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AUTOR: GENTIL FÉLIX VIANA JÚNIOR O POTENCIAL DE MERCADO PARA O SERVIÇO DE INTERNET RÁPIDA – ESTUDO DA ÁREA CENTRAL DE PEDRO LEOPOLDO Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Geoprocessamento da Universidade Federal de Minas Gerais para a obtenção do título de Especialista em Geoprocessamento Orientadora: Ana Clara Mourão Moura 2002

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AUTOR: GENTIL FÉLIX VIANA JÚNIOR

O POTENCIAL DE MERCADO PARA O SERVIÇO DE INTERNET

RÁPIDA – ESTUDO DA ÁREA CENTRAL DE PEDRO LEOPOLDO

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Geoprocessamento da Universidade Federal de Minas Gerais para a obtenção do título de Especialista em Geoprocessamento Orientadora:

Ana Clara Mourão Moura

2002

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VIANA Júnior, Gentil Félix O POTENCIAL DE MERCADO PARA O SERVIÇO DE INTERNET RÁPIDA – ESTUDO DA ÁREA CENTRAL DE PEDRO LEOPOLDO. Belo Horizonte, 2002. 49 p. Monografia (Especialização) – Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Cartografia. 1. Geomarketing 2. Geoprocessamento 3. Internet rápida 4. Análise estatística Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Geociências Departamento de Cartografia

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer às várias pessoas cuja ajuda e compreensão foram fundamentais

para a conclusão deste trabalho:

A Deus pela vida e pela oportunidade de aprender a observar melhor as suas criações;

Aos meus pais Gentil e Geralda pelo suporte incondicional;

À professora Ana Clara pela dedicação na orientação;

Aos meus amigos e colegas, em especial ao Cássio da Costa e à Daniela Batista;

À Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo por fornecer os dados, em especial ao

Ramon;

À todas as pessoas que, mesmo indiretamente, contribuíram no trabalho.

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SUMÁRIO

1 - APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 1

2 - OBJETIVOS.................................................................................................................... 1

3 - O CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO DO TEMA ............................................. 2

3 . 1 - Pedro Leopoldo – área piloto .................................................................................... 2

3 . 2 - Breve histórico de Pedro Leopoldo........................................................................... 3

3 . 3 - Internet rápida ........................................................................................................... 5

3 . 4 - Geoprocessamento .................................................................................................... 6

3 . 5 - Sistemas Informativos Geográficos .......................................................................... 7

3 . 6 - Geomarketing ............................................................................................................ 9

4 - CONSTRUÇÃO DO SIG PARA ANÁLISE MERCADOLÓGICA DE INTERNET

RÁPIDA EM PEDRO LEOPOLDO............................................................................. 11

4 . 1 - Obtenção de dados .................................................................................................. 11

4.1.1- Base cartográfica .............................................................................................. 13

4.1.2- Base Alfanumérica ........................................................................................... 15

4 . 2 - Tratamento da base Cartográfica............................................................................. 17

4 . 3 - Tratamento da base Alfanumérica........................................................................... 19

4 . 4 - Georreferenciamento............................................................................................... 21

5 - DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE....................................................................... 23

5 . 1 - Aplicação dos questionários.................................................................................... 23

5 . 2 - Análise estatística dos dados ................................................................................... 25

5 . 3 - Cartas Temáticas ..................................................................................................... 27

5 . 4 - Correção do modelo ................................................................................................ 42

6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 45

6 . 1 - Resultados ............................................................................................................... 45

6 . 2 - Conclusões .............................................................................................................. 47

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 48

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ÍNIDICE DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1 – Localização de Pedro Leopoldo ......................................................................2

Figura 2 – Modelo OMT-G dos dados utilizados na pesquisa ........................................12

Figura 3 – Planta do centro de Pedro Leopoldo vista no software Microstation Geografics.....................................................................................................13

Figura 4 – Planta cadastral de uma quadra do centro de Pedro Leopoldo.......................14

Figura 5 – Criação de centróides no software Microstation Geografics .........................17

Figura 6 – Atualização dos polígonos das edificações e lotes no software ArqMap ......18

Figura 7 – Acréscimo de pontos (estrelas) no software Mapinfo....................................19

Figura 8 – Mapa temático dos tipos de uso das Unidades urbanas ................................24

Figura 8 – Esquema do gráfico utilizado no estudo de correlação entre variáveis .........27

Figura 9 – Árvore de decisões .........................................................................................31

Figura 10 – Mapa do número de pessoas alfabetizadas por Unidade urbana..................32

Figura 11 – Mapa do número de automóveis por Unidade urbana .................................33

Figura 12 – Mapa do maior grau de instrução por Unidade urbana ................................34

Figura 13 – Mapa do tipo de instalações sanitárias por Unidade urbana ........................35

Figura 14 – Mapa do valor venal dos imóveis.................................................................36

Figura 15 – Mapa síntese das variáveis de bens e estrutura ............................................37

Figura 16 – Mapa síntese das variáveis socio-econômicas .............................................38

Figura 17 – Mapa síntese final - completo ......................................................................39

Figura 18 – Mapa síntese final do setor comercial ..........................................................40

Figura 19 – Mapa síntese final do setor residencial ........................................................41

Figura 20 – Árvore de decisões após correção da síntese comercial...............................43

Figura 21 – Mapa síntese final corrigido.........................................................................44 Tabela 1 – Informações contidas no mapa vetorial .........................................................13

Tabela 2 – Informações contidas no mapa vetorial .........................................................16

Tabela 3 – Exemplos de concatenação de dados para formação do código de ligação dos bancos ........................................................................................20

Tabela 4 – Caracterização de usos nos Bancos de dados fornecidos pela Prefeitura......20

Tabela 5 – Classificação de usos adotada para Internet rápida .......................................21

Tabela 6 – Classificação de usos das unidades urbanas geocodidificadas ......................22

Tabela 7 - Questionário de coleta de informações específicas ao trabalho .....................25

Tabela 8 – Categorias das variáveis da análise................................................................26

Tabela 9 – Pesos atribuídos às variáveis notas às categorias ..........................................29

Tabela 10 – Padrões atribuídos às notas da síntese final do SAGA................................30

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo mercadológico do potencial de

contratação de um serviço hipotético de Internet rápida utilizando o geoprocessamento

para análise e tratamento dos dados. A análise foi feita na região central do município

de Pedro Leopoldo–MG e utilizou a base de dados geográficos e alfanuméricos

disponibilizados pela Prefeitura local complementada com alguns dados levantados por

amostragem. Um estudo estatístico permitiu a identificação da variável da base

alfanumérica de grande correlação com os dados complementares, dispensando seu

levantamento em todo o centro. A atribuição de pesos a cada uma das variáveis

estudadas permitiu a criação de mapas temáticos que refletem a relevância de cada uma

delas na definição do potencial mercadológico estudado. O resultado deste trabalho é

um conjunto de mapas temáticos que representam a distribuição espacial dos clientes

classificando-os segundo suas características socio-econômicas e segundo a infra-

estrutura que possuem para receber o serviço de Internet rápida.

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1 - APRESENTAÇÃO

O ambiente de concorrência que se instalou no cenário nacional das telecomunicações

após a privatização do Grupo Telebrás em julho de 1998 (FERREIRA, 2000) exige um

planejamento de ações mercadológicas cada vez mais precisas. O aumento do número

de empresas no setor com uma oferta de serviços cada vez mais diversificada, demanda

uma análise de mercado que identifique, com clareza, os clientes que possuem as

características mais propícias para a contratação destes serviços. Contudo, a grande

variedade de fatores que influenciam na classificação desses clientes tornaria essa

análise extremamente complexa caso não fosse utilizada a grande capacidade de

processamento de informações das ferramentas computacionais. Neste contexto, o

Sistema Informativo Geográfico (SIG) é uma importante ferramenta de auxílio, pois

permite uma abordagem sistêmica de análise (MOURA, 2000) ao tratar uma complexa

gama de variáveis. Isso permite uma aproximação maior entre o modelo de estudo e a

realidade e possibilita a identificação e classificação com maior credibilidade.

Este trabalho se propõe a utilizar um SIG para análise mercadológica de um serviço de

Internet rápida na região central do município de Pedro Leopoldo. Na mesma região de

estudo foram feitas análises de gestão urbana1 e de conforto ambiental2 sendo que o SIG

utilizado nas três análises foi construído conjuntamente.

2 - OBJETIVOS

Esta monografia tem como objetivo geral utilizar o geoprocessamento como técnica de

auxílio à análise e à definição de estratégias para oferta de serviços através da rede

telefônica. Tem se como objetivos específicos desse trabalho:

• Identificar e tratar as variáveis para a definição de áreas com potencial de contratação de um serviço hipotético de Internet rápida;

• Utilizar o SIG para georreferenciar e tratar os dados;

• Identificar as áreas com clientes potenciais a serem exploradas no bairro central do município de Pedro Leopoldo;

• Documentar a metodologia empregada neste trabalho para aplicação em outras análises de mercado.

1 Análises de distribuição de valores do Imposto Predial e Territorial Urbano e Índice de Qualidade de

Vida Urbana: Estudo de caso da região central de Pedro Leopoldo (BARBOSA, 2002). 2 Análise de conforto ambiental urbano aplicado à área central do município de Pedro Leopoldo

(RIBEIRO, 2002).

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3 - O CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO DO TEMA

A contextualização do desenvolvimento do tema tem o objetivo de apresentar a área a

ser estudada bem como os principais conceitos necessários à compreensão das técnicas

e ferramentas utilizadas. Serão expostas algumas características do município de Pedro

Leopoldo que determinaram a sua escolha para este trabalho. O serviço de Internet

rápida será brevemente descrito para esclarecer qual é o seu público alvo e o tipo de

infra-estrutura exigida. Finalmente, serão apresentados os conceitos de

Geoprocessamento, Sistema Informativo Geográfico e de Geomarketing essenciais para

a compreensão do desenvolvimento do trabalho.

3 . 1 - Pedro Leopoldo – área piloto

O município de Pedro Leopoldo tem uma população aproximada de 53.957 habitantes

(IBGE, 2002) e está situado na mesorregião metropolitana a 40 Km de Belo Horizonte–

MG.

Figura 1 –Localização de Pedro Leopoldo (sem escala) – Fonte IBGE -mapas

É um município com ampla cobertura da rede de telefonia fixa, mas que deve passar por

um estudo de viabilidade técnica para disponibilização da Internet rápida. Este estudo

permitirá a identificação dos clientes com um potencial significativo para contratação

do serviço e será de grande importância para a tomada de decisões sobre para quais

áreas ofertá-lo primeiro.

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Além disso, o município de Pedro Leopoldo possui um acervo de dados alfanuméricos e

geográficos significativos e que foram disponibilizadas pela Prefeitura Municipal para o

desenvolvimento deste trabalho. Isso diminuiu consideravelmente o esforço dedicado à

coleta de dados e possibilitou a concentração de esforços na construção do Sistema de

Informativo Geográfico e na análise proposta.

Apenas a região central do município de Pedro Leopoldo foi escolhida para o estudo de

mercado aqui proposto como forma de adequar a análise ao cronograma disponível para

desenvolvimento do trabalho. A região central foi escolhida por reunir as condições

mais propícias para uma oferta inicial dos serviços de Internet rápida. Ela é a região que

concentra o maior número de estabelecimentos comerciais do município juntamente

com uma quantidade significativa de residências. Além disso, é a região que apresenta a

maior cobertura das redes de infra-estrutura como água, luz, esgoto e telefone, sendo

essa última essencial para a oferta da Internet rápida.

3 . 2 - Breve histórico de Pedro Leopoldo

Segundo CASA DE CULTURA DE PEDRO LEOPOLDO (2002), os primórdios da

história do atual município de Pedro Leopoldo contêm os ingredientes típicos das

cidades mineiras: bandeirantes, sertanistas e busca de riquezas. As pedras verdes foram

a grande motivação para a expedição de Fernão Dias chegar à região, no século XVII, e

fundar o Arraial do Sumidouro. As investidas do Governador das Esmeraldas formaram

as rotas que, em 1893, levariam Antônio Alves da Silva a construir a Fábrica de Tecidos

Cachoeira Grande que, com a Estação Ferroviária, dariam início ao que é hoje a cidade

de Pedro Leopoldo.

Documentos existentes no Arquivo Público Mineiro comprovam a chegada dos

bandeirantes à região em 13 de março de 1673, chefiados por Matias Cardoso pessoa

diretamente ligada ao bandeirante Fernão Dias Paes, que chegou à região no final de

1674. Eles fizeram um tripé que tinha como base Sumidouro, Raposos e Sabará, tendo

ainda chegado até o Serro e à Bacia do Jequitinhonha. Plantaram milho, mandioca,

batearam ouro no Rio das Velhas, criaram porcos e galináceos. Auxiliado por seu genro

Borba Gato, Fernão Dias edificou casas e uma capela em Quinta do Sumidouro,

construiu regos com roda d’água para elevação de água nos igarapés do Rio das Velhas

em busca de ouro.

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Em 1834, chegou a essa região o naturalista Dr. Peter Lund, tendo ficado até 1880,

quando faleceu aos 79 anos. O seu trabalho atingiu mais de 200 cavernas na região que ,

na época, ia até as grutas de Maquiné e Curvelo. Na Lapa do Sumidouro descobriu uma

ossada que ele denominou restos do Homem da Lagoa Santa. Do acervo de suas

descobertas constam as pinturas rupestres de Cerca Grande e vários ossos fossilizados

de animais de grande porte.

Ainda nesta época, havia três sesmarias na região. As sesmarias eram terras

improdutivas e devolutas doadas a pessoas ligadas à corte e que deveriam pagar à

mesma 1/6 de sua produção, daí o nome sesmaria. Os sesmeiros desta região eram os da

Fazenda da Cachoeirinha (família Tostes), do Engenho (família Teixeira), que eram

descendentes dos sesmeiros da Fazenda Dos Angicos, do Urubu e Santa Rita.

Documentos encontrados no cartório de Matosinhos informam ter sido a Fazenda da

Cachoeira hipotecada por dívidas de jogo ao agiota Antônio Dias Torres, que em 1901

passou a escritura definitiva da referida fazenda para a Companhia Fabril Cachoeira

Grande, que, por sua vez, foi absorvida pela Cia. Industrial Belo Horizonte em 1920.

A Estrada de Ferro Central do Brasil chegou à vila da Cachoeira Grande em maio de

1895, sendo a sua estação inaugurada em 17/06/1895 e tendo recebido o nome do

engenheiro Dr. Pedro Leopoldo, falecido meses antes e responsável pelo trecho daquela

via férrea entre Santa Luzia e Capitão Eduardo.

Dr. Pedro Leopoldo da Silveira nasceu na cidade de São Cristóvão, no estado de

Sergipe, no dia 2 de dezembro de 1850. Foi alferes, formou-se em engenharia militar

em 1875, deixando o exército pouco tempo depois para trabalhar na Estrada de Ferro

Central do Brasil.

No início do século, com a implantação da indústria têxtil, a economia que era

exclusivamente agropecuária recebeu as benesses da indústria recém implantada,

modificando o modo de vida dos habitantes.

Em 1901, com a criação do distrito, em 17 de Julho, os moradores de Cachoeira Grande

resolveram adotar o nome da estação (Pedro Leopoldo) para a vila que então

desabrochava e possuía aproximadamente 1.000 habitantes. Pedro Leopoldo era distrito

de Santa Luzia e toda a documentação da época era feita no cartório de Matosinhos.

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Em 1923, foi montada a primeira usina de pausterização de leite de Pedro Leopoldo,

que era também a primeira de Minas Gerais. Neste mesmo ano a lei estadual nº 843

criou o município em 7 de setembro, que foi solenemente instalado em 27/01/1924.

A partir de 1955, Pedro Leopoldo teve um crescimento acentuado. Em maio de 1956,

foi inaugurada a Companhia de Cimento Cauê e, em 4 de fevereiro de 1963, a Precon

Pré Moldados de Cimento. Em 05 de março de 1975 foi inaugurada a CIMINAS –

Cimento Nacional de Minas Gerais S/A. Esses fatos confirmam a importância do

município no cenário industrial mineiro ligado à produção de insumos minerais.

3 . 3 - Internet rápida

Este trabalho fará um diagnóstico do mercado de usuários potenciais de um serviço

hipotético de Internet rápida baseado nos serviços oferecidos pelas operadoras de

telefonia fixa. Esse serviço é oferecido através da infra-estrutura da rede telefônica e

necessita que o cliente também possua um computador e adquira um modem específico

para Internet rápida.

A Internet rápida ou de banda larga oferece conexão de 24h por dia, 7 dias por semana.

Utiliza uma tecnologia que aumenta a capacidade da linha telefônica, pois a transmissão

de voz utiliza somente uma das muitas faixas de freqüência da linha, liberando todas as

outras para a transmissão de dados (VELOX, 2002). A transmissão de voz é

encaminhada às centrais telefônicas, enquanto a transmissão de dados é direcionada à

Rede de Dados da empresa telefônica. Isso permite a transmissão simultânea de voz e

dados com velocidades de 256 kbps (kilobits por segundo), que é até oito vezes mais

rápida do que a velocidade alcançada em uma conexão discada. Essa velocidade permite

assistir a vídeos em tempo real, escutar rádio com muito mais qualidade, participar de

chats e jogos em rede com muito mais realismo.

São oferecidos dois tipos de planos de Internet rápida: Residencial e Empresarial. Os

dois planos oferecem a mesma velocidade de conexão e necessitam de computadores e

modens com as mesmas configurações mínimas. As diferenças estão no valor da

assinatura mensal, menor para o plano residencial, e em alguns serviços oferecidos

exclusivamente para o plano empresarial, como consulta à Cerasa, SPC e CDL além de

possibilitar a criação de cinco contas de e-mail sem custos adicionais ao cliente.

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Um diagnóstico que utiliza o geoprocessamento é muito importante para definição de

mercado desse tipo de serviço pois ajuda a identificar áreas que reúnem clientes

potenciais, evitando investimentos desnecessários em infra-estrutura. Como forma de

planejamento de expansão, o serviço será inicialmente ofertado apenas às áreas com

maior potencial e será gradativamente expandido às áreas com potenciais menores.

3 . 4 - Geoprocessamento

A partir da palavra “processamento” que, segundo o dicionário MICHAELIS (1998),

significa “verificar para obter validade ou efeito”, o termo Geoprocessamento pode ser

entendido como a verificação de dados relacionadas à geografia com o objetivo de

avaliar sua validade ou efeito. Segundo XAVIER-DA-SILVA (2001), o

Geoprocessamento é um conjunto de técnicas computacionais que opera sobre bases de

dados georreferenciados, para transformá-los em informações relevantes. Ele se apoia

em estruturas de percepção ambiental que proporcionem o máximo de eficiência nesta

transformação. Uma destas estruturas é a visão sistêmica, na qual a realidade é

percebida como um conjunto de sistemas compostos por entidades físicas ou virtuais

que se organizam segundo diversos tipos de relacionamentos, como por exemplo: as

relações de inserção (hierarquias), de justaposição (proximidade / contigüidade) e

funcionalidade (causalidade).

Os dados tratados pelo Geoprocessamento incluem não só aqueles de natureza

essencialmente geográfica, como a localização ou a extensão, mas também aqueles que,

mesmo não tendo essa natureza, possam ser georreferenciados, ou seja, associados a

outros dados que permitam representá-los cartograficamente. Os nomes e as

características sócio-econômicas dos moradores de um determinado centro urbano são

exemplos de dados sem natureza geográfica. Eles podem ser georreferenciados através

de sua associação com dados como o endereço onde reside o morador ou o seu CEP.

Ao utilizar a tecnologia da informação computacional, o Geoprocessamento adquire um

grande potencial de processamento de dados que permite uma visão privilegiada sobre a

realidade estudada. O Sistema Informativo Geográfico concretiza a incorporação da

tecnologia computacional e é a principal ferramenta utilizada pelo Geoprocessamento

no tratamento dos dados para geração de informação. Aplicado ao planejamento de

Marketing, o Geoprocessamento permite conhecer os mercados usuários que auxiliam o

planejamento de ações e a formulação de previsões sobre sua evolução.

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3 . 5 - Sistemas Informativos Geográficos

A informação espacial é extremamente importante em muitos tipos de aplicações, mas a

sua representação apenas através de palavras ou números é incapaz de comunicar com

clareza e velocidade tudo o que ela tem a dizer. Ela pode ser melhor explorada quando

representada graficamente através de mapas e imagens, como já vem sendo feito há

muito tempo pela cartografia. Os Sistemas Informativos Geográficos3 (SIG) são

sistemas computacionais capazes de localizar e qualificar a ocorrência de dados

alfanuméricos em um espaço representado cartograficamente. Segundo WELLAR

(1993),

Sistema Informativo Geográfico é o conjunto formado pelo software, hardware e

periféricos que transformam dados espacialmente georreferenciáveis em

informações sobre locais, interações espaciais e relacionamentos geográficos

das entidades fixas e dinâmicas que ocupam o espaço tanto nos ambientes

naturais como nos construídos.

A representação das informações geográficas, até recentemente, era feita apenas em

documentos e mapas impressos. Apesar de permitirem fácil acesso e manipulação dos

dados, esses meios de armazenamento dificultavam a combinação das informações

graficamente representadas em mapas e tabelas. Essa dificuldade foi suplantada com o

desenvolvimento simultâneo, na segunda metade do século XX, de tecnologias em

diversas áreas como a computação gráfica, a cartografia automatizada e os bancos de

dados computacionais. Os SIG’s representam a consolidação desse desenvolvimento

sob a forma de ferramentas práticas, de utilidade real, cujo uso é economicamente

viável em diversas situações. Com o uso do SIG, os modelos concebidos para

representar aspectos do mundo real em computador se aproximam bastante da

percepção intuitiva que o homem tem da realidade. Isto faz com que o usuário consiga

interagir melhor com as informações que tem à sua disposição, o que aumenta a

qualidade das análises. O SIG permite fazer análises dos dados existentes, mas também

fazer previsões e simular situações ideais e potenciais. O SIG é uma ferramenta útil

sempre que a localização é uma informação importante no fenômeno estudado (DAVIS-

JUNIOR, 2001).

3 Sistemas Informativos Geográficos é uma expressão derivada do inglês Geografic Information System

que identifica a classe de sistemas de informação capazes de também lidar com os dados geográficos.

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DAVIS-JUNIOR (2001) construiu um breve histórico sobre a criação e

desenvolvimento dos SIG’s. Segundo ele, os primeiros SIG’s surgiram na década de 60,

no Canadá, para criar um inventário de recursos naturais. Estes sistemas, no entanto,

eram difíceis de usar, pois ainda não existiam monitores gráficos de alta resolução e os

computadores tinham capacidades de armazenamento e processamento baixas. Ao longo

dos anos 70 foram desenvolvidos novos e mais acessíveis recursos de hardware,

tornando viável o desenvolvimento de sistemas comerciais que foram então chamados

de Geographic Information System. Também nessa época, começaram a surgir os

primeiros sistemas comerciais de CAD4 que melhoraram muito as condições para a

produção de desenhos e plantas para arquitetura e engenharia e serviram de base para os

primeiros sistemas de cartografia automatizada. Nessa mesma época foram

desenvolvidos alguns fundamentos matemáticos voltados para a cartografia, sendo que

o produto mais importante foi a topologia aplicada5 que permitia realizar análises

espaciais entre elementos cartográficos. Somente no decorrer dos anos 80, com a

popularização e barateamento das estações de trabalho gráficas, além do surgimento e

evolução dos computadores pessoais e dos sistemas gerenciadores de bancos de dados

relacionais, ocorreu uma grande difusão do uso do SIG. A incorporação de muitas

funções de análise espacial proporcionou também um aumento de suas aplicações.

Também segundo DAVIS-JUNIOR, atualmente observa-se um grande crescimento do

ritmo de penetração do SIG, sempre alavancado pelos custos decrescentes de hardware,

software e também pelo surgimento de alternativas menos custosas para a construção de

bases de dados cartográficos.

O primeiro SIG utilizado no Brasil foi o do Projeto Radambrasil, em 1975, e foi criado

para racionalizar a geração, o armazenamento, a recuperação e análise do enorme

acervo de dados ambientais primários e interativos gerados pelo Projeto que deveriam

cobrir todo o território brasileiro (XAVIER-DA-SILVA, 2001. p. 8). O sistema permitia

informar sobre dados como geomorfologia, geologia, solos, vegetação, uso potencial da

terra de qualquer município constante na base de dados do Radambrasil. Ele permitia a

recuperação seletiva ou combinada e territorialmente intercruzada da informação

4 CAD é a sigla da expressão inglesa Computer Aided Design, em português: projeto assistido por

computador. 5 Topologia é o conjunto de relações que se referem às posições relativas entre as entidades representadas

cartograficamente independente de suas dimensões ou coordenadas exatas, por exemplo: adjacente, toca, atravessa, contém, pertence e etc.

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ambiental, aspecto funcional que é marca registrada dos SIG (XAVIER-DA-SILVA,

2001. p. 9).

Um dos grandes desafios do momentos atual é mais de natureza organizacional e

política do que tecnológica, pois, é necessário avaliar a real necessidade de implantação

de SIG's, descobrir maneiras de utilizá-los nas organizações burocráticas e encontrar

maneiras eficientes e seguras de gerenciar, compartilhar e atualizar os dados.

A localização é uma informação importante em análises de mercado, como o de Internet

rápida, por ser uma informação que auxilia no planejamento de ações de marketing e da

própria instalação da infra-estrutura necessária para oferta do serviço.

3 . 6 - Geomarketing

Segundo PORTO (2002),

“o Marketing é o conjunto de ações e técnicas que têm por objetivo a

implantação de uma estratégia comercial nos seus variados aspectos, desde o

estudo do mercado e suas tendências até à venda propriamente dita e ao apoio

técnico após a venda".

Para CLARK (1985).

“a Geografia é o estudo científico de padrões espaciais que procura identificar

e explicar a localização e a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e

humanos sobre a superfície da terra”.

O Geomarketing é a utilização da geografia nas tomadas de decisão no Marketing. Ele

estuda as relações existentes entre as estratégias e políticas de Marketing e o território

ou espaço, onde a instituição, seus clientes, fornecedores e pontos de distribuição se

localizam (DAVIES, 1976).

O geoprocessamento é uma poderosa técnica para concretizar a relação entre o

marketing e a geografia. Ele permite realizar análises de mercado utilizando conceitos

próprios da geografia, tais como áreas de influência, distâncias ou algoritmos próprios

para permitir a otimização de recursos materiais e esforços humanos em função de suas

características intrínsecas em cada território. Uma análise de mercado para implantação

dos serviços de Internet rápida leva em consideração dados geográficos como a

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localização dos clientes e da rede de telefonia bem como os dados alfanuméricos

relativos ao padrão de vida e de consumo dos usuários. Quando uma parte desses dados

não está disponível para a pesquisa mercadológica, torna-se necessário um estudo que

permita identificar e atribuir valor a aqueles que possam suprir as deficiências.

O geoprocessamento é uma técnica fundamental em pesquisas de mercado com grande

concorrência. Ele serve como apoio à análise, ao planejamento e à gestão de mercado,

permitindo a concentração e direcionamento de esforços. Isso garante menores riscos de

investimentos e resulta no aumento da eficiência das ações mercadológicas.

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4 - CONSTRUÇÃO DO SIG PARA ANÁLISE MERCADOLÓGICA DE

INTERNET RÁPIDA EM PEDRO LEOPOLDO

O desenvolvimento deste trabalho encontrou uma série de obstáculos que exigiram

adequações metodológicas e até mesmo a adoção de metodologias não previstas

inicialmente. Esses obstáculos, por outro lado, enriqueceram a análise ao exigirem a

adoção de algumas técnicas que não seriam inicialmente exploradas.

As empresas de telefonia já desenvolvem pesquisas para definição de mercados há

muitos anos e possuem um banco de dados que lhes permitem fazer planejamento de

ações. Como muitos desses dados são estratégicos, eles não foram disponibilizados para

o desenvolvimento deste trabalho. Em vista desse empasse, adotou-se uma metodologia

de análise que considerou os dados disponibilizados pela Prefeitura de Pedro Leopoldo

complementados com dados específicos levantados durante o trabalho. A análise foi

restrita apenas à região central para se adequar ao cronograma disponível para o

desenvolvimento da monografia.

A construção do SIG para análise mercadológica de Internet rápida em Pedro Leopoldo

foi feita com as seguintes etapas: obtenção de dados, tratamento das bases cartográfica e

alfanumérica e o georreferenciamento dos dados. Essas etapas estão detalhadas a seguir

e documentam não só os métodos empregados em seu desenvolvimento, mas também as

razões que levaram às suas escolhas. Com o SIG construído é possível avaliar os dados

sob uma perspectiva espacial e identificar onde residem ou trabalham os possíveis

clientes que reúnem as condições adequadas para oferta do serviço de Internet rápida.

4 . 1 - Obtenção de dados

A Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo não possui um SIG, apesar de reunir dados

cartográficos e alfanuméricos suficientes para a sua construção. Ela possui dados

geográficos que contêm as informações cartográficas sobre a região em estudo

representadas em mapas. São esses dados que atribuem a dimensão espacial às análises

que utilizam o geoprocessamento. Os dados alfanuméricos são compostos por tabelas

que contêm todas as informações textuais e numéricas. São eles que contém as

informações que serão georreferenciadas. Alguns dados específicos à análise de

mercado de Internet rápida foram levantados durante a realização deste trabalho e

completam a base alfanumérica fornecida pela Prefeitura.

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Para maior clareza quanto à organização e relacionamento entre essas dois tipos de

dados, foi utilizado o modelo OMT-G de modelagem de dados1. O OMT-G prevê

primitivas para modelar a geometria e a topologia dos dados geográficos, oferecendo

suporte às estruturas topológicas “todo-parte”, estruturas de rede, múltiplas visões dos

objetos e relacionamentos espaciais (BORGES, 1997). Este modelo possui

representações gráficas específicas para os dados geográficos e alfanuméricos o que

facilita a sua diferenciação e identificação no modelo de dados.

Centro

Número

QuadraVia Lote

Edificação

1

0..*Possui

UnidadeUrbana

1

1..*Contém

Comercial Residencial

Banco de dados Dados Físicos

Dados Sócio-econômicos Cliente

1..*

1..*

Descrevem

1..*

1..*

Descrevem

1

0..*

Possui

1..*

1..*

Descrevem

1..*

1..*

Descrevem

Figura 2 – Modelo OMT-G dos dados utilizados na pesquisa

1 A modelagem de dados é uma estrutura lógica, independente de linguagem de programação, que contém

as entidades e os relacionamentos representativos da realidade modelada.

Page 19: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

13

4.1.1- Base cartográfica

A base cartográfica deste trabalho foi criada a partir de mapas e de plantas cadastrais

fornecidos pela Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo. O mapa é do ano de 1998 e foi

disponibilizado em formato vetorial na escala 1:10.000. A tabela a seguir lista o

conjunto de informações disponibilizadas no mapa e traz algumas descrições sobre elas.

INFORMAÇÕES DISPONIBILIZADAS NO MAPA VETORIAL NOME DESCRIÇÃO TIPO

Malha geográfica Malha UTM: linhas, valores e referências poligonal / texto Geomorfologia Curvas de nível (5m e 1m) e pontos cotados poligonal / polígono Hidrografia Ribeirões e cursos d’água poligonal Vias Rodovias (BR e viadutos) e ferrovias (RFFSA) poligonal Face das quadras Delimitação de quadras polígono Passeios Delimitação das vias e passeios polígono Edificações Contornos polígono Toponímia N.º edificações e demais textos texto

Tabela 1 – Informações contidas no mapa vetorial

Figura 3 – Planta do centro de Pedro Leopoldo vista no software Microstation Geografics

Page 20: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

14

Foram também utilizadas as Plantas cadastrais de cada quarteirão que apresentam os

perímetros de todas as edificações e as divisões dos lotes. Esses dados foram levantados

pela Prefeitura no ano de 1980 e foram disponibilizados em mídia impressa (papel).

Figura 4 – Planta cadastral de uma quadra do centro de Pedro Leopoldo

Page 21: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

15

4.1.2- Base Alfanumérica

A base alfanumérica utilizada para a identificação dos usuários potenciais de Internet

rápida foi criada através da junção de duas versões do banco de dados da Prefeitura

Municipal acrescida de alguns dados levantados através de questionário1. Ambos os

bancos de dados utilizam a Unidade urbana como elemento unitário de cadastro

municipal. A edificação não foi utilizada como tal pelo fato de que ela pode abrigar

mais de uma Unidade urbana. É o caso, por exemplo, de um único edifício que contém

vários apartamentos e lojas.

O banco de dados antigo é baseado em um levantamento feito pela Prefeitura Municipal

em 1998 que utilizou os Boletins de cadastro de imóveis (BCI’s) como instrumentos de

coleta de dados não só sobre os moradores de cada Unidade urbana, mas também sobre

os imóveis em si (Ver anexo 01). Esse banco de dados foi alterado continuamente até

assumir uma configuração diferente da original. Ele deixou de ser baseado nos dados

dos BCI’s para se adaptar aos novos critérios adotados pela Prefeitura local no cálculo

de encargos como o Imposto Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto de Transferência de

Bens e Imóveis (ITBI). Ambas as versões do banco de dados foram disponibilizadas

para o desenvolvimento deste trabalho, sendo que o novo banco contém dados

atualizados até mês de Outubro de 2002.

A junção do antigo e do novo banco de dados tem o objetivo de disponibilizar o maior

número de dados para os estudos estatísticos que detectarão a relação entre esses dados

e aqueles levantados especificamente para este trabalho. A utilização do antigo banco é

conveniente, mesmo contendo dados menos atualizados que o da nova versão, porque

ele contém alguns dados sobre os ocupantes e sobre o padrão de acabamento das

edificações que o novo banco não apresenta.

Os dois bancos de dados foram disponibilizados em formato Oracle e continham

basicamente o conjunto de dados listados na tabela a seguir. Essa tabela é tabulada de

forma de forma a permitir a comparação entre os dados presentes em cada um dos

bancos.

1 Esses dados são relevantes à identificação dos usuários potenciais de Internet rápida e serão melhor

detalhados no item 4.3.

Page 22: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

16

RELAÇÃO DE DADOS DOS BANCOS ALFANUMÉRICOS BANCO DE DADOS ANTIGO BANCO DE DADOS NOVO DADOS DE LOCALIZAÇÃO DADOS DE LOCALIZAÇÃO

1 Código Identificação 1 1 Código Identificação 2 2 Quadra 2 Quadra 3 Lote 3 Lote 4 Unidade 4 Unidade 5 Nome logradouro 5 Nome Logradouro 6 Número 6 Número 7 Bairro 7 Código do bairro 8 CEP 8 CEP 9 Região

DADOS DO CONTRIBUINTE DADOS DO CONTRIBUINTE 9 Proprietário declarado 10 Dados Proprietário - relacional

10 Endereço 11 Endereço - relacional 11 Número 12 Tipo proprietário 12 Bairro 13 CEP 14 Telefone 15 CPF

DADOS DO IMÓVEL DADOS DO IMÓVEL 16 Ocupação 13 Ocupação 17 Patrimônio 14 Patrimônio 18 Tributação 15 Imposto (Tributação) 19 Utilização 16 Utilização

17 Finalidade 18 Valor Venal

DADOS DA EDIFICAÇÃO DADOS DA EDIFICAÇÃO 20 Categoria 19 Categoria 21 Conservação 20 Conservação 22 Situação 21 Situação 23 Posição 22 Posição 24 Revestimento externo 23 Área edificação 25 Piso 24 Valor Edificação 26 Parede 27 Forro 28 Cobertura 29 Estrutura 30 Número pavimentos 31 Instalação elétrica 32 Instalação sanitária

DADOS DO TERRENO DADOS DO TERRENO 33 Situação 25 Testadas (Situação) 34 Topografia 26 Topografia 35 Pedologia 27 Pedologia 36 Vedação 28 Muro (Vedação) 37 Passeio 29 Passeio

DADOS DO OCUPANTE 30 Profundidade 38 Nome morador 31 Área Terreno 39 Número moradores 32 Área de terreno isento 40 Quantidade por sexo 33 Área edícula 41 Escolaridade 34 Setor 42 Grau de instrução 35 Status 43 Atualmente cursando 36 Valor Terreno 44 Número de trabalhadores 37 Faixa de valor terreno 45 Número de deficientes físisos 46 Criação de animais 47 Número de pessoas em tratamento 48 Número de veículos

DADOS SOBRE SERVIÇOS PÚBLICOS DADOS SOBRE TAXAS 49 Limpeza urbana 38 Tx Limpeza urbana 50 Iluminação Pública 39 Tx Iluminação pública 51 Coleta de lixo 40 Tx Coleta de lixo 52 Água 41 Tx Água e esgoto 53 Esgoto 42 Tx Conservação 54 Sarjeta 43 Tx Expediente 55 Telefone 44 Código Saneamento 56 Drenagem 57 Arborização 58 Tipo pavimentação logradouro

Tabela 2 - Listagem de dados do bancos de dados antigo e novo

Page 23: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

17

4 . 2 - Tratamento da base Cartográfica

Apesar da Prefeitura de Pedro Leopoldo possuir uma base cartográfica digitalizada de

toda a cidade, ainda assim foram necessárias edições e complementações para que ela

atendesse à esta análise. As edições dos mapas foram feitas no software Microstation

95, que ofereceu suporte ao registro das imagens matriciais das Plantas cadastrais e à

digitalização das feições dos lotes e edificações. O georreferenciamento, a limpeza

topológica e a criação dos polígonos foi feita com o software Microstation Geographics

que preparou a base cartográfica para a fase de ligação com a base alfanumérica, feita

no software MapInfo. As Plantas cadastrais foram utilizadas como base para desenhar

os contornos das edificações ausentes no mapa vetorial fornecido pela Prefeitura, mas

foram disponibilizadas em mídia impressa, o que exigiu sua digitalização e registro1

(ver Figura 4, pág. 16). Após a limpeza topológica dos mapas digitalizados, foi feita a

poligonização dos desenhos de forma a agrupar as linhas ao redor de centróides que

compõem os contornos de cada edificação, lote e quadra.

Figura 5 – Criação de centróides no software Microstation Geografics

1 Registro é o ajuste de uma imagem digitalizada através de sua rotação, translação e mudança de escala

para que ela seja representada cartograficamente segundo um determinado sistema de coordenadas.

Page 24: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

18

Como a representação das edificações utilizou as Plantas cadastrais de 1980, foi feita

uma pesquisa nos arquivos da Prefeitura para atualização da representação das

edificações em relação à outubro de 2002. A atualização foi feita com o software

ArcGis 8, que permite a divisão ou a junção de polígonos com bastante velocidade.

Figura 6 – Atualização dos polígonos das edificações e lotes no software ArqGis 8

Nos casos em que uma mesma edificação possuía mais de uma Unidade urbana, optou-

se por representar cada uma delas através de pontos contidos no polígono que representa

a edificação correspondente. Dessa forma é possível fazer a ligação independente de

cada uma das Unidades urbanas aos seus dados no banco alfanumérico.

Page 25: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

19

É importante salientar que a base cartográfica gerada neste trabalho não tem objetivo

cadastral, mas sim o de permitir a localização dos clientes. Por causa disso, os polígonos

de algumas edificações complexas foram simplificados ou até ignorados, em casos em

que nenhum dado alfanumérico seria associado.

Figura 7 – Acréscimo de pontos (estrelas) no software Mapinfo

4 . 3 - Tratamento da base Alfanumérica

Esse trabalho utiliza dois bancos de dados (descritos anteriormente no item 4.1.2) que

tiveram que ser relacionados de forma a permitir a coerência dos dados. O fato de que

os bancos de dados utilizam códigos distintos para identificar as unidades urbanas

dificultou essa ligação. Esse problema foi resolvido através da criação do Código de

ligação que permite associar os dados das Unidades urbanas contidos nos Bancos de

dados. O Código de Ligação foi criado através da concatenação dos números da quadra,

do lote e da Unidade urbana, que são dados contidos em ambos os bancos. Essa

operação é feita automaticamente pelo software Excel-97 através de sua fórmula de

concatenação e o resultado foi inserido em uma nova coluna em cada banco de dados.

Page 26: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

20

CÓDIGO DE LIGAÇÃO

Número Quadra Número Lote Número Unidade Código concatenado 17 1 1 1711 50 20 1 50201

102 4 1 10241 102 4 3 10243

Tabela 3 – Exemplos de concatenação de dados para formação do código de ligação dos bancos

Um outro tratamento da Base alfanumérica se refere à reclassificação dos tipos de uso

das Unidades urbanas, que foram classificadas pela Prefeitura nos 11 tipos de usos

mostrados na Tabela 4.

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS ADOTADA PELA PREFEITURA

Tipo Nº Unidades % Unidades

Residencial 2941 65,36 % Comercial 1149 25,53 % Religioso 23 0,51 % Serviços 73 1,62 %

Hospitalar 8 0,18 % Escolar 24 0,53 %

Hotelaria 3 0,07 % Serviço público 9 0,20 %

Industrial 8 0,18 % Lote vago 163 3,62 %

Outros 99 2,20 % Total 4500 100,00

Tabela 4 – Caracterização de usos nos Bancos de dados fornecidos pela Prefeitura

As Unidades urbanas foram reclassificadas para se adequarem melhor aos planos

comercial e residencial disponibilizados pela Internet rápida avaliada neste trabalho. As

reclassificação teve os seguintes resultados:

1. Agrupamento das classes “Comercial”, “Serviços” e “Hotelaria” em uma nova

“Comercial”, pois apresentam características de uso semelhantes;

2. A classe “Residencial” não foi modificada;

3. Agrupamento das classes restantes em uma nova classe “Outros”, que não será

avaliada neste trabalho, pois encontra-se fora dos planos da Internet rápida.

Page 27: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

21

A nova classificação é mostrada na Tabela 5.

CLASSIFICAÇÃO DOS USOS PARA INTERNET RÁPIDA

Tipo Nº Unidades % Unidades

Residencial 2941 65,36 % Comercial 1225 27,22 %

Outros 334 7,42 % Total 4500 100,00

Tabela 5 – Classificação de usos adotada para Internet rápida

Uma outra edição importante da base de dados alfanumérica foi a criação do dado

“Valor venal”, que é o valor total do imóvel obtido através da soma do valor da

edificação e do lote, dados estes disponibilizados pela Prefeitura.

4 . 4 - Georreferenciamento

O georreferenciamento de dados alfanuméricos pode ser entendido como a sua

associação às coordenadas geográficas ou a sua associação a elementos gráficos que

representam o fenômeno descrito por esses dados em um mapa. O seu resultado é a

espacialização do dado, ou seja, a representação cartográfica do ponto onde ele foi

obtido. O georreferenciamento dos dados deste trabalho foi feito através da associação

dos dados alfanuméricos aos elementos gráficos (polígonos e pontos) que representam

as Unidades urbanas onde os dados foram obtidos. Para isso foi utilizado o “Código das

Unidades urbanas”, criado pela Prefeitura de Pedro Leopoldo. Essa decisão se justifica

pelo fato de que o banco de dados novo utiliza esse código para identificar as Unidades

urbanas e que, amparado no método de ligação entre os bancos de dados descrito no

item 4.3, permite georreferenciar os dados de ambos os bancos.

Os “Números de identificação”, conhecidos como ID’s, são utilizados pelo software

MapInfo para identificar os elementos gráficos representados no mapa. Esses ID’s

foram editados para se tornarem iguais aos Códigos das Unidades urbanas, ou seja, a

identificação dos elementos gráficos passou a ser igual à identificação adotada pela

Prefeitura. O software Mapinfo faz a geocodificação automática dos dados ao ser

instruído para criar uma ligação entre os elementos gráficos e os dados através da

equivalência do ID’s com os Códigos. Dos 4500 registros de Unidades urbanas contidos

na base alfanumérica, o software foi capaz de georreferenciar 3619, ou seja, 80,4%.

Page 28: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

22

A parcela dos dados não georreferenciada se deve à incoerências provenientes de erros

de digitação, ocorridos ainda na fase de construção dos bancos de dados. Isso pode ser

facilmente observado ao se fazer uma varredura dos dados, que encontram anomalias

como Códigos compostos por letras, quando deveriam possuir apenas números.

CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES GEOCODIFICADAS

Tipo Nº Unidades % Unidades

Residencial 2396 66,21 % Comercial 959 26,50 %

Outros 264 7,29 % Total 3619 100,00

Tabela 6 – Classificação de usos das unidades urbanas geocodidificadas

Os dados do banco velho foram então associados aos dados do banco novo através da

função “Atualizar colunas” de uma tabela do MapInfo. O código de ligação foi utilizado

como elemento comum a ambos os bancos de dados para executar a ligação dos dados

referentes a uma mesma Unidade urbana.

O georreferenciamento dos dados amparou a realização das análises deste trabalho, a

começar pela escolha dos lugares onde aplicar os questionários chegando até à

classificação das Unidades urbanas quanto aos fatores relevantes à Internet rápida.

Page 29: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

23

5 - DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE

Com o SIG construído, a análise mercadológica do potencial de contratação do serviço

de Internet rápida em Pedro Leopoldo pode ter início. Contudo, algumas informações

importantes tiveram que ser levantadas para complementar a base alfanumérica

disponibilizada pela Prefeitura. Essas informações foram levantadas por amostragem,

com a utilização de questionários, e permitiram a análise de o todo o centro de Pedro

Leopoldo graças ao estudo estatístico de correlação entre variáveis. Foi criado um mapa

temático para cada uma das variáveis envolvidas na análise e também para as sínteses

sócio-econômica e de bens de estrutura. Visitas de campo permitiram detectar

incorreções no modelo de análise inicialmente proposto, mas que foram corrigidos de

forma a permitir a classificação adequada das Unidades urbanas segundo seu potencial

para contratar o serviço de Internet rápida.

5 . 1 - Aplicação dos questionários

A Prefeitura de Pedro Leopoldo disponibilizou toda a sua base de dados para este

trabalho, mas ainda assim foi necessária a coleta de algumas informações relevantes à

análise mercadológica aqui proposta. Essas informações foram coletadas através de

questionários aplicados em uma amostra das Unidades urbanas do centro de Pedro

Leopoldo e compõem a variável “Computador”, que indica a preparação dessas

Unidades para receber os serviços de Internet rápida.

Foram aplicados 37 questionários apenas naquelas Unidades urbanas com dados

georreferenciados. Esse número corresponde a 1% das 3619 Unidades urbanas

georreferenciadas, sendo 21 em Unidades residenciais e 16 em comerciais, que são os

usos alvo da Internet rápida. O questionário também coletou dados sobre a localização

das Unidades urbanas para permitir a sua identificação e sua ligação ao banco de dados.

Antes da aplicação dos questionários foi criado um mapa temático indicando a

localização e os tipos de uso das Unidades urbanas. O objetivo desse mapa foi o de

auxiliar a identificação das Unidades com dados georreferenciados, evitando assim que

os questionários fossem aplicados em Unidades sem ligação com o banco de dados.

Page 30: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

24

Figura 8 – Mapa temático dos tipos de uso das Unidades urbanas (sem escala)

Page 31: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

25

A seguir uma amostra do questionário utilizado na coleta das informações.

QUESTIONÁRIO DE COLETA DE INFORMAÇÕES UNIDADE URBANA NN LOTE N

RUA NNNNNNNNNNNNNNNNNN Nº NN QUADRA NN TIPO: 1-RESIDENCIAL X 2- COMERCIAL X

PERGUNTAS S N S N Tem computador? X Conectado a internet? X É internet rápida? X Qual provedor? NNN

Acessa internet de outros lugares? X Onde? NNNNNNNNN

Tabela 7 - Questionário de coleta de informações específicas ao trabalho

Através da variável “Computador”, foi feita a classificação das Unidades urbanas em

quatro categorias que estabelecem uma escala ordinal da preparação dessas Unidades

para onde será ofertado o serviço de Internet rápida:

1. Sem computador;

2. Com computador sem internet;

3. Com computador conectado à internet;

4. Com computador já servido por internet rápida de outra operadora;

Durante a aplicação dos questionários, descobriu-se que a cidade tem um provedor local

que oferece serviços de internet convencional em todo o centro, mas de internet rápida

apenas na quadra 88, onde se localiza a sua sede. Esse serviço é ofertado através de

cabo específico para transmissão de dados e não através de linha telefônica como no

serviço de Internet rápida proposto neste trabalho.

5 . 2 - Análise estatística dos dados

A análise estatística dos dados foi feita através do estudo de correlação entre a variável

dependente “Computador” e algumas variáveis independentes selecionadas do banco de

dados da Prefeitura. Esse estudo procura determinar o nível de adequação de uma

equação em descrever ou explicar a relação entre essas variáveis (SPIEGEL, 1993).

Os dados da variável “Computador” se referem apenas a uma amostra do total de

Unidades urbanas georreferenciadas do centro de Pedro Leopoldo. Para classificar todo

esse universo segundo sua preparação para Internet rápida, foi escolhida uma variável

Page 32: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

26

do banco de dados da Prefeitura que apresentasse grande correlação estatística com a

variável “Computador”. Dessa forma, a classificação das Unidades estaria sendo feita

através de uma variável cujos dados abrangem todo o universo estudado, que é o centro

de Pedro Leopoldo.

Antes do início do estudo de correlação, foram selecionadas as variáveis independentes

do banco de dados da Prefeitura. As variáveis foram selecionadas por representarem

algumas características sócio-econômicas e patrimoniais relevantes à classificação dos

usuários potenciais de internet. Essas variáveis, e também a variável “Computador”,

foram classificadas em quatro categorias cada. Elas receberam valores de 1 a 4, segundo

uma escala ordinal, de forma que pudessem ser plotadas nos gráficos.

CATEGORIAS DAS VARIÁVEIS

Variável Descrição Categorias Valor Nenhuma pessoa 1

1 pessoa 2 2-4 pessoas 3

Alfabetização

(AL)

Quantidade de pessoas que

sabem ler e escrever na

Unidade Urbana6 Mais de 4 pessoas 4 Fundamental incompleto 1 Fundamental completo 2

Médio 3

Grau de Instrução

(GI)

Maior Grau de instrução da

Unidade Urbana Superior 4

VV < 10.000 1 10.000 < VV < 15.000 2 15.000 < VV < 25.000 3

Valor Venal

(VV)

Soma dos valores do lote e

da edificação em Reais VV > 25.000 4

0 1 1 2 2 3

Automóvies

(NA)

Quantidade de automóveis

por Unidade Urbana 3 ou 4 4

Inexistente 1 Existente externa 2 Interna simples 3

Instalações

Sanitárias

(IS)

Quantidade e tipo de

instalações sanitárias Mais de uma 4

Sem computador 1 Computador sem internet 2 Computador com internet 3

Computador

(CO)

Existência de computador e

conexão com internet Internet rápida 4

Tabela 8 – Categorias das variáveis da análise

6 A variável “Alfabetização” foi assim classificada porque, nesse estudo mercadológico, é mais relevante saber a quantidade de usuários potenciais por unidade urbana, aqui interpretado como a quantidade de pessoas alfabetizadas. Acredita-se que a classificação das unidades urbanas pela porcentagem de pessoas alfabetizadas em cada uma delas seja mais relevante em um estudo socio-econômico.

Page 33: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

27

Utilizando os valores atribuídos às categorias, cada variável independente foi plotada

num gráfico juntamente com a variável dependente “Computador”. Finalmente, foi

executada uma análise de regressão linear, usando o método dos “mínimos quadrados”

para ajustar uma linha através de um conjunto de observações. As linhas traçadas em

todos dos gráficos apresentaram inclinações positivas, demonstrando relação direta

entre as variáveis independentes e a variável dependente. A linha da variável “Grau de

Instrução” apresentou maior inclinação, o que indica que, dentre as variáveis

independentes avaliadas, ela é a que apresenta a maior correlação com a variável

“Computador”. Em vista desse fato, a variável “Grau de Instrução” será utilizada para

classificar o centro de Pedro Leopoldo segundo sua preparação para Internet rápida.

0

1

2

3

4

0 1 2 3 4

VARIÁVEL INDEPENDENTE

VA

RIÁ

VE

L C

OM

PUT

AD

OR

Figura 8 – Esquema do gráfico utilizado no estudo de correlação entre variáveis

5 . 3 - Cartas Temáticas

O pensamento pós-moderno vê a realidade espacial como um conjunto complexo de

variáveis interrelacionadas, que apresentam sistemas diferentes de correlações para cada

situação distinta (MOURA, 1996). Da cartografia, esta nova tendência exige o trabalho

de análise e síntese de variáveis e o estudo de correlações das mesmas, procurando

caracterizar os fenômenos espaciais sob uma visão sistêmica. No desenvolvimento da

análise mercadológica de Pedro Leopoldo, determinou-se pesos e valores para as

Linha de correlação

Page 34: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

28

variáveis de forma a mapear os usuários potenciais do serviço de Internet rápida e

classificá-los segundo o seu potencial para contratação do serviço.

As variáveis selecionadas da base alfanumérica foram organizadas em grupos de análise

e individualmente segmentadas em categorias. Na etapa final, as categorias obtidas por

grupo foram avaliadas resultando na análise final do potencial para contratação da

Internet rápida. As variáveis utilizadas na análise foram organizadas nos grupos:

• Sócio-econômicas: Escolaridade e Valor Venal do imóvel;

• Bens e estrutura: Grau de instrução (representando a variável Computador), Número

de veículos e Instalações sanitárias.

Foi criado um mapa temático para cada uma das variáveis de forma a permitir o

cruzamento com atribuição de pesos diferenciados a cada uma delas, utilizando o

software SAGA. Contudo, antes de se chegar ao SAGA, foi necessário um longo

processo de conversão dos mapas vetoriais do MapInfo em mapas raster, que é o tipo

lido pelo SAGA. Nesse processo foram utilizados vários aplicativos de alguns softwares

o que torna relevante listar, mesmo que superficialmente, todos os passos seguidos até a

geração dos mapas finais. São eles:

A - No software MapInfo:

1. Seleção, por SQL, das ocorrências de cada categoria das variáveis, que

possuem quatro categorias cada uma (Tabela 8);

2. Criação de uma tabela distinta para cada categoria das variáveis;

3. Exportação de cada uma das tabelas para formato “dxf”;

B - No software Microstation Descartes:

1. Criação de um novo arquivo com a unidade metro;

2. Importação de cada tabela “dxf” para um layer distinto;

3. Criação de um “fundo” raster com 256 cores, 1.000 linhas e 1.500 colunas, que

foram assim configuradas devido à escala de 1:10.000 do mapa original e da

precisão de leitura de 0,2mm;

4. Registro do “fundo” em sua correta posição geográfica no mapa;

5. Estampa dos layers referentes a cada variável em um novo mapa raster criado

a partir do arquivo “fundo”;

6. Conversão dos mapas raster para o formato “tif”.

Page 35: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

29

C - No software Adobe Photoshop:

1. Verificação da resolução dos mapas raster de formato “tif”;

2. Verificação do número de linhas e colunas;

3. Verificação da existência de cinco cores em cada mapa, que se referem às

quatro categorias mais o fundo;

4. Nova conversão dos mapas para “tif”, pois o software SAGA não é compatível

com o formato “tif” criado pelo Microstation Descartes.

D - No software SAGA:

1. Conversão dos mapas “tiff” em “rst” através do aplicativo “Tiff2rst”;

2. Visualização de cada mapa e atribuição de nomes às categorias;

3. Criação de mapas síntese com a avaliação das variáveis que receberam pesos e

notas segundo a tabela a seguir:

NOTAS E PESOS

Grupo Peso Variável Peso Categorias Notas

Nenhuma pessoa 0 1 pessoa 3

2-4 pessoas 6 Alfabetização 60

Mais de 4 pessoas 10 VV < 10.000 0

10.000 < VV < 15.000 3 15.000 < VV < 25.000 6

Socio

econômico 50

Valor Venal 40

VV > 25.000 10 Fundamental incompleto 0 Fundamental completo 3

Médio 6 Grau de Instrução 50

Superior 10 0 0 1 3 2 6

Automóvies 25

3 ou 4 10 Inexistente 0

Existente externa 3 Interna simples 6

Bens e

estrutura 50

Instalações

Sanitárias 25

Mais de uma 10 Tabela 9 – Pesos atribuídos às variáveis notas às categorias

Page 36: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

30

4. Criação do mapa síntese final através do aplicativo “Avaliação” nos mapas

síntese dos grupos socio-econômico e bens e estrutura;

5. Separação do mapa síntese final em dois mapas, um residencial e outro

comercial, através do aplicativo “Assinatura”;

6. Utilização do aplicativo “Rst2tiff” para converter os mapas para arquivo “tiff”.

E - No software Adobe Photoshop:

1. Edição das cores das legendas e textos;

2. Construção do layout final dos mapas.

A criação dos mapas através do software SAGA traz, também como saída, uma

atribuição de notas às Unidades urbanas de acordo com os pesos e notas atribuídos. O

software analisa todas as combinações possíveis entre as variáveis e atribui notas de

zero a dez às combinações mais relevantes. As notas associadas a uma escala de cores

permitem a visualização, no mapa, da distribuição do potencial das Unidades urbanas

para contratar a Internet rápida. As notas foram agrupadas em cinco tipos com os

padrões RUIM, RUIM a MÉDIO, MÉDIO, MÉDIO a BOM e BOM para simplificação

da interpretação dos resultados, segundo o critério mostrado na tabela as seguir.

PADRÕES ATRIBUÍDOS ÀS NOTAS

Padrões Siglas Notas

0 RUIM R 1 2 RUIM a MÉDIO RM 3 4 MÉDIO M 5 6 MÉDIO a BOM MB 7 8 9 BOM B

10 Tabela 10 – Padrões atribuídos às notas da síntese final do SAGA

A Figura 9 é a árvore de decisão que sintetiza todo o processo de criação de mapas

mostrando as variáveis tratadas e quais foram os pesos atribuídos até se chegar ao mapa

síntese final. Ela é seguida de todos os mapas temáticos criados nesta fase do trabalho.

Page 37: o potencial de mercado para o serviço de internet rápida – estudo ...

31

Figura 9 – Árvore de decisões

Fundamental incompl.

Fundamental compl.

Médio

Superior

GRAU DE INSTRUÇÃO

Mapeado por

Peso: 0,50

VALOR VENAL

vv<10000

10000<vv<15000

15000<vv<25000

461000<vv

ESCOLARIDADE

Nenhuma pessoa

1 pessoa

2-4 pessoas

+ de 4 pessoas

SÓCIO-ECONÔMICO

Peso: 0,40 Peso: 0,60

AUTOMÓVEIS

0

1

2

3 ou4

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Inexistente

Existente externa

Interna simples

Mais de uma

COMPUTADOR

S/ computador

Comp. s/ internet

Comp. c/ internet

Internet rápida

Peso: 0,25 Peso: 0,25 Peso: 0,50

BENS E ESTRUTURA

SÍNTESE SÓCIO-ECONÔMICA

SÍNTESE BENS E ESTRUTURA

Peso: 0,50 Peso: 0,50

SÍNTESE FINAL UNIDADES URBANAS CLASSIFICADAS PARA RECEBER INTERNET RÁPIDA

SÍNTESE COMERCIAL SÍNTESE RESIDENCIAL

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32

Figura 10 – Mapa do número de pessoas alfabetizadas por Unidade urbana

Obs: O número de Unidades urbanas sem pessoas alfabetizadas não reflete a situação real, como será mostrado no item 5.4.

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33

Figura 11 – Mapa do número de automóveis por Unidade urbana

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34

Figura 12 – Mapa do maior grau de instrução por Unidade urbana

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35

Figura 13 – Mapa do tipo de instalações sanitárias por Unidade urbana

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36

Figura 14 – Mapa do valor venal dos imóveis

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37

Figura 15 – Mapa síntese das variáveis de bens e estrutura

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38

Figura 16 – Mapa síntese das variáveis socio-econômicas

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39

Figura 17 – Mapa síntese final - completo

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40

Figura 18 – Mapa síntese final do setor comercial

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41

Figura 19 – Mapa síntese final do setor residencial

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42

5 . 4 - Correção do modelo

As visitas ao centro de Pedro Leopoldo permitiram detectar incoerências entre a

realidade observada e os resultados representados no Mapa síntese final. Portanto, foi

necessária a detecção e a correção dos problemas causadores dessa incoerência de forma

a permitir uma representação mais fiel da realidade nos mapas que amparam o

diagnóstico do mercado de Internet rápida.

A principal incoerência observada foi a da atribuição das classificações RUIM e RUIM

a MÉDIO a grande parte das Unidades urbanas com uso comercial exatamente no

hipercentro comercial de Pedro Leopoldo, região de que se esperava as melhores notas.

A atribuição inadequada de classificações do mapa síntese final foi causada por

problemas contidos nos mapas de Grau de instrução e de Alfabetização. Nesses mapas,

81% das unidades comerciais foram classificadas como tendo pessoas com Grau de

instrução “Fundamental incompleto” e 77% classificadas como tendo pessoas “sem

alfabetização”, que são valores muito altos. Acredita-se que o problema tenha surgido

devido à utilização do número zero nos campos relativos à essas variáveis no banco de

dados. O número zero, nesse caso, pode representar não só a inexistência de pessoas

alfabetizadas ou com grau de instrução fundamental incompleto, mas também

representar que esses dados não foram levantados. Como não seria possível identificar e

diferenciar as Unidades comerciais levantadas das não levantadas, optou-se por fazer

uma nova análise específica das Unidades urbanas comerciais sem considerar essas duas

variáveis.

A exclusão da variável Grau de instrução na criação da síntese do potencial para

contratação da Internet rápida das Unidades comerciais exigiu a adoção de outra

variável de grande correlação estatística com a variável Computador. Essa variável é o

Valor venal, que apresentou a segunda maior correlação dentre as variáveis estudadas.

Essa modificação diminuiu para apenas três o número de variáveis envolvidas na análise

comercial e inviabilizou a divisão das variáveis nos dois grupos sócio-econômico e de

bens e estrutura. Como resultado, a árvore de decisões das Unidades urbanas comerciais

assumiu uma nova conformação que também afeta o resultado da síntese final, como

mostrado na árvore de decisões a seguir.

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43

Figura 20 – Árvore de decisões após correção da síntese comercial

O mapa síntese final foi criado pela junção do mapa síntese residencial (Figura 19) com

o mapa síntese comercial corrigido, criado com as definições da árvore de decisões

acima.

SÍNTESE COMERCIAL

Mapeado por

AUTOMÓVEIS

0

1

2

3 ou4

Peso: 0,25

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Inexistente

Existente externa

Interna simples

Mais de uma

Peso: 0,25

COMPUTADOR

S/ computador

Comp. s/ internet

Comp. c/ internet

Internet rápida

Peso: 0,50

vv<10000

10000<vv<15000

15000<vv<25000

461000<vv

VALOR VENAL

Peso: 0,50

SÍNTESE FINAL CORRIGIDA

SÍNTESE RESIDENCIAL SÍNTESE COMERCIAL

CORRIGIDA

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44

Figura 21 – Mapa síntese final corrigido

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45

6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

6 . 1 - Resultados

A correção da árvore de decisões proporcionou resultados que se aproximam mais da

realidade observada em campo e permitem um diagnóstico mais confiável. A região do

hipercentro comercial recebeu melhores classificações principalmente por causa do

aumento significativo das classificações “Médio”, “Bom a Médio” e “Bom” e da

diminuição da porcentagem de unidades urbanas classificadas como “Ruim”. Ainda

assim, a maior parte das unidades recebeu a classificação “Ruim a médio” o que indica

que o mercado para Internet rápida no centro de Pedro Leopoldo possui algumas

restrições.

PORCENTAGENS DAS UNIDADES URBANAS POR NOTA

Antes da correção Depois da correção Nota % Classific % % Classific % Nota

0 3,12 % 1,97 % 0 1 9,24 %

Ruim 12,36 1,99 Ruim 0,02 % 1

2 15,90 % 12,90 % 2 3 12,52%

Ruim médio

28,4 27,38 Ruim médio 14,48% 3

4 14,46% 18,31% 4 5 8,48%

Médio 22,88 26,66 Médio 8,35% 5

6 17,03% 20,81% 6 7 6,18%

Bom Médio 23,18 25,09 Bom

Médio 4,28% 7 8 10,18% 15,03% 8 9 1,83% 2,87% 9

10 1,07% Bom 13,00 18,87 Bom

0,97% 10 Total 100% 100% 100% 100% Total

Tabela 11 – % de unidades urbanas por nota e classificação do potencial de contratação da Internet rápida

Os mapas síntese gerados não indicaram grandes aglomerações de Unidades urbanas

com notas semelhantes, ou seja, há uma dispersão das notas por toda a área estudada

que dificulta a definição de áreas com forte vocação para receber o serviço Internet

rápida. Por outro lado, isso pode ser interpretado como uma uniformidade da vocação

da região analisada em receber o serviço o que tornaria interessante o desenvolvimento

de um estudo comparativo com áreas adjacentes.

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46

Neste trabalho foi utilizado um grande número de softwares que englobam aplicações

de CAD, Cartografia Digital, Desktop Mapping, Banco de dados, Editor de imagens e

Editor de textos. O contato com várias ferramentas computacionais trouxe como

resultado positivo o aprendizado da utilização de alguns softwares e o aperfeiçoamento

da utilização daqueles com que já havia ocorrido um contato anterior. Os softwares

utilizados foram:

• Microstation 95;

• Microstation Geografics;

• Microstation Descartes;

• MapInfo 6.5;

• Arc Map 8;

• SAGA;

• Adobe Photoshop 6.5;

• Microsoft Excel;

• Microsoft Word;

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47

6 . 2 - Conclusões

Esta monografia alcançou seu objetivo ao construir um SIG e utilizá-lo para a análise

mercadológica do potencial de absorção de um serviço de Internet rápida no centro de

Pedro Leopoldo. A impossibilidade do levantamento de novos dados em toda a região

estudada foi contornada através de um estudo estatístico de correlação entre dados

levantados pela Prefeitura em todo o centro com os dados levantados por amostragem,

diminuindo consideravelmente o trabalho de campo. Como resultado desse estudo

estatístico, constatou-se que o Grau de escolaridade é uma variável de grande correlação

com a estrutura computacional presente nas Unidades urbanas. Essa metodologia pode

ser aplicada em estudos mercadológicos que utilizam bases de dados que abranjam toda

uma região estudada, mas que não possuam algumas informações específicas e

relevantes para definição do mercado de um determinado serviço ou produto.

Apesar da construção de um SIG ter se mostrado uma tarefa muito trabalhosa, a

possibilidade de avaliar o perfil dos clientes sob uma perspectiva espacial demonstrou

um potencial que justifica o esforço empregado. O levantamento contínuo de dados

pode permitir a construção de cenários que trazem mais do que um retrato estático de

determinado mercado possibilitando a formulação de previsões sobre sua dinâmica de

forma a amparar decisões em um período de tempo.

Juntamente com as outras duas análises desenvolvidas na mesma região, será possível o

desenvolvimento de um diagnóstico urbano que contemple as questões de infra-

estrutura, conforto ambiental e gestão urbana da região central de Pedro Leopoldo.

Essas análises utilizaram dados selecionados das mesmas bases alfanumérica e

cartográfica de acordo com a sua relevância no problema abordado.

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48

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Predial e Territorial Urbano e Índice de Qualidade de Vida Urbana: Estudo de caso

da região central de Pedro Leopoldo. Orientação: Prof.a. Ana Clara Mourão Moura.

Belo Horizonte: Instituto de Geociências da UFMG, 2002. Monografia (Curso de

Especialização em Geoprocessamento)

BORGES, Karla Albuquerque de Vasconcelos. Modelagem de dados geográficos. Belo

Horizonte: Instituto de Geociências da UFMG, 2002. 66p. Apostila (Curso de

Especialização em Geoprocessamento).

CASA DE CULTURA DE PEDRO LEOPOLDO. Conheça Pedro Leopoldo.

(Consultado em Outubro 2002 em

http://www.mg.trt.gov.br/conheca/composicao/varas/pedroleopoldo.htm)

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Horizonte: PRODABEL: Centro de desenvolvimento de estudos. 2001. 271p.

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UFMG, 2002. 32p. Apostila (Curso de Especialização em Geoprocessamento).

FERREIRA, Francisco Messias. SGM–Uma ferramenta de diagnóstico espacial de

mercado de telecomunicações. Orientação: Prof. Britaldo Soares Filho. Belo

Horizonte: Instituto de Geociências da UFMG, 2000. 43p. Monografia (Curso de

Especialização em Geoprocessamento)

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades@. 2002. (Consultado em

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LIMA, José Osvaldo Santos. O uso da informação de gestão da distribuição de energia

elétrica como diferencial no estudo de mercado para telecomunicações. Belo

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MOURA, Ana Clara Mourão. Tendências recentes nos estudos urbanos e o papel da

Cartografia Temática. Belo Horizonte: Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, 1993.

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MOURA, Ana Clara Mourão. Novos rumos, velhas metodologias: Questionamento do

aproveitamento real das novas potencialidades dos Sistemas Informativos

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1996.11p.

MOURA, Ana Clara Mourão. Espaço tempo, meio ambiente e planejamento. Belo

Horizonte: Instituto de Geociências da UFMG, 2002. 41p. Apostila (Curso de

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PORTO EDITORA ON-LINE. Geomarketing, racionalizar em tempo de crise (Artigo

consultado em http://www.geoambiente.com.br/tele_fixa.htm - Outubro de 2002)

RIBEIRO, Rosemary Campos. Análise de conforto ambiental urbano aplicado à área

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VELOX. Velox. Telemar (Consultado em http://www.telemar.com.br/velox - Setembro

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