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O PROJETO QUE PROMOVE RECICLAGEM DE ROLHAS DE CORTIÇA DESDE 2005 ASSOCIAÇÃO GUIAS DE PORTUGAL 2013 | 14ª SÉRIE | 1,50

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O PROJETO QUE PROMOVE RECICLAGEM DE ROLHAS DE CORTIÇA DESDE 2005

ASSOCIAÇÃO GUIAS DE PORTUGAL2013 | 14ª SÉRIE | 1,50€

PASSATEMPOS

ação Saca-RolhaSo Projeto

Guias da austrália promovem reciclagem de rolhas

Indústria de cortiça é amiga do ambiente

Da bolota à rolha - uma história

o maior sobreiro do mundo é português

alvoRaDa 03

04

FIcha TÉcNIca

Proprietário: associação Guias de Portugal

Conceção Gráfica: White_Brand Services

Impressão e acabamento: ondagrafe, artes Gráficas lda.

Tiragem: 6.500 exemplares

Depósito legal nº239055/06

vIDa Da aSSocIaçãoo melhor acampamento de sempre

o meu último acampamento como avezinha

o 1º acampamento da recém-formada companhia de Facha

Não há impossíveis

Gostei tanto de acampar!

Da patrulha de Tag 1 para as Guias

Um ano de construções

as construções dos acampamentos

Pais e Guias juntam-se para recolher lixo

Bando deita mãos à obra

companhia ajuda a reabilitar antiga praia fluvial

Especialidades- um objetivo cumprido

Recria-te – hoje és tu, amanhã serás ainda melhor!

a nossa companhia celebrou 35 anos

Já sou aventura

Testemunhar que sou Guia

Ser mãe de uma Guia

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INTERNacIoNal14ª conferência europeia do Guidismo e Escutismo

Dia Internacional da Rapariga

6ª Edição do EURoDIG

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NESTE JORNAL

Dar nova vida a rolhas de cortiça

REGIão DE BRaGa

REGIão DE FaRo

Escreve a letra inicial da palavra correspondente a cada imagem e descobre as palavras relacionadas com o projeto Saca-Rolhas.

Soluções: 1. cortiça; 2. ambiente; 3. Social; 4. Insígnia.

1 - De que árvore vem a cortiça?

a) corticeira b) Sobreiro c) laranjeira d) Pinheiro

2 - Em que ano nasceu a Ação Saca-Rolhas?

a) 2004 b) 2006 c) laranjeira d) 2005

3 - Que idade deve ter a árvore para se retirar a cortiça, pela primeira vez?

a) Entre 10 a 15 anos b) Entre 15 a 20 anos c) Entre 20 a 25 anos d) Entre 25 a 30 anos

4 - Qual o maior produtor de cortiça do mundo?

a) Portugal b) Estados Unidos da américa c) china d) Japão

5 - Como se chama a insígnia que as patrulhas/ninhos podem conseguir se recolherem rolhas?

a) Insígnia Super Rolha b) o Rolhinha c) Insígnia Rolha d) Insígnia Saca-Rolhas

1.

2.

3.

4.

ALVORADA

14ª série 2013 03

COMissÃO eXeCUTiVA

Presidente: sara NobreComissária Nacional: Catarina rebeloC. Financeira: Mafalda AlmeidaC. Publicações: Carolina AbrantesC. Internacional: Bárbara silvaC. N. Ramo Avezinha: Joana AlvesC. N. A. Ramo Avezinha: Maria João CharréuC. N. Ramo Aventura: sara TorresC. N. Ramo Caravela: Joana QueirozC. N. Ramo Moinho: elsa Alves

ALVORADA

DAr NOVA ViDA A rOlhAs De COrTiçAesta edição do Trevo é especialmente dedicada ao “saca-rolhas”, projeto lançado pela Associação Guias de Portugal em 2005, que visa a recolha de rolhas de cortiça usadas, recuperando-as para uma nova utilização. Até ao momento, a AGP recolheu mais de 26 mil quilos de rolhas.

O projeto “saca-rolhas” tem uma dupla finalidade: contribuir para a preservação do ambiente, reaproveitando um recurso natural – a cortiça e colaborar com instituições de solidariedade social, uma vez que o valor que resulta da venda das rolhas para novo aproveitamento reverte a favor de uma destas instituições.

esta edição do Trevo serve para relembrar as Guias da importância do trabalho de recolha que regularmente realizam e para reconhecer a sua cidadania ativa na proteção do ambiente e na modesta contribuição para instituições que agradecem o apoio. Bravo, Guias!

Convictas da importância do projeto e dos resultados obtidos, é lançado o desafio de continuarmos o bom trabalho e de o tornamos visível a todos, para que o impacto no ambiente, na colaboração com iPss e na tentativa de mudança de comportamentos – desde a família, aos amigos, aos colegas da escola, aos vizinhos, etc. – seja ainda maior!

Depende de todos e depende de cada uma de nós, Guias.

e para si, que está a ler este jornal, não se esqueça, deixe as rolhas de cortiça numa Companhia de Guias perto de si.

Comissária das Publicaçõescarolina abrantes

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AÇÃO SACA-ROLHAS

Foi em 2014 que a ideia surgiu. seguindo o exemplo das Guias da Austrália, a Associação Guias de Portugal empreendeu em agir diretamente na proteção do ambiente, contribuindo com uma estratégia de eliminação de um resíduo – a rolha de cortiça – canalizando-o diretamente para o processo de reciclagem. Assim surgiu o projeto saca-rolhas.

Com o envolvimento de todas as Guias – as embaixadoras do projeto -, desde a Avezinha à Dirigente, nos diferentes cantos do País, o potencial de alteração dos comportamentos poderia ser uma realidade num curto e médio prazo. As nossas embaixadoras iniciaram o processo de divulgação e recolha, numa primeira fase no seio familiar, expandindo a sua ação para o prédio ou o bairro onde habitam, para os restaurantes, cafés e escolas do bairro, garantindo que o ponto de depósito estaria disponível perto das pessoas, e que a recolha seria feita em determinados momentos previamente acordados e comunicados. este sonho foi sendo concretizado ao longo do tempo – foram criados os famosos “rolhões” devidamente identificados e colocados em diversos pontos de recolha.

O sucesso do projeto, iniciado em 2005, está bem patente no número de rolhas recolhidas – mais de 25 toneladas, ou seja, mais de 25 mil quilos de rolhas de cortiça.

Oito anos depois, o projeto continua a envolver todas as Guias da Associação e as comunidades onde estão inseridas.

O reconhecimento das mais-valias inerentes a este projeto, quer ambientais quer mesmo económicas, está também patente na parceria formalizada com a sociedade GraNorte, lda. Que não hesitou em colaborar com a AGP no desenvolvimento deste projeto. esta parceria configura um momento extramente importante, pois marca o início da concretização do segundo objetivo do projeto – a solidariedade social – pois as receitas geradas pela entrega de matéria-prima, serão canalizadas para instituições de solidariedade social.

Foi também divulgado o projeto junto do instituto do Ambiente, que reconheceu a sua importância disponibilizando-se para incluir no seu site a ligação com informações sobre o mesmo.

Provavelmente o leitor ao ler de relance a descrição e a implementação do projeto “saca-rolhas”, pode não conseguir extrair, numa primeira fase, a relevância do mesmo, não se apercebendo do real impacto no ambiente, no apoio às iPss, ou até mesmo à microeconomia, que seja digno de menção. Contudo, se tivermos em atenção que são produzidas mais de 15 biliões de rolhas por ano, facilmente poderemos concluir que mesmo o aproveitamento de uma pequena percentagem deste valor pode ser importante, atribuindo diretamente verdadeiro valor a um simples resíduo que faz parte, direta ou indiretamente, do nosso quotidiano. saliente-se que Portugal é o maior produtor e transformador mundial de cortiça.

Queremos salientar que o projeto concentra em si vários objetivos:

- A nível externo é efetivamente um projeto cuja grande finalidade é a contribuição para o ambiente, concretamente, através da preservação de um recurso natural – a cortiça. Também a colaboração com instituições de solidariedade social, nomeadamente como beneficiárias totais do ganho económico realizado na reciclagem, é outro dos grandes objetivos externos.

- A nível interno, este projeto enquadra-se e potencia a nossa Missão, uma vez que, no âmbito da sensibilização e formação junto das Guias realizada ao longo do projeto, está contemplada a formação na área dos valores como “o ambiente” e o valor “o outro”, ingredientes indispensáveis para a cidadania universal.

O PROjetO

O sucesso do projeto iniciado em 2005 está bem patente no número de rolhas recolhidas – mais de 25 mil quilos de rolhas de cortiça.

· A rolha é a principal aplicação industrial da cortiça, representando cerca de 70% do total da cortiça explorada no mundo.

AÇÃO SACA-ROLHAS

14ª série 2013 05

Desde o início, a Ação saca-rolhas teve como um dos seus objetivos a ajuda a uma instituição. Nos primeiros anos foi estabelecida uma parceria com as Aldeias sOs, a quem foram entregues, sob a forma de pequenos eletrodomésticos e outros equipamentos, os proveitos derivados das rolhas recolhidas pelas Guias.

As Aldeias sOs têm como objetivo o acolhimento de crianças órfãs, abandonadas ou pertencentes a famílias

As iNsTiTUições BeNeFiCiáriAs de risco que não podem cuidar delas, proporcionando-lhes um modelo familiar de cuidados a longo prazo e uma formação sólida para alcançarem uma vida autónoma e a integração plena na sociedade.

Mais tarde, o projeto apoiou outras duas instituições: a Casa da estrela, em lisboa, que visa promover a plena socialização de crianças e jovens, integrando uma resposta social constituída por um lar de infância e Juventude (acolhe, em regime prolongado,

45 crianças do sexo feminino, a partir dos cinco anos), e o lar de s. José, em Braga, que acolhe mães adolescentes. Neste lar, as mães encontram um teto protetor após serem resgatadas de verdadeiros dramas familiares.

testemunhos

Cândida Costa educadora social da aldeia sos da guarda

em 2011, os lares das Aldeias de Crianças sOs da Guarda receberam um presente de Natal grandioso. A iniciativa foi da autoria da Associação de Guias de Portugal com o Projeto saca-rolhas, que visa a recolha de rolhas de cortiça com dupla finalidade, a sensibilização ambiental pela reciclagem da cortiça e a solidariedade.

Os fundos que resultaram da recolha tornaram os lares da Aldeia da Guarda mais confortáveis e acolhedores, com camas individuais que vieram substituir os tradicionais beliches e com novos sofás e puffs para decorar as salas de convívio familiar. As divisões ficaram mais espaçosas e bonitas, permitindo que as crianças e jovens residentes vivam melhor as suas casas. A entrega destes presentes foi organizada pelas Guias das regiões de Braga (1ª Companhia de Joane e 4ª Companhia de Braga) e Viseu (ramo Aventura), que propuseram uma atividade nesta instituição, com a finalidade de conhecerem melhor o funcionamento das Aldeias sOs, proporcionar às Guias a oportunidade de estarem em contacto com as crianças desta instituição, estimular o espírito de solidariedade e desenvolver a capacidade de relacionamento com crianças de outros grupos que não Guias.

esta ação baseou-se em jogos com as crianças, sugeridos pelas Guias e na preparação de teatros, poemas, músicas e dança acerca de um tema. houve ainda um lanche convívio que permitiu uma maior confraternização entre as crianças, jovens, mães sociais e as Guias de Portugal.

Tanto as Guias como os participantes da Aldeia sOs da Guarda gostaram da ação desenvolvida, ficando a expectativa de futuros intercâmbios entre os grupos.

toda a área de Braga. O lar foi fundado em 1968 e acolhia temporariamente jovens solteiras grávidas. Atualmente, assegura também outras valências à comunidade.

Devido ao trabalho desenvolvido e à problemática a que se dedicam, o fruto do trabalho do projeto saca-rolhas, desenvolvido pela Associação Guias de Portugal, teve como destino a Associação de s. José com a doação de bens necessários. Visitámos o centro de apoio à vida, que tem como finalidade apoiar e acompanhar adolescentes e/ou jovens grávidas, ou mães com filhos/as, em risco emocional ou social, promovendo a sua (re)integração, para doar cerca de 40 pacotes de fraldas e 50 pacotes de toalhitas.

Foi uma tarde bem passada, na qual ficámos muito contentes pela oportunidade de ajudar o lar de s. José! Apercebemo-nos, ainda, da necessidade de voluntários e decidimos continuar a colaborar com este lar, no âmbito de outra ação de serviço, chamada “Por um sorriso Melhor”.

Patrulha Fogo frota da 7ª companhia de bragaregião de braga

Foi com muito orgulho e dedicação que nós, as Guias Caravela, da Patrulha Fogo da 7ª Companhia de Braga, na tarde do dia 11 de outubro, fomos à Associação de s. José.

A Associação de s. José é uma instituição Particular de solidariedade social que abrange

AÇÃO SACA-ROLHAS

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· Já foram atribuídas mais de 100 insígnias saca-rolhas.

Mariana rebelo patrulha pandoraramo moinho da 1ª companhia de celeirós - região de braga

Foi com grande alegria que, no Dia Mundial do Pensamento, a nossa patrulha, Patrulha Pandora, recebeu pela segunda vez consecutiva a insígnia da rolha.

No momento da entrega da insígnia, logo após o anúncio da vencedora, toda a nossa patrulha se manteve em êxtase, vítimas de uma sensação inexplicável, afinal estávamos perante todas as Guias da região, a receber a segunda insígnia consecutiva. esta insígnia foi fruto de todo o trabalho realizado ao longo do ano. O mais importante disto tudo não foi ganhar uma insígnia bonita para colocar na camisola, mas fazer perceber a nós e a todas as outras Guias que esta Associação é uma escola de vida e como todas as escolas, o trabalho e o esforço são sempre recompensados. sentimos que todo o empenho foi valorizado e que continuamos a viagem para o progresso, porque nunca se perde tempo com aquilo que amamos.

A insígnia saca-rolhas poderá ser atribuída a bandos e patrulhas do ramo Aventura, Caravela ou Moinho. Para tal, os bandos e as patrulhas deverão implementar o projeto saca-rolhas na sua localidade, seguindo os passos sugeridos. A avaliação das candidaturas será realizada pela respetiva Dirigente e pelo Comissariado regional.

Avezinhas (por Bando) Quantidade de rolhas recolhidas mensalmente e no total do ano (em quilos);

- Fazer os rolhões para entrega nas casas, escolas e restaurantes (acompanhadas dos pais) – apresentar a imagem/ fotografia;

- registar a quantidade de rolhas recolhidas por ninho, semanal ou mensalmente, num documento/pasta/caderno específico para este efeito – apresentar cópia;

- Criar uma história em banda desenhada que explique os aspetos positivos da reciclagem – apresentar cópia;

- explicar o projeto na sala de aula, pedir à professora para afixar um texto sobre o assunto (pode ser a banda desenhada) e colocar um ou mais rolhões na escola – apresentar uma redação sobre esta atividade.

Guias Aventura (por Patrulha) Quantidade de rolhas recolhidas mensalmente e no total do ano (em quilos);

- Fazer os rolhões para entrega nas casas, escolas e restaurantes – apresentar a imagem/ fotografia;

- Fazer um quadro, com os restaurantes com rolhão, à responsabilidade de cada elemento da patrulha, com datas das visitas para recolha de rolhas – apresentar cópia;

- registar as quantidades de rolhas recolhidas por elemento, semanal ou mensalmente, num documento/pasta/caderno específico para este efeito – apresentar cópia;

- Desenvolver materiais (panfletos, cartazes ou outros) a incentivar a população local a participar no projeto (recolhendo rolhas e divulgando a iniciativa, com informação dos locais de recolha), para afixar ou distribuir em locais públicos: restaurantes, lojas, escolas, etc.. – apresentar exemplares ou cópias;

iNsíGNiA sACA-rOlhAs

Guias Caravela (por Patrulha) Quantidade de rolhas recolhidas mensalmente e no total do ano (em quilos);

- Fazer os rolhões para entrega nas casas, escolas, empresas, restaurantes e outros locais públicos – apresentar a imagem/ fotografia;

- Fazer um quadro, com os restaurantes com rolhão, à responsabilidade de cada elemento da patrulha, com datas das visitas para recolha de rolhas e quantidades recolhidas por visita – apresentar cópia;

- registo das quantidades de rolhas recolhidas por elemento/ semana/ mês em ficheiro próprio – apresentar cópia;

- escrever uma carta à Junta de Freguesia ou Câmara Municipal a explicar o projeto e a propor uma forma de obter, por parte da referida entidade, apoio na divulgação do mesmo e na recolha de rolhas;

- Fazer um relatório de todo o trabalho desenvolvido em patrulha no âmbito deste projeto, descrevendo as ações realizadas, dificuldades sentidas e avaliação dos resultados – apresentar original;

Guias Moinho (por Patrulha) Quantidade de rolhas recolhidas mensalmente e no total do ano (em quilos);

- Fazer os rolhões para entrega nas casas, escolas, empresas, restaurantes e outros locais públicos – apresentar a imagem/ fotografia;

- Ter um livro em que registam os quilos de rolhas por mês de toda a Companhia;

- Fazer um levantamento de todos os locais onde seja possível a divulgação do projeto e/ ou a colocação de rolhões;

- elaborar um manual que descreva detalhadamente todos os passos seguidos na implementação do projeto numa localidade (nas vertentes divulgação e

recolha) e que possa servir como guião para o desenvolvimento de projetos semelhantes noutras localidades;

- Fazer um relatório de todo o trabalho desenvolvido em patrulha no âmbito deste projeto, descrevendo as ações realizadas, dificuldades sentidas e avaliação dos resultados – apresentar original.

AÇÃO SACA-ROLHAS

14ª série 2013 07

Tudo começou em 1989. A empresa ACl Comcork importava grandes quantidades de cortiça granulada de Portugal para as suas fábricas. Tudo decorria dentro da normalidade até os preços desta cortiça começarem a subir abruptamente. Num espaço de 18 meses, os custos da cortiça granulada mais do que triplicaram, ao aumentarem 379 por cento. estes aumentos ameaçavam a viabilidade económica da Comcork.

Foi então que Frank roberts, o diretor-geral da empresa naquela altura, decidiu ir a Portugal para falar com os fornecedores sobre aqueles aumentos dramáticos. A sua mulher helen acompanhou-o na viagem.

Num jantar em lisboa, Frank pediu uma garrafa de vinho e reparou que o empregado deitou a rolha fora depois de a abrir. Nesse preciso momento, Frank lembrou-se que, se a Comcork pudesse aproveitar todas as rolhas das garrafas que são consumidas na Austrália, o seu problema seria resolvido. Desta forma, pouparia na matéria-prima dos seus produtos industrializados e, numa pequena escala, ajudaria a balança comercial da Austrália, ao reduzir a importação da cortiça granulada. Ao mesmo tempo, ajudaria o ambiente.

Quando regressou, helen, que era Dirigente das Guias da Austrália, sugeriu à sua região (Girl Guides Victoria) que participasse na recolha das rolhas, proporcionando-lhes uma nova forma de financiamento. O resto já se sabe... Até 2011, Guias de todas as partes da Austrália recolheram rolhas que foram recicladas na fábrica da logic Australia (Comcork), em Melbourne, naquele que é o maior projeto de reciclagem de cortiça a nível mundial!

As Guias da Austrália inspiraram outras associações a tomarem a mesma iniciativa. é o caso das Guias do Canadá, dos estados Unidos da América e, claro, de Portugal.

Qualquer pessoa pode participar. Para tal, basta contactar a AGP e solicitar um “rolhão”, combinando o local e a data para a entrega do mesmo. Posteriormente, as próprias Guias fazem a substituição do “rolhão” e a recolha das rolhas que tiver juntado.

Sabemos que vai aceitar este desafio, contribuindo com um pequeno gesto, para o serviço ao próximo e para o ambiente. Contamos consigo!

Para mais informações sobre este projeto deverá contactar a AGP através do email [email protected].

QUeM PODe PArTiCiPAr NO PrOJeTO sACA-rOlhAs?

· Portugal é o maior produtor mundial de rolhas de cortiça.

GUiAs DA AUsTráliA PrOMOVeM reCiClAGeM De rOlhAs

PROFeSSORA GRAÇA PeReIRA coordenadora das eco-escolas de celeirós, região de braga

é com muita alegria que escrevo sobre o trabalho que a 1ª Companhia de Guias de Celeirós tem realizado no Agrupamento de escolas de Celeirós. incentivaram-nos a recolher as rolhas de cortiça com o projeto “saca-rolhas”. Assim, todas as escolas do nosso Agrupamento, desde o pré-escolar, primeiro ciclo e a escola do segundo e terceiro ciclos colocaram mãos à obra e juntaram centenas de quilos de rolhas.

houve um campeonato para escolher qual a escola que juntava mais rolhas. A escola vencedora foi a escola de 1º ciclo de Figueiredo.

Foram milhares de rolhas que não foram para o lixo e puderam ser reutilizadas, para fazer placares, solas de sapatos, bolsas, entre outros.

Aproveitou-se esta atividade para falar com os alunos sobre a importância do sobreiro, da proteção do seu habitat e de toda a biodiversidade que engloba o montado de sobro. Destacou-se a qualidade da água que este ecossistema preserva.

Foi uma oportunidade para valorizar um produto que é 100% português, a cortiça, que nós temos de valorizar como matéria-prima e motor para desenvolver o nosso país.

Valeu a pena esta parceria! este ano queremos mais!

1ª COMPANHIA De SANtA LeOCáDIA região de braga

este ano, as Avezinhas de santa leocádia apresentaram, na escola Ji/ e,B 1 de serrado, o Projeto saca-rolhas aos professores e alunos. Os professores, desde logo, aceitaram a implementação do projeto na escola e incentivaram os alunos a participar. Para estimular as crianças a recolher rolhas, fizeram-se concursos entre as turmas e a turma com mais rolhões cheios, ganhava um prémio. sempre que as Guias Moinho iam à escola fazer a recolha das rolhas, eram muito bem recebidas, as crianças ficavam entusiasmadas, e claro, à espera de aprender mais jogos que elas levavam para incentivar à recolha de mais e mais rolhas.

Além da recolha de rolhas, aproveitámos para divulgar o Movimento e apresentar aos pais as Guias e o seu papel na sociedade.

testemunhos

AÇÃO SACA-ROLHAS

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iNDÚsTriA De COrTiçA é AMiGA DO AMBieNTe

DA BOlOTA À rOlhAUMA hisTÓriA

A rolha de cortiça e todo o seu processo de transformação, desde o montado até a produto final, contribuem para a sustentabilidade e preservação de um ecossistema, assim como contribuem para um ambiente melhor.

O montado de sobro, por um lado, contribui para a fixação de cinco por cento das emissões totais de CO2 em Portugal. Atendendo a que as emissões totais de Portugal rondam os 85 milhões de toneladas, o montado é responsável pela fixação de cinco por cento das emissões totais. Por outro lado, a indústria da cortiça – devido ao valor gerado pelo produto rolha – garante, ainda, a sustentabilidade do montado de sobro e contribui para a preservação das espécies da fauna e flora que aí habitam. O montado de sobro e o ecossistema agro-silvo-pastoril que coexiste em seu redor assumem uma importância crucial, na medida em que contribuem para a preservação do ambiente, sustentam a fauna e flora existente e, ainda, conseguem assegurar a vida das populações em zonas de clima hostil e de solos pobres.

Rolhas de cortiça 100% recicladasAs rolhas de cortiça podem ser recicladas e reutilizadas. As rolhas usadas são trituradas e aproveitadas para o fabrico de outros produtos aglomerados, não podendo, no entanto, ser aproveitadas para a indústria vinícola. existem um conjunto de iniciativas em todo o mundo que tem dado corpo

a esta ideia. em Portugal, os exemplos já são vários, destacando-se a iniciativa “saca-rolhas” da Associação Guias de Portugal.

Indústria de cortiça é eco-eficienteé na indústria de cortiça que o lema “nada se perde tudo se transforma” se aplica na perfeição. Ao longo de todo o processo produtivo, todos os desperdícios resultantes do fabrico de rolhas naturais são transformados em produtos úteis e de excelente qualidade. Desde rolhas técnicas e aglomeradas, a painéis para pavimentos e revestimentos, artigos decorativos para o lar e escritório, peças de arte e design, aplicações no setor automóvel, entre muitos outros. Até mesmo o pó da cortiça é utilizado na cogeração de energia elétrica.

Rolha de cortiça – vedante amigo do ambienteNum estudo promovido pela Corticeira Amorim sobre o ciclo de vida das rolhas de cortiça versus cápsulas de alumínio e vedantes de plástico, a rolha de cortiça apresentou vantagens ambientais face aos vedantes alternativos, nos diferentes indicadores. No que diz respeito à emissão de gases com efeito de estufa, o estudo revela que cada vedante de plástico emite 10 vezes mais CO2 que uma rolha de cortiça e as emissões de CO2 da cápsula de alumínio são 26 vezes superiores às da rolha de cortiça.

AÇÃO SACA-ROLHAS

era uma vez um agricultor, o sr. Américo, que vivia nas planícies alentejanas. Um dia, plantou uma bolota, com o sonho de produzir rolhas.

A bolota cresceu, cresceu, cresceu e transformou-se num lindo sobreiro.

O sr. Américo foi paciente. Tinham passado 25 anos e o tronco do sobreiro já atingira um perímetro de cerca de 70 cm, medido a 1,5 metros do chão. estava finalmente pronto para a desbóia, a primeira extração da cortiça. esta primeira cortiça, chamada cortiça virgem, tinha uma estrutura muito irregular e uma dureza que a tornava difícil de trabalhar. Assim, o sr. Américo utilizou-a para o fabrico de pavimentos e isolamentos, pois estava longe de ter a qualidade necessária para se produzirem rolhas.

Passaram mais nove anos. O sobreiro estava pronto para a segunda extração. A cortiça era agora mais regular e menos dura e o sr. Américo tentou fazer rolhas. Conseguiu, mas a cortiça secundeira ainda não reunia as melhores condições para a produção de rolhas com qualidade. O sr. Américo fabricou, então, mais pavimentos e isolamentos.

e mais nove anos se passaram. O sr. Américo estava radiante. A cortiça já se encontrava regular, com costas e barriga lisas e por conseguinte já podia fabricar rolhas com qualidade. Que felicidade, o sobreiro já tinha a cortiça amadia.

A partir de agora, o sobreiro forneceria cortiça de excelente qualidade. De nove em nove anos, entre meados de maio/princípios de junho e o fim de agosto, fase mais ativa do crescimento da cortiça, lá estava o sr. Américo a descortiçar, feliz e satisfeito por ter realizado o seu sonho.

O sr. Américo estava a ficar cansado, já ia avançado na idade, mas como queria dar continuidade ao seu trabalho, quis ensinar aos seus filhos e netos a arte da produção das rolhas. Decidiu, então, escrever um manual das boas práticas. é como diz o ditado popular: “Quem se preocupa com os seus netos, planta um sobreiro.”

AÇÃO SACA-ROLHAS

14ª série 2013 09

O descortiçamento do sobreiro é um processo ancestral que só pode e deve ser feito por especialistas, os descortiçadores, pois não se quer maltratar a árvore! Há que desenvolver a habilidade manual e ganhar muita experiência. Este processo tem cinco etapas:

1. Abrir: Golpeia-se a cortiça no sentido vertical, escolhendo a fenda mais profunda do enguiado (as ranhuras da casca). Ao mesmo tempo, torce-se o gume do machado para separar a prancha de cortiça do entrecasco. É possível calcular o grau de dificuldade de cada extração pelo “toque” do machado. Ao aplicar-se o gume do machado sobre a prancha, e se a cortiça estiver a “dar bem”, ouve-se um som oco característico do rasgamento. Quando está a “dar mal”, o machado emite um som curto, firme e seco.

2.Separar: Em seguida, separa-se a prancha com a introdução do gume do machado entre a barriga da prancha e o entrecasco. Depois, executa-se um movimento de torção do machado entre o tronco e a cortiça que se pretende separar.

3.Traçar: Com um corte horizontal, delimita-se o tamanho da prancha de cortiça a sair e aquela que fica na árvore. Durante a traçagem, são frequentes as sequelas deixadas no entrecasco e, por vezes, estas mutilações acabam por alterar a geometria do tronco.

4.Extrair: A prancha é cuidadosamente retirada da árvore para não se partir. Quanto maiores forem as pranchas extraídas, maior será o seu valor comercial. É a destreza e a habilidade dos descortiçadores que permite a obtenção das pranchas por inteiro. Retirada a primeira prancha, repetem-se estas operações para libertar todo o tronco.

5.Descalçar: Após a extração das pranchas, mantém-se aderentes alguns fragmentos de cortiça junto à base do tronco. Para retirar os possíveis parasitas que existam nos calços do sobreiro, o descortiçador dá algumas pancadas com o olho do machado.

Depois do descortiçamento, marca-se a árvore, usando o último algarismo do ano em que foi realizada a extração.

Período de repouso. Após o descortiçamento, as pranchas de cortiça são empilhadas ou no montado de sobro, ou no estaleiro, dentro das instalações da fábrica. Aí, permanecem expostas ao ar livre, ao sol e à chuva. No entanto, todas as pilhas são formadas tendo em conta regras próprias e muito restritas (definidas pelo Código Internacional de Práticas Rolheiras - CIPR), de forma a permitir a estabilização da cortiça. Devem ser empilhadas sobre materiais que não contaminem a cortiça e que evitem o contacto desta com o solo. A madeira, por exemplo, é expressamente proibida, por poder transmitir fungos. Durante este período de repouso dá-se a maturação da matéria-prima e a cortiça estabiliza-se. Segundo o CIPR, o tempo de repouso das pranchas nunca deve ser inferior a seis meses.

PErcurSO InDuSTrIAlcozedura das pranchas. A cozedura é o processo de imersão das pranchas de cortiça em água limpa e a ferver. Aqui ficam durante pelo menos uma hora. Os objetivos da cozedura são limpar a cortiça, extrair-lhe as substâncias hidrossolúveis, aumentar a sua espessura e assim reduzir a sua densidade e torná-la mais macia e elástica.

Estabilização. Após a cozedura, decorre a estabilização da cortiça. Só depois deste período, que se estende por duas a três semanas, é que se procede à seleção das pranchas. A estabilização serve para aplanar as pranchas e permitir o seu repouso. Só assim a cortiça obtém a consistência necessária para a sua transformação em rolhas.

rabaneação. Depois do período da estabilização, as pranchas de cortiça são cortadas em tiras com uma largura ligeiramente superior ao comprimento da rolha a fabricar.

Brocagem. A brocagem designa o processo manual ou semiautomático que consiste em perfurar as tiras de cortiça com uma broca. Obtém-se, assim, uma rolha cilíndrica em conformidade com os limites dimensionais desejados.

Retificação. Após a brocagem, a retificação servirá para obter as dimensões finais previamente especificadas e para regularizar a superfície da rolha.

Selecção. Vulgarmente designada por escolha, é a operação destinada a separar as rolhas acabadas em classes diferenciadas, sendo que a determinação de cada classe é feita por controlo automático da superfície das rolhas. Em alguns casos, a seleção é feita por escolha visual. Durante esta fase, além de serem definidas as qualidades são, também, eliminadas as rolhas com defeitos.

AcABAmEnTO DAS rOlhASlavagem. Após a retificação, procede-se à lavagem das rolhas, que pode ser feita utilizando água oxigenada ou ácido paracético. Este banho serve para limpar e desinfetar as rolhas, mas há quem utilize outros métodos como o micro-ondas ou o ozono. Depois da lavagem/desinfeção, o teor de humidade é estabilizado, obtendo-se assim uma otimização da performance da rolha como vedante e reduzindo, em simultâneo, a contaminação microbiológica.

marcação ou Branding. Esta operação é realizada de acordo com as indicações do cliente para o tipo de marca a aplicar. Como modo de impressão, existe a impressão a tinta (de qualidade alimentar) ou a marcação a fogo. Depois da marcação, trata-se a superfície da rolha com parafina ou silicone para facilitar quer a sua introdução na garrafa, quer a sua posterior extração pelo consumidor final.

Transporte. Quando finalizada a produção, as rolhas são embaladas em sacos de plásticos repletos de SO2 (anidrido sulfuroso), um gás inibidor do desenvolvimento microbiológico. Só então serão transportadas até ao engarrafador de vinhos ou de bebidas espirituosas.

por Américo, o agricultor alentejano

Manual das boas práticas para extrair aE FABRICARCORTIÇA ROLHAS

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AÇÃO SACA-ROLHAS

O MAiOr sOBreirO DO MUNDO é POrTUGUÊs O “Assobiador” é o mais antigo e mais produtivo sobreiro existente no mundo, assim chamado devido aos numerosos pássaros canoros que o habitam. Foi plantado em 1783, perto da vila de águas de Moura, no Alentejo. Tem mais de 14 metros de altura e 4,15 metros de circunferência.

A sua primeira extração teve lugar em 1820 e desde então já lhe foram feitas mais de 20 extrações. A extração de 1991 produziu 1200 quilos de cortiça – mais do que a produção registada pela maioria das árvores ao longo de toda a sua vida. esta extração, sozinha, deu origem a mais de 100.000 rolhas para garrafas de vinho. A última extração, foi menos produtiva, conseguindo ainda render uns impressionantes 650 quilos, o equivalente a dez vezes a produção de qualquer sobreiro vulgar.

· A cortiça que o Assobiador produz reveste foguetões, satélites, sondas e space shuttles da NAsA.

· O sobreiro tem uma grande longevidade, vivendo em média mais de 200 anos e é única árvore cuja casca se regenera após cada extração.

· Durante as Descobertas, os construtores das naus e caravelas portuguesas que partiram à descoberta de novos mundos, utilizavam a madeira de sobreiro no fabrico das partes mais expostas às intempéries. Para além de super resistente, jamais apodrecia!

VIDA DA ASSOCIAÇÃO

14ª série 2013 11

este acampamento foi o melhor de sempre! realizou-se em Pombal, numa sede de escuteiros. O tema escolhido pelas nossas chefes foi: Aldeia Aventura.

este foi um acampamento diferente: tínhamos “dinheiro” (bússolas) e tínhamos que o gerir para poder comprar as nossas refeições e participar nas atividades. A quantia de

O MelhOr ACAMPAMeNTO De seMPre

VIDA DA ASSOCIAÇÃOACAMPAMeNTOs De VerÃO

bússolas que recebíamos ao final de cada dia dependia do nosso esforço e dedicação durante as atividades diárias. A nossa patrulha gostou muito da ideia, pois assim aprendemos como se pode gerir o dinheiro no nosso dia a dia de uma forma divertida e saudável.

O nosso raid foi muito divertido e tivemos uma

grande surpresa, a meio do raid encontrámos uma piscina! Divertimo-nos muito!

Durante o jogo de cidade, ajudámos uma associação. Jogando ao jogo das trocas, conseguimos obter vários alimentos, que entregámos à Conferência de são Vicente Paulo. Também houve tempo para dar abraços grátis.

Nesse dia houve uma grande interação entre nós e a sociedade.

O espírito de patrulha esteve muito bom, assim como o de Odisseia.

PATrUlhA FOrMiGA ODisseiA DA 1ª COMPANhiA DA PAreDe reGiÃO De lisBOA

realizou-se o acampamento de Atestado de Campo das chefes sofia, sara, inês e Cláudia, com o tema “O Mundo no Feminino”, em lanheses, no Paço do Conde de Almada. este acampamento juntou as companhias de Viana do Castelo, Ponte de lima e santa Marta de Portuzelo.

Quando lá chegámos, apresentámo-nos e começámos a fazer as construções necessárias para o acampamento. Como em todos os outros acampamentos, fizemos o Conselho de Bando, planificámos o mapa

O MeU ÚlTiMO ACAMPAMeNTO COMO AVeZiNhA

de tarefas e preparámos o campo para a sua abertura e sua inspeção.

Também fizemos várias atividades como o jogo noturno, o “grande jogo” (onde falámos sobre os direitos das mulheres) e apresentámos as nossas especialidades. eu apresentei a especialidade de cozinheira.

Como todos os outros, este acampamento serviu para nos unirmos, aprendermos e crescermos como Guias. Gostei muito deste acampamento, pois foi mais uma

experiência inesquecível na minha vida e o meu último acampamento como Avezinha.

joana BezerraNinho PinguimBANDO DA 1ª COMPANhiA De ViANA DO CAsTelOreGiÃO De ViANA DO CAsTelO

VIDA DA ASSOCIAÇÃO

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O 1º ACAMPAMeNTO DA reCéM-FOrMADA COMPANhiA DA FAChA

Foi em fevereiro que a minha Companhia ainda recém-formada participou pela primeira vez numa atividade regional das Guias e foi sem dúvida espetacular! Mas foi só no verão que acampámos, pela primeira vez, em companhia. Já tínhamos acampado na Páscoa, com a companhia amiga, mas devido às condições meteorológicas, não conseguimos realizar todas as atividades, não conseguindo perceber o que era realmente um acampamento.

A quinta era grande, bela e muito agradável. Tínhamos um enorme espaço ao nosso dispor para fazermos as nossas construções, o que tornou tudo muito mais fácil.

O croqui para o canto de patrulha estava muito bem elaborado, mas só quando demos início à montagem é que percebemos que o croqui seria só uma orientação… Tivemos de improvisar e aproveitar todos os recursos que nos rodeavam!

O espírito guidista esteve sempre presente em todas as patrulhas e, mesmo não sabendo grandes músicas, conseguimos que sempre houvesse uma melodia guidista no ar, em qualquer local do campo, até mesmo na latrina.

Foi o primeiro momento onde conseguimos realmente aplicar os nós e aperfeiçoá-los com as dicas que as chefes nos iam dando.

Nunca tinha estado tanto tempo com a patrulha e foi aí que percebi a expressão “vida em patrulha”. Apesar de algumas discórdias

entre nós, conseguimos ficar ainda mais unidas, passar três dias com elas fez-me conhecer melhor cada uma e perceber que, como chefe de patrulha, tenho um papel muito importante, não devo tomar decisões sozinha e devo incentivá-las para fazerem as tarefas de forma a progredirmos e sermos cada vez melhores.

Quando as chefes foram fazer a inspeção ao canto de patrulha, ficámos ansiosas e receosas. Poderíamos ter alguma construção incompleta ou mal executada e tínhamos a consciência que podíamos ter feito melhor. Depois de todas as dicas e conselhos, percebemos que afinal até tínhamos feito um bom trabalho.

Os banhos eram tomados num tanque, que, além de nos deixar fresquinhas e cheirosinhas, fazia com que fosse um momento de diversão e brincadeira, pois tínhamos a oportunidade de fazer pequenos jogos na água.

Cozinhar à fogueira foi uma grande aventura, mas também uma grande vitória.

sabíamos que cada tarefa realizada seria mais uma conquista, no nosso Mapa da 1ª Aventura.

O jogo noturno foi espetacular, são momentos que não vou esquecer. Assim, como os Conselhos de honra que me fizeram perceber qual a minha função e o meu papel na patrulha.

Quando tivemos de desmontar o campo, foi um momento triste para a patrulha, mas quando em roda cantámos a música da despedida do campo, ficámos muito alegres e orgulhosas!

Cristiana Coelho Chefe da Patrulha FocaODisseiA DA 1ª COMPANhiA DA FAChAreGiÃO De ViANA DO CAsTelO

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As Guias de Cristo rei e leça da Palmeira juntaram-se para uma grande aventura, no norte. Depois da viagem de comboio, camioneta e barco, chegámos ao nosso destino: o Centro escutista de são Jacinto, em Aveiro. Chegadas ao Centro escutista, deparámo-nos com um grande alarido de escuteiros belgas!

Gostámos muito do acampamento, tal como do percurso do raid na reserva Natural de s. Jacinto. O jogo de cidade decorreu na belíssima cidade de Aveiro, com uma agradável visita ao Fórum.

GOsTei TANTO De ACAMPAr!

O acampamento também fica marcado pela troca de lenços com os escuteiros espanhóis, também acampados neste campo. Apesar do “funeral” da caixa dos ovos-moles empestada de formigas, foi um acampamento inesquecível, talvez o melhor de sempre!

Maria MendonçaPatrulha CaracolODisseiA De 2ª COMPANhiA De MATOsiNhOsreGiÃO DO POrTO

Neste acampamento de verão, a Frota da 1ª Companhia da Parede decidiu fazer um acampamento diferente do habitual – um acampamento volante!

Começámos o acampamento em Odemira, depois fomos até são Teotónio, seguimos para Odeceixe e, por fim, chegámos à Zambujeira-do-Mar. Por outras palavras, fizemos parte da rota Vicentina com as mochilas às costas e sempre a andar.

O tema do acampamento abordava um conto chamado “sexta-Feira ou a Vida selvagem”, de Michel Tournier, em que

NÃO há iMPOssíVeis

robinson, a personagem principal, se encontrava preso numa ilha deserta no meio do oceano.

Ao longo do conto apercebemo-nos que este aprendeu a fazer coisas extraordinárias com os recursos que encontrava na ilha para sobreviver.

Quando o acampamento chegou ao fim, percebemos que o objetivo era que nós relacionássemos o acampamento em si com o conto.

Afinal, tudo aquilo que nós achámos que não éramos capazes de fazer e que

dissemos que era impossível (andar 70 km com as mochilas às costas), fizemos.

em parte, é isso que ser Guia Caravela é: enfrentar novos desafios e, por mais que pareçam complicados e impossíveis, sermos capazes de superá-los.

Queremos mais acampamentos destes, pois estes sim, são acampamentos do ramo Caravela.

PATrUlhA BÓreAs - FrOTA DA 1ª COMPANhiA DA PAreDereGiÃO De lisBOA

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Querida Guia,

No ramo Avezinha, ouvimos falar pela primeira vez das quatro constantes do Guidismo, e, ao longo do nosso crescimento, ao longo da nossa progressão no ramo Aventura e Caravela, começamos a perceber melhor e a tomar consciência do que é. Mas a autêntica vivência e perceção acontece quando somos Guias Moinho e Dirigentes.

Na realidade, as quatro constantes estão desenhadas em todos os nossos dias guidistas, manifestadas muitas das vezes em competências que se vão desenvolvendo e que demonstram o nosso crescimento.

A nossa patrulha resolveu partilhar contigo pequenos momentos do seu grande desafio, que foi o TAG 1 (Técnicas de Animação Guidista – nível 1), acampamento de formação de Dirigentes, realizado em Vilar de Mouros, este verão, à luz das quatro constantes: vida em patrulha, vida ao ar livre, compromisso e progressão.

Nas Guias, vivemos com a nossa patrulha, aprendemos e trabalhamos com as nossas amigas. Um trabalho de entreajuda e cooperação, que nos ajuda a crescer mais e melhor. Assim como nas Guias, também a nossa vida pessoal é feita de relações com grupos, sejam eles família, amigos, porque vives numa sociedade com milhares de pessoas à tua volta, com culturas, hábitos diferentes… mas o importante é olhar cada pessoa como única! só respeitando a diferença e sendo tolerante é que recebes o mesmo de volta. ser Guia ajudar-te-á para que tudo seja mais fácil… acreditares que és capaz, que não há impossíveis… e, um dia quando chegares ao teu acampamento de TAG 1 percebes que um grupo de Guias, de regiões diferentes e histórias de vida distintas, se tornou a patrulha perfeita! Aproveita a vida em patrulha e verás que é tudo mais fácil e divertido!

Quanto à vida ao ar livre, todas sabemos que a natureza é um tesouro a preservar, transmite tranquilidade e permite ouvir-nos a nós próprias, quando escutamos o silêncio e o vento entre as árvores. Neste momento de excelência, que é o acampamento, pudemos construir a nossa “casa” de sonho – uma tenda suspensa; aproveitar momentos de contemplação da natureza, como o nascer do sol; subir e descer montes até à freguesia de sopo; refletir nas Azenhas de France… em campo explora a natureza, descobre os segredos encerrados na mais simples pétala, cheira a frescura, sente a calma e a harmonia.

O compromisso é algo muito sério, vale o que és e mostra o que vales. Nas Guias demonstra a tua entrega à Associação e a tudo o que isso implica, bem como a tua responsabilidade e a tua palavra de honra. Ao dares a tua promessa, comprometes-te a atingir determinados objetivos e a não desistir a meio da jornada. Dás a tua palavra de honra e, se te esforçares por o obter, os outros terão isso em conta e dar-te-ão um voto de confiança.

A última constante de que te falamos é a progressão. A progressão implica dinamismo, mudança, sentimos que estamos a crescer… é bom querer mais, desafiar-nos a nós próprias. Acreditar que há sempre algo a mudar e melhorar, impelindo a tua própria “canoa”, foi o que estas sete guias foram à procura com mais um nível de progressão. Ao progredires na Associação, constróis a tua própria personalidade e estás mais desperta para o Outro. Não te esqueças: “O tempo só anda se

tu empurrares, a vida só muda com a tua vontade”. exemplo disso, foi a atividade com a comunidade da Patrulha Presença, em que cada uma de nós, de uma forma inesperada acreditou que um sorriso, uma música, um olhar poderia mudar o dia de uma pessoa, de uma família, de uma aldeia… em troca de uma experiência de vida, de um pouco de “tempo” e das estórias da localidade. Na verdade, esta foi a necessidade confrontada com o presidente da junta de freguesia desta comunidade. e foi tão fácil… e assim ficámos com o coração cheio, certas de que deixámos sopo um pouco melhor, com pequenos gestos deixamos aquelas gentes um pouco mais felizes!

Agora já tens consciência das quatro constantes? já sabes porque é que têm este nome? – porque são uma constante na tua vida... e com as Guias aprendes através do jogo e da experiência o quão bom é viver, crescer e ser cada vez melhor.

“Por muito mais que eu seja, sempre me fica por ser.” Fernando Pessoa

PATrUlhA PreseNçA, TAG1 2013sílViA OliVeirA (COM. reG. BrAGA), sUsANA CArrAPATOsO (COM. reG. POrTO), iNÊs MOrUJO (Del. reG. DO r. AVeZiNhA lisBOA), iNÊs BelMArçO (Del. reG. DO r. CArAVelA lisBOA), ANA MAriA FerreirA (Del. reG. DO r. MOiNhO BrAGA), MAriA JOÃO ChArréU (COM. NAC. AD. r. AVeZiNhA) e elsA AlVes (COM. NAC. r. MOiNhO)

DA PATrUlhA De TAG 1 PArA As GUiAs

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UM ANO De CONsTrUções

Ao longo deste ano, nós, as Guias Caravela da 1ª Companhia de Viseu, realizámos várias atividades em que nos focámos nas construções.

Na altura da Páscoa, realizámos a 1ª edição de uma atividade de sobrevivência (survivor i) onde, durante três dias, tentámos viver da forma mais “primitiva” possível: desde cozinharmos sem panelas, trabalharmos para a comunidade para obtermos alimentos, construirmos o nosso próprio abrigo e até amanhar peixe e preparar o frango para as nossas refeições.

Já mais recentemente, no acampamento de verão, empenhámo-nos na construção de um campo, do qual muito nos orgulhámos e que nunca iremos esquecer. Usufruímos de uma mesa fantástica, um lava-loiça com despensa, um porta mochilas inabalável, um pórtico giratório caracterizado a rigor, e ainda uma das nossas construções preferidas deste acampamento, o nosso lavatório guidista, construção que vamos sem dúvida repetir nos próximos acampamentos!

Foi um ano em grande na realização de construções e estamos já empenhadas em descobrir construções diferentes e inovadoras para o próximo ano e em sermos cada vez melhores Guias.

FrOTA DA 1ª COMPANhiA De ViseUreGiÃO De ViseU

1. MesA; 2. PÓrTiCO – POrTA GirATÓriA; 3. CONsTrUçÃO OriGiNAl; 4. POrMeNOr De lATriNA; 5. ABriGO; 6. lAVATÓriO.

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As CONsTrUções DOs ACAMPAMeNTOs

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As Guias da 1ª Companhia de Bairro realizaram a sua atividade no âmbito do “Clean Up The World”, fazendo uma limpeza nas margens do rio Ave, em riba de Ave, mais propriamente na Azenha Velha. Juntamente com outros voluntários, as Guias deitaram mãos à obra na limpeza de lixo, mato e até árvores invasivas. As Avezinhas, integradas no grupo dos mais jovens, foram acompanhadas por um responsável em tarefas muito giras. Puderam colocar ninhos artificiais e comedouros para aves e colocaram placas

O inspetor Gadget deu as boas vindas a todas as Guias da 1ª Companhia de são Domingos de rana e seus pais, reunidos na sociedade 1º de Maio, em Tires. ele surgiu no âmbito do “Clean Up The World” e desafiou todos os pais e Guias a limpar o local, a partir de jogos em equipa: primeiro as patrulhas tiveram de apanhar lixo no mínimo tempo possível numa corrida extasiante de estafetas! Depois, o desafio foi cada patrulha, com tempo limite, encher os seus sacos de lixo, estando todos os seus elementos de pés atados uns aos outros. Na última parte, cada patrulha criou um anúncio para incentivar as pessoas a não deitarem lixo para o chão! Todos aceitaram a missão com entusiasmo e entre todos conseguiram tornar a zona um pouco mais limpa, com um ótimo aspeto, mas de uma forma divertida, uma forma guidista!

Na segunda parte da atividade, cada grupo realizou uma caminhada pela nossa freguesia para recolher mais lixo e à medida que avançavam iam recebendo pistas para no final poderem descobrir qual era o tema anual deste ano.

Depois, houve um pequeno lanche e no final todos voltaram para suas casas animados e com boa disposição. Apesar da chuva e do vento, todos se divertiram e os pais puderam participar e fazer parte desta atividade, vendo assim como é bom ser Guia.

Inês Marques Patrulha FuracãorAMO MOiNhO DA 1ªCOMPANhiA De sÃO DOMiNGOs De rANAreGiÃO De lisBOA

COMPANhiA AJUDA A reABiliTAr ANTiGA PrAiA FlUViAl

PAis e GUiAs JUNTAM-se PArA reCOlher liXO

de identificação nas espécies de árvores nativas. enquanto se desenrolavam estas tarefas, outros voluntários colocavam proteções e corrimãos de madeira, em alguns locais da margem.

As Guias gostaram de participar nesta atividade, principalmente por estarem a reabilitar um dos locais que em tempos foi uma praia fluvial.

1ª COMPANHIA De BAIRROreGiÃO De BrAGA

CleAN UP The WOrlD! BANDO DeiTA MÃOs À OBrA

Num Conselho de Bando, o Bando de Mem Martins decidiu uma forma de ajudar a sua localidade: apanhar lixo e reciclá-lo!Primeiro, aprendemos mais sobre a reciclagem, sobre o tempo de degradação do lixo e mais curiosidades sobre o ambiente. Na semana seguinte, trouxemos sacos do lixo, luvas e… “Mãos à obra”!!Durante o horário da reunião, apanhámos todo o lixo que encontrámos: filtros de cigarros, papéis, vidros e metal. No final, colocámos tudo nos ecopontos!Com a ajuda das Avezinhas, hoje Mem Martins é um local mais limpo!

BANDO DA 1ª COMPANhiA De MeM MArTiNsreGiÃO De lisBOA

VIDA DA ASSOCIAÇÃO

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esPeCiAliDADes: UM OBJeTiVO CUMPriDO

Neste ano que passou, o Bando de Celeirós teve como um dos seus objetivos trabalhar as especialidades. Para incentivar as nossas Avezinhas, colocámos um quadro no cantinho do Bando. Neste quadro, apontava-se as especialidades atribuídas às asas verdes e asas azuis, durante o ano guidista. As Avezinhas estavam sempre dispostas a fazer uma nova especialidade, muitas

vezes ainda quando não tinham terminado a que estavam a fazer naquele momento já pensavam na próxima.

Durante o ano, tivemos várias atividades para a apresentação de especialidades, destacando-se a festa Disney. Nesta festa contámos com a participação de mais dois bandos: o da 1ª Companhia de Tadim e o da 1ª Companhia de Adaúfe.

As Avezinhas estavam muito entusiasmadas com o tema e com os seus fatos (preparados por elas em casa) e estiveram muito bem nos seus papéis. Valeu muito a pena preparar esta festa e proporcionar um grande momento de partilha e reconhecimento do trabalho de todas as Avezinhas, tanto as asas verdes e azuis que apresentaram as especialidades, como as aspirantes

Nos primeiros sábados deste ano letivo, a 1ª Companhia de Torres Novas, da região de santarém, organizou, na sua sede, oficinas de trabalhos manuais e criativos e ainda de culinária.

As oficinas, com a duração de duas horas, foram abertas à comunidade e dirigiram-se a raparigas entre os 6 e os 16 anos, com o objetivo de dar a conhecer o nosso movimento. Na primeira, demos “cara nova” ao nosso material escolar, recriando um caderno com tecidos bonitos e muita imaginação. Na segunda demos nova vida a uma t-shirt lisa e aprendemos a fazer pulseiras com botões. Já na terceira, recriámos na cozinha e preparámos um saboroso lanche com wraps caseiros e batido de morango. O último desafio foi criar objetos divertidos e úteis com feltro.

A iniciativa enquadrou-se no projeto que a companhia vai desenvolver no ano letivo 2013/2014 “recria-te – hoje és tu, amanhã serás ainda melhor”, que tem por objetivo incentivar as crianças e jovens a adotar uma atitude de permanente criatividade e inovação. Tudo porque a criatividade, a flexibilidade, a inovação também se exercitam e o Método Guidista, assente na pedagogia do jogo e no “aprender fazendo”, é uma via privilegiada para desenvolver essas capacidades nas nossas raparigas.

Ana Leão e Ana DieguesDirigentes da 1ª Companhia de Torres NovasreGiÃO De sANTAréM

reCriA-Te - hOJe és TU, AMANhà serás AiNDA MelhOr!

que juntamente com as Dirigentes, prepararam a festa.

eu, como Dirigente, fiquei muito entusiasmada e contente quando as Avezinhas traziam as provas feitas de casa e vinham mostrar com um grande sorriso o que tinham feito. situação que anteriormente não acontecia. sinto orgulho pelas vinte e cinco especialidades que foram atribuídas durante o ano guidista no bando de Celeirós. hoje, podemos dizer que o objetivo foi cumprido e que o Bando tem presente as especialidades como forma de trabalhar a sua progressão individual.

joana SilvaDirigente do ramo Avezinha1ªCOMPANhiA De CeleirÓsreGiÃO De BrAGA

VIDA DA ASSOCIAÇÃO

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realizou-se na nossa freguesia, santa Marta de Portuzelo, a abertura do ano guidista, da região de Viana do Castelo. altura especial para todas nós, que fazemos parte deste enorme movimento, mas este ano, foi diferente.

A todas as Guias da região juntaram-se as crianças da catequese para juntos celebrarmos a abertura regional do ano guidista, a abertura do ano da catequese e, simultaneamente, os 35 anos da 1ª Companhia de santa Marta de Portuzelo.

Devido às condições climatéricas, a atividade foi realizada numa escola. Apesar disto, nem as Guias, já habituadas a ter a chuva como companhia, nem as crianças da catequese, desanimaram.

Formaram patrulhas mistas. Todos juntos aprenderam a fazer anilhas e espias, a construir uma mesa, a jogar os nossos jogos tradicionais, ficaram a saber diversas curiosidades sobre as Guias e até cozinharam um bolo ao lume!

“Para mim o dia da abertura oficial do ano guidista foi um dia de um novo começo. senti-me bem e senti que reanimei o meu espirito guidista. este dia foi muito importante para eu conseguir ficar com uma boa expectativa para este novo ano.” Ariana Rodrigues

A NOssA COMPANhiA CeleBrOU 35 ANOs

“Foi um dia de muitas emoções, acho que é a melhor forma de o descrever. Para mim, foi o virar da página. Devo dizer que o dia da comemoração dos 35 anos da minha companhia e da abertura do ano guidista foi o dia em que comecei a olhar este movimento de forma ainda mais correta e com muito mais orgulho.” Francisca Costa

“Foi um dia de reencontros nas Guias. senti-me a ser acolhida por imensas Guias de uma região de quem já tinha saudades. é impressionante como a chuva não nos impede de termos um dia espetacular. Adorei ter a presença das antigas Guias na atividade, acho que é importantíssimo ter presentes tão boas testemunhas.” Rafaela Fernandes

“Neste dia de tantas comemorações com o 35º aniversario da companhia e a região toda junta numa abertura oficial regional na eucaristia realizei a minha promessa e compromisso. “sou Guia oficialmente”. Foi o meu primeiro pensamento no momento em que o trevo foi colocado no meu lenço. Fiquei orgulhosa de mim mesma e senti que consegui concretizar um objetivo que queria mesmo alcançar.“ Francisca Ribeiro

PAtRuLHA eCOFrOTA DA 1.ª COMPANhiA De sANTA MArTA De POrTUZelOreGiÃO De ViANA DO CAsTelO

“<<Sou Guia oficialmente.>> Foi o meu primeiro pensamento no momento em que o trevo foi colocado no meu lenço.”

No dia 28 de setembro, passei para o ramo Aventura. Foram três anos de espera pelo grande momento. “estou a sonhar, alguém me belisque!!”, era o que eu pensava naquele instante. Comentava com as minhas amigas “isto é um sonho”.

sempre vi as outras Guias a passarem e esperava que esse momento chegasse para mim. Todos os dias, pensava que ainda faltava muito tempo para o acontecimento e quando dou por mim já tenho um lenço verde ao pescoço.

é um momento inesquecível, ainda hoje penso naquele preciso instante em que

Já sOU AVeNTUrA!recebi o tão lindo lenço verde. em todas as reuniões imagino como será… eu e as minhas amigas a dormir numa tenda montada por nós, sentadas na nossa mesa e a comer uma comida ótima feita por nós, espero que venha a acontecer rapidamente. e poderei realizar todos estes sonhos na companhia da minha patrulha, Tigre Branco, que outrora era Ninho Flamingo.

Ângela BaltazarPATrUlhA TiGre BrANCOODisseiA DA 1ª COMPANhiA De lOUléreGiÃO FArO

VIDA DA ASSOCIAÇÃO

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TesTeMUNhAr QUe sOU GUiAsou Guia desde os meus sete anos e, como tal, já passei pelo ramo Avezinha, Aventura, Caravela e agora pertenço ao ramo Moinho. De tudo o que me recordo, em todos eles, desfrutei de grandes momentos, poderei dizer que foram até dos melhores que já vivi.

Os anos foram passando e a vontade de continuar a fazer parte deste maravilhoso movimento, que é o Guidismo, a vontade de ultrapassar os obstáculos e de fazer deles as minhas próprias escadas, para conseguir alcançar a minha meta, foi muito mais forte do que a vontade de desistir, quando algo não corria bem. Muitas vezes, quando ainda estava naquela idade, tão complicada, entre os 11 e os 14 anos, pensei muitas vezes em abandonar tudo isto. Porém, pus-me a pensar e a recordar tudo aquilo que me fez chegar ali, sem alguma vez virar as costas, e que me fez construir aquela vida que fui criando com a ajuda das minhas amigas Guias. Poderão até achar estranho da minha parte referir-me àqueles anos, de pura vivência, uma vida. Mas, sim, eu considero-os como tal. e, hoje, sinto isso ainda mais.

Tenho todo o orgulho em dizer que tudo o que sou hoje, agradeço às Guias, às minhas chefes, às amigas que lá encontrei e a todos que sempre me incentivaram a fazer parte desta família.

Atualmente, acompanhada pelo meu lenço azul e branco, encaro isto como uma vitória, pois realizei todo o percurso que gostaria, apesar de ainda não me ter tornado chefe, por motivos aos quais não posso abdicar e fechar os olhos. Digo, sinceramente, que tudo o que eu quero para o meu futuro é ser uma excelente profissional na área que desejo seguir e dar o meu testemunho de Guia a todas as pessoas que se encontrarem comigo durante o meu percurso, dado que isso mostrará o melhor de mim, que é a pessoa que sou.

Portanto, afirmo com todo o orgulho e emoção, em dizer que sou Guia, pois mais do que amigas, somos irmãs; sei que mais do que ser voluntária, eu faço a diferença; que mais do que uma farda, somos verdadeiramente algo maior. e, o que me dá uma alegria enorme é saber que mais

Mãe é uma palavra imaculada. Quem já não tem, sente que lhe falta um pedaço de ternura. é aquela presença que tanta falta nos faz pela vida fora. Mas só sentimos o verdadeiro amor de mãe quando nasce o primeiro filho…

Medos e inseguranças invadem nosso espírito e a responsabilidade de educar bem é uma constante preocupação. A necessidade de apoio na educação ao nível familiar e social é uma realidade e foi através da Associação Guias de Portugal que encontrei o pilar emocional para complementar o equilíbrio que todas as famílias procuram.

Quando iniciam a vida neste movimento, normalmente ainda muito jovens, nós pais somos invadidos por receios que algo possa acontecer e principalmente saudades quando saem para atividades durante vários dias. é nessa altura que temos de acreditar nos valores que até aí transmitimos e confiar no empenho e responsabilidade de todos os membros da chefia.

Quando se tem a sorte de se ser mãe de uma Guia tudo fica mais fácil, pois a

ser MÃe De UMA GUiA

do que apenas eu, sou uma em 10 milhões, prontas para “deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos”, como disse, e bem, Baden Powell.

Sofia CostaPatrulha Girassol1ª COMPANhiA De VilA NOVA De FAMAliCÃOreGiÃO De BrAGA

filosofia do Guidismo – para além de ajudar os pais nessa árdua tarefa de educadores – prepara também as nossas filhas para enfrentar as dificuldades da vida como verdadeiras guerreiras. O seu conceito ensina-nos tanto. Muito tenho aprendido com elas… e como melhorei a minha condição de mãe!

Valores que raramente se veem e que nos dias de hoje estão a falhar, vemo-los todos os dias nas atitudes destas meninas. Amizade, compreensão, entreajuda, companheirismo, respeito pelas pessoas, pelo ambiente e pelos animais, são alguns dos muitos que tenho observado.

Também hoje sou uma pessoa melhor… Por tudo isto e principalmente como mãe de uma Guia, que começando tão pequenina nesta associação (apenas com oito anos), se tornou uma grande mulher.

Muito obrigada, Guias de Portugal.

sempre ao vosso dispor,

Graça Maria AlmeidaMÃe De riTA AlMeiDA (Del. reG. rAMO AVeNTUrA De ViANA DO CAsTelO)

“Quando se tem a sorte de se ser mãe de uma Guia tudo fica mais fácil, pois a filosofia do Guidismo prepara as nossas filhas para enfrentar as dificuldades da vida”

INteRNACIONAL

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De 16 a 20 de agosto realizou-se, em Berlim, a 14ª Conferência europeia do Guidismo e escutismo. Tal como tem sido hábito, esta conferência (que tem lugar de três em três anos), decorre no mesmo espaço, proporcionando momentos conjuntos (Guias e escuteiros) e momentos separados, trabalhando assim assuntos comuns e paralelos de ambas as organizações europeias.

sob o tema “Be prepared, be there, be Berlim”, que apelava assim ao sentido de unidade e partilha de valores dos quais a cidade é exemplo após a queda do muro, a conferência reuniu cerca de 400 participantes.

Ao longo dos dias, foi possível avaliar o triénio passado, trilhar o futuro do Guidismo na europa, partilhar boas práticas de outras associações europeias e eleger o novo Comité europeu que estará à frente da região europa da WAGGGs, durante o próximo triénio. A nova equipa será liderada por Corinna hauri (suiça), eleita Chair do Comité, e por Amanda Medler (reino Unido), que será a Vice-chair, ambas membros do Comité cessante. A restante equipa será composta por Nina Fleck (Finlândia), eri Papadopoulou (Grécia), Pascale Vandersmissen (Bélgica) e sharon O’Neill libreri (Malta).

em 2012, a Organização das Nações Unidas proclamou o dia 11 de outubro como o “Dia internacional da rapariga”. A Associação Mundial das Guias (WAGGGs) esteve diretamente envolvida na criação deste dia e, nesse ano, pediu a cada Guia para ajudar a criar o mundo que desejamos para as raparigas. Guias de todo o mundo aceitaram o desafio e responderam que o mundo perfeito seria aquele em que as raparigas teriam as mesmas oportunidades que os rapazes, os Direitos humanos seriam respeitados por todos, o futuro sustentável estaria assegurado e no qual as raparigas teriam acesso à educação, viveriam em ambientes seguros, seriam saudáveis e teriam bons empregos e oportunidades de liderança.

14ª CONFerÊNCiA eUrOPeiA DO GUiDisMO e esCUTisMO

DiA iNTerNACiONAl DA rAPAriGA

INteRNACIONAL

Participantes de mais de 50 países desenharam, escreveram, filmaram e fotografaram, partilhando a sua visão do mundo que querem para as raparigas. Nesse mesmo dia, mais de 30 países organizaram eventos, conferências, marchas e muitas outras iniciativas em torno deste tema.

Desde então, a Associação Mundial das Guias fez mais um pergunta: qual a ação mais importante que mudaria radicalmente o mundo como nós o conhecemos, para o mundo que nós queremos?

A resposta? Colocar as raparigas na liderança.No Dia internacional da rapariga 2013, a WAGGGs convidou todas as Guias a

assumir a liderança para a criação do mundo que desejam. Como? Visita www.theworldwewantforgirls.tumblr.com para saber mais.

· A próxima Conferência Mundial das Guias terá lugar em hong Kong, em julho de 2014.

· A região dos Açores acolheu a estação Nacional da AGP, no 56º Jamboree no Ar, que decorreu de 18 a 20 de outubro.

INteRNACIONAL

14ª série 2013 21

Carolina Gonçalves, Guia Aventura da 1ª Companhia de são Domingos de rana (região de lisboa), juntou-se aos representantes do Fórum europeu da Juventude e Conselho da europa, na 6ª edição da euroDiG, que teve lugar em junho, em lisboa, para discutir como assegurar a privacidade online junto das crianças e jovens.

A euroDiG é uma reunião anual, que reúne representantes da sociedade civil, empresas, governos e organizações internacionais para discutir a evolução europeia relativa à internet.

A Carolina participou numa sessão plenária, partilhando o seu ponto de vista relativamente às vantagens e riscos da internet, sensibilizando para a necessidade de educar as crianças e jovens sobre como navegar na internet com segurança.

GUiA AVeNTUrA DisCUTe iNTerNeT seGUrA NA CONFerÊNCiA eUrODiG

Peter Matjasic, do Fórum europeu da Juventude, salientou o papel importante que a educação não-formal tem na formação das crianças e jovens no que diz respeito à proteção online, reforçando o bom exemplo da Associação Mundial das Guias (WAGGGs) e do trabalho que esta tem desenvolvido em prol deste tema, nomeadamente através do kit de atividades “surf smart”.

segundo Carolina Gonçalves, “esta temática é importante para os jovens, na medida em que eles precisam de ser conscientes e cuidadosos online. Ao participar nesta conferência pude dar a minha opinião e partilhar a minha experiência, e assim os adultos que assistiram à conferência ficaram a conhecer a perspetiva das crianças e jovens quanto ao tema da segurança na Internet.”

No dia 20 de junho de 2013, fui com as minhas chefes ao hotel Altis, em lisboa e juntei-me aos representantes do Fórum europeu da Juventude e do Conselho da europa, na 6ª edição do eurodig (european Dialogue for internet Governance) para discutir como navegar na internet em segurança.

estavam lá muitas pessoas importantes, como a sophia Kwasny do Conselho europeu, que foi quem dirigiu o painel em que participei, que se chamava “Privacidade e Comércio pela internet - implicações para crianças e jovens”. respondi às perguntas que me foram colocadas relativamente aos riscos na internet, como o que eu achava dos adolescentes menores de 13 anos utilizarem as redes sociais ou os perigos de aceitar pedidos de amizade nas redes sociais de pessoas que não conhecemos.

Mas não falei só nos riscos, pude também falar sobre o kit de atividades “surf smart” da WAGGGs. Fiquei muito interessada neste kit e quero realizar as atividades com a minha patrulha – também já o conheces?

Adorei partilhar o meu ponto de vista, sobre a forma mais segura que os jovens devem navegar na internet!

Carolina GonçalvesPatrulha esquilo1ª COMPANhiA De sÃO DOMiNGOs De rANAreGiÃO De lisBOA

A eXPeriÊNCiA CONTADA PelA PrÓPriA

“Esta temática é importante para os jovens, na medida em que eles precisam de ser conscientes e cuidadosos online.”

6ª eDiçÃO DO eUrODiG (eUrOPeAN DiAlOGUe FOr iNTerNeT GOVerNANCe)

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PASSAteMPOS

Para se divertirem em patrulha, em companhia ou em família, utilizando as rolhas que recolheram!

DinâmicaCada patrulha executa cinco mini jogos, com a duração de 1 minuto cada. O tempo é cronometrado e só ganham um ponto se conseguirem concretizar a tarefa num minuto. em cada jogo, joga uma Guia diferente e as outras fazem claque.

jogos com rolhas:- Desenhar um círculo no centro da sala, colocar rolhas a cinco metros do mesmo.

Com a ajuda de um “abanador” de cartão, cada Guia deve colocar a rolha no centro do círculo. (este jogo funciona melhor em sala)

- Transportar cinco rolhas (uma de cada vez) numa colher até um recipiente que está a uma distância de cinco metros.

- Conseguir acertar com rolhas num recipiente, mas fazendo-as tocar primeiro na mesa onde está o recipiente, como se fosse ping-pong.

- separar rolhas de cortiça por cores (pintar com quatro cores). Ter 10 rolhas de cada cor.

(JOGO reAliZADO PelO COMissAriADO reGiONAl De BrAGA, NUM CONselhO reGiONAl De DiriGeNTes)

JOGOs “sACA NUM MiNUTO”

Material:• Cronómetro• Rolhas• Cartão• Colher de sopa• Tintas (para pintar as rolhas – basta pintar nas bases)

• Recipiente

PASSATEMPOS

ação Saca-RolhaSo Projeto

Guias da austrália promovem reciclagem de rolhas

Indústria de cortiça é amiga do ambiente

Da bolota à rolha - uma história

o maior sobreiro do mundo é português

alvoRaDa 03

04

FIcha TÉcNIca

Proprietário: associação Guias de Portugal

Conceção Gráfica: White_Brand Services

Impressão e acabamento: ondagrafe, artes Gráficas lda.

Tiragem: 6.500 exemplares

Depósito legal nº239055/06

vIDa Da aSSocIaçãoo melhor acampamento de sempre

o meu último acampamento como avezinha

o 1º acampamento da recém-formada companhia de Facha

Não há impossíveis

Gostei tanto de acampar!

Da patrulha de Tag 1 para as Guias

Um ano de construções

as construções dos acampamentos

Pais e Guias juntam-se para recolher lixo

Bando deita mãos à obra

companhia ajuda a reabilitar antiga praia fluvial

Especialidades- um objetivo cumprido

Recria-te – hoje és tu, amanhã serás ainda melhor!

a nossa companhia celebrou 35 anos

Já sou aventura

Testemunhar que sou Guia

Ser mãe de uma Guia

11

INTERNacIoNal14ª conferência europeia do Guidismo e Escutismo

Dia Internacional da Rapariga

6ª Edição do EURoDIG

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NESTE JORNAL

Dar nova vida a rolhas de cortiça

REGIão DE BRaGa

REGIão DE FaRo

Escreve a letra inicial da palavra correspondente a cada imagem e descobre as palavras relacionadas com o projeto Saca-Rolhas.

Soluções: 1. cortiça; 2. ambiente; 3. Social; 4. Insígnia.

1 - De que árvore vem a cortiça?

a) corticeira b) Sobreiro c) laranjeira d) Pinheiro

2 - Em que ano nasceu a Ação Saca-Rolhas?

a) 2004 b) 2006 c) laranjeira d) 2005

3 - Que idade deve ter a árvore para se retirar a cortiça, pela primeira vez?

a) Entre 10 a 15 anos b) Entre 15 a 20 anos c) Entre 20 a 25 anos d) Entre 25 a 30 anos

4 - Qual o maior produtor de cortiça do mundo?

a) Portugal b) Estados Unidos da américa c) china d) Japão

5 - Como se chama a insígnia que as patrulhas/ninhos podem conseguir se recolherem rolhas?

a) Insígnia Super Rolha b) o Rolhinha c) Insígnia Rolha d) Insígnia Saca-Rolhas

1.

2.

3.

4.

O PROJETO QUE PROMOVE RECICLAGEM DE ROLHAS DE CORTIÇA DESDE 2005

ASSOCIAÇÃO GUIAS DE PORTUGAL2013 | 14ª SÉRIE | 1,50€