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O POLITEIA Ano IX, Ed. 5. Brasília, 25 de julho de 2014 Rapidinhas Recorde Passe o olho e se atualize sobre os resultados das votações. Pg. 6 Nunca antes na histó- ria do Politeia, foram aprovados tantos PLs em plenário. Parabéns! A nossa luta é todo dia Contra o racismo, o machismo e a homofobia! Parlamentares comemoram o reconhecimento da família LGBT Editorial Conheça a apreciação d’O Politeia a respeito das votações de hoje. Pg. 2 Trabalho PL que altera a CLT causa polêmica e é aprovado Pg. 4 O que é o que é? Será que você acerta quem são esses deputados? Pg. 9

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O POLITEIAAno IX, Ed. 5. Brasília, 25 de julho de 2014

Rapidinhas

Recorde

Passe o olho e se atualize sobre os resultados das

votações. Pg. 6

Nunca antes na histó-ria do Politeia, foram aprovados tantos PLs

em plenário. Parabéns!

A nossa luta é todo diaContra o racismo, o machismo e a homofobia!Parlamentares comemoram o reconhecimento

da família LGBT

Editorial

Conheça a apreciação d’O Politeia a respeito das

votações de hoje. Pg. 2

Trabalho

PL que altera a CLT causa polêmica e é aprovado

Pg. 4

O que é o que é?

Será que você acerta quem são esses deputados?

Pg. 9

Uma marca histórica de aprovações foi atingida hoje du-rante o Politeia: de sete projetos de lei analisados em plenário, cinco foram aprovados. Em edi-ções anteriores, o cenário mais otimista configurava aprovação de três PLs.

A agilidade de votações certamente foi fruto da melho-ria do diálogo entre deputados (principalmente entre líderes), mas também é discutível a falta de atenção de alguns parlamen-tares. A discussão poderia ter

sido melhor na apreciação de vá-rios projetos de lei, pois alguns deputados estavam pouco enga-jados e, por vezes, conversavam tanto que o burburinho era mais alto que a voz no microfone. Isso sem contar os pedidos de aten-ção por parte do presidente da Casa, priorizando o bom anda-mento das discussões.

Apesar dos tropeços, al-guns momentos do Politeia são tão simbólicos e exemplares que nos fazem desejar que a simula-ção se torne realidade. A apro-

vação do PL que reconhece os direitos da família LGBT é o me-lhor exemplo disso.

O debate teve argumenta-ção inteligente e a Casa univer-sitária optou pela liberdade de autodeterminação sobre a he-teronormatividade dogmática. Nesse sentido, a aprovação do PL mostra o caráter maduro e plu-ral da posição dos estudantes de ensino superior, o que nos dá esperanças de um futuro menos opressor.

Viva a revolução gayzista!

Editorial

EditorasLuana Melody Brasil Brunna RibeiroDiagramadoraJamile RacanicciDesignerFlávio Altoé

RepórteresAna Luiza de CarvalhoCamilla PachecoErika FerreiraEvellin SilvaGabriela DelgadoIsabela ResendeLudimila MamedesRafaella PanceriYasmin Vierheller

OPINIÃO

Coordenadora de ComunicaçãoJamile RacanicciEditora- ChefeJamile RacanicciEditora- Executiva Ana Teresa MaltaChefe de ReportagemThiago Gardin

Expediente

2 O Politeia, sexta-feira, 25 de julho de 2014

FotógrafosFelipe VasconcelosRaphaele CaixetaSavanna Cavalcante

Espaço do leitor

Eis que o diálogo vence tudo. Parabéns a todos os deputa-dos e deputadas, em especial líderes, vice líderes e demais que trabalharam na construção dos acordos, entendimen-tos e, porque não, tréguas necessárias para que atingísse-mos o nível de atuação da primeira sessão de Plenário. Ainda temos um dia inteiro de debates e discussões pela frente, e uma extensa e complexa pauta para vencer. Com o esforço coletivo, bem como com o diálogo e a sabedoria para abrir concessões na hora certa, saberemos superar os desafios.

Vamos em frente, pois ainda #TáTendoPoliteia !

Deputado Nauê Bernardo

Sr. Deputado Chester, você já era gatinho. Agora com essa TRANCI-NHA JEDI, que isso hein…!Anônimo

Deputado Cannabio, você não é do PSDB, mas quero brincar com o seu tucanoAnônimo

EmpatiaHá quem diga que

sou manipulável ou de fácil convencimento, discordo. Conseguir entender dois lados, e de vez em quan-do tender mais a um que ao outro, para mim é sinal de mente aberta. Duran-te todo o Politeia tivemos claros casos de apatia em que a ideologia era descul-pa para o desrespeito, mas também em que acordos somente poderiam ser quebrados por uma das partes. Não venho aqui me manifestar contra as liber-dades de pensamento e de expressão, das quais sou fiel propagadora, mas sim para aclamar àqueles que se permitem pensar livre-mente. O pensamento li-vre, ao contrário do senso

Afinal, qual é a função do Politeia?

comum, não se finda na li-berdade de expressar o que bem entender. O grande de-safio é se libertar de amar-ras mentais que, por vezes, dificultam a nós mesmos mudar de ideia. O orgulho e a relutância em perceber que a mudança de perspec-tiva é possível são grandes barreiras. Barreiras que, em uma simulação, tor-nam-se mais difíceis de se transpor, já que muitos se-guem fielmente suas visões sobre que posicionamento o partido real teria.

Só que isso não im-pede que nós enxerguemos o outro, conheçamos seu ‘porquês’ e mudemos em nosso íntimo. Ao meu ver, empático é, principalmen-te, aquele que se permite

mudar de opinião. Mas, para isso, temos que ou-vir uns aos outros. O que não ocorre quando, ao invés de nos entender, brigamos. Em meio a tantos debates acalora-dos, disputas pessoais e de partidos, manter-se tranquilo e não-altera-do pelas emoções é algo para poucos. Por com-preender a todos, respei-tar suas dores e sentí-las também, é que saúdo es-tes indivíduos capazes de tal nobreza. Os aplausos, afinal, deveriam ser de-les: aqueles que se per-mitem crescer.

Artigos O

3O Politeia, sexta-feira, 25 de julho de 2014

DeputadoValente (PMDB)

Durante uma das inúmeras negociações que travávamos den-tro do antigo Blocão para eleger o Presidente da Câmara, comecei a questionar por que estava par-ticipando de tudo aquilo. Afinal, por que alguém passa a madruga-da contando votos e negociando quando poderia estar fazendo ou-tras coisas? No dia seguinte pen-sei que fosse pelo Poder (com “P” maiúsculo) e por isso quase aban-donei a simulação.

Antes de tomar esta decisão,

decidi perguntar ao então candidato, a quem apoiava e doava meu tempo, Nauê Bernardo qual era a função do Politeia. Após uma pe-quena consideração veio a resposta: “É cansativo, mas não acho perda de tempo. Quero sair do Politeia bem visto, quero que as pessoas me vejam como uma boa pessoa, que trabalho etica-mente e aprendeu muita coisa”. Me fez pensar, tanto é que continuei trabalhando em sua campanha.

De fato, o Politeia é ex-celente para fazermos con-tatos profissionais e pesso-ais (o Spotted Politeia pode ajudar os mais tímidos), aperfeiçoar nossas técnicas políticas e aparecer como “uma boa pessoa”, mas te-nho que acrescentar à fala do Presidente um motivo que me parece mais nobre:

A função social do Politeia.Existem outras simu-

lações como a nossa, mas nenhuma acontece na própria Câmara dos De-putados, tem tanta fideli-dade e, mais importante, possui visibilidade. Por estas razões, o Politeia é um momento ímpar para mostrarmos que, apesar das divergências, a juven-tude universitária visa o progresso e procura so-luções para velhas amar-ras que atrapalham nosso desenvolvimento social e material. É fundamental estimular o debate, dar vi-sibilidade a problemas na-cionais e sobretudo propor soluções inovadoras.

A função social vai além das motivações indi-viduais (ou individualis-tas) e deve ser o norte de nosso trabalho. Por isso,

não temos o direito de repli-car atitudes que repudiamos na “política de verdade”. É dentro do realismo propor-cionado pelo Politeia que devemos mostrar aos nossos representantes que é possí-vel fazer política com ética e visando um Bem Maior. Picui-nhas pessoais, trocas de voto, ameaças e todo tipo de falca-trua tiram espaço para bons debates e minam a esperança de que no futuro possuiremos bons políticos.

A obstrução, na última quarta-feira, da CCJC e a re-taliação que veio logo em se-guida encerraram a discussão de três grandes problemas nacionais. Ficou mais do que claro que uma atitude anti-democrática compromete o espírito e a função do Politeia. Que não cometamos estes er-ros hoje, último dia de simula-ção, nem nos anos que virão.

Deputada Fernanda Fernandes (DEM)

Créditos: Savanna CavalcanteCr

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Contra leis trabalhistas ultrapassadasModificações são aprovadas em plenário

Rafaella Panceri

4 O Politeia, sexta-feira, 25 de julho de 2014

Foi aprovado por unanimidade em Plenário o PL 07/14, de autoria do depu-tado Gabriel Azevedo (PMDB), que alte-ra a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), regulamentada por Getúlio Vargas em 1943. “O projeto pretende revisar a CLT, que em diversos artigos é obsoleta ou desatualizada. Há, por exemplo, mul-tas em moedas há muito não utilizadas”, disse o autor em discurso na tribuna do Auditório Nereu Ramos.

Ele explica que foram feitas altera-ções técnicas e de mérito no PL durante o trâmite legislativo. Vitor Vilela (PR) foi relator e propôs emendas ao projeto na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), a primeira a discutir a proposição. Ele explica que à primeira vista o projeto pareceu rigoroso e extremista. Depois de ponderar, reconheceu sua validade e pro-

PSD. “O que a Constituição fala sobre le-gislação trabalhista é bem vago. O que ela não proíbe está permitido”, critica. Teles acredita que, para que o projeto saísse do papel, seriam necessárias mudanças referentes à constitucionali-dade, não mais ao mérito.

Gabriel Azevedo (PMDB) des-taca que, apesar de ser contra a buro-cratização, ela é benéfica, pois evita fraudes. Entretanto, é extremamente prejudicial no que toca aos direitos ad-quiridos dos empregados, que muitas vezes são restringidos ou retirados. O autor enfatiza que os objetivos do PL 07/14 não são preterir os empregado-res ou os empregados, mas beneficiar ambas as partes. Ele se declara muito satisfeito com a aprovação unânime em plenário. “Ela mostra que o esforço não foi em vão”, diz.

pôs as devidas alterações.“Mesmo me identificando com o

assunto ressaltado, a emenda se fez ne-cessária, visto que soluciona os proble-mas e não permite a revogação de nor-mas que não devem ser revogadas”. Vilela (PR) esclarece que certos artigos precisa-ram de alterações e não da retirada para abrandar o conteúdo do projeto de lei.

O PL também passou pela Comis-são de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) sob relatoria da deputa-da Natalia Gonzaga (PSDB). As alterações de Vilela (PR) foram acatadas pela comis-são e o parecer favorável foi aprovado unanimemente entre os pares.

O projeto seguiu o trâmite e che-gou à Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC). O responsável pelo re-latório foi o deputado Fernando Teles, do

PlenárioCOTIDIANO

Deputado Gabriel Azevedo foi autor do projeto que atualizou a CLT

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Casa consagra família LGBT

Ana Luiza de Carvalho

Depois de passar por comissões como a Comissão de Constituição e Justi-ça e Cidadania, o projeto de lei 048/2014, proposto pela deputada Talita Maria (PMDB), chegou ao plenário no final da tarde de quinta feira. Ele dava competên-cia à Secretaria de Direitos Humanos pela execução de políticas de conscientização e estabelecia o reconhecimento do casa-mento civil homoafetivo que, caso desres-peitado, teria pena análoga ao crime de racismo. A lei se aplicaria a toda a comuni-dade LGBT, formada por cidadãos que se denominassem gays, lésbicas e bissexuais (referente à orientação sexual) e trans-gêneros (referente à identidade de gêne-ro) e buscaria corrigir prejuízos trazidos pela discriminação. Segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, cerca de 90% da comunidade trans* se prostitui devido à rejeição no mercado de trabalho formal e pouca qualificação devido à falta de apoio financeiro e emocional da família.

O deputado Vanderlei Figueira (PP) afirmou que o mérito é inquestio-nável, mas cabem ressalvas. Mais uma vez foi citada a Constituição de 1988, que define família como formada a partir da

A deputada Medusa (PMDB), que nessa semana emocionou muitos depu-tados com sua defesa dos projetos LGBT, iniciou o discurso agradecendo pelo re-conhecimento da causa e lembrou que a suposta aceitação da sociedade é para quem é capaz de esconder sua essência. “A gente se mimetiza a um ambiente para as pessoas nos verem de modo diferente”, disse. Cannabio Sativa (PMDB), comple-mentando o discurso de Medusa, afirmou que o machismo e a homofobia matam, fazendo com que a questão seja de com-petência até de segurança pública. Inês Brasil (PMDB), presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, decla-rou o quanto é preocupante alegar que a homossexualidade não ser crime já é suficiente, como alguns dos presentes fi-zeram.

A bancada do PT, aliada do PMDB, também discursou sobre o impacto do projeto na sociedade. Darth Vader (PT) criticou a necessidade de uma lei que as-segure o que já está garantido no artigo 5º da Constituição de 1988: a igualdade e a liberdade. A deputada Izabela Patriota (PT) também fez referência à Constitui-ção quando falou sobre a felicidade, um princípio implícito. Segundo ela, o concei-to de família não é sólido e restrito, mas engloba famílias informais, não monogâ-micas. Ismael Júnior (PT) tentou romper com o discurso conservador ao dizer que é cristão e criado em família tradicional e ainda assim lutaria pelo povo, pois serve a ele. A líder do PT, Raíssa Mendes, citou o escritor brasileiro Manoel Bandeira, ao dizer que “Qualquer forma de amor vale a pena, qualquer forma de amor vale amar”. Após a sugestão de duas emendas, o Pro-jeto de Lei foi aprovado e a comemoração emocionou a todos.

união entre homem e mulher. Vanderlei alegou ainda que o direito de maternida-de é dado em razão biológica do corpo da mulher e, portanto não caberia aos filhos adotivos. “A lei não leva em conta o que a população brasileira vai pensar dela”, dis-se. O deputado Cleber Fernandes também posicionou-se contra e questionou a legi-timidade dos direitos civis dos casais ho-mossexuais, afirmando que pai é somente quem gera um feto.

Muitos discursos ressaltaram a necessidade do projeto de lei e lutou pela sua aprovação. O deputado Ernesto Lazari (PSDB) defendeu o parecer favorável, que garantiria não só a seguridade social e os direitos civis das famílias, mas dignidade. Silva (PMDB) pediu aos presentes que se-jam capazes de admitir a existência uma realidade distinta. Segundo ele, o amor e a afeição determinam a formação da famí-lia, e por isso o Supremo Tribunal Federal já conferiu jurisprudência à união homo-afetiva estável. Silva ressaltou a gravidade da discriminação no Brasil, líder mundial nos assassinatos motivados apenas pela homofobia. Ele crê que a discriminação deve ser combatida com conscientização e não só pelo poder da lei.

CPlenário

Poder legislativo segue passos do judiciário

5O Politeia, sexta-feira, 25 de julho de 2014

Projeto finalizou a sessão e causou comoção entre os deputados

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Última sessão conclui pauta

Gabriela Delgado

6 O Politeia, sexta-feira, 25 de julho de 2014

Ludimila Mamedes e Isabela Resende

Por um Brasil com mais árvoresNa primeira sessão em plenário da

Câmara dos Deputados, diversos projetos que foram discutidos durante o Politeia foram colocados em pauta diante do Pre-sidente da Casa. O PL Nº042/14, do depu-tado Arthur Dyego (PSB), que diz respeito à obrigatoriedade das concessionárias a plantar uma árvore a cada cinco veículos vendidos foi aprovado.

“No Brasil são produzidos vários veículos por ano, até maio do corrente ano foram produzidos em média 270.245 por mês. Não bastasse o problema com o trân-sito, esses veículos também trazem preju-ízo ao planeta tendo em vista sua grande capacidade de poluição”, justificou o depu-tado Arthur Dyego.

“Onde essa árvore será plantada? Quem irá fiscalizar esse plantio?”, questio-nou o deputado Antônio Karp (PP). A de-putada do PT, Izabela Patriota sugeriu que, para proteger o meio ambiente, é preciso investir em transportes coletivos.

O projeto só foi aprovado devido a cinco emendas relatadas pelo deputado Dudu (PSD). Uma delas transfere a respon-sabilidade do plantio das concessionárias para as indústrias.

CrackA votação do PL 001/2014, que rece-

beu parecer favorável pelo relatore e insti-tui o Plano Nacional de Ajuda aos Usuários de Crack, teve o parecer favorável acatado pelos outros parlamentares.

Na manhã de quinta-feira, a sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) julgou cinco projetos de lei quanto à constitucionalidade. Presidida pelo PT, a comissão teve sessão derrubada na tarde da quarta-feira, 23. Diante do atraso de aproximadamente cinqüenta minutos, a bancada do PT tentava contatar os deputa-dos dos outros partidos para que a sessão se iniciasse a tempo de concluir a pauta longa.

“Se a CCJC está sendo improdutiva é por conta deles” disse a deputada Rosa Lu-xemburgo (PT), e ainda continuou dizendo que toda a bancada petista estava presente desde as 09:20 e a comissão estava priori-zando votar projetos de outros partidos. “E o trânsito, como que tá em Brasília? Tá bom?” disse o líder do PSDB deputado Déurick Grégory tentando justificar o atraso dos de-

a responsabilidade do Poder Executivo na regulamentação da lei e promoção das polí-ticas públicas para o cumprimento e em re-lação à auto-determinação da pessoa LGBT. O projeto foi aprovado por unanimidade.

Os demais projetos de lei 20/14, 008/14, e 007/14 também foram dados parecer como constitucional, e aprovados na CCJC.

A reunião terminou pontualmente às 11:00, e os deputados comemoraram a conclusão da pauta. Durante todo o Politeia, 32 projetos de lei foram votados na comis-são, sendo que 14 não tinham relator origi-nalmente, e 18 projetos passaram antes por outras comissões. A sessão que começou em clima de tensão devido ao atraso, terminou em clima de satisfação por parte dos parla-mentares.

mais deputados. Apesar da confusão inicial, às 09:52 a sessão obteve quórum mínimo e começou.

O primeiro PL a ser votado foi o nº 64/2014, de autoria da deputada Khaleesi (PSD) e relatoria do deputado Gabriel Aze-vedo (PMDB). O projeto pretende acabar com o voto único transferível. Segundo a autora do PL, esse sistema garante um voto proporcional e aumenta a representativida-de. O relator deu parecer pela constitucio-nalidade do projeto, e em unanimidade foi aprovado.

Logo foi votado o PL 48/14 de au-toria da deputada Talita Maria (PMDB) e relatoria do deputado Jorge Henrique (PSD). O relator deu parecer favorável. Nas suas pa-lavras, “constitucional, muito relevante e im-portante”. Apresentou duas emendas sobre

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Saúde MentalA proposição 032/2014, cuja dispo-

sição trata do estabelecimento do Sistema Nacional de Saúde Mental, integrado ao Sis-tema Único de Saúde e a Política Nacional de Saúde na lei 10.2016, teve parecer favo-rável aprovado pela comissão, mas entrará em vigor a partir de um ano. O prazo foi estabelecido para que sejam contratados os profissionais necessários, a pedido do deputado Marcus Medeiros (PP).

Negritude viveO PL 055/2014, que propunha a ex-

tinção do Hino da Negritude, foi derrubado em parecer apoiado pela comissão.

Rapidinhas

CCJC

Comissão acusada de improdutiva aprova todos os projetos na última sessão

Plenário C

7O Politeia, sexta-feira, 25 de julho de 2014

Contabilizar sem computarRejeitada a proposta pela consideração de votos brancos e nulos

Ana Luiza de Carvalho

O Projeto de Lei 13/2014, que ob-teve parecer favorável aprovado no pri-meiro dia da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, foi rejeitado em ple-nário na última quinta. De autoria de Júlia Hayes (DEM), o PL propôs alteração na lei 9504, de 30 de setembro de 1997. Em eleições de prefeitos e vereadores, o plei-to seria invalidado caso o número de vo-tos brancos e nulos ultrapasse 50% do to-tal. Nesse caso, seria convocada uma nova eleição. O objetivo seria equiparar os vo-tos ditos inválidos ao restante, garantindo a igualdade entre eles e reconhecendo os votos inválidos como uma manifestação de opinião, diferenciando-se da ausência de voto. A relatoria de Fernanda Fernan-des (DEM) foi favorável.

O projeto recebeu muitas manifes-tações contrárias, iniciadas pelo deputa-do Felipe Rosa (PP). Ele declarou que um novo processo eleitoral seria “desperdício

e comparou os votos inválidos como uma forma de protesto semelhante a manifestações.

Fernando Teles (PSD) argumen-tou quanto ao princípio da igualdade já citado pela autora. Segundo ele, se os votos brancos e nulos não são compu-tados, o desagrado do eleitor é ignora-do. O deputado Maurício Bento (PSD) argumentou que o mérito e constitu-cionalidade do projeto foram provados, o que foi questionado por Altair Filho (PT). Altair afirmou que a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania não garante a constituciona-lidade e citou o segundo parágrafo do artigo 77 da Constituição de 1988, que afirma a contabilização e não computa-ção dos votos inválidos.

Houve votação simbólica. Após rejeição da primeira das duas emendas propostas, o projeto de lei foi rejeitado.

de tempo e dinheiro”, lembrando que as campanhas demandam custos altos. Um deputado citou que o prazo de 20 a 40 dias para nova eleição é insuficiente e os eleitores não conheceriam as propostas dos deputados, informação que foi corri-gida posteriormente por Fernanda Fer-nandes. O prazo seria para definir a data de nova eleição.

Coronel Gabriel (DEM) foi favorá-vel ao parecer e acredita que a solução não é “combater o direito do cidadão ao exigir novos candidatos ou novos parti-dos”. Ele ressalta que a maioria das cam-panhas conta com financiamento particu-lar, fato que ele encara como prejudicial. O deputado Jorge Henrique (DEM) também foi a favor e lembrou que a lei não prevê aumento do fundo partidário. Gabriel Erundino (PT) disse não acreditar que a aprovação do projeto cessaria com o fi-nanciamento particular das campanhas

A autora Julia Hayes propunha levar em conta votos nulos e brancos para fazer valer a insatisfação popular

Crédito: Raphaele Caixeta

8 O Politeia, sexta-feira, 25 de julho de 2014

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Ensino e incentivo a medidas eco-lógicas marcaram a votação da Comis-são de Legislação Participativa (CLP) na tarde de ontem. Foi enfatizada a ne-cessidade de dar maior importância a projetos de lei como o 007/2014, cria-do pelo Parlamento Jovem Brasileiro, que propõe a criação do Centro de Reeducação Ambiental (CRA) em to-dos os municípios brasileiros. No CRA são promovidas atividades voltadas às temáticas ambientais para combater a poluição ambiental e o desmatamento.

O relator Pedrinho Apartidário (PR) fez considerações essenciais pois reconhece a importância do tema que pretende combater os malefícios oca-sionados pela ação humana ao meio ambiente, mas optou pelo parecer de rejeição do PL. Ele foi apoiado com unanimidade pelos outros parlamen-

tares presentes. O deputado Pedrinho Apartidário ressaltou que a melhor maneira de se resolver esse tipo de questão parte da conscientização e en-caminhamento para cursos que pos-sibilitem capacitações educacionais, como o SEBRAE.

O parlamentar Praxedes (PMDB) se mostrou satisfeito e concordou plenamente com as posições apre-

sentadas pelo relator e considerou ter sido bem representado nas falas, e enfatizou ser importante os pontos ressaltados devido a necessidade de rever com a devida atenção artigos e além de propor medidas que alcancem a população, de modo que a inclusão de novas ideias podem realmente dar rumos significativos ao projeto que re-presenta muito na sociedade.

Meio ambiente recebe destaqueEducação ambiental merece mais atenção

Erika Ferreira

CLP

Apesar do parecer contrário, relator Pedrinho Apartidário reconhece importância

Créditos: Felipe Vasconcelos

Camilla Pacheco

Ping-pong

Deputado Alberto Martins (PSDB) Curso: bacharel em Direito e acadêmico em Ciência PolíticaIdade: 38Naturalidade: Rio de JaneiroPolítico que mais admira: Para dizer uma admiração, eu não tenho. Para todos eu tenho observações favoráveis e contra.Por que entrou no Politeia? Para entender, na prática, o funcionamento do processo le-gislativo brasileiro.

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9O Politeia, sexta-feira, 25 de julho de 2014

DiversãoPra variar Quem será?Camilla Pacheco

Ator dramático como Morgan Fre-eman, defensor de planos e melhorias na carreira militar, estatura de boxea-dor, mão grande, óculos transparente... “A minha comissão é a mais pontual e primeira comissão a zerar a pauta”. Sou sucesso de crítica e bilheteria!

Qual é a(o) deputada(o)? Que comece a adivinhação!

62 quilos muito bem distribuídos, cabelos louros, um caminhar muito sensual... Arraso por onde passo. Nas minhas falas ganho suspiros, até dos deputados, e elogios das AMIGAS con-gressistas. Sou linda, tenho asas de ouro e olhar petrificante.

Organizada, centrada, adora um auê no coffee break. Parece com a Mu-lher Maravilha. Farofa d´água, pirão de queijo, praia Morro do Careca, tudo isso é da cidade dela. Quem ama a Pátria Amada é?

Séria na comissão, nos bastidores zoa... Tentou ser uma das participantes do reality show BBB. Não conseguiu! Mas sua xará está aqui no Big Brother Politeia. Baixinha e invoca-da, ariana, vive de amor profundo! Or-dem na casa!

Diplomático, pinta de intelectu-al, primeiro negro na história do Bra-sil, a ocupar a presidência do Politeia. Em muitas votações de PLs, esteve na corda bamba, mas com o gingado de capoeirista, agradou todo mundo, in-dependente da posição ops! p a r -tido. #ParaNauêParaná!

Sua música é Legalize Já, do Planet Hemp. Ele é psicoativo. Sempre com muita larica. Seus usuários o defendem. E aí mano, que bagulho de deputado é esse?

Rala, rala mandioca, tu de lá e eu de cá, Pra fazer beiju de massa, pra Câ-mara se alimentar, deputados trazem a peneira, mexem PLs pra lá e pra cá, o peneirado é gostoso, a massa vamos preparar!

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61 Coronel Gabriel | 2 Medusa | 3 Patriota | 4 Inês Brasil | 5 Paulo Tapioca | 6 Nauê Bernardo | 7 Cannabio Sativa

Deputada Nakiely Arantes (PP) Curso: Ciências sociaisIdade: 21Naturalidade: BrasíliaPolítico que mais admira: Não admiro ne-nhum político em específico. Eu analiso todos e vejo quais têm pensamento coerente e con-dizente com aquilo que acredito.Por que entrou no Politeia? Porque é uma experiência para praticar a teoria. Afinal as teorias acabam não condizendo com a prática. Existem coisas que vão além do que a gente vê na universidade.

Créditos: Raphaele Caixeta

InternetSite: www.projetopoliteia.comFacebook: Projeto PoliteiaTwitter: @opoliteia

E ainda tem mais um dia inteiro...

Fora de foco

Pérolas

“PSB de bola” Diego de Mo-rais do PR, na coletiva de imprensa

“Não tenho nada quanto a ficar doidão” presidente da Casa sobre PL da Maconha na CAPADR

“Gostaria de lembrá-lo que o se-nhor também vive nesse plane-ta” - Ismael Júnior em resposta a Gabriel Azevedo

“A CSSF deveria se chamar Can-sei de Ser Sexy e destruição da Família”, deputada Inês Brasil, após última sessão

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