O pedagogo e sua práxis: desafios e possibilidades na sociedade contemporânea

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Cadernos de Graduação - Ciências Humanas e Sociais (ISSN 1980-1784) - v. 11 - n.11 - 2010 O PEDAGOGO E SUA PRÁXIS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA Mirianne Santos de Almeida RESUMO Os avanços provenientes da contemporaneidade, em particular a acessibilidade a novas tecnologias, têm provocado mudanças em todos os setores da sociedade, em especial na educação, a qual vem sofrendo alterações ao longo do tempo, tanto na ampliação do conceito como nas formas de concebê-la. Diante disso, o presente estudo discorre sobre a importância da educação na sociedade contemporânea destacando o pedagogo como o profissional apto a desenvolver tal função. A partir de uma breve retrospectiva histórica do campo de atuação do pedagogo, pretende-se mostrar que a pedagogia não se limita à instituição escolar, desmistificando o paradigma de que o pedagogo atua única e exclusivamente na educação infantil. Sabendo que o ato docente é apenas uma das instâncias dos diversos atos pedagógicos, convém ressaltar o surgimento de novas possibilidades de atuação, até então não pensadas, e consequentemente os desafios encontrados no ato do oficio. O aporte teórico perpassa os estudos de José Carlos Libâneo (1998), Selma Garrido Pimenta (2001) e Carlos Rodrigues Brandão (2007), os quais refletem sobre a educação além do ambiente escolar bem como sobre a nova configuração profissional do pedagogo. PALAVRAS-CHAVE Educação, papel do pedagogo, desafios, contemporaneidade. ABSTRACT Advances originating from contemporaneity, in particular the accessibility of new technologies has caused changes in all sectors of society and in particular in education that have suffered mutations throughout time, as much in the expansion of the concept as in the forms to conceive them. In this light, this study discusses the importance of education in contemporary society, highlighting the professional of pedagogy as apt to develop such function. From a brief historical overview of the performance of the professional of pedagogy, we shall show that pedagogy is not just a school, and thus demystify the paradigm that the teacher acts exclusively in education. Knowing that the act of teaching is just one of several instances of acts of teaching, it is worth emphasizing the emergence

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O PEDAGOGO E SUA PRÁXIS:DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Mirianne Santos de Almeida

RESUMO

Os avanços provenientes da contemporaneidade, em particular a acessibilidade a novas tecnologias, têm provocado mudanças em todos os setores da sociedade, em especial na educação, a qual vem sofrendo alterações ao longo do tempo, tanto na ampliação do conceito como nas formas de concebê-la. Diante disso, o presente estudo discorre sobre a importância da educação na sociedade contemporânea destacando o pedagogo como o profi ssional apto a desenvolver tal função. A partir de uma breve retrospectiva histórica do campo de atuação do pedagogo, pretende-se mostrar que a pedagogia não se limita à instituição escolar, desmistifi cando o paradigma de que o pedagogo atua única e exclusivamente na educação infantil. Sabendo que o ato docente é apenas uma das instâncias dos diversos atos pedagógicos, convém ressaltar o surgimento de novas possibilidades de atuação, até então não pensadas, e consequentemente os desafi os encontrados no ato do ofi cio. O aporte teórico perpassa os estudos de José Carlos Libâneo (1998), Selma Garrido Pimenta (2001) e Carlos Rodrigues Brandão (2007), os quais refl etem sobre a educação além do ambiente escolar bem como sobre a nova confi guração profi ssional do pedagogo.

PALAVRAS-CHAVE

Educação, papel do pedagogo, desafi os, contemporaneidade.

ABSTRACT

Advances originating from contemporaneity, in particular the accessibility of new technologies has caused changes in all sectors of society and in particular in education that have suffered mutations throughout time, as much in the expansion of the concept as in the forms to conceive them. In this light, this study discusses the importance of education in contemporary society, highlighting the professional of pedagogy as apt to develop such function. From a brief historical overview of the performance of the professional of pedagogy, we shall show that pedagogy is not just a school, and thus demystify the paradigm that the teacher acts exclusively in education. Knowing that the act of teaching is just one of several instances of acts of teaching, it is worth emphasizing the emergence

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of new possibilities for action, not previously thought of, and consequently the challenges encountered in the act of the craft. The theoretical framework encompasses the studies of José Carlos Libâneo (1998), Selma Garrido Pimenta (2001), and Carlos Rodrigues Brandão (2007) which refl ect on education beyond the school environment as well as about the new professional confi guration of the pedagogist.

KEYWORDS

Education, educator’s role, challenges, contemporary.

INTRODUÇÃO

Atualmente, a educação tem se tornado pauta em diversas discussões. Anteriormente pensada como uma mera transmissão de conteúdo daquele que tudo sabia para aquele que nada sabia num ato tecnicista, em que o planejamento era desmembrado em conteúdos isolados, hoje é pensada como um processo de construção simultâneo que integra conhecimentos conceituais, procedimentais e atitudinais partindo do cotidiano social, enfocando-a como fruto de um processo de construção de saberes que promovem o desenvolvimento intelectual e moral do indivíduo, construído culturalmente a partir do seu contexto familiar e social, num ato de educar para a vida, porque educação nada mais é que a própria vida.

A sociedade moderna apresenta demandas de caráter social e educacional que ultrapassam os limites formais e regulares da escola, fato que a torna detentora de um saber vivo e não fragmentado. Daí a necessidade de transformá-la em conhecimento sistemático integrando as tecnologias ao currículo, para que o processo ensino-aprendizagem seja obra desse saber vivo, condizente com a realidade. Não do saber fragmentado distante do contexto social. Isso requer a intermediação do pedagogo como articulador, mediador de uma práxis pedagógica voltada para a interdisciplinaridade.

Tendo em vista que a pedagogia é a ciência da educação, a mesma ocorre em todos os espaços, pois é fruto da socialização. O pedagogo é o profi ssional competente para desenvolver uma práxis comprometida com a transformação social, que não colabore para perpetuar o distanciamento entre o saber da experiência e o saber sistematizado, mas que valorize esses saberes que são distintos, porém complementares.

Desse modo, a atuação do pedagogo é uma tarefa no mínimo difícil, tendo em vista os mais variados paradigmas que rondam a temática. Considerando o leque de possibilidades que a pedagogia proporciona numa sociedade em constante processo de transformação, o presente estudo visa a facilitar a compreensão da função do novo perfi l do pedagogo, um profi ssional multifacetado, apto a atuar em diversos setores na sociedade contemporânea. A análise do tema consiste no cerne deste trabalho, conectando indagações referentes às possibilidades e atribuições desse profi ssional: ora pedagogo, ora especialista, ora professor-pedagogo.

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A opção pelo tema deve-se a uma inquietação minha que, na condição de bolsista do Programa Universidade Para Todos (PROUNI), tive a oportunidade de optar por três cursos de graduação. Então, fi z uma pesquisa sobre o campo de atuação de cada um deles, e pude conhecer a amplitude de possibilidades para atuar como pedagoga. Ao ingressar na universidade percebi a carência de informações por parte dos colegas de classe e da sociedade em geral, além dos paradigmas sociais sobre a atuação do pedagogo, que é taxado como professor de educação infantil. Um dos principais fatores que contribuem para perpetuar esse paradigma é a escassez de informações nos espaços acadêmicos, visto que os Cursos de Pedagogia oferecidos por outras Instituições de Ensino Superior centram o enfoque na formação do professor para atuar na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

Daí a importância individual e coletiva deste estudo, tanto para construção de um discurso próprio com base teórica sobre as múltiplas possibilidades de atuação como futura pedagoga, que vez por outra é ocupado por outros profi ssionais em função do desconhecimento acerca do espaço que este pode ocupar, como também para disseminar o conhecimento em meio à sociedade sobre a polivalência que compõe a formação deste profi ssional, contribuindo assim para a valorização do mesmo.

De caráter descritivo e refl exivo, o presente estudo desenvolve-se numa abordagem qualitativa, de modo a permitir lidar com um embasamento teórico colhido no ato da pesquisa bibliográfi ca “que consiste no exame da literatura científi ca, para levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado tema” (RIBEIRO; SOUZA, 2006, p. 57).

Com os dados subjetivos para a análise e elaboração do presente texto, tomei como aporte teórico de análise alguns intelectuais renomados como: José Carlos Libâneo (1998), Selma Garrido Pimenta (2001) e Carlos Rodrigues Brandão (2007), que defendem a educação como um processo gradativo e contínuo que extrapola o ambiente escolar, bem como a nova confi guração profi ssional do pedagogo na sociedade contemporânea.

A partir de uma breve retrospectiva histórica, pretende-se mostrar as conquistas de espaço do pedagogo, consequentemente, a ampliação das funções atribuídas a ele, analisando seu relevante papel social nos diversos espaços de atuação e pontuando os desafi os encontrados no ato do ofício.

Diante do exposto, convém ressaltar a necessidade de uma formação acadêmica sólida e crítica do portador de um diploma do curso de pedagogia, para que esse profi ssional seja consciente do seu papel na sociedade nas múltiplas dimensões que lhe são atribuídas, pois, pensar que o pedagogo é por excelência apenas professor é esvaziar e restringir a amplitude da sua formação.

2. DO RESTRITO ESPAÇO DA ESCOLA A UMA VISÃO MULTIFACETADA DO PROCESSO PEDAGÓGICO: O NOVO ESPAÇO DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO

A educação está estreitamente ligada à origem e à evolução da humanidade. A fi m de situar historicamente a temática discutida, convém repensar a origem da

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pedagogia em âmbito global, visto que os paradigmas hodiernos têm origem na função que esse profi ssional sempre ocupou. O termo Pedagogia, oriundo da Grécia Antiga, tem seu conceito construído desde os primórdios da história por meio de uma tarefa escrava acoplada à morfologia da palavra que refl ete o signifi cado de mestre, preceptor, aquele que conduz a criança ao espaço de aprendizagem.

Criado na década de 30, o Curso de Pedagogia remonta a sua instalação durante o regime ditatorial de Getúlio Vargas em 1939, por meio do Decreto-Lei nº 1190, de 4 de abril de 1939, interpretado como uma “extensão” do curso normal com a proposta de uma formação dual, “visando à dupla função de formar bacharéis e licenciados para várias áreas, inclusive para o setor pedagógico, fi cou instituído como o chamado ‘padrão federal’”. (SILVA, 1999, p.33).

Desde a sua criação no Brasil o curso tem dado ênfase a questões referentes à formação do pedagogo para atuar na educação formal, no sistema regular de ensino. O referido decreto universalizava o currículo dos cursos de pedagogia que tinham duração de três anos em caráter de bacharel para atuar como gestor educacional, popularmente reconhecido como técnico em educação, acoplado a mais um ano dedicado ao estudo da didática em caráter de licenciado com a função de lecionar nas séries iniciais do ensino fundamental e nas antigas Escolas Normais. Essa dualidade na formação acadêmica do pedagogo acarretou uma crise de identidade, quanto ao seu campo de atuação. Mesmo sendo regulamentado várias vezes, o curso apresentava pouca fl exibilidade no currículo mínimo, fato que contribuía para restrição do campo de atuação do pedagogo.

Movida pelo processo de industrialização, fortalecido com fi m da Revolução de 1930, a sociedade brasileira enfrentou, nessa época, intensas mudanças no panorama social, em particular na educação, em que a nova arma para promover o crescimento do Brasil era a indústria. A restrição quanto ao espaço de trabalho para o pedagogo é refl exo deste cenário social, pois não havia necessidade, naquela época, deste profi ssional em outro espaço, o que se esperava era apenas a atuação no ambiente escolar. Paralelamente a essas mudanças, destaca-se a promulgação da Constituição Federal de 1934, na qual garante o direito à educação e, posteriormente, em 1988, expresso como direito universal.

A educação ganha nova confi guração e maior organização, expressa nos artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei 9394/96), criada em 1961 seguida por uma versão em 1971 e sancionada em 1996, que atualmente defi ne e regulariza o sistema educacional com base nos princípios da universalização da educação, previstos na Constituição Federal.

Em 15 de maio de 2006 foi publicada no Diário Ofi cial da União a Resolução CP/CNE nº. 1/2006 que instituía as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Graduação em Pedagogia, propiciando discussões sobre novas demandas de trabalho que possibilitam a atuação desse profi ssional em diferentes espaços e trazendo uma nova proposta para a formação do pedagogo que rompe com a concepção dicotomizada de formação do pedagogo como professor, que leciona na educação infantil e nas séries iniciais do ensino

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fundamental, e do pedagogo como gestor, visto como especialista ou técnico, dividindo a pedagogia em licenciatura e bacharelado com o intuito de unir os dois no desafi o de formar um profi ssional apto a desenvolver inúmeras funções. Diante disso, cabe repensar o conceito de docência no sentido mais amplo, considerando suas diversas instâncias.

Compreende-se a docência como ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional, construído em relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais infl uenciam conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia, desenvolvendo-se na articulação entre conhecimentos científi cos e culturais, valores éticos e estéticos inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e de construção do conhecimento, no âmbito do diálogo entre diferentes visões de mundo. (CNE/CES nº.1, Art. 2 inc. 1 2006).

As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia redimensionam a função docente ao entendê-la na sua pluralidade, não restringindo apenas ao espaço escolar, ao processo ensino-aprendizagem, mas compreendendo-a como valiosa experiência que perpassa valores, princípios e contextos político, econômico, social e cultural. Nesse sentido, constrói-se a identidade do novo profi ssional da pedagogia. As Diretrizes se coadunam, assim, aos novos paradigmas sociais, mostrando que a pedagogia não está restrita apenas ao exercício da docência em sala de aula, e sim à formação de profi ssionais críticos e refl exivos acerca da sua função social, sendo capaz de criar e recriar, construir e reconstruir conceitos práticos que atendam as necessidades de uma sociedade que se encontra em pleno estágio de metamorfose e evolução.

A expansão do conceito de educação e as novas formas de concebê-la acarretaram o surgimento de novos campos de atuação e, consequentemente, a necessidade de profi ssionais capacitados para atender as múltiplas necessidades da sociedade moderna, caracterizando esta como a era da informação, do conhecimento.

Todavia, a minoria das Instituições de Ensino Superior no estado de Sergipe foge ao padrão da formação acadêmica para atuação em sala de aula, ofertando nas matrizes curriculares dos Cursos de Pedagogia disciplinas, como Pedagogia Empresarial, que ampliam a discussão acerca das atribuições que estão sendo lançadas ao Pedagogo na sociedade contemporânea por meio de mudanças imensuráveis. Nesse contexto, as Instituições precisam expandir a visão para o novo cenário que está se formando. Este demanda a atuação de pedagogo em diversos espaços, mas que só serão devidamente ocupados a partir do momento em que os profi ssionais tomarem ciência para conquistar o seu lugar no mercado de trabalho e, consequentemente, a valorização da sociedade.

3. PEDAGOGIA EMPRESARIAL, SOCIAL E HOSPITALAR.

3.1. PEDAGOGIA EMPRESARIAL

Nas empresas, sejam elas públicas ou privadas, o conhecimento destaca-se como instrumento de qualidade e produtividade. É crescente a competitividade e, consequentemente,

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a necessidade de qualifi cação e desenvolvimento de competências dos funcionários. Com isso surgem inúmeros desafi os para as organizações que precisam de profi ssionais polivalentes para suprir as novas demandas, em que a principal arma para enfrentar a competitividade é o conhecimento. Por essa razão, a educação é idealizada dentro e fora da empresa como um diferencial, privilegiando o desenvolvimento de atitudes e habilidades exigidas no contexto da sociedade contemporânea que demanda muito mais que técnicos e operadores de máquinas. “A nova sociedade será uma sociedade do conhecimento. O conhecimento será seu principal recurso e os trabalhadores do conhecimento constituirão o grupo dominante da força de trabalho” (DRUCKER, 1993, p. 125).

Neste espaço é fundamental a presença do pedagogo zelando pelas ações de caráter educativo relacionadas ao desenvolvimento do trabalhador com capacitação, além de avaliar e diagnosticar constantemente futuras necessidades ou falhas indicando metodologias adequadas ao contexto empresa.

Se a pedagogia é a ciência da educação, o pedagogo deve ser considerado o profi ssional de maior cabedal para atuar em diversos espaços de conhecimento, como por exemplo, nas empresas, pois o cerne da sua formação acadêmica consiste na promoção da educação como um todo. A educação como um todo não dispõe de ingredientes e receitas infalíveis. No âmbito empresarial não ocorre diferente, não se delimita a atuação do pedagogo nesse contexto em decorrência da pluralidade de funções que este pode ocupar, muito pelo contrário, a atuação deste profi ssional será marcada pela necessidade, caráter educativo, diagnosticada na organização empresarial.

Visando auxiliar o bom desenvolvimento dos integrantes da corporação, o pedagogo empresarial elabora e coordena projetos e programas de formação continuada, contribuindo assim para o aprimoramento, bem como a promoção do conhecimento neste novo espaço. Além de promover o acesso ao conhecimento dentro da empresa, este profi ssional, de forma interdisciplinar e fazendo uso de metodologias diversifi cadas e adequadas ao público com o qual vai lidar, deve ter o olhar atento para o alcance dos objetivos traçados pela empresa quanto ao aprendizado dos funcionários, visto que este será o diferencial no mercado.

Os funcionários precisam ser analisados individualmente, pois as pessoas respondem de formas diferentes a estímulos iguais, e a união destas diferenças leva à soma de idéias, construindo uma ‘corrente’. O conjunto de inspirações de cada indivíduo do grupo é que torna uma equipe construtiva, desta forma, fazê-los ter satisfação em seu trabalho, proporciona prazer que é o combustível da produtividade (LOPES; TRINDADE; CANDINHA 2007, p. 177).

Por meio da motivação, uma das suas principais estratégias para qualifi cação e capacitação dos funcionários, o pedagogo empresarial, como mediador e facilitador, pode provocar mudanças no perfi l do funcionário, contribuindo para que ele tenha mais confi ança, fl exibilidade, criatividade, se perceba produtivo e capaz de crescer tanto no âmbito profi ssional como pessoal, despertando o prazer no desempenho das funções e

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favorecendo a empresa que gera maior produtividade e, consequentemente, bons lucros. É mister ressaltar a relevância da fl exibilidade quanto ao uso de estratégias e metodologias pedagógicas além da aptidão de trabalhar em grupo.

Outra possibilidade de atuação do Pedagogo Empresarial é na divulgação de produtos da empresa. Para isso, é necessário pesquisar sobre o público alvo, desenvolver estratégias de convencimento utilizando das ferramentas adequadas, sendo extremamente importantes os conhecimentos na área de psicologia e de marketing. Cabe ressaltar, que tanto na primeira como na segunda situação, é fundamental que o Pedagogo Empresarial atue em articulação com uma equipe multidisciplinar. (MARTINS, 2008, p. 18)

O pedagogo empresarial, junto com outros profi ssionais que atuam nas organizações empresariais, forma uma parceria de extrema relevância, visto que, em meio à contemporaneidade onde capital intelectual é considerado instrumento de qualidade e produtividade por meio da peça chave: a educação, ambos tem o objetivo de formar cidadãos críticos dotados de competências e habilidades para atuar de forma satisfatória na sociedade da informação.

3.2. PEDAGOGO SOCIAL

A inclusão social apresenta-se como um paradigma que mobiliza esforços em todo o mundo a fi m de ofertar a todos, indistintamente, o direito ao exercício da cidadania em sua plenitude, perpassando todas as esferas sociais.

Amparada pelos princípios do respeito à diversidade, a igualdade, a aceitação e a valorização da subjetividade humana na convivência social, a inclusão social consiste basicamente na construção de uma sociedade igualitária com oportunidades iguais em todos os setores sem qualquer distinção por origem nacional, sexual, de religião, gênero, cor, idade, raça ou defi ciência representados pelo termo diversidade. Tais princípios são amparados pela legislação brasileira que garante a igualdade de direitos e o exercício da cidadania, dentre as quais se destacam a Constituição Federal (1988), que é desmembrada em leis menores, visando a atender de forma efi caz as necessidades de cada estado, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069 (1990), que em seus artigos prevê os direitos da criança e do adolescente, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LBD 9.394/96, que destaca em seus artigos os direitos subjetivos à educação dos cidadãos com idade de 0 a 14 anos. Diante do exposto convém afi rmar que inclusão não é apenas respeitar os direitos sociais e subjetivos garantidos nos artigos que compõem a legislação, mas, sim a concepção de que a ta pela

No contexto do mundo globalizado abre-se um novo campo de atuação para o pedagogo, a Pedagogia Social, que busca reconstruir o bem coletivo a partir das relações sociais no campo educacional, mas, não necessariamente na educação formal. Para tanto, desenvolve projetos educacionais, sociais e culturais. Nessa área a Pedagogia Social se confunde com o serviço social, mas, se distinguem pelo caráter educacional.

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O pedagogo atua no campo educacional com seres humanos, agentes de transformação e tem nas mãos o conhecimento, considerado o mais valioso instrumento de mudança nesta sociedade. Pautado na ideologia de uma educação humanizadora o pedagogo social atua prioritariamente na inclusão de grupos vulneráveis ou marginalizados que se encontram à margem da sociedade, contribuindo, a partir do respeito mútuo à subjetividade, para a socialização destes.

Esse trabalho se dá em espaços de educação não formal como: abrigos, casa de recuperação para menores, em presídios, além de outros contextos que contribuem para a exclusão destes grupos. Visando a desenvolver uma práxis comprometida com a transformação social, o pedagogo precisa adequar suas metodologias de forma que auxilie na construção e respeito da subjetividade dos atendidos, bem como na elevação da autoestima dos mesmos, visto que estes possivelmente sofreram a exclusão na escola formal por meio de insultos taxativos e ainda enfrentam por estarem presos, ou serem moradores de rua, ou por qualquer outra situação que foge do padrão social.

Convém ressaltar que, por meio da pedagogia social, existe a possibilidade de atuar na gestão e planejamento de projetos sociais com a fi nalidade de mediar a construção da autonomia e, consequentemente, a inserção destes grupos no meio social. Conforme CARVALHO; AZEVEDO; CUNHA; PUGLIA (2009, p. 22)

As funções e atribuições do Pedagogo dentro do projeto relacionam-se a cinco campos: atividades pedagógicas, técnicas e organizacionais, sociais e administrativas, podendo ser assim sintetizadas: - Conceber, planejar, desenvolver e administrar atividades relacionadas à educação. - Diagnosticar a realidade institucional. - Elaborar e desenvolver projetos, buscando conhecimento também em outras áreas profi ssionais. - Coordenar a atualização em serviço dos profi ssionais da equipe. - Planejar, controlar e avaliar o desempenho profi ssional dos envolvidos. - Assessorar o projeto no que se refere ao entendimento dos assuntos pedagógicos atuais.

Desse modo, as atribuições do pedagogo na elaboração e gestão de projetos sociais exigem, além da fl exibilidade, a interdisciplinaridade e a sintonia para trabalhar em equipe propondo ações que viabilizem a atuação dos profi ssionais envolvidos de forma satisfatória e que atendam às necessidades dos atendidos.

3.3. PEDAGOGIA HOSPITALAR

Visto que o foco do pedagogo é a educação, o cerne do seu trabalho consiste na relação do processo ensino-aprendizagem que está presente nos mais diversos espaços, não obedecendo a uma ordem sistemática, o que denominamos educação não formal, uma frente relativamente nova que oferta ao pedagogo atuação em Organizações Não Governamentais e hospitais, por meio da Pedagogia Hospitalar.

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Nas Organizações Não Governamentais o pedagogo atua ministrando cursos e palestras, elaborando e coordenando projetos com fi ns pedagógicos, por meio de estratégias que atendam a necessidade do público alvo visando a promover uma educação humanizadora para o pleno exercício da cidadania das pessoas assistidas pela organização.

Com o intuito de evitar a interrupção, mesmo que parcial, da escolaridade das crianças afastadas da escola em função das internações, o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria Nacional de Educação Especial propiciou o atendimento educacional nos hospitais criando o Serviço de Classes Hospitalares que visa a manter os vínculos escolares e a possibilidade de retorno do educando às escolas de origem após a alta, assegurando sua reintegração ao currículo. Essa é uma forma de motivá-los a aprender mesmo que não estejam no ambiente escolar e contribuir para a elevação da autoestima à medida que este se percebe como um ser ativo na construção do conhecimento.

Esta ação do MEC se coaduna com a legislação, sobretudo com a Constituição Federal, que assegura em seu o artigo 214, inciso 2, que “as ações do Poder Público devem conduzir a universalização do atendimento escolar”. Nesse sentido a Educação se expressa como direito à aprendizagem e à escolarização, em diversos espaços da sociedade.

Nesta perspectiva a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, em seu artigo 5, inciso 5, assegura que:

Art. 5º O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.§ 5º. Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.

Dessa forma, compete ao Poder Público ofertar, em diferentes contextos, o acesso aos diferentes níveis de ensino, podendo organizar-se de diversas formas para garantir o processo de aprendizagem. Quanto ao papel do pedagogo, Elizete Lúcia Moreira Matos afi rma que:

Além de garantir o direito escolar do enfermo à escolarização, acredita-se que o pedagogo possa estar atuando integradamente em diversos setores do hospital. O pedagogo hospitalar pode promover ações educativas junto às diversas possibilidades no hospital, dentre elas, pessoas idosas, com vistas ao bem-estar completo, isto é, físico, mental, social, educacional, dentre outras possibilidades que aí se apresentam; a educação numa dimensão integrada aos diversos setores da área de saúde, promovendo cuidados com a própria saúde, as práticas de sociabilidade, resgate da auto-estima e auto-avaliação. (MATOS, 2009, p. 37)

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Integrado à equipe multidisciplinar o Pedagogo Hospitalar atua no planejamento e execução de projetos, atividades lúdicas e estratégias pedagógicas que visam a uma melhor e mais efi caz socialização dos pacientes que fi cam internados e impossibilitados de comparecer à escola. Todavia, ele não será o único responsável pelo conteúdo a ser dado, mas deve abrir espaço para que os assistidos se expressem e socializem aquilo que eles consideram pertinente e desejam expor neste espaço de ensino-aprendizagem. Como afi rma Paulo Freire (1996, p.23), um dos maiores pensadores da educação como prática de liberdade e defensor de uma educação humana, “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

4. DESAFIOS

É mister ressaltar que as mudanças que se processam no âmbito educacional é que delimitam e ampliam o campo de atuação do pedagogo, considerando este como cientista da educação. O novo perfi l profi ssional do pedagogo é movido por mudanças contínuas, que se revelam como desafi os que exigem deste profi ssional uma formação crítica e refl exiva, além da persistência para superar os paradigmas sociais existentes e os que estão por vir, a fi m de conquistar os espaços que lhe são de direito.

Face ao leque de possibilidades do pedagogo na esfera de sua atuação, é notória a importância da presença desse profi ssional nos mais variados espaços, pois, onde houver aprendizagem, educação, o pedagogo pode contribuir. As funções descritas pelos verbos orientar, construir, liderar, auxiliar, programar, planejar, acompanhar, desenvolver, pesquisar, analisar, cooperar, destacam a magnitude desta profi ssão que, vez por outra, é limitada pela falta de reconhecimento da sua função social e educativa.

O curso de pedagogia é limitado popularmente apenas ao ensino das séries iniciais, daí a relevância do referido estudo para difundir conhecimentos sobre os novos campos que devem ser ocupados por pedagogos. Nesse contexto convém ressaltar os desafi os enfrentados por este profi ssional no ato do ofi cio, oriundos desde a criação e instalação do curso de pedagogia.

Frente aos espaços ocupados por outros profi ssionais no mercado de trabalho o pedagogo vem buscando e gradativamente conquistando o espaço que lhe é de direito na sociedade, porém, há muito para ser conquistado como o reconhecimento do pedagogo como o intelectual da educação, e não apenas como o professor da educação infantil além, da ampliação da discussão do campo de saber, bem como da atuação do pedagogo para disseminação das aptidões desse profi ssional para que surjam mais oportunidades principalmente em concursos públicos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio de uma breve retomada ao contexto histórico do Curso de Pedagogia no Brasil, foi possível identifi car as causas primordiais da crise de identidade profi ssional do pedagogo que acarretaram os paradigmas sociais acerca do seu posto de trabalho.

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Numa abordagem qualitativa, o presente estudo propiciou uma ampla discussão com base teórica, acerca das possibilidades de atuação do pedagogo, caracterizado na sociedade contemporânea como cientista da educação, visto que o cerne do seu estudo perpassa as diversas instâncias do campo educacional.

O propósito deste estudo não foi questionar se o pedagogo deve ou não atuar em outros espaços que não seja o ambiente escolar, pois esta é uma necessidade do mundo globalizado que clama por profi ssionais capacitados e polivalentes para enfrentar as mudanças com tamanha rapidez. A priori, o objetivo foi contribuir para a disseminação de conhecimento sobre a amplitude da atuação deste profi ssional.

Analisando suas funções no ambiente empresarial fi ca mais que comprovada a contribuição que o pedagogo pode adicionar rumo ao sucesso da empresa. Resta a inquietação sobre o muro de silêncio que permanece acerca da ausência deste profi ssional nas organizações. Portanto, esse é mais um instrumento para que o conhecimento seja disseminado em meio à sociedade, os paradigmas sejam quebrados e este seja reconhecido como gestor do conhecimento, ocupando o cargo que lhe é de direito.

Fugindo aos padrões historicamente construídos pela sociedade, buscou-se uma refl exão acerca do papel do Pedagogo Social e Hospitalar, este atuando em espaços não escolares, buscando construir e reconstruir o bem coletivo. Ao lidar com grupos que se encontram à margem da sociedade ou que enfrentam uma dura realidade no ambiente hospitalar, no qual o medo e angústia se fazem presentes, estes profi ssionais estabelecem um elo entre os atendidos e o contexto social que estes vivenciam, diminuindo a distância do ambiente escolar.

Em suma, como cientista da educação, o Pedagogo é movido profi ssionalmente por desafi os que se revelam a cada mudança que se processa na sociedade e, como toda mudança demanda uma ação em âmbito educacional, este é o profi ssional dos tempos modernos. Para tanto, o Pedagogo precisa acompanhar esse processo e se atualizar para lidar com seres humanos dotados de subjetividade e donos do tesouro do mundo globalizado, o capital intelectual.

SOBRE A AUTORA

Mirianne Santos de Almeida é graduada (2009/2) em Pedagogia pela Universidade Tiradentes. O presente estudo foi apresentado à referida instituição como trabalho de conclusão de curso 2009/2, sob a orientação da Professora Msc. Betisabel Vilar.

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Cadernos de Graduação - Ciências Humanas e Sociais - v. 11 - n.11 - 2010

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