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1 O PREPARO DO PASTOR Existe uma necessidade urgente de pastores preparados e capacitados para o exercício de suas atividades diante da igreja que pastoreia e da sociedade onde está inserida Em primeiro lugar, para exercer seu ministério, é necessário que o pastor cristão seja vocacionado e chamado por Deus, tenha convicção de sua salvação e chamada ministerial e mantenha sua vida espiritual em dia com Deus, sem esquecer que representa uma instituição religiosa localizada em uma sociedade e que tem identidade jurídica. Sendo assim, o pastor tem de se ajustar ao perfil do contexto social em que vive e buscar conhecimento para exercer com maestria, em todos os aspectos, sua missão como líder do povo que Deus lhe confiou, sem perder, é claro, a visão da sua chamada, a sua identidade espiritual, a humildade em Cristo Jesus e, acima de tudo, manter-se fiel ao compromisso com a volta do Seu Senhor (Lucas 18.8; I Tessalonicenses 4.13-18). Diante do avanço tecnológico e do grande número de informações e novidades que o novo século traz, nasce um novo desafio frente aos líderes evangélicos, que é a sua preparação para enfrentar tudo isso. Antigamente não se exigia tanta qualificação para um líder, pois havia uma demanda de conhecimentos um tanto rudimentar. Mas hoje a situação é bem diferente. Na área comercial fala-se de um novo tipo de profissional, não mais a figura do burocrata, do homem que executa uma tarefa ou tarefas inerentes à sua profissão. Existe hoje a figura do “funcionário” ou líder polivalente, isto é, que reúne em si vários níveis de conhecimento possibilitando uma praticidade, objetividade e produtividade maiores nas execuções de tarefas. Convivemos com pessoas de variados tipos de profissões, desde o entregador, arrumador, gari, lavador de carros, empregada doméstica, vigia, até programadores, universitários, professores, médicos, dentistas, funcionários públicos, advogados, enfim profissionais liberais, que na verdade esperam muito da pessoa do líder cristão, não só na parte da unção (lado espiritual), como também sofisticação ou interação com diversos setores a eles relacionados. Para se falar e até portar-se diante de pessoas “simples” não é exigido muito da pessoa do pastor ou líder, mas quando o ambiente está mesclado de pessoas que detêm maiores conhecimentos ou status, necessitará de um preparo ou ainda um maior esforço do líder para, pelo menos, tentar equiparar-se às suas realidades. Portanto, é de fundamental importância o pastor está contextualizado com a realidade que o circunda preparando-se cada vez mais de modo sábio e ao mesmo tempo prudente, retendo o que é bom (I Tessalonicenses 5.21) para ser aplicado no seu ministério. A NECESSIDADE DO PREPARO INTELECTUAL O atual contexto de mundo e seus desafios Querendo ou não admitir o pastor é um ser social, gregário, de relações interpessoais as mais diversas. Não se têm na lista do pastor, somente pessoas nascidas de novo, crentes em Cristo Jesus. Sua cadeia de relacionamento vai do membro, congregado, ao comerciante, mendigo, padre, funcionário público, vendedor, policial, médico, prefeito, deputado, governador, vereador, presidente da câmara municipal de sua cidade, enfim, vive numa sociedade que naturalmente, ele tem que ter contato por ser uma referência religiosa. A maneira como o pastor vai se apresentar define muito sua personalidade e o grupo que representa. Daí a necessidade de entender como utilizar vocativos para o prefeito, o vereador, o governador; entender como funciona os tributos do seu Estado para então orientar um cristão que é comerciante a pagar seus impostos, pois do contrário estará sendo corrupto nisso. Enfim, o contexto de mundo atual é bastante desafiador para o pastor. E este precisa estar pelo menos informado como funcionam as coisas e os sistemas em que está inserido. A dificuldade em pastorear as igrejas Cada dia o nível de dificuldades aumenta quando se trata do pastoreio do rebanho do Senhor neste planeta e neste século. A sociedade do século XXI — Sociedade do Conhecimento — a cada dia tem

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O PREPARO DO PASTOR

Existe uma necessidade urgente de pastores preparados e capacitados para o exercício de suas

atividades diante da igreja que pastoreia e da sociedade onde está inserida

Em primeiro lugar, para exercer seu ministério, é necessário que o pastor cristão seja vocacionado e

chamado por Deus, tenha convicção de sua salvação e chamada ministerial e mantenha sua vida espiritual

em dia com Deus, sem esquecer que representa uma instituição religiosa localizada em uma sociedade e

que tem identidade jurídica. Sendo assim, o pastor tem de se ajustar ao perfil do contexto social em que

vive e buscar conhecimento para exercer com maestria, em todos os aspectos, sua missão como líder do

povo que Deus lhe confiou, sem perder, é claro, a visão da sua chamada, a sua identidade espiritual, a

humildade em Cristo Jesus e, acima de tudo, manter-se fiel ao compromisso com a volta do Seu Senhor

(Lucas 18.8; I Tessalonicenses 4.13-18).

Diante do avanço tecnológico e do grande número de informações e novidades que o novo século traz,

nasce um novo desafio frente aos líderes evangélicos, que é a sua preparação para enfrentar tudo isso.

Antigamente não se exigia tanta qualificação para um líder, pois havia uma demanda de conhecimentos

um tanto rudimentar. Mas hoje a situação é bem diferente. Na área comercial fala-se de um novo tipo de

profissional, não mais a figura do burocrata, do homem que executa uma tarefa ou tarefas inerentes à sua

profissão. Existe hoje a figura do “funcionário” ou líder polivalente, isto é, que reúne em si vários níveis

de conhecimento possibilitando uma praticidade, objetividade e produtividade maiores nas execuções de

tarefas.

Convivemos com pessoas de variados tipos de profissões, desde o entregador, arrumador, gari, lavador

de carros, empregada doméstica, vigia, até programadores, universitários, professores, médicos,

dentistas, funcionários públicos, advogados, enfim profissionais liberais, que na verdade esperam muito

da pessoa do líder cristão, não só na parte da unção (lado espiritual), como também sofisticação ou

interação com diversos setores a eles relacionados.

Para se falar e até portar-se diante de pessoas “simples” não é exigido muito da pessoa do pastor ou líder,

mas quando o ambiente está mesclado de pessoas que detêm maiores conhecimentos ou status,

necessitará de um preparo ou ainda um maior esforço do líder para, pelo menos, tentar equiparar-se às

suas realidades.

Portanto, é de fundamental importância o pastor está contextualizado com a realidade que o circunda

preparando-se cada vez mais de modo sábio e ao mesmo tempo prudente, retendo o que é bom (I

Tessalonicenses 5.21) para ser aplicado no seu ministério.

A NECESSIDADE DO PREPARO INTELECTUAL

O atual contexto de mundo e seus desafios

Querendo ou não admitir o pastor é um ser social, gregário, de relações interpessoais as mais diversas.

Não se têm na lista do pastor, somente pessoas nascidas de novo, crentes em Cristo Jesus. Sua cadeia de

relacionamento vai do membro, congregado, ao comerciante, mendigo, padre, funcionário público,

vendedor, policial, médico, prefeito, deputado, governador, vereador, presidente da câmara municipal de

sua cidade, enfim, vive numa sociedade que naturalmente, ele tem que ter contato por ser uma referência

religiosa.

A maneira como o pastor vai se apresentar define muito sua personalidade e o grupo que representa. Daí

a necessidade de entender como utilizar vocativos para o prefeito, o vereador, o governador; entender

como funciona os tributos do seu Estado para então orientar um cristão que é comerciante a pagar seus

impostos, pois do contrário estará sendo corrupto nisso.

Enfim, o contexto de mundo atual é bastante desafiador para o pastor. E este precisa estar pelo menos

informado como funcionam as coisas e os sistemas em que está inserido.

A dificuldade em pastorear as igrejas

Cada dia o nível de dificuldades aumenta quando se trata do pastoreio do rebanho do Senhor neste

planeta e neste século. A sociedade do século XXI — Sociedade do Conhecimento — a cada dia tem

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problemas os mais complexos possíveis, precisando cada vez mais de especialidades que tratem de cada

um deles.

Há mais ou menos sessenta anos não se tinha um grau de complexidade tão grande no mundo como

temos hoje. As coisas ficaram mais amplas, complexas, fragmentadas e isso demonstra o quanto o

conhecimento se tornou vasto e de difícil manipulação.

Aumentou o número de religiões e cada uma trazendo uma oferta “tentadora” para os menos informados

(que é um número altíssimo dentro das igrejas). O pastor neste caso tem de se desdobrar muito para

atender demandas, dar respostas cada vez mais intrigantes sobre questões de fé, de vida, de emoções, etc.

Aumentou a quantidade de pessoas no planeta e diminuiu a oferta por empregos e trabalhos no mundo.

Com isso, o pastor assume outra responsabilidade de orientar, muitas vezes levar a igreja a sustentar,

temporariamente uma pessoa até encontrar um emprego.

Aumentou a ansiedade e culminou na depressão, fato é que há uma “profecia” pelos órgãos que estudam

a saúde no mundo que até o ano 2020, 74% da população mundial entrará em crise depressiva.

Uma reflexão:

Como pastores lidarão com isso? Tudo bem que temos a Palavra, temos a oração, temos os cultos, temos

a orientação, mas infelizmente as pessoas estão sendo bombardeados frontalmente com esses problemas

e precisam ser levadas por argumentos fortes, sólidos à luz da Palavra de Deus para se sustentarem

espiritualmente (Efésios 6.10). Que Deus conceda graça, unção, sabedoria, poder e muita prudência para

que os pastores da nossa igreja saibam lidar com tudo isso!

A universalidade do saber

O saber tornou-se tão complexo que é impossível captar de modo exaustivo algum tipo de conhecimento

específico. Quando se pesquisa sobre alguma área nas bibliotecas, na internet ou através de amostragem

por pesquisa de campo, não se pode dizer que se esgotou completamente o assunto.

Estamos numa época, que começou essa universalidade desde o século 15 com as grandes navegações

[Globalização] e perpassou o século 18, com o Iluminismo e culminou na Revolução Francesa e Industrial

criando o Modernismo que depois, devido às rápidas mudanças, os sociólogos deram o nome de Pós-

modernismo à era atual. Esta foi a era que Daniel profetizou no capítulo 12, versículo 4: “E tu, Daniel,

encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte

para outra, e o conhecimento se multiplicará”.

O público diferenciado existente hoje dentro das igrejas

Há uma necessidade de se conhecer o ser humano e suas peculiaridades, daí a exigência de estudar,

aprofundar-se em algumas questões do tipo: infância, adolescência, juventude, fase adulta e 3ª idade,

sexualidade, homossexualidade, drogas, álcool, crise existencial, frustrações, ansiedade, depressão,

suicídio, questões de ordem jurídica (divórcio e novo casamento), aconselhamento, etc.

Essas e outras são questões que precisam ser orientadas pelo pastor a fim de que o membro de sua igreja

tenha um direcionamento equilibrado.

Outro fator importante a considerar é que temos um público formado academicamente, mais exigente,

mais crítico, e em alguns casos mais cético até, que não se conforma com um sermão improvisado e

superficial, mas que deseja uma “comida” mais robusta, mais pesada e substancial para ingerir. Além

disso, com todo conhecimento disponível nas redes sociais e o acesso fácil às informações é inadmissível

que um pastor “pregue mal”. Nada justifica!

HOMENS PREPARADOS

É fato para o pastor que quem chama, prepara, envia e cuida é Deus, mas na Bíblia há exemplos claros de

homens de Deus que tiveram um preparo intelectual e cultural para atender demandas divinas:

a) Moisés — Entendido em toda ciência do Egito (Atos 7.22)

b) Lucas — Médico cujo evangelho foi escrito aos Gregos (a nata intelectual da época) e procurou

apresentar Jesus como o homem perfeito que tanto eles esperavam.

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c) Paulo — A formação de Paulo, para alguns especialistas, foi fundamental para que tivesse sucesso no

seu ministério. Paulo viveu numa época em que várias etnias e culturas estavam associadas, através da

universalidade da língua grega, havia uma comunicação, comercialização e um nível cultural altíssimo

naquela era, herança do período anterior em que foi estabelecida a cultura helena (grega). Em Atos dos

Apóstolos, Paulo chegou a discutir com filósofos gregos (estóicos e epicureus) sobre a tese de que Jesus

Cristo era o Filho de Deus ressurreto: “E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam

com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de

deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição” (Atos 17.18).

d) Apolo (At 18.24-28) — segundo Gardner (2000, p.61):

“Como homem ‘instruído’ recebeu formação de ‘nível universitário’ em retórica, na grandemente

valorizada educação grega. Era um ensino disponível apenas para a elite, devido aos seus mais elevados

custos. Lucas diz que Apolo era ‘poderoso’ no uso das Escrituras. ‘Poderoso’ era um termo retórico

para lógica e persuasão. Ele aprendeu a arte da habilidade nos debates e em sua educação secular e usava

isso de maneira excelente, ‘demonstrando’ (outro termo retórico) pelo Antigo Testamento que Jesus era

o Messias prometido (Atos 1.18.24). Pelos padrões do primeiro século, é apresentado como um formidável

judeu cristão, apologista e debatedor, e combina seu conhecimento exaustivo do AT com sua educação

secular na arte da retórica (Compare Apolo com outros pregadores, os quais, em termos de educação

formal, eram descritos como ‘sem letras e indoutos’ — Atos 4.13)”.

Se levarmos em consideração o texto de I Samuel 19.20 veremos que Samuel tinha uma escola de profetas

e ali eram fornecidas instruções para o intelecto deles, tinha-se um clima espiritual muito intenso a fim

de que o candidato a profeta entendesse realmente o ministério que iria exercer. “Então enviou Saul

mensageiros para trazerem a Davi, os quais viram uma congregação de profetas

profetizando, onde estava Samuel que presidia sobre eles; e o Espírito de Deus veio sobre

os mensageiros de Saul, e também eles profetizaram”.

Outros Intelectuais que possibilitaram o desenvolvimento do Cristianismo no mundo foram: Tertuliano,

João Crisóstomo, Agostinho, Tomas de Aquino, o Dr. Martinho Lutero, etc.

INSERÇÃO NO CAMPO DO SABER UNIVERSITÁRIO E TEOLÓGICO

Amplia-se a visão de mundo

O próprio nome Universidade remete a ideia de “faculdades ou escolas para a especialização profissional

e científica, e tem por função precípua garantir a conservação e o progresso nos diversos ramos do

conhecimento, pelo ensino e pela pesquisa” (Dicionário Aurélio Século XXI). Com isso, fica mais sólida a

apresentação de verdades, fatos, conhecimentos gerais sobre sistemas, culturas, etc.

Em outras palavras cria-se uma cosmovisão, uma visão de mundo que não é micro, mas macro, tendo

possibilidades holísticas de se compreender o mundo e as pessoas de uma maneira bem melhor.

O preparo teológico

A formação teológica no pastor (principalmente nele), habilidades e competências que lhe favorecem

mais excelência no exercício do seu ministério eclesiástico. Como por exemplo, o conhecimento Exegético

e Hermenêutico do texto Sagrado. Uso de técnicas da Homilética para desenvolver sermões de todos os

tipos e para várias ocasiões [cultos fúnebres, aniversário de 15 anos, casamento, cultos cívicos, cultos

ecumênicos, dia do soldado, dia do professor, formaturas (paraninfo ou cultos relacionados a

formaturas)]. A Oratória como forma de melhor expressar-se. O uso da Teologia Sistemática para

conhecer melhor a ortodoxia das principais doutrinas da Bíblia Sagrada tornando-se um apologista das

coisas divinas.

Domínio, pelos menos parcial, da língua vernácula

É de fundamental importância, para qualquer cidadão a compreensão de sua língua materna, como forma

de se localizar no tempo e no espaço. Fica muito difícil para um pastor continuar cometendo erros

grosseiros de português no púlpito da sua igreja ou em qualquer outro lugar em que vá representar sua

comunidade cristã.

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Exemplos de erros mais comuns: “A gente vamos...”, “Primeiro Coríntios”; “Eu saldo os irmãos”; “esprito

santo”; “deuso”; “anciões”; “aleluias”; “naiscer de novo”, etc.

O PREPARO INTELECTUAL DO OBREIRO

Preparo bíblico

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem

o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem

fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é

divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para

instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído

para toda a boa obra” (II Timóteo 3.14-17).

O pastor deve ser [ou deveria ser] conhecido como “o homem da Bíblia”. Conhecer a Bíblia, hoje é uma

necessidade imprescindível. Através da leitura, meditação, comparação com outras versões, consulta aos

originais, uma boa hermenêutica, tudo isso faz uma grande diferença na vida de qualquer pastor.

Uma cultura bíblica reforça uma mensagem genuinamente bíblica. Bem formatada, bem diagramada e

acima de tudo compreensível.

Segundo Rafael Carlos: “Para o pastor, a Bíblia não deve ser considerada apenas como um simples livro

com informações históricas, mas ela deve ser para ele um manual que serve para orientá-lo em qual

direção ele deve seguir em todas as áreas de sua vida (Salmo 119:105)”!

A biblioteca do pastor

A biblioteca do pastor é outro instrumento de extremo trabalho intelectual. Ali passará horas à fio

debruçado sobre livros, os mais diversos, para fundamentar suas mensagens bíblicas temáticas. Esse deve

ser o seu local de esforço intelectual para atender demandas espirituais, emocionais, intelectuais e acima

de tudo lhe propiciar crescimento teológico-intelectual.

Paulo tinha seus livros de estudo e pediu a Timóteo para trazê-los quando de sua viagem para ter com

ele: “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros,

principalmente os pergaminhos” (II Timóteo 4.13).

O computador, a internet e as redes sociais

A utilização do computador pelo pastor não é nenhum problema, desde que saiba operacionalizar,

digitalizar, ter e-mail e blog e saber acessá-los. Além disso, conta com uma fonte riquíssima de pesquisas

na internet se souber depurar o conhecimento veiculado na rede.

Os riscos de se possuir um computador existem, mas tudo deve utilizado dentro de uma norma de conduta

bíblica que não fira o processo de santificação de cada um em particular.

O acesso à internet com seus perigos é uma realidade na vida de muitos pastores. Inconvenientes bate-

papos têm levado muitos a se apaixonaram virtualmente e praticaram sexo virtual e destruindo seus

casamentos.

As redes de relacionamento são uma tela de grande exposição da imagem de qualquer pessoa, tanto é que

a Polícia Federal do Brasil, a CIA e outras agências internacionais de segurança fazem a vigilância 24

horas por dia à procura de pedófilos, matadores em série, sequestradores, chantagistas e psicopatas que

causam muita destruição a vidas das pessoas. O obreiro deve ser criterioso no uso ou na exposição de sua

imagem ou vida em sites de relacionamentos.

Em blogs (sites gratuitos e pessoais), por exemplo, ao configurá-los você pode limitar o uso externo de

pessoas; assim, poderá evitar muitos e indesejáveis acessos.

O pastor tem a mais nobre missão concedida por Deus ao homem: Encaminhar vidas para Cristo.

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Por isso, deve se preparar e esforçar para cumprir fielmente essa tarefe divina. Deus o chama e o capacita

espiritualmente, mas no âmbito intelectual e secular, o pastor deve buscar a cada dia a perfeição para

cumprir com maestria o seu pastorado.

Que Deus ilumine os pastores da nossa igreja!