'O Pilão' - versão digital

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NÚMERO 1 MAIO 2009 SEMESTRAL JORNAL INFORMATIVO DO N ÚCLEO DE E STUDANTES DE F ARMÁCIA DA A SSOCIAÇÃO A CADÉMICA DE C OIMBRA NOVO EDIFÍCIO DA FFUC - POLO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE, MUDANÇA PARA MELHOR?....................... 4, 14 ABUSO DE ANTIBIÓTICOS: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA - PROF. DOUTOR FRANCISCO BATEL MARQUES.................................... 6 XI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA…….. 12 O Pilão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Antiga Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

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Número 1 do Pilão - Jornal informativo do núcleo de estudantes de farmácia da universidade de Coimbra

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NÚMERO 1 MAIO 2009 SEMESTRAL

J ORNAL INF O RMA TIVO D O N ÚCL EO D E E STU DAN TE S DE

F ARMÁ CIA D A AS SO CI AÇ ÃO AC A DÉMI CA D E C OIMB RA

NOVO EDIFÍCIO DA FFUC - POLO DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE, MUDANÇA PARA MELHOR?....................... 4, 14

ABUSO DE ANTIBIÓTICOS: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA -PROF. DOUTOR FRANCISCO BATEL MARQUES.................................... 6

XI ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA…….. 12

O Pilão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Antiga Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

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O Pilão | 2

Ficha Técnica  

Edição Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra

Faculdade de Farmácia

Universidade de Coimbra Pólo das Ciências da Saúde Azinhaga de Santa Comba

3000-548 Coimbra E-mail:

[email protected]

Periodicidade Semestral

Coordenação João Abrantes Teresa Torres

Grafismo

Diana Rodrigues João Abrantes

Redacção

Eduarda Batista João Vítor Ferraz Marta Domingues

Teresa Torres

Agradecimentos Prof. Dr. Adriano Barbosa Prof. Dr. Amílcar Falcão Prof. Dr. Francisco Batel

Marques Prof. Dr. Rui Barbosa

Prof. Dr.ª Teresa Rosete

Gonçalo Amorim Luís Rodrigues

Paulo Magalhães David Tanganho

Impressão e distribuição

Diário As Beiras

Tiragem 1500 exemplares

Apoios ANF APEF

Botelho & Rodrigues, Lda. Diário das Beiras

Ordem dos Farmacêuticos Plural

Primopraxis REN

com grande orgulho que vejo o jornal dos estudantes de farmácia “O Pilão” novamente a ser editado e publicado. Este faz transparecer parte do trabalho e dedicação que todos os elementos do núcleo têm diariamente. Por vezes, é difícil fazer chegar aos nossos estudantes todas as actividades e trabalhos que o NEF/AAC desenvolve, pois ao contrário do que possas pensar, estes não se restringem apenas à Faculdade de Farmácia.

O NEF/AAC faz-se representar na Associação Académica de Coimbra (AAC), na Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF), na European Pharmaceutical Students’ Association (EPSA) e International Pharmaceutical Students' Federation (IPSF), mantém ainda relações de parceria e cooperativismo com a Ordem dos Farmacêuticos (OF), Associação Nacional das Farmácias (ANF) e Plural.

Esta edição do “Pilão”, não resulta apenas do trabalho deste mandato de 2009. Já no mandato anterior surgiu a ideia de reanimar o jornal de Farmácia. Limitados por contingências de vária ordem, nomeadamente a nível do financiamento - projecto totalmente dependente de apoio publicitário - não foi possível dar o último passo para a concretização deste desejo mais cedo. Assim sendo, e com condições no presente para realizar este projecto, elevamos uma vez mais os nossos estudantes ao expoente máximo e finalmente “O Pilão” vê novamente a “luz do dia”.

Não posso deixar passar a ocasião sem felicitar o pelouro da informação, que nos dois últimos anos fez com que fosse possível esta reedição. Assim, deixo aqui os meus sinceros parabéns em especial para a Marta Domingues e para o João Abrantes pela capacidade de coordenarem os seus pelouros.

Aproveito também para endereçar um agradecimento e especial saudação a todas as entidades que acreditaram neste projecto informativo, e como tal, nos apoiaram. A todos, o meu muito obrigado.

O Presidente do Núcleo de Estudantes de Farmácia

NEF/AACTiago Craveiro

Nota Editorial

A reedição de “O Pilão” foi, como já perceberam, um desafio ao NEF/AAC tendo o Pelouro da Informação um papel decisivo.

Nós, o dito pelouro, vimos desta forma referir que apesar de todas as limitações, não baixámos os braços perante as dificuldades que este projecto nos trouxe, e pusemos mãos à obra, de forma a dar corpo a este renovado jornal. Assim, no que depender de nós, “O Pilão” continuará a ser sempre o suporte informativo do NEF/AAC, assumindo a sua postura na abordagem da realidade da actividade farmacêutica, quer a nível da formação académica, quer a nível do contexto sócio-profissional do farmacêutico, não se alheando portanto aos problemas, anseios e conquistas que se têm verificando nesta área, a “nossa” área.

O PilãoDiana RodriguesEduarda Batista

João AbrantesJoão Vítor Ferraz

Teresa Torres

É

Editorial

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o escrever estas linhas, as minhas primeiras palavras vão necessariamente para felicitar os responsáveis pelo ressurgimento deste pasquim na boa senda da tradição Coimbrã, agradecendo o facto de me terem honrado com o convite para figurar neste relançamento d’O Pilão.

Dito isto, foi-me sugerido que divagasse acerca do tema “O plano curricular” [Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas]. Foi-me pedida sobre o assunto uma mancha de texto equivalente a uma página A4. Embora tenha decidido aceitar o desafio, foi para mim sempre óbvio que me estavam a pedir o impossível. Mas, por feitio, eu gosto dos “impossíveis”, razão pela qual não me refugiei num diplomático “não” ou numa qualquer desculpa esfarrapada para fugir ao tema e falar de outro qualquer assunto que me fosse mais confortável e, eventualmente, até mais politicamente correcto. Sem falsas modéstias, penso ter alguma autoridade para falar sobre este tema. Na verdade, em meados dos anos 80 era eu aluno da Licenciatura em Ciências Farmacêuticas quando se deu uma importante reorganização curricular que, basicamente, eliminou os três ramos existentes à data (Farmácia de Oficina e Hospitalar, Indústria Farmacêutica, e Análises Clínicas), criando um percurso único (sem tronco comum e ramos de especialização). Foi-nos “vendido” que era uma imposição da então Comunidade Económica Europeia (CEE), a organização que antecedeu a actual União Europeia (UE). Como estudante estive na linha da frente no combate a essa decisão política. Pareceu-me um erro e confirmo hoje, passados cerca de 25 anos, que foi um erro.

Quis o destino que em 2007 fosse eu a pessoa designada pela Faculdade de Farmácia para coordenar a adaptação da oferta pedagógica da nossa Instituição no âmbito do denominado Processo de Bolonha. Fiz o melhor que pude tendo em c o n s i d e r a ç ã o t o d o s o s condicionalismos existente (e eram muitos). Claro que muito haveria a dizer sobre a forma como o processo decorreu e os erros cometidos. Nada é perfeito e, como é óbvio, olhando para trás, sou o primeiro a reconhecer algumas limitações naquilo que foi feito (embora, repita, alguns dos problemas tivessem sido o resultado de interferências externas impossíveis de contornar dada a conjuntura que se vivia à época). Lendo os parágrafos anteriores, facilmente se compreende que possuo uma leitura transversal e participada do processo evolutivo do plano curricular que conduz à formação dos Farmacêuticos. Poderia, portanto, dizer muitas coisas interessantes sobre essa mesma evolução, e até fazê-lo sob vários pontos de vista. Acontece que não vale a pena, porque tudo cai por terra enquanto não percebermos que não basta mudar nomes às cadeiras, baralhar e voltar a dar, fingir

que se muda sem mudar. A prova provada é que numa das edições d’O Pilão no já longínquo ano de 1996 (cerca de 10 anos após o primeiro momento que descrevo ainda na minha qualidade de aluno, e também cerca de 10 anos antes do outro momento em que me vi envolvido), um colega nosso escrevia algumas

notas soltas que, infelizmente, parecem ser intemporais. Dizia ele no início do seu artigo de opinião: “Quando completamos os quase seis anos de curso, estaremos nós aptos a trabalhar em qualquer uma das áreas para que estamos vocacionados?”. Depois de deambular sobre vários a s s u n t o s c o m u m n o t á v e l discernimento, terminava o seu texto da seguinte forma: “Hoje, com o curso de Ciências Farmacêuticas saímos Farmacêuticos conhecedores de quase tudo e capazes de fazer quase nada…”. Lapidar! Provavelmente, mudam-se os tempos mas não se mudam as mentalidades. Termino dizendo que não posso, não devo e nem quero sacudir a água do capote, mas estou absolutamente certo que se dependesse apenas de mim, nem chovia tanto, nem o capote era necessário. É que sou um grande apreciador de praia!...

Amílcar FalcãoProf. Catedrático

FFUC

A

Opinião

“...ressurgimento deste pasquim na boa senda da

tradição Coimbrã...”

“…não basta mudar nomes às cadeiras, baralhar e voltar a dar, fingir que se muda sem mudar.”

O Plano Curricular do MICF [MESTRADO INTEGRADO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS] Prof. Doutor Amílcar Falcão

“…criando um percurso único (sem tronco comum e ramos de

especialização) … pareceu-me um erro e confirmo hoje, passados cerca

de 25 anos, que foi um erro.”

Amílcar Celta Falcão, Professor Catedrático e Investigador da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

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V

Novo Edifício da FFUC no Pólo Ciências da Saúde Prof. Doutor Rui Barbosa

Entrevista

isita às novas instalações na companhia do Professor Rui Barbosa (Vice-Presidente do

Conselho Directivo) O Pilão (P) | Em que ano se começaram a desenvolver os projectos para a construção das novas instalações da faculdade? Professor Doutor Rui Barbosa (RB) | Desde os anos 60, foram elaborados vários projectos e estudos para as novas instalações em diversos locais. Foram previstos para junto do Edifício da Trindade, do Couraça de Lisboa, do Bairro Sousa Pinto e por último no Pólo II da UC. P | Quais foram os órgãos envolvidos na construção do novo edifício da FFUC? RB | Desde 1998, em que foi entregue o plano preliminar do projecto, eu próprio e o Professor Adriano acabámos por gerir todo o processo. Houve várias paragens, assim como também a necessidade de fazer

alterações no projecto de arquitectura, dado que o projecto não estava minimamente de acordo com o que nos propusemos no programa preliminar. Por exemplo, toda a área de investigação teria sido colocada na cave. P | Em quanto está avaliada a construção das novas instalações e de onde provém esse orçamento? RB | Uma grande percentagem do projecto foi paga pela comparticipação Comunitária. Ou seja, a obra está avaliada em 10. 517.700,00 euros, ao qual 7.119.308,00 foi garantida pela União Europeia. P | Quais as considerações tomadas em conta para a escolha deste projecto de empreitada por entre os 12 que foram a concurso? RB | Um dos aspectos apresados foi o facto de ser o único projecto que albergava 6 pisos, um dos quais o estacionamento com 47 lugares (piso -2). Apesar de o projecto de construção não ser o melhor, era o único que ao mesmo tempo, respeitava a cota de altura e continha um piso para estacionamento, criação de armazém e áreas técnicas (quadro eléctrico, gerador de emergência, câmara frigorífica, central de bombagem com dois tanques de reserva de água no caso de incêndio, ETAR e um biotério intermédio). Por estas razões, o gabinete vencedor do concurso foi o dos arquitectos Matos Gameiro e Carlos Crespo, para construir uma área bruta 13.230 m2, com um prazo de execução de 18 meses contados a partir da data

de consignação. P | Haviam requisitos por parte da faculdade aquando da entrega do programa preliminar em 1998? RB | Sim, totalmente. O que se tentou fazer foi criar duas áreas autónomas distintas. Uma delas é o conjunto do piso -1 com o piso superior, onde se distribuem os programas de acesso mais imediato e de maior fluxo (salas de ensino teórico, laboratórios que se destinam aos alunos de primeiro e segundo ano e o Laboratório de apoio à Comunidade). P | E qual seria a outra área referida? RB | A outra área seria os pisos 4, 5 e 6 onde se encontram os laboratórios destinados ao ensino avançado (graduado e pós-graduação), à investigação e os gabinetes para os docentes.

O piso 4 integra-se na área das Ciências Farmacêuticas, designadamente os laboratórios de Galénica e Farmacologia. O piso 5 situa-se no contexto da Ciências Biológicas e Bioanalíticas nomeadamente os laboratórios de Microbiologia, Biologia Geral, Bioquímica e Métodos Instrumentais

Professor Doutor Rui Barbosa, actual Vice- -Presidente do Conselho Directivo da FFUC

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de Análise. O piso 6 enquadra-se dentro da área da Ciências Químicas e Físico-química e integra os laboratórios de Química Farmacêutica, Bromotologia e Hidrologia e Farmacognosia. P | Que tipo de tecnologia existe na cobertura? RB | Devido à complexidade do edifício, foram acondicionados na cobertura a maior parte dos sistemas. Como por exemplo, os sistemas de extracção de ar, sistemas de desenfumagem, Central de gases especiais e a máquina para manutenção do jardim.

O grande drama no qual a faculdade se encontra está no facto de que não existe nenhum técnico

qualificado capaz de efectuar a manutenção os diferentes equipamentos, por exemplo, os tanques de reserva de água em caso de incêndio e a maquinaria existente na cobertura. Necessitaríamos ou de um Engenheiro Electrotécnico ou Mecânico em serviço permanente. P | Qual será a área disponível dentro do Edifício da Administração Geral para os alunos da nossa faculdade? RB | O Edifício da Administração Geral vai ser usufruído de igual forma pelas duas faculdades. A nossa faculdade terá acesso a um auditório com aproximadamente 300 lugares, um anfiteatro, uma sala para o NEF e Tuna, área administrativa, bedel e o CEF (Centro de Estudos

Farmacêuticos). P | Existem projectos a decorrer para melhorar as condições da FFUC? RB | A faculdade encontra-se em constante mudança na busca de novos projectos e no aperfeiçoamento de outros. Por exemplo, a sala de informática ainda não está em funcionamento devido à falta de verba para a equipar com cerca de 20 computadores. Contudo, esperamos

resolver esse assunto o mais brevemente possível.

Outro exemplo interessante é o laboratório de Apoio à Comunidade, que para além de realizar análises clínicas proceder-se-á a uma nova extensão, o controlo de qualidade. P | Quais os maiores problemas com que se debateu já no desenrolar da

construção? RB | Só o facto de a faculdade concentrar toda a área laboratorial, nomeadamente áreas de ensino e investigação, o edifício atinge uma complexidade técnica bastante elevada. Daí, advém a magnitude do equipamento que já lhe referi. Outro problema patente encontra-se na situação das salas teórico- -práticas. Originalmente foi pedido no projecto salas para 30-35 alunos. Contudo, o tipo de mobiliário presente não permite que estejam mais do que 17-18 alunos na sala. Estamos dependentes do anfiteatro que ainda se encontra em construção no edifício da Administração Geral.

Do ponto de vista energético, existem ainda importantes mudanças a fazer. Isto porque se encontram 118 motores a trabalhar continuamente na

cobertura.

P | Ainda há mais projectos de construção no pólo Ciências da Saúde? RB | Inicialmente, os terrenos adquiridos pela Universidade foram consignados apenas à construção de edifícios para a Faculdade de Medicina. Apenas mais tarde, foi considerado a construção da Faculdade de Farmácia.

Ainda estarão por ser construídas mais três subunidades da FMUC: a subunidade 2, a maior, construída entre o ICNAS e a Biblioteca; a subunidade 3 que será o Instituto de Medicina Legal e a subunidade 4 que se dedicará à investigação em Biomedicina.

Eduarda Batista

”...a sala de informática ainda não está em funcionamento devido à falta

de verba …”

“Do ponto de vista energético, existem ainda importantes mudanças

a fazer.”

Entrevista

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consumo de antibióticos sem

justificação clínica, como em gripes e constipações, é elevado em Portugal e é responsável por resistências que impedem a sua eficácia quando efectivamente aconselhados, o que já é considerado um problema de saúde pública.

No dia 18 de Novembro foi assinalado o Dia Europeu do Antibiótico, estando esta questão em discussão e apresentado o Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Resistências aos Antimicrobianos (PNPCRA) pela Direcção Geral de Saúde.

Para além da prescrição errada de antibióticos para gripes e constipações, as infecções adquiridas nos estabelecimentos de saúde, a falta de controlo no uso de antibióticos em animais, criando estirpes bacterianas resistentes que, depois, entram na cadeia alimentar, são outras causas do problema.

A culpabilidade do problema, se é que ela existe, tem sido dada aos Médicos e Farmacêuticos, com troca de acusações inclusivé.

Dados da autoridade que regula o sector do medicamento em Portugal (Infarmed), fornecidos à Lusa no ano passado, revelavam que em 2000

foram vendidas em Portugal Continental mais de 9,3 milhões de embalagens de antibióticos, número que baixou sempre até 2004, quando se venderam 7,7 milhões.

Dos antibióticos mais usados salientam-se as penicilinas, os macrólidos e as quinolonas.

“O Pilão” foi descobrir o que o Professor Doutor Francisco Batel Marques pensa sobre uma situação que assombra os portugueses na actualidade.

“Em Portugal, existe um padrão

de utilização de medicamentos, designado comumente pelos médicos de «medicina defensiva». O consumo irracional de antibióticos deve-se à educação dos pacientes, à cultura de largo espectro e à promoção exagerada da Indústria Farmacêutica.

Apesar da educação dos doentes poder parecer um parâmetro pouco relevante nesta temática, verifica-se uma alteração na prescrição médica, uma vez que os utentes exercem sobre estes profissionais de saúde uma pressão exagerada, que compromete uma prescrição correcta.

A cultura de largo espectro baseia- -se na tendência corrente de utilização dos antibióticos de largo espectro no combate às infecções. Naturalmente, o comportamento normal, aquando de uma infecção, é tentar eliminá-la o mais rapidamente possível. Infeliz-mente, os utentes portugueses, tentam resolver esta situação através da utilização de antibióticos de largo espectro, o que leva a um elevado número de problemas no campo da saúde pública, dos quais se destaca o surgimento de inúmeras resistências bacteriológicas. Assim sendo, esta cultura deve ser evitada e combatida, essencialmente devido a duas razões: primeiramente, a etiologia da infecção pode não ser bacteriana; em segundo, a terapêutica antibiótica empírica (sem microorganismo isolado), deve ser rigorosamente dirigida.

Muitos dos antibióticos têm

espectros de actividade sobreponíveis, o que não significa que se possam utilizar de uma maneira substitutiva entre eles.

Um outro problema, que deriva da inexistência de uma avaliação de padrões e perfis de prescrição, e que perturba a situação social actual é a utilização de antibióticos no ambulatório, os quais estão apenas autorizados em casos de justificação hospitalar, não apresentando, por isso, uma livre utilização. Ainda relativamente a esta questão, os portugueses utilizam determinados antibióticos em ambulatório que não se encontram disponíveis noutros países, mesmo apesar de, por vezes, esses outros países apresentarem uma maior prevalência de infecções.

Relativamente à promoção feita pela Indústria Farmacêutica, deve ser procurado um ponto de equilíbrio que permita que a sua actuação seja mais comedida. Exige-se a este nível uma participação mais activa do SNS através de políticas racionais de utilização de medicamentos, nomeadamente de antibióticos. Desta forma, também se tornará viável a formação dos utentes, no sentido de não pensarem que, pelos pacientes terem febre, têm necessariamente uma infecção tratável com antibiótico.”

Numa postura solene, o Professor

Doutor Francisco Batel Marques conclui, afirmando “a importância de confortar os médicos através da oferta de uma maior grau de informação da designada prevalência da incidência dos microorganismos nas respectivas infecções”, e que só desta forma seria possível “contrariar a chamada «medicina defensiva»”.

Marta Domingues [adaptado]

Saúde

Abuso de antibióticos: Um problema de Saúde Pública Prof. Doutor Francisco Batel Marques

Professor Francisco Batel Marques, Presidente da Secção Regional da Ordem dos Farmacêuticos e docente de disciplinas como Farmácia Clínica e Farmacoterapia na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

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om o aproximar de mais um ano SEP, os nossos estudantes estão ansiosos para iniciar a sua grande aventura e ir conhecer como se faz Farmácia pelo mundo! Por cá tratam-se de todos os preparativos para uma recepção em grande.

Para quem não sabe, este é um programa de intercâmbios de Verão da IPSF – em português, Federação Internacional de Estudantes de Farmácia – que dá a oportunidade a estudantes de todo o mundo de fazerem um estágio nas diferentes áreas farmacêuticas. Portugal tem a melhor contribuição para este programa a nível global, sendo Coimbra a cidade que aceita mais estudantes. O NEF conseguiu no ano passado receber 25 estagiários de diferentes países, o que permite dar a oportunidade a muitos colegas da nossa faculdade de ingressarem neste programa. Mas será apenas um estágio profissional que os nossos alunos esperam?

O que é o SEP para mim? - É

poder conjugar novos conhecimentos, experiências e diversão num só mês! E com a vantagem de conhecer a classe farmacêutica fora de Portugal! O que mais poderia desejar de um programa assim? Catarina Madanêlo, 4.º ano A chegada da nossa primeira SEP deste ano, Kristen, foi em grande. Do Canadá veio aterrar em plena Queima das Fitas, e não esqueçamos que todos os dias se apresenta na farmácia para cumprir o seu estágio. Em conversa com ela ficámos a saber como tem vivido esta experiência SEP em Coimbra!

O que é que estas a achar de Coimbra até agora? —É fantástica! Coimbra é uma cidade muito bonita e todos os edifícios por onde passo são encantadores! Gostei muito de conhecer todos os estudantes na queima! O meu

estágio é óptimo e sou surpreendida todos os dias com a diferença entre as farmácias cá em Portugal e as do Canadá. Chegaste na primeira Quinta-feira de queima e foste directa da rodoviária para o jantar de curso. O que é que pensaste assim que chegaste? —Eu diria que pensei: “Será que conseguirei lidar um mês com isto?” Vocês estavam tão malucos naquele dia! Eu estava muito contente porque toda a gente foi bastante acolhedora para comigo e conseguiam falar inglês muito bem. Ah, e eu também pensei que ia ter de beijar muitas bochechas durante esses dias. E o que praticas em concreto? Qual é o teu trabalho na farmácia? —Bem, eu ajudo na farmácia naquilo que posso e observo bastante. Muitas dos fármacos aqui utilizados são bastante diferentes do que os que temos no Canadá. Então a simples tarefa de fazer um inventário ou procurar um medicamento que nos é pedido, é bastante interessante para mim! Os farmacêuticos são bastante simpáticos e explicam-me as coisas sempre que lhes faço perguntas. Trouxe um livro como referência do Canadá, mas os nossos colegas estagiários têm-me mostrado outros que me têm ajudado imenso. De que achas que vais sentir mais saudades quando voltares para casa? —Provavelmente irei sentir mais saudades das pessoas! Em segundo lugar irei sentir saudades das paisagens e do tempo... mas não irei sentir saudades do declive e da calçada das ruas!

Patrícia Pessoa

Student Exchange Program (SEP) Kristen Gourlay

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D e 20 a 26 de Abril de 2009 decorreu em Reims, França, a 32.ª edição do Congresso Anual da Associação Europeia de Estudantes de Farmácia (European Pharmaceuticals Students’ Association - EPSA) evento que reuniu cerca de 300 alunos de Ciências Farmacêuticas oriundos de toda a Europa.

P o r t u g a l e n c o n t r o u - s e representado pela Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF) e pelas associações de e s t udan t e s l oca i s i nc l u i ndo , naturalmente, o NEF/AAC. Portugal foi a delegação mais numerosa do encontro com 26 participantes.

Os dias do congresso foram p r e e n c h i d o s s o b r e t u d o c o m assembleias-gerais e reuniões onde os estudantes puderam expor abertamente as suas opiniões em relação às actividades e linhas orientadoras da EPSA, ao estado do ensino do curso de Ciências Farmacêuticas e ao rumo geral da actividade e da profissão

farmacêutica. Decorreu ainda durante o congresso um simposium sobre o tópico anual da associação – Information to Patients -, foram realizados workshops sobre os temas desenvolvidos durante o ano de 2008/2009 pelos Working Commitees da Associação Europeia de Estudantes de Farmácia e também realizados trainings pelos membros mais experientes da equipa da EPSA.

De focar ainda que no fim-de-semana anterior ao congresso decorreu um training camp para todos os estudantes interessados em integrar a equipa 2009/2010 da Associação Europeia de Estudantes de Farmácia.

Para além da parte didáctica do encontro, este foi ainda repleto de inúmeras festas nocturnas, incluindo a European Night onde os estudantes portugueses marcaram a diferença ao envergarem o nosso único e incomparável traje académico! A capa académica foi ainda sujeita a leilão,

tendo sido oferecidos 120 Euros a reverter a favor da EPSA.

A última noite foi marcada pelo tradicional baile de gala onde foram apresentados aos participantes os novos membros da equipa da EPSA da qual fazem parte 4 lusitanos: João Eduardo Duarte (Public Health Working Comitee Director –AEFFUL), Guilherme Monteiro (Humanitarian Working Comitee Director – AEFFUL), Mariana Fróis (Information Officer – NEF/AAC) e Miguel Ribeiro (Parlimentarian Council Member – AEFFUL).

Os estudantes vol taram entretanto para as suas respectivas faculdades de farmácia, espalhadas por toda a Europa, com a promessa do reencontro no próximo evento da EPSA – A Summer University que decorre de 18 a 24 de Julho em Chania, Grécia.

Mariana Fróis

Congresso Anual da Associação Europeia de Estudantes de Farmácia

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Imunobiologia é uma área científica relativamente recente que nos últimos anos tem tido uma forte expansão com implicações relevantes na fisiopatologia de algumas doenças, na terapêutica mas também na saúde pública. Desta feita, ‘O Pilão’ falou com a Prof. Doutora M.ª Teresa Cruz Rosete, do Laboratório de Farmacologia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), Professora de Biologia Celular, Histologia e Embriologia Humana do MICF e Anatomia e Fisiologia Humana II da LCB. É investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC) e tem desenvolvido investigação na área da Dermatologia, tendo a equipa de investigação que integra sido recentemente galardoada com o Prix de Recherche Scientifique Lierac – Prémio de Investigação Científica da Lierac, devido aos seus estudos no âmbito da dermatite de contacto alérgica. Nesta entrevista pretendemos conhecer melhor o seu trabalho de investigação, assim como

compreender as potencialidades desta área.

O Pilão (P)| Como foi o seu percurso académico? Prof. Doutora Teresa Cruz Rosete (TCR) | Licenciei-me em Ciências Farmacêuticas na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Entretanto passei pela farmácia comunitária e hospitalar, trabalhando no Hospital Curry Cabral em Lisboa. Nessa altura abriu pela primeira vez o Mestrado em Tecnologias do Medicamento na FFUC, ao qual concorri e fui aceite. Ingressei num projecto com macrófagos e nanopartículas onde trabalhei com a Doutora Celeste Lopes e com o Doutor Rogério Gaspar. Após o mestrado concorri a uma bolsa de doutoramento, que me foi concedida e iniciei o meu trabalho de investigação com células dendríticas. Durante o doutoramento tornei-me assistente da FFUC, iniciando a actividade docente, leccionando aulas práticas de Biologia Celular e Histologia e Embriologia Humana.

P | Sente que a Licenciatura a preparou bem para ingressar na investigação científica?

TCR | Nem por isso. Senti principalmente uma grande lacuna na área da Biologia Molecular, que na altura não fazia parte do plano curricular, assim como algumas falhas em termos de prática laboratorial nesta área específica. Contudo, já muita coisa melhorou mas penso que ainda pode ser feito mais. P | Como surgiu o interesse pela área da Biologia Celular/Imunobiologia? TCR | Surgiu durante o Mestrado, quando comecei a trabalhar com a Doutora Celeste Lopes. Depois, já no doutoramento, continuei num projecto da mesma área.

P | O que é a Imunobiologia? TRC | É uma área da Biologia Celular e Molecular que tem como objecto de estudo células do sistema imunológico, neste caso células apresentadoras de antigénio, que estão envolvidas na imunidade inata como os macrógafos e as células dendríticas. Porém, não é Imunologia clássica. Centra-se essencialmente em verificar o que acontece quando estas células captam os antigénios e os processam avaliando a activação de vias de sinalização intracelular, a expressão de enzimas e a produção de citocinas e quimiocinas, ou seja, os processos intracelulares inerentes à resposta imune.

_____________________

“Porém, não é Imunologia clássica.”____________________________

P | Em linhas gerais, como poderia descrever o seu trabalho de investigação? TCR | Trabalho principalmente com células dendríticas, que são células

que apresentam antigénios aos linfócitos. O meu estudo incide essencialmente na avaliação das modificações celulares, induzidas por alguns alergénios, substâncias que induzem a dermatite de contacto alérgica (DCA) , vulgarmente denominada de eczema. Estas células, captam os alergénios ao nível da pele,

Investigação Científica em Imunobiologia Prof. Doutora Teresa Cruz Rosete

Conversas de Laboratório

Célula Dendrítica

Prof. Doutora Teresa Cruz Rosete, Docente da FFUC e Investigadora do CNC

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processam-nos, migram e apresentam-nos aos linfócitos, o que leva ao desenvolvimento da respos ta imunológica e ao aparecimento da DCA. Entretanto expandimos o estudo a agentes irritantes, no sentido de perceber, o que especificamente dentro da célula conduz ao aparecimento de DCA, já que um irritante induz apenas o aparecimento de dermatite irritante de contacto que não envolve a activação do sistema imunológico, ocorrendo apenas resposta inflamatória local ao contrário da DCA, cuja resposta imune é muito mais complexa. Deste modo é possível avaliar o que existe de diferente dentro da célula quando em contacto com ambos os agentes. P | Quais são as implicações das suas descobertas no estudo da dermatite de contacto alérgica? TCR | Por um lado, permitem compreender melhor a fisiopatologia desta doença, que é uma das dermatoses mais comuns. Apesar de já se saber alguma coisa, outras permanecem sem resposta, nomeadamente a razão pela qual a pessoa desenvolve alergia súbita a agentes com que sempre contactou.

Mas mais que isso! O principal objectivo é contribuir para o desenvolvimento de um teste in vitro válido para a indústria cosmética já que em 2004 surgiram algumas imposições da legislação europeia que proíbem a utilização de animais (ratinhos) para avaliar o potencial que o produto cosmético final tem para induzir DCA. No entanto, foi ainda permitida a utilização de animais para testar apenas os ingredientes da formulação cosmética, durante um prazo de 6 anos, prazo este que terminou em Março deste ano. Como os ensaios in vivo foram proibidos tem havido um grande esforço para se encontrar um teste alternativo validado, o que até à data não aconteceu, e que acaba por afectar directamente a indústria cosmética. E é aqui que entram os estudos com

células dendríticas que temos vindo a desenvolver. Contudo, não será fácil mimetizar in vitro o que ocorre no organismo.

_____________________

“O objectivo é contribuir para o desenvolvimento de um teste in vitro

válido que permita avaliar se produtos cosméticos induzem DCA

…” ____________________________

P | Quais são as suas perspectivas de investigação neste momento? TCR | Encontrar o tal teste in vitro alternativo que permita avaliar o risco de DCA em formulações cosméticas. Mas penso que não vai ser tarefa fácil, sobretudo devido à complexidade da DCA, e provavelmente tal não será alcançado apenas com um teste, mas sim vários. Possivelmente haverá a integração de várias abordagens e será algo bastante complexo. Mas é nesse sentido que trabalhamos e é também nesse sentido que vem o prémio. P | E qual foi a sua reacção ao saber que tinha ganho este prémio - Prix de Recherche Scientifique Lierac? TCR | Fiquei completamente surpreendida, não estava à espera que este prémio nos fosse atribuído. Foi de facto uma agradável surpresa!

P | Qual é a importância deste prémio? TCR | É acima de tudo um reconhecimento e um estímulo em termos profissionais para continuar a desenvolver trabalho científico. No fundo há uma indústria cosmética que é a principal interessada. O prémio consistiu na atribuição de fundos, que servirão para continuar a desenvolver o trabalho feito até então, o que constitui uma óptima ajuda já que a investigação nesta área é bastante dispendiosa. Foi premiado um trabalho que envolve várias áreas científicas, pois integro um grupo

multidisciplinar. Trabalhamos em conjunto com outros centros de investigação para além do CNC. Actualmente já não se faz investigação isoladamente.

_____________________

“…integro um grupo multidisciplinar …

actualmente já não se faz investigação isoladamente.”

____________________________

P | Como vê a investigação em Portugal? TCR | Sinto que temos investigadores qualificados e os equipamentos necessários. Mas por vezes faltam verbas, o que é limitante, pois para conseguirmos projectos de investigação aprovados, quer da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), quer europeus, é necessário publicar trabalho científico de qualidade, o que implica financiamento. Acaba por ser um ciclo, que não é fácil manter. P | Que conselhos daria aos alunos que pretendem seguir investigação? TCR | É essencial haver um esforço enorme do aluno em tirar boas notas para concorrer às bolsas da FCT, já que com uma média inferior a 15 valores se torna difícil conseguir uma bolsa. Também é muito importante ter bons conhecimentos de línguas estrangeiras, sobretudo inglês. Mas acima de tudo, ter motivação, capacidade de trabalho e gostar muito daquilo que se faz, pois a investigação científica é algo bastante trabalhoso, que exige muito estudo e dedicação.

João Vítor Ferraz

Conversas de Laboratório

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O Pilão | 12

Cultura e Lazer

P assavam já largos minutos da hora marcada quando no passado dia 26 de Março, sexta-feira, dois autocarros repletos de boa disposição e estudantes de farmácia partiram de Coimbra rumo a Albufeira. O motivo não podia ser mais animador: o XI Encontro Nacional de Estudantes de Farmácia.

Ao som das já conhecidas músicas “Rap das Armas” e de “Beber, cair e levantar” e depois de várias paragens em estações de serviço porque alguém não aguentava muito tempo sem fazer xixi, chegamos finalmente ao tão esperado Hotel Paraíso de Albufeira. Depois do check in e do welcome drink, ficou logo mais do que provado que aqueles quatro dias prometiam e que Coimbra chegava para arrasar.

O primeiro dia (ou primeira noite, mais propriamente) ficou marcado pela noite do semáforo. O vermelho, o verde e o amarelo foram as cores do momento e deram um toque de verdadeira alegria à discoteca Capitulo V. Até a ASAE (Autoridade do Sexo e do Álcool do ENEF) apareceu para poder aproveitar a festa.

O segundo dia, sábado, acordou os estudantes de farmácia

com um lindo dia de Sol e, às onze da manhã, mesmo depois do cansaço causado pela última noite, já muita gente estava pronta para o workshop “Projecto Farmácia – "Dos sonhos nasce a ideia"”, o que mostrou a nossa resistência e vontade de aprender. À tarde o bom tempo levou toda a gente para a piscina e para as actividades desportivas. O resto do dia passou-se assim, entre biquínis, calções de banho, mergulhos na piscina, insufláveis, body combat, lutas de sumo, muito sol e claro, muita música. A noite foi Havaiana e toda a gente aderiu ao tema com grande entusiasmo. A Kadoc foi o local escolhido pela organização para passar a noite e o touro mecânico lá existente foi fonte de muita diversão.

O Domingo ficou marcado por outra tarde na piscina e por ser o último dia ali passado. No fim de jantar foram divulgados os prémios ENEF e este foi, sem qualquer sombra de dúvida, o momento alto do encontro. Como não podia deixar de ser, Coimbra deixou a sua marca e ganhou três de seis dos prémios atribuídos. O nosso Tom Saywer (maior bebedeira) e o Boris (personagem do ENEF) representaram

a nossa faculdade como só eles sabem fazer e deixaram toda a gente sem voz de tanto gritar por eles. Foram momentos inesquecíveis. Provamos ali a nossa garra e o nosso espírito e vivemos um momento que só quem lá esteve pode realmente ter ideia. “O ENEF foi vosso” foram as palavras do DCC [Director Cultural e Científico] da APEF quando entregou à FFUC o prémio de faculdade mais unida. A noite da despedida foi passada novamente no Capitulo V e fez-nos pensar que “O ENEF é uma coisa que realmente tem sido útil”.

Por fim, lá chegou a Segunda-feira, o dia em que tivemos de fazer as malas e ingressar novamente nos autocarros em direcção à cidade dos estudantes. Naquele momento, independentemente do estado de qualquer um, todos tínhamos a mesma ideia no coração, “a esperança de para o ano ali voltar”.

Poderia aqui dizer muitas mais coisas que marcaram aqueles quatro dias, mas existem momentos e gargalhadas que de tão cheios de vida não podem ser transcritos para papel.

Deixo-vos apenas um apelo: “Pessoal, sejamos sempre Coimbra!”

XI Encontro Nacional de Estudantes de Farmácia (ENEF) Diário de uma sobrevivente

Teresa Torres

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O Pilão | 13Cartoon

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N uma altura em que se discute a mudança para as novas instalações, “O Pilão” foi tentar perceber quais os factores que anteciparam este acontecimento. Professor Doutor Adriano Barbosa e o Professor Doutor Rui Barbosa, membros da Direcção do Conselho Directivo, explicam o quão complexo pode ser um projecto desta magnitude. O Pilão (P)| Qual foi o ano estipulado para a mudança para o pólo Ciências da Saúde? Conselho Directivo (CD) | O edifício já deveria ter sido entregue à faculdade há dois anos.

P | Porque razões não foram cumpridos os prazos estabelecidos? CD | Existiram diversos problemas, nomeadamente no projecto inicial entregue pelos arquitectos e no concurso de mobiliário. As próprias instalações foram-se degradando, dado que o edifício em si já estava construído há algum tempo. P | Na sua opinião, a mudança de instalações no dia 12 de Janeiro foi a mais adequada? CD | Numa reunião no dia 18 de Dezembro do ano passado, o Senhor Reitor informou-nos que teríamos de transferir todo o espólio da faculdade antiga para o novo edifício até ao dia 5 de Janeiro. Como é evidente, comunicamos-lhe que não era possível, dado que estávamos em período de aulas. Em alternativa, foi proposto o dia 19 de Janeiro. Chegámos a acordo uma data intermédia, o dia 12 de Janeiro. Apesar de não ter sido obrigado a fazer a mudança, não era a data que no meu saber seria a mais adequada, dado que não houve tempo para proceder com qualidade às devidas mudanças.

Contudo, o adiamento excessivo da data poderia ser comprometedor em relação ao funcionamento do segundo semestre. P | Porque razão continuaram os problemas depois de ter sido estipulado o dia 12 de Janeiro para o início da mudança? CD | O que realmente causou mais problemas não foi a estipulação da data, mas antes a não entrega do projecto de mudança da faculdade por parte da Reitoria da Universidade. Foi o facto de termos sido confrontados com a existência de uma empresa de mudanças, quando nós, Órgãos de Gestão, já a teríamos programado. A empresa que procedeu às mudanças a mando da Reitoria fez claramente uma subavaliação da quantidade do espólio que haveria para mudar, atrasando assim as mudanças.

A Faculdade já teria pensado nas mudanças de uma forma faseada, já teria tudo programado. Porém, a empresa trabalhou directamente com os directores de laboratório, marginalizando as sugestões dos órgãos de gestão da faculdade.

P | Então se tivéssemos aguardado mais tempo teriam sido resolvidos todos os problemas? CD | Não. A percepção real do edifício foi apenas percebida quando chegamos lá. Uma coisa era ir lá de vez em quando, outra coisa era pôr o edifício a funcionar com todos os serviços já disponíveis.

Ainda existem problemas por resolver nas novas instalações, que advêm da falta de verba e da ausência de colaboradores técnicos especializados. Devido a estes problemas profundos, enquanto o Senhor Reitor não for visitar o edifício, eu também não vou!

Entrevista

Pólo Ciências da Saúde: mudança para melhor? Prof. Doutor Adriano Barbosa e Prof. Doutor Rui Barbosa

“enquanto o senhor Reitor não for visitar o edifício, eu também

não vou!”

“O edifício já deveria ter sido entregue à faculdade há dois anos.”

“...enquanto o Senhor Reitor não for visitar o edifício, eu também não vou!”

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P | Existiram pressões para acelerar as mudanças por parte da reitoria? CD | Existiu de alguma forma uma pressão sobre o Pólo I para a libertação de espaço, nomeadamente sobre a nossa faculdade, a biblioteca e o ICNAS (Instituto de Ciências

Nucleares Aplicadas à Saúde).

P | São conhecidos projectos por parte da reitoria para a antiga faculdade? CD | Os Mellos vão ser entregues à Faculdade de Direito para instalar a sua biblioteca. Prezo em dizer que é das bibliotecas mais importantes a nível mundial nessa área. O projecto elaborado pelo arquitecto Siza Vieira tem como objectivo, manter toda a área do edifício dos Mellos original, arrasando apenas o edifício que contem o elevador até ao tecto de Galénica, para construir uma sala de leitura virada para a Sé Velha. O que, na minha opinião, vai ficar maravilhoso. Tudo o

resto é para reconverter.

P | Ainda falta fazer algo para melhorar as infra-estruturas da FFUC? CD | A médio prazo não há nada para melhorar na faculdade, mas antes adaptar. Um exemplo é o caso do bar. É lamentável que não tenha havido o cuidado de adaptar o edifício a um bar que obedeça às exigências da

restauração. Um dos grandes objectivos que não foi cumprido até ao momento por falta de verba, foi o equipamento de raiz de dois laboratórios existentes no Piso 0. O laboratório de Apoio à Comunidade terá de sofrer pequenas alterações para que possa ser

creditado. P | Se pudesse voltar atrás gostaria de mudar algo no projecto de arquitectura? CD | Com um edifício desta magnitude e com tantos gastos energéticos, não entendo como não houve o cuidado de instalar painéis solares. Não é a nós que nos compete

esses projectos! Somos meros inquilinos.

Neste momento, estamos a cometer dois erros: para além de não estarmos a produzir energia, estamos a gastá-la em excesso, como é o caso das janelas. Não há orçamento capaz de comparticipar os custos de

energéticos e a sua manutenção.

P | Numa altura de crise em que nos encontramos isso influenciou algum projecto da FFUC? CD | Como é de esperar, os gastos com o novo edifício vão ser superiores ao que era gasto nas instalações antigas. Porém, ainda não houve esse

reconhecimento por parte da Reitoria. Desta feita, neste momento estamos a gerir a faculdade com o mesmo orçamento do ano passado.

O novo edifício da Faculdade é um dos tecnologicamente mais evoluídos da actualidade. Porém, não há ninguém capaz de gerir essa tecnologia. Isto é, precisamos de um engenheiro electrotécnico ou mecânico que controle todos os dias os sistemas motores (central dos gases especiais, elevador, os sistemas de renovação de ar, tanques de reserva de água, ETAR) e que nos permita poupar energia. A pessoa que neste momento está assumir todas as responsabilidades da área técnica da faculdade, e que merece toda a minha consideração é o professor Rui Barbosa.

P | Sentem-se de alguma forma ligados a este novo edifício? CD | Este novo edifício foi quase a aspiração de um século. Desde 1902, em que a farmácia foi reconhecida como escola, que já o ensino estaria disperso por vários edifícios.

Apesar de o edifício ser propriedade do governo e a faculdade ser um mero utilizador, como estou ligado à gestão da faculdade desde 1980, sinto-me no direito moral de dar a minha opinião.

Eduarda Batista

“Somos meros inquilinos.”

“Os Mellos vão ser entregues à faculdade de Direito…”

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E

m 1902, o ensino farmacêutico foi considerado pela primeira vez c o m o E n s i n o S u p e r i o r n a Universidade Coimbra. Porém, foi apenas em 1915 que foram disponibilizados instalações próprias — a Casa dos Mellos.

Em 1978, a Faculdade de Farmácia sofreu uma importante reforma, o que dividiu o curso em três ramos de ensino: Farmácia de Oficina e Hospitalar, Farmácia Industrial e Análises Químico-biológicas. Com o passar dos anos, em 1988, foi sugerida uma formação única para o licenciado em Ciências Farmacêuticas.

Instalada no antigo Palácio dos Mellos desde praticamente a sua génese, a Faculdade de Farmácia foi crescendo em importância e dimensão. Contudo, apesar de todo o esforço em melhorar as instalações, desde há muito que estas deixavam de satisfazer as reais necessidades da Instituição.

Mudámo-nos assim para o Pólo das Ciências da Saúde, para um dos “maiores, mais complexos e

diversificados conjuntos de serviços europeus na área da Saúde”.

Não foi fácil. Trocámos a Rua do Norte pela Azinhaga de Santa Comba. Um edifício com uma tão vasta história por um que ainda agora nos é desconhecido. Um palácio familiar por um bloco negro da mais avançada tecnologia. Já não somos vizinhos da Sé Velha, somo os conterrâneos dos HUC.

Passaram-se já mais de 90 anos desde que a nossa velha faculdade foi construída. Ao longo deste tempo, muitas coisas se passaram entre aquelas paredes e todos lá tivemos momentos que podíamos contar. Ainda não se passaram sequer 6 meses desde que estamos na nova faculdade. Ainda ninguém teve, talvez, tempo para viver histórias. Mas onde há estudantes, há histórias e mais cedo ou mais tarde, também a nova se vai tornar velha, também o indiferente vai ser familiar.

O Palácio dos Mellos nunca vai ser substituído pelo novo edifício da Faculdade de Farmácia, porque nele não há uma cicadófita nem

claustros, mas este vai dar-nos também, com toda a certeza, muitas alegrias.

Chegou a hora do “Adeus” aos Mellos, um “Adeus”, que como todos os outros, é para sempre, mas que ao contrário de alguns, deixa Saudade. Aquele sentimento, tão bem estudado por Coimbra que até hoje ela ainda não o conseguiu compreender.

Chegou a hora do “Adeus” aos Mellos, vamos dar as boas-vindas ao pólo III.

Eduarda Batista

Teresa Torres

A Despedida…

Em foco

“Chegou a hora do Adeus aos Mellos”

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C

O Senado Universitário om a implementação do “novo” regime jurídico das instituições de ensino superior (RJIES), toda a gestão e e s t r u t u r a g o v e r n a t i v a d a Universidade de Coimbra sofreu uma acentuada mudança. A entrada em vigor dos novos estatutos da UC (publicados em Diário da República a 1 de Setembro de 2008) culminou com a reestruturação de todos os órgãos de governo da universidade, da qual o Senado não foi excepção. A c t u a l m e n t e o S e n a d o universitário é um órgão de natureza consultiva que coadjuva o Reitor na gestão da Universidade de Coimbra

em especial no que se refere à coordenação das actividades de investigação científica, de oferta educativa, de desenvolvimento e inovação, à gestão da qualidade, à mobilidade de professores e estudantes no seio da Universidade, às relações internacionais e à gestão dos recursos financeiros e dos espaços pertencentes à Universidade. Fazem parte do senado: o Reitor (que preside), os directores de todas as unidades orgânicas (directores de todas as faculdades, director do i n s t i t u t o d e i n v e s t i g a ç ã o interdisciplinar, director do colégio das artes, assim como o Director do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde), um estudante por cada unidade orgânica de ensino e investigação e dois trabalhadores não docentes e não investigadores. O Senado reúne em sessão ordinária uma vez por mês, e extraordinariamente sempre que for convocado pelo reitor. O mandato dos membros eleitos é de 2 anos e pode ser renovado. Este órgão apesar de consultivo, revela-se da maior importância pois são expostos directamente ao Reitor (e equipa reitoral) problemas e

p r e o c u p a ç õ e s c o r r e n t e s d a Universidade e da sua dinâmica funcional. No que concerne à faculdade de farmácia, foi já de louvar a posição interventiva dos seus representantes nas problemáticas inerentes ao novo espaço do pólo das Ciências da Saúde, na qual a Faculdade de Farmácia foi recentemente edificada. Foram expostos ao Senado e directamente ao reitor problemas como a divisão dos espaços no novo edifício, a falta de verba para a sua efectiva conclusão e compra de material (sobretudo informático, de laboratório, etc.), a insuficiência de espaços dedicados às actividades dos estudantes, a saturação do restaurante do pólo 3 que se torna insuficiente dado o aumento do número de alunos, solicitou-se o alargamento do período de funcionamento da biblioteca do pólo das c iências da saúde preferencialmente para 24 horas/dia, referiu-se ainda problemas inerentes ao estacionamento e deslocação dos estudantes ao pólo 3 e muitos outros problemas e questões da máxima urgência e efectiva necessidade de resolução. Quanto às suas concretas aplicações? Estaremos aqui para ver! No ar ficou ainda o convite expresso ao Reitor para visitar as novas instalações, assim como concretizar uma cerimónia de inauguração que daria visibilidade da faculdade tanto à sociedade em geral, como aos seus potenciais futuros estudantes. O objectivo seria o de prestigiar a instituição e o de dar a conhecer a TODOS a “mais moderna e avançada” faculdade do país.

Para reuniões futuras fica a esperança de que os estudantes não sejam esquecidos e sejam sempre ouvidos, pois se o estudante é o povo: “Voz do povo, voz de DEUS”.

O Representante dos Estudantes da FFUC no Senado,

Paulo de Oliveira Magalhães

A Universidade

“Actualmente o Senado universitário é um órgão de natureza consultiva..”

“No ar ficou o convite expresso ao Reitor para visitar as novas

instalações, assim como concretizar uma cerimónia de

inauguração…”

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ceitei o convite para escrever no Pilão do NEF/AAC, convite esse que foi feito pelo meu amigo Tiago Craveiro, ao qual reconheço dedicação, paixão e espírito de sacrifício pelo núcleo que representa o s e s t u d a n t e s d e C i ê n c i a s Farmacêuticas.

É na condição de Membro do Conselho Geral da Universidade de Coimbra, que me dirijo ao leitor e em particular à pessoa que sirvo – o Estudante. Do meu ponto de vista, um Dirigente Estudantil deve sobretudo Servir, e a essência do Servir está num espírito nobre e de sacrifício, de “trabalhar para os outros”. Só faz sentido, portanto, se acreditarmos num projecto Colectivo feito das Ideias e dos Sonhos das Pessoas e não dos oportunismos políticos individuais, alimentados por egoísmos que apenas retiram a dignidade do cargo para o qual foi eleito. Não tenham dúvidas colegas, a Força vem e virá sempre da União e seja o que for que fizermos na nossa vida, a nossa acção terá mais força e sentido se feito com espírito de e n t r e a j u d a , f r a t e r n i d a d e e solidariedade. É com estes ideais que

cumpro o meu dia-a-dia no sentido de dar mais qualidade, justiça e condições legítimas aos Estudantes.

O Conselho Geral desde que foi composto já tomou decisões importantes. Sublinho a aprovação das Linhas Gerais de Acção, Plano Anual de Actividades, Orçamento previsional 2009 e a discussão do Regulamento do Provedor do Estudante. Devo frisar que os estudantes têm tido um papel importante e as suas propostas, racionais e incisivas, têm sido consequentes.

Aproveito para comunicar que a situação actual e a curto prazo é

incerta: metade das Universidades Públicas já declararam, até à data, falência técnica e um terço dos estudantes estão num Regime Fundacional, uma transição entre o público e o Privado, que deixa essas Universidades à mercê das ondas do Mercado e da Incerteza associada a este. Não há mal em haver

Universidades Privadas, apenas tenho que lamentar o facto de um País como Portugal não conseguir ter pelo menos uma meia dúzia de Universidades Públicas de grande dimensão e qualidade. Uma delas, a UP, já em Regime Fundacional de direito privado, ilustra o que quero dizer. Depois de perdermos a batalha das propinas em 2004 os analistas crêem que os Serviços de Acção Social são os próximos “alvos” do Governo. Acção Social significa o prato social, a residência, a bolsa, os médicos…

Desde o corte orçamental de 2005 que a despesa tem sido superior à receita e os Saldos de Gerência da nossa Universidade também não são ilimitados e começam a escassear… Se para o ano o Orçamento não modificar a UC não terá condições de manter as portas abertas e será a próxima a declarar a Falência Técnica.

É um pouco difícil explicar aos estudantes como eles podem ter muito poder. Na verdade, reina uma mentalidade de inacção e de impotência - “comemos o que nos dão”. Há uma frase que em 1969 deu origem à Greve Geral aos exames: “A Nossa Dignidade Obriga-nos A Proclamar Bem Alto Uma Alternativa de Solidariedade: ou Há Exames Para Todos ou Não Há Para Ninguém”. Cumpriu-se. O Poder mede-se pelas Causas que nos movem. Que cada um reflicta sobre as suas causas. Ousem ir mais longe…

A Decisão sobre o tipo de

homens e mulheres que queremos ser amanhã constrói-se hoje. A minha Decisão é crescer convosco.

“Longa Vida ao Pilão!”

Luís Carlos Bento Rodrigues

O Conselho Geral da Universidade de Coimbra

A

A Universidade

“...a situação actual e a curto prazo é incerta.”

“Não tenham dúvidas colegas, a Força vem e virá sempre da

União...”

“É um pouco difícil explicar aos estudantes como eles podem ter

muito poder”

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C aros Leitores de “O Pilão”, O NEF/AAC, como núcleo representativo dos estudantes da F a c u l d a d e d e F a r m á c i a d a Universidade de Coimbra tem a preocupação de vos fornecer as v i v ê n c i a s , e x p e r i ê n c i a s e conhecimentos necessários à vossa formação académica e pessoal. Para além das várias actividades já realizadas, temos ainda mais algumas planeadas para este semestre. Dia 20 deste mês haverá um Workshop sobre dermatologia em farmácia de oficina, visando colmatar algumas lacunas que temos nesta área, e ainda no mesmo dia, uma visita a uma empresa que para além de síntese química tem também um importante c e n t r o d e i n v e s t i g a ç ã o e desenvolvimento, a Hovione. Para os que gostam mais das actividades

culturais e desportivas vai ser realizado o Fim-de-semana Radical nos dias 22 e 23 de Maio. O NEF/AAC vai já no seu 23º aniversário, e como não poderia deixar de ser vamos encerrar as actividades do semestre com um jantar para dar os parabéns ao nosso núcleo no dia 9 de Junho. À semelhança deste, o próximo semestre será também recheado de actividades. Logo no início vai ser realizada a recepção ao caloiro, que contará certamente com o guia do Caloiro e o tradicional “Peditascas”. Os ciclos de Workshops e Formações vão continuar, para que os estudantes possam estar melhor preparados para o futuro profissional que os aguarda. Neste sentido, vamos continuar com as “visitas de estudo”, sendo uma delas ao BIOCANT em Cantanhede.

T e m o s a i n d a a n o s s a representação na Expofarma, onde teremos um posto de divulgação do NEF/AAC. Como não poderia deixar de ser, em Dezembro realizar-se-á o IV Congresso Cientifico NEF/AAC que contará com varias personalidades do mundo científico português. Sem outro assunto, ficam aqui os votos de que apreciem as actividades para as quais os membros do NEF se esforçam por realizar, participem, sejam activos, só assim conseguirão uma melhor formação socioprofissional.

P’lo Secretário do NEF/AAC

Francisco de Matos Afonso Pereira

Próximas Actividades do NEF/AAC

Pelouros do NEF/AAC

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Cultura Ser estudante não é só ir às aulas,

a formação pessoal é também muito importante, passando por um bom acesso à cultura, lazer e convívio. Na nossa Faculdade, o Pelouro da Cultura foi sempre uma ajuda à integração dos novos alunos, à promoção de um maior espírito de ajuda e amizade entre os estudantes, mas essencialmente promover o espírito académico que tanto se fala e que se tem vindo a perder. Não é um pelouro que tem por base o divertimento mas sim a união dos estudantes da Faculdade.

Neste semestre começámos a desenvolver o projecto para o qual nos propusemos, o primeiro jantar de curso e a despedida da Faculdade antiga (Palácio dos Melos) com a noite de fados. Temos ainda, para este semestre, a realização do jantar de aniversário do NEF, preparação da semana cultural do próximo ano lectivo e da recepção dos próximos caloiros da nossa Faculdade, com a elaboração do guia do caloiro e mapa dos melhores locais para visitar em Coimbra.

Bruno Agria ______________________________

Desporto O pelouro do desporto tem como

objectivo primordial promover a actividade desportiva dentro da faculdade e o convívio entre os seus numerosos alunos. Dentro das várias actividades, já realizámos o torneio de PES (Pro Evolution Soccer), que se revelou um sucesso entre os fãs deste jogo! Foi realizado em três noites, entre as quais o espírito pelo jogo e o convívio foram dois parâmetros determinantes e presentes ao longo da noite. Logo a seguir foi feito o torneio de Sueca, Matraquilhos e Trivial, entre cartas e perguntas ainda houve tempo para a bela da cerveja com os tremoços a acompanhar. Revelou-se ser uma noite de cultura, animação e muita sorte. Antes de terminar, o sucesso foi sem dúvida a Liga NEF, feito para todos os estudantes, em que a grande maioria dos jogadores foram rapazes, mas mesmo assim ainda houve uma rapariga que mostrou estar à altura chegando a marcar um golo. Foram mais 3 noites de muita euforia, muito jogo, atitude, ansiedade mas acima de tudo fairplay. Acabou por ser um grande torneio realizado mais uma vez pelo NEF! Para terminar, não

podemos deixar de lembrar que ainda vai ser realizado o FIM-DE-SEMANA RADICAL e o Torneio de Voleibol, que prometem trazer aventura, adrenalina, companheirismo e muito mais, antes do semestre acabar e a época de exames começar! ESTÁS À ALTURA?... Demonstra!

Filipe Pires

_______________________________ Formação

Realizou-se no dia 28 de Abril de 2009 o XIV Simpósio do NEF/AAC, este ano subordinado ao tema "Biotecnologia nas Ciências da Saúde".

Estes Simpósios têm vindo a ser realizados ao longo dos vinte e três anos de história do NEF/AAC, tendo em conta a importância que este tipo de eventos científicos têm para a formação dos alunos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

Contámos com uma Comissão Científica composta por alguns dos melhores especialistas do país em células estaminais, engenharia dos tecidos e biomateriais, terapêuticas génica e celular, nanotecnologia, biotecnologia vegetal e biocatálise.

A assistência foi composta por cerca de 200 pessoas, entre alunos, docentes e investigadores, todos eles cativados pela curiosidade e interesse pelo tema. No próximo semestre contamos realizar o IV Congresso Científico do NEF/AAC, cujo tema ainda está em pesquisa, e no qual esperamos contar com a adesão de todos vós!

Margarida Dourado

_____________________________________

Informação

O pelouro da Informação tem a seu cargo a responsabilidade de divulgar e promover as actividades organizadas pelo NEF/AAC, sendo o principal elo de ligação entre este e os alunos da FFUC. Tem sido uma preocupação constante deste pelouro garantir um fluxo de informação atractivo e de qualidade assim como interventivo e inovador. Das últimas iniciativas destacamos: a criação e manutenção do site NEF/AAC (www.nefacademica.com), criação de um serviço de envio de newsletters periódicas relativo às actividades do núcleo e também o regresso do presente jornal “O Pilão”. No futuro, tencionamos continuar a investir em formas diferentes e práticas de te fazer chegar toda a informação, assim como aceitar com todo o empenho os desafios que surgirem.

João Abrantes____________________________ Pedagogia

Muitas vezes silencioso, outras tantas desconhecido, não poucas enfadonho… Apesar de todos o saberem importante, é para muitos esta a caracterização banal do pelouro da Pedagogia. No tempo que nos resta, não prometemos revolucionar, mas pelo menos instituir uma visão um pouco mais colorida.

Até para aqueles cujos Amigos e a

Pelouros

Pelouros do NEF/AAC

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Boémia estão acima de tudo, Coimbra e Farmácia pretendem ser o local de Crescimento Intelectual e Formação Científica. É nosso principal objectivo perceber o que se passa de “menos bom” no Ensino da nossa Faculdade, perspectivando meios para o melhorar. Ora, para tal é necessário ouvir os alunos! Assim, estão a ser realizados Inquéritos Pedagógicos para, por um lado perceber o “bom” e o “mau” das diferentes unidades curriculares, e por outro, após analisados os dados, concluir, numa parceria com os docentes, o que pode ser modificado. É, desta forma, imperativo a colaboração de todos na resposta ao Inquérito que vos foi entregue!

Rumo ao objectivo final, foi também realizada a “Avaliação do Sucesso Escolar” dos últimos quatro anos, englobando todas as unidades curriculares dos diferentes laboratórios - um relatório interessante que em breve será de conhecimento público. Qualquer dúvida ou sugestão não hesitem em enviar e-mail para [email protected].

Maria Inês Correia ____________________________ Projectos para a Sociedade

No dia 22 de Abril realizou-se no Anfiteatro Caetano de Santo António um workshop sobre Primeiros Socorros. Este workshop foi dado pelos Enfermeiros e Bombeiros Nuno Marques e Mónica Alves e pelo Bombeiro Jorge Gomes que é técnico de ambulância/formador, que trabalham no SIV INEM em Tondela.

O workshop iniciou-se com uma pequena introdução teórica e explicativa do que é o SBV – Suporte Básico de Vida e qual a sua importância. De seguida, passou-se à exemplificação prática dos procedimentos urgentes e imediatos aquando duma paragem cárdio-respiratória, recorrendo a modelos humanos. Também aprendemos a colocar uma vítima na PLS (Posição Lateral de Segurança) e como proceder em caso de obstrução das vias aéreas.

São actos simples que podem ser cruciais para salvar alguém, enquanto não chega ajuda especializada. Para a organização do workshop os objectivos propostos foram totalmente atingidos tal como para os participantes que referiram que foi muito importante e útil.

No dia 13 de Maio, também se realizou no Mini Auditório da AAC uma acção de formação sobre Rastreios, que teve uma vertente muito prática,

contemplando as boas práticas de execução.

A par destas actividades, temos contactado instituições de solidariedade para saber o que mais precisam. O pelouro aguarda também por uma autorização para a colocação de caixotes para a recolha de produtos na Faculdade. A ValorMed já foi contactada para saber onde podemos colaborar em projectos para a Cidadania.

Eliana Mota

____________________________ Promoção da Saúde

No Pelouro da Promoção da Saúde destacamos as duas iniciativas que levámos a cabo neste semestre o CAD e o Hospital dos Ursinhos: CAD

No dia 14 e 22 de Abril realizou-se a respectiva pré-eliminatória e eliminatória do concurso de aconselhamento ao doente 2009 (CAD) na unidade prática de farmácia da faculdade. O objectivo deste concurso é projectar os alunos de Ciências Farmacêuticas para a realidade da farmácia comunitária. Para além do caso clínico que cada participante resolveu, coube ao Pelouro da Promoção da Saúde simular o cenário de uma farmácia de oficina que também vai a concurso. Dos oito concorrentes que participaram na pré-eliminatória, seis passaram para a fase seguinte. O júri composto pelos professores Isabel Vitória, Francisco Batel Marques e Maria de Lourdes Rebelo teve a árdua tarefa de eliminar 2 concorrentes. Na eliminatória onde estiveram presentes a Dr. Ana Constança (OF), Dr. Miguel Silvestre (ANF), Dr. Joana Pais (CIM), Dra. Lígia Reis (CEDIME), Dra. Manuela Teixeira e Prof. Doutora Isabel Vitória. O concorrente vencedor foi o Nuno Ramos, aluno do 3º ano do MICF, que representou a nossa faculdade na final do CAD que se realizou em Lisboa no dia 13 de Maio,

tendo ficado num honroso segundo lugar.

Hospital dos Ursinhos Nos dias 21, 22 e 23 de Abril

realizou-se o hospital dos ursinhos no centro comercial Dolce Vita. Esta actividade, realizada em conjunto com estudantes de Medicina, Medicina Dentária e Radiologia tem como objectivo tirar o medo da “bata branca” às crianças. Assim as crianças comportam-se como verdadeiros “pais” dos seus ursinhos levando-os ao hospital, passando pela triagem, consulta médica, dentista, radiografias e por último na farmácia, levando a sua respectiva “goma genérica” que vai curar o seu ursinho.

Tendo em conta a polémica que se tem vivido dos medicamentos genéricos, desenvolvemos uma campanha no sentido de esclarecer a importância do médico receitar por DCI. Neste sentido, distribuímos flyers e mudámos o lema da nossa farmácia: FARMÁCIA ACADÉMICA recomenda o uso de “gomas genéricas”.

Rita Silveira

_______________________________ Relações Internacionais

Este pelouro em dois grandes programas de intercâmbio: O SEP e o Twin. O Twin é um projecto de mobilidade promovido pela EPSA - European Pharmaceutical Students' Association – que se realizou pela primeira vez em Portugal no ano passado, na nossa faculdade. A República Checa foi nossa parceira nesta aventura, que se revelou um sucesso! Este ano o Twin assume moldes ligeiramente diferentes, uma vez que será feito à escala nacional, mediado pela APEF. O intercâmbio vai dividir-se por três cidades diferentes nas quais para além do tópico geral – Obesidade e Estilos de Vida Saudável – existirá um sub-tema. Mais concretamente, Lisboa, Porto e Coimbra estarão associadas a um país (Turquia, Bulgária e Suécia,

Pelouros do NEF/AAC

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O Pilão | 22

respectivamente), sendo formados grupos de trabalho em cada cidade, que ficarão encarregues da realização de uma apresentação com trabalho de pesquisa sobre o tema do intercâmbio.

Claro que, como bons anfitriões que somos, não nos podemos esquecer da vertente social inerente ao intercâmbio, e o que haverá de mais característico no nosso espírito académico que um convívio?

A recepção destes estudantes está já agendada para o início do primeiro semestre do próximo ano, à partida na primeira semana de Outubro, estando ainda por acordar a semana, entre Outubro e Novembro, em que irão à Suécia 12 estudantes da FFUC. Portanto, se ficaste com o “bichinho”, começa já a preparar o teu casaco mais quente, que o tempo passa num instante!

Patrícia Pessoa ____________________________

Relações Internas-Externas Durante os primeiros 3 meses de mandato este pelouro tem centrado os seus esforços principalmente na organização de visitas de estudo a empresas que trabalham nas diferentes áreas que abrangem a nossa formação: indústria, laboratório, investigação, etc. Algumas destas, devido à antecedência com que têm de ser marcadas, apenas vão ser realizadas no próximo ano lectivo de 2009/2010. Uma das principais ambições da nossa equipa para este semestre é organizar uma base de contactos do NEF/AAC onde os alunos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra possam ter acesso ao e-mail e contacto telefónico das principais empresas/pessoas envolvidas no universo farmacêutico. O pelouro das Relações Internas/Externas tem tido ainda um papel fundamental na angariação de patrocínios para “O Pilão” ajudando a tornar o sonho de relançar o pilão uma realidade. Para além destas principais tarefas, esforçamo-nos ainda para estabelecer uma ponte sólida e rígida entre o Núcleo de Estudantes de Farmácia e os seus estudantes, a Associação Académica de Coimbra, a Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia, a Ordem dos Farmacêuticos, a Associação Nacional de Farmácias, etc. No dia 20 de Maio de 2009 o Pelouro das Relações Internas/Externas realizou uma visita de estudo ao Museu da Farmácia,

localizado no edifício da ANF, em Lisboa e à Hovione, uma indústria farmacêutica de topo no que diz respeito à investigação e desenvolvimento de potenciais fármacos. A visita contou com a participação de 31 alunos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e teve paragem para almoço nas cantinas da Universidade de Lisboa. Sempre que nos quiseres contactar podes fazê-lo através do e-mail [email protected]. Mariana Fróis

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Saídas Profissionais Em colaboração com o Gabinete de

Apoio às Saídas Profissionais da U.C. até ao dia 15 de Abril estivemos a receber candidaturas dos alunos para a realização de Estágios de Curta Duração durante os meses de Verão. Tendo em conta as vantagens que este tipo de iniciativa traz a todos os estudantes da Faculdade de Farmácia, o NEF/AAC sentiu a necessidade de realizar um Workshop cujo título foi “Estágios de Curta Duração e Elaboração de Curriculum Vitae" no dia 17 de Março. Contextualizar e esclarecer os alunos relativamente aos Estágios de Curta Duração na U.C. e dar dicas para a elaboração de um C.V. foram os temas abordados pela Dra. Mónica Santos, colaboradora do GASP*U.C., que presidiu a sessão.

No passado dia 16 de Abril realizou-se um Workshop sobre “Empreendedorismo Farmacêutico”, cujo objectivo foi sensibilizar os estudantes para a criação de novos negócios ou desenvolver novas oportunidades em empresas já existentes, agindo em ambientes de forte competitividade e constante mudança, através dos esclarecimentos dados pelo Eng. Jorge Figueira, coordenador executivo do Gabinete de Apoio às Transferências do Saber da UC.

Sónia Silva

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Descida do Rio

Rastreios

Jantar da Serenata

Torneio de Futebol - Sevilha

Foto-Actividades NEF/AAC

Pelouros do NEF/AAC

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O Pilão | 23

Aloés Alteia Camomila Cola Equinácea Ginkgo Ginseng Guaraná Hipericão Mate Melissa Passiflora Salgueiro Salva Sene Valeriana 

D M A G U I E S O A C I R E P I H

S E N P F E N O L I C O S E F E D

A L S A L G U E I R O L E Q U I C

V L G S A L G U A I A O X U V A H

L O N S L C I N R G M E L I S S A

A S E I H A A A T L O V I N A M L

S P S F O R R T R U M U G A R E C

H O N F A D U S E O I E P C E L A

I L I U I O N O V A L F R E N A L

P O G C O L A T E I A F O A Y L O

E T A M K O N R C A G L I C G T I

R R C I N A X A N T I N O S R E D

I E S O J A Q U E C N I L E S I E

C Z O G K N I G L A S E I H S A L

I C A M O M I L A C E Z O E L O P

N H A M A M E L I A N R F E F A C

A N A I R E L A V U E U B O L D O

Sopa de Letras Encontre as 16 Plantas Medicinas escondidas na vertical, horizontal e diagonal

5 8 7 5 1 6

8 1 5 3 3 6 7 1 5

1 2 9 4 8 4 2 3 6 5 6 2 4

4 2

“De um modo geral gosto da faculdade, tem bom ambiente, os funcionários são simpáticos. Os colegas também têm sido simpáticos, eu sou de Cabo Verde e eles têm-me integrado bem”

Kevin, 18 anos

Caloiros na FFUC

“Sinceramente estou a adorar, acho que é uma faculdade muito unida. A praxe foi integrante, conheci imensa gente, os doutores ao início foram “mauzinhos” mas integraram-nos muito bem, o que nos deixa mais à vontade, principalmente aos que vêm de mais longe”.

Isabel, 18 anos

Sudoku Nível: Intermédio. O objectivo é preencher uma quadrícula de 9x9 quadrados, divididos em sub-quadrículas de 3x3, com os números de 1 a 9, partindo de números dispostos em alguns dos quadrados, sem repetir nenhum número.

Soluções:

Passatempos

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O Pilão | 24Cartoon

Mais nesta edição d’O Pilão...

Ouvimos a opinião do Prof. Dr. Amílcar Falcão sobre o Plano Curricular . . . . . . . . . . . . . 2

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Sabes quais são as tecnologias que a tua Faculdade tem? - Descobre-as! . . . . . . . . . . . . . . . 4

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Student Exchange Program (SEP), um mundo a descobrir . . . . . . . . 8

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O Congresso Anual da Associação Europeia de Estudantes de Farmácia (EPSA) . . . . . . . . . . . . 9

________________________ A Investigação Científica em Imunobiologia . . . . . . . . . . . . . . 10

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A Despedida . . . . . . . . . . . . . . . 16

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Descobre quais vão ser as próximas actividades do NEF/AAC . . . . . 19