O planeta Terra é constituído em grande parte por água

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O planeta Terra é constituído em grande parte por água, no entanto, 97% são salgadas e não adequadas ao consumo humano, irrigação e animais, dessa forma restam somente 3% de água doce, mas desse percentual somente cerca de 0,8% estão disponíveis, entretanto uma parte desse percentual encontra-se poluída e uma grande parcela está nos pólos congeladas. Diante dessas estimativas verifica-se claramente que a quantidade de água doce destinada ao consumo é bastante restrita e que requer uma preocupação em âmbito global quanto à escassez de água e o uso comedido desse importante recurso. Até pouco tempo acreditava-se que a água era um recurso infinito, mas já é sabido que essa informação é errônea e é uma das grandes preocupações desse século, uma vez que muitos países já enfrentam dificuldades para obter água. O elevado número de habitantes presente no planeta, grandes índices de urbanização associados ao intenso consumo das sociedades, atividades produtivas e falta de medidas ambientais que possam poupar um elemento natural indispensável à vida são alguns dos fatores ou agentes que afirmam a possibilidade de faltar água em médio prazo no mundo. Diante dessas perspectivas, a poluição ocupa um lugar de destaque, a contaminação da água contribui para a diminuição do recurso, além de disseminar doenças, pois anualmente morrem milhões de pessoas decorrentes da contaminação hídrica. A poluição das águas é proveniente de várias origens, dentre muitas as principais são: Poluição industrial: a maioria das indústrias não faz o tratamento de seus dejetos, assim são conduzidos à natureza sem maiores cuidados, quase sempre são escoados para rios e lagos, como são produtos químicos deixam um rasto de destruição ambiental em plantas e animais. • Insumos agrícolas: na atividade agrícola são usados diversos agrotóxicos e fertilizantes, porém, além de matar pragas e adubar o solo, esses elementos químicos

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O planeta Terra é constituído em grande parte por água, no entanto, 97% são salgadas e não adequadas ao consumo humano, irrigação e animais, dessa forma restam somente 3% de água doce, mas desse percentual somente cerca de 0,8% estão disponíveis, entretanto uma parte desse percentual encontra-se poluída e uma grande parcela está nos pólos congeladas.

Diante dessas estimativas verifica-se claramente que a quantidade de água doce destinada ao consumo é bastante restrita e que requer uma preocupação em âmbito global quanto à escassez de água e o uso comedido desse importante recurso.

Até pouco tempo acreditava-se que a água era um recurso infinito, mas já é sabido que essa informação é errônea e é uma das grandes preocupações desse século, uma vez que muitos países já enfrentam dificuldades para obter água.

O elevado número de habitantes presente no planeta, grandes índices de urbanização associados ao intenso consumo das sociedades, atividades produtivas e falta de medidas ambientais que possam poupar um elemento natural indispensável à vida são alguns dos fatores ou agentes que afirmam a possibilidade de faltar água em médio prazo no mundo.

Diante dessas perspectivas, a poluição ocupa um lugar de destaque, a contaminação da água contribui para a diminuição do recurso, além de disseminar doenças, pois anualmente morrem milhões de pessoas decorrentes da contaminação hídrica.

A poluição das águas é proveniente de várias origens, dentre muitas as principais são:

• Poluição industrial: a maioria das indústrias não faz o tratamento de seus dejetos, assim são conduzidos à natureza sem maiores cuidados, quase sempre são escoados para rios e lagos, como são produtos químicos deixam um rasto de destruição ambiental em plantas e animais.

• Insumos agrícolas: na atividade agrícola são usados diversos agrotóxicos e fertilizantes, porém, além de matar pragas e adubar o solo, esses elementos químicos favorecem a contaminação dos mananciais. Quando a aplicação de ambos é realizada esses permanecem nas plantas e no solo, com a chuva uma parcela das substâncias escoa em forma de enxurrada até atingir o curso de um rio ou córrego, uma parte é absorvida pelo solo e chega ao lençol freático. Posteriormente, essa água vai abastecer propriedades rurais e cidades, contamina simultaneamente pessoas que vivem em área urbana, rural, além dos animais domésticos e silvestres que ingerem essa água levando-os, em vários casos, à morte.

• Esgoto doméstico: esse tipo de poluição das águas acontece, muitas vezes, pela omissão do Estado que não disponibiliza tratamento de esgoto à sua população, com isso todos os dejetos de origem humana são despejados diariamente em rios e lagos. Ao receber tamanha quantidade de esgoto o manancial fica sem vida e concentra diversas doenças.

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Poluição

1 - POLUIÇÃO DA ÁGUA

A água é muito importante para o planeta, mas os rios, lagos e outros cursos de água estão sendo poluídos por esgotos e resíduos de origem agropecuária ou industrial e esses poluentes estão indo para mares e oceanos. Entre as substâncias despejadas estão os compostos orgânicos, minerais, derivados do petróleo, chumbo e mercúrio , pelas indústrias; fertilizantes, pesticidas e herbicidas, pela agricultura.

A poluição das águas também é causada pelos esgotos das cidades e regiões agrícolas.

A água contaminada pode causar: hepatite, febre tifóide, amebíase, giardíase, esquistossomose, cólera e outros.

Vários tipos de poluição podem se estabelecer:

poluição biológica- causada pelos esgotos urbanos ou por certas indústrias. Poluição química- provocada por substancias não biodegradáveis presentes na água. Poluição física- provocada por resíduos radioativos.

1.1 POLUIÇÃO BIOLÓGICA

Eutrofilização: os esgotos que saem das casas que passa por terras adubadas levam grande quantidade de substancias a água, provocando o aumento de sua fertilidade, isso recebe o nome de eutrofilização que ocasiona o crescimento extraordinário de algas microscópicas que quando morrem consomem o oxigênio .

Os compostos orgânicos lançados nas águas provocam um aumento no número de microrganismos decompositores. Esses microrganismos consomem todo o oxigênio dissolvido na água; com isso, os peixes que ali vivem podem morrer, não por envenenamento, mas por asfixia.

As fezes quando erradamente conduzidas às águas das estações de tratamento podem contaminar os rios e lagos. As fezes acumulam-se na superfície da água, impedindo a entrada de luz. Os vegetais que vivem no fundo dos rios e lagos, como as algas, ficam impossibilitados de realizar a fotossíntese e, consequentemente, de produzir oxigênio. Os animais que alimentam-se dessas algas acabam morrendo. Sobrevivem apenas as bactérias anaeróbias que são capazes de viver na ausência de oxigênio. Essas bactérias podem causar males à saúde humana.

Entre as doenças causadas direta ou indiretamente pela água contaminada estão a disenteria, a amebíase, a esquistossomose, a malária, a leishmaniose, a cólera, entre várias outras.

1.1.1 MARÉ VERMELHA

Os oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios e riachos, além do lixo dos centros industriais e urbanos. Em muitas regiões litorâneas, onde isso ocorre, as praias tornam-se impróprias para o banho de mar.

O excesso de material orgânico no mar acabam formando as chamadas "marés vermelhas", que matam os peixes e tornam os frutos do mar impróprios para o consumo.

1.2 POLUIÇÃO QUÍMICA - SUBSTANCIAS NÃO BIODEGRADÁVEIS

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São aquelas que não podem ser decompostas pela ação dos microorganismos como metais pesados, detergentes, herbicidas pesticidas, petróleo e outros. Estes poluentes químicos contaminam a água causando doenças e destruindo formas de vida aquática.

Passam através da cadeia alimentar para o próprio homem provocando inclusive sua morte. Metais pesados como sais de chumbo, mercúrio, zinco, cádmio e níquel são despejados pelas industrias nos rios passando para o homem podendo provocar paralisia, distúrbios visuais, lesões cerebrais e morte. Os detergentes não biodegradáveis costumam afetar a tenção superficial das águas e ao encharcarem as penas das aves retiram a secreção gordurosa que as protege, fazendo com que fiquem pesadas, afundem e morram afogadas.

1.2.1 MARÉ NEGRA: O DERRAMAMENTO DE PETRÓLEO

Em 16 de março de 1978, na costa norte da Espanha, naufragou o grande petroleiro liberiano Acomo-Cádiz, liberando cerca de 220.000 toneladas de petróleo no mar e constituindo uma das maiores tragédias de poluição marinha. Acidentes com navios petroleiros ou nas operações de carga e descarga em embarcadouros e terminais petrolíferos originam desastres ecológicos de grande extensão, destruindo plantas, peixes e outros animais em grande quantidade.

1.3 POLUIÇÃO FÍSICA

Caracterizada pelos resíduos radioativos com precipitação atômica, cujo perigo é indireto manifestando-se de forma cancerígena e genética.

 

2. MEDIDAS CONTRA POLUIÇÃO DAS AGUAS

Fiscalizar e impedir o despejo de produtos químicos na água; A existência de Leis mais rigorosas que obriguem as indústrias a tratarem seus resíduos

antes de lançá-los nos rios e oceanos; Penalizações para as indústrias que não estiverem de acordo com as Leis. No caso de

reincidência o seu fechamento é inevitável; Controlar garimpos; Proibir a produção de detergentes não biodegradáveis; Construir mais estações de tratamento de água e esgoto; Diminuir o consumo de petróleo; Aumento na fiscalização no uso de herbicidas e pesticidas; Investimentos na construção de navios mais seguros para o transporte de combustíveis.

A água no mundo atual

ETEC2008

 

 

 

A água está presente em múltiplas atividades do Homem e, como tal, é utilizada para finalidades muito diversificadas, em que assumem maior importância o abastecimento doméstico e público, os usos agrícola e industrial e a produção de energia elétrica.

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Até um passado recente, as necessidades de água cresceram gradualmente acompanhando o lento aumento populacional.

A era industrial trouxe a elevação do nível de vida e o rápido crescimento da população mundial: 1000 milhões em 1800, 2 000 milhões em 1930, 4 400 milhões em 1980, 6 200 milhões em 2000 (previsão).

A expansão urbanística, a industrialização, a agricultura e a pecuária intensivas e ainda a produção de energia elétrica - que estão estreitamente associadas à elevação do nível de vida e ao crescimento populacional - passaram a exigir crescentes quantidades de água.

Assim, a satisfação das necessidades de água põe na atualidade sérios problemas às Comunidades. Para além das grandes quantidades exigidas, algumas das utilizações prejudicam fortemente a qualidade da água que, se restituída aos meios naturais sem tratamento prévio, para além de não poder ser utilizada, é nociva ao próprio ambiente.

É bem conhecida a poluição provocada pelos usos domésticos, públicos e industriais. A refrigeração de centrais termoeléctricas exige grandes volumes de água, de que só uma percentagem muito pequena é perdida por evaporação; origina, no entanto, poluição térmica.

Os adubos e os pesticidas utilizados intensamente na agricultura atual são prejudiciais à qualidade da água, mesmo quando se não pratica a rega. Com efeito, aqueles produto são transportados pelo escoamento resultante da precipitação, para os aqüíferos ou para os rios e lagos naturais ou artificiais. Os pesticidas em geral são nocivos em si próprio e os adubos originam um excesso de substâncias nutrientes nas massas de água (eutrofização), que produz a proliferação de algas e plantas aquáticas. Associada a este fenômeno verifica-se freqüentemente a decomposição da matéria orgânica e a conseqüente carência de oxigênio.

Dificuldades crescentes na satisfação das necessidades de água, em conseqüência das elevadas quantidades exigidas e também da alteração da qualidade de água resultante dos seus usos, começaram a ser sentidas com inquietação nos países industrializados na década de cinqüenta.

Com a finalidade de diminuir os volumes de água captada, têm sido adotadas novas tecnologias industriais requerendo menores quantidades da água ou menos poluidoras e tem-se procedido à reutilização e reciclagem da água. Também na rega se têm desenvolvido técnicas que requerem menores quantidades de água.

Para além dos problemas de satisfação das necessidades de água, põem-se problemas do domínio do excesso de água, que pode causar, como já se referiu, níveis freáticos prejudicialmente elevados, submersão, erosão dos solos e efeitos da corrente nos leitos de cursos de água e zonas marginais.

Na resolução de variados problemas decorrentes da satisfação das necessidades de água e do domínio da água em excesso, surgem freqüentemente interesses antagônicos.

Tome-se, como exemplo, o caso de uma represa destinada ao fornecimento de água para a produção de energia hidroelétrica e para rega e ao amortecimento das cheias a jusante.

Para um mesmo volume da represa, quanto maior for à parcela reservada para amortecer as cheias, menor será o volume disponível para regularizar o caudal, e, consequentemente, menor o volume de água que é possível utilizar para a produção de energia e para a rega. Além disso, os caudais ao fornecer pela represa para serem utilizados na rega não se distribuem no tempo de uma forma compatível com a maior valia da produção hidroelétrica.

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As crescentes necessidades de água, a limitação dos recursos hídricos, os conflitos entre alguns usos e os prejuízos causados pelo excesso de água exigem que tanto o planejamento como a gestão da utilização e do domínio da água se façam em termos racionais e otimizados devendo integrar-se na política de desenvolvimento econômico-social dos territórios.

Assim, governos e instituições internacionais têm-se preocupado desde um passado relativamente recente com os aspectos científicos e educacionais do planejamento e da gestão dos recursos hídricos e com as estruturas institucionais para a respectiva implementação, a nível nacional, regional e autárquico.

A concretização dos objetivos do planejamento e da gestão da água passa pela adesão geral das comunidades a esses objetivos e aos princípios a eles subjacentes, pelo que se torna imprescindível a consciencialização para os problemas da água, de políticos, desde o nível mais elevado ao nível autárquico, de técnicos e da população em geral.

 

A água como objeto de disputas mundiais

Urbanização e usos conflitantes restringem a disponibilidade de água segura e suficiente para todos.

O consumo mundial da água doce disponível dobrou nos últimos 50 anos e hoje corresponde à metade de todos os recursos hídricos acessíveis, quais sejam os rios, alagados, lagos, aqüíferos subterrâneos ou águas de degelo sazonal de primavera, nos países temperados. Explorar tais recursos foi o motor do desenvolvimento econômico de muitos países, sobretudo na agricultura, geração de energia, indústria e transporte. Porém, a crescente competição por água entre tais setores vem degradando as fontes naturais, das quais o mundo depende. O ciclo natural da água tem sido interrompido ou alterado em regiões muito artificializadas - como as megacidades - e os ecossistemas que garantem a quantidade e qualidade da água estão sendo suprimidos ou sob forte pressão.

Cerca de 50% das espécies de ecossistemas aquáticos também estão em sério declínio, em todos os continentes, reforçando os indicadores de degradação ambiental. As mudanças climáticas ainda somam, a tal cenário, desastres cada vez mais freqüentes e violentos, como secas severas, inundações de larga escala e tempestades. Em resumo, segundo indicam dados da entidade ambientalista WWF internacional, "o meio ambiente está enviando sinais de alerta que têm sido largamente ignorados até o presente momento".

Mesmo para quem não reconhece tal alerta, a expectativa em torno de uma crise mundial da água apóia-se em tendências claras, e, com freqüência, generalizadas, embora uma ou outra exceção se faça sentir, nos países ou regiões com maior disponibilidade de recursos hídricos. Dentre tais tendências, a crescente urbanização é o melhor exemplo de indicador.

Existem 23 megacidades no mundo, com mais de 10 milhões de habitantes. Dezoito delas (São Paulo, inclusive) estão localizadas em países em desenvolvimento. De acordo com dados do Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente (Pnuma), a cada ano, somam-se 60 milhões de novos habitantes a estas megacidades, seja por migração ou crescimento vegetativo, acirrando as demandas por água e multiplicando os problemas decorrentes da superexploração, poluição ou má gestão dos recursos hídricos disponíveis.

Até 2025, cerca de 5 bilhões de pessoas estarão vivendo em zonas urbanas, ainda de acordo com o Pnuma, atrelando qualquer solução para a crise da água à governabilidade das cidades. Mesmo sem chegar ao estágio das megacidades, a urbanização crescente agrava tanto os conflitos pela água como os impactos ambientais

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decorrentes das obras necessárias para abastecer as populações, cada vez mais concentradas.

Metade das cidades européias já explora águas subterrâneas acima da capacidade de reposição natural. A Cidade do México está afundando, literalmente, devido à retirada excessiva de água do subsolo. Diversos países têm sérias dificuldades com a poluição de seus aqüíferos, em alguns casos, diretamente relacionada à superexploração ou redução da recarga, como em Bangladesh, onde os poços de água de 59 distritos contém altos níveis de arsênio. O arsênio é um elemento natural, que se torna disponível como poluente depois de reações químicas derivadas do rebaixamento do nível das águas subterrâneas. Ele está presente nas águas de 85% da área total de Bangladesh, com risco potencial para 75 milhões de habitantes, sendo que 1,2 milhão já apresentaram sinais de intoxicação.

 

Guerras por recursos

Outra tendência, que reforça o quadro de crise mundial da água, é a dos conflitos em regiões, onde dois ou mais países - ou até duas ou mais etnias de um mesmo país - compartilham a água de rios ou aqüíferos subterrâneos comuns. Desde a fase de planejamento, o sistema de exploração do aqüífero do Nordeste do Saara, pela Líbia, gerou conflitos com os vizinhos Argélia e Tunísia. Embora estes países não estejam explorando o aqüífero, questionam o direito da Líbia retirar a água de todos para usufruto próprio. São igualmente conhecidas as disputas por água nas origens dos conflitos no Oriente Médio. E não faltam áreas diplomaticamente sensíveis, porque as águas dos rios transfronteiriços vem se tornando mais escassas ou poluídas, problema que atinge tanto a Europa do rio Danúbio como as nascentes do rio Orinoco, na Amazônia, por onde se espalha o mercúrio dos garimpeiros brasileiros.

Além dos conflitos entre países ou povos, a desigualdade social também estabelece barreiras no acesso à água, separando ricos e pobres. São também as populações mais pobres as mais expostas a desastres relacionados à água, incluindo secas freqüentes, desertificação e inundações de larga escala.

Em 2000, no 2o Fórum Mundial da Água, em Haia, na Holanda, representantes de 130 países concordaram em "assegurar que a água doce, os recursos costeiros e ecossistemas associados à água sejam protegidos e recuperados; que o desenvolvimento sustentável e a estabilidade política devem ser promovidos; que qualquer pessoa deve ter acesso à água segura e suficiente a um custo compatível com manutenção de uma vida produtiva e saudável e que as populações vulneráveis devem ser protegidas dos riscos de desastres relacionados à água". Três anos depois, neste 3o Fórum Mundial da Água, que agora se inicia no Japão, os desafios ainda são os mesmos e as desigualdades, maiores.

Na média mundial de uso da água, o maior porcentual se destina à agricultura com 67%, seguida da indústria, com 19%. O uso municipal ou residencial fica com apenas 9%. E estes 9% são distribuídos de forma absolutamente desequilibrada entre pobres e ricos, com pelo menos 3 bilhões de pessoas obrigadas a servir-se de águas contaminadas, sobretudo por poluição biológica, derivada da descarga de esgotos domésticos diretamente nos rios, sem qualquer tratamento. Na maioria dos países em desenvolvimento, cerca de 90% dos esgotos são jogados in natura nos cursos d'água.

O resultado, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, é que mais de 5 milhões de mortes anuais são ocasionadas por doenças de veiculação hídrica e pelo menos um quarto da humanidade permanece sem acesso à água segura e saneamento. Um total que pode chegar a 3,5 bilhões de pessoas ou metade da população mundial esperada, dentro de 20 anos.

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Conforme aponta o documento "Living Waters" do WWF internacional, a criação de organizações e fóruns específicos, nos anos 90, para lidar com a crise da água responde à constatação de que "a cooperação internacional em questões de água vinha se provando inadequada à tarefa de responder a desastres relacionados à água". Porém, o acordo obtido no 2o Fórum Mundial da Água está longe de corrigir o problema. "Ele falhou em reconhecer que é o investimento em um meio ambiente saudável que assegurará a provisão de suprimentos confiáveis de água limpa para todas as pessoas e para a natureza. Também falhou ao tratar a natureza como outro usuário competindo pela água (além dos setores energético, agrícola, industrial e de transportes)".

A expectativa em Kyoto - onde a representatividade do setor não governamental e de movimentos sociais é maior do que nos fóruns anteriores - é de sanar as falhas dos acordos anteriores e aumentar o peso da água na agenda política mundial, além de formular propostas mais concretas para diminuir as disparidades de acesso universal à água, segura e em quantidades suficientes para todos. Incluindo os ecossistemas.

O PROBLEMA ECONÔMICO: A ESCASSEZ

ESCASSEZ é o resultado existente das ilimitadas necessidades humanas com as disponibilidades que os recursos se apresentam para a satisfação dessas necessidades.

Para a obtenção dos bens e serviços é necessário a combinação dos fatores de produção ( recursos naturais, trabalho e capital) que dependem da abundância ou escassez de cada um no sistema econômico.

Não houvesse escassez de repartir os bens entre os homens, não existiriam tampouco os sistemas econômicos, nem economia, motivo pelo qual ser esta a Ciência que estuda como utilizar a escassez.

Dada sua compreensão dê exemplos baseados em fatos reais que estão acontecendo no ambiente econômico atual.

Exemplo nr º 01:

" A ESCASSEZ DA ÁGUA NO MUNDO"

A questão da água tem sido muito discutida, principalmente pôr tratar-se de um bem vital e que está prestes a escassez, exigindo uma compreensão coletiva sobre sua vulnerabilidade diante das pressões exercidas pela exploração predatória do homem. Muitos tem a idéia de abundância de água no mundo, porém, poucos estão cientes dos problemas que estão pôr trás desta falsa abundância.

A imperiosa necessidade de preservar a água para as gerações futuras tornou-se alvo de atenções em todo o planeta e teve na Agenda 21 especial destaque.

A água tem se tornado um elemento de disputa entre as Nações. Um relatório do banco mundial de 1995, alerta para o fato de que um dos motivos causador de guerra no próximo século será devido a escassez da água.

Estima-se que nos últimos 60 anos a população mundial duplicou, enquanto o consumo deste recurso natural multiplicou-se pôr sete. Considerando que da água existente no planeta, 97% é salgada (mares e oceanos) e que 2% formam geleiras inacessíveis, restam apenas 1% de água doce armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos, distribuída desigualmente pela terra.

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Vivemos agora um período de escassez, ainda não generalizada, mas em níveis preocupantes. Não estamos a ponto de gastar toda a água doce do planeta, mas existem pelo menos 20 países que sofrem atualmente com a falta deste recurso.

Sendo a economia uma ciência humana aplicada, que tem como objetivo buscar o equilíbrio entre bens e serviços e recursos naturais (ambos limitados), e as necessidades humanas (ilimitadas e crescentes quanto maior o bem estar dos indivíduos) , passa a ser de grande importância no âmbito da mesma o debate a respeito do assunto. Na ótica da Ciência Econômica é exatamente o aumento da escassez que trará a solução ou pelo menos uma relativa melhora para esse problema, pois a medida que água deixa se ser um bem em abundância no meio ambiente, as empresas passarão a ter maior interesse em comercializar a mesma, trazendo inovações tecnológicas para solucionar os problemas de poluição dentre outros existentes.

A escassez de água é um problema ambiental cujos impactos tendem a ser cada vez mais graves caso o manejo dos recursos hídricos não seja revisto pelos países. Atualmente, mais de um bilhão de pessoas já não têm acesso a água limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias. A pecuária, que por vezes contamina rios e lençóis freáticos, contribui de maneira decisiva para a escassez de água, uma vez que, de acordo com relatório publicado em 2003 pela FAO, para se produzir 1 kg de carne são consumidos cerca de 15.000 litros de água, enquanto são necessários apenas 1.300 litros para se produzir a mesma quantidade de grãos.

Os dez mandamentos para economizar água

Colabore, adote o Uso Social da Água

Evite o desperdício, seguindo os dez mandamentos.

1.No banho: Se molhe, feche o chuveiro, se ensaboe e depois abra para enxaguar. Não fique com o chuveiro aberto.

O consumo cairá de 180 para 48 litros.

2. Ao escovar os dentes: escove os dentes e enxágüe a boca com a água do copo. Assim você economiza 3 litros de água.

3. Na descarga: Verifique se a válvula não está com defeito, aperte-a uma única vez e não jogue lixo e restos

de comida no vaso sanitário.

4. Na torneira: Uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros/minuto. Pingando, 46 litros/dia. Isto significa, 1.380 litros

por mês. Feche bem as torneiras. 

 5. Vazamentos: Um buraco de 2 milímetros no encanamento

desperdiça cerca de 3 caixas d’água de mil litros. 

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6. Na caixa d’água: Não a deixe transbordar e mantenha-a tampada.

7. Na lavagem de louças: Lavar louças com a torneira aberta, o tempo todo, desperdiça até 105 litros. Ensaboe a louça com a torneira fechada e depois enxágüe tudo de uma vez. Na máquina de lavar são

gastos 40 litros. Utilize-a somente quando estiver cheio.

8. Regar jardins e plantas: No inverno, a rega pode ser feita dia sim, dia não, pela manhã ou à noite. Use mangueira com esguicho-revólver ou regador.

9. Lavar carro: Com uma mangueira gasta 600 litros de água. Só lave o carro uma vez por mês, com balde de 10 litros, para ensaboar e enxaguar. Para isso, use a água da sobra da máquina lavar roupa.

10. Na limpeza de quintal e calçada USE VASSOURA - Se precisar utilize a água que sai do enxágüe