O PARAÍSO DAS ÁGUAS CRISTALINAS À memória dos meus … · Cachoeiras, recanto de águas...

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CACHOEIRAS DE MACACU (EM VERSOS) O PARAÍSO DAS ÁGUAS CRISTALINAS GILSON LIRA 2.009 01 DEDICATÓRIA A DEUS, pela graça de viver, pelo dom de escrever. À memória dos meus pais: João Bezerra de Lyra e Maria José Lustosa de Lira À memória de minhas irmãs: Maryland e Marilene À querida esposa: Martha Eliani Aos filhos: Diego, Igor e Bárbara. Aos irmãos: Jefferson, Gilvanilton, Gilvanete, Wellington e Márcia Maria. Aos netos: Anny Victória, Piettra E Gilson Lira Neto Às noras: Gisele e Agatha Lorraine 02

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CACHOEIRAS DE MACACU (EM VERSOS)

O PARAÍSO DAS ÁGUAS CRISTALINAS

GILSON LIRA

2.009

01

DEDICATÓRIA

A DEUS, pela graça de viver, pelo dom de escrever.

À memória dos meus pais: João Bezerra de Lyra e Maria José Lustosa de Lira

À memória de minhas irmãs: Maryland e Marilene

À querida esposa: Martha Eliani

Aos filhos: Diego, Igor e Bárbara.

Aos irmãos: Jefferson, Gilvanilton, Gilvanete, Wellington e Márcia Maria.

Aos netos: Anny Victória, Piettra E Gilson Lira Neto

Às noras: Gisele e Agatha Lorraine

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PREFÁCIO

Se a gente pudesse escolher onde nascer, por certo Cachoeiras de Macacu seria a minha cidade natal.Aliás nasci em Natal no Rio Grande do Norte, mas com apenas 2 anos meus pais foram para o Rio de Janeiro e desde então fiquei em Cachoeiras, tendo ali vivido a minha infância e a minha adolescência. Ali eu dei os meus primeiros passos no futebol, comecei a minha carreira tendo atuado no 11 Unidos, Cachoeirense, Independente, Ipê e São José. Marquei meus primeiros gols, conquistei meus primeiros títulos, iniciei os meus estudos, tive os meus primeiros amores, minhas primeiras dores. Que saudades tenho dos amigos que deixei quando sai pelo mundo, que saudades dos bailes nos Piratas, Caçadores e Cavaleiros do Luar, que saudades do Senai, das viagens nos trens da Leopoldina, saudades do Carlos Brandão, da Banda Musical, da praça com fonte luminosa, do coreto, das paqueras na caminhada na contra-mão da pracinha, saudade dos banhos de rio nas águas do Macacu, no Valério ou na Boa Vista, que saudades de papai, de mamãe, de Mary e de Leninha, penso que se um dia voltar vou encontrar todos aí para matar essa saudade porque Cachoeiras tem uma das partes mais felizes da minha história a minha família e os meus amigos de infância. Este livro é a minha maneira de dizer o quanto amo a cidade que me viu crescer e que me preparou para a vida em tantas outras cidades. Se hoje sou um vencedor em tudo que fiz devo a você Cachoeiras que me recebeu criança, me formou e se entregou com toda sua bela natureza para tornar mais linda a minha vida.

GILSON LIRA

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ÍNDICE

01. Primeiras informações 05 02. História 07 03. A Leopoldina 10 04. Economia 12 05. As cachoeiras 18 06. O jequitibá branco 24 07. O esporte em Cachoeiras 29 08. O carnaval cachoeirense 38 09. A noite cachoeirense 41 10. Os rios de Cachoeiras 45 11. Os poços cachoeirenses 53 12. O apelo da ONU 60

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CACHOEIRAS DE MACACU

Este é um município brasileiro Do Estado do Rio de Janeiro.

Localiza-se a 22º27’45’’ sul de latitude E 42º39’11’’ a oeste de longitude.

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Da capital tem 97 km distantes E uma população de 57 mil habitantes.

Pelo Rio Macacu ele é atravessado, Sendo o maior rio do Estado.

A ele nenhum outro se compara Dos que deságua na Baía de Guanabara. Tanto em volume quanto em extensão,

É o maior de toda região.

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Na economia tem maior desenvoltura Quando se fala de agricultura.

Mas o progresso também se determina Na qualidade de sua pecuária bovina.

O seu povoamento destaco de vez, Iniciou-se durante o século XVI.

As margens do rio Macacu foi ocupada, Pela história até hoje lembrada.

Cachoeiras, recanto de águas cristalinas

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Em 1.647 uma Freguesia é integrada, Santo Antônio de Casseribu foi criada.

Em 1.697 na categoria de Vila se fixa lá, Com o nome de Santo Antônio de Sá.

Em 1.868, a sede, se a mente não me engana,

Passou para a Vila de Santana. Em 1.877, já com uma outra fachada, De Santana de Macacu foi chamada.

Em 1.898 ela foi novamente mudada,

Sendo de Santana de Japuiba denominada. A capital muda novamente em 1.923,

A Vila de Cachoeiras de Macacu tem sua vez.

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Em 1.929, Cachoeiras de Macacu, na verdade, Passa da categoria de Vila à Cidade.

Apesar de só nesse ano ser conhecida, Desde 1.567 a região já tinha vida.

Entre 1.831 e 1.835, a data gera polêmica, Por conta de uma febre endêmica, A “Febre Macacu” ataca em geral Causando um grande êxodo rural.

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Até 1.930 Cachoeiras tinha sua dependência Nas grandes lavouras de subsistência.

Também das atividades da oficina, Da Estrada de Ferro Leopoldina.

O município de posição estratégica na terra, Era usada como transbordo para subida da serra. No período do pós-guerra, de grande recessão,

A cidade perdeu essa importante função.

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O ramal de Cantagalo não se agüenta, Foi injustificadamente desativado nos anos 60.

A coisa na região ficou muito crônica Com grande crise social, cultural e econômica.

O fato político também tem a destacar Na crise gerada pelo Regime Militar.

Que além de pressionar os lavradores, Perseguiram na Leopoldina os trabalhadores.

No início da década de quarenta A citricultura na região se incrementa.

Colônias assentadas na Baixada Fluminense, Entre elas a Japuibense e a Papucaiense.

A colonização tem maior requinte Na primeira metade do século XX. Os japoneses chegam em geral

E se estabelecem na Fazenda Funchal.

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Em sua maioria dedicada à agricultura, Principalmente na atividade de fruticultura. Logo Cachoeiras, na sua atividade diária, Expande-se uma intensa agropecuária.

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Rebanho bovino de qualidade em Cachoeiras

Próximo a Guapimirim, colônia de belo porte, É o Assentamento de São José da Boa Morte.

Tem quase 200 Km2 de extensão, Sua igreja em ruínas é uma grande atração.

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Hoje o turismo desempenha o seu papel, Com o trekking, o montanhismo e o rapel.

Além de suas belezas naturais, Evolui o ecoturismo e os esportes radicais.

Outras belezas naturais que a gente explicita, As Pedras do Faraó, do Oratório e da Mariquita.

E para que não se cometa sacrilégio, Lembro aqui da bela Pedra do Colégio.

A Pedra do Colégio tão imponente É um orgulho de toda sua gente.

Embora esteja na zona rural, Está apenas 6 km da área central.

É um imenso bloco rochoso, Sendo maciço e muito formoso.

Nos causa espanto a sua estrutura Com cerca de 300 metros de altura.

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Pedra do Colégio. Cartão postal de Cachoeiras.

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Suas paredes recebem muita insolação, A térmica favorece a asa delta na elevação.

No vôo livre foi o local pioneiro, Foi sede do 1º campeonato brasileiro.

Até hoje essa pedra de origem milenar, Nenhum mortal ousou escalar.

No turismo, a Pedra do Colégio, na verdade É o maior cartão postal de cidade.

Asa Delta, 1º campeonato brasileiro em Cachoeiras

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Todos esses territórios muito ricos Fazem parte do Parque Estadual dos Três Picos.

Como garantia para a futura geração Cachoeiras tem 66% da área de conservação.

Cachoeiras, um festival de quedas d’águas

Revendo os seus antigos escritos, Sei que é dividida em 3 distritos. Japuiba e Subaio na zona rural

E Cachoeiras de Macacu, a sede central.

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A Mata Atlântica ali se conserva, Cachoeiras possui a maior reserva.

Sua topografia é bastante diversificada, Entre 50 e 2.100 metros tem altitude variada.

De suas terras brotam verdadeiras minas, São mais de 80 cachoeiras de águas cristalinas.

São quedas de infinitas variações, Indo de 3 a 80 metros de extensões.

A natureza fixou morada em Cachoeiras

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A Cachoeira da Terceira Dimensão, É uma das mais belas de toda região.

Com um salto de 25 metros, médio na lista, Com todo volume d’água do Rio Boa Vista.

Cachoeira Terceira Dimensão

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Em sua base com vista fenomenal Ela forma uma ampla piscina natural. Logo abaixo ainda em terreno rochoso

Com 15 metros a Cachoeira do Tenebroso.

Piscina natural da Terceira Dimensão

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A Cachoeira do Tenebroso, Além do seu jeito formoso

Cumpre um excelente papel Para quem gosta de rapel.

Rapel na Cachoeira do Tenebroso

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As rochas que circundam essa região, Apresentam-se recobertas de vegetação.

A natureza exala muitos odores, Orquídeas e bromélias, as mais lindas flores.

A exuberante flora de Cachoeiras

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A Cachoeira do Tapete de bela estrutura, Possui apenas nove metros de altura.

O nível de sua água é totalmente gelada, Em meio à vegetação densa e fechada.

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A belíssima botânica brasileira, Está muito bem representada em Cachoeiras. A família “Cariniana Legalis” entra nos planos,

Com o “Jequitibá Branco” de mais de 350 anos.

Jequitibá Branco, riqueza da natureza

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Para que se tenha consciência, Possui 19 metros de circunferência.

Completando essa formosura Os seus 50 metros de altura.

O gigante da floresta cachoeirense

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No afluente do Guapiaçu me deparo, Com a belíssima Cachoeira de Santo Amaro.

Seu salto parece uma linda escultura Com os seus 65 metros de altura.

A água cristalina da Cachoeira Santo Amaro

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Águas claras de um tom esverdeado, E o rochedo de samambaia incrustado.

A descida do rapel é encantadora, Com uma ampla sensação libertadora.

Local ideal para a prática do Rapel

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Cachoeiras das mais belas meninas, É o “Paraíso das Águas Cristalinas”.

Fronteira com Itaboraí, Rio Bonito e Guapimirim, Nova Friburgo, Teresópolis e Silva Jardim.

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O ESPORTE EM CACHOEIRAS DE MACACU

No antigo Estado do Rio de Janeiro, Já esteve no futebol pioneiro.

No amador muitos craques reunidos, No Cachoeirense, Olaria e Onze Unidos.

Naquele tempo muito aplauso e pouca vaia, Para o interior com Japuiba e Papucaia.

Mas os grandes estavam sempre na frente Com o Ipê, São José e o Independente.

E.C.Independente, campeão Cachoeirense de 1.972 Em pé: Paulinho,Hélio,Piluca,Niel,Betinho,Chiquinho e Zé Moreira;

Agachados: Feição,Zé Carlos,Ronei,Gilson Lira,Cleidir e Zé Bituite.

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O São José tinha mais tradição, Foi várias vezes campeão.

Seus craques davam no couro, Edésio, Perácio e Banana Ouro.

Alceu, artilheiro de belo porte, Era quem chutava mais forte.

Na ponta direita velocidade em ação, Tinha Gato Preto, Jonas, ou seu irmão.

Antônio tem baile na armação Tinha na bola pura vocação. Foi um craque renomado,

Um dos melhores do Estado.

O Ipê tinha um time de aço, A começar pelo seu goleiraço. Babá era a figura predileta,

Foi o melhor embaixo da meta.

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No meio-campo falar dele prefiro, Como jogava o meia Ciro.

No ataque sem nenhum favor, Luiz Cenoura era o matador.

No meio campo de muito craque, Nilo era o maior destaque.

Pela esquerda um marcador marrento, Quem não se lembra de Bento?

União raça e técnica apurada Heraldo estava em toda parada. Incansável e de forte canhota, Joacyr sabia trabalhar a pelota.

Não posso esquecer minha gente Do meu querido Independente.

De bom atleta a dirigente Zé Moreira sempre esteve presente.

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Com Camilo não tinha graça, Jogava sempre com raça.

Cleidir tinha um toque refinado E Zé Bituite já era ala avançado.

O ponta Zé Carlos Feliciano Era o destaque todo ano. Rônei drible fácil e rapidez

Até em Portugal sucesso fez.

O 11 Unidos não tinha mistério, Era o grande time do Valério.

Com Gilson Lira e Geraldo Damião, O time chegou a ser campeão.

No gol tinha Ivo de Boca do Mato, Goleiro ágil como um gato.

Estava sempre atento no jogo, Atuou até no Botafogo.

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Pelo Cachoeirense um respeito profundo, Era o segundo time de todo mundo. Jogava um futebol de toque certeiro,

Sempre aos olhos de Armando Sapateiro.

Escudo do E. C. Cachoeirense

Chico o dirigente mais leal, Tinha no ataque o Zé Amaral.

Mas na hora de se decidir, Ficava a cargo de Cid e Almir.

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No Estadual de seleções, Craques de todas as regiões.

A Seleção de Cachoeiras Sempre estava entre as primeiras.

Com Friburgo uma grande rivalidade, Era um jogo duro de verdade.

Quem joga em casa leva a melhor, O visitante leva sempre a pior.

Em pé: Nilson,Rogério,Nilo,Edésio,Perácio e Bento;

Agachados:Jonas,Luiz,Gilson Lira,Antônio e Zé Bituite.

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Na Liga Esportiva Cachoeirense, Nem todo mundo convence,

Mas todos lembram com muito carinho, De Edir Salvaia, João Lira e Paulinho.

Tinham bom senso de organização E lisura na administração.

Eram apaixonados pelo futebol E trabalhavam de sol a sol.

João Lyra, o futebol era sua paixão

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O FUTEBOL DE SALÃO

Cachoeiras foi grande nessa modalidade, Futebol de salão de alta qualidade.

Aqui a Escola Carlos Brandão, No Estadual foi Bi-Campeão.

Em toda competição que estava, Dificilmente não ganhava.

Nas disputas inter-estaduais Ele estava em todas finais.

Antônio Burunga um grande craque, Helinho outra fera no ataque. Faziam dupla com Gilson Lira

Além de Adilson que também se atira.

Na defesa tinha Arthur Elias Que fazia suas magias.

E no gol um verdadeiro paredão, Tinha Manolo e Toninho Canecão.

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Nos campeonatos municipais,

Boa luta entre os rivais. Casa cheia sem parar

Para assistir Grêmio e Radar.

Na bela quadra do SENAI, O jogo esquenta e ninguém sai.

Já na quadra dos Caçadores Mais pressão nos jogadores.

Tinha torneio em profusão, Em cada sábado mais emoção. Aquele foi um tempo de ouro, O nosso futsal deu no couro.

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O CARNAVAL DE CACHOEIRAS

Ó quanta saudade sua, Do belo carnaval de rua.

Três clubes pelo título vão brigar, Piratas, Caçadores e Cavaleiros do Luar.

O rubro-negro do Piratas, Na ginga de belas mulatas. Na porta-bandeira Lurdinha E quanta beleza ela tinha.

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O verde e branco tinha seus louvores, Nas fantasias dos Caçadores.

O azul celeste tão singular Era dos Cavaleiros do Luar.

O momento que todos esperavam Era quando os clubes se cruzavam.

Era um confronto de baterias, Um festival de alegrias.

Um show jamais visto Sob o comando do mestre Calixto.

O povo inteiro logo se cala Para ver Vital, o mestre sala.

Outro na arte de sambar Era o nosso querido Gaspar. Esse carnaval tão especial

Foi nosso grande cartão postal.

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Nos clubes era sem igual, Tanto na matinê como no principal.

Alegria o folião sempre tinha, Cantando o samba ou a marchinha.

Os três clubes sempre lotados, Muito carinho com os associados.

O baile entra pela madrugada O folião festeja com sua amada.

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A NOITE CACHOEIRENSE

Como toda cidade do interior, À noite a gente descansa do labor.

Mas a gente sempre encontra prazer, Nas mais variadas formas de lazer.

Vista noturna de Cachoeiras de Macacu

A praça com fonte sonora e luminosa,

Era uma coisa esplendorosa. Jovens passeando na praça, Meninas sorrindo com graça.

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Cinema temos logo dois, E o pessoal não deixa pra depois.

No Cine Teatro Virgínia um romance, No Cine Brasil uma comédia tem chance.

O cinema era um bom lazer naquele tempo

O Canal 100 era a grande atração, Antes do filme de exibição.

Vicente Catel era o que mais exigia, Mas na hora do filme sempre dormia.

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Para esquecer da faina diária, Um bate-papo na Rodoviária.

No Bar Naby dar uma passada, Comer um doce, tomar coalhada.

Na Estação vou passar também, Está quase na hora de sair o trem. Eu gosto de ver a Maria Fumaça, Ela vai apitando por onde passa.

No fim de semana melhora pra gente, Há algo bem mais diferente.

No Piratas um baile pra arrasar, É o The Fevers quem vai tocar.

The Rityms Boys é a próxima atração, A sua arte se mostra em cada canção.

Adilson no rock, Maria no samba canção, E a noite se enche de pura emoção.

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Perácio se aproxima do microfone E nos faz vibrar com o seu saxofone.

Arnaldo Ferraz é todo alegria, Domínio completo na bateria.

Em Nilson o romantismo se declara, Ao som do seu Trombone vara.

Esse conjunto de nossa Cachoeiras, Levou nosso nome além fronteiras.

Vista da Serra de Cachoeiras

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OS RIOS DE CACHOEIRAS

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RIO GUAPIAÇU

Em termos de rio não estamos órfãos, O Guapiaçu nasce na Serra dos órgãos.

Suas águas são turvas até em maio, Esse rio corta o distrito de Subaio.

Sua dimensão, só pra ver como é, Faz limite com o município de Magé.

Antes que você faça a pergunta Nesse local com o rio Macacu ele se junta.

Próximo à nascente na Serra é mais ameno, Seu volume de água ali é bem pequeno.

Em Guapiaçu, digo em suas proximidades, Recebe água em maiores quantidades.

São rios pequenos que lhe dão amparo, Rio Manoel Alexandre, Mariquita e Santo Amaro.

Outros que esquecer não deixo São o Córrego do Gato e o Rio do Aleixo.

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Devido aos grandes desníveis de altitude, Inúmeras quedas d’água são sua maior virtude. Essas águas cristalinas esquecidas no processo, São ainda inexploradas pelo seu difícil acesso.

São águas claras que a todos inebria, Cristalina de temperatura sempre fria.

Na Fazenda do Carmo que ao tempo resiste, A mais linda praia ali ainda existe.

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RIO MACACU

Confirmo que de rios são somos órfãos, O Macacu nasce também na Serra dos Órgãos.

Suas águas são forte desde o princípio Cortam Japuíba e a sede do município.

Em termos de limite está bem aí, Com o município de Itaboraí.

Suas águas também banham sim A Área de Proteção Ambiental de Guapimirim.

Fortes correntezas ocorrem durante o verão, Com as chuvas as corredeiras entram em ação.

Na Castália, uma bela localidade, Estão as praias de melhor qualidade.

No início o rio tinha porte invejável, Hoje em dia já não é mais navegável.

Suas águas claras em quase toda estação, Tornam-se barrentas quando chove na região.

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O Rio Macacu após um longo percurso, Na Baía de Guanabara encerra seu curso. Ele abastece a população de toda região,

Por isso merece toda nossa gratidão.

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RIO SÃO JOÃO

Esse rio percorre muitas jardas Com suas águas mornas e pardas.

Possui 150 km de cursos invejáveis, Dos quais 35 km são navegáveis.

Do município de Cachoeiras também é, Pois ele nasce na Serra de Sambé.

Esse rio com uma tamanha estrutura, Nasce a 600 metros de altura.

Após percorrer sua longa extensão, Ele deságua em Barra de São João.

Essa localidade do deságüe seu É município de Casimiro de Abreu.

Nesse local o rio ganha maior estrutura Chegando a atingir 100 metros de largura.

Fica navegável na região por sorte, Para embarcações de pequeno porte.

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No Brasil colônia para todo efeito,

A safra de café era escoada em seu leito. Ele é coberto de manguezais

E possui grande diversidade de animais.

Em 2.002, um feito sem igual, Inclui-se na Área de Proteção Ambiental.

Na bacia em que ele está situado, Do Rio São João/Mico-Leão-Dourado.

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RIO BOA VISTA

Esse rio também faz parte da nossa lista, Ele nasce na Serra da Boa Vista.

Em seu curso a beleza está mantida, Com diversas quedas d’água em sua descida.

Desce livre sem nenhum confronto, Até com o Macacu ter seu encontro.

O rio tem uma grande vazão Durante todo o período de verão.

Ele faz parte de muitas listas, Recebendo um grande número de turistas.

Entre estes as mais belas meninas, Em busca de suas águas cristalinas.

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POÇOS DE CACHOEIRAS

POÇO DO VALÉRIO

Pelo Rio Macacu ele é formado E está sempre em bom estado.

Tem na formação de sua estrutura Uma queda de 30 metros de altura.

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Sua localização se explicar se ousa, Fica no encontro com o rio Souza.

Possui 20 metros de largura no momento, Por cerca de 50 metros de comprimento.

Sua água é tépida e clareada E de uma tonalidade esverdeada.

Digo que é ladeado, enquanto o texto encerro, Pelo antigo leito da Estrada de Ferro.

A localização, digo sem nenhum mistério, Fica bem ali no Bairro do Valério. Na RJ-116, rodovia boa de fato,

Como quem vai para Boca do Mato.

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POÇO DAS TRÊS PEDRAS

Sobre ele vou dar logo a pista, É um poço do Rio Boa Vista.

Por três blocos de rocha formado, Um paraíso bem localizado.

Seu formato é mesmo fenomenal, Uma verdadeira piscina natural.

100 m2 de área em disponibilidade, Com em torno de 4 metros de profundidade.

Nascido das mais puras minas, Suas águas são bem cristalinas.

Entre 20ºC a 25ºC, bem considerável, Sua temperatura é muito agradável.

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Rapel nas Cachoeiras do Macacu

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POÇO DAS ANDORINHAS

A apresentação nem ponho na louza, Pois ele é um poço do Rio Souza. Formado de um modo formoso

Por um enorme paredão rochoso.

Para dar melhores explicações, Ele possui exóticas formações. Por estar em lugares mais altos É propício aos banhos e saltos.

Durante o verão, para a sua informação, Recebe andorinhas para a procriação.

A sua localização é perto de fato, Fica na bucólica Boca do Mato.

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POÇO DA SAMAMBAIA

Poço formado numa boa estrutura Por um salto de 3,5 m de altura.

Com média de 2,5 m de profundidade, O que nos garante certa tranqüilidade.

Águas cristalinas com muita fartura, Variando de 17ºC a 22ºC de temperatura.

Uma formação rochosa completa, De samambaia em volta repleta.

Para chegar lá, vou dar a pista, Você tem que ir pelo Bairro da Boa Vista.

A informação completo no gancho, Fica na Pedra do Colégio, num rancho.

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POÇO DO TENEBROSO

Quem sabe seja o mais formoso Esse Poço do Tenebroso.

Possui 200 metros quadrados, Tem beleza por todos os lados.

Na formação de sua bela estrutura, Uma queda de 12 metros de altura.

O formato retangular sem igual, Formando uma piscina natural.

De boa atenção se tem necessidade, Pois é um poço de grande profundidade. Tem entre 17ºC a 22ºC de temperatura

E água cristalina com muita fartura.

Classificado entre os pontos mais altos, Sendo excelentes para banhos e saltos.

A localização desse top da lista, Fica na bela região da Boa Vista.

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CACHOEIRAS DE MACACU - RIO DE JANEIRO - BRASIL : VAMOS PRESERVAR!!!!!!!

Segundo a ONU, esta é uma área ambiental que encerra uma das mais ricas e belas reservas de biodiversidade do planeta. Suas matas, nascentes e cachoeiras são um constante convite ao ecoturismo.

PROTEJAM ESSE LUGAR!

Cachoeiras de Macacu - Rio de Janeiro - Brazil : LET'S PRESERVE IT !!!!!!! According to ONU, it's an environmental area which locks up on of the richest and beautiful reserves of biodiversity of the planet.Its bushes, springs and waterfalls are one constant invitation to the eco-tours. PROTECT THIS PLACE!!!!!!!

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BIOGRAFIA

Gilson Lustosa de Lira é natural de Natal, Rio Grande do Norte, nascido em 7 de março de 1.948, sendo filho de João Bezerra de Lyra e Maria José Lustosa de Lira (ambos falecidos). Aos 2 anos de idade, seus pais mudaram-se para a cidade de Cachoeiras de Macacu no

Estado do Rio de Janeiro, onde estudou o ensino fundamental no Grupo Escolar “Quintino Bocaiúva” e o ensino médio (técnico em contabilidade) no Colégio Carlos Brandão(CNEC). Concluiu Estudos Sociais na UFMT, Licenciatura Plena em História e Filosofia na APEC (SP) e fez Pós graduação em História e Filosofia na UFMT.

Já desde a 6ª no ensino fundamental Lira compunha versos. Quando a professora de

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Língua Portuguesa passava uma redação, ele pedia para fazer uma poesia. Entretanto, somente quando começou a jogar futebol profissional, ele passou a produzir seus textos poéticos, aproveitando o tempo em que ficava nas concentrações. Assim em 1.979 lançou o seu 1º livro intitulado “Participação Literária” de Crônicas e Pensamentos. E aí não mais parou.

Outra paixão na vida do escritor foi o futebol, onde desde os 12 anos já deu os primeiros passos em Cachoeiras de Macacu, tendo atuado no Cachoeirense, 11 Unidos, Ipê e Independente. Posteriormente atuou em Bom Jardim e Nova Friburgo, de onde foi para o Fluminense e Bangu do Rio de Janeiro nas divisões de base, aspirantes e alguns jogos na equipe principal do Bangu até 1.968. A partir daí teve passagens pelo Grêmio de Maringá (PR), Náutico (PE), Galícia (BA), ABC (RN), Grêmio Anapolino(GO), Operário (MT), Comercial (MS) e União (MT). Em Mato Grosso foi onde mais atuou tendo chegado em 1.973 e jogou até 1.980 quando encerrou a carreira no União E. C. de Rondonópolis. Nesse Estado conquistou 13

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títulos, sendo 7 pelo Operário (Campeão Estadual(73), Bi-campeão da Copa Cuiabá(73/74), Campeão do Centro-Oeste(74), Campeão dos Torneios Ranulpho Paes de Barros, Semana da Pátria e Agripino Bonilha(73/74); e 3 títulos no Comercial (Campeão do Torneio Incentivo(77), Torneio Marcelo Miranda(77) e Taça Campo Grande(78); e 3 títulos no União (Campeão Invicto do Torneio Incentivo 75/76/79). Marcou em Mato Grosso 285 gols, sendo 199 pelo União (é o maior artilheiro de sua história), 41 pelo Operário e 45 pelo Comercial. Foi artilheiro do Campeonato Matogrossense em 1.973/1.975/1.976 e 1.979. Recordista de gols com 23 marcados numa única temporada e até hoje não ultrapassado. Bi-artilheiro no Torneio Incentivo em 1.976/1.979.

Foi professor de História, Filosofia e Língua Portuguesa, tendo atuado no Colégio Carlos Brandão em Cachoeiras de Macacu (Professor de Contabilidade Geral e Bancária), E.E. Fernando Leite de Campos e EE Licínio Monteiro em Várzea Grande (MT), EE La Salle, 13 de Junho, EE Santo Antônio e EE Marechal Dutra,

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todos em Rondonópolis, MT. No Dutra trabalhou 27 anos dos quais em 11 foi Diretor. Aposentou-se com 31 anos dedicados à Educação em 1º de agosto de 2.003.

Após encerrar a carreira no futebol em 1.980, trabalhou na Rádio Juventude de Rondonópolis como comentarista esportivo e posteriormente como Narrador, sendo cognominado “O Microfone Artilheiro” do futebol brasileiro. Atuou também na Rádio Clube, Tropical Fm e foi Apresentador de um programa esportivo na TV Gazeta.

Atualmente Gilson Lira é coordenador do Programa Segundo Tempo Comunidade na Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer.

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