O Preço em Adam Smith

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O PREÇO EM O PREÇO EM ADAM SMITH ADAM SMITH A Riqueza das Nações CAPS. V, VI e VII

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Slide resumo dos capítulos V, VI e VI de A Riqueza das Nações.

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O PREÇO EM O PREÇO EM ADAM SMITHADAM SMITH

A Riqueza das Nações

CAPS. V, VI e VII

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... Na aula passada...

• Divisão do trabalho

• CAP I: o que é?

• CAP II: qual a sua origem?

• CAP III: qual o seu limite?

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• Título: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS OU SEU PREÇO EM TRABALHO E SEU PREÇO EM DINHEIRO.

• “Todo homem é rico ou pobre, de acordo com o grau em que consegue desfrutar das coisas necessárias, das coisas convenientes e dos prazeres da vida.”

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• Uma vez implantada plenamente a divisão do trabalho, são muito poucas as necessidades que o homem consegue atender com o produto de seu próprio trabalho.

• Essas necessidades são atendidas com o produto do trabalho de outros.

• Antes da divisão do trabalho o homem tinha que satisfazer todas as suas necessidades.

• Então, o homem é rico ou pobre conforme a quantidade de serviço alheio que está em condições de comprar ou encomendar.

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• Para adquirir: O valor de troca de qualquer mercadoria é igual à quantidade de trabalho que essa mercadoria lhe dá condições de comprar ou comandar.

• Para trocar: O valor real de cada coisa, para a pessoa que a adquiriu e deseja vende-la ou trocá-la por qualquer outra coisa, é o trabalho e o incômodo que a pessoa pode poupar de si mesma e impor aos outros.

• O que é comprado ou adquirido com dinheiro ou com bens é adquirido pelo trabalho, tanto quanto aquilo que adquirimos com o nosso próprio trabalho.

• O dinheiro ou bens nos poupam esse trabalho.• “Não foi por ouro ou por prata, mas pelo trabalho, que

foi originalmente comprada toda a riqueza do mundo.”

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• Embora o trabalho seja uma medida real de valor de troca das mercadorias, essa não é a medida pela qual se avalia o valor das mercadorias.

• Por quê?• 1. Dificuldade em comparar diferentes quantidades de trabalho• 2. Diferentes graus de dificuldade de trabalho e o engenho ou

habilidade.• O valor de troca da mercadoria não tem uma unidade de medida

exata, mas é determinado pela pechincha ou regateio do mercado.

• Quanto trocamos alguma coisa, trocamos por outras mercadorias ou por trabalho?

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• É mais fácil e mais freqüente trocar uma mercadoria por outras mercadorias do que por trabalho.

• Como isso fica mais fácil?

• Quando o dinheiro se torna o meio comum de troca, é mais fácil trocar a mercadoria por dinheiro que por outras mercadorias.

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• *Quando temos um bem e queremos trocá-lo por outro, é mais fácil estimarmos a quantidade de dinheiro do que por outras mercadorias pelas quais ele pode ser trocado.

• “Raramente o açougueiro leva suas carnes de boi ou de carneiro ao padeiro ou ao cervejeiro, para trocá-las por pão ou por cerveja; o que faz é levar as carnes ao mercado, onde as troca por dinheiro, e depois troca esse dinheiro por pão ou cerveja. A quantidade de dinheiro que recebe pelas carnes determina também a quantidade de pão e de cerveja que poderá comprar depois.”

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• Se nós compramos uma mercadoria pela quantidade de dinheiro, e medimos seu valor pelo dinheiro, por que, então, utilizar o trabalho como medida de valor?

• “Entretanto, o ouro e a prata, como qualquer outra mercadoria, também variam em seu valor, são ora mais baratos, ora mais caros, e ora são mais fáceis de comprar, ora mais difíceis.”

• A descoberta de novas minas reduz o valor do ouro e da prata [a quantidade de trabalho para trocar]

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• *Preço real: quantidade de trabalho [não altera]• *Preço nominal: preço em dinheiro [O x D]• O preço real pode alterar? Em que situações pode o

preço real modificar?• E o preço nominal? Como ele varia? [O x D]• *Como medimos o preço do trabalho? • R: subsistência. A renda em $ altera, mas em kg de

alimentos não.• O trabalho também tem seu preço real e preço nominal• *Preço real: quantidade de bens que o trabalho pode

comprar• *Preço nominal: quantidade de dinheiro que se paga por

ele

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• *O trabalho é melhor pago conforme o preço real ou o preço nominal?

• R: preço real• Por quê?• R: porque é ele que determina a quantidade de bens

que se compra com o dinheiro pago.• *Qualquer mercadoria pode comprar uma

quantidade maior ou menor de trabalho, em proporção à quantidade de bens (meios de subsistência) que ele pode comprar.

[p. 93 – 1º parágrafo]

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CAP. V: O PREÇO REAL E O PREÇO NOMINAL DAS MERCADORIAS

• Existe alguma medida universal de valor?• O trabalho é a única medida universal de valor.• Entre dois países, o preço dos meios de subsistência

é diferente. Portanto, uma mercadoria pode comprar mais trabalho e um país que em outro.

• Ex:• *No Brasil se compra mais trabalho por US$ 100

que nos EUA.• Porém, precisa muito mais trabalho no Brasil que

nos EUA para conseguir US$ 100. ■

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CAP. VI: FATORES QUE COMPÕEM O PREÇO DAS MERCADORIAS

• No estágio primitivo da civilização, o trabalho era a única medida de valor para a troca entre mercadorias.[Quanto mais trabalho, mais valor].

• “...se [...] abater um castor custa duas vezes mais trabalho do que abater um cervo, um castor deve ser trocado por — ou então, vale — dois cervos.”

• O trabalho de um engenheiro vale mais que o trabalho de um faxineiro?

• Quanto mais destreza e engenho do trabalho (experiência, estudo etc.), mais valor.

• Em sociedades mais avançadas, a compensação pela maior dureza ou habilidade do salário é o salário.

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CAP. VI: FATORES QUE COMPÕEM O PREÇO DAS MERCADORIAS

• Com a acumulação de capital nas mãos de algumas pessoas...• Algumas empregaram capital para contratar pessoas

laboriosas• Com o produto do trabalho delas, recupera o capital,

paga os salários e obtém o lucro.• “...o valor que os trabalhadores acrescentam aos

materiais desdobra-se, pois, em duas partes ou componentes, sendo que a primeira paga os salários dos trabalhadores, e a outra, os lucros do empresário, por todo o capital e os salários que ele adianta no negócio.”

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CAP. VI: FATORES QUE COMPÕEM O PREÇO DAS MERCADORIAS

• “Com efeito, o empresário não poderia ter interesse algum em empenhar esses bens, se não esperasse da venda do trabalho de seus operários algo mais do que seria o suficiente para restituir-lhe o estoque, patrimônio ou capital investido; por outro lado, o empresário não poderia ter interesse algum em empregar um patrimônio maior, em lugar de um menor, caso seus lucros não tivessem alguma proporção com a extensão do patrimônio investido.”

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CAP. VI: FATORES QUE COMPÕEM O PREÇO DAS MERCADORIAS

• O lucro do empresário poderia ser considerado um tipo de salário pago pela sua capacidade empresarial?

• “Poder-se-ia talvez pensar que os lucros do patrimônio não passam de uma designação diferente para os salários de um tipo especial de trabalho, isto é, o trabalho de inspecionar e dirigir a empresa. No entanto, trata-se de duas coisas bem diferentes; o lucro é regulado por princípios totalmente distintos, não tendo nenhuma proporção com a quantidade, a dureza ou o engenho desse suposto trabalho de inspecionar e dirigir. É totalmente regulado pelo valor do capital ou patrimônio empregado, sendo o lucro maior ou menor em proporção com a extensão desse patrimônio.”

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CAP. VI: FATORES QUE COMPÕEM O PREÇO DAS MERCADORIAS

• Para Smith, o lucro do empresário às custas do trabalhador é uma coisa boa?

• R: Sim, pois o empresário não investiria o seu capital se não fosse obter lucros.

• Como fica composto o preço?

• O preço então é composto pelos salários e pelo lucro.

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CAP. VI: FATORES QUE COMPÕEM O PREÇO DAS MERCADORIAS

• A Renda da Terra• “No momento em que toda a terra de um país se tornou

propriedade privada, os donos das terras, como quaisquer outras pessoas, gostam de colher onde nunca semearam, exigindo uma renda, mesmo pelos produtos naturais da terra. A madeira da floresta, o capim do campo e todos os frutos da terra, os quais, quando a terra era comum a todos, custavam ao trabalhador apenas o trabalho de apanhá-los, a partir dessa nova situação têm o seu preço onerado por algo mais, inclusive para o trabalhador. Ele passa a ter que pagar pela permissão de apanhar esses bens, e deve dar ao proprietário da terra uma parte daquilo que o seu trabalho colhe ou produz. Essa porção, ou, o que é a mesma coisa, o preço dessa porção, constitui a renda da terra, constituindo, no caso da maior parte das mercadorias, um terceiro componente do preço.”

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CAP. VI: FATORES QUE COMPÕEM O PREÇO DAS MERCADORIAS

• Componentes do preço: os salários, os lucros e a renda da terra

• *P = s + l + r

• *Sendo:

• s: salários

• l: lucro

• r: renda da terra

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CAP. VI: FATORES QUE COMPÕEM O PREÇO DAS MERCADORIAS

• *Quanto mais avançada a manufatura, maiores são os componentes s e l em relação a r.

• Mas há casos em que os preços são compostos de apenas dois componentes (s e l. Ex: peixe) e apenas um só (s. Ex: catador).

• O PIB (ou renda) de um país deve ter os 3 componentes [riqueza das nações]■

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CAP. VII: O PREÇO NATURAL E O PREÇO DE MERCADO DAS MERCADORIAS

• *Em cada sociedade existe uma taxa comum ou média para salários e para o lucro.

• Por quê? • Devido a circunstâncias gerais da sociedade• Devido à natureza específica de cada emprego ou setor• Em um país mais agrícola: As taxas médias de salários e de

lucro são maiores ou menores?• Há também uma taxa média de renda da terra.• Essas taxas médias podem ser denominadas taxas naturais• Se P = s + l + r, • Então a mercadoria é vendida pelo preço natural• *Preço de mercado (PM) =, > ou < Preço natural (PN)

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CAP. VII: O PREÇO NATURAL E O PREÇO DE MERCADO DAS MERCADORIAS

• O que determina o PM?• R: Oferta e demanda• *Quando• *O=D, PM=PN• *O>D, PM<PN• *O<D, PM>PN• Se alguém consegue lucros mais altos, por segredo industrial, ou

por inovação, outros empresários tentarão descobrir o segredo. Assim, com mais oferta, e preços menores, os preços gerais diminuirão, assim como a taxa natural de lucro.

• Situação de monopólio• Situação de oligopólio.■