O PROCESSO DE PESQUISA

37
O PROCESSO DE PESQUISA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CURSO DE ECONOMIA TÉCNICAS DE PESQUISA EM ECONOMIA GIL, A. C. R (2002), cap. 3-9

description

O PROCESSO DE PESQUISA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CURSO DE ECONOMIA TÉCNICAS DE PESQUISA EM ECONOMIA GIL, A. C. R (2002), cap. 3-9. DELINEAMENTO DA PESQUISA. Em termos de aspectos materiais de pesquisa, tipo Local de realização Recursos disponíveis Coleta de dados - PowerPoint PPT Presentation

Transcript of O PROCESSO DE PESQUISA

Page 1: O PROCESSO DE PESQUISA

O PROCESSO DE PESQUISA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

CURSO DE ECONOMIATÉCNICAS DE PESQUISA EM

ECONOMIA

GIL, A. C. R (2002), cap. 3-9

Page 2: O PROCESSO DE PESQUISA

2

DELINEAMENTO DA PESQUISA

Em termos de aspectos materiais de pesquisa, tipo Local de realização Recursos disponíveis Coleta de dados Controle de fatores determinantes do fato

ou fenômeno a ser pesquisado

Page 3: O PROCESSO DE PESQUISA

3

DELINEAMENTO DA PESQUISA

Classificação básica Pesquisas bibliográficas Pesquisas documentais Levantamentos Estudos de caso

Page 4: O PROCESSO DE PESQUISA

4

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

É aquela em que os dados são obtidos de fontes bibliográficas (material já elaborado com a finalidade explícita de ser lido: livros, revistas, etc.)

Etapas Escolha do tema Levantamento bibliográfico preliminar Formulação do problema Elaboração de plano provisório Identificação das fontes Localização das fontes Leitura do material/fichamento Construção lógica do trabalho Redação do texto

Page 5: O PROCESSO DE PESQUISA

5

PESQUISA DOCUMENTAL

Assemelha-se à bibliográfica, com a diferença da natureza das fontes (materiais que não receberam tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa)

Exemplos: dados censitários, dados de registros, documentos oficiais, documentos pessoais

Page 6: O PROCESSO DE PESQUISA

6

PESQUISA DOCUMENTAL

Utilização de dados de registro e de recenseamentos Amplitude dos dados de registros (registrados quando da

ocorrência de um fato) e recenseamentos (coletados periodicamente). Ex.: Dados demográficos (nascimentos, óbitos, casamentos, etc.) Dados educacionais (matrículas, aprovações, evasão, etc.) Dados sobre criminalidade Dados eleitorais Dados sobre saúde Dados sobre atividade comercial e industrial Registro de veículos automotores Dentre outros

Page 7: O PROCESSO DE PESQUISA

7

PESQUISA DOCUMENTAL

Utilização de dados de registro e de recenseamentos Séries históricas

É a forma que se ordena os dados de registro e recenseamento: cronologicamente

Possibilita a análise de sua dimensão histórica

Page 8: O PROCESSO DE PESQUISA

8

PESQUISA DOCUMENTAL

Utilização de dados de registro e de recenseamentos Utilização de índices

Os dados e registros de recenseamentos permitem a construção de índices (ou pelas próprias instituições que os coletam ou pelo pesquisador que os usa)

Ex.: Índices de comércio intra-indústria

Page 9: O PROCESSO DE PESQUISA

9

PESQUISA DOCUMENTAL

Utilização de dados de registro e de recenseamentos Contribuindo em pesquisas ex-post facto

Utilize dados de registro e recenseamento para comparar duas cidades da mesma região com relação ao tempo de fundação, tamanho e características socioculturais. Se todos estes fatores forem muito semelhantes até o momento em que numa delas se instala uma indústria, as mudanças ocorridas a partir daí poderão ser atribuídas a esse fato (o único fator relevante observado em uma e não em outra)

Page 10: O PROCESSO DE PESQUISA

10

PESQUISA DOCUMENTAL

Utilização de dados de registro e de recenseamentos Contribuindo em pesquisas ex-post facto

Este foi um exemplo de operação retrospectiva: controle após estímulo (variável independente é a instalação da indústria, controlada com base em informações previamente conhecidas. As mudanças observadas nas cidades são variáveis dependentes)

Page 11: O PROCESSO DE PESQUISA

11

PESQUISA DOCUMENTAL

Qualidade dos dados de registros e de recenseamento Vantagens na utilização dos dados

Custo menor (já foram coletados) Dados obtidos continuadamente Não requer colaboração dos informantes

(como no caso de questionários e entrevistas)

Aplicam-se a pesquisa de maior dimensão relativa

Page 12: O PROCESSO DE PESQUISA

12

PESQUISA DOCUMENTAL

Limitações de dados de registros e recenseamentos Deficiências de definição e classificação

Podem estar organizados com objetivo diferente de sua pesquisa

Pode haver mudanças na forma de classificá-los

Problemas de registro Exemplo: custos para registro de nascimento

Page 13: O PROCESSO DE PESQUISA

13

PESQUISA DOCUMENTAL

Limitações de dados de registros e recenseamentos Falseamento e ocultação de informações

Por exemplo, dados sobre renda pessoal na Receita Federal

Page 14: O PROCESSO DE PESQUISA

14

PESQUISA DOCUMENTAL

Etapas da pesquisa documental Definição dos objetivos

Em geral, referem-se à descrição de características de determinado grupo, fato ou fenômeno

Pode-se também buscar a relação entre as variáveis. Ex.: Perfil socioeconômico dos candidatos a determinado cargo público

Page 15: O PROCESSO DE PESQUISA

15

PESQUISA DOCUMENTAL

Etapas da pesquisa documental Elaboração de plano de trabalho

Determinação de dados a serem obtidos e forma de organização, de análise e interpretação

Page 16: O PROCESSO DE PESQUISA

16

PESQUISA DOCUMENTAL

Etapas da pesquisa documental Coleta de dados

Pode ser que ajude utilizar folhas/arquivos com campos próprios para o registro de diversas informações requeridas

Talvez seja o caso de copiar o material com os dados para posterior tratamento

Page 17: O PROCESSO DE PESQUISA

17

PESQUISA DOCUMENTAL

Etapas da pesquisa documental Análise e interpretação

Pode ser o caso de usar procedimentos estatísticos e matemáticos

Page 18: O PROCESSO DE PESQUISA

18

LEVANTAMENTO POR AMOSTRAGEM

É o caso de pesquisas sobre custo de vida, salários, desemprego, etc. Desenvolve-se com base em amostra, a partir da qual se tira conclusões

sobre o universo (diferente do censo, que pesquisa todo o universo) Vantagens

Conhecimento direto da realidade (a investigação torna-se mais livre para interpretações dos pesquisadores)

Economia e rapidez Variáveis podem ser quantificadas, o que permite sua análise

estatística/matemática Desvantagens

Vieses decorrentes em percepções que os entrevistados têm de sua realidade e de si

Incapacidade de obter informações sobre fatores interpessoais e institucionais, dado que o que se levanta são dados referentes à percepção das pessoas

Indica uma visão estática do fenômeno estudado (mas não às tendências, à variação ou à mudanças estruturais)

Page 19: O PROCESSO DE PESQUISA

19

LEVANTAMENTO POR AMOSTRAGEM

Fases Definição de objetivos Operacionalização dos conceitos Delimitação do universo Identificação dos dados a serem coletados Escolha da técnica de coleta Determinação do tipo de amostragem Seleção da amostra Organização do trabalho de campo Previsão da análise dos dados

Page 20: O PROCESSO DE PESQUISA

20

Exemplo de objetivos

Na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) Obter a distribuição de renda e as

despesas das unidades de consumo da população do município A

Conhecer a importância relativa dos dispêndios, com cada item nos gastos das unidades de consumo pesquisadas (obter ponderação de índices de preços)

Page 21: O PROCESSO DE PESQUISA

21

Exemplo de operacionalização de conceitos

Há diferenças entre conceito de taxa de desemprego no IBGE (População economicamente ativa com 15 anos ou mais) e no DIEESE (pessoas com 10 anos ou mais, desde que já tenham trabalhado ou procurado emprego)

Page 22: O PROCESSO DE PESQUISA

22

Exemplo de delimitação de universo

O universo ou população é o conjunto do qual serão retiradas as amostras

Há casos em que seus componentes não são facilmente identificados Ex. Pesquisas de orçamentos familiares

que definem unidades de consumo, podem incluir formas de organização de grupos como repúblicas de estudantes

Page 23: O PROCESSO DE PESQUISA

23

Exemplo de identificação dos dados a serem coletados

É quando se seleciona quais dados farão parte do questionário ou a entrevista Ver p. 109 os dados que constam na

POF

Page 24: O PROCESSO DE PESQUISA

24

Técnica de coleta de dados

Veremos a parte como elaborar questionários e entrevistas (formas mais usadas)

Page 25: O PROCESSO DE PESQUISA

25

Processo de amostragem

Tipos Amostragem aleatória simples

Atribua a cada elemento da população um número e depois os selecione

Para garantir que esta seleção seja ao acaso, pode-se utilizar tábuas de números aleatórios Ex.: População de 500 elementos, assinale na

tábua abaixo os números que compõem a amostra cujos três últimos algarismos são menores do que 500. Ver p. 111

Page 26: O PROCESSO DE PESQUISA

26

Processo de amostragem

Tipos Amostragem Sistemática

Sua aplicação requer que a população seja ordenada de modo que seus elementos são identificados pela posição. Ex.: Conjunto de candidatos a um concurso

Ver amplitude da amostra na p.112

Page 27: O PROCESSO DE PESQUISA

27

Processo de amostragem

Tipos Amostragem Estratificada

Quando se divide o universo em estratos (subgrupos da população). Ex>: Mulheres maiores de 18 anos, Mulheres menores

de 18 anos;Homens maiores de 18 anos e homens menores de 18 anos (ao invés de menores e maiores de 18 anos)

Page 28: O PROCESSO DE PESQUISA

28

Processo de amostragem

Tipos Amostragem por conglomerados

Ex.: Amostra por quarteirões de uma cidade (vantagem

de lista de população de conglomerados ao invés da população total)

Page 29: O PROCESSO DE PESQUISA

29

Processo de amostragem

Tipos Amostragem por estágios

Útil quando os elementos estão dispersos em grande área: como estado ou país.

Então, primeiro se faz uma seleção de microrregiões, depois os municípios, depois bairros, quarteirões, domicílios

Page 30: O PROCESSO DE PESQUISA

30

Processo de amostragem

Tipos Amostragem por acessibilidade

É o menos rigoroso: seleciona elementos a que tem acesso

Page 31: O PROCESSO DE PESQUISA

31

Processo de amostragem

Tipos Amostragem por tipicidade

Seleciona-se um subgrupo da população que possa ser representativo de toda esta população.

Ex.: Escolha de cidade típica para representar perfil de um país no que diz respeito à nível de industrialização, etc.

Page 32: O PROCESSO DE PESQUISA

32

Processo de amostragem

Tipos Amostragem por quotas. Típica em

pesquisas eleitorais Fases

Classificação da população em função das propriedades tidas como relevantes para o fenômeno a ser estudado

Determinação da proporção da população a ser colocada em cada classe, com base no que se conhece da população

Fixação de quotas para cada entrevistador

Page 33: O PROCESSO DE PESQUISA

33

Extensão da amostra

Determina quão representativa uma amostra é das características do universo

Ou seja, determina o número suficiente de observações

Depende da extensão do universo, do nível de confiança estabelecido, do erro de predição máximo permitido e da percentagem em que o fenômeno se verifica

Rever cálculo p. 118

Page 34: O PROCESSO DE PESQUISA

34

Trabalho de campo

Importância de assegurar Constituição de equipes

Atribuições diferenciadas na PNAD (p. 120) Treinamento das equipes

(em termos de objetivos da pesquisa, de sua organização, dos conceitos básicos, da forma e conteúdo das questões)

Procedimentos de campo Listagem (das unidades a serem pesquisadas) e seleção

(amostragem) Entrevistas

Controle de qualidade da coleta dos dados Verificar se há dúvidas ou erros no preenchimento de

formulários ou questionários

Page 35: O PROCESSO DE PESQUISA

35

Previsão da análise dos dados

Codificação (já indicada no questionário)

Tabulação Análise estatística

Page 36: O PROCESSO DE PESQUISA

36

Exemplos de levantamento

Perfil socioeconômico dos estudantes da UFJF

Identificação das condições de trabalho das mulheres em indústrias de MG

Page 37: O PROCESSO DE PESQUISA

37

ESTUDOS DE CASO

Etapas-chave Formulação do problema adequado ao

delineamento da pesquisa Ex: Não há como propor um problema macro

como um estudo de caso Definição de uma unidade-caso

Em termos estritos é um indivíduo, mas pode ser estendido para grupo, organização, processo, etc.