Aluno: Leandro Roberto Nascimento – 5º período – Publicidade e propaganda – tarde.

O QUE É A LIBERDADE?

É uma palavra passível de compreensão, subjetiva e extremamente semiótica, cada um tem

uma visão do que é ser liberto. É fácil de dizer, de desejar, de balbuciar por aí: “Sou livre,

faço o que quero”, mas quando é necessária uma definição, ou melhor, uma verbalização, se

torna um grande desafio. Seja pela limitação da linguagem, ou pela ignorância de não

conhecer as palavras certas, a liberdade parece um estado de espírito, e por isso, difícil de

definir, talvez nem tenha definição, algo similar ao ar, que não vemos, mas sentimos.

A palavra liberdade hoje é bem diferente da de um tempo atrás, primeiro porque não vivemos

mais em uma sociedade ditatorial, temos o direito da escolha, da dúvida e da objeção, mesmo

que essa última não seja muito usada. Fala-se muito em liberdade de expressão, da mídia, por

exemplo, que prega o direito de mostrar o que for para quem for, em nome da verdade, e o

mesmo acontece com as pessoas hoje em dia, que se tornaram ferozes formadoras de

“opinião”, gritando, ironizando, e fazendo barulho nas redes sociais.

Para mim, a liberdade de pensamento e de escolha, está intrínseca nas experiências de vida de

cada pessoa, algo referente à educação e as orientações que recebemos a cerca do que se deve

ou não fazer e de como se portar. Somos condicionados desde pequenos a seguir esse modelo,

seja no capitalismo ou em qualquer outro sistema governamental. Logo, não é possível dizer

que pensamos por nós mesmo, seria errado também negar que não somos influenciados, por

fim e mais errôneo ainda, almejar a liberdade em sua totalidade.

Freud já dizia que nossa mente é dividida em três instâncias, EGO, ID e SUPEREGO, a

segunda seria a forma instintiva e “natural” do ser humano “animal”, o superego pode ser

traduzido por essa bagagem anexada ao longo da nossa vida, como a cultura, a religião e o

ambiente familiar. O EGO seria esse meio termo entre ser inconsciente e totalmente

manipulado. Acredito que vivemos em um sistema onde é necessário respeitar a ordem, faz

parte da cultura termos normas de “boa vizinhança” e respeitar alguns valores julgados

fundamentais.

Em suma, concordo que a liberdade no sentido mais pleno é possível apenas dentro da mente,

no pensamento, onde não há censuras ou limitações, o que também não é de tudo correto, pois

às vezes nos confrontamos com alguns pensamentos, entretanto isso fica apenas no plano

mental e pessoal. Na sociedade atual, alcançamos um grande nível de liberdade e expressão,

escrevemos, falamos, acessamos as redes sociais, um passo importante e marcante se

comparado à anterioridade, mas ainda assim vivemos em uma organização maior,

democrática, e por fim, para se encaixar é necessário se tornar mais limitado em detrimento a

algo maior, somos o necessário para fazer parte da sociedade, apenas o necessário, pois a

grande parte do nosso Eu ainda não tem espaço para ser usado.