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O PUBLICADORANNO IV.—1865. SEXTA FEIRA 28DÉ JULHO NUMERO 808
O 8*»tibllr(Ml<»r hõ proprledado de José Uodri^un» <l,i Gosta. Puhlicn-sn di.iri.nn(*iito. o «iiíiscrfivr-soBosta"ívíioãnidito á raSo inídn m>>i>im».i ^. ¦ / ^núncio, dosSr,. «..ignnntei torto publicado, mediante a p.gà de 40 r.. por linha, c SS&Vm^ ,K «W*** »> «»'IrilHiicloranoiivol, quisera cm iodo caso pa«a adiantada. Numero, avulsos Ito r*.f fnrondo-se o podido do véspera. i
«»"«a*.**cs sorao andai á luí mediante con
ANN0NC10 DO PUBLICADOR.Paro bem rcgularisarmos o traba-
lho da nossa ompreza, indispensávelse torna que até o ultimo do correntemez fiquem os Srs. assiqnantes, queesiíio a dever um ou mais mezes atra-zados, quites com o nosso cobrador.Do 1° do futuro mez de aqoslo emdiante será suspensa a entrega da fo-lha aos que nao se prestarem ao nos-so reclamo; ficando todos certos dcque assim procederemos porque nosé indispensável exigir o mais'rigorososystema na arrecadação da contribui-cito a que é obrigado quem quer tero gosto dc receber uma folha diária,que tantos sacrifícios exige para sesustentar. Nào desconfiamos de nin-guem, antes pelo contrario julgamostodos capazes dc guardar as assigna-taras dc qualquer jornal que possapor cilas esperar largos annos, porem,infelizmente para nós, isso nos é im-possilvel. Para evitar o inconvenien-tc dc não serem encontrados cm casamuitos senhores que desejem se des-obrigar dos seus compromissos, lem-bramo-llioe t«» r- 1-. - .-ta tvnographia,M
RUA DIREITA N. 20.
PARTE OFFICIALDECRETO.
Hei por bem, usando do poder moderador,
perdoar os réos pertencente, ao corpo de impe-
riacs marinheros, batalhão naval, e marintiagem
da armada, que tiverem commettido o crime
de primeira e segunda deserção simples e aggra-
vadas pelas circumstancias números um, dous,
três e cinco do titulo quarto, artigo único, das
deserções agravadas, à que se refere a ordenauça
de 9 dc abril de 1805, e se apresentarem dentro
do prazo de três mezes, contados da publicação
deste decreto, em cada uma das comarcas do im-
perio, salva a restituição ou indemnisação de quetrata o decreto n. 1671 de 7 dc novembro de
1855 ; sendo incluídos n'esle indulto os que já es
tiverem sentenciados ou para o ser.
Francisco de Paula da Silveira Lobo, do meu
conselho,' rnsnislro o secretario de estado dos
negócios da marinha, assim o tenha entendido
o faça execular.-Palacio do Rio de Janeiro, era
6 de julho de 1865, 44.° da Independência e do
imperio.-Com a rubrica de Sua Magestade o
Imperadoa.-Francisco de Paula da Silveira Lo-
bo.
GOVERNO DA PROVÍNCIA.lftln95tlejiaUio «1c t$G&.
Expediente do governo.OíTicio ao presidente do Rio de Janeiro, —lenho
a honra de aceusar a recepçãa do oíTicio de 11 do
corrente em o qual V. Exc. mo communica ha-
ver na mesma data reassumido a administraçãodessa província.
—Idem ao viscoudo de Camaragibe, directorda faculdade do direito do Recife.—Accusando orecebimento do edital que por copia V. Excme remetteo com ofllclo do 22 do corrente, rela-tivo ao concurso da cadeira de latim, do cursopreparatório dessa faculdade, cumpre me dccla-rar cm resposta, que vai ter o dito edital a con ¦veniente publicação nesta província.
—Idemao I.» vice-presidente do Paraná.—Te-nho a honra do communicar á V. Exc. que como se» ofllcio de 6 de junho ultimo recebi dousexemplares do relatório apresentado na abertu-ra da sessão ordinária d'asseu>blea legislativa des-sa província o anno passado, pelo Exm. presíderi-le Dr. André Augusto de Padua Fleury.
—Idem oo chefe de policia interino.—Cons-tando-me de ihformaçáoaprèsentada por essa rc-partição em 22 do corrente que Antonio da Cos-ta Freire Maracujá se evadio da cadeia da cidadede Camplna-Grandc, onde se icliava preso porcrime de ferimentos, recomméndo á V. S. a» nc-cessarias ordens para a captura desse indivi-duo.
—Idem ao mesmo. —Dou conhecimento á V.S., para os fins conveuienles. de que segundo mefoi declarado por aviso circular do ministério daguerra de 12 do corrente, continua o alistamento dos voluntários da pátria com todas as vanta-gens concedidas, c cm virtude do§ l.° do art. 2.°da lei n. 1246 de 29 de junho ultimo.
perioYes7'e~deíegados de policia.•—Idem ao ir.spector da thesouraria de fazen-
da.—Em vista dos inclusos documentos mande
V. S. pagarão capitão Luiz Estanisláo RodriguesChaves, a quantia de 178gÜ90 rs., importância dos
vencimentos dos volunlarios da pátria vindos ultimamente da villa do Pilar, e das despezas fei-
tas para sua oonducção á esta capital.—Idem ao mesmo.—Tendo sido exonerado do
cargo de presidente desta província o Exm. Dr.
Sinval Odorico de Moura, por decreto de 7 do
corrente mez o communico á V. S. para os devi-
doseíleitos nessa repartição.—Idem ao juiz de direito da comarca de Ma-
manguape— Tendo sido julgada cm 26 de no-
vembro do anno passado pela relação do distric-
to a appellação do roo condemnado pelo jury do
termo da Independência, dessa comarca. ManuelGomes da Silva, e remetlida águia para a exe-
cução da sentença c do accòrdâo d'aquelle tri-
bunal em 10 do dezembro do mesmo anno, se-
gundo ooiiimunicaçao do respectivo presidente,cumpre que Vmc me informe o que lhe constaracerca do referido processo.
—Idem ao engenheiro director das obras pro-vinciaes.—Fica Vmc. encarregado dc apresen-
tar-me com a possível brevidade um orçamento
do concerto de que careço a escada do lado cs-
querdo do edifieioonde funeciona a câmara mu-
nicipai desta cidade.Fez-se a presisa communicaçao.
Expediente do secretaria interino.Oflicio ao director geral da secretaria dc estado
dos negócios da justiça.—De ordem de S. Exc,
o Sr. vice-presidente da província, aceuso are-
cepçao dooílicio de V. Exc. de 13 do corrente,
pelo qual ncouomcsmo Exm. Ss. inteirado de
ter sido nomeado por decreto de 30 do mez tio-
do o juiz municipal e de orphãos Gastao Ferrei-
ra dcGouvôa Pimentel Bclleza para o lugar dejuiz de direito da comarca de Pombal desta pro-vinria.
—Idem ao mesmo.—De ordem de S. Exc. oSr. vice presidente da província, communico áV. Exc, que forao distribuídos pelos juizes dcdireito desta mesma província os exemplares dalei e do regulamento hyppthecaxio, que «com-panharao o ollicio dessa directoria de 6 do cor-rente méz.
Fcz-sc a devida remessa.-Idem ao mesmo.—S. Exc. o Sr. vice- presi-
dente da província, manda aceusar a recepção dooílicio do V. Exc de II do corrente mez. em quelhe participou ler sido nomeado por decreto de üdo mesmo mez o bacharel Magno Bruno MarquesB.icalhào, para o lugar de juiz municipal c dc or-pl/aos do termo do Ingã desta província ; do quelicou o mesmo Exm. Sr. inteirado.
—Idem ao juiz de direito interino (ia comarcado hlar.-Dc ordem do Exm. Sr. vice presiden-te da província, declaro a V. S., que teve oconveniente destino o mappa estatístico que a-companhou o «eu officio n. 16 de 20 do corrente,da 1." sessão do jury do termo de Pedras de Fó>go dessa comarca, e bem assim a participaçãoda abertura e encerramento da mesma sessão"
—Idem ao Dr. Benjamin Franklin dc Oliveirae Mello.-O Exm. Sr. vice-presidente «lo provin-tia manda aceusar a recepção doMju officúa «•«099UIIIIUU 11'iijuuuu uom u cacujivíiO iidViliil Cio
juiz de direito da comarca desta capital.Communicou-so à thesouraria de fazenda.—Idem ao juiz municipal de Barianeirài.—De
ordem de S. Exc, o Sr. vice-presidente da pro-vrincia, aceuso a recepção do oílicio de V. S. de10 do corrente, a que acompanhou á certidãodas audiências dadas por esse juizo no trimestrede abril a junho últimos.
— Idem ao juiz municipal da Independência.—S. Exc, o Sr. vice-presidente da província, man-
da aceusar a recepção do oíTicio de V. S. dc 10
deste moz, a que acompanhou o mappa das pri-soes decretadas por esse juizo durante o mez de
junho próximo findo.—Idem ao bacharel Magno Bruno Marques
Bacalhâo.—Tendo siilo V. S. nomeado por deere-
to de 6 deste mòz para o lugar de juiz municipal
ede orphãos do termo do Ingâ desta província,segundo consta de participação da respectiva se-
cretaria cFcstado do 11 do mesmo mez, de ordemdo Exm. Sr. vice presidente da província lh'ocommunico para sua intelligencia.
Despachos.N 1318.—Requerimento de Antonio dá Costa
Freire Maracajá, preso na cadeia de Campina-Grande, pedindo remoção para a de S. João.-—In-deferido.
N. 1319.—Idem de Silvino d'Araujo Sampaio,soldado voluntário da pátria, pedindo o uso dos
j distinctivos de 3.° cadete—Concedo aòsúpplénte
o uzo dos distinctivos de soldado particular, querequer.
N. 1320.—Idem dc Pedro d'Alcântara Araújo,poldado voluntário 4a pátria, pedindo a mesma
cousa —O mesmo despacho.N. (321—Idem de Targino Xavier Falcão, sol-
dado voluntário da pátria, pedindo a mesma cou-
sa.—O mesmo despacho.
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Rendimento do dia 27 ' 3.905*64^2n,
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70S516s/ ft>(1E desde o 1.°'!d WW
K,„ dc Janelr» 4 tle juH-o .le 1865. -
Finalmontotoilmjoannuuciadaomcialmco.onasdnas
„-,„nrl.» cslabcictíüo. dorccèdor I i«O"
¦r.:;r:i - .—:rr:":(F,vâa as innocentcs ndol «W; „„,,.
do que lem^^'''^"•.•ccaW^^ob^no.o
Suas suspcurió natuise do
mfmmm^-Í ljnamo-nos meu dòulorj
E demos cabo do mundo. »
irtíitówsr »s I"hllils' C a °
dc viajar, até onde encontrem um laboratório capaz
dc peneirar-lhes os intestinos, como cilas penetraram
nos do doente, que cm lodo o caso morreu.
Que bello achado para um toxi-maniaco, ou ressus-
cilador dc mortos ? 1Nas mãos dc certo ratão aquolla caixa dc pílulas fa-
zia epoeha. ;!Infelizmente falta aqui um pharcista dc igual força,
c ê nossa opinião, que o Dr. Vital dc Oliveira anda cn-
volvido cm uma qucslão ridícula pílulas dc sabão, que
nâo mataram, c nem podiam malar o docnle, salvo sc
o boticário não cumprio a receita, fazendo um dos qm
pro quo do oflicio.
câmaras a viajem dcS.M. flQ
Ouantl0 o ministro do imlperio, I"
ao qual correspondeu a câmara
;i;(.::,sir1o<V,,iSt,n,Sc,,U,,oSr.Mar,,,1l,,lo,,mv^r.-,..m bello discurso constitucional.
'"';l , ! ™ eniento, o ajuiaadamonlo a «
ÍJgSS OVmda responde, « - o
,,1U5m„rolanbSso,no;*mt.n..n.ouap,1>lHlaunperial.
^ossa armada «metevada a.>m^baSlamc
>%>cilavcl , ¦ ,1,.ovi,mon|(. dous transpor-Também suo esperados biounu nu, •
lc rra. fi0.0 governo mandou onçommon^
^il.il.^Jwantn^nrf.oma^nnrnsdun,
JSL, consta a™ vôo .ra.ar dc constnurvaso.
" Xidadc dl nossos «unes' a—mente 0,
q„; Ü cónSo avaliado om 40 dias. fo. talo cm
rtdiíá trahalhandn-so noite, o dia.
S kramflSi como devíamos, cuidado om .,mno
ao/nossos arsenaes, poderíamos hojemampuar -
os artigos de guerra; com muito ma.s economia, e ,em
ôLaecnUio.redundana em econouua hoje, emendo
U aos poucos, e parcialmente, seria agora msen,,
to
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OKI
déoTriumpho glorioso.-M-w no Siglo do Montcvi
•'¦'/:
. ¦..*¦ ¦' ¦.'.¦¦¦¦¦•,¦. .
1 A
«' O povo inteiro sabe, c recebeu com inexplicável
júbilo o. grande triumpho alcançado pela csqnadra bra-sileira sobro a paraguaya.
k Não ha exageracão cm qualificar, como havemosdito, esso combate o primeiro cm seu gênero, nas a-goas quo banham esles paizes.
« Triumpho que significa para os aliados meia ques-tão ganho, na grande contenda que sc decide pelasarmas; triumpho quo significa uma conquista dc non-ra o dc gloria para as armas brasileiras, o quo prova<iue se os paraguayos lem o cego valor que infunde ofanatismo, os alados tem a reflexiva coragem doshomens livres, que levam a ideia na mente o aconvie-cão na consciência.» ii-U^&L*
« A preponderância das armas alhades está estabelecida nas agoas, ca superioridade das tropas consta-tada no heróico combato sustentado um contra dousnas ruas do Corrientes.
« Em iodos os terrenos Ifao dc ceder os paraguayosaos aluados a palma da victoria, como os austríacosna campanha da Itália, como os russos na guerra da
Crimca a cediam por fim, não obstante seu fanáticoheroísmo, ante o esforço irresistível do francezes, ila-
!iarie°nKriisolulos dos rios, os olhados vão col-
locar cm angusllosa posição aos cicacitos do tironno,
of hfdò ombahlc procurar nu victoria n sua salva-
rio a qual não Ilios lia do sorrir nunca por mols que a
mfoi declarado; unempodia.^..^g
„ oiámcnlò, mas Mo res.a a menor duv da. o a ca
A» mais uma vêvP não quer crea, -.te cm
hnrAebs em seus planos administrativos.'"O .r^nenlo porlugue, saindo «p. » sp *.
soJo,capHo,ou,eimpoVon,,:os;,sto,dí3ll, quo votaria o orçamento, mas sob conuiç.
iiJi*hh má í« ntoia ramara.. r.^ »-•<•<•-lamentaros. A nossa assembléa deu tudo sem impor
condições.Ainda não tinham passado nò senado as lóis, què
concedem a S. S. A. A. os príncipes os postos no ex-
creito, c armada, c creio, que por esto motivo ainda
não foi publicado o adiamento.A câmara tem também do concluir um decreto so-
bro as pensões, meios soldos ás viuvas dos militares
dos diversos corpos, mortos em campanha, bem como
sobre os postos de accesso, c mais prêmios por ser-viços relevantes.
Dizem, quo o governo quer esperar por esta lei, a
qual entretanto vai ser votado quasi por acclamação.Creio, que ella não é perfeita, criem podo sê-lo. cmvista da pressa, com que vai sendo votada, mas em
fim sempre dá animação, conforto, c esperanças aos
militares, quo so acham cheios dc privações, c expostosaos perigos da guerra; incertos sobre, a sorte do suas
pobres famílias;A assembléa, é mister confessa-lo, nada tem pou-
pado para milhorar a sorte de nossos bravos.Correu a noticia dc que fora desempedida pelo go-
verno francoz a nossa curveta encouraçada, Brasil; a
qual deve aqui achar-se brevemente; assim como, quenão haverá grande demora nas duas de fundo de pra-to, mandadas fazer na Inglaterra.
Brevemente cabirá ao mar a outra, que se acha em
construção no arsenal do marinha, assim como estubastante adiantada a 3,a da Ilha das Cobras.
Também consta, que já partiram quatro outros on-couraçados, completamente armados dos Eslados-Uni-dos, os quaes ahi se fabricavam muito om segredo.
Fica assim nossa esquadra com dez encouraçados,n3o só bastantes a bater qualquer armada paraguaya,mas lambem para guardar nossas costas, sc por ven-tura alguns especuladores quizerem acecitar carta do
corso do cacique do Paraguay, como tom corrido, hãosei com que íuridaineuíu.
% parece, què á posstàdade dc uma guerra u;
„o'dia ser admittid » por nossos liomoiiS porcos, c;ue
ate1 alguns, queriam incendiar nossa esquadra,
Finda a guerra elles liarão assoimmidoscom a tlcs-
peza, que nossa ^previdência orcasionou.1
o IliU possuindo immcnsa costa, con, frou eras
lárfr&s; o abertas, lendo visiol.os descontados, desm-
düètosi e que pouco nos sympalldsam, carece .to «-'„,
gpSMO armada, o um rcspeilavel exerclo co l,o-
„ aquella se empregue, durante a pa/., em ta, "
servi» das cooq.anlnas costeiras, e este em colomn.a*
miliur„. na abertura de estradas de^ rodagem, c ,to
forro, percebendo durante este servli;.o seus sttauo.
como artistas, ou jornaleiros. mas arreíomenlados, ,¦
sempre promptos c habilitados a empunhar as arinns,
qnaUò as necessidades o exigirem.1
Ém com pouco sacrilicio dos cofres cslaromos
prmnptos a .pialquer eventualidade, quo oceorra.
dfsànisaf do momento massas de voluntários ou
recrutados, sem inslrucção, sem disciplina, hábitos, ^..:..„,.,-.— •' «sunr-^ aro»'-
lícr'muita gente, o até a compromelter a honra dcnossas armas om qualquer revòz, muito possível por.aquéllas causas, apezar do valor de nossos patrícios.
As despezas com a guerra, fortalecem a paz, equau-do a honra exigo a guerra, esta é menos cercada desacrifícios,
Os nossos voluntários parece, que estam sob máinfluencia.
O Oydpóck, que conduzia o nosso batalhão 21, cs-teve dous dias encravado no banco inglez, próxima áIlha dos Lobos marinhos. Foram dous dias de ancie-dades, fome, o sede, durante os quaes áquelles bra-vos, soffrcndo sua primei ra provança, mostraram uma ,coragem, calma; o resignação, quo admirou a todos.
A Providencia não qui/. o sacrilicio, não direi in-
glorio, mas improlicuo cíáquelles bravos parahyba-nos, cila lhes deparou soecorros do Monte-Vidéo, quesalvaram a todos, som a perda de uma vida, sem amenor desordem.
Saudaram 11'aquella cidade a brilhante batalha deRiachuelo, c seguiram já para a campanha, onde fo-ram encontrar o nosso batalhão de linha, o 17.
O Imperador, que conduzia o nosso contingente, o2.° da guarda nacional, para Santa Catharina, apanhouum temporal, que o obrigou a arribar, com agoa a-berta, ao Porto Velho, lendo antes alijado as muni-
ções, até'as mochilas dos soldados.Filizmcntc não tivemos perdas do vidas, c o vapor
americano Wassuchet foi conduzir a tropa para SantaCatharina, d'ondc brevemente partirá para a campa-nha.
Chegou aqui o corpo policial d'cssa província comoptima viajem, há Ires dias, e mais um contingenteda guarda nacional, o o corpo do' Píauliy. Nos-sus tropas vieram em paz, e não tcèm soffrido mo-lestias; mas o do Piauliy deixou doentes ém todas asprovíncias, c aqui tem povoado o hospital,
Tenho notado, que òs jlarahybános não se dão malcorri o clima do sul, Todos os hdssos corpos lêem
f
O IM ilLICADÜli. 3
lido muilo poucos poiiCÒS doentes, tanlo aqui, como
ua campanha.Corro, quo O conunnitdante do corpo policial dVssa.
o déslinctò major Josó Vicente, fora óitóarregadò da
commissBo de c-rganisar ahi um segundo corpo dè
voluntários; mas, quo ollo fora ao paço pedir a S. M.
para spgüíc para o sul com o seu corpo, assim como
os officiaes foram pediç a S. M. sua demissão, so por
ventura o commandanío fosse dispensado dc marcluár.
Reina um desgoslo entre ns praçaè com essa noli-
cia.O corpo de. permanentes, policia, (1'esta corte, um
dos mais disciplinados, ò gárbòSOS do exercito, com-
posto em grande parte de porluguozes engajados, leve
ordem de embarcai-, d por isso alguns praças teem
feito desordens pelas ruas a noite.
Hontem uns cem, quiseram lenlar uma espécie de
insubordinação, d foram á policia dando vivas, o mor-
ras, onde ò chefe procurou acalma-los por bons mo-
dos, porque não tinha ria occasião força para Conte-
los. '
l-ilizmente com isso se aquietaram, ficando sempre
o publico um pouco receioso. o gráçánão hoticias do
insubordinação no acto do embarque, ao quo por cer-
lo elles não se arriscarão, pois sabem, que aqui há
áctüálmonte para corilc-los muita tropa do norte
Veremos isto em que dá.
Entretanto se fosse em alguma das provincias, se-
ria muito ex Iranho, aqui porem passa como (lósapercc-
bido,scndo certo que os amotinados na policia faltaram
ao respeito nos próprios ofliciacs, como c publico.
O padre Eduardo, c Ors. Santa Rosa c Cordeiro, po-
dirnm, c obtiveram sua demissão, pelo que provável-mcnlo ahi estarão brevemente.
O Dr. Santa Rosa tom estado bastante doente, e
não podia por forma alguma seguir.
Continuam a correr as noticias da invasão dos pa-
raguayos no Hio Grande do Sul, tendo atacado S. Dor-
ja, c obrigando a rotirnr-sc a pequena guarnição, que
cntrelanto-balcu-sc em quanto o excessivo numero dos
inimigos não obrigaram a rclirar-sc
Parece, que uma nossa bandeira andou cm risco dc
ser tomada pelo inimigo, a não ser o valor- dc um sar-
gento nosso, que matou o paraguayo, que, tendo mor-
to ao porta-ostandarlo, já ia com cila nas mãos.
Esla noticia entretanto carece de ulterior confirma-
cão.
Consta, que foram dcmcllidos os presidentes do
Hio Grando do Sul, Minas, Alagoas, Bahia, Pernam-
buco, Parabyha, o Amazonas. Para o Rio Grande es-
tâ nomeado o Exm. Visconde da Boa-Vista ; para Ml-
nas não sei ; para a Bahia, Dantas; para Maceió, Es-
poridião; para Pernambuco, Paranaguá.; para essa
provincia, Affonso Celso ; para Amazonas, Epami-
nondas.
Foi uma remonta geral, c muito, entre todas, mo
admirou a dimissão do Exm. Sinval, quo tantos servi-
cos tem prestado, que lem o apoio da deputação da pro-vincia, a qual estou corto, estava com elle satisfeito.
Parece-me ale quo S. Exc. confiava muito no Exm.
Marquez do Olinda, que o nomeou, sc mo não enga»
no, para o Amazonas, onde fez a ultima eleição.
Com quanto conheça pessoalmente seu suecessor,
quo é uma exccllente pessoa, dcillustração, e muitos
bons sentimentos, c ao qual auguro uma boa adminis-
tração, não posso, c nem devo, esquecer os serviços do
Exm. Sr. Sinval, quo podia e devia ser abi conserva-
do. v
Essa mudança devo fazer nascer novas esperanças
na grey rubra dahi, c talvez alguém pretenda ler sido
collcga do novo presidente, sc disponha a trata-lo porlú, e a achar galantes os pequenilos; muito estimarei,
inas é bom, que não se engane, como de outra vez lho
aconteceu, c soja forçado a inveniar algum cpitclo
injurianle para o anligo collcga, e intimo amigo.
Povavolmoulo lambem sc retirará o nosso amigo
Sena, que lão lindos versos produz. Amigo doExm
Sinval, com quem servia unicamente por ossas rela-
çóes, certo, quo não ficará na provincia.Aceitem ambos minhas despedidas saudosas.
TRAHSCMPm[Diário ()<Jicial dc 7 (fo corrente.)
Pomos obsoquiados com um histórico do combate na-
vai de Riiiehuelo, bem assim com as traducções da in-
formação prestada pelos otliciacs da canhoneira iglczaDotorcll, da ordem do dia do general Urquisa, c d.i
parte oflicial do commandanío da esquadra argentina,relativamente ao mesmo combate.
Publicando cm seguida esses documeulos chamamos
par;» elles a attenção: )—Combato naval da esquadra do Brasil deslocada
no rio Paraná, com a do Paraguay no dia 11 de
junho do corrente.« Ddsdò o dia 25 de maio cm que a esquadrilha bra -
silclra opporecbii no portada cidade de Corriorilcs, no
rio Paraná, a do Paraguay quo ahi sc achava fugio o-
guns acima para ir amparar-se das fortes balerins dc
Humaylá, onde sc conservou :.tò 10 dc junho.« Entretanto, senhores, os paraguayos da margem
esquadra d.iquclle rio, por ler sido abandonada pelastropas argentinas', depois dò momentânea bccúpaôtíO, acidade do Corricnlcs, que a domina, forão elles Iraiis-
portando crescido numero do peças de grosso colibre,
c formarão sobre o rio, no ponto chamado Rlacliuolb,logo abaixo dò (pontoj que a esquadra brasileira oc-cupava, uma poderosa bateria dc 22 a 25 canhões, n-
jjoiada cm uma força de infantaria como dc 2:000 ho-mens,
« .No dia lide junho, pelas 9 horas da manhã, afrota paiagüayn que linha largado do Humaylá a meiaimite, deixou-se ver descendo o rio com grande rapidez
(12 milhas,) pois a ajudava a rápida corrente que abitem o Paraná.
« Compunha-se essa frota dos seguinte vasos:Vapor Taquary, navio chefe, de rodas.Dito Paraguary, de rodas.Dito Marquez de Olinda, idem.Dilo Salto, idem.Dito lgurcy, idem.Dito Iporá, idem.Dito jejuy, idem.Dito J&erá', (á bélico.)« Seis desses vapores Irasião a reboque oulras lan.-
los baterias lluciuanles, denominadas no paiz Malas,cada uma com uma peça de 08 a 80.
« Quer os vapores, quer as baterias flutuantes Irá-zião numerosa guarnição, o tropas dc desembarque,
formando um lotai como de 1:800 homens.« A esquadra brasileira apresentou-lhes linha de
combate con» cs seguintes vapores:.(( Amazonas, corveta, commandante Brito, com a
inignia do chefe de divisão Barroso.« Corveta Jequitinhonha, commandante Pinto.« Dita Parnahyba, conimandanlo Garcino.« Canhoneira Belmonte, commandante Abreu.« Dita Igualem!), çom.inançlánlq Coimbra.« Dita Aràguary, commandanío Von Hoonhollz.« Dita Jiebenbe, commandante SanfAnna.« Di a Ipiranga, commandante Carvalho,cc Dita Mearim, commandante Barboza.
« A esquadrilha brasileira representava um total dc6p peças de artilharia com 1,000 homens entre a guar-niçáo e a tropa quo existia a bordo.
« Era por isso bastante proporcionado o combate dc
uma esquadra com outra, mas a do Paraguay passandorapidamente cm frente da brasileira, cambiando com
cila alguus tiros, foi collocar-sc meia legua mais abai-
xo do rio, fundeando próxima á margem delle, e sobos fogos da forte bateria do Riaehuclo.
« A situação era assim extremamente desfavorável
para a esquadrilha brasileira, quo linha do combatercom inferioridade de um torço ao menos no numerodas pecas, alem de terem as baterias do torra algumas
do calibro 120. Teria lambam contra si o fogo do qua-si 4,000 homens do infanteria, contada n dos navios oa do loira.
« Entretanto o digno chefe das forças brasileirasnão hesitou, o foi com todos os seus vasos aceitar o dc-snlio c desigual combate.
« Cumpre observar quo Paraná sendo naqucllo lu-gar recortado do ilha* o bancos, muito diflicullava asmanobras dos novios brasileiros, facilitando proporcio-nalmentfi as dos paraguayos, que. todos crão do menorcalado,
x Assim, e pola eslrcilezn do canal, linhâo os vasosbrasileiros que seguir um ao outro, recebendo cada umdollcs o successivamcnlc o fogo da bateria, o o da linhado navios paraguayos entes dc travarem e combalc pro-priamentedilo.
<( A esquadrilha pnraguaya so tinha formada cm li-nha paralclla ú margem do rio, collocnndo uma bala-ria Huctuantc entre cada dous vapores. O navio-cltpfc,Taquary, formava a cabeça da linha, que era fechadacom o a helice Ibera.
« Contra essa linha travou combate geral aosqua-drilha brasileiro, o ao mesmo tempo contra a bateria dcterra.
«c Contra esta dirigio-se especialmente a corveta Je-quilinlianha, ao que parece, para apagar-lhe os fogos,o ao mesmo tempo atacar o navio chefe inimigo.
« Infelizmente o pratico que a corveta linha a seubordo foi logo morto, c faltando a precisão no seu cami-nho fui encalhar cm um banco, ficando sob o fogo dabateria inimiga, que sobro cila sçílespejou de umamaneira terrível.
« Os mortos o feridos caliião ás dezenas, contando-se logo entre os segundos o coronel Gomonspro, com-mandante do uma divisão, seu secretario, o í.° leneu-tc Lúcio, o 2.° tenente Lacerda, o entro os primeirosdousguardas-marinha.
« Tornou-se ontão necessário retirar para os outrosnavios a guarnição do Jcnuilinhonha, ficando a bordoo pequeno numero dc praças para dispor o abandonoabsoluto.
« Dess'arlc ficou a esquadrilha brasileira privadadc um de seus melhores vasos, c precisamente aqucllc
que pela posição, que oecupava (extremo da linha)'teria obslado a que escapasse um só navio paraguayo.
« Ao perceber os paraguayos o desastre do Jctjici-linhonha, tentarão ue» esforço decisivo contra a Par-nahgba, que ia cm sua proa, c quizerão cprjal-a do res-to da linha,
« Dous vapores vicrão ao mesmo tempo aborda-la,sendo o Taquary por B B, c o Salto por E B.
« A guarnição da Parnahyba, reunida ás duas com-
panhioa dc infantaria que eslavãoa bordo, sobe com-mando do lenonto coronel Guimarães defendião da a-bordagem os dous lados da canhoneira, quando o va-por Maxquez de Olinda abordando-a pela popa lança-
-va a seu bordo,mais dc 100 bomens.<( O seu primeiro empenho foi arrotar a bandeira
imperial, mas não o conseguirão senão depois dc cáhí-rem crivados de feridas n capitão Pedro Affonso, c um
guarda-marinha que com algumas praças a defendião.« Ocpnyéz da canhoneira apresentou logo nm qua-
dro tremendo. Seus 200 homens pelejavão á baipneta,á sabre, á machado contra perto dc G00 paraguayos,quopscorcavào por todos os lados.
« Houve ahi episódios de verdadeiro heroísmo. Otenente do 9.° bata-hão Andrada Maia fazia frente—como um baluarte—Dizem as parles officiaes, á tor-rente dc inimigos até cabir morto com numerosas fc.iridas.
(c O imperial marinheiro Marcilio Dias brigando ásabre com quatro soldados.paraguayos matou dous, ecahiu a final mortalmente ferido.
« Ao mesmo tempo, e sendo impossível vencer umaforça tripla, e a molralha dc ires vapores inimigos, o
2.° commandante da canhoneira, com previa milorisa-
ção desci» superior dava ordem pura a fazer voar, pou-
do fogo ao paiol da pólvora. O escrivão (le bordo ia
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com csteica serenidade praticar osso sacrifício tremeu,da â honrado pavilhão imperial, quando pércebeuVsehcsilnr.no nas forças paraguayas, Era que viflo a Ama»
zonas c a Belmonte dirigir-se em auxiló da Parnahy*ba.
« Então a guarnição desta que so entrincheirara dc
meio navio para a proa, procipllou-so com denodo so-
hrc os paraguayos, eausando-lhos mortandade consl-
dera vcl c obrigando os mais a atirar-se no rio.« O cnnvcz da Parnahyba cra um lago dc sangue;
mais do trinta poragváyos com òoflicial que os com-mandava ahi jazlflo; c outros tontos cahirào feridos emroda do navio.
« Em quanto á horda da Parnahyba tinha lugar cs-se combato legendário, os outros vasos da esquadrilhadespedaça v;1o o resto da esquadra inimiga.
« A Belmonte recebeu nos dous costados 37 rom-
hos dc arlilharia, mas continuou combatendo alé que,cheia dc agua, para evilar ser submergida encalhou
n'uma praia (dc ilha), dconde, todavia, pôde mais
tarde sahir.A Iguatemy tomando-se, por assim dizer, cm du-
elo com o vapor Paraguary o destroçou por maneira
tal que sua guarnição atirou-so â praia. Então o com-
mandante brasileiro mandou-o incendiar.« A Bebcribe, a Mearim c os mais vasos com igual
bravura combalião contra os outros vapores, c baterias
flucluanles dos paraguayos.« Vendo o comboio prolongar-se, o digno cbcfc da
esquadra brasileira lomouuma resolução ousada ede
genial inspiração; foi a dc afundar com a proa dc seu
navio (a Amazonas) os vapores inimigos.« Dc fado, lançando-sc sobre o vapor paraguayo
Jcjuy, com Ioda a pressão do vapor, partioo ao meio
do modo que logo o Jcjüy se afundou.« Igual feito praticou com o Salto c Marquez de
Olinda, sahindo a Amasonas dc cada um desses Ire-
mendos embales como que mais erguida o audaz.
« Para o Taquarg, navio chofe inimigo, dirigio-sc
então, mas estoque o percebeu poz-so cm vergonhosa
fuga, seguido dos pequenos vapores Igurey, Iporá o
Ibera, cujo pequeno calado, além da rápida marcha,
lhes assegurava a retirada por sobre os bancos c a tra-
vez das ilhas.« A's baterias flucluanles dirigio-so a Amazonas,
pois cra o único inimigo que restava, e afundou uma
dcllas; a guarnição das outras atirou-se ao rio, deixan-
do a embarcação, artilharia o petrechos.« Assim terminara ás 6 horas da tarde o combtao
começado ás 9 da manha, tendo, portanto, durado
quasi 10 horas.« Os resultados delle forão: o completo destroço da
esquadra paraguaya, morte dc mais de 1.200 soldados
c marinheiros, quasi Iodos os seus officiaes, inclusive o
commandanlo cm chefe da esquadrilha paraguaya o
seu immediato, grande numero do prisioneiros, porçãodo artilharia, armamento e munições, e, emfim, os tro-
pheus do bandeiras, clc.« A bateria do Riachuolo ficou lambem quasi toda
desmontada, calculando-se que da força que a defendia
morrerão mais de 300 homens.
« Mas essa victoria lão gloriosa para as armas bra-
sileiras teve ainda effeilos moráes/unmcnsamcntc maio-
res, pois quebrou para sempre a audácia dos paragua-yos quanlo ao domínio dos rios.
«t Nas duas republicas do Prata o combate do dia 11
dc Junho foi considerado como o maior feito naval da
America do Sul, c ergueu muito alto a bravura e peri-cia dos marinheiros brasileiros. Pôde mesmo oslabcle-
cer-se que de hoje cm diante firmada eslá a supre-
macia naval do Brnsi.l na America do Sul.<c Os jornaes do Praia são unanimes cmapplaudir
esse feito, que com razão encherá de prazer, e do or-
gulho aos filhos do Brasil.—Ordem do dia do general Urquiza sobre o combate
naval de 11 de Junho.
«Quartel, general, cm Basualdo, 18 de Junho dc
1865.
f'« O chefo da esquadra argentina dá parte.de quono dia 11 do corrente ás 8 horas da manhã n esquadradei nossos adiados brasileiros foi atacada por oito va-
pores parahuayos e seis chatas, com uma peça do 80cada uma.
« Depois dc um renhido combate desde a hora indi-cada alé ás 6 da noite, cahirão cm puder das armasbrasileiras as seis chatas, e os vapores Taquary, Sal-to' Marquez de Olinda e Paraguary.
« A mortandade dos paraguayos é grande; dos va-
pores Salto e Marquez di Olinda só escapou o com-mandante de um dclles.
« Por um Iriumpho tão importante S. Exc o Sr.capitão general felicita aos Srs. generaes, chefes, ofii-ciacs c tropa do exercito.—Benjamim Virasoro.
—Parte official do coronel Muralore (commandanteda esquadra argentina) sobre o combate de\i dcJunho enlre a esquadra brasileira c a do Paraguag.« Bordo do navio chefe na Bocea da Esquina, 16
dc Junho dc 1865.« Ao Sr. general D. Wcnccsláo Pauncro, comman-
danteem chefe da 1." divisão.« Ponho cm conhecimento dc V. Ex. que acabado
chegar o patacho (iiovani Cosia, que sahiu do Hia-chuclo no dia 11 á tarde c por elle lenho sabido o se-
guinlc:« No dia 11 ás 8 horas da manhã foi atacada a cs-
quadra brasileira por oito vapores paraguayos c seisbaterias flucluanles (chatas) com uma peça dc 80cada uma.
« Depois de um renhido combate desde a hora indi-cada alé as 6 da noite cahirão cm poder das armashrasileisas as sois chatas c os vapores Taquary, Salto,Marqaez de Olinda o Parayuary. V. Ex. saberá apre-ciar osta operação quanto cila merece.
« O p:cjuizo da esquadra imperial foi a Parnahy-ba com o leme quebrado, a Belmonte encalhada paranão ir ;'i pique pela muita agua que fazia, e dois naviosmais encalhados.
« Segundo consta, a mortandade dos paraguayoslem sido immenso. Os vapores capturados Sallo eMarquez de Olinda forão a piquo c os outros dous eslãoencalhados. Os quatro vopores quo fugirão cslavüo ommuilo máo eslado. Das chatas qualro estão ã flor d'a-gua, c duas a pique.
« Dos navios a pique perecerão todos, á o xcepçãodo commandante, seu filho o dous soldados.
« No dia 13 á tarde ouviráosc muitos tiros dc pc-ça, porém ignora-se o que cra, nem quaes terão sidoos seus resultados.
« Os episódios que liverão lugar lhe serão parlici-pados pelo commandanto cm chefe, pois impossívelso torna cxplical-ospcla narração que o palrão faz.
« Como aquellos vasos devem carecer de auxilio, a-nimo-me a dizer á V. Ex. que seriatprudcnle o subir cupara me reunir com elles, e dar-lhes todos os auxíliosnecessários.
« Espero sua contestação para decidir o que mecumpro fazer neslc caso.
« Deus guarde á V. Ex. muilos annos.— José Mu-ratore. »—Informação da canhoneira ingleza Doltorell, sobre
o combate de 11 de Junho, segundo o Jornal Cos-mopolita, do Rozario, transcripta em todos os de
Buenos-Ayres.
« A Doltorell corrobora todos os detalhes que dc-mos em nosso boletim do domingo sobre o combate dodia 11.
« Acrescenta que os qualro navios paraguayos queescaparão do combate achão-so destroçados, e inúteispara lornar a entrar om combate.
« Assevera que a perda dos Paraguayos cm mortose feridos ó muilo maior quo a principio se acreditou,pois os navios escapados ião cheios dc mortos o feridos.
« Diz quo as baterias de torra ficarão complelamcn-le inulilisadas, lendo sido o maior numero dc peçasdesmontados pela arlilharia brasileira,
i « A condueta dos brasileiros nessa grando jornada celogiada pilo commandanlo dn Dottorcll, cm lermosmuilo honrosos o cnlliusiastas. O juizo imparcial domarinheiro inglez é a melhor pro.a do heroísmo c pc-rida da marinha brasileira no combalo naval do dia11. »
EDITAL.O Dr. Ilcnjamin Franklin dc Oliveira e Mello juiz dc
direito interino da comarca da capital da Parahyba donorlc por S. M. I. c C. quo Dcos guarde &c.
Faz saber para conhecimento do todos que no dia 26do corrente mez dc julho, na sal Ia das audiências, foiinslallado o registro geral das liypolhecas desla cornar-ca, de conformidade com a lei n. 1237 dc 24 dc eclem-bro de 1864, c regulamento que baixou com o decreton. 3153 dc 26 dc abril do 1865, devendo fielmentecumprir-se a mesma lei c regulamento como ncllcsccontem. Parahyba 27 dc julho do 1865. Eu ErnestoEmiliano dc Govôa Monteiro, oflicial interino do regis-tro geral das hypolhccas o escrevi.
Ilcnjamin Franklin de Oliveira e Mello
ANNUNCIOS.Vcndc-se farinha dc mandioca muilo
boa c por preço commodo; na ruada Ponte armazém n. 40.
Ãl^oõõTsjBorzcguins dc couro dc porco parahomem, na loja dc Antônio Rodrigues
da Gosta & C.n; rua das Convertidasn. 24. /()~~
CAL BI LISBOA.Vcndc-se na rua da Ponte arma-
zcm n. 48.
Club Parahybano.A partida do club annunciada parao dia 29 do corrente mez deixa de ter
lugar por motivos írnprovistos, ficandotransferida para quando for possívelParahyba 27 dc julho dc 1865.
O director.¦ Joaquim Terhdiano de Medeiros.Precisa-se comprar em bom estado
osns. 173 e 195 da Semana Illustrada,publicados no anno passado trata-senesta typographia.___»i^«______________________________________^^^
Gaz refinado.Vende-se na rua da Cadeia Velha ca-sa n. 54 á 560 rs. a garrafa. (3
Cartas de silla.as.Vcnde-sc nesla typographia, a 8$
rs. o cento, c uma por 100 rs. '
FáflTUdc diffcrentes larguras, por um cento3,000 rs., uma 40 rs. Vende-se nes-ta typographia.
A 100 rs. cada um e a 8,000 rs. ocento. Vende-se nesta typographia.
mmüümâhde pagarei, ditas cie pgará a 1,500 rso cenlo, e por 25 400 rs. Vendo-senesta typographia,