho e, principalmente, não se deve utilizar canas para muda de áreas sabidamente sob ataque de S. levis, a menos que estas se-jam expurgadas com inseticida antes de deixarem estes locais. Em áreas infestadas, o uso de tecnologias para manter baixa a popula-ção da praga, nas épocas de maior presença de adultos (outubro a março), complementado com o controle mecânico na reforma, no momento adequado (abril a agosto), permitirá a convivência com a praga em níveis suportáveis sob o ponto de vista de danos eco-nômicos à lavoura.

Dr. José Francisco GarciaDiretor da Global Cana

Devido à importância desta praga na região de atuação da Coplana, o departamento de Tecnologia Agrícola e Inovação instalou nesta safra, em área de cooperado (Sérgio Nakagi), um ensaio exploratório para avaliar as diferentes táticas de manejo operacional na soqueira, bem com um comparativo entre inseticidas químicos e biológicos. Em breve, estes resultados serão divulgados.

Para mais informações, entre em contato com a Equipe Técnica da Coplana e com o Departamento de Tecnologia Agrícola e Inovação. Fone: (16) 3251-9243

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0,567

10,5

664

0,571

80,5

658

0,563

80,5

664

0,572

50,5

748

0,575

60,5

771

0,582

60,5

599

1ª Q A

BR11

2,07

103,1

0SA

FRA 1

8/19

SAFR

A 19/2

0

2ª Q A

BR11

6,60

106,6

8

1ª Q M

AI12

6,74

115,2

7

2ª Q M

AI12

9,82

117,6

7

1ª Q J

UN13

4,37

2ª Q J

UN14

0,16

1ª Q J

UL14

5,65

2ª Q J

UL14

7,19

1ª Q A

GO14

6,54

2ª Q A

GO14

7,01

1ª Q S

ET14

8,76

2ª Q S

ET14

5,01

1ª Q O

UT13

4,39

2ª Q O

UT12

7,74

1ª Q N

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1ª Q M

AI12

5,64

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0

2ª Q M

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0,54

125,7

3

1ª Q J

UN13

6,17

2ª Q J

UN13

8,31

1ª Q J

UL14

3,73

2ª Q J

UL15

1,70

1ª Q A

GO15

0,35

2ª Q A

GO15

0,71

1ª Q S

ET15

3,31

2ª Q S

ET14

9,62

1ª Q O

UT14

4,04

2ª Q O

UT13

6,18

1ª Q N

OV12

7,10

2ª Q N

OV11

8,77

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170

160

150

140

130

120

110

100 90170

160

150

140

130

120

110

100 90

1ª Q A

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111,5

2SA

FRA 1

8/19

SAFR

A 19/2

0

2ª Q A

BR12

6,91

116,9

3

1ª Q M

AI12

8,13

117,9

4

2ª Q M

AI14

0,02

129,9

0

1ª Q J

UN13

8,14

2ª Q J

UN14

3,12

1ª Q J

UL14

7,17

2ª Q J

UL15

2,39

1ª Q A

GO15

0,80

2ª Q A

GO15

2,92

1ª Q S

ET15

7,14

2ª Q S

ET15

0,71

1ª Q O

UT14

7,66

2ª Q O

UT14

2,24

1ª Q N

OV12

4,76

2ª Q N

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4,13

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JUN

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JUL

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AGO

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SET

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OUT

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NOV

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DEZ

61,80

JAN

62,79

FEV

61,31

MAR

60,77

60,18

62,22

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53,63

53,04

56,66

51,90

52,66

58,30

62,15

62,79

61,31

61,80

60,77

MESE

S DA S

AFRA

SAFR

A 18/

19SA

FRA 1

9/20

ABR

45,10

49,90

80,00

70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

-

R$/SC

MAI

45,98

50,83

JUN

46,23

JUL

44,97

AGO

45,13

SET

45,08

OUT

39,05

NOV

40,99

DEZ

44,72

JAN

44,10

FEV

45,75

MAR

49,00

49,90

50,83

45,10

45,13

45,08

39,05

40,99

45,98

44,97

46,23

44,72

44,10

45,75

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Font

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117,56

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106,68

115,27

117,67

112,07

120,47

120,47

122,62

125,64

130,54

126,91

128,13

140,02

107,05

116,60

126,74

134,37

111,52

116,93

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2ª Q M

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7,63

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1ª Q J

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3,27

2ª Q J

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9,48

1ª Q J

UL14

6,03

2ª Q J

UL15

0,30

1ª Q A

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4,03

2ª Q A

GO15

5,74

1ª Q S

ET15

5,17

2ª Q S

ET15

1,37

1ª Q O

UT14

1,27

2ª Q O

UT12

7,13

1ª Q N

OV2ª

Q NOV

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A 18/

19SA

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9/20

SAFR

A 18/

19SA

FRA 1

9/20

136,17

138,31

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150,71

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129,82

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150,30

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116,15

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