O QUE É A RELIGIÃO

8/4/2019 O QUE É A RELIGIÃO

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A dimensão pessoal e social

da religião: O que é areligião?



O que é a religião?

• Freud: A religião é uma ilusão dispensável

• Marx: A religião é o ópio do povo

•

Nietzsche: A religião é profundamente imoral• Pascal: a religião é crer em Deus para ter

esperança na vida e na felicidade eternas



• Para Sigmund Freud a religião surge comouma defesa perante as ameaças danatureza e a dureza das relações sociais.Deus é o protector supremo, ser todo-poderoso e acompanha-nos toda a vidaalivia a angústia, o medo do homem,consola e ampara. Tal como o pai está parao filho, assim Deus está para o homem.Para a criança o pai é o seu protector, oque pode castigar e punir.A tal sensação de fragilidade e debilidadeque leva a criança a sentir a necessidade deprotecção pela figura paterna persiste aolongo da vida e conduz o homem a “forjar”a existência de um pai imortal muito maispoderoso (Deus). Dada a fraqueza dohomem e a dureza e crueldade do real,mas está condenada a ser ultrapassado talcomo o estado infantil e pelo estadoadulto. A religião é um remédio ilusóriopara as dores e a frustração do serhumano.

A religião é umailusão dispensável



A religião é o ópiodo povo

Segundo Karl Marx da religião o homemnão pode esperar a sua liberdade eemancipação. Ela é um sintoma da

desumanidade do mundo dos homens enão um remédio para esse mal e queoutro mundo serve de consolação e daprometida justiça. O afastamento daluta contra as causas reais do seusofrimento. Para Marx não basta criticar

a religião. É necessário atacar asdegradantes e desumanas condiçõesque suscitam o desejo de felicidades e justiça no Além conquistado a felicidadee a justiça na terra, o homem não teránecessidade da religião esse “ópio do

povo”. Lutar contra a religião é lutarindirectamente com este mundo doqual é uma espécie de aroma espiritual,na riqueza dos céus a coroa o protestoda miséria terrestre.



A religião é profundamente imoral



Como e por que surgiu a ideia de“outro mundo” e de “outra vida”.

O homem incapaz de enfrentar arealidade única (o mundo do devir aquele

em que vivemos) inventa um mundo quesatisfaça os seus desejos de segurança,para nele se refugiar. Então, imagina-se,“outro mundo”, o mundo sensívelterrestre, o mundo é desconcertante,muitas vezes cruel, gerador de angústia esofrimento chama-se-lhe então o mundo

do mal, porque faz sofrer. O mundo supra-sensível ou celeste é um mundo dosdesejos, de segurança, estabilidade e paz.Dele estão ausentes a morte, a dor e aincerteza, essas intoleráveis realidades.Chama-se-lhe então do bem porque nãofaz sofrer. Para Friendrich Nietzsche é umatremenda cobardia perante a realidade osfracos não toleram a instabilidade a dor e aimprevisibilidade de aceitar que a vida éuma combinação de estabilidade einstabilidade. A vontade de consolação éacompanhada pelo ódio, peloressentimento pelo desejo de vingançaconduz o homem incapaz de enfrentar o

inventar “outro mundo”, outra vida da qualDeus é o símbolo.

A “morte de Deus” e a sagração davida.

O homem foi progressivamentetomando consciência do desperdíciomortificante que era ideal ascéticono século XIX. A “sagração da vidado mundo devir, um sim semreservas” e para sempre á vida aeste mundo eis o que definira o

novo modelo da humanidade osuper-homem, Deus era a supremanegação da vida. Com a morte deDeus o homem celebra e ama a vidana sua totalidade não só no que temde agradável, mas também nos seusaspectos trágicos. Para FriendrichNietzsche o grande teste a adesãototal a vida está na ideia de eternoretorno ao amor, a vida quer aeternidade da vida, desta vida.



A religião é crer em Deuspara ter esperança na vidae na felicidade eternas

Segundo Pascal a religião tem a ver com omodo como o homem se relaciona comDeus. Não temos evidências suficientes

para acreditar que é verdade que Deusexista ou seja não podemos justificarracionalmente essa crença. Se aposto queDeus existe então terei de viver cumprindoos deveres morais que Deus exige que secumpram. Se aposto que Deus não existe

viverei a minha vida como bem entendo,sem receio de consequências relativas aoutra vida apesar de ser impossível saberse Deus existe ou não Pascal acredita queé do nosso interesse acreditar que Deusexiste e seguir os seus mandamentos,

porque caso exista teremos comorecompensar a vida eterna.

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